1 Conforme registrado na Securities and Exchange Commission em 30 de junho de 2008. UNITED STATES SECURITIES AND EXCHANGE COMMISSION WASHINGTON – D.C. – 20549 FORMULÁRIO 20-F DECLARAÇÃO DE REGISTRO EM CONFORMIDADE COM O ARTIGO 12(b) OU (g) DA LEI DE BOLSAS E VALORES MOBILIÁRIOS DE 1934 OU RELATÓRIO ANUAL EM CONFORMIDADE COM O ARTIGO 13 OU 15(d) DA LEI DE BOLSAS E VALORES MOBILIÁRIOS DE 1934 Para o exercício fiscal encerrado em: 31 de dezembro de 2007 OU RELATÓRIO DE TRANSIÇÃO EM CONFORMIDADE COM O ARTIGO 13 OU 15(d) DA LEI DE BOLSAS E VALORES MOBILIÁRIOS DE 1934 Número de registro na Comissão: 1-152276 RELATÓRIO DE EMPRESA DE FACHADA EM CONFORMIDADE COM O ARTIGO 13 OU 15 (d) DA LEI DE BOLSAS E VALORES MOBILIÁRIOS DE 1934 BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S.A. (Nome exato do Requerente conforme especificado em seu estatuto) ITAÚ BANK FINANCIAL HOLDING S.A. (Tradução do nome do Requerente em inglês) República Federativa do Brasil (Jurisdição da sociedade) Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100 04344-902 São Paulo, SP, Brasil (endereço da sede) Alfredo Egydio Setubal (Oficial de Relacionamento com Investidores) e-mail: [email protected] Telefone: +55-11-5019-1549 _________________________ Títulos e valores mobiliários registrados ou a registrar em conformidade com o Artigo 12(b) da Lei: Título de cada ação: Ação preferencial, sem valor nominal Ações Depositárias Americanas (evidenciadas pelos Recibos Depositários Americanos), cada uma representando uma (1) Ação Preferencial Nome de cada bolsa de valores em que está registrada: New York Stock Exchange* New York Stock Exchange *Não para fins de negociação, mas apenas com relação ao registro das Ações Depositárias Americanas conforme exigido pela Securities and Exchange Commission. _________________________ Títulos e valores mobiliários registrados ou a registrar em conformidade com o Artigo 12(g) da Lei: Nenhum. _________________________ Títulos e valores mobiliários sujeitos a obrigação de relatório segundo o Artigo 15(d) da Lei: Nenhum. _________________________ A quantidade de ações em circulação de cada classe de ações do BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S.A. em 31 de dezembro de 2007 era: 1.242.734.866 Ações Ordinárias sem valor nominal por ação 1.154.316.308 Ações Preferenciais sem valor nominal por ação 2 Indique com um X se o requerente for um emissor renomado (“well-known seasoned”), conforme definido pela Regra 405 da Lei de Bolsas e Valores Mobiliários. Sim Não Se este relatório for anual ou intermediário, indique com um X se o requerente não for obrigado a arquivar relatórios, conforme definido pelo Artigo 13 ou 15(d) da Lei de Bolsas e Valores Mobiliários de 1934. Sim Não Indique com um X se o requerente (1) registrou todos os relatórios exigidos pelo Artigo 13 ou 15(d) da Lei de Bolsas e Valores Mobiliários de 1934 durante os 12 meses antecedentes (ou período mais curto em que o requerente deveria registrar tais relatórios) e (2) estava sujeita a essas exigências de registro nos últimos 90 dias. Sim Não Indique com um X se o requerente é um registrante antecipado de grande porte, registrante antecipado ou registrante não antecipado. Consulte a definição de registrante antecipado de grande porte e registrante antecipado na Regra 12b-2 da Lei de Bolsas e Valores Mobiliários. (Marque um) Registrante Antecipado de Grande Porte Registrante antecipado Registrante não antecipado Indique com um X em qual base contábil o requerente preparou as Demonstrações Financeiras incluídas nesse arquivo: IFRS - Normas Internacionais de Relato Financeiro “Outros” U.S. GAAP Se “outros”, indique com um X qual item de demonstrações contábeis o requerente decidiu seguir. Item 17 Item 18 Se este documento for um relatório anual, indique com um X se o requerente for uma empresa de fachada (“shell company”), conforme definido na Regra 12b-2 da Lei de Bolsas e Valores Mobiliários. Sim Não 3 SUMÁRIO Página PARTE I ITEM 1 DESCRIÇÃO DOS CONSELHEIROS, DIRETORES E ALTA ADMINISTRAÇÃO............... 7 ITEM 2 ESTATÍSTICAS DA OFERTA E CRONOGRAMA PREVISTO ............................................. 7 ITEM 3 INFORMAÇÕES RELEVANTES ........................................................................................... 7 3A. 3B. 3C. 3D. ITEM 4 4A. 4B. 4C. 4D. DADOS FINANCEIROS SELECIONADOS ............................................................................................ 7 CAPITALIZAÇÃO E ENDIVIDAMENTO ............................................................................................... 13 MOTIVOS DA OFERTA E USO DOS RESULTADOS ............................................................................. 13 FATORES DE RISCO ..................................................................................................................... 13 INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA .......................................................................... 18 HISTÓRICO E DESENVOLVIMENTO DA COMPANHIA.......................................................................... 18 VISÃO GERAL DO NEGÓCIO .......................................................................................................... 18 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ..................................................................................................... 83 IMOBILIZADO ............................................................................................................................... 83 ITEM 4A COMENTÁRIOS NÃO RESOLVIDOS ................................................................................. 83 ITEM 5 ANÁLISE E PERSPECTIVAS OPERACIONAIS E FINANCEIRAS.................................... 83 5A. 5B. 5C. 5D. 5E. 5F. ITEM 6 6A. 6B. 6C. 6D. 6E. ITEM 7 7A. 7B. 7C. ITEM 8 8A. 8B. ITEM 9 9A. 9B. 9C. 9D. 9E. 9F. ITEM 10 10A. RESULTADOS OPERACIONAIS ....................................................................................................... 83 LIQUIDEZ E RECURSOS DE CAPITAL .............................................................................................. 99 PESQUISA E DESENVOLVIMENTO, PATENTES E LICENÇAS, ETC. .................................................... 106 INFORMAÇÕES SOBRE TENDÊNCIAS ............................................................................................ 106 CONTRATOS FORA DO BALANÇO PATRIMONIAL ............................................................................ 107 DIVULGAÇÃO TABULAR DE OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS ............................................................... 107 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, DIRETORIA E FUNCIONÁRIOS............................ 107 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DIRETORIA ............................................................................. 107 HONORÁRIOS............................................................................................................................ 112 PRÁTICAS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ............................................................................ 114 FUNCIONÁRIOS ......................................................................................................................... 118 PROPRIEDADE DE AÇÕES .......................................................................................................... 120 PRINCIPAIS ACIONISTAS E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS ........... 120 PRINCIPAIS ACIONISTAS............................................................................................................. 120 TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS ................................................................................ 122 PARTICIPAÇÃO DE PERITOS E ADVOGADOS ................................................................................. 124 INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ....................................................................................... 125 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS E OUTRAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ................ 125 MUDANÇAS RELEVANTES ........................................................................................................... 127 OFERTA E REGISTRO ...................................................................................................... 127 DETALHES DA OFERTA E DO REGISTRO ....................................................................................... 127 PLANO DE DISTIBUIÇÃO ............................................................................................................. 129 MERCADOS............................................................................................................................... 129 ACIONISTAS VENDEDORES ......................................................................................................... 137 DILUIÇÃO .................................................................................................................................. 137 DESPESAS DA EMISSÃO ............................................................................................................. 137 INFORMAÇÕES ADICIONAIS........................................................................................... 137 CAPITAL SOCIAL ........................................................................................................................ 137 4 10B. 10C. 10D. 10E. 10F. 10G. 10H. 10I. ESTATUTO SOCIAL .................................................................................................................... 137 CONTRATOS RELEVANTES ......................................................................................................... 146 CONTROLES CAMBIAIS ............................................................................................................... 147 TRIBUTAÇÃO ............................................................................................................................. 148 DIVIDENDOS E AGENTES DE PAGAMENTO .................................................................................... 156 LAUDOS DE PERITOS ................................................................................................................. 156 DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS............................................................................................... 156 OUTRAS INFORMAÇÕES ............................................................................................................. 156 ITEM 11 INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE RISCO DE MERCADO ...... 156 ITEM 12 DESCRIÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS QUE NÃO AÇÕES ..................................... 165 12A. 12B. 12C. 12D. TÍTULOS DE DÍVIDA .................................................................................................................... 165 BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO E DIREITOS ........................................................................................... 165 OUTROS ................................................................................................................................... 165 AÇÕES DEPOSITÁRIAS AMERICANAS ........................................................................................... 165 PARTE II ITEM 13 INADIMPLÊNCIAS, ATRASOS DE DIVIDENDOS E OUTROS ATRASOS ..................... 165 ITEM 14 MODIFICAÇÕES RELEVANTES DOS DIREITOS DOS DETENTORES DE VALORES MOBILIÁRIOS E UTILIZAÇÃO DA RECEITA ................................................................. 165 ITEM 15 CONTROLES E PROCEDIMENTOS ................................................................................. 165 ITEM 16 [RESERVADO]................................................................................................................... 166 16A. 16B. 16C. 16D. 16E. ESPECIALISTA FINANCEIRO DO COMITÊ DE AUDITORIA ................................................................ 166 CÓDIGO DE ÉTICA ..................................................................................................................... 166 HONORÁRIOS E SERVIÇOS DOS PRINCIPAIS AUDITORES ............................................................... 168 ISENÇÕES DAS NORMAS DE REGISTRO PARA OS COMITÊS DE AUDITORIA....................................... 169 COMPRA DE AÇÕES PELO EMISSOR E COMPRADORAS AFILIADAS .................................................. 169 PARTE III ITEM 17 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .................................................................................... 170 ITEM 18 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .................................................................................... 170 ITEM 19 ANEXOS ............................................................................................................................. 171 5 INTRODUÇÃO Em 24 de março de 2003, como resultado de uma reorganização societária, as ações do Banco Itaú S.A., ou Banco Itaú, foram trocadas por ações do Banco Itaú Holding Financeira S.A., ou Itaú Holding. O Banco Itaú tornou-se uma subsidiária integral do Itaú Holding. No presente documento, os termos (1) “Banco Itaú”, “Itaú”, “nós” ou “nosso”, adotados para períodos anteriores a 24 de março de 2003, referem-se ao Banco Itaú e suas subsidiárias consolidadas, enquanto os termos “Itaú Holding,” “nós”, “nosso”, adotados para períodos subseqüentes a 24 de março de 2003, referem-se ao Itaú Holding e suas subsidiárias consolidadas, (2) “governo brasileiro” refere-se ao governo federal da República Federativa do Brasil, (3) “ações preferenciais” e “ações ordinárias” referem-se às ações preferenciais e ordinárias autorizadas e em circulação sem valor nominal, (4) “ADSs” referem-se às nossas Ações Depositárias Americanas, (como resultado de um desdobramento de ações efetuado em 22 de agosto de 2005, uma ADS passou a representar 1 (uma) ação preferencial), (5) “real”, “reais” ou “R$” são reais, a moeda oficial do Brasil, (6) “US$,” “dólares” ou “dólares dos EUA” são dólares, a moeda oficial dos Estados Unidos da América e (7) “JPY” é o iene, a moeda oficial do Japão. Em 31 de dezembro de 2007 e 24 de junho de 2008, a taxa do mercado comercial para a compra de dólares dos Estados Unidos era de R$ 1,7713 para US$ 1,00 e R$ 1,6046 para US$ 1,00, respectivamente. As demonstrações contábeis consolidadas, constantes do Item 18 deste relatório anual, elaboradas de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América, ou U.S. GAAP, referem-se a 31 de dezembro de 2007 e 2006 e aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. Usamos as práticas contábeis adotadas no Brasil nos relatórios ao Conselho de Administração e aos Acionistas brasileiros, nos registros na Comissão de Valores Mobiliários, ou CVM, e na apuração de pagamento de dividendos e de passivos fiscais. Como as práticas contábeis adotadas no Brasil diferem significativamente dos U.S. GAAP, o investidor deverá consultar seus assessores profissionais para compreender as diferenças entre as práticas contábeis adotadas no Brasil e os U.S. GAAP e como elas podem afetar a análise da nossa condição financeira e o resultado das operações. Nosso ano fiscal termina em 31 de dezembro, e as alusões neste relatório anual a qualquer ano fiscal específico referem-se ao período de doze meses findo em 31 de dezembro daquele ano. Alguns dados setoriais apresentados neste relatório anual foram extraídos das seguintes fontes: Sistema do Banco Central, ou SISBACEN, um banco de dados de informações fornecidas pelas instituições financeiras ao Banco Central; a Associação Brasileira de Empresas de Leasing, ou ABEL; o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, ou BNDES; a Associação Nacional dos Bancos de Investimento, ou ANBID; e a agência reguladora do setor de seguros, Superintendência de Seguros Privados, ou SUSEP. As informações constantes deste relatório anual são precisas apenas com referência à data em que foram feitas ou à data deste relatório anual, conforme o caso. Nossas atividades, situação financeira e patrimonial, resultado das operações e perspectivas podem ter mudado desde essa data. INFORMAÇÕES PROSPECTIVAS Este relatório anual contém diversas informações prospectivas, principalmente no “Item 3D. Fatores de Risco”, “Item 4B. Visão geral do negócio” e “Item 5. Análise e perspectivas operacionais e financeiras”. Tais informações prospectivas se baseiam, em grande parte, nas nossas expectativas e projeções atuais com respeito a acontecimentos futuros e tendências financeiras que afetam nossas atividades. Essas informações prospectivas estão sujeitas a riscos, incertezas e suposições que incluem, entre outros riscos: • aumento da inadimplência de tomadores de empréstimos e outras inadimplências de empréstimos, • aumento das provisões para devedores duvidosos, • redução de depósitos, perda de clientes ou perda de receitas, • nossa capacidade de manter ou melhorar nosso desempenho, 6 • mudanças das taxas de juros que podem afetar negativamente as margens, entre outros efeitos, • concorrência no setor de serviços bancários, financeiros, de cartão de crédito, seguros, gestão de ativos e áreas relacionadas, • regulamentação governamental e questões tributárias, • discussões ou processos judiciais ou administrativos desfavoráveis, • riscos de crédito, mercado e outros riscos referentes às atividades de empréstimo e investimento, • mudanças nas condições comerciais e econômicas regionais, nacionais e internacionais e na inflação, e • outros fatores de risco expostos no “Item 3D. Fatores de risco.” As palavras “acreditar”, “poder”, “dever”, “estimar”, “continuar”, “prever”, “pretender”, “esperar” e semelhantes, bem como verbos no tempo futuro, são usados para caracterizar informações prospectivas. Não assumimos qualquer obrigação de atualizar publicamente ou rever informações prospectivas devido a novas informações, acontecimentos futuros ou outros fatores. Em vista desses riscos e incertezas, as informações, os fatos e as circunstâncias prospectivos expostos neste relatório anual podem não vir a ocorrer. Nossos resultados e desempenho efetivos podem diferir substancialmente daqueles previstos nas informações prospectivas. 7 ITEM 1 DESCRIÇÃO DOS CONSELHEIROS, DIRETORES E ALTA ADMINISTRAÇÃO Não se aplica. ITEM 2 ESTATÍSTICAS DA OFERTA E CRONOGRAMA PREVISTO Não se aplica. ITEM 3 INFORMAÇÕES RELEVANTES 3A. Dados financeiros selecionados Os dados financeiros selecionados a seguir devem ser lidos em conjunto com a “Introdução” e o “Item 5. Análise e perspectivas operacionais e financeiras” deste relatório anual. Nossos livros e registros são mantidos em reais, a moeda de curso legal no Brasil, e nossas demonstrações contábeis, para propósitos estatutários e regulatórios, são elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Os princípios e normas contábeis geralmente aplicáveis segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil incluem aqueles estabelecidos pela legislação societária brasileira (Lei nº. 6.404/76, com alterações), pelo Conselho Federal de Contabilidade, ou CFC, e orientações interpretativas emitidas pelo órgão profissional brasileiro de contadores independentes (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, ou IBRACON). Esses princípios e normas contábeis, no caso de companhias com ações em bolsa sob a jurisdição da CVM, são complementados por certas instruções adicionais emitidas periodicamente pela CVM. Além disso, a CVM e outros órgãos reguladores brasileiros, como a SUSEP e o Banco Central, emitem diretrizes adicionais específicas ao setor. Elaboramos o balanço patrimonial consolidado referente a 31 de dezembro de 2007 e 2006 e as correspondentes demonstrações consolidadas do resultado, do lucro abrangente, dos fluxos de caixa e das mutações no patrimônio líquido referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, todos em reais, em conformidade com os U.S. GAAP. As demonstrações contábeis segundo os U.S. GAAP estão incluídas neste relatório anual e são mencionadas como demonstrações contábeis consolidadas ou demonstrações contábeis segundo os U.S. GAAP. As demonstrações contábeis consolidadas referentes a 31 de dezembro de 2007 e 2006 e aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, constantes deste relatório anual, foram auditadas pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, de São Paulo, Brasil, uma firma de auditoria independente, conforme declarado em seu parecer incluído neste relatório anual. Elaboramos as demonstrações contábeis auditadas de acordo com os U.S. GAAP referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006, 2005, 2004 e 2003. 8 Dados Financeiros Selecionados segundo os U.S. GAAP Essas informações são qualificadas na sua totalidade por referência às demonstrações contábeis consolidadas incluídas no Item 18. Dados da demonstração do resultado Exercício findo em 31 de dezembro 2006 2005 2004 (em milhões de R$) 21.176 16.923 12.610 9.856 (5.535) (5.148) (2.637) (867) 2007 Receita financeira líquida Provisão para créditos de liquidação duvidosa Receita financeira líquida após a provisão para créditos de liquidação duvidosa Receita de prestação de serviços Resultado de participação em empresas não consolidadas, líquido Receita de prêmios de seguros, planos de previdência privada e planos de capitalização Outras receitas não financeiras (1) Despesas operacionais (2) Sinistros, variações nas provisões para operações de seguro e planos de previdência privada e despesas de comercialização Outras despesas não financeiras (3) Resultado líquido antes da tributação sobre o lucro, das participações minoritárias, item extraordinário e efeito cumulativo da mudança de princípio contábil Imposto de renda e contribuição social Participações minoritárias Item extraordinário (reconhecimento no lucro do excesso de ativos líquidos adquiridos sobre o custo de aquisição), líquido dos efeitos tributários Efeito cumulativo da mudança de princípio contábil, líquido dos efeitos tributários Lucro líquido 2003 9.780 (1.695) 15.641 7.750 11.775 6.737 9.973 5.705 8.989 4.343 8.085 3.805 416 511 583 299 329 3.500 5.087 (11.037) 3.479 3.717 (9.971) 2.681 2.988 (7.684) 2.445 2.908 (6.594) 2.033 2.171 (6.216) (2.509) (7.285) (2.663) (5.320) (2.233) (4.567) (2.544) (3.498) (1.564) (3.863) 11.563 (4.107) 2 8.263 (2.390) 23 7.446 (1.941) (55) 6.348 (1.673) (43) 4.780 (1.480) (19) 2 - 29 7.487 5.896 3 5.453 4.634 3.281 ____________________ (1) Outras receitas não financeiras são compostas de ganhos (perdas) de negociações líquidas, lucro (prejuízo) líquido na venda de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda, ganho líquido em operações de câmbio, lucro (prejuízo) líquido na conversão de subsidiárias no exterior e outras receitas não financeiras. (2) As despesas operacionais são compostas de despesas com pessoal e despesas administrativas. (3) Outras despesas não financeiras referem-se à depreciação do imobilizado, amortização de ativos intangíveis e outras despesas não financeiras. 9 Informações sobre lucros e dividendos por ação (4) Exercício findo em 31 de dezembro 2006 2005 2004 (em R$, exceto quantidade de ações) 2007 Lucro por ação (básico) (5)(6): Ordinária Preferencial Lucro por ação (diluído) (5)(6): Ordinária Preferencial Dividendos e juros sobre o capital próprio por ação (5)(7): Ordinária Preferencial Média ponderada da quantidade de ações em circulação (por ação) (4): Ordinária Preferencial 2003 3,12 3,12 2,59 2,59 2,43 2,43 2,04 2,04 1,44 1,44 3,10 3,10 2,58 2,58 2,41 2,41 2,04 2,04 1,44 1,44 1,18 1,18 0,98 0,98 0,83 0,83 0,60 0,60 0,49 0,49 1.242.761.283 1.155.982.545 1.202.978.161 1.069.344.432 1.210.742.563 1.036.228.303 1.213.493.900 1.057.425.180 1.226.140.720 1.049.860.140 ____________________ (4) Devido aos desdobramentos de ações realizados em 2007 e 2005 e ao grupamento de ações efetuado em 2004, as informações de 2006, 2005, 2004 e 2003 são apresentadas após dar efeito retroativo ao grupamento aprovado em 28 de abril de 2004 e aos desdobramentos aprovados em 22 de agosto de 2005 e 27 de agosto de 2007. (5) Lucro por ação calculado segundo o “método de duas classes” determinado pela Exposição de Normas de Contabilidade Financeira (“FAS”) 128 “Lucro por ação”. Consulte no “Item 10B. Estatuto Social” a descrição das duas classes de ações. (6) Consulte na nota 20 das demonstrações contábeis consolidadas o cálculo detalhado do lucro por ação. (7) A legislação societária brasileira faculta o pagamento de juros sobre o capital próprio como alternativa ao pagamento de dividendos aos acionistas. Consulte no “Item 10E. Tributação – Juros sobre o capital próprio” a descrição dos juros sobre o capital próprio. Exercício findo em 31 de dezembro 2006 2005 2004 (em US$) 2007 Dividendos e juros sobre o capital próprio por ação Ordinária Preferencial 0,67 0,67 0,46 0,46 0,35 0,35 2003 0,23 0,23 0,17 0,17 (a) A legislação societária brasileira faculta o pagamento de juros sobre o capital próprio como alternativa ao pagamento de dividendos aos acionistas. Consulte no “Item 10E. Tributação – Juros sobre o capital próprio” a descrição dos juros sobre o capital próprio. (b) Convertido de R$ para US$ à taxa de câmbio comercial estabelecida pelo Banco Central, em vigor no final do ano em que os dividendos ou juros sobre o capital foram pagos ou declarados, conforme o caso. Consulte no “Item 8A. Demonstrações contábeis consolidadas e outras informações financeiras – Política de dividendos e histórico de pagamento de dividendos” os detalhes sobre dividendos por ação pagos e respectivas datas de pagamento. 10 Dados do Balanço Patrimonial 31 de dezembro Ativo Caixa e contas correntes em bancos (8) Aplicações em depósitos interfinanceiros Aplicações em operações compromissadas Depósitos compulsórios no Banco Central Ativos de negociação, pelo seu valor justo Títulos e valores mobiliários disponíveis para venda, pelo seu valor justo Títulos e valores mobiliários mantidos até o vencimento, pelo custo amortizado Operações de crédito e arrendamento mercantil Provisão para créditos de liquidação duvidosa Investimento em empresas não consolidadas Imobilizado, líquido Ágio e outros ativos intangíveis, líquido Outros ativos Total do ativo Ativos médios remunerados (9) Ativos médios não remunerados (9) Ativos médios totais (9) 2007 2006 3.187 33.132 21.309 17.175 40.323 2005 2004 (em milhões de R$) 2.851 1.776 1.743 23.181 19.833 14.557 8.668 6.389 6.580 15.077 13.277 10.571 27.956 16.478 11.995 2003 17.513 11.737 8.369 8.013 9.445 1.428 113.499 (7.441) 1.499 2.734 7.457 17.715 269.530 1.589 81.538 (6.399) 1.288 2.868 6.564 15.823 192.741 1.428 55.382 (3.933) 2.621 2.486 3.402 11.925 139.433 3.483 42.682 (2.811) 2.509 2.574 2.781 10.936 115.613 3.532 35.016 (2.848) 1.079 2.696 1.718 10.393 104.197 191.636 41.217 232.854 138.089 28.609 166.698 103.248 29.603 132.851 84.929 26.525 111.454 77.608 26.933 104.541 1.765 13.779 8.828 8.156 10.638 11 31 de dezembro Passivo Depósitos não remunerados Depósitos remunerados Captações no mercado aberto Obrigações por empréstimo de curto prazo Obrigações por empréstimo de longo prazo Reservas para seguros, planos de previdência privada e planos de capitalização Reserva de planos de previdência PGBL e VGBL Outros passivos Total do passivo Participação minoritária nas subsidiárias Patrimônio líquido Ações ordinárias (10) Ações preferenciais (11) Total do capital Patrimônio líquido, outros (12) Total do patrimônio líquido Total do passivo e patrimônio líquido Passivos médios remunerados (9) Passivos médios não remunerados (9) Patrimônio líquido total médio (9) Passivo e patrimônio líquido total médio (9) 2007 27.035 48.440 23.398 47.727 28.556 2006 2005 2004 (em milhões de R$) 18.771 12.347 10.737 38.926 35.517 27.536 10.888 6.771 6.786 30.985 17.433 12.354 18.021 14.804 14.739 2003 9.322 23.922 9.473 12.440 15.112 5.394 18.630 33.644 232.824 1.354 5.242 14.253 26.808 163.894 1.430 5.023 10.188 17.616 119.699 1.413 4.654 6.905 14.154 97.865 1.037 4.928 2.764 11.787 89.748 501 5.948 8.560 14.508 20.844 35.352 269.530 4.575 8.560 13.135 14.282 27.417 192.741 4.575 3.979 8.554 9.767 18.321 139.433 4.387 3.968 8.355 8.356 16.711 115.613 2.467 2.567 5.034 8.914 13.948 104.197 144.300 56.825 31.729 232.854 97.879 46.679 22.140 166.698 76.418 38.694 17.739 132.851 65.553 30.577 15.324 111.454 64.688 26.947 12.906 104.541 ____________________ (8) Inclui caixa restrito no valor de R$ 89 milhões, R$ 144 milhões, R$ 44 milhões, R$ 292 milhões e R$ 102 milhões, respectivamente em 31 de dezembro de 2007, 2006, 2005, 2004 e 2003. Consulte a nota 17(h) às demonstrações contábeis consolidadas. (9) Consulte no “Item 4B. Informações estatísticas selecionadas– Dados médios do balanço patrimonial e taxa de juros” informações mais detalhadas sobre os ativos, passivos e patrimônio líquido médios referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. (10) Ações ordinárias emitidas, sem valor nominal: 1.253.000.512 em 31 de dezembro de 2007; 1.211.926.840 em 31 de dezembro de 2006; 1.211.926.840 em 31 de dezembro de 2005; 1.213.751.060 em 31 de dezembro de 2004 e 1.227.036.700 em 31 de dezembro de 2003. Em 31 de dezembro de 2007, 2006, 2005, 2004 e 2003, tínhamos ações em tesouraria no montante de 10.265.646; 9.993.446; 8.775.646; 1.266.200 e 11.102.440, respectivamente. 1.000.000.000 de ações autorizadas em 31 de dezembro de 2007, 2006, 2005, 2004 e 2003. A quantidade de ações foi retroativamente ajustada para refletir o grupamento de ações aprovado em 28 de abril de 2004 e os desdobramentos aprovados em 22 de agosto de 2005 e 1º de outubro de 2007. (11) Ações preferenciais emitidas, sem valor nominal: 1.190.991.928 em 31 de dezembro de 2007; 1.190.991.928 em 31 de dezembro de 2006; 1.053.955.740 em 31 de dezembro de 2005; 1.097.955.740 em 31 de dezembro de 2004 e 1.097.955.750 em 31 de dezembro de 2003. Em 31 de dezembro de 2007, 2006, 2005, 2004 e 2003, tínhamos ações em tesouraria no montante de 36.675.620; 39.562.280; 49.088.000; 45.019.600 e 35.013.420, respectivamente. 1.000.000.000 de ações autorizadas em 31 de dezembro de 2007, 2006, 2005, 2004 e 2003. A quantidade de ações foi retroativamente ajustada para refletir o grupamento de ações aprovado em 28 de abril de 2004 e os desdobramentos aprovados em 22 de agosto de 2005 e 1º de outubro de 2007. (12) Patrimônio líquido, outros, inclui ações em tesouraria, capital adicional integralizado, outros lucros abrangentes acumulados e lucros acumulados apropriados e não apropriados. 12 Índices Consolidados Selecionados (%) 2007 Lucratividade e desempenho Margem financeira líquida (13) Retorno sobre os ativos médios (14) Retorno sobre o patrimônio médio (15) Índice de eficiência (16) Liquidez Empréstimos e arrendamento mercantil como porcentagem dos depósitos totais (17) Capital Patrimônio total como porcentagem do ativo total (18) Exercício findo em 31 de dezembro 2006 2005 2004 2003 11,0 3,2 23,6 49,3 12,3 3,5 26,6 51,2 12,2 4,1 30,7 53,2 11,6 4,2 30,2 56,7 12,6 3,1 25,4 60,1 150,4 141,3 115,7 111,5 105,3 13,1 14,2 13,1 14,5 13,4 ___________________ (13) Receita financeira líquida dividida pelos ativos remunerados médios. Consulte no “Item 4B. Informações estatísticas selecionadas – Dados médios do balanço patrimonial e taxa de juros” informações mais detalhadas sobre nossos ativos, passivos e patrimônio líquido médios referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. (14) Lucro líquido dividido pelo ativo total médio. Consulte no “Item 4B. Informações estatísticas selecionadas – Dados médios do balanço patrimonial e taxa de juros” informações mais detalhadas sobre nossos ativos, passivos e patrimônio líquido médios referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. (15) Lucro líquido dividido pelo patrimônio líquido médio. Consulte no “Item 4B. Informações estatísticas selecionadas – Dados médios do balanço patrimonial e taxa de juros” informações mais detalhadas sobre nossos ativos, passivos e patrimônio líquido médios referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. (16) Despesas de pessoal, despesas administrativas, outras despesas não financeiras (exceto despesas relativas ao PIS, COFINS e ISS), amortização de ativos intangíveis mais depreciação do imobilizado como porcentagem da soma de receita financeira líquida, receita de prestação de serviços, receita de prêmios de seguros, planos de previdência privada e planos de capitalização, ganho líquido (prejuízo) de negociação, ganho líquido (prejuízo) na venda de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda, ganho líquido em operações cambiais, ganho líquido (prejuízo) na conversão de subsidiárias no exterior e outras receitas não financeiras menos sinistros, variações nas reservas para operações de seguro e planos de previdência privada e despesas de comercialização e impostos (ISS, PIS e COFINS). (17) Operações de crédito e arrendamento mercantil no encerramento do exercício divididas por depósitos totais no encerramento do exercício. (18) No encerramento do exercício. Taxas de câmbio Até 14 de março de 2005, havia dois mercados legais de câmbio no Brasil: • o mercado de câmbio comercial, e • o mercado de câmbio flutuante. A maioria das operações cambiais comerciais e financeiras era realizada no mercado comercial. A Resolução nº 3.265 do Conselho Monetário Nacional, ou CMN, de 4 de março de 2005 (modificada pela Resolução nº 3.311, de 31 de agosto de 2005, e pela Resolução nº 3.356, de 31 de março de 2006 do CMN) unificou os dois mercados a partir de 14 de março de 2005. Todas as operações cambiais devem ser necessariamente realizadas por meio das instituições autorizadas a operar no mercado unificado, sendo que algumas de tais instituições devem obter registro no sistema de registro eletrônico do Banco Central. As taxas de câmbio continuam a ser livremente negociadas. O governo brasileiro pode impor restrições temporárias à conversão de moeda brasileira em moedas estrangeiras e à remessa para investidores estrangeiros dos resultados de seus investimentos no Brasil. A lei brasileira permite que o governo imponha tais restrições sempre que existir um sério desequilíbrio na balança de pagamentos do Brasil ou razões para se prever tal desequilíbrio. Não podemos assegurar que o governo brasileiro não virá a impor restrições às remessas no futuro. Neste caso, o depositário das ADSs reterá os reais que não puder converter por conta dos detentores de ADSs que não tiverem sido pagos. O depositário não investirá os montantes em reais, sobre os quais não pagará juros. Em 31 de dezembro de 2007 e 24 de junho de 2008, a taxa do mercado comercial para a compra de dólares dos EUA era de R$ 1,7713 para US$ 1,00 e R$ 1,6046 para US$ 1,00, respectivamente. 13 O quadro abaixo apresenta informações sobre a taxa do mercado comercial do dólar dos EUA conforme dados do Banco Central nos períodos e datas indicados. Taxa de câmbio da moeda brasileira por US$ 1,00 Mínima Máxima Média (1) Final do ano 2,8219 3,6623 3,0600 2,8892 2,6544 3,2051 2,9171 2,6544 2,1633 2,7621 2,4125 2,3407 2,0586 2,3711 2,1679 2,1380 1,7325 2,1556 1,9300 1,7713 Ano 2003 2004 2005 2006 2007 __________________ Fonte: Banco Central ( 1 ) Representa a média das taxas de câmbio no último dia de cada mês do período em questão. Mês Janeiro de 2008 Fevereiro de 2008 Março de 2008 Abril de 2008 Maio de 2008 Junho de 2008 (até 24 de junho) Taxa de câmbio da moeda brasileira por US$ 1,00 Mínima Máxima 1,7414 1,8301 1,6715 1,7681 1,6700 1,7491 1,6575 1,7534 1,6294 1,6949 1,6042 1,6428 ______________ Fonte: Banco Central 3B. Capitalização e endividamento Não se aplica. 3C. Motivos da oferta e uso dos resultados Não se aplica. 3D. Fatores de risco Os riscos descritos abaixo não são os únicos que enfrentamos. Nossos negócios, resultados das operações ou situação financeira poderão ser prejudicados se qualquer desses riscos se materializar e, em tal hipótese, os preços de negociação das nossas ações preferenciais e ADSs poderão cair. Riscos relativos ao Brasil O governo brasileiro exerceu, e continua a exercer, influência significativa sobre a economia brasileira. Esse envolvimento, bem como as condições política e econômica brasileiras, podem nos afetar negativamente, assim como o preço de mercado de nossas ações preferenciais e ADSs. O governo brasileiro freqüentemente intervém na economia brasileira e eventualmente realiza mudanças significativas na política e nos regulamentos. As medidas tomadas pelo governo brasileiro para controlar a inflação e outras políticas e regulamentos freqüentemente envolveram, entre outras medidas, aumentos nas taxas de juros, mudanças na política fiscal, controles de preços, desvalorizações da moeda, controles de capital e restrições às importações. Os nossos negócios, situação financeira e resultados das operações poderão ser negativamente afetados por mudanças na política ou nos regulamentos que envolvem ou afetam fatores como: • taxas de juros; • variações cambias; • inflação; 14 • liquidez do capital nacional e dos mercados credores; • políticas e regras fiscais; e • outros desdobramentos políticos, sociais e econômicos no Brasil ou que o afetem. Incertezas quanto à possibilidade do Governo brasileiro implementar mudanças na política ou nos regulamentos que afetam esses ou outros fatores no futuro podem contribuir para incertezas econômicas no Brasil e para aumentar a volatilidade dos mercados de títulos brasileiros e dos títulos de emitentes brasileiros, que podem exercer um efeito negativo sobre nós e sobre o preço de nossas ações preferenciais e ADSs. A inflação e os esforços do governo para combater a inflação podem contribuir de forma significativa para incertezas econômicas no Brasil e poderiam nos afetar negativamente, assim como o preço de mercado de nossas ações preferenciais e ADSs. As taxas de inflação já foram muito elevadas no Brasil. Nos últimos anos, a taxa de inflação anual do Brasil foi de 5,7% em 2005, 3,14% em 2006, 4,46% em 2007 e 5,58% nos últimos 12 meses findos em 31 de maio de 2008, conforme medida pelo Índice de Preços ao Consumidor-Amplo, ou IPCA, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ou IBGE. Determinadas medidas tomadas pelo governo para combater a inflação tiveram, no passado, conseqüências negativas significativas para a economia brasileira. Essas medidas freqüentemente incluíram a manutenção de uma rígida política monetária com altas taxas de juros, limitando, assim, a disponibilidade de crédito e reduzindo o crescimento econômico. Conseqüentemente, as taxas de juros variaram significativamente. Aumentos na taxa básica de juros, ou taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), que é a taxa base de juros estabelecida pelo Banco Central, poderiam nos afetar negativamente, reduzindo a demanda pelo nosso crédito, aumentando os custos dos nossos fundos e aumentando o risco de inadimplência de clientes na proporção em que esses efeitos não forem compensados por margens maiores. Reduções na taxa SELIC também poderiam nos afetar negativamente, reduzindo a receita de juros que auferimos com os rendimentos de juros sobre nossos ativos e com nossas margens decrescentes. As medidas tomadas para controlar a inflação, aliadas à especulação pública sobre as possíveis medidas do governo, têm contribuído para a incerteza econômica no Brasil e aumento da volatilidade do mercado brasileiro de títulos e valores mobiliários. Futuras medidas do governo brasileiro, como redução na taxa de juros, intervenção no mercado de câmbio e medidas para ajustar ou fixar o valor do real podem causar aumentos na inflação. Se o Brasil enfrentar oscilações nas futuras taxas de inflação, nossos custos e nossas margens líquidas podem ser afetados e, se a confiança do investidor diminuir, o preço de nossos títulos poderá cair. A pressão inflacionária poderá afetar também a nossa capacidade de acesso aos mercados financeiros internacionais e levar as políticas antiinflacionárias que poderão prejudicar os nossos negócios ou afetar negativamente o preço de mercado de nossas ações preferenciais ou ADSs. A instabilidade na taxa de câmbio pode afetar negativamente a economia brasileira e o preço de mercado de nossas ações preferenciais e ADSs. Durante as últimas quatro décadas, a moeda brasileira foi periodicamente desvalorizada em relação ao dólar dos EUA e outras moedas estrangeiras. Durante todo esse período, o governo brasileiro implementou diversos planos econômicos e utilizou uma série de políticas de taxa de câmbio, incluindo desvalorizações repentinas, minidesvalorizações periódicas, durante as quais a freqüência dos ajustes variava de diária para mensalmente, sistemas de taxa de câmbio flutuante, controles de câmbio e mercados de taxas de câmbio duplas. A partir de 1999, o Brasil adota o sistema de câmbio flutuante, sendo que o Banco Central faz intervenções esporádicas através da compra ou venda de moedas estrangeiras. De tempos em tempos, houve variações significativas na taxa de câmbio entre a moeda brasileira e o dólar dos EUA e outras moedas. Por exemplo, o real desvalorizou 34,7% em relação ao dólar dos EUA em 2002. Embora o real tenha valorizado 58,8% em relação ao dólar no período de 22 de outubro de 2002 a 30 de maio de 2008, não há garantias de que o real não se desvalorizará em relação ao dólar dos EUA novamente. Em 31 de dezembro de 2007, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar dos EUA era de R$ 1,7713 por US$ 1,00. Em 24 de junho de 2008, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar dos EUA era de R$ 1,6046 por US$ 1,00. Além disso, alguns de nossos ativos e passivos são denominados em moedas estrangeiras – principalmente o dólar dos EUA – ou a elas atrelados. Na hipótese de desvalorização da moeda brasileira, iremos apurar ganhos com os ativos expressos em moedas estrangeiras ou a elas indexados, e, por outro lado, iremos apurar perdas com os passivos expressos em moedas estrangeiras ou a elas indexados. Em 2007, procuramos manter uma posição neutra em relação a nossa exposição em moeda estrangeira representada pelos investimentos em subsidiárias no exterior. Em vista disso, para fins fiscais, utilizamos instrumentos 15 derivativos tributáveis ou dedutíveis, que eram diferentes dos ganhos ou perdas com a conversão, os quais não são tributáveis ou dedutíveis no Brasil. Nossa política era de alcançar uma posição neutra em relação a nossa exposição em moeda estrangeira após considerarmos os efeitos da tributação. Embora procuremos manter uma posição neutra em relação a nossa exposição em moeda estrangeira, não se pode assegurar que seremos capazes de fazê-lo no futuro. Os desdobramentos e a percepção de riscos em outros países, especialmente países emergentes, podem afetar negativamente o preço dos títulos brasileiros, incluindo nossas ações preferenciais e ADSs. O valor de mercado dos títulos das empresas brasileiras pode ser afetado em graus variados pelas condições econômicas e de mercado em outros países, incluindo países latino-americanos e outros países de mercados emergentes. Embora as condições econômicas nesses países possam divergir de forma significativa das condições econômicas no Brasil, as reações dos investidores aos desdobramentos nesses outros países podem ter um efeito negativo no valor de mercado dos títulos de emitentes brasileiros. Crises em outros países dos mercados emergentes podem reduzir o interesse do investidor em títulos de emitentes brasileiros, incluindo os nossos. Isso poderia afetar negativamente o preço de mercado de nossas ações preferenciais e ADSs e também poderia dificultar o nosso acesso ao mercado de capitais e o financiamento de nossas operações no futuro de forma razoável ou integral. Fatores de risco relativos ao Itaú Holding e ao setor bancário Mudanças no regulamento podem nos afetar negativamente. Os bancos brasileiros, incluindo o Itaú, estão sujeitos à ampla e contínua supervisão do governo brasileiro, principalmente do Banco Central. Nós não temos nenhum controle sobre os regulamentos do governo, que regem todos os aspectos de nossas operações, incluindo os regulamentos que dispõe sobre: • exigências de capital mínimo; • exigências de depósitos compulsórios e/ou de reserva; • restrições de captação; • limites e outras restrições de crédito; e • exigências contábeis e estatísticas. A estrutura normativa que rege as instituições financeiras brasileiras está evoluindo constantemente. As emendas de leis e regulamentos existentes ou a adoção de novas leis e regulamentos poderiam afetar negativamente a nossa capacidade de conceder empréstimos, realizar investimentos ou prestar determinados serviços financeiros. O ambiente cada vez mais competitivo e as consolidações no setor bancário brasileiro podem nos afetar negativamente. Os mercados de serviços financeiros e bancários no Brasil são muito competitivos. Enfrentamos concorrência significativa de outros grandes bancos brasileiros e internacionais, tanto estatais como privados. O setor bancário brasileiro passou por um período de consolidação nos anos 90, quando uma série de bancos brasileiros foi liquidada e vários bancos estatais e privados importantes foram vendidos. A concorrência aumentou durante esse período à medida que os bancos estrangeiros entraram no mercado brasileiro por meio da aquisição de instituições financeiras brasileiras. A privatização de bancos estatais também tornou os mercados de serviços bancários e de outros serviços financeiros mais competitivos. O aumento da concorrência pode nos afetar negativamente, limitando a nossa capacidade de aumentar a base de clientes e expandir nossas operações, reduzindo nossas margens de lucro sobre os serviços bancários e outros serviços e produtos que oferecemos, e aumentando a concorrência para oportunidades de investimento. 16 Mudanças nas exigências de reserva e de depósitos compulsórios podem nos afetar negativamente. O Banco Central mudou periodicamente o nível de reservas e depósitos compulsórios que as instituições financeiras precisam manter junto ao Banco Central. O Banco Central pode aumentar as exigências de reservas e depósitos compulsórios no futuro ou impor novas exigências de reserva e depósitos compulsórios. Os depósitos compulsórios geralmente não proporcionam os mesmos retornos que outros investimentos e depósitos porque: • uma parcela dos depósitos compulsórios não rende juros; • uma parcela dos depósitos compulsórios deve ser detida em títulos do governo federal brasileiro; e • uma parcela dos depósitos compulsórios deve ser usada para financiar programas governamentais, incluindo um programa habitacional federal e subsídios do setor rural. Os nossos depósitos compulsórios para depósitos à vista, depósitos de poupança e depósitos a prazo totalizavam R$ 17,2 bilhões em 31 de dezembro de 2007. Qualquer aumento nas exigências de depósitos compulsórios pode reduzir a nossa capacidade de emprestar recursos e realizar outros investimentos e, conseqüentemente, nos afetar negativamente. Para obter informações mais detalhadas sobre depósitos compulsórios, consulte o “Item 4B. Visão geral do negócio – Depósitos compulsórios no Banco Central”. Exposição à dívida do governo federal brasileiro poderia nos afetar negativamente. Como muitos outros bancos brasileiros, investimos em títulos de dívida do governo brasileiro. Em 31 de dezembro de 2007, aproximadamente 5,2% de todos os nossos ativos e 24% de nossa carteira de títulos eram compostos de títulos de dívida emitidos pelo governo brasileiro. Qualquer falha por parte do governo brasileiro de efetuar pagamentos pontuais nos termos desses títulos, ou uma redução significativa no valor de mercado desses títulos, terá um efeito negativo relevante para nós. O acionista controlador tem o poder de direcionar nossas atividades e negócios. A Itaúsa – Investimentos Itaú S.A., ou Itaúsa, nossa principal acionista, detém atualmente, de maneira direta e indireta, 85,6% das nossas ações ordinárias e 43,9% do nosso capital total. Consulte o “Item 7A. Principais acionistas”. Dessa forma, a Itaúsa tem o poder de controlar a nossa instituição, inclusive o de eleger nossos conselheiros e diretores e determinar o resultado de qualquer ato que exija a aprovação dos acionistas, entre eles as transações com partes relacionadas, as reorganizações societárias e a data e o pagamento de dividendos. Estamos sujeitos a regulamentos de forma consolidada. O Banco Central trata a nós e as nossas subsidiárias e coligadas como uma única instituição financeira para fins normativos. Embora nossa base de capital consolidada proporcione poder e flexibilidade financeira para nossas subsidiárias e coligadas, suas atividades poderiam indiretamente colocar nossa base de capital em risco. Em especial, qualquer investigação ou intervenção do Banco Central nos negócios de nossas subsidiárias ou coligadas também pode ter um impacto em nossas outras subsidiárias e coligadas e, por fim, em nós. Riscos relativos às ações preferenciais e às ADSs A relativa volatilidade e ausência de liquidez dos mercados brasileiros de títulos e valores mobiliários podem limitar, de forma significativa, sua capacidade de vender as ações preferenciais subjacentes às ADSs pelo preço e na época em que desejar. O investimento em títulos negociados em mercados emergentes, como o Brasil, por exemplo, envolve com freqüência um risco maior do que o investimento em títulos de emissores em outros países, sendo que esses investimentos são geralmente considerados de natureza mais especulativa. O mercado brasileiro de títulos e valores mobiliários é significativamente menor, menos líquido, mais concentrado e pode ser mais volátil do que os principais mercados nos Estados Unidos ou em outros países. Nós não possuímos operações de crédito no mercado subprime norte-americano, incluindo obrigações de dívidas em garantia, entretanto, a 17 crise no mercado subprime dos Estados Unidos pode nos expor ao risco, em função do seu impacto no mercado brasileiro de títulos e valores mobilários. Dessa forma, muito embora seja possível retirar as ações preferenciais subjacentes às ADSs do custodiante a qualquer momento, sua capacidade de vender essas ações pelo preço e na época em que desejar pode ser substancialmente limitada. Existe também uma maior concentração, no mercado brasileiro, de títulos e valores mobiliários em comparação com os principais mercados de títulos e valores mobiliários, como os Estados Unidos ou outros países. As dez maiores companhias em termos de capitalização do mercado representavam 43,3% da capitalização total de mercado da BOVESPA em 31 de dezembro de 2007. As dez principais ações em termos de volume de negociação representavam por 51%, 46,4% e 41,5% de todas as ações negociadas na BOVESPA em 2005, 2006 e 2007, respectivamente. As ações preferenciais e as ADSs geralmente não concedem direito a voto. De acordo com a Lei das S.A. e nossos estatutos, os detentores de ações preferenciais e, portanto, de ADSs, não têm direito a voto nas assembléias de nossos acionistas, exceto em circunstâncias específicas. Consulte o “Item 10B – Estatuto Social”. Os detentores de ADSs podem ficar impossibilitados de exercer direitos de preferência em relação a nossas ações preferenciais. Podemos não conseguir oferecer nossas ações preferenciais a detentores americanos de ADSs, nos termos dos direitos de preferência concedidos aos detentores de nossas ações preferenciais em relação a qualquer futura emissão de nossas ações preferenciais, a menos que uma declaração de registro em vigor relativa a esses direitos, de acordo com a Lei de Valores Mobiliários dos EUA, esteja em vigor com respeito às ações preferenciais e aos direitos de preferência, ou se não houver uma isenção desse registro. Não somos obrigados a arquivar a declaração de registro relacionada aos direitos de preferência com respeito a nossas ações preferenciais, e não podemos nos garantir que arquivaremos uma declaração de registro nesse sentido. Se não arquivarmos uma declaração de registro ou se não houver uma isenção de registro, o Bank of New York Mellon, como depositário, fará uma tentativa de vender os direitos de preferência, e os detentores terão o direito de receber os resultados da venda. Entretanto, ocorrerá a decadência desses direitos de preferência caso o depositário não realize sua venda, sendo que os detentores americanos de ADSs não realizarão qualquer valor a partir da concessão dos direitos de preferência. Para mais informações sobre o exercício desses direitos, consulte o “Item 10B. Estatuto Social – Direitos de preferência no aumento de capital em ações preferenciais”. A renúncia de ADSs e a retirada de ações preferenciais poderá acarretar a perda da possibilidade de remeter moeda estrangeira para o exterior e de certas vantagens fiscais no Brasil. Como detentor de ADSs, o investidor beneficiar-se-á do certificado eletrônico de registro de capital estrangeiro obtido pelo custodiante por nossas ações preferenciais subjacentes às ADSs no Brasil, o que permite ao custodiante converter dividendos e outras distribuições relacionadas às ações preferenciais em moeda não brasileira e remeter os resultados para o exterior. Se o investidor renunciar às ADSs e retirar as ações preferenciais, ele terá o direito de continuar a utilizar o certificado eletrônico de registro do capital estrangeiro do custodiante durante apenas cinco dias úteis a contar da data da retirada. Dessa forma, quando da disposição ou distribuição relacionadas às ações preferenciais, o investidor não poderá remeter ao exterior qualquer moeda não brasileira, a menos que obtenha o seu próprio certificado eletrônico de registro de capital estrangeiro, ou se qualifique, nos termos dos regulamentos brasileiros sobre capital estrangeiro, ao direito de alguns investidores estrangeiros de comprar e vender ações nas bolsas de valores brasileiras sem ter que obter certificados eletrônicos separados de registro de capital estrangeiro. Se o investidor não se qualificar, nos termos das regulamentações estrangeiras sobre investimentos, ele estará, em geral, sujeito a um tratamento fiscal menos favorável aos dividendos, distribuições, e resultados de qualquer venda de nossas ações preferenciais. Se tentar obter o seu próprio certificado eletrônico de registro de capital estrangeiro, o investidor poderá incorrer em despesas ou sofrer atrasos no processo de aplicação, o que poderia atrasar o recebimento de dividendos ou das distribuições relacionadas às nossas ações preferenciais ou o retorno do capital de forma tempestiva. O certificado eletrônico do depositário do registro de capital estrangeiro pode também ser afetado negativamente por futuras alterações legislativas. 18 ITEM 4 INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA 4A. Histórico e desenvolvimento da Companhia A Companhia Nossas origens datam de 1944, quando os membros da família Egydio de Souza Aranha fundaram o Banco Federal de Crédito S.A., em São Paulo. A partir de 1973, passamos a operar sob a denominação de Banco Itaú S.A. Em 2006, o Banco Itaú S.A. era o segundo maior banco privado no Brasil, em termos de ativos, de acordo com a edição de 2007 da revista Valor 1000, uma publicação anual do jornal Valor Econômico, um periódico brasileiro especializado em negócios. Em 31 de dezembro de 2007, fomos considerados o segundo maior banco privado no Brasil em termos de capitalização de mercado pela Bolsa de Valores de São Paulo, ou Bovespa. O controle acionário do Itaú Holding é detido pela Itaúsa – Investimentos Itaú S.A., ou Itaúsa, uma holding controlada pelos membros da família Egydio de Souza Aranha. O nome do Itaú conforme condição do certificado de fundação é Banco Itaú Holding Financeira S.A., o qual também é usado em operações pelo Itaú para identificar-se. Somos regidos pelas leis da República Federativa do Brasil. Nosso Centro Administrativo está situado na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, nº 100, Torre Itaúsa, cep: 04344-902, São Paulo, SP, Brasil e o nosso telefone é (5511) 5019-1267. Nosso representante para citação nos Estados Unidos é o gerente geral de nossa filial localizada na Avenida Madison 540, New York, NY 10022-3721. Fatos recentes Não ocorreu nenhum fato significativo recentemente a ser divulgado. Investimentos Consulte o “Item 5B. Liquidez e Recursos de Capital – Ações Preferenciais Resgatáveis – Investimentos, para discussão sobre nossos investimentos nos últimos três anos fiscais. Divulgação Estatística para holdings bancárias Consulte o “Item 4B. Visão Geral do Negócio – Informações Estatísticas Selecionadas“, para informações adicionais sobre nossos negócios. 4B. Visão geral do negócio As quatro principais categorias de operações são: (i) bancária (incluindo banco de varejo, através do Banco Itaú, banco de atacado e de investimento, por meio do Banco Itaú BBA S.A., ou Itaú BBA, e crédito ao consumidor para clientes não correntistas, através da Itaucred), (ii) cartões de crédito, (iii) gestão de ativos e (iv) seguros, planos de previdência privada e planos de capitalização (uma espécie de poupança). Fornecemos um amplo leque de produtos e serviços de crédito e não de crédito a pessoas físicas, pequenas, médias e grandes empresas. Em 31 de dezembro de 2007 (exceto quando indicado), ocupávamos as seguintes posições no setor brasileiro de serviços financeiros: • o quarto maior grupo de seguros em termos de prêmios subscritos, exceto seguro saúde e Vida Gerador de Benefícios Livres, ou VGBL, de acordo com a SUSEP, • o maior gestor privado de ativos de fundos de pensão no Brasil, em termos de ativos sob gestão, de acordo com a ANBID, • o maior gestor de ativos de clientes de private bank, de acordo com a ANBID, 19 • o maior gestor de fundos mútuos entre os bancos do setor privado no Brasil, em termos de ativos sob gestão, de acordo com a ANBID, • a maior empresa de arrendamento mercantil no Brasil, em termos do valor presente das operações de arrendamento, de acordo com a ABEL, e • o maior prestador de serviços de valores mobiliários para terceiros, de acordo com a ANBID. Além disso, o nome “Itaú” foi classificado em 2007 como a marca mais valiosa no Brasil pela Interbrand, uma empresa de consultoria especializada no valor de marcas comerciais no mundo todo. Nossa organização foi reconhecida como a mais admirada empresa do Brasil pela TNS InterScience e pela Revista Carta Capital nas categorias previdência privada e varejo. O Itaú Holding também foi reconhecido como o melhor banco latino americano, o melhor banco brasileiro e o melhor private bank brasileiro pela revista Euromoney e como o banco mais sustentável e ético na América Latina pela revista Latin Finance/Management & Excellence. Estrutura acionária O Itaú Holding é uma holding financeira controlada pela Itaúsa, que controla um dos maiores grupos privados de negócios do Brasil. O Itaú Holding alcançou o segundo lugar entre os bancos privados no Brasil, em termos de lucro líquido, e o primeiro em termos de patrimônio líquido na edição de 2007 da Valor 1000. A Itaúsa é uma empresa de participações controlada pelos membros da família Egydio de Souza Aranha, que detém diretamente 85,6% das ações ordinárias do Itaú Holding. Consulte o “Item 7A. Principais acionistas”. A Itaúsa detém participações acionárias em diversas empresas atuantes nos setores financeiro e imobiliário, bem como nos setores de madeira, cerâmica, química e eletrônica. A receita anual total da Itaúsa foi de R$ 56,4 bilhões, R$ 51,7 bilhões e R$ 39,5 bilhões em 2007, 2006 e 2005, respectivamente. Suas principais empresas em termos de receitas são o Itaú Holding e suas subsidiárias que operam nos setores financeiro e de seguros, a Duratex S.A. no setor de madeira e cerâmica, a Itautec S.A. no setor de eletrônica, a Elekeiroz S.A. no setor químico e a Itaúsa Empreendimentos S.A., uma pequena empresa no setor imobiliário. A família Egydio de Souza Aranha detém 60,8% das ações ordinárias e 17,3% das ações preferenciais da Itaúsa. As ações ordinárias e preferenciais da Itaúsa são negociadas na BOVESPA. Pontos fortes competitivos Os principais pontos fortes de nossa organização são a ampla rede de agências na região mais rica do Brasil, a nossa capacidade de manter historicamente elevados retornos para nossos acionistas e em conseguir rapidamente ganhos em sinergia resultante de combinações de empresas, a nossa forte atuação no financiamento de veículos, a forte presença no mercado de grandes empresas e o nosso foco no controle de custos. Ampla rede de agências em áreas geográficas de maior poder aquisitivo e importância econômica A extensa rede nacional de agências do Itaú, embora de abrangência nacional, está estrategicamente concentrada no sudeste do Brasil, a região mais rica do país, que representa mais de 56,5% do Produto Interno Bruto, ou PIB, brasileiro em 2007. No final de 2007, nós tínhamos uma vasta rede de agências nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Goiás e São Paulo, representando, no total, aproximadamente 83% do total de agências do Itaú. Em 31 de dezembro de 2007, a rede de agências do Itaú representava 13,9% da rede de agências no Brasil, incluindo os bancos estatais, de acordo com o Banco Central. A extensa rede de agências do Itaú nas principais e mais ricas áreas econômicas proporciona-lhe uma forte presença no Brasil e uma vantagem competitiva para oferecer os seus serviços a uma ampla gama de clientes e lucrar a partir de oportunidades do mercado seletivo. Na Argentina, a rede de agências do Itaú está concentrada na região de Buenos Aires, que é, do ponto de vista econômico, a mais importante do país. A rede de agências das recentes aquisições no Chile e no Uruguai está concentrada nas áreas econômicas mais relevantes desses países, em particular Santiago e Montevidéu, respectivamente. A rede de agências do Itaú na Argentina, Chile e Uruguai fortalece suas operações fora do Brasil e coloca-o em uma posição singular para aproveitar as oportunidades nesses mercados,a fim de prestar melhores serviços locais aos clientes. 20 Capacidade de manter elevados retornos em diferentes cenários econômicos Ao longo das últimas décadas, temos sido capazes de ampliar nossa capacidade de gerar valor para nossos acionistas em meio a diferentes cenários econômicos. Apesar das significativas mudanças macroeconômicas ocorridas no Brasil, conseguimos manter uma trajetória de crescimento operacional constante, aumentando nossa participação de mercado e aumentando nosso total de ativos, a base de capital e o retorno das operações. Em 2007, o preço médio anual de nossas ações valorizou-se 26,6%. Nos últimos cinco anos, terminados em 2007, o retorno obtido por nossos investidores atingiu uma média de 39,6% a.a. contra 35,9% a.a. do Índice da BOVESPA, ou Ibovespa. Além disso, os ativos totais apresentaram um crescimento consistente, tendo passado de R$ 98,2 bilhões em 2002 para R$ 279,6 bilhões em 2007, como evidência da força da política de investimento e crescimento adotada nesse período. Capacidade para obter rapidamente ganhos em sinergia resultante de fusões, aquisições e jointventures Em quinze anos de crescimento, baseado, principalmente, em processos de fusões, aquisições e joint ventures, desenvolvemos um expertise e a capacidade para conseguir rapidamente ganhos em sinergia resultantes dessas combinações de empresas. Durante todo esse período, melhoramos a nossa desenvoltura em lidar com diferentes culturas corporativas e aprimoramos a nossa habilidade em divulgar os valores do Itaú e de cada um dos alvos da companhia. Mantemos o foco no potencial das alianças estratégicas em criar valor para nossos acionistas. Acreditamos que possuímos atualmente conhecimento e experiência adequada para avaliar o potencial de uma aquisição, tomar a decisão de compra e integrar a entidade adquirida em nossas operações. Forte atuação no Financiamento de Veículos Somos o atual líder de mercado com aproximadamente 25,4% de participação de mercado e uma carteira de financiamento e leasing de veículos de cerca de R$ 30,7 bilhões em 2007. Realizamos nossas transações de financiamento de veículos através de três canais de distribuição diferentes, totalizando mais de 16 mil pontos da venda cadastrados: concessionárias, revendedores multimarca e lojas em que se vendem caminhões e outros veículos pesados. Em 2007, a Itaucred Veículos, nossa unidade de negócios voltada para leasing e financiamento de veículos, passou a realizar operações de financiamento de motos e no final do exercício de 2007, contava com plataformas específicas em operação em São Paulo, Campinas e Belo Horizonte. A implementação dessas plataformas em escala nacional será realizada durante o ano de 2008. Forte Presença no Mercado Corporativo e de Banco de Investimentos A partir de 2003, reforçamos nossa presença no segmento corporativo e de banco de investimentos através de nossa subsidiária Itaú BBA. Aumentamos nossas atividades como banco de investimento para proporcionar aos nossos clientes serviços especializados em operações de fusão, aquisição, associação e joint venture. O Itaú BBA desempenha um papel ativo e importante nas ofertas públicas e privadas de ações. Tendo alcançado o valor de R$18,5 bilhões como coordenador líder e distribuidor de ofertas públicas iniciais e R$ 3,2 bilhões em ofertas públicas subseqüentes durante 2007, um aumento significativo se comparado aos R$ 7,3 bilhões em 2006. O Itaú BBA obteve o terceiro lugar no ranking dessas ofertas públicas e privadas de ações, de acordo com a Thomson, com participação de 10% no mercado. Em 2007, o Itaú BBA participou das ofertas de debêntures e notas promissórias que totalizaram R$ 18 bilhões. Em relação aos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), o Itaú BBA participou de operações que totalizaram R$ 1,7 bilhão. De acordo com a ANBID, em dezembro de 2007 o Itaú BBA era o primeiro banco de investimento em originação e distribuição de operações de renda fixa e de FIDC, com uma participação de mercado de 24% e 27%, respectivamente. Em renda variável, o Itaú BBA ficou em quarto lugar no ranking da ANBID, com 8% de participação do mercado. O volume de recebimentos e pagamentos relacionados com os serviços de administração de caixa aumentou 54% em 2007, em relação ao ano anterior. Foco no controle de custos Ao longo dos últimos anos, aumentamos o foco na racionalização e controle dos custos administrativos. Conseguimos obter significativas reduções decorrentes do empenho na revisão e reestruturação de processos. Investimos de forma consistente em ferramentas tecnológicas, desenvolvendo sistemas de fácil utilização pelos clientes. O crescimento das operações de auto-atendimento (isto é, operações que não requerem a assistência de um funcionário) via Internet e outros meios aumentaram o nosso controle de custo. De 2002 a 2007, as operações de auto-atendimento aumentaram 67,7%, totalizando aproximadamente 3,5 bilhões transações em 2007. Adicionalmente, recebemos e processamos todas as propostas de financiamento e leasing de veículos por meio da Internet, concedendo crédito aos clientes em um processo seguro e ágil. Outro indicador deste 21 foco no controle de custos é o índice de eficiência que melhorou 1.080 pontos base em dezembro de 2007 comparado ao mesmo período de 2003, passando de 60,1% para 49,3%. Acreditamos que esta constante busca pela excelência nos processos e na gestão de custos tem gerado valor para os acionistas e contribuído para reforçar nossa posição competitiva. Estratégias Ampliação da base de clientes Acreditamos em um expressivo potencial de crescimento dos serviços bancários no Brasil, uma vez que atualmente a parcela da população com acesso a produtos e serviços bancários é relativamente pequena. Assim, pretendemos nos beneficiar deste crescimento através da expansão de nossa rede de agências, que passou de 2.314 para 2,764 agências no período de cinco anos encerrado em 2007, o que representa, aproximadamente, 14,1% do total da rede de agências no Brasil. Também pretendemos continuar a expandir nossa base de clientes por meio da ampliação dos serviços voltados à população de baixa renda. Em 2007, atingimos 766 agências Taií e 315 pontos de serviços eletrônicos, totalizando 6,1 milhões de clientes, um aumento de 22,7% em comparação a 2006. Ampliamos também o foco nos funcionários do setor público e privado cujos salários são depositados em nossa instituição. Pretendemos desenvolver um relacionamento mais intenso com esses clientes por meio da venda de produtos e pela prestação de serviços financeiros. Além disso, acreditamos que a expansão de nossas atividades na Argentina, Chile e Uruguai contribuirá para a ampliação de nossa atual base de clientes nesses países. Ampliação de nossa carteira de crédito Ao longo dos últimos anos, estivemos atentos às oportunidades relacionadas à expansão da demanda por crédito no Brasil. A relação Crédito/PIB passou de 26,7% em 2001 para 34,8% em 2007, embora ainda seja inferior a outros países. Pretendemos aproveitar a crescente demanda para crédito no Brasil. Assim, procuramos ampliar significativamente o volume dos recursos alocados aos empréstimos e às transações de financiamento, desenvolvendo novos produtos de crédito e melhorando as ferramentas de gestão do portfolio, visando melhorar constantemente o perfil de risco da carteira. O resultado desta política é o crescimento considerável das operações de crédito sobre o total de ativos, passando de 34,8% em 2002 para 42,2 % em 2007, e nossa participação de mercado cresceu 100 pontos base em 2007, alcançando 12,1%. O segmento de financiamento de veículos representou uma das nossas operações mais proeminentes em 2007, com uma expansão significativa da carteira durante 2007, que totalizou R$ 30,7 bilhões, um crescimento de 66,7% em comparação a 2006. No segmento de cartão de crédito, tínhamos 14,8 milhões de cartões de crédito e mantivemos nossa posição de liderança em 2007, com um faturamento total de R$ 41,4 bilhões, correspondente a uma participação de mercado de 22,6%. A carteira de crédito do Itaú BBA cresceu R$ 5,7 bilhões em 2007, representando um aumento de 19,7%, se comparado com 2006. Acreditamos também que o mercado de crédito imobiliário no Brasil deverá apresentar um significativo desenvolvimento num horizonte de médio prazo e pretendemos nos beneficiar dessa oportunidade de mercado. O ambiente econômico favorável e os investimentos no setor imobiliário nos permitiram atingir um resultado inédito de R$ 2,4 bilhões em operações com pessoas físicas e jurídicas, um aumento de 164% em comparação a 2006. Além disso, nossa parceria com a Lopes Imobiliária, a maior corretora imobiliária do Brasil, nos proporcionou a oportunidade de nos beneficiarmos do mercado imobiliário. Adicionalmente, os créditos para hipotecas residenciais estabelecem uma relação de longo prazo com os clientes, sendo que pretendemos nos beneficiar de oportunidades de vendas cruzadas, oferecendo outros produtos e serviços para esses clientes. Pretendemos também aproveitar a expertise de nossas agências chilenas em créditos para hipotecas residenciais para ampliar nossas atividades e conhecimento nesta área. Oferta de novos serviços e produtos aos clientes Nosso principal negócio é a operação bancária de varejo e procuramos manter o foco nas necessidades e preferências de nossos clientes, aumentando desse modo o número de novos produtos e serviços oferecidos a eles. No período de 1997 a 2007, ampliamos o número médio de produtos vendidos aos clientes de varejo, o qual passou de 3,7 a 5,1 produtos por cliente. Além disso, acreditamos que podemos lucrar com oportunidades de cross-selling, particularmente sobre a base de clientes correntistas das alianças estratégicas e empresas adquiridas recentemente. Crescimento por meio de aquisições e alianças estratégicas Estudamos constantemente oportunidades de aquisição de bancos, empresas financeiras, seguradoras, fundos mútuos e carteiras de ativos no Brasil e no exterior, o que constitui um dos principais elementos de 22 nossa estratégia de crescimento. Ao longo dos últimos anos efetuamos uma série de aquisições de bancos e empresas financeiras com destaque para a aquisição das operações do BankBoston no Brasil, Chile e Uruguai ocorrida em 2006 e 2007. Além disso, a aquisição de instituições financeiras e carteiras de clientes contribuíram para o crescimento de 285,1% no volume de ativos sob administração que passou de R$ 52,3 bilhões em dezembro de 2002 para R$ 201,4 bilhões em dezembro de 2007. Além disso, realizamos uma série de parcerias estratégicas que visam ampliar o acesso a novos mercados e atingir novos clientes. Em 2007, celebramos um acordo de joint venture com a Lopes Imobiliária, com o objetivo de obter lucros a partir do desenvolvimento esperado do mercado de crédito imobiliário brasileiro e também compramos a carteira de clientes de private bank das operações do BankBoston na América Latina. Realizamos todas essas operações com o propósito de reforçar a nossa posição nos mercados de cartão de crédito, crédito imobiliário, private bank e financiamento de veículos. Acreditamos que as oportunidades de aquisição continuarão a surgir, no Brasil e no exterior, e esperamos que nossa experiência e conhecimento sejam fundamentais para a implementação dessa estratégia. Expansão das atividades na Argentina, Chile e Uruguai Com as aquisições das operações do BankBoston no Chile e no Uruguai, ampliamos nossa presença internacional e intensificamos nossas operações na América do Sul. Vínhamos atuando no mercado argentino desde o final da década de 70 quando abrimos nossas primeiras agências do Itaú. Nós subsequentemente reforçamos nossa posição na Argentina com a criação do Banco Itaú Argentina S.A., em meados da década de 90, com a aquisição do Banco del Buen Ayre S.A. em 1998 e a posterior criação do Banco Itaú Buen Ayre S.A. ou Banco Itaú Buen Ayre, com um total de 79 agências distribuídas pela capital e cidades do interior em março de 2008. A nossa operação no Chile cresceu significativamente com a ampliação em 29,7% de nossa carteira de crédito em 2007 nesse país. Tínhamos, em março de 2008, 60 agências em Santiago e em outras cidades chilenas. No Uruguai, as atividades em cartão de crédito (Oca Casa Financiera S.A., ou OCA) mantiveram nossa liderança do mercado, com aproximadamente 43% de participação no mercado. Em vista da ampliação de nossa presença na América do Sul, pretendemos continuar a aproveitar as oportunidades decorrentes do crescente processo de integração das economias latino-americanas, bem como da expansão da demanda por produtos e serviços financeiros nesses mercados. Crescimento das áreas de seguros, previdência privada e capitalização Nos últimos anos, intensificamos nossas operações nas áreas de seguros, previdência privada e capitalização. Os produtos de previdência privada, em particular VGBL e o Plano Gerador de Benefício Livre, ou PGBL (planos de aposentadoria) apresentam um rápido crescimento. Os novos depósitos de planos de previdência privada atingiram R$ 5,3 bilhões em 2007, um aumento de 20,2%, se comparado com 2006. Nossa intenção é continuar a nos beneficiar dessa maior tendência e aumentar a penetração de produtos na nossa base de correntistas. Operações A tabela a seguir apresenta as receitas segundo os USGAAP de cada uma de nossas três áreas de negócios, para cada um dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005: (em milhões de R$) 2007 2006 2005 Banco Itaú (1) 20.129 17.993 13.766 Receita de juros de operações de crédito e arrendamento mercantil 14.415 12.838 9.080 Receita de prestação de serviços 5.714 5.155 4.686 Itaú BBA 2.105 1.941 1.812 Receita de juros de operações de crédito e arrendamento mercantil 1.750 1.664 1.656 Receita de prestação de serviços 355 277 156 Itaucred 8.241 6.020 4.131 Receita de juros de operações de crédito e arrendamento mercantil 6.560 4.715 3.268 Receita de prestação de serviços 1.681 1.305 863 (1) Inclui varejo para todos os exercícios apresentados. As informações dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005 incluem receitas de atividades de banco corporativo que não foram transferidas para o Itaú BBA. 23 Nossas atividades de negócios são executadas principalmente no Brasil. Não discriminamos nossas receitas por mercado geográfico dentro do Brasil. Nossas receitas consistindo de receita financeira, receita de prestação de serviços e prêmios de seguros, receita de planos de previdência privada e de planos de capitalização são divididas entre receitas auferidas no Brasil e no exterior. As informações na tela abaixo são apresentadas depois de eliminações na consolidação. (em milhões de R$) 2007 Receitas financeiras No Brasil No exterior Receita de prestação de serviços No Brasil No exterior Prêmios de seguros, receitas em planos de previdência privada e de capitalização No Brasil No exterior 2006 2005 22.725 19.217 14.004 20.436 18.143 13.236 2.289 1.074 768 7.750 7.495 255 6.737 6.642 95 5.705 5.635 70 3.500 3.500 - 3.479 3.479 - 2.681 2.681 - A tabela a seguir apresenta as receitas no exterior por categoria de negócios para cada exercício findo em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005: (em milhões de R$) 2007 Itaú - Área Bancária Argentina Chile Uruguai Outras empresas no exterior (1) Itaú BBA Outras empresas no exterior (1) Itaú - Cartões de Crédito Argentina Uruguai 1.566 205 539 323 499 915 915 63 11 52 2006 2005 683 159 523 475 475 11 11 - 461 126 335 366 366 11 11 - (1) Inclui Banco Itaubank S.A. - Agência de Nassau e Líbero Trading International Ltd. (Cayman); Banco Itaú S.A. - Agências de Grand Cayman, Nova Iorque e Tokio; Banco Itaú Holding Financeira S. A. - Agência de Grand Cayman, Peroba Ltd. e Banco Itaú-BBA S.A. Agência de Nassau, Sucursal Uruguai, Mundostar S.A., Karen International Ltd., Nevada Woods S.A. e AKBAR - Marketing e Serviços, Lda. (extinta em 31/08/2006). Banco Itaú Holding Financeira S.A. Visão geral Fornecemos um amplo leque de serviços bancários a uma base diversificada de clientes pessoas físicas e jurídicas. Tais serviços são proporcionados de maneira integrada pelo Itaú, Itaú BBA e Itaucred. Nossas operações bancárias estão divididas em três segmentos, cada qual especializada em um tipo de cliente. São elas: • Banco de varejo, por meio do Itaú, incluindo: • Banco de varejo (pessoas físicas e microempresas) • Personnalité (pessoas físicas de alta renda) • Private bank (pessoas físicas de alto patrimônio líquido) • Pequenas empresas (UPJ, ou Unidade de Pessoa Jurídica) • Empresas de médio porte 24 • Clientes corporativos e banco de investimento, por meio do Itaú BBA • Crédito ao consumidor para clientes não-correntistas, por meio do Itaucred. Essas áreas especializadas nos permitem fornecer aos nossos clientes produtos e serviços bancários personalizados, que acreditamos que irá trazer melhorias em nossa posição competitiva em cada uma dessas áreas. Banco Itaú S.A. O Itaú fornece serviços principalmente nas seguintes áreas: • Atividades bancárias de varejo • Setor público • Personnalité • Private Bank • Pequenas empresas • Empresas de médio porte • Cartões de crédito • Gestão de ativos • Institucional • Serviços de títulos e valores mobiliários para terceiros • Corretagem • Seguros, planos de previdência privada e produtos de capitalização Atividades bancárias de varejo Nosso negócio principal é o banco de varejo, que atende principalmente pessoas físicas e, em menor proporção, microempresas. A atividade de varejo é uma fonte fundamental de recursos e um significativo gerador de receitas financeiras e de tarifas para o Itaú. Por meio de nossa ampla rede, prestamos serviços a mais de 12,7 milhões de clientes em 31 de dezembro de 2007. As margens dessas operações normalmente são mais elevadas do que as dos serviços e operações de crédito para empresas médias e grandes. Classificamos os clientes de varejo nas seguintes categorias: • Clientes pessoa física (subdivididas de acordo com um sistema de pontuação por relacionamento); • Clientes com gestão de conta (com renda anual entre R$ 38.400 e R$ 60.000); e • Microempresas (com faturamento anual inferior a R$ 500.000). O nosso objetivo no setor de varejo é nos concentrar nos clientes, pois eles são usuários potenciais de todos os nossos produtos e serviços bancários. Lançamos promoções nas quais oferecemos novos produtos e serviços específicos para clientes atuais que podem beneficiar-se dessas ofertas. Com base no perfil do cliente, determinamos quais estratégias de comercialização e de canais de distribuição são provavelmente as mais eficazes. Usamos o sistema de varejo como um canal de distribuição abrangente para todos os produtos e serviços. Assim, diferentemente de alguns de nossos concorrentes, oferecemos cartões de crédito, seguro patrimonial, vida e acidentes, financiamento de automóveis, planos de previdência, gestão de ativos e planos 25 de capitalização em nossas agências, por meio dos mesmos funcionários que prestam serviços aos clientes, para atender às suas necessidades bancárias tradicionais. Os baixos níveis de inflação verificados a partir de meados de 1994 obrigaram os bancos brasileiros, o Itaú inclusive, a contar mais com a receita de tarifas e menos com o “float”, o lucro líquido auferido pelos bancos proveniente de passivos não remunerados e do tempo necessário para a compensação interbancária de cheques e outros instrumentos. Ao mesmo tempo, a baixa inflação permitiu a concessão de mais empréstimos pessoais e de consumo. Cerca de 5% do nosso crédito de varejo para clientes pessoas físicas corresponde a cheques especiais de contas correntes, que nos fornecem margem superior a da taxa média de nossa carteira de empréstimos. Também concedemos empréstimos pessoais para outros propósitos, entre eles a compra de eletrodomésticos, que em geral não são garantidos. Além disso, concedemos crédito ao consumidor para a compra de veículos. Geralmente exigimos que tais empréstimos sejam garantidos pelo veículo financiado. Nossos empréstimos pessoais para compras em geral possuem vencimento de 12 a 18 meses e de 24 a 60 meses para compra de veículos. Em 31 de dezembro de 2007, os empréstimos a pessoas físicas e clientes com gestão de conta somavam aproximadamente R$ 62 bilhões ou cerca de 54% do total da carteira de empréstimos. Microempresas No final de 2005, constituímos 150 unidades na cidade de São Paulo para prestar serviços especializados para empresas com receitas anuais inferiores a R$ 500.000. Em 2006, ampliamos nossos serviços para mais 80 localidades no interior do Estado de São Paulo, seguidas por 94 escritórios no Estado do Rio de Janeiro. Os gerentes destas unidades são treinados para oferecer soluções personalizadas e prestar assessoria detalhada sobre todos os produtos e serviços para clientes, bem como para micro e pequenas empresas. Procuramos nos beneficiar do grande potencial deste segmento, ainda pouco explorado, atendendo às necessidades destas empresas e dos seus proprietários, principalmente com relação ao gerenciamento de fluxo de caixa e linhas de crédito. Em 2007, expandimos este serviço para os Estados de Minas Gerais e Paraná, elevando o número total de gerentes para 700 e o de clientes atendidos para 220.000. As linhas de crédito aumentaram, em geral, em cerca de 45%. Em 2008, planejamos expandir nossos serviços para os Estados de Rio Grande do Sul, Bahia e Goiás, de forma a atender até 313.000 clientes, com um total de 945 gerentes. Esperamos também aumentar as linhas de crédito em aproximadamente 60%. Setor Público Fomos um dos pioneiros entre os bancos privados a operar no setor público. Fomos também pioneiros ao realizar a primeira operação de antecipação de royalties a um governo federal feito por um banco privado. Nosso setor público possui uma estrutura dedicada exclusivamente aos órgãos públicos das esferas federal, estadual e municipal dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Para atender este segmento, atuamos por meio de plataformas distintas das agências bancárias de varejo, com equipes de gerentes exclusivos e especialmente capacitados para fornecer soluções customizadas referentes a recolhimento de impostos, serviços de câmbio, administração de recursos de órgãos públicos, pagamento de fornecedores, dos salários de funcionários públicos e aposentadoria. Como resultado da utilização dessas plataformas, temos quantidades significativas de negócios neste segmento, principalmente naqueles estados em que adquirimos instituições financeiras privatizadas, que anteriormente eram estatais. Em 2007, nosso segmento que atende o setor público realizou um estudo detalhado sobre os negócios de nossos clientes, focado nas áreas de licitação, orçamento e na lei de responsabilidade fiscal, entre outras. Como resultado desse estudo, implementamos iniciativas que fortaleceram nossa estratégia de crescimento sustentável, com base na geração e manutenção da fidelidade do cliente, oferecendo uma linha completa de produtos financeiros e serviços para clientes do setor público, com a conveniência da rede de serviços do Itaú. Itaú Personnalité Fomos um dos pioneiros no setor bancário brasileiro a proporcionar um tratamento personalizado para pessoas físicas de alta renda (pessoas físicas que ganham mais do que R$ 5.000 por mês e que têm investimentos superiores a R$ 50.000). Desde 1996, o Itaú Personnalité, ou Personnalité, é a nossa divisão que oferece serviços especializados para atender às complexas demandas desses clientes. 26 O diferencial do Personnalité consiste em oferecer (1) os serviços de consultoria pelos seus gerentes, que conhecem as necessidades específicas desses clientes; e (2) a grande carteira de produtos e serviços exclusivos disponibilizados em uma rede dedicada localizada nas principais cidades brasileiras, formada por agências exclusivas e sofisticadas. Os clientes Personnalité também podem utilizar a rede de agências e os caixas eletrônicos do Itaú em todo o país. Desde a sua criação em 1996, o Personnalité vem expandindo a sua participação de mercado no segmento de alta renda. Em 2006, com a aquisição das operações do BankBoston no Brasil, o Personnalité consolidou a liderança no mercado de pessoas físicas de alta renda. Por meio de uma rede exclusiva de 163 agências, a base de clientes do Personnalité chegou a 434.000 em 31 dezembro de 2007, representando R$ 58,1 bilhões de ativos administrados, depósitos e outros. Private Bank O Itaú Private Bank, líder nesse setor no Brasil, presta serviços de consultoria financeira a cerca de 17.000 clientes latino-americanos. Seus 516 funcionários dedicam-se a oferecer serviços de consultoria financeira a clientes com pelo menos US$ 250.000 de ativos disponíveis para investimento. Além disso, os clientes têm à sua disposição um leque completo de produtos e serviços bancários tradicionais. Os serviços de consultoria financeira são prestados por equipes experientes de gerentes de conta de private bank, com o apoio de especialistas em administração de patrimônio, que recomendam as soluções mais apropriadas ao perfil de risco de cada cliente. Os produtos do mercado local incluem depósitos a prazo, fundos mútuos, produtos de tesouraria e corretagem. Atendemos às necessidades de nossos clientes por serviço de private bank no exterior por meio de duas instituições independentes, cujas operações são voltadas exclusivamente para a divisão internacional de private banking e controladas pelo Banco Itaú Europa: o Banco Itaú Europa Luxembourg e o Banco Itaú Europa International, localizado em Miami. O Banco Itaú Europa International foi o resultado das aquisições das operações do BankBoston International e de private banking do ABN Amro nos Estados Unidos. O Banco Itaú Europa International tem clientes na Argentina, Brasil, Chile, México, Uruguai, Venezuela e alguns outros países. Administramos carteiras de pessoas físicas em uma base arbitrária, conforme as diretrizes acordadas com cada cliente. As carteiras podem incluir fundos mútuos administrados por outras instituições financeiras em uma estrutura totalmente aberta. As tarifas cobradas de clientes de private banking são, na maioria dos casos, baseadas na gestão de ativos. Em 31 de dezembro de 2007, nossa atividade de private banking no Brasil e no exterior registrava ativos administrados no montante equivalente a US$ 27,7 bilhões, incluindo US$ 4,1 bilhões registrados pelo Banco Itaú Europa Luxembourg e US$ 6 bilhões registrados pelo Banco Itaú Europa International, Miami. A revista Euromoney incluiu o Itaú Private Bank, pelo quinto ano consecutivo, entre os cinco melhores private banks que oferecem serviços e produtos para brasileiros. Na última pesquisa anual realizada pela revista Euromoney com private banks e prestadores de serviços terceirizados, o Itaú Private Bank melhorou a sua classificação, subindo da quarta posição em 2007 para a segunda posição em 2008, como o melhor prestador de serviços e produtos na América Latina. Também somos o único private bank de mercados emergentes classificados entre os quinze melhores private banks do mundo. Em 2007, como reconhecimento por sua excelência em gestão, o Itaú Private Bank ganhou o Prêmio Nacional de Qualidade 2007, ou PNQ, sendo o primeiro e único private bank a receber tal prêmio. O PNQ integra uma rede global de prêmios de excelência em desempenho que inclui o Prêmio Nacional de Qualidade Baldridge e o Prêmio Europeu de Qualidade. Pequenas empresas Nosso relacionamento com pequenas empresas conta com uma estrutura específica desde 2001. Possuímos 227 unidades localizadas em todo o país e quase 1.000 gerentes que trabalham para mais de 140.000 empresas com receitas anuais que variam de R$ 500.000 a R$ 6 milhões. Em 2008, planejamos ter 1.300 gerentes trabalhando para mais de 190.000 pequenas empresas. Todos os nossos gerentes são certificados pela ANBID e recebem treinamento o ano todo para aprimorar os seus conhecimentos, permitindo-lhes oferecer as melhores soluções para o perfil de cada cliente. 27 Nossos clientes contam com nossa capacidade de oferecer produtos, prazos e, especialmente, taxas adequadas às suas necessidades. A partir de 2006, todas as contas abertas para novos clientes passaram por um rigoroso procedimento de análise. Em 2007, para reforçar nossa eficiência nesse segmento, revisamos nossa política para aumentar a aprovação de crédito e reintegração de garantia. Os empréstimos para pequenas empresas em 31 de dezembro de 2007 totalizaram R$ 3,1 bilhões. Empresas de médio porte Mantemos relacionamento com cerca de 56.000 clientes empresariais de médio porte, que representam uma ampla gama de empresas brasileiras. Nossos clientes de médio porte são, em geral, empresas com faturamento anual superior a R$ 6.0 milhões. Oferecemos às empresas de médio porte serviços de cobrança e de pagamentos eletrônicos. Estamos capacitados a prestar tais serviços com um alto nível de eficiência em praticamente qualquer tipo de pagamento, inclusive por meio da Internet. Cobramos tarifas de cobrança e tarifas para efetuar pagamentos - tais como folha de pagamento – em nome de nossos clientes. Oferecemos um leque completo de produtos e serviços financeiros aos clientes de médio porte, incluindo depósitos, opções de investimento, seguros, planos de previdência privada e produtos de crédito. Os produtos de crédito abrangem empréstimos de capital para investimentos, empréstimos de capital de giro, financiamentos de estoques, financiamentos comerciais, serviços de câmbio, serviços de arrendamento mercantil de equipamentos, cartas de crédito e garantias. Executamos também transações financeiras em nome desses clientes, como transações interbancárias, operações no mercado aberto e de futuros, swaps, hedges e transações de arbitragem. Contamos com mais de 700 gerentes especializados ao segmento de empresas de médio porte. Esses gerentes trabalham em cerca de 150 escritórios especializados, localizados nas principais agências. De acordo com as práticas normais de empréstimos no Brasil, nossa carteira de empréstimos é predominantemente de curto prazo. Nossas margens nos empréstimos a empresas de médio porte costumam ser mais elevadas do que aquelas que cobramos em empréstimos para grandes empresas. Os empréstimos a empresas de médio porte totalizaram cerca de R$ 12,3 bilhões em 31 de dezembro de 2007. Cartões de crédito Os nossos principais desafios no segmento de cartão de crédito é ampliar a base de clientes e aumentar a rentabilidade da carteira. Para essa finalidade, nossa divisão de cartão de crédito concentra-se no desenvolvimento de novos produtos, aprimoramento das parceiras, venda cruzada de produtos financeiros e realização de vendas através de canais alternativos. A aquisição das operações do BankBoston no Brasil em setembro de 2006 produziu um impacto significativo em nossa carteira premium (de clientes de alta renda). Como resultado, o número de detentores de cartões do Itaú Personnalité dobrou em 2007. Adicionalmente, a Orbitall Serviços e Processamento de Informações Comerciais S.A., ou Orbitall, uma empresa de processamento de dados, se estabeleceu como um prestador de serviços atraente para bancos e redes de varejo. Mais de 29 milhões de cartões foram processados em 2007, um crescimento de 8% sobre 2006 (9,6 milhões de cartões são de clientes externos). No exercício findo em 31 de dezembro de 2007, a base de cartões do Banco Itaucard S.A., ou Itaucard, era de 14,8 milhões de cartões, dos quais 7,4 milhões eram de clientes correntistas do Itaú e o volume final de transações totalizou R$ 41,4 bilhões. Mantivemos a liderança com 22,6% de participação no mercado, em termos de faturamento, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, ou ABECS. Gestão de ativos Após a aquisição das operações do BankBoston no Brasil, em 2006, tornamo-nos o maior gestor de fundos mútuos entre os bancos do setor privado do Brasil em termos de ativos administrados, de acordo com a ANBID. Em 31 de dezembro de 2007, tínhamos um total de ativos líquidos em administração de R$ 184.9 bilhões em nome de aproximadamente 1,6 milhão de clientes. Também fornecemos serviços de administração de carteiras para fundos de pensão, empresas, clientes de private banking e investidores estrangeiros. Segundo a ANBID, em 31 de dezembro de 2007 nossa organização era o maior administrador de ativos de clientes de private banking e o maior gestor privado de ativos de fundo de pensão no Brasil, com base nos 28 ativos administrados. Em 31 de dezembro de 2007, tínhamos R$ 120,4 bilhões de ativos líquidos em carteiras administradas para fundos de pensão, empresas e clientes de private banking. Nossas tarifas são baseadas na média do ativo líquido dos fundos, as quais calculamos diariamente. As tarifas são em média de aproximadamente 2,8% ao ano para fundos direcionados aos clientes de varejo e de 0,2% a 0,5% ao ano para fundos direcionados a clientes corporativos. As tarifas dos serviços de administração de carteira são negociadas de forma privada e variam dependendo do tamanho e dos parâmetros de investimento dos fundos sob administração. Oferecemos e administramos 1.014 fundos mútuos (inclusive fundos adquiridos do BankBoston no Brasil), que são sobretudo fundos de renda fixa e curto prazo/DI. Para pessoas físicas, oferecemos 61 fundos aos nossos clientes de varejo e 137 aos clientes do Itaú Personnalité. Os clientes de private banking podem investir em mais de 484 fundos, inclusive aqueles oferecidos por outras instituições. A área executiva de mercado de capitais do Itaú oferece fundos mútuos personalizados para os clientes institucionais, corporativos e de private banking. Em dezembro de 2007, a Fitch Ratings, uma das maiores agências internacionais de classificação (rating)¸ no Brasil, manteve para o segmento de gestão de ativos de nossa instituição a classificação AM1 (bra) (a maior classificação atribuída a um gestor de ativos). Nossa organização figura na mais alta categoria de classificação desde julho de 2003. Institucional No final de 2007, o fundo mútuo Itaú Excelência Social – FIES – contemplou 20 organizações não governamentais voltadas ao desenvolvimento de projetos educacionais. Cada organização recebeu cerca de US$ 90.000. O FIES foi lançado em 2004 com o objetivo de oferecer uma alternativa de investimento em um fundo mútuo que cumprissem objetivos sociais e éticos. A ética é um elemento essencial na seleção de empresas da carteira, seguindo princípios da responsabilidade social: governança corporativa, práticas sociais e proteção ambiental. Além disso, 50% da taxa de administração do fundo é direcionada a projetos sociais voltados para educação infantil, ambiental e dos funcionários, selecionados pelo conselho consultivo do fundo. Os números do setor de dezembro de 2007 demonstram que o FIES é um dos líderes na sua categoria no Brasil, com participação de 36,2%. O FIES oferece aos investidores a combinação ideal de retornos notáveis com compromisso social. Serviços de títulos e valores mobiliários para terceiros Prestamos serviços de títulos e valores mobiliários para terceiros nos mercados de capital brasileiros, atuando como custodiantes, agentes de transferência e detentores registrados. Em 2007, nossa organização foi classificada como a maior prestadora de serviços de títulos e valores mobiliários para terceiros pela ANBID. O valor de mercado de títulos e valores mobiliários sob nossos serviços em 31 de dezembro de 2007 era de aproximadamente R$ 2,1 trilhões. Naquela mesma data, atuamos como agente de transferência para 438 empresas brasileiras. Entre as empresas listadas na BOVESPA, o Banco Itaú tem 60% de participação no mercado como agente de transferência. Também atuamos como detentor registrado de debêntures de 148 contratos. Nosso amplo leque de produtos abrange custódia local e internacional. Os produtos compreendem a atuação como agentes de transferência, prestação de serviços relativos a debêntures e notas promissórias, serviços de custódia e controle de fundos mútuos, fundos de pensão e carteiras, serviços de agente fiduciário, serviços relativos a investidores não residentes no país e serviços de custódia de programas de recibos depositários. O sistema de processamento e a equipe especializada de 597 funcionários gerenciam mais de 7.795 carteiras de fundos mútuos, investidores institucionais e carteiras privadas, bem como cerca de 7 milhões de contas de investidores em fundos mútuos e empresas, como agente de transferência. Corretagem A Itaú Corretora de Valores S.A., ou Itaú Corretora, presta serviços de corretagem desde 1965, atuando na BOVESPA e na Bolsa de Mercadorias e Futuros – BM&F, ou BM&F. 29 A Itaú Corretora de Valores posicionou-se como “especialista brasileira” em pesquisa de alta qualidade, que oferece aos clientes uma grande variedade de produtos financeiros e apresenta grande capacidade de distribuição, cobrindo desde clientes de varejo até investidores institucionais nacionais e estrangeiros. Prestamos serviços de corretagem a clientes internacionais através da Itaú Securities Inc., nossa corretora em Nova York, bem como através da agência de Londres do Banco Itaú Europa e da corretora em Hong Kong, Itaú Ásia Securities Limited. Os destaques da Itaú Corretora de Valores em 2007 são: • Primeiro lugar em número de investidores no segmento de varejo – Prêmios BOVESPA em 2007; • Primeiro lugar na classificação da ANBID para a distribuição de produtos nacionais de renda fixa nos mercados de capitais brasileiros, com um volume total de R$ 4,2 bilhões e participação de mercado de 23%; • Primeiro lugar na classificação da ANBID para a distribuição de contas a receber lastreadas em ativos, com um volume total de R$ 0,7 bilhão e participação de mercado de 27%; • Participação na distribuição de 19 ofertas públicas de ações lideradas pelo Itaú BBA. O grupo ficou em terceiro lugar na classificação da ANBID para a distribuição de ações nos mercados de capitais brasileiros, com 8,1% de participação de mercado; • Terceiro lugar no “The 2007 All-Brazil Research Team” em investidores institucionais; e • A Itaú Corretora conseguiu certificação em quatro programas de qualificação operacional (carrying broker (foco na custódia de posições), execution broker (foco no trading profissional), retail broker (foco no mercado corporativo) e agro broker (foco no agronegócio). Esses programas foram lançados pela BM&F para proporcionar solidez econômica e operacional a corretoras em mercados de derivativos. Seguros, planos de previdência privada e produtos de capitalização Seguros Em 31 de dezembro de 2007, éramos o quarto maior grupo de seguros do Brasil em termos de prêmios subscritos, exceto seguro saúde e VGBL, de acordo com a SUSEP. Em 31 de dezembro de 2007, os prêmios subscritos por nossa instituição totalizaram aproximadamente R$ 3,2 bilhões. Realizamos também operações de seguros através da participação de 27,5% na AGF Brasil Seguros S.A., uma companhia de seguros gerais. Os principais ramos de seguros que oferecemos são vida, automóvel, residência e patrimonial para pequenas e médias empresas. Seguro de vida representou 33,2% dos prêmios subscritos pela Itaú Seguros S.A. e Itaú Vida e Previdência S.A. e, automóvel, residência e patrimonial para pequenas e médias empresas representaram 34,4%, 5,6% e 7,2%, respectivamente pela Itaú Vida e Previdência S.A. em 31 de dezembro de 2007. Além disso, oferecemos apólices personalizadas para grandes empresas que são comercializadas pela Itaú-XL Seguros Corporativos S.A. Temos ainda uma pequena carteira de apólices de seguro saúde. Vida Segundo a SUSEP, somos o terceiro maior grupo de seguros nesse ramo, sendo que respondemos por R$ 915 milhões de prêmios subscritos em 31 de dezembro de 2007, o que representa 8,6% de participação no mercado. Comercializamos quase todas as apólices deste ramo através de nossas operações bancárias, representando 76% do total de prêmios em 31 de dezembro de 2007. Comercializamos também seguro de vida em grupo para empresas comerciais e industriais através de corretores locais independentes, que corresponderam a 18,2% do total de prêmios em 31 de dezembro de 2007. Para incrementar nossas atividades nesse ramo, buscamos aprimorar a gestão de relações com o cliente para reduzir o número de cancelamento de apólices. Também procuramos desenvolver produtos específicos ao perfil de cliente, que pode ser um correntista Itaú, ou um cliente que contatamos através de telemarketing, Internet, caixas eletrônicos ou 30 terminais de caixa. Além disso, focamos no seguro de empréstimo para garantir operações de empréstimo para produtos de consumo, como veículos e outras operações de crédito. Patrimonial: Residencial e Automóveis Somos líderes do ramo residencial no segmento patrimonial, com 19,1% de participação no mercado e prêmios subscritos de R$ 155 milhões em 31 de dezembro de 2007. Comercializamos apólices principalmente através de nossas operações bancárias, que corresponderam a 87,5% do total de prêmios em 31 de dezembro de 2007 e através de corretores locais independentes, que corresponderam a 10,2% do total de prêmios em 31 de dezembro de 2007. Em 31 de dezembro de 2007, tínhamos 7% de participação no mercado no ramo de seguro de automóveis com prêmios subscritos de R$ 946 milhões. Comercializamos apólices principalmente através de corretores locais independentes, representando 92,4% do total de prêmios em 31 de dezembro de 2007. Para incrementar nossa participação de mercado nesse segmento, procuramos reforçar nosso relacionamento com as corretores locais independentes, que são o canal de distribuição mais importante neste ramo, compartilhando com eles estratégias para vender apólices de automóveis para nossos clientes. O aumento na participação no mercado também contribuirá para obtenção de ganhos de escala e redução de custos operacionais. Grandes Riscos Em setembro de 2006, nós e a XL Capital Ltd., uma das maiores seguradoras do mundo no segmento de grandes riscos, criamos uma nova companhia seguradora, a Itaú XL Seguros Corporativos S.A., ou Itaú XL, que se dedica aos negócios de grandes riscos de seguros comerciais e industriais no Brasil. Nossa intenção é aumentar nossa participação no mercado no segmento de grandes riscos por meio de corretores locais independentes e firmas corretoras multinacionais. Contratamos resseguros para a parcela dos riscos que subscrevemos particularmente de grandes propriedades, acidentes marítimos e riscos que excedam os limites de retenção escolhidos previstos na regulamentação. Os riscos que ultrapassam os limites de retenção devem ser atribuídos ao Resseguro Local/Admitido/Possível, de acordo com a Lei Complementar 126 publicada em 15 de janeiro de 2007 e com a Regulamentação SUSEP publicada em 17 de dezembro de 2007. Planos de previdência privada Em 2007, os saldos das reservas de planos de previdência privada PGBL e VGBL e as provisões para benefícios a conceder totalizaram R$ 21,3 bilhões, 31,9% a mais do que em 2006. Esses montantes incluem o VGBL que, para fins regulatórios, é considerado seguro de vida, embora o seu teor seja de plano de previdência privada que proporciona benefícios na forma de remuneração. Em 2007, nossas reservas em planos corporativos aumentaram 8,7%, de acordo com a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida, ou FENAPREVI. Nossos ativos nesses planos totalizaram R$ 2 bilhões em dezembro de 2007. Em 31 de dezembro de 2007, fomos considerados o segundo maior gestor de planos de previdência privada no Brasil em termos de total de ativos, segundo a FENAPREVI. Em 31 de dezembro de 2007, registramos R$ 20,7 bilhões em ativos relacionados aos passivos de previdência privada (incluindo VGBL), uma elevação de 28,2% em comparação com 2006. Nosso foco é a gestão de planos abertos de previdência privada, que estão sendo discutidas na reforma dos planos de previdência social e apresentam forte crescimento. Produtos de Capitalização Os produtos de capitalização são uma espécie de conta de poupança pelas quais o cliente deposita uma quantia fixa, devolvida ao término de um prazo previamente acordado, acrescida dos juros auferidos. Em troca, o cliente participa de um sorteio periódico, concorrendo a significativos prêmios em dinheiro. Em 31 de dezembro de 2007, contávamos com cerca de 5,1 milhões de planos de capitalização em aberto, com ativos de R$ 1,1 bilhão. Esses produtos são distribuídos através de nossa rede de agências de varejo, agências Itaú Personnalité e canais eletrônicos, como a Internet e os caixas eletrônicos. Vendemos esses produtos através de nossa controlada Cia. Itaú de Capitalização. Em 2007, o total de vendas de planos de capitalização foi de aproximadamente R$ 898,2 milhões. Nesse período, desenvolvemos também outros produtos voltados a 31 clientes de menor renda. Distribuímos mais de R$ 18,6 milhões de prêmios em dinheiro a 756 clientes no decorrer de 2007. Itaú BBA O Itaú BBA é responsável por nossas operações bancárias do segmento corporativo e do banco de investimento. O Itaú BBA oferece uma carteira completa de produtos e serviços para os 2.000 maiores grupos econômicos do Brasil através de uma equipe de profissionais altamente qualificados. As atividades do Itaú BBA variam de transações típicas de um banco comercial a transações em mercado de capitais e consultoria em fusões e aquisições. Essas atividades são completamente integradas, o que permite atingir um desempenho voltado aos melhores interesses de seus clientes, independentemente dos produtos e serviços oferecidos. Ao longo de 2007, o Itaú BBA consolidou sua posição como o principal banco de atacado no Brasil devido ao crescimento consistente de suas atividades de banco de investimento; maior sofisticação e inovação de transações estruturadas e de derivativos com maior valor agregado; expansão internacional com ênfase na participação do Itaú BBA na estruturação e desenvolvimento de mercados de empresas de grande porte na Argentina e no Chile, bem como desenvolvimento de produtos e serviços de gestão de caixa. Em setembro de 2007, nós transferimos ao Itaú BBA 910 grupos econômicos como parte das reavaliações periódicas dos perfis e perspectivas de clientes de grande porte do Itaú Holding. Consequentemente, a base de clientes do Itaú BBA cresceu substancialmente, consolidando um modelo de gestão voltado para o desenvolvimento de relações íntimas com o cliente e com conhecimento profundo de clientes de grande porte. Banco de Investimento O Itaú BBA aumentou as suas atividades no mercado de capitais, fornecendo ao segmento corporativo recursos alternativos através de instrumentos de renda fixa e variável. Em 2007, o Itaú BBA participou de transações de debêntures e notas promissórias que totalizaram R$ 18 bilhões, mais R$ 1,7 bilhão em FIDCs. De acordo com o ranking da ANBID, o Itaú BBA ficou em primeiro lugar em originação de renda fixa e em FIDCs em 2007, com participação de mercado de 24% e 27%, respectivamente. Como líder e bookrunner de ofertas públicas iniciais, o valor operado pelo Itaú BBA totalizou R$ 18,5 bilhões, mais R$ 3,2 bilhões em ofertas públicas subseqüentes. O Itaú BBA ficou em terceiro lugar de acordo com ranking da Thomson, com 10% de participação no mercado. No segmento de fusões e aquisições, o Itaú BBA ficou em quinto lugar em 2007, de acordo com a Thomson, com 18 transações que totalizaram R$ 13,3 bilhões. Clientes Corporativos A carteira de crédito e coobrigações cresceu R$ 3,8 bilhões, representando um crescimento de 15% em 2007 sobre 2006. Esse crescimento inclui os 910 grupos econômicos que transferimos ao Itaú BBA. Em 2007 também houve um aumento no volume de transações no mercado de derivativos devido à maior volatilidade nos mercados locais e internacionais, e uma maior penetração de derivativos e produtos mais sofisticados para clientes de grande porte, consolidando a posição do Itaú BBA como um dos líderes no mercado. Além disso, houve um crescimento expressivo em 2007 na captação no mercado local devido à liquidez financeira obtida por uma grande parcela das empresas brasileiras e a estratégia de captação do Itaú BBA focada na oferta de opções de investimentos de longo prazo para seus clientes. A carteira cresceu 76% em 2007 comparado com 2006. Área Internacional O Itaú BBA concentra-se nos seguintes produtos e iniciativas na área internacional: (1) as transações de câmbio pronto (onde a aquisição ou venda de moedas estrangeiras por reais é efetuada em até dois dias úteis), que excederam o volume de US$ 45 bilhões em 2007, um aumento de 95% em relação a 2006; e (2) 32 estruturação de financiamento bilateral ou sindicalizado de longo prazo com outras instituições. Além disso, em 2007 o Itaú BBA continuou a oferecer várias linhas de crédito para comércio exterior, com um total de aproximadamente US$ 5,1 bilhões em linhas sacadas de bancos correspondentes no final do exercício de 2007. Por meio do Banco Itaú Buen Ayre, o Itaú BBA consolidou a expansão na Argentina, bem como o processo de fortalecimento das atividades voltadas ao segmento corporativo no Chile através da estrutura do Itaú Chile. Em conformidade com sua estratégia de expansão internacional, buscamos a excelência na negociação com clientes que são empresas de grande porte ativas nesses dois mercados, independente da localização. A oferta de uma carteira completa de produtos e serviços e de soluções personalizadas para clientes colocou o Itaú BBA em uma posição importante no segmento de banco de investimento e clientes pessoa jurídica em 2007. Além disso, o volume de valores a receber e pagamentos relacionados aos serviços de gestão de caixa do Itaú BBA cresceu 54% em 2007 em relação a 2006. Por fim, o Itaú BBA atuou no repasse de recursos provenientes do BNDES para o financiamento de grandes projetos, visando ao fortalecimento da infra-estrutura nacional e ao incremento da capacidade produtiva de diversos setores industriais. Em termos consolidados, o total de empréstimos concedidos por repasses do BNDES representou mais de R$ 2,7 bilhões para diversos projetos e financiamentos em 2007, o que corresponde a um aumento de 77% em 2007 sobre 2006. O financiamento repassado a grandes projetos está em conformidade com as diretrizes estabelecidas pelos Princípios do Equador, um conjunto de políticas sócio-ambientais que o Itaú e o Itaú BBA adotaram em 2004. Esse conjunto de políticas foi lançado no final de 2007 e é usado nos processos de concessão de crédito a clientes do segmento corporativo quando a transação for igual ou maior que R$ 5 milhões. Operações Internacionais Banco Itaú Buen Ayre O Banco Itaú Buen Ayre dedica-se principalmente às atividades bancárias de varejo, contando com cerca de 201 mil clientes no segmento das classes de renda média e alta da Argentina em 31 de dezembro de 2007, que representa um aumento de 18,5% no número de clientes em relação a 31 de dezembro de 2006. Como parte de seu plano de expansão, no segundo trimestre de 2007 o Banco Itaú Buen Ayre focou ainda mais no segmento de pequenas e médias empresas. Como resultado desse empenho, a base de clientes corporativos do segmento de pequenas e médias empresas do Banco Itaú Buen Ayre aumentou 48,6% em 2007, em comparação a 2006. Ademais, ao longo de 2007, o Banco Itaú Buen Ayre realizou investimentos significativos no segmento de serviços bancários corporativos. Como resultado, o total de ativos foi de US$ 572 milhões em 31 de dezembro de 2007. De acordo com o plano de expansão do Banco Itaú Buen Ayre, a intenção do banco é continuar a realizar vultosos investimentos no segmento de clientes corporativos. O Banco Itaú Buen Ayre, por meio de sua área de consultoria de investimentos, a Itaú Asset Management, mantém uma sólida posição no mercado local de gestão de ativos, com 9% do mercado de fundos mútuos e ocupando a terceira posição em termos de volume de ativos sob gestão, com US$ 606 milhões de ativos administrados. De acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, o Banco Itaú Buen Ayre registrou US$ 1,1 bilhão em ativos, US$ 695 milhões em operações de empréstimos e arrendamento mercantil, US$ 904 milhões em depósitos e US$ 103 milhões em patrimônio líquido. O Banco Itaú Buen Ayre possuía uma das maiores redes de agências da região metropolitana de Buenos Aires, formada por 73 das 79 agências existentes na Argentina. O Itaú Buen Ayre também possui uma das maiores redes de caixas eletrônicos da Argentina, com 202 caixas eletrônicos e 29 postos de atendimento bancário. O Banco Central da Argentina concedeu a licença para abertura de três novas agências em cidades estratégicas da Argentina. Uma delas, localizada na cidade de Tucumán, que já está em operação. As outras duas, uma localizada na cidade de Salta e a outra em Neuquen, uma cidade muito importante da região da Patagônia, serão provavelmente abertas no primeiro semestre de 2008. 33 Em 2007, o Banco Itaú Buen Ayre seguiu seu plano estratégico com objetivo de colocar o Banco Itaú Buen Ayre entre os bancos mais rentáveis do setor financeiro da Argentina. Banco Itaú Chile O Banco Itaú Chile iniciou suas atividades oficiais no Chile em 26 de fevereiro de 2007, quando o Bank of America transferiu as operações do BankBoston no Chile e no Uruguai para nós. Esta aquisição aumentou nossa presença na região latino-americana e permitiu que aumentássemos o valor ao acionista. Em 31 de dezembro de 2007, o BankBoston Chile registrou ativos de US$ 4,9 bilhões, operações de empréstimos e arrendamento mercantil de US$ 3,9 bilhões, depósitos de US$ 2,9 bilhões e patrimônio líquido de US$ 415 milhões. Na mesma data, o Banco Itaú Chile se tornou o oitavo no mercado local de empréstimos e arrendamento mercantil com 3% de participação no mercado e quinto em volume de contas de depósito á vista no setor privado, com 76.248 clientes. O Banco Itaú Chile oferece diversos produtos como factoring, arrendamento mercantil, financiamento corporativo, fundos mútuos, corretagem de seguros e negociação de títulos por meio de diferentes entidades e linhas de negócio. O setor de varejo concentra-se no segmento de clientes da classe alta, composto por pessoas físicas que representam mais de 15% do mercado total chileno, em número de residências, respondendo por 60% de toda a receita do Banco Itaú Chile. Em 31 de dezembro de 2007, o Banco Itaú Chile tinha 33 terminais de caixas eletrônicos e 60 agências, das quais 68% estavam localizadas em Santiago. Como banco comercial, oferece uma ampla gama de produtos para melhorar a percepção do cliente, desenvolvendo uma vantagem competitiva baseada em qualidade de serviço, produtos e processos para clientes específicos (empresas com receita anual entre US$ 2 milhões e US$ 100 milhões). O segmento corporativo global oferece competências de financiamento corporativo local e internacional, como subscritor, colocações privadas e securitizações. Também oferece financiamento de operações comerciais e serviços internacionais de tesouraria, complementando a estratégia de abordagem de mercado do Banco Itaú Chile. Os produtos de tesouraria, como câmbio, contratos a termo e derivativos, constituem uma parte importante dessa estratégia. O Banco Itaú Chile oferece produtos diferenciados a seus clientes através do Itaú Chile Inversiones, Servicios Y Administración S.A. e do Itaú Chile Corredor de Bolsa Ltda no Chile, bem como presta serviços relacionados à recuperação (cobrança), securitização e corretagem de ações. Banco Itaú Uruguay O Banco Itaú Uruguay é uma das principais instituições financeiras no Uruguai. A operação local também inclui a principal emissora de cartões de crédito, a OCA. O Banco Itaú Uruguay possui uma estratégia comercial de atender a uma grande variedade de clientes por meio de soluções de atividades bancárias sob medida. Em 31 de dezembro de 2007, o Banco Itaú Uruguay registrou US$ 1.010 milhões em ativos, ficando em terceiro lugar em volume de ativos entre os bancos privados no Uruguai. Os recursos administrados totalizaram US$ 1,6 bilhão, sendo que US$ 835 milhões são depósitos e US$ 743 milhões são custódias, e o patrimônio líquido totalizou US$ 85 milhões. O negócio de atividades bancárias de varejo concentra-se em clientes pessoa física e pequenas empresas, com mais de 90 mil clientes ativos em 31 de dezembro de 2007. A principal rede de agências está localizada na região metropolitana de Montevidéu, com 14 agências. Além disso, o Banco Itaú Uruguay tem uma agência em Punta del Este e outra em Tacuarembó. O Banco Itaú Uruguay é líder no segmento de cartões de débito entre os bancos privados, com 18,2% de market share, e tem um papel de destaque como emissor de cartões de crédito (principalmente o Visa) com 18,3% de participação no mercado de usuários de cartão de crédito no Uruguai. Os produtos e serviços de varejo concentram-se nos segmentos das classes média e alta e também incluem contas correntes e de poupança, folhas de pagamento, áreas de autoatendimento e caixas eletrônicos em toda a rede de agências, serviços por telefone e pela Internet. A divisão de atividades bancárias de atacado está concentrada em multinacionais, instituições financeiras, empresas de grande e médio porte e no setor público. Ela oferece serviços de empréstimos, administração de caixa, tesouraria, negociação de títulos e investimentos. Além disso, a unidade de private 34 banking é focada em oferecer serviços, tanto para clientes residentes como não residentes, por meio de uma carteira completa de produtos do mercado financeiro local e internacional. A OCA é a maior emissora local de cartões de crédito do Uruguai, com 42,1% de participação no mercado em 31 de dezembro de 2007. Os cartões de crédito e financiamento ao consumidor são os principais produtos oferecidos pela OCA para cerca de 317 mil clientes por meio de 20 agências. Outras operações internacionais Estas operações têm os seguintes objetivos: (1) Apoiar nossos clientes em transações financeiras e serviços internacionais: As áreas internacionais do grupo fornece aos nossos clientes diversos produtos financeiros, como financiamento ao comércio, empréstimos de agências multilaterais de crédito, empréstimos no exterior, serviços internacionais de gestão de caixa, câmbio, cartas de crédito, garantias exigidas em processos internacionais de licitação, derivativos para fins de proteção (hedging) ou negociação própria, transações estruturadas e ofertas nos mercados de capitais internacionais. Os serviços a clientes são prestados pelas seguintes unidades: Banco Itaú BBA S.A. - Agência de Nassau (atividades de banco corporativo), Banco Itaú S.A. – Agência de Nova York, Banco Itaú S.A. – Agência de Nassau e Banco Itaú S.A. – Agência de Grand Cayman (concentradas nos clientes de empresas de médio porte), Banco Itaú Buen Ayre S.A., Banco Itaú Chile S.A. e Banco Itaú Uruguay S.A. (focado em clientes de varejo, banco corporativo internacional e empresas de médio porte) e Banco Itaú S.A. – Agência de Tóquio (clientes de varejo brasileiros residentes no Japão). O Banco Itaú foi autorizado a funcionar no Japão pelas autoridades daquele país em 7 de setembro de 2004, e em outubro abriu nossa agência de Tóquio. Em 23 de dezembro de 2006, adquirimos a carteira de clientes e os respectivos depósitos da filial do Banespa no Japão. O principal objetivo da Agência de Tóquio é oferecer uma carteira de serviços e produtos que atendam às necessidades bancárias básicas de brasileiros residentes no Japão. (2) Negociar com carteiras próprias e fazer captações mediante a emissão de títulos e valores mobiliários no mercado internacional: A captação de recursos mediante a emissão de títulos e valores mobiliários, certificados de depósito, papéis comerciais e notas comerciais podem ser feitas nas agências do Itaú em Grand Cayman, Nassau e Nova York ou no Itaú Bank Ltd., uma subsidiária bancária constituída nas Ilhas Cayman , ou na Agência de Cayman do Itaú Holding Financeira ou na Agência de Nassau do Banco Itaú BBA. A Agência de Cayman do Itaú emitiu títulos de dívida subordinada que são tratados como Capital de Nível 2. Para uma explicação de capital de Nível 1 e Nível 2, consulte a “Regulamentação e Supervisão – Regulamentação do Banco Central – Requisitos de Adequação de Capital”. As carteiras próprias são mantidas principalmente no Itaú Bank Ltd. (Cayman) e também no Banco Itaú S.A. – Agência Grand Cayman. Essas unidades também aumentam nossa capacidade de administrar nossa liquidez internacional. As posições próprias do Itaú BBA no exterior são registradas no Banco Itaú BBA S.A. – Agência de Nassau. Através das atividades internacionais, o grupo estabelece e monitora linhas de crédito comerciais de bancos estrangeiros e mantém relacionamentos com bancos correspondentes (bancos que mantém linhas de crédito conosco) com alguns centros monetários e bancos regionais em todo o mundo e supervisiona nossas outras atividades de captação de fundos no exterior. (3) Participar dos mercados de capitais internacionais como distribuidores: O grupo conta com mesas internacionais de renda fixa no Brasil (Banco Itaú S.A), Nova York (Itaú Securities Inc.), Lisboa e Londres (Banco Itaú Europa S.A), Argentina (Banco Itaú Buen Ayre S.A.) e recentemente em Hong Kong (Itaú Ásia Securities Ltd.). A equipe de renda fixa internacional negocia e oferece títulos e valores mobiliários de mercados emergentes. De acordo com sua estratégia de tornar-se um distribuidor permanente no mercado, a mesa de Hong Kong iniciou suas operações em outubro de 2006. 35 (4) Adicionalmente, o grupo também está presente em Shangai, prestando serviços aos nossos clientes, na Ásia, e especialmente na China, através do escritório de representação do Itaú BBA. Financiamento de operações comerciais No exercício findo em 31 de dezembro de 2007, financiamos cerca de US$ 3,5 bilhões em operações de comércio exterior. Nossas atividades de financiamento de operações comerciais estão focadas em financiamento à exportação, pré-exportação e à importação. O financiamento pré e pós-exportação constituem a maior parte de nossa carteira de financiamento comercial. Os valores dos financiamentos à exportação em aberto em 31 de dezembro de 2007 totalizavam aproximadamente US$ 1,6 bilhão. Nosso financiamento à exportação para grandes empresas geralmente não é garantido, mesmo que algumas transações exijam garantias mais complexas, especialmente aquelas originalmente estruturadas para sindicalizadas. Realizamos financiamentos à importação concedendo crédito e emitindo cartas de crédito. Em 31 de dezembro de 2007, o Itaú Holding tinha US$ 626 milhões em valor de principal em financiamentos à importação. Temos autorização do Banco Central para negociar nos mercados de câmbio. Nossas transações de câmbio são sujeitas aos limites do Banco Central para nossa posição diária total. Esses limites existem para controlar o nível de reais no mercado e para limitar especulação com moedas estrangeiras. Além disso, temos limites internos de crédito em nossos contratos de câmbio com outros bancos. No exercício findo em 31 de dezembro de 2007, o volume total de operações cambiais relacionadas a exportações do Itaú Holding foi de aproximadamente US$ 10,1 bilhões, e o volume total de operações cambiais relacionadas a importações, de aproximadamente US$ 7,8 bilhões. Itaucred As atividades da Itaucred consistem em operações oferecidas a clientes não correntistas. Criamos este segmento como parte de nossa estratégica principal de segregar atividades em função das necessidades específicas de nossas diversas categorias de clientes. As atividades da Itaucred compreendem as operações da Taií, as associações com a Companhia Brasileira de Distribuição, ou CBD, e as Lojas Americanas S.A., ou LASA, os investimentos no Banco Fiat e na Intercap, o aumento na participação no Banco Credicard S.A., ou Credicard, e os empréstimos consignados. O segmento de crédito ao consumidor abrange: • Automóveis – financiamento realizado fora da rede de agências; • Cartões de crédito – cartões de crédito para não correntistas; e • Taií – oferece crédito para população de baixa renda e empréstimos consignados. Financiamento de automóveis Em 31 de dezembro de 2007, nossa carteira de financiamento, arrendamento mercantil e consórcios de automóveis compreendia 2.277.111 contratos, dos quais cerca de 76% eram não correntistas. A carteira de financiamento e arrendamento mercantil de automóveis registrou crescimento de 61%, chegando a R$ 30 bilhões em 2007 em comparação a 2006, o que representa uma participação de mercado de aproximadamente 25%. Este sólido desempenho manteve a nossa liderança de mercado nesse segmento. No Brasil, o setor de financiamento de automóveis é dominado por empresas financeiras e bancos que são afiliados de fábricas de automóveis. De acordo com a ABEL, em 31 de dezembro de 2007 éramos a maior empresa de arrendamento mercantil do Brasil em termos de valor presente das operações de arrendamento. Efetuamos operações de arrendamento e financiamento de automóveis por meio de 14.394 concessionárias. As vendas são feitas por meio de terminais de computadores instalados nas concessionárias e conectados à nossa rede de computadores. Cada pedido de financiamento de automóvel é avaliado com base em um sistema de pontos de crédito e pontos da concessionária. O sistema de pontos da concessionária 36 analisa a qualidade do crédito e a quantidade de negócios feitos por cada concessionária. Os créditos geralmente são aprovados de 10 minutos a uma hora, dependendo do histórico de crédito do cliente. Aproximadamente 45% de nossas aprovações de crédito são realizadas instantaneamente devido à elaboração de modelos de pontuação de crédito que permitem a pré-aprovação de crédito a nossos clientes, nos proporcionando, assim, uma ferramenta eficiente e alto desempenho em aprovação de crédito. Capturamos e processamos todas as propostas de crédito via Internet, o que nos permite conceder crédito para concessionárias, clientes e ao Itaú com segurança e eficiência. Em 2006, consolidamos a divisão de financiamento de caminhões em âmbito nacional. Essa divisão é responsável por aproximadamente 6% de nossa carteira de financiamento e arrendamento de veículos. Em 2007, a Itaucred Veículos abriu uma divisão para financiamento de motos. O início dessa operação em âmbito nacional está prevista para ocorrer até agosto de 2008. Em agosto de 2007, o Itaú adquiriu o iCarros, um mercado de anúncios para compra e venda de veículos. Cartões de Crédito – Canal Itaucred Cartões (NDDA) A reestruturação organizacional da Divisão de Cartões de Crédito do Itaú, como resultado da cisão da Credicard, foi concluída. As equipes, processos, carteiras e estratégias comerciais estão agora integradas. No exercício findo 31 de dezembro de 2007, a base de cartões e o volume de operações financeiras do Itaucred correspondeu a 7,4 milhões de cartões e R$ 19,8 bilhões, respectivamente. Taií Os negócios de crédito ao consumidor do Itaú foram desenvolvidos para atrair os consumidores de baixa renda e clientes de varejo. A estratégia geral baseia-se no crescimento orgânico e em uma dupla abordagem para fortalecer a marca junto ao cliente: rede própria e joint-ventures com os dois maiores varejistas brasileiros, Lojas Americanas S.A. e Companhia Brasileira de Distribuição. As joint-ventures da Taií abrangem as operações da Financeira Americanas Itaú, ou FAI, e da Financeira Itaú CBD, ou FIC, parcerias com a Lojas Americanas e o CBD, respectivamente, em que o Itaú detém 50% de participação acionária. A Taií adota uma estratégia de médio a longo prazo baseada na cobertura abrangente em termos de segmentos de produtos/negócios e uma plataforma única integrada ao Itaú. Com menos de três anos, a Taií implementou a rede de vendas mais disseminada entre empresas financeiras no Brasil. A equipe de vendas da Taií é formada por mais de 7.300 funcionários jovens, sendo que a empresa é o primeiro empregador de 90% dos seus funcionários. A carteira de crédito da Taií manteve a tendência de crescimento em 2007, com um total de R$ 1,9 bilhão, excluindo os créditos consignados, um crescimento de 56% em relação a 2006. No final de 2007, a Taií possuía 6,1 milhões de clientes. O seu desempenho foi determinado pelas seguintes operações: Financeira Itaú A Financeira Itaú, ou FIT, a rede de propriedade do Itaú, continuou a se expandir em âmbito nacional, chegando a 258 pontos de venda no final de 2007, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, Goiás e Ceará. Em 2007, o foco era a consolidação das operações atuais, o aumento da carteira de produtos e a ativação da base de clientes. A carteira de crédito totalizou R$ 459 milhões, um aumento de 60,9% sobre 2006. Financeira Itaú CBD No terceiro trimestre de 2007, a FIC introduziu mudanças no seu modelo operacional, com objetivo de obter maiores níveis de eficiência e produtividade, bem como redução de custo, implementando pontos de atendimento eletrônico em 315 lojas. Como resultado, a FIC está presente em 545 pontos de venda da CBD. O crescimento da base de clientes da FIC é resultado da oferta de uma ampla carteira de produtos e serviços (empréstimo pessoal com saque a descoberto, empréstimo pessoal para clientes de baixa renda, seguros, cartões de crédito de marca única e compartilhada) nas unidades de negócios localizadas nas lojas do Pão de Açúcar, Extra, Extra-Eletro, CompreBem e Sendas. Estes produtos geraram uma carteira de R$ 1,3 bilhão, um crescimento de 55,1% sobre 2006. O último trimestre de 2007 foi caracterizado por uma expansão da base de 37 clientes com o cartão com marca compartilhada, conseqüência da promoção de uma parcela de cartões de crédito de marca única, o que aumentou de forma considerável o volume de transações tanto dentro como fora das lojas. Financeira Americanas Itaú Em 2007, as contas da FAI totalizaram 1.000.000. A carteira de crédito atingiu R$ 134 milhões, correspondendo a 50% do volume total, pois as operações da FAI são consolidadas ao segmento do Itaucred proporcionalmente à participação do Banco Itaú na FAI. O canal de distribuição da FAI é composto por: (i) pontos de vendas nas Lojas Americanas e na Americanas Express, com 278 lojas; (ii) Americanas.com, que oferece cartões com marca compartilhada com opção de pagamento à vista e um exclusivo programa de recompensas; e (iii) Canal Aberto Shoptime que, a partir de julho de 2007, distribui produtos de crédito direto ao consumidor para compra de eletrodomésticos, contratação de seguros e empréstimos pessoais através de cartões de crédito ou cheque especial. Empréstimos Consignados Concedemos empréstimos consignados nos termos de um acordo comercial firmado entre o Itaú e o Banco BMG S.A.. Este segmento possuía uma carteira de R$ 2,6 bilhões no final de 2007. (em milhões de R$) Taií – Carteira de Crédito (31 de dezembro de 2007) FIT 459 FIC 1.345 FAI 134 Consignados 2.555 4.493 Total Canais de comercialização e distribuição Fornecemos serviços e produtos financeiros integrados para nossos clientes por meio de diversos canais de comercialização e distribuição. A rede de distribuição compõe-se principalmente de agências, caixas eletrônicos e postos de atendimento bancários localizados nas instalações de clientes corporativos. A tabela a seguir apresenta informações sobre nossa rede de agências, postos de atendimento bancários e caixas eletrônicos em 31 de dezembro de 2007, no Brasil e no exterior: Banco Itaú.................................................................... Itaú Personnalité.......................................................... Itaú BBA....................................................................... Total no Brasil Itaú no exterior Argentina Chile e Uruguai Total ...................................................................... Agências 2,404 172 9 2,585 4 79 96 2,764 PABs 734 734 29 1 764 Caixas eletrônicos 23,162 304 23,466 213 60 23,739 38 A próxima tabela apresenta informações sobre a localização geográfica de nossa rede de distribuição no Brasil em 31 de dezembro de 2007: Região Sul................................................................................ Sudeste........................................................................ Centro-oeste ................................................................ Nordeste ...................................................................... Norte ............................................................................ Total no Brasil ....................................................... Agências 494 1,678 230 139 44 2,585 PABs 123 517 43 24 27 734 Caixas eletrônicos 3,437 17,167 1,290 1,180 392 23,466 Agências Em 31 de dezembro de 2007, nossa rede compreendia 2.585 agências de serviços completos em todo o Brasil. Nossas agências estão localizadas em cidades que representavam mais de 83% do PIB do Brasil em 31 de dezembro de 2007. Embora a rede seja de âmbito nacional, as agências apresentam forte concentração no sudeste do Brasil. No final de 2007, tínhamos uma rede ampla de agências nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Goiás, que representam, no total, aproximadamente 83% do total de agências, que respondiam coletivamente por mais de 63% do PIB brasileiro. A rede de agências funciona como uma rede de distribuição de todos os produtos e serviços fornecidos a nossos clientes. Também oferecemos cartões de crédito, planos de seguro, capitalização e de previdência privada em nossas agências. PABs Em 31 de dezembro de 2007, operávamos 734 PABs em todo o Brasil. O leque de serviços fornecidos nos PABs pode ser o mesmo de uma agência de serviços completos ou mais limitados, de acordo com o tamanho do cliente corporativo e suas necessidades. Os PABs constituem uma alternativa de baixo custo à abertura de agências de serviços completos. Além disso, acreditamos que eles nos proporcionem uma excelente oportunidade de conquistar novos clientes de varejo, enquanto atendemos os clientes corporativos. Caixas eletrônicos Em 31 de dezembro de 2007, o Itaú disponibilizava 23.466 caixas. Anualmente, são realizadas nesses caixas eletrônicos cerca de 1.181 milhões de operações. Nossos clientes podem realizar quase todas as operações relacionadas a conta corrente nos caixas eletrônicos. Os caixas eletrônicos são alternativas de baixo custo aos serviços executados por funcionários e nos proporcionam pontos de atendimento a custos significativamente inferiores aos das agências. Também temos contratos com outros operadores de rede, como Cirrus e Maestro para permitir que nossos clientes façam uso de serviços simplificados através de suas redes. Outros canais de distribuição Nossos clientes também podem obter informações sobre a situação de suas contas, fundos de investimento e linhas de crédito por meio de diversos canais eletrônicos, o que nos permite realizar as operações de varejo a um custo de transação mais baixo. Esses canais são: • Centro de atendimento telefônico, com volume anual aproximado de 220 milhões de operações, • Sistemas de serviços bancários por computador em casa ou no escritório, com um volume anual aproximado de 867 milhões de operações, • Pontos de Atendimento/Redeshop, uma rede para captura eletrônica de transações em lojas, que permite aos clientes utilizarem cartão de débito direto para a compra de produtos em pontos de venda, com aproximadamente 281 milhões de operações por ano, • Vários outros canais, como e-mail, telefone celular e links WAP (protocolo de aplicativo móvel), instalações drive-through e serviços de mensageiros. 39 Alienações de investimentos Conforme nossa estratégia de aprimorar a sustentabilidade de nossa instituição e criar valor aos acionistas, alienamos, em 2007 nossa participação na Redecard S.A., ou “Redecard”, na Bovespa Holding S.A., ou “Bovespa Holding”, e na BM&F, através de ofertas públicas iniciais. Alienamos também nossa participação na Serasa S.A., ou “Serasa”, de acordo com um contrato de compra e venda. Resumimos a seguir as alienações de nossas participações nas referidas companhias. O efeito positivo no nosso resultado operacional está descrito no “Item 5A. Resultados Operacionais – Resultados Operacionais dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 comparados aos do Exercício findo em 31 de dezembro de 2006 – Receita não financeira.” Alienação de participação na Serasa Em 25 de junho de 2007, o Itaú Holding, através de algumas de suas subsidiárias, celebrou um contrato de compra e venda de ações com a Experian Brasil Aquisições Ltda., ou “Experian Brasil”, segundo o qual se comprometeu a alienar à Experian Brasil 832.176 ações da Serasa representativas de 22,33% de seu capital social. A operação foi fechada em 28 de junho de 2007. Na mesma data, o Banco Itaú e dois outros bancos que detinham ações da Serasa constituíram uma sociedade holding denominada BIU Participações S.A., ou “BIU”, para qual o Banco Itaú e esses outros bancos transferiram as ações remanescentes por eles detidas no capital social da Serasa. Na época, o Banco Itaú detinha uma participação equivalente a 10,29% no capital social da Serasa. Em 28 de junho de 2007, o BIU firmou um acordo de acionistas com a Experian Brasil, que dispõe sobre o direito da BIU de eleger três conselheiros da Serasa (dos quais um deverá ser indicado pelo Banco Itaú). No acordo de acionistas, a Experian Brasil obteve o direito de opção de compra e a BIU obteve o direito de opção de venda, ambos relacionados à participação detida pela BIU na Serasa. As opções podem ser exercidas tanto pela Experian Brasil como pela BIU durante o período compreendido entre o quinto ao décimo ano do acordo de acionistas. Em 11 de outubro de 2007, a BIU alienou 11.025 ações adicionais da Serasa para a Experian Brasil. Depois da alienação, o Banco Itaú passou a deter uma participação equivalente a 10,16% do capital social da Serasa. Oferta Pública Inicial da Redecard S.A. (“Redecard”) O Banco Itaucard S.A., junto com duas outras instituições financeiras e algumas subsidiárias, alienou parte de sua participacão na Redecard através das ofertas públicas iniciais primárias e secundárias promovidas em 11 de julho de 2007 e 31 de julho de 2007 (opção do lote adicional). O Banco Itaucard S.A. alienou 53.798.700 ações ordinárias da Redecard ao preço de R$27,00 por ação. O Banco Itaucard S.A. e as outras duas instituições financeiras passaram a deter a maioria dos direitos de voto na Redecard S.A. após a oferta pública inicial. Oferta Pública Inicial da Bovespa Holding O Banco Itaú e o Itaú BBA, junto com os acionistas vendedores, alienaram parte de suas participações na Bovespa Holding através da oferta pública inicial secundária promovida em outubro de 2007. O Banco Itaú e o Itaú BBA alienou 2.698.629 e 8.723.798 ações ordinárias da Bovespa Holding, respectivamente, ao preço de R$23,00 por ação. Depois da realização da oferta, passamos a deter 4,02% do capital social total da Bovespa Holding. Oferta Pública Inicial da BM&F O Banco Itaú, o Itaú BBA, o Itaú CV S.A. e o Itaubank DTVM S.A., junto com os acionistas vendedores, alienaram parte de suas participações na BM&F através da oferta pública inicial secundária promovida em dezembro de 2007. O Banco Itaú, o Itaú BBA, o Itaú Corretora de Valores e o Itaubank DTVM S.A. alienaram 2.988.966, 1.500.483, 4.430.292 e 1.472.405 ações ordinárias da BM&F, respectivamente, ao preço de R$20,00 por ação. Antes da oferta pública inicial secundária da BM&F, o Banco Itaú, o Itaú CV S.A., o Itaubank DTVM S.A. e o Itaú BBA alienaram para a GL Latin America Investments, LLC, e, 16 de novembro de 2007, 996.322, 1.476.764, 490.802 e 500.161 ações ordinárias da Bovespa Holding, respectivamente, ao preço total de R$ 11,00 por ação. 40 Ao final dessas operações, passamos a deter 2,3% do capital social total da BM&F. Gestão de risco Em setembro de 2007, o Banco Central do Brasil divulgou um cronograma proposto para a implementação do Novo Acordo de Capital emitido em junho de 2004 pelo Comitê de Supervisão Bancária da Basiléia, ou Basiléia II. Esta é uma tentativa de aprimorar o ajuste das normas brasileiras às dos princípios e normas da Basiléia II, que incluem: • aumento dos requisitos mínimos de capital regulatório para a cobertura de diversos riscos com base em modelos internos das instituições financeiras, • aprimoramento da supervisão bancária, e • ampliação significativa das atuais exigências de divulgação. A Basiléia II utiliza uma nova metodologia para calcular os requisitos regulamentares de capital mínimo para instituições financeiras, levando em conta os fatores de risco específicos de cada uma delas. Conduzimos sempre a nossa administração com a preocupação de identificar, mensurar e monitorar os riscos. Calculamos nosso capital regulatório de tal forma que superamos todos os potenciais riscos com base em modelos gerenciais avançados. Dessa forma, uma grande parte das exigências da Basiléia II já foi incorporada em nossas ferramentas de controle de risco ou estão em processo de desenvolvimento. Nossos esforços estão concentrados nas normas do Pilar 1 da Basiléia II relacionadas aos riscos operacionais, de crédito e de mercado, sendo que nossa intenção é utilizar abordagens avançadas (Advanced Internal RatingBased (AIRB) para risco de crédito, Advanced Measurement Approach (AMA) para risco operacional e Internal Models Approach (IMA) para risco de mercado). Como parte das ferramentas de controle de risco, desenvolvemos e aprimoramos sistemas proprietários de gestão de risco que estão de acordo com os regulamentos do Banco Central e as práticas e procedimentos internacionais. Estes modelos baseiam-se nos seguintes elementos: • análises econômicas, financeiras e estatísticas, que possibilitam avaliar os efeitos de acontecimentos negativos sobre a liquidez, o crédito e a posição de mercado da instituição, • riscos de mercado utilizando o Valor em Risco, ou VaR, para avaliar o risco na carteira estrutural e os testes de stress em cenários independentes para avaliar a exposição total em situações extremas, • ferramentas de risco de crédito que normalmente envolvem a avaliação de crédito e de comportamento para carteiras de varejo, sujeitas a processos generalizados e modelos proprietários de classificação para clientes corporativos, com abordagens individuais uniformes. Adotamos também modelos de gestão de carteira para quantificar e alocar capital econômico, • riscos operacionais que estão em fase de identificação e que, no momento, grande parte já foram avaliados, por meio de bases de dados e modelos estatísticos internos, que monitoram a freqüência e a seriedade de situações internas de prejuízo para quantificar os riscos e alocar o capital econômico, • monitoramento diário das posições em relação a limites de risco de mercado preestabelecidos, e • simulações de alternativas para proteção devido a perdas de liquidez e planos de contingência para situações de crise em diferentes cenários. Além disso, estabelecemos comitês responsáveis pela gestão de risco, estruturados da seguinte forma: • Comitê Superior de Riscos, responsável por estabelecer políticas gerais de risco, definindo os limites totais de risco, com base na alocação de capital e outros parâmetros, conforme julgar adequado, discutindo os aspectos mais importantes para maximizar as relações de risco e retorno e garantindo uma gestão consistente de risco dentro do Itaú Holding, 41 • Comitê Superior de Crédito, responsável por estabelecer a política geral de risco de crédito e tomar as principais decisões de risco de crédito, • Comitê Executivo de Gestão de Riscos Financeiros, responsável por estabelecer as políticas e os limites para os riscos de mercado e de liquidez e monitorar as posições consolidadas, e • Comissão Superior de Auditoria e Gestão de Riscos Operacionais, responsável por monitorar os controles de riscos operacionais e os sistemas de compliance. Para permitir o melhor cumprimento dos novos requisitos dos modelos de risco mais avançados previstos na Basiléia II, instalamos comitês internos específicos, formados por executivos de todas as áreas do Itaú. Um plano de ação foi elaborado no final de 2004, sendo que até o momento, as atividades têm sido realizadas conforme planejado. Em 2005, o Itaú priorizou a criação de um banco de dados históricos sobre as probabilidades de inadimplência (PD), modelos e bancos de dados históricos para perdas devido a inadimplência (LGD) e perdas operacionais. Em 2006, o projeto de implementação continuou com os modelos de exposição à inadimplência (EAD), inclusão de minimização do risco de crédito e análise de processos de validação de banco de dados. Também trabalhamos na estrutura da documentação. Em 2007, começamos a desenvolver modelos de testes de stress para algumas carteiras e implementar um sistema para consolidar informações e calcular o índice de capital, além de ajustar os controles para fins de conformidade com os requisitos introduzidos pela Resolução nº. 3.380 sobre riscos operacionais. Dedicamos esforços principalmente à implementação de regras estabelecidas pelo Banco Central relacionadas ao tratamento padronizado simplificado e local. Continuaremos a envidar nossos melhores esforços para concluir a implementação das regulamentações do Banco Central até julho de 2008. Acreditamos que as mudanças a serem introduzidas resultarão em alocação menor de capital e, assim, prepararão o terreno para um aumento do volume de operações de crédito resultantes dessa mesma base de capital. Gestão de riscos de mercado e de liquidez Nosso comitê executivo de gestão de riscos financeiros é responsável pela gestão dos riscos de mercado e de liquidez. O comitê analisa e propõe cenários para a avaliação do risco e retorno dos índices de juros e câmbio. Também determina os critérios de transferências internas de fundos e estabelece os limites mínimos de reservas. Para administrar a liquidez, monitoramos e analisamos a liquidez por meio de modelos de projeções estatísticas e financeiras, que nos permitem analisar vários fatores que afetam nossos fluxos de caixa e níveis de liquidez. Para administrar e controlar o risco de mercado, nós implementamos modelos internos de avaliação e gestão de risco. Esses modelos utilizam informações estatísticas e históricas relativas a taxas de juros e câmbio, volatilidades e tendências, no intuito de evitar flutuações adversas de mercado. Nosso modelo VaR analisa a volatilidade e a correlação de taxas de mercado diariamente. O modelo proporciona resultados estatísticos com nível de confiança de 99%. Consulte o “Item 11. Divulgações quantitativas e qualitativas sobre risco de mercado – Risco de mercado”. Nosso comitê executivo de gestão de riscos financeiros analisa semanalmente a demonstração do resultado e informações sobre risco para determinar limites a nossas exposições, o risco das posições de taxa de juros e de moeda estrangeira. Para isso, leva em conta as correlações entre diferentes mercados. Dependendo das condições macro e microeconômicas vigentes, o comitê também pode propor que determinados cenários sejam considerados nos modelos de risco. Além disso, o comitê analisa e aprova os critérios e as normas para determinação dos preços de recursos internos. Gestão de risco de crédito Nosso contínuo aprimoramento no processo de tomada de decisões e gestão e controle de risco de crédito, direcionado pelas melhores práticas de mercado, permitiram-nos utilizar metodologias baseadas em modelos matemáticos de análise de risco. Preparamos a política de crédito com base em fatores internos e externos, relacionados ao ambiente econômico no Brasil e exterior. Entre os fatores internos, temos classificações de clientes, determinadas por avançadas análises de crédito e instrumentos de controle, níveis de inadimplência, taxas de retorno, qualidade da carteira e capital econômico alocado. Nosso foco é a avaliação de índices de risco/retorno em nossa 42 estratégia de expandir ativos, sendo que nossa principal preocupação é a qualidade da carteira de crédito e a criação de valor para nossos acionistas. Todo o processo de tomada de decisões e a definição da nossa política de crédito são centralizados a fim de garantir ações sincronizadas e otimizar oportunidades de negócios. Nossa gestão de risco de crédito é centralizada e executada por uma estrutura específica da área de risco corporativo, que combina o risco operacional e o de mercado. O comitê superior de crédito define as políticas de crédito e as alçadas de aprovação de crédito das diferentes divisões. As alçadas de aprovação dependem dos talentos profissionais e experiências pessoais de cada indivíduo que tenha autoridade em crédito e levam também em conta as condições econômicas e o perfil de risco das diferentes divisões. Os comitês de crédito estabelecem normas e limites, estipulam as classificações de risco e supervisionam o processo de aprovação de operações de crédito, modelos e políticas. Dependendo do montante e dos termos do crédito proposto, bem como da avaliação de risco do tomador em potencial, o comitê de crédito deve consultar o comitê superior de crédito. A maioria dos tipos de operações de empréstimo a pessoas físicas e pequenas empresas passa pelo processo automatizado de crédito. Por ocasião da abertura de contas, obtemos informações sobre a renda, o patrimônio líquido do cliente e sua ocupação profissional (no caso de pessoas físicas). Adicionalmente, informações externas também são automaticamente obtidas e o cadastro e histórico de relacionamento atualizados. Com base nesses dados e em modelos avançados de pontuação comportamental e de crédito, atribuímos a cada cliente um limite total de crédito. O cliente deve atualizar suas informações de crédito pelo menos uma vez por ano. Existe outro processo de revisão para créditos acima dos que podem ser concedidos por meio do processo automatizado e para categorias de clientes ou tipos de créditos não incluídos no processo automatizado, entre eles operações de crédito nas divisões de empresas de médio porte e grandes empresas. Nesses casos, examinamos cada pedido individualmente, comprovamos os dados e utilizamos as metodologias tradicionais de análise de crédito. Além disso, nossa área de crédito realiza pesquisas de apoio técnico sobre grupos de negócios e setores econômicos e industriais do Brasil. Isso nos permite avaliar o risco de crédito de empresas de porte médio (com faturamento anual acima de R$ 10 milhões) e da divisão corporativa. Para o segmento de empresas médias e para a divisão corporativa, temos atualmente classificações para cerca de 3.000 grupos de negócios, abrangendo aproximadamente 20.000 empresas. Os empréstimos consignados são reavaliados pelo menos uma vez por ano ou com maior freqüência, se a área de crédito tomar conhecimento de algum fato relevante que justifique a revisão. Definimos alçadas de aprovação de crédito a cada gerente de crédito (gerente da área de crédito responsável por uma equipe de analistas de crédito) e gerente da área comercial (gerente de relacionamento) para cada uma das diversas categorias de empréstimos. O valor do limite depende da experiência do gerente e da situação econômica vigente. Os empréstimos inferiores a R$ 70 milhões exigem a aprovação do comitê de crédito e podem exigir a aprovação do comitê superior de crédito, dependendo dos termos do empréstimo proposto e da classificação de crédito do tomador em potencial. Além disso, todo empréstimo superior a R$ 70 milhões é submetido à aprovação do comitê superior de crédito. O Itaú BBA é direcionado para as grandes empresas, sendo que seu processo de decisão de crédito também se baseia na classificação e no tamanho do empréstimo. Não há alçadas individuais. A maior alçada de aprovação de crédito no Itaú BBA é representada pelo presidente (ou dois vice-presidentes comerciais) e pelo diretor de crédito que, juntos, podem aprovar até R$ 350 milhões, dependendo da classificação de risco. Todo empréstimo superior a R$ 350 milhões precisa ser submetido à aprovação do comitê superior de crédito do Itaú Holding. Gestão de risco operacional O risco operacional é definido como o risco de perda resultante de processos e sistemas internos inadequados ou falhos, de comportamento inadequado de pessoas ou de eventos externos. A sofisticação dos negócios bancários e a evolução tecnológica aumentaram a complexidade dos perfis de risco das organizações e afetaram a gestão de seu risco operacional. Muito embora nossa administração seja experiente e a gestão do risco operacional não se configura em nova prática, foi necessário estabelecer uma estrutura específica para o risco operacional, diferente da tradicionalmente aplicada aos riscos de mercado e crédito. 43 Em linha aos princípios estabelecidos pelo CMN, definimos nossa política de gerenciamento de risco operacional, aprovada pelo comitê de auditoria e ratificada pelo conselho de administração. A política de gerenciamento de risco operacional aplica-se ao conglomerado Itaú Holding no Brasil e no exterior. A política é composta por um conjunto de princípios, procedimentos e diretrizes que permitem um gerenciamento adequado dos riscos de produtos, serviços, atividades, processos e sistemas levando-se em consideração as suas naturezas e complexidades. A política define os procedimentos para identificar, avaliar, monitorar, mitigar, controlar e revelar os riscos operacionais, bem como os papeis e responsabilidades dos seus participantes. Além disso, utilizamos um modelo de gestão de avaliação de capital do negócio que quantifica os riscos operacionais incorridos através de modelos estatísticos que nos permitem calcular as perdas esperadas e a alocação de capital para perdas inesperadas (VaR com um nível de confiança de 99,9%), utilizando a simulação de Monte Carlo. Esse mecanismo aprimora nosso processo de precificação dos produtos e serviços da instituição e será submetido à aprovação da agência regulatória brasileira dentro da metodologia avançada de tratamento de medida, de acordo com os critérios da Estrutura Revisada da Basiléia para a Convergência Internacional da Avaliação de Capital e Normas de Capital, seguindo as diretrizes estabelecidas pelas autoridades regulatórias. Procuramos constantemente aprimorar nosso processo de gestão e cumprir as exigências das agências regulatórias, conservando nossa imagem de banco sólido e confiável. Gestão de risco da carteira e de subscrição de seguros A administração de nossas operações de seguro estabelece as políticas de subscrição relacionadas a retenções, proteções, programas e preços de resseguros, de acordo com o tipo de negócio. Essa abordagem é projetada para assegurar a alta qualidade de subscrição e determinação de preços. No mercado de varejo, os preços de nossos produtos de seguro são estabelecidos de acordo com os sistemas proprietários de pontuação e classificação, com base em dados que reunimos e analisamos ao longo de muitos anos e que os subscritores usam para avaliar os riscos antes da cotação. Essas informações fornecem conhecimentos especializados sobre os segmentos do mercado e ajudam a analisar o risco com base nas características da conta e nos parâmetros de determinação de preços. Com relação ao seguro de automóveis, utilizamos as informações do requerente e levamos em conta fatores como sexo, idade, experiência como condutor e utilização do veículo. Essas informações são inseridas em programas de classificação utilizados por corretores independentes de vendas e outros canais. 44 Recursos Principais Fontes Nossa principal fonte de recursos são os depósitos. Os depósitos incluem depósitos não remunerados em conta corrente, depósitos remunerados em poupança, certificados de depósitos bancários vendidos a clientes e depósitos interbancários de instituições financeiras. Em 31 de dezembro de 2007, os depósitos totais chegavam a aproximadamente R$ 75,5 bilhões, representando 43% do total de recursos. Nossos depósitos em poupança representam uma de nossas principais fontes de financiamento que, em 31 de dezembro de 2007, eram responsáveis por 37,1% dos depósitos totais. A tabela a seguir mostra um detalhamento das nossas fontes de recursos em 31 de dezembro de 2007 e 2006: 2007 2006 Depósitos Depósitos a vista Outros depósitos Depósitos de poupança Depósitos a prazo Depósitos interfinanceiros Captações no mercado aberto 75.475 25.630 1.405 27.990 19.837 613 23.398 43,1 14,6 0,8 16,0 11,4 0,3 13,4 57.697 17.007 1.764 22.912 15.720 294 10.888 % do recurso total 57,2 16,9 1,7 22,7 15,6 0,3 10,8 Empréstimos de curto prazo Financiamentos à importação e exportação Repasses no país Euronotes Commercial Paper Letras hipotecárias Títulos emitidos e vendidos a clientes com compromisso de recompra Outras obrigações por empréstimos de curto prazo 47.727 5.808 70 186 3 282 27,3 3,3 0,1 0,2 17.433 1.789 114 37 - 17,4 1,8 0,1 0,0 - 41.176 202 23,6 0,1 15.303 190 15,2 0,2 Empréstimos de longo prazo Repasses no país Euronotes Fixed rate notes Commercial paper Letras hipotecários Financiamentos à importação e exportação Debêntures Dívida subordinada Obrigações com a securitização de direitos diversificados de pagamentos Outras obrigações por empréstimos de longo prazo Total 28.556 5.403 221 193 15 907 4.197 3.488 11.934 16,2 3,1 0,1 0,1 0,5 2,4 2,0 6,8 14.804 3.951 233 721 2.305 1.455 4.311 14,6 3,9 0,2 0,7 2,3 1,4 4,3 1.110 1.088 175.156 0,6 0,6 100,0 1.285 543 100.822 1,3 0,5 100,0 Milhões de R$ % do recurso total Milhões de R$ 45 As tabelas a seguir mostram um detalhamento dos depósitos por data de vencimento, em 31 de dezembro de 2007 e 2006: (em milhões de R$) 2007 0-30 dias Depósitos não remunerados Depósitos a vista Outros depósitos Depósitos remunerados Depósitos de poupança Depósitos a prazo Depósitos interfinanceiros Total 27.035 25.630 1.405 33.339 27.990 5.151 198 60.374 31-180 dias 4.820 4.610 210 4.820 181-365 dias Acima de 365 dias 3.740 3.640 100 3.740 6.541 6.436 105 6.541 Total 27.035 25.630 1.405 48.440 27.990 19.837 613 75.475 2006 0-30 dias Depósitos não remunerados Depósitos a vista Outros depósitos Depósitos remunerados Depósitos de poupança Depósitos a prazo Depósitos interfinanceiros Total 18.771 17.007 1.764 26.483 22.912 3.487 84 45.254 31-180 dias 5.753 5.626 127 5.753 181-365 dias Acima de 365 dias 1.977 1.918 59 1.977 4.713 4.689 24 4.713 Total 18.771 17.007 1.764 38.926 22.912 15.720 294 57.697 A tabela a seguir mostra o "mix" de depósitos a prazo de pessoas físicas e empresas em nossos escritórios no país, divididos entre os setores de varejo, Personnalité, empresas de médio porte e grandes empresas (cada um deles expressos como uma porcentagem dos depósitos a prazo totais) em 31 de dezembro de 2007 e 2006: 2007 2006 Grandes empresas 25,1% 3,7% 38,7% 32,5% 17,8% 1,2% 1,6% 79,4% Total 100,0% 100,0% Varejo Personnalité Mercado de empresas de médio porte Outras fontes Atuamos também como agente financeiro mediante o empréstimo de fundos do BNDES, e do Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais, ou FINAME, e repasse de tais recursos a um diferencial determinado pelo governo para determinados setores da economia. Referimo-nos a esses empréstimos como empréstimos de repasses, sendo os mesmos basicamente na forma de linhas de crédito direcionadas pelos órgãos do governo, por meio de bancos privados, a setores-alvo específicos em prol do desenvolvimento econômico. Em 31 de dezembro de 2007, participamos como agente financeiro nos empréstimos de repasses financiados pelo BNDES e FINAME, no valor total de aproximadamente R$ 5,4 bilhões. Consulte “Itaú BBA – Banco de Investimentos e Itaú BBA – Clientes Corporativos”. Obtemos linhas de crédito em dólares dos EUA junto a bancos correspondentes para financiamento de operações comerciais de empresas brasileiras. Em 31 de dezembro de 2007, o total de nossos financiamentos à importação e à exportação montou a aproximadamente R$ 10 bilhões. Além disso, obtemos recursos em moeda estrangeira por meio da emissão de títulos e valores mobiliários nos mercados de capital internacionais, quer através de empréstimos privados quer através da emissão de títulos de dívida em geral, para repasse a empresas e instituições financeiras brasileiras. Os repasses são feitos como empréstimos em reais indexados ao dólar dos EUA. Em 31 de dezembro de 2007, tínhamos aproximadamente R$ 1 bilhão de transações financeiras e estruturadas em aberto. Nossas operações internacionais, incluindo as agências de Grand Cayman, Nova York e Itaú BBA Nassau, 46 representam outro veículo de financiamento, pois são responsáveis pela emissão de títulos e valores mobiliários e estabelecimento de programas para a emissão de diversos instrumentos financeiros. Consulte “Operações Internacionais – Outras Operações Internacionais”. Também captamos recursos para nossas operações mediante a revenda, a nossos clientes, de títulos de nossa emissão e anteriormente detidos na conta de tesouraria. Nossos clientes têm o direito de revender os títulos a nossa instituição, a seus critérios, até a data do vencimento. Pagamos juros sobre os recursos desses títulos a taxas variáveis baseadas no CDI. A captação na forma desse produto financeiro totalizou R$ 41,2 bilhões em 31 de dezembro de 2007. Obtemos recursos ainda com transações de securitização referentes a ordens de pagamento diversificadas não brasileiras. Essas operações são empréstimos efetivamente garantidos por nossas ordens de pagamento atuais e futuras. Como resultado, a taxa efetiva de juros cobrada sobre esses recursos é inferior àquelas que seriam praticadas com outras alternativas de financiamento. Em 31 de dezembro de 2007, o saldo em aberto dessa modalidade de captação era de R$ 1,1 bilhão. Nossa subsidiária de arrendamento mercantil efetua emissões periódicas de debêntures, que constituem outra fonte de captação. Tecnologia Nos últimos cinco anos encerrados em 2007, realizamos investimentos no valor de R$ 1,7 bilhão em tecnologia e continua a investir montantes substanciais no desenvolvimento de tecnologia, permitindo-lhe manter a competitividade diante das exigências do mercado, reduzir custos e aumentar a produtividade. Realizamos recentemente, de forma bem sucedida, oito testes em escala real que validaram nosso plano de contingência. O processo de recuperação de desastres permite a continuidade das operações comerciais e protege os bens dos acionistas e clientes contra riscos comuns e operacionais. Isto indica o alto nível da nossa gestão de risco e coloca-nos em uma posição de destaque no mercado brasileiro. Para viabilizar este processo, fizemos investimentos no valor de R$ 147,7 milhões nos cinco anos encerrados em 2007, correspondentes a 9% dos nossos investimentos em TI. Concorrência Aspectos gerais Os últimos anos caracterizaram-se pelo aumento da concorrência e da consolidação no setor de serviços financeiros no Brasil. Atividades bancárias de varejo É intensa a concorrência nos mercados de serviços financeiros e bancários no Brasil. Em 31 de dezembro de 2007, o país contava com 134 bancos múltiplos, 20 bancos comerciais e um grande número de instituições de poupança e empréstimo, corretagem, arrendamento mercantil e outras instituições financeiras no Brasil. Um conjunto de instituições - Itaú, Banco Bradesco S.A., ou Banco Bradesco, Banco ABN Amro Real S.A., ou Banco ABN Amro Real, Banco Santander S.A., ou Banco Santander, e Unibanco – União de Bancos Brasileiros S.A., ou Unibanco - dominava o setor privado de atividades bancárias de serviços múltiplos. Em 31 de dezembro de 2007, esse conjunto respondia por mais de 47% do total de ativos do setor privado de banco múltiplo no Brasil. Enfrentamos também a concorrência de bancos do setor público. O Banco do Brasil S.A. e a Caixa Econômica Federal, primeiro e segundo maiores bancos do setor público, detinham 25% do total de ativos do sistema bancário brasileiro em 31 de dezembro de 2007. O sistema bancário brasileiro também tem enfrentado maior concorrência de bancos estrangeiros. Alguns grandes bancos dos Estados Unidos, como o Citibank, já têm presença expressiva no Brasil e outros grandes grupos financeiros estrangeiros, como o HSBC, o ABN Amro e o Santander Central Hispano, S.A., entraram no mercado brasileiro mediante a aquisição de diversas instituições financeiras brasileiras. 47 No final de 2007, o Banco Santander adquiriu o Banco ABN Amro Real, colocando o Banco Santander entre os três maiores bancos privados do Brasil. Cartões de crédito O mercado brasileiro de cartões de crédito é altamente competitivo e vem registrando crescimento superior a 20% ao ano nos últimos três anos findos em 2007. Os maiores concorrentes do Itaucard são o Banco Bradesco, o Banco do Brasil, o Unibanco e o Banco Santander. As empresas de cartões de crédito adotam cada vez mais estratégias de marcas compartilhadas, alianças e mudanças nas políticas de preço (juros, taxas de administração de cartão e taxas para o comércio). Gestão de ativos O setor de gestão de ativos no Brasil ainda se encontra nas etapas iniciais de desenvolvimento em comparação com os mercados estrangeiros, sendo essa atividade dominada por bancos comerciais que oferecem fundos de renda fixa a clientes de varejo. Os principais fatores que afetam a concorrência em fundos institucionais são conhecimento especializado e preço. Nossos concorrentes no setor incluem bancos de grande porte e tradicionais como o Banco do Brasil, o Banco Bradesco e o Unibanco, além de diversos outros participantes, como a Caixa Econômica Federal, o Citibank, o HSBC, o ABN Amro Real e o Banco Safra. Seguros O mercado brasileiro de seguros é altamente competitivo. Em 31 de dezembro de 2007, este setor abrangia cerca de 111 companhias seguradoras de diversos portes. Nossos principais concorrentes neste setor são os grupos econômicos: Bradesco, a Porto Seguro, o Unibanco, a Sul América e o Mapfre. Em 31 de dezembro de 2007, nossa organização representava cerca de 8,4% do total de prêmios subscritos, exceto seguro saúde, gerados no mercado brasileiro de seguros. Também enfrentamos a concorrência de empresas locais ou regionais com presença firmada em suas respectivas regiões. Planos de previdência privada e produtos de capitalização Nossos principais concorrentes neste setor são controlados por grandes bancos comerciais, como o Banco Bradesco, o Banco do Brasil e o Unibanco, que, como nós, tiram proveito de sua ampla rede de agências para ter acesso ao mercado de varejo. Segmento corporativo e de banco de investimento No segmento corporativo e de banco de investimento, o Itaú BBA enfrenta a concorrência de alguns dos maiores bancos brasileiros, como o Banco Bradesco, o Unibanco e o Banco do Brasil, além de alguns grupos financeiros internacionais, como o Citigroup, o HSBC, o Banco Santander, o ABN Amro Real, o Credit Suisse, o Merrill Lynch, a Goldman Sachs, a JP Morgan e o UBS. Outros bancos menores, entre eles o Votorantim e o Safra, também atuam no setor corporativo. Crédito ao Consumidor O segmento de financiamento ao consumidor mudou substancialmente nos últimos dez anos, começando pela aquisição do Fininvest pelo Unibanco em 1996, seguido pela aquisição do Losango pelo HSBC e depois pela aquisição do Zogbi pelo Banco Bradesco nos últimos anos. Além dessas empresas, há outros grandes concorrentes nesse segmento: o Panamericano, o Citifinancial, a GE Money e o Banco Ibi. Os principais fatores competitivos desse setor são: distribuição, marca forte, gestão de relacionamento com os clientes e alianças estratégicas com grandes varejistas. O Itaú se aliou à Companhia Brasileira de Distribuição e às Lojas Americanas, líderes nos seus setores, enquanto o Banco Bradesco possui alianças com as Casas Bahia e o Unibanco, ao Magazine Luiza e ao Ponto Frio. 48 REGULAMENTAÇÃO E SUPERVISÃO A estrutura institucional básica do sistema financeiro brasileiro foi estabelecida em 1964, por meio da lei de reforma bancária. Essa legislação criou o CMN, órgão regulador responsável por estabelecer políticas monetárias e de crédito para promover o desenvolvimento econômico e social, bem como as relativas à operação do sistema financeiro. O CMN é presidido pelo Ministro da Fazenda e dele também participam o Ministro do Planejamento e o presidente do Banco Central. A Lei de Reforma Bancária Visão geral A lei de reforma bancária regulamenta o Sistema Financeiro Nacional, composto pelo CMN, Banco Central, Banco do Brasil, BNDES e as diversas instituições financeiras dos setores público e privado. Essa lei concede ao CMN poderes para determinar os limites de empréstimo e capital, aprovar orçamentos monetários, estabelecer políticas de taxas de câmbio e juros, supervisionar atividades relacionadas aos mercados acionários, regulamentar a constituição e o funcionamento de instituições financeiras dos setores público e privado, conceder autoridade ao Banco Central para emitir papel-moeda e estabelecer níveis de exigências de reserva, além de determinar diretrizes gerais relacionadas aos mercados bancário e financeiro. Principais limitações e restrições às instituições financeiras A lei de reforma bancária determina que as instituições financeiras não podem: • operar no Brasil sem a prévia aprovação do Banco Central; • investir em ações de outra empresa, exceto se o investimento tiver sido previamente aprovado pelo Banco Central, com base em determinadas normas prescritas pelo CMN. No entanto, tais investimentos podem ser feitos através da unidade de banco de investimento dos bancos múltiplos ou através de um banco de investimento; • possuir bens imóveis, exceto se a instituição ocupar essa propriedade. Quando um bem imóvel é transferido para uma instituição financeira como pagamento de uma dívida, a propriedade deve ser vendida em um ano, a não ser em exceções autorizadas pelo Banco Central; • emprestar mais de 25% do seu Capital Regulamentar ajustado a uma única pessoa ou grupo; • conceder empréstimos ou garantia de transações a qualquer empresa detentora de mais de 10% do capital da instituição financeira, exceto em casos limitados e na dependência da prévia aprovação do Banco Central, e • conceder empréstimos ou garantia de transações a qualquer empresa na qual a instituição financeira detenha mais de 10% do capital, com exceção de empréstimos a subsidiárias de arrendamento mercantil. Disposições especiais relacionadas à estrutura de capital As instituições financeiras podem ser constituídas como sucursais de empresas estrangeiras ou empresas cujo capital esteja dividido em ações com e sem direito a voto, porém as ações sem direito a voto não podem representar mais que 50% do seu capital. Regulamentação do Banco Central Visão geral O Banco Central implementa as políticas monetárias e de crédito determinadas pelo CMN e controla e supervisiona todas as instituições financeiras dos setores público e privado. Todas as alterações dos estatutos, aumento de capital ou estabelecimento ou transferência da sede ou das agências (no Brasil ou no exterior) de uma instituição financeira devem ser aprovados pelo Banco Central. É necessária a aprovação do Banco Central para que uma instituição financeira incorpore ou adquira outra instituição financeira ou execute qualquer transação que resulte na mudança de controle de uma instituição financeira. O Banco Central também determina os requisitos de capital mínimo, limites de ativo permanente, limites de crédito e exigências de depósitos compulsórios. 49 O Banco Central monitora o cumprimento dos requisitos contábeis e estatísticos. As instituições financeiras devem apresentar, para arquivo no Banco Central, demonstrações contábeis auditadas anuais e semestrais, demonstrações contábeis trimestrais que foram objeto de revisão limitada, bem como demonstrações contábeis não auditadas mensais, elaboradas de acordo com as normas do Banco Central. As instituições financeiras abertas também devem apresentar demonstrações contábeis trimestrais, objeto de revisão limitada, à CVM. Ademais, as instituições financeiras devem divulgar ao Banco Central todas as operações de crédito, câmbio, exportação e importação e qualquer outra atividade econômica relacionada. Tal divulgação normalmente é feita todos os dias, por computador e por meio de relatórios e demonstrações periódicos. Requisitos do capital regulamentar Desde janeiro de 1995, as instituições financeiras brasileiras devem cumprir o Acordo da Basiléia quanto à adequação de capital com base no risco, modificado como descrito a seguir. Em geral, o Acordo da Basiléia exige que os bancos mantenham um índice de capital para ativos e determinados itens não incluídos no balanço patrimonial, apurados pelo risco ponderado, de no mínimo 8%. Pelo menos a metade do capital exigido deve ser capital de Nível 1, enquanto o restante deve ser formado por capital de Nível 2. O capital de Nível 1, ou capital principal, inclui as ações ordinárias e ações preferenciais permanentes não cumulativas, a reserva de prêmio sobre ações, os lucros acumulados e algumas reservas divulgadas menos o ágio. O Capital de Nível 2, ou complementar, inclui as reservas “ocultas”, reservas de reavaliação, reservas gerais para perdas com empréstimos, dívida subordinada e outros instrumentos quase de capital (como ações preferenciais cumulativas, ações preferenciais de longo prazo e instrumentos de dívida conversíveis). São impostas também limitações ao montante máximo de alguns itens do capital de Nível 2. Para avaliar a adequação do capital de bancos de acordo com as diretrizes de adequação de capital com base no risco, o capital do banco é avaliado com base no valor agregado de seus ativos e exposições não incluídas no balanço patrimonial, tais como garantias financeiras, cartas de crédito e contratos de moeda estrangeira e juros, que são ponderados de acordo com as respectivas categorias de risco. A legislação brasileira segue de perto as disposições do Acordo da Basiléia. As principais diferenças entre a legislação brasileira e o Acordo da Basiléia são: • o índice mínimo de capital sobre ativos determinado com base no risco ponderado é 11%; • a ponderação por risco atribuída a alguns ativos e exposições não incluídas no balanço patrimonial diferem um pouco daquela determinada pelo Acordo da Basiléia, e • o índice de capital sobre ativos de 11% mencionado acima deve ser calculado com base na consolidação de todas as subsidiárias financeiras (consolidação parcial) e a partir de julho de 2000 com base na consolidação completa, isto é, abrangendo todas as subsidiárias financeiras e não financeiras. Nessa consolidação, as instituições financeiras brasileiras devem levar em conta todos os investimentos no Brasil ou no exterior sempre que a instituição financeira detiver, direta e indiretamente, isoladamente ou em conjunto com sócios, (i) direitos que assegurem a maioria nas resoluções societárias da investida, (ii) poderes para eleger ou afastar a maioria dos administradores da investida, (iii) o controle operacional da investida, caracterizado pela administração comum e (iv) controle societário efetivo da investida, caracterizado pelo total da participação acionária detida por sua administração, pessoas físicas ou jurídicas controladoras, entidades relacionadas e participação acionária detida, direta ou indiretamente, por meio de fundos de investimento. Na elaboração das demonstrações contábeis consolidadas, as instituições financeiras que são relacionadas em virtude de controle operacional efetivo ou de atuação no mercado com o mesmo nome ou marca comercial também devem ser consideradas para fins de consolidação. Para algumas finalidades, o Banco Central estabelece os critérios para a determinação do Patrimônio de Referência das instituições financeiras brasileiras. De acordo com tais critérios, o capital dos bancos é dividido em capital de Nível 1 e de Nível 2. • O capital de Nível 1 é representado pelo patrimônio líquido acrescido das contas de resultado credoras e deduzido das contas de resultado devedoras, excluindo-se as reservas de reavaliação, reservas de contingências e reservas especiais de lucros relacionadas a dividendos obrigatórios ainda não distribuídos, as ações preferenciais cumulativas e as ações preferenciais resgatáveis. 50 • O capital de Nível 2 é representado pelas reservas de reavaliação, reservas de contingências, reservas especiais de lucros relacionadas a dividendos obrigatórios ainda não distribuídos, ações preferenciais cumulativas, ações preferenciais resgatáveis, títulos de dívida subordinada e instrumentos híbridos. Como mencionado acima, o capital de Nível 2 não pode ser superior ao capital de Nível 1. O Patrimônio de Referência é representado pela soma do capital de Nível 1 e de Nível 2 e, em conjunto com as deduções descritas na Nota 30 de nossas Demonstrações Contábeis Consolidadas, é levado em conta para fins de definição dos limites operacionais das instituições financeiras. Exposição à moeda estrangeira A exposição total em ouro e outros ativos e passivos indexados ou vinculados à variação da taxa de câmbio de instituições financeiras e suas controladas diretas e indiretas, de forma consolidada, não pode ultrapassar 30% do seu Capital Regulamentar, de acordo com a resolução nº. 3.488/07 do CMN. Liquidez e regime de investimento de ativos fixos O Banco Central não permite que bancos múltiplos brasileiros, inclusive o Itaú, possuam, de forma consolidada, ativo permanente acima de 50% do Capital Regulamentar ajustado. O ativo permanente inclui investimentos em controladas não consolidadas, além de imóveis, equipamentos e ativos intangíveis. Limites de empréstimos Uma instituição financeira não pode conceder empréstimos ou adiantamentos, garantias, subscrever ou deter em sua carteira de investimentos títulos e valores mobiliários de qualquer cliente ou grupo de clientes afiliados que, em conjunto, ultrapassem 25% do Capital Regulamentar ajustado daquela instituição. Depósitos compulsórios O Banco Central impõe atualmente diversas exigências de depósito compulsório às instituições financeiras brasileiras. Tais exigências são aplicadas a um amplo leque de atividades e operações bancárias, como depósitos à vista, depósitos em poupança e transações de assunção e compra de dívida. O encaixe no Banco Central sobre depósitos à vista não é remunerado. O Banco Central estabeleceu, a partir de 31 de janeiro de 2008, o depósito compulsório sobre Certificados de Depósito Interbancário, ou taxa CDI, de empresas de arrendamento mercantil emitidos por outras instituições financeiras. Tratamento de dívidas vencidas As instituições financeiras brasileiras devem classificar suas operações de crédito (inclusive transações de arrendamento mercantil e outras caracterizadas como adiantamentos de crédito) em diferentes níveis e fazer provisões de acordo com o nível atribuído a cada transação. A classificação é baseada na situação financeira do cliente, nos termos e nas condições da referida transação e no eventual tempo de atraso no pagamento da transação. As transações são classificadas como nível AA, A, B, C, D, E, F, G ou H, sendo AA a classificação mais alta. As classificações de crédito devem ser revisadas mensalmente e, sem prejuízo das provisões adicionais àquelas exigidas pelo Banco Central que forem consideradas necessárias pela administração das instituições financeiras, devem ser constituídas provisões que podem variar de 0,5% do valor da transação, no caso de transações de nível A, a 100%, no caso de transações de nível H. Provisão para créditos de liquidação duvidosa para fins de dedução do imposto de renda É permitido às instituições financeiras brasileiras deduzir a provisão para créditos de liquidação duvidosa como despesas para fins de apuração do lucro tributável. O período no qual essas deduções devem ser feitas depende dos valores, prazos e do tipo de operação envolvidos. 51 Empréstimos em moeda estrangeira É facultado às instituições financeiras brasileiras contrair empréstimos em moeda estrangeira nos mercados internacionais (por meio de empréstimos diretos ou emissão de títulos de dívida), desde que a finalidade dessa captação seja repassar os recursos financeiros no Brasil a empresas e instituições financeiras brasileiras. O Banco Central pode estipular um prazo mínimo para os empréstimos em moeda estrangeira. Atualmente não é feita a exigência de prazo mínimo, porém, os recursos internacionais que permanecerem no Brasil por um período inferior a 90 dias recolhem IOF à alíquota de 5,4% sobre o valor nominal do contrato de câmbio firmado para a entrada dos recursos. Entretanto, a partir de 17 de dezembro de 2007, a alíquota aplicável às operações financeiras incidente sobre as operações de crédito realizadas por instituições financeiras, referentes ao repasse de recursos internacionais, foi reduzida a zero. Os empréstimos transnacionais entre pessoas físicas ou jurídicas (inclusive bancos), residentes ou domiciliadas no Brasil, e pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no exterior, não estão mais sujeitos à aprovação prévia do Banco Central, mas dependem do registro declaratório eletrônico pelo SISBACEN, um banco de dados de informações fornecidas por instituições financeiras ao Banco Central. Posição em moeda estrangeira Operações de compra e venda de moeda estrangeira no Brasil somente podem ser realizadas por instituições autorizadas pelo Banco Central. O Banco Central impõe limites às posições de venda e compra de câmbio de instituições autorizadas a operar nos mercados cambiais. Tais limites variam de acordo com o tipo de instituição financeira que realiza as operações de câmbio, as posições de venda de câmbio dessas instituições e o patrimônio líquido da instituição em questão. Não há limite para posições compradas ou vendidas de bancos (comerciais, múltiplos, de investimento, de desenvolvimento e de poupança – as Caixas Econômicas) autorizados a realizar operações no mercado cambial. As outras instituições (financeiras, corretoras e casas de câmbio) que fazem parte do Sistema Financeiro Nacional no Brasil estão sujeitas aos seguintes limites: • Limite de US$ 500.000 para posições compradas; se as instituições ultrapassarem este limite, elas inicialmente recebem um aviso formal para regularizar o excedente; se o valor for ultrapassado novamente no prazo de noventa dias a contar da primeira ocorrência, a autorização para a realização de operações no mercado cambial será revogada. • Não há limites para as posições cambiais vendidas. Estabelecimento de escritórios e investimentos no exterior Para que uma instituição financeira brasileira estabeleça escritórios ou mantenha participações acionárias diretas ou indiretas em instituições financeiras no exterior, é necessária a prévia aprovação do Banco Central, que dependerá do fato de o banco brasileiro satisfazer estes quatro critérios: • a instituição financeira brasileira deve estar em funcionamento no mínimo há seis anos; • o capital integralizado e o patrimônio líquido da instituição financeira brasileira devem atender aos níveis mínimos estabelecidos pelos regulamentos do Banco Central aplicáveis a ela, mais um montante equivalente a 300% do capital mínimo integralizado e do patrimônio líquido mínimo exigidos pelos regulamentos do Banco Central para bancos comerciais; • deve ser assegurado ao Banco Central o acesso a informações, dados e documentos referentes às operações e aos registros contábeis da sucursal, para sua supervisão global e consolidada, e • a instituição financeira brasileira deve apresentar ao Banco Central um estudo sobre a viabilidade econômica e financeira da controlada, sucursal ou investimento, bem como o retorno esperado do investimento. No prazo de 180 dias após a aprovação do Banco Central, a instituição brasileira deve apresentar um pedido de abertura de sucursal às autoridades estrangeiras competentes e entrar em operações no prazo de um ano. A não observância dessas condições acarretará o cancelamento automático da autorização e a 52 repatriação dos montantes remetidos para o exterior, bem como de eventuais lucros acumulados auferidos com o investimento. Financiamento habitacional Diversos aprimoramentos ocorridos em 2007 na estrutura do sistema de crédito imobiliário proporcionaram um ambiente estável para o crescimento sustentável dos financiamentos habitacionais. O Itaú consolidou sua participação nesse mercado, sendo um dos quatro maiores fornecedores de financiamento habitacional do setor privado no país, com 19% de participação no mercado de crédito habitacional entre bancos privados. O mercado de financiamentos habitacionais representa uma das maiores oportunidades de mercado para o crescimento futuro do Banco Itaú, resultante do ambiente econômico favorável no país. Conseqüentemente, o Banco vem desenvolvendo atualmente vários produtos de financiamento habitacional, principalmente na forma de financiamento para aquisição de imóveis. Em 2007 o Itaú desenvolveu um produto para construtoras que procuram descontos em taxas de serviços. O Itaú foi o primeiro banco privado a lançar um produto com captação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, ou FGTS, ampliando sua carteira de produtos. Regulamentação de auditores independentes Em 29 de maio de 2003, o Banco Central aprovou a Resolução No. 3.081, revogada pela Resolução No. 3.198 de 27 de maio de 2004 (alterada pela Resolução No. 3.271 de 24 de março de 2005 e pela Resolução No. 3.332 de 22 de dezembro de 2005 e subsequentemente revogada pela Resolução nº. 3.503 de 26 de outubro de 2007) que consolida e disciplina as normas relativas a serviços de auditoria externa fornecidos a instituições financeiras. As principais mudanças são como segue: • revisão limitada obrigatória das informações financeiras trimestrais fornecidas ao Banco Central; • a instituição financeira deve nomear um diretor executivo que esteja tecnicamente qualificado a supervisionar a aplicabilidade das regras, e que será responsável pela entrega de todas as informações e pela notificação de qualquer fraude ou negligência, não obstante qualquer outro regulamento aplicável; • definição de alguns serviços que o auditor independente não poderá oferecer devido ao risco de perder a independência, de acordo com as normas já exigidas pela CVM; • a Resolução nº 3.503 suspendeu até 31 de dezembro de 2008, a cláusula contida no artigo 9º do regulamento anexo à Resolução nº 3.198, a qual determinava o rodízio obrigatório da empresa de auditores independentes a cada cinco anos; • as instituições financeiras com Patrimônio de Referência igual ou superior a R$ 1 bilhão deverão instalar um comitê de auditoria formado no mínimo por três membros, com rotação a cada cinco anos, e pelo menos um deles deverá ter conhecimento de contabilidade e finanças. Os membros do comitê de auditoria somente poderão voltar a participar desse órgão três anos após seu mandato de cinco anos. O comitê de auditoria será responsável pela avaliação dos controles internos, da eficácia dos auditores independentes e deverá recomendar a melhoria ou a alteração de políticas e procedimentos, entre outros deveres. A partir de 31 de dezembro de 2004, o comitê de auditoria deve divulgar um resumo do relatório do comitê de auditoria, juntamente com as demonstrações contábeis semestrais; • a contratação dos auditores independentes fica sujeita a um certificado emitido pelo CFC, em conjunto com o IBRACON, sobre os membros da equipe com responsabilidades administrativas, e • os auditores independentes são responsáveis pela emissão de um parecer sobre as demonstrações contábeis, um relatório sobre a avaliação de controles e sistemas internos e um relatório apresentando as transgressões às regras e aos regulamentos capazes de afetar 53 de maneira significativa as demonstrações contábeis ou as operações da entidade. Tais relatórios deverão ficar à disposição do Banco Central para inspeção. Tributação sobre Operações Financeiras Apresentamos a seguir uma exposição dos principais impostos que incidem sobre operações financeiras. IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) O Imposto sobre Operações Financeiras, ou IOF, é um imposto que incide sobre operações financeiras (como operações de crédito, câmbio e seguro, ou aquelas operações relativas a títulos ou valores mobiliários). A alíquota do IOF tem sofrido variações de acordo com a política do governo brasileiro no sentido de restringir ou estimular as entradas de capital estrangeiro e limitar o crédito a pessoas físicas. O IOF incide sobre diversas operações cambiais e suas alíquotas aplicáveis, que podem ser aumentadas para até 25%, são fixadas pelo poder executivo do governo brasileiro. As alíquotas de IOF incidentes sobre transações de câmbio foram recentemente alteradas e são aplicáveis atualmente à taxa de 0,38%, com exceção das seguintes operações: (i) a alíquota do IOF incidente sobre o valor ingressado no Brasil originadas de ou para empréstimos com prazos médios mínimos de pagamento não superiores a 90 dias, será de 5,38%; (ii) a alíquota do IOF incidente sobre operações de câmbio destinadas ao cumprimento de obrigações de administradoras de cartão de crédito ou de bancos comerciais ou múltiplos na qualidade de emissores de cartão de crédito decorrentes de aquisição de bens e serviços efetuados no exterior por seus usuários, será de 2,38%; (iii) a alíquota do IOF incidente sobre operações de câmbio destinadas ao cumprimento de obrigações de administradoras de cartão de crédito ou de bancos comerciais ou múltiplos na qualidade de emissores de cartão de crédito decorrentes de aquisição de bens e serviços efetuados no exterior por usuários do cartão dos governos Federais, dos Estados, Municípios, do Distrito Federal, suas fundações e autarquias, será zero; (iv) a alíquota do IOF nas operações de câmbio relativas ao ingresso no Brasil de receitas de exportação de bens e serviços será zero; (v) a alíquota de IOF nas operações de câmbio, realizadas por investidor estrangeiro, para aplicações nos mercados financeiros e de capitais, será de 0,38%, 1,5% ou mesmo zero. Dependendo da forma e da época de ingresso dos recursos estrangeiros no País, poderá ser devido o IOF na saída de recursos e na entrada de recursos no Brasil (isso poderá valer inclusive quando se fizer mera troca da modalidade de investimento, pois, em diversos casos, será obrigatória a realização de operação simultânea de câmbio de saída e reingresso de recursos). Se os recursos ingressarem no País na forma da Resolução 2.689/02 do Conselho Monetário Nacional, ou na forma da Resolução 1.927 (que regula o programa de DR’s), para aplicação em bolsas no País, ou para aquisição de ações em oferta pública ou para subscrição de ações (desde que em ambas as hipóteses a companhia emissora seja registrada na CVM, a alíquota de IOF será zero. No quadro das aplicações ora expostas, na saída dos recursos do País, a alíquota de IOF será zero, assim como na remessa de juros sobre o capital próprio e de dividendos. O IOF também incide sobre as operações de crédito, incluindo os financiamentos, descontos, e factoring. A alíquota máxima do IOF que pode incidir sobre operações de crédito é de 1,5% ao dia. Entretanto, atualmente, as pessoas físicas pagam o IOF a uma alíquota de 0,0082% ao dia e as pessoas jurídicas a uma alíquota de 0,0041% ao dia. Uma alíquota adicional de IOF de 0,38% também pode incidir na concessão de crédito quando o montante do principal for estabelecido nessa ocasião, ou for baseado no somatório mensal das alíquotas do IOF diárias incidentes sobre os saldos devedores das operações de crédito em que o montante do principal não é definido no ato da contratação. 54 O IOF também incide sobre as operações de seguros, no ato do recebimento do prêmio. Nas operações de seguros, o IOF incidirá a uma alíquota máxima de 25%. Atualmente, as alíquotas incidentes variam entre zero e 7,38% de acordo com o tipo de seguro contratado. Finalmente o IOF incide sobre aquisição, cessão, resgate, repactuação ou pagamento para liquidação de títulos e valores mobiliários, mesmo se essas operações forem realizadas nas bolsas de valores, de mercadorias e futuros. O IOF incidirá a alíquota máxima de 1,5% ao dia sobre o valor das operações com títulos e valores mobiliários. Atualmente, a alíquota do IOF nas operações com ações preferenciais e ADSs é zero, mas o poder executivo pode aumentá-la, observado o limite de 1,5% ao dia. Em caso de aumento da alíquota, a nova alíquota incidirá somente sobre os negócios realizados a partir da elevação da alíquota. A alíquota do IOF pode ser superior a zero em alguns casos, entre eles, se o investidor vender ou resgatar sua cota em fundo de investimento durante o período de carência para fruição dos rendimentos. CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira) A CPMF incidia à uma alíquota de 0,38% sobre as operações financeiras. A CPMF deixou de ser cobrada a partir de 1º de janeiro de 2008. Como regra geral, a CPMF incidia sobre os lançamentos a débito em conta bancária. Atualmente, a CPMF não é mais cobrada, mas muito se discute sobre a possibilidade ou não da volta de sua cobrança, sendo que, até o momento, não há como se afirmar se esse tributo voltará a ser cobrado. Imposto de Renda Em geral, o imposto de renda é um imposto que incide sobre: (i) renda de operações financeiras a taxas fixas ou variáveis, incluindo transações de hedging, a uma alíquota que vai de 15% a 22,5%. O imposto de renda é retido na fonte (IRRF). As alíquotas variam conforme o tipo e o prazo da operação, (ii) renda de fundos de investimento em ações, à alíquota de 15% retido na fonte, e (iii) renda em fundos de investimento em participações, em fundos de investimento em cotas de fundos de investimento em participações e em fundos de investimento em empresas emergentes, à alíquota de 15% no resgate, desde que tais fundos atendam a certas condições estabelecidas na legislação brasileira. No caso de ganhos em alienação das cotas desses fundos, a alíquota também é de 15%, mas o imposto de renda não é retido na fonte (é pago diretamente pelo próprio investidor), e (iv) renda de todos os outros fundos de investimento de longo e curto prazo, além dos mencionados nos itens (ii) e (iii) acima, a alíquotas que vão de 15% a 22,5%, conforme o tempo de aplicação. O imposto de renda é retido na fonte. Os investidores estrangeiros, cujos recursos sejam oriundos de uma jurisdição considerada “paraíso fiscal” (jurisdição onde não incide qualquer imposto sobre a renda ou que incide a uma alíquota máxima de 20%, ou onde as leis estabeleçam sigilo ou imponham restrições à divulgação de participações acionárias ou propriedades de pessoas jurídicas) devem pagar imposto de renda retido na fonte na forma acima descrita. Para os investidores estrangeiros, cujos recursos tenham ingressado no País na forma da Resolução 2.689/00 do Conselho Monetário Nacional, e que não sejam oriundos de jurisdição considerada “paraíso fiscal”, o imposto de renda incide como segue: (i) ganhos auferidos em operações em bolsas brasileiras, exceto os ganhos auferidos em operações que são isentos de renda fixa, (ii) renda em fundos de investimento em ações, operações de swap e outras operações no mercado de futuros não realizadas em bolsa de valores brasileira, imposto de renda incidirá à alíquota de 10%, e (iii) renda em todos os outros investimentos em renda fixa realizados em bolsas brasileiras ou no mercado de balcão, e os ganhos auferidos com exceção ao item (i) acima, o imposto de renda retido na fonte incidirá à alíquota de 15%. 55 A Lei No. 11.312/06 reduziu também a zero a alíquota de IRRF sobre rendimentos de títulos públicos pagos, creditados ou de outra forma remetidos a beneficiários não residentes, desde que: (i) não residam em jurisdição considerada “paraíso fiscal”, (ii) os recursos não foram feitos de acordo com a Resolução 2.689/00 do Conselho Monetário Nacional e (iii) também sob a condição de que tais títulos não tenham sido adquiridos mediante a obrigação do comprador de revendê-los. Esta exceção é aplicável sobre rendimentos ganhos a partir de 16/02/06. Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido Atualmente, a renda das pessoas jurídicas está sujeita ao imposto de renda da pessoa jurídica, ou IRPJ, e à contribuição social sobre o lucro líquido, ou CSLL. De acordo com o regime de tributação adotado pela empresa individualmente, o IRPJ e a CSLL podem incidir sobre uma base de cálculo real ajustada (regime do lucro real), sobre uma base de cálculo presumida, que prevê percentuais da receita sujeitos à tributação (regime do lucro presumido e regime do Simples Nacional, um regime tributário especial para micro e pequenas empresas) ou sobre uma base de cálculo arbitrada. As instituições financeiras e as companhias abertas estão obrigadas à apurar o IRPJ e a CSLL segundo o regime do lucro real. O IRPJ incide a uma alíquota de 15% e, uma alíquota adicional de 10% é aplicável quando o lucro exceder R$ 20.000,00 por mês (25% sobre o lucro excedente àquele valor). A CSLL incide à alíquota de 9%. A Lei nº 11.727 de 23 de junho de 2008, estabelece que, a partir de 1º de maio de 2008, a alíquota de CSLL aplicável às companhias de seguros privados e de capitalização e bancos de qualquer espécie, distribuidoras de valores mobiliários, corretoras de câmbio e de valores mobiliários, sociedades de crédito, financiamento e investimentos, sociedades de crédito imobiliário, administradoras de cartões de crédito, sociedades de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito e associações de poupança e empréstimo, aumentará para 15%. Este aumento na alíquota de CSLL é aplicável à nossa companhia e muitas de nossas controladas e coligadas. Podemos compensar os prejuízos fiscais apurados com os resultados produzidos em exercícios futuros, a qualquer momento, desde que esses prejuízos fiscais não ultrapassem o limite de 30% do lucro tributável anual. Contribuição ao Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) Além do IRPJ e da CSLL, as companhias também estão sujeitas à contribuição ao Programa de Integração Social (PIS) e à contribuição para o Financiamento de Seguridade Social (COFINS). A base de cálculo dessas contribuições é a receita bruta auferida pela companhia, assim entendido a totalidade das receitas da pessoa jurídica (e não só a receita decorrente da venda de bens e de serviços). A legislação estabelece algumas receitas que não podem ser utilizadas como da base de cálculo para o PIS e COFINS, bem como algumas despesas que podem ser deduzidas da base de cálculo dessas contribuições (ou das instituições financeiras, as despesas de captação). As contribuições para o PIS e para a COFINS podem ser apuradas segundo o regime diferenciado estabelecido pela Lei Complementar 123 de 2006 (Simples Nacional), em que as alíquotas das contribuições variam em função da atividade e da receita bruta anual da empresa. Essas contribuições também podem ser apuradas segundo o regime cumulativo, no qual a alíquota do PIS é fixada em 0,65% e a da COFINS em 3% e a base de cálculo é a receita bruta auferida pela companhia. As empresas que apuram o IRPJ e a CSLL pelo regime do lucro presumido estão obrigadas a apurar as contribuições para o PIS e apara a COFINS segundo o regime cumulativo. As empresas que apuram o IRPJ e a CSLL segundo o regime do lucro real estão sujeitas ao regime não cumulativo das contribuições ao PIS e à COFINS. Nesse regime, o PIS incide a uma alíquota de 1,65% e a COFINS a uma alíquota de 7,6%. A base de cálculo das contribuições é a receita bruta auferida pela companhia. Nesse regime, empresa pode se creditar das contribuições ao PIS e à COFINS relativas a alguns insumos que ela adquirir de outras pessoas jurídicas, utilizados em sua atividade. Atualmente, as receitas financeiras das empresas que apuram essas contribuições segundo o regime não-cumulativo (mesmo das empresas que tenham apenas parte de suas receitas submetidas ao regime não-cumulativo) estão sujeitas à 56 alíquota zero das contribuições ao PIS e à COFINS, com exceção das receitas decorrentes do recebimento de juros sobre o capital próprio. As instituições financeiras estão excluídas do regime não-cumulativo e sujeitam-se à incidência da contribuição ao PIS a uma alíquota de 0,65% e da COFINS às alíquotas 4% e têm direito a deduções específicas para apuração da sua base de cálculo. Investimentos estrangeiros Bancos estrangeiros O estabelecimento no Brasil de novas agências de instituições financeiras estrangeiras, isto é, instituições financeiras que operam e possuem uma matriz no exterior, é proibido, a não ser quando devidamente autorizado pelo governo brasileiro e, nesse caso, elas devem se adequar a tratados internacionais, à política de reciprocidade e ao interesse do governo brasileiro. Uma vez autorizada a operar no Brasil, a instituição financeira estrangeira está sujeita às mesmas normas, regulamentos e exigências aplicáveis a qualquer outra instituição financeira brasileira. Investimentos estrangeiros em instituições financeiras brasileiras O investimento estrangeiro em instituições financeiras brasileiras, tanto por pessoas físicas quanto por empresas, somente é permitido se uma autorização específica for concedida pelo governo brasileiro, autorização essa que poderá ser concedida, se compatível com tratados internacionais, com a política de reciprocidade ou com o interesse do governo brasileiro. Uma vez concedida a devida autorização, as leis brasileiras estabelecem as seguintes normas para os investimentos estrangeiros no Brasil e a remessa de capitais para fora do Brasil: • os investidores estrangeiros e brasileiros devem receber o mesmo tratamento, a menos que expressamente disposto de outra forma pela legislação aplicável, • toda entidade estrangeira que detiver diretamente ações de empresas brasileiras deve inscrever-se no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, ou CNPJ, • os investimentos estrangeiros diretos, as remessas de lucros e as repatriações devem ser registradas eletronicamente no Banco Central, através do Módulo RDE-IED do SISBACEN, • o Banco Central pode exigir que as empresas brasileiras forneçam informações relativas às participações estrangeiras em seu capital, além de qualquer outra informação referente ao investimento estrangeiro no Brasil, e • as demonstrações contábeis das empresas brasileiras devem apresentar seus investimentos, obrigações e créditos estrangeiros. Em dezembro de 1996, o Presidente Fernando Henrique Cardoso promulgou um decreto autorizando a aquisição, por não brasileiros, de ações sem direito a voto emitidas por instituições financeiras brasileiras, bem como a oferta no exterior de recibos depositários representativos dessas ações. Também em dezembro de 1996, o CMN aprovou uma deliberação autorizando especificamente a oferta global de recibos depositários representativos de ações sem direito a voto de instituições financeiras brasileiras. Leis de insolvência Aspectos gerais Um projeto de lei que alterou consideravelmente as regras aplicáveis aos processos de falência e insolvência foi aprovado pelo Congresso brasileiro em fevereiro de 2005 e tornou-se efetivo em 9 de junho de 2005. Esse projeto visa modernizar a legislação de falência e insolvência e cria novos procedimentos relativos à reorganização financeira das empresas. As novas regras podem afetar as atuais taxas de juros e spreads bancários aplicáveis. 57 Processos de falência O processo de falência deve ser instaurado se for possível determinar que a empresa está inadimplente em qualquer obrigação que dê aos seus credores o direito de obter um julgamento sumário em juízo ou se a empresa praticar um ato de falência segundo a lei brasileira, tal como fraude. Uma vez instaurado o processo de falência, uma petição será apresentada em juízo solicitando um despacho de administração judicial para a proteção dos ativos da empresa falida. Mediante o recebimento desse despacho, os bens do devedor são colocados sob a responsabilidade de um liquidante oficial e permanecem sob sua administração até o final do processo de falência. Reivindicações preferenciais/prioritárias Os salários e indenizações a empregados (até o limite de 150 salários mínimos para cada credor) têm a prioridade mais alta entre todas as reivindicações contra a empresa falida. Respeitada a precedência dada a outras dívidas por legislação especial, as demais reivindicações têm prioridade na seguinte ordem: • dívida garantida (até o limite do valor do ativo que garante a dívida), • dívida tributária, • dívida com privilégio especial sobre certos ativos, • dívida com privilégio geral, • dívida não garantida, • multas contratuais resultantes da violação criminal ou administrativa das leis, incluindo multa fiscal, e • dívida subordinada. Leis de insolvência específicas para instituições financeiras Intervenção do Banco Central O Banco Central tem poderes para intervir nas operações de qualquer instituição financeira, com exceção das instituições financeiras controladas pelo governo federal. O Banco Central pode intervir, a seu critério, se ficar determinado que: • por má gestão, a instituição financeira sofreu prejuízos que podem representar um risco a seus credores, • a instituição financeira infringiu sistematicamente as leis ou os regulamentos bancários brasileiros e o Banco Central determinar que essa transgressão persiste, ou • existe qualquer um dos fundamentos segundo os quais pode ser instaurado um processo de falência e a intervenção constitui uma alternativa viável para evitar a liquidação administrativa da instituição financeira. Processo de liquidação O Banco Central pode efetuar uma liquidação se: • as dívidas da instituição financeira não forem pagas no vencimento, • a insolvência da instituição financeira puder ser presumida segundo as leis brasileiras de insolvência, • a administração da instituição financeira em questão tiver cometido graves infrações às leis ou aos regulamentos bancários brasileiros, 58 • por ocasião do cancelamento da autorização para funcionar, o processo legal de liquidação de uma instituição financeira não for iniciado no devido tempo ou iniciado com atraso, representando um risco para seus credores, ou • a instituição financeira tiver sofrido prejuízos capazes de representar um risco para seus credores não garantidos. O processo de liquidação também pode, desde que haja fundamentos razoáveis, ser requerido pelos diretores da instituição financeira ou pelo interventor nomeado pelo Banco Central no processo de intervenção. Seguro depósito, garantias de crédito e assistência à liquidez Em novembro de 1995, o governo brasileiro criou o Fundo Garantidor de Créditos, ou FGC, para garantir depósitos de clientes até o máximo atual de R$ 60.000,00 em caso de intervenção ou liquidação de instituições financeiras pertencentes ao mesmo grupo financeiro daquela em que os depósitos foram feitos. O FGC é administrado por um conselho nomeado pela Confederação Nacional de Instituições Financeiras, ou CNF, que são obrigadas a contribuir mensalmente para o FGC com um valor igual a 0,0125% do saldo das contas garantidas pelo Fundo. Quando os ativos do FGC atingem 5% do valor total coberto pela garantia, o CMN pode suspender ou reduzir, temporariamente, a porcentagem de contribuição das instituições financeiras ao FGC. Privatização de bancos estaduais Com o intuito de reduzir a participação dos Estados brasileiros em atividades bancárias, o Governo brasileiro estabeleceu certos procedimentos para a privatização e liquidação das instituições financeiras atualmente controladas por Estados brasileiros, ou sua transformação em instituições não financeiras. Respeitadas certas condições relativas às garantias a serem prestadas pelos Estados brasileiros, o Governo Federal poderá, a seu critério: • adquirir o controle de uma instituição financeira com o objetivo de proceder a sua privatização ou liquidação, • financiar a liquidação de uma instituição financeira ou sua transformação em instituição não financeira, quando tal medida for instituída por seu acionista controlador, • financiar todos os ajustes prévios necessários para a privatização de uma instituição financeira, • comprar créditos contratuais detidos por uma instituição financeira contra seu acionista controlador e as entidades controladas por esse acionista e refinanciar esses créditos, e • em casos excepcionais, mediante a prévia autorização do CMN e desde que sejam satisfeitas determinadas condições pelo estado brasileiro em questão, financiar um programa de capitalização destinado a melhorar a administração da instituição financeira, limitado a 50% do valor dos recursos necessários. Regulamentação de arrendamento As leis e as normas emitidas pelo Banco Central com relação às instituições financeiras, inclusive exigências de relatórios, adequação e alavancagem de capital, limites de composição de ativos e tratamento de empréstimos duvidosos são em geral aplicáveis também às empresas de arrendamento. Regulamentação de seguros O sistema brasileiro de seguros é disciplinado por três órgãos reguladores: o Conselho Nacional de Seguros Privados, ou CNSP, a SUSEP e a Agência Nacional de Saúde Complementar, ou ANS. Mediante aprovação do governo, uma companhia de seguros pode oferecer todos os tipos de seguro, com exceção do seguro contra acidentes de trabalho, fornecido exclusivamente pelo Instituto Nacional de Seguridade Social, ou INSS. As companhias de seguros vendem apólices por meio de corretores habilitados. A legislação brasileira de seguros determina que o seguro saúde seja vendido separadamente de outros tipos de seguros, por uma seguradora especializada sujeita às normas da ANS, a agência responsável pelos seguros saúde privados. 59 As companhias de seguros são obrigadas a separar reservas para investimento em tipos específicos de títulos e valores mobiliários. Conseqüentemente, as seguradoras encontram-se entre os principais investidores no mercado financeiro brasileiro e estão sujeitas às normas do CMN sobre o investimento de reservas técnicas. As companhias de seguros estão isentas do processo normal de falência e, por outro lado, estão sujeitas a um procedimento especial administrado pela SUSEP ou pela ANS, os reguladores do setor de seguros, salvo quando os ativos da companhia de seguros não forem suficientes para garantir pelo menos a metade dos créditos não garantidos ou existam procedimentos relativos à prática de atos que possam ser considerados crimes falimentares. As dissoluções podem ser voluntárias ou compulsórias. O Ministro da Fazenda é responsável pela instituição de dissoluções compulsórias de companhias de seguros segundo a regulamentação da SUSEP, e a ANS é responsável pela dissolução de empresas de seguro saúde. Não existe atualmente restrição a investimentos estrangeiros em companhias de seguros. A legislação brasileira determina que as companhias de seguros são obrigadas a comprar resseguro na medida em que seus passivos ultrapassam os limites técnicos de acordo com as normas da SUSEP. Há vários anos, as atividades de resseguro no Brasil foram realizadas sob a forma de monopólio pelo IRB – Brasil Resseguros S.A. Em 16 de janeiro de 2007, a Lei Complementar No. 126/07 entrou em vigor, estabelecendo a abertura do mercado brasileiro de resseguros para outras companhias de resseguros. Essa lei complementar estabelece especificamente novas políticas relacionadas a resseguros, retrocessão e intermediação, operações de cosseguros, contratação de produtos de seguro no exterior e operações de câmbio do setor de seguros. As principais mudanças introduzidas pela Lei Complementar No. 126/07 encontram-se resumidas a seguir. A nova lei estabelece três tipos de resseguradoras: a) resseguradora local. Resseguradora com matriz no Brasil, constituída como uma sociedade por ações, com o objetivo exclusivo de realizar operações de retrocessão e resseguro; b) resseguradora admitida. Resseguradora não residente, registrada junto à SUSEP para realizar operações de retrocessão e resseguro, com escritório de representação no Brasil, que atende às exigências da Lei Complementar No. 126/07 e normas aplicáveis referentes às atividades de retrocessão e resseguro; c) resseguradora eventual. Resseguradora não residente, registrada junto à SUSEP para realizar operações de retrocessão e resseguro, sem escritório de representação no Brasil, que atende às exigências da Lei Complementar No. 126/07 e normas aplicáveis referentes às atividades de retrocessão e resseguro. A resseguradora eventual não pode ser residente em um país considerado como paraíso fiscal, que não tributa a renda ou tributa-a a uma alíquota inferior a 20% ou que não divulga informações sobre a estrutura acionária. As resseguradoras admitidas ou eventuais precisam atender às seguintes exigências mínimas: a) ser devidamente constituída, de acordo com as leis dos seus países de origem, a fim de subscrever resseguros locais e internacionais nos campos em que pretendem atuar no Brasil e apresentar comprovação de que elas operam nos seus respectivos países de origem há no mínimo 5 (cinco) anos; b) ter capacidade econômica e financeira não inferior ao mínimo a ser estabelecido pelo CNSP; c) ter uma classificação emitida pelas agências de classificação de crédito reconhecidas pela SUSEP igual ou superior ao mínimo a ser estabelecido pelo CNSP; d) ter, no Brasil, um procurador residente devidamente nomeado com plenos poderes administrativos e judiciais; e) cumprir com as exigências adicionais a serem estabelecidas pelo CNSP e pela SUSEP. 60 Além das exigências mencionadas acima, a resseguradora admitida precisa manter uma conta em moeda estrangeira junto à SUSEP e apresentar as suas demonstrações financeiras regularmente a esse órgão regulador, nos termos das normas a serem promulgadas pelo CNSP. A Lloyd’s pode ser registrada como uma resseguradora admitida mediante solicitação à SUSEP. Para fins de registro como resseguradora admitida, os membros da Lloyd’s serão considerados como uma única entidade. A contratação do resseguro e da retrocessão no Brasil ou no exterior deverá ser feita por negociação direta entre as partes envolvidas ou por uma corretora autorizada. Os corretores estrangeiros de resseguros podem obter autorização para operar no Brasil, de acordo com a legislação e exigências adicionais a serem estabelecidas pela SUSEP e pelo CNSP. As operações de resseguro referentes a seguro de vida com cobertura de sobrevivência e planos de previdência privada são exclusivas das resseguradoras locais. Com a devida observância às normas a serem promulgadas pelo CNSP, as companhias de seguro, ao ceder os seus riscos em resseguro, terão que oferecer às resseguradoras locais as seguintes porcentagens dos referidos riscos (direito de preferência): a) 60% até 16 de janeiro de 2010; b) 40% nos anos subseqüentes. Os fundos de reservas técnicas das resseguradoras locais e os fundos depositados no Brasil para fins de garantia das atividades locais das resseguradoras serão administrados de acordo com as normas do CMN. O IRB continua autorizado a realizar atividades de resseguro e retrocessão no Brasil como resseguradora local. 61 INFORMAÇÕES ESTATÍSTICAS SELECIONADAS As informações a seguir são incluídas para fins de análise e devem ser lidas juntamente com nossas demonstrações contábeis segundo os US GAAP no Item 18, bem como com o "Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras”. As informações são apresentadas para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, e no caso de certas informações relativas a nossos empréstimos e arrendamento mercantil e suas provisões relacionadas, também para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2004 e 2003. Os números incluídos nas tabelas e outros dados nessa seção são apresentados com base nos US GAAP. Dados Médios de Balanço Patrimonial e Taxa de Juros A tabela a seguir apresenta os saldos médios de nossos ativos e passivos remunerados, as contas de outros ativos e outros passivos, os respectivos valores de receita e despesa financeira e a média de rendimento/taxa real relativamente a cada período. Calculamos os saldos médios com base nos saldos contábeis diários para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. As leis brasileiras atualmente não prevêem isenções do imposto de renda para juros auferidos sobre quaisquer títulos e valores mobiliários de investimento. Portanto, a receita financeira não foi apresentada numa base equivalente de impostos. 62 (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2007 2006 Ativos Remunerados Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Aplicações em Operações Compromissadas Depósitos Compulsórios no Banco Central Ativos de Negociação e Títulos e Valores Mobiliários Ativos de Negociação, pelo Valor Justo 191.636 22.760 19.268 10.155 55.728 37.956 34.142 2.657 2.375 908 5.477 3.416 Rendimento Médio/Taxa (%) 17,8% 11,7% 12,3% 8,9% 9,8% 9,0% Títulos e Valores Mobiliários Disponíveis para Venda, pelo Valor Justo Títulos Mantidos até o Vencimento, ao Custo Amortizado Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil Ativos não Remunerados Caixa e Contas Correntes em Bancos Depósitos Compulsórios no Banco Central Operações de Crédito de Curso Anormal Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Imobilizado, Líquido Investimentos em Empresas não Consolidadas Ágio e Ativos Intangíveis, Líquidos Outros Ativos Total do Ativo 16.382 1.390 83.725 41.217 4.040 5.074 5.022 (7.195) 2.076 1.429 7.303 23.469 232.854 1.902 159 22.725 11,6% 11,5% 27,1% Ativo Saldo Médio Juros 2005 138.089 25.303 8.062 8.132 32.540 21.738 27.862 2.664 1.251 881 3.849 2.538 Rendimento Médio/Taxa (%) 20,2% 10,5% 15,5% 10,8% 11,8% 11,7% 9.387 1.414 64.053 28.609 3.038 4.200 3.349 (5.619) 2.570 1.300 4.857 14.914 166.698 1.143 168 19.217 12,2% 11,9% 30,0% Saldo Médio Juros 103.248 21.175 4.879 7.223 23.397 11.908 21.338 2.547 850 928 3.009 1.710 Rendimento Médio/Taxa (%) 20,7% 12,0% 17,4% 12,9% 12,9% 14,4% 9.375 2.114 46.573 29.603 2.449 3.502 1.550 (3.274) 2.455 2.603 3.318 17.000 132.851 1.040 259 14.004 11,1% 12,2% 30,1% Saldo Médio Juros 63 (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2007 Passivo Passivos remunerados Depósitos remunerados Depósitos em poupança Depósitos interfinanceiros Depósito a prazo Captações no mercado aberto Obrigações por empréstimos Obrigações por empréstimos de curto prazo Obrigações por empréstimos de longo prazo Reserva de Planos de Previdência PGBL e VGBL Passivos não-remunerados Depósitos não-remunerados Outros passivos não-remunerados Patrimônio líquido Total do Passivo e Patrimônio Líquido Saldo Médio 144.300 41.187 24.485 2.151 14.551 22.879 64.014 40.975 23.038 16.220 56.825 17.648 39.177 31.729 232.854 Juros 12.966 3.318 1.582 179 1.557 3.445 4.657 3.285 1.372 1.546 2006 Rendimento Médio/Taxa (%) 9,0% 8,1% 6,5% 8,3% 10,7% 15,1% 7,3% 8,0% 6,0% 9,5% Saldo Médio 97.879 39.023 20.907 1.245 16.872 8.694 38.346 23.351 14.995 11.816 46.679 12.685 33.995 22.140 166.698 Juros 10.939 3.873 1.432 87 2.354 2.003 3.700 2.297 1.402 1.364 2005 Rendimento Médio/Taxa (%) 11,2% 9,9% 6,9% 7,0% 13,9% 23,0% 9,6% 9,8% 9,4% 11,5% Saldo Médio 76.418 30.634 19.735 447 10.452 5.909 31.695 16.160 15.535 8.179 38.694 10.172 28.522 17.739 132.851 Juros 8.728 3.311 1.501 34 1.776 1.218 3.011 1.986 1.025 1.188 Rendimento Médio/Taxa (%) 11,4% 10,8% 7,6% 7,6% 17,0% 20,6% 9,5% 12,3% 6,6% 14,5% 64 Variações nas Receitas e Despesas Financeiras – Análise de Volume e Taxas A tabela a seguir apresenta a distribuição das variações entre o volume médio e as variações nos rendimentos médios/taxas em nossas receitas e despesas financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2007 comparado a 2006 e para o exercício findo em 31 de dezembro de 2006, comparado a 2005. As movimentações de volume e taxa foram calculadas sobre as variações de saldos médios efetuadas no período e as variações nos rendimentos médios/taxas de juros sobre os ativos e passivos remunerados de um período ao outro. A variação no volume foi calculada como variação nos ativos ou passivos remunerados, de um período ao outro, multiplicada pelo rendimento médio/taxa do último período. A variação no rendimento/taxa foi calculada por meio da multiplicação da variação no rendimento/taxa no período pelos ativos ou passivos médios remunerados do primeiro período. A variação líquida foi apropriada dos efeitos combinados do volume e rendimento/taxa proporcionalmente à variação de volume e rendimento/taxa, em termos absolutos, sem considerar os efeitos positivos e negativos. (em milhões de R$) Aumento (redução) devido às variações de: 2007/2006 Volume Ativos remunerados Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Aplicações em operações compromissadas Depósitos compulsórios no Banco Central do Brasil Ativos de negociação e títulos e valores mobiliários Ativos de negociação Títulos e valores mobiliários disponíveis para venda Títulos mantidos até o vencimento Operações de crédito e arrendamento mercantil Passivos remunerados Depósitos remunerados Depósitos em poupança Depósitos interfinanceiros Depósito a prazo Captações no mercado aberto Obrigações por empréstimos Obrigações por empréstimos de curto prazo Obrigações por empréstimos de longo prazo Reserva de Planos de Previdência PGBL e VGBL Rendimento/ Taxa 9.188 (282) 1.427 2006/2005 Variação Líquida (2.908) 6.281 275 (303) (7) 1.124 Rendimento/ Taxa Volume Variação Líquida 7.428 (904) 6.524 459 502 (342) (101) 116 402 197 (170) 27 109 (155) (47) 2.373 (745) 1.628 1.114 (274) 840 1.562 (684) 878 1.196 (368) 828 814 (55) 759 1 102 103 (3) (6) (9) (83) 5.473 (1.964) 3.508 5.244 4.860 (2.833) 2.027 12 (567) (555) 235 (85) 73 19 (296) 2.334 (501) (892) (7) (91) (32) 5.212 3.077 (865) 2.212 1.180 (618) 562 150 89 (157) (69) 92 61 (7) 53 1.031 587 (453) 198 577 785 (796) 1.442 2.066 (1.108) 958 801 (112) 689 1.476 (489) 988 837 (525) 312 589 448 (619) (266) (30) 182 (36) 509 413 (333) 377 176 Margem e Diferencial Líquido de Juros A tabela a seguir apresenta nossos ativos e passivos médios remunerados, a receita financeira líquida e a margem de juros líquida e o diferencial líquido de juros comparativos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2007 Total de ativos médios remunerados Total de passivos médios remunerados Receita financeira líquida (1) Rendimento médio sobre os ativos médios remunerados (2) Taxa média sobre os passivos médios remunerados (3) Diferencial de juros líquido (4) Margem de juros líquida (5) 191.636 144.300 21.176 17,8% 9,0% 8,8% 11,1% 2006 138.089 97.879 16.923 20,2% 11,2% 9,0% 12,3% (1) Total da receita financeira menos total da despesa financeira. (2) Total da receita financeira dividido pelos ativos médios remunerados. (3) Total da despesa financeira dividido pelos passivos médios remunerados. (4) Diferença entre os rendimentos médios sobre os ativos remunerados e a taxa média sobre os passivos remunerados. (5) Receita financeira líquida dividida pelos ativos médios remunerados. 2005 103.248 76.418 12.610 20,7% 11,4% 9,2% 12,2% 65 Retorno sobre o Patrimônio e o Ativo A tabela a seguir apresenta os dados financeiros selecionados para os exercícios indicados: (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2007 Lucro líquido Ativos totais médios Patrimônio líquido médio 2006 2005 7.487 5.896 5.453 232.854 166.698 132.851 31.729 22.140 17.739 3,2% 3,5% 4,1% Lucro líquido como porcentagem do patrimônio líquido médio 23,6% 26,6% 30,7% Patrimônio líquido médio como porcentagem dos ativos totais médios 13,6% 13,3% 13,4% Lucro líquido como porcentagem dos ativos totais médios Índice de pagamento de dividendo por ação (1) 37,8% 37,6% 34,0% (1) Dividendos e juros sobre capital próprio por ação divididos por resultados por ação básico. Consulte o “Item 3A. Dados Financeiros Selecionados – Dados Financeiros Selecionados Segundo os US GAAP – Lucros e Dividendos Por Ação” para informações adicionais sobre o registro de dividendos e juros sobre o capital próprio e lucro básico por ação. 66 Carteira de Títulos e Valores Mobiliários Aspectos gerais A tabela a seguir apresenta a nossa carteira de ativos de negociação, os títulos e valores mobiliários disponíveis para venda e os títulos e valores mobiliários mantidos até o vencimento em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. Os valores não incluem nossa participação em títulos e valores mobiliários de empresas não consolidadas. Para mais informações sobre nossa participação em empresas não consolidadas, ver nota 11 de nossas demonstrações financeiras segundo os US GAAP. Os ativos de negociação e os títulos e valores mobiliários disponíveis para venda são apresentados pelo valor justo e os títulos e valores mobiliários mantidos até o vencimento, pelo custo amortizado. Para uma descrição das políticas contábeis adotadas na contabilização de nossa carteira de títulos e valores mobiliários e para mais informações sobre a carteira mantida naquelas datas, ver notas 2.f, 2.g, 6, 7 e 8 de nossas demonstrações financeiras segundo os US GAAP. (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2007 Ativos para negociação, pelo seu valor justo % do total 2006 % do total 2005 % do total 40.323 100,0% 27.956 100,0% 16.478 100,0% Fundos de investimento 20.320 50,4% 16.051 57,3% 10.898 66,2% Títulos do governo federal brasileiro 10.196 25,3% 4.355 15,6% 1.054 6,4% 240 0,6% 490 1,8% 354 2,1% 3.365 8,3% 1.887 6,7% 133 0,8% - Títulos da dívida externa Títulos de governos estrangeiros Portugal Argentina Estados Unidos México 0,0% - 0,0% 37 0,1% - 0,0% - 286 0,7% 1.389 5,0% - 0,0% 69 0,2% - 0,0% - 0,0% - Áustria - 0,0% 231 0,8% Rússia 275 0,7% 147 0,5% Dinamarca 196 0,5% - 0,0% Espanha Coréia Chile Outros títulos negociáveis Instrumentos financeiros derivativos 0,4% 0,0% 0,0% 53 - 0,3% 0,0% 847 2,1% - 0,0% - 0,0% 1.582 3,9% - 0,0% - 0,0% 71 0,2% - 0,0% - 2 0,0% 120 0,4% 14 0,1% 2.074 5,1% 1.446 5,2% 706 4,3% Outros Títulos de empresas 66 0,0% 382 0,9% 636 2,3% 167 1,0% 3.746 9,3% 3.091 11,1% 3.166 19,2% Ativos de negociação como porcentagem do total de ativos 14,99% Títulos disponíveis para venda, pelo valor justo 17.513 100,0% 11.737 100,0% 8.369 100,0% Fundos de investimento 973 5,6% 1.004 8,6% 215 2,6% Títulos da dívida bancária - 0,0% - 0,0% 151 1,8% 2.141 12,2% 2.637 22,5% 2.140 25,6% Títulos do governo federal brasileiro Títulos da dívida externa Títulos de governos estrangeiros 14,5% 9,1% 278 1,6% 381 3,2% 59 0,7% 7.387 42,2% 860 7,3% 54 0,6% Argentina 53 0,3% - 0,0% - 0,0% Noruega 189 1,1% - 0,0% - 0,0% 2.108 12,0% 444 3,8% - 0,0% 174 1,0% - 0,0% - 0,0% Áustria Dinamarca Espanha 2.284 13,0% - 0,0% - 0,0% Coréia 2.159 12,3% - 0,0% - 0,0% 355 2,0% - 0,0% - 0,0% 65 0,4% - 0,0% - - 0,0% 416 3,5% 54 0,6% 4.297 24,5% 5.894 50,2% 4.663 55,7% 2.437 13,9% 961 8,2% 1.087 13,0% Chile Uruguai Outros Títulos de empresas Outros títulos negociáveis 0,0% Títulos disponíveis para venda como porcentagem do total de ativos 6,15% Títulos mantidos até o vencimento, ao custo amortizado Títulos do governo federal brasileiro 1.428 100,0% 1.589 100,0% 1.428 822 57,6% 812 51,1% 825 57,7% 307 21,5% 419 26,4% 170 11,9% Títulos da dívida externa Títulos de governos estrangeiros Títulos de empresas Títulos mantidos até o vencimento, como porcentagem do total de ativos 6,1% 4,5% 100,0% 19 1,3% 19 1,2% 21 1,5% 280 19,6% 339 21,3% 412 28,9% 0,53% 0,83% 0,99% 67 A tabela a seguir apresenta nossa carteira de ativos de negociação, títulos e valores mobiliários disponíveis para venda e títulos e valores mobiliários mantidos até o vencimento, pelo seu custo amortizado e pelo seu valor justo em 31 de dezembro de 2007. (em milhões de R$) Valor justo Custo amortizado Títulos para negociação 40.060 40.323 Fundos de investimento 20.319 20.320 Títulos do governo federal brasileiro 10.248 10.196 Títulos da dívida externa Títulos de governos estrangeiros Argentina Estados Unidos 240 240 3.367 3.365 37 37 273 286 México 68 69 Rússia 273 275 Dinamarca 198 196 Espanha 853 847 1.592 1.582 71 71 Coréia Chile Outros Títulos de empresas Outros títulos negociáveis Instrumentos financeiros derivativos Títulos disponíveis para venda Fundos de investimento Títulos do governo federal brasileiro Títulos da dívida externa Títulos de governos estrangeiros 2 2 2.076 2.074 368 382 3.442 3.746 17.443 17.513 960 973 2.091 2.141 272 278 7.406 7.387 Argentina 53 53 Noruega 191 189 2.116 2.108 Áustria Dinamarca 176 174 Espanha 2.295 2.284 Coréia 2.155 2.159 356 355 Chile Uruguai 64 65 Títulos de empresas 4.283 4.297 Outros títulos negociáveis 2.431 2.437 1.428 1.634 822 964 307 351 Títulos mantidos até o vencimento Títulos do governo federal brasileiro Títulos da dívida externa Títulos de governos estrangeiros Títulos de empresas 19 19 280 300 68 Distribuição dos Vencimentos A tabela a seguir apresenta a distribuição dos vencimentos e os rendimentos médios em 31 de dezembro de 2007 para nossos ativos de negociação, títulos e valores mobiliários disponíveis para venda e títulos e valores mobiliários mantidos até o vencimento. (em milhões de R$, exceto porcentagens) Vencimento Não especificado Ativos de negociação Fundos de investimento (1) R$ 20.702 Até 1 ano Rendimento Médio % R$ 7.255 De 1 a 5 anos Rendimento Médio % R$ 11.000 De 5 a 10 anos Rendimento Médio Rendimento Médio % R$ 768 Rendimento Médio % 0,0% - 0,0% - 0,0% Títulos do governo federal brasileiro - 0,0% 2.195 23,3% 7.755 5,6% Títulos da dívida externa - 0,0% 56 10,7% 56 10,5% 19 Títulos de governos estrangeiros - 0,0% 1.982 0,1% 798 0,5% 313 Argentina - 0,0% 27 0,0% 9 0,0% 1 Estados Unidos - 0,0% 18 0,0% 0,0% 268 México - 0,0% 4 0,0% Rússia - 0,0% 5 0,0% Dinamarca - 0,0% 196 0,0% - 0,0% - Espanha - 0,0% 436 0,0% 411 0,4% - Coréia - 0,0% 1.293 0,1% 289 0,1% - Chile - 0,0% Outros - 0,0% - 0,0% - 0,0% - 0,0% 3 0,0% 37 - 0,0% 0,0% 52 0,0% 38 28 - 16 - 0,0% 20.320 0,0% 0,7% 10.196 29,6% 7,9% 109 5,0% 240 34,1% 4,0% 272 0,2% 3.365 4,8% 0,0% - 0,0% 37 0,0% 4,0% - 0,0% 286 4,0% 0,0% - 0,0% 69 0,0% 0,0% 270 0,2% 275 0,2% 0,0% - 0,0% 196 0,0% 0,0% - 0,0% 847 0,4% 0,0% - 0,0% 1.582 0,2% 0,0% - - 0,0% 406 3,1% 1.300 0,9% 365 0,2% 0,0% - 0,0% - 0,0% - 0,0% Instrumentos financeiros derivativos (1) - 0,0% 2.616 0,0% 1.091 0,0% 33 0,0% 3.410 973 0,0% 8.534 - 0,0% 3.616 - 0,0% 1.480 - Títulos do governo federal brasileiro - 0,0% 259 0,0% 1.567 0,0% Títulos da dívida externa - 0,0% 17 8,3% - Títulos de governos estrangeiros - 0,0% 6.419 6,8% 968 Argentina - 0,0% 48 0,0% Noruega - 0,0% 189 0,0% - Áustria - 0,0% 2.108 0,0% - Dinamarca - 0,0% 174 0,0% - Espanha - 0,0% 1.599 0,0% Coréia - 0,0% 2.059 Chile - 0,0% 228 Uruguai - 0,0% Títulos de empresas - Ações negociáveis (1) Títulos do governo federal brasileiro Títulos da dívida externa Títulos de governos estrangeiros Títulos de empresas Rendimento Médio % 208 382 Títulos mantidos até o vencimento, ao custo amortizado R$ 40.323 0,0% Títulos de empresas Fundos de investimento (1) Rendimento Médio % R$ 0,0% Outros títulos negociáveis (1) Títulos e valores mobiliários disponíveis para venda Total 598 20.320 - - Após 10 anos 2 71 0,0% 2 0,0% 4,2% 0,0% 2.074 0,0% 382 0,0% 6 0,0% 3.746 0,0% 0,0% 473 - 0,0% 17.513 973 0,0% 123 0,0% 192 0,1% 2.141 0,1% 0,0% 261 6,4% - 11,0% 278 25,8% 4,8% - 0,0% - 0,0% 7.387 11,6% 0,0% - 0,0% - 0,0% 53 0,0% 0,0% - 0,0% - 0,0% 189 0,0% 0,0% - 0,0% - 0,0% 2.108 0,0% 0,0% - 0,0% - 0,0% 174 0,0% 685 0,0% - 0,0% - 0,0% 2.284 0,0% 0,0% 100 0,0% - 0,0% - 0,0% 2.159 0,0% 0,0% 127 0,0% - 0,0% - 0,0% 355 0,0% 14 0,0% 51 0,0% - 0,0% - 0,0% 65 0,0% 0,0% 1.839 1,4% 1.081 5,1% 1.096 31,2% 281 6,2% 4.297 43,9% 2.437 0,0% - 0,0% - 0,0% - 0,0% - 0,0% 2.437 0,0% - 0,0% 338 267 4,0% 511 170 2,1% 236 50 1,3% 343 335 0,0% 1.428 822 7,4% - 0,0% - 0,0% 307 0,0% - 0,0% 0,8% 19 0,8% - 0,0% 0,0% 280 12,5% 63 8 5 0,0% 140 0,0% 104 0,0% 0,0% - 0,0% 11 0,0% 5,2% 201 3,6% 71 3,6% 3 0,0% 0,0% - 8 - (1) Para esses títulos não foram apresentados os rendimentos médios, pois tais rendimentos não são significativos, visto que os rendimentos futuros não são quantificáveis. Esses títulos e valores mobiliários foram excluídos do cálculo do total de rendimentos. 69 A tabela a seguir apresenta nossa carteira de títulos e valores mobiliários, por moeda, em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. (em milhões de R$) Valor justo Ativos de negociação TVM disponíveis para a venda Ao custo amortizado TVM mantidos até o vencimento Total Em 2007 Expressos em moeda brasileira 37.587 Expressos em moeda brasileira e indexados a moeda estrangeira (1) Expressos em moeda estrangeira (1) 14.076 780 52.443 81 429 111 621 2.655 3.008 537 6.200 24.399 7.347 722 32.468 Em 2006 Expressos em moeda brasileira Expressos em moeda brasileira e indexados a moeda estrangeira (1) Expressos em moeda estrangeira (1) 65 190 164 419 3.492 4.200 703 8.395 14.574 4.944 719 20.237 Em 2005 Expressos em moeda brasileira Expressos em moeda brasileira e indexados a moeda estrangeira (1) Expressos em moeda estrangeira (1) 270 237 215 722 1.634 3.188 494 5.316 (1) Predominantemente em dólares dos EUA. Depósitos compulsórios no Banco Central Somos obrigados a manter determinados níveis de depósitos no Banco Central ou adquirir e manter títulos e valores mobiliários do governo federal na forma de depósitos compulsórios. A tabela a seguir apresenta os valores desses depósitos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2007 % do total de depósitos compulsórios R$ Não remunerados (1) 2006 2005 % do total de depósitos compulsórios R$ % do total de depósitos compulsórios R$ 6.293 40,8% 6.145 39,9% 5.292 Remunerados (2) 10.882 59,2% 8.932 60,1% 7.985 69,5% Total 17.175 100,0% 15.077 100,0% 13.277 100,0% (1) Principalmente relacionados a depósitos a vista. (2) Principalmente relacionados a depósitos a prazo e de poupança. 30,5% 70 Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil A tabela a seguir apresenta nossa carteira de operações de crédito e arrendamento mercantil por modalidade de transação. Todos os nossos empréstimos são substancialmente destinados a tomadores residentes no Brasil e são expressos em reais. Adicionalmente, a maioria de nossos empréstimos é indexada às taxas de juros básicas do Brasil ou ao dólar dos EUA. (em milhões de R$) 2007 Modalidade de operações de crédito e arrendamento mercantil (1) Comercial: Industrial e outros Financiamento à importação Financiamento à exportação Crédito imobiliário, principalmente financiamentos habitacionais Arrendamento Mercantil Setor público Pessoas Físicas: Cheque especial Financiamentos e outros Cartões de crédito Crédito rural Provisão para créditos de liquidação duvidosa Empréstimos, líquidos de PDD 2006 2005 2004 2003 38.740 1.108 2.753 27.980 492 2.848 19.981 407 2.182 16.152 1.032 3.289 13.540 1.346 3.224 4.732 29.531 827 2.499 16.226 815 1.985 8.292 1.293 1.896 3.929 973 2.057 1.288 958 2.768 17.998 11.390 3.652 (7.441) 106.058 2.515 15.535 9.157 3.471 (6.399) 75.139 1.975 12.526 4.079 2.662 (3.933) 51.449 1.681 8.383 2.709 2.638 (2.811) 39.871 1.297 7.496 1.851 1.959 (2.848) 32.168 (1) Consideramos créditos de curso anormal todos os empréstimos vencidos e não pagos há 60 dias ou mais e interrompemos a apropriação de encargos financeiros relacionados a eles. Operações de crédito de curso anormal chegaram a R$ 4,8 bilhões, R$ 3,9 bilhões, R$ 2,0 bilhões, R$ 1,2 bilhão e R$ 1,5 bilhão em 31 de dezembro de 2007, 2006, 2005, 2004 e 2003, respectivamente. As operações de crédito de curso anormal são apresentadas na tabela acima na categoria apropriada de empréstimos e arrendamento mercantil. - Carteiras comerciais: Nesta categoria estão incluídos os empréstimos a curto prazo bem como os empréstimos de capital e financiamentos a médio prazo para empresas de grande, médio, micro e pequeno portes. Atuamos também como agente financeiro do governo brasileiro, por meio do BNDES, e de suas afiliadas, nos repasses de dinheiro para os grupos-alvo de tomadores do setor privado. Nossas atividades de financiamentos de comércio exterior estão focadas em financiamentos de exportação, pré-exportação e importação. - Crédito imobiliário: Esta categoria de empréstimo consiste, principalmente, em empréstimos para construção, reforma, ampliação e aquisição de residências. Esses empréstimos são financiados, principalmente, por parcelas autorizadas pelo Banco Central de nossos depósitos em conta de poupança. Os créditos imobiliários são destinados principalmente a clientes de banco de varejo para o financiamento da compra de moradias. Esse sistema geralmente tem um prazo de vencimento de até 15 anos. - Arrendamento mercantil: Por meio de nossa subsidiária, a Itauleasing, somos um dos maiores agentes no mercado brasileiro de arrendamento mercantil. Nossa carteira de arrendamento mercantil consiste, principalmente, em automóveis arrendados a pessoas físicas e máquinas e equipamentos arrendados a tomadores empresas de médio porte e corporações. - Setor público: Empréstimos destinados a entidades governamentais federais, estaduais e municipais. - Pessoas físicas: Oferecemos aos clientes pessoa física três produtos de crédito: cheque especial, financiamento ao consumo e empréstimos de crédito pessoal. Também somos um dos maiores emissores de cartão de crédito no Brasil, sob a marca Itaucard. - Crédito rural: Financiamos empréstimos rurais por meio de parcelas autorizadas pelo Banco Central através de nossa base de depósitos. Nossos empréstimos rurais destinam-se principalmente a tomadores agro-industriais. Processo de Aprovação de Empréstimo Para uma discussão sobre o nosso processo de aprovação de empréstimo, consulte o "Item 4B. Administração de Risco – Administração de Risco de Crédito". Indexação A maior parte de nossa carteira é expressa em reais. Contudo, uma parcela significativa de nossa carteira está indexada a moedas estrangeiras, principalmente o dólar dos EUA. A parcela em moeda estrangeira de nossa carteira consiste em empréstimos, financiamentos à importação e à exportação e repasses. Nossos empréstimos indexados a moedas estrangeiras ou expressos em dólares dos EUA, representam 17,9%, 12,3% e 13,7% de nossa carteira de empréstimos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, respectivamente. 71 Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil – Vencimento e Taxas de Juros As tabelas abaixo apresentam uma análise da distribuição da carteira de crédito em 31 de dezembro de 2007 por vencimento, de acordo com a modalidade de operações de crédito e arrendamento mercantil, bem como a classificação da carteira entre taxas variáveis e fixas para cada faixa de vencimento: Parcelas Vincendas (em milhões de R$) Modalidade de operações de crédito e arrendamento mercantil Comercial: Industrial e outros Financiamento à importação Financiamento à exportação Crédito imobiliário Arrendamento mercantil Setor público Pessoas Físicas: Cheque especial Financiamentos e outros Cartões de crédito Crédito rural Total (1) Vencimento Vencimento Vencimento Vencimento Vencimento Vencimento Vencimento não em 30 dias em 31-90 em 91-180 em 181-360 em 1 a 3 após 3 anos especificado ou menos dias dias dias anos 8.409 114 307 1.150 1.431 42 7.248 204 681 69 2.264 11 4.577 327 626 142 3.131 207 4.768 282 520 258 5.668 49 5.562 64 369 718 12.288 167 4.483 114 186 2.329 4.127 349 2.164 - 1.075 221 12.749 1.561 427 12.465 2.097 1.039 12.146 3.563 1.173 16.281 7.277 349 26.794 1.389 383 13.360 2.308 10.126 14.598 Parcelas Vencidas (em milhões de R$) Modalidade de operações de crédito e arrendamento mercantil Comercial: Industrial e outros Financiamento à importação Financiamento à exportação Crédito imobiliário Arrendamento Mercantil Setor público Pessoas Físicas: Cheque especial Financiamentos e outros Cartões de crédito Crédito rural Total (1) 30 dias ou menos 31-90 dias 91-180 dias Total de 181-360 1 ano empréstimo dias ou mais bruto 963 3 38 10 241 2 146 4 11 140 - 217 2 11 102 - 185 18 16 126 - 81 363 495 53 2.249 121 252 228 4 906 157 219 291 1 1.000 98 194 249 2 888 18 2 18 13 3 8 1 63 Provisão para créditos de liquidação duvidosa Total líquido 38.740 1.108 2.753 4.732 29.531 827 (1.218) (6) (76) (199) (862) (1) 37.522 1.102 2.677 4.533 28.669 826 2.768 17.998 11.390 3.652 113.499 (993) (2.975) (1.045) (66) (7.441) 1.775 15.023 10.345 3.586 106.058 (1) Empréstimos de curso anormal no valor de R$ 4,8 bilhões são apresentados na tabela acima na categoria apropriada de empréstimo e arrendamento mercantil. Empréstimos de curso anormal incluem, no caso de empréstimos parcelados, tanto as parcelas vincendas como as vencidas. 72 Parcelas Vincendas (em milhões de R$) Vencimento Vencimento Vencimento Vencimento Vencimento Vencimento Vencimento em 30 dias em 31-90 em 91-180 em 181-360 em 1 a 3 não após 3 anos ou menos dias dias dias anos especificado Taxa de juros de empréstimos a clientes por vencimento: Taxas variáveis 6.083 4.087 4.615 Taxas fixas 6.666 8.378 7.531 Total (1) 12.749 12.465 12.146 4.728 11.553 16.281 6.027 20.767 26.794 7.505 5.855 13.360 1.160 13.438 14.598 Parcelas Vencidas (em milhões de R$) 30 dias ou menos 31 a 90 dias 91 a 180 dias 181-360 dias Taxa de juros de empréstimos a clientes por vencimento: Taxas variáveis 906 48 Taxas fixas 1.343 858 Total (1) 2.249 906 58 942 1.000 Um ano ou mais Total de empréstimo bruto 37 26 63 35.278 78.221 113.499 24 864 888 (1) Operações de crédito de curso anormal no valor de R$ 4,8 bilhões são apresentadas na tabela acima na categoria apropriada de empréstimo e arrendamento mercantil. Empréstimos de curso anormal incluem, no caso de empréstimos parcelados, tanto as parcelas vincendas como as vencidas. Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil no Exterior Os empréstimos em aberto concedidos a clientes no exterior superaram em 1% o total de ativos nas operações na Argentina, Chile e Uruguai. O volume concedido a clientes na Argentina, Chile e Uruguai na forma de empréstimos e arrendamento mercantil, depósitos bancários e títulos e valores mobiliários foi de R$ 11.857 milhões em 31 de dezembro de 2007. Os valores foram convertidos em reais a partir de seus valores originais (pesos argentinos, chilenos e uruguaios) pela taxa cambial em cada data. O total de empréstimos em aberto concedidos a clientes na Argentina, Chile e Uruguai em 31 de dezembro de 2007, consistem de: Caixa e Contas Correntes de Bancos Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Aplicações em Operações Compromissadas Depósitos Compulsórios no Banco Central Ativos de Negociação Títulos e Valores Mobiliários Disponíveis para Venda Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil Total em aberto (em R$ milhões) 227 1.068 9 387 403 901 8.862 11.857 73 Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil por Atividade Econômica A tabela a seguir apresenta a composição de nossa carteira de crédito, incluindo os empréstimos vencidos, por atividade econômica do tomador em cada uma das datas indicadas. (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2007 Setores SETOR PÚBLICO Geração, Trans. e Distrib. Energia Elétrica Química e Petroquímica Outros SETOR PRIVADO PESSOA JURÍDICA INDÚSTRIA E COMÉRCIO Alimentos e Bebidas Autopeças e Acessórios Bens de Capital Agrícola Bens de Capital Industrial Celulose e Papel Distribuição de Combustíveis Eletroeletrônicos Farmacêutica Fertilizantes, Adubos, Inseticidas e Defensivos Fumo Importação e Exportação Mat. e Equip. Médico Hospitalar Material de Construção Metalurgia e Siderurgia Móveis e Madeira Química e Petroquímica Supermercados Veículos Leves e Pesados Vestuário Outros Comércio Outros Indústria SERVIÇOS Construção Pesada (Empreiteiras) Financeiro Geração, Trans. e Distrib. Energia Elétrica Holding Imobiliário Mídia Prestadoras de Serviços Saúde Telecomunicações Transportes Outros Serviços SETOR PRIMÁRIO Agroindústria Mineração OUTROS PJ PESSOA FÍSICA Cartão de Crédito CDC / Conta Corrente Crédito Imobiliário Veículos TOTAL GERAL 2006 2005 Operações de Operações de Operações de % do total % do total % do total Crédito e Crédito e Crédito e da da da Arrendamento Arrendamento Arrendamento carteira carteira carteira Mercantil Mercantil Mercantil 827 0,6% 815 0,9% 1.293 2,4% 506 0,4% 529 0,6% 971 1,8% 170 0,1% 187 0,2% 230 0,4% 151 0,1% 99 0,1% 92 0,2% 112.672 99,4% 80.723 99,1% 54.089 97,6% 51.077 45,1% 38.018 46,7% 26.968 48,6% 27.777 24,6% 22.415 27,5% 15.608 28,1% 4.376 3,9% 3.544 4,4% 2.177 3,9% 1.010 0,9% 976 1,2% 618 1,1% 317 0,3% 189 0,2% 152 0,3% 1.190 1,0% 1.094 1,3% 717 1,3% 742 0,7% 764 0,9% 473 0,9% 552 0,5% 688 0,8% 422 0,8% 2.414 2,1% 1.776 2,3% 1.179 2,1% 939 0,8% 891 1,1% 791 1,4% 1.281 1,1% 913 1,1% 746 1,3% 328 0,3% 280 0,3% 389 0,7% 840 0,7% 668 0,8% 614 1,1% 235 0,2% 212 0,3% 185 0,3% 790 0,7% 732 0,9% 502 0,9% 2.571 2,3% 2.048 2,5% 1.183 2,1% 1.047 0,9% 808 1,0% 651 1,2% 2.518 2,2% 2.523 3,1% 1.574 2,8% 194 0,2% 123 0,2% 128 0,2% 1.992 1,8% 1.400 1,7% 1.207 2,2% 2.019 1,8% 1.634 2,0% 971 1,8% 1.562 1,4% 431 0,5% 399 0,7% 860 0,8% 721 0,9% 530 1,0% 16.770 14,8% 10.642 13,0% 8.416 15,2% 0,6% 941 0,8% 498 0,6% 336 1.928 1,7% 1.035 1,3% 659 1,2% 1.778 1,6% 1.304 1,6% 2.115 3,8% 1.153 1,0% 556 0,7% 218 0,4% 2.590 2,3% 1.006 1,2% 724 1,3% 1.220 1,1% 1.106 1,4% 449 0,8% 1.112 1,0% 738 0,9% 445 0,8% 375 0,3% 283 0,3% 212 0,4% 532 0,5% 873 1,1% 1.055 1,9% 2.438 2,1% 1.490 1,8% 996 1,8% 2.703 2,4% 1.753 2,1% 1.207 2,2% 5.254 4,6% 4.174 5,2% 2.479 4,5% 4.317 3,8% 3.336 4,2% 2.276 4,1% 937 0,8% 838 1,0% 203 0,4% 1.276 1,1% 787 1,0% 465 0,8% 61.595 54,3% 42.705 52,4% 27.121 49,0% 11.390 10,0% 9.157 11,2% 4.079 7,4% 15.305 13,5% 13.085 16,1% 10.435 18,9% 4.260 3,8% 2.104 2,6% 1.675 3,0% 30.640 27,0% 18.359 22,5% 10.932 19,7% 113.499 100,0% 81.538 100,0% 55.382 100,0% 74 Classificação da Carteira de Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil Apresentamos abaixo a classificação de nossa carteira de operações de crédito e arrendamento mercantil com base nas categorias de risco estabelecidas pelo Banco Central. As categorias do Banco Central são atribuídas a transações específicas e não a clientes. De modo a determinar as categorias estabelecidas pelo Banco Central, consideramos a classificação do cliente como um ponto de partida. Além disso, também levamos em consideração eventuais atrasos com respeito à transação e os prazos e propósitos específicos das transações (por exemplo, fianças). A tabela a seguir apresenta nossa classificação em 31 de dezembro de 2007 e 2006 da carteira de operações de crédito e arrendamento mercantil, de acordo com as categorias do Banco Central, e em 31 de dezembro de 2007 as operações de crédito e arrendamento mercantil de curso anormal e a provisão correspondente às operações de crédito e arrendamento mercantil classificadas em cada uma das categorias do Banco Central. (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2007 Classificação do Banco Central AA A B C D E F G H Total Operações de crédito e arrendamento mercantil 17.660 57.357 22.725 5.299 3.463 2.170 1.517 650 2.658 113.499 % do total 2006 Operações de crédito e arrendamento mercantil de curso anormal Provisão para créditos de liquidação duvidosa Operações de crédito e arrendamento mercantil 958 722 695 536 1.866 4.777 475 377 264 574 1.080 1.258 755 2.658 7.441 12.962 36.029 18.068 4.402 3.069 2.178 1.789 521 2.520 81.538 15,6% 50,5% 20,0% 4,7% 3,1% 1,9% 1,3% 0,6% 2,3% 100,0% % do total 15,9% 44,2% 22,2% 5,4% 3,7% 2,7% 2,2% 0,6% 3,1% 100,0% Operações de crédito de curso anormal Consideramos todos os empréstimos vencidos e não pagos há 60 dias ou mais como de curso anormal e interrompemos a apropriação de encargos financeiros relacionados a eles. Em 2007, não tínhamos qualquer empréstimo de curso anormal significativo. Baixas Contábeis As operações de crédito e arrendamento mercantil são baixadas contra a provisão para créditos de liquidação duvidosa quando o empréstimo não é recebido ou quando for considerado como permanentemente inadimplente. Normalmente, baixamos os empréstimos quando estão vencidos e não pagos há 360 dias. Entretanto, as baixas contábeis podem ser reconhecidas antes de 360 dias se for concluído que o empréstimo não é recuperável. 75 Informações sobre a Qualidade de Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil A tabela a seguir apresenta nossa informação de empréstimos de curso anormal juntamente com certos índices de qualidade de ativos para os anos findos em 31 de dezembro de 2007, 2006, 2005, 2004 e (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2007 Operações de crédito de curso anormal e bens não de uso próprio Operações de crédito de curso anormal Bens não de uso próprio, líquidos de provisões Provisão para créditos de liquidação duvidosa mercantil Operações de crédito de curso anormal como porcentagem do total de operações de crédito Operações de crédito de curso anormal e bens não de uso próprio como porcentagem do total de operações de crédito Provisão para créditos de liquidação duvidosa como porcentagem do total de operações de crédito Provisão para créditos de liquidação duvidosa como porcentagem de operações de crédito de curso anormal Provisão para créditos de liquidação duvidosa como porcentagem de operações de crédito de curso anormal e bens não de uso próprio 5.012 4.777 235 7.441 113.499 2006 4.201 3.938 263 6.399 81.538 2005 2.223 1.981 242 3.933 55.382 2004 1.378 1.196 182 2.811 42.682 2003 1.627 1.476 151 2.848 35.016 4,2% 4,8% 3,6% 2,8% 4,2% 4,4% 5,2% 4,0% 3,2% 4,6% 6,6% 7,8% 7,1% 6,6% 8,1% 155,8% 162,5% 198,5% 235,0% 193,0% 148,5% 152,3% 176,9% 204,0% 175,0% 76 Provisão para créditos de liquidação duvidosa A tabela a seguir apresenta os movimentos da provisão para créditos de liquidação duvidosa nos exercícios de 2007, 2006, 2005, 2004 e 2003. (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2007 Saldo no início do período Baixas Comercial Industrial e outras Financiamento à importação Crédito imobiliário Arrendamento Mercantil Setor público Pessoas físicas Cheque especial Financiamento Cartões de crédito Crédito rural Recuperações Comercial Industrial e outras Crédito imobiliário Arrendamento Mercantil direto Pessoas Físicas Cheque especial Financiamento Cartões de crédito Baixas líquidas Provisão para créditos de liquidação duvidosa 2006 2005 2004 2003 6.399 3.933 2.811 2.848 2.748 (5.564) (3.608) (2.339) (1.521) (2.131) (1.919) (7) (170) (280) - (1.761) (123) (183) (3) (1.037) (99) (66) - (469) (2) (114) (41) - (616) (123) (59) (3) (679) (1.239) (1.263) (7) (365) (564) (609) - (381) (463) (293) - (196) (499) (200) - (275) (795) (260) - 1.071 926 824 617 536 102 169 78 95 161 41 210 116 22 45 89 31 101 56 37 194 468 60 (4.493) 5.535 161 376 92 (2.682) 5.148 152 250 74 (1.515) 2.637 7.441 6.399 3.933 Saldo no fim do período Relação de baixas no período sobre a média dos empréstimos no período Relação das baixas líquidas no período sobre a média dos empréstimos no período Relação da provisão para créditos de liquidação duvidosa sobre o total de operações de crédito e arrendamento mercantil 159 190 103 (904) 867 2.811 103 151 88 (1.595) 1.695 2.848 6,3% 5,6% 4,9% 4,2% 6,5% 5,1% 4,2% 3,1% 2,5% 4,9% 6,6% 7,8% 7,1% 6,6% 8,1% A tabela a seguir apresenta nossa provisão para créditos de liquidação duvidosa, as baixas e as recuperações incluídas em nosso resultado de operações para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2007 Provisão para créditos de liquidação duvidosa Empréstimos baixados Empréstimos recuperados Baixas líquidas (5.535) (5.564) 1.071 (4.493) 2006 (5.148) (3.608) 926 (2.682) 2005 (2.637) (2.339) 824 (1.515) 2007/2006 7,5% 54,2% 15,7% 67,5% 2006/2005 95,2% 54,3% 12,4% 77,0% Nossa provisão para créditos de liquidação duvidosa foi constituída para cobrir prováveis perdas de crédito inerentes a toda nossa carteira atual. A fim de identificar os riscos e avaliar a probabilidade de cobrança da carteira de créditos e arrendamentos, segregamos nossa carteira em duas categorias principais, atacado e varejo, considerando o processo de avaliação do risco de crédito. Para cada categoria, existe uma metodologia específica para cálculo das perdas inerentes. Na primeira categoria, incluímos os empréstimos de altos montantes para grandes 77 empresas, não homogêneos, os quais representam exposições significativas de crédito, que são revisadas individualmente. Na segunda categoria, que inclui a parte homogênea da carteira de crédito, composta por pequenas operações de créditos comerciais e aos consumidores, os créditos são revisados com base na carteira como um todo. Para determinar o valor da provisão correspondente aos créditos revisados individualmente e consideradas em situação de perda provável, usamos metodologias que consideram a qualidade do mutuário e a natureza da transação, incluindo sua garantia para estimar fluxos de caixa esperados de liquidação destes empréstimos. Essa avaliação apresenta o componente específico de perda da previsão para créditos de liquidação duvidosa. Para as operações de crédito revisadas individualmente e não consideradas em situação de perda provável (impaired), classificamos as operações em uma determinada categoria de classificação, com base em diversos fatores qualitativos e quantitativos que são aplicados por modelos desenvolvidos internamente. Estimamos as perdas inerentes para cada categoria de classificação com base na experiência de mercado, já que temos pouco histórico ou freqüência insuficiente de perda de crédito que poderia servir de base estatística na estimativa de tais perdas. Para determinar o valor da provisão correspondente aos créditos revisados com base na carteira, segregamos os pequenos empréstimos homogêneos em diferentes grupos com base nos riscos e nas características inerentes de cada grupo. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é determinada para cada grupo por meio de um processo que considera a experiência histórica de inadimplência e prejuízo ao longo dos últimos anos, a qual é capturada pelas matrizes de transição e aplicada ao atual grupo da carteira. Como resultado dessa análise, apuramos as perdas inerentes estimadas para cada grupo, que correspondem a nossa provisão para créditos de liquidação duvidosa em cada data de reporte. Embora nossos modelos sejam continuamente revisados, a alta volatilidade da economia brasileira e o histórico de crédito relativamente curto segundo o novo ambiente econômico resultam em um grau de incerteza quanto aos resultados. No entanto, os resultados dos modelos são tomados como referência principal. No processo de determinação do valor da provisão para créditos de liquidação duvidosa, são considerados estimativas e julgamentos, os quais refletem os impactos da atual política macroeconômica sobre o crédito, condições políticas e as tendências de desempenho do ciclo, afetando cada grupo identificado, bem como o total de nossa carteira. Esta abordagem pode levar a flutuações na relação entre nossa provisão e nossa carteira, especialmente para créditos revisados com base na carteira. Com base em informações disponíveis relativas aos nossos mutuários, acreditamos que a provisão agregada é suficiente para cobrir prováveis perdas nas operações de crédito e arrendamento mercantil. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2003 baixamos créditos no montante total de R$ 2.131 milhões e em 31 de dezembro de 2003 a nossa porcentagem de provisão para créditos de liquidação duvidosos em relação ao total dos empréstimos e arrendamentos representava 8,1%. A recuperação de créditos baixados contra a provisão para créditos de liquidação duvidosa apresentou um desempenho favorável. Nossos esforços para aprimorar os processos de recuperação, mas preservando o relacionamento com os clientes, apresentou resultados positivos. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2004 baixamos créditos no montante total de R$ 1.521 milhões e em 31 de dezembro de 2004 a nossa porcentagem de provisão para créditos de liquidação duvidosos em relação ao total dos empréstimos e arrendamentos representava 6,6%. Esta redução no índice da provisão em relação ao total de empréstimos e arrendamentos é resultado da melhoria na qualidade de crédito durante 2004, com destaque para a redução consistente na inadimplência durante esse ano, principalmente devido ao período econômico favorável pelo qual o país estava passando naquele momento. Além disso, este foi o resultado de esforços contínuos para realçar a qualidade de nossa carteira de crédito, a fim de obter o melhor índice entre risco e retorno em nossas operações. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 baixamos créditos no montante total de R$ 2.339 milhões e em 31 de dezembro de 2005 a nossa porcentagem de provisão para créditos de liquidação duvidosos em relação ao total dos empréstimos e arrendamentos representava 7,1%. Este aumento no índice da provisão em relação ao total de empréstimos e arrendamentos foi resultado do aumento no volume das operações de crédito, principalmente em função da nossa estratégia de aumentar nossa presença no segmento de crédito ao consumidor e o significativo aumento na demanda por crédito no segmento de varejo. Mantivemos nossa política de continuamente melhorar a qualidade de nossa carteira de crédito, visando obter o melhor índice de risco e retorno em nossas operações. Nossas recuperações apresentaram uma 78 performance favorável, resultante principalmente dos nossos esforços contínuos em melhorar os processos de recuperação, ao mesmo tempo em que preservamos o relacionamento com nossos clientes. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2006, baixamos créditos em um montante total de R$ 3.608 milhões e, em 31 de dezembro de 2006, a nossa porcentagem de provisão para créditos de liquidação duvidosa em relação ao total dos empréstimos e arrendamentos representava 7,8%, em comparação com 7,1% do ano anterior. A ampliação da quantidade de unidades de negócio direcionadas ao atendimento dos clientes dos vários segmentos em que atuamos contribuiu para os avanços observados no saldo dos empréstimos e financiamentos, com forte ritmo de crescimento em financiamentos de veículos, operações de crédito pessoal e cartão de crédito. A mudança na composição da nossa carteira de crédito contribuiu para o aumento da provisão para créditos de liquidação duvidosa, uma vez que direcionar fundos para transações capazes de gerar melhores margens financeiras simultaneamente significa estar exposto a maiores riscos. Mantivemos nossa política de melhoria da qualidade do crédito, a fim de obter a melhor relação risco-retorno das operações. A recuperação de créditos baixados contra a provisão para créditos de liquidação duvidosa apresentou um desempenho favorável. Nossos esforços para aprimorar os processos de recuperação, mas preservando o relacionamento com os clientes, apresentou resultados positivos. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2007, baixamos créditos no valor total de R$ 5.564 milhões e, em 31 de dezembro de 2007, nossa porcentagem de provisão para créditos de liquidação duvidosa com relação ao total de operações de crédito e arrendamento mercantil representava 6,6%, sendo que era 7,8% em 31 de dezembro de 2006. O aumento no volume de créditos baixados em 2007 foi resultado do crescimento da carteira de crédito e a mudança no mix de nossa carteira de crédito, que ocorreu nos últimos anos. No entanto, a carteira de crédito também apresentou uma melhoria progressiva dos indicadores de qualidade durante o exercício como resultado da adoção de políticas adequadas de crédito. Nossos modelos de risco, que evoluem continuamente, têm permitido que alcancemos os objetivos de ampliação da carteira de crédito com melhorias dos indicadores de qualidade. Portanto, o crescimento de despesas com provisão para devedores duvidosos em 2007 foi baixo se comparado ao crescimento da carteira de crédito. Além disso, é importante destacar a melhoria nos esforços de cobrança que resultaram em um aumento considerável da recuperação de créditos anteriormente baixados como perdas. Alocação da Provisão Para Créditos de Liquidação Duvidosa A tabela a seguir apresenta a alocação de nossa provisão para créditos de liquidação duvidosa em 31 de dezembro de 2007, 2006, 2005, 2004 e 2003. Os valores da provisão alocados estão expressos como porcentagem do valor correspondente do empréstimo e arrendamento, com a porcentagem correspondente da modalidade de empréstimos e arrendamentos relativa ao total de empréstimos e arrendamentos. 79 (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2007 Provisão alocada 2006 Operações por Provisão alocada modalidade como como % do total % do total das de operações de operações de crédito e crédito e arrendamento arrendamento mercantil mercantil (1) Provisão alocada 2005 Operações por Provisão alocada modalidade como como % do total % do total das de operações de operações de crédito e crédito e arrendamento arrendamento mercantil mercantil (1) Provisão alocada 2004 Operações por Provisão alocada modalidade como como % do total % do total das de operações de operações de crédito e crédito e arrendamento arrendamento mercantil mercantil (1) Provisão alocada 2003 Operações por Provisão alocada modalidade como como % do total % do total das de operações de operações de crédito e crédito e arrendamento arrendamento mercantil mercantil (1) Provisão alocada Operações por Provisão alocada modalidade como como % do total % do total das de operações de operações de crédito e crédito e arrendamento arrendamento mercantil mercantil (1) Modalidade da operação de crédito Comercial Industrial e outras 1.218 1,0% 34,2% 1.257 1,5% 34,3% 855 1,5% 36,1% 691 1,6% 37,9% 898 2,6% 38,7% Financiamento à importação 6 0,0% 1,0% 8 0,0% 0,6% 3 0,0% 0,7% 7 0,0% 2,4% 42 0,1% 3,8% Financiamento à exportação Crédito imobiliário, principalmente financiamentos habitacionais Arrendamento financeiro 76 0,1% 2,4% 7 0,0% 3,5% 6 0,0% 3,9% 7 0,0% 7,7% 52 0,2% 9,2% 199 0,2% 4,2% 267 0,3% 3,1% 156 0,3% 3,6% 166 0,4% 4,4% 458 1,3% 5,9% 862 0,8% 26,0% 401 0,5% 19,9% 234 0,4% 15,0% 202 0,5% 9,2% 31 0,1% 3,7% 1 0,0% 0,7% 1 0,0% 1,0% 3 0,0% 2,3% 12 0,0% 2,3% 4 0,0% 2,7% Setor público Pessoas Físicas Cheque especial 993 0,9% 2,4% 993 1,2% 3,1% 553 1,0% 3,6% 265 0,6% 3,9% 189 0,5% 3,7% Financiamento 2.975 2,6% 15,9% 2.511 3,1% 19,0% 1.718 3,1% 22,6% 1.165 2,7% 19,7% 910 2,6% 21,4% Cartão de crédito 1.045 0,9% 10,0% 894 1,1% 11,2% 324 0,6% 7,4% 213 0,5% 6,3% 186 0,5% 5,3% 66 0,1% 3,2% 60 0,1% 4,3% 81 0,2% 4,8% 83 0,2% 6,2% 78 0,2% 5,6% 7.441 6,6% 100,0% 6.399 7,8% 100,0% 3.933 7,1% 100,0% 2.811 6,6% 100,0% 2.848 8,1% 100,0% Crédito rural Total (1) Exclui os créditos de curso anormal. 80 Média dos Saldos de Depósitos e Taxas de Juros A tabela a seguir apresenta o saldo médio dos depósitos juntamente com a média das taxas de juros pagas em cada um dos períodos apresentados. (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2007 Saldo médio Depósitos não remunerados Depósitos a vista Outros depósitos Depósitos remunerados Depósitos interfinanceiros Depósitos de poupança Depósitos a prazo Total 2006 Taxa média 17.648 16.450 1.199 41.187 8,06% 2.151 8,33% 24.485 6,46% 14.551 10,70% 58.835 5,64% Saldo médio 12.685 11.977 707 39.023 1.245 20.907 16.872 51.707 2005 Taxa média 9,93% 7,03% 6,85% 13,95% 7,49% Saldo médio 10.172 9.951 220 30.634 447 19.735 10.452 40.806 Taxa média 10,81% 7,61% 7,61% 16,99% 8,11% Vencimento dos Depósitos A tabela a seguir apresenta a distribuição de vencimentos de nossos depósitos em 31 de dezembro de 2007. (em milhões de R$) Com vencimento em três meses ou menos Depósitos não remunerados Depósitos a vista Outros depósitos Depósitos remunerados Depósitos de poupança Depósito a prazo Depósitos interfinanceiros Total Com vencimento de três a seis meses 27.035 25.630 1.405 36.395 27.990 8.079 326 63.430 1.764 1.682 82 1.764 Com vencimento de seis meses a um ano 3.740 3.640 100 3.740 Com vencimento após um ano 6.541 6.436 105 6.541 Total 27.035 25.630 1.405 48.440 27.990 19.837 613 75.475 A tabela a seguir apresenta o vencimento dos depósitos a prazo em aberto com saldos superiores a US$ 100.000 (ou seu equivalente) emitidos pelo banco em 31 de dezembro de 2007. (em milhões de R$) Com vencimento em três meses Com vencimento entre três meses e seis meses Com vencimento entre seis meses e doze meses Com vencimento após doze meses Total de depósitos a prazo superiores a US$ 100.000 5.201 1.504 4.068 3.087 13.860 Capital As exigências normativas específicas relativas ao capital regulamentar são discutidas no “Item 4B. Visão Geral do Negócio – Regulamentação e Supervisão – Exigências sobre o Capital Regulamentar”. Informações adicionais sobre exigências de capital são discutidas na Nota 30 de nossas Demonstrações Contábeis Consolidadas. Exigências Referentes ao Capital Mínimo A tabela a seguir apresenta, em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, o capital regulamentar para fins de cálculo do capital para os ativos ponderados por risco, de acordo com as normas do Banco Central, o capital mínimo regulamentar exigido, o índice de capital para os ativos ponderados por risco e o excedente do 81 nosso capital regulamentar comparado ao mínimo exigido. As informações são apresentadas com base na consolidação total, conforme exigido pelo Banco Central. (em milhões de R$, exceto porcentagens) Consolidação total 2007 Capital regulamentar (1) Capital mínimo regulamentar exigido (2) Índice de capital para os ativos ponderados por risco Excedente do capital regulamentar sobre o capital mínimo regulamentar exigido 2006 2005 37.095 22.850 17,9% 30.478 19.446 17,2% 17.681 11.471 17,0% 14.245 11.032 6.210 (1) Com base nas exigências do Banco Central (ver Nota 30 de nossas Demonstrações Contábeis Consolidadas). (2) O mínimo exigido no Brasil era 11% em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. Fundos obtidos por meio da emissão de títulos de dívida subordinada, que são considerados capital de Nível II para os propósitos do índice de capital em relação aos ativos ponderados de risco, estão descritos abaixo: I) Certificados de Depósitos Bancários: - emitidos em 23 de dezembro de 2002, com valor nominal de R$ 850 milhões, vencimento em 23 de dezembro de 2009 e juros semestrais pela média da taxa dos depósitos interbancários mais 0,87% a.a.; - emitidos em 26 de fevereiro de 2003, com valor nominal de R$ 673 milhões, vencimento em 26 de fevereiro de 2008 e juros pela taxa de depósito interbancário pagáveis no vencimento. - emitidos em 26 de março de 2007, 27 de março de 2007 e 28 de março de 2007, com valor nominal de R$ 5 bilhões, vencimento em 2 de abril de 2012 e juros de 103,5% da taxa de depósito interbancário pagáveis no vencimento; - emitidos em 18 de maio de 2007, 21 de maio de 2007, 22 de maio de 2007, 23 de maio de 2007 e 24 de maio de 2007, com valor nominal de R$ 1.805 milhões, vencimento em 22 de maio de 2014 e juros pela taxa de depósito interbancário mais 0,35% a.a. pagáveis no vencimento. - emitidos em 1º de novembro de 2007, com valor nominal de R$ 300 milhões, vencimento em 1º de novembro 2012 e juros pela taxa de depósito interbancário mais 0,35% a.a. pagáveis no vencimento. II) Debêntures Não Conversíveis: - emitidas em 1º de setembro de 2001, com valor nominal de R$ 600 milhões, vencimento em 1º de setembro de 2008, sem amortização ou renegociação projetada e juros semestrais pela taxa média dos depósitos interbancários mais 0,75% a.a. III) Euronotes: - emitidas em 13 de agosto de 2001, no valor de US$ 100 milhões, e em 9 de novembro de 2001, no valor de US$ 80 milhões, vencimento em 15 de agosto de 2011 e juros semestrais a uma taxa de 10% a.a.; - emitidas em 13 de agosto de 2001, no valor de ¥ 30.000 milhões, com vencimento em 15 de agosto de 2011 e juros semestrais à taxa de 4,25% a.a.. IV) Ações preferenciais resgatáveis: - emitidas em 31 de dezembro de 2002 pelo Itau Bank, Ltd., no valor de US$ 393 milhões, com vencimento em 31 de março de 2015 e dividendos semestrais calculados com base na taxa LIBOR mais 1,25% a.a.. 82 Obrigações por Empréstimos de Curto Prazo e Captações no Mercado Aberto Nossas captações no mercado aberto e as obrigações por empréstimos de curto prazo, excluindo outros passivos, totalizavam R$ 71.125 milhões, R$ 41.873 milhões e R$ 24.204 milhões em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, respectivamente. As principais categorias de obrigações por empréstimos de curto prazo são representadas por captações no mercado aberto e financiamentos à importação e à exportação e, em menor extensão “commercial papers”, letras hipotecárias e recursos para repasses no país. A tabela a seguir mostra um resumo das principais obrigações por empréstimos de curto prazo nos períodos indicados. (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2007 Captações no mercado aberto Valor em aberto Valor máximo em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros ao fim do período Valor médio em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros Financiamento à importação e à exportação Valor em aberto Valor máximo em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros ao fim do período Valor médio em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros Repasses no país Valor em aberto Valor máximo em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros ao fim do período Valor médio em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros Letras hipotecárias Valor em aberto Valor máximo em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros ao fim do período Valor médio em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros "Commercial Papers" Valor em aberto Valor máximo em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros ao fim do período Valor médio em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros Euronotes Valor em aberto Valor máximo em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros ao fim do período Valor médio em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros Títulos emitidos e vendidos a clientes com compromisso de recompra Valor em aberto Valor máximo em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros ao fim do período Valor médio em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros Fixed Rate Notes Valor em aberto Valor máximo em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros ao fim do período Valor médio em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros Outros empréstimos de curto prazo Valor em aberto Valor máximo em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros ao fim do período Valor médio em aberto durante o período Média ponderada da taxa de juros Valor total em aberto 2006 2005 23.398 36.182 11,18% 23.011 11,18% 10.888 15.483 13,17% 9.983 13,17% 6.771 7.749 20,60% 5.909 20,60% 5.808 7.633 4,74% 5.461 4,62% 1.980 2.394 5,78% 1.633 5,19% 1.789 3.151 4,31% 1.954 3,53% 70 85 5,94% 49 6,25% 78 142 5,74% 47 7,28% 114 119 5,87% 83 5,34% 282 523 9,18% 328 11,10% 520 520 12,37% 346 12,35% - 3 3 5,67% 3 5,67% - - 186 205 6,48% 174 6,01% 43 237 5,30% 88 5,03% 37 110 4,57% 36 5,76% 41.176 41.176 11,06% 37.040 11,53% 28.160 29.210 13,05% 19.154 13,05% 15.303 15.303 17,19% 12.564 15,43% - 119 344 13,40% 156 13,40% - 202 250 7,69% 127 10,83% 71.125 85 336 3,85% 177 9,30% 41.873 190 401 8,34% 142 5,14% 24.204 83 4C. Estrutura organizacional O Itaú Holding faz parte das empresas do Grupo Itaúsa, dentre elas a Itautec S.A., Duratex S.A. e Elekeiroz S.A., que é um dos maiores grupos de negócios privado no Brasil em termos de receitas. Consulte o “Item 4B. Visão geral do negócio – Estrutura acionária” e “Item 7A. Principais acionistas”. Nossa lista de subsidiárias encontra-se no Anexo 8.1 deste Relatório Anual. 4D. Imobilizado Nossos principais escritórios estão localizados em imóveis próprios na cidade de São Paulo, Brasil, bem como em vários outros prédios administrativos. Os quatro principais escritórios e as principais atividades conduzidas em cada um deles são: • CEIC, ou Centro Empresarial Itaú Conceição, localizado na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100, São Paulo – Sede, área comercial, retaguarda, e principais áreas administrativas, • CAT, ou Centro Administrativo Tatuapé, localizado na Rua Santa Virgínia/ Rua Santa Catarina, 299, Tatuapé, São Paulo – SP – áreas administrativas, • CTO, ou Centro Técnico Operacional, localizado na Avenida do Estado 5533, São Paulo – centro de processamento de dados, e • Banco de atacado e investimento em nosso escritório alugado, localizado à Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3400 – 3º ao 8º andar – São Paulo. Parte dos nossos escritórios administrativos também é alugada de terceiros e entidades afiliadas, a preços competitivos de mercado, bem como a maioria das nossas agências, mediante contratos de aluguéis renováveis com prazos de vencimento desde o primeiro semestre de 2008 até o terceiro trimestre de 2028. De todos os nossos escritórios administrativos e agências (inclui terminais de atendimento eletrônico, postos de atendimento bancário e estacionamentos), 21% dos prédios são detidos por nós ou por nossas subsidiárias e 79% são alugados. Dos nossos escritórios da administração central e agências, 46% deles são detidos por nós e nossas subsidiárias e 54% são alugados. ITEM 4A COMENTÁRIOS NÃO RESOLVIDOS Nenhum. ITEM 5 ANÁLISE E PERSPECTIVAS OPERACIONAIS E FINANCEIRAS 5A. Resultados operacionais A discussão a seguir deve ser lida em conjunto com nossas demonstrações contábeis consolidadas e as notas explicativas anexas, bem como outras informações financeiras incluídas neste relatório anual, e em conjunto com as informações incluídas no “Item 3A. Dados financeiros selecionados” e “Item 4B. Informações Estatísticas Selecionadas”. Visão geral Nossos resultados operacionais são afetados de forma significativa pelos fatores a seguir, entre outros. Ambiente político e econômico brasileiro Na qualidade de banco brasileiro cujas atividades são preponderantemente realizadas no Brasil, somos afetados de forma significativa pelas condições econômicas, políticas e sociais do país. Nos últimos anos a estabilidade da economia nos proporcionou oportunidades de negócios, sendo que registramos um aumento em empréstimos e depósitos devido à manutenção da taxa de crescimento do PIB acima dos 3% a.a. desde 2004, tendo alcançado 5,4% em 2005. Também estamos expostos à volatilidade da taxa de câmbio do real em relação ao dólar norte-americano, ao euro e ao iene, pela inflação, pelas medidas tomadas pelo governo 84 brasileiro no combate à inflação e pela política fiscal e mudanças no ambiente regulatório, muitas vezes adotadas sem aviso prévio. Em dezembro de 2007, o Congresso brasileiro vetou a renovação da CPMF, um imposto temporário instituído em 1992 sobre certas transações bancárias, cobrado à alíquota de 0,38% sobre o valor monetário da transação. A CPMF era cobrada em todas as transferências de contas correntes e as instituições financeiras eram responsáveis por realizar o débito correspondente ao imposto da conta do depositante e por remetê-la às autoridades fiscais brasileiras. Com o fim da CPMF em 2008, estima-se que as receitas do governo brasileiro reduzam R$ 40 bilhões. Em vista disso, o governo brasileiro promoveu o aumento da alíquota da CSLL a partir de maio de 2008 e do IOF a partir de janeiro de 2008. A CSLL é um imposto sobre o lucro líquido, cujas alíquotas variam, havendo uma específica para instituições financeiras, enquanto o IOF é um imposto sobre empréstimos bancários. Outra medida governamental imposta sem aviso prévio, que produzirá um impacto negativo na lucratividade de várias operações financeiras, a imposição, imposta pelo Banco Central, de novas exigências de reservas sobre depósitos de companhias de arrendamento mercantil a partir de 31 de janeiro de 2008, aumentando, dessa forma, o custo de captação de subscrição de empréstimos. Além desses fatos, a alíquota do IOF foi recentemente aumentada, elevando o custo de crédito e podendo levar a um aumento nas taxas de inadimplência. A queda da inflação e das expectativas de inflação a partir de 2003 permitiu que o Banco Central reduzisse a meta da taxa de juros de curto prazo de 26,5% em junho de 2003 para 11,25% em outubro de 2007. Essa redução de taxas de juros melhorou o custo do crédito a pessoas físicas e jurídicas. Em termos reais, o empréstimo bancário para pessoas jurídicas aumentou 86% de 2004 a dezembro de 2007 enquanto para pessoas físicas, aumentou 57% no mesmo período. Consequentemente, a demanda interna tem crescido a taxas anuais de 5,2% desde 2004, estimulando as taxas de crescimento do PIB, cuja média ficou por volta de 4,8% ao ano no mesmo período. Dessa forma, o crescimento do PIB desde 2004 se deve à demanda interna, com uma contribuição pequena ou negativa do volume líquido de exportações de produtos e serviços. As exportações cresceram vigorosamente desde 2002, tendo alcançado US$ 160 bilhões em 2007 enquanto em 2002 totalizavam US$ 60 bilhões; as importações, por sua vez, também registraram aumentos significativos, tendo atingido US$ 120 bilhões em 2007 enquanto em 2002 totalizavam US$ 47 bilhões. O país tem registrado uma queda no superávit comercial em relação ao nível máximo atingido em 2006, de US$ 46,5 bilhões, para US$ 40 bilhões em 2007. Essa tendência pode trazer volatilidade para o valor do real, mas na realidade esse déficit foi acompanhado por um aumento substancial de investimento estrangeiro. O superávit fiscal primário atingiu 4% do PIB em dezembro de 2007. A combinação de superávit fiscal primário, crescimento econômico, menores taxas de juros e valorização cambial resultaram em uma proporção de endividamento/PIB de 42,8% em dezembro de 2007, após ter atingido o máximo de 56% em setembro de 2002. Em 2007, o desempenho da economia brasileira foi bom. A taxa de crescimento do PIB atingiu 5,4% e a inflação se manteve abaixo da meta. A moeda brasileira valorizou-se em relação a outras moedas fortes, mesmo em um ambiente internacional de alta aversão ao risco como resultado da crise no mercado de hipotecas de alto risco dos EUA. Apesar da redução no superávit em conta corrente, o governo acumulou reservas internacionais no montante de US$ 194 bilhões, que é o montante aproximado para pagar tanto a dívida externa pública como a privada. A dívida pública externa é de US$ 86 bilhões, enquanto a dívida privada é de US$ 110 bilhões, totalizando US$ 196 bilhões. Como resultado dessa condição líquida, o ágio do risco soberano brasileiro, não sofreu alteração significativa. O spread do Emerging Markets Bond Index, ou EMBI se manteve abaixo de 300 pontos-base. Em 30 de abril de 2008, a Standard & Poors elevou o rating soberano de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil de BB+ para BBB-, o nível mais baixo de grau de investimento. Em 29 de maio de 2008, uma segunda agência de rating, a Fitch Ratings, aumentou o rating do Brasil de BB+ para BBB. Essas ações constituem um motivo a mais para a entrada de recursos estrangeiros, os quais influenciam na valorização do real. Apesar disso, as agências de classificação de risco apontaram pontos vulneráveis na política fiscal, particularmente a respeito do tamanho relativo da dívida em relação ao PIB quando comparado ao de países com o mesmo rating e das barreiras estruturais ao crescimento e investimento quando comparado a países semelhantes. Até junho de 2008, a crise financeira internacional não produziu um efeito significativo nas instituições financeiras brasileiras, pois não se conhece nenhuma exposição relevante direta dos bancos brasileiros aos títulos hipotecários americanos. O Itaú Holding não tem feito nenhuma operação de crédito no mercado de hipotecas de alto risco dos EUA, incluindo, collateralized debt obligations; no entanto, a recente crise nos EUA nesse mercado pode afetar o valor de mercado das instituições brasileiras devido à volatilidade dos mercados 85 internacionais. Há também um risco de que o governo pode decidir adotar medidas regulatórias para evitar mudanças drásticas e repentinas nos fluxos financeiros internacionais, o que pode produzir um efeito adverso em nossas atividades. A tabela a seguir mostra o crescimento real do PIB, a taxa de inflação e a taxa de juros real média do Brasil em cada um dos anos findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005: Aumento real do PIB % Exercício findo em 31 de dezembro 2007 2006 2005 5,42 3,75 3,16 (1) Taxa de inflação % (2) 7.89 3.79 Taxa de inflação % (3) 4.46 3.14 5.69 (16.7) (8.66) (11.82) (4) Variação da taxa de câmbio %(R$ /US$) 1.22 TR % (4) 1.45 2.04 2.83 TR % (5) 0.77 1.84 2.76 CDI % (6) 11.82 15.03 19.00 CDI % (7) 11.12 13.17 17.99 11.88 15.08 19.05 11.18 13.19 18.05 (4) SELIC % (5) SELIC % (1) Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2) Fonte: IGP-DI, publicado pela Fundação Getulio Vargas. (3) Fonte: IPCA, publicado pelo IBGE. (4) Fonte: Banco Central (taxas acumuladas no período). (5) Fonte: Banco Central (final do período). (6) Fonte: CETIP – Câmara de Liquidação e Custódia (taxas acumuladas no período). (7) Fonte: CETIP – Câmara de Liquidação e Custódia (final do período). A tabela abaixo apresenta a inflação geral de preços do Brasil (medida pelo IGP-DI e pelo IPCA) nos exercícios findos em 31 de dezembro de 1999 até 2007: 31 de dezembro de 2007 31 de dezembro de 2006 31 de dezembro de 2005 31 de dezembro de 2004 31 de dezembro de 2003 Taxa de Inflação (%) medida pelo IGP-DI (8) 7,9 3,8 1,2 12,1 7,7 Taxa de Inflação (%) medida pelo IPCA (9) 4,5 3,1 5,7 7,6 9,3 (8) Fonte: IGP-DI, publicado pela Fundação Getulio Vargas. (9) Fonte: IPCA, publicado pelo IBGE. Alguns efeitos da variação do real e das taxas de juros sobre nossa receita financeira líquida A variação do real pode afetar nossa receita financeira líquida porque uma parte significativa de nossos ativos e passivos financeiros está expressa em moeda estrangeira – principalmente em dólar dos EUA – ou a ela indexada. Quando o real se desvaloriza, incorremos em perdas nos passivos expressos em moedas estrangeiras ou a elas indexados, tais como dívida de longo prazo e empréstimos de curto prazo expressos em dólares dos EUA, pois o custo em reais da correspondente despesa financeira aumenta. Ao mesmo tempo, registramos ganhos nos ativos monetários expressos em moedas estrangeiras ou a elas indexados, tais como títulos e valores mobiliários para negociação e empréstimos indexados ao dólar dos EUA devido a uma maior receita financeira referente a esses ativos, medida em reais. Quando há uma valorização do real, os efeitos são opostos aos descritos acima. Como conseqüência, a administração da disparidade em moedas estrangeiras pode ter efeitos relevantes sobre o lucro líquido. Exceto quando indicado, o “Item 5. Análise e perspectivas operacionais e financeiras” refere-se às nossas taxas de juros e rendimentos médios. As taxas de juros são medidas em reais e incluem o efeito da variação do real frente a moedas estrangeiras. 86 Discussão das principais políticas contábeis Aspectos gerais A elaboração das demonstrações contábeis incluídas neste relatório anual envolve algumas premissas que são derivadas da experiência histórica e de diversos outros fatores que consideramos razoáveis e relevantes. Embora revisemos essas projeções e estimativas no curso normal dos negócios, a representação de nossa situação financeira e o resultado das operações freqüentemente exige que nossa administração tome decisões relativas aos efeitos sobre nossa posição financeira e resultados de nossas operações sobre assuntos que são inerentemente incertos. Os resultados reais podem diferir daqueles estimados segundo diferentes variáveis, premissas ou condições. A Nota 2 – das demonstrações contábeis consolidadas inclui um resumo das políticas e métodos contábeis significativos usados na elaboração das demonstrações. Provisão para créditos de liquidação duvidosa A provisão para créditos de liquidação duvidosa representa a nossa estimativa de perdas inerentes da carteira de operações de crédito e arrendamento mercantil no final de cada período de relatório. A metodologia usada para determinar essa provisão é descrita com mais detalhes no “Item 4B. Visão Geral dos Negócios – Informações estatísticas selecionadas – Processo de Aprovação de Crédito - Provisão para créditos de liquidação duvidosa.” A determinação do valor da provisão para créditos de liquidação duvidosa envolve decisões com relação ao valor da provisão referente aos créditos analisados com base na carteira. A provisão determinada para créditos analisados individualmente exige decisões na identificação de fatores que afetam o risco e a atribuição de uma classificação específica. Muitos fatores podem afetar a estimativa do intervalo de perdas em cada categoria cuja provisão é estimada para a carteira como um todo, tais como a definição específica da metodologia usada para quantificar a inadimplência histórica e a definição do período histórico relevante a ser considerado na quantificação. Ademais, os fatores que afetam o valor específico das provisões a serem registradas são subjetivos e incluem condições econômicas e políticas, tendências de qualidade de crédito, volume e crescimento verificados em cada subcategoria e condições econômicas específicas que afetam cada subcategoria. Apesar de nossos modelos serem freqüentemente revistos e aperfeiçoados, a grande volatilidade da economia brasileira e o histórico relativamente curto de crédito em um ambiente econômico mais estável resultam na maior incerteza desses modelos do que aconteceria em ambientes macroeconômicos mais estáveis. Valor justo dos instrumentos financeiros Os instrumentos financeiros registrados pelo valor justo no balanço patrimonial incluem principalmente valores mobiliários classificados como de negociação, disponíveis para venda e outros ativos para negociação, inclusive derivativos. Os valores mobiliários classificados como mantidos até o vencimento são registrados no balanço patrimonial pelo custo histórico amortizado, sendo seu valor justo correspondente mostrado nas notas das demonstrações contábeis. Em 31 de dezembro de 2007 e 2006, registramos um total de R$ 79,1 bilhões e R$ 48,4 bilhões, respectivamente, como seu valor justo em nosso balanço patrimonial. Define-se valor justo como o valor pelo qual uma posição pode ser fechada ou vendida em uma operação com uma parte disposta e bem-informada. Calculamos o valor justo usando os preços cotados no mercado, quando disponíveis. Se não houver cotações de mercado disponíveis, usamos diversos modelos que incluem cotações de distribuidoras, modelos de precificação e cotação de preços de instrumentos com características semelhantes, ou fluxos de caixa descontados. A apuração do valor justo, na ausência de cotações de mercado, requer julgamentos de nossa administração. Por exemplo, é freqüente haver dados de mercado limitados para estimar o impacto da detenção de uma posição grande ou antiga. Da mesma forma, é preciso usar de decisões para calcular preços quando não há parâmetros externos. Outros fatores que podem afetar as estimativas incluem premissas incorretas de modelos e correlações inesperadas. A falta de precisão na estimativa desses fatores pode afetar o valor das receitas ou perdas registradas para um determinado ativo ou passivo. Também são necessárias decisões subjetivas para concluir se uma queda do valor justo abaixo dos custos amortizados é “não temporária” no caso de valores mobiliários disponíveis para venda ou para mantidos até o vencimento e exigiria uma redução da base de custo e o reconhecimento em nossos resultados das operações. Os fatores usados pela administração para concluir se uma queda é “não temporária” incluem principalmente o período observado de perda, o grau de perda e a expectativa, na data da análise, da possibilidade de realização do valor mobiliário. Uso de estimativas e premissas A elaboração de demonstrações contábeis de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos exige que a administração faça estimativas e parta de premissas que afetam os valores informados dos ativos e passivos e a divulgação de ativos e passivos contingentes na data das demonstrações contábeis, bem como 87 os valores informados de receita e despesa durante o período. São usadas estimativas e premissas nos seguintes casos, entre outros: provisão para créditos de liquidação duvidosa, valor justo dos instrumentos financeiros, estimativas do valor justo de ativos e passivos adquiridos em combinações de negócios, avaliação dos ativos fiscais diferidos, valor das reservas de seguros e dos passivos associados a benefícios futuros dos planos de previdência privada, determinação da necessidade e dimensionamento da redução do valor de ativos de longo prazo, definição da vida útil de alguns ativos, definição dos pressupostos utilizados na determinação dos passivos dos planos de pensão, determinação de probabilidades e estimativas de perdas contingentes, bem como o uso de julgamento e de interpretação na aplicação da Lei fiscal na determinação do montante dos impostos a pagar. Dessa forma, os resultados reais podem diferir de nossas estimativas. Resultado das operações do exercício findo em 31 de dezembro de 2007 comparado ao exercício findo em 31 de dezembro de 2006 Resultado das operações A tabela a seguir apresenta os principais componentes do nosso lucro líquido em 2007 e 2006. Exercício findo em 31 de dezembro 2007 2006 (em milhões de R$) Receita financeira Despesa financeira Receita financeira líquida Provisão para créditos de liquidação duvidosa Receita financeira líquida após a provisão para créditos de liquidação duvidosa Receita não financeira Despesa não financeira Resultado antes da tributação sobre o lucro e das participações minoritárias Imposto de renda e contribuição social Resultado líquido antes da tributação sobre o lucro, das participações minoritárias, item extraordinário e efeito cumulativo da mudança de princípio contábil, líquido dos efeitos tributários Participações minoritárias Resultado Extraordinário Lucro líquido 34.142 (12.966) 21.176 (5.535) 15.641 16.753 (20.831) 11.563 (4.107) 27.862 (10.939) 16.923 (5.148) 11.775 14.443 (17.955) 8.263 (2.390) 7.456 2 29 7.487 5.873 23 5.896 Aumentamos significativamente nossas operações no ano de 2007, sendo que o saldo médio dos ativos cresceu 39,7% acima do previsto para o ano e gerou impacto positivo em diversas linhas de nossa demonstração de resultado. Este aumento esteve basicamente relacionado com o bom ambiente econômico brasileiro e, em menor escala, com a consolidação de nossas operações no Chile e no Uruguai. Em particular, destacamos o crescimento de 38,0% do volume de operações de crédito, o que contribuiu para o aumento da receita financeira líquida entre os períodos, como descrito abaixo. 88 Receita financeira A tabela abaixo mostra os principais componentes de nossa receita financeira para 2007 e 2006. Exercício findo em 31 de dezembro 2007 2006 (em milhões de R$) Receita financeira Juros sobre operações de crédito e arrendamento mercantil Juros sobre depósitos interfinanceiros Juros sobre depósitos compulsórios no Banco Central Juros sobre aplicações em operações compromissadas Juros sobre ativos de negociação Juros e dividendos sobre títulos disponíveis para venda Juros sobre títulos mantidos até o vencimento Total da receita financeira 22.725 2.657 908 2.375 3.416 1.902 159 34.142 19.217 2.664 881 1.251 2.538 1.143 168 27.862 O aumento de 22,5% na receita financeira em 2007 deve-se, principalmente, ao aumento da carteira de operações de empréstimos e arrendamentos e, em menor extensão, à mudança no mix de ativos, concentrando em produtos com margens financeiras mais elevadas. Em 2007 mantivemos o foco em financiamento de veículos e empréstimos a micro e pequenas empresas. A carteira de empréstimos e arrendamentos atingiu R$ 125.946 milhões (incluindo avais e fianças) em 2007, o que representou um aumento de 38% comparado a 2006. Entretanto, sem o efeito da consolidação de nossas operações no Chile e no Uruguai, a carteira de crédito aumentou 29,3% em comparação a 2006. A tabela abaixo mostra a tendência das operações de crédito, sendo os empréstimos classificados por tipo de cliente (pessoas físicas e pessoas jurídicas), subdivididos ainda por tipo de produto, para pessoas físicas, e por porte de cliente, para pessoas jurídicas. Também apresentamos as informações sobre os nossos “créditos direcionados” que somos obrigados a conceder por exigência dos órgãos reguladores e que incluem créditos imobiliários e rurais. Consulte o “Item 4B – Visão Geral do Negócio – Regulamentação e Supervisão”. Adicionalmente, a tabela a seguir apresenta o saldo das operações de crédito na Argentina, no Chile e no Uruguai. Total de operações de crédito Avais e fianças Total de operações de crédito (incluindo avais e fianças) Exercício findo em 31 de dezembro (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2007 2006 113.499 90,1% 81.538 89,4% 12.447 9,9% 9.697 10,6% 125.946 100,0% 91.235 100,0% Créditos a pessoas físicas Cartão de crédito Crédito pessoal Veículos Créditos a pessoas jurídicas Micro, pequenas e médias empresas Grandes empresas Créditos direcionados* Argentina / Chile / Uruguai Total dos empréstimos e leasing (incluindo avais e fianças) Exercício findo em 31 de dezembro (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2007 2006 55.577 44,1% 40.346 44,2% 10.969 8,7% 9.157 10,0% 13.941 11,1% 12.790 14,0% 30.667 24,3% 18.398 20,2% 54.753 43,5% 44.099 48,3% 19.902 15,8% 14.973 16,4% 34.852 27,7% 29.126 31,9% 6.374 5,1% 5.949 6,5% 9.242 7,3% 842 0,9% 125.946 100,0% 91.235 100,0% Variação (%) 15.231 37,8% 1.812 19,8% 1.150 9,0% 12.269 66,7% 10.655 24,2% 4.929 32,9% 5.726 19,7% 425 7,1% 8.400 997,6% 34.711 38,0% * Os créditos direcionados são compostos por operações de clientes pessoa física e jurídica Os juros sobre operações de crédito e arrendamento mercantil aumentaram R$ 3.508 milhões, ou 18,3%, totalizando R$ 22.725 milhões em 2007. Este aumento deveu-se, principalmente, ao acréscimo de R$ 19.672 milhões, ou 30,7%, no saldo médio destas operações de crédito e arrendamento. O crescimento do volume das operações de crédito se deve principalmente ao aumento dos financiamentos de veículos, operações de cartões de crédito e empréstimos aos segmentos de micro, pequenas e médias empresas, bem como ao segmento de grandes empresas, conforme descrito a seguir. 89 Os empréstimos a pessoa física totalizaram R$ 55.577 milhões em 2007, um aumento de 37,8% comparado com 2006. Esse aumento foi principalmente o resultado de um crescimento de 66,7% no financiamento de veículos, totalizando R$ 30.667 milhões em 2007, devido a nosso foco nesse segmento e a um ambiente econômico favorável. As transações com cartões de crédito aumentaram 19,8% em comparação com 2006, totalizando R$ 10.969 milhões, como resultado da crescente e uniforme popularidade desse produto, em razão de a sua praticidade e segurança. As operações de crédito pessoal apresentaram um aumento de apenas 9,0% em 2007 em comparação com um aumento de 25,6% no ano anterior, devido à adoção de uma política de crédito mais restritiva que enfatiza a qualidade do risco de crédito. Os empréstimos a pessoa jurídica totalizaram R$ 54.753 milhões em 2007, o que corresponde a um aumento de 24,2% em comparação a 2006. Os empréstimos a micro, pequenas e médias empresas cresceram 32,9% comparado a 2006, totalizando R$ 19.902 milhões, principalmente como resultado do desenvolvimento de relacionamentos com clientes e de estruturas específicas para oferecimento de soluções e aconselhamento sobre produtos e serviços. Os empréstimos a grandes empresas cresceram 19,7% em relação a 2006, totalizando R$ 34.852 milhões. O ambiente econômico brasileiro foi favorável a uma expansão da demanda de crédito pelas grandes empresas. No final de 2007, os empréstimos a pessoa física foram responsáveis por 44,1% do total de empréstimos e arrendamentos, comparado com 44,2% em 2006. Os empréstimos a pessoa jurídica representaram 43,5% do total dos empréstimos e arrendamentos em 2007, comparado com 48,3% em 2006. As operações de crédito na Argentina, no Chile e no Uruguai representaram 7,3% do total de empréstimos e arrendamentos em 2007, enquanto que em 2006 representaram 0,9% do total de empréstimos e arrendamentos, uma vez que as operações no Chile e no Uruguai não eram consolidadas no nosso resultado daquele período. Os juros sobre depósitos compulsórios no Banco Central aumentaram R$ 27 milhões em 2007, devido ao maior saldo médio dos depósitos, relacionado ao nosso crescimento. O aumento foi parcialmente compensado pela redução nas taxas básicas de juros (Selic). Os juros sobre aplicações em operações compromissadas aumentaram de R$ 1.251 milhões em 2006 para R$ 2.375 milhões em 2007. A receita relativa a essas operações aumentou em R$ 1.124 milhões ou 89,8% em 2007, devido ao aumento de R$ 11.206 milhões do saldo médio das aplicações em operações compromissadas, associado ao nosso crescimento. Nossa receita de juros sobre ativos de negociação totalizou R$ 3.416 milhões em 2007, um acréscimo de R$ 878 milhões em relação a 2006. Esse aumento deveu-se principalmente a um aumento de 74,6% no saldo médio dos ativos de negociação em comparação a 2006, relacionado ao nosso crescimento. Este aumento foi parcialmente compensado pela redução nas taxas básicas de juros (Selic). A receita financeira de títulos disponíveis para venda totalizou R$ 1.902 milhões em 2007, o que representou um aumento de R$ 759 milhões em comparação a 2006. Esse aumento deveu-se principalmente ao crescimento de 74,5% do saldo médio dos títulos disponíveis para venda em comparação a 2006, associado ao nosso crescimento. Despesa financeira A tabela a seguir apresenta os principais componentes de nossa receita financeira paga em 2007 e 2006. Despesa financeira Juros sobre depósitos Juros sobre captações no mercado aberto Juros sobre obrigações por empréstimo à curto prazo Juros sobre obrigações por empréstimos de longo prazo Juros e correção monetária sobre provisões técnicas previdência Total da despesa financeira Exercício findo em 31 de dezembro 2007 2006 (em milhões de R$) (3.318) (3.873) (3.445) (2.003) (3.285) (2.297) (1.372) (1.402) (1.546) (1.364) (12.966) (10.939) 90 Em 2007, as despesas financeiras totalizaram R$ 12.966 milhões, o que representou um aumento de R$ 2.027 milhões em comparação a 2006. As despesas financeiras sobre depósitos foram de R$ 3.318 milhões em 2007, o que representou uma redução de aproximadamente R$ 555 milhões em comparação a 2006, principalmente como resultado de uma redução nas taxas básicas de juros (SELIC). Os juros sobre captações no mercado aberto aumentaram R$ 1.442 milhões em comparação a 2006. Esse aumento deveu-se principalmente a um crescimento de 163,2% no saldo médio das captações no mercado aberto em comparação a 2006, relacionado ao nosso crescimento. Em função de uma maior demanda por crédito, estamos cada vez mais enfrentando questões importantes relativas à necessidade de obtenção consistente de recursos a fim de sustentar nossa capacidade de oferecer produtos de crédito. Os juros sobre obrigações por empréstimos de curto prazo aumentaram 43% em comparação a 2006, totalizando R$ 3.285 milhões. Este aumento foi devido principalmente ao crescimento do saldo médio das obrigações por empréstimos de curto prazo, causado pelo aumento no saldo dos títulos emitidos e vendidos a clientes com compromisso de recompra, resultado de nossa estratégia de captação de recursos do mercado com títulos de emissão própria. Os juros sobre obrigações por empréstimos de longo prazo diminuíram de R$ 1.402 milhões em 2006 para R$ 1.372 milhões em 2007, devido principalmente à redução da taxa média de juros durante o período. Essa redução foi parcialmente compensada pelo aumento no saldo médio da dívida de longo prazo, especialmente a dívida subordinada. Os juros e correção monetária sobre provisões técnicas de previdência totalizaram R$ 1.546 milhões em 2007, um aumento de R$ 182 milhões em relação a 2006. Tal aumento deveu-se a um crescimento de 37,3% no saldo médio dos contratos de previdência, resultado da boa aceitação de nossos produtos de previdência pelo mercado em 2007. Consulte o “Item 4B – Visão geral do negócio – Banco de Varejo - Planos de previdência privada.” Provisão para créditos de liquidação duvidosa A provisão para créditos de liquidação duvidosa totalizou R$ 5.535 milhões em 2007, um aumento de R$ 387 milhões em comparação a 2006. O aumento relativamente modesto da despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa em comparação ao crescimento significativo no saldo da carteira de crédito deveu-se principalmente à consistente melhoria na qualidade de nossas carteiras de empréstimos e arrendamentos, resultado da adoção de políticas de crédito adequadas que levaram a uma melhoria no perfil de risco de sucessivas safras de crédito. É importante enfatizar que nós não realizamos operações de crédito no mercado subprime norte-americano, incluindo qualquer tipo de obrigação de dívida em garantia. Receita não financeira A tabela a seguir apresenta os principais componentes de nossa receita não financeira em 2007 e 2006. Exercício findo em 31 de dezembro 2007 2006 (em milhões de R$) Receita não financeira Receita de prestação de serviços Ganho (perda) de negociação Lucro (prejuízo) na venda de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda Ganho líquido em operações de câmbio Lucro (prejuízo) na conversão de subsidiárias no exterior Resultado de participações em empresas não consolidadas Receitas de prêmios de seguros, receita de planos de previdência privada e de planos de capitalização Outras receitas não financeiras Total da receita não financeira 7.750 1.876 (136) 83 (1.020) 416 3.500 4.284 16.753 6.737 2.132 281 (139) (153) 511 3.479 1.595 14.443 91 A receita não financeira totalizou R$ 16.753 milhões em 2007, um aumento de R$ 2.310 milhões em comparação a 2006. Esse crescimento deveu-se primordialmente ao aumento de R$ 2.851 milhões em outras receitas não financeiras, em função, principalmente, de ganhos na venda de nossas participações societárias na Bovespa e na BM&F e da Serasa e Redecard. Veja “Item 4B. Visão Geral do Negócio – Alienações.” A receita de prestação de serviços atingiu R$ 7.750 milhões em 2007, um aumento de R$ 1.013 milhões em comparação a 2006. Este aumento deveu-se principalmente ao crescimento de R$ 342 milhões na receita de cartão de crédito, relacionada, por sua vez, ao crescimento de 10,3% em nossa base de cartões de créditos, que atingiu 14.778 mil unidades. Em menor grau, tivemos ainda (i) um aumento de R$ 152 milhões nas receitas obtidas com ativos administrados, relacionado ao crescimento do saldo dos fundos mútuos, que atingiu R$ 201.373 milhões em 2007, em comparação a R$ 179.330 milhões em 2006; (ii) um aumento de R$181 milhões em tarifas cobradas por serviços de conta corrente, como resultado do crescimento de nossa base de clientes e devido a ajustes nas tarifas; e (iii) um aumento de R$132 milhões das receitas de corretagem, incluindo as comissões obtidas nos processos de underwriting, em função da intensificação de nossa atuação como banco de investimento. A consolidação de nossas operações no Chile e no Uruguai também contribuiu para o aumento das receitas de prestação de serviços. Os ganhos de negociação totalizaram R$ 1.876 milhões, uma redução de R$ 256 milhões em relação a 2006. Essa redução reflete os ganhos menores associados à nossa estratégia de administração de riscos e gaps, especialmente aquelas relacionadas a instrumentos derivativos utilizados para proteger nossos investimentos no exterior, bem como efeitos do reajuste ao valor de mercado de títulos e valores mobiliários. O lucro (prejuízo) líquido na venda de títulos disponíveis para venda totalizou um prejuízo de R$ 136 milhões em 2007, em comparação com um lucro de R$ 281 milhões em 2006. Essa redução deveu-se principalmente ao reconhecimento de perdas cambiais nos títulos mobiliários vencidos ou vendidos em 2007, as quais são reclassificadas para a demonstração do resultado do período quando da venda ou vencimento. A valorização do real em relação ao dólar norte-americano contribuiu para esse efeito nos últimos anos. O ganho líquido nas operações de câmbio totalizou R$ 83 milhões em 2007, um aumento de R$ 222 milhões em comparação a 2006. Esse aumento deveu-se principalmente a ganhos de arbitragem em operações com moeda estrangeira. O resultado líquido da conversão de subsidiárias estrangeiras totalizou um prejuízo de R$ 1.020 milhões em 2007, em comparação com um prejuízo de R$ 153 milhões em 2006, devido principalmente ao efeito de uma maior variação cambial sobre ativos e passivos de nossos investimentos no exterior. Em 2007, a valorização do real em relação ao dólar dos EUA foi de 17,2%, em comparação a 8,7% em 2006. Outras receitas não financeiras totalizaram R$ 4.284 milhões em 2007, um aumento de R$ 2.689 milhões em comparação a 2006. A principal razão para essa variação foi o ganho na venda de nossas participações societárias na Serasa, Redecard, Bovespa e BM&F. Veja “Item 4B. Visão Geral do Negócio – Alienações.” 92 Despesa não financeira A tabela a seguir apresenta os principais componentes de nossas despesas não financeiras em 2007 e 2006. Despesa não financeira Despesas de pessoal Despesas administrativas Amortização de ativos intangíveis Sinistros, variações nas reservas para operações de seguros, planos de previdência privada e despesas de comercialização Depreciação do imobilizado Outras despesas não financeiras Total da despesa não financeira Exercício findo em 31 de dezembro 2007 2006 (em milhões de R$) (5.628) (5.299) (5.409) (4.672) (961) (609) (2.509) (661) (5.663) (20.831) (2.663) (603) (4.109) (17.955) As despesas não financeiras totalizaram R$ 20.831 milhões em 2007, um aumento de R$ 2.876 milhões em comparação a 2006. Esse aumento deveu-se às razões descritas a seguir. As despesas de pessoal totalizaram R$ 5.628 milhões em 2007, um aumento de 6,2% em relação a 2006. Esse aumento deveu-se a um maior número de agências, a um reajuste salarial de 6% nos termos da Convenção Coletiva do Trabalho estabelecida em setembro de 2007, e à consolidação de nossas operações no Chile e no Uruguai. As despesas administrativas totalizaram R$ 5.409 milhões em 2007, um aumento de 15,8% em comparação a 2006. Esse aumento deveu-se principalmente à expansão de nossas atividades operacionais, ao aumento de 161 agências e à consolidação de nossas operações no Chile e no Uruguai. A amortização de ativos intangíveis totalizou R$ 961 milhões em 2007, um aumento de R$ 352 milhões em comparação a 2006. Este crescimento decorre principalmente dos investimentos realizados nas operações do BankBoston no Brasil, Chile e Uruguai em 2006 e 2007. Sinistros de seguros, variações nas provisões para operações de seguros, planos de previdência privada e despesas de comercialização tiveram um resultado negativo de R$ 2.509 milhões em 2007, o que corresponde a uma redução de R$ 154 milhões em comparação a 2006, devido principalmente ao efeito de um reajuste menor nos preços sobre as reservas. A depreciação do imobilizado totalizou R$ 661 milhões em 2007, um aumento de 9,6% em 2007 em comparação a 2006. Este aumento deveu-se principalmente aos investimentos feitos nas operações do BankBoston no Brasil, Chile e Uruguai em 2006 e 2007. As outras despesas não financeiras totalizaram R$ 5.663 milhões em 2007, um aumento de R$ 1.554 milhões em comparação a 2006, resultado dos vários motivos descritos a seguir. Em 2007, tivemos um aumento de R$ 573 milhões em despesas tributárias sobre serviços, receitas financeiras e outros impostos, principalmente relacionados a um aumento nas atividades operacionais. Também tivemos um aumento de R$ 728 milhões nas despesas com litígios relacionadas à constituição de provisões para ações cíveis e tributárias. As despesas relacionadas a cartões de crédito aumentaram R$ 143 milhões, em vista dos crescentes esforços de vendas. Imposto de renda e contribuição social As despesas relativas a imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido cresceram R$ 1.717 milhões em 2007, para R$ 4.107 milhões, comparado aos R$ 2.390 milhões em 2006. O lucro antes da tributação alcançou R$ 11.563 milhões em 2007, um aumento de R$ 3.300 milhões em comparação a 2006. Em 2007, obtivemos um menor benefício fiscal de juros sobre capital próprio em comparação a 2006, pois uma maior parte da remuneração dos acionistas relativa a 2007 foi distribuída como dividendos, tendo em vista a redução na TJLP e ao aumento no lucro líquido no período. A Lei n. 9.249, de 26 de dezembro de 1995, instituiu os juros sobre o capital próprio como um meio alternativo de remuneração de dividendos aos acionistas. Os juros sobre o capital próprio são considerados como um pagamento de dividendos. Entretanto, em contraposição aos pagamentos de dividendos, os juros sobre o capital próprio são dedutíveis para fins de cálculo de imposto de renda, respeitados certos limites. 93 Lucro líquido Em 2007, nosso lucro líquido atingiu R$ 7.487 milhões, representando um acréscimo de 27% em comparação a 2006. O aumento de 32,8% da margem financeira após a provisão para créditos de liquidação duvidosa foi causado principalmente pelo crescimento do saldo das operações de crédito, bem como pelos efeitos positivos relacionados à mudança do mix da carteira. Além disso, este aumento da margem financeira após a provisão para créditos de liquidação duvidosa foi conseqüência da melhora do risco de crédito que é o resultado da adoção de políticas de crédito que enfatizam qualidade e diversificação de clientes. O aumento de receita não financeira está relacionado a ganhos na venda de investimentos e o aumento das despesas não financeiras se deve, principalmente, aos aumentos nas despesas com pessoal, administrativas e outras despesas não financeiras associadas à expansão de nossos segmentos operacionais, bem como ao efeito da consolidação de nossas operações no Chile e no Uruguai. Resultado das operações do exercício findo em 31 de dezembro de 2006 comparado ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005 Resultado das operações A tabela a seguir apresenta os principais componentes do nosso lucro líquido em 2006 e 2005. Exercício findo em 31 de dezembro 2006 2005 (em milhões de R$) Receita financeira Despesa financeira Receita financeira líquida Provisão para créditos de liquidação duvidosa Receita financeira líquida após a provisão para créditos de liquidação duvidosa Receita não financeira Despesa não financeira Resultado antes da tributação sobre o lucro e das participações minoritárias Imposto de renda e contribuição social Resultado líquido antes da tributação sobre o lucro, das participações minoritárias, item extraordinário e efeito cumulativo da mudança de princípio contábil, líquido dos efeitos tributários Participações minoritárias Efeito cumulativo da mudança de princípio contábil, líquido dos efeitos tributários Lucro líquido 27.862 (10.939) 16.923 (5.148) 11.775 14.443 (17.955) 8.263 (2.390) 21.338 (8.728) 12.610 (2.637) 9.973 11.957 (14.484) 7.446 (1.941) 5.873 23 5.505 (55) 0 5.896 3 5.453 Receita financeira A tabela abaixo mostra os principais componentes de nossa receita financeira para 2006 e 2005. Exercício findo em 31 de dezembro 2006 2005 (em milhões de R$) Receita financeira Juros sobre operações de crédito e arrendamento mercantil Juros sobre depósitos interfinanceiros Juros sobre depósitos compulsórios no Banco Central Juros sobre aplicações em operações compromissadas Juros sobre ativos de negociação Juros e dividendos sobre títulos disponíveis para venda Juros sobre títulos mantidos até o vencimento Total da receita financeira 19.217 2.664 881 1.251 2.538 1.143 168 27.862 14.004 2.547 928 850 1.710 1.040 259 21.338 94 O aumento de 30,6% na receita financeira em 2006 está associado, principalmente, ao aumento no volume de operações de crédito e à estratégia de mudança do mix de ativos, com ênfase em produtos com capacidade de gerar maiores margens financeiras, em segmentos capazes de maior contribuição para a margem financeira, com ênfase no crédito pessoal e às micro, pequenas e médias empresas. A tabela abaixo mostra a evolução das operações de crédito, sendo que os empréstimos estão classificados por tipo de cliente (pessoa física e pessoa jurídica), subdivididos ainda por tipo de produto, na carteira de pessoa física, e por porte de cliente, nas operações de clientes pessoa jurídica. Apresentamos também informações sobre créditos direcionados - créditos imobiliários e rurais exigidos pelas autoridades reguladoras da atividade financeira. Ver “Item 4B – Visão geral do negócio – Regulamentação e Supervisão. Total de operações de crédito Avais e fianças Total de operações de crédito (incluindo avais e fianças) Exercício findo em 31 de dezembro (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2006 2005 81.538 89,4% 55.382 89,1% 9.697 10,6% 6.785 10,9% 91.235 100,0% 62.167 100,0% Créditos a pessoas físicas Cartão de crédito Crédito pessoal Veículos Créditos a pessoas jurídicas Micro, pequenas e médias empresas Grandes empresas Créditos direcionados* Argentina / Chile / Uruguai Total dos empréstimos e leasing (incluindo avais e fianças) Exercício findo em 31 de dezembro (em milhões de R$, exceto porcentagens) 2006 2005 40.346 44,2% 25.198 40,5% 9.157 10,0% 4.079 6,6% 12.790 14,0% 10.183 16,4% 18.398 20,2% 10.936 17,6% 44.099 48,3% 31.583 50,8% 14.973 16,4% 9.372 15,1% 29.126 31,9% 22.211 35,7% 5.949 6,5% 4.634 7,5% 842 0,9% 752 1,2% 91.235 100,0% 62.167 100,0% Variação (%) 15.148 60,1% 5.078 124,5% 2.607 25,6% 7.463 68,2% 12.516 39,6% 5.601 59,8% 6.915 31,1% 1.315 28,4% 90 12,0% 29.068 46,8% * Os créditos direcionados são compostos por operações de clientes pessoa física e jurídica Os juros sobre operações de crédito e arrendamento mercantil cresceram R$ 5.213 milhões, totalizando R$ 19.217 milhões em 2006. Mais uma vez, a ampliação de R$ 17.480 milhões do saldo médio da carteira de crédito e a alteração do mix de produtos e clientes gerou uma contribuição significativa para o nosso resultado. O crescimento da das receitas no ano reflete primeiramente o aumento de nossa carteira de crédito aos clientes pessoa física, cartão de crédito, financiamento de veículos e às micro, pequenas e médias empresas que ocorreu durante 2006. Os empréstimos e financiamentos, incluindo as operações de avais e fianças, cresceram 46,8% no período, somando R$ 91.235 milhões ao final de dezembro de 2006, sendo R$ 9.127 milhões correspondentes às operações provenientes do BankBoston. O crescente número de agências direcionadas aos clientes dos diferentes segmentos contribuiu para o crescimento equilibrado do total de empréstimos e arrendamento mercantil. As operações de clientes pessoa física totalizaram R$ 40.346 milhões, com aumento de 60,1% em comparação com 2005. As operações de cartão de crédito apresentaram a mais expressiva variação de saldo em relação ao ano anterior. Esse aumento é fruto do crescimento orgânico de nossa base de cartões, do aumento do valor médio transacionado e principalmente da consolidação da carteira derivada da cisão da Credicard, cujo saldo ao final do ano atingiu R$ 3.936 milhões no final de 2006. As operações de financiamento de veículos também cresceram 68,2% em 2006. As operações de financiamento de veículos mantiveram um forte ritmo de crescimento. É importante ressaltar que esse crescimento se deu independentemente da contribuição do BankBoston, que não operava nesse segmento. As operações de crédito pessoal, um de nossos maiores focos de atuação, também cresceram 25,6% durante o período. O aumento do volume das operações com clientes pessoa física – por meio de operações de baixo valor, mas que geram margens significativas - produziu um efeito positivo em nossas receitas financeiras. As operações de crédito de clientes pessoa jurídica totalizaram R$44.099 milhões em 2006, um aumento 39,6% em comparação com 2005. O saldo das operações de crédito das micro, pequenas e médias empresas atingiu R$ 14,973 milhões em 2006, crescendo 59,8% em relação a 2005. A aquisição do 95 BankBoston contribuiu significativamente para esta evolução, uma vez que possuía uma expressiva penetração neste segmento. As operações de crédito com grandes empresas também cresceram, totalizando R$ 29.126 milhões. Em 2006, observamos esta maior demanda por crédito por parte das empresas de grande porte, apesar de muitas recorrerem ao mercado de capitais para financiar seus projetos de expansão. No final de 2006, as operações de crédito de clientes pessoa física correspondiam a 44,2% dos empréstimos totais, comparado com 40,5% em 2005. Similarmente, as operações de crédito de clientes pessoa física correspondiam a 48,3% da carteira de empréstimo em 2006, comparado com 50,8% em 2005. Os juros sobre depósitos compulsórios no Banco Central somaram R$ 881 milhões em 2006, o que representa uma queda de 5,1% em relação ao ano anterior. Essa variação foi influenciada principalmente pela redução da taxa básica de juros entre os períodos, cujo efeito no resultado foi parcialmente compensado pelo aumento do volume dos depósitos compulsórios no Banco Central. O saldo médio de aplicações em operações compromissadas apresentou crescimento 65,2% em relação a 2005. Assim, a receita associada a essas operações cresceu R$ 401 milhões em relação ao ano anterior, o que corresponde a um aumento de 47,2%. A receita de juros sobre ativos de negociação apresentou uma elevação de R$ 828 milhões em relação ao ano anterior, totalizando R$ 2.538 milhões. Este acréscimo está associado fundamentalmente à elevação de R$ 9.830 milhões do volume médio de ativos de negociação entre 2005 e 2006. A receita financeira de títulos disponíveis para venda apresentou aumento de R$ 103 milhões na comparação entre 2006 e 2005, principalmente em função da elevação do saldo médio dos ativos classificados como títulos e valores mobiliários disponíveis para a venda. A receita de títulos mantidos até o vencimento atingiu R$ 168 milhões, com redução de R$ 91 milhões em comparação a 2005, resultante da diminuição de R$ 700 milhões do saldo médio dos títulos e valores mobiliários mantidos até o vencimento em 2006. Despesa financeira A tabela a seguir apresenta os principais componentes de nossa receita financeira paga em 2006 e 2005. Despesa financeira Juros sobre depósitos Juros sobre captações no mercado aberto Juros sobre obrigações por empréstimo à curto prazo Juros sobre obrigações por empréstimos de longo prazo Juros e correção monetária sobre provisões técnicas previdência Total da despesa financeira Exercício findo em 31 de dezembro 2006 2005 (em milhões de R$) (3.873) (3.311) (2.003) (1.218) (2.297) (1.986) (1.402) (1.025) (1.364) (1.188) (10.939) (8.728) Durante o ano de 2006, as despesas financeiras atingiram R$ 10.939 milhões, um aumento de R$ 2.211 milhões em relação a 2005. Esse acréscimo 25,3% das despesas financeiras decorre fundamentalmente do aumento do saldo médio dos passivos onerosos, parcialmente compensadas pela redução da taxa de juros. A despesa de juros sobre depósitos cresceu R$ 562 milhões em 2006, totalizando R$ 3.873 milhões. Este aumento decorre fundamentalmente da elevação do saldo médio dos depósitos onerosos, com especial destaque para os depósitos a prazo utilizados como funding para as operações de crédito. Os juros sobre captações no mercado aberto também apresentaram aumento de R$ 785 milhões em comparação com o ano anterior. Esse crescimento está vinculado à elevação de 47,1% do saldo médio dos recursos captados. 96 Em 2006, os juros sobre obrigações por empréstimos de curto prazo atingiram R$ 2.297 milhões, com aumento de R$ 311 milhões em relação ao ano anterior. Este acréscimo está basicamente associado ao aumento de 44,5% do saldo médio de outras obrigações por empréstimos de curto prazo, sendo parcialmente compensado por uma pequena redução das taxas de juros dos recursos captados. Os juros sobre obrigações por empréstimos de longo prazo atingiram R$ 1.402 milhões, com elevação de R$ 377 milhões em relação a 2005. Uma menor valorização do real frente ao dólar em 2006 (8,7%) quando comparado a 2005 (11,8%) causou impacto sobre recursos de longo prazo denominados ou indexados a moedas estrangeiras, contribuindo para a elevação das despesas do exercício. Os juros e correção monetária sobre provisões técnicas de previdência atingiram R$ 1.364 milhões em 2006, com acréscimo de R$ 176 milhões em relação ao ano anterior. O aumento dessas despesas está associado ao crescimento do volume médio dos recursos captados pelos planos de previdência privada VGBL e PGBL em 2006, que foi parcialmente compensado pela redução da taxa de juro havida no período. Consulte o “Item 4B – Visão geral do negócio – Banco de Varejo - Planos de previdência privada.” Provisão para créditos de liquidação duvidosa A significativa elevação de R$ 17.480 milhões do saldo médio de empréstimos e financiamentos, juntamente com a alteração do mix de produtos e clientes, com destaque para as operações de financiamento do consumo e empréstimos às micro, pequenas e médias empresas, contribuiu significativamente para o aumento das despesas associadas à assunção de risco de crédito durante o ano de 2006. A despesa com provisão para créditos de liquidação duvidosa atingiu R$ 5.148 milhões em 2006, com um acréscimo de R$ 2.511 milhões em relação ao ano anterior. O índice de inadimplência, obtido a partir da divisão do saldo das operações de crédito de curso anormal (com mais de 60 dias de atraso) pelo saldo total da carteira de empréstimos e financiamentos atingiu 4,8% no final de 2006, o que corresponde a um acréscimo de 1,2 pontos percentuais em relação ao ano de 2005. Esse aumento era esperado, pois está associado à nossa estratégia de ampliação do volume e alteração do mix da carteira de crédito, visando operações capazes de gerar maiores contribuições para margem financeira, mas que geralmente possuem maior grau de risco. Esse índice é acompanhado mensalmente e nos últimos dois trimestres de 2006 manteve-se estável, permanecendo dentro dos limites estabelecidos quando da adoção dessa estratégia. Receita não financeira A tabela a seguir apresenta os principais componentes de nossa receita não financeira em 2006 e 2005. Exercício findo em 31 de dezembro 2006 2005 (em milhões de R$) Receita não financeira Receita de prestação de serviços Ganho (perda) de negociação Lucro (prejuízo) na venda de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda Ganho líquido em operações de câmbio Lucro (prejuízo) na conversão de subsidiárias no exterior Resultado de participações em empresas não consolidadas Receitas de prêmios de seguros, receita de planos de previdência privada e de planos de capitalização Outras receitas não financeiras Total da receita não financeira 6.737 2.132 281 (139) (153) 511 3.479 1.595 14.443 5.705 2.532 (20) 146 (330) 583 2.681 660 11.957 Nossas receitas não financeiras somaram R$ 14.443 milhões em 2006, o que corresponde a um acréscimo de R$ 2.486 milhões em relação ao ano anterior. Em 2006, observamos um acréscimo de R$ 1.032 milhões na receita de prestação de serviços que totalizou R$ 6.737 milhões. Contribuiu para este resultado a elevação de R$ 357 milhões das receitas com comissões de cartões de crédito, dos quais R$ 319 milhões são provenientes das operações da Credicard, transferidas para nós em abril de 2006 e que estão sendo consolidadas desde essa data. Destacam-se também o acréscimo de R$ 334 milhões das tarifas cobradas sobre serviços de contas correntes, influenciadas pelo crescimento de nossa base de clientes. As receitas de administração de fundos cresceram R$ 206 97 milhões, em função do aumento do número de clientes e do volume de recursos administrados. O saldo total de ativos sob administração atingiu R$ 179.330 milhões com acréscimo de 49,3% em relação ao ano anterior. Os ganhos (perdas) de negociação somaram R$ 2.132 milhões, o que corresponde a uma redução de R$ 400 milhões em relação ao ano anterior. Esse resultado reflete fundamentalmente menores ganhos associados às nossas estratégias de administração de riscos, com destaque para os instrumentos derivativos utilizados como hedge dos nossos investimentos no exterior, bem como os impactos da marcação a mercado dos títulos de negociação. O lucro (prejuízo) líquido na venda de títulos disponíveis para venda somou R$ 281 milhões em 2006 ante um prejuízo de R$ 20 milhões em 2005. O ano de 2006 apresentou oportunidades de ganhos com títulos pré-fixados diante de um cenário de queda da taxa de juros. O ganho líquido em operações de câmbio apresentou resultado negativo de R$ 139 milhões em 2006. Apesar dos ganhos obtidos com operações de compra e venda de moeda estrangeira, as posições de hedge assumidas em real, euro, iene e dólar impactaram negativamente o resultado. O resultado líquido da conversão de subsidiárias estrangeiras de 2006 correspondeu a um prejuízo de R$ 153 milhões ante um prejuízo de R$ 330 milhões em 2005. Esse resultado decorre de uma menor valorização do real frente às moedas estrangeiras, causando impacto em nossas subsidiárias e investimentos de capital no exterior. Lembramos que a valorização do real em relação ao dólar dos EUA foi de 8,7% em 2006 em comparação a 11,8% em 2005. O resultado de participações em empresas não consolidadas totalizou um ganho de R$ 511 milhões em 2006, o que corresponde a uma redução de R$ 72 milhões em relação ao ano anterior, em função da consolidação das operações da Credicard transferidas para nós, após deixarmos de possuir uma participação societária nesta empresa. No entanto, esta redução foi parcialmente compensada por um melhor desempenho da Redecard no exercício de 2006, associado por sua vez à expansão verificada da utilização de cartões de crédito. As receitas de prêmios de seguros, planos de previdência privada e de planos de capitalização atingiram R$ 3.479 milhões em 2006, o que corresponde a um aumento de R$ 798 milhões em relação ao ano anterior. Esse acréscimo está vinculado principalmente ao crescimento orgânico das operações de seguros e planos de previdência privada, bem como à revisão dos modelos de precificação e aceitação dos riscos. O número de apólices de seguro de vida e acidente atingiu aproximadamente 1.604.000 apólices no final do exercício, o que equivale a um aumento de 36,6% em 2006. O total de apólices de produtos massificados (automóveis, vida e acidentes pessoais e residência) apresentou crescimento de 12,2% no período, atingindo um total de aproximadamente 2.890.000. As outras receitas não financeiras alcançaram R$ 1.595 milhões, o que corresponde a um aumento de R$ 935 milhões em relação ao ano anterior. Este aumento foi causado principalmente pelo reconhecimento de um ganho de R$ 433 milhões no término da joint-venture da Credicard e posterior transferência de 50% de suas operações para nós. Reconhecemos também um ganho de R$ 158 milhões associado à venda da marca Credicard ao Citigroup. Despesa não financeira A tabela a seguir apresenta os principais componentes de nossas despesas não financeiras em 2006 e 2005. Despesa não financeira Despesas de pessoal Despesas administrativas Amortização de ativos intangíveis Sinistros, variações nas reservas para operações de seguros, planos de previdência privada e despesas de comercialização Depreciação do imobilizado Outras despesas não financeiras Total da despesa não financeira Exercício findo em 31 de dezembro 2006 2005 (em milhões de R$) (5.299) (3.951) (4.672) (3.733) (609) (441) (2.663) (603) (4.109) (17.955) (2.233) (607) (3.519) (14.484) 98 Em 2006, as despesas não financeiras somaram R$ 17.955 milhões, com aumento de R$ 3.471 milhões em relação ao ano anterior. Os principais fatores responsáveis por este crescimento foram os aumentos das despesas de pessoal, despesas administrativas e o incremento de sinistros, variações nas provisões para operações de seguros, planos de previdência privada e despesas de comercialização de produtos de seguros, previdência e capitalização. Estes crescimentos estão fundamentalmente associados ao incremento de nossas atividades operacionais por meio do crescimento orgânico e aquisições realizadas. As despesas de pessoal apresentaram variação de 34,1% em relação ao ano de 2005, somando R$ 5.299 milhões em 2006. Durante o ano, ampliamos o número de agências, PABs e lojas voltadas aos clientes de baixa renda não bancarizados. Além disso, tivemos o impacto da incorporação dos funcionários do BankBoston em nosso folha de pagamentos, cujo impacto foi de R$ 319 milhões no ano. As despesas de pessoal foram também afetadas pelo recálculo do custo associado ao plano de outorga de opções de ações – Para maiores informações, ver Nota Explicativa 2 – Políticas Contábeis Significativas – Plano de Outorga de Opções de Ações de nossas demonstrações contábeis. As despesas administrativas totalizaram R$ 4.672 milhões em 2006, com aumento de R$ 939 milhões em relação a 2005. O principal componente desta variação foi o aumento de R$ 235 milhões das despesas com serviços de terceiros, ocorrido em razão da ampliação dos serviços de telemarketing e esforços de cobrança. Além disso, tivemos um aumento das despesas com assessorias e consultorias, relacionadas aos processos de aquisição de empresas, reestruturações societárias e de apoio ao desenvolvimento operacional. As despesas de comunicação sofreram o impacto de maiores gastos com postagem de correspondências e telefonia, particularmente afetadas pela ampliação dos pontos de venda de produtos e prestação serviços financeiros. Tivemos também um aumento de 3,6% do volume de transações de auto-atendimento realizadas em caixas eletrônicas e centrais de atendimento. As despesas de publicidade e marketing cresceram em função da realização de campanhas associadas a eventos específicos como, por exemplo, a Copa do Mundo, e por um maior volume de campanhas institucionais e de produtos. A ampliação de nossa rede de agências e a incorporação das atividades operacionais do BankBoston também produziram uma elevação das nossas despesas administrativas. Em 2006, observamos a elevação de R$ 168 milhões das despesas com a amortização de ativos intangíveis, resultado da amortização de investimentos realizados em 2005 e 2006, tais como o contrato de prestação de serviços com a Prefeitura de São Paulo e a aquisição da carteira de clientes do BankBoston e Credicard. As despesas com sinistros, variações nas provisões para operações de seguros, planos de previdência privada e despesas de comercialização atingiram R$ 2.663 milhões, o que corresponde a um aumento de R$ 430 milhões em relação a 2005. As reservas técnicas de Planos de Previdência PGBL e VGBL somaram R$ 14.253 milhões em 2006, com aumento de 39,9% em relação a 2005. Lembramos que em 2006 o aumento dos sinistros foi proporcional ao aumento dos prêmios de seguro. Em 2006, as outras despesas não financeiras apresentaram um aumento de R$ 590 milhões em relação a 2005, atingindo R$ 4.109 milhões. O principal componente desta variação foi a despesa com impostos sobre serviços, sobre receitas e outros impostos, influenciadas pelo aumento das nossas atividades operacionais. Imposto de renda e contribuição social A despesa de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, de R$ 2.390 milhões em 2006, cresceu 23,1% em relação ao ano anterior, em função de incremento dos resultados operacionais tributáveis. O resultado antes dos impostos de 2006, de R$ 8.263 milhões, apresenta crescimento de R$ 817 milhões em relação ao ano de 2005. Em conseqüência, a despesa de imposto de renda e contribuição social pelas alíquotas legais cresceu R$ 303 milhões na comparação dos períodos. Além disso, as despesas com Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido foram afetadas pelo aumento das despesas não dedutíveis relativas ao nosso plano de outorga de opções de ações em 2006, associado, por sua vez, à reavaliação das despesas do plano de outorga de opções de ações. Lucro líquido Em 2006, nosso lucro líquido atingiu R$ 5.896 milhões, representando um acréscimo de 8,1% em relação ao ano anterior, causado principalmente pela elevação de R$ 1.802 milhões da margem financeira após a provisão para créditos de liquidação duvidosa. Este acréscimo decorre do aumento de R$ 6.524 milhões na receita financeira líquida, influenciada pela elevação do saldo das operações de crédito e mudança 99 do mix da carteira. Esse aumento foi parcialmente compensado pela elevação de R$ 2.211 milhões das despesas financeiras, ocorrida em função de um maior volume de recursos captados para suportar a expressiva demanda de crédito. O aumento da despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa está vinculado à estratégia de ampliação da oferta de crédito a clientes pessoa física, em operações capazes de gerar maior margem financeira, mas que implicam na assunção de maiores riscos. O aumento de R$2.486 milhões nas receitas não financeiras está associado primeiramente com o aumento em nossas atividades operacionais e à dinâmica do negócio, com destaque para as receitas de prestação de serviços associadas às operações de cartão de crédito, serviços de conta corrente e ativos sob administração. As despesas não financeiras tiveram também um aumento de R$3.471 milhões que reflete o aumento das despesas de pessoal, despesas administrativas e outras em despesas não financeiras associadas à expansão de nossas atividades operacionais por meio do crescimento orgânico e aquisições. 5B. Liquidez e recursos de capital O comitê executivo financeiro determina nossa política com respeito à gestão de ativos e passivos. Nossa política é a de manter uma estreita correspondência entre os vencimentos e a exposição a taxa de juros e moedas. Para estabelecer políticas e limites, o comitê considera os limites de exposição a cada segmento de mercado e produto e a volatilidade e a correlação entre os diferentes mercados. Temos investido na melhoria da gestão de risco da liquidez inerente a nossas atividades, mantendo simultaneamente uma carteira de títulos e valores mobiliários de alta liquidez (reserva operacional), que representa uma fonte potencial de liquidez adicional. A administração controla nossas reservas de liquidez mediante a estimativa dos recursos que estarão disponíveis para aplicação por nossa tesouraria. A técnica que empregamos envolve a projeção estatística de cenários para nossos ativos e passivos, considerando o perfil de liquidez de nossas contrapartes. Os limites mínimos de liquidez de curto prazo são definidos de acordo com as orientações estabelecidas pelo comitê financeiro executivo. Esses limites buscam assegurar liquidez suficiente, bem como cobrir as necessidades mínimas previstas. Nós revisamos esses limites periodicamente e baseados neles as projeções de necessidades de caixa em situações atípicas de mercado (isto é, cenários de estresse). A administração da liquidez nos possibilita, simultaneamente, cumprir com as exigências operacionais, proteger nosso capital e explorar as oportunidades de mercado. O valor mínimo da liquidez é determinado pelas exigências de reservas estabelecidas pelo Banco Central. Satisfazemos essas exigências, mantendo um equilíbrio apropriado entre distribuição de vencimentos e a diversificação de fontes de recursos. Nossa estratégia é manter a liquidez adequada para cumprir com nossas obrigações atuais e futuras e capitalizar as oportunidades de negócios à medida que aparecem. Consulte o “Item 4B – Visão geral do negócio – Gestão de risco – Gestão de riscos de liquidez e mercado”. 100 A tabela a seguir apresenta nossa média de depósitos e empréstimos em 2007, 2006 e 2005. 2007 Passivos remunerados Depósitos remunerados Depósitos de poupança Depósitos interfinanceiros Depósitos a prazo Captações no mercado aberto Obrigações por empréstimos Curto prazo Longo prazo Contratos de investimento Passivos não remunerados Depósitos não remunerados Outros passivos não remunerados Total do passivo Saldo Médio 144.300 41.187 24.485 2.151 14.551 22.879 64.014 40.975 23.038 16.220 56.825 17.648 39.177 201.125 Exercício findo em 31 de dezembro 2006 2005 % do Saldo % do Saldo % do total Médio total Médio total 71,7% 97.879 67,7% 76.418 66,4% 20,5% 39.023 27,0% 30.634 26,6% 12,2% 20.907 14,5% 19.735 17,1% 1,1% 1.245 0,9% 447 0,4% 7,2% 16.872 11,7% 10.452 9,1% 11,4% 8.694 6,0% 5.909 5,1% 31,8% 38.346 26,5% 31.695 27,5% 20,4% 23.351 16,2% 16.160 14,0% 11,5% 14.995 10,4% 15.535 13,5% 8,1% 11.816 8,2% 8.179 7,1% 28,3% 46.679 32,3% 38.694 33,6% 8,8% 12.685 8,8% 10.172 8,8% 19,5% 33.995 23,5% 28.522 24,8% 100,0% 144.558 100,0% 115.112 100,0% Nossas principais fontes de recursos são depósitos, repasses de instituições financeiras governamentais, linhas de crédito junto a bancos estrangeiros e a emissão de títulos e valores mobiliários no exterior. Para informações mais detalhadas de nossas fontes de financiamento, consulte o “Item 4B. Visão geral do negócio – Financiamento”, a Nota 15 das Demonstrações Contábeis Consolidadas – Depósitos, a Nota 16 – Obrigações por empréstimos de curto prazo e a Nota 17 – Dívida de longo prazo. Nossa atual estratégia de financiamento é continuar a usar todas as nossas fontes de financiamento de acordo com seus custos e disponibilidades e nossa estratégia geral de administração de ativos e passivos. Consideramos adequado nosso atual nível de liquidez. A forte demanda de crédito tem aumentado a importância de questões referentes ao financiamento destas operações. Para financiar o crescimento de nossa carteira de crédito, intensificamos o uso de liquidez proporcionada por depósitos a prazo e empréstimos de curto prazo em 2007, com ênfase nos recursos obtidos no mercado e lastreados pelos nossos próprios títulos e valores mobiliários. Estamos procurando também aumentar nossa base de depósitos em poupança e nossa base de fundos de investimentos administrados. Essa estratégia de captação visa propiciar maior rentabilidade em função das margens mais altas sobre os depósitos de poupança e as tarifas mais favoráveis auferidas sobre os fundos de investimento. Nossa capacidade de obter financiamento depende de diversos fatores, entre eles as condições econômicas gerais, a percepção dos investidores dos mercados emergentes em geral e do Brasil em particular, as condições políticas e econômicas vigentes no Brasil, os regulamentos do governo com relação a financiamentos em moeda estrangeira e a classificação de crédito atribuída a nossa instituição. Parte de nossa dívida de longo prazo prevê a antecipação do saldo do principal em aberto quando da ocorrência de determinados fatos, como é de praxe em contratos de financiamento de longo prazo. Em 31 de dezembro de 2007, não havia ocorrido nenhum desses fatos, inclusive eventos de inadimplemento, e nenhuma cláusula financeira havia deixado de ser cumprida. A administração não tem motivos para supor a probabilidade de ocorrência de qualquer um desses fatos em 2008. 101 Variações no fluxo de caixa Em 2007, 2006 e 2005, nosso fluxo de caixa foi afetado principalmente pelas mudanças no cenário econômico e nas condições do mercado brasileiro. A tabela abaixo apresenta as principais variações de nossos fluxos de caixa em 2007, 2006 e 2005. Caixa líquido proveniente das atividades operacionais Caixa líquido usado em atividades de investimento Caixa líquido proveniente de atividades de financiamento Aumento líquido (diminuição) de caixa e equivalentes de caixa Exercício findo em 31 de dezembro 2007 2006 2005 (em milhões de R$) 3.608 3.765 5.446 (31.740) (16.782) (17.142) 49.604 17.463 12.301 21.472 4.446 605 Atividades operacionais Os fluxos de caixa provenientes das atividades operacionais montaram a cerca de R$ 3,6 bilhões, R$ 3,8 bilhões e R$ 5,4 bilhões, respectivamente, em 2007, 2006 e 2005. Atividades de investimento Os fluxos de caixa provenientes de atividades de investimento geraram saídas de caixa de cerca de R$ 31,7 bilhões, R$ 16,8 bilhões e R$ 17,1 bilhões, respectivamente, em 2007, 2006 e 2005. Em 2007, 2006 e 2005, o caixa usado nas atividades de investimento está associado principalmente ao aumento das operações de crédito. Atividades de financiamento Os fluxos de caixa provenientes de atividades de financiamento totalizaram aproximadamente R$ 49,6 bilhões, R$ 17,5 bilhões e R$ 12,3 bilhões em 2007, 2006 e 2005, respectivamente. Em 2007, o aumento em nossas operações de crédito requereu-nos a recorrer a diversas fontes de financiamento, como depósitos, captações no mercado aberto, empréstimos de curto prazo e dívidas de longo prazo, aumentando o nosso fluxo de caixa de atividades de financiamento. Em 2006, o aumento dos fluxos de caixa provenientes de atividades de financiamento foi resultado do incremento das operações compromissadas e dos empréstimos de curto prazo, particularmente da emissão de títulos posteriormente vendidos com o compromisso de recompra. A ampliação de nossas operações de crédito vem requerendo a diversificação e o uso intensivo de diferentes fontes de recursos. Em 2005, os fluxos de caixa provenientes de atividades de financiamento aumentaram principalmente em razão do aumento do volume de depósitos, particularmente depósitos a prazo, contratos de investimentos e instrumentos de dívida de curto prazo, e foram parcialmente compensados pela aquisição de ações para tesouraria, pelo aumento dos dividendos e juros sobre o capital próprio em 2005. Pagamos dividendos e juros sobre o capital próprio nos montantes aproximados de R$ 2,3 bilhões, R$ 1,7 bilhão e R$ 1,9 bilhão, respectivamente, em 2007, 2006 e 2005. Também adquirimos ações para manutenção em tesouraria, gerando saídas de caixa de cerca de R$ 261 milhões, R$ 37 milhões e R$ 1,6 bilhão, respectivamente, em 2007, 2006 e 2005. Capital Nossa instituição está sujeita às regras do Banco Central que disciplinam a adequação de capital no Brasil e que exigem que os bancos tenham um capital regulamentar igual ou superior a 11% dos ativos ponderados pelo risco, de forma semelhante às recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basiléia. Consulte o “Item 4B – Visão geral do negócio – Regulamentação e supervisão – Regulamentação pelo Banco Central -- Exigências de adequação de capital” para obter informações detalhadas das exigências de adequação do capital. Conforme exigido pelas normas do Banco Central, medimos o cumprimento no tocante ao capital de duas maneiras: consolidando apenas nossas instituições financeiras e em base totalmente consolidada, 102 incluindo todas as nossas subsidiárias. Acreditamos ter uma base sólida de capital de acordo com a mensuração baseada em nosso índice de solvência. Em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, nosso índice de solvência medido pelo método da consolidação integral foi de, respectivamente, 17,9%, 17,2% e 17,0%. O aumento do índice de solvência de 2006 para 2007 foi o resultado de vários eventos, tais como: (a) o lucro líquido do período menos o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio; (b) amortização de ágios e o crédito tributário decorrente da amortização de ágios; (c) emissão de dívidas subordinadas; (d) a alteração dos procedimentos para o cálculo da exposição em ouro, em moedas estrangeiras e em ativos e passivos financeiros sujeitos à variação cambial; (e) a alteração de 0,5 para 1,0, do fator “F” aplicável a tais operações, constante na fórmula do Índice de Basiléia; e (f) o crescimento orgânico nos ativos ponderados, devido, principalmente, ao aumento das operações de crédito. O Capital Regulamentar Exigido (PLE) é calculado de acordo com a seguinte fórmula: PLE = 0,11 X APR + SWAP + PRE + CÂMBIO, onde APR é o Capital Regulamentar exigido para cobrir os ativos ponderados por risco, SWAP é o capital regulamentar exigido para cobrir o risco dos créditos de swap, PRE é o capital regulamentar exigido para cobrir o risco de mercado das taxas de juros, e CÂMBIO é o capital regulamentar exigido para cobrir o risco do mercado das posições expostas à variação cambial. Para divulgação do Índice de Adequação de Capital, costumavamos utilizar a fórmula: [PR – (SWAP + PRE + EXCHANGE)] / APR. onde PR é o nosso capital regulamentar. Entretanto, a fim de assegurar a comparabilidade com outras instituições financeiras no mercado, começamos a adotar a seguinte fórmula em 30 de setembro de 2006: PR / [APR + (SWAP + PRE + CÂMBIO) / 0,11] Muito embora na maioria das situações a opção por uma ou outra metodologia de cálculo resulte em índices diferentes, o cálculo da margem não é afetado como seria ao se comparar PR e PLE. A tabela a seguir apresenta nossas posições de capital dos ativos ponderados por risco, bem como nossas exigências mínimas de capital segundo as normas do Banco Central em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, de acordo com o método da consolidação total. Nível 1 Nível 2 Patrimônio de referência Ajustes Nosso capital regulamentar Capital regulamentar mínimo exigido Excedente sobre o capital regulamentar mínimo exigido Índice de solvência Consolidação total Em 31 de dezembro 2007 2006 2005 (em milhões de R$ , exceto porcentagens) 29.611 28.182 17.444 7.721 2.538 3.200 37.332 30.720 20.644 (237) (242) (2.963) 37.095 30.478 17.681 22.850 19.446 11.471 14.245 11.032 6.210 17,9% 17,2% 17,0% Os fundos obtidos mediante a emissão de títulos de dívida subordinada, considerados capital de Nível 2 para fins do índice de solvência, estão descritos a seguir: (I) Certificados de Depósitos Bancários: - emitidos em 23 de dezembro de 2002, com valor nominal de R$ 850 milhões com vencimento em 23 de dezembro de 2009 e juros semestrais pela média da taxa dos depósitos interbancários mais 0,87% a.a.; 103 - emitidos em 26 de fevereiro de 2003, com valor nominal de R$ 673 milhões com vencimento em 26 de fevereiro de 2008 e juros pela taxa de depósito interbancário a serem pagos no vencimento; - emitidos em 26 de março de 2007, 27 de março de 2007 e 28 de março de 2007, com valor nominal de R$ 5 bilhões, com vencimento em 2 de abril de 2012 e juros de 103,5% da taxa de depósito interbancário a serem pagos no vencimento; - emitidos em 18 de maio de 2007, 21 de maio de 2007, 22 de maio de 2007, 23 de maio de 2007 e 24 de maio de 2007, com valor nominal de R$ 1.805 milhões, com vencimento em 22 de maio de 2014 e juros pela taxa de depósito interbancário mais 0,35% a.a., a serem pagos no vencimento; - emitidos em 01 de novembro de 2007, com valor nominal de R$ 300 milhões, com vencimento em 01 de novembro de 2012 e juros pela taxa de depósito interbancário mais 0,35% a.a., a serem pagos no vencimento. (II) Debêntures Não Conversíveis: - emitidas em 01 de setembro de 2001, com valor nominal de R$ 600 milhões com vencimento em 01 de setembro de 2008, sem qualquer amortização ou renegociação projetada e juros semestrais pela taxa diária média dos depósitos interbancários mais 0,75% a.a. (III) Euronotes: - emitidas em 13 de agosto de 2001, no valor de US$ 100 milhões, e em 09 de novembro de 2011, no valor de US$ 80 milhões, com vencimento em 15 de agosto de 2011 e juros semestrais à taxa de 10% a.a.; - emitidas em 13 de agosto de 2001, no valor de ¥ 30.000 milhões, com vencimento em 15 de agosto de 2011 e pagando juros semestrais à taxa de 4,25% a.a.; (IV) Ações preferenciais resgatáveis: - emitidas em 31 de dezembro de 2002 pelo Itau Bank, Ltd., no valor de US$ 393 milhões, com vencimento em 31 de março de 2015 e dividendos semestrais calculados com base na taxa LIBOR mais 1,25% a.a.. Sensibilidade à taxa de juros A administração da sensibilidade à taxa de juros é um componente chave de nossa política para ativos e passivos. A sensibilidade à taxa de juros é a relação entre as taxas de juros do mercado e a receita financeira líquida resultante do vencimento ou das características de repactuação de preços dos ativos e dos passivos remunerados. A estrutura de determinação de preços está “casada” quando valores iguais desses ativos ou passivos vencem ou são repactuados. Qualquer descasamento de ativos e de passivos remunerados é conhecido como uma posição gap. Um gap negativo denota sensibilidade do passivo e normalmente significa que uma queda nas taxas de juros teria um efeito positivo na receita financeira líquida, enquanto que um gap positivo denota sensibilidade de ativos e normalmente significa que um aumento nas taxas de juros teria um efeito positivo na receita financeira líquida. Essas relações são somente para uma data específica e oscilações significativas podem ocorrer diariamente como resultado tanto das forças do mercado quanto das decisões da administração. Nossa estratégia de sensibilidade à taxa de juros leva em conta as taxas de retorno, o grau de risco implícito e as exigências de liquidez, inclusive as reservas normativas mínimas de caixa, índices de liquidez obrigatórios, saques e vencimento de depósitos, custos de capital e demanda adicional por fundos. Por meio de nosso comitê financeiro executivo, monitoramos nossos descasamentos de vencimentos e posições e os administramos dentro dos limites estabelecidos. A administração revisa nossas posições semanalmente e muda as posições imediatamente à medida que mudam as perspectivas do mercado. Para informações mais detalhadas sobre o monitoramento de nossas posições, consulte o “Item 4B – Visão geral do negócio – Gestão de risco – Gestão de riscos de liquidez e mercado.” A tabela a seguir apresenta a posição de nossos ativos e passivos remunerados em 31 de dezembro de 2007 e, dessa forma, não refletem as posições de gap da taxa de juros que podem existir em outros 104 momentos. Além disso, variações na sensibilidade à taxa de juros podem ocorrer dentro dos períodos de repactuação apresentados devido às diferentes datas de repactuação dentro do período. Podem surgir variações entre as diferentes moedas nas quais as posições de taxa de juros são mantidas. (em milhões de R$, exceto porcentagens) Até 30 dias 97.708 31 a 90 dias 17.539 91 a 180 dias 22.748 181 a 365 dias 29.940 1a3 anos 41.482 Mais de 3 anos 34.962 Aplicações em depósitos interfinanceiros 19.027 1.813 3.638 6.050 1.515 1.089 33.132 Aplicações em operações compromissadas Depósitos compulsórios no Banco Central do Brasil 21.309 - - - - - 21.309 17.175 - - - - - 17.175 Ativos de negociação Títulos e valores mobiliários disponíveis para venda Títulos e valores mobiliários mantido até o vencimento Operações de crédito e arrendamento mercantil 21.571 1.052 2.270 3.064 10.009 2.357 40.323 3.623 1.293 3.451 3.577 3.108 2.461 17.513 5 9 244 80 56 1.034 1.428 Ativos remunerados Total 244.379 14.998 13.372 13.145 17.169 26.794 28.021 113.499 Passivos remunerados 116.774 8.499 4.793 9.158 9.723 17.804 166.751 Depósitos de poupança 27.990 5.151 2.928 1.682 3.640 2.540 3.896 19.837 Depósitos interfinanceiros Captações no mercado aberto Obrigações por empréstimos de curto e de longo prazos Reservas de planos de previdência PGBL e VGBL 197 21.961 129 82 81 13 100 676 100 429 6 237 613 23.398 42.845 5.360 3.017 4.742 6.654 13.665 76.283 - - - - - 18.630 Diferença ativo/passivo (19.066) 9.040 17.955 20.782 31.759 17.158 77.628 Diferença acumulada (19.066) (10.026) 7.929 28.711 60.470 77.628 (7,8%) (4,1%) 3,2% 11,7% 24,7% 31,8% Depósitos a prazo Índice da diferença acumulada para o total de ativos remunerados 18.630 27.990 Sensibilidade à taxa de câmbio A maior parte de nossas operações é expressa em reais. Também temos ativos e passivos expressos em moedas estrangeiras, principalmente em dólares dos EUA, assim como ativos e passivos que, embora expressos em reais, são indexados ao dólar e nos expõe, portanto, ao risco das taxas de câmbio. O Banco Central regula nossas posições máximas em aberto, vendidas e compradas em moedas estrangeira. Em 31 de dezembro de 2007, 15,4% do total de nossas obrigações estavam expressas em moedas estrangeiras ou a elas indexadas. Nossa posição de câmbio é composta do lado do passivo pela emissão de títulos e valores mobiliários nos mercados de capital internacionais, crédito de bancos estrangeiros para financiar importações e exportações, e repasses vinculados ao dólar de instituições financeiras governamentais. Os resultados dessas operações são geralmente aplicados em operações de empréstimo e em compras de títulos e valores mobiliários em doláres. A tabela a seguir apresenta os ativos e passivos classificados por moeda, inclusive aqueles em reais e aqueles expressos em moedas estrangeiras ou a elas indexados, como em 31 de dezembro de 2007. Essa tabela pode não refletir a posição de gap de moeda em quaisquer outros índices dados. Podem também surgir variações entre as diferentes moedas que detemos. 105 (em milhões de R$, exceto porcentagens) Em 31 de dezembro de 2007 R$ Ativo Caixa e contas correntes em bancos e caixa restrito Empréstimos e arrendamento mercantil Títulos e Valores Mobiliários (2) Imobilizado, líquido Investimentos em afiliadas e outros Ágio, líquido Outros ativos intangíveis, líquido Operações de crédito de curso anormal Provisão para créditos de liquidação duvidosa Outros Porcentagem do total do ativo Passivo e patrimônio líquido Depósitos não remunerados Depósitos remunerados, obrigações por empréstimos e outros passivos Expresso em moeda estrangeira Indexado a moeda estrangeira Porcentagem dos valores expressos e indexado a moeda estrangeira sobre o total Total 224.782 2.814 88.405 52.443 2.528 1.019 638 6.770 4.777 (7.234) 72.622 83,4% 228.086 24.465 24.697 315 12.078 6.200 206 480 49 (207) 5.576 9,2% 28.445 2.531 20.051 58 8.239 621 11.133 7,4% 12.999 39 269.530 3.187 108.722 59.264 2.734 1.499 687 6.770 4.777 (7.441) 89.331 100,0% 269.530 27.035 16,6% 11,7% 18,7% 11,5% 7,5% 32,0% 7,1% 0,0% 0,0% 2,8% 18,7% 167.810 25.292 12.687 205.789 18,5% 15,4% 9,5% Participação minoritária em subsidiárias consolidadas 646 708 1.354 52,3% Patrimônio líquido 35.165 (86) 273 35.352 0,5% Porcentagem do total de passivo e patrimônio líquido 84,6% 10,5% 4,8% 100,0% (1) Instrumentos financeiros derivativos são apresentados nesta tabela pelo mesmo critério que foi utilizado nas nossas demonstrações contábeis consolidadas apresentadas no Item 18 deste relatório anual. (2) Inclui: (i) ativos de negociação, pelo seu valor justo; (ii) títulos e valores mobiliários disponíveis para venda, pelo seu valor justo; e (iii) títulos e valores mobiliários mantidos até o vencimento, ao custo amortizado. A tabela a seguir apresenta a composição de nossos instrumentos derivativos do balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2007, classificados em reais e moeda estrangeira, que também incluem os instrumentos vinculados a moedas estrangeiras. Celebramos esses instrumentos derivativos como parte de nossa estratégia geral de risco de mercado. (em milhões de R$) Valores nominais Denominado em ou vinculado a moeda estrangeira R$ Instrumentos financeiros do balanço patrimonial Contratos de "swap" Compromissos de compra (venda), líquidos Contratos a termo Compromissos de compra (venda), líquidos Contratos futuros Compromissos de compra (venda), líquidos Contratos de opções Compromissos de compra (venda), líquidos (1.392) 2.383 1.392 991 Total 3.374 (9.681) (8.877) (18.558) 1.665 (9.120) (7.455) 106 Divulgações sobre Instrumentos Financeiros contabilizados pelo valor justo em nosso Balanço Patrimonial A tabela a seguir apresenta nossas ativos e passivos registrados pelo valor justo em nosso balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2007, classificados pelo método usado para a determinação do valor justo: (em milhões de R$) 31 de dezembro de 2007 Preços cotados a mercado Aplicações em operações compromissadas Títulos para negociação Instrumentos financeiros derivativos Títulos disponíveis para venda Passivos de derivativos 2.437 - Preços Valor justo com fornecidos por fontes externas base em modelos (principalmente e outros métodos de avaliação cotações de operadoras) 21.309 20.194 16.383 3.746 93 14.983 (3.799) Total 21.309 36.577 3.746 17.513 (3.799) Investimentos Em 2007, fizemos investimentos em novas agências e pontos de venda. Ao longo dos últimos três anos, fizemos também investimentos significativos para automatizar e atualizar a nossa rede de agências e desenvolver programas específicos para melhorar a disposição de várias agências. Além disso, fizemos importantes investimentos em sistemas de informática, equipamentos de comunicação e outras tecnologias destinadas a aumentar a eficiência de nossas operações, os serviços oferecidos aos clientes e a nossa produtividade. A tabela a seguir apresenta os investimentos feitos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. (em millhões de R$) 2007 Terrenos e construções Móveis e equipamentos de informática Benfeitorias em instalações de terceiros Software desenvolvido ou obtido para uso interno Outros Total 2006 20 400 135 172 46 773 2005 102 294 118 29 43 586 14 343 97 111 47 612 Esperamos que nossos investimentos em 2008 não sejam significativamente maiores que os nossos níveis históricos de despesas e consistam principalmente de investimentos para continuar a atualização de nossa tecnologia, serviço a clientes e sistemas administrativos de suporte, bem como investimentos relacionados à Internet. Prevemos que, de acordo com nossa prática nos últimos anos, nossos investimentos em 2008 serão financiados com recursos internos. Não podemos assegurar, entretanto, que os investimentos serão feitos e, se forem, que esses investimentos serão feitos nos valores esperados atualmente. 5C. Pesquisa e desenvolvimento, patentes e licenças, etc. Não se aplica. 5D. Informações sobre tendências Alguns fatores afetarão nossos futuros resultados operacionais, liquidez e recursos de capital, entre eles: • o ambiente econômico brasileiro, 107 • os efeitos da inflação sobre o resultado de nossas operações, • os efeitos da variação do real e as taxas de juros sobre nossa receita financeira líquida, e • eventuais aquisições de instituições financeiras que viermos a fazer. Além disso, nossas recentes aquisições poderão afetar a comparabilidade de nossas demonstrações contábeis. Cada um dos fatores acima são descritos em detalhes no “Item 5A – Análise e perspectivas operacionais e financeiras – Visão geral – Resultados operacionais.” Além disso, o “Item 3D – Informações relevantes – Fatores de risco” apresenta uma exposição dos riscos que enfrentamos nas operações de negócios que poderiam afetar nossas atividades comerciais, resultado das operações ou posição financeira. 5E. Contratos fora do balanço patrimonial Não temos nenhum contrato não registrado no balanço patrimonial, exceto as garantias concedidas e descritas na Nota 28(c) das demonstrações contábeis. 5F. Divulgação tabular de obrigações contratuais A tabela a seguir resume o perfil de vencimentos de nossa dívida consolidada de longo prazo, arrendamentos operacionais e outros compromissos em 31 de dezembro de 2007. (em milhões de R$) Pagamentos devidos por período Obrigações contratuais Obrigações de dívida de longo prazo Obrigações de arrendamentos operacionais e de capital Avais e fianças Total 28.556 Menos de 1 ano 8.237 3.538 12.514 44.608 770 3.934 12.941 Total 6.654 9.578 Mais de 5 anos 4.087 1.270 876 8.800 971 1.151 11.700 527 6.554 11.168 1 a 3 anos 3 a 5 anos ITEM 6 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, DIRETORIA E FUNCIONÁRIOS 6A. Conselho de Administração e Diretoria A administração de nossa organização é feita pelo Conselho de Administração e pela Diretoria. Todos os nossos conselheiros e diretores têm mandato de um ano. Relacionamos a seguir o nome, o cargo e a data de nascimento dos membros do nosso conselho de administração e diretoria na presente data, eleitos em 23 de abril de 2008 e 05 de maio de 2008, pela assembléia anual de acionistas e reunião do conselho de administração, respectivamente. 108 Conselheiros: Nome Cargo Data de Nascimento Olavo Egydio Setubal José Carlos Moraes Abreu Alfredo Egydio Arruda Villela Filho Roberto Egydio Setubal Alcides Lopes Tapias (*) Alfredo Egydio Setubal Carlos da Camara Pestana Fernão Carlos Botelho Bracher Guillermo Alejandro Cortina Gustavo Jorge Laboissiere Loyola (*) Henri Penchas Persio Arida (*) Ricardo Villela Marino Roberto Teixeira da Costa (*) Sergio Silva de Freitas Tereza Cristina Grossi Togni (*) Presidente do Conselho Vice-Presidente Vice-Presidente Vice-Presidente Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheiro 16/04/1923 15/07/1922 18/11/1969 13/10/1954 16/09/1942 01/09/1958 27/07/1931 03/04/1935 09/09/1961 19/12/1952 03/02/1946 01/03/1952 28/01/1974 05/02/1934 16/01/1943 25/01/1949 (*) Conselheiros independentes. Diretores Executivos: Nome Cargo Roberto Egydio Setubal Alfredo Egydio Setubal Candido Botelho Bracher Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Rodolfo Henrique Fischer Sérgio Ribeiro da Costa Werlang Silvio Aparecido de Carvalho Jackson Ricardo Gomes José Eduardo Lima de Paula Araujo Marco Antonio Antunes Wagner Roberto Pugliese Presidente e Diretor Presidente 13/10/1954 Vice-Presidente Executivo 01/09/1958 Vice-Presidente Executivo 05/12/1958 Diretor Executivo 13/06/1951 Diretor Executivo 26/12/1962 Diretor de Risco 23/06/1959 Diretor Financeiro 09/05/1949 Diretor Gerente 21/08/1957 Diretor Gerente 22/10/1970 Diretor Gerente 31/10/1959 Diretor Gerente 15/12/1958 Data de Nascimento Como informado nas biografias de nossos conselheiros e diretores executivos, alguns deles também exercem funções de alta administração em outras empresas do conglomerado Itaúsa. Apresentamos a seguir biografias sucintas de nossos conselheiros e diretores executivos: Olavo Egydio Setubal é o presidente do nosso conselho de administração desde outubro de 1986 e do comitê de nomeação e remuneração da nossa organização. Foi nosso diretor presidente de 1964 a 1975 e presidente de 1979 a 1985. Foi prefeito da Cidade de São Paulo de 1975 a 1979, Ministro das Relações Exteriores de 1985 a 1986 e membro do CMN, durante os anos de 1974 e 1975. É o presidente do conselho de administração da Itaúsa desde abril de 2001 e diretor presidente desde 1986. É bacharel em engenharia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. É o pai de Roberto Egydio Setubal e Alfredo Egydio Setubal. José Carlos Moraes Abreu é nosso vice-presidente desde 1986, membro do conselho consultivo internacional e do comitê de nomeação e remuneração da nossa organização. Foi nosso Diretor Gerente de 1964 a 1969, vice-presidente executivo de 1969 a 1976, diretor presidente de 1976 a 1985 e presidente e diretor presidente de 1985 a 1990. É membro do conselho de administração da Itaúsa desde maio de 2001 e foi seu Diretor Geral de abril de 1983 a abril de 2004. O sr. Abreu foi também membro do CMN de 1975 a 1984, membro do conselho de administração da Associação dos Bancos do Estado de São Paulo de 1980 a 1983, membro do comitê de direção da Federação Brasileira dos Bancos de 1983 a 1990, membro do Conselho da Associação Brasileira das Empresas de Leasing de 1977 a 1994 e membro do conselho de administração do Libra Bank Ltd. (Londres) de 1974 a 1989. O sr. Abreu é bacharel em direito pela Universidade de São Paulo. 109 Alfredo Egydio Arruda Villela Filho foi eleito vice-presidente do nosso conselho de administração em abril de 2001, sendo também membro do comitê de nomeação e remuneração, membro do nosso comitê de políticas contábeis e do nosso comitê de divulgação e negociação. É membro do conselho de administração da Itaúsa – Investimentos Itaú S.A. desde 1995 e membro do conselho de administração da Itautec S.A. desde 1997. O sr. Villela Filho é bacharel em Engenharia Mecânica pela Escola de Engenharia Mauá do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) e pós-graduado em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas. É sobrinho da Sra. Maria de Lourdes Egydio Villela. Roberto Egydio Setubal foi eleito vice-presidente de nosso conselho de administração em abril de 2001. É presidente do conselho consultivo internacional, do nosso comitê de gestão de riscos e de capital, do nosso comitê de políticas contábeis e do nosso comitê de nomeação e remuneração. É nosso conselheiro desde abril de 1995 e nosso presidente e diretor presidente desde abril de 1994. Foi diretor geral de 1990 até 1994. É vice-presidente executivo da Itaúsa desde maio de 1994. O sr. Roberto Setubal foi presidente da Federação Brasileira das Associações de Bancos, ou FEBRABAN e da Federação Nacional dos Bancos, ou FENABAN, de abril de 1997 a março de 2001. Foi membro do conselho de administração da Petróleo Brasileiro S.A.– Petrobrás de março de 2002 a janeiro de 2003. É membro do conselho do Instituto Internacional de Finanças, Conferência Monetária Internacional, além de membro dos comitês consultivos internacionais do Federal Reserve Bank of New York e da New York Stock Exchange. É bacharel em engenharia de produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e mestre em Engenharia pela Stanford University. É filho de Olavo Egydio Setubal e irmão de Alfredo Egydio Setubal. Alcides Lopes Tapias foi eleito membro do nosso conselho de administração em abril de 2002. É membro do nosso comitê de divulgação e negociação, além de membro do comitê de auditoria do conglomerado financeiro Itaú. Foi sócio da InterAmericana Ltda. e da InterAmericana Serviços de dezembro de 2001 a outubro de 2003. É sócio da Aggrego Consultores desde outubro de 2003, é membro do conselho de administração e dos comitês de financiamento, auditoria e ética do Grupo Sadia e da UBV – União Brasileira de Vidros e Brasmetal Waelzholz; membro dos conselhos consultivos da BM&F, da Medial Saúde, da SPREAD Teleinformática S.A. e da DMR Consulting Brasil; presidente do conselho deliberativo do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). Foi membro do conselho curador da Fundação Antonio Prudente do Hospital do Câncer de 1999 a 2005. Ingressou no Banco Bradesco em 1957 e permaneceu nessa instituição até 1996, galgando posições até se tornar vice-presidente da diretoria executiva e do conselho de administração. De 1991 a 1994, foi Presidente da FEBRABAN e membro do CMN. Representou o Banco Bradesco nos conselhos das empresas Ericsson, CSN, Latasa, Monteiro Aranha e outras. É membro do conselho de administração da Tubos e Conexões Tigre desde 2004. Foi presidente do grupo Camargo Corrêa de 1996 a 1999, foi eleito presidente do conselho de administração da holding. Foi também presidente do conselho de administração da Usiminas (1997) e da São Paulo Alpargatas até setembro de 1999, quando foi nomeado Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior pelo então presidente da república Fernando Henrique Cardoso, cargo que ocupou até julho de 2001. É formado em administração de empresas pela Universidade Mackenzie e em direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Alfredo Egydio Setubal é membro do nosso conselho de administração desde abril de 2007 e é nosso vice-presidente executivo desde março de 1996. É nosso diretor de relações com investidores desde 1995, com responsabilidade geral pelas comunicações com os mercados de capital. Preside o nosso comitê de divulgação e negociação desde agosto de 2002 e é membro do nosso comitê de políticas contábeis. É responsável pelo nosso relacionamento com a CVM, com o Banco Central e com outras autoridades do setor público com relação aos assuntos de mercados de capitais. Chefia nossa área de mercados de capitais, com responsabilidade pelo planejamento, implementação e cumprimento das diretrizes estratégicas do Banco. Foi nosso diretor executivo de 1993 a 1996. É membro do conselho de administração do Itaú BBA desde fevereiro de 2003. Foi membro da ANBID de 1994 a agosto de 2003 e preside essa instituição desde agosto de 2003. É membro do conselho de administração da Associação das Empresas Distribuidoras de Valores, ou ADEVAL (desde 1993), da BOVESPA, desde 1996, da Associação Brasileira da Companhias Abertas, ou ABRASCA, desde 1999 e da BOVESPA Holdings S.A desde agosto de 2007. Foi membro do conselho de administração da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia, ou CBLC, de 1998 a 2003. Foi presidente do conselho de administração do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores, ou IBRI, de 2000 a 2003 e membro desde 2004. É diretor financeiro do Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM desde 1992. É bacharel e pósgraduado em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas. É filho de Olavo Egydio Setubal e irmão de Roberto Egydio Setubal. Carlos da Camara Pestana é membro do nosso conselho de administração desde outubro de 1986 e presidente do comitê de auditoria do conglomerado financeiro Itaú desde julho de 2004. É membro do nosso conselho consultivo internacional e do comitê de nomeação e remuneração. Foi diretor gerente de 1980 a 1985, diretor vice-presidente de 1985 a 1986, vice-presidente executivo de 1986 a 1990 e presidente de 1990 a 1994. É bacharel em direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa. 110 Fernão Carlos Botelho Bracher é membro do nosso conselho de administração desde abril de 2003 e membro do nosso conselho consultivo internacional e do comitê de nomeação e remuneração. É vicepresidente do conselho de administração do Itaú BBA desde fevereiro de 2003. Foi presidente do Itaú BBA de 1988 a 2005. Foi advogado do Pinheiro Neto Advogados até 1960, diretor do Banco da Bahia de 1961 a 1973, diretor da área internacional do Banco Central do Brasil de 1974 a 1979, diretor vice-presidente do grupo Atlântica-Boavista de Seguros de 1980 a 1982, diretor vice-presidente do Banco Bradesco de 1982 a 1985, presidente do Banco Central do Brasil de 1985 a 1987 e negociador chefe da dívida externa brasileira de junho a dezembro de 1987. É formado em direito pela Universidade de São Paulo, tendo também estudado em universidades da Alemanha. Guillermo Alejandro Cortina é membro do conselho de administração desde agosto de 2006. Entre 1986 e 1992 exerceu diversos cargos no Continental Bank em Buenos Aires, na Argentina, tais como, estrategista/planejador de renda fixa e controller de finanças. Entre 1993 e 1996 exerceu o cargo de Segundo Vice-Presidente no Bank of América Illinois (Continental Bank), em Chicago, Illinois, EUA. Desde 1997, atua no BAC, em Charlotte, na Carolina do Norte, EUA, exercendo o cargo de Vice-Presidente Sênior e Gerente Sênior de Estratégia Corporativa, sendo responsável pelas operações de Fusões e Aquisições (F&A), e pela identificação e comunicação a compradores potenciais e empresas-alvo. É formado em contabilidade e finanças pela Universidade Católica Argentina de Buenos Aires e é mestre em administração de empresas, com ênfase em empreendimento, estratégias de gestão e marketing, pela Kellog Graduate School of Management em Evanston, Illinois, EUA. Gustavo Jorge Laboissiere Loyola é conselheiro desde abril de 2006, membro do comitê de auditoria do conglomerado financeiro Itaú desde maio de 2007 e membro do nosso comitê de gestão de riscos e de capital. Foi membro efetivo e presidente de nosso conselho fiscal de março de 2003 a abril de 2006. É sóciodiretor da Gustavo Loyola Consultoria S/C, desde fevereiro de 1998. Foi presidente do Banco Central do Brasil de novembro de 1992 a março de 1993 e de junho de 1995 a agosto de 1997, além de diretor de normas e organização do sistema financeiro de março de 1990 a novembro de 1992. Foi sócio-diretor da MCM Consultores Associados Ltda., de agosto de 1993 a maio de 1995, diretor adjunto do Banco de Investimento Planibanc S.A. de fevereiro a outubro de 1989 e diretor operacional da Planibanc Corretora de Valores de novembro de 1987 a janeiro de 1989. É formado em economia pela Universidade de Brasília, com mestrado e doutorado em economia pela Fundação Getulio Vargas. Henri Penchas é membro do nosso conselho de administração desde abril 1997 e foi nosso vicepresidente sênior de abril de 1997 a abril de 2008. É membro do nosso comitê de divulgação e negociação, do nosso comitê de gestão de riscos e de capital, do nosso comitê de políticas contábeis e do nosso conselho consultivo internacional. Foi vice-presidente executivo de 1993 a 1997. Foi diretor executivo da Itaúsa de dezembro de 1984 a abril de 2008. É vice-presidente do conselho de administração do Itaú BBA desde fevereiro de 2003. Formado em engenharia mecânica pela Universidade Mackenzie, com pós-graduação em finanças pela Fundação Getulio Vargas. Persio Arida é membro do nosso conselho de administração desde abril de 2001 e membro do nosso comitê de gestão de riscos e de capital. Foi secretário de coordenação social da Secretaria do Planejamento, ou SEPLAN, em 1985, membro da diretoria executiva do Banco Central em 1986, presidente do BNDES de 1993 a 1994, e presidente do Banco Central em 1995. É bacharel em economia pela Universidade de São Paulo e doutor em economia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) EUA. É membro do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, nos Estados Unidos, e do Smithsonian Institute em Washington, também nos Estados Unidos. Ricardo Villela Marino é membro do nosso Conselho de Administração desde abril de 2008 e do comitê de gestão de riscos e de capital. É nosso diretor desde setembro de 2006. Foi diretor gerente sênior de maio a agosto de 2005; diretor gerente de abril de 2004 a abril de 2005; chefe da mesa de negociação de derivativos (chefiou a equipe responsável pela estruturação e venda de soluções em derivativos para empresas de médio porte, investidores institucionais e pessoas físicas) de 2003 a 2004; chefe de Business Intelligence (responsável pela missão de introduzir tecnologias e metodologias revolucionárias e avançadas que ajudaram a tornar o Itaú em uma referência na indústria de cartão de crédito do Brasil) de 2002 a 2003. Foi gerente da carteira de títulos de mercados emergentes que compreende a Argentina, o Chile, o Peru, a Colômbia e a África do Sul, bem como relações com governos, bancos e diretores de empresas em cada um desses países da Goldman Sachs Asset Management em Londres. Cursou administração de empresas/especialização no MIT Sloan, de Cambridge; mestrado em Administração de Empresas com especialização em Finanças; e bacharelado em Engenharia Mecânica na Escola Politécnica (USP). Roberto Teixeira da Costa é membro do nosso conselho de administração desde abril de 2001. É membro dos nossos comitês de divulgação e negociação e de nomeação e remuneração, além de membro do 111 nosso conselho consultivo internacional. Participou da criação da CVM, entidade que presidiu até 1979. Foi também presidente internacional do CEAL-Business Council of Latin America de 1998 a 2000. Foi membro do conselho de administração do Pão de Açúcar de 1998 a 2003, sendo membro de seu conselho consultivo desde fevereiro de 2003. Foi membro do conselho consultivo do jornal O Estado de São Paulo. O sr. Teixeira formou-se em economia pela Faculdade Nacional de Ciências Econômicas do Rio de Janeiro. Sergio Silva de Freitas é membro do nosso conselho de administração desde outubro de 1986 e membro do nosso conselho consultivo internacional. Foi nosso diretor gerente de 1984 a 1985, diretor executivo de 1985 a 1986, vice-presidente executivo de 1986 a 1993, vice-presidente sênior de abril de 1993 a abril de 2005 e membro do conselho de administração do Itaú BBA de fevereiro de 2003 a julho de 2005. É presidente do conselho de administração da Arcelor Brasil S.A. desde dezembro de 2005. É formado em engenharia elétrica pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil. Tereza Cristina Grossi Togni é membro de nosso conselho de administração desde fevereiro de 2004, e membro do comitê de auditoria do conglomerado financeiro Itaú desde 01 de julho de 2004. Foi nomeada pelo conselho de administração como nosso especialista financeiro, em conformidade com as exigências e responsabilidades previstas pela Resolução nº 3.198 do CMN e na Lei Sarbanes-Oxley dos Estados Unidos, graças a suas qualificações nas áreas de contabilidade e auditoria. É membro do comitê de divulgação e negociação e membro do nosso comitê de políticas contábeis. Foi membro do conselho de administração e diretora adjunta responsável por supervisão bancária do Banco Central de abril de 2000 a março de 2003; foi também consultora, chefe adjunta e chefe do departamento de supervisão de 1997 a março de 2000 e inspetora e coordenadora de supervisão em Belo Horizonte de agosto de 1984 a fevereiro de 1997. É também membro do conselho consultivo do Toronto International Leadership Centre for Financial Sector Supervision desde 2003. É formada em administração de empresas e ciências contábeis pela Universidade Católica de Minas Gerais (1977), tendo feito cursos de pós-graduação na Suíça e nos Estados Unidos. Em abril de 2005, foi considerada culpada em um processo judicial brasileiro, juntamente com outras pessoas, três das quais membros da Diretoria do Banco Central na ocasião dos acontecimentos que deram origem ao caso, em decorrência do auxílio financeiro prestado pelo Banco Central a dois bancos que atravessavam sérias dificuldades depois da adoção do regime de câmbio flutuante em 1999. A condenação teve por base a conclusão do tribunal de que a decisão tomada pela Diretoria do Banco Central era ilegal e beneficiou terceiros. Naquela ocasião, Tereza Grossi não era membro da Diretoria e, por esse motivo, não participou daquela decisão. Ela não foi acusada de auferir nenhum ganho pessoal, direta ou indiretamente, da operação contestada. Tereza Grossi mantém enfaticamente sua inocência e recorreu da decisão do tribunal. Candido Botelho Bracher é vice-presidente executivo desde abril de 2005 e membro do nosso comitê de gestão de riscos e de capital. É membro do Conselho de Administração do Itaú BBA desde fevereiro de 2003, diretor presidente desde abril de 2005 e foi diretor vice-presidente – superintendente de fevereiro de 2003 a abril de 2005, onde era responsável pelas áreas de Políticas Comerciais, de Mercado de Capitais e de Recursos Humanos. Foi diretor do Banco BBA Creditanstalt S.A. de 1988 a 2003. Sua formação é em Administração de Empresas na Fundação Getulio Vargas. Antonio Carlos Barbosa de Oliveira é nosso diretor desde maio de 2003. Foi diretor entre 1994 e 2002, e diretor gerente entre 1991 e 1994. É membro do Conselho de Administração do Itaú BBA e vice-presidente desde fevereiro 2003. É responsável pelas áreas Administrativa, de Riscos, Tecnologia e Controladoria. É bacharel em engenharia de produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e mestre em ciência pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Rodolfo Henrique Fischer é nosso diretor executivo desde setembro de 1999 e membro do nosso comitê de gestão de riscos e de capital. Ocupou diversos cargos no Banco entre 1984 e 1999, entre eles o de gerente geral de câmbio e comércio exterior de 1991 a 1994 e diretor gerente de câmbio e comércio exterior de 1994 a 1999. O sr. Fischer chefia nossa área de tesouraria e finanças. Também é membro do conselho de administração do Itaú BBA, presidente do conselho da CIP – Câmara Interbancária de Pagamentos, membro do conselho de administração da BM&F desde dezembro de 2004, e membro do conselho de administração da Associação de Comércio dos Mercados Emergentes (Emerging Markets Trade Association), ou EMTA, desde janeiro de 2006. Foi membro do conselho de administração da Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro, ou ANDIMA, até 2005. É bacharel em engenharia civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e mestre em administração de empresas pelo Massachusetts Institute of Technology. Sérgio Ribeiro da Costa Werlang é nosso diretor desde maio de 2003 e nosso Diretor de Riscos desde maio de 2008. Membro de nosso comitê de gestão de riscos e de capital e do comitê de políticas contábeis; e foi nosso diretor gerente sênior de março de 2002 a março de 2003. Foi Diretor do Banco Central de fevereiro de 1999 a setembro de 2000, responsável por assuntos da política econômica; foi diretor do Banco BBM de 112 outubro de 1997 a dezembro de 1998. Foi diretor de administração de recursos e pesquisa do Banco BBM de 1994 a 1998. É engenheiro naval pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre em economia matemática pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada do Rio de Janeiro e PhD em economia pela University of Princeton. Silvio Aparecido de Carvalho é nosso diretor executivo desde outubro de 2000 e nosso Diretor Financeiro desde maio de 2008. Foi nosso gerente geral de 1984 a 1986, diretor técnico de 1986 a 1988, diretor gerente de 1988 a 1999 e diretor gerente sênior de 1999 a 2000. É chefe da diretoria executiva da controladoria, membro do nosso comitê de políticas contábeis e membro do comitê de divulgação e negociação. O sr. Carvalho formou-se em administração de empresas e ciências contábeis pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, com mestrado e doutorado em controladoria e contabilidade pela mesma universidade, ambos obtidos com louvor. Cursou o Programa de Executivos da Stanford University em 1985. É professor da Universidade de São Paulo desde 1976. Jackson Ricardo Gomes é diretor gerente do Itaú Holding desde agosto de 1995. Ingressou no grupo Itaú em 1983, como analista da área de controle econômico. Foi gerente de departamento de 1988 a 1989, gerente geral/superintendente de 1990 a 1995. O sr. Gomes é formado em engenharia aeronáutica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica – ITA, com MBA pela University of Chicago. José Eduardo Lima de Paula Araujo é nosso diretor gerente desde maio de 2008. Foi superintendente jurídico de negócios de dezembro de 2003 a abril de 2008, responsável por: (i) negociar pelo Itaú e suas coligadas aquisições, alienação, reestruturação corporativa, parceiras estratégicas e alianças; (ii) administrar os direitos de propriedade intelectual do Itaú e suas coligadas (direitos autorais, patentes e mais de 1500 registros de marca) e coordenar procedimentos (monopólios e processos de conduta administrativa) frente ao Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência; e (iii) assumir a Secretaria do Comitê de Divulgação do Formulário 20F dos EUA e prestar consultoria sobre Políticas de Divulgação de Atos ou Fatos Relevantes e Negociação. Foi consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento de março de 1998 a outubro de 1999. É advogado formado pela Universidade de São Paulo em 1994. Obteve seu mestrado em Direito (LL.M.) e MBA na The George Washington University (EUA) em 1998 e 2001, respectivamente. Marco Antonio Antunes é diretor gerente desde março de 2000. Foi gerente do departamento de controle orçamentário de dezembro de 1990 a maio de 1997, e gerente geral de junho de 1997 a fevereiro de 2000. Formou-se em engenharia metalúrgica pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e é pós-graduado com especialização em contabilidade e finanças pela Universidade de São Paulo (FIPECAFI). Wagner Roberto Pugliese é diretor gerente desde maio de 2006, tendo sido diretor gerente adjunto de maio de 2005 a abril de 2006. Ocupou diversos cargos em nossa instituição de 1983 a 2005, inclusive gerente de auditoria de 1990 a 1997, superintendente de auditoria de 1997 a 2002 e superintendente de coordenação de auditoria de 2002 a 2005, responsável pelas áreas financeira, internacional, mercado de capitais e unidades no exterior, comerciais e administração. Foi auditor de uma firma internacional de auditores independentes de 1978 a 1980. É diretor setorial de auditoria interna e compliance da FEBRABAN desde 2004. Foi coordenador da subcomissão de auditoria interna de 1999 a 2004, segundo vice-presidente do comitê latino-americano de auditoria interna e administração de riscos da Federação Latino-Americano de Bancos, ou FELABAN, de 2002 a maio de 2007, sendo seu presidente desde junho de 2007. É também representante da FELABAN na FEBRABAN desde 1999. Foi diretor nacional de treinamento do Instituto de Auditores Internos do Brasil de 1995 a 1997. Formou-se em administração de empresas pelo IMES, em contabilidade pela Universidade São Judas, com especialização em gestão empresarial pela Fundação Dom Cabral. Não existem processos em curso nos quais um de nossos conselheiros, nomeados para o conselho ou diretores executivos, seja a parte contrária à nossa instituição. Não temos conhecimento de nenhum acordo ou entendimento com os principais acionistas, clientes, fornecedores ou qualquer outra pessoa mediante o qual qualquer pessoa tenha sido escolhida como conselheiro ou diretor executivo. 6B. Honorários No exercício findo em 31 de dezembro de 2007, o total dos honorários acumulados por nós em benefícios de todos os membros de nosso conselho de administração e diretores executivos, por serviços prestados naquele ano, em qualquer qualidade, foi de aproximadamente R$ 243,9 milhões. Esta cifra inclui salários no montante aproximado de R$ 134 milhões, participação em planos de gestão e divisão de lucros no montante aproximado de R$ 109,9 milhões e contribuições a planos de aposentadoria patrocinados por nossa instituição no montante aproximado de R$ 28,3 mil. A legislação não exige e nossa instituição não divulga o 113 montante da remuneração de nossos conselheiros, diretores e membros dos órgãos de administração, supervisão ou gestão, em bases individuais. Concedemos também aos diretores executivos opções no âmbito do plano descrito no “Item 6E. Propriedade de ações – Plano de opção de compra de ações.” Cada opção dá a seu detentor o direito de comprar uma ação preferencial. Quando as opções são exercidas, podemos emitir novas ações ou transferir ações em tesouraria para o detentor da opção. Em janeiro de 2004, emitimos 62.500 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 11,91, 62.500 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 18,18, 62.500 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 23,56, 62.500 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 22,47 e 62.500 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 15,22. Tais opções vencem respectivamente em dezembro de 2007, 2008, 2009 e 2010. Em fevereiro de 2004, emitimos 70.000 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 23,77 e 5.046.950 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 23,20. Tais opções vencem respectivamente em dezembro de 2008 e 2011. Em fevereiro de 2005, emitimos 4.016.200 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 36,53. Tais opções vencem em dezembro de 2012. Em maio de 2005, emitimos 14.900 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 27,13, 14.060 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 25,88 e 11.270 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 17,52. Essas opções vencem respectivamente em dezembro de 2008, 2009 e 2010. Em agosto de 2005, emitimos 10.000 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 17,35, 10.000 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 26,22 e 10.000 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 36,90. Tais opções vencem respectivamente em dezembro de 2010, 2011 e 2012. Em fevereiro de 2006, emitimos 4.323.500 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 54,79. Essas opções vencerão em dezembro de 2013. Em fevereiro de 2007, emitimos 7.836.200 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 72,45. Essas opções vencerão em dezembro de 2014. Em agosto de 2007, emitimos 8.260 opções de compra de ações com preço de R$ 36,53, 11.540 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 54,79 e 22.290 opções de compra de ações com preço de exercício de R$ 72,45. Essas opções vencem respectivamente em dezembro de 2012, 2013 e 2014. São estas as principais condições das opções em aberto em 31 de dezembro de 2007: Em 31 de dezembro de 2007 Preço de Exercício (R$) Total 14,74 14,06 9,52 14,39 20,52 30,12 38,36 14,88 Quantidade de opções 421.960 2.394.820 8.171.000 8.615.300 7.036.460 8.430.540 7.815.690 42.885.770 Prazo remanescente (anos) 1 year 2 years 3 years 4 years 5 years 6 years 7 years As despesas de remuneração referentes aos planos de opção de compra de ações totalizaram R$ 339 milhões, R$ 717 milhões e R$ 54 milhões nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. 114 Os diretores executivos e os membros do conselho de administração recebem também benefícios adicionais concedidos em geral aos nossos funcionários, como assistência médica e odontológica, despesas com educação e plano de previdência privada, no valor de aproximadamente R$ 3 milhões. Foi instituído um plano de participação na gestão ou divisão de lucros para a administração, incluindo o conselho de administração e a diretoria executiva. O programa e suas normas foram aprovados pelo conselho de administração. De acordo com o programa, a cada membro de nossa administração (incluindo nosso conselho de administração e diretoria executiva) que participar do plano é atribuído semestralmente um valor base para o cálculo do plano de participação nos lucros. O montante final do pagamento de participação nos lucros a uma pessoa é apurado multiplicando-se o valor base por um índice aplicável a todos os participantes. Tal índice depende do nosso nível de retorno sobre o patrimônio líquido. Desde maio de 2006, os membros do conselho fiscal e membros suplentes recebem uma remuneração mensal de R$ 10 mil e R$ 4 mil, respectivamente. 6C. Práticas do conselho de administração O conselho de administração tem, entre suas responsabilidades, as seguintes: • estabelecer nossas políticas gerais de negócios, • eleger e destituir os membros da diretoria executiva, • supervisionar a gestão da instituição e examinar os livros societários, • convocar assembléias gerais de acionistas, • expressar opinião sobre o relatório anual e as demonstrações contábeis da administração, • nomear auditores externos, de acordo com a recomendação do comitê de auditoria, • eleger e remover os membros do comitê de auditoria e aprovar as regras operacionais que o comitê estabelecer para o seu funcionamento, • ratificar as decisões do Comitê de Nomeação e Remuneração e informar as atividades do Comitê através de seus relatórios, • eleger e destituir os membros dos Conselhos Consultivo e Consultivo Internacional, bem como dos Comitês de Nomeação e Remuneração, Auditoria, Gestão de Riscos e de Capital, Políticas Contábeis e Divulgação e Negociação, • informar as atividades e aprovar as decisões dos Comitês de Gestão de Riscos e de Capital, Políticas Contábeis e Divulgação e Negociação, e • determinar o pagamento de dividendos antecipados, juros sobre o capital próprio e recompra de ações. O conselho de administração pode ser composto por no mínimo cinco e no máximo vinte conselheiros eleitos pelos acionistas em assembléia geral ordinária. Os conselheiros elegem um presidente e três vicepresidentes do conselho. A assembléia geral ordinária realizada em 23 de abril de 2008 elegeu os dezesseis membros de nosso atual conselho de administração para um mandato de um ano, a findar quando da eleição dos novos conselheiros na assembléia geral ordinária a ser realizada em 2009. Não temos contratos de serviço com nossos conselheiros prevendo benefícios por término do emprego. A diretoria executiva é responsável pela administração cotidiana dos negócios de nossa organização. Ela pode ser integrada por no mínimo cinco e no máximo quinze membros. O Conselho de Administração, em 05 de maio de 2008, elegeu os onze membros de nossa atual diretoria: presidente, sênior, quatro vicepresidentes executivos, dois diretores executivos e quatro diretores gerentes, que coletivamente compõem o nosso quadro de diretores executivos, todos eles com mandato de um ano a findar quando da eleição na reunião do conselho de administração seguinte à assembléia geral ordinária de 2009. 115 De acordo com a lei das sociedades por ações, a adoção de um conselho fiscal é voluntária. Nosso conselho fiscal está instalado anualmente desde 2000 mesmo quando os nossos estatutos sociais não dispõem sobre a condição permanente de nosso conselho fiscal. O conselho fiscal pode ser instalado como órgão permanente ou temporário. O conselho fiscal é um órgão independente eleito anualmente pelos acionistas para supervisionar as atividades da administração e os auditores independentes. As responsabilidades de nosso conselho fiscal são estabelecidas pela lei das sociedades por ações e englobam a supervisão da conformidade da administração com as leis e estatutos sociais, a emissão de um relatório sobre os relatórios trimestrais e anuais submetidos à aprovação dos acionistas, e a convocação de assembléias de acionistas e reporte de assuntos adversos específicos nestas assembléias gerais de acionistas. Nosso conselho fiscal é composto pelas pessoas indicadas a seguir, cada qual por um mandato de um ano e eleita por assembléia geral ordinária no dia 23 de abril de 2008: Nome Cargo Iran Siqueira Lima (*) Membro Alberto Sozin Furuguem (*) Membro Marcos de Andrade Reis Villela (**) Membro José Marcos Konder Comparato (*) Suplente Paulo Alberto Schiboula (**) Suplente (*) Membros indicados pelos acionistas controladores (**) Membros indicados pelos detentores de ações preferenciais Data de nascimento 21/05/1944 09/02/1943 12/04/1944 25/09/1932 20/09/1945 Nossos estatutos também determinam a formação de um comitê de nomeação e remuneração que, até 27 de abril de 2005, era o comitê de opção de compra de ações. Também contamos com um comitê de auditoria, um comitê de gestão de riscos e de capital, um comitê de políticas contábeis, e um comitê de divulgação e negociação, adicionalmente o conselho consultivo e um conselho consultivo internacional. Anteriormente, contávamos com um comitê de controles internos que foi transformado no comitê de auditoria, que passou a ter objetivos e finalidades ampliadas, para adaptar-se às exigências da Resolução nº 3.198 do CMN e à Lei Sarbanes-Oxley dos Estados Unidos. Além disso, unificamos o comitê de divulgação e o comitê de negociação, que se tornaram o comitê de divulgação e negociação. Em 2005, nossa assembléia geral dos acionistas aprovou a criação do comitê de remuneração, com a presença de um membro independente do conselho. Este comitê estabelece a remuneração dos nossos conselheiros, as alocações do orçamento anual e global determinadas pelas assembléias gerais dos acionistas, os pagamentos feitos nos termos dos programas de participação nos lucros, opções de ações e benefícios de qualquer tipo de orçamentos de representação, considerando as responsabilidades, o tempo gasto nas atribuições, a competência, a reputação profissional e o valor de mercado dos serviços. O comitê também orienta a política de remuneração dos conselheiros das subsidiárias. De acordo com as decisões tomadas pela assembléia geral ordinária e extraordinária realizada em 26 de abril de 2006, alteramos o nome do comitê para comitê de nomeação e remuneração e a sua composição, objetivos e propósitos foram ampliados, de modo a incluir as seguintes responsabilidades: (i) a análise e a proposição de candidatos indicados para integrar a diretoria; (ii) a proposição ao conselho de administração de candidatos aos comitês estatutários; (iii) a identificação de possíveis conflitos de interesses relacionados à participação de membros do conselho de administração ou da diretoria nos órgãos estatutários de outras empresas; e (iv) a proposição de critérios de avaliação das atividades do conselho de administração. Para informações sobre as responsabilidades do comitê de nomeação e remuneração, consulte o “Item 6E. Propriedade de Ações”. O comitê de nomeação e remuneração é composto pelas seguintes pessoas, cada uma com mandato de um ano, conforme indicado na reunião do conselho de administração de 5 de maio de 2008: Nome Olavo Egydio Setubal Alfredo Egydio Arruda Villela Filho Carlos da Camara Pestana Fernão Carlos Botelho Bracher José Carlos Moraes Abreu Roberto Egydio Setubal Roberto Teixeira da Costa Cargo Data de nascimento Presidente Membro Membro Membro Membro Membro Membro 16/04/1923 18/11/1969 27/07/1931 03/04/1935 15/07/1922 13/10/1954 05/02/1934 116 O comitê de auditoria está em operação desde 2004, nos termos da Resolução no 3.081/2003, que foi revogada e substituída pela Resolução no 3.198 do CMN e pela Lei Sarbanes-Oxley, sendo responsável, entre outras competências, por zelar: • pela qualidade e integridade das demonstrações financeiras do conglomerado financeiro Itaú, • pelo cumprimento das exigências legais e regulamentares, • pela atuação, independência e qualidade do trabalho das empresas de auditoria independente do conglomerado financeiro Itaú, • pela atuação, independência e qualidade do trabalho realizado pelos auditores internos do conglomerado financeiro Itaú, • pela qualidade e efetividade dos sistemas de controles internos e de administração de riscos do conglomerado financeiro Itaú, e • por recomendar ao conselho de administração a contratação e a substituição de auditores independentes. O nosso comitê de auditoria é composto pelas pessoas indicadas na tabela abaixo, todas independentes, de acordo com a Lei Sarbanes-Oxley e as regras da NYSE, têm mandato de um ano, conforme indicado na reunião do conselho de administração de 5 de maio de 2008. A Sra. Tereza Cristina Grossi Togni foi nomeada pelo conselho de administração como nossa especialista financeira, em conformidade com as exigências e responsabilidades estipuladas na Resolução nº 3.198 e na Lei Sarbanes-Oxley dos Estados Unidos. Consulte no “Item 6A. Conselheiros e diretores” as biografias dos membros do comitê de auditoria. Nome Carlos da Camara Pestana Alcides Lopes Tapias Gustavo Jorge Laboissiere Loyola Tereza Cristina Grossi Togni Cargo Data de nascimento Presidente Membro Membro Membro 27/07/1931 16/09/1942 19/12/1952 25/01/1949 Em 2008 os acionistas aprovaram, durante assembléia geral ordinária, a criação do Comitê de Gestão de Riscos de Capital. O comitê de gestão de riscos de capital é responsável por revisar e aprovar as políticas e metodologias e monitorar a gestão de riscos e da alocação de capital: (i) estabelecendo limites de exposição a riscos de crédito, mercado, operacional e de subscrição; (ii) estabelecendo limites de alocação de capital, considerando o retorno ajustado ao risco e garantido plena conformidade com as exigências regulatórias. Nosso Comitê de Gestão de Riscos e de Capital é composto pelos membros abaixo citados, cada qual pelo mandato de um ano, conforme indicado pela reunião do conselho de administração de 5 de maio de 2008: Nome Roberto Egydio Setubal Candido Botelho Bracher Henri Penchas Pérsio Arida Ricardo Villela Marino Rodolfo Henrique Fischer Sérgio Ribeiro da Costa Werlang Position Date of Birth Presidente Membro Membro Membro Membro Membro Membro 13/10/1954 05/12/1958 03/02/1946 01/03/1952 28/01/1974 26/12/1962 23/06/1959 Em 2008 os acionistas aprovaram, durante assembléia geral ordinária, a criação do Comitê de Políticas Contábeis. O comitê de políticas contábeis é responsável por examinar e aprovar as políticas e procedimentos contábeis: (i) garantindo conformidade total com as normas regulatórias e a adoção uniforme das mesmas no Conglomerado Itaú, com ênfase nos critérios de estimativas, avaliação e julgamento; (ii) monitorando a elaboração das Demonstrações Contábeis e do Relatório de Análise Gerencial da Operação, a cada trimestre, para fins de publicação e divulgação. Nosso Comitê de Políticas Contábeis é composto pelos membros abaixo citados, cada qual pelo mandato de um ano, conforme indicado pela reunião do conselho de administração de 5 de maio de 2008: 117 Nome Roberto Egydio Setubal Alfredo Egydio Arruda Villela Filho Alfredo Egydio Setubal Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Henri Penchas Sérgio Ribeiro da Costa Werlang Silvio Aparecido de Carvalho Tereza Cristina Grossi Togni Position Date of Birth Presidente Membro Membro Membro Membro Membro Membro Membro 13/10/1954 18/11/1969 01/09/1958 13/06/1951 03/02/1946 23/06/1959 09/05/1949 25/01/1949 O comitê de divulgação e negociação, entre outras atribuições, tem a responsabilidade de gerenciar as políticas corporativas referentes à divulgação de fatos relevantes e procedimentos de negociação com base em informações privilegiadas: (1) assegurar a transparência, a qualidade e a segurança das informações prestadas aos acionistas, investidores, imprensa, autoridades do governo e outras entidades do mercado de capitais; (2) observar e adotar os critérios estabelecidos pelas políticas, para manter os padrões éticos e jurídicos da administração, dos acionistas, dos acionistas controladores, dos funcionários e de terceiros na negociação de títulos representativos do capital social ou demais valores mobiliários tendo como parâmetros esses mesmos títulos representativos do capital social, entre outras responsabilidades. O escopo de atuação dos nossos comitês compreende uma gama de ações internas que objetivam o aprimoramento dos fluxos de informações e o emprego da conduta ética pelos administradores e colaboradores signatários. O Itaú foi a primeira empresa com registro em bolsa no Brasil a introduzir e manter esses comitês de governança. A Instrução No. 358 da CVM determinou que as empresas com registro em bolsa passassem a adotar uma política de divulgação e facilitou a adoção de uma política de negociação. Além da adoção de ambas as políticas, o Itaú Holding ampliou o escopo da Instrução no. 358 ao estabelecer comitês, uma vez que esses não estavam previstos explicitamente na legislação. Tínhamos dois comitês, o comitê de negociação e o de divulgação e, na assembléia geral dos acionistas realizada em 2005, ganharam status de órgãos societários. Finalmente, na assembléia geral dos acionistas realizada em 2006, ambos os comitês foram transformados em um só, o comitê de divulgação e negociação. O comitê de divulgação e negociação é composto pelas seguintes pessoas, cada qual com mandato de um ano, conforme indicado pela reunião do conselho de administração de 5 de maio de 2008: Nome Alfredo Egydio Setubal Alcides Lopes Tapias Alfredo Egydio Arruda Villela Filho Henri Penchas Roberto Teixeira da Costa Tereza Cristina Grossi Togni Antonio Jacinto Matias Silvio Aparecido de Carvalho Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Position Date of Birth Presidente e Diretor de Relações com Investidores Membro Membro Membro Membro Membro Membro Membro Membro 01/09/1958 16/09/1942 18/11/1969 03/02/1946 05/02/1934 25/01/1949 11/09/1946 09/05/1949 13/06/1951 O conselho consultivo internacional é uma entidade deliberativa, sem poderes decisórios, que se reúne anualmente para avaliar as perspectivas econômicas mundiais e a aplicação de códigos e normas internacionalmente aceitos, em particular os que se referem a política monetária e financeira, governança corporativa, mercados de capital, sistemas de pagamento e lavagem de dinheiro, como forma de contribuir para nossa crescente presença na comunidade financeira internacional. O nosso conselho consultivo internacional é composto por nosso presidente e diretor presidente, bem como por três a vinte outros membros versados em assuntos financeiros e econômicos internacionais. O conselho consultivo internacional é composto pelas seguintes pessoas, cada uma com mandato de um ano, conforme indicado pela reunião do conselho de administração de 5 de maio de 2008:: 118 Nome Roberto Egydio Setubal Artur Eduardo Brochado dos Santos Silva Carlos da Camara Pestana Fernão Carlos Botelho Bracher Henri Penchas José Carlos Moraes Abreu Maria de Lourdes Egydio Villela Roberto Teixeira da Costa Rubens Antonio Barbosa Sergio Silva de Freitas 6D. Cargo Data de nascimento Presidente Membro Membro Membro Membro Membro Membro Membro Membro Membro 13/10/1954 22/05/1941 27/07/1931 03/04/1935 03/02/1946 15/07/1922 08/09/1943 05/02/1934 13/06/1938 16/01/1943 Funcionários Aspectos gerais A tabela a seguir apresenta o número de nossos funcionários em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005: Funcionários (consolidado) No Brasil No exterior Banco Itaú Buen Ayre (Argentina) Banco Itaú Chile Banco Itaú Uruguay OCA Casa Financiera (Uruguai) Outros 31 de dezembro 2007 2006 2005 Número de funcionários 64.727 59.772 50.927 60.440 58.561 49.830 4.287 1.211 1.097 1.368 1.106 1.009 1.850 477 440 152 105 88 A tabela a seguir apresenta o número de funcionários por unidade operacional em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005: 31 de dezembro 2007 2006 2005 Número de funcionários Banco Itaú Holding e subsidiárias: Itaubanco Itaú BBA Itaucred Corporação (Controladora) Total 54.770 963 8.877 117 64.727 50.584 802 8.297 89 59.772 43.675 706 6.464 82 50.927 O número de funcionários aumentou 9% de 31 de dezembro de 2006 a 31 de dezembro de 2007, em virtude da criação do segmento Itaucred, voltado para crédito para pessoa física, e das aquisições das operações do BankBoston no Brasil e Orbitall. Com vistas a centralizar as operações de apoio, desde dezembro de 2004 procuramos racionalizar as operações dos bancos adquiridos mediante o fechamento e a incorporação de agências em áreas onde já tínhamos presença e a introdução de nossa tecnologia e processos automatizados nas agências do BEG, Banestado, Banerj, Bemge e Banco del Buen Ayre. Cada funcionário está vinculado a um dos 209 sindicatos no Brasil. O setor bancário no Brasil tem sido alvo de greves organizadas por sindicatos trabalhistas. Durante uma greve, parte das atividades normais das agências é prejudicada pelos tumultos causados por sindicatos. Entretanto, embora possamos enfrentar tumultos em nossas operações bancárias de varejo e, em menor proporção, em nossas operações bancárias corporativas, não tivemos perdas significativas nesses setores durante uma greve. 119 A entidade patronal que representa as instituições bancárias é a FENABAN, a qual negocia com duas confederações, a CONTRAF e a CONTEC, que representam os funcionários. Elas realizam negociações salariais anuais para estabelecer os ajustes salariais, os níveis de pagamento de horas extras dos bancos e outros benefícios. A negociação ocorre em setembro de cada ano. Tradicionalmente, determinamos a estrutura salarial de nossos funcionários acima desses níveis. Procuramos manter bons relacionamentos com nossos funcionários e com os sindicatos que os representam, entretanto, somos réus em aproximadamente 300 processos judiciais, nos quais os sindicatos questionam vários assuntos, tais como os planos econômicos, a integração do bônus semestral no salário base e o respeito à legislação. Patrocinamos 13 planos de pensão para nossos funcionários, os quais complementam o que eles recebem do sistema de seguridade social brasileiro. Cinco desses planos são administrados pela Fundação Itaubanco, uma organização estabelecida para este fim, sob a supervisão de um conselho administrativo composto por representantes de nossa organização e representantes dos funcionários. Os demais planos são os Planos Funbep I e II, administrados pelo Funbep - Fundo de Pensão Multipatrocinado, Plano Prebeg, administrado pela Prebeg - Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco BEG; Plano ACVM, administrado pela Fundação Bemgeprev, Planos Credicard I e II, administrados pelo Citiprevi; Plano Itaubank, administrado pela Itaubank Sociedade de Previdência Privada e o Plano PGBL (plano de contribuição definida) destinado a novos funcionários a partir de 01 de agosto de 2002. O Funbep, Prebeg, Fundação Bemgeprev, Citiprevi e Itaubank são organizações criadas para administrar planos de aposentadoria. Conforme exigido pelos órgãos reguladores do Brasil, um atuário independente determina a posição atuarial de cada plano anualmente, de acordo com os métodos atuariais geralmente aceitos no Brasil e os auditores independentes examinam as demonstrações contábeis das organizações que administram os planos. Em 2007 e 2006, nossas contribuições para os planos de aposentadoria corresponderam aos níveis exigidos pelas normas atuariais. Gestão Integrada de Performance e Potencial Para aprimorar continuamente o foco e unificar os resultados do processo de avaliação e a gestão de pessoas, um novo modelo de avaliação foi estabelecido em 2007 para nos níveis de supervisão e gerência. Ele foi denominado modelo de Gestão de Potencial e Desenvolvimento Integrado. Treinamento e desenvolvimento O desenvolvimento de pessoal é um dos principais valores do Itaú Holding, que se esforça para treinar as equipes com alto desempenho, comprometidas e motivadas pelo desenvolvimento sustentável. O Itaú Holding dá suporte à diversidade, vendo-a como um dos caminhos para promover soluções criativas e a um ambiente de trabalho aberto. O Itaú Holding constituiu um comitê de mulheres, que discute o papel da mulher na empresa e um comitê representante das pessoas com necessidades especiais, para auxilia na inclusão delas no ambiente de trabalho. O Itaú Holding implementou ações sociais e econômicas para minorias, como o Programa de Desenvolvimento de Aprendizes e o Programa de Estágio e Desenvolvimento de Afrodescendentes, que provêm aconselhamento e suporte para os membros do programa no desenvolvimento de suas carreiras e na compreensão do ambiente profissional. A educação contínua das equipes e líderes promove discussão de alto nível sobre temas como ética, sustentabilidade, responsabilidade social e ambiental, entre outros temas que se relacionam com os objetivos corporativos da organização. O desenvolvimento dos funcionários e sua adesão aos princípios do “Modo Itaú de Fazer” são monitorados, garantindo sua compreensão e a conformidade com os princípios. Eles promovem o desenvolvimento e o crescimento profissional pela disseminação de novos conhecimentos, habilidades e atitudes que destinados a melhorar os desempenhos técnico e gerencial. O comprometimento do Itaú com o desenvolvimento dos seus funcionários é ilustrado pela Certificação ISO 9001, atribuída ao Itaú em 2006 devido ao seu Sistema de Educação Corporativa, que certifica a importância que a empresa atribui ao treinamento dos seus profissionais. 120 6E. Propriedade de ações Os membros do nosso conselho de administração e da nossa diretoria executiva, individualmente ou em grupo, possuem participação de menos de 1,0% das ações ordinárias e de menos de 2% de nossas ações preferenciais. Para mais informações, consulte o “Item 7A. Principais acionistas”. Plano de opção de compra de ações Somos uma das poucas empresas brasileiras a remunerar os executivos com planos de opção de compra de ações desde 1995. Conseqüentemente, parte da remuneração variável da nossa gerência é feita na forma de opção de compra de ações, gerando comprometimento com o nosso desempenho. Nosso plano de opção de compra de ações, ou o Plano, foi oficializado e encontra-se disponível no nosso website de relações com investidores desde 2002. O Plano tem por objetivo reter os serviços de nossos diretores e obter funcionários altamente capacitados. Cada opção dá a seu detentor o direito a uma ação preferencial. Quando as opções são exercidas, emitimos novas ações ou transferimos ações em tesouraria para o detentor da opção. O Plano é administrado pelo comitê de nomeação e remuneração, composto de seis a oito membros eleitos anualmente pelo conselho de administração, e presidido por um dos membros do conselho de administração. O comitê de nomeação e remuneração faz concessões periódicas e determina os termos das opções e os diretores que serão incluídos no Plano. Em alguns casos, são concedidas opções também a diretores de nossas subsidiárias e funcionários altamente qualificados; as opções também podem ser usadas para atrair profissionais altamente capacitados. Nosso conselho de administração pode modificar as decisões do comitê de nomeação e remuneração na primeira reunião depois da data em que as opções foram concedidas. Se não for este o caso, as opções concedidas pelo comitê podem se julgadas para terem as confirmações. O comitê de nomeação e remuneração somente pode conceder opções se os lucros forem suficientes para permitir a distribuição do dividendo obrigatório de acordo com a legislação societária brasileira. A quantidade de opções concedidas em qualquer ano dado não pode ultrapassar 0,5% do total de nossas ações no fim do exercício em questão. Se, em um determinado exercício, a quantidade de opções de compra de ações concedidas naquele exercício for inferior ao limite máximo de 0,5% da quantidade total de ações, a diferença pode ser acrescentada às opções concedidas em qualquer um dos sete exercícios seguintes. As opções têm um prazo de exercício de cinco a dez anos a partir da data de sua emissão; no entanto, somente podem ser exercidas após um período de aquisição de direitos estipulado pelo comitê de nomeação e remuneração ou fora de determinados períodos de suspensão. O período de aquisição de direitos pode variar, a critério do comitê de nomeação e remuneração, de um a cinco anos a partir da data de emissão das opções. Os períodos de suspensão são aqueles em que a CVM proíbe aos conselheiros de negociar ações da sociedade à qual são filiados e nos quais, portanto, não há possibilidade de exercício de opções. O preço de exercício da opção é determinado pelo Comitê de Nomeação e Remuneração à época da concessão e deve ser corrigido até o mês anterior ao exercício da opção. Quando da determinação do preço de exercício, o Comitê de Nomeação e Remuneração deve considerar os preços médios de nossas ações preferenciais nos dias em que a BOVESPA estiver aberta para negócios, durante no mínimo um e no máximo três meses antes da emissão da opção sobre ações, a critério do comitê. Um ajuste de até 20% acima ou abaixo do preço médio é permitido. O Plano também estipula que, após o exercício da opção, o acionista pode alienar a metade de suas ações imediatamente, mas somente poderá alienar a outra metade após um prazo de dois anos a contar a data do exercício de sua opção. Para mais informações sobre a emissão de nossas opções de compra de ações, consulte o “Item 6B. Remuneração”. Para mais informações sobre nossos planos de opção de compra de ações, consulte a Nota 26 às demonstrações contábeis consolidadas. ITEM 7 PRINCIPAIS ACIONISTAS E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS 7A. Principais acionistas De acordo com nossos estatutos, são duas as classes de ações autorizadas e em circulação: ações ordinárias e ações preferenciais. Cada ação ordinária dá a seu detentor o direito a um voto nas assembléias gerais, não existindo diferenças nos direitos de voto conferidos por nossas ações ordinárias. Consulte no “Item 10B. Estatuto Social – Direitos de voto” outras informações relativas ao nosso capital social e às duas classes de ações. 121 A tabela a seguir apresenta algumas informações, em 31 de março de 2008, relativas a: • qualquer pessoa que saibamos deter o usufruto de mais de 5% de nossas ações ordinárias em circulação, • qualquer pessoa que saibamos deter o usufruto de mais de 5% de nossas ações preferenciais em circulação, e • outros detentores significativos de nossas ações ordinárias e preferenciais. Ações Ordinárias Quantidade total % de de ações Itaúsa–Investimentos Itaú S.A. Bank of America Corporation (*) PREVI - Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil Ações em tesouraria Outros Total (*) Ações Preferenciais Total Quantidade Quantidade total % de total de ações de ações (por ação, exceto porcentagens) % de 1.073.180.930 41.073.672 85,6 3,3 56.060 137.036.188 0,0 11,5 1.073.236.990 178.109.860 43,9 7,3 7.501.700 10.265.646 120.978.564 1.253.000.512 0,6 0,8 9,7 100,0 80.434.200 57.206.320 916.259.160 1.190.991.928 6,8 4,8 76,9 100,0 87.935.900 67.471.966 1.037.237.724 2.443.992.440 3,6 2,8 42,4 100,0 (*) Inclui 41.073.672 ações ordinárias (ajustadas de acordo com o desdobramento de ações efetuado em 1º de Outubro de 2007), emitidas como forma de pagamento pela aquisição das operações do BankBoston no Chile e Uruguai ao Bank of America, ou BAC, aprovadas na Assembléia Geral Extraordinária de 26 de dezembro de 2006. Em 26 de fevereiro de 2007 e em 23 de março de 2007, com a concretização das aquisições do Chile e do Uruguai, respectivamente, estas ações foram entregues ao BAC. Até 24 de março de 2003, a Itaúsa era a acionista controladora direta do Banco Itaú por meio da propriedade direta de 85,6% das suas ações ordinárias. A Itaúsa é a sociedade holding controlada pelos membros da família Egydio de Souza Aranha, que inclui Alfredo Egydio Arruda Villela Filho, um dos nossos vice-presidentes do conselho, Alfredo Egydio Setubal, vice-presidente executivo, Ricardo Villela Marino, um de nossos conselheiros, Olavo Egydio Setubal, nosso presidente do conselho e Roberto Egydio Setubal, nosso presidente e diretor-presidente. A Itaúsa tem participação acionária em várias empresas atuantes nos setores financeiro e imobiliário, bem como nos setores de madeira, cerâmica, química e eletrônica. A partir de 24 de março de 2003, como resultado de uma reorganização societária, o Itaú Holding tornou-se o acionista controlador direto com 100% das ações do Banco Itaú. O Itaú Holding é por sua vez controlado pela Itaúsa, que detém 85,6% de suas ações ordinárias. O pagamento pela aquisição das operações do BankBoston no Brasil foi feita mediante a emissão de 68.518 mil ações preferenciais do Itaú Holding e para a aquisição das operações do BankBoston no Chile e Uruguai foram emitidas de 20.537 mil ações ordinárias do Itaú Holding, correspondendo a 7,3% do total de seu capital acionário. O BAC, o segundo maior banco do mundo em valor de mercado, tornou-se um acionista importante do Itaú Holding. A tabela abaixo contém informações referentes à propriedade de nossas ações e ADSs, conforme registrado pelos detentores de tais ações e ADSs nos Estados Unidos, de acordo com o nosso registro interno de ações em 31 de março de 2008: Ações ordinárias Ações preferenciais Ações preferenciais representadas por ADSs Total (*) Bank of New York Quantidade de ações 41.095.078 290.941.383 214.850.031 546.886.492 Número de acionistas 9 221 1 (*) 231 122 7B. Transações com partes relacionadas Estamos envolvidos em várias transações com partes relacionadas. A concessão de crédito aos nossos conselheiros, diretores executivos ou afiliados está sujeita a restrições de acordo com a lei brasileira. Segundo a lei brasileira, as instituições financeiras não podem conceder empréstimos ou adiantamentos a: • quaisquer pessoas físicas ou jurídicas que controlem a instituição ou qualquer entidade sob controle comum com a instituição, ou qualquer diretor, conselheiro, membro do conselho fiscal ou qualquer de tais entidades ou os membros da família imediata de tais pessoas físicas, • qualquer entidade controlada pela instituição, ou • qualquer entidade da qual a instituição detenha, direta ou indiretamente, 10% ou mais do capital social ou que detenha, direta ou indiretamente, mais de 10% do capital social da instituição. Dessa forma, não fizemos nenhum empréstimo ou adiantamento a qualquer de nossas subsidiárias e afiliadas domésticas, diretores executivos, membros do conselho de administração ou seus familiares. Além disso, nós, a Itaúsa e nossas subsidiárias não possuímos em aberto quaisquer empréstimos ou garantias com quaisquer afiliadas que sejam instituições financeiras. A proibição não limita a nossa capacidade de celebrar transações no mercado interfinanceiro com nossas afiliadas que sejam instituições financeiras. Consulte o “Item 4B. Visão Geral do Negócio – Regulamentação e Supervisão”. As transações com empresas que fazem parte de nosso grupo consolidado são sempre conduzidas aos mesmos preços, prazos e taxas de mercado e são totalmente eliminadas em nossa posição consolidada e resultado das operações. Essas operações são geralmente transações bancárias e interbancárias, as quais são detalhadas a seguir: (em milhões de R$) Saldos Depósitos remunerados e depósitos não remunerados de entidades consolidadas em outras entidades consolidadas Títulos e valores mobiliários emitidos por entidades consolidadas e adquiridos por outras entidades consolidadas Operações compromissadas entre entidades consolidadas Rendas de Aplicações Instrumentos Financeiros Derivativos - Passivo Resultado com Debêntures Operações de Crédito com entidades consolidadas Dividendos a pagar Compras e vendas de moedas estrangeiras a serem liquidadas entre entidades consolidadas Obrigações por Empréstimos e Repasses entre entidades consolidadas Comissões a Pagar/Receber entre entidades consolidadas Imposto de Renda e Contribuição Social Resultado de Exercícios Futuros Relações Interbancárias de Controladas Negociação e Intermediação de Valores Outros saldos entre entidades consolidadas 2007 2006 2005 172.066 101.653 70.855 57.293 19.208 16.012 4.818 11.540 2.918 2.157 44.172 14.825 11.436 3.644 3.443 1.277 1.089 23.384 5.886 11.533 2.129 3.074 2.272 982 8.628 4.375 331 248 60 32 5 4.794 889 429 319 260 29 25 3.969 493 1.501 504 182 28 64 3 2.779 123 Apresentamos abaixo as operações entre o Itaú Holding e suas subsidiárias consolidadas com as entidades contabilizadas seguindo o método da equivalência patrimonial. As transações entre o Itaú Holding e suas subsidiárias consolidadas e as empresas investidas contabilizadas segundo a equivalência patrimonial são principalmente transações bancárias executadas nos termos resumidos abaixo. (em milhões de R$) 2007 ATIVO Aplicações em depósitos interfinanceiros Credicard Banco S.A. Juros anuais (%) Banco Itaú Europa S.A. Juros anuais (%) BIE - Bank & Trust Ltd. Juros anuais (%) Operações Compromissadas (1) Banco Itaú Europa S.A. Juros anuais (%) Títulos e Valores Mobiliários Banco Itaú Europa S.A. Juros anuais (%) Banco Itaú Europa Luxemburgo S.A. Juros anuais (%) Operações de crédito e arrendamento mercantil Banco Itaú Europa S.A. Juros anuais (%) BIE - Bank & Trust Ltd. Juros anuais (%) Dividendos a receber Serasa S.A. Redecard S.A. PASSIVO Depósitos não remunerados Credicard Banco S.A. Redecard S.A. Obrigações por empréstimos de curto prazo BBI Miami Juros anuais (%) Debêntures Tulipa Administração e Participações Ltda. Juros anuais (%) Outros passivos Credicard Banco S.A. TRANSAÇÕES (Exceto Receitas e Despesas Financeiras reconhecidas nas transações financeiras acima) Receitas de serviços Credicard Banco S.A. 2006 2005 158 4,74 - 515 4,44 22 1,00 297 18,44 948 4,27 - - 176 3,30 181 2,01 - 66 5,73 - 70 4,96 386 4,26 365 0,08 54 5,52 - - - 17 37 15 - - 192 8 - 19 7,74 - - - - 473 18,05 - - 3 - - 99 (1) Nota subordinada de taxa flutuante, adquirida em novembro de 2000, com vencimento em 28 de novembro de 2008. 124 A tabela abaixo apresenta saldos e transações entre o Itaú Holding e outras entidades do grupo Itaúsa. (em milhões de R$) 2007 PASSIVOS Depósitos remunerados Duratex S.A. Juros anuais (%) Elekeiroz S.A. Juros anuais (%) Duplicatas a Pagar Itautec S.A. TRANSAÇÕES (Exceto Receitas e Despesas Financeiras reconhecidas nas transações financeiras acima) Despesas com Serviços Itautec S.A. (1) Equipamentos e software comprados Itautec S.A. 2006 2005 10 104,45 of CDI 22 101,50 of CDI - 192 18,20 - 8 16 11 181 154 134 125 112 90 (1) Manutenção e serviços relacionados a equipamentos eletrônicos e software. O Itaú Holding faz doações regulares à Fundação Itaú Social, uma fundação beneficente cujos objetivos são: • criar o “Programa Itaú Social”, direcionado à coordenação de atividades de interesse para a comunidade, apoiando e desenvolvendo projetos sociais, científicos e culturais, principalmente nas áreas de ensino e saúde; • apoiar projetos ou iniciativas em andamento, sustentados ou patrocinados por entidades qualificadas segundo o “Programa Itaú Social”; e • agir como fornecedor de serviços auxiliares para empresas do grupo. O Itaú Holding é o sócio fundador e patrocinador do Instituto Itaú Cultural – IIC, uma entidade cujo propósito é a promoção e preservação da herança cultural brasileira. As doações para ambas as entidades e serviços prestados pela Fundação Itaú Social para o Itaú Holding estão apresentados abaixo: (em milhões de R$) 2007 Doações feitas pelo Itaú Fundação Itaú Social Instituto Itaú Cultural Serviços prestados para o Itaú Fundação Itaú Social 7C. Participação de peritos e advogados Não se aplica. 2006 2005 2 4 2 27 2 25 20 25 23 125 ITEM 8 INFORMAÇÕES FINANCEIRAS 8A. Demonstrações contábeis consolidadas e outras informações financeiras As informações incluídas no Item 18 deste relatório anual são citadas e incorporadas por referência a este Item 8A. Litígios Estamos rotineiramente envolvidos em processos judiciais como parte do curso normal dos negócios, principalmente como autores, procurando recuperar créditos vencidos e não pagos. Além disso, somos réus em vários processos movidos por clientes, demandando indenização por danos, bem como por clientes correntistas questionando reajustes a depósitos exigidos pelo governo no âmbito de planos anteriores de estabilização econômica, além de diversos processos movidos por funcionários com relação a reajustes salariais, a maioria relativos aos já mencionados planos. Também somos réus em várias ações movidas por sindicatos trabalhistas. Não somos réus em qualquer processo administrativo significativo na CVM, na SUSEP, no Banco Central ou outros órgãos municipais. Estamos rotineiramente envolvidos em queixas de consumidores registradas na SUSEP e no Banco Central que não constituem processos administrativos. A administração acredita que as provisões registradas, incluindo juros, para processos judiciais em que somos réus são suficientes para cobrir perdas prováveis e razoáveis no caso de uma decisão judicial desfavorável. No momento, não é possível calcular o valor de todos os custos potenciais que podemos incorrer ou penalidades que nos possam ser impostas, além dos valores para os quais já constituímos reservas. Em 31 de dezembro de 2007, constituímos reservas no montante de R$ 1.280 milhões para ações cíveis, R$ 1.754 milhões para ações trabalhistas e R$ 512 milhões para impostos e contribuições representados por ações e processos administrativos envolvendo impostos municipais e federais. Também provisionamos R$ 5.347 milhões para ações fiscais, para as quais estamos contestando a posição do governo federal, estadual ou municipal, conforme o caso, com base em fundamentos de ilegalidade ou inconstitucionalidade. Embora não se possa assegurar que teremos ganho de causa em todos os processos, a administração não acredita que o resultado final dessas matérias, individualmente ou em conjunto, terá um efeito negativo relevante sobre nossa situação financeira ou no resultado de nossas operações. Não existe nenhum processo relevante em que um de nossos conselheiros, diretores ou afiliadas sejam a parte contrária a nossa organização ou nossas subsidiárias ou representem um interesse relevante adverso à nossa organização ou a nossas subsidiárias. Dividendos e política de dividendos Aspectos gerais A legislação brasileira permite que os dividendos sejam pagos na forma de dividendos normais ou de juros sobre o capital próprio. A principal diferença entre dividendos e juros sobre o capital próprio é o tratamento tributário, como discutido a seguir. A legislação societária brasileira exige, em geral, que os estatutos de uma sociedade brasileira especifiquem um percentual mínimo dos lucros a distribuir da sociedade, abrangendo dividendos normais e/ou juros sobre o capital próprio, a ser obrigatoriamente distribuído aos acionistas como exposto a seguir. Consulte o “Item 10B. Estatuto social – Ações ordinárias e ações preferenciais - Cálculo do valor a distribuir”. A legislação determina ainda aos acionistas preferencialistas, sem direito a dividendos fixos ou mínimos, o direito legal de receber dividendos em um valor por ação no mínimo 10% superior ao valor por ação pago aos acionistas ordinaristas. Pelos nossos estatutos, somos obrigados a distribuir aos acionistas, como dividendos referentes a cada exercício findo em 31 de dezembro, um montante equivalente a no mínimo 25% do valor a distribuir, ou dividendo obrigatório, em qualquer ano dado. Além do dividendo obrigatório, o conselho de administração pode recomendar aos acionistas o pagamento de dividendos com os lucros acumulados, reservas de lucros e, em alguns casos, reservas de capital. Todo pagamento de dividendos antecipados ou de juros sobre o capital próprio é deduzido do montante do dividendo obrigatório referente àquele exercício. Cada ação preferencial dá direito a um dividendo anual mínimo prioritário de R$ 0,022. 126 A legislação societária brasileira faculta à sociedade reter o pagamento do dividendo obrigatório referente a ações ordinárias e ações preferenciais se a sua administração e o conselho fiscal informarem aos seus acionistas, na assembléia geral, que a distribuição seria incompatível com a situação financeira da empresa e os acionistas ratificarem essa decisão na assembléia geral. Nessa eventualidade, a administração deve enviar uma explicação à CVM, até cinco dias após a assembléia geral, justificando a decisão tomada na assembléia, e os lucros não distribuídos devem ser registrados como reserva especial e, se não absorvidos por prejuízos nos exercícios seguintes, pagos a título de dividendos assim que a situação financeira da empresa o permitir. Pagamento de dividendos Nossa organização deve realizar uma assembléia geral de acionistas no máximo até 30 de abril de cada ano, na qual podem ser declarados dividendos anuais. Além disso, o conselho de administração pode declarar dividendos antecipados. Os dividendos devem ser pagos ao detentor registrado na data da declaração dos dividendos, o que deve ocorrer antes do fim do exercício em que o dividendo foi declarado, de acordo com a legislação societária brasileira. O acionista tem prazo de três anos, a partir da data do pagamento dos dividendos, para reclamar os dividendos referentes a suas ações, após o que não teremos nenhuma responsabilidade por tal pagamento. Os acionistas que não residem no Brasil devem, em geral, registrar-se no Banco Central para que os dividendos e/ou juros sobre o capital próprio, a receita de vendas ou outros montantes relativos a suas ações possam ser remetidos em moeda estrangeira para fora do Brasil. Consulte o “Item 10E. Tributação – Considerações sobre impostos brasileiros – Capital registrado.” As ações preferenciais correspondentes às ADSs serão detidas no Brasil pelo custodiante, como agente do depositário, que será o proprietário registrado das ações preferenciais em nosso livro de registro de acionistas. O agente de registro será o Bank of New York Mellon. O pagamento de dividendos e as distribuições em dinheiro, se houver, referentes a ações preferenciais representadas por ADSs serão efetuados em moeda brasileira ao custodiante em nome do depositário, que por sua vez converterá esses valores em dólares dos EUA e providenciará sua entrega ao depositário para distribuição aos detentores de nossas ADSs. Consulte o “Item 12D. Ações Depositárias Americanas.” Na hipótese de o custodiante não conseguir converter imediatamente a moeda brasileira recebida a título de dividendos e/ou juros sobre o capital próprio em dólares dos EUA, o montante de dólares dos EUA a pagar aos detentores de ADSs pode ser negativamente afetado por desvalorizações da moeda brasileira que venham a ocorrer antes da conversão e remessa dessas distribuições. Consulte o “Item 3A. Dados financeiros selecionados – Taxas de câmbio.” As sociedades brasileiras, respeitadas certas limitações, podem efetuar pagamentos aos acionistas na forma de juros sobre o capital próprio como forma alternativa de distribuir dividendos. A principal diferença entre dividendos e juros sobre o capital próprio é o tratamento fiscal. Os dividendos a acionistas não residentes no Brasil, incluindo detentores de ADSs, são isentos do imposto retido na fonte. No entanto, o imposto de renda retido na fonte incide sobre os juros sobre o capital próprio. Consulte o “Item 10E. Tributação – Considerações sobre impostos brasileiros”. Política de dividendos e histórico de pagamento de dividendos Temos a intenção de pagar dividendos e/ou juros sobre o capital próprio equivalente ao dividendo obrigatório, o que depende de uma eventual decisão de nosso conselho de administração no sentido de que tal distribuição seria desaconselhada em vista de nossa situação financeira, e desde que o conselho de administração decida pagar somente o dividendo preferencial mínimo não cumulativo com referência às ações preferenciais. A tabela abaixo apresenta os dividendos e juros sobre o capital próprio pagos aos nossos acionistas ordinaristas e preferencialistas a partir de 2005 em dólares dos EUA convertidos de reais à taxa de câmbio comercial na data do pagamento. 127 Ano 2005 Dividendos e Juros sobre o capital próprio R$ por ação Equivalente em US$ (ordinária e por ação preferencial) na data do pagamento (1) 0,8243 0,3522 2006 0,9734 0,4553 2007 1,1796 0,6660 (1) (1) Devido ao agrupamento de ações realizado em 2005 e ao desdobramento em 2007, os montantes de juros sobre o capital próprio pagos em 2006 e 2005 são apresentados ajustados ao agrupamento de ações aprovado em 22 de agosto de 2005 e ao desdobramento aprovado em 27 de agosto de 2007. Mês (data do pagamento) Juros sobre o capital próprio R$ por ação Equivalente em US$ (ordinária e por ação preferencial) na data do pagamento 2 de janeiro de 2008 1 de fevereiro de 2008 3 de março de 2008 1 de abril de 2008 2 de maio de 2008 2 de junho de 2008 8B. 0,0120 0,0120 0,8820 0,0120 0,0120 0,0120 0,0068 0,0069 0,5245 0,0068 0,0073 0,0074 Mudanças relevantes Não temos conhecimento de mudanças relevantes que possam influir em nossa situação financeira desde a data das demonstrações contábeis consolidadas neste relatório anual. ITEM 9 OFERTA E REGISTRO 9A. Detalhes da oferta e do registro Nossas ações preferenciais são negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (“NYSE”) com o símbolo “ITU” na forma de American Depositary Shares (ADSs). Registramos as ADSs na NYSE e nos tornamos uma companhia registrada nos EUA em 21 de fevereiro de 2002, e portanto, observamos os critérios da bolsa e da SEC, que incluem a divulgação das demonstrações financeiras no formato U.S. GAAP e o atendimento às exigências da legislação dos EUA, inclusive a Lei Sarbanes-Oxley. Naquela ocasião, cada ADS representava 500 ações preferenciais. Em 20 de outubro de 2004, efetuamos um grupamento de ações mediante o qual cada 2 (duas) ADSs representam 1 (uma) ação preferencial. Em outubro de 2005, um desdobramento de ações foi realizado no Brasil, resultando em um índice de ADS por ação preferencial igual a 1:1. A última modificação ocorreu em outubro de 2007, quando efetuamos um desdobramento de ações, no qual uma nova ADR foi distribuída para cada ADR existente na NYSE. As ADSs são comprovadas por American Depositary Receipts (ou ADRs), emitidos por The Bank of New York Mellon, na qualidade de depositário, mediante um contrato de depósito datado de 31 de maio de 2001, alterado e reformulado em 20 de fevereiro de 2002, entre nós, o depositário e os detentores e usufrutuários de ADRs. Somos uma empresa de capital aberto com ações negociadas no mercado desde a nossa fundação, em 1945, data do nosso registro na BOVESPA, que é o principal mercado de negociação para nossas ações preferenciais e ordinárias. Nossas ações são negociadas na BOVESPA sob o símbolo “ITAU4” para as ações preferenciais e “ITAU3” para as ações ordinárias sem valor nominal. Em 31 de dezembro de 2007, havia: • um total de 1.190.991.928 ações preferenciais emitidas, incluindo 36.675.620 ações em tesouraria, e 1.253.000.512 ações ordinárias emitidas, incluindo 10.265.646 ações em tesouraria. • 41.631.563 ações ordinárias e 648.579.563 ações preferenciais detidas por investidores estrangeiros (que seja do nosso conhecimento, com base nos endereços por eles indicados e lançados em nossos registros das ações sob nossa custódia e também inclui a participação detida pelo BAC), representando respectivamente 3,3% e 54,5% do total em circulação de cada classe. 128 Registramos uma classe de ADSs segundo a declaração de registro no Formulário F-6 de acordo com a Lei dos Valores Mobiliários. Em resultado do desdobramento de ações realizado em 3 de outubro de 2005, uma ADS representa uma ação preferencial sem valor nominal. Em 31 de dezembro de 2007, havia aproximadamente 220.1 milhões de ADSs em circulação, representando aproximadamente 18,5% das ações preferenciais. Todas as ADSs foram registradas em nome de The Depository Trust Company e The Bank of New York Mellon. Em 31 de dezembro de 2007, havia 6 detentores de ADRs registrados. Nossas ações preferenciais também são negociadas na forma de Certificados de Depósitos Argentinos, ou CEDEARs, na Bolsa de Comércio de Buenos Aires, ou BCBA. Atualmente, um CEDEAR representa uma ação preferencial sem valor nominal. Em 31 de dezembro de 2007, havia cerca de 3.743.200 CEDEARs em circulação. A tabela a seguir apresenta, para os períodos indicados, a cotação máxima e mínima informada para venda de nossas ações preferenciais na BOVESPA, em reais e dólares dos EUA à taxa comercial de venda de dólares dos EUA no último dia de cada período. Consulte o “Item 3A. Dados Financeiros Selecionados – Taxas de câmbio”, para informações relativas às taxas de câmbio vigentes nos períodos indicados abaixo. Todas as informações referentes a períodos anteriores a junho de 2008, quando ocorreu a bonificação em ações de 25%, são aqui apresentadas após dar efeito retroativo a tal desdobramento. Período R$ por ação preferencial Máx. Mín. US$ por ação preferencial Máx. Mín. 2003 2004 2005 2006 2007 11,64 16,40 23,96 31,00 41,20 5,90 8,92 15,02 20,41 27,00 4,03 6,06 10,99 14,80 23,34 1,63 2,85 5,65 8,93 12,62 2006 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre 4º trimestre 29,20 30,56 27,20 31,00 22,04 20,41 22,93 25,80 13,78 14,80 12,68 14,50 9,43 8,93 10,44 11,91 2007 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre 4º trimestre 32,00 36,00 37,84 41,20 27,00 28,04 28,48 32,82 15,26 18,52 20,45 23,34 12,62 13,69 13,48 17,74 2008 1º trimestre 36,78 28,46 21,68 16,14 23,34 20,75 21,68 21,25 22,85 25,38 19,59 16,15 16,14 17,64 18,39 21,76 Foram os seguintes os preços da ação nos últimos seis meses: Dezembro 2007 Janeiro 2008 Fevereiro 2008 Março 2008 Abril 2008 Maio 2008 Fonte: Economática 41,20 36,78 36,24 35,48 38,56 41,90 35,44 29,30 28,46 30,80 31,64 36,44 129 A próxima tabela apresenta, para os períodos indicados, a cotação máxima e mínima de venda em dólares dos EUA das ADSs no mercado de balcão e na NYSE. US$ por ADS Máximo Mínimo Período 2003 2004 2005 2006 2007 4,00 6,07 11,07 14,58 23,50 1,64 2,83 5,64 8,87 12,62 2006 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre 4º trimestre 13,80 14,52 12,72 14,58 9,79 8,87 10,38 11,88 2007 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre 4º trimestre 15,28 18,64 20,47 23,50 12,62 13,72 13,38 17,87 2008 1º trimestre 21,80 16,02 Foram os seguintes os preços da ação nos últimos seis meses: Dezembro 2007 Janeiro 2008 Fevereiro 2008 Março 2008 Abril 2008 Maio 2008 23,50 20,87 21,80 21,25 23,16 25,88 19,50 16,07 16,02 17,60 18,48 21,78 Fonte: Economática 9B. Plano de distribuição Não aplicável. 9C. Mercados Negociação nas bolsas de valores brasileiras Em 2000, a BOVESPA foi reorganizada por meio da assinatura de memorandos de entendimento pelas bolsas de valores brasileiras. Segundo os memorandos, todos os títulos são agora negociados somente na BOVESPA, com a exceção dos títulos da dívida pública negociados eletronicamente e leilões de privatização que são negociados na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. O principal mercado de negociação de nossas ações preferenciais e ordinárias é a BOVESPA. A liquidação das operações é feita três dias úteis após a data da negociação. A entrega e o pagamento das ações são efetuados nas dependências de câmaras de compensação próprias de cada bolsa, que mantêm contas para as corretoras associadas. Normalmente, exige-se que o vendedor entregue as ações à câmara de compensação no segundo dia útil após a data da negociação. A câmara de compensação da BOVESPA é a CBLC, subsidiária integral daquela bolsa. A BOVESPA é o maior centro de negociação de ações da América Latina, concentrando aproximadamente 70% do volume de operações realizadas na região. 130 Em toda a sua história, a BOVESPA passou por mudanças para simplificar sua estrutura. A mais recente ocorreu em 28 de agosto de 2007, através de um processo de reestruturação societária que resultou na constituição da BOVESPA Holding, a qual possui, como subsidiárias integrais, a BOVESPA (BVSP), responsável pelas operações na bolsa e nos mercados de balcão organizados, e a CBLC, que serviços de liquidação, compensação e de depósitos. Essa reestruturação societária consolidou o processo de desmutualização, fazendo com que as negociações e os outros serviços prestados pela bolsa de valores sejam desvinculados da propriedade das ações. No antigo modelo operacional da BOVESPA, somente as corretoras que eram membros da bolsa de valores tinham permissão para operar. A Bovespa possui dois “open outcry” trading sessions por dia em Sistema de Negociação Eletrônica, com leilão de pré-abertura das 9h45 minutos às 10h00, para registro de pedidos para cálculo do preço teórico de abertura; Sessão Contínua de Negociação das 10h00 às 17h00, para todos os valores mobiliários negociados em todos os mercados; call de fechamento das 16h55 minutos às 17h00, para todos os valores mobiliários negociados no mercado à vista, abrangendo a carteira do Índice Bovespa e série de opções com maior liquidez. Após a sessão de negociação do mercado, a pré-abertura das 17h30 minutos às 17h45 minutos, período para cancelamento de ofertas de compra e venda registradas na sessão de negociação; sessão de negociação das 17h45 minutos às 19h00. Para melhor controlar a volatilidade, a BOVESPA adotou um sistema de “circuit breaker” segundo o qual as sessões de negociação podem ser suspensas por um período de 30 minutos ou uma hora, sempre que os índices da BOVESPA ficarem abaixo dos limites de 10% ou 15%, respectivamente, com relação ao índice registrado na sessão de negociação anterior. A BOVESPA é significativamente menos líquida do que a NYSE ou do que as outras principais bolsas de valores do mundo. Em 31 de dezembro de 2007, a capitalização total de mercado das 404 empresas registradas na BOVESPA era equivalente a cerca de R$ 2.478 bilhões, sendo que as 10 maiores empresas registradas naquela bolsa representavam aproximadamente 51% da capitalização de mercado de todas as empresas registradas. Por comparação, em 31 de dezembro de 2007, a capitalização total de mercado das 2.296 empresas registradas na NYSE era de aproximadamente US$ 27,1 trilhões e as 10 maiores empresas registradas na NYSE representavam aproximadamente 34% da capitalização total de mercado de todas as empresas registradas. Embora todas as ações em circulação de uma empresa registrada possam ser negociadas na BOVESPA, na maioria dos casos, menos que a metade das ações registradas está efetivamente disponível para negociação pública, sendo o restante detido por pequenos grupos de controladores, entidades governamentais ou um acionista principal. A negociação na BOVESPA por um detentor não considerado domiciliado no Brasil para fins fiscais e normativos, um detentor não brasileiro, está sujeito a certas limitações nos termos da legislação de investimento estrangeiro brasileira. Com raras exceções, os detentores não brasileiros podem negociar nas bolsas de valores brasileiras somente de acordo com as exigências da Resolução nº 2.689 do CMN. Essa Resolução requer que os títulos detidos por detentores não brasileiros sejam mantidos em custódia de instituições financeiras, ou em contas de depósito junto às mesmas, e que sejam registrados em uma câmara de compensação. Essas instituições financeiras e câmaras de compensação devem estar devidamente autorizadas a atuar nessa qualidade pelo Banco Central e pela CVM. Além disso, a Resolução nº 2.689 do CMN requer que os detentores não brasileiros restrinjam a negociação de seus títulos a transações nas bolsas de valores brasileiras ou mercados de balcão qualificados. Com raras exceções, os detentores não brasileiros não podem transferir a titularidade dos investimentos realizados nos termos da Resolução nº 2.689 do CMN a outros detentores não brasileiros por meio de uma transação particular. Consulte o “Item 10E. Tributação – Considerações sobre Impostos Brasileiros” para ver uma descrição de certos benefícios fiscais concedidos a detentores não brasileiros que se qualificam nos termos da Resolução nº 2.689. Regulamentação dos mercados acionários brasileiros O mercado acionário brasileiro é regulamentado pela CVM, que tem autoridade sobre as bolsas de valores e os mercados acionários em geral, o CMN e o Banco Central, que tem poderes, entre outros, de conceder autorização de funcionamento para corretoras e que regula as operações de investimento estrangeiro e câmbio. Segundo a legislação societária brasileira, uma empresa pode ser uma companhia aberta, como nós, ou uma companhia fechada. Todas as companhias abertas são registradas na CVM e estão sujeitas a exigências de apresentação de relatórios. Uma companhia registrada na CVM pode ter seus títulos e valores mobiliários negociados nas bolsas de valores brasileiras ou no mercado de balcão brasileiro. As ações de 131 uma companhia aberta podem também ser negociadas privadamente, respeitadas certas limitações. Para obtenção de registro nas bolsas de valores brasileiras, a empresa deve solicitar o registro à CVM e à bolsa de valores no local onde a empresa tem sua sede. Uma vez aceita para registro pela bolsa de valores e concedido o registro na CVM como companhia aberta, os títulos e valores mobiliários da empresa poderão, em determinadas circunstâncias, ser negociados em todas as outras bolsas de valores brasileiras. A negociação de títulos e valores mobiliários nas bolsas de valores brasileiras pode ser suspensa quando solicitada por uma empresa antes de uma comunicação relevante. A negociação poderá também ser suspensa por iniciativa da bolsa de valores brasileira ou da CVM, em função de, entre outras razões, acreditarse que a empresa forneceu informações inadequadas com relação a fatos importantes, ou deu respostas inadequadas às consultas da CVM ou da bolsa de valores pertinente. A lei de valores mobiliários brasileira, a legislação societária e as leis e regulamentações emitidas pela CVM, pelo CMN e pelo Banco Central prevêem, entre outras coisas, exigências de divulgação aplicáveis aos emissores de títulos e valores mobiliários negociados, restrições à utilização de informações privilegiadas e manipulação de preços, e proteção aos acionistas minoritários. Em 3 de janeiro de 2002, a CVM emitiu a Instrução nº 358 que alterou as regras aplicáveis à divulgação de fatos relevantes, que entrou em vigor em 18 de abril de 2002. De acordo com essa regulamentação, estabelecemos políticas internas aplicáveis à divulgação de fatos relevantes e à confidencialidade de informações não públicas. Consulte as “Práticas de governança corporativa” a seguir. Recentemente, a CVM emitiu várias instruções, a saber, Instrução nº 361 para a regulamentação de ofertas públicas, Instrução nº 380 para a regulamentação de ofertas pela Internet e Instrução n° 381 para a regulamentação de auditores independentes. Práticas de governança corporativa Em 2000, a BOVESPA introduziu três segmentos de registro especial, conhecidos como Níveis 1 e 2 das Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa e Novo Mercado que visam promover um mercado secundário para títulos emitidos por empresas brasileiras com títulos registrados na BOVESPA, fazendo com que essas empresas sigam as boas práticas de governança corporativa. Os segmentos de registro foram planejados para a negociação de ações emitidas por empresas que voluntariamente se comprometem a se ater às práticas de governança corporativa e exigências de divulgação, além daquelas já impostas pela legislação brasileira. Esses segmentos de registro aumentam os direitos dos acionistas e melhoram a qualidade das informações fornecidas para os acionistas. Para se tornar uma empresa do Nível 1, além das obrigações impostas pela legislação brasileira em vigor, um emissor deve concordar, entre outras coisas, em (a) assegurar que as ações do emissor que representem 25% de seu capital social total estejam efetivamente disponíveis para negociação, (b) adotar procedimentos de oferta que favoreçam a titularidade diluída de ações sempre que realizar uma oferta pública, (c) cumprir com padrões mínimos de divulgação trimestral, (d) observar políticas de divulgação mais rigorosas com relação às transações realizadas por acionistas controladores, conselheiros e diretores que envolvam títulos emitidos pelo emissor, (e) divulgar os termos dos contratos celebrados com partes relacionadas e (f) disponibilizar uma programação de eventos corporativos para os acionistas. Para se tornar uma empresa do Nível 2, além das obrigações impostas pela legislação brasileira em vigor, um emissor deve concordar, entre outras coisas, em (a) cumprir com todas as exigências de registro para as empresas do nível 1, (b) outorgar direitos de venda conjunta (tag along rights) para todos os acionistas com relação a uma transferência de controle da empresa, oferecendo o mesmo preço pago por ação pelo bloco controlador de ações ordinárias e 80% do preço pago por ação pelo bloco controlador de ações preferenciais, (c) outorgar direitos de voto para os detentores de ações preferenciais com relação a certas reestruturações societárias e transações com partes relacionadas, como por exemplo (i) qualquer transformação da empresa em outra forma corporativa, (ii) qualquer fusão, consolidação ou cisão da empresa, (iii) aprovação de quaisquer transações entre a empresa e seu acionista controlador, inclusive partes relacionadas com o acionista controlador, (iv) aprovação de qualquer avaliação de ativos a serem entregues para a empresa em pagamento por ações emitidas em um aumento de capital, (v) nomeação de uma firma especializada para determinar o valor justo da empresa com relação a qualquer oferta de aquisição de ações cujos registros tenham sido cancelados e excluídos da bolsa, e (vi) quaisquer alterações nesses direitos de voto, (d) ter um conselho de administração formado por pelo menos cinco membros com mandato de dois anos no máximo e do qual pelo menos 20% sejam membros independentes, conforme determinado pelas regras do Nível 2, (e) preparar demonstrações financeiras anuais em inglês, incluindo demonstrações do fluxo de caixa, de acordo com as normas contábeis internacionais, como o U.S. GAAP ou as Normas Internacionais de Apresentação de Relatórios Financeiros, ou IFRS (f) se ela optar por ser excluída do segmento de Nível 2, manter uma oferta de aquisição pelo acionista controlador da empresa (o preço mínimo das ações a ser oferecido será determinado por um processo de avaliação), e (g) aderir exclusivamente às regras da Câmara de Arbitragem da BOVESPA para a solução de controvérsias entre a empresa e seus investidores. 132 Para ser registrada no Novo Mercado, um emissor deve atender a todas as exigências descritas acima, além de (a) emitir somente ações com direito a voto e (b) outorgar direitos de tag along para todos os acionistas com relação a uma transferência de controle da empresa, oferecendo o mesmo preço pago por ação pelo bloco controlador de ações ordinárias. Nosso foco consiste na criação de valor para os nossos acionistas. Consideramos que um dos caminhos encontrados pelo Itaú Holding para a geração de valor para os acionistas é a adesão às práticas de governança corporativa, um processo contínuo e de longo prazo, voltado para o crescimento sustentado da companhia. Temos seguido há muitos anos os princípios relativos à divulgação, direitos dos minoritários e transparência como parte de nossas iniciativas de governança corporativa. Por exemplo, o Itaú é uma sociedade de capital aberto cujas ações são negociadas no mercado desde que foi fundado, em 1945, ano em que foi registrado na BOVESPA. Em fevereiro de 2002, o Itaú registrou seus ADRs Nível II na NYSE, tendo cumprido, portanto, os critérios de tal bolsa assim como os da SEC, além da exigência de divulgar as demonstrações contábeis em conformidade com o U.S. GAAP e cumprir os requisitos legais dos EUA, incluindo as exigências da Lei Sarbanes-Oxley de 2002. As reuniões abertas são um dos canais de comunicação mais importantes com o banco e são muito apreciadas pelos investidores, analistas e acionistas. A oportunidade de interagir com os membros da nossa alta administração e de discutir as estratégias e a lucratividade pode ser um fator decisivo para a decisão de investimento. A BOVESPA exige que as empresas incluídas nos Níveis de Governança Corporativa realizem pelo menos uma reunião anual com os investidores. Realizamos reuniões abertas nos escritórios regionais da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais, ou APIMEC, e fazemos apresentações nos Estados Unidos e na Europa desde 1996. Nessas apresentações, o Itaú Holding tem a oportunidade de fornecer à comunidade financeira, detalhes sobre o desempenho, estratégias para agregar valor, perspectivas de futuro e outras questões relevantes. Com o compromisso de fortalecer sua posição no mercado de capitais brasileiro, o Itaú Holding também vem realizando, desde 2002, apresentações nos escritórios regionais da APIMEC em várias cidades onde ela atua. Em 2007, realizamos dezesseis apresentações na APIMEC, nove “roadshows” nos Estados Unidos e Europa, quatro teleconferências em Português e quatro teleconferências em Inglês sobre os relatórios trimestrais e fatos relevantes, entre outras apresentações realizadas no Brasil, em seminários, conferências e congressos, sobre uma grande variedade de assuntos relacionados ao nosso desempenho e ao mercado de capitais. Em novembro de 2004, o Itaú Holding foi a primeira sociedade brasileira a adotar voluntariamente as regras operacionais de tesouraria. Essas regras são o resultado de um estudo internacional das melhores práticas do mercado e agora regem todas as ações do capital do Itaú Holding. Nossa alta administração acredita que estas regras proporcionam benefícios, tais como uma redução do risco estratégico, operacional e financeiro, diminuição do risco de concentração de mercado ou de formação inadequada de preços, reforço da estratégia de recompra de valores mobiliários, com o objetivo de preservar a liquidez e o valor para os acionistas e as melhores práticas de governança corporativa, garantindo a maior transparência das transações. Em 8 de junho de 2006, o Itaú foi o primeiro banco não norte-americano registrado na NYSE a cumprir com todas as exigências estabelecidas na Seção 404 da Lei Sarbanes-Oxley com respeito aos controles internos de relatórios financeiros, um ano antes da data-limite estabelecida pela SEC. Nosso “Relatório da Administração sobre o Controle Interno de Relatórios Financeiros” encontra-se disponível no Formulário 20-F referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005, o qual confirma a avaliação desses controles e conclui que, em 31 de dezembro de 2005, nosso controle interno sobre os relatórios financeiros era eficaz. Arquivamos, juntamente com o Formulário 20-F , o Relatório da auditoria independente, certificando a eficácia dos controles internos em 31 de dezembro de 2005. Estes resultados reafirmam o nosso compromisso de manter controles internos sólidos e eficazes, em conformidade com as melhores práticas de governança corporativa. Fomos a primeira empresa no Brasil a adotar o Manual ABRASCA de Controle e Divulgação de Informações Relevantes. Em 5 de maio de 2008 nosso Conselho de Administração decidiu aceitar a proposta do Comitê de Divulgação e Negociação sobre a instituição de uma Política de Governança Corporativa, para consolidar os nossos princípios e práticas de governança corporativa. Nossa Política de Governança Corporativa está incluída no anexo 11.2 deste relatório anual. O principal princípio no qual a nossa política se apóia é a sua busca por excelência em Governança Corporativa com vista a reforçar e proporcionar as melhores condições para o desenvolvimento de nossas controladas. Nossa Política está associada ao Estatuto Social, aos Regimentos Internos do Conselho de Administração e de outros órgãos societários e Comitês, ao Código de Ética e outras normas internas do Itaú Holding, e reflete as estruturas existentes designadas a proteger os interesses dos nossos acionistas e do mercado, servindo como diretriz para a nossa administração. 133 Para mais informações sobre os membros independentes do Conselho de Administração, o Plano de Opção de Compra de Ações, o Conselho Fiscal, o Comitê de Auditoria, o Comitê de Nomeação e Remuneração e a Política do Comitê de Divulgação e Negociação, consulte “Item 6 C – Práticas do Conselho de Administração”. Para mais informações sobre nossa governança corporativa, como os direitos de “tag along” e o Código de Ética, consulte” Item 14 - Modificações Relevantes dos Direitos dos Detentores de Valores Mobiliários”, “Item 10 B Estatuto Social e Utilização da Receita” e “Item 16B – Código de Ética”, respectivamente. Exigências de Divulgação Segundo a Regra da CVM nº 358 de 03 de janeiro de 2002, a CVM revisou e consolidou as exigências com respeito à divulgação e o uso de informações relacionadas com os fatos relevantes e os atos de empresas de capital aberto, incluindo a divulgação de informações sobre a negociação e aquisição de títulos emitidos por empresas de capital aberto. Essas exigências incluem disposições que: • estabelecem o conceito de um fato relevante que dá origem a exigências de apresentação de relatório. Fatos relevantes incluem decisões tomadas pelos acionistas controladores, deliberações da assembléia geral dos acionistas e da administração da empresa ou quaisquer outros fatos relacionados com os negócios da empresa (quer ocorram dentro da empresa ou de outra forma com ela relacionados de algum modo) que possam influenciar o preço de seus títulos negociados pelo público ou a decisão dos investidores de negociar esses títulos ou de exercer quaisquer dos direitos subjacentes a esses títulos; • especificam exemplos dos fatos que são considerados relevantes que incluem, entre outros, a assinatura dos acordos de acionistas que prevêem a transferência de controle, a entrada ou retirada de acionistas que exercem qualquer função gerencial, financeira, tecnológica ou administrativa junto à empresa ou em caráter de contribuição para com a mesma e qualquer reestruturação societária realizada entre as empresas relacionadas; • obrigam o executivo de relações com investidores, os acionistas controladores, outros executivos, conselheiros, membros dos comitê fiscal e outros conselhos consultivos a divulgar fatos relevantes; • requerem a divulgação simultânea de fatos relevantes para todos os mercados nos quais os títulos da empresa são aceitos para negociação; • requerem que o comprador de uma participação controladora de uma empresa publique fatos relevantes, incluindo suas intenções quanto à exclusão das ações da empresa da bolsa ou não no prazo de um ano; • estabelecem regras quanto à divulgação de exigências na aquisição e alienação de uma participação societária relevante; e • proibir o uso de informações privilegiadas. Alterações na Lei das Sociedades por Ações Em 31 de outubro de 2001, foi promulgada a Lei nº 10.303, que alterou a Lei das Sociedades por Ações. O principal objetivo dessa lei é o de ampliar os direitos dos acionistas minoritários. A Lei nº 10.303: • obriga os nossos acionistas controladores a fazer uma oferta de aquisição para as nossas ações se ela aumentar sua participação em nosso capital para um nível que afete significativa e negativamente a liquidez de nossas ações, conforme definido pela CVM; • requer que qualquer adquirente do controle realize uma oferta de aquisição de nossas ações ordinárias por um preço igual a 80% do preço por ação pago para o bloco controlador das ações; 134 • autoriza-nos a resgatar as ações dos acionistas minoritários se, após a oferta de aquisição, nossos acionistas controladores aumentarem a sua participação em nosso capital social total para mais de 95%; • dá direito aos acionistas discordantes ou, em certos casos aos que não têm direito a voto, de obter resgate em caso de decisão que conduza a uma cisão e resulte em (a) mudança de objeto social, (b) redução no dividendo obrigatório ou (c) qualquer participação em um grupo de empresas (conforme definido pela Lei das Sociedades por Ações); • requer que as ações preferenciais possuam uma das seguintes vantagens, a fim de serem registradas e negociadas em bolsa de valores: (a) prioridade no recebimento de dividendos correspondentes a no mínimo 3% do valor contábil por ação (depois que esta condição prioritária for atendida, condições iguais serão aplicáveis às ações ordinárias); (b) dividendos 10% superiores àqueles pagos para as ações ordinárias; ou (c) direito de tag-along a 80% do preço pago para o acionista controlador em caso de transferência do controle. Nenhum direito de retirada decorre de alterações feitas antes de 31 de dezembro de 2002. • dá direito aos acionistas que não são controladores, mas que detém em conjunto: (a) ações preferenciais representando no mínimo 10% do total do capital social ou (b) ações ordinárias representando no mínimo 15% do capital votante, o direito de nomear um membro e um substituto para o conselho de administração. Se nenhum grupo de acionistas detentores de ações ordinárias ou preferenciais atingir os limites descritos acima, os acionistas que detenham ações ordinárias ou preferenciais representando no mínimo 10% do nosso capital social total têm direito de combinar suas participações para nomear um membro e um substituto para o conselho de administração. Até 2005, os membros do conselho que podiam ser eleitos nos termos do item (a) acima ou pelas participações combinadas dos detentores de ações ordinárias e preferenciais deveriam ser escolhidos em uma lista tríplice elaborada pelo acionista controlador. Esses membros eleitos pelos acionistas minoritários terão poder de veto na escolha dos nossos auditores independentes; • requer que os acionistas controladores, os acionistas que indicam membros para o nosso conselho de administração ou para o conselho fiscal e os membros do nosso conselho de administração, diretoria executiva ou conselho fiscal apresentem imediatamente à CVM e às bolsas de valores (ou mercados de balcão em que os títulos sejam negociados) uma declaração sobre qualquer alteração nas suas participações acionárias; e • requer que enviemos cópias da documentação que apresentamos aos nossos acionistas, referentes às assembléias, às bolsas de valores em que nossas ações são negociadas de forma mais ativa. Em 13 de julho de 2007, a CVM emitiu a Deliberação CVM N° 457 que determina que as empresas de capital aberto publiquem as suas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as International Financial Reporting Standards (Normas Internacionais de Apresentação de Relatórios Financeiros), ou IFRS, a partir do ano findo em 31 de dezembro de 2010. Em 28 de dezembro de 2007, a Lei no 11.638 foi promulgada e alterou inúmeras disposições da Lei de Sociedade por Ações referentes aos princípios contábeis e à autoridade para emitir normas contábeis. A Lei no 11.638 destina-se a permitir maior convergência entre os princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil e as IFRS. Para promover a convergência, a Lei no 11.638 modificou certos princípios contábeis da Lei de Sociedades por Ações e instruiu a CVM a emitir normas contábeis em conformidade com os princípios contábeis adotados nos mercados internacionais. Além disso, a lei atribuiu um papel no estabelecimento das normas contábeis ao comitê de pronunciamentos contábeis, ou CPC, que é um comitê de funcionários da BOVESPA, representantes do setor e órgãos acadêmicos que emite orientação contábil e buscam a aprimoramento das normas contábeis no Brasil. A Lei No. 11.638 permite que a CVM e o Banco Central do Brasil se baseiem nas normas contábeis emitidas pelo CPC no estabelecimento de princípios contábeis de entidades regulamentadas. Principais diferenças entre as práticas de governança corporativa no Brasil e nos EUA Estamos sujeitos às normas de governança corporativa das empresas registradas na NYSE. Na qualidade de emissor privado estrangeiro, as normas aplicáveis a nós são consideravelmente diferentes das normas aplicadas às empresas registradas nos EUA. Segundo as normas da NYSE, precisamos apenas: (a) ter um comitê de auditoria ou um conselho de auditoria, conforme a isenção disponível para emissores 135 privados estrangeiros que atendam a certas exigências, conforme discutido a seguir; (b) emitir imediatamente uma notificação do diretor-presidente a respeito de qualquer descumprimento significativo de quaisquer normas de governança corporativa, e (c) apresentar uma breve descrição das diferenças significativas entre nossas práticas de governança corporativa e as normas de governança corporativa da NYSE que precisam ser seguidas pelas empresas norte-americanas. A discussão das diferenças importantes entre as nossas práticas de governança corporativa e aquelas exigidas das empresas norte-americanas registradas na bolsa de valores são as seguintes: Maioria de Conselheiros Independentes As normas da NYSE exigem que a maioria do conselho seja formada por conselheiros independentes. A independência é definida por vários critérios, inclusive a ausência de um relacionamento relevante entre o conselheiro e a empresa registrada naquela bolsa. As leis brasileiras não estabelecem exigência similar. Segundo a legislação brasileira, nem o conselho de administração nem a nossa administração precisa verificar a independência dos conselheiros antes de elegê-los para o conselho. Entretanto, a legislação societária brasileira e a CVM estabeleceram normas exigindo que os conselheiros atendam a certos requisitos de qualificação e que tratam da remuneração e dos deveres e responsabilidades de diretores e conselheiros da empresa, bem como das restrições a eles aplicáveis. Embora nossos conselheiros atendam às exigências de qualificação da legislação societária brasileira e da CVM, não acreditamos que a maioria dos nossos conselheiros seria considerada independente de acordo com os testes da NYSE referentes à independência dos conselheiros. A legislação societária brasileira exige que nossos conselheiros sejam eleitos pelos acionistas em uma assembléia geral dos acionistas. Todos os nossos conselheiros são eleitos pelo nosso acionista controlador e quatro conselheiros são membros da família Egydio de Souza Aranha, que controla o Itaúsa. Sessões executivas As normas da NYSE requerem que os conselheiros não executivos se reúnam em sessões executivas programadas regularmente sem a presença da administração. A legislação societária brasileira não possui uma disposição semelhante. De acordo com a legislação brasileira, até um terço dos membros do conselho de administração pode ser eleito entre os executivos. O nosso presidente Roberto Setubal e o nosso vicepresidente executivo Alfredo Egydio Setubal são membros do conselho de administração. Não há exigência de que os conselheiros não executivos se reúnam regularmente sem a administração. Como resultado, os conselheiros não executivos do nosso conselho não se reúnem, normalmente, em sessões executivas. Nosso conselho de administração é formado por 14 conselheiros não executivos e, assim, acreditamos estar em conformidade com esta norma. Comitês As normas da NYSE requerem que as empresas nela registradas possuam um comitê de nomeação/governança corporativa e um comitê de remuneração formado inteiramente por conselheiros independentes e regido por um regulamento por escrito que trate do objetivo e das responsabilidades estipulados para o comitê. As responsabilidades do comitê de nomeação/governança corporativa incluem, entre outras, a identificação e seleção de candidatos qualificados a membros do conselho e o estabelecimento de um conjunto de princípios de governança corporativa aplicáveis à empresa. As responsabilidades do comitê de remuneração, por sua vez, incluem, entre outras, a revisão das metas corporativas à remuneração, avaliação do desempenho e aprovação dos níveis de remuneração do diretor-presidente, além da recomendação sobre remuneração geral, planos de remuneração por incentivo e ações. A legislação societária brasileira não exige a instalação de comitê de nomeação, comitê de governança corporativa e comitê de remuneração. No entanto, nossa instituição possui um comitê de nomeação e remuneração e um comitê de governança corporativa: o comitê de “divulgação e negociação”. Consulte as “Práticas de Governança Corporativa” acima. De acordo com nossos estatutos, os conselheiros são eleitos pelos acionistas reunidos em assembléia geral. A remuneração total dos conselheiros e diretores executivos é determinada pelos acionistas. Os estatutos do Itaú Holding prevêem as opções de ações, a constituição de um comitê nomeação e remuneração e suas atribuições no âmbito do plano de opções de ações aprovado em assembléia geral. Esse plano define os objetivos, as diretrizes, as condições, os limites e as características do plano a serem observados pelo comitê de nomeação e remuneração e concede a este algumas responsabilidades para solucionar casos omissos. 136 Comitê de Auditoria e exigências adicionais do Comitê de Auditoria As normas da NYSE requerem que as empresas nela registradas possuam um comitê de auditoria que (i) seja composto por no mínimo três conselheiros independentes que conheçam finanças, (ii) atenda às normas da SEC referentes a comitês de auditoria de empresas registradas, (iii) tenha no mínimo um membro que possua especialização em gestão financeira ou contábil e (iv) seja regido por um regulamento por escrito que trate do objetivo e das responsabilidades estipulados para o comitê. A legislação bancária brasileira (Resolução nº 3.198 do Banco Central) exige a formação de um comitê de auditoria de no mínimo três membros, e a legislação societária brasileira exige a constituição de um conselho fiscal, composto por três a cinco membros. De acordo com a legislação societária brasileira e a Resolução nº 3.198 do Banco Central, os membros do conselho fiscal são eleitos em assembléia geral e o comitê de auditoria é eleito pelo conselho de administração dentre seus integrantes e profissionais que possuam conhecimento da área de auditoria, desde que a maioria dos seus membros também sejam membros do nosso conselho de administração. O conselho fiscal atua independentemente da administração e dos auditores externos. Sua principal função é examinar as demonstrações contábeis de cada exercício e apresentar um relatório formal aos acionistas. Nosso conselho fiscal é formado por três membros efetivos e três suplentes e se reúne uma vez por mês. Em abril de 2003, a SEC declarou que o registro de valores mobiliários de emissores privados estrangeiros fica isento das exigências de existência de comitê de auditoria se o emissor satisfizer determinados requisitos. Acreditamos que nosso conselho fiscal, instalado de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, bem como determinadas adaptações (como a consulta obrigatória ao conselho fiscal sobre a contratação de auditores) permitem-nos cumprir as exigências expostas pela SEC. No entanto, para fins de cumprimento das melhores práticas de governança corporativa não apenas do Brasil, mas também nos mercados internacionais, e em cumprimento à lei bancária brasileira, instalamos em abril de 2004 um comitê de auditoria independente, formado atualmente por quatro membros do nosso conselho de administração, sendo todos independentes, como requerido pela Lei Sarbanes-Oxley e pelas regras da NYSE. Consulte as “Práticas de governança corporativa”. Aprovação dos acionistas aos planos de remuneração por ações As normas da NYSE requerem que os acionistas tenham a oportunidade de votar sobre todos os planos de remuneração por ações e as respectivas revisões substanciais, com algumas exceções. Segundo a legislação societária brasileira, os acionistas precisam aprovar todos os planos de opção de ações. Além disso, qualquer emissão de novas ações acima do nosso capital social autorizado estará sujeita a aprovação dos acionistas. Nossos acionistas não têm a oportunidade de votar sobre todos os planos de remuneração por ações. No entanto, toda emissão de novas ações acima do capital autorizado está sujeita a aprovação dos acionistas em assembléia. Diretrizes de governança corporativa As normas da NYSE requerem que as empresas nela registradas adotem e divulguem as diretrizes de governança corporativa. Cumprimos as diretrizes de governança corporativa expostas nas normas que a legislação brasileira aplicável nos impõe. Acreditamos que as diretrizes de governança corporativa aplicáveis à nossa instituição nos termos da legislação brasileira são condizentes com as diretrizes estabelecidas pela NYSE. Além disso, vamos além do estritamente exigido na legislação, como se pode ver pela adesão voluntária ao nível 1 de Governança Corporativa da BOVESPA e adoção dos direitos de tag along para todos os acionistas, independentemente de seus direitos de voto. Consulte as “Práticas de governança corporativa”. Adotamos e observamos (i) a Política de Divulgação de Ato ou Fato Relevante, que trata da divulgação pública de todas as informações relevantes nos termos da Instrução nº 358 da CVM (ii) a Política de Negociação de Valores Mobiliários, que exige que a administração informe todas as operações relativas a nossos valores mobiliários e que era um dispositivo opcional constante da Instrução nº 358 da CVM. Em julho de 2002, fomos além do exigido pela lei e criamos os comitês de divulgação e negociação, o qual foi unificado no comitê de divulgação e negociação em abril de 2006. Código de Conduta Comercial e Ética As normas da NYSE requerem que as empresas nela registradas adotem e divulguem um código de conduta comercial e ética para membros do conselho, diretores e funcionários, e que informem imediatamente quaisquer renúncias ao código para membros do conselho ou diretores. A legislação societária brasileira aplicável não possui uma exigência semelhante. Adotamos um Código de Ética em 2000 que disciplina a conduta de nosso quadro gerencial com respeito ao registro e ao controle de informações financeiras e contábeis e seu acesso a informações e dados privilegiados e não públicos. Em 2004, incluímos um suplemento em nosso Código de Ética de modo a cumprir os requisitos da Lei Sarbanes-Oxley e as normas da 137 NYSE. Em outubro de 2005, dentro de sua política de busca constante pelo desenvolvimento, o Itaú publicou seu Código de Ética atualizado. Consulte o “Item 16B. Código de Ética”. Além de cumprir as normas de governança corporativa determinadas pela legislação brasileira, pretendemos cumprir gradual e substancialmente todas as novas normas emitidas pela NYSE e pela SEC aplicáveis a empresas dos Estados Unidos. Instalamos uma comissão para revisar o código de conduta comercial e ética, formado por gerentes de diversas áreas. Essa comissão segue os já conceituados critérios do Dow Jones Sustainability World Index, com vistas a adotar as melhores práticas mundiais. Função da Auditoria Interna As normas da NYSE requerem que as empresas nela registradas mantenham uma auditoria interna para apresentar, à administração e ao comitê de auditoria, avaliações constantes sobre os processos de gerenciamento de risco da empresa e o sistema de controles internos. Nossa Diretoria de Auditoria Interna, trabalha de forma independente para realizar exames, análises e levantamentos estruturados metodologicamente e observação de fatos para avaliar a integridade, adequação, eficácia, eficiência e economia dos processos dos sistemas de informação e dos controles internos associados à nossa gestão de risco, mantendo o Conselho de Administração e o Comitê de Auditoria constantemente informados. As atividades da Diretoria são supervisionadas diretamente pelo Comitê de Auditoria, que atua sob orientação do Conselho de Administração do Itaú Holding, e é monitorado pelo Comitê de Auditoria e Comitê de Gestão de Riscos Operacionais. No cumprimento dos seus deveres, a Diretoria de Auditoria Interna tem acesso a todos os documentos, registros, sistemas, locais e pessoas envolvidas nas atividades em análise. Lei Sarbanes Oxley de 2002 Mantemos controles e procedimentos formulados para garantir que somos capazes de coletar as informações que precisamos divulgar nos relatórios que apresentamos à SEC, bem como de processar, resumir e divulgar estas informações nos prazos especificados nas normas da SEC. Em 8 de junho de 2006, tornamo-nos o primeiro banco não norte-americano registrado na NYSE a cumprir todas as exigências estabelecidas na Seção 404 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002, com respeito aos controles internos de relatórios financeiros, um ano antes da data-limite estabelecida pela SEC. Estas certificações encontram-se incluídas como Anexos 12.1 e 12.2 a este Relatório Anual. 9D. Acionistas vendedores Não se aplica. 9E. Diluição Não se aplica. 9F. Despesas da emissão Não se aplica. ITEM 10 INFORMAÇÕES ADICIONAIS 10A. Capital social Não se aplica. 10B. Estatuto Social Apresentamos a seguir algumas informações relativas a nosso capital social e um breve resumo de algumas disposições importantes de nossos estatutos e da legislação societária brasileira. Esta descrição não pretende ser completa e está qualificada por referência a nosso estatuto social (do qual uma tradução para o inglês foi arquivada na SEC) e à legislação societária brasileira. 138 Finalidade e Objeto Somos uma companhia aberta, com sede principal na cidade de São Paulo, Brasil, regida principalmente pelo estatuto social e pela legislação societária brasileira. Somos registrados na junta comercial do Estado de São Paulo, com o número de registro 35300010230. Nosso objeto social, tal como especificado no artigo 2º do nosso estatuto, é a realização de operações e a prestação de serviços permitidos a instituições financeiras nos termos da legislação brasileira, entre eles operações de câmbio. Poderes dos Conselheiros Segundo a legislação societária brasileira, os membros do conselho de administração devem ser eleitos entre os acionistas, independente do número de ações detidas. Para ser eleito conselheiro, de acordo com o nosso estatuto social, o acionista deverá ter no máximo setenta e cinco anos de idade, sendo que os conselheiros eleitos em 26 de abril de 2006 que, em tal data, já tinham completado setenta anos de idade, poderão ser reeleitos somente por mais cinco mandatos; esta restrição não será aplicada se, na referida data, tal conselheiro estiver ocupando cargo de presidente ou de vice-presidente do conselho. Segundo a legislação brasileira, os acionistas controladores, conselheiros e diretores não podem contrair ou receber empréstimos, garantias ou adiantamentos das instituições financeiras nas quais sejam acionistas, conselheiros ou diretores. Além disso, as instituições financeiras estão proibidas de conceder empréstimos ou adiantamentos às suas coligadas, acionistas controladores, diretores, conselheiros e seus respectivos parentes nem às empresas em que detenham mais de 10% do capital social ou ocupem cargos de direção. Os conselheiros e diretores tampouco podem participar de quaisquer operações ou deliberar sobre quaisquer transações corporativas em relação às quais tenham conflito de interesses com a companhia das quais sejam conselheiros ou diretores. O conselheiro ou diretor que acreditem que possa haver qualquer conflito em relação à companhia deverá informar os demais conselheiros e/ou diretores, conforme o caso, sobre a natureza e extensão de seu interesse na operação ou transação. A remuneração global dos conselheiros é estabelecida pela assembléia geral de acionistas, cabendo ao conselho de administração regulamentar a utilização dessa verba. Ações preferenciais e ações ordinárias Aspectos gerais Cada ação ordinária dá a seu detentor o direito a um voto em assembléias de acionistas. Os detentores de ações ordinárias não têm direito de preferência com relação aos dividendos ou outras distribuições, nem preferência em caso de liquidação. As ações preferenciais não dão direito a voto, exceto em casos limitados, mas conferem a seu detentor (a) prioridade no recebimento de dividendos não cumulativos não inferiores aos dividendos destinados às ações ordinárias, (b) prioridade no recebimento de um dividendo anual mínimo de R$ 0,022 para cada ação preferencial e (c) participação em igualdade de condições com as ações ordinárias no recebimento dos dividendos determinados pelo artigo 19 de nossos estatutos, após assegurar às ações ordinárias os dividendos determinados em (b) acima. Não há disposições sobre resgate com referência às ações preferenciais. Em 30 de abril de 2002, nossos acionistas aprovaram uma proposta do conselho de administração no sentido de conceder aos detentores de ações preferenciais os direito de “tag-along”, segundo o qual em caso de alteração de nosso controle acionário, os novos acionistas controladores serão obrigados a estender a sua oferta pública aos detentores de ações preferenciais, nas mesmas condições oferecidas aos detentores de ações ordinárias que não fazem parte do grupo de acionistas controladores. Aumento de capital ou pagamento de ações subscritas Nosso estatuto social autoriza aumentos do capital social, por deliberação do Conselho de Administração, independentemente de reforma estatutária, até o limite de quatro bilhões de ações, sendo dois bilhões de ações ordinárias e dois bilhões de ações preferenciais. Essas emissões de ações para venda 139 podem ser realizadas sem a observância do direito de preferência dos acionistas, desde que sejam feitas em bolsas de valores, subscrição pública, permuta por ações ou em oferta pública de aquisição de controle. Independentemente dessa disposição, todos os aumentos de capital devem ser ratificados pelo Banco Central do Brasil. Após a aprovação do aumento de capital, o acionista deve pagar o montante correspondente às ações subscritas nos prazos previstos no boletim de subscrição. O acionista que não fizer o pagamento será considerado inadimplente segundo a legislação. Liquidação da companhia Segundo a legislação societária brasileira, quando o estatuto social de uma companhia não contém disposições sobre a liquidação da sociedade, compete à assembléia geral determinar o modo de liquidação. Os acionistas devem nomear um liquidante e um conselho fiscal, que deve funcionar durante o período de liquidação, quando essa liquidação se der: (a) pelo término do prazo de duração da companhia; (b) nos casos previstos no estatuto; (c) por deliberação da assembléia-geral; (d) pela existência de um único acionista, exceto se o único acionista for uma sociedade brasileira, e se o mínimo de dois acionistas não for reconstituído até o exercício seguinte; (e) pela extinção, na forma da lei, da autorização para funcionar. Antes da finalização do processo de liquidação e depois de liquidadas as dívidas com todos os credores, os acionista podem, em assembléia, decidir sobre o rateio dos ativos societários entre eles, cabendo ao liquidante, responsável pela dissolução da companhia, alienar os ativos, pagar as obrigações e repartir os ativos remanescentes entre os acionistas. Responsabilidade de nossos acionistas por futuras chamadas de capital A legislação societária brasileira não dispõe sobre chamadas de capital. As obrigações de nossos acionistas se limitam ao pagamento do preço de emissão da ação subscrita ou adquirida segundo tal legislação. Cálculo do montante a distribuir Em cada assembléia geral ordinária, o conselho de administração deve recomendar a apropriação de lucros do exercício anterior. Para fins da legislação societária brasileira, o lucro líquido de uma empresa após a tributação sobre o lucro e contribuição social daquele exercício, líquido de prejuízos acumulados de exercícios anteriores e montantes apropriados à participação dos funcionários e administradores nos lucros, representa o “lucro líquido” daquele exercício, extraído das demonstrações contábeis elaboradas em conformidade com os princípios contábeis adotados no Brasil. Nos termos da legislação societária brasileira, um montante equivalente ao lucro líquido, após (i) dedução dos valores apropriados à reserva legal, (ii) dedução dos valores apropriados a outras reservas constituídas de acordo com a legislação em vigor e (iii) acréscimo das reversões de reservas constituídas em exercícios anteriores, ficará disponível para distribuição aos acionistas (“lucro líquido ajustado”, aqui designado “montante a distribuir”) em qualquer ano dado. Nosso estatuto autoriza um plano de participação nos lucros para a administração, bem como um plano de opção de compra de ações para a administração e os funcionários. Os acionistas reúnem-se anualmente em assembléia para determinar o valor total a ser pago à administração. O conselho de administração determina a remuneração de seus membros. O comitê de nomeação e remuneração determina a remuneração dos diretores. Segundo a legislação brasileira, o Conselho de Administração determina que a remuneração, como um todo, não deve ultrapassar o que for menor entre 10% do lucro líquido (lucro total após imposto de renda e líquido de prejuízos acumulados) em qualquer exercício, e 100% dos montantes pagos como honorários aos conselheiros e diretores. Reserva legal. A legislação societária brasileira determina a manutenção de uma reserva legal, à qual devem ser apropriados 5% do “lucro líquido” de cada exercício até o valor da reserva ficar equivalente a 20% do capital integralizado. Os eventuais prejuízos podem ser debitados à reserva legal, após dedução dos lucros acumulados e reservas de lucros. Dividendo obrigatório. Nossos estatutos estabelecem que pelo menos 25% do montante a distribuir deve ser alocado ao pagamento de um dividendo obrigatório mínimo referente a todas as nossas ações de qualquer tipo ou classe (ver discussão adiante). 140 Direitos de dividendo. Segundo a legislação societária brasileira, o acionista tem direito de receber dividendos em três anos da data em que os dividendos forem declarados. Se o montante referente aos dividendos não for reivindicado pelo acionista, os dividendos serão revertidos à reserva de lucros. Reserva estatutária. A legislação societária brasileira faculta a constituição de outras reservas, desde que seja especificada sua finalidade, os critérios de apuração da parcela anual do lucro líquido a ser apropriada a tais reservas e seu limite máximo. Com base nessas condições, antes da assembléia geral realizada em 8 de outubro de 2001, que aprovou mudanças em nosso estatuto social, havíamos constituído uma reserva especial que poderia ser usada para quaisquer dos seguintes propósitos: (i) exercer direitos de prioridade na subscrição de aumento de capital em empresas nas quais temos participações, (ii) conversão desses fundos em nosso capital social e (iii) pagamento de dividendos antecipados. Essa reserva foi constituída (i) de lucro líquido, (ii) da reversão, para a conta de lucros acumulados, de qualquer reserva de lucros a realizar e (iii) da reversão de quaisquer montantes de dividendos antecipados re-creditados à conta de reserva especial. O montante dessa reserva não poderá (a) exceder individualmente a 95% de nosso capital social e (b) juntamente com a reserva legal, exceder 100% do capital social. Na assembléia geral realizada em 8 de outubro de 2001, os acionistas aprovaram alterações em nosso estatuto social relativas às reservas estatutárias. Com base nas condições determinadas na legislação societária brasileira, estabelecemos em nosso estatuto social que, de acordo com uma proposta de nosso Conselho de Administração, a assembléia geral de acionistas poderá deliberar sobre a criação das seguintes reservas: • Reserva de Equalização de Dividendos, limitada a 40% do valor do capital social, destinada ao pagamento de dividendos, inclusive juros sobre o capital próprio, com o objetivo de manter um fluxo de pagamento de dividendo aos acionistas. Essa reserva será constituída com: (a) até 50% do lucro líquido do exercício; (b) até 100% da parcela realizada das reservas de reavaliação contabilizadas como lucros acumulados; (c) até 100% do montante dos ajustes de exercícios anteriores contabilizados como lucros acumulados; e (d) créditos correspondentes à antecipação de dividendos. • Reserva para Reforço do Capital de Giro, limitada a 30% do valor do capital social, destinada a garantir recursos para nossas operações, e constituída com até 20% do lucro líquido do exercício. • Reserva para Aumento de Capital em Empresas Detidas pelo Itaú Holding, limitada a 30% do valor do capital social, com o objetivo de garantir o exercício do direito de preferência em aumentos de capital das empresas participantes, constituída com até 50% do lucro líquido do exercício. Mediante proposta do Conselho de Administração, serão periodicamente capitalizadas parcelas dessas reservas de forma que seu saldo agregado nunca exceda a 95% (noventa e cinco por cento) de nosso capital social. O saldo dessas reservas adicionado à Reserva Legal não pode ser superior ao capital social. Reserva de Contingência. De acordo com a legislação societária brasileira, os acionistas reunidos em assembléia geral também podem alocar arbitrariamente uma parcela do lucro líquido a uma reserva de contingência para cobrir prejuízos que os acionistas considerem prováveis em exercícios futuros. Quaisquer montantes alocados no exercício anterior devem ser (i) estornados no exercício fiscal no qual o prejuízo foi previsto se esse prejuízo de fato não ocorrer ou (ii) baixados, no caso de o prejuízo previsto ocorrer. O cálculo dos lucros líquidos e destinações para reservas de qualquer exercício fiscal são feitos com base nas demonstrações contábeis preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. As demonstrações contábeis consolidadas constantes deste relatório anual foram preparadas de acordo com os U.S. GAAP e, embora nossas destinações para reservas e dividendos estejam refletidas nessas demonstrações contábeis consolidadas, é impossível calcular os montantes das destinações ou dividendos exigidos a partir das demonstrações contábeis consolidadas. Nossa demonstração consolidada das mutações do patrimônio líquido apresenta o montante de dividendos e juros sobre o capital próprio distribuído nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. A legislação societária brasileira dispõe que todas as alocações arbitrárias do lucro líquido sejam submetidas à aprovação mediante voto dos acionistas reunidos em assembléia geral. 141 Juros sobre o capital próprio A legislação brasileira faculta o pagamento de juros sobre o capital próprio como forma alternativa de pagamento aos acionistas. Tais juros são limitados à variação pro rata diária da Taxa de Juros de Longo Prazo, ou TJLP, não podendo ultrapassar o que for maior entre 50% do lucro líquido do período com relação ao qual o pagamento é efetuado e 50% dos lucros acumulados. A distribuição de juros sobre o capital próprio também pode ser contabilizada como despesa dedutível de impostos, o pagamento de juros sobre ações preferenciais a acionistas, residentes no Brasil ou não, inclusive detentores de ADSs, está sujeito ao imposto de renda brasileiro retido na fonte, à alíquota de 15%. Consulte o “Item 10E. Tributação – Considerações sobre impostos brasileiros – Juros sobre o capital próprio”. O montante pago a acionistas como juros sobre o capital próprio, líquido do imposto retido na fonte, pode ser incluído como parte da distribuição obrigatória. Somos obrigados a distribuir aos acionistas um valor suficiente para assegurar que o valor líquido recebido por eles, após termos recolhido os impostos retidos na fonte incidentes sobre a distribuição de juros sobre o capital próprio, seja no mínimo equivalente ao dividendo obrigatório. Se distribuirmos juros sobre o capital próprio em qualquer exercício, distribuição essa não contabilizada como parte da distribuição obrigatória, haverá incidência do imposto de renda retido na fonte e seríamos obrigados a fazer um cálculo “por dentro”. Direitos de voto Cada ação ordinária dá a seu detentor o direito a um voto nas assembléias gerais. Os detentores de ações preferenciais não têm direito a voto nas assembléias gerais. A legislação societária brasileira dispõe que as ações preferenciais não votantes adquirem direito de voto quando a empresa deixa de pagar, pelo prazo previsto em seus estatutos (mas em qualquer caso não superior ao prazo de três exercícios), dividendos fixos ou mínimos aos quais essas ações têm direito, até que o referido pagamento seja efetuado, se tais dividendos não forem cumulativos, ou até os dividendos cumulativos sejam pagos. Nossos estatutos estipulam o prazo de três exercícios. Qualquer mudança na preferência ou vantagem de nossas ações preferenciais, ou a criação de uma classe de ações com prioridade sobre as ações preferenciais, exigiria a aprovação de pelo menos 50% dos acionistas detentores de ações com direito a voto com ratificação prévia ou posterior da maioria dos detentores das ações preferenciais, votando como uma classe em assembléia especial. Esta assembléia seria convocada mediante publicação de um edital em pelo menos três ocasiões no Diário Oficial e em um jornal de grande circulação em São Paulo, nosso principal local de negócios, pelo menos 15 dias antes da assembléia, sem, contudo, exigir qualquer outra forma de notificação. A legislação societária brasileira prevê o voto múltiplo. Embora nosso estatuto não contenha tal disposição, o acionista que representar, no mínimo, um décimo do capital social com direito a voto pode requerer a adoção do voto múltiplo. Uma vez requerido o voto múltiplo no prazo legal, ou seja, até quarenta e oito horas antes da realização da assembléia geral, será atribuído a cada ação tantos votos quantos sejam os membros do conselho e reconhecido ao acionista o direito de cumular os votos num só candidato ou distribuí-lo entre vários. Sempre que a eleição do conselho de administração se der pelo sistema do voto múltiplo e os titulares de ações ordinárias ou preferenciais exercerem a prerrogativa de eleger conselheiro, será assegurado ao acionista ou grupo de acionistas vinculados por acordo de votos que detenham mais do que cinqüenta por cento das ações com direito de voto, o direito de eleger conselheiros em número igual ao dos eleitos pelos demais acionistas mais um, independentemente do número de conselheiros que, segundo o estatuto, componha o órgão. Caberá à mesa que dirigir os trabalhos da assembléia informar previamente aos acionistas o número de votos necessários para a eleição de cada membro do conselho. Nosso estatuto social não prevê intervalos escalonados a serem observados na eleição dos membros do conselho de administração, de modo que esses poderão ser reeleitos consecutivamente sem interrupção. Sempre que a eleição tiver sido realizada pelo processo do voto múltiplo, a destituição de qualquer membro do conselho pela assembléia geral importará destituição dos demais membros, devendo ser procedida nova eleição. Para que não seja a companhia impactada em sua administração, permanecendo a mesma sem conselheiros, a legislação societária brasileira determina que, mesmo destituídos, esses poderão permanecer no exercício de suas funções até que sejam empossados os novos eleitos. Transferência de controle Nosso estatuto social não contém disposições que visem a retardar, adiar ou impedir uma mudança em nosso controle acionário ou que produzam efeitos apenas em relação às operações de fusão, aquisição ou 142 reestruturação societária que nos envolvam ou a qualquer uma de nossas subsidiárias. Entretanto, as regras bancárias brasileiras exigem que qualquer transferência de controle de uma instituição financeira seja realizada de acordo com procedimentos específicos estabelecidos pelo Banco Central, que também deverá realizar sua pré-aprovação. A legislação societária brasileira prescreve que a aquisição do controle de uma companhia aberta depende da oferta de compra de todas as ações ordinárias em circulação por preço equivalente a oitenta por cento do preço pago por ação ao bloco controlador. Nosso estatuto determina que na ocorrência de uma mudança em nosso controle, o adquirente será obrigado a pagar, aos detentores de nossas ações preferenciais, oitenta por cento do preço pago por ação aos nossos acionistas controladores. Nosso acionista controlador está obrigado, pela legislação societária brasileira, a fazer oferta para aquisição da totalidade das nossas ações, se ele aumentar sua participação em nosso capital acionário, de tal modo que impeça a liquidez de mercado das ações remanescentes. Assembléia geral de acionistas De acordo com a legislação societária brasileira, a assembléia geral de acionistas tem poderes para decidir sobre todas as questões relacionadas com o objetivo de negócios e aprovar resoluções julgadas necessárias para a proteção de nossos interesses. Os acionistas reunidos em assembléia geral têm poderes exclusivos, entre outros, para: • alterar os estatutos, • nomear ou afastar membros do conselho de administração (e do conselho fiscal) a qualquer tempo, • receber as contas anuais elaboradas pela administração e aceitar ou rejeitar as demonstrações contábeis da administração, inclusive a apropriação do lucro líquido e o montante a distribuir para pagamento do dividendo obrigatório e alocação às diversas contas de reservas, • aceitar ou rejeitar a avaliação dos ativos aportados por um acionista como remuneração pela emissão de capital, e • aprovar resoluções para reestruturar a forma legal de nossa instituição, para proceder a incorporação, consolidação ou cisão, dissolução e liquidação, para nomear e destituir liquidantes e examinar nossas contas. Compete ao Conselho de Administração convocar a Assembléia Geral, com antecedência mínima de quinze dias à data de sua realização, contado esse prazo a partir da publicação da primeira convocação. A legislação societária brasileira estabelece que em casos específicos a assembléia também poderá ser convocada pelo conselho fiscal e por qualquer acionista. A convocação far-se-á mediante anúncio publicado três vezes em jornais de grande circulação nas cidades onde nossas escritórios administrativos se localizam, contendo informações sobre o local, data e hora da assembléia, a ordem do dia, e, no caso de reforma do estatuto, a indicação da matéria. As convocações de nossas assembléias também são comunicadas no nosso site na Internet e através da CVM, BOVESPA, SEC, NYSE e BCBA (Bolsa de Comercio de Buenos Aires). Como regra geral, a legislação societária brasileira estabelece um quorum para a assembléia de acionistas equivalente a vinte e cinco por cento do capital social emitido e com direito a voto em circulação da empresa em primeira convocação e, caso o quorum não seja atingido, qualquer porcentual do capital social com direito a voto na segunda convocação. Em geral, nossas assembléias são instaladas com um quorum que representa dois terços de nosso capital votante. Para participar de uma assembléia, o acionista deverá comparecer portando um documento de identidade e comprovante expedido pela instituição financeira depositária de suas ações. Os acionistas podem ser representados na assembléia geral por procurador constituído há menos de um ano, que seja acionista, administrador da própria companhia, advogado ou instituição financeira. Um fundo de investimentos pode ser representado por seu gestor. 143 Direitos de retirada Nem nossas ações preferenciais nem nossas ações ordinárias são resgatáveis. Contudo, um acionista dissidente pode, de acordo com a legislação societária brasileira, buscar a retirada, respeitadas certas condições, conforme decisão tomada na assembléia geral de acionistas por representantes de pelo menos 50% das ações com direito a voto: • para criar ações preferenciais ou aumentar desproporcionalmente uma classe existente de ações preferenciais em relação a outros tipos ou classes de ações, a menos que esta ação esteja prevista ou autorizada pelo estatuto social, • para modificar a preferência, o privilégio ou a condição de resgate ou amortização conferidos a uma ou mais classes de ações preferenciais ou criar uma nova classe com privilégios superiores aos das ações preferenciais então existentes, • para reduzir a distribuição obrigatória de dividendos, • para alterar o objeto social, • para transferir a totalidade de nossas ações a outra empresa, tornando a nossa instituição uma controlada integral daquela empresa ou vice-versa (incorporação de ações), • para adquirir outra empresa por um preço superior a determinados limites expostos na legislação societária brasileira, • para incorporar-se a outra empresa, incluindo a incorporação em uma de nossas empresas controladoras, ou em outra empresa, • para participar de um grupo de sociedades, tal como o termo está definido na legislação societária brasileira, ou • no caso da entidade resultante de (i) uma transferência da totalidade de nossas ações para outra empresa com o objetivo de nos tornarmos uma subsidiária integral dessa empresa ou vice-versa, conforme discutido no quinto item acima, (ii) uma cisão, (iii) uma incorporação ou (iv) uma consolidação de uma empresa brasileira de capital aberto deixar de se tornar uma companhia brasileira de capital aberto no prazo de 120 dias após a assembléia geral em que tal decisão foi tomada. O direito de retirada nos casos expostos no primeiro e segundo itens acima aplica-se unicamente aos detentores das ações afetadas. Nos termos da legislação societária brasileira, o direito de retirada prescreve 30 dias após a publicação das atas da assembléia geral em questão, exceto no caso dos dois primeiros itens acima, se a resolução for submetida a ratificação pelos acionistas preferencialistas (o que precisa acontecer em assembléia especial a ser realizada no prazo de um ano), quando é contado um prazo de 30 dias a partir da data de publicação da ata da assembléia especial. Temos o direito de reconsiderar qualquer ato que dê origem a um resgate de ações, até dez dias após o término do prazo de 30 dias mencionado acima, se tal resgate vier a comprometer nossa estabilidade financeira. Além disso, os direitos de retirada expostos no sétimo e oitavo itens acima somente podem ser exercidos por acionistas se as ações detidas por eles não fizerem parte do IBOVESPA e se menos de 50% das ações de nossa emissão estiverem em circulação. A legislação societária brasileira dispõe que as ações ordinárias e preferenciais são resgatáveis mediante o cancelamento do registro das ações ao preço justo, apurado pelos critérios ali previstos. Se a assembléia geral de acionistas na qual foi aprovado o direito de retirada realizar-se mais de 60 dias após a data da aprovação do último balanço patrimonial, o acionista pode exigir que suas ações sejam resgatadas por um valor baseado em novo balanço patrimonial datado de até 60 dias após a data da assembléia geral. Nesse caso, pagaremos 80% do valor calculado com base no último balanço patrimonial aprovado e, depois da elaboração do novo balanço patrimonial, pagaremos o saldo em até 120 dias a contar da data da assembléia geral em questão. 144 Direitos de prioridade no aumento do capital social Todo acionista tem um direito geral de prioridade na subscrição de ações em qualquer aumento de capital, proporcionalmente à sua detenção, exceto no caso de concessão e exercício de qualquer opção de compra de ações de nosso capital social. É permitido um prazo mínimo de 30 dias após a publicação de notificação do aumento de capital para exercício do direito, que é negociável. Contudo, nosso estatuto social determina a eliminação do direito de prioridade com relação à emissão de novas ações preferenciais até o limite do capital social autorizado, desde que a distribuição dessas ações seja efetuada por meio de: • uma bolsa de valores ou uma oferta pública, ou • uma bolsa de valores em oferta pública com a finalidade de adquirir o controle de outra empresa. Na hipótese de um aumento de capital que manteria ou aumentaria a proporção do capital representado por ações preferenciais, os detentores de ADSs, exceto conforme descrito acima, teriam direitos de prioridade apenas na subscrição de novas ações preferenciais emitidas. Na hipótese de um aumento de capital que reduziria a proporção do capital representado pelas ações preferenciais, os detentores de ADSs, exceto conforme descrito acima, teriam direito de prioridade na subscrição de ações preferenciais, proporcionalmente a suas participações, e de ações ordinárias somente até o limite necessário para evitar diluição de suas participações. Outros aspectos da legislação societária brasileira Os seguintes aspectos da legislação societária brasileira também são significativos: • as ações preferenciais representando 10% das ações em circulação não detidas pelos acionistas controladores têm direito a nomear um representante para o Conselho de Administração, • as divergências entre acionistas ou entre acionistas e nossa instituição ficam sujeitas a arbitragem, se disposto em nossos estatutos, • no caso de cancelamento de registro ou redução substancial da liquidez de nossas ações em resultado de compras pelos acionistas controladores, deverá ser feita uma oferta de compra por um preço equivalente ao valor justo da totalidade das ações em circulação, • a venda de controle exige que os acionistas façam uma oferta pelas ações ordinárias dos acionistas minoritários e, se previsto em nossos estatutos, pelas ações preferenciais dos minoritários, por um preço de compra equivalente a no mínimo 80% do preço por ação pago ao acionista controlador, • os acionistas têm direito de retirada em caso de cisão, unicamente se esta acarretar uma mudança do objeto social, uma redução dos dividendos obrigatórios ou a participação em um grupo de sociedades, • os acionistas controladores, os acionistas que nomeiam membros para o conselho de administração e para o conselho fiscal, os membros do conselho de administração e do conselho fiscal e os diretores executivos devem divulgar todas as compras ou vendas de nossas ações à CVM e à BOVESPA, • as empresas podem atender às exigências de divulgação de informações através da Internet, e • acionistas controladores diretos ou indiretos e acionistas que indiquem membros ao conselho de administração ou conselho fiscal, bem como qualquer pessoa física ou jurídica ou grupo de pessoas que atuem coletivamente ou representem os mesmos interesses, que respondam por uma participação, direta ou indireta, correspondente a 5% ou mais de um tipo ou classe de ações representativas do capital de uma companhia registrada em bolsa, devem notificar a companhia e sempre que tal participação aumentar em 5% com relação a um tipo ou classe de ações representativas do capital social da companhia. Nos casos em que a aquisição resulta ou foi efetuada com o objetivo de alterar a composição acionária de controle ou a estrutura da administração da sociedade, bem como nos casos em que a aquisição resulta na exigência da realização de uma oferta pública, o adquirente deve ainda publicar um aviso na mídia contendo 145 as informações legalmente exigidas sobre a operação. Cabe ao diretor de relações com investidores informar a CVM e, conforme o caso, a bolsa de valores ou mercado balcão organizado na qual as ações se qualificam para negociação. Forma e transferência De acordo com a legislação societária brasileira, todas as ações emitidas por empresas brasileiras devem ser nominativas e registradas no Registro de Ações Nominativas ou colocadas sob custódia de uma instituição financeira especialmente designada para executar os serviços de custódia para cada empresa. A transferência das ações é efetuada ou por um lançamento em nossos livros por meio de débito na conta de ações do cedente e crédito da conta de ações do cessionário ou por um registro feito pelo custodiante no caso de o conselho de administração autorizar a manutenção de nossas ações sob custódia de uma instituição financeira especificamente designada pelos acionistas para realizar serviços de registro. De acordo com nosso estatuto social (artigo 3, subitem 3.3), as ações estão em forma de ações escriturais e a transferência dessas ações é efetuada mediante uma solicitação à instituição financeira que controla o registro dessas ações, a Itaú Corretora de Valores. As transferências de ações preferenciais por um investidor estrangeiro são realizadas da mesma maneira e executadas pelo agente local do investidor em nome do investidor, exceto que, se o investimento original tiver sido registrado no Banco Central de acordo com os Regulamentos do Anexo IV, o investidor estrangeiro deverá também solicitar, se necessário, a alteração do certificado de registro, por intermédio de seu agente local, para comunicar a nova propriedade. A BOVESPA opera um sistema central de compensação. O detentor de nossas ações pode optar por participar desse sistema e todas as ações escolhidas para registro no sistema serão depositadas em custódia na bolsa de valores (por intermédio de uma instituição brasileira que esteja devidamente autorizada a funcionar pelo Banco Central ou pela CVM, conforme o caso, e que tenha uma conta de compensação com a bolsa de valores). O fato de essas ações estarem sujeitas à custódia na bolsa de valores será mostrado em nosso registro de acionistas. Cada acionista participante, por sua vez, será registrado em nosso registro de acionistas beneficiários mantido pela bolsa de valores e será tratado da mesma forma que os acionistas registrados. Limitações sobre titularidade dos valores mobiliários Exceto conforme descrito acima, não existem limitações sob a legislação brasileira em relação aos direitos dos acionistas não-residentes ou estrangeiros, de possuírem ações preferenciais sem direito a voto, de instituições financeiras brasileiras, incluindo os direitos de tais não residentes ou acionistas estrangeiros de possuírem ou exercerem direitos de voto em circunstâncias futuras, que possam conceder direitos de voto a tais acionistas. Nosso estatuto social reflete a inexistência dessas restrições em relação a nossas ações preferenciais. Capital registrado O montante de um investimento em ações preferenciais de um detentor não brasileiro, qualificado de acordo com a Resolução CMN no. 2.689 e com registro junto à CVM, ou por depositário representante desse detentor, está apto a ser registrado no Banco Central; além da repatriação do montante principal investido, tal registro (o montante registrado é designado capital registrado) permite a remessa de moeda estrangeira para o exterior, convertida à taxa do mercado comercial, equivalente ao montante distribuído dessa forma em reais em favor dessas ações preferenciais. O capital registrado para cada ação preferencial comprada no Brasil, e depositada com o depositário será equivalente a seu preço de compra (em dólares). O capital registrado referente a uma ação preferencial resgatada mediante entrega de uma ADS, será o equivalente em dólares dos EUA (i) ao preço médio da ação preferencial na bolsa de valores brasileira na qual for vendido o maior número dessas ações no dia do resgate ou (ii) se não tiverem sido vendidas ações preferenciais naquele dia, ao preço médio na bolsa de valores brasileira onde tiver sido vendido o maior número de ações preferenciais nos 15 pregões imediatamente anteriores ao resgate. O valor em dólares das ações preferenciais é apurado com base nas taxas médias do mercado comercial cotadas pelo Banco Central na data em questão (ou se o preço médio das ações preferenciais for apurado conforme a alínea (ii) da frase anterior, na média das taxas cotadas nos mesmos 15 dias usados para apurar o preço médio das ações preferenciais). O detentor não brasileiro de ações preferenciais pode sofrer atrasos para efetuar esse registro, o que pode atrasar as remessas para o exterior. Tais atrasos podem afetar negativamente o valor em dólares recebido pelo detentor não brasileiro. 146 10C. Contratos relevantes Aumento da participação acionária no Credicard e Orbitall e término da joint-venture com a Credicard Em 5 e 8 de novembro de 2004, o Itaú Holding e o Banco Itaucard S.A., anteriormente chamado Itaucard Financeira S.A. – Crédito, Financiamento e Investimento entraram em um acordo com determinadas empresas do grupo Unibanco e do grupo Citigroup para a modificação da estrutura acionária do Credicard e Orbitall. Com o fechamento das transações em 29 de dezembro de 2004, nossa participação acionária no Credicard aumentou de 33,33% para 50%, o Citigroup detinha os 50% restantes das ações da Credicard. Na mesma data, adquirimos a totalidade das ações da Orbitall, sobre a qual detínhamos anteriormente uma participação acionária de 33,33%. Em 30 de abril de 2006, o Credicard foi cindido e as contas de cartões de crédito foram divididas entre o Itaú e o Citibank. Na mesma data, a gestão compartilhada do Credicard, entre Itaú e Citibank, terminou e os ativos e passivos do Credicard foram transferidos para o Itaú ou continuaram com o Citibank, conforme o caso. A cisão aumentou nossa base de clientes de cartões de crédito em aproximadamente 4,4 milhões de cartões. A marca “Credicard” deverá ser usada por ambas as empresas, Itaú e grupo Citibank, até 31 de dezembro de 2008. Após essa data, a marca “Credicard” deverá ser usada exclusivamente pelas companhias do grupo Citibank. Aquisição das operações do BankBoston no Brasil, Chile e Uruguai Em 1º de maio de 2006, o Itaú Holding e a Itaúsa celebraram um contrato de aquisição, com o BAC, pelo qual o Itaú Holding comprometeu-se a adquirir as operações do BankBoston no Brasil, ou BankBoston Brasil. Na época da assinatura do contrato de aquisição, o BankBoston Brasil possuía 89 filiais e 210.000 clientes no Brasil. Em 1º de setembro de 2006, o Itaú Holding concluiu a aquisição do BankBoston Brasil, que incluiu os segmentos de gestão de ativos, uma significativa carteira de cartões de crédito e segmentos de pequenas, médias e grandes empresas. Adquirimos as operações do BankBoston Brasil através da emissão de 68.518.000 ações preferenciais sem direito a voto (que representavam cerca de 5,61% do total de ações, incluindo ações em tesouraria do Itaú Holding). Em 8 de agosto de 2006, o Itaú Holding e a Itaúsa celebraram contratos de aquisições com o BAC pelos quais o Itaú Holding comprometeu-se a adquirir as operações do BankBoston no Chile e Uruguai, bem como as operações do OCA no Uruguai, empresa de emissão de cartões de crédito. Na época da assinatura desses contratos de aquisição, o BankBoston no Chile possuía 44 agências e 58.000 clientes e o BankBoston no Uruguai possuía 15 agências. Adicionalmente, o OCA no Uruguai possuía 23 agências. O BankBoston no Uruguai e o OCA atendiam, em conjunto, aproximadamente 372.000 clientes nessa época. Em 26 de fevereiro de 2007, o Itaú Holding concluiu a aquisição das operações do BankBoston no Chile. Adquirimos essas operações por meio da emissão de 17.406.444 ações ordinárias (que representavam cerca de 1,42 % do total de ações, incluindo ações em tesouraria do Itaú Holding). Em 23 de março de 2007, o Itaú Holding concluiu a aquisição das operações do BankBoston no Uruguai. Adquirimos essas operações por meio da emissão de 3.130.392 ações ordinárias do Itaú Holding, representando aproximadamente 0,26% do total de ações, incluindo ações em tesouraria. O Itaú Holding e a Itaúsa celebraram um acordo de acionistas com o BAC, que entrou em vigor no momento da conclusão da aquisição do BankBoston Brasil em 1º de setembro de 2006. Conforme esse acordo, o BAC indicou um membro para o conselho de administração do Itaú Holding e sua participação acionária no Itaú Holding deverá se limitar a 20% das ações emitidas e em circulação representativas do capital social do Itaú Holding. As ações recém emitidas para o BAC estão sujeitas a restrição de vendas (lock-up) por um período de três anos e o BAC não terá direito de preferência (first refusal), detendo, porém, direito de venda conjunta (tag along rights) em uma eventual transferência de controle do Itaú Holding. Joint Venture com a XL Capital LTD. Em 31 de agosto 2006, o Itaú Holding celebrou um acordo com a XL Capital Ltd., or XL, para a criação da Itaú XL Seguros Corporativos S.A., ou Itaú XL, uma nova companhia de seguros no Brasil, que opera nos ramos de grandes riscos e seguros industriais (a saber, carteira de seguros comerciais e de responsabilidade civil). A administração acredita que a Itaú XL será beneficiada com o conhecimento e penetração do Banco Itaú no mercado brasileiro e com a experiência da XL na contratação de seguros de grandes riscos. Adicionalmente, a Itaú XL passou a ter acesso e terá condições de confiar nos recursos de resseguros oferecidos pela XL. A Itaú XL pretende realizar mudanças nas capacitação em resseguros da XL, para aproveitar as oportunidades que surgirão neste mercado, em conseqüência do novo cenário normativo no setor de resseguros brasileiro. 147 Consulte “Item 4.B. Visão Geral do Negócio – Banco de Varejo – Produtos de Seguros, Previdência e Capitalização – Grandes Riscos” Associação com a Aenik Em 3 de setembro de 2007, o Itaú Holding efetuou um acordo com a Aenik Participações Ltda., ou Aenik, para constituir e expandir a empresa denominada Kinea Investimentos S.A., ou Kinea, na qual o Banco Itaú S.A. detém 80% de participação e a Aenik, 20%. O objetivo da Kinea é administrar investimentos alternativos, focado na operação de fundos multimercados (Hedge Funds) e fundos de investimentos imobiliários (Real Estate Equity), e também fundos de private equity destinados a clientes de alta renda e institucionais. Joint Venture com a Lopes Em 28 de dezembro de 2007, o Itaú Holding, o Banco Itaú S.A., a LPS Brasil – Consultoria de Imóveis S.A., ou Lopes, a maior empresa de consultoria imobiliária e corretagem do Brasil, e a SATI – Assessoria Imobiliária Ltda., ou SATI, subsidiária da Lopes, celebraram uma joint venture segundo o qual o Itaú Holding e suas coligadas obtiveram, com exclusividade, o direito de distribuir e vender produtos e serviços financeiros no mercado imobiliário, durante 20 anos, para os clientes da Lopes, e os serviços são crédito hipotecário, financiamento de bens duráveis. Essa joint venture combinará o conhecimento e o canal de distribuição da Lopes no setor imobiliário com a inovação e a qualidade dos produtos financeiros do Itaú Holding. O acordo de joint venture também prevê a constituição de uma empresa, com 50% de participação do Banco Itaú S.A. e 50% da SATI. Os principais objetivos desta empresa serão ampliar o acesso ao crédito, principalmente no mercado secundário (de imóveis usados), através da oferta, com exclusividade, dos produtos e serviços financeiros do Itaú Holding e de suas coligadas para os clientes da Lopes, pelo prazo de 20 anos. 10D. Controles cambiais Não existem restrições sobre a titularidade de nossas ações ordinárias por pessoas físicas ou pessoas jurídicas domiciliadas fora do Brasil. Entretanto, o direito de converter os pagamentos de dividendos e resultados das vendas de nossas ações em moeda estrangeira e de remeter esses montantes ao exterior está sujeito a restrições da legislação sobre investimentos estrangeiros que geralmente exigem, entre outras coisas, que o investimento em questão seja registrado no Banco Central e na CVM. Os investidores estrangeiros devem registrar seus investimentos diretos em nossas ações ordinárias nos termos da Lei no. 4.131, de 3 de setembro de 1962, ou da Resolução no. 2.689, de 6 de janeiro de 2000. O registro de acordo com a Resolução nº 2.689 concede um tratamento fiscal favorável a investidores estrangeiros não residentes em paraísos fiscais (isto é, países que não cobram o imposto de renda ou cuja alíquota máxima de imposto de renda é inferior a 20%), conforme definido pela legislação fiscal brasileira. Consulte o “Item 10E. Tributação – Considerações sobre impostos brasileiros” para maiores informações. De acordo com a Resolução nº 2.689, os investidores estrangeiros podem investir em quase todos os ativos financeiros e realizar quase todas as transações disponíveis nos mercados financeiros e de capitais brasileiros, desde que certas exigências sejam atendidas. Nos termos da Resolução nº 2.689, a definição de investidor estrangeiro inclui pessoas físicas, pessoas jurídicas, fundos mútuos e outras entidades de investimento coletivo, domiciliadas ou sediadas no exterior. Nos termos da Resolução nº 2.689, um investidor estrangeiro deve: • nomear pelo menos um representante no Brasil com poderes para executar atos relacionados a seu investimento, • nomear um custodiante autorizado no Brasil para seu investimento, • registrar-se como investidor estrangeiro na CVM, e • registrar seu investimento estrangeiro no Banco Central. Adicionalmente, o investidor com operações nos termos dos dispositivos da Resolução no. 2.689 deve ser registrado na Receita Federal, de acordo com a Instrução Normativa no. 748 da Receita, datada de 28 de junho de 2007. Esse processo de registro é realizado pelo seu representante legal no Brasil. 148 As ações e outros ativos financeiros detidos por investidores estrangeiros de acordo com a Resolução nº 2.689 devem ser registrados ou mantidos em contas de depósito ou sob custódia de uma entidade autorizada pelo Banco Central ou pela CVM. Adicionalmente, a negociação de ações está restrita às transações realizadas nas bolsas de valores ou por meio de mercados de balcão organizados autorizados pela CVM, exceto por transferências resultantes de uma reorganização societária, ou que ocorrem quando da morte do investidor nos termos da lei ou vontade. Consulte o “Item 10B. Estatuto Social – Forma e transferência” para maiores detalhes. 10E. Tributação Este resumo contém uma descrição das principais conseqüências fiscais no Brasil e nos Estados Unidos com relação à compra, titularidade e alienação das ações preferenciais ou das ADSs, contudo, não apresenta uma descrição completa de todas as considerações tributárias que possam ser relevantes para essas questões. Este resumo tem como base a legislação fiscal em vigor nesta data no Brasil e nos Estados Unidos, e está sujeito a mudanças e a diferentes interpretações (possivelmente com efeitos retroativos). Futuros compradores de ações preferenciais ou de ADSs devem consultar seus consultores fiscais com relação às conseqüências fiscais no Brasil, nos Estados Unidos ou outras jurisdições no que se refere à compra, propriedade e alienação das ações preferenciais e ADSs, em particular, inclusive o efeito de legislação fiscal estrangeira, estadual ou local. Embora não exista, no momento, nenhum tratado de tributação entre o Brasil e os Estados Unidos, as autoridades fiscais dos dois países têm mantido discussões que podem culminar em tal tratado. Não podemos assegurar, contudo, se ou quando o tratado entrará em vigor ou como ele afetará o detentor nos EUA (conforme definido a seguir) de ações preferenciais ou de ADSs. Os compradores potenciais de ações preferenciais ou de ADSs devem consultar seus assessores tributários com relação às conseqüências fiscais no que se refere à compra, propriedade e alienação das ações preferenciais e ADSs, em particular o efeito de legislação fiscal não dos Estados Unidos e não do Brasil, estadual ou local. Considerações sobre os Tributos Brasileiros A discussão a seguir resume as principais conseqüências fiscais brasileiras da aquisição, propriedade e alienação das ações preferenciais ou das ADSs por um detentor que não é domiciliado no Brasil para fins de tributação brasileira ou por um detentor de ações preferenciais com um investimento em ações preferenciais registradas no Banco Central como um investimento em dólar dos EUA (em cada caso, um detentor não brasileiro). Esta discussão baseia-se na legislação brasileira atualmente em vigor, que está sujeita a modificações. Qualquer modificação nessa legislação pode alterar as conseqüências descritas a seguir. Cada detentor não brasileiro deverá consultar seu próprio consultor tributário com relação às conseqüências fiscais brasileiras de um investimento em ações preferenciais ou em ADSs. As ações preferenciais podem ser registradas conforme a Resolução Nº 2.689 do CMN. As disposições da Resolução Nº 2.689 permitem aos investidores estrangeiros investir em quase todos os ativos financeiros e se envolver em quase todas as transações disponíveis nos mercados financeiros e de capitais brasileiros, desde que as exigências descritas a seguir sejam cumpridas. De acordo com a Resolução Nº 2.689, a definição de investidor estrangeiro inclui pessoas físicas, pessoas jurídicas, fundos mútuos e outras entidades de investimento coletivo, domiciliadas ou com sede no exterior. De acordo com essas instruções, um investidor estrangeiro deve: • nomear pelo menos um representante no Brasil com poderes para tomar medidas relacionadas ao investimento estrangeiro, • preencher o formulário de registro de investidor estrangeiro apropriado, • registrar-se como investidor estrangeiro na CVM, e • registrar o investimento estrangeiro no Banco Central. De acordo com a Resolução Nº 2.689, os títulos e valores mobiliários e outros ativos financeiros detidos por investidores estrangeiros precisam ser registrados ou mantidos em contas de depósito ou sob custódia de uma entidade licenciada pelo Banco Central ou pela CVM. Além disso, a negociação de títulos e 149 valores mobiliários está restrita às transações realizadas nas bolsas de valores ou mercados de balcão organizados licenciados pela CVM. Tributação de Dividendos O pagamento de dividendos à entidade depositária dos ADSs ou aos detentores de ações preferenciais que não sejam brasileiros, decorrentes de lucros gerados a partir de 1º de janeiro de 1996, inclusive dividendos pagos em espécie, está isento da retenção do imposto de renda na fonte no Brasil. Os dividendos em ações com relação aos lucros gerados antes de 1º de janeiro de 1996 não estão sujeitos a impostos brasileiros, desde que a ação não seja resgatada por nós ou vendida no Brasil dentro de um período de cinco anos após distribuição dos dividendos em ações, nem tenha havido redução de capital nos cinco anos anteriores à distribuição dos dividendos em ações. Todavia, na alienação dessas ações, considera-se que o custo delas é zero (mesmo que a alienação se dê após 5 anos à distribuição dos dividendos em ações). Os dividendos em dinheiro relacionados a lucros gerados antes de 1º de janeiro de 1996 podem estar sujeitos ao imposto de renda na fonte brasileiro a alíquotas que variam dependendo do ano em que os lucros foram gerados. Juros sobre o Capital Próprio A distribuição aos acionistas de juros sobre o capital próprio no que se refere às ações preferenciais ou ordinárias como forma alternativa de distribuição de dividendos aos acionistas que são brasileiros residentes ou brasileiros não residentes, inclusive detentores de ADSs, está sujeita ao imposto de renda na fonte à alíquota de 15%. Se a distribuição de juros sobre o capital próprio for feita a um beneficiário residente ou domiciliado em uma jurisdição de paraíso fiscal, o pagamento de juros estará sujeito à retenção de imposto de renda à alíquota de 25% (não sendo aplicável a alíquota de 15%). Esses pagamentos, sujeitos a determinadas limitações, são dedutíveis da apuração do lucro tributável para efeito de imposto de renda no Brasil e, a partir de 1997, também são dedutíveis da apuração do lucro tributável para fins da contribuição social sobre o lucro líquido, assim que o valor dos juros é creditado no passivo da companhia distribuidora (já se sabendo quanto cabe a cada acionista) ou pago ao acionista, o que ocorrer primeiro. Na medida em que esse pagamento é tratado como parte de um dividendo obrigatório, de acordo com a legislação brasileira atual, os juros sobre o capital próprio pagos aos acionistas são descontados do valor de dividendo obrigatório a ser pago aos acionistas. Mas, se o valor do juros sobre o capital próprio tiver superado o valor de dividendo obrigatório, aquele valor não será restituído pelos acionistas, mas será considerado como espécie de dividendo adicional. A competência para a deliberação sobre a distribuição de juros sobre o capital próprio é do nosso Conselho de Administração, embora a aprovação da destinação dos lucros seja de competência da assembléia geral que aprova as demonstrações contábeis. Tributação de Ganhos Os ganhos realizados no exterior por um detentor não brasileiro na alienação das ADSs para outro detentor não brasileiro não estão sujeitos à tributação brasileira. Entretanto, com a publicação da Lei nº 10.833/03, a alienação de ativos situados no Brasil por um detentor não brasileiro, seja para outro detentor não brasileiro, seja para um detentor brasileiro, pode estar sujeita à tributação no Brasil. Os ADSs não se enquadram na definição de ativos situados no Brasil a que a Lei 10.083/03 se refere, mas, devido à falta de clareza da norma e à ausência de jurisprudência sobre sua aplicação, não há como se afirmar se esse entendimento prevalecerá nos tribunais. O resgate de ADSs em troca de ações preferenciais pode não estar sujeito à tributação brasileira. Dizse, pode não estar sujeito, pois, embora haja boas fundamentações para sustentar esse entendimento, a interpretação não foi confirmada pelo fisco (este pode discordar). O depósito de ações preferenciais em troca de ADSs está sujeito à tributação de ganho de capital brasileiro (se as ações preferenciais tiverem sido adquiridas com recursos que não ingressaram no País na forma da Resolução 2.689/00 do Conselho Monetário Nacional), se o montante anteriormente registrado no Banco Central como investimento estrangeiro em ações preferenciais for menor que (1) o preço médio por ação preferencial em uma bolsa de valores brasileira na qual o maior número dessas ações foram vendidas no dia do depósito; ou (2) se nenhuma ação preferencial foi vendida naquele dia, o preço médio na bolsa de valores brasileira na qual o maior número de ações preferenciais foram vendidas nas 15 sessões de negociação imediatamente precedentes àquele depósito. Neste caso, a diferença entre o montante anteriormente registrado e o preço médio das ações preferenciais, calculado como mencionado acima, será considerada ganho de capital, sujeito ao IR à alíquota de 15% ou de 25% se o detentor não brasileiro for residente em “paraíso fiscal”. O depósito de ações preferenciais em troca de ADSs pode não estar sujeito à tributação de ganho de capital brasileiro, se as ações 150 preferenciais tiverem sido adquiridas de recursos que ingressaram no País na forma da Resolução 2.689/00 do Conselho Monetário Nacional e os recursos não forem oriundos de “paraíso fiscal”. Não pode estar sujeito, pois, embora haja fortes fundamentações sustentando esse entendimento, a interpretação não tenha sido confirmada pelo fisco (este pode discordar). No recebimento das ações preferenciais subjacentes aos ADSs, o detentor não brasileiro registrado de acordo com a Resolução 2.689/00 do Conselho Monetário Nacional terá direito a registrar o valor em dólares dos EUA destas ações conforme o valor apurado acima. Contudo, se este detentor não brasileiro não se registrar de acordo com a Resolução 2.689/00, estará sujeito a tratamento fiscal menos favorável, conforme descrito a seguir. Os detentores não brasileiros estão sujeitos à tributação no Brasil sobre os ganhos realizados sobre vendas de ações preferenciais que ocorram no Brasil, inclusive como resultado de resgate, o cancelamento de ADSs. Os detentores não brasileiros em geral estão sujeitos ao imposto de renda à alíquota de 15% sobre ganhos realizados sobre vendas ou trocas de ações preferenciais que ocorram no Brasil, fora das bolsas brasileiras. Todavia, nessas vendas ou trocas fora de bolsas brasileiras, será imposta a alíquota de 25% sobre os ganhos, caso os detentores não brasileiros sejam residentes em “paraíso fiscal”. Em caso de ganhos obtidos nas bolsas brasileiras de futuros e commodities, em geral a alíquota aplicável é de 15%. Mas, se esses ganhos forem de day trade (em bolsas brasileiras), os ganhos obtidos estão sujeitos ao IR à alíquota de 20%. Os ganhos líquidos auferidos em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros, e assemelhadas, exceto day trade e os ganhos em operações realizadas no mercado de balcão, com intermediação, bem como em mercados de liquidação futura fora de bolsa sujeitam-se também à incidência do imposto de renda na fonte a uma alíquota de 0,005%. Esse imposto poderá ser deduzido do imposto sobre ganhos líquidos apurados no mês da retenção, ou compensado com o imposto incidente sobre ganhos líquidos apurados nos meses subseqüentes ao da retenção, no ano-calendário em que esta tenha ocorrido. Os rendimentos auferidos em operações day trade realizadas em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte a uma alíquota de 1%. O valor do imposto de renda retido na fonte poderá ser compensado, com o imposto de renda incidente sobre ganhos líquidos apurados no próprio mês ou em meses subseqüentes: isto é, o imposto retido na fonte será compensável com o IR devido à alíquota de 15% e de 20%, no caso de day trade. O tratamento acima descrito é o aplicável inclusive para os detentores não brasileiros, cujos recursos sejam oriundos de “paraíso fiscal”. Para os detentores não brasileiros que receberam as ações preferenciais subjacentes aos ADSs, e que tenham registrado essas ações (seu valor) de acordo com a Resolução 2.689/00 do Conselho Monetário Nacional, e cujos recursos não sejam oriundos de “paraíso fiscal”, os ganhos auferidos na vendas das ações em bolsas brasileiras são isentos de IR. Na venda das ações preferenciais, subjacentes aos ADSs possuídos por detentores não brasileiros, (ou seja, venda das ações preferenciais sem que estas tenham sido entregues ao detentor não brasileiro em substituição aos ADSs por esse possuídos), se tal venda ocorrer em bolsas brasileiras, os ganhos são isentos de IR, desde que cumpridas as normas regulamentares do Conselho Monetário Nacional e do Banco Central, e os recursos ingressados no Brasil na aquisição das ações não tenham sido oriundos de “paraíso fiscal”. Nenhum exercício de direitos de preferência referente às ações preferenciais estará sujeito à tributação brasileira. Se as vendas ou cessão de direitos de preferência, relacionados às ações preferenciais, por um detentor de ações preferenciais ou por um depositário em nome de detentores de ADSs, forem realizadas no Brasil, mas fora de bolsas brasileiras, desde que os recursos do detentor dos direitos de preferência não sejam oriundos de “paraíso fiscal”, os ganhos nessas vendas ou cessões estarão sujeito ao IR à alíquota de 10%. Nessas mesmas condições, se tais vendas ou cessões ocorrerem em bolsas brasileiras, os ganhos estarão isentos de IR. Se os recursos do detentor forem oriundos de “paraíso fiscal”, e tais vendas ou cessões se derem em bolsa, os ganhos estarão sujeitos ao IR à alíquota de 15%; se tais vendas ou cessões se derem fora de bolsa, sendo os recursos oriundos de “paraíso fiscal” ou nele residente o detentor, tais ganhos estarão sujeitos ao IR, como ganho de capital, à alíquota de 25%. Beneficiários Residentes ou Domiciliados em Paraísos Fiscais ou Jurisdição de Impostos Baixos A legislação brasileira define jurisdições de paraíso fiscal como os países ou localidades que não cobram imposto de renda ou cuja alíquota máxima deste imposto é de 20% ou quando as leis daquele país ou localidade impõem restrições à composição acionária ou titularidade dos investimentos. Exceto por determinadas situações, a receita derivada de operações de beneficiário, residente ou domiciliado em país considerado como jurisdição de paraíso fiscal, está sujeita ao imposto de renda na fonte à alíquota de 25%. 151 Tributação de operações de câmbio De acordo com o Decreto 6.306/07, alterado pelos Decretos 6.339/08, 6.445/08, 6.391/08 e 6.354/08, o IOF/Câmbio pode incidir sobre as operações de câmbio. As alíquotas do IOF são fixadas pelo poder executivo, que deve observar o limite máximo de 25%. As taxas de IOF imposta para operações de câmbio, realizadas por investidor estrangeiro, para aplicações nos mercados financeiros e de capitais de 0,38%, 1,5% ou mesmo zero. Dependendo da forma e da época de ingresso dos recursos estrangeiros no País, poderá ser devido o IOF na saída de recursos e na entrada de recursos no Brasil (isso poderá valer inclusive quando se fizer mera troca da modalidade de investimento, pois, em diversos casos dessa troca, será obrigatória a realização de operação simultânea de câmbio de saída e reingresso de recursos). Se os recursos ingressarem no País na forma da Resolução 2.689/00 do Conselho Monetário Nacional, ou na forma de sua Resolução 1.927 (que regulamenta o programa de DR’s), para aplicação em bolsas no País, ou para aquisição de ações em oferta pública ou para subscrição de ações (desde que em ambas as hipóteses a companhia emissora seja registrada na CVM), será aplicável a alíquota zero de IOF. No quadro das aplicações ora expostas, na saída dos recursos do País também incidirá a alíquota zero de IOF, assim como na remessa de juros sobre o capital próprio e de dividendos. Tributação de transações envolvendo obrigações títulos e valores mobiliários (IOF/Títulos) O imposto sobre transações envolvendo títulos e valores mobiliários, ou IOF/Títulos, também incide sobre aquisição, cessão, resgate, repactuação ou pagamento para liquidação de títulos e valores mobiliários, mesmo se essas operações forem realizadas em uma bolsa de valores brasileira. O IOF/Títulos será cobrado a uma alíquota de até 1,5% ao dia sobre o valor das operações com títulos e valores mobiliários. A alíquota do IOF/Títulos nas operações com ações preferenciais e ADSs atualmente é zero, mas o poder executivo do governo brasileiro pode aumentá-la, observando o limite de 1,5% ao dia. Em caso de aumento da alíquota, a nova alíquota será aplicável somente sobre os ganhos que forem apurados após a elevação. A alíquota do IOF/Títulos pode ser superior a zero em alguns casos, entre eles se o investidor vender ou resgatar sua cota de investimento durante o período de carência enquanto os respectivos ganhos ainda estiverem sendo creditados. Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) A CPMF era um tributo sobre operações financeiras, que tinha uma alíquota de 0,38% e que deixou de ser cobrado a partir de 1º de janeiro de 2008. Como regra geral, a CPMF incidia sobre os lançamentos a débito em conta bancária. Atualmente, a CPMF não é mais cobrada, mas muito se discute sobre a possibilidade ou não da volta de sua cobrança, sendo que, até o momento, não há como se afirmar se esse tributo voltará a ser cobrado. Outros impostos brasileiros Não há tributação brasileira sobre herança, doações ou sucessão incidentes sobre a transmissão da propriedade ou da nua-propriedade (propriedade sem usufruto do bem) de ações preferenciais ou de ADSs, ou sobre a constituição de usufruto gratuito sobre tais ações ou ADS’s, por um detentor não brasileiro e não residente no Brasil, exceto impostos sobre doação, herança e legado que são cobrados por alguns estados do Brasil sobre doações feitas ou heranças ou legados concedidos, quando eles forem realizados nesses estados do Brasil, ou, se realizados no exterior, o donatário, herdeiro ou legatário for domiciliado nesses estados do Brasil. Não há no Brasil impostos sobre selo, emissão, registro ou impostos similares ou obrigações pagas por detentores de ações preferenciais ou de ADSs. Capital Registrado O montante de um investimento em ações preferenciais de um detentor não brasileiro, qualificado de acordo com a Resolução No. 2.689 da CMN e com registro junto a CVM, ou por depositário representante desse detentor, está qualificado para registro no Banco Central; tal registro (o montante registrado é referido como capital registrado) permite a remessa de moeda estrangeira para o exterior, convertida pela taxa comercial do mercado, adquirida com os recursos de distribuição, e montantes realizados com relação à distribuição dessas ações preferenciais. O capital registrado para cada ação preferencial comprada no Brasil após esta data e depositado com o depositário será igual ao seu preço de compra (em dólares do EUA). 152 O detentor não brasileiro de ações preferenciais pode experimentar demoras em efetuar esse registro, o que pode atrasar as remessas ao exterior. Essa demora pode adversamente afetar o montante, em dólares dos EUA, recebido pelo detentor não brasileiro. Considerações sobre o imposto de renda federal dos EUA Apresentamos a seguir um resumo geral das principais considerações em termos de imposto de renda federal dos EUA da compra, da propriedade e a alienação de nossas ações preferenciais ou ADSs que podem ser relevantes para o detentor dos EUA (como definido a seguir) de tais ações ou ADSs. Nesta exposição, “detentor dos EUA” é o usufrutuário de nossas ações preferenciais ou ADSs que é, para fins de imposto de renda federal dos EUA: • uma pessoa física que é cidadão dos EUA ou estrangeiro residente nos EUA, • uma empresa ou entidade tratada como sociedade para fins do imposto de renda federal dos EUA, constituída de acordo com as leis dos Estados Unidos ou de um de seus estados (ou o Distrito de Colúmbia), • um espólio cuja renda esteja sujeita ao imposto de renda federal dos EUA, independentemente de sua origem, ou • um truste, se (i) um tribunal dos Estados Unidos puder exercer a supervisão básica da administração do truste, e uma ou mais pessoas dos EUA tiverem poderes para controlar todas as decisões importantes do truste ou (ii) o truste tiver optado, de acordo com os regulamentos aplicáveis do Tesouro, por ser tratado como pessoa dos EUA. Se uma associação detiver nossas ações preferenciais ou ADSs, em geral o tratamento para fins de imposto de renda federal dos EUA dado a um sócio dependerá da situação do referido sócio e das atividades da associação. Os sócios de associações detentores de nossas ações preferenciais ou ADSs devem consultar seus assessores tributários. Em geral, para fins de imposto de renda federal nos Estados Unidos, os detentores de American Depositary Receipts que comprovam as ADSs serão tratados como usufrutuários de ações preferenciais representadas por essas ADSs. Os depósitos e retiradas de nossas ações preferenciais por detentores dos Estados Unidos em troca de ADSs não resultarão na realização de ganho ou prejuízo para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos. Esta discussão não aborda todos os aspectos das considerações sobre o imposto de renda federal dos Estados Unidos que podem ser importantes a um detentor dos Estados Unidos à luz de circunstâncias especiais, e não aborda qualquer aspecto da legislação fiscal estadual, municipal ou não dos Estados Unidos. Além disso, esta discussão trata apenas de nossas ações preferenciais ou ADSs que serão mantidas por um detentor dos Estados Unidos como bens de capital (em geral, bens detidos para investimento), e não se aplica a detentores dos Estados Unidos que podem estar sujeitos a normas fiscais especiais, tais como bancos, companhias de seguros, distribuidoras de valores mobiliários, associações (partnerships) ou outras entidades classificadas como associações para fins de imposto de renda federal nos Estados Unidos, organizações isentas de impostos, pessoas detentoras de nossas ações preferenciais ou ADSs como parte de um investimento integrado (inclusive straddle), pessoas detentoras diretamente, indiretamente ou supostamente de 10% ou mais das nossas ações com direito a voto e pessoas cuja “moeda funcional” não seja o dólar dos EUA. Esta discussão baseia-se nas disposições do Código da Receita Federal dos Estados Unidos de 1986, com alterações (“Código”), disciplinado por regulamentos do Tesouro, e suas interpretações administrativas e jurídicas, em vigor nesta data, todos sujeitos a mudanças, com possível efeito retroativo, e a diferentes interpretações. Aconselhamos os detentores dos Estados Unidos a consultarem seus assessores a respeito das conseqüências mais importantes da detenção de ações preferenciais ou ADSs tendo em vista de suas situações particulares, incluindo o efeito de leis estaduais e municipais dos Estados Unidos ou de outros países. Exceto quando especificamente descrito abaixo, esta discussão assume que não somos uma empresa de investimento estrangeiro passivo, ou PFIC, para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos. Para maiores detalhes, pedimos consultar o item “Normas relativas a empresas de investimento estrangeiro passivo” abaixo. Além disso, esta discussão não destaca as conseqüências da alternativa de tributação mínima de deter ações preferenciais ou ADSs. 153 Tributação de distribuições Em geral, as distribuições referentes às nossas ações preferenciais ou ADSs (que provavelmente incluiriam distribuições de juros sobre o capital próprio, como descrito acima em “Considerações sobre impostos brasileiros – Juros sobre o capital próprio”) na medida em que forem feitas com lucros correntes ou acumulados, como determinado de acordo com os princípios do imposto de renda federal dos EUA, constituirão dividendos para fins do imposto de renda federal dos EUA, quando implicitamente ou efetivamente pago. Se uma distribuição ultrapassar o valor de nossos lucros correntes e acumulados, o excedente será tratado primeiro como rendimento não tributável de capital na proporção da base tributária do detentor dos Estados Unidos de nossas ações preferenciais ou ADSs, e acima disso, como ganho de capital, e serão ganhos de capital de longo ou curto prazo dependendo se o detentor de ações preferenciais ou ADSs dos EUA as mantém por mais de um ano. Como usado a seguir, o termo “dividendo” significa uma distribuição que constitui um dividendo para fins do imposto de renda federal dos EUA. O valor bruto de qualquer dividendo tributável (incluindo valores retidos na fonte no Brasil) pago com referência a nossas ações preferenciais ou ADSs, estará em geral sujeito à tributação federal nos Estados Unidos como receita normal de dividendos, não se enquadrando na dedução de dividendos recebidos permitida a empresas. Para fins de crédito fiscal nos Estados Unidos, o dividendo será receita de fontes fora dos Estados Unidos e sujeito a diversas classificações e outras limitações. Sujeito às limitações aplicáveis em geral no âmbito da legislação de imposto de renda federal dos EUA, o eventual imposto retido na fonte no Brasil sobre esses dividendos dará direito a crédito contra o passivo de imposto de renda federal dos EUA de um detentor dos EUA (ou, se o detentor dos EUA optar por não reivindicar um crédito de imposto de renda para o exercício tributável, no exterior, todos os impostos de renda estrangeiros pagos podem ser deduzidos no cálculo da renda tributável nos EUA do detentor dos EUA). Em geral, há regras especiais para o cálculo de créditos fiscais no exterior com respeito à receita de dividendos que está sujeita a alíquotas especiais do imposto de renda federal dos EUA (discutido abaixo). Os detentores dos EUA devem estar cientes de que o Departamento da Receita Federal dos EUA (“IRS”) expressou preocupação no sentido de que as pessoas às quais são entregues ADSs estejam praticando atos que impossibilitam a reivindicação de créditos de imposto estrangeiro por parte de detentores dos EUA de ADSs. Dessa forma, a discussão acima sobre a possibilidade de crédito do imposto retido na fonte no Brasil sobre os dividendos poderia ser afetada por futuras medidas do IRS. As normas relativas a créditos de imposto no exterior são complexas e é aconselhável que o detentor dos EUA consulte seus assessores tributários sobre a disponibilidade de créditos de imposto no exterior em seu caso específico. Sujeito a certas exceções para posições de curto prazo e protegidas (hedged), o valor em dólares dos EUA de dividendos recebidos por certos detentores dos EUA (inclusive pessoas físicas) antes de 1º de janeiro de 2011 com respeito aos ADSs estará sujeito à tributação a uma alíquota máxima de 15% se os dividendos representarem “receita qualificada de dividendos”. Os dividendos pagos sobre as ADSs serão tratados como receita de dividendos qualificados se (i) as ADSs forem prontamente negociáveis em um mercado acionário firmado nos Estados Unidos e (ii) não tivermos sido no ano anterior àquele em que o dividendo foi pago e não formos no ano em que o dividendo é pago uma empresa de investimento estrangeiro passivo (“PFIC”). As ADSs estão registradas na Bolsa de Valores de Nova York, e podem se qualificar como prontamente negociáveis em um mercado acionário firmado nos Estados Unidos, desde que estejam registradas. A discussão sobre a apuração da PFIC se encontra abaixo. Com base nas atuais diretrizes, não está inteiramente claro se os dividendos recebidos com respeito às ações preferenciais serão tratados como renda de dividendos qualificados, porque as ações preferenciais, em si, não são registradas em bolsa de valores dos Estados Unidos. Além disso, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou a intenção de promulgar regras segundo as quais os detentores de ADSs ou ações preferenciais e intermediários por meio dos quais tais valores mobiliários são mantidos poderão utilizar certificados dos emissores para determinar que os dividendos sejam tratados como receita qualificada de dividendos. Como tais procedimentos ainda não foram emitidos, não se pode assegurar que seríamos capazes de cumpri-los. Os detentores dos EUA devem consultar seus assessores fiscais sobre a possibilidade de tributação dos dividendos a uma alíquota preferencial nos seus casos específicos. Os dividendos pagos em moeda brasileira são incluídos na receita bruta dos detentores dos EUA, em um valor em dólares calculado por referência à taxa de câmbio vigente na data que os detentores dos EUA recebem os dividendos ou, no caso de dividendos recebidos com respeito as ADSs, na data em que os dividendos forem recebidos pelo depositário, quer sejam ou não convertidos em dólares dos EUA. A base de imposto do detentor dos EUA de distribuições em moeda brasileira será equivalente ao valor incluído na renda bruta, e os ganhos ou perdas reconhecidos na subseqüente alienação da moeda brasileira serão considerados em geral receita ou prejuízo normais de origem dos EUA. Se os dividendos pagos em moeda brasileira forem convertidos em dólares no dia em que o detentor dos EUA ou o depositário, conforme o caso, receber os 154 dividendos, em geral o detentor dos EUA não precisará reconhecer ganho ou perda cambial com relação à receita de dividendos. Os detentores dos EUA devem consultar seus assessores tributários a respeito do tratamento de ganhos ou perdas cambiais que receberem ou que o depositário receber por eles em moeda brasileira não convertida em dólares dos EUA na data do recebimento. Tributação de ganhos de capital Em geral, os ganhos ou prejuízos, se houver, realizados na venda ou outra alienação tributável de ações preferenciais ou ADSs, estarão sujeitos à tributação federal dos Estados Unidos sobre ganho ou prejuízo de capital em montante igual à diferença entre o montante realizado (incluindo o valor bruto da receita da venda ou outra alienação tributável antes da dedução de qualquer imposto brasileiro) na venda ou outra alienação tributável e a base de imposto ajustada do detentor dos EUA em nossas ações preferenciais ou ADSs. Tal ganho ou perda de capital será ganho ou perda de capital a longo prazo se, na ocasião da venda ou outra alienação tributável, o detentor dos EUA tiver detido as nossas ações preferenciais ou ADSs por mais de um ano. Alguns detentores dos EUA não empresariais (incluindo pessoas físicas) têm direito a alíquotas preferenciais de imposto de renda federal dos EUA com relação a alguns ganhos de capital de longo prazo. O Código impõe certos limites à dedutibilidade das perdas de capital. O eventual ganho (ou prejuízo) reconhecido por um detentor dos EUA na venda ou outra alienação tributável de nossas ações preferenciais ou ADS será em geral tratado como renda de fonte de renda dos EUA para fins de crédito de imposto no exterior dos EUA. Conseqüentemente, se houver retenção de imposto na fonte no Brasil sobre a venda ou outra alienação tributável das ações preferenciais, um detentor dos EUA poderá não obter nos Estados Unidos benefícios de crédito de imposto estrangeiro dos EUA relativos ao imposto retido na fonte no Brasil se tal detentor dos EUA não receber receitas suficientes de origens estrangeiras diversas. Alternativamente, o detentor dos EUA deve efetuar uma dedução dos impostos brasileiros se eles não puderem ser utilizados para requerer crédito tributário estrangeiro para qualquer tributo estrangeiro pago durante o ano fiscal. Os detentores dos EUA devem consultar seus assessores tributários com respeito à aplicação das normas dos EUA sobre imposto no exterior a seu investimento em ações preferenciais ou ADSs e correspondente alienação. Normas relativas a empresas de investimento estrangeiro passivo Existem nos Estados Unidos normas de imposto de renda federal especiais para pessoas dos EUA que detêm ações de uma PFIC. Em geral, uma empresa não dos EUA é classificada como PFIC para fins de imposto de renda federal dos EUA em qualquer ano tributável em que, depois da aplicação das normas relevantes com respeito à renda e aos ativos de subsidiárias: • pelo menos 75% de sua receita bruta for “receita passiva” ou • em média, pelo menos 50% do valor bruto de seus ativos for proveniente de ativos que geram receita passiva ou for detido para a geração de receita passiva. Para tal fim, renda passiva em geral inclui, entre outros elementos, dividendos, juros, aluguéis, royalties, ganhos na alienação de ativos passivos e ganhos em operações com commodities. A aplicação das normas relativas às PFICs de bancos são obscuras na lei vigente de imposto de renda federal dos EUA. Os bancos geralmente têm uma parte substancial de suas receitas derivada de ativos remunerados ou por juros ou que poderiam, de outra forma, serem considerados passivos segundo as regras da PFIC. O IRS emitiu um aviso e propôs normas que excluem da receita passiva qualquer receita derivado do ativo na condução de atividades bancárias por um banco estrangeiro qualificado (“Exceção de Banco Ativo”). O aviso do IRS e as normas propostas têm disposições diferentes para qualificar um banco estrangeiro e apurar a receita de bancos que podem ser excluídas da receita passiva de acordo com a exceção de banco ativo. Além disso, as normas propostas têm sido discutidas desde 1994. Com base em nossas estimativas de receita bruta projetada e ativo bruto, acreditamos que não seremos classificados como PFIC no último exercício fiscal ou nos exercícios fiscais correntes ou futuros. A decisão de se somos uma PFIC, no entanto, é realizada anualmente com base na composição de nossa receita e ativos (incluindo, entre outros, entidades em que detemos pelo menos 25% de participação) e a natureza de nossas operações (incluindo nossa capacidade de nos qualificarmos como Exceção de Banco Ativo). Como as normas definitivas não foram emitidas e o aviso e as normas propostas são inconsistentes, não há garantias de que atenderemos os requisitos de exceção de banco ativo referente a qualquer exercício tributável. 155 Com base em algumas estimativas de nossa receita bruta e ativos brutos atuais e projetados e na Exceção de Banco Ativo, não acreditamos que nossas ações preferenciais ou ADSs sejam consideradas ações de uma PFIC no exercício em curso ou em exercícios do futuro previsível. No entanto, como a determinação do fato de nossas ações preferenciais ou ADSs constituírem ou não ações de PFIC feita anualmente tem por base a composição de nossa receita e ativos (incluindo, entre outras, entidades nas quais detemos uma participação de no mínimo 25%), e a natureza de nossas atividades (incluindo a capacidade de nos enquadrarmos na Exceção de Banco Ativo), de tempos em tempos, não podemos assegurar aos detentores dos EUA que nossas ações preferenciais ou ADSs não serão consideradas ações de uma PFIC em qualquer ano dado. Os detentores dos EUA, especificamente, devem estar conscientes de que não obteremos o parecer de um advogado e não procuraremos obter um parecer do IRS sobre a nossa apuração de PFIC. Se nossas ações preferenciais ou ADSs forem ações de uma PFIC em qualquer ano dado, os detentores dos EUA (incluindo alguns detentores dos EUA indiretos) podem sofrer conseqüências tributárias negativas na venda ou outra forma de alienação das ações preferenciais ou ADS, ou por ocasião do recebimento de algumas de nossas distribuições e (entre elas a possível cobrança de um encargo de juros sobre ganhos ou “distribuições excedentes” atribuíveis a anos anteriores do período de detenção do detentor dos EUA, se for determinado que nossa instituição era uma PFIC), a menos que os detentores dos EUA optem, em geral e no primeiro ano tributável no qual for considerado que detinham ações de uma PFIC, por serem tributados sobre (i) uma parcela proporcional de nossa receita, quer ou não tal receita tenha sido distribuída na forma de dividendos ou não (e somente se tivermos fornecido, mediante pedido por escrito, determinadas informações necessárias para tal opção) ou (ii) o aumento anual do valor das ações preferenciais ou ADS, se houver (aumento que em geral não seria tributado como receita normal) de acordo com a opção de “marcação a mercado” (mais informações a seguir). Um detentor dos EUA de uma “ação negociável” de uma PFIC pode optar pela “marcação a mercado”, desde que a ação da PFIC seja normalmente negociada em uma “bolsa de valores qualificada”. Nos termos dos regulamentos aplicáveis do Tesouro, “bolsa de valores qualificada” inclui uma bolsa de valores nacional registrada na SEC ou um sistema de mercado nacional instituído de acordo com a Lei de Bolsas e Valores Mobiliários de 1934. Os referidos regulamentos determinam ainda que a ação da PFIC deve ser negociada regularmente em uma bolsa de valores qualificada no ano calendário em que a ação é negociada, exceto em quantidades mínimas, pelo menos em 15 dias em cada trimestre calendário. Não podemos assegurar aos detentores dos EUA que nossa ação será considerada como ação negociável em relação a qualquer exercício tributável. Se o detentor dos EUA optar pela marcação a mercado, em geral ele deverá (i) incluir na renda bruta, totalmente como renda normal, um montante equivalente à diferença entre o valor justo de mercado da ação da PFIC no fechamento do ano de imposto em questão e sua base de imposto ajustada e (ii) deduzir como prejuízo normal o eventual excedente da base de imposto ajustada da ação da PFIC sobre seu valor justo de mercado no fim do ano de imposto, mas apenas na medida do montante anteriormente incluído na renda bruta em resultado da opção de marcação a mercado. A opção de marcação a mercado é feita com respeito a ações negociáveis de uma PFIC de acionista para acionista e, uma vez feita, somente pode ser revogada com a anuência do IRS. Se a opção de marcação a mercado não for feita no primeiro ano de tributação no qual a pessoa dos EUA detiver ações da PFIC, aplicar-se-iam normas especiais. O detentor dos EUA que detiver ações durante qualquer exercício tributável em que a Companhia for uma PFIC precisaria arquivar o Formulário 8621 do IRS. Se formos considerados uma PFIC em qualquer ano fiscal, os dividendos referentes a nossas ADSs não constituiriam “renda de dividendos qualificados” sujeita a alíquotas preferenciais do imposto de renda federal dos EUA, como exposto acima. Os detentores dos EUA devem consultar seus assessores tributários a respeito da aplicação das normas de PFIC a nossas ações preferenciais ou ADS e a possibilidade e conveniência de fazer essa opção para evitar conseqüências tributáveis desfavoráveis das normas de PFIC caso a nossa instituição seja considerada uma PFIC em qualquer ano de imposto. Retenção preventiva na fonte e apresentação de informações nos EUA O detentor dos EUA de nossas ações preferenciais ou ADSs pode, em alguns casos, estar sujeito à obrigatoriedade de fornecer informações e à “retenção preventiva”, respeitada a proporção mínima de 25%, com relação a determinados pagamentos a detentores dos EUA, tais como dividendos que pagamos ou a receita da venda de nossas ações preferenciais ou ADS, a menos que o detentor dos EUA (i) seja uma sociedade ou se enquadre em alguma outra categoria de isenção e demonstre tal fato quando solicitado ou (ii) forneça um número correto de identificação de contribuinte e certifique, sob pena de perjúrio, que tal detentor dos EUA não está sujeito à retenção preventiva, e que cumpre outros requisitos aplicáveis das normas de retenção preventiva. A retenção preventiva não é um imposto adicional. Todos os valores retidos de acordo 156 com estas normas são imputados ao passivo de imposto de renda federal do detentor dos EUA, desde que sejam fornecidas as informações solicitadas pelo IRS. 10F. Dividendos e agentes de pagamento Não se aplica. 10G. Laudos de peritos Não se aplica. 10H. Documentos disponibilizados Estamos sujeitos às exigências de informações da Lei de Bolsas e Valores Mobiliários de 1934, com alterações, segundo as quais arquivamos relatórios e outras informações na SEC. Os relatórios e outras informações por nós arquivados na SEC podem ser examinados e copiados nas instalações de consulta pública mantidas pela SEC na Room 1024, 450 Fifth Street, N.W., Washington, D.C. 20549, e nos Escritórios Regionais da SEC localizados em 233 Broadway, New York, New York 10279 e Northwestern Atrium Center, 500 West Madison Street, Suite 1400, Chicago, IL 60661-2511. Os interessados podem obter cópias desses materiais por correio, solicitando-os à Public Reference Section da SEC, 450 Fifth Street, N.W., Washington, D.C. 20549, mediante o pagamento de determinadas taxas. Os interessados também podem examinar esses relatórios e outras informações nos escritórios da New York Stock Exchange, 11 Wall Street, New York, New York 10005, onde nossas ADSs estão registradas. Também arquivamos demonstrações contábeis e outros relatórios periódicos na CVM. Cópias de nosso relatório anual no Formulário 20-F e dos documentos mencionados neste relatório anual, bem como nosso estatuto social, podem ser examinados a pedido em nossos escritórios à Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha 100 - São Paulo - SP - 04344-902 - Brasil. 10I. Outras informações Não exigidas. ITEM 11 INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE RISCO DE MERCADO Risco de mercado A gestão de risco de mercado é o processo pelo qual observamos e gerenciamos os riscos potenciais de mudanças nos preços de mercado de instrumentos financeiros que podem, direta ou indiretamente, afetar o valor de nossos ativos, passivos e posições fora do balanço patrimonial. Uma análise abrangente do risco de mercado é realizada com base dos fatores de risco de mercado, que podem afetar as nossas posições. As operações, inclusive de derivativos, são separadas de acordo com os respectivos fatores de risco, que podem afetar o seu valor de mercado, sendo então agrupadas de formas diferentes, de acordo com as estratégias de negócios. Cada fator de risco relaciona-se aos parâmetros de mercado, cujas variações podem afetar o valor de mercado das nossas operações. As análises de risco são realizadas para cada fator de risco estimando-se as perdas em potencial (VaR), com base no comportamento estatístico dos fatores de risco, com nível de confiança de 99%. A principal técnica empregada para a quantificação do risco é a medida da redução potencial (aumento) do valor justo do ativo (passivo) associado à mudança nos fatores de mercado pelo método paramétrico. O processo de análise de risco quantifica a exposição e o apetite pelo risco utilizando limites de risco baseados no VaR Estatístico (nível de confiança de 99%), simulações de Stress (VaR Stress) e capital econômico. O nosso processo de controle de risco começa com a determinação dos limites, que são aprovados pelo comitê superior de riscos financeiros, com base no apetite de risco e na capacidade financeira de cada unidade de negócios. Estes limites são informados a cada área de controle de risco das unidades de negócios que realiza as atividades diárias de gestão de risco e fornece informações periodicamente para a área de 157 controle de risco do Itaú Holding. Esta divisão monitora o escopo, a precisão e a qualidade dos controles. O ciclo de controle de risco é concluído com a divulgação do relatório de risco consolidado para o comitê superior de riscos financeiros. O comitê é a instância superior responsável pelo monitoramento de todas as estratégias e exposições, entendendo, controlando e gerenciando em nível corporativo consolidado. Para monitorar a nossa exposição ao risco de mercado, nós o segregamos em duas categorias de exposição: nosso gap estrutural e nossa mesa de negociação proprietária. Gerenciamos as operações de atividade de banco comercial e as posições estratégicas no gap estrutural (também chamado de gestão do ativo e passivo), utilizando medidas do risco econômico e simulações das exposições contábeis. A mesa de negociação proprietária é responsável pelas exposições direcionais (que representam as posições em fatores de risco específicos), controladas principalmente pelas medidas de VaR Stress e limites de prevenção de prejuízos. Também operamos por meio de outras mesas, sobretudo a mesa de clientes, voltada para operações personalizadas, e as mesas de operação da tesouraria, responsável pelo hedge contra os riscos da mesa de cliente e os demais riscos de mercado do conglomerado. Mercado nacional Os principais fatores de risco que identificamos no processo de controle de risco do mercado interno são: taxas atreladas ao dólar e taxas de juros em moeda local, divididas entre taxas fixas, taxas indexadas ao índice de inflação (Índice Geral de Preços – Mercado ou IGP-M e IPCA) e aquelas indexadas a outras taxas referenciais (principalmente a TR). VaR do gap estrutural A tabela a seguir apresenta os níveis de VaR do gap estrutural (que exclui as operações de nossa mesa de negociação proprietária). O gap estrutural tende a ser mais constante por ser composto principalmente pelos ativos e passivos de nossas atividades de varejo e derivativos usados como hedge contra o risco de mercado da carteira. Em 2007, o gap estrutural, formado por operações comerciais e instrumentos financeiros relacionados, apresentou um aumento significativo no VaR global em 31 de dezembro de 2007, principalmente como resultado do aumento no nível de volatilidade em todos os fatores de risco de mercado afetados pela crise no setor de hipotecas dos EUA que ocorreu no segundo semestre de 2007. Como se espera que as taxas fixas locais sigam os fundamentos econômicos positivos do Brasil, continuamos seguindo nossa estratégia de otimizar o índice de risco/retorno neste mercado. Apesar deste aumento no VaR Global em 31 de dezembro de 2007, ainda mantemos nosso risco em um nível reduzido em relação ao capital da unidade (o VaR Global é 0,32% do capital). VaR(*) do gap estrutural 2007 (em milhões de R$) Fator de risco 31 de dezembro Média Mínima Máxima Renda fixa 94,5 84,9 44,1 315,0 Taxa Referencial (TR) 7,6 5,0 2,3 27,8 Taxa de juros atrelada ao dólar 19,3 15,8 6,0 49,6 Risco cambial (ajustado para fins fiscais) – dólar norte-americano 0,2 1,6 0,0 8,1 Ações 1,8 12,1 1,8 21,5 Taxa de juros atrelada ao índice de inflação 7,9 5,5 1,3 11,9 Efeito de diversificação (30,3) Total 101,0 92,1 42,4 299,5 (*) O VaR corresponde ao potencial máximo de perda de um dia, com um nível de confiança de 99%. 158 2006 (em milhões de R$) Fator de risco 29 de dezembro Média Mínima Máxima Renda fixa 59,3 13,2 1,8 65,0 Taxa Referencial (TR) 3,8 7,0 3,4 31,4 Taxa de juros atrelada ao dólar 8,6 14,7 3,3 146,3 Risco cambial (ajustado para fins fiscais) – dólar 4,3 15,9 0,0 123,5 norte-americano Ações 10,1 14,1 9,1 23,4 IGPM 4,0 7,2 3,3 15,8 Efeito de diversificação (20,3) Total 69,8 32,3 13,7 84,6 (*) O VaR corresponde ao potencial máximo de perda de um dia, com um nível de confiança de 99%. VaR da mesa de negociação proprietária Apresentamos o VaR das operações da mesa de negociação proprietária na próxima tabela. Nossa mesa de negociação no mercado nacional e em mercados estrangeiros, procurando as melhores possibilidades de negócios decorrentes de oportunidades e imperfeições do mercado. O VaR dessas operações é mais sensível às condições de mercado e às expectativas dos gestores de carteira, podendo apresentar mudanças expressivas de um dia para outro. A natureza dos instrumentos de negociação e uma gestão mais dinâmica da carteira permitem a reversão de posições em um prazo mais curto, o que resulta automaticamente na diminuição da exposição de mercado em contextos de instabilidade econômica. Monitoramos as mesas de negociação proprietária pelos Cenários de Stress de VaR. O Stress de VaR baseiase no prejuízo máximo ao qual a negociação proprietária está sujeita em uma combinação de cenários de stress, definidos de forma independente pelo comitê de avaliação de cenários econômicos. Este comitê é formado por membros da alta administração do Itaú Holding. Nos três primeiros trimestres de 2007, as principais exposições de risco de mercado estavam relacionadas a transações realizadas no mercado interno de renda fixa, seguidas pela carteira de ações. No terceiro trimestre de 2007, a posição em renda fixa no mercado interno foi reduzida. Stress de VaR da mesa de negociação proprietária 2007 (em milhões de R$) Mesa de negociação Total 31 de dezembro (40,6) Média (231,5) Mínima (31,6) Máxima (531,5) 2006 (em milhões de R$) Mesa de negociação Total 29 de dezembro (391,0) Média (147,5) Mínima 0,0 Máxima (411,5) VaR do Itaú BBA As mesas de negociação do Itaú BBA negociam independentemente do Banco Itaú, alocando posições para otimizar o retorno ajustado ao risco. Em 2007, a tesouraria do Itaú BBA continuou a exercer seu papel de fonte de preços competente para as operações comerciais e tirar proveito de oportunidades de arbitragem. O Itaú BBA manteve esta importante atividade sobretudo no mercado de taxas de juros, ações e de dívida do governo brasileiro. O Itaú Holding 159 entende que um sistema sólido de controle de riscos é uma parte essencial de uma sólida operação de tesouraria, e que controles de risco de mercado adequados também foram estabelecidos para o Itaú BBA. O VaR do Itaú BBA está demonstrado na tabela a seguir: 2007 (em milhões de R$) Fator de risco Renda Fixa Taxa de juros atrelada ao dólar Risco cambial (ajustado para fins fiscais) – dólar norte-americano Ações Risco soberano Taxa de juros atrelada ao índice de inflação Taxa de juros internacional Commodities Riscos cambiais - outros Outros Efeito de diversificação Total 31 de dezembro 2,8 10,6 Média 8,0 4,1 Mínima 0,3 1,8 Máxima 31,6 13,6 6,5 10,1 4,2 6,4 6,0 8,1 0,1 0,4 0,6 21,5 26,7 31,8 7,5 1,8 0,4 1,0 0,9 (28,6) 17,3 6,3 6,8 1,4 2,2 0,8 1,6 0,8 0,2 0,3 0,0 11,9 26,2 6,9 5,4 6,0 22,7 7,6 55,5 29 de dezembro 1,4 3,0 Média 8,0 4,5 Mínima 0,9 1,9 Máxima 18,9 9,5 2,5 2,4 4,1 8,0 4,0 8,7 0,2 1,1 3,9 21,0 8,8 23,1 1,9 14,3 1,1 2,1 0,8 (17,1) 16,6 1,8 5,0 1,0 1,4 0,2 0,6 1,9 0,5 0,6 0,0 5,4 17,9 1,9 3,9 1,2 24,5 8,4 43,9 2006 Fator de risco Renda Fixa Taxa de juros atrelada ao dólar Risco cambial (ajustado para fins fiscais) – dólar norte-americano Ações Risco soberano Taxa de juros atrelada ao índice de inflação Taxa de juros internacional Commodities Riscos cambiais - outros Outros Efeito de diversificação Total Mercados internacionais Mantemos posições ativas nos mercados internacionais. Os principais fatores de risco a que estamos expostos são: taxa de juros Libor e risco de mercado dos títulos públicos emitidos pelo governo brasileiro e dos títulos privados. Realizamos essas operações por intermédio do Itaubank, agências de Grand Cayman e Nova York, cujo VaR é apresentado a seguir em Unidades no Exterior. O VaR do Banco Itaú Buen Ayre é apresentado isoladamente na tabela seguinte. Nossas unidades externas incorporadas mais recentemente, Itaú Chile e Itaú Uruguai, também possuem equipes locais de gestão de risco que monitoram principalmente as posições bancárias (gestão de ativo e passivo) no Chile e Uruguai. Como posições especulativas não são importantes para a estratégia dessas unidades, simulamos variações nas taxas de juros no nosso gap estrutural, e estabelecemos limites para a exposição. 160 Os resultados a seguir apresentam valores de VaR muito menores que o VaR estrutural, refletindo o baixo nível de exposição de nossas operações nos mercados internacionais em comparação com as posições no Brasil. O principal fator de risco deriva da oscilação do preço de mercado dos títulos. A exposição à Libor é significativa. VaR de Unidades no Exterior 2007 (em milhões de US$) Fator de risco Títulos públicos e privados Libor Efeito de diversificação VaR das Unidades no Exterior 31 de dezembro 6,2 1,3 (1,8) 5,7 Média 6,6 0,6 6,4 Mínima 3,6 0,1 3,5 Máxima 9,9 1,9 9,8 2006 (em milhões de US$) Fator de risco Títulos públicos e privados Libor Efeito de diversificação VaR das Unidades no Exterior 29 de dezembro 7,7 0,1 (0,0) 7,7 Média 6,7 0,4 6,6 Mínima 4,2 0,1 3,7 Máxima 9,7 0,9 9,8 A próxima tabela apresenta o VaR de nossas operações na Argentina. A exposição a riscos na Argentina continua baixa e o VaR em 31 de dezembro de 2007 representa menos que 1% do nosso patrimônio líquido consolidado. 161 VaR – Banco Itaú Buen Ayre 2007 (em milhões de US$) Fator de risco Taxa de juros atrelada ao índice de inflação (CER) Libor Taxa de juros moeda local Badlar Euros Efeito de diversificação VaR - Buen Ayre 31 de dezembro 0,02 0,06 0,85 0,10 0,06 (0,22) 0,88 Média Mínima Máxima 0,04 0,01 0,86 0,43 0,02 0,0 0,0 0,06 0,0 0,0 0,11 0,24 4,18 1,02 0,10 1,03 0,07 4,92 2006 (em milhões de US$) Fator de risco Taxa de juros atrelada ao índice de inflação (CER) Libor Taxa de juros moeda local Efeito de diversificação VaR - Buen Ayre 29 de dezembro 0,01 0,12 0,10 (0,04) 0,16 Média Mínima Máxima 0,02 0,02 0,11 0,00 0,01 0,03 0,05 0,12 0,27 0,13 0,03 0,30 VaR global Conforme explicado anteriormente, algumas carteiras são administradas adotando-se técnicas específicas de VaR Stress. Para obter maior convergência entre as informações divulgadas e a implementação da gestão de risco de mercado, o VaR global estatístico inclui somente as carteiras em que o VaR estatístico foi aplicado. O VaR global demonstrado na tabela a seguir abrange o VaR das operações nacionais e internacionais do Itaú, abrangendo também as carteiras do Itaú BBA e Banco Itaú Buen Ayre, e excluindo a mesa de negociação proprietária do Itaú. O ano de 2007 foi caracterizado pela alta volatilidade nos mercados financeiros nacionais e internacionais, principalmente no segundo semestre, resultante da crise no mercado de hipotecas dos Estados Unidos. No final de 2007, o nível de volatilidade já retornava ao nível normal. O aumento do risco observado em 2007 não foi causado pela exposição aos clientes do mercado hipotecário, mas sim pelas mudanças nos fatores de risco afetados pela crise, que fazem parte do risco normal dos nossos negócios. Além disso, houve diversificação significativa dos riscos das unidades de negócios, permitindo que o Itaú Holding mantenha uma exposição total pequena ao risco de mercado, quando comparada ao seu capital. Apesar da recente confusão nos mercados internacionais, os fundamentos macroeconômicos do Brasil permanecem sólidos, e mantemos uma posição privilegiada no sistema bancário brasileiro por meio de vários diferenciais competitivos. Nossa estratégia bem sucedida nas atividades bancárias comerciais e de investimento, visando a maximizar os retornos com uma exposição de risco controlada e prudente, é um elemento essencial para a sustentabilidade dos nossos resultados. 162 2007 (em milhões de R$) Fator de risco Renda fixa Taxa Referencial (TR) Taxa de juros atrelada ao dólar Risco cambial (ajustado para fins fiscais) – dólar norte-americano Ações Taxa de juros atrelada ao índice de inflação Títulos públicos e privados Taxa de juros internacional Commodities Risco cambial – Outros Outros Itaú Buen Ayre Efeito de diversificação VaR global 31 de dezembro 97,1 7,6 14,3 Média 88,0 5,0 15,9 Mínima 34,6 2,3 6,3 Máxima 325,7 27,8 47,8 6,7 16,4 7,2 16,3 0,0 4,6 22,4 47,0 10,0 12,1 4,1 0,4 1,0 0,9 1,6 (53,9) 118,2 10,2 13,3 6,8 1,4 2,2 0,8 1,8 3,6 8,0 0,8 0,2 0,3 0,0 0,1 19,2 22,0 26,2 6,9 5,4 6,0 8,7 117,4 48,8 312,3 2006 (em milhões de R$) Fator de risco Renda fixa Taxa Referencial (TR) Taxa de juros atrelada ao dólar Risco cambial (ajustado para fins fiscais) – dólar norte-americano Ações Taxa de juros atrelada ao índice de inflação Títulos públicos e privados Taxa de juros internacional Commodities Risco cambial - Outros Outros Itaú Buen Ayre Efeito de diversificação VaR global 29 de dezembro 58,4 3,8 9,5 Média 20,1 7,0 15,0 Mínima 6,4 3,4 4,0 Máxima 66,1 31,4 141,5 7,4 11,8 24,5 17,3 1,3 10,9 117,8 28,7 6,0 14,0 14,4 1,1 2,1 0,8 0,3 (37,0) 92,5 10,2 18,6 5,0 1,0 1,4 0,2 0,3 3,7 13,6 1,9 0,5 0,6 0,0 0,1 28,1 32,1 17,9 1,9 3,9 1,2 0,6 58,4 28,9 111,1 Backtesting de nossas operações no mercado nacional Validamos nossos modelos estatísticos diariamente utilizando técnicas de backtesting. Atualizamos os cenários de stress mensalmente para assegurar que os riscos de mercado jamais sejam subestimados. Os riscos são calculados com um nível de confiança de 99%. Isto significa que existe uma probabilidade de apenas 1% de que os prejuízos financeiros sejam maiores que o prejuízo projetado em nossos modelos. Uma das formas de avaliar o método adotado de mensuração do risco é calcular o percentual de casos em que os ganhos e perdas diários reais caem fora do intervalo de VaR. Devido à pequena importância do VaR nos mercados internacionais, a análise que segue refere-se unicamente à carteira no mercado brasileiro. Para ilustrar a qualidade de nossos modelos de gestão de risco, apresentamos os gráficos de backtesting do risco de renda fixa mais taxa referencial (TR) e taxa de câmbio, bem como de VaR global (taxa 163 de renda fixa, TR e câmbio) de nossas operações no mercado interno. Esses valores são derivados de nossas posições estruturais. No mercado de taxa fixa mais taxa referencial, o delta MtM (Market to Market) ultrapassou o VaR em cinco vezes no exercício findo em 31 de dezembro de 2007, dentro dos expectativas estabelecidas por nossos cálculos. Backtest - Gap Estrutural Itaú - Fator de Risco Cupom Cambial 250 Milhões de R$ 200 150 Retorno 100 50 0 (50) (100) (150) (200) (250) 0 50 100 150 200 250 Risco A distribuição de risco x retorno observada no exercício findo em 31 de dezembro de 2007 para o fator de risco de taxa de câmbio mostra que os prejuízos ultrapassaram o VaR em cincos vezes no período. Backtest - Gap Estrutural Itaú - Fator de Risco Pré-Fixado + TR 300 250 Milhões de R$ 200 150 Retorno 100 50 0 (50) (100) (150) (200) (250) (300) 0 50 100 150 Risco 200 250 300 164 Como resultado dos efeitos de carteira, houve quatro dias no exercício findo em 31 de dezembro de 2007 nos quais as perdas foram superiores ao VaR calculado para a carteira consolidada das operações no mercado interno, como mostram os gráficos a seguir. Backtest - Gap Estrutural Itaú - Total 480 400 Milhões de R$ 320 240 Retorno 160 80 0 (80) (160) (240) (320) (400) (480) 0 60 120 180 240 Risco 300 360 420 480 165 ITEM 12 DESCRIÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS QUE NÃO AÇÕES 12A. Títulos de dívida Não se aplica. 12B. Bônus de subscrição e direitos Não se aplica. 12C. Outros Não se aplica. 12D. Ações Depositárias Americanas Não se aplica. PARTE II ITEM 13 INADIMPLÊNCIAS, ATRASOS DE DIVIDENDOS E OUTROS ATRASOS Nada a informar. ITEM 14 MODIFICAÇÕES RELEVANTES DOS DIREITOS DOS DETENTORES DE VALORES MOBILIÁRIOS E UTILIZAÇÃO DA RECEITA Nossos acionistas aprovaram na assembléia geral extraordinária realizada em 30 de abril de 2002 uma alteração de nosso estatuto social concedendo aos acionistas preferencialistas o direito de tag along no caso de venda de nosso controle e o direito de receber 80% do preço pago ao acionista controlador. ITEM 15 CONTROLES E PROCEDIMENTOS Avaliação dos controles e procedimentos de divulgação Fizemos uma avaliação, sob a supervisão e com a participação de nossa administração, entre eles o Diretor Presidente, ou CEO, e o Diretor Financeiro, ou CFO, da efetividade de nossos “controles e procedimentos de divulgação” (conforme definido nas Regras 13a-15(e) e 15d-15(e) da Lei das Bolsas de Valores Mobiliários de 1934 (“Securities Exchange Act of 1934”), conforme requerido pelo parágrafo (b) das Regras 13a-15 ou 15d-15 da Lei das Bolsas de Valores (“Exchange Act”), na data-base 31 de dezembro de 2007. Um sistema de controles, por mais bem concebido e operacionalizado que seja, pode proporcionar apenas uma segurança razoável, e não absoluta, de que os objetivos do sistema de controle serão atingidos. Portanto, nossa administração não espera que os controles irão evitar todos os erros e fraudes. Com base na avaliação efetuada, o CEO e o CFO concluíram que, na data-base 31 de dezembro de 2007, os controles e procedimentos de divulgação do Itaú Holding eram efetivos para proporcionar segurança razoável de que as informações relevantes, relativas ao Itaú Holding e suas subsidiárias consolidadas, são registradas, processadas, resumidas e apresentadas em relatório nos prazos especificados nas normas e formulários da SEC. Relatório da Administração sobre Controles Internos Relacionados às Demonstrações Contábeis Nossa administração é responsável pelo estabelecimento e manutenção de controles internos adequados, relacionados às demonstrações contábeis, conforme definido nas Regras 13a-15(f) e 15d-15(f) da Lei das Bolsas de Valores Mobiliários de 1934 (“Securities Exchange Act of 1934”). Nossos controles internos foram desenvolvidos para fornecer segurança razoável em relação à confiabilidade dos relatórios financeiros e elaboração das demonstrações contábeis para fins externos, de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. 166 Todos os sistemas de controles internos, independentemente de seus níveis de sofisticação, têm limitações inerentes. Portanto, mesmo esses sistemas, que foram concebidos para serem efetivos, podem ser incapazes de prevenir ou detectar distorções. Ademais, as projeções de qualquer avaliação de efetividade de períodos futuros estão sujeitas ao risco de que os controles possam se tornar inadequados devido a mudanças nas condições ou de que o grau de conformidade com as políticas ou procedimentos possa decair. A nossa administração avaliou a efetividade de nossos controles internos relacionados às demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2007. Nessa avaliação, adotou os critérios estabelecidos pela Estrutura Integrada de Controle Interno do COSO – Committee of Sponsoring Organization of the Treadway Commission. Com base nessa avaliação e critérios, a administração concluiu que, para a data-base 31 de dezembro de 2007, os nossos controles internos relacionados às demonstrações contábeis são efetivos. A efetividade dos controles internos relacionados às demonstrações contábeis para a data-base 31 de dezembro de 2007 foi auditada pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, uma firma de auditoria independente, conforme consta no seu parecer, incluído na página F-2 desse Formulário 20-F. Atestado da Firma de Auditoria Independente O relatório da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, nossa firma de auditoria independente, datado de 30 de junho de, 2008, sobre a efetividade de nossos controles internos relacionados às demonstrações contábeis na data-base 31 de dezembro de 2007, consta do “Item 18. Demonstrações Contábeis”. Mudanças nos controles internos relacionados às demonstrações contábeis Com relação à avaliação exigida pela Lei de Valores Mobiliários de 1934 – Regra 13a 15(d), a administração, incluindo o CEO e o CFO, concluiu que as mudanças ocorridas durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2007, incluindo a aquisição das operações e subsidiárias do BankBoston no Chile e Uruguai não afetaram de maneira relevante e nem tem probabilidade razoável de afetar significativamente esses controles. ITEM 16 [RESERVADO] 16A. Especialista financeiro do Comitê de Auditoria Nosso conselho de administração decidiu que Tereza Cristina Grossi Togni, membro de nosso comitê de auditoria, atende as exigências de um “especialista financeiro do comitê de auditoria”, conforme a definição da SEC. Ademais, a Sra. Togni é membro independente de nosso comitê de auditoria, como exigido pelas regras e regulamentos da NYSE. 16B. Código de ética Nosso Código de Ética foi divulgado em dezembro de 2000, reforçando nossos padrões e valores éticos. Em 2005 o Código de Ética foi atualizado para ampliar e esclarecer nossos compromissos éticos, além de torná-lo mais educativo e menos disciplinar. Nosso conselho de administração ratificou o novo Código e uma brochura foi distribuída a todos os funcionários do Itaú Holding. Também distribuímos o Código de Ética aos nossos clientes, acionistas, investidores, aposentados, fornecedores, terceirizados e autoridades públicas em 2006. Nosso Código de Ética serve de estímulo a uma ação responsiva, ao diálogo, cooperação, transparência, responsabilidade corporativa, diversidade e compromisso com questões sócio-ambientais relacionadas às atividades do Itaú Holding. Gestão da Política de Ética A comissão superior de ética foi criada em 2005, sendo liderada pelo Diretor Presidente do Itaú Holding. Nossa comissão superior de ética é responsável por definir as diretrizes da nossa política de ética corporativa e pelas atualizações do nosso Código. 167 Também implementamos nossa política de ética corporativa em 2005. Nossa política de ética corporativa trata da estrutura, dos procedimentos, das referências e das responsabilidades relacionadas à implementação, disseminação, acompanhamento e manutenção do programa de ética do Itaú Holding. O sistema de gestão conta com comitês setoriais, com códigos de conduta, normas e consultoria de ética relacionados com suas respectivas unidades de negócio. Esses comitês setoriais administram e acompanham os padrões éticos das unidades de negócios. Os códigos de conduta complementam nosso Código de Ética, abordando as particularidades de cada unidade de negócio. Esta estrutura também inclui um conjunto de diretrizes e normas que definem os procedimentos, responsabilidades e sanções disciplinares aplicáveis em caso de falha de conduta. A área de ética corporativa é responsável pela elaboração de rotinas operacionais do Código de Ética e acompanhamento do nível de conscientização dos colaboradores quanto aos padrões éticos. A gestão da política de ética no Itaú Holding observa as recomendações da ECS 2000 (Normas de Cumprimento de Ética), uma norma internacional elaborada e administrada pelo Centro de Pesquisa de Ética nos Negócios e Compliance da Universidade Reitaku, uma instituição japonesa educacional e de pesquisa, reconhecida mundialmente como referência em ética corporativa. Compliance Ético Nosso Compliance Ético é responsável por implementar as medidas necessárias para assegurar uma conformidade permanente com nossos padrões éticos. É responsável por: (i) monitoramento dos riscos éticos e melhoria de processos; (ii) divulgação e aprimoramento dos canais de consultas e denúncias; (iii) divulgações aos públicos estratégicos; (iv) avaliação do clima ético, incluindo das provas do compromisso ético da organização; e (v) treinamento em compliance ético. Esta estrutura de gestão foi elaborada visando o aperfeiçoamento contínuo da Política Ética por meio do acompanhamento e da incorporação das melhores práticas utilizadas no Brasil e no exterior. Canais de Comunicação Os colaboradores são estimulados a comunicar qualquer violação real ou suspeita ao nosso código de ética ao Chefe da área, ao responsável pelos controles internos e riscos ou ao comitê de ética da área envolvida, ao nosso comitê de ética, a nossa comissão superior de ética ou ao nosso comitê de auditoria. O caráter confidencial e anônimo do colaborador é assegurado durante todo o processo. Entretanto, é essencial que a comunicação seja bem fundamentada. A investigação ocorre sob sigilo rigoroso e, quando aplicável, serão tomadas medidas pertinentes. Programa de Educação Continuada de Ética Em 2006 foi implementado um amplo programa de educação continuada de ética que continua em vigor em 2007. As metas desse programa são: comunicar a todo o pessoal os princípios, valores e padrões de conduta dentro da organização, treinar o pessoal para lidar com dilemas éticos relacionados às atividades diárias; disseminar a estrutura da ética corporativa em nosso ambiente de trabalho. Em 2006, foi lançado um programa de educação à distância (e-learning) obrigatório. Cerca de 60 mil funcionários concluíram o programa em 2006 e 2007, representando 92,4% do nosso quadro de funcionários. A participação em eventos como workshops e palestras também está sendo incentivada – de 2006 para 2007, houve um aumento de 86,5% no número de funcionários que participaram desses eventos. No Itaú Holding houve a participação de 60.128 funcionários, sendo 46.788 em 2006 e 13.340 em 2007. O programa de educação à distância é obrigatório para todos os funcionários e precisa ser realizado nos primeiros meses na organização. Além disso, também promovemos eventos a nossos empregados (treinamentos, workshops e palestras) que abrangeram o total de 11.873 colaboradores, sendo 4.144 em 2006 e 7.729 em 2007, de várias empresas do grupo. Compromisso e Diálogo com as Partes Interessadas – Observância das Normas AA1000 Em 2006, aprimoramos os mecanismos de administração sustentada por meio da adoção de um conjunto de normas de Responsabilidade Corporativa (as Séries AA1000) – normas internacionais sobre ética e balanço social, que estabelece normas corporativas de transparência e responsabilidade corporativa. 168 Essas normas auxiliam o Banco a esclarecer e tornar os seguintes processos mais efetivos ao proporcionar integração entre a visão e os valores do Código de Ética e sua disseminação na cultura do banco; participação das partes interessadas, bem como sua comunicação e divulgação; crescimento sustentável. Os resultados de nossos esforços foram incluídos no Balanço Social do Itaú de 2007, onde se encontra publicada a declaração emitida pela BSD – Business Meets Social Development. Reconhecimento Público da Política de Ética de Itaú Fomos listados no Dow Jones Sustainability World Index pelo oitavo ano consecutivo e no Índice de Sustentabilidade Corporativa da BOVESPA pelo segundo ano consecutivo. Adicionalmente, recebemos o título de Banco Mais Sustentável e Ético da América Latina da Latin Finance and Management & Excellence, pela terceira vez. 16C. Honorários e serviços dos principais auditores A PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, atuou como nossa empresa de auditoria independente nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e 2006 e 2005. O quadro a seguir apresenta o valor total cobrado de nós pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes por serviços prestados nos exercícios de 2007, 2006 e 2005, discriminando esses valores por categoria de serviço em milhares de reais: Honorários de auditoria Honorários relacionados a auditoria Honorários de serviços tributários Demais honorários Total Total dos honorários (em milhares de R$) 2007 2006 19.410 15.486 1.207 4.673 0 2 151 137 20.768 20.298 2005 10.149 3.106 0 170 13.425 Honorários de auditoria Os honorários de auditoria referem-se à auditoria de nossas demonstrações contábeis consolidadas anuais e à revisão de nossas demonstrações contábeis trimestrais, bem como à auditoria e à revisão das demonstrações contábeis de nossas subsidiárias e aos serviços relativos à emissão de comfort letters no contexto de ofertas de ações e ao exame da conformidade dos controles internos em relação à Lei SarbanesOxley. Honorários relacionados a auditoria Os honorários relacionados a auditoria em 2007 e 2006 referem-se a serviços prestados com respeito a atividades de due diligence, emissão de relatórios especiais de auditoria, avaliação dos controles e procedimentos de divulgação existentes, bem como a avaliação do cumprimento das exigências dos órgãos reguladores em determinadas subsidiárias e outros serviços de confirmação. Honorários de serviços tributários Os honorários de serviços tributários em 2007 referem-se ao cumprimento da legislação tributária e serviços de assessoria. Demais honorários Todos os outros honorários em 2007 e 2006 incluem material técnico, participação em treinamento e consultorias gerais de projetos. 169 Pré-aprovação de políticas e procedimentos Em 2004, o Itaú Holding aprovou a criação de seu comitê de auditoria, subordinado diretamente ao conselho de administração. Entre as responsabilidades deste comitê, está a de aprovar, anualmente, as políticas e procedimentos relativos aos serviços não relacionados à auditoria que podem ser fornecidos por nossos auditores externos, bem como a lista desses serviços que estão pré-aprovados. Em resultado, o Itaú Holding aprimorou ainda mais sua governança corporativa, assegurando também o alinhamento com as melhores práticas prescritas pela Lei Sarbanes-Oxley. 16D. Isenções das normas de registro para os comitês de auditoria Nós estamos em conformidade com os padrões estabelecidos pelo Comitê de Auditoria. 16E. Compra de ações pelo emissor e compradores afiliadas Período (1) (2) 02/01 a 31/01/2007 01/02 a 28/02/2007 01/03 a 31/03/2007 02/04 a 30/04/2007 02/05 a 31/05/2007 01/06 a 30/06/2007 02/07 a 30/07/2007 01/08 a 31/08/2007 03/09 a 30/09/2007 01/10 a 31/10/2007 (**) 01/11 a 30/11/2007 03/12 a 30/12/2007 (a) Quantidade total de ações preferenciais compradas 3.241.200 3.241.200 (c) Quantidade total de ações preferenciais (d) Quantidade máxima compradas no âmbito de de ações preferenciais planos ou programas que ainda podem ser compradas no âmbito de (b) Preço médio pago anunciados publicamente planos e programas por ação preferencial 37.022.000 37.022.000 37.022.000 37.022.000 37.022.000 37.022.000 37.022.000 77,69 3.241.200 33.780.800 3.241.200 33.780.800 6.482.400 67.561.600 77.400.000 77.400.000 (1) RCA de 30/10/2007 - Deliberou a aquisição de até 37.022.000 ações escriturais preferenciais próprias com vencimento até 29/10/2007. (2) RCA de 05/11/2007 - Deliberou a aquisição de até 77.400.000 ações escriturais preferenciais próprias com vencimento até 04/11/2008. (**) AGE de 27/08/2007 - Deliberou desdobramento em 100% das ações representativas do capital subscrito, o qual foi efetivado nas Bolsas de Valores em 01/10/2007. 170 PARTE III ITEM 17 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Respondemos ao Item 18 em vez de responder a este item. ITEM 18 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis a seguir, juntamente com o parecer dos auditores independentes, são arquivadas como parte deste relatório anual: Demonstrações Contábeis Consolidadas Relatório da Administração sobre Controles Internos Relacionados às Demonstrações Contábeis Consolidadas. ..................................................................................................................................... F-1 Parecer dos Auditores Independentes. .............................................................................................. F-2 Balanço Patrimonial Consolidado em 31 de dezembro de 2007 e 2006..................................... F-4 Demonstração Consolidada do Resultado referente aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. ................................................................................................................. F-6 Demonstração Consolidada do Lucro Abrangente referente aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005 ................................................................................................. F-7 Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa referente aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. ................................................................................................ F-8 Demonstração Consolidada das Mutações do Patrimônio Líquido referente aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. ..................................................................... F-9 Notas explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. ...................................................................................... F-11 Relatório da Administração sobre Controles Internos Relacionados às Demonstrações Contábeis Consolidadas A administração do Banco Itaú Holding Financeira S.A. é responsável por estabelecer e manter Controles Internos relacionados às Demonstrações Contábeis Consolidadas da companhia. O controle interno relacionado às demonstrações contábeis é um processo desenvolvido para fornecer conforto razoável em relação à confiabilidade das informações contábeis e à elaboração das demonstrações contábeis divulgadas de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. Os controles internos relacionados às demonstrações contábeis incluem as políticas e procedimentos que: (i) se relacionam à manutenção dos registros que, em detalhe razoável, reflete precisa e adequadamente as transações e baixas dos ativos da companhia; (ii) fornecem conforto razoável de que as transações são registradas conforme necessário para permitir a elaboração das demonstrações contábeis de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América, e que os recebimentos e pagamentos da companhia estão sendo feitos somente de acordo com autorizações da administração e dos diretores da companhia; e (iii) fornecem conforto razoável em relação à prevenção ou detecção oportuna de aquisição, uso ou destinação não autorizados dos ativos da companhia que poderiam ter um efeito relevante nas demonstrações contábeis. Devido às suas limitações inerentes, os controles internos relacionados às demonstrações contábeis podem não evitar ou detectar erros. Portanto, mesmo os sistemas determinados a serem efetivos podem apenas fornecer conforto razoável a respeito da elaboração e apresentação das demonstrações financeiras. Da mesma forma, projeções de qualquer avaliação sobre sua efetividade para períodos futuros estão sujeitas ao risco de que os controles possam se tornar inadequados devido a mudanças nas condições, ou ocorrer deterioração no nível de conformidade com as práticas ou procedimentos. A administração avaliou a efetividade dos Controles Internos relacionados às Demonstrações Contábeis Consolidadas da companhia para 31 de dezembro de 2007 de acordo com os critérios definidos pelo COSO – Committee of Sponsoring Organization of the Treadway Commission em Controle Interno - Estrutura Integrada. A avaliação da Administração incluiu documentação, avaliação e teste do desenho e da efetividade dos controles internos relacionados às demonstrações contábeis. Com base nessa avaliação, a administração concluiu que, para 31 de dezembro de 2007, os Controles Internos relacionados às Demonstrações Contábeis Consolidadas são efetivos. A efetividade dos Controles Internos relacionados às Demonstrações Contábeis Consolidadas da companhia para 31 de dezembro de 2007, foi auditada pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, firma de auditoria independente da companhia, cujo parecer consta no seu relatório incluído em anexo. /s/ Roberto Egydio Setubal Roberto Egydio Setubal Diretor Presidente /s/Sérgio Ribeiro da Costa Werlang Sérgio Ribeiro da Costa Werlang Diretor de Risco /s/ Silvio Aparecido de Carvalho Silvio Aparecido de Carvalho Diretor Financeiro Um original assinado deste relatório foi fornecido para a companhia e será retido pelo requerente e fornecido à Comissão de Valores Mobiliários ou sua equipe mediante solicitação. Data: 30 de junho de 2008. F-1 (Tradução livre do original emitido em inglês) Parecer do auditor independente registrado no PCAOB Ao Conselho de Administração e aos Acionistas Banco Itaú Holding Financeira S.A. Somos de parecer que os balanços patrimoniais consolidados e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do lucro abrangente, dos fluxos de caixa e das mutações do patrimônio líquido apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição financeira do Banco Itaú Holding Financeira S.A. e suas controladas (“Itaú Holding”) em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 e os resultados das operações e os fluxos de caixa de cada um dos três exercícios do período findo em 31 de dezembro de 2007, de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América. Também em nossa opinião, o Itaú Holding manteve, em todos os aspectos relevantes, controles internos efetivos relacionados ás demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2007, com base nos critérios estabelecidos no Internal Control – Integrated Framework (Controles Internos – Um Modelo Integrado) emitido pelo Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Comission (COSO). A Administração do Itaú Holding é responsável por essas demonstrações contábeis e pela manutenção de controles internos efetivos relacionados a essas demonstrações contábeis, além da avaliação sobre a efetividade desses controles internos conforme descrito no Relatório Anual da Administração sobre Controles Internos Relacionados às Demonstrações Contábeis. Nossa responsabilidade é a de emitir um parecer sobre essas demonstrações contábeis e sobre os controles internos do Itaú Holding relacionados às demonstrações contábeis com base em nossos exames de auditoria integrada. Nossos exames de auditoria integrada foram conduzidos de acordo com as normas estabelecidas pelo Conselho de Supervisão de Assuntos Contábeis das Companhias Abertas do Estados Unidos (Public Company Accouting Oversight Board – PCAOB), as quais requerem que os exames sejam planejados e conduzidos com o objetivo de se obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de erros materiais e de que os controles internos relacionados às demonstrações contábeis foram efetivos em todos os seus aspectos relevantes. Um exame de demonstrações contábeis compreende a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações divulgados nas demonstrações contábeis, a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração, bem como a apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Um exame de controles internos relacionados às demonstrações contábeis compreende a obtenção do entendimento dos controles internos relacionados às demonstrações contábeis, a avaliação do risco sobre a existência de deficiência material nos controles internos, e o teste e a avaliação do desenho e da operação efetiva dos controles internos baseado em nossa avaliação de risco. Nossos exames incluíram também a realização de outros procedimentos considerados necessários nas circunstâncias. Acreditamos que nossos exames proporcionam uma base razoável para a emissão de nossos pareceres. Como apresentado na Nota 2.s das demonstrações contábeis consolidadas, o Itaú Holding modificou em 2006 o critério de contabilização dos planos de aposentadoria e outros benefícios pós-aposentadoria. Os controles internos relacionados às demonstrações contábeis é um processo desenvolvido para fornecer segurança razoável em relação à confiabilidade das informações contábeis e à elaboração das demonstrações contábeis divulgadas de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. Os controles internos relacionados às demonstrações contábeis incluem as políticas e procedimentos que (i) se relacionam à manutenção dos registros que, em detalhe razoável, refletem adequadamente as transações e baixas dos ativos da companhia; (ii) fornecem segurança razoável de que as transações são registradas conforme necessário para permitir a elaboração das demonstrações contábeis de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos, e que os recebimentos e pagamentos da companhia estão sendo feitos somente de acordo com autorizações da administração e dos diretores da companhia; e (iii) fornecem segurança razoável em relação à prevenção ou detecção oportuna de aquisição, uso ou destinação não autorizados dos ativos da companhia que poderiam ter um efeito relevante nas demonstrações contábeis. F-2 Devido às suas limitações inerentes, os controles internos relacionados às demonstrações contábeis podem não evitar ou detectar erros. Da mesma forma, projeções de qualquer avaliação sobre sua efetividade para períodos futuros estão sujeitas ao risco de que os controles possam se tornar inadequados devido a mudanças nas condições, ou que o grau de adequação (“compliance”) com as políticas e procedimentos possa se deteriorar. PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes São Paulo, Brasil 30 de junho de 2008 F-3 BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S.A. Balanço Patrimonial Consolidado em 31 de Dezembro de (Em milhões de Reais) ATIVO 2007 2006 3.098 Caixa e Contas Correntes de Bancos 2.707 89 144 Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 33.132 23.181 Aplicações em Operações Compromissadas 21.309 8.668 Depósitos Compulsórios no Banco Central 17.175 15.077 Ativos de Negociação, pelo seu Valor Justo 40.323 27.956 Títulos e Valores Mobiliários Disponíveis para Venda, pelo seu Valor Justo 17.513 11.737 Caixa Restrito Títulos e Valores Mobiliários Mantidos até o Vencimento, pelo Custo Amortizado Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 1.428 1.589 106.058 75.139 113.499 81.538 (7.441) (6.399) Investimentos em Empresas não Consolidadas 1.499 1.288 Imobilizado, Líquido 2.734 2.868 Ágio, Líquido Ativos Intangíveis, Líquido Outros Ativos TOTAL DO ATIVO As notas explicativas anexas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. F-4 687 877 6.770 5.687 17.715 15.823 269.530 192.741 BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S.A. Balanço Patrimonial Consolidado em 31 de Dezembro de (Em milhões de Reais) PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2007 Depósitos 2006 75.475 57.697 Não Remunerados 27.035 18.771 Remunerados 48.440 38.926 Captações no Mercado Aberto 23.398 10.888 Obrigações por Empréstimos de Curto Prazo 47.727 30.985 Obrigações por Empréstimos de Longo Prazo Reservas de Seguros, de Planos de Previdência Privada e de Planos de Capitalização 28.556 5.394 18.021 5.242 Reserva de Planos de Previdência PGBL e VGBL 18.630 14.253 Outros Passivos 33.644 26.808 232.824 163.894 Participações Minoritárias nas Subsidiárias 1.354 1.430 Ações Ordinárias - Sem Valor Nominal (2.000.000.000 e 2.000.000.000 autorizadas em 31 de dezembro de 2007 e 2006, respectivamente; 1.242.734.866 e 1.201.933.394 emitidas em 31 de dezembro de 2007 e 2006, respectivamente) (*) 5.948 4.575 Ações Preferenciais - Sem Valor Nominal (2.000.000.000 e 2.000.000.000 autorizadas em 31 de dezembro de 2007 e 2006, respectivamente;1.154.316.308 e 1.151.429.648 emitidas em 31 de dezembro de 2007 e 2006, respectivamente) (*) 8.560 8.560 Ações em Tesouraria (36.675.620 e 39.562.280 Ações Preferenciais em 31 de dezembro de 2007 e 2006, respectivamente; 10.265.646 e 9.993.446 Ações Ordinárias em 31 de dezembro de 2007 e 2006, respectivamente) (*) (1.173) (1.123) Total do Passivo Compromissos e Passivos Contingentes (Nota 29) Capital Adicional Integralizado Lucros Acumulados Apropriados Outros Lucros Abrangentes Acumulados: Ganhos(Perdas) Líquidos não Realizados em Títulos e Valores Mobiliários Disponíveis para Venda, Líquidos de Impostos Ajustes de Conversão Acumulados Benefícios definidos de Planos de Pensão e outros planos Pós-Aposentadoria, Líquido de Impostos Lucros Acumulados não Apropriados (Perda Acumulada) 521 599 19.183 13.639 687 (215) 485 662 1.697 984 (556) Total do Patrimônio Líquido TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (*) Após a aplicação do efeito retroativo ao desdobramento de ações (Nota 19a) As notas explicativas anexas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. F-5 (264) 35.352 27.417 269.530 192.741 BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S.A. Demonstração Consolidada do Resultado Ano Findo em 31 de Dezembro de (Em milhões de Reais, exceto as informações por ação) 2007 2006 2005 34.142 22.725 2.657 908 2.375 3.416 1.902 159 27.862 19.217 2.664 881 1.251 2.538 1.143 168 21.338 14.004 2.547 928 850 1.710 1.040 259 (12.966) (3.318) (3.445) (3.285) (1.372) (1.546) (10.939) (3.873) (2.003) (2.297) (1.402) (1.364) (8.728) (3.311) (1.218) (1.986) (1.025) (1.188) RESULTADO FINANCEIRO Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa RECEITA FINANCEIRA LÍQUIDA APÓS A PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA 21.176 (5.535) 16.923 (5.148) 12.610 (2.637) 15.641 11.775 9.973 RECEITAS NÃO FINANCEIRAS Receitas de Prestação de Serviços Ganhos de Negociação, Líquido Lucro (Prejuízo) Líquido na Venda de Títulos e Valores Mobiliários Disponíveis para Venda 16.753 7.750 1.876 14.443 6.737 2.132 11.957 5.705 2.532 RECEITAS FINANCEIRAS Juros de Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil Juros de Depósitos Interfinanceiros Juros de Depósitos Compulsórios no Banco Central Juros de Aplicações em Operações Compromissadas Juros de Ativos de Negociação Juros e Dividendos de Títulos e Valores Mobiliários Disponíveis para Venda Juros de Títulos e Valores Mobiliários Mantidos até o Vencimento DESPESAS FINANCEIRAS Juros sobre Depósitos Juros sobre Captações no Mercado Aberto Juros sobre Obrigações por Empréstimos de Curto Prazo Juros sobre Obrigações por Empréstimos de Longo Prazo Juros e Correção Monetária sobre Provisões Técnicas de Previdência Ganho (Perda) Líquido em Operações de Câmbio Lucro (Prejuízo) Líquido na Conversão de Subsidiárias no Exterior Resultado de Participações em Empresas não Consolidadas, Líquido Receitas de Prêmios de Seguros, Planos de Previdência Privada e Planos de Capitalização Outras Receitas não Financeiras DESPESAS NÃO FINANCEIRAS Despesas de Pessoal Despesas Administrativas Amortização de Outros Intangíveis (inclusive uma perda permanente nos ativos intangíveis do Banco Banestado S.A. de R$ 83 no ano findo em 31 de dezembro de 2005) Sinistros, Variações nas Provisões para Operações de Seguros, Planos de Previdência Privada e Despesas de Comercialização Depreciação do Imobilizado Outras Despesas não Financeiras LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL, PARTICIPAÇÕES MINORITÁRIAS, ÍTEM EXTRAORDINÁRIO E EFEITO ACUMULADO DA ALTERAÇÃO EM PRINCÍPIO CONTÁBIL IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Corrente Diferido TOTAL DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES MINORITÁRIAS, ÍTEM EXTRAORDINÁRIO E EFEITO ACUMULADO DA ALTERAÇÃO EM PRINCÍPIO CONTÁBIL Participações Minoritárias LUCRO LÍQUIDO ANTES DO ÍTEM EXTRAORDINÁRIO E EFEITO ACUMULADO DA ALTERAÇÃO EM PRINCÍPIO CONTÁBIL Ítem Extraordinário, reconhecimento no lucro do excesso de ativos líquidos adquiridos sobre o custo de aquisição, líquido de imposto - (Nota 3c) (136) 83 (1.020) 416 3.500 4.284 281 (139) (153) 511 3.479 1.595 (20) 146 (330) 583 2.681 660 (20.831) (5.628) (5.409) (17.955) (5.299) (4.672) (14.484) (3.951) (3.733) (961) (609) (441) (2.509) (661) (5.663) (2.663) (603) (4.109) (2.233) (607) (3.519) 11.563 8.263 7.446 (2.551) (1.556) (1.823) (567) (1.534) (407) (4.107) (2.390) (1.941) 7.456 2 5.873 23 5.505 (55) 7.458 5.896 5.450 29 0 0 LUCRO LÍQUIDO ANTES DA ALTERAÇÃO EM PRINCÍPIO CONTÁBIL Efeito acumulado da alteração em princípio contábil 7.487 5.896 5.450 0 0 3 LUCRO LÍQUIDO LUCRO POR AÇÃO - BÁSICO (*) Ordinárias Preferenciais LUCRO POR AÇÃO - DILUÍDO (*) Ordinárias Preferenciais MÉDIA PONDERADA DA QUANTIDADE DE AÇÕES EM CIRCULAÇÃO - BÁSICA (*) Ordinárias Preferenciais MÉDIA PONDERADA DA QUANTIDADE DE AÇÕES EM CIRCULAÇÃO - DILUÍDA (*) 7.487 5.896 5.453 Ordinárias Preferenciais 3,12 3,12 2,59 2,59 2,43 2,43 3,10 3,10 2,58 2,58 2,41 2,41 1.242.761.283 1.202.978.161 1.210.742.563 1.155.982.545 1.069.344.432 1.036.228.303 1.242.761.283 1.202.978.161 1.210.742.563 1.170.763.686 1.081.858.591 1.049.896.371 (*) Após a aplicação do efeito retroativo ao desdobramento de ações (Nota 19a) As notas explicativas anexas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. F-6 BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S.A. Demonstração Consolidada do Lucro Abrangente Ano Findo em 31 de Dezembro de (Em milhões de Reais) 2007 Lucro Líquido Apresentado na Demonstração do Resultado Alteração nos Ganhos e Perdas não Realizados em Títulos e Valores Mobiliários Disponíveis para Venda (líquido do efeito fiscal de R$ (435), R$ 77 e R$ 83 para os anos findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, respectivamente) 2006 7.487 2005 5.896 5.453 902 (370) (293) Ajustes de Conversão Acumulados em Subsidiárias no Exterior e Participações Avaliadas Segundo o método de Equivalência Patrimonial (sem efeito fiscal) (177) (14) (216) Benefícios definidos de Planos de Pensão e outros planos Pós-Aposentadoria, Líquido de Impostos de R$ 368 para o ano findo em Dezembro de 2007 713 - - 8.925 5.512 4.944 Lucro Abrangente para o Exercício As notas explicativas anexas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. F-7 BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S.A. Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa Período Findo em 31 de dezembro de (Em milhões de Reais) 2007 Atividades Operacionais Lucro Líquido Ajustes para Reconciliação do Lucro Líquido ao Caixa Líquido fornecido pelas Atividades Operacionais Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Perda na Venda de Bens não de Uso Próprio, líquido Amortização de Intangíveis (Inclui Perda Permanente do Banco Banestado S.A. de R$ 83 no Ano Findo em 31 de dezembro de 2005) Depreciação do Imobilizado Resultado de Participações em Empresas não Consolidadas, Líquido Ganho na Venda de Ações da Redecard (Nota 24a) Ganho na Venda de Ações da Serasa (Nota 24a) Ganho na Venda de Ações da Bovespa (Nota 24a) Ganho na Venda de Ações da Bolsa Mercantil & Futuros (Nota 24a) Perda (Ganho) na Venda de Empresas não Consolidadas Ganho na Venda da Marca Credicard Ganho na Cisão da Credicard (Nota 3f) Custo do Plano de Outorga de Opções de Ações (Reversão de Custo) Imposto de Renda Diferido Ativo (Lucro) Prejuízo Líquido em Títulos e Valores Mobiliários Disponíveis para Venda Perda Permanente em Títulos e Valores Mobiliários Disponíveis para Venda Outros ajustes ao lucro Efeito da Alteração em Princípio Contábil (Lucro) Prejuízo na Venda de Imobilizado Resultado de Participações Minoritárias Dividendos Recebidos de Investimentos em Empresas Avaliadas pelo Método de Equivalência Patrimonial Variações nos Ativos e Passivos (Aumento) Redução nos Ativos de Negociação Aumento (Redução) em Outros Ativos Aumento em Outros Passivos 2006 2005 7.487 5.896 5.453 5.535 9 961 661 (416) (1.544) (743) (248) (227) 339 1.556 136 4 (21) (92) (2) 243 5.148 19 609 603 (511) (16) (158) (433) 717 567 (281) 4 (34) (8) (23) 126 2.637 18 441 607 (583) 2 54 407 20 29 (3) (4) 55 167 (11.069) (8.157) 9.196 (8.929) (4.245) 4.714 (3.516) (6.468) 6.130 3.608 3.765 5.446 Atividades de Investimento Redução (Aumento) Líquido nos Depósitos Compulsórios no Banco Central do Brasil Redução (Aumento) Líquido em Operações Compromissadas Que Não Compõem o Caixa e Equivalentes a Caixa Compra de Títulos e Valores Mobiliários Disponíveis para Venda Venda e Resgate de Títulos e Valores Mobiliários Disponíveis para Venda Compra de Títulos e Valores Mobiliários Mantidos Até o Vencimento Recursos do Resgate de Títulos e Valores Mobiliários Mantidos Até o Vencimento Aumento Líquido em Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil Aquisição de Subsidiárias, Líquido do Caixa e Equivalentes à Caixa Recebidos Aquisição do Intangível Relacionado a LASA e Lopes (Nota 33) Caixa Consolidado na Cisão da Tulipa (Nota 3f) Caixa Consolidado na Cisão da Credicard (Nota 3f) Pagamentos em Dinheiro pelos Direitos Contratuais de Prestar Serviços de Folha de Pagamento para Servidores Estaduais Aquisição de Imobilizado Recursos da Venda de Imobilizado Recursos da Venda de Bens não de Uso Próprio Aquisição de Empresas não Consolidadas Aquisição de Outros Investimentos Contabilizados ao Custo Recursos da Venda de Empresas não Consolidadas (2.161) 477 (13.318) 10.653 26 (30.759) 1.637 (358) (113) (773) 392 52 (108) (31) 2.644 (520) (181) (10.715) 9.569 (10) 244 (18.539) 3.293 948 18 (168) (586) 34 42 (185) (44) 18 (2.726) (83) (7.955) 7.092 (10) 1.462 (13.528) (160) (696) (612) 16 61 (25) 22 Caixa Líquido Fornecido pelas Atividades de Investimento Caixa Líquido Fornecido pelas Atividades Operacionais (31.740) (16.782) (17.142) Atividades de Financiamento Aumento (Redução) Líquido nos Depósitos Aumento (Redução) Líquido nas Reservas de Planos de Previdência PGBL/VGBL Aumento (Redução) Líquido em Captações no Mercado Aberto Aumento (Redução) Líquido em Empréstimos de Curto Prazo Captações em Obrigações por Empréstimos de Longo Prazo Pagamento de Obrigações por Empréstimos de Longo Prazo Aquisição de Ações Próprias Outorga de Opções de Ações Exercidas Dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio Pagos Participações Minoritárias 12.529 2.831 12.100 15.048 18.034 (8.441) (261) 124 (2.280) (80) 3.703 2.701 3.241 9.116 4.730 (4.410) (37) 129 (1.748) 38 9.187 2.094 (11) 4.139 6.187 (5.976) (1.647) 115 (1.865) 78 Caixa Líquido Fornecido pelas Atividades de Financiamento 49.604 17.463 12.301 Aumento (Redução) Líquido em Caixa e Equivalentes à Caixa Caixa e Equivalentes à Caixa No Início do Exercício No Final do Exercício 21.472 4.446 605 19.651 41.123 15.205 19.651 14.600 15.205 10.485 2.738 7.401 1.335 6.443 1.092 24 1.120 1.533 52 85 4.693 1.629 765 292 35 1.288 - Informações Complementares sobre o Fluxo de Caixa Caixa Utilizado no Pagamento de Juros Caixa Utilizado no Pagamento de Imposto de Renda e Contribuição Social Transações Não Monetárias Empréstimos Transferidos para Bens não de Uso Próprio Emissão de Ações na Compra do BankBoston Dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio Declarados e Ainda não Pagos Aquisição das Operações da Credicard (Nota 3f) Transferência de Títulos Disponíveis para Venda para Ativos de Negociação As notas explicativas anexas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. F-8 BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S.A. Demonstração Consolidada das Mutações do Patrimônio Líquido Ano Findo em 31 de Dezembro de ( em milhares de ações) 2007 Ações Preferenciais 2006 (*) Ações Ordinárias Ações Preferenciais 2005 (*) Ações Ordinárias Ações Preferenciais Ações Ordinárias Capital Social Saldo no Início do Exercício 1.190.991.928 Emissão de Ações - Cancelamento de Ações em Tesouraria - 1.211.926.840 1.053.955.740 41.073.672 137.036.188 - - 1.211.926.840 - 1.190.991.928 1.253.000.512 1.190.991.928 1.211.926.840 Saldo no Início do Exercício 39.562.280 9.993.446 49.088.000 8.775.646 Exercício de Opções de Ações Outorgadas (Nota 26) (9.369.060) Saldo no Final do Exercício (A) 1.097.955.740 (44.000.000) 1.213.751.060 (1.824.220) 1.053.955.740 1.211.926.840 45.019.600 1.266.200 Ações em Tesouraria Cancelamento de Ações em Tesouraria Aquisição de Ações em Tesouraria Saldo no Final do Exercício (B) Capital em Circulação no final do Exercício - C = A - B (*) Após a aplicação do efeito retroativo ao desdobramento de ações (nota 19a) As notas explicativas anexas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. - - (9.525.720) - (11.189.000) - (44.000.000) (1.824.220) - 9.333.666 6.482.400 272.200 1.217.800 59.257.400 36.675.620 10.265.646 39.562.280 9.993.446 49.088.000 8.775.646 1.154.316.308 1.242.734.866 1.151.429.648 1.201.933.394 1.004.867.740 1.203.151.194 F-9 - - BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S.A. Demonstração Consolidada das Mutações do Patrimônio Líquido Ano Findo em 31 de Dezembro de (Em milhões de Reais) 2007 Ações Ordinárias Saldo no Início do Exercício Emissão de Ações Capitalização de Reservas e Lucros Acumulados não Apropriados 2006 4.575 1.373 - 2005 4.575 - 4.387 188 4.575 4.575 3.979 4.581 3.968 11 - 8.560 8.560 3.979 Ações em Tesouraria Saldo no Início do Exercício Exercício de Opções de Ações Outorgadas (Nota 26) Cancelamento de Ações em Tesouraria Aquisição de Ações em Tesouraria (1.123) 211 (261) (1.296) 210 (37) (475) 131 695 (1.647) Saldo no Final do Exercício (1.173) (1.123) (1.296) 599 262 538 29 503 54 (87) (80) (16) (253) - 112 - (3) 521 599 538 9.131 4.508 - 6.660 3.365 (695) (199) 19.183 13.639 9.131 (215) 155 448 (370) (293) (215) 155 5.948 Saldo no Final do Exercício Ações Preferenciais Saldo no Início do Exercício Capitalização de Reservas e Lucros Acumulados não Apropriados Emissão de Ações 8.560 - Saldo no Final do Exercício Capital Adicional Integralizado Saldo no Início do Exercício Remuneração baseada em Ações Reconhecida no Exercício (Nota 26) Diferença entre o Preço de Aquisição e o Custo Médio das Ações em Tesouraria Vendidas Diferença entre o valor justo das ações emitidas na combinação de negócios e o montante estatutariamente correspondente ao aumento de capital - (notas 3.b e 3.c) Efeito Acumulado da Alteração em Princípio Contábil Saldo no Final do Exercício Lucros Acumulados Apropriados Saldo no Início do Exercício Transferência de Lucros Acumulados não Apropriados Cancelamento de Ações em Tesouraria Capitalização de Reservas 13.639 5.544 - Saldo no Final do Exercício Ganhos (Perdas) Líquidos não Realizados em Títulos e Valores Mobiliários Disponíveis para Venda, Líquidos de Impostos Saldo no Início do Exercício Variação nos Ganhos e Perdas Líquidos não Realizados Durante o Exercício, líquida de efeito fiscal 902 687 Saldo no Final do Exercício Ajustes de Conversão Acumulados Saldo no Início do Exercício Ajuste de Conversão do Período, sem efeito fiscal Saldo no Final do Exercício Benefícios Definidos de Planos de Pensão e de Outros Planos PósAposentadoria Saldo no Início do Exercício Ajuste de Benefícios Definidos de Planos de Pensão e de Outros Planos PósAposentadoria, líquido de efeito fiscal Saldo no Final do Exercício Lucros(Prejuízos) Acumulados não Apropriados Saldo no Início do Exercício Lucro Líquido do Exercício Distribuição de Juros sobre o Capital Próprio Transferência para Lucros Acumulados Apropriados 662 676 892 (177) (14) (216) 485 662 676 - - 984 713 984 - 1.697 984 - (264) 7.487 (2.235) (5.544) 563 5.896 (2.215) (4.508) 328 5.453 (1.853) (3.365) Saldo no Final do Exercício (556) (264) 563 Total do Patrimônio Líquido 35.352 27.417 18.321 0,97 0,97 0,83 0,83 Informações em Reais por Ação (*) Lucros Distribuídos (Juros sobre o Capital Próprio Distribuídos) Ações Preferenciais Ações Ordinárias 0,93 0,93 (*) Após aplicação do efeito retroativo ao desdobramento de ações (Nota 19a). As notas explicativas anexas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. F-10 BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S.A. Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas Em 31 de Dezembro de 2007, 2006 e 2005 (Em milhões de Reais, exceto informações por ação) NOTA 1 - DESCRIÇÃO DOS NEGÓCIOS E BASE DE CONSOLIDAÇÃO. a) Descrição dos negócios Banco Itaú Holding Financeira S.A. ("nós", "Itaú" ou "Itaú Holding" são referências ao Banco Itaú Holding Financeira S.A. e nossas subsidiárias e afiliadas) é uma sociedade anônima de capital aberto, constituída e existente segundo as leis brasileiras. A matriz do Itaú Holding está localizada na cidade de São Paulo, Brasil. O Itaú Holding fornece, diretamente ou por intermédio de suas subsidiárias, uma ampla gama de linhas de crédito e outros serviços financeiros a uma base diversificada de clientes (pessoas físicas e jurídicas) no Brasil e no exterior, a clientes relacionados ou não ao Brasil, por meio de nossas agências, subsidiárias e afiliadas internacionais. Estes serviços são oferecidos no Brasil a clientes de varejo por intermédio da rede de agências do Banco Itaú e atacado por intermédio do Banco Itaú BBA S.A. ("Itaú BBA"), enquanto no exterior são oferecidos por intermédio de agências em Nova York, Grand Cayman, Japão e Bahamas e por intermédio de subsidiárias na Argentina, Chile, Uruguai e Ilhas Cayman e de afiliadas na Europa (Portugal e Luxemburgo). O Itaú Holding é membro do Grupo Itaúsa de empresas, que atua nos setores financeiro, segurador, industrial e imobiliário. Em 31 de dezembro de 2007, o grupo Itaúsa abrangia mais de 200 empresas, inclusive a Itaúsa Investimentos Itaú S.A. (ITAÚSA), a empresa holding do Itaú Holding. As operações do Itaú Holding podem ser divididas em oito segmentos principais. O Banco Itaú opera em quatro deles: (1) bancário, que oferece uma ampla gama de serviços bancários para pessoas físicas e micro, pequena e médias empresas, (2) administração de recursos de terceiros e serviços a investidores, (3) seguros, planos de previdência privada e planos de capitalização e (4) cartões de crédito emitidos a correntistas. Além disso, o Itaú BBA oferece serviços bancários de atacado para empresas de grande porte e o Itaucred oferece crédito ao consumidor a correntistas através de três segmentos: Taií (que compreende as operações de crédito ao consumidor e adiantamento salarial), Financiamento de Veículos e Cartão de Crédito. F-11 b) Base de Consolidação As demonstrações contábeis consolidadas incluem as contas do Itaú Holding (empresa controladora) e das subsidiárias, diretas e indiretas, nas quais tem participação majoritária e das entidades de interesse variável nas quais somos os beneficiários primários, após a eliminação de todas as contas e operações significativas entre as empresas. Salvo indicação em contrário, as subsidiárias estão consolidadas em 31 de dezembro de 2007 e 2006 e para os anos findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, e a porcentagem de participação votante é a abaixo apresentada. A data das demonstrações contábeis de nossas subsidiárias, utilizadas para fins de consolidação, é a mesma que as do Itaú Holding. A tabela a seguir apresenta nossas principais subsidiárias. Afinco Américas Madeira, SGPS, Soc. Unipessoal Ltda. Banco Fiat S.A. Banco Itaú BBA S.A. Banco Itaú Buen Ayre S.A. (1) Banco Itaú Chile S.A.(2) Banco Itaú S.A. Banco Itaú Uruguay S.A. (2) Banco ItauBank S.A. (3) Banco Itaucard S.A. Banco Itaucred Financiamentos S.A. Cia Itaú de Capitalização Banco Itauleasing S.A. FAI - Financeira Americanas Itaú S.A. Crédito, Financiamento e Investimento (4) Fiat Administradora de Consórcios Ltda. Financeira Itaú CBD S.A. Crédito, Financiamento e Investimento Intrag Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. Itaú Administradora de Consórcios Ltda. Itaú Bank, Ltd. Itaú Chile Holding, Inc.(2) Itaú Corretora de Valores S.A. Itaú Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. Itaú Seguros S.A. Itaú Vida e Previdência S.A. Itaú-BBA Participações S.A. Oca Casa Financiera S.A.(2) Orbitall Serviços e Processamento de Informações Comerciais S.A. País de constituição Porcentagem do capital votante em 31/12/2007 Portugal Brasil Brasil Argentina Chile Brasil Uruguai Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Ilhas Cayman Chile Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Uruguai Brasil 100% 99,99% 74,49% 99,72% 99,99% 100% 100% 100% 99,99% 99,99% 99,99% 99,99% 50,00% 99,99% 50,00% 99,99% 99,99% 100% 100% 99,99% 99,99% 100% 99,99% 50,00% 100% 99,99% (1) O percentual de participação variou em relação ao exercício anterior,passando de 99,99% para 99,72%, em função de venda de 1,11%, efetuada pela controlada Banco Itaú S.A ao Banco Itaú BBA S.A (2) Consolidada desde abril de 2007. (3) Consolidada desde sua aquisição em 30 de agosto de 2006. (4) Consolidada desde a sua constituição em abril de 2005. F-12 De acordo com o FIN 46R “Consolidação de Entidades de Interesse Variável, uma Interpretação do ARB No. 51” do FASB, consolidamos as entidades de interesse variável nas quais somos os beneficiários primários. Considerando a desproporção entre nossa participação votante (50%) e nossa participação econômica (95,75%) na Itaú BBA Participações S.A., empresa holding para controle do capital votante do Itaú BBA, concluímos que esta empresa é uma entidade de interesse variável, conforme definido no FIN 46R, e que somos os beneficiários primários de tal entidade. Como beneficiário primário desta empresa, segundo o FIN 46R, somos obrigados a consolidá-la e, como resultado, consolidamos a Itaú BBA Participações S.A. e suas subsidiárias. Em 31 de dezembro de 2007, os ativos totais consolidados da Itaú BBA Participações totalizavam R$ 1.548 e estariam disponíveis para seus credores para cumprimento de suas obrigações. Somos o beneficiário primário da Miravalles Empreendimentos e Participações S.A. (Miravalles), a holding da FIC, uma instituição financeira que tem o direito exclusivo de oferecer produtos e serviços financeiros para clientes da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), uma empresa de varejo. Consolidamos a Miravalles desde que adquirimos a participação societária em agosto de 2004. Em 31 de dezembro de 2007, os ativos totais consolidados da Miravalles totalizavam R$ 1.943 (incluindo ativos intangíveis no valor de R$ 603), e estariam disponíveis para seus credores para cumprimento de suas obrigações. Somos também, o beneficiário primário da Vitória Participações S.A. (Vitória), a holding da FAI, uma instituição financeira que tem o direito exclusivo de oferecer produtos e serviços financeiros para clientes da Lojas Americanas S.A. (LASA). Consolidamos a Vitória desde que adquirimos a participação em abril de 2005. Em 31 de dezembro de 2007, os ativos totais consolidados da Vitória Participações S.A. totalizavam R$ 654 (incluindo ativos intangíveis no valor de R$ 340), e estariam disponíveis para seus credores para cumprimento de suas obrigações. Possuímos 50% de participação na Pandora Participações S.A. uma entidade resultante da parceria com Lojas Americanas descrita na Nota 33ª, que concluímos ser entidade de interesse variável, mas na qual não somos beneficiário primário. O total dos ativos da Pandora em 31 de dezembro de 2007 era de R$ 137 e estamos expostos no montante de nosso investimento de R$ 69 em 31 de dezembro de 2007. F-13 NOTA 2 - POLÍTICAS CONTÁBEIS SIGNIFICATIVAS As demonstrações contábeis consolidadas do Itaú Holding foram elaboradas em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América ("US GAAP") que diferem, em determinados aspectos significativos, dos princípios contábeis que aplicamos nas demonstrações contábeis estatutárias do Itaú Holding, preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil que incluem, quando aplicável, as normas e os regulamentos do Banco Central do Brasil ("Banco Central"), da Comissão de Valores Mobiliários ("CVM"), da Superintendência de Seguros Privados ("SUSEP") - o órgão brasileiro de regulamentação do mercado segurador e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (“ANS”) – o órgão regulador das operadoras do mercado de saúde suplementar brasileiro. As informações financeiras incluídas nessas demonstrações contábeis, inclusive, entre outros, o patrimônio líquido e o lucro líquido, diferem das apresentadas nos registros contábeis estatutários e nas demonstrações contábeis estatutárias devido aos ajustes feitos para refletir as determinações dos US GAAP. A preparação de demonstrações contábeis em conformidade com os US GAAP exige que a administração faça estimativas e premissas que afetam os montantes divulgados de ativos e passivos, a divulgação de ativos e passivos contingentes na data das demonstrações contábeis e o valor das receitas e despesas durante os períodos demonstrados. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas. As demonstrações contábeis consolidadas incluem diversas estimativas e premissas, inclusive, mas não limitadas, a adequação da provisão para créditos de liquidação duvidosa, a estimativa do valor justo de determinados instrumentos financeiros, o montante da avaliação das provisões de créditos tributários diferidos, o montante das reservas de seguros e planos de previdência privada, a definição da vida útil de determinados ativos, a determinação da necessidade de reconhecer desvalorizações permanentes em ativos de longo prazo e seu valor, a definição de premissas usadas para calcular as obrigações de planos de pensão, a determinação da probabilidade e a estimativa de perdas contingentes, como também o uso de julgamento e interpretação significativos na aplicação de leis tributárias quando se determina o montante de impostos a pagar, incluindo a análise da posição tributária incerta sobre a tributação sobre a renda. A seguir, temos uma descrição das políticas contábeis significativas adotadas. a) Reclassificação em moeda constante Até 1995, a CVM exigia que as empresas de capital aberto sujeitas a seus requisitos de divulgação preparassem e publicassem: • • as informações financeiras estatutárias preparadas segundo a Legislação Societária brasileira ("Legislação Societária") e como informação complementar, demonstrações contábeis expressas em moeda de poder aquisitivo constante (preparadas segundo o "método da moeda constante"). Essa exigência de apresentar demonstrações contábeis segundo o método da moeda constante foi eliminada quando a indexação das demonstrações contábeis para fins estatutários e fiscais brasileiros foi descontinuada em 1º de janeiro de 1996. Até 30 de junho de 1997, o Brasil era considerado uma economia hiperinflacionária e, desta forma, para fins de elaboração dessas demonstrações contábeis, todos os saldos e operações anteriores àquela data foram reajustados aos níveis de preço de 30 de junho de 1997. O índice utilizado até 31 de dezembro de 1995 para efetuar esse reajuste era a Unidade Fiscal de Referência (UFIR), que consideramos como o índice mais adequado, já que era o mesmo índice estabelecido pelas autoridades fiscais para a preparação das demonstrações contábeis segundo a Legislação Societária, bem como o índice selecionado pela CVM para a preparação das demonstrações contábeis complementares segundo o método da moeda constante. A partir de 1º de janeiro de 1996, com a eliminação da exigência da publicação de demonstrações contábeis em moeda constante, nenhum índice foi estabelecido para essa finalidade. O índice selecionado para o reajuste entre 1º de janeiro de 1996 e 30 de junho de 1997, data em que descontinuamos a metodologia da moeda constante, foi o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), um índice geral de preços independente, calculado pela Fundação Getúlio Vargas. A partir de 1º de julho de 1997, data em que constatamos que o Brasil não era mais uma economia hiperinflacionária, os saldos e as operações foram expressos em reais nominais, conforme determinado pelos US GAAP e pelas diretrizes da Comissão de Títulos e Valores Mobiliários dos EUA ("SEC"). F-14 b) Conversão de moedas estrangeiras em Reais brasileiros As operações em moeda estrangeira são registradas pela taxa cambial vigente na data da operação relacionada. Os ativos e passivos monetários denominados em moedas estrangeiras são convertidos para Reais brasileiros pela taxa de câmbio de final de ano. Os lucros e perdas nas operações relacionadas são reconhecidos na demonstração do resultado à medida que ocorrem. As demonstrações contábeis de operações efetuadas fora do Brasil, com uma moeda funcional que não o Real brasileiro, foram convertidas da seguinte maneira: • • • ativos e passivos pela taxa de câmbio de final de ano; receitas e despesas pela taxa média de câmbio do exercício e ganhos ou perdas advindos da conversão, foram incluídos no Patrimônio Líquido sob a rubrica Ajustes de Conversão Acumulados. As demonstrações contábeis de operações fora do Brasil, que tinham o Real brasileiro como moeda funcional, foram mensuradas da seguinte maneira: • • • ativos e passivos, a maior parte dos quais de natureza monetária, pela taxa de câmbio do final do exercício; receitas e despesas pela taxa média de câmbio do exercício e ganhos e perdas de transações são apresentados na demonstração de resultados em Lucro (Prejuízo) Líquido na Transação de Subsidiárias no Exterior. c) Caixa e equivalentes a caixa Para fins da Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa, o caixa e equivalentes a caixa inclui caixa e contas correntes em bancos, aplicações em depósitos interfinanceiros e aplicações em operações compromissadas com prazo original igual ou inferior a 90 dias. d) Apresentação dos ativos e passivos remunerados Os ativos e passivos remunerados são apresentados no Balanço Patrimonial Consolidado pelo custo amortizado usando-se o método da taxa de juros efetiva. Tal apresentação é necessária porque os juros e a correção monetária incorridos são incorporados ao montante de principal em aberto a cada período para praticamente todos esses ativos e passivos. O total dos juros e variação monetária apropriados sobre o valor de principal em aberto dos ativos era de R$ 11.600 e R$ 7.469 em 31 de dezembro de 2007 e 2006, respectivamente. O total dos juros e variação monetária apropriados sobre o valor de principal em aberto dos passivos era de R$ 8.058 e R$ 5.094 em 31 de dezembro de 2007 e 2006, respectivamente. e) Aplicações em operações compromissadas e captações no mercado aberto Firmamos operações de compra com compromisso de revenda ("compromisso de revenda") e de venda com compromisso de recompra ("compromisso de recompra") de títulos e valores mobiliários. Os compromissos de revenda e compromissos de recompra são contabilizados como operações de empréstimo e captação com garantias. Os montantes aplicados em operações com compromisso de revenda e os montantes captados em operações com compromisso de recompra são registrados no balanço pelos seus valores acrescidos dos juros decorridos. Os juros auferidos em operações com compromisso de revenda e os juros incorridos em operações com compromisso de recompra são lançados em Receitas Financeiras e Despesas Financeiras. No Brasil, o controle de custódia de títulos e valores mobiliários é centralizado e a posse das aplicações em operações compromissadas é temporariamente transferida ao comprador. Monitoramos de perto o valor de mercado dos títulos e valores mobiliários que lastreiam as operações com compromisso de revenda e ajustamos o valor da garantia quando apropriado. F-15 f) Ativos e Passivos de Negociação, inclusive Derivativos Classificamos os títulos e valores mobiliários de dívida e as ações segundo o Normas de Apresentação das Demonstrações Contábeis (Statement of Financial Accounting Standards - SFAS) 115 - "Contabilização de Investimentos em Títulos e Valores Mobiliários de Dívida e em Ações". Essas classificações são determinadas com base em nossa intenção com relação aos títulos e valores mobiliários e às ações na data da aquisição. Os ativos de negociação incluem títulos e valores mobiliários classificados como destinados à negociação, segundo a SFAS 115, e determinados instrumentos financeiros derivativos. Os títulos para negociação são contabilizados pelo seu valor justo estimado. Os ganhos e perdas, realizados e não realizados, são reconhecidos como Ganho (Perda) de Negociação na Demonstração Consolidada do Resultado. Os derivativos contabilizados em Ativos de Negociação e no Passivo, incluídos em Outros Passivos, são aqueles firmados com nossos clientes para fim de negociação ou que não se qualificam como "hedge" (basicamente derivativos utilizados para administrar nossa exposição global a variações na taxa de juros e em moedas estrangeiras). Eles são contabilizados pelo seu valor justo, com os ganhos (perdas) realizados e não realizados reconhecidos como Ganho (Perda) de Negociação. Na determinação do valor justo dos ativos e passivos de negociação são utilizados, quando disponíveis, os preços cotados em mercado. Se não estiverem disponíveis preços cotados em mercado, os valores justos são estimados com a utilização de cotações de corretoras e distribuidoras, modelos de formação de preços, preços cotados para instrumentos com características similares ou fluxos de caixa descontados. g) Títulos e Valores Mobiliários Disponíveis para Venda e Mantidos até o Vencimento Os títulos e valores mobiliários são classificados como disponíveis para venda quando, no julgamento da administração, eles podem ser vendidos em resposta ou em antecipação a alterações nas condições de mercado. Os títulos e valores mobiliários disponíveis para venda são contabilizados no balanço pelo seu valor justo. Os ganhos e perdas não realizados nesses títulos e valores mobiliários são demonstrados, líquidos dos impostos aplicáveis, como um componente separado do patrimônio líquido. Os juros, inclusive a amortização de ágios e deságios e a receita de dividendos das ações, são apresentados na conta respectiva na Demonstração Consolidada do Resultado. O custo médio é usado para determinar os ganhos e perdas realizados na alienação de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda, os quais são registrados na Demonstração Consolidada do Resultado em Lucro (Prejuízo) Líquido na Venda de Títulos e Valores Mobiliários Disponíveis para Venda. Os títulos e valores mobiliários que o Itaú Holding tem a firme intenção e capacidade de manter até o vencimento são classificados como mantidos até o vencimento e são contabilizados pelo custo amortizado, ajustado pela amortização dos ágios ou deságios. Os juros, inclusive a amortização de ágios e deságios, são apresentados na Demonstração Consolidada do Resultado em Juros de Títulos e Valores Mobiliários Mantidos até o Vencimento. Os ganhos ou perdas não realizados de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda na data em que os títulos de dívida são transferidos para a categoria mantidos até o vencimento continuam a ser apresentados como um componente separado do patrimônio líquido. Os ganhos ou perdas não reconhecidos são apropriados ao longo do prazo restante até o vencimento, como um ajuste de rendimento e de forma consistente com a amortização do ágio ou deságio relacionado. Quando ocorre um declínio permanente no valor justo de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda ou mantidos até o vencimento, é reconhecida na Demonstração Consolidada do Resultado uma perda de desvalorização, pela diferença entre o valor contábil do título desvalorizado e seu valor justo na data da desvalorização. Esse valor justo na data da desvalorização se torna a nova base de custo do título. Para determinar se o declínio no valor é permanente, usamos uma combinação de fatores destinados a determinar se é provável a recuperação do valor de um título mobiliário. Além da duração e magnitude do declínio do valor abaixo de seu valor contábil, esses fatores incluem outros fatores, como a probabilidade, com base no comportamento histórico do valor dos títulos específicos, de que o declínio no valor seja recuperado, bem como a probabilidade de que não sejamos capazes de receber o principal ou os juros. F-16 Em novembro de 2003, a Força Tarefa de Assuntos Emergentes (“EITF”) atingiu um consenso sobre a Questão 03-01, "Significado de desvalorização permanente e sua aplicação a determinados investimentos", no que ela se refere à divulgação de informações sobre títulos e valores mobiliários da SFAS 115. Em acréscimo às informações já requeridas pela SFAS 115, a Questão 03-01 da EITF exige informações quantitativas e qualitativas sobre títulos e valores mobiliários negociáveis, de ações ou de dívida. As exigências de divulgação estão apresentadas nas Notas Explicativas 7 e 8. h) Derivativos não destinados à negociação e derivativos embutidos Os derivativos utilizados para proteger exposições a risco ou para modificar as características de ativos e passivos financeiros que atendam aos critérios a seguir são contabilizados como "hedge". Para qualificar-se como "hedge", um derivativo deve ser: • • • designado como um "hedge" de um ativo ou passivo financeiro específico no início da vigência do contrato efetivo na redução do risco associado à exposição a ser protegida, e altamente correlacionado no que se refere às alterações no seu valor justo em relação ao valor justo do item que estiver sendo protegido ou, no caso de "hedge" de fluxo de caixa, em relação às alterações no fluxo de caixa, tanto no início quanto ao longo da vida do contrato. Não mantínhamos quaisquer derivativos qualificados como "hedge" em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, e todos os nossos derivativos nessas datas e durante esses períodos eram registrados pelo valor justo. Segregamos os derivativos embutidos incluídos nos instrumentos financeiros híbridos, quando essa segregação é requerida pelo SFAS 133, “Contabilização de Instrumentos Derivativos e Atividades de Hedge”. Após realizar operações com instrumentos híbridos, nós registramos os instrumentos derivativos embutidos pelo seu valor justo e determinamos o valor contábil inicial, relativo ao contrato principal, como a diferença entre o valor base do instrumento financeiro híbrido e o valor justo do derivativo embutido (método baseado no valor justo do derivativo embutido – “with or without method”). O derivativo embutido é subsequentemente mensurado a valor justo a cada data-base com os ganhos e perdas reconhecidos no resultado. A partir de 1º de janeiro de 2007, nós adotamos o SFAS 155, “Contabilização de Certos Instrumentos Financeiros Híbridos”. Conforme essa regra, um instrumento financeiro híbrido que contém um derivativo embutido, que deveria ser bifurcado conforme o SFAS 133, pode ser registrado pelo seu valor justo, se existir uma opção irrevogável para este tratamento contábil em uma base instrumento a instrumento. Não tínhamos elegido a opção de não bifurcar para qualquer instrumento durante o ano findo em 31 de dezembro de 2007. i) Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil As operações de crédito e arrendamento mercantil são demonstradas ao custo amortizado usando-se o método da taxa efetiva de juros, inclusive juros a receber e indexação contratual. A receita de juros é registrada segundo o regime de competência e adicionada ao montante de principal das operações de crédito e arrendamento mercantil a cada período. A apropriação de juros é geralmente descontinuada em todas as operações de crédito e arrendamento mercantil que não sejam consideradas como cobráveis em relação ao principal ou aos juros, a menos que o recebimento do principal e dos juros seja assegurado por caução, penhor ou outras garantias e esteja em processo de cobrança. As contas a receber de arrendamentos são registradas pelo total de pagamentos de arrendamentos a receber mais o valor residual estimado da propriedade arrendada, menos a receita ainda não auferida. j) Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil em Situação de Perda Provável (“Impaired”) e Operações de Crédito de Curso Anormal (“Non-accrual”) As operações de crédito e arrendamento mercantil são consideradas em situação de perda provável (“impaired”) quando, em nossa opinião, existe a probabilidade de não recebimento, inclusive os juros apropriados, de acordo com a SFAS 114 "Contabilização da Perda Provável de um Empréstimo por um Credor", alterada pela SFAS 118, "Contabilização pelos Credores da Perda Provável de um Empréstimo Reconhecimento de Receitas e Divulgação de Informações". Consideramos como operações em situação de perda provável todas as operações de crédito e arrendamento mercantil vencidas há mais de 90 dias ou renegociadas e com atraso superior a 60 dias ou ainda, as operações de alto montantes individuais, não homogêneas e que apresentam certos indicadores de deterioração. F-17 Calculamos as operações de crédito e arrendamento mercantil consideradas inadimplentes com base nas estimativas de fluxo de caixa esperados coletáveis descontados a taxa de juros efetiva original da operação de crédito. Consideramos as operações de crédito e arrendamento mercantil vencidas a mais de 60 dias como operações de curso anormal e descontinuamos a apropriação de encargos financeiros sobre as mesmas. As operações de crédito e arrendamento mercantil são baixadas contra a provisão quando o empréstimo não é mais cobrável ou quando é considerado permanentemente irrecuperável. A baixa normalmente ocorre se nenhum pagamento for recebido em 360 dias (vide Nota 9). As baixas podem ser reconhecidas em um prazo inferior a 360 dias se for concluído que o empréstimo não é recuperável. k) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa A provisão para créditos de liquidação duvidosa é uma provisão constituída para prováveis perdas inerentes à carteira na data do balanço patrimonial. A determinação do nível da provisão depende de diversas ponderações e premissas, inclusive das condições econômicas atuais, da composição da carteira de empréstimos, da experiência anterior com perdas em operações de crédito e arrendamento mercantil e da avaliação do risco de crédito relacionada aos empréstimos individuais. Nosso processo para determinar a provisão para créditos de liquidação duvidosa adequada inclui o julgamento da administração e o uso de estimativas. A adequação da provisão é analisada regularmente pela administração. Nossa totalidade de provisão está disponível para cobrir perdas de crédito inerentes a totalidade de nossa carteira. Para determinar o montante de nossa provisão para créditos de liquidação duvidosa, a carteira é classificada em duas categorias principais, para cada qual, uma metodologia específica é usada para estimar perdas prováveis. Na primeira categoria, “créditos revisados individualmente”, incluímos operações de crédito não-homogêneas de grandes corporações, representando exposições de crédito significativas, as quais precisam ser individualmente revisadas para fins de perda permanente. Na segunda categoria, “créditos revisados em base agrupada” estão incluídas pequenas carteiras de crédito homogêneas, as quais são compreendidas de operações de crédito comercias e de varejo. Para determinar o montante da provisão correspondente aos créditos revisados individualmente, os quais são considerados em situação de perda provável (“impaired”), usamos metodologias que consideram tanto a qualidade do cliente quanto a natureza da transação, incluindo sua garantia, para estimar o fluxo de caixa esperado destas operações de crédito. Para “créditos revisados individualmente” e não considerados “impaired”, as operações de crédito são classificadas em diferentes categorias de classificação usando vários fatores qualitativos e quantitativos aplicados através de modelos desenvolvidos internamente. Perdas prováveis para cada classificação são estimadas considerando a vasta experiência de mercado. Para determinar o montante da provisão correspondente aos “créditos revisados em base agrupada”, as operações de crédito, que correspondem a pequenas operações homogêneas, são segregadas em carteiras diferenciadas baseadas nos riscos e nas características inerentes a cada grupo. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é determinada para cada um destes grupos através de um processo que considera a inadimplência histórica e a experiência de perdas de créditos durante os últimos anos, capturadas por matrizes de transição e aplicadas ao grupo atual da carteira. A provisão é acrescida por despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa e recuperações de operações de crédito e arrendamento mercantil baixadas anteriormente e reduzida pela baixa dos empréstimos e arrendamentos considerados como incobráveis. l) Investimentos em empresas não consolidadas Os investimentos em empresas não consolidadas, nas quais possuímos entre 20% e 50% do capital votante, são contabilizados com a utilização do método de equivalência patrimonial. Segundo este método, nossa participação no resultado das empresas, mensurado de acordo com os US GAAP, é reconhecida na Demonstração Consolidada do Resultado como Resultado de Participações em Empresas não Consolidadas, Líquido, e os dividendos são creditados quando declarados à conta de investimentos em empresas não consolidadas no Balanço Patrimonial Consolidado. O saldo em aberto do investimento inclui ágio e ativos intangíveis relativos a estes investimentos, quando aplicável, os quais estão incluídos na análise se um declínio no valor do investimento é considerado ser mais que temporário. Investimentos inferiores a 20% do capital votante em empresas que não tenham valor de mercado determinável de imediato, segundo a SFAS 115 são registrados pelo custo de aquisição (a menos que tenhamos a capacidade de exercer influência significativa sobre as operações da empresa, caso em que utilizamos o método da equivalência patrimonial) e os dividendos são reconhecidos como receita quando recebidos (vide Nota 11). F-18 Reconhecemos uma perda permanente quando a perda de valor do investimento em uma empresa contabilizada pelo método da equivalência patrimonial ou pelo custo for considerada mais que temporária. m) Bens Não de Uso Próprio, inclusive Imóveis Os ativos são classificados como bens apreendidos e incluídos em Outros Ativos quando da efetiva apreensão. Os ativos recebidos quando da execução de empréstimos, inclusive imóveis, são registrados inicialmente pelo menor dos valores entre: • • o valor justo do bem menos os custos estimados para sua venda ou o valor contábil do empréstimo, com as diferenças iniciais registradas como débito à Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa. Reduções posteriores no valor justo do ativo são registradas como provisão para desvalorização, com o débito correspondente à Despesa Não Financeira. Os custos da manutenção desses ativos são lançados à despesa conforme incorridos. Segundo as normas bancárias brasileiras, devemos dispor desses ativos no prazo de um ano após a apreensão. n) Imobilizado O imobilizado, inclusive benfeitorias em imóveis de terceiros, é contabilizado pelo seu custo, que inclui juros capitalizados segundo a SFAS 34, "Capitalização do Custo de Juros", mais correção monetária até 30 de junho de 1997 (vide Nota 2a), menos a depreciação, que é calculada pelo método linear com a utilização de taxas baseadas na vida útil estimada dos ativos. Benfeitorias em imóveis de terceiros são amortizadas ao longo da vida útil estimada da benfeitoria. Os custos incorridos com desenvolvimento de softwares ou softwares obtidos para uso interno, exceto os custos relacionados ao estágio de planejamento e produção, foram capitalizados segundo o Pronunciamento "SOP" 98-1, "Contabilização de softwares desenvolvidos ou obtidos para uso interno", e são amortizados com a utilização do método linear em não mais do que cinco anos. Avaliamos a desvalorização segundo os requisitos da SFAS 144, "Contabilização da desvalorização ou alienação de ativos de vida útil prolongada", quando eventos e circunstâncias indicarem que tal desvalorização pode existir. Nenhuma despesa de desvalorização foi registrada até 31 de dezembro de 2007. O imobilizado não mais em uso é classificado como bens destinados a venda e contabilizado pelo menor valor entre o custo e o valor justo deduzido das despesas de venda. A análise é feita com base nos ativos individuais. Se o valor justo do ativo menos os custos estimados para sua venda for menor que seu custo, o déficit é reconhecido como provisão para desvalorização e despesa na demonstração consolidada do resultado. o) Ágio e outros ativos intangíveis Segundo a SFAS nº. 142, "Ágio e outros ativos intangíveis", o ágio não é amortizado, mas verificado, pelo menos uma vez por ano, em relação a perdas permanentes com a utilização de uma abordagem de duas etapas, que envolve a identificação das "unidades de negócios" e a estimativa de seu valor justo. Nossas unidades de negócio são ou um de nossos segmentos operacionais ou um nível abaixo. Uma unidade de negócio seria um componente abaixo de um segmento operacional quando a informação financeira separada está disponível para tal componente e a administração do segmento operacional regularmente revisa os resultados do componente. Nossas unidades de negócio são ou um de nossos segmentos de negócio, como apresentado na Nota 31, ou um nível abaixo no caso do Banco Itaú BBA e do Banco Itaú – Banking. Determinamos que tal teste de perda permanente seja executado em 30 de junho de cada ano. Em 2007, 2006 e 2005, o ágio foi verificado em relação à existência de desvalorizações e determinado não ser necessária nenhuma perda permanente. Dessa forma, não foi contabilizada nenhuma despesa de perda permanente. Nestas demonstrações contábeis, os ágios e os ativos intangíveis relacionados às afiliadas são apresentados como parte do investimento na afiliada e incluídos na análise de um declínio no valor do investimento deve ser considerado como não temporário. Os ativos intangíveis com vida útil limitada são geralmente amortizados em bases lineares ao longo do período de benefício estimado. Os ativos intangíveis são amortizados ao longo de suas vidas úteis, que não F-19 ultrapassam vinte anos. Analisamos nossos ativos intangíveis em relação a eventos ou alterações nas circunstâncias que possam indicar que seu valor contábil não será recuperável, em cujo caso é reconhecida uma despesa de perda permanente. p) Imposto de renda e contribuição social Existem dois componentes na provisão para imposto de renda e contribuição social: corrente e diferido. A despesa de imposto de renda e contribuição social corrente aproxima-se dos impostos a serem pagos ou recuperados no período aplicável. Contabilizamos o imposto de renda e contribuição social diferidos pelo método do ativo e passivo, conforme especificado na FAS 109, "Contabilização de Imposto de Renda". Segundo esse método, os ativos ou passivos fiscais diferidos são reconhecidos com o débito ou crédito à receita das diferenças entre as bases financeiras e tributárias dos ativos e passivos no final de cada exercício. O benefício tributário dos prejuízos fiscais a compensar é reconhecido como um ativo. É reconhecida uma provisão para desvalorização do ativo fiscal diferido se, com base no peso das evidências disponíveis, houver grande possibilidade de que uma parcela ou a totalidade do ativo fiscal diferido não seja realizada. Alterações na legislação fiscal e nas alíquotas tributárias são reconhecidas no exercício em que entram em vigor. Tratamos os juros e multas como um componente da Despesa de imposto de renda e contribuição social. Implementamos a Interpretação 48 (FIN 48) da FASB, “Contabilização de Incertezas nos Impostos sobre a Renda” em 1º de janeiro de 2007, que estabelece uma estrutura consistente para determinar o nível adequado de provisões para impostos a serem mantidas para posições tributárias incertas. Essa interpretação do FAS 109 usa uma abordagem de duas etapas segundo a qual um benefício fiscal é reconhecido se uma posição tiver mais probabilidade de ser sustentada do que de não ser. O montante do benefício é então mensurado para ser o maior benefício fiscal que tenha mais de 50% de probabilidade de ser realizado. A FIN 48 também estabelece exigências de divulgação para aumentar a transparência das provisões de uma empresa. Ver Nota 29b para informações adicionais. A adoção da FIN 48 não gerou impactos materiais para nossa posição financeira consolidada em 1º de janeiro de 2007. q) Seguros, Planos de Previdência Privada e Planos de Capitalização Reconhecemos receitas de nossas operações de seguros, inclusive nossas atividades de seguros de vida, que consistem exclusivamente em seguros de vida com prazo de um ano, como contratos de curto prazo pelo período de cobertura do seguro. As reservas para sinistros são estabelecidas com base na experiência histórica, sinistros em processo de pagamento, valores projetados de sinistros incorridos, mas ainda não reportados, e outros fatores relevantes aos níveis exigidos de reservas. No curso normal dos negócios, resseguramos uma parcela dos riscos subscritos, particularmente riscos de propriedades e de acidentes que excedam os limites máximos de responsabilidade os quais entendemos serem apropriados para cada segmento e o produto (após um estudo que leva em consideração o tamanho, a experiência, as especificidades e o capital necessário para suportar esses limites). Resseguramos nossos riscos junto ao IRB Brasil Resseguros S.A., entidade controlada pelo governo, que detinha o monopólio de resseguros no Brasil até 17 de maio de 2008. Em tal data, a Resolução Nº 168 de 17 de dezembro de 2007 entrou em vigor, determinando que a entidade seguradora assegurar ao ressegurador ou resseguradores locais a oferta preferencial de cada cessão de resseguro no montante mínimo de 60% dos prêmios cedidos, até o dia 16 de janeiro de 2010, e de 40%, após esta data, quebrando o monopólio deste setor que vigorava até esta data. Esses contratos de resseguros permitem a recuperação de uma parcela dos prejuízos com o ressegurador, embora não liberem a nossa obrigação principal como segurador direto dos riscos objeto do resseguro. Os resseguros a receber e os respectivos prêmios auferidos e recuperações reconhecidas estão representados no quadro a seguir: 2007 2006 2005 Resseguros a Receber ao final do período 45 47 64 Prêmios Auferidos segundo contratos de resseguros durante cada ano Recuperações Reconhecidas segundo contratos de resseguros durante cada ano 348 179 346 375 362 105 F-20 Um passivo para insuficiência de prêmios é reconhecido se o montante estimado de insuficiência de prêmios excede o custo diferido de aquisição. Adotamos o SOP 05-1, Contabilização por Empresas Seguradoras dos Custos de Aquisição Diferidos Relacionados à Modificações ou Trocas de Contratos de Seguros. A adoção desta regra não gerou nenhum impacto em nossas demonstrações financeiras. A ampla maioria de nossos planos de previdência privada corresponde a anuidades diferidas. Nos planos atualmente oferecidos por nós, conhecidos como PGBL e VGBL, o risco de investimento durante a fase de acumulação dos planos é por conta dos detentores da apólice e o contabilizamos como reservas de planos de previdência privada PGBL e VGBL de acordo com os requerimentos da SFAS 97 “Contabilização e Reporte por Empresas de Seguros para Certos Contratos de Longa Duração e para Ganhos e Perdas Realizados na Venda de Investimentos”. Durante a fase de acumulação de nossos planos PGBL e VGBL reconhecemos como passivo os montantes recebidos de clientes que acumulam em suas contas e reconhecemos como receita montantes deduzidos de suas contribuições como receitas de serviços. Clientes de planos PGBL e VGBL podem resgatar o saldo contabilizado em seus favores a qualquer momento após um período mínimo de manutenção e reconhecemos um passivo para as reservas de previdência privada PGBL e VGBL em montante igual ao saldo da conta do cliente. O saldo das contas aumenta como resultado de contribuições feitas pelos clientes e pelos juros creditados e reduz pelos saques e tarifas de serviços cobradas dos clientes. Tarifas de serviços cobradas de clientes dos planos PGBL e VGBL são registradas em “Receita de Prêmios de Seguros, Planos de Previdência Privada e Planos de Capitalização” e os juros creditados aos saldos das contas em “Juros e Correção Monetária sobre Provisões Técnicas de Previdência” na Demonstração Consolidada do Resultado. Ao fim de um período contratualmente declarado os montantes não resgatados pelos clientes são usados para a aquisição de uma anuidade, nos termos contratualmente estabelecidos na data em que os clientes entraram no plano. Durante a fase de pagamentos, que é o período após a compra da anuidade, reconhecemos um passivo para a política futura de benefícios. Reconhecemos um passivo adicional de acordo com o SOP 03-1 “Contabilização e Reporte por Empresas de Seguros para Certos Contratos de Longa Duração Não-Tradicionais e para Contas Segregadas” durante a fase de acumulação se o valor presente dos pagamentos dos benefícios esperados na data de conversão em benefício esperada exceder o saldo da conta em tal data. Nos planos de previdência privada que não são considerados PGBL e VGBL, reconhecemos como receita todos montantes recebidos de clientes e reconhecemos uma despesa pela constituição de um passivo pela política de benefícios futuros. Considerando o período reduzido desde que nós temos oferecido planos de previdência, os montantes de passivo pela política de benefícios futuros de anuidades na fase de pagamentos são mínimos. F-21 Segundo nossos planos de capitalização, nossos clientes depositam conosco valores específicos, dependendo do plano, que são resgatáveis pelos clientes em seu valor total com indexação monetária somente no final do prazo contratual acordado do plano especificado, que geralmente é superior a um ano. Os clientes participam, durante o prazo do plano, de loterias periódicas que apresentam oportunidades de ganho de prêmios em dinheiro. A qualquer momento antes do final do prazo contratual acordado os clientes podem resgatar seus fundos, nesta situação recebem um valor que é somente uma porcentagem do valor originalmente depositado. Reconhecemos como receita durante o prazo contratual a diferença entre o valor inicial depositado conosco e o valor que temos obrigação de pagar até tal data. Reconhecemos como redução na receita a criação de uma provisão determinada atuarialmente para prêmios futuros. r) Despesas de Comercialização Diferidas Os custos que variam e estão relacionados à produção de novos negócios de seguros são diferidos na medida em que os mesmos são considerados como recuperáveis de lucros futuros. Esses custos incluem comissões, custos de emissão e de contratação de seguros. As despesas de comercialização diferidas estão sujeitas à verificação da possibilidade de recuperação no momento da emissão da apólice e de reconhecimento de perdas no final de cada período contábil. As despesas de comercialização diferidas relacionadas a contratos de seguro são amortizadas pela expectativa de vida dos contratos. As despesas de comercialização diferidas são reduzidas, quando aplicáveis, por quaisquer prêmios pagos a menor. s) Benefícios a funcionários Planos de aposentadoria e outros benefícios pós-aposentadoria Somos obrigados a fazer contribuições para o sistema de aposentadorias, previdência social e plano de indenizações trabalhistas do governo brasileiro, que são contabilizadas como despesas, conforme incorridas. Essas contribuições totalizaram R$ 645, R$ 541 e R$ 471 nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, respectivamente. Patrocinamos também planos de benefícios definidos e um plano de contribuição definida, contabilizados de acordo com a SFAS 87, "Contabilização de aposentadorias pelo empregador". A contabilização de planos de benefícios definidos exige o uso de um método atuarial para determinar os custos do benefício de aposentadoria definidos e prever o diferimento dos ganhos e perdas atuariais (em excesso a uma faixa específica) resultantes de alteração nas premissas ou de experiência efetiva diferente da suposta. Para os planos de contribuição definida, reconhecemos como despesa na demonstração consolidada do resultado, as contribuições apropriadas em favor dos beneficiários do plano durante o período relevante. Algumas das empresas adquiridas por nós também patrocinam planos de benefício de assistência médica após a aposentadoria e estamos comprometidos pelos contratos de aquisição a manter tais benefícios por um período específico. Contabilizamos tais benefícios de assistência médica pós-aposentadoria de acordo com a SFAS 106, "Contabilização pelos empregadores de benefícios pós-aposentadoria que não pensões". Em 31 de dezembro de 2006, conforme estabelece as regras da SFAS 158, “Contabilização de planos de benefício definido e outros benefícios pós-emprego”, o Itaú Holding passou a reconhecer adicionalmente os ganhos e perdas atuariais diferidos e os custos de serviços anteriores não reconhecidos no balanço patrimonial consolidado, em contrapartida à conta do patrimônio líquido (“Outros Lucros Abrangentes Acumulados – Benefícios Definidos de Planos de Pensão e Outros Planos Pós-aposentadoria”). A tabela abaixo apresenta os efeitos da adoção do SFAS 158 em 31 de dezembro de 2006: Antes da aplicação do SFAS 158 Efeitos Alteração - SFAS 158 Outros Ativos - de planos de aposentadoria pagos antecipadamente Outros Ativos - créditos tributários 748 - Total do Ativo Após a aplicação do SFAS 158 Ajustes 748 1.268 (506) 762 2.016 (506) 1.510 Outros Passivos - benefícios de planos de aposentadoria provisionados 427 (222) 205 Total do Passivo 427 (222) 205 Outros lucros abrangentes acumulados, líquido de impostos - 984 984 Total do Patrimônio Líquido 321 984 1.305 Total do Passivo + Patrimônio Líquido 748 762 1.510 F-22 Plano de outorga de opções de ações Adotamos antecipadamente, a partir de 1º de janeiro de 2005, o método modificado prospectivo, a SFAS 123 (revisado) - "Pagamento baseado em Ações". A SFAS 123R trata da contabilização das opções de compra de ações e elimina a alternativa de contabilização pelo valor intrínseco previsto na SFAS 123 original. Esta norma requer que as sociedades por ações calculem o custo dos serviços do empregado para outorga de instrumentos acionários com base no valor justo dos mesmos. Esse custo será reconhecido durante o período no qual um funcionário deve prestar serviços em troca da outorga (prazo de carência). O valor justo da opção de compra de ações e de instrumentos semelhantes é calculado adotando-se modelos de precificação de opções ajustados às características únicas de tais instrumentos. Como resultado da aplicação do tratamento modificado prospectivo para contabilizar a implementação da SFAS 123R, as despesas registradas nos exercícios anteriores referentes aos planos de opção de compra de ações não foram corrigidos. No exercício findo em 31 de dezembro de 2005, contabilizamos nossa opção de compra de ações como uma outorga de ações nos termos da SFAS 123 (R) e, conseqüentemente, determinamos despesa de remuneração: (a) para opções de compra de ações outorgadas antes de 1º de janeiro de 2005, mas ainda não adquiridas, com base no valor justo da data de outorga, de acordo com as disposições da SFAS 123, e (b) para opções de compra de ações outorgadas após 1º de janeiro de 2005, com base no valor justo da data de outorga estimado de acordo com as novas disposições da SFAS 123 (R). No exercício findo em 31 de dezembro de 2006, concluímos que, uma vez que o preço de exercício das opções de compra de ações é corrigido com base em variações de um índice geral de inflação, ele deveria ser contabilizado como uma outorga de obrigação nos termos da SFAS 123 (R). Considerando que o efeito da contabilização da opção de compra de ações como uma outorga de ações no exercício findo em 31 de dezembro de 2005 não é relevante para as nossas demonstrações financeiras consolidadas, modificamos nosso método de contabilização a partir de 1º de janeiro de 2006 sem atualizar as demonstrações financeiras dos exercícios anteriores. A partir de 1º de janeiro de 2006, contabilizamos nossas opções de compra de ações como outorga de obrigação e, conseqüentemente, o custo de remuneração é computado com base no valor justo dos instrumentos recalculados em cada data do balanço. Em 2006 reconhecemos custos de remuneração baseada em ações de R$ 291 que deveriam ter sido reconhecidos em 2005. Até 31 de dezembro de 2004, aplicamos o método do valor intrínseco estabelecido pelo Accounting Principles Board ("APB") Opinion Nº 25, "Contabilização das Ações Emitidas a Empregados" para contabilizar a remuneração pelo plano de compra de ações. O APB 25 considera que o direito de adquirir ações outorgadas por meio de plano de compra de ações implica em despesa de remuneração correspondente a diferença entre o preço de mercado das ações e o preço de aquisição a ser pago por tais ações ("o preço de exercício") pelos beneficiários. Em relação aos planos variáveis, tal qual o nosso plano de compra de ações, a remuneração é recalculada no final de cada período de reporte, correspondendo à diferença entre o preço de mercado das ações no final do período e o preço de exercício na mesma data. t) Garantias prestadas Utilizamos a Interpretação nº. 45 ("FIN 45"), "Contabilização e requisitos de divulgação de informações sobre garantias, inclusive garantias indiretas do endividamento de terceiros, por parte do garantidor" para a contabilização de nossos contratos de garantias prestadas. Reconhecemos como uma obrigação em Outros Passivos, na data de sua emissão, o valor justo das garantias prestadas. O valor justo é geralmente representado pelo preço cobrado do cliente para a emissão da garantia. Após a emissão da garantia reconhecemos, ao longo do período entre a emissão e o vencimento da garantia, uma redução no valor justo contabilizado originalmente; reconhecemos a redução em Receitas de Prestação de Serviços na Demonstração Consolidada do Resultado. Se concluirmos ser provável a ocorrência de um prejuízo em relação à garantia emitida, reconhecemos uma provisão pelo valor estimado da perda provável, apresentada no Balanço Patrimonial Consolidado em Outros Passivos. u) Litígios São avaliados, reconhecidos e divulgados de acordo com as regras da SFAS 5 – “Contabilização para Contingências”. Ativos e Passivos Contingentes referem-se a direitos e obrigações potenciais decorrentes de eventos passados e cuja ocorrência depende de eventos futuros. F-23 • Ativos Contingentes: não são reconhecidos, exceto quando da existência de evidências que assegurem elevado grau de confiabilidade de realização, usualmente representado pelo trânsito em julgado da ação e pela confirmação da capacidade de sua recuperação por recebimento ou compensação com outro exigível. • Passivos Contingentes: decorrem basicamente de processos judiciais e administrativos, inerentes ao curso normal dos negócios, movidos por terceiros, ex-funcionários e órgãos públicos, em ações cíveis, trabalhistas e de natureza fiscal (exceto imposto de renda e contribuição social) e previdenciária. Essas contingências são avaliadas com base em nossas melhores estimativas, levando em consideração o parecer de assessores legais quando houver probabilidade que recursos financeiros sejam exigidos para liquidar as obrigações e que o montante das obrigações possa ser estimado com razoável segurança. As contingências são classificadas como prováveis, para as quais são constituídas provisões; possíveis, que somente são divulgadas sem que sejam provisionadas; e remotas, que não requerem provisão e divulgação. Os valores das contingências são quantificados utilizando-se modelos e critérios que permitam a sua mensuração de forma adequada, apesar da incerteza inerente aos prazos e valores. Os Depósitos Judiciais em Garantia correspondentes são atualizados de acordo com a regulamentação vigente. As contingências garantidas por cláusulas de indenização estabelecidas por terceiros em combinações de negócios são reconhecidas quando uma demanda for feita, sendo reconhecidos simultaneamente os valores a receber, quando o pagamento for considerado provável. v) Ações em tesouraria As ações preferenciais e ordinárias recompradas são registradas no patrimônio líquido em Ações em Tesouraria pelo seu preço de aquisição. As ações em tesouraria que venham a ser vendidas posteriormente, como, por exemplo, as vendidas aos beneficiários de nosso Plano de outorga de Opções de Ações, são registradas como uma redução das ações em tesouraria pelo preço médio das ações mantidas em tesouraria naquela data. A diferença entre o preço de venda e o preço médio das ações em tesouraria é contabilizada como uma redução ou um aumento no capital integralizado adicional. O cancelamento de ações mantidas em tesouraria é contabilizado como uma redução nas ações em tesouraria contra os lucros acumulados apropriados, pelo preço médio das ações em tesouraria na data do cancelamento. w) Juros sobre o capital próprio Desde 1º de janeiro de 1996, as empresas brasileiras têm a permissão para atribuir uma despesa nominal de juros, dedutível para fins fiscais, sobre seu capital próprio. Para fins dos US GAAP, o débito de juros nominais é tratado como um dividendo e é, dessa forma, apresentado nas demonstrações contábeis como uma redução direta no patrimônio líquido. O benefício fiscal relacionado é registrado na demonstração consolidada do resultado. x) Lucro por ação O lucro por ação é calculado pela divisão do lucro líquido pela média ponderada do número de ações ordinárias e preferenciais em circulação em cada um dos exercícios apresentados. As médias ponderadas são calculadas com base nos períodos nos quais as ações estavam em circulação. O lucro por ação é apresentado com base nas duas classes de ações emitidas pelo Itaú Holding. Ambas as classes, ordinárias e preferenciais, participam nos dividendos praticamente na mesma base, exceto que as ações preferenciais têm direito à prioridade no recebimento de um dividendo mínimo anual, não cumulativo, de R$ 0,0275 por ação. O lucro por ação é calculado com base nos lucros distribuídos (dividendos e juros sobre o capital próprio) e não distribuídos do Itaú Holding após o reconhecimento do efeito da preferência acima indicada, independentemente de os lucros serem ou não totalmente distribuídos. O montante do lucro por ação foi determinado como se todos os lucros fossem distribuídos e comutamos seguindo o método “Duas Classes” estabelecido pela SFAS 128 “Lucro por Ação”. O Itaú Holding outorgou opções de ações (Nota 26) cujo efeito diluidor está refletido no lucro por ação diluído com a aplicação do "método de ações em tesouraria". Segundo esse método, o lucro por ação é calculado como se todas as opções tivessem sido exercidas e como se os recursos recebidos (consistindo de fundos a F-24 serem recebidos mediante o exercício das opções por ações e do montante de custo de remuneração atribuído aos serviços futuros e ainda não reconhecidos) tivessem sido utilizados para adquirir nossas próprias ações. y) Receitas de Prestação de Serviços Auferimos receitas de prestação de serviços na administração de investimentos, cartões de crédito, banco de investimento e em determinados serviços de banco comercial. Essas receitas são normalmente reconhecidas quando o serviço é prestado (banco comercial e de investimento) ou ao longo da vida do contrato (administração de investimentos e cartões de crédito). z) Regras contábeis emitidas recentemente aplicáveis para períodos futuros Em março de 2008, o FASB emitiu o SFAS 161, “Divulgações de Instrumentos Financeiros Derivativos e Atividades de Hedge”. O SFAS 161 estabelece uma série de novas divulgações obrigatórias sobre instrumentos financeiros derivativos e atividades de hedge e se torna efetivo para anos fiscais iniciados após 15 de novembro de 2008, sendo que sua aplicação antecipada é encorajada. De acordo com o SFAS 161 as entidades são requeridas a fornecer acentuadas divulgações sobre (a) como e porque uma entidade utiliza instrumentos derivativos, (b) como os instrumentos derivativos e itens de hedge relacionados são contabilizados de acordo com o SFAS 133 e suas interpretações relacionadas e (c) como os instrumentos derivativos e os itens de hedge relacionados afetam a posição financeira, a performance financeira e os fluxos de caixa de uma entidade. Estamos avaliando correntemente o impacto potencial da adoção deste pronunciamento nas divulgações de nossas demonstrações contábeis. Em fevereiro de 2008, o FASB emitiu o FSP FAS 140-d, “Contabilização de Transferências de Ativos Financeiros e Transações de Recompra Financiada”. O FSP fornece guia para determinar se um ativo transferido e concomitantemente envolvido num compromisso de recompra deve ser avaliado como uma só transação ou como duas transações separadas. O FSP é efetivo para demonstrações financeiras emitidas em anos fiscais iniciados após 15 de novembro de 2008, sendo vedada sua aplicação antecipada. Estamos avaliando o impacto potencial da adoção desta regra. Em dezembro de 2007, a FASB emitiu a SFAS 141(R) “Combinação de Negócios” e a SFAS 160 “Participações não Controladoras em Demonstrações Financeiras Consolidadas”, que altera a contabilização e os requerimentos de divulgação de combinação de negócios e participações não controladoras. A SFAS 141(R) é efetiva para combinações de negócios ocorridas após 1º de janeiro de 2009, e a SFAS 160 é efetivo para exercícios fiscais iniciados após 15 de dezembro de 2008. Em dezembro de 2007, o FASB emitiu o SFAS 160, “Participações não Controladoras em Demonstrações Financeiras Consolidadas” (SFAS 160), que estabelece regras de contabilização e divulgação de participações não controladoras em subsidiárias (basicamente participações minoritárias) nas demonstrações financeiras consolidadas. O SFAS 160 requer que as participações não controladoras na entidade sejam contabilizadas e apresentadas no patrimônio líquido separadamente do patrimônio líquido atribuível ao controlador e também que o lucro líquido apresentado na demonstração do resultado seja aberto entre aquele atribuível ao controlador e aquele atribuível à participação não controladora. Além disso, requer que quando uma subsidiária deixa de ser consolidada, qualquer participação não controladora remanescente da antiga subsidiária seja mensurada a valor justo. O SFAS 160 é efetivo para anos fiscais iniciados após 15 de dezembro de 2008, sendo que é vedada sua aplicação antecipada. Estamos avaliando o impacto potencial da adoção desta regra. Em novembro de 2007, a SEC emitiu o SAB 109, “Compromissos de Crédito”, que revisa e altera partes do SAB 105, “Aplicação dos Princípios Contábeis a Compromissos de Crédito”. O SAB 109 estabelece que fluxos de caixa futuros esperados relativos à prestação de serviços associados ao crédito devem ser incluídos na mensuração de todos os compromissos de crédito contabilizados a valor justo no resultado. A norma deve ser implementada para compromissos de crédito emitidos ou modificados em anos fiscais iniciados após 15 de dezembro de 2007. Em abril de 2007, a FASB emitiu a FSP FIN 39-1, “Alteração do FIN 39, Compensação de Montantes Relativos a Certos Contratos”, que permite a compensação de ajustes a receber contra ajustes a pagar de posições líquidas de derivativos, em certas circunstâncias. A norma deve ser implementada em exercícios fiscais iniciados após 15 de novembro de 2007. A Sociedade está em processo de avaliação dos impactos da norma no Itaú Holding. Em fevereiro de 2007, a FASB emitiu a SFAS 159 “Opção pela Mensuração a Valor Justo de Ativos e Passivos Financeiros”, (SFAS 159) que é válida para exercícios fiscais iniciados após 15 de novembro de 2007, sendo permitida a adoção antecipada. A SFAS 159 estabelece uma opção de mensuração de ativos e passivos financeiros selecionados a valor justo. Até 31 de dezembro de 2007, a Sociedade não adotou a SFAS 159. F-25 Em setembro de 2006, a FASB emitiu a SFAS 157 “Mensurações do Valor Justo”, que é válida para exercícios fiscais iniciados após 15 de novembro de 2007. A SFAS 157 define o valor justo, estabelece uma estrutura para a mensuração do valor justo e amplia as divulgações para ativos e passivos calculados pelo valor justo. A nova norma oferece uma definição consistente de valor justo que se concentra no preço de saída e prioriza, no contexto da mensuração do valor justo, o uso de informações baseadas no mercado e não de informações específicas da empresa. A norma também estabelece uma hierarquia de três níveis para as mensurações do valor justo com base na transparência das informações para a avaliação de um ativo ou um passivo na data da mensuração. A SFAS 157 anula a orientação da EITF 02-3 que exigia o diferimento do lucro no início de uma transação envolvendo um instrumento financeiro derivativo na ausência de dados observáveis que sustentassem a técnica de avaliação. A norma também elimina descontos para grandes posições em instrumentos financeiros cotados em mercados ativos e requer a consideração de risco de inexecução na avaliação de passivos. A Sociedade está em processo de revisão de seus modelos de avaliação para determinar se os modelos para estimar o valor justo são consistentes com as disposições da SFAS 157. Em julho de 2006, a FASB emitiu a FSP FAS 13-2, “Alterações no Prazo de Reconhecimento dos Fluxos de Caixa Decorrentes do Imposto de Renda Gerado em Operações de Arrendamento Mercantil”. Operações de arrendamento mercantil podem gerar benefícios fiscais significativos para o arrendador, principalmente em decorrência do prazo para o pagamento do imposto. Mudanças neste prazo podem ter impactos significativos nos fluxos de caixa da operação de arrendamento. A regra estabelece o recálculo do arrendamento mercantil quando da alteração ou projeção de alteração no prazo de realização do benefício fiscal gerado nas operações de arrendamento. A norma deve ser implementada para exercícios fiscais iniciados após 15 de dezembro de 2006, e não gerou impactos materiais nas demonstrações contábeis de 31.12.2007. Em março de 2006, a FASB emitiu a SFAS 156, “Contabilização de Direitos de Serviços de ativos financeiros, uma emenda do SFAS 40”, que entrará em vigor no início do exercício fiscal iniciado após 15 de setembro de 2006. Este pronunciamento requer que todos os direitos de serviços sejam inicialmente reconhecidos pelo valor justo. Após o reconhecimento inicial, ele permite a opção irrevogável de remensurar cada classe de direitos de serviços pelo valor justo, sendo as alterações do valor justo registradas no resultado corrente. As classes de direitos de serviços são identificadas com base na disponibilidade de informações do mercado usadas para determinar seu valor justo e os métodos para administrar seus riscos. A adoção da norma não gerou impactos materiais nas demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2007. F-26 NOTA 3 – DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS a) Operações da SFR Software e Análise de Sistemas Ltda. e PREVITEC – Previdência e Tecnologia Ltda. Em dezembro de 2006, o Itaú Holding, através de sua subsidiária integral Itaú Administração Previdenciária Ltda. assinou contrato com os acionistas controladores da SFR e da Previtec para aquisição de 50% de suas quotas. Estas empresas prestam serviços de gestão de controle de passivo e controle e integração contábil para clientes do mercado de previdência complementar fechada. A finalização da operação ocorreu em 10 de janeiro de 2007, data em que ocorreu a liquidação. Em troca da participação de 50% no capital destas empresas, o Itaú pagou em espécie R$ 2 por 100.000 quotas da SFR e R$ 30 por 100.000 quotas da Previtec. De acordo com o contrato, cada uma das sociedades será administrada por uma diretoria composta por quatro membros, sendo dois indicados pelo Itaú e os outros dois sendo os próprios sócios da SFR e Previtec. O preço de compra dessa transação foi de R$ 32. A tabela a seguir resume o valor justo estimado dos ativos adquiridos e passivos assumidos na data de aquisição: Imobilizado, líquido Ativos Intangíveis Total de Ativos Passivos Ativos Líquidos à Valor Justo % adquirido Valor justo da particiação adquirida Excesso de ativos líquidos adquiridos sobre o custo de aquisição Preço de Aquisição 2 74 76 2 74 50% 37 5 32 Os ativos intangíveis adquiridos consistem em direitos contratuais de prestação de serviços de previdência complementar fechada e esperamos amortizá-los ao longo de 10 anos. Esses ativos intangíveis foram alocados ao nosso segmento operacional Banco Itaú - Seguros, Previdência e Capitalização. O valor do ágio total e dedutível segundo a legislação fiscal brasileira totalizou R$ 32. Segundo essa legislação, a amortização do ágio é dedutível apenas para fins de contribuição social sobre o lucro líquido, sendo dedutível para fins de imposto de renda apenas quando da venda ou transferência do investimento adquirido. Analisamos a contabilização da SFR e Previtec de acordo com o FIN 46 R – “Consolidação de entidades de interesse variável, uma interpretação do ARB 51”, e concluímos que a SFR e a Previtec são entidade de interesse variável e que o Itaú Holding é o beneficiário primário. Como resultado desta conclusão, estamos consolidando-as à partir de Janeiro de 2007. b) Operações do BankBoston no Chile Em maio de 2006, o Itaú Holding e a Itaúsa assinaram acordo com o Bank of America Corporation (BAC) para o direito de exclusividade para adquirir as operações do BankBoston Chile e em agosto de 2006 assinaram o contrato de aquisição. A liquidação da operação estava pendente de aprovação do Banco Central do Brasil, a qual ocorreu em 02 de fevereiro de 2007, e da Superintendência de Bancos de Instituições Financeiras do Chile (SBIF), a qual ocorreu em 12 de fevereiro de 2007. Em troca por estas subsidiárias, o Itaú Holding emitiu 34.812.888 (quantidade de ações retroativamente ajustada pelo desdobramento de 100% do capital social referido na Nota 19b) de ações ordinárias ao BAC, cuja emissão foi aprovada na Assembléia Geral Extraordinária de 26 de dezembro de 2006 e foram entregues ao BAC após a aprovação do Banco Central do Brasil e da SBIF em 12 de fevereiro de 2007. Nesta mesma data obtivemos o controle do BankBoston Chile. O preço de compra dessa transação foi de R$ 948, que corresponde ao valor justo das ações emitidas e estava baseada no preço de mercado das ações ordinárias do Itaú Holding na data em que a transação foi anunciada em agosto de 2006. De acordo com a alocação do valor justo dos ativos adquiridos e dos passivos assumidos, o Itaú Holding determinou que o valor justo do pagamento foi inferior ao valor justo dos ativos adquiridos e dos passivos assumidos, resultando em um excesso do valor justo sobre o preço de compra pago (“deságio”) nesta aquisição. Tal “deságio” foi alocado aos ativos de longo prazo adquiridos, reduzindo o montante do valor justo inicialmente calculado. A tabela abaixo sumariza o valor justo estimado dos ativos adquiridos e passivos assumidos na data de aquisição, já considerando o efeito da redução dos ativos de longo prazo na medida do montante do “deságio”: F-27 Caixa e Equivalentes a Caixa Depósitos Compulsórios no Banco Central Ativos de Negociação Títulos e Valores Mobiliários Disponíveis para Venda Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil Imobilizado, líquido Ativos Intangíveis Outros Ativos Total de Ativos Adquiridos Passivos Assumidos Ativos Líquidos à Valor Justo Preço de Aquisição 689 47 79 864 5.016 53 195 186 7.129 6.181 948 948 Os ativos intangíveis adquiridos consistem em relacionamentos de clientes e esperamos amortizá-los ao longo de 10 anos. Esses ativos intangíveis foram alocados ao segmento Banco Itaú - Banking. O valor do ágio total e dedutível segundo a legislação fiscal brasileira totalizou R$ 452. Segundo essa legislação, a amortização do ágio é dedutível apenas para fins de contribuição social sobre o lucro líquido, sendo dedutível para fins de imposto de renda apenas quando da venda ou transferência do investimento adquirido. Os resultados pró-forma do Itaú Holding não auditados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e 2006, como se a aquisição do BankBoston Chile tivesse ocorrido no início de cada um dos períodos apresentados abaixo. Os resultados pró-forma dessas operações incluem estimativas e critérios considerados pela administração como razoáveis. No entanto, os resultados pró-forma não incluem quaisquer previsões de economias de custos e não são necessariamente indicativos dos resultados que poderiam ter ocorrido se a aquisição tivesse ocorrido nas datas indicadas ou em qualquer outra data ou dos resultados em períodos futuros. 2007 (Não-Auditado) Resultado Financeiro (antes da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) Lucro Líquido Lucro por ações ordinárias e preferenciais: Básico Diluído 21.284 7.465 3,11 3,09 2006 (Não-Auditado) Resultado Financeiro (antes da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) Lucro Líquido Lucro por ações ordinárias e preferenciais: Básico Diluído F-28 17.269 5.936 2,61 2,60 c) Operações do BankBoston no Uruguai Em maio de 2006, o Itaú Holding e a Itaúsa assinaram acordo com o Bank of America Corporation (BAC) para o direito de exclusividade para adquirir as operações do BankBoston no Uruguai e em agosto de 2006 assinaram o contrato de aquisição. A liquidação da operação estava pendente de aprovação do Banco Central do Brasil, a qual ocorreu em 2 de fevereiro de 2007, e das autoridades uruguaias, a qual ocorreu em 16 de março de 2007. Em 1º abril de 2007 obtivemos o controle destas operações. Em troca dessas subsidiárias, o Itaú Holding emitiu 6.260.784 (quantidade de ações retroativamente ajustada para refletir o desdobramento de 100% do capital social referido na Nota 19b) ações ordinárias e pagou em espécie a quantia de R$ 2,3 ao BAC. A emissão de ações foi aprovada na Assembléia Extraordinária dos Acionistas de 26 de dezembro de 2006 e as ações foram entregues ao BAC após a aprovação do Bacen e das autoridades Uruguaias em 17 de março de 2007. O pagamento em espécie foi feito em março de 2007. O preço de compra dessa transação foi de R$ 172, que corresponde à quantia paga em espécie e ao valor justo das ações emitidas, baseadas no preço de mercado das ações ordinárias do Itaú Holding na data em que a transação foi anunciada em agosto de 2006. De acordo com a alocação do valor justo dos ativos adquiridos e passivos assumidos, o Itaú Holding determinou que o valor justo do pagamento foi inferior ao valor justo dos ativo adquiridos e dos passivos assumidos, resultando em um excesso de valor justo sobre o preço de compra pago (“deságio”) nesta aquisição. Tal “deságio” foi alocado aos ativos de longo prazo adquiridos, reduzindo o montante do valor justo inicialmente calculado e como o montante de “deságio” excedeu o valor justo destes ativos de longo prazo, montante remanescente foi registrado como um ganho extraordinário de R$ 29 milhões. A tabela abaixo apresenta um resumo do valor justo estimado dos ativos adquiridos e passivos assumidos na data de aquisição: Caixa e Equivalentes a Caixa Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Títulos e Valores Mobiliários Disponíveis para Venda Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil Outros Ativos Total de Ativos Adquiridos Passivos Assumidos Ativos Líquidos à Valor Justo Excesso de ativos líquidos adquiridos sobre o custo de aquisição Preço de Aquisição 984 3 86 782 30 1.885 1.684 201 29 172 Os resultados pró-forma do Itaú Holding não auditados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e 2006, como se a aquisição do BankBoston Uruguai tivesse ocorrido no início de cada um dos períodos apresentados abaixo. Os resultados pró-forma dessas operações incluem estimativas e critérios considerados pela administração como razoáveis. No entanto, os resultados pró-forma não incluem quaisquer previsões de economias de custos e não são necessariamente indicativos dos resultados que poderiam ter ocorrido se a aquisição tivesse ocorrido nas datas indicadas ou em qualquer outra data ou dos resultados em períodos futuros. Receita líquida financeira (antes de provisão para créditos de liquidação duvidosa) Lucro líquido Lucro por ações ordinárias e preferenciais: Básico Diluído Receita líquida financeira (antes de provisão para créditos de liquidação duvidosa) Lucro líquido Lucro por ações ordinárias e preferenciais: Básico Diluído F-29 2007 (não auditado) 21.234 7.510 3,13 3,11 2006 (não auditado) 17.193 5.917 2,60 2,59 d) Aquisições realizadas por investidas Em 2007, o Itaú Holding e a Itaúsa, através de suas subsidiárias Banco Itaú Europa Luxembourg S.A. (BIE Lux), Banco Itaú Europa S.A. (BIE) e Banco Itaú Europa International (BIEI), adquiriram três operações por um total de R$ 637, pago à vista: (i) (ii) (iii) operações do BankBoston Trust Company Ltd (BBT), com base em Nassau, nas Bahamas, que compreende ativos administrados e de clientes latino-americanos de private banking; operações do BankBoston International Ltd (BBT), com base em Miami, nos EUA, que compreende o gerenciamento de ativos administrados e de clientes latino-americanos de private banking Latina; operações de private banking do ABN Amro Bank N.V., com base em Miami, nos EUA, e em Montevidéu, no Uruguai, que compreendem ativos administrados de clientes latino-americanos, registrados nos EUA, na Suíça e em Luxemburgo; O montante resultante de R$ 202 de ativos intangíveis e o montante de R$ 155 de ágios são reconhecidos em Investimentos em Empresas não Consolidadas em nosso balanço patrimonial consolidado. e) Operações das empresas Virada Web e iCarros Em agosto de 2007, o Banco Itaú assinou contrato de aquisição das empresas Virada Web e iCarros, empresas que atuam no negócio de anúncios de compra e venda de veículos automotores. A liquidação da operação foi realizada mediante pagamento de sinal de entrada em agosto de 2007. Em troca de participação de 100% no capital das empresas, o Itaú pagou R$ 0,2 e pagará o montante restante em três parcelas até janeiro de 2008. O preço de compra dessa transação foi de R$ 4, que corresponde ao valor a ser pago em espécie. Essa compra resultou em um ativo intangível de R$ 4. O ativo intangível foi alocado ao nosso segmento Itaucred – Veículos e tem uma vida útil estimada de 10 anos, período pelo qual é esperado que seja amortizado. f) Nossas operações da Credicard Em 30 de abril de 2006, nós encerramos a joint-venture que tínhamos com o Citigroup no Credicard Banco S.A. (“Credicard”). Os ativos e passivos da Credicard (inclusive os clientes de cartões de crédito) foram distribuídos para nós em um valor igual a 50% do valor justo da Credicard e como resultado, recebemos um grupo de ativos líquidos controlados, os quais concluímos constituem um negócio e aos quais nos referimos como “Nossas Operações da Credicard”. Contabilizamos essa transação como uma combinação de negócios, pela qual adquirimos controle de um negócio em troca do nosso investimento previamente detido na Credicard. Detínhamos diretamente 33,33% do nosso investimento na Credicard através de nossas subsidiárias integrais, sendo que os 16,67% remanescentes eram detidos indiretamente através da participação de 50% na Tulipa Administração e Participações Ltda. (“Tulipa”), uma empresa holding detida 50% por nós e pelo Citigroup e cujos únicos ativos relevantes era o investimento de 33,33% nas ações da Credicard e caixa e equivalentes de caixa no montante de R$ 1.896 em 31 de março de 2006. Em 31 de março de 2006, na preparação para o encerramento, 50% dos ativos e passivos da Tulipa foram transferidos pela Tulipa ao Citigroup e nos tornamos o único acionista da Tulipa. Ainda na preparação para o encerramento, em 31 de março de 2006, a marca “Credicard” foi transferida pela Credicard para uma empresa de propósito especial, a Credicard Administração Ltda., a qual também é detida pelo Citigroup e por nós (50% para cada). Como resultado disso, transferimos para a Credicard Administração Ltda. o montante de R$ 114, o qual corresponde ao valor contábil do ativo intangível da marca “Credicard” que havíamos originalmente registrado em 2004 (quando adquirimos uma participação adicional de 16,67% na Credicard). Com a cisão da joint-venture, 50% dos ativos líquidos da Credicard, os quais constituíram as “Nossas Operações da Credicard”, foram transferidos para nós e todas as nossas ações na Credicard foram canceladas. Consequentemente, o Citigroup se tornou o único acionista na Credicard, o qual manteve 50% dos ativos líquidos remanescentes da empresa. As “Nossas Operações da Credicard” foram transferidas para uma de nossas subsidiárias integrais e estão sendo consolidadas desde a data da transação. F-30 Determinamos que o montante oferecido para adquirir as “Nossas Operações da Credicard” montavam R$ 765, baseado no valor justo estimado da Credicard, o qual é calculado com base em fluxos de caixa, já que a Credicard não é uma empresa aberta e suas ações não são cotadas. Até a data do encerramento da jointventure, o nosso investimento na Credicard foi contabilizado de acordo com o método da equivalência patrimonial e seu valor contábil na data da transação era de R$ 664. Reconhecemos um ganho antes de impostos de R$ 433, pela diferença entre o valor justo estimado de R$ 765 e 50% do valor contábil do nosso investimento na Credicard de R$ 332. Como conseqüência, o valor justo do montante oferecido de R$ 765 se tornou o novo custo das “Nossas Operações da Credicard”. Para a porção das “Nossas Operações da Credicard”, adquiridas pelo encerramento da Credicard, consideramos essa transação como uma aquisição por etapas e registramos os ativos líquidos à valor justo até o limite do percentual adquirido (50%) como resultado da transação e mantivemos o valor contábil para a parcela de 50% previamente detida através de nossa participação na Credicard. A tabela abaixo apresenta os ativos e passivos das “Nossas Operações da Credicard” na data da transação ao seu valor justo estimado até o limite do percentual adquirido, como descrito abaixo: Caixa e Equivalentes a Caixa Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil, líquidas Imobilizado, Líquido Ativos Intangíveis Outros Ativos Total de Ativos Adquiridos Passivos Assumidos Ativos Líquidos à Valor Justo Valor Contábil Existente pelo Investimento na Credicard Montante Oferecido Ágio na Transação 18 2.869 6 701 161 3.755 2.907 848 332 765 249 O ágio dedutível de acordo com a legislação local brasileira, totalizou R$ 62. Como fornecido por esta legislação, a amortização do ágio é dedutível apenas para propósitos de contribuição social sobre o lucro liquido, sendo dedutível para fins de imposto de renda, apenas mediante a venda ou transferência do investimento adquirido. Os ativos intangíveis adquiridos consistem em relacionamentos com clientes de cartões de crédito, os quais esperamos amortizar pelo período de dez anos e que são alocados ao nosso segmento “Itaucred – Cartões de Crédito - Não Correntistas”. Nenhum ágio dedutível resultou dessa transação. Subsequentemente, em 5 de dezembro de 2006, o Citigroup adquiriu a marca “Credicard” por R$ 278. Pelos termos de nosso acordo com o Citigroup, ainda poderemos utilizar a marca até 31 de dezembro de 2008 e o preço de compra dessa marca é pagável pelo Citigroup nessa mesma data. Reconhecemos o ganho de R$ 158 pela venda. F-31 NOTA 4 - CAIXA E EQUIVALENTES A CAIXA Para fins de nossa demonstração consolidada de fluxos de caixa, o valor de Caixa e Equivalentes a Caixa é composto pelo seguinte: 2007 Caixa e contas correntes em bancos 2006 3.098 2.707 Aplicações em depósitos interfinanceiros 16.717 8.753 Aplicações em operações compromissadas 21.308 8.191 TOTAL 41.123 19.651 NOTA 5 - DEPÓSITOS COMPULSÓRIOS NO BANCO CENTRAL Os bancos centrais dos países onde o Itaú Holding opera exigem que as instituições financeiras, inclusive o Itaú Holding, depositem determinados recursos nos bancos centrais ou, no caso do Brasil, adquiram e mantenham títulos públicos federais brasileiros. A tabela a seguir resume os depósitos compulsórios, segundo seu tipo e montantes: 2007 Não Remunerados Remunerados TOTAL F-32 2006 6.293 6.145 10.882 17.175 8.932 15.077 NOTA 6 - ATIVOS DE NEGOCIAÇÃO Os ativos de negociação, contabilizados pelo seu valor justo, são apresentados na tabela a seguir: 2007 2006 Fundos de investimento 20.320 16.051 Títulos públicos do governo brasileiro 10.196 4.355 Títulos da dívida externa do governo brasileiro Títulos públicos - outros paises Argentina Estados Unidos 240 490 3.365 1.887 37 - 286 1.389 México 69 - Áustria - 231 Rússia 275 147 Dinamarca 196 - Espanha 847 - 1.582 - Coréia Chile Outros Títulos de dívida de empresas Ações negociáveis Instrumentos financeiros derivativos Swaps Opções Operações a termo Futuros TOTAL 71 - 2 120 2.074 1.446 382 636 3.746 3.091 1.761 1.793 261 255 1.724 1.038 40.323 5 27.956 Os ganhos líquidos não realizados incluídos nos ativos de negociação em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005 eram de R$ 261, R$ 778 e R$ 407, respectivamente. A variação líquida nos ganhos e perdas não realizados em ativos de negociação mantidos nos anos findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, incluídos em ganhos (perdas) de negociação, foi de R$ (517) R$ 371 e R$ 397, respectivamente. F-33 NOTA 7 - TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS DISPONÍVEIS PARA VENDA Em 31 de dezembro, o valor justo e o custo amortizado correspondente dos títulos e valores mobiliários disponíveis para venda eram de: Brutos não realizados 2007 Custo amortizado Fundos de investimento Ganhos 960 13 61 272 6 7.406 10 Argentina 53 - Noruega 191 2.116 Títulos da dívida externa do governo brasileiro Títulos públicos - outros paises Áustria Dinamarca Valor justo Perdas 2.091 Títulos públicos do governo brasileiro 2006 - Custo amortizado Ganhos Valor justo Perdas 973 1.002 8 (6) 1.004 2.141 2.550 88 (1) 2.637 278 532 7 (158) 381 7.387 856 8 (4) 860 - 53 - - - - (2) 189 - - - 4 (12) 2.108 445 3 (4) (11) (29) 444 176 - (2) 174 - - - Espanha 2.295 - (11) 2.284 - - - - Coréia 2.155 5 (1) 2.159 - - - - 356 - (1) 355 - - - - 64 1 - 65 - - - - - - - - 411 5 - 416 Títulos de dívida de empresas 4.283 28 (14) 4.297 5.997 81 Ações negociáveis 2.431 8 (2) 2.437 949 12 17.443 126 (56) 17.513 11.886 204 Chile Uruguai Outros TOTAL - (184) 5.894 - 961 (353) 11.737 Os ganhos e perdas brutos realizados em títulos e valores mobiliários disponíveis para venda foram os seguintes: 2007 2006 2005 Ganhos 221 553 256 Perdas Líquido (357) (136) (272) 281 (276) (20) O custo amortizado e o valor justo, por vencimento, dos títulos e valores mobiliários disponíveis para venda foram os seguintes: 2007 Custo amortizado Valor justo Com vencimento em um ano ou menos 8.543 8.534 Com vencimento entre um e cinco anos 3.625 3.617 Com vencimento entre cinco e dez anos 1.453 1.480 Com vencimento após dez anos Sem vencimento determinado TOTAL 432 473 3.390 17.443 3.410 17.513 Durante os anos findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, reconhecemos perdas de R$ 4, R$ 4 e R$ 29, respectivamente, referentes a perda permanente de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda apresentados em "Outras despesas não-financeiras" na demonstração consolidada do resultado. Em 31 de dezembro de 2007 e 2006 não tínhamos títulos e valores mobiliários disponíveis para venda que apresentassem uma posição contínua de desvalorização por mais de 12 meses. No ano findo em 31 de dezembro de 2007 e 2006, transferimos títulos e valores mobiliários de disponíveis para venda para ativos de negociação resultando em reconhecimento de R$ 52 e 292 no resultado respectivamente, que foi previamente registrado em Outros Lucros Abrangentes. F-34 NOTA 8 - TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS MANTIDOS ATÉ O VENCIMENTO O custo amortizado e o valor justo correspondente dos títulos e valores mobiliários mantidos até o vencimento eram os seguintes: 2007 Custo amortizado 2006 Brutos não realizados Ganhos Valor justo Perdas Custo amortizado Brutos não realizados Ganhos Valor justo Perdas Títulos públicos do governo brasileiro 822 142 - 964 812 101 - 913 Títulos da dívida externa do governo brasileiro 307 44 - 351 419 60 - 479 19 - - 19 19 3 - 22 280 20 - 300 339 24 - 363 1.428 206 - 1.634 1.589 188 - 1.777 Títulos de dívida pública - outros países Títulos de dívida de empresas TOTAL O custo amortizado e o valor justo, por vencimento, dos títulos e valores mobiliários mantidos até o vencimento eram os seguintes: 2007 Custo amortizado Valor justo Com vencimento em um ano ou menos 338 349 Com vencimento entre um e cinco anos 511 575 Com vencimento entre cinco e dez anos 236 271 Com vencimento após dez anos 343 439 1.428 1.634 TOTAL Em 31 de dezembro de 2007 e 2006, não tínhamos títulos e valores mobiliários mantidos até o vencimento que apresentassem posição contínua de desvalorização por mais de 12 meses. F-35 NOTA 9 - OPERAÇÕES DE CRÉDITO E ARRENDAMENTO MERCANTIL 2007 Comerciais Industriais e outros 2006 42.601 31.320 38.740 27.980 Financiamento de importação 1.108 492 Financiamento de exportação 2.753 2.848 Créditos imobiliários, principalmente financiamentos habitacionais Arrendamentos financeiros 4.732 2.499 29.531 16.226 827 815 32.156 27.207 Setor público Pessoas físicas Cheques especiais 2.768 2.515 Financiamentos 17.998 15.535 Cartões de crédito 11.390 9.157 Crédito rural TOTAL 3.652 3.471 113.499 81.538 Em 31 de dezembro de 2007 e 2006, o investimento contabilizado em operações de crédito em situação de perda provável (“impaired”) montava a R$ 3.886 e R$ 3.326 e nossas operações de crédito e arrendamento mercantil em “non-accrual” montavam R$ 4.777 e R$ 3.938, respectivamente. O investimento médio contabilizado em operações de crédito em situação de perda provável (“impaired”) em 2007, 2006 e 2005 era de aproximadamente R$ 3.606 , R$ 2.586 e R$ 1.409, respectivamente. Em 31 de dezembro de 2007 e 2006, o investimento contabilizado em operações de crédito em situação de perda provável (“impaired”) que demandavam uma provisão para créditos de liquidação duvidosa com base em análise individual, conforme as diretrizes da SFAS 114, era de R$ 140 e R$ 183 e a respectiva provisão para créditos de liquidação duvidosa totalizava R$ 126 e R$ 68, respectivamente. Em 2007, 2006 e 2005, a receita financeira contabilizada sobre operações de crédito em situação de perda provável (“impaired”) totalizava R$ 469, R$ 220 e R$ 188, respectivamente. Não reconhecemos receita financeira durante o período em que as operações de crédito são consideradas como sendo de curso anormal (“non-accrual”). A receita financeira reconhecida sobre nossas operações de crédito de curso anormal em 2007, 2006 e 2005 totaliza R$ 939, R$ 564 e R$ 205, respectivamente. NOTA 10 - PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA A tabela abaixo resume as variações na provisão para créditos de liquidação duvidosa: 2007 2006 2005 Saldo no início do exercício 6.399 3.933 2.811 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 5.535 5.148 2.637 (5.564) (3.608) (2.339) Créditos baixados Recuperações 1.071 926 824 Saldo no final do exercício 7.441 6.399 3.933 F-36 NOTA 11 - INVESTIMENTOS EM EMPRESAS NÃO CONSOLIDADAS a) Composição % de participação em 31/12/2007 Total Investimentos contabilizados pelo método de equivalência patrimonial Allianz Seguros S.A. Credicard Banco S.A. (b) IPI - Itausa Portugal Investimentos Ltda. (c) Itaú XL Seguros Corporativos S.A. (d) Itausa Export S.A. (c) Redecard S.A. (e) Tulipa Administração e Participações Ltda (b) Outros (f) Subtotal Outros investimentos contabilizados pelo custo 27,52 49,00 50,00 22,23 23,21 - Votante 27,52 49,00 50,00 20,00 23,21 - 31/12/2007 (a) Patrimônio líquido 473 1.171 204 1.146 516 - Total Lucro (prejuízo) líquido 72 150 29 139 994 - 31/12/2006 (a) 31/12/2005 (a) Investimento Resultado de Participações Investimento Resultado de Participações 130 574 102 255 120 135 1.316 183 20 74 13 31 256 22 416 - 115 557 94 226 43 75 1.110 178 17 60 71 10 22 275 18 38 511 - 15 150 27 26 202 132 31 583 - 1.499 416 1.288 511 583 Resultado de Participações (a) Montantes derivados das demonstrações contábeis preparadas segundo os princípios contábeis adotados no Brasil, em cada caso ajustados para os US GAAP, quando aplicável. Não existem restrições significativas para a remessa de fundos para o Banco. (b) Durante o ano de 2006, a "joint-venture" na Credicard foi finalizada e 50% dos ativos e passivos da Tulipa e da Credicard foram transferidos para nós e estão sendo consolidados desde então (Nota 3f). (c) A participação na IPI - Itaúsa Portugal Investimentos Ltda. é mantida: (i) por intermédio de subsidiárias que possuem 49,00% do capital votante e total, e (ii) por intermédio da participada Banco Itaú Europa S.A., uma subsidiária da Itaúsa Export que detinha 51,00% do capital votante e total da IPI - Itaúsa Portugal Investimentos Ltda. Os ganhos ou perdas advindos da conversão são incluídos em Ajustes Acumulados de Conversão (Nota 2b). (d) Entidade incorporada em 31 de agosto de 2006. (e) O resultado de equivalência patrimonial não reflete a participação atual no resultado da coligada, por variação de participação durante o exercício (Nota 24a). (f) Outros inclue participação no capital total e capital votante das seguintes companhias: BIU Participações S.A (41,66% capital total e votante), Bracor Investimentos Imobiliários S.A. ( 28,35%capital total e 33,60% capital votante), Pandora Participações S.A. (50% capital total e votante) F-37 b) Resumo das informações financeiras Abaixo apresentamos a posição financeira e os resultados da Redecard S.A., o investimento que mais contribuiu à nosso resultado de participações em subsisdiárias não consolidadas, em 31 de dezembro de 2007 e 2006 e nos anos findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005: Balanço patrimonial - não auditado 31.12.2007 Ativos totais Passivos totais Patrimônio líquido Investimento Demonstração de Resultado - não auditado 13.334 13.334 516 120 1º.01.2007 a 31.12.2007 Receitas operacionais Despesas operacionais Resultado antes dos impostos Impostos Resultado líquido Participação no resultado 2.531 1.208 1.323 329 994 256 31.12.2006 10.494 10.494 134 43 1º.01.2006 a 31.12.2006 3.082 2.072 1.010 150 860 275 1º.01.2005 a 31.12.2005 1.647 917 730 98 632 202 c) Outras informações Os dividendos, inclusive juros sobre o capital próprio, recebidos dos investimentos contabilizados pelo método de equivalência patrimonial, foram de R$ 243, R$ 126 e R$ 167 nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, respectivamente. F-38 NOTA 12 - IMOBILIZADO 2007 Taxas anuais de depreciação (%) 2006 Bruto 710 740 Edificações de uso Instalações, móveis, equipamentos e segurança e sistemas de comunicação Terrenos 1.844 2.048 911 849 Equipamentos de processamento de dados 2.428 2.274 Custo dos softwares desenvolvidos ou obtidos para uso interno 636 568 Sistemas de transporte 30 25 Bens destinados a venda 25 22 870 648 7.454 7.174 Edificações de uso Instalações, móveis, equipamentos e segurança e sistemas de comunicação (1.286) (1.217) 4 (546) (516) 10 a 25 Equipamentos de processamento de dados (2.013) (1.866) 20 a 50 (307) (296) 20 a 33 (15) (9) 20 (553) (402) 20 (4.720) (4.306) 2.734 2.868 Outros TOTAL Depreciação acumulada Custo dos softwares desenvolvidos ou obtidos para uso interno Sistemas de transporte Outros TOTAL VALOR CONTÁBIL LÍQUIDO As despesas de depreciação foram de R$ 661, R$ 603 e R$ 607 nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, respectivamente, e incluíram despesas de R$ 91, R$ 90 e R$ 78 da depreciação do custo de softwares desenvolvidos ou obtidos para uso interno. Os juros capitalizados e a depreciação de juros capitalizados totalizaram R$ 23 e R$ 17, respectivamente, em 2007 (R$ 23 e R$ 16 em 2006 e R$ 23 e R$ 15 em 2005). A depreciação acumulada de leasing financeiro totalizou R$ 60, R$ 45 e R$ 36 em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, respectivamente. A única classe de ativos contabilizada em leasing financeiro é edificações de uso. F-39 NOTA 13 - ÁGIO E ATIVOS INTANGÍVEIS De acordo com a SFAS nº 142, não foi contabilizada nenhuma amortização de ágio nos exercícios de 2007, 2006 e 2005. A tabela a seguir apresenta a movimentação do ágio agregado nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2007 e 2006: 2007 Saldo inicial 2006 877 Acréscimo por aquisição da Delle Holdings 238 29 - - 392 Acréscimo pela cisão do Credicard - 249 Acréscimo de outras aquisições Benefício fiscal na realização do ágio dedutivel - Acréscimo por aquisição do Bank Boston Efeito da variação cambial sobre o ágio de entidades fora do Brasil Saldo no encerramento do balanço patrimonial 7 (214) (11) (5) 687 2 877 Em 31 de dezembro de 2007 e 2006, o valor total do ágio estava alocado ao segmento Banco Itaú -"Banking", com exceção do valor de R$ 75, o qual foi alocado ao segmento Itaú BBA, do valor de R$ 286 alocado ao segmento Banco Itaú - Cartões de Crédito - Correntistas e do valor de R$ 58, alocado ao segmento Banco Itaú Gestão de Fundos e Carteiras Administradas. F-40 Abaixo apresentamos a movimentação dos ativos intangíveis nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2007 e 2006 2007 Orbitall - Contratos SFR e Previtec Exclusividade de de Serviços de Contratos de acesso para as lojas Processamento de Serviços de Proces. CBD, LASA e Lopes Cartões de Previdências Saldo inicial 1.006 2006 Rede de distribuição FIAT Relacionamento com clientes Orbitall - Contratos Exclusividade de de Serviços de acesso para as lojas Processamento de CBD e LASA Cartões Total 165 - 4.470 46 Acordo estratégico com a SFR e Previtec - 32 Acordo estratégico com a Lopes - - - - 290 - Cisão de ativos e passivos da Credicard - - - - ItauBank - Brasil - - - - - Itaubank - Chile - - - 195 - Outras aquisições (1) - - - 1.639 - 1.639 Rede de distribuição FIAT Relacionamento com clientes Total 5.687 199 1.075 1.836 54 3.164 - 32 - - - - - - 290 - - - - - - - - - 701 - 701 - - - 2.261 - 2.261 195 - - - - - - - 189 - 189 (512) (8) (609) Acréscimos em resultado de transações no exercício: Amortização no exercício (28) Efeito da variação cambial sobre intangíveis de entidades sediadas fora do Brasil Distrato - Governo do Estado de Minas Gerais (2) Benefício fiscal na realização do ágio dedutível oriundo de aquisições Saldo final Saldo bruto Amortização acumulada Saldo no encerramento do balanço patrimonial, líquido Vida média útil ponderada (em anos) (3) (60) (863) (7) (961) (31) (58) - - - (12) - (12) - - - - - - - - (53) - (53) - - - - - (17) - (6) 120 29 1.230 234 32 1.468 (114) (3) 120 6,9 29 10,8 (238) 1.230 (24) - (47) (3) (11) 5.352 39 6.770 165 1.006 1.144 8.634 103 10.471 234 (3.282) (64) (3.701) (69) 5.352 39 6.770 165 17,2 6,4 5,3 8,4 7,6 (138) 1.006 17,8 (5) - 4.470 46 (19) 5.687 5.818 103 7.299 (1.348) (57) (1.612) 4.470 46 5.687 7,6 6,3 9,4 (1) Representa basicamente os montantes despendidos para aquisição do direito de crédito das folhas de pagamento e arrecadação de tributos Municipais e Estaduais. Durante 2007, inclui basicamente os contratos assinados com: Governos dos Estados do Rio de Janeiro R$ 750, Governo de Goiás R$ 178, Tribunal de Justiça de Minas Gerais R$ 150, Prefeitura Municipal de Macaé R$ 53 e outros no valor de R$ 508. (2) Em 17/10/2007, o Governo do Estado de Minas Gerais e o Banco Itaú firmaram termo de distrato do contrato de prestação de serviços para administração da folha de pagamentos dos servidores do Estado de Minas Gerais. Pelo termo de distrato contratual, o Governo do Estado de Minas Gerais ressarciu o Banco Itaú em R$ 129, apurando uma receita de R$ 76, a qual está contabilizada em “Outras Receitas Não Financeiras”. A despesa de amortização estimada para os ativos intangíveis de vida definida para os próximos cinco anos é a seguinte: Despesa de amortização estimada (Não auditado) 2008 1.099 2009 1.086 2010 1.034 2011 890 578 2012 F-41 NOTA 14 - OUTROS ATIVOS 2007 2006 Depósitos em garantia expostos a pagar judicialmente (Nota 29b) 3.009 2.358 Impostos pagos antecipadamente 2.568 2.342 Ativos de planos de aposentadoria pagos antecipadamente (Nota 25) Depósitos em garantia de provisão para passivos contingentes classificados como prováveis (Nota 29b) Tarifas de serviços e comissões a receber 3.248 2.016 Valores a receber de reembolso de contingências (Nota 29b) Depósitos em garantia de provisão para passivos contingentes classificados como possíveis (Nota 29b) Contas a receber de fundo administrado pelo governo - Fundo para Compensação de Variações Salariais (FCVS) 1.615 1.378 1.332 1.347 814 651 1.117 516 396 363 Outros depósitos em garantia Valores a receber relativos a venda da marca Credicard 366 345 230 278 Bens apreendidos, líquido Preço contingente desembolsado antecipadamente relativo às parcerias estratégicas com a CBD e a LASA 235 263 155 215 Despesas pagas antecipadamente 418 215 Recebíveis relativos à aquisições 165 190 Despesas de comercialização de apólices diferidas 123 149 - 1.834 Créditos tributários (Nota 21) Outros 1.924 1.363 TOTAL 17.715 15.823 NOTA 15 - DEPÓSITOS 2007 Depósitos não remunerados 2006 27.035 18.771 Depósitos a vista 25.630 17.007 Outros Depósitos 1.405 1.764 Depósitos remunerados 48.440 38.926 Depósitos de poupança 27.990 22.912 Depósitos a prazo 19.837 15.720 Depósitos interfinanceiros TOTAL 613 294 75.475 57.697 Os depósitos a prazo com saldo superior ao equivalente a US$ 100.000,00 montavam R$ 13.860 em 31 de dezembro de 2007 (R$ 12.285 em 31 de dezembro de 2006). F-42 NOTA 16 - OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS DE CURTO PRAZO 2007 Financiamento à importação e à exportação 2006 5.808 Repasses no país Euronotes 1.980 70 78 186 43 Commercial Paper 3 - Fixed rate notes - 119 Letras Hipotecárias Títulos emitidos e vendidos a clientes com compromisso de recompra 282 520 41.176 28.160 Outras obrigações por empréstimos de curto prazo TOTAL 202 85 47.727 30.985 As captações para financiamento à importação e à exportação representam linhas de crédito disponíveis para o financiamento de importações e exportações de empresas brasileiras, geralmente denominadas em moeda estrangeira. Na tabela a seguir, apresentamos a taxa de juros em cada uma das operações (a.a.): 2007 2006 Financiamento à importação e à exportação 0,95% a 16,50% 3,00% a 10,00% Repasses no país 1,00% a 10,00% 1,00% a 10,00% Euronotes 5,10% a 11,39% 4,91% a 5,41% Commercial Paper 5,67% Fixed rate notes - Letras Hipotecárias 13,17% a 13,28% 9,90% a 11,12% 10,18% a 13,89% Em "Títulos emitidos e vendidos a clientes com compromisso de recompra", apresentamos nossos passivos em transações nas quais vendemos a vista, para clientes, títulos de dívida emitidos por nossas subsidiárias consolidadas, anteriormente mantidos em tesouraria, e nos comprometemos a recomprá-los a qualquer momento após a venda até uma data final de recompra, na qual eles serão obrigatoriamente recomprados por nós. O preço da recompra é calculado como o preço pago na data da venda acrescido de juros a taxas variando entre 70% e 103% da taxa do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). As datas finais de recompra vão até setembro de 2024. F-43 NOTA 17 - OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS DE LONGO PRAZO 2007 Repasses no país 2006 5.403 4.901 Euronotes 221 266 Fixed rate notes 193 662 Commercial Paper 15 - Letras Hipotecárias 907 - Financiamento à importação e à exportação 4.197 2.744 Debêntures 3.488 2.955 Dívida subordinada 11.934 4.357 Obrigações com a securitização de direitos diversificados de pagamentos 1.110 1.532 Outras obrigações por empréstimos de longo prazo (1) 1.088 604 28.556 18.021 TOTAL (1) Inclui obrigações de leasing financeiro em um montante de R$ 50 e R$ 64 em 31 de dezembro de 2007 e 2006, respectivamente. a) Repasses no país Os repasses no país representam montantes captados junto a agências brasileiras para o repasse a entidades brasileiras, principalmente para o financiamento da aquisição de imobilizado. Tais montantes possuem vencimentos mensais até 2025 e estão sujeitos a taxas fixas de juros de até 14,50% ao ano, mais juros variáveis baseados na Taxa de Juros de Longo Prazo (taxa de juros de longo prazo determinada trimestralmente pelo governo federal, também conhecida como "TJLP"), na variação cambial do dólar dos EUA ou da cesta de moedas do BNDES. Essas captações foram efetuadas principalmente junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES e ao Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais – FINAME (Autoridade Nacional de Financiamento Industrial) na forma de linhas de crédito que são direcionadas por essas agências governamentais, por intermédio de bancos privados, para setores especificamente visados para o desenvolvimento econômico. Segundo esse acordo, o Itaú Holding toma fundos do BNDES e do FINAME e os repassa com uma margem ("spread") determinada pelo governo para os setores visados da economia. O risco dos repasses é assumido pelo Itaú Holding, mas as operações geralmente contam com garantias. b) Euronotes Valor contábil (líquido de recompras) 2007 2006 Data de Vencimento Prazo original em anos Moeda Cupom - % 31/01/2008 3 US$ 4,38 208 18/05/2009 5 US$ 5,00 13 15 221 266 TOTAL F-44 251 c) Fixed Rate Notes Valor contábil (líquido de recompras) Data de vencimento Prazo original em anos Moeda Cupom - % Pagamento suspenso (1) - US$ 7,01 2 3 17/03/2009 5 US$ 6,00 13 15 17/03/2009 5 US$ 6,00 5 6 30/03/2009 5 US$ 6,00 2 2 06/04/2009 5 US$ 6,00 7 9 16/04/2009 5 US$ 6,00 7 9 20/04/2009 5 US$ 6,00 43 52 22/04/2009 5 US$ 6,00 4 4 27/04/2009 5 US$ 6,00 3 4 06/05/2009 5 US$ 6,00 9 11 11/05/2009 5 US$ 6,00 4 5 14/05/2009 5 US$ 6,00 9 11 26/05/2009 5 US$ 6,00 4 4 28/05/2009 5 US$ 6,00 9 11 01/06/2009 5 US$ 6,00 9 10 15/06/2009 5 US$ 6,00 9 11 29/06/2009 5 US$ 6,00 4 4 13/07/2009 5 US$ 6,00 5 7 13/07/2009 5 US$ 6,00 15 17 2007 2006 15/07/2009 5 US$ 6,00 5 7 10/08/2009 5 US$ 6,00 6 8 17/08/2009 5 US$ 6,00 9 11 24/08/2009 5 US$ 6,00 7 9 08/12/2009 3 US$ 7,00 3 4 15/12/2009 (2) 4 US$ 8,30 - 214 15/06/2010 (2) 13 US$ 8,50 - 107 15/12/2010 (2) 14 US$ 8,60 - 107 193 662 TOTAL (1) Estas operações estão em renegociação com o credor e tiveram seus pagamentos suspensos. (2) Fixed-rate Notes adquiridas durante 2007 por subsidiárias consolidadas e eliminadas na consolidação. d) Letras Hipotecárias As letras hipotecárias foram emitidas com prazo de vencimento acima de um ano, possuem vencimentos mensais até 01/09/2026, e rendem juros de até 9,5% a.a.. Esses instrumentos são totalmente garantidos por empréstimos habitacionais. F-45 e) Financiamento à importação e à exportação Vencimento Moeda 2007 2006 2007 CHF (1) - 1 2007 € - 3 2007 US$ - 920 2008 R$ - 135 2008 CHF (1) 2 1 2008 € 10 4 2008 US$ 992 620 1.271 - 2008 ¥ 2008 UYU (2) 6 - 2009 € 9 3 2009 CHF (1) 18 - 2009 US$ 914 264 2009 ¥ 481 - 2010 € 8 2 2010 CHF (1) 2010 US$ 1 - 207 237 2011 € 6 - 2011 US$ 30 29 2012 CHF (1) 2 - 141 - 2012 US$ Após 2012 CHF (1) 2 - Após 2012 € 1 - Após 2012 US$ TOTAL 96 525 4.197 2.744 (1) CHF - Franco suíço; (2) UYU - Peso Uruguaio As captações em moeda estrangeira são geralmente direcionadas ao financiamento à importação e à exportação e o crédito concedido ao cliente é geralmente casado com a captação específica no banco estrangeiro. A tabela a seguir apresenta as taxas de juros computadas sobre saldos denominados em moeda estrangeira (a.a.): 2007 2006 US$ 0,99% a 17,20% 4,40% a 12,20% ¥ 0,77% a 1,36% - € 3,50% a 7,59% 4,08% a 4,08% UYU 9,25% a 13,50% - CHF 2,00% a 9,50% 2,00% a 8,50% F-46 f ) Debêntures Valor Contábil (excluindo debêntures em tesouraria) 2007 2006 Cupom - % Data de Vencimento Prazo original em anos Moeda 2007 2006 01/11/2007 2 R$ - 101,75 do CDI - 1.531 01/02/2008 3 R$ 102,4% do CDI 102,4% do CDI 1.409 1.424 01/10/2010 3 R$ CDI + 0,29 a.a. - 1.041 - 01/10/2012 TOTAL 5 R$ CDI + 0,35 a.a. - 1.038 3.488 2.955 g) Dívida subordinada Data de Vencimento Moeda Cupom - % 2007 Valor Contábil 2006 2007 2006 Notas 15/08/2011 US$ 10,00 10,00 309 373 15/08/2011 ¥ 4,25 4,25 482 547 28/06/2012 US$ - 10,38 - 47 Debêntures 01/09/2008 R$ CDI + 0,75 CDI + 0,75 630 624 Certificado de Depósito Bancário 26/02/2008 R$ CDI CDI 1.428 1.280 23/12/2009 R$ CDI + 0,87 CDI + 0,87 852 852 02/04/2012 R$ CDI + 3,50 - 5.449 - 01/11/2012 R$ CDI + 0,35 - 305 - 22/05/2014 R$ CDI + 0,35 - 1.932 - Ações Preferenciais Resgatáveis 31/03/2015 US$ 6,39 6,62 TOTAL 547 634 11.934 4.357 Durante os últimos anos, emitimos títulos de dívida subordinada em seu direito de pagamento a todo o endividamento da entidade emissora. Para fins de cômputo das exigências de capital mínimo estabelecidas pelo Banco Central, tais títulos de dívida são considerados capital regulamentar de Nível II (consultar Nota 30). Segundo os termos dessa dívida, para que ela possa se qualificar como capital regulamentar de Nível II, o pagamento de principal e de juros será adiado se não estivermos atendendo aos limites operacionais determinados pelo Banco Central, ou se tal pagamento fizer com que deixemos de atender a tais limites. O pagamento será adiado até que estejamos atendendo a tais limites. h) Obrigações com a securitização de direitos diversificados de pagamentos Direitos de pagamentos diversificados são ordens de pagamento em dólares dos EUA recebidas pelo Banco Itaú de entidades não brasileiras para efetuar um pagamento em reais a um cliente beneficiário residente no Brasil. Como parte de suas atividades comerciais normais, o Banco Itaú oferece a seus clientes no Brasil o serviço de recebimentos de entidades no exterior e, por intermédio de diferentes meios (como mensagens eletrônicas em diferentes sistemas como o SWIFT, Fedwire ou CHIPS), envia ordens para efetuar pagamentos ao cliente. Em 20 de março de 2002, vendemos os direitos presentes e futuros sobre tais ordens de pagamento para a "Brazilian Diversified Payment Rights Finance Company", uma entidade consolidada de propósito específico (SPE, na sigla em inglês) constituída nas Ilhas Cayman. Em 25 de novembro de 2003, 7 de julho de 2004, 30 de junho de 2005 e 20 de setembro de 2006, a SPE emitiu Notas de Taxa Flutuante para terceiros investidores, garantidas pelos direitos de pagamentos diversificados que a SPE adquiriu do Banco Itaú, que são classificadas como passivo de longo prazo. F-47 As principais características das Notas são as seguintes: Série Valor emitido (em milhões de US$) Moeda Valor Contábil Cupom - % Período sujeito apenas a juros Amortização programada Semestral, a partir de 20 de março de 2007 até 19 de setembro de 2010 141 222 2007 2006 2003-3 105 US$ 5,01% 25 de novembro de 2003 a 20 de setembro de 2010 2004-1 81 US$ 2,73% 7 de julho de 2004 a 21 de março de 2011 Semestral, a partir de 21 de setembro de 2009 até 21 de março de 2011 185 221 2005-1 200 US$ 30 de junho de 2005 Libor + 0,65% a 20 de setembro de 2012 Semestral, a partir de 20 de setembro de 2009 até 20 de setembro de 2012 359 434 2005-2 36 US$ 30 de junho de 2005 Libor + 0,30% a 20 de setembro de 2008 Semestral, a partir de 20 de setembro de 2005 até 20 de setembro de 2008 65 221 2006-1 200 US$ Libor + 0,50% N/A Semestral, a partir de 20 de março de 2010 até 20 de setembro de 2013 360 434 TOTAL 622 1.110 1.532 É esperado que as Notas emitidas pela SPE sejam amortizadas com o fluxo de fundos das ordens de pagamento vendidas a ela pelo Banco Itaú. Em determinadas circunstâncias, quando tais fundos não forem suficientes para efetuar pontualmente o pagamento dos juros acumulados e do principal programado, os investidores de Notas de Taxa Flutuante contam com o benefício de uma apólice de seguro de garantia financeira emitida por uma seguradora não ligada. O Banco Itaú tem o direito de efetuar o resgate antecipado das Notas mediante o pagamento do total de principal em aberto e dos juros decorridos. O Banco Itaú estará obrigado a resgatar as Notas caso ocorram determinados eventos de inadimplemento ou vencimento antecipado. Levando em consideração os termos dos contratos firmados em relação à emissão das Notas, incluímos a SPE em nossas demonstrações contábeis consolidadas. Os recursos recebidos pela SPE para o pagamento das ordens vendidas pelo Banco Itaú devem ser mantidos em contas bancárias especificadas até que seja atingido um determinado nível mínimo. Tais saldos estão sujeitos a restrições de saque e utilização e são apresentados no balanço patrimonial consolidado como Caixa restrito. O caixa restrito totalizava R$ 89 e R$ 144, em 31 de dezembro 2007 e 2006, respectivamente. i) Maturação das obrigações por empréstimos de longo prazo A tabela a seguir apresenta as obrigações por empréstimos de longo prazo segundo seu prazo a decorrer: 2007 2006 Com vencimento em um ano 8.237 4.231 Com vencimento entre 1 e 2 anos 4.064 5.775 Com vencimento entre 2 e 3 anos 2.590 2.641 Com vencimento entre 3 e 4 anos 1.744 1.577 Com vencimento entre 4 e 5 anos 7.834 1.627 Com vencimento após 5 anos 4.087 2.170 28.556 18.021 TOTAL F-48 NOTA 18 - OUTROS PASSIVOS 2007 2006 Contas a pagar a comerciantes por operações com cartões de crédito 8.427 6.844 Impostos a pagar e contestados judicialmente (Nota 29b) 5.347 3.763 Impostos (que não sobre o lucro) Litígios (Nota 29b) 581 477 3.546 2.763 1.822 1.131 Passivo de derivativos: Swaps Opções Operações a termo Futuros Arrecadação de impostos de terceiros, contribuições sociais e outros 451 277 1.444 814 82 - 2.072 1.658 Juros sobre o capital próprio a pagar 1.533 1.629 A pagar por títulos e valores mobiliários adquiridos (data de negociação) 2.234 1.212 Passivos trabalhistas 1.291 1.098 Imposto de renda e contribuição social 773 834 Obrigações do plano de outorga de opções de ações (Nota 26) 764 687 Valores a pagar relativos à aquisições 455 380 Obrigações Fiscais Diferidas (Nota 21) 231 - 6 240 Carteira de câmbio, líquida Crédito diferido relativo à parceria estratégica com a CBD e a LASA 155 215 Benefícios de planos de aposentadoria provisionados (Nota 25) 31 136 Valor justo das garantias prestadas (Nota 28c) 16 13 Outros 2.383 2.637 TOTAL 33.644 26.808 F-49 NOTA 19 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital e Direitos dos Acionistas I) Capital Quantidade de ações emitidas 2007 2006 (*) Ações ordinárias 1.253.000.512 1.211.926.840 Ações preferenciais TOTAL 1.190.991.928 2.443.992.440 1.190.991.928 2.402.918.768 (*) Após a aplicação do efeito retroativo ao desdobramento de ações Em AGE de 25/08/2006, os acionistas deliberaram pela emissão de ações relacionadas a aquisição das operações do BankBoston Brasil e Libero Trading International Ltd, cuja efetivação ocorreu em 01/09/2006. Em consequência, o capital social foi elevado em R$ 4.581, mediante emissão de 68.518.094 ações escriturais preferenciais. Em AGE's de 26/12/2006, foram deliberadas as incorporações da totalidade das ações do BankBoston Chile e Uruguai, homologadas eplo BACEN em 01/02/2007. Em consequência, o capital social foi elevado em R$ 1.373, mediante a emissão de 20.536.836 ações escriturais ordinárias. (Nota 3) Em AGE de 27/08/2007 foi deliberado o desdobramento em 100% das ações representativas do capital social. Este desdobramento foi efetivado nas Bolsas de Valores em 01/10/2007. Em consequência, o capital social em ações foi elevado em 1.221.996.220 ações. As ações preferenciais não têm direito de voto, mas têm prioridade no recebimento de um dividendo anual mínimo não cumulativo. Ambas as classes de ações participam igualmente na distribuição de dividendos após as ações ordinárias terem recebido um pagamento igual ao dividendo mínimo das ações preferenciais (R$ 0,0275 por ação em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005). Todos os acionistas têm o direito de receber, no total, o dividendo mínimo obrigatório de pelo menos 25% do lucro líquido anual do Itaú Holding apresentado nos registros contábeis estatutários, ajustados pelas transferências de e para as reservas como requerido pela legislação societária brasileira. II) Ações em Tesouraria De acordo com decisões do Conselho de Administração, o Itaú Holding recompra suas próprias ações para manutenção em tesouraria, para emissão aos beneficiários do plano de outorga de opções de ações do Banco (Nota 26), para cancelamento ou para posterior revenda. Os custos mínimo, médio ponderado, máximo e o valor de mercado (por ações) em 31 de dezembro de 2007 e 2006 estão representados abaixo: 2007 Ações Ordinárias 2006 Ações Preferenciais Ações Ordinárias Ações Preferenciais Aquisições no período Custo Mínimo 31,75 36,75 24,59 - Custo Médio Ponderado 32,40 38,84 30,04 - Custo Máximo 32,46 41,56 30,36 - 25,42 43,00 24,85 45,50 60,07 32,37 22,01 38,70 Saldo das Ações em Tesouraria Custo Médio Valor de Mercado da ações na Bovespa em 31 de dezembro F-50 III) Capital adicional integralizado O capital adicional integralizado corresponde à diferença entre o preço de venda das ações em tesouraria e o custo médio de tais ações, às despesas de remuneração reconhecidas segundo o plano de opções de ações (Nota 2s e 26) e à diferença entre o valor justo das ações emitidas em relação às aquisições do Itaú BBA e Bank Boston e o valor do aumento de capital relacionado a tal emissão segundo as demonstrações contábeis para finalidades legais e regulamentares. b) Lucros acumulados apropriados Os lucros acumulados apropriados incluem as seguintes reservas, constituídas segundo a legislação societária brasileira, nossos estatutos ou por decisão dos acionistas: I) Reserva legal Segundo a legislação societária brasileira, o Itaú Holding deve apropriar 5% de seu lucro líquido apurado em suas demonstrações contábeis estatutárias, após a absorção dos prejuízos acumulados, para uma reserva legal cuja distribuição é restrita. A reserva pode ser usada para aumentar o capital do banco ou para absorver prejuízos, mas não pode ser distribuída sob a forma de dividendos. II) Reserva estatutária As três reservas estatutárias são as seguintes: • Reserva de Equalização de Dividendos - A reserva tem o objetivo de pagamento de dividendos, inclusive juros sobre o capital próprio, com a finalidade de manter um fluxo de pagamento para os acionistas. Esta reserva é constituída com: (a) até 50% do lucro líquido do exercício; (b) até 100% das reservas de reavaliação nos livros estatutários que tiverem sido realizadas; e (c) até 100% do montante dos ajustes de exercícios anteriores contabilizados diretamente no patrimônio líquido nos livros legais e é reduzida pelo valor dos dividendos previstos. A reserva está limitada a 40% do capital acionário registrado nos livros legais. • Reserva para Reforço do Capital de Giro - Essa reserva tem o objetivo de provisionar recursos para as operações do Itaú Holding. Ela é constituída por até 20% do lucro líquido do exercício e está limitada a 30% do capital acionário dos livros legais. • Reserva para Ampliação na Participação em Empresas - O objetivo dessa reserva é provisionar recursos para exercer o direito de preferência em aumentos de capital de empresas nas quais tenhamos participação. Ela é constituída por até 50% do lucro líquido do exercício e está limitada a 30% do capital acionário dos livros legais. III) Reserva de capital - Ágio na Subscrição de Ações Esta reserva foi constituída durante o processo de reorganização societária pelo qual o Banco Itaú se tornou uma subsidiária integral do Itaú Holding. A reserva foi constituída quando da reestruturação, por um valor igual à diferença entre o aumento no capital do Itaú Holding dela resultante e o patrimônio líquido do Banco Itaú (segundo as demonstrações contábeis em conformidade com a legislação societária brasileira) no momento da reorganização. IV) Reserva de Incentivos Fiscais Essa reserva provém da opção feita pelo Itaú Holding de aplicar uma parcela do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido, que de outra forma seria devida às autoridades fiscais, em investimentos em fundos de desenvolvimento aprovados pelo governo ou em ações de empresas que estão desenvolvendo projetos específicos, aprovados pelo governo, em determinadas áreas do Brasil. O montante assim aplicado é creditado na data de pagamento do imposto de renda e subseqüentemente apropriado de lucro acumulados para esta reserva. F-51 V) Lucro não Realizado Essa reserva representa o lucro registrado, para efeitos contábeis, nas demonstrações contábeis estatutárias do Itaú Holding individual como equivalência patrimonial nos lucros de investimentos não consolidados, os quais ainda não foram recebidos em dinheiro. A realização dessa reserva ocorrerá quando esses investimentos forem vendidos, ou por intermédio do recebimento de dividendos. Quando realizados, esses valores são transferidos para lucros acumulados não apropriados e são incluídos na base de cálculo do dividendo mínimo obrigatório, segundo a legislação societária brasileira e as regras da CVM. c) Lucros acumulados não apropriados O saldo do lucro líquido remanescente após a distribuição de dividendos e das apropriações para as reservas estatutárias nos registros legais do Itaú Holding é transferido para as reservas acima descritas. Os lucros acumulados disponíveis para distribuição nos registros legais do Itaú Holding correspondem à Reserva de Equalização de Dividendos acima mencionada, que totalizam R$ 5.156 e R$ 4.909 em 31 de dezembro de 2007 e 2006, respectivamente. F-52 NOTA 20 - LUCRO POR AÇÃO O lucro por ação básico e diluído foi calculado como a seguir, para os anos indicados. Todas informações nesta nota foram retroativamente reemetidas para dar efeito ao desdobramento de ações (Nota 19a). 2007 2006 2005 Lucro por ação - Básico Lucro líquido atribuível aos detentores de ações ordinárias e preferenciais 7.487 5.896 5.453 (32) 7.455 (29) 5.867 (29) 5.424 (34) 7.421 (33) 5.834 (33) 5.391 Lucro acumulado a ser distribuído aos detentores de ações ordinárias e preferenciais em bases proporcionais: Aos detentores de ações ordinárias Aos detentores de ações preferenciais 3.845 3.576 3.088 2.746 2.905 2.486 Total do lucro líquido disponível para os detentores de ações ordinárias Total do lucro líquido disponível para os detentores de ações preferenciais 3.879 3.608 3.121 2.775 2.938 2.515 Lucro líquido Dividendo mínimo não cumulativo sobre as ações preferenciais, segundo nossos estatutos Subtotal Lucro acumulado a ser distribuído aos detentores de ações ordinárias em um valor por ação igual ao dividendo mínimo pagável aos acionistas preferenciais Subtotal Média ponderada das ações em circulação Ações ordinárias Ações preferenciais 1.242.761.283 1.155.982.545 Lucro por ação - R$ Ações ordinárias Ações preferenciais 1.202.978.161 1.069.344.432 3,12 3,12 2007 1.210.742.563 1.036.228.303 2,59 2,59 2006 2,43 2,43 2005 Lucro por ação - Diluído Lucro líquido atribuível aos detentores de ações ordinárias e preferenciais Lucro líquido disponível para os detentores de ações preferenciais Dividendo sobre as ações preferenciais incrementais Lucro líquido disponível para os detentores de ações preferenciais considerando as ações preferenciais incrementais 3.608 24 2.775 17 2.515 18 3.632 2.792 2.533 Lucro líquido disponível para os detentores de ações ordinárias Dividendo sobre as ações preferenciais incrementais Lucro líquido disponível para os detentores de ações ordinárias considerando as ações preferenciais incrementais 3.879 (24) 3.121 (17) 2.938 (18) 3.855 3.104 2.920 1.242.761.283 1.170.763.686 1.155.982.545 1.202.978.161 1.081.858.591 1.069.344.432 1.210.742.563 1.049.896.371 1.036.228.303 14.781.141 12.514.159 13.668.068 3,10 3,10 2,58 2,58 2,41 2,41 Media ponderada ajustada de ações Ações ordinárias Ações preferenciais Ações preferenciais Ações incrementais das opções de ações concedidas segundo nosso Plano de Outorga de Opções de Ações (Nota 26) Lucro por ação diluído - R$ Ações ordinárias Ações preferenciais As ações potencialmente anti-dilutivas, que foram excluídas do cálculo do lucro por ação diluído, totalizaram: 1.568.963 ações preferenciais em 31 de dezembro de 2007; 1.818.886 ações preferenciais em dezembro de 2006 e 1.567.223 ações preferenciais em dezembro de 2005. F-53 A tabela a seguir apresenta os montantes por ação do ítem extraordinário: 2007 2006 2005 Lucro por ação - Básico (ações ordinárias e preferenciais) Lucro líquido antes do ítem extraordinário Ítem extraordinário Lucro líquido 3,11 0,01 3,12 2,59 2,59 2,43 2,43 3,09 0,01 3,10 2,58 2,58 2,41 2,41 Lucro por ação - Diluído (ações ordinárias e preferenciais) Lucro líquido antes do ítem extraordinário Ítem extraordinário Lucro líquido F-54 NOTA 21 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL O Itaú Holding e cada uma de suas subsidiárias apresentam, em cada exercício, declarações de imposto de renda de pessoa jurídica separadas. No Brasil, o imposto de renda abrange o imposto de renda federal e uma contribuição social sobre o lucro líquido, que é um adicional sobre o imposto de renda federal. As alíquotas aplicáveis às instituições financeiras em cada exercício foram as seguintes: 2007 Imposto de renda federal Contribuição social sobre o lucro líquido Alíquota composta Ver nota 35a sobre alteração da aliquota de Contribuição Social sobre o Lucro 2006 2005 25 25 9 9 25 9 34 34 34 Os montantes registrados como despesa de imposto de renda e contribuição social nas demonstrações contábeis consolidadas são reconciliados com as alíquotas legais como segue: 2007 2006 2005 Lucro antes do imposto de renda Resultado de participações em empresas não consolidadas, líquido 11.563 Base de cálculo 11.147 7.752 6.863 Despesa de imposto de renda e contribuição social pelas alíquotas legais (3.790) (2.636) (2.333) (347) (52) (112) (74) (87) (68) (18) Ganhos (perdas) cambiais não tributáveis (dedutíveis) em subsidiárias no exterior Despesas não dedutíveis Amortização de ágio e outros ativos intangíveis dedutíveis apenas para fins de contribuição social 8.263 (416) 7.446 (511) (583) (48) (33) Dividendos em empresas contabilizadas pelo custo não tributáveis 11 19 15 Benefício fiscal líquido sobre os juros sobre o capital próprio 82 661 635 (18) Custo de Remuneração baseada em Ações Não Dedutível (115) (244) Juros sobre títulos da Dívida Externa 238 24 28 Outras diferenças (64) (42) (70) (4.107) (2.390) (1.941) Receita (despesa) de imposto de renda e contribuição social Os principais componentes das contas de imposto de renda e contribuição social diferido no balanço patrimonial consolidado são os seguintes: 2007 2006 5.475 4.986 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 2.609 2.402 Outras provisões 1.713 1.732 Prejuízos fiscais a compensar 488 516 Outras diferenças temporárias 796 518 (131) (182) Crédito tributário Provisões não dedutíveis no momento: Provisão para desvalorização (1) 5.706 3.152 Diferenças temporárias relativas a operações de arrendamento mercantil 3.555 1.889 Ativos de planos de aposentadoria pagos antecipadamente 1.104 685 Outras diferenças temporárias 1.047 Obrigações fiscais diferidas Obrigações Fiscais Diferidas/Crédito tributário, incluídos em Outros Passivos / Ativos (1) Durante 2007, a variação líquida no total de Provisão para desvalorização foi de R$ 51. F-55 (231) 578 1.834 A tabel abaixo apresenta uma movimentação de nossos benefícios fiscais não reconhecidos de acordo com o FIN 48 de 1º de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2007: Movimentação da provisão 2007 No início do ano Montante bruto de adições das posições fiscais de anos anteriores Montante bruto de baixas de posições fiscais de anos anteriores Montantes de baixas relacionadas a liquidações 1.815 199 (8) (4) 2.002 No final do ano O montante total de benefícios fiscais não reconhecidos em 31 de dezembro de 2007 afetaria a alíquota fiscal efetiva se reconhecido em 2008. A tabela seguinte apresenta a movimentação de juros e multas incluídos nos benefícios fiscais não reconhecidos: No início do ano 855 Total de juros e multas na demonstração do resultado de 2007 109 No final do ano 954 Não esperamos mudanças significativas no saldo bruto de benefícios fiscais não reconhecidos nos próximos 12 meses. O ano fiscal mais antigo sujeito ao exame das autoridades fiscais brasileiras é 2003. F-56 NOTA 22 - RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 2007 2006 2005 Tarifas cobradas sobre serviços de contas correntes 2.549 2.368 2.034 Taxas de administração de ativos 1.935 1.783 1.577 Comissões de cobrança Comissões de cartões de crédito 453 406 379 1.826 1.484 1.127 Comissão de corretagem 382 250 157 Provisão para garantias 132 114 92 Outros 473 332 339 TOTAL 7.750 6.737 5.705 NOTA 23 - DESPESAS ADMINISTRATIVAS 2007 2006 2005 Serviços de terceiros 987 931 696 Despesas de tecnologia 799 669 545 Despesas de comunicação 672 522 393 Comissões bancárias e de corretagem 536 414 341 Despesas de processamento de cartão de crédito - - 51 Material de escritório e de tecnologia 185 188 155 Despesas de publicidade 276 294 192 Outras despesas de marketing 192 131 91 Custos de transporte 249 226 194 Concessionárias de serviços públicos 174 157 137 Despesas de aluguéis 343 297 256 Despesas de segurança e manutenção 485 405 365 66 57 45 Outros 445 381 272 TOTAL 5.409 4.672 3.733 Despesas de viagem F-57 NOTA 24 - OUTRAS RECEITAS E DESPESAS NÃO FINANCEIRAS a) Outras Receitas não Financeiras 2007 Ganhos e Perdas na venda de bens não de uso, imobilizado e investimentos em empresas não consolidadas 2006 2005 2.891 Ganhos na venda de participações societárias (1) 40 29 2.762 - - Ganho na venda de imóvel BKB 92 - - Outros 37 40 29 87 70 89 Recuperação de despesas Distrato - Governo de Minas Gerais (Nota 13) - - Correção monetária de outros ativos 454 76 393 131 Ganhos na cisão da Credicard (Nota 3f) - 433 - Ganhos na venda da marca Credicard (Nota 3f) - 158 - Receitas sobre o nosso acordo com a Telefônica - 92 Depósitos relativos a comissões 123 3 Outros 653 406 92 319 TOTAL 4.284 1.595 660 (1) Em 2007, ocorreu oferta primária e secundária, de ações da Redecard S.A e secundária Bovespa Holding S.A e Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F S.A, nas quais o Itaú Holding alienou parte da participação detida no capital dessas. Foi efetuada ainda, venda à Expirian Brasil Aquisições Ltda, parte da participação detida na Serasa S.A. Os efeitos de tais alienações estão abaixo demonstrados: Empresa Redecard S.A (1a) Data da Operação Qtde ações alienadas 11 e 31.7.2007 Valor da Venda Custo Lucro na Venda 53.798.700 1.555 11 1.544 Serasa S.A (1a) 28.6.2007 832.176 778 35 743 Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F S.A (1b) 3.12.2007 13.856.195 262 35 227 Bovespa Holding S.A (1b) 26.10.2007 11.422.427 263 15 248 Total 2.858 96 2.762 (1a) A participação remanescente está registrada em investimentos em empresas não consolidadas. O aumento no custo de nosso investimento nas ações não vendidas da Redecard S.A. é de R$ 101, registrado em ganho na venda de participações societárias. (1b) A participação remanescente está registrada em títulos disponiveis para a venda a valor de mercado. F-58 b) Outras Despesas não Financeiras 2007 2006 2005 Impostos sobre serviços, sobre receitas e outros impostos 2.855 2.282 2.387 Litígios (Nota 29b) 1.432 704 379 Despesas relacionadas a cartões de crédito 405 262 85 Reembolso relativo à aquisições 162 249 40 Perdas com fraudes com terceiros 210 160 175 83 117 117 Contribuições para o Fundo Garantidor de Créditos Prejuízo na venda de bens não de uso, imobilizado e investimentos em empresas não consolidadas 28 35 45 Perdas permanentes em títulos e valores mobiliários disponíveis para venda 4 4 29 (Ganhos) Perdas monetárias e cambiais em ativos e passivos não remunerados 1 296 4.109 268 3.519 Outros TOTAL 483 5.663 - (6) Alguns de nossos ativos e passivos registrados em Outros ativos e Outros passivos estão sujeitos à correção monetária com base em índices específicos de inflação. Reconhecemos em Outras Receitas Não Financeiras ou Outras Despesas Não Financeiras, conforme apropriado, os efeitos da correção monetária necessária para apresentar tais ativos e passivos na data de cada balanço patrimonial em seus valores corrigidos F-59 NOTA 25 – PLANOS DE APOSENTADORIA E OUTROS BENEFÍCIOS APÓS A APOSENTADORIA O Banco Itaú Holding e algumas de suas subsidiárias patrocinam sete planos na modalidade de benefícios definidos, os quais oferecem pagamentos adicionais de aposentadoria para complementar os planos de previdência social do governo, com base no tempo de serviço e no salário dos participantes quando na ativa. Os planos cobrem praticamente todos os funcionários contratados até 31 de julho de 2002 do Banco Itaú Holding no Brasil, e um pequeno número de funcionários de suas subsidiárias e afiliadas no exterior, bem como funcionários qualificados de certas subsidiárias adquiridas. Os funcionários contratados após 1º de agosto de 2002 contam com a opção de participar voluntariamente de um plano de contribuição definida (PGBL), administrado pela Itaú Vida e Previdência S.A.. As contribuições para este plano totalizaram R$ 8, R$ 6 e R$ 4 nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, respectivamente. Temos também três planos na modalidade de contribuição definida para os funcionários das controladas adquiridas aos quais contribuímos com menos de R$ 1 em 2007, R$ 4 em 2006 e menos de R$ 1 em 2005. Os ativos dos planos estão investidos em fundos separados, com o objetivo exclusivo de prover benefícios aos funcionários elegíveis, e são mantidos de forma independente do Banco Itaú. Esses fundos são mantidos por entidades legais independentes, conforme detalhado a seguir: Plano de benefício Plano de Aposentadoria Complementar - PAC Plano de Benefício Franprev – PBF Plano de Benefício 002 – PB.002 Plano Básico Itaulam - PBI Plano Suplementar Itaulam - PSI (*) Plano de Aposentadoria Complementar Móvel Vitalícia - ACMV Plano de Benefícios Funbep I Plano de Benefícios Funbep II (*) Plano de Benefícios Prebeg Plano de Aposentadoria ItauBank (*) Entidade Fundação Itaubanco Fundação Itaubanco Fundação Itaubanco Fundação Itaubanco Fundação Itaubanco Fundação Bemgeprev Funbep Fundo de Pensão Multipatrocinado Funbep Fundo de Pensão Multipatrocinado Caixa de Previdência dos Funcionários do BEG ItauBank Sociedade de Previdência (*) Planos de benefícios na modalidade de contribuição definida. São efetuadas contribuições pelo Banco Itaú e suas subsidiárias e pelos participantes, com base em estudos atuariais preparados por atuários independentes, exceto no caso dos planos "PAC", “ACMV” e “PBI”, que são financiados exclusivamente pelo Banco Itaú e por determinadas subsidiárias. Em 31 de dezembro de 2007, as contribuições do Banco Itaú e de suas subsidiárias aos diferentes planos variavam de 0,12% a 12,95% da folha de pagamento relacionada aos participantes e os funcionários participantes contribuíram com até 8,69% de seus salários. A gestão de alocação entre os segmentos tem o objetivo geral de buscar o equilíbrio de longo prazo entre os ativos e as obrigações dos planos, através da superação das metas atuariais. Em relação aos recursos garantidores das reservas matemáticas, a gestão deve assegurar aos beneficiários a correção de seus recursos pelas suas metas atuariais, através de procedimento de "cash-flow matching" ou de imunização. Para o restante dos recursos não vinculados às obrigações acima, os recursos devem ser alocados de maneira a maximizar a relação retorno x risco através de modelos de otimização de média x variância ou de modelos de otimização intertemporal (multiperíodo). Atualmente, as decisões de alocação são definidas por um comitê, formado pelo Diretor de Investimentos das entidades e de especialistas da patrocinadora principal, constituído de três fases: Na primeira fase, são definidos os cenários macroeconômicos e trajetórias para algumas variáveis básicas da economia, tais como, taxa de juros spot, câmbio, inflação e risco país. Além disso, são definidos cenários alternativos ao cenário básico. Na segunda fase, com base no cenário básico, são projetados individualmente valores para diversos fatores de risco (taxas de juros pré-fixadas, taxas de juros em IGP-M, taxas de juros em dólares, índice BOVESPA, deságios de LFT, etc.). Estes valores são, então, utilizados para calcular as expectativas de preço dos ativos para um determinado horizonte de investimento. A partir destes preços são calculados então as expectativas de retorno em cada ativo. F-60 Na terceira e última fase, processa-se o modelo de otimização de média x variância com reamostragem (para tratar a incerteza das expectativas), obtendo-se então as fronteiras eficientes para o Plano. Com base nestas fronteiras, na composição atual da carteira e nas indicações do modelo de cash-flow matching, são definidas então as novas alocações dos planos. A alocação dos ativos dos planos em 31 de dezembro de 2007 e 2006 e a meta de alocação para 2008, por categoria de ativo, são as seguintes: Meta de alocação para 2008 Categoria de ativo Percentagem dos ativos do plano 2007 2006 47,00% -100,00% 77,46% 86,88% Ações 0,00% - 35,00% 19,63% 9,70% Imóveis 0,00% - 8,00% 2,71% 3,20% Outros 0,00% - 10,00% 0,20% 0,22% 100,00% 100,00% Títulos de dívida No final do exercício Não ocorreu nenhuma modificação, redução, liquidação ou encerramento dos benefícios dos planos durante os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. F-61 Com base nos relatórios preparados por atuários independentes, as variações nas obrigações por benefícios projetados e nos ativos do plano, e os montantes reconhecidos no balanço patrimonial do Banco Itaú Holding, de acordo à partir de 31 de dezembro de 2006, com as provisões do SFAS 158, são os seguintes, a data de projeção é 31 de dezembro para todos os anos apresentados: 2007 Planos de Previdência 2006 2005 (I) Obrigação por benefícios projetados No início do exercício 8.445 7.678 Inclusão do Plano ACMV 257 - - Custo do serviço 216 201 163 Benefícios pagos (417) (328) (309) 873 769 662 Custo de juros Despesas administrativas - Perda (ganho) atuarial (6) - 6.613 (2) 125 551 9.368 8.445 7.678 10.325 8.944 8.015 242 - - Empregador 22 23 22 Funcionários 8 9 9 - - (2) 2.405 1.677 No final do exercício (II) Ativos do plano a valor de mercado No início do exercício Inclusão do Plano ACMV Contribuições recebidas Despesas administrativas Retorno sobre os ativos do plano Benefícios pagos (417) No final do exercício (328) 1.209 (309) 12.585 10.325 8.944 3.217 1.880 1.266 - - (Benefícios de aposentadoria pagos antecipadamente) Benefícios de pensão acumulados, líquido 3.217 1.880 Ativos de planos de aposentadoria pagos antecipadamente 3.248 2.016 (III) Situação de provisionamento (II - I) (IV) Montantes não reconhecidos Benefícios de planos de aposentadoria provisionada (31) (136) (1.053) 213 619 (406) Em 2008, a amortização de ganhos e perdas atuariais esperada é de R$ (98). Adicionalmente, o Banco Itaú Holding e algumas de suas subsidiárias não oferecem outros benefícios pós emprego, exceto nos casos decorrentes de compromissos de manutenção assumidos em contratos de aquisição firmados pelo ITAÚ, nos prazos e condições estabelecidos, em que patrocinam total ou parcialmente planos de saúde para massas específicas de ex-funcionários e beneficiários. O passivo de benefícios acumulados projetados provisionados atingiram R$ 74, R$ 69 e R$ 60 em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, respectivamente. F-62 O custo líquido dos planos de benefícios, conforme definido pela SFAS 158, inclui os seguintes elementos: 2007 2006 2005 Custo do serviço 216 201 Custo de juros 873 769 Retorno esperado sobre os ativos do plano (Ganhos) perdas atuariais Contribuição de funcionários Custo (benefício) líquido dos planos de benefícios 163 662 (1.281) (1.081) (969) (45) (29) (52) (8) (245) (9) (149) (9) (205) As obrigações por benefícios acumulados dos planos, segundo a SFAS 158, foram de R$ 8.174, R$ 7.561 e R$ 6.867 nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, respectivamente. Em 2008, esperamos contribuir com R$ 22 para os planos de aposentadoria patrocinados por nós. A seguir destacamos os pagamentos de benefícios estimados anualmente para 2008 a 2012 e o benefício estimado em uma base agregada de 2013 a 2017. Pagamento Estimado Período 413 447 485 523 570 3.772 2008 2009 2010 2011 2012 2013 a 2017 Foram as seguintes as premissas atuariais utilizadas, que incluem um nível de inflação esperada de 4% a.a.. 2007 Taxa de desconto para determinação das obrigações por benefícios projetados Taxa de crescimento nos níveis de remuneração (depende do grupo específico de empregados) Taxa de retorno de longo prazo esperada sobre os ativos do plano 2006 2005 10,2% 10,2% 10,2% 4% a 7,1% 4% a 7,1% 4% a 7,1% 12,3% 12,3% 12,3% Os títulos e valores mobiliários do Banco Itaú Holding e de suas subsidiárias incluídos nos ativos dos planos totalizaram R$ 352 , R$ 342 e R$ 255 em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, respectivamente. F-63 NOTA 26 - REMUNERAÇÃO BASEADA EM AÇÕES A Assembléia Geral Extraordinária dos acionistas, realizada em 24 de abril de 1995, aprovou o Plano de Outorga de Opções de Ações (“Plano de Opções de Ações”). Segundo os termos do Plano de Opções de Ações, o beneficiário tem o direito de adquirir uma ação preferencial do Itaú Holding por opção concedida, por um preço estabelecido na data da concessão da opção, que é posteriormente corrigido segundo uma fórmula pré-definida baseada no índice de inflação ao consumidor. No exercício da opção, o plano prevê a subscrição de uma ação do capital autorizado ou, a critério da administração, a compra de uma ação em tesouraria adquirida para recolocação. Somente podem ser outorgadas opções em exercícios com lucros suficientes para permitir a distribuição do dividendo obrigatório aos acionistas e em quantidade que não ultrapasse o limite de 0,5% (meio por cento) da totalidade das ações possuídas pelos acionistas na data do balanço de encerramento no exercício. As opções concedidas podem ser exercidas após o prazo de carência que varia de um a cinco anos e podem ser exercidas até dez anos após sua concessão, e as condições específicas de cada uma das séries de opções concedidas são determinadas pelo Comitê de Opções do Conselho de Administração. Até 31 de dezembro de 2007, todas as opções emitidas foram concedidas aos membros da administração do Itaú Holding e de suas subsidiárias. Em 31 de dezembro de 2007, as variações nas opções estão resumidas na tabela a seguir: Quantidade de opções (*) Opções em aberto no início do exercício Preço de exercício médio ponderado 44.685.380 Opções concedidas Opções exercidas (1) Opções canceladas (2) 38,33 (9.369.060) 13,29 (308.840) Opções em aberto no final do exercício Opções passíveis de exercício no final do ano (3) 16,29 7.878.290 21,20 42.885.770 14,88 2.816.780 14,16 (*) Após a aplicação do efeito retroativo ao desdobramento de ações (Nota 19a) (1) O caixa total recebido no exercício das opções durante o ano de 2007 foi de R$ 124 (2) Não houve opções canceladas por vencimento do período de exercício durante o ano findo em 31 de dezembro de 2007. (3) Em 31 de dezembro de 2007, o valor intrínseco agregado das opções passíveis de exercício era de R$ 88 e o prazo contratual remanescente médio ponderado era de aproximadamente 22 meses. Todas as opções classificadas como passivo foram remensuradas à valor justo em 31 de dezembro de 2007 e 2006, totalizaram R$ 764 e R$ 687 respectivamente. As despesas de remuneração relacionadas ao Plano de Opções de Ações totalizaram R$ 339, R$ 717 (vide Nota 2s) e R$ 54 nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, respectivamente. Em 31 de dezembro de 2007, o custo de compensação a ser apropriado em períodos futuros era de R$ 310 e seu período médio ponderado de apropriação era de aproximadamente 3 anos. Com o uso do modelo de binomial de formação de preço de opções, a média ponderada, na data da concessão, do valor justo das opções concedidas nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005 foi estimada em R$ 24,11, R$ 28,23 e R$ 17,19 por ação, respectivamente. O valor total intrínseco das opções exercidas durante os anos findos em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005 era de R$ 262, R$ 181 e R$ 140, respectivamente. Durante o exercício de 2007, as opções foram emitidas com prazo de cinco, seis e sete anos e carência de dois, três e quatro anos para poderem ser exercidas. O cálculo do prêmio é elaborado através de modelo binomial de precificação de opções que respeita os prazos de carência vigentes em cada diferente Stock Option. Como o strike é corrigido pela inflação, adotamos como taxa livre de risco a taxa de juros real observada no mercado. Por último, os dividendos se baseiam no histórico de pagamentos de dividendos observados no passado recente. As premissas médias ponderadas utilizadas para 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005, respectivamente, estão apresentadas abaixo: • • • • volatilidade histórica ponderada de 22,4%, 22,2 % e 28,8%; rendimento esperado de dividendos de 3,5%, 3,5% e 3,5%; taxa de juros anual isenta de riscos de 6,55%, 8,5% e 8,3%; vida média total prevista de sete, oito e cinco anos. F-64 NOTA 27 – VALOR JUSTO DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS A SFAS 107, "Informações sobre o Valor Justo dos Instrumentos Financeiros", exige a divulgação de informações sobre o valor justo dos instrumentos financeiros, para os quais seja praticável a estimativa de tal valor, que devam ou não ser reconhecidos no balanço patrimonial. A SFAS 107 define instrumentos financeiros como caixa, evidência de participação em uma entidade ou uma obrigação ou direito contratual que devam ser liquidados com outro instrumento financeiro. Nos casos em que não estão disponíveis preços cotados em mercado, os valores justos são baseados em estimativas, com a utilização de fluxos de caixa descontados ou outras técnicas de avaliação. Essas técnicas são afetadas de forma significativa pelas premissas utilizadas, inclusive a taxa de desconto e a estimativa dos fluxos de caixa futuros. O valor justo estimado obtido por meio dessas técnicas não pode ser substanciado por comparação com mercados independentes e, em muitos casos, não pode ser realizado na liquidação imediata do instrumento. O SFAS 107 exclui determinados instrumentos financeiros e todos os instrumentos não financeiros, inclusive os intangíveis, de seus requisitos de divulgação de informações. Dessa forma, o montante agregado dos valores justos apresentados é apenas indicativo do valor justo dos instrumentos financeiros individuais e não deve ser considerado como uma indicação do valor justo do Banco. A tabela a seguir resume o valor contábil e o valor justo estimado dos instrumentos financeiros: Valor contábil 2007 Valor justo estimado 2006 2007 2006 Ativos financeiros Ativos cujo valor justo se aproxima do valor contábil 99.507 66.289 99.507 66.289 Aplicações em depósitos interfinanceiros 33.132 23.181 33.137 23.197 1.428 1.589 1.634 1.777 106.058 75.139 106.240 75.242 74.897 Títulos e valores mobiliários mantidos até o vencimento Operações de crédito e arrendamento mercantil, líquidas da provisão para créditos de liquidação duvidosa Passivos financeiros 116.714 74.897 116.714 Depósitos remunerados Passivos cujo valor justo se aproxima do valor contábil 48.440 38.926 48.444 38.940 Obrigações por empréstimos de longo prazo 28.556 18.021 28.503 17.941 252 266 16 13 Instrumentos financeiros não incluídos no balanço patrimonial Compromissos de concessão de crédito Cartas de crédito em aberto (standby) e garantias prestadas Os métodos e premissas utilizados para a estimativa do valor justo estão definidos abaixo: a) Caixa e contas correntes em bancos, inclusive caixa restrito, aplicações em operações compromissadas e depósitos compulsórios no Banco Central - O valor contábil apresentado para esses instrumentos no balanço patrimonial consolidado se aproxima de seu valor justo. b) Aplicações em depósitos interfinanceiros - Estimamos os valores justos das aplicações em depósitos interfinanceiros efetuando o desconto dos fluxos de caixa estimados adotando-se as taxas de juros do mercado. c) Ativos de negociação, inclusive derivativos, Títulos e Valores Mobiliários disponíveis para venda e Títulos e Valores Mobiliários mantidos até o vencimento – Sob condições normais, os preços cotados de mercado são os melhores indicadores dos valores justos dos instrumentos financeiros. Entretanto, nem todos os instrumentos possuem liquidez ou cotações e, nesses casos, faz-se necessário a adoção das estimativas de valor presente e outras técnicas para definição de preço. Os valores justos dos títulos públicos são apurados com base nas taxas de juros fornecidas por terceiros no mercado e validados comparando-se com as informações fornecidas pela ANDIMA. Os valores justos de títulos de dívida de empresas são calculados adotando-se critérios semelhantes aos das aplicações em depósitos interfinanceiros, conforme descrito acima. Os valores justos de ações são apurados com base em seus preços cotados de mercado. Os valores justos dos instrumentos derivativos foram apurados conforme segue: F-65 • Swaps: Seus fluxos de caixa são descontados a valor presente com base em curvas de rentabilidade que refletem os fatores apropriados de risco. Essas curvas de rentabilidade podem ser traçadas principalmente com base nos preços de troca de derivativos na BM&F, de títulos públicos brasileiros no mercado secundário ou de derivativos e títulos e valores mobiliários negociados no exterior. Essas curvas de rentabilidade podem ser utilizadas para obter o valor justo de swaps de moeda, swaps de taxa de juros e swaps com base em outros fatores de risco (commodities, índices de bolsas, etc.). • Futuros e Termo: cotações em bolsas ou utilizando-se critério idêntico ao utilizado nos swaps; • Opções: Seus valores justos são apurados com base em modelos matemáticos (como o da Black & Scholes) que são alimentados com dados de volatilidade implícita, curva de rentabilidade da taxa de juros e o valor justo do ativo subjacente. Os preços de mercado corrente das opções são utilizados para calcular as volatilidades implícitas. Todos esses dados são obtidos de diferentes fontes (geralmente a Bloomberg). • Crédito: Estão inversamente relacionados à probabilidade de inadimplência (PDD) em um instrumento financeiro sujeito a risco de crédito. O processo de reajuste a preço de mercado desses spreads se baseia nas diferenças entre as curvas de rentabilidade sem risco e as curvas de rentabilidade aprimoradas pelo crédito d) Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil - O valor justo é estimado por grupos de empréstimos com características financeiras e de risco similares utilizando modelos de valorização. O valor justo dos empréstimos de taxa fixa foi determinado pelo desconto dos fluxos de caixa estimados com a utilização de taxas de juros próximas as nossas taxas atuais para empréstimos similares. Para a maior parte dos empréstimos à taxa variável, o valor contábil foi considerado como próximo de seu valor justo. O valor justo das operações de crédito e arrendamento mercantil de curso normal foi calculado pelo desconto dos pagamentos previstos de principal e de juros até o vencimento, com as taxas indicadas acima. O valor justo das operações de crédito e arrendamento mercantil de curso anormal foi baseado no desconto dos fluxos de caixa previstos, com a utilização de uma taxa proporcional ao risco associado aos fluxos de caixa estimados, ou no valor da garantia subjacente. As premissas relacionadas aos fluxos de caixa e às taxas de desconto são determinadas com a utilização de informações disponíveis no mercado e de informações específicas do tomador. e) Depósitos não remunerados, captações no mercado aberto, obrigações por empréstimos de curto prazo e reservas de planos de previdência PGBL e VGBL - O valor justo dos depósitos à vista é, segundo definido pela SFAS 107, igual ao montante a pagar na data dos relatórios, que é igual ao valor contábil, bem como para as reservas de planos de previdência PGBL e VGBL. O valor contábil das captações no mercado aberto, linhas comerciais e outras obrigações por empréstimos de curto prazo aproxima-se do valor justo de tais instrumentos. f) Depósitos remunerados - O valor justo dos depósitos a prazo com taxa variável foi considerado como próximo de seu valor contábil. O valor justo dos depósitos a prazo com taxa fixa foi estimado com a utilização do cálculo do fluxo de caixa descontado, com a aplicação da taxa de juros que oferecemos na data do balanço patrimonial respectivo. g) Obrigações por empréstimos de longo prazo - Seus valores justos são estimados utilizando-se os fluxos de caixa descontados através de taxas de juros oferecidas no mercado por instrumentos semelhantes. Essas taxas de juros são obtidas de diferentes fontes (geralmente a Bloomberg) das quais são derivadas a curva de rentabilidade sem risco e o spread sem risco negociado por instrumentos semelhantes. h) Instrumentos financeiros não incluídos no balanço patrimonial - O valor justo dos compromissos para a concessão de crédito foi estimado com base nas taxas atualmente cobradas para firmar contratos similares, levando em consideração o prazo remanescente dos contratos e a qualidade de crédito das contrapartes. O valor justo das cartas de crédito em aberto ("standby") e comerciais e garantias foi baseado nas comissões atualmente cobradas em contratos similares ou no custo estimado para encerrar os contratos, ou de qualquer outra forma liquidar as obrigações com as contrapartes. O valor justo dos derivativos está incluído em ativos de negociação ou em outros passivos, conforme descrito na Nota 2.f e apresentado nas Notas 6 e 18. Consulte a Nota 28 para o valor referencial e o valor justo estimado de nossos instrumentos financeiros derivativos. F-66 NOTA 28 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO a) Derivativos Negociamos instrumentos financeiros derivativos com diversas contrapartes para administrar nossas exposições globais e para auxiliar nossos clientes a administrar suas próprias exposições. Contratos futuros de taxa de juros e de moedas estrangeiras são compromissos para comprar ou vender um instrumento financeiro em uma data futura, a um preço ou rendimento contratado, e podem ser liquidados em dinheiro ou por entrega. O valor nominal representa o valor de face do instrumento relacionado. Contratos futuros de mercadorias ou Títulos, são compromissos para comprar ou vender (principalmente ouro, café e suco de laranja, no caso das mercadorias) em uma data futura, por um preço contratado, que são liquidados em dinheiro.O valor referencial representa a quantidade dessas mercadorias multiplicada pelo preço futuro na data do contrato. Para todos os instrumentos são efetuadas liquidações diárias dos movimentos de preços. Contratos a termo de juros são contratos para efetuar troca de pagamentos em uma data futura especificada, com base na flutuação em mercado da taxa de juros entre a data da negociação e a data da liquidação do contrato. Contratos a termo de câmbio representam contratos para a troca da moeda de um país pela de um outro, por um preço contratado em uma data de liquidação futura acordada. Contratos a Termo de Títulos são compromissos para comprar ou vender um instrumento financeiro em uma data futura, a um preço contratado e são liquidados em dinheiro. Contratos de swaps de taxa de juros e de câmbio são compromissos para liquidar em dinheiro em uma data ou datas futuras, o diferencial entre dois índices financeiros especificados (duas taxas de juros diferentes em uma única moeda ou duas taxas diferentes, cada uma delas em uma moeda diferente) aplicado sobre um valor referencial de principal. Os contratos de swap apresentados na tabela abaixo em Outros correspondem, principalmente, a contratos de swaps de índices de inflação. Contratos de opção dão ao comprador, mediante o pagamento de um prêmio, o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender, dentro de um prazo limitado, um instrumento financeiro, inclusive um fluxo de juros, moedas estrangeiras, mercadorias ou Títulos, a um preço contratado que também pode ser liquidado em dinheiro, com base no diferencial entre índices específicos. O risco de mercado e de crédito associado a esses produtos, bem como os riscos operacionais, são similares aos relacionados a outros tipos de instrumentos financeiros. Risco de mercado é a exposição criada pela potencial flutuação nas taxas de juros, taxas de câmbio, cotação de mercadorias, preços cotados em mercado de Títulos ou outros valores, e é função do tipo de produto, do volume de operações, do prazo e condições do contrato e da volatilidade subjacente. Risco de crédito é a exposição a prejuízos no caso de uma contraparte não cumprir a sua parte na operação. A exposição ao risco de crédito nos contratos futuros é minimizada devido à liquidação diária em dinheiro. Os contratos de swaps nos expõem ao risco de crédito no caso da contraparte não ter a capacidade ou disposição para cumprir suas obrigações contratuais. Nossa exposição total de crédito em swaps é de R$ 1.117 e R$ 1.407 em 31 de dezembro de 2007 e 2006, respectivamente. Estamos expostos ao risco de crédito na extensão dos prêmios pagos em opções adquiridas. A exposição ao risco de crédito associado à aquisição de opções totalizou R$ 261 e R$ 255 em 31 de dezembro de 2007 e 2006, respectivamente. O reconhecimento no resultado dos ganhos não realizados nessas operações depende da avaliação da administração em relação à possibilidade de seu recebimento. F-67 A tabela a seguir resume o valor referencial dos instrumentos financeiros derivativos, bem como os montantes relacionados registrados nas contas do balanço patrimonial. Valores referenciais 2007 Valor contábil Ativo (Passivo) 2006 2007 2006 Produtos de taxa de juros Contratos futuros Compromissos de compra Compromissos de venda Contratos de "swaps" Opções Compras Vendas Contratos a termo Compromissos de compra Compromissos de venda 21.433 54.476 (409) 37 30.045 127.315 340 (41) 40.266 82.400 839 859 54.543 152.002 203 194 53.582 58.088 (256) (158) 3.522 907 1.023 1.318 9 3 (46) (9) Produtos cambiais Contratos futuros Compromissos de compra Compromissos de venda Contratos de "swaps" Opções Compras Vendas Contratos a termo Compromissos de compra Compromissos de venda 19.287 2.580 3 (1) 28.164 4.428 (16) 11 12.881 36.553 (910) (204) 5.163 9.546 41 25 14.287 6.920 (154) (35) 14.183 3.524 13.192 6.002 583 (1.241) 566 (800) Commodities Contratos futuros Compromissos de compra Compromissos de venda 11 42 - 110 83 - - 3 52 - 13 Contratos de "swaps" Opções Compras Vendas - 68 12 2 - 70 1 (3) - - 4 - - - 4 - - Contratos a termo Compromissos de compra Compromissos de Venda Títulos Contratos futuros Compras Vendas Opções Compras Vendas Contratos a termo Compromissos de compra Compromissos de venda 560 - - - 2.379 - - - 2.392 606 1.676 1.716 14 29 (37) (80) 59 - 26 - 116 - 956 464 Outros (1) Contratos futuros Compromissos de compra 849 116 - 1.148 (1) - 1.624 1.136 10 (6) Compromissos de venda Contratos de "swaps" Opções Compras Vendas Contratos a termo Compromissos de compra Compromissos de venda - 799 1 (1) - 7 4 1.691 (1) (4) 11 70 - 1 (8) - (1) Principalmente índices de inflação. Os ajustes a receber e a pagar estão incluídos em "Ativos de Negociação" e "Outros Passivos", respectivamente. F-68 b) Instrumentos financeiros relacionados a crédito O Itaú Holding utiliza instrumentos financeiros relacionados a crédito para atender as necessidades financeiras de seus clientes. O Itaú Holding emite compromissos de concessão de crédito, cartas de crédito em aberto ("standby") e outras cartas de crédito e garantias. Nos instrumentos financeiros relacionados a crédito, o montante contratual do instrumento financeiro representa o potencial máximo de risco de crédito no caso da contraparte não cumprir os termos do contrato. A grande maioria desses compromissos vence sem que sejam sacados. Como resultado, o montante contratual total não é representativo de nossa efetiva exposição futura a riscos de crédito ou necessidades de liquidez oriundas desses compromissos. A tabela a seguir resume os montantes dos instrumentos financeiros relacionados a crédito não incluídos no balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2007 e de 2006. 2007 2006 Compromissos de concessão de crédito 70.830 Cartas de crédito em aberto ("standby") Garantias 412 141 12.102 9.556 53.806 Compromissos para concessão de crédito são contratos válidos por um período específico de tempo para concessão de empréstimo a um cliente que tenha atendido condições pré-contratuais. Segundo os termos desses compromissos (que estão principalmente relacionados a cartão de crédito e aumento de limite), podemos cancelar a linha de crédito concedida a qualquer tempo a nosso critério. As cartas de crédito em garantia e garantias são compromissos condicionais emitidos pelo Itaú Holding geralmente para garantir o adimplemento de um cliente perante um terceiro em acordos de empréstimo. c) Garantias Financeiras A seguir é apresentado um resumo dos instrumentos que, segundo a FIN nº 45, são considerados como garantias financeiras: 2007 Valor contratual Cartas de crédito em aberto (‘standby’) (a) 412 2006 Valor contábil Valor contratual - 141 Valor contábil - Garantias (a) 12.102 16 9.556 13 a) Cartas de crédito em aberto ('standby') e garantias são compromissos condicionais de empréstimo emitidos por nós para garantir o desempenho de um cliente perante um terceiro. O Itaú Holding geralmente tem direito de regresso contra o cliente para recuperar quaisquer valores pagos segundo essas garantias. Além disso, o Itaú Holding pode reter recursos em dinheiro ou outras garantias de liquidez elevada para garantir esses compromissos. O valor contábil inclui valores diferidos e reconhecidos nos resultados ao longo da duração do contrato e montantes apropriados referentes a perdas inerentes, de acordo com a SFAS 5, "Contabilização de contingências". Em conexão com a emissão de títulos e valores mobiliários para investidores, o Itaú Holding pode firmar contratos com terceiros que podem exigir que ele efetue um pagamento na eventualidade de alteração na legislação tributária ou de sua interpretação desfavorável. Quando vende uma empresa ou ativos para terceiros, o Itaú Holding pode assumir também cláusulas de indenização pelas quais se compromete a indenizar estes terceiros pelas perdas em que eles possam incorrer devido a ações empreendidas pelo Itaú Holding anteriormente à venda. É difícil estimar a exposição máxima nesses acordos de isenção de responsabilidades, porque isso exigiria uma avaliação de alterações futuras na legislação tributária e de reclamações futuras que possam vir a ser apresentadas contra o Itaú Holding e que ainda não se concretizaram. No curso normal de seus negócios, o Itaú Holding firma contratos que contêm cláusulas de indenização. Estas cláusulas determinam que o Itaú Holding efetue pagamentos para a outra parte na eventualidade da ocorrência de determinados eventos. Muitas dessas cláusulas determinam que o Itaú Holding indenize as outras partes por prejuízos caso deixe de cumprir com suas próprias obrigações contratuais. Essas garantias de desempenho não estão sujeitas à divulgação. F-69 NOTA 29 – COMPROMISSOS E PASSIVOS CONTINGENTES a) Recursos administrados O Itaú Holding oferece, gerencia e administra uma ampla variedade de fundos de investimento e presta serviços de administração de carteiras para fundos de pensões, empresas, clientes da área bancária e investidores estrangeiros. Esses recursos não estão incluídos em nosso balanço patrimonial consolidado. A política de investimentos para cada fundo domiciliado no Brasil deve ser submetida à aprovação do Banco Central e da CVM e cada fundo é regulamentado quanto ao tipo de investimentos que podem ser feitos. O total de recursos administrados era de R$ 201.373 e R$ 179.330 em 31 de dezembro de 2007 e 2006, respectivamente. A administração de carteiras realizada pelo Itaú Holding por conta de planos de pensão, empresas, clientes do segmento bancário e investidores estrangeiros é efetuada com base em tarifas negociadas e parâmetros de investimento. As tarifas são cobradas em geral como uma porcentagem dos recursos administrados e variam de acordo com a composição dívida/capital da carteira específica. Além das tarifas auferidas pelo Itaú Holding como administrador do respectivo fundo de investimento ou da respectiva carteira, nós auferimos comissões de corretagem em operações realizadas com os recursos dos fundos e das carteiras. b) Litígios O Itaú Holding e suas subsidiárias, na execução de suas atividades normais, encontram-se envolvidos em contingências conforme segue: a) Ativos Contingentes: não existe nenhum ativo contingente contabilizado. b) Passivos Contingentes: são quantificados e classificados conforme segue: - Critérios de quantificação: Ações Cíveis: quantificadas quando da notificação judicial e revisadas mensalmente: • Massificados (processos relativos a causas consideradas semelhantes e usuais e cujo valor não seja considerado relevante): segundo parâmetro estatístico por grupo de ação, tipo de orgão legal (Juizado Especial Cível ou Justiça Comum) e reclamante; ou • Individualizados (processos relativos a causas consideradas não usuais ou cujo valor seja considerado relevante): pelo valor indenizatório pretendido, nas provas apresentadas e na avaliação de assessores legais que considera jurisprudência, subsídios fáticos levantados, provas produzidas nos autos e as decisões judiciais que vierem a ser proferidas na ação – quanto ao grau de risco de perda da ação judicial. Ajustadas ao valor do depósito em garantia de execução quando este é exigido ou ao valor da execução definitiva (valor incontestável) quando em fase de trânsito em julgado. Ações Trabalhistas: quantificadas quando da notificação judicial e revisadas mensalmente ao valor da média móvel dos pagamentos de processos encerrados nos últimos 12 meses, acrescida do custo médio de honorários pagos, para processos relativos a causas consideradas semelhantes e usuais e ajustadas ao valor da execução definitiva (valor incontestável) quando em fase de trânsito em julgado. Ações Fiscais e Previdenciárias: quantificadas quando do recebimento da notificação dos processos administrativos, com base nos valores destes, atualizados mensalmente. - Contingências classificadas como prováveis: são reconhecidas contabilmente e estão representadas por: Ações Cíveis pleiteando indenização por danos materiais e morais tais como protestos de títulos, devolução de cheques e inclusão de informações no cadastro de restrições ao crédito, sendo em sua maior parte do Juizado Especial Cível e, portanto limitadas a 40 salários mínimos; Ações Trabalhistas que buscam a recuperação de pretensos direitos trabalhistas, relativos à legislação trabalhista específica da categoria profissional tais como horas extras, equiparação salarial, reintegração, adicional de transferência, complemento de aposentadoria e outros; Fiscais e Previdenciárias representadas principalmente por processos judiciais e administrativos de tributos federais e municipais. F-70 Abaixo demonstramos a movimentação da provisão para passivos contingentes e o saldo dos depósitos em garantia de recursos: 2007 2006 2.763 Saldo Inicial (Nota 18) - Combinações de Negócios (-) Contingências Garantidas por Cláusula de Indenização (Nota 2u) (578) 1.807 197 - Subtotal 2.185 2.004 Movimentação do Período Refletida no Resultado (Nota 24b) 1.432 704 Atualização Constituição Baixas por Reversão 166 163 1.483 1.203 (217) (689) Baixas por Pagamento 2.928 Subtotal (662) (523) 2.185 618 578 Saldo Final (Nota 18) 3.546 2.763 Depósitos em Garantia de Recursos (Nota 14) 1.615 1.378 (+) Contingências Garantidas por Cláusula de Indenização (Nota 2u) - Contingências classificadas como possíveis: não são reconhecidas contabilmente e estão representadas por Processos Cíveis no montante de R$ 181 e Fiscais e Previdenciários no montante de R$ 1.212, sendo as principais naturezas descritas conforme abaixo: • CPMF em Operações de Clientes – R$ 427: Autos de infração lavrados para cobrança de crédito tributário relativo à CPMF sobre operações efetuadas com clientes. Aguardando julgamento no Conselho de Contribuintes e na Câmara Superior de Recursos Fiscais. • CPMF – Transferência de Títulos – R$ 146: Auto de Infração lavrado para cobrança de crédito tributário relativo à CPMF sobre pagamento de obrigações com transferência de títulos. Aguardando julgamento no Conselho de Contribuintes. • ISS – Instituições Bancárias – R$ 129: Autos de infração lavrados por Municípios para cobrança de ISS sobre valores registrados em diversas contas contábeis, ao fundamento de se tratar de receitas de prestação de serviços. Aguardando decisão final administrativa ou execução fiscal. Em garantia de recursos voluntários relativos a processos de passivos contingentes estão vinculados Títulos e Valores Mobiliários de R$ 1.126; está depositado o montante de R$ 1.117 (R$ 516 em 31/12/2006) (Nota 14); e estão arrolados bens do Ativo Permanente no valor de R$ 976 (R$ 959 em 31/12/2006) de acordo com o artigo 32 da Lei 10.522/02. Em 10/04/2007, por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1976, o Supremo Tribunal Federal declarou ser inconstitucional a exigência de arrolamento para a apreciação de recurso voluntário. O pedido de desarrolamento desses bens está sendo providenciado junto à Secretaria da Receita Federal. O saldo de Valores a Receber relativo a reembolso de contingências totaliza R$ 814 (R$ 651 em 31/12/2006) (Nota 14), representado basicamente pela garantia estabelecida em processo de privatização do Banerj, ocorrida em 1997, onde o Estado do Rio de Janeiro constituiu um fundo para garantir a recomposição patrimonial em Contingências Cíveis, Trabalhistas e Fiscais. F-71 • Impostos pagos e contestados judicialmente: Existem processos integralmente provisionados relativos a impostos em que estamos contestando judicialmente a posição do governo federal, estadual ou municipal com base em sua ilegalidade ou inconstitucionalidade. Abaixo demonstramos a movimentação dessa provisão e os respectivos depósitos em garantia: Movimentação da Provisão 2007 Saldo inicial (Nota 18) 2006 3.763 Combinação de Negócios - Movimentação do Período Refletida no Resultado Encargos sobre Tributos 195 1.588 Constituição Líquida 2.334 1.242 309 616 1.288 714 Baixas por Reversão (9) Baixas por Pagamento (4) (9) 5.347 3.009 3.763 2.358 Saldo final (Nota 18) Depósitos em garantia (Nota 14) (88) As principais naturezas são descritas a seguir: • PIS e COFINS X Lei 9.718/98 – R$ 2.165 – Assegurar o direito ao recolhimento das contribuições ao PIS e à COFINS sobre o faturamento, afastando-se a aplicação do artigo 3º, § 1º da Lei nº 9.718/98, que promoveu o indevido alargamento da base de cálculo das referidas contribuições. O saldo do depósito em garantia correspondente totaliza R$ 480. • CPMF – Empresas de arrendamento mercantil – R$ 616 – Pretende-se aplicar o tratamento dado às instituições financeiras às empresas de arrendamento mercantil quanto à alíquota zero da CPMF (art. 8º, inciso III da Lei nº 9.311/96). O saldo do depósito em garantia correspondente totaliza R$ 517. • INSS X LC 84/96 e Adicional 2,5% – R$ 219 – Pretende-se afastar a incidência da contribuição previdenciária à alíquota de 15%, bem como o adicional à alíquota de 2,5%, sobre as remunerações pagas aos prestadores de serviços autônomos e administradores, instituída pela Lei Complementar nº 84/96, face à sua inconstitucionalidade, tendo em vista que referida contribuição possui os mesmos fato gerador e base de cálculo do imposto de renda, em afronta aos artigos 153,III, 154, I, 156, III e 195, § 4º da Constituição Federal. O saldo do depósito em garantia correspondente totaliza R$ 170. • PIS X EC 10/96 (Janeiro/1996 a Junho/1996) e EC 17/97 (Julho/1997 a Fevereiro/1998) – R$ 355– Pretende-se afastar a incidência do PIS, em face da aplicação dos princípios da anterioridade nonagesimal e da irretroatividade das Emendas Constitucionais 10/96 e 17/97 e da inexistência de legislação aplicável neste interregno. Sucessivamente, objetiva-se o recolhimento do PIS no período mencionado com base na LC 7/70. O saldo do depósito em garantia correspondente totaliza R$ 38. O Itaú Holding com base na opinião de seus assessores legais, não está envolvido em quaisquer outros processos administrativos ou judiciais, que possam afetar significativamente estas posições consolidadas. c) Outros Compromissos O Itaú Holding aluga diversos imóveis para uso em suas operações, segundo contratos de locação imobiliária padrão, que normalmente podem ser rescindidos a seu critério e incluem opções de renovação e cláusulas de reajuste. Nenhum contrato de locação impõe qualquer restrição à nossa capacidade para pagar dividendos, participar de operações de financiamento de dívidas ou de capital, ou celebrar outros contratos de locação. Os pagamentos mínimos com serviços prestados por terceiros e com aluguéis segundo contratos de arrendamento operacional e de capital, com prazos de aluguéis iniciais e remanescentes não passíveis de cancelamento superiores a um ano em 31 de dezembro de 2007 eram os seguintes: 2008 770 2009 671 2010 599 2011 534 2012 437 A partir de 2013 Total de pagamentos mínimos exigidos 527 3.538 O total de despesas de aluguel foi R$ 343, R$ 297 e R$ 256 nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2007, 2006 e 2005. F-72 NOTA 30 – ASPECTOS REGULAMENTARES O Itaú Holding está sujeito à regulamentação do Banco Central que emite diretivas e instruções sobre políticas monetárias e de crédito para instituições financeiras que operam no Brasil. O Banco Central também determina exigências de capital mínimo, limites para ativos fixos, limites de empréstimos, práticas contábeis e exigências de depósitos compulsórios, exigindo que os bancos cumpram a regulamentação baseada no Acordo de Basiléia sobre adequação de capital. Além disso, a SUSEP emite regulamentações que afetam nossas operações de seguros, planos de previdência privada e de capitalização. O Acordo de Basiléia exige que os bancos apresentem uma relação entre capital e os ativos ponderados por risco de no mínimo 8%. Pelo menos metade do capital total deve consistir de Capital de Nível I. O Capital de Nível I, ou essencial, inclui o capital social menos alguns intangíveis. O Capital de Nível II inclui, sujeito a certas limitações, reservas para reavaliação de ativos, provisões gerais para créditos de liquidação duvidosa e dívida subordinada, e está limitado ao valor do Capital de Nível I. Entretanto, as regulamentações bancárias brasileiras: (a) exigem uma porcentagem de capital mínimo de 11%, (b) não permitem que provisões gerais para créditos de liquidação duvidosa sejam consideradas como Capital, (c) especificam categorias diferentes de risco ponderado, (d) impõem as seguintes deduções do Capital de Nível I: (i) do ativo permanente diferido, deduzidos os ágios pagos na aquisição de investimentos, (ii) do saldo dos ganhos e perdas não realizados decorrentes do ajuste a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários classificados na categoria “títulos disponíveis para venda” e dos instrumentos financeiros derivativos utilizados para hedge de fluxo de caixa, que são considerados Capital de Nível II, e (iii) de certos créditos tributários cuja realização esperada é posterior a cinco anos a partir da data da avaliação, sendo que a exclusão será gradual, isto é, de 20% em janeiro de 2004 até 100% em janeiro de 2008, e (e) determinam também as seguintes deduções do Capital: (i) das aplicações em instrumentos financeiros que integrem o Capital Regulamentar de outras instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central, (ii) do valor correspondente à dependência ou a participação em instituição financeira no exterior em relação à quais o Banco Central não tenha acesso a informações, dados e documentos suficientes para fins de supervisão consolidada, e (iii) do eventual excedente em ativos fixos sobre os limites impostos pelo Banco Central. A partir de janeiro de 2008, o total dos créditos tributários, excluindo-se algumas modalidades e o montante já deduzido do Capital Regulamentar, não poderá representar mais de 40% do Capital de Nível I. O excesso também deverá ser excluído do Capital de Nível I. De acordo com as normas do Banco Central, os bancos podiam calcular o cumprimento da exigência mínima em uma base não consolidada ou com base na consolidação de todas as subsidiárias financeiras (considerando somente as instituições regulamentadas pelo Banco Central, inclusive agências e investimentos no exterior). Posteriormente, os bancos brasileiros também passaram a ser obrigados a calcular o cumprimento dessa exigência mínima com base na consolidação completa (considerando todas as empresas de propriedade do Itaú Holding, independente de elas serem ou não regulamentadas pelo Banco Central). Atualmente apuramos a adequação do capital tanto com base na consolidação das subsidiárias financeiras (parcial), quanto com base na consolidação total. O quadro a seguir apresenta, em 31 de dezembro de 2007 e 2006, o capital mínimo exigido de acordo com normas do Banco Central, o capital regulamentar para fins do cálculo do capital para ativos ponderados pelo risco, do índice capital/ativos ponderados pelo risco, e o excedente do nosso capital regulamentar em comparação ao mínimo exigido, tanto com base na consolidação das instituições financeiras quanto com base na consolidação total. Instituições financeiras (consolidação parcial) 2007 2006 Consolidação integral 2007 2006 Capital regulamentar Nível 1 29.455 28.127 29.611 28.182 Nível 2 7.720 2.537 7.721 2.538 Outras deduções determinadas pelo Banco Central do Brasil (237) Total Capital regulamentar mínimo exigido Índice capital/ativos ponderados por risco - % Excedente do capital regulamentar sobre o capital regulamentar mínimo exigido F-73 (242) (237) (242) 36.938 30.422 37.095 30.478 21.685 18.446 22.850 19.446 18,7 18,1 17,9 17,2 15.253 11.976 14.245 11.032 O Banco Central também limita o valor de investimentos em sociedades não consolidadas, imobilizado e ativos intangíveis mantidos pelo Itaú Holding em 50% do capital regulamentar ajustado, tanto com base na consolidação das instituições financeiras quanto com base na consolidação total. Em 31 de dezembro de 2007 e 2006, nosso índice e o excedente de capital com relação ao índice de imobilização máximo eram os seguintes: Instituições Financeiras (consolidação parcial) 2007 Índice de imobilização - % Capital excedente em relação ao índice de imobilização 23,8 9.674 F-74 2006 42,2 2.392 Consolidação Integral 2007 13,8 13.408 2006 35,1 4.565 NOTA 31 – INFORMAÇÕES POR SEGMENTO Desde 2005, em função de nossas novas iniciativas estratégicas e dos investimentos direcionados ao desenvolvimento de canais destinados a clientes não correntistas, realizamos uma nova alteração na nossa estrutura organizacional. Assim, foi criada a unidade de negócios Itaucred, que engloba os seguintes segmentos: Taií (crédito direto ao consumidor e crédito consignado), as operações de financiamento de Veículos e as operações de Cartões de Crédito de clientes não-correntistas. Durante 2005, também introduzimos mudanças na base de mensuração dos resultados dos nossos segmentos, conforme descrito no item Base de Apresentação das Informações por Segmento, apresentado adiante. Nossos segmentos atuais são os abaixo: Banco Itaú - Banking Nosso segmento Banking atende pessoas físicas, bem como micro, pequenas e médias empresas. Nesse segmento, oferecemos uma ampla variedade de produtos e serviços por intermédio de diversos canais de distribuição, incluindo estruturas operacionais especializadas que operam em todas as empresas. As operações deste segmento são, em sua maior parte, efetuadas no Brasil e correspondem à principal fonte de resultado do Itaú Holding. Banco Itaú - Seguros, Previdência e Capitalização Oferecemos produtos e serviços de Seguros, Previdência e Capitalização por meio de empresas especializadas, tais como a Itauseg e demais subsidiárias consolidadas, as quais são administradas de forma integrada pela Itauseg. Nossos produtos e serviços estão voltados para o setor de seguros de automóveis, vida, bens e acidentes. Além disso, oferecemos também planos de previdência privada, bem como planos de capitalização, um instrumento de investimento popular no Brasil, segundo o qual o cliente que deposita um valor fixo em dinheiro participa de sorteios periódicos de prêmios em dinheiro e tem o direito de resgatar o valor investido acrescido dos encargos financeiros no vencimento. Os serviços de Previdência e Capitalização são prestados basicamente pelas empresas Itaú Vida e Cia Itaú de Capitalização, respectivamente. Com o investimento realizado em 2007 nas empresas Previtec e SFR, passamos a prestar serviços de gestão para entidades de previdência privada, incluindo desenvolvimento, manutenção, controle e processamento de sistemas gerenciais contábeis. Banco Itaú - Cartões de Crédito (Correntistas) Em função das características específicas dos cartões de crédito, administramos esse negócio como um segmento específico. Prestamos serviços tradicionais de cartões de crédito aos nossos clientes por intermédio de nossa subsidiária consolidada Banco Itaucard S.A.. F-75 Banco Itaú – Gestão de Fundos e Carteiras Administradas Consideramos os seguintes serviços e produtos como parte de nosso segmento de administração de ativos: administração de fundos, administração de carteiras, serviços de corretagem e serviços de custódia. Os serviços são prestados pelo segmento Banking e por algumas empresas especializadas, principalmente a Itaú Corretora de Valores S.A.. Banco Itaú BBA Nosso segmento Itaú BBA é responsável pelo atendimento a clientes corporativos e administra grande parte da carteira de empréstimos do Itaú Holding. O Itaú BBA conta com uma estrutura altamente especializada voltada ao atendimento das complexas necessidades das grandes empresas. Esse segmento também presta serviços fora do Brasil, sendo a maior parte limitada ao atendimento de necessidades específicas de nossos clientes brasileiros com operações no exterior. Itaucred Nossa área de negócios Itaucred é responsável pelo atendimento de clientes não-correntistas que realizam operações de crédito ao consumidor. Fundamentalmente, a unidade de negócios é composta por três segmentos: Taií (que agrega operações de crédito direto ao consumidor e de crédito consignado), as operações de financiamento de Veículos e as operações de Cartões de Crédito. A criação deste segmento está vinculada aos investimentos e às iniciativas estratégicas empreendidas por nós, representadas pela criação da Taií, a parceria com a CBD e com a LASA, os investimentos realizados no Banco Fiat e na Intercap, o aumento de participação no Banco Credicard S.A. e as operações de crédito em consignação, entre outros. F-76 2007 Banco Itaú • Operações Bancárias • Tesouraria • Administração do Risco Cambial dos Investimentos no Exterior - líquido de efeitos fiscais Margem Financeira Gerencial Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa Resultado com Operações de Seguros, Previdência e Capitalização, líquido Receitas de prestação de serviços Despesas não Decorrentes de Juros (**) Resultado de participação em empresas não consolidadas e ganho líquido na conversão de subsidiárias no exterior Ganhos (perdas) de negociação Lucro (prejuízo) líquido na venda de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda Ganho líquido em operações de câmbio Despesas tributárias de ISS, PIS e COFINS Outras Receitas Operacionais e Resultado não Operacional Lucro antes da tributação sobre o lucro e participações minoritárias Imposto de renda e contribuição social Participação no lucro Participações minoritárias Resultado Extraordinário Lucro líquido Ativos identificáveis (***) Itaú BBA Itaucred Corporação Segmentos consolidados nas bases relatórios gerenciais (*) Ajustes e reclassificações Consolidado US GAAP 11.285 837 1.286 350 4.905 - 675 - 18.152 1.188 (18.152) (1.188) - 713 12.836 (3.191) 1.148 7.900 (10.664) 303 1.940 47 670 (845) 4.905 (1.963) 71 1.681 (2.344) 675 (78) (141) 1.016 20.356 (5.108) 1.219 10.173 (13.994) (1.016) 820 (427) (228) (2.423) (4.328) 21.176 (5.535) 991 7.750 (18.322) - 5 - - 266 - 272 - (876) 1.876 (604) 1.876 (1.245) 336 7.120 (2.156) (581) 4.383 242.545 (160) (5) 1.652 (391) (123) 1.138 108.652 (421) 58 1.987 (667) (33) 1.287 40.584 (145) 131 711 (155) (6) (178) 372 12.519 (1.971) 521 11.469 (3.368) (744) (178) 7.179 294.876 (136) 83 1.971 3.763 94 (739) 744 180 29 308 (25.346) (136) 83 4.284 11.563 (4.107) 2 29 7.487 269.530 (*) O resultado por segmento, divulgado para fins gerenciais, exclui os seguintes eventos não-recorrentes no lucro líquido apurado de acordo com as práticas adotadas no Brasil: (i) alienação de parte de nossa participação acionária na Serasa, Redecard, Bovespa e BM&F (R$ 2.763 milhões); (ii) a constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa excedente ao mínimo requerido pelo BACEN (R$ 400 milhões); (iii) ajustes previstos no contrato de aquisição do Itaú BBA e realizados com os seus antigos controladores (R$ 124 milhões); (iv) ganhos obtidos na venda da antiga sede do BankBoston (R$ 114 milhões); (v) a constituição de provisão para perdas decorrentes de planos econômicos que vigoraram durante a década de 80 (R$ 312 milhões); e (vi) a despesa de amortização integral dos ágios pagos nas aquisições do BankBoston International e BankBoston Trust Company Limited - pelas subsidiárias Banco Itaú Europa e Banco Itaú Europa Luxemburgo - de ações do Banco BPI e de ações da empresa Delle Holding (R$ 86 milhões).” (**) Inclui Despesas de Pessoal, Despesas Administrativas, Depreciação do Imobilizado, Amortização de Ativos Intangíveis e Outras Despesas Não-Financeiras, exceto Impostos sobre Serviços (ISS) e certos Impostos sobre a Renda (PIS e Cofins). (***) O saldo dos ativos identificáveis corresponde ao saldo total dos ativos do segmento (Circulante, Realizável a Longo Prazo e Permanente). O Consolidado dos Segmentos não representa a soma das partes porque existem operações entre as empresas que foram eliminadas apenas no consolidado. F-77 2007 Banco Itaú Cartões de Crédito Correntistas Banking Seguros, Capitalização e Previdência Gestão de Fundos e Carteiras Administradas Total 9.569 1.203 513 - 837 - - - 837 713 - - - 713 Margem Financeira 11.120 1.203 513 - 12.836 Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa (2.824) (367) - - (3.191) 59 43 1.046 - 1.148 3.858 1.585 303 2.154 7.900 • Operações Bancárias • Tesouraria • Administração do Risco Cambial dos Investimentos no Exterior - líquido de efeitos fiscais Resultado com Operações de Seguros, Previdência e Capitalização, líquido Receitas de prestação de serviços Transferência para Banking – serviços prestados na captação de recursos para fundos nas agências Despesas não Decorrentes de Juros Despesas tributárias de ISS, PIS e COFINS Outras Receitas Operacionais e Resultado não Operacional Lucro antes da tributação sobre o lucro e participações minoritárias Imposto de renda e contribuição social Participação no lucro Lucro líquido Ativos identificáveis F-78 11.285 835 - - (835) - (7.926) (1.398) (677) (664) (10.664) (824) (187) (111) (123) (1.245) 243 61 33 - 336 4.540 940 1.107 533 7.120 (1.263) (315) (373) (205) (2.156) (407) (35) (15) (124) (581) 2.870 205.892 590 9.109 719 27.543 204 205.892 4.383 242.545 2007 Itaucred • Operações Bancárias Margem Financeira Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa Financiamento de Veículos Cartões de Crédito Não Correntistas 2.731 1.296 878 2.731 1.296 878 4.905 (457) (1.963) (938) Resultado com Operações de Seguros, Previdência e Capitalização, líquido (568) Taií Total 4.905 9 57 4 71 869 598 214 1.681 Despesas não Decorrentes de Juros (832) (852) (659) (2.344) Despesas tributárias de ISS, PIS e COFINS (237) (95) (90) (421) 30 15 14 1.632 451 (96) (549) (152) 34 (22) (4) Receitas de prestação de serviços Outras Receitas Operacionais e Resultado não Operacional Lucro antes da tributação sobre o lucro e participações minoritárias Imposto de renda e contribuição social Participação no lucro Lucro líquido Ativos identificáveis F-79 1.060 295 32.336 4.115 (7) (68) 4.132 58 1.987 (667) (33) 1.287 40.584 2006 Banco Itaú • Operações Bancárias • Tesouraria • Administração do Risco Cambial dos Investimentos no Exterior - líquido de efeitos fiscais Margem Financeira Gerencial Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa Resultado com Operações de Seguros, Previdência e Capitalização, líquido Receitas de prestação de serviços Despesas não Decorrentes de Juros (**) Resultado de participação em empresas não consolidadas e ganho líquido na conversão de subsidiárias no exterior Ganhos (perdas) de negociação Lucro (prejuízo) líquido na venda de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda Ganho líquido em operações de câmbio Despesas tributárias de ISS, PIS e COFINS Outras Receitas Operacionais e Resultado não Operacional Lucro antes da tributação sobre o lucro e participações minoritárias Imposto de renda e contribuição social Participação no lucro Participações minoritárias Lucro líquido Ativos identificáveis (***) Itaú BBA Itaucred Corporação Segmentos consolidados nas bases relatórios gerenciais (*) Ajustes e reclassificações Consolidado US GAAP 10.273 360 1.228 696 3.440 - 413 - 15.354 1.056 (15.354) (1.056) - 389 11.022 (3.850) 1.126 7.271 (9.249) 159 2.083 79 1 529 (774) 3.440 (1.508) 1.305 (2.095) 413 (23) (6) (235) 548 16.958 (5.302) 1.127 9.099 (12.353) (548) (35) 154 (311) (2.362) (2.939) 16.923 (5.148) 816 6.737 (15.292) - - - 183 - 183 - 175 2.132 358 2.132 (1.239) 344 5.425 (1.261) (510) 3.654 159.178 (131) 112 1.899 (426) (137) 1.336 61.869 (322) 76 896 (232) (17) 647 25.844 (92) 93 333 315 (6) (85) 557 6.253 (1.784) 625 8.553 (1.604) (670) (85) 6.194 209.691 281 (139) 1.784 970 (290) (786) 670 108 (298) (16.950) 281 (139) 1.595 8.263 (2.390) 23 5.896 192.741 (*) O resultado por segmento divulgado para fins gerenciais exclui eventos não-recorrentes associados à aquisição do BankBoston, num total de R$ 2.171 milhões, os quais são reconhecidos em nossa demonstração do resultado estatutária. (**) Inclui Despesas de Pessoal, Despesas Administrativas, Depreciação do Imobilizado, Amortização de Ativos Intangíveis e Outras Despesas Não-Financeiras, exceto Impostos sobre Serviços (ISS) e certos Impostos sobre a Renda (PIS e Cofins). (***) O saldo dos ativos identificáveis corresponde ao saldo total dos ativos do segmento (Circulante, Realizável a Longo Prazo e Permanente). O Consolidado dos Segmentos não representa a soma das partes porque existem operações entre as empresas que foram eliminadas apenas no consolidado. F-80 2006 Banco Itaú Cartões de Crédito Correntistas Banking • Operações Bancárias • Tesouraria • Administração do Risco Cambial dos Investimentos no Exterior - líquido de efeitos fiscais Margem Financeira Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa Resultado com Operações de Seguros, Previdência e Capitalização, líquido Receitas de prestação de serviços Seguros, Capitalização e Previdência Gestão de Fundos e Carteiras Administradas Total 8.406 1.173 694 - 10.273 360 - - - 360 389 - - - 389 9.155 1.173 694 - 11.022 (3.418) (432) - - (3.850) 209 - 917 - 1.126 3.594 1.460 228 1.989 7.271 840 - - (840) - (6.839) (1.184) (662) (564) (9.249) (833) (189) (114) (103) (1.239) 143 85 116 - 344 2.851 913 1.179 482 5.425 Imposto de renda e contribuição social (431) (296) (323) (211) (1.261) Participação no lucro (359) (46) (13) (92) (510) 2.061 130.733 571 6.393 843 22.052 179 - 3.654 159.178 Transferência para Banking – serviços prestados na captação de recursos para fundos nas agências Despesas não Decorrentes de Juros Despesas tributárias de ISS, PIS e COFINS Outras Receitas Operacionais e Resultado não Operacional Lucro antes da tributação sobre o lucro e participações minoritárias Lucro líquido Ativos identificáveis F-81 2006 Itaucred • Operações Bancárias Margem Financeira Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa Financiamento de Veículos Cartões de Crédito Não Correntistas 1.564 1.286 590 3.440 1.564 1.286 590 3.440 (1.508) Taií Total (632) (530) (346) 582 593 130 1.305 Despesas não Decorrentes de Juros (670) (894) (531) (2.095) Despesas tributárias de ISS, PIS e COFINS (141) (116) (65) (322) 29 36 11 76 732 375 (211) 896 (208) (109) 85 (232) (8) (9) Receitas de prestação de serviços Outras Receitas Operacionais e Resultado não Operacional Lucro antes da tributação sobre o lucro e participações minoritárias Imposto de renda e contribuição social Participação no lucro Lucro líquido Ativos identificáveis 516 18.621 F-82 257 (4.191) (126) 3.032 (17) 647 25.844 2005 Banco Itaú • Operações Bancárias • Tesouraria • Administração do Risco Cambial dos Investimentos no Exterior líquido de efeitos fiscais Margem Financeira Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa Resultado com Operações de Seguros, Previdência e Capitalização, líquido Receitas de prestação de serviços Despesas não Decorrentes de Juros (1) Resultado de participação em empresas não consolidadas e ganho líquido na conversão de subsidiárias no exterior Ganhos (perdas) de negociação Lucro (prejuízo) líquido na venda de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda Ganho líquido em operações de câmbio Despesas tributárias de ISS, PIS e COFINS Outras Receitas Operacionais e Resultado não Operacional Lucro antes da tributação sobre o lucro e participações minoritárias Imposto de renda e contribuição social Participação no lucro Participações minoritárias Efeito acumulado da alteração em princípio contábil Lucro líquido Ativos identificáveis (2) Itaú BBA Itaucred Corporação Segmentos consolidados nas bases relatórios gerenciais Ajustes e reclassificações Consolidado US GAAP 7.793 66 1.004 549 2.338 - 883 (16) 12.018 599 (12.018) (599) - 468 8.327 (2.273) 188 1.741 298 2.338 (687) 867 (179) 656 13.273 (2.841) (656) (663) 204 12.610 (2.637) 798 6.499 (8.072) 383 (681) 864 (1.628) (8) (77) 798 7.738 (10.458) (350) (2.033) (1.793) 448 5.705 (12.251) - - - 169 - 169 - 84 2.532 253 2.532 (1.065) 394 (107) 22 (224) 81 (113) 12 (1.509) 509 (20) 146 1.509 151 (20) 146 660 4.608 (1.071) (357) 3.180 115.808 1.656 (313) (101) 1.242 43.256 744 (200) (18) 526 15.955 671 (29) (6) (139) 497 4.497 7.679 (1.613) (482) (139) 5.445 151.241 (233) (328) 482 84 3 8 (11.808) 7.446 (1.941) (55) 3 5.453 139.433 (1) Inclui Despesas de Pessoal, Despesas Administrativas, Depreciação do Imobilizado, Amortização de Ativos Intangíveis e Outras Despesas Não-Financeiras, exceto Impostos sobre Serviços (ISS) e certos Impostos sobre a Renda (PIS e Cofins). (2) O saldo dos ativos identificáveis corresponde ao saldo total dos ativos do segmento (Circulante, Realizável a Longo Prazo e Permanente). O Consolidado dos Segmentos não representa a soma das partes porque existem operações entre as empresas que foram eliminadas apenas no consolidado. F-83 2005 Banco Itaú Cartões de Crédito Correntistas Banking • Operações Bancárias • Tesouraria • Administração do Risco Cambial dos Investimentos no Exterior - líquido de efeitos fiscais Margem Financeira Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa Resultado com Operações de Seguros, Previdência e Capitalização, líquido Receitas de prestação de serviços Seguros, Capitalização e Previdência Gestão de Fundos e Carteiras Administradas Total 6.288 969 536 - 66 - - - 7.793 66 468 - - - 468 6.822 969 536 - 8.327 (2.036) (237) - - (2.273) 75 - 723 - 798 3.184 1.486 167 1.662 6.499 777 - - (777) - (5.704) (1.340) (617) (411) (8.072) (680) (202) (103) (80) (1.065) 279 84 31 - 394 2.717 760 737 394 4.608 Imposto de renda e contribuição social (519) (221) (173) (158) (1.071) Participação no lucro (243) (49) (17) (48) (357) 1.955 92.079 490 6.422 547 17.307 188 - 3.180 115.808 Transferência para Banking – serviços prestados na captação de recursos para fundos nas agências Despesas não Decorrentes de Juros Despesas tributárias de ISS, PIS e COFINS Outras Receitas Operacionais e Resultado não Operacional Lucro antes da tributação sobre o lucro e participações minoritárias Lucro líquido Ativos identificáveis F-84 2005 Itaucred Fianciamento de Veículos • Operações Bancárias Cartões de Crédito Não Correntistas Taií Total 1.209 936 193 2.338 1.209 936 193 2.338 (393) (193) (101) 364 460 40 Despesas não Decorrentes de Juros (530) (828) (270) (1.628) Despesas tributárias de ISS, PIS e COFINS (105) (87) (32) (224) 22 56 3 567 344 Margem Financeira Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa Receitas de prestação de serviços Outras Receitas Operacionais e Resultado não Operacional Lucro antes da tributação sobre o lucro e participações minoritárias Imposto de renda e contribuição social (159) (103) Participação no lucro (11) (7) Lucro líquido Ativos identificáveis 397 234 11.026 2.991 F-85 (687) 864 81 (167) 744 62 (200) (105) 1.939 (18) 526 15.955 Base de Apresentação das Informações por Segmento As informações por segmento foram elaboradas com base em relatórios usados pela alta administração para avaliar o desempenho dos segmentos e tomar decisões quanto à alocação de recursos para investimento e demais propósitos. A alta administração do Itaú Holding utiliza uma variedade de informações para fins gerenciais, inclusive informações financeiras e não financeiras que se valem de bases diversas daquelas informações preparadas de acordo com os princípios contábeis adotados no Brasil. As informações por segmento foram preparadas segundo os princípios contábeis adotados no Brasil e sofreram as modificações e ajustes descritos abaixo. As informações financeiras por segmento apresentam diferenças em relação às práticas contábeis brasileiras, em função: (i) do reconhecimento de impactos relacionados à alocação de capital aos segmentos, por meio de um modelo de proprietário; (ii) apresenta a margem financeira após a aplicação de alguns critérios gerenciais, e (iii), em 2006 e 2007, exclui itens nãorecorrentes que são reconhecidos de acordo com os princípios contábeis adotados no Brasil. Os principais ajustes são: Alocação de Capital O patrimônio líquido contábil e o saldo de dívidas subordinadas foram substituídos por “funding” a preços de mercado, e as receitas e despesas financeiras foram alocadas aos diferentes segmentos, baseadas no capital Nível 1, segundo modelo proprietário, sendo que o excesso de capital e dívida subordinada foi alocado ao segmento corporação. Os efeitos fiscais do pagamento de Juros sobre o Capital Próprio de cada segmento foram estornados e posteriormente realocados de maneira proporcional ao montante de capital Nível 1 (Tier 1). O resultado de equivalência patrimonial das empresas que não estão associadas a cada um dos segmentos e o resultado das participações minoritárias foram alocados ao segmento corporação. Por fim, as receitas do segmento de gestão de fundos e carteiras administradas foram ajustadas segundo critérios específicos de mercado e pelo tipo de serviço prestado aos clientes pelas agências do segmento banking. Margem Financeira Adotamos uma estratégia de gestão do risco cambial do capital investido no exterior que tem como objetivo não permitir impactos no resultado decorrentes de variação cambial. Para alcançarmos essa finalidade, o risco cambial é neutralizado por meio da utilização de instrumentos financeiros derivativos. Nós não utilizamos o método “hedge accounting” na contabilização desses derivativos, e sim, a avaliação pelo valor justo com ganhos e perdas refletidos no resultado. Nossa estratégia de hedge considera ainda todos os efeitos fiscais incidentes: quer os relativos à não tributação ou dedutibilidade da variação cambial em momentos de apreciação ou depreciação, respectivamente, do real ante as moedas estrangeiras, quer os decorrentes dos instrumentos financeiros derivativos utilizados. Nos períodos em que a variação da paridade entre o real e as moedas estrangeiras é expressiva, verifica-se significativo impacto em diversas linhas das demonstrações contábeis, com especial destaque para as receitas e despesas financeiras. Em razão disso, nós utilizamos a demonstração de resultado gerencial para a preparação da informação por segmento, a qual destaca o impacto da variação cambial sobre os investimentos de capital no exterior e os efeitos decorrentes do hedge dessas posições. A demonstração de resultado gerencial é obtida tendo como base reclassificações realizadas sobre a demonstração do resultado contábil preparada segundo os princípios contábeis adotados no Brasil. Os ajustes são os seguintes: (i) reclassificação para a margem financeira da totalidade dos efeitos da variação cambial dos investimentos no exterior, a qual está distribuída em várias linhas na demonstração do resultado contábil; e (ii) reclassificação dos efeitos fiscais do hedge desses investimentos, os quais estão considerados nas linhas de despesas tributárias (PIS e Cofins) e de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido, na demonstração do resultado contábil. Além disso, a margem financeira gerencial foi subdividida em três categorias, apresentando: (i) a margem financeira gerencial das operações bancárias – associada às atividades comerciais de clientes – (ii) a margem financeira gerencial da tesouraria – na qual, a cada operação, está alocado o seu custo de oportunidade – e (iii) a margem financeira gerencial da administração do risco cambial dos investimentos no exterior – a qual corresponde fundamentalmente à remuneração pela taxa do CDI do capital aplicado nesses investimentos. F-86 Na coluna de ajustes e reclassificações, apresentamos os efeitos da não consolidação da Redecard S.A., da Itausa Export S.A. - empresa holding do Banco Itaú Europa S.A. (Portugal) - e do Banco Itaú Europa Luxembourg S.A. (Luxemburgo). Além disso, esta coluna apresenta os efeitos das diferenças existentes entre os princípios contábeis utilizados na apresentação de informações por segmentos - que estão basicamente de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, salvo os ajustes descritos acima - e os princípios aplicados na preparação das demonstrações contábeis consolidadas em US GAAP. Nesta coluna, apresentamos também os efeitos dos itens não recorrentes que não são considerados na demonstração do resultado gerencial. Conforme descrito anteriormente, nossas operações são realizadas basicamente no Brasil. No entanto, temos algumas entidades operando fora do Brasil, com destaque para a nossa operação na Argentina e para os recentes investimentos realizados em operações no Chile e Uruguai. Abaixo, apresentamos a receita das operações fora do Brasil (após as eliminações na consolidação). A variação observada entre 2006 e 2007 está fundamentalmente associada aos investimentos realizados em 2007, por meio da aquisição de operações bancárias no Chile e no Uruguai: 2007 Receita financeira Receitas de prestação de serviços Total da receita de clientes no exterior Investimentos em empresas não consolidadas e em imobilizado, líquido F-87 2006 2005 2.754 1.074 255 95 768 70 3.009 730 1.169 547 838 356 NOTA 32 - PARTES RELACIONADAS Nossas operações com empresas dentro do grupo consolidado são realizadas principalmente em termos e condições de mercado e totalmente eliminadas na consolidação. a) Operações com empresas não consolidadas Apresentamos abaixo as operações entre o Itaú Holding e suas subsidiárias consolidadas com entidades contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial. As transações entre o Itaú Holding e suas subsidiárias consolidadas e as participadas contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial são principalmente transações bancárias, conduzidas segundo as condições resumidas abaixo. 2007 ATIVO Aplicações interfinanceiras remuneradas Banco Itaú Europa S.A. Juros anuais (%) BIE - Bank & Trust Ltd. Juros anuais (%) Credicard Banco S.A. Juros anuais (%) Operações compromissadas (1) Banco Itaú Europa S.A. Juros anuais (%) Aplicações em títulos e valores mobiliários Banco Itaú Europa S.A. Juros anuais (%) Banco Itaú Europa Luxembourg S.A. Juros anuais (%) Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil Banco Itaú Europa S.A. Juros anuais (%) BIE - Bank & Trust Ltd. Juros anuais (%) Dividendos a receber Serasa S.A. Redecard S.A. 2006 2005 158 4,74 - 515 4,44 22 1,00 - 948 4,27 297 18,44 - 176 3,30 181 2,01 - 66 5,73 - 70 4,96 386 4,26 365 0,08 54 5,52 - - - 17 37 15 - PASSIVO Depósitos não remunerados Credicard Banco S.A. - - 8 Redecard S.A. - 192 - Obrigações por Empréstimos de Curto Prazo BBI Miami Juros anuais (%) Debêntures Tulipa Administração e Participações Ltda. Juros anuais (%) Outros passivos Credicard Banco S.A. TRANSAÇÕES (Exceto Receitas e Despesas Financeiras reconhecidas nas transações financeiras acima) 19 - - 7,74 - - - - 473 18,05 - - 3 - - 99 Receitas de serviços Credicard Banco S.A. (1) Nota subordinada de taxa flutuante, adquirida em novembro de 2000, com vencimento em 28 de novembro de 2008. F-88 b) Transações com outras entidades do Grupo Itaúsa de Empresas A tabela a seguir apresenta os saldos e transações entre o Itaú Holding e outras entidades do grupo Itaúsa. 2007 2006 2005 PASSIVOS Depósitos remunerados 10 Duratex S.A. 104,45 do CDI Juros anuais (%) 22 Elekeiroz S.A. 101,50 do CDI Juros anuais (%) - 192 - 18,20 - - - - Duplicatas a Pagar Itautec S.A. TRANSAÇÕES (Exceto Receitas e Despesas Financeiras reconhecidas nas transações financeiras acima) 8 16 11 181 154 134 125 112 90 Despesas com Serviços Itautec S.A. (1) Equipamentos e software comprados Itautec S.A. (1) Manutenção e serviços relacionados a equipamentos eletrônicos e software. c) Outras transações com partes relacionadas Não concedemos empréstimos a nossos diretores ou membros de nosso conselho de administração porque esta prática é proibida a todos os bancos brasileiros pelo Banco Central. O Banco Itaú fez doações regulares para a Fundação Itaú Social, uma fundação filantrópica cujos objetivos são: • • • criar o "Programa Itaú Social", destinado a coordenar atividades de interesse da comunidade, apoiar e desenvolver projetos sociais, científicos e culturais, principalmente na área de ensino básico e saúde; apoiar os projetos ou iniciativas em andamento, sustentados ou patrocinados por entidades qualificadas segundo o "Programa Itaú Social"; atuar como fornecedor de serviços auxiliares a empresas do grupo. Além disso, alugamos prédios da Itaúsa, Fundação Itaubanco, FUNBEP e PREBEG. O Itaú é sócio-fundador e mantenedor do Instituto Itaú Cultural - IIC, uma entidade cujo objetivo é a promoção e preservação da herança cultural brasileira. Os donativos do Banco Itaú a ambas as entidades e os serviços prestados pela Fundação Itaú Social estão relacionados abaixo: 2007 2006 2005 Doações feitas pelo Itaú Fundação Itaú Social 2 2 2 Instituto Itaú Cultural 4 27 25 20 25 23 Serviços prestados para o Itaú Fundação Itaú Social F-89 NOTA 33 – PARCERIAS ESTRATÉGICAS a) Parceria Estratégica entre o Itaú Holding e a LASA (Lojas Americanas S.A.) Em dezembro de 2006, o Itaú Holding assinou os seguintes contratos com a LASA, uma empresa varejista que opera no Brasil, com o objetivo de estabelecer uma relação de parceria com a constituição de uma nova empresa, a Pandora Participações S.A., que atuará na oferta de produtos e serviços financeiros, com exclusividade, aos clientes do canal de televisão Sky Shop S.A. (Shoptime): I. “Acordo de Associação”, assinado pelo Itaú Holding e a LASA (que é a detentora direta de participação de 50% no capital da Pandora Participações S.A. – “Pandora”), tendo como partes intervenientes o Banco Itaú S.A., o Banco Itaucard S.A. (empresa controlada pelo Itaú Holding e que é detentora direta de participação de 50% no capital da Pandora), a Pandora e o Shoptime (uma subsidiária da LASA); e II. Acordo de acionistas em relação às ações da Pandora, envolvendo as mesmas partes nomeadas no item anterior. Como indicado acima, o Itaú Holding e a LASA possuem cada um 50% da Pandora. A LASA concede o direito exclusivo para oferta, distribuição e comercialização de produtos e serviços financeiros aos clientes Shoptime à Pandora, por um prazo de 20 anos. A Pandora detém e cede esse direito ao Itaú Holding. O investimento do Itaú Holding foi de R$ 69, mediante um aumento de capital na Pandora, como resultado o Itaú Holding obteve 2.000 novas ações ordinárias emitidas pela Pandora, representativas de 50% do capital social da empresa. A LASA nos indenizará, até o montante de R$ 27, se certas metas de desempenho não forem atingidas nos primeiros oito anos do acordo. Concluímos que não devemos consolidar a Pandora tanto de acordo com o FIN 46 - “Consolidação de Entidades de Interesse Variável, uma Interpretação do ARB No. 51” como de acordo com o modelo tradicional de controle. Além disso, analisamos a transação de acordo com a APB 18 – “Método da Equivalência Patrimonial para Investimentos com Ações Ordinárias” e concluímos que a Pandora deve ser contabilizada pelo método da equivalência patrimonial. F-90 b) Parceria Estratégica entre o Itaú Holding e a LPS Brasil – Consultoria de Imóveis S.A. (“Lopes”) Em dezembro de 2007, o Itaú Holding assinou os seguintes contratos com a Lopes, uma empresa que presta serviços de consultoria e intermediação na venda de imóveis, com o objetivo de estabelecer uma relação de parceria com a constituição de uma empresa de promoção de vendas de imóveis (Promotora), que atuará na comercialização e oferta de produtos e serviços financeiros imobiliários aos clientes da Lopes: I. “Acordo de Associação”, assinado pelo Itaú Holding e a Lopes (que é a detentora direta de participação de 50% no capital da Promotora), tendo como partes o Banco Itaú S.A., a SATI – Assessoria Imobiliária Ltda. e a OS Brasil – Consultoria de Imóveis S.A. (em conjunto denominadas Lopes); e II. Acordo de acionistas em relação às ações da Promotora, envolvendo as mesmas partes nomeadas no item anterior. O Itaú Holding investiu no acordo de associação R$ 304, conforme segue: R$ 290 foram pagos à SATI pela aquisição de 50% do direto de exclusividade na oferta de produtos e serviços financeiros aos clientes Lopes por um período de 20 anos e R$ 14 como um aporte de capital a ser feito por 50% na Promotora. A Lopes também se comprometeu a contribuir com R$ 14 pelos outros 50% do capital da Promotora. Conforme mencionado acima, o Itaú Holding e a Lopes deterão, cada uma, 50% do capital da Promotora assim que ela for constituída. A SATI e o Itaú Holding concederam direitos sobre a oferta de produtos e serviços financeiros imobiliários aos clientes da Lopes para a Promotora. A Promotora não foi criada em 31 de dezembro de 2007 e em tal data ainda não tínhamos feito nenhuma contribuição à promotora. Contabilizamos a quantia de R$ 290, paga à Lopes, como ativo intangível, que corresponde a 50% do direito de oferecer e promover produtos e serviços financeiros imobiliários aos clientes da Lopes. Estimamos que a vida útil desse ativo intangível seja de 20 anos, período dos acordos mencionados acima e, portanto, o período pelo qual amortizaremos esse intangível. Esses ativos intangíveis foram alocados ao segmento de Serviços Bancários do Banco Itaú. F-91 NOTA 34 – COMPROMISSOS RELATIVOS À COMPRA DO ITAÚ BBA O Itaú Holding e os acionistas vendedores pessoas físicas do Itaú BBA assumiram alguns compromissos mediante os termos contidos nos contratos de compra e venda do grupo Itaú BBA. Os principais compromissos, os valores envolvidos e como cada compromisso está sendo contabilizado estão descritos abaixo: a) Pela transferência ao Itaú BBA, em janeiro de 2004, das operações de crédito feitas ao segmento grandes empresas (“corporate”) pelo Banco Itaú, o Itaú Holding se comprometeu com os acionistas vendedores pessoas físicas, que tais transferências deveriam gerar um spread mínimo ao Itaú BBA e que se tal não ocorresse, o Itaú Holding reembolsaria esses vendedores individuais pelas perdas incorridas por um período máximo de cinco anos. Reconhecemos com a transferência em janeiro de 2004, um passivo e uma despesa (registrada em Outras despesas não-financeiras) pelo valor justo estimado dessa garantia de acordo com o FIN 45. O valor justo estimado dessa garantia é revisado a cada período, com as mudanças sendo reconhecidas em Outras despesas não-financeiras. A liquidação do valor a pagar aos acionistas vendedores pessoas físicas do Itaú BBA, se houver, será realizada ao final do período de cinco anos. b) O Itaú Holding se comprometeu a realizar um pagamento adicional aos acionistas vendedores pessoas físicas, se os resultados das operações de tesouraria do Itaú BBA durante o período de 5 anos ultrapassarem um valor pré-estabelecido. Por outro lado, se tais resultados estiverem abaixo do valor préestabelecido, o Itaú Holding tem o direito de ser reembolsado pelos acionistas vendedores pessoas físicas até um determinado valor-limite. A liquidação será feita ao final do período de cinco anos, a menos que seja atingido o valor-limite ou que outros eventos específicos ocorram. A receita e a despesa, conforme apropriado, estão sendo reconhecidas em Outras receitas não-financeiras e Outras despesas nãofinanceiras, respectivamente, na Demonstração do Resultado Consolidado. c) O Itaú Holding se comprometeu a pagar um bônus em dinheiro aos diretores e executivos (os quais são também acionistas vendedores do Itaú BBA), que continuarem a prestar serviços ao Itaú BBA por pelo menos dois anos a partir da data da transação (o qual foi atingido em 31 de dezembro de 2004). Os diretores e executivos têm o direito de receber o valor integral do bônus se continuarem a prestar serviços por um período de oito anos e o benefício começa a ser apropriado pró-rata a favor dos diretores e executivos a partir do segundo ano, isto é, a partir de 31 de dezembro de 2004. A despesa relacionada a esse bônus está sendo reconhecida em Outras despesas não-financeiras desde 1 de janeiro de 2005, e continuará a ser apropriada de forma linear até 31 de dezembro de 2010. d) Os acionistas vendedores pessoas físicas se comprometeram a reembolsar o Itaú Holding pelas contingências pré-existentes e por perdas em créditos especificamente selecionados. Está sendo reconhecido um ativo a receber quando as condições de reembolso são atingidas. As receitas estão sendo reconhecidas em Outras receitas não-financeiras, na Demonstração Consolidada do Resultado. A liquidação do valor a pagar pelos acionistas vendedores pessoas físicas do Itaú BBA será realizada ao final do período de cinco anos Em 31 de dezembro de 2007 e 2006, os ativos e passivos líquidos relacionados aos compromissos acima mencionados montaram R$ (290) e R$ (190) respectivamente, os quais estão apresentados em Outros ativos ou Outros passivos, conforme apropriado. F-92 NOTA 35 – EVENTOS SUBSEQUENTES a) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – (CSLL) A Medida Provisória 413 de 03/01/2008 elevou a alíquota da CSLL de 9% para 15% para as empresas financeiras e equiparadas, a partir de 01/05/2008, o que resultará em aumento nas despesas de CSLL, geradas a partir desta data, bem como aumento dos créditos tributários ativados, proporcional a elevação da alíquota. b) Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras – (CPMF) A partir de 01/01/2008, a retenção e o recolhimento da CPMF foram encerrados conforme Instrução Normativa nº 450 de 21/09/2004, da Secretaria da Receita Federal. F-93 171 ITEM 19 ANEXOS Exhibit Number Description 1.1 Estatuto Social do Banco Itaú Holding Financeira S.A. (tradução não juramentada para o inglês) ....................................................................................................................................* 2.(a) Forma alterada e reformulada do Contrato de Depósito entre o Requerente, The Bank of New York, como depositário, e os Detentores de American Depositary Shares emitidas no âmbito daquele contrato, inclusive forma de American Depositary Receipts..................(1) 4.(a)1 Contrato de Compra e Venda do BBA ..................................................................................(2) 4.(a)2 Acordo de Acionistas datado de 15 de fevereiro de 2001 entre Itaúsa – Investimentos Itaú S.A. e Caixa Holding S.A., juntamente com a tradução para o inglês...........................(1) 6 Ver na nota 20 às demonstrações contábeis consolidadas uma explicação do modo de cálculo do lucro por ação conforme os U.S. GAAP. Consulte o “Item 3A. Dados financeiros selecionados – Informações sobre lucro e dividendo por ação” para uma explicação do cálculo do lucro por ação segundo a legislação societária brasileira. ........... 8.1 Lista de subsidiárias..............................................................................................................* 11.1 Código de Ética (tradução não juramentada para o inglês)..................................................* 11.2 Política de Governança Corporativa (tradução não juramentada para o inglês)..................* 12.1 Certificado do Diretor Executivo de acordo com a Seção 302 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002.......................................................................................................................................* 12.2 Certificado do Diretor de Risco e do Diretor Financeiro de acordo com a Seção 302 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002.................................................................................................* 13 Certificado do Diretor Executivo, Diretor de Risco e Diretor Financeiro de acordo com a Seção 906 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002. ........................................................................* (1) Incorporado ao presente por referência a nossa declaração de registro no Formulário 20-F arquivado na SEC em 20 de fevereiro de 2002. (2) Incorporado ao presente por referência a nosso relatório anual no Formulário 20-F arquivado na SEC em 30 de junho de 2003. * Anexo ao presente. 172 ASSINATURAS De conformidade com os requisitos da Cláusula 12 da Lei das Bolsas de Valores (“Securities Exchange Act”), com alterações, o requerente certifica que cumpriu todas as exigências para arquivamento deste relatório anual no Formulário 20-F e fez com que este relatório anual fosse assinado em seu nome por seu representante devidamente autorizado. BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S.A. (a): Roberto Egydio Setubal Nome: Roberto Egydio Setubal Cargo: Diretor Presidente (a): Sérgio Ribeiro da Costa Werlang Nome: Sérgio Ribeiro da Costa Werlang Cargo: Diretor de Risco (a): Silvio Aparecido de Carvalho Nome: Silvio Aparecido de Carvalho Cargo: Diretor Financeiro Data: 30 de junho de 2008 173 Anexo 1.1 BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S.A. CNPJ. 60.872.504/0001-23 Companhia Aberta NIRE. 35300010230 Capital Autorizado: até 4.000.000.000 de ações Capital Subscrito e Realizado: R$ 17.000.000.000,00 – 3.023.408.492 ações ESTATUTO SOCIAL Art. 1º - DENOMINAÇÃO, PRAZO E SEDE - A sociedade anônima aberta regida por este estatuto, sob a denominação de BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S.A., tem prazo indeterminado de duração e sede e foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. Art. 2º - OBJETO - A sociedade tem por objeto a atividade bancária em todas as modalidades autorizadas, inclusive a de operações de câmbio. Art. 3º - CAPITAL E AÇÕES – O capital social subscrito e integralizado é de R$ 17.000.000.000,00 (dezessete bilhões de reais), representado por 3.023.408.492 (três bilhões, vinte e três milhões, quatrocentas e oito mil, quatrocentas e noventa e duas) ações escriturais, sem valor nominal, sendo 1.553.418.582 (um bilhão, quinhentos e cinqüenta e três milhões, quatrocentas e dezoito mil, quinhentas e oitenta e duas) ordinárias e 1.469.989.910 (um bilhão, quatrocentos e sessenta e nove milhões, novecentas e oitenta e nove mil, novecentas e dez) preferenciais, estas sem direito a voto, mas com as seguintes vantagens: I - prioridade no recebimento de dividendo mínimo anual de R$ 0,022 por ação, não cumulativo, que será ajustado em caso de desdobramento ou grupamento; II - direito de, em eventual alienação de controle, serem incluídas em oferta pública de aquisição de ações, de modo a lhes assegurar o preço igual a 80% (oitenta por cento) do valor pago por ação com direito a voto, integrante do bloco de controle, assegurado o dividendo pelo menos igual ao das ações ordinárias. 3.1. Capital Autorizado - A sociedade está autorizada a aumentar o capital social, por deliberação do Conselho de Administração, independentemente de reforma estatutária, até o limite de 4.000.000.000 (quatro bilhões) de ações, sendo 2.000.000.000 (dois bilhões) de ações ordinárias e 2.000.000.000 (dois bilhões) de ações preferenciais. As emissões para venda em Bolsas de Valores, subscrição pública e permuta por ações, em oferta pública de aquisição de controle, poderão ser efetuadas sem a observância do direito de preferência dos antigos acionistas (artigo 172 da Lei nº 6.404/76). 3.2. Opção de Compra de Ações - Dentro do limite do capital autorizado e de acordo com plano aprovado pela Assembléia Geral, poderão ser outorgadas opções de compra de ações a administradores e empregados da própria sociedade e de sociedades controladas. 3.3. Ações Escriturais - Sem qualquer alteração nos direitos e restrições que lhes são inerentes, nos termos deste artigo, todas as ações da sociedade serão escriturais, permanecendo em contas de depósito na Itaú Corretora de Valores S.A., em nome de seus titulares, sem emissão de certificados, nos termos dos artigos 34 e 35 da Lei nº 6.404/76, podendo ser cobrada dos acionistas a remuneração de que trata o § 3º do artigo 35 da já mencionada lei. 3.4. Aquisição das Próprias Ações - A sociedade poderá adquirir as próprias ações, mediante autorização do Conselho de Administração, a fim de cancelá-las, mantê-las em tesouraria para posterior alienação ou utilizá-las no âmbito do plano de opções de compra de ações de que trata o item 3.2 supra. 174 3.5. Aquisição do Direito de Voto pelas Ações Preferenciais - As ações preferenciais adquirirão o exercício do direito de voto, nos termos do artigo 111, § 1º, da Lei nº 6.404/76, se a sociedade deixar de pagar o dividendo prioritário por três exercícios consecutivos. Art. 4º - ADMINISTRAÇÃO – A sociedade será administrada por um Conselho de Administração e por uma Diretoria. O Conselho de Administração terá, na forma prevista em lei e neste estatuto, atribuições orientadoras, eletivas e fiscalizadoras, as quais não abrangem funções operacionais ou executivas. Estas funções serão de competência privativa da Diretoria. 4.1. Investidura - Os Conselheiros e Diretores serão investidos em seus cargos mediante assinatura de termos de posse no livro de atas do Conselho de Administração ou da Diretoria, conforme o caso. 4.2. Proventos dos Administradores - Os Administradores perceberão remuneração e participação nos lucros, observados os limites legais. Para o pagamento da remuneração a Assembléia Geral fixará verba global e anual, ainda que sob forma indexada, especificando as parcelas referentes ao Conselho de Administração e à Diretoria. Competirá ao Conselho de Administração regulamentar a utilização da verba remuneratória e o rateio da participação para os membros desse Conselho. Competirá ao Comitê de Nomeação e Remuneração regulamentar a utilização da verba remuneratória e o rateio da participação para os membros da Diretoria. Art. 5º - CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - O Conselho de Administração será composto por acionistas, eleitos pela Assembléia Geral, e terá 1 (um) Presidente e de 1 (um) a 3 (três) Vice-Presidentes escolhidos pelos Conselheiros entre os seus pares. 5.1. O Conselho de Administração terá, no mínimo, cinco e, no máximo, vinte membros. Dentro desses limites, caberá à Assembléia Geral que processar a eleição do Conselho de Administração fixar preliminarmente o número de Conselheiros que comporão esse colegiado durante cada mandato. 5.2. O Presidente, em caso de vaga, ausência ou impedimento, será substituído por um dos Vice-Presidentes, designado pelo Conselho de Administração. 5.3. Ocorrendo vaga no Conselho de Administração, os Conselheiros remanescentes poderão nomear acionista para completar o mandato do substituído. 5.4. O mandato dos membros do Conselho de Administração é de um ano, a contar da data da Assembléia que os eleger, prorrogando-se, no entanto, até a posse de seus substitutos. 5.5. Não poderá ser eleito Conselheiro quem já tiver completado 75 (setenta e cinco) anos na data da eleição. 5.5.1. Os Conselheiros eleitos em 26 de abril de 2006 que, nessa data, já tenham completado 70 (setenta) anos de idade poderão, sem limite de idade, ser reeleitos, limitada a reeleição a mais cinco mandatos, limitação esta que não se aplicará se, na referida data, ocuparem cargo de Presidente ou de Vice-Presidente. 5.6. O Conselho de Administração, convocado pelo Presidente, reunir-se-á sempre que necessário, deliberando validamente com a presença, no mínimo, da maioria absoluta de seus membros em exercício. 5.7. Compete ao Conselho de Administração: I. fixar a orientação geral dos negócios da sociedade; II. eleger e destituir os Diretores da sociedade e fixar-lhes as atribuições, observado o que a respeito dispõe este estatuto; III. fiscalizar a gestão dos Diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis da sociedade, solicitar informações sobre contratos celebrados ou em via de celebração, e quaisquer outros atos; IV. convocar a Assembléia Geral, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias à data de sua realização, contado esse prazo a partir da publicação da primeira convocação; V. manifestar-se sobre o relatório da administração e as contas da Diretoria; VI. escolher e destituir os auditores independentes; 175 VII. VIII. IX. deliberar sobre a distribuição de dividendos intermediários, inclusive à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço anual ou semestral; deliberar sobre o pagamento de juros sobre o capital próprio; deliberar sobre a aquisição das próprias ações, em caráter não permanente; X. deliberar sobre aquisição e lançamento de opções de venda e compra, referenciadas em ações de própria emissão, para fins de cancelamento, permanência em tesouraria ou alienação, observado o limite estabelecido no artigo 2º, II, da Instrução CVM nº 290, de 11.9.1998, e modificações posteriores; XI. eleger e destituir os membros dos Conselhos Consultivo e Consultivo Internacional e dos Comitês de Nomeação e Remuneração, de Auditoria, de Gestão de Riscos e de Capital, de Políticas Contábeis e de Divulgação e Negociação; XII. aprovar as regras operacionais que o Comitê de Auditoria vier a estabelecer para o seu próprio funcionamento e tomar ciência das atividades do Comitê através de seus relatórios; XIII. tomar ciência das atividades e referendar as deliberações dos Comitês de Gestão de Riscos e de Capital, de Políticas Contábeis e de Divulgação e Negociação; XIV. sancionar as deliberações do Comitê de Nomeação e Remuneração. Art. 6º - COMITÊ DE NOMEAÇÃO E REMUNERAÇÃO – Compete ao Comitê de Nomeação e Remuneração definir a política de remuneração dos Diretores, compreendendo o rateio da verba global e anual fixada pela Assembléia Geral, o pagamento da participação nos lucros (item 4.2), a outorga de opções de compra de ações (item 3.2) e a concessão de benefícios de qualquer natureza e verbas de representação, tendo em conta as responsabilidades, o tempo dedicado às funções, a competência e reputação profissional e o valor dos serviços no mercado. Compete ainda ao Comitê: (i) orientar a política de remuneração dos Diretores das subsidiárias; (ii) analisar e propor nomes para a Diretoria; (iii) propor ao Conselho de Administração membros para integrar os Comitês Estatutários; (iv) manifestar-se sobre situações de potencial conflito de interesses relacionadas com a participação de membros do Conselho de Administração ou da Diretoria Executiva em órgãos estatutários de outras sociedades; (v) propor critério de avaliação das atividades do Conselho de Administração. 6.1. O Comitê será composto de 6 (seis) a 8 (oito) pessoas eleitas anualmente pelo Conselho de Administração entre os membros desse próprio Conselho, da Diretoria da sociedade e de sociedades controladas e profissionais de comprovado conhecimento na área, observado que a maioria será composta por membros do Conselho de Administração. 6.2. O Comitê será presidido por um dos membros do Conselho de Administração, a quem competirá convocar as respectivas reuniões, e deliberará pelo voto da maioria de seus membros, que se tornará definitiva quando sancionada pelo Conselho de Administração. Art. 7º - COMITÊ DE AUDITORIA - A supervisão (i) dos processos de controles internos e de administração de riscos; (ii) das atividades da auditoria interna; e (iii) das atividades das empresas de auditoria independente será exercida pelo Comitê de Auditoria, a quem caberá, também, recomendar ao Conselho de Administração a escolha e a destituição dos auditores independentes. 7.1. O Comitê de Auditoria será constituído de 3 (três) a 7 (sete) membros, eleitos anualmente pelo Conselho de Administração entre os membros desse próprio Conselho e profissionais de comprovado conhecimento na área de auditoria, observado que a maioria será composta por membros do Conselho de Administração, que indicará também o Presidente do Comitê. 7.1.1. É requisito essencial para compor o Comitê de Auditoria ter o membro total independência em relação à sociedade e às sociedades ligadas, devendo pelo menos um desses membros possuir comprovado conhecimento nas áreas de contabilidade e auditoria. 7.1.2. O Conselho de Administração terminará o mandato de qualquer integrante do Comitê de Auditoria se a sua independência tiver sido afetada por qualquer circunstância de conflito ou potencialmente conflituosa. 176 7.1.3. Os membros do Comitê de Auditoria poderão ser reconduzidos ao cargo por quatro vezes consecutivas durante o período de cinco anos e somente poderão voltar a integrá-lo após decorridos, no mínimo, três anos do término da última recondução permitida. 7.2. O Comitê de Auditoria reunir-se-á por convocação do Presidente e deverá zelar: I) pela qualidade e integridade das demonstrações financeiras; II) pelo cumprimento das exigências legais e regulamentares vigentes; III) pela atuação, independência e qualidade do trabalho das empresas de auditoria independente e da auditoria interna; e IV) pela qualidade e efetividade dos sistemas de controles internos e de administração de riscos. 7.3. O Conselho de Administração definirá a verba destinada à remuneração dos membros do Comitê de Auditoria, observados os parâmetros de mercado, bem como o orçamento destinado a cobrir as despesas para o seu funcionamento, incluindo a contratação de especialistas para auxílio no cumprimento de suas atribuições. 7.3.1. 7.4. O membro do Comitê de Auditoria não receberá nenhum outro tipo de remuneração da sociedade ou de suas ligadas que não seja aquela relativa à sua função de integrante do Comitê de Auditoria. O Comitê de Auditoria deverá elaborar, ao final de cada exercício social, relatório sobre o acompanhamento das atividades relacionadas com as auditorias independente e interna e com o Sistema de Controles Internos e de Administração de Riscos, encaminhando cópia ao Conselho de Administração e mantendo-o à disposição do Banco Central do Brasil e da Superintendência de Seguros Privados, pelo prazo mínimo de cinco anos. Nos mesmos termos, será elaborado relatório semestral, ao final do primeiro semestre de cada exercício social. 7.4.1. O resumo do relatório do Comitê de Auditoria, evidenciando as principais informações, será publicado em conjunto com as demonstrações contábeis. Art. 8º - COMITÊ DE GESTÃO DE RISCOS E DE CAPITAL – Compete ao Comitê de Gestão de Riscos e de Capital revisar e aprovar as políticas e as metodologias e acompanhar o gerenciamento dos riscos e de alocação de capital: (i) estabelecendo limites de exposição a riscos de crédito, de mercado, operacional e de subscrição; (ii) estabelecendo limites para alocação de capital, considerando o retorno ajustado ao risco e assegurando plena aderência às exigências regulatórias. 8.1. O Comitê será composto de 6 (seis) a 8 (oito) pessoas eleitas anualmente pelo Conselho de Administração entre os membros desse próprio Conselho, da Diretoria da sociedade e de sociedades controladas e entre profissionais de comprovado conhecimento na área de gestão de riscos e de alocação de capital, observado que a maioria será composta por membros do Conselho de Administração. 8.2. A presidência será exercida por um dos membros do Conselho de Administração, competindo-lhe convocar as respectivas reuniões. Art. 9º - COMITÊ DE POLÍTICAS CONTÁBEIS – Compete ao Comitê de Políticas Contábeis revisar e aprovar as políticas e os procedimentos contábeis: (i) assegurando a plena aderência a padrões regulatórios e sua aplicação uniforme em todo o Conglomerado Itaú, com ênfase para os critérios de estimativa, avaliação e julgamento; (ii) acompanhando o processo de elaboração das Demonstrações Contábeis e do relatório Análise Gerencial da Operação, trimestrais, para fins de publicação e divulgação. 9.1. O Comitê será composto de 6 (seis) a 8 (oito) pessoas eleitas anualmente pelo Conselho de Administração entre os membros desse próprio Conselho, da Diretoria da sociedade e de sociedades controladas e entre profissionais de comprovado conhecimento nas áreas de contabilidade e auditoria, observado que a maioria será composta por membros do Conselho de Administração. 9.2. A presidência será exercida por um dos membros do Conselho de Administração, competindo-lhe convocar as respectivas reuniões. 177 Art. 10 - COMITÊ DE DIVULGAÇÃO E NEGOCIAÇÃO – A administração das Políticas de Divulgação de Ato ou Fato Relevante e de Negociação de Valores Mobiliários de emissão da sociedade será exercida pelo Comitê de Divulgação e Negociação, de modo a: (i) assegurar a transparência, qualidade e segurança das informações prestadas aos acionistas, investidores, imprensa, autoridades governamentais e aos demais agentes do mercado de capitais; (ii) observar e aplicar os critérios nelas estabelecidos, a fim de manter padrões éticos e legais de seus administradores, acionistas, controladores, funcionários e terceiros na negociação de valores mobiliários da sociedade, ou a eles referenciados. 10.1. Caberá ao Comitê avaliar permanentemente as diretrizes e os procedimentos da Política de Negociação de Valores Mobiliários e os que deverão ser observados na divulgação de ato ou fato relevante e na manutenção do sigilo de tais informações, estabelecidas pela Política de Divulgação de Ato ou Fato Relevante, bem como analisar previamente o conteúdo dos comunicados à imprensa e aconselhar o Diretor de Relações com Investidores nas ações necessárias à divulgação e disseminação das Políticas. 10.2. O Comitê será integrado pelo Diretor de Relações com Investidores e por 6 (seis) a 10 (dez) pessoas eleitas anualmente pelo Conselho de Administração entre os membros desse próprio Conselho, da Diretoria da sociedade e de sociedades controladas e entre profissionais de comprovado conhecimento na área de mercado de capitais, observado que a maioria será composta por membros do Conselho de Administração. 10.3. A presidência será exercida por um dos membros do Conselho de Administração, competindo-lhe convocar as respectivas reuniões. Art. 11 - DIRETORIA - A administração e a representação da sociedade competirão à Diretoria, eleita pelo Conselho de Administração no prazo de 10 (dez) dias úteis contados da Assembléia Geral que eleger esse Conselho. 11.1. A Diretoria terá de 5 (cinco) a 15 (quinze) membros, compreendendo os cargos de Diretor Presidente, Vice-Presidentes Seniores, Vice-Presidentes Executivos, Diretores Executivos, Diretores Gerentes Seniores e Diretores Gerentes, na conformidade do que for estabelecido pelo Conselho de Administração ao prover esses cargos. 11.2. Em caso de ausência ou impedimento de qualquer Diretor, a Diretoria escolherá o substituto interino dentre seus membros. O Diretor Presidente será substituído, em suas ausências ou impedimentos, pelo Vice-Presidente por ele indicado. 11.3. Vagando qualquer cargo, o Conselho de Administração poderá designar um Diretor substituto para completar o mandato do substituído. 11.4. Os Diretores exercerão seus mandatos pelo prazo de 1 (um) ano, podendo ser reeleitos, e permanecerão em seus cargos até a posse de seus substitutos. 11.5. Não poderá ser eleito Diretor quem já tiver completado 62 (sessenta e dois) anos de idade na data da eleição. Art. 12 - ATRIBUIÇÕES E PODERES DOS DIRETORES - Dois Diretores, sendo um deles necessariamente Diretor Presidente ou Vice-Presidente ou Diretor Executivo, terão poderes para representar a sociedade, assumindo obrigações ou exercendo direitos em qualquer ato, contrato ou documento que acarrete responsabilidade para a sociedade, inclusive prestando garantias a obrigações de terceiros. 12.1. Dois Diretores, sendo um deles necessariamente Diretor Presidente ou Vice-Presidente ou Diretor Executivo, terão poderes para transigir e renunciar direitos, podendo ainda, independentemente de autorização do Conselho de Administração, onerar e alienar bens do ativo permanente e decidir sobre a instalação, extinção e remanejamento de dependências. 12.2. Compete ao Diretor Presidente presidir as Assembléias Gerais, convocar e presidir as reuniões da Diretoria, supervisionar a atuação desta, estruturar os serviços da sociedade e estabelecer as normas internas e operacionais. 12.3. Aos Vice-Presidentes competem a administração das operações bancárias e a representação da sociedade nos órgãos ou entidades. 178 12.4. Aos Diretores Executivos compete coadjuvar os Vice-Presidentes no desempenho de suas funções. 12.5. Aos Diretores Gerentes Seniores e Diretores Gerentes compete o desempenho de tarefas que lhes forem atribuídas pela Diretoria em Áreas ou Carteiras específicas da sociedade. Art. 13 – CONSELHO CONSULTIVO – A sociedade terá um Conselho Consultivo, composto de 3 (três) a 20 (vinte) membros, eleitos anualmente pelo Conselho de Administração, ao qual competirá colaborar com a Diretoria através de sugestões para a solução dos problemas cujo estudo seja solicitado. 13.1. Ocorrendo vaga, poderá o Conselho de Administração nomear substituto para completar o mandato em curso. 13.2. A verba remuneratória do Conselho Consultivo será fixada pela Assembléia Geral englobadamente com a do Conselho de Administração, cabendo a este regulamentar a utilização dessa verba. Art. 14 – CONSELHO CONSULTIVO INTERNACIONAL – O Conselho Consultivo Internacional reunir-se-á para avaliar as perspectivas da conjuntura econômica mundial e a aplicação de códigos e padrões internacionalmente aceitos, em especial nas áreas de política monetária e financeira, governança corporativa, mercado de capitais, sistema de pagamento e lavagem de dinheiro, de modo a contribuir para a ampliação da presença da sociedade na comunidade financeira internacional. 14.1. O Conselho será integrado pelo Diretor Presidente e por 3 (três) a 20 (vinte) pessoas eleitas anualmente pelo Conselho de Administração, entre os membros deste órgão e da Diretoria e personalidades de reconhecida competência no campo financeiro e econômico internacional. Havendo vaga, poderá o Conselho de Administração nomear substituto para completar o mandato em curso. 14.2. Caberá ao Conselho de Administração regulamentar o funcionamento do Conselho Consultivo Internacional e indicar o seu Presidente. 14.3. A verba remuneratória do Conselho Consultivo Internacional será fixada pela Assembléia Geral englobadamente com a do Conselho de Administração, cabendo a este regulamentar a utilização dessa verba. Art. 15 – CONSELHO FISCAL – A sociedade terá um Conselho Fiscal de funcionamento não permanente, composto de três a cinco membros efetivos e igual número de suplentes. A eleição, instalação e funcionamento do Conselho Fiscal atenderá aos preceitos dos artigos 161 a 165 da Lei nº 6.404/76. Art. 16 - ASSEMBLÉIA GERAL - Os trabalhos de qualquer Assembléia Geral serão presididos pelo Diretor Presidente e secretariados por um acionista por ele designado. Art. 17 - EXERCÍCIO SOCIAL - O exercício social se encerrará em 31 de dezembro de cada ano. Serão levantados balanços semestrais e, facultativamente, balanços intermediários em qualquer data, inclusive para pagamento de dividendos, observadas as prescrições legais. Art. 18 - DESTINAÇÃO DO LUCRO LÍQUIDO - Juntamente com as demonstrações financeiras, o Conselho de Administração apresentará à Assembléia Geral Ordinária proposta sobre a destinação do lucro líquido do exercício, observados os preceitos dos artigos 186 e 191 a 199 da Lei nº 6.404/76 e as disposições seguintes: 18.1. antes de qualquer outra destinação, serão aplicados 5% (cinco por cento) na constituição da Reserva Legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social; 18.2. será especificada a importância destinada a dividendos aos acionistas, atendendo ao disposto no artigo 19 e às seguintes normas: a) às ações preferenciais será atribuído o dividendo prioritário mínimo anual (artigo 3º, inciso I); b) a importância do dividendo obrigatório que remanescer após o dividendo de que trata a alínea anterior será aplicada, em primeiro lugar, no pagamento às ações ordinárias de dividendo igual ao prioritário das ações preferenciais; 179 c) as ações de ambas as espécies participarão dos lucros distribuídos em igualdade de condições depois de assegurado às ordinárias dividendo igual ao mínimo das preferenciais. 18.3. o saldo terá o destino que for proposto pelo Conselho de Administração, inclusive para a formação das reservas de que trata o artigo 20, "ad referendum" da Assembléia Geral. Art. 19 - DIVIDENDO OBRIGATÓRIO - Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, importância não inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido apurado no mesmo exercício, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nas letras “a” e “b” do inciso I do artigo 202 da Lei nº 6.404/76 e observados os incisos II e III do mesmo dispositivo legal. 19.1. A parte do dividendo obrigatório que tiver sido paga antecipadamente mediante dividendos intermediários à conta da “Reserva para Equalização de Dividendos” será creditada à mesma reserva. 19.2. Por deliberação do Conselho de Administração poderão ser pagos juros sobre o capital próprio, imputando-se o valor dos juros pagos ou creditados ao valor do dividendo obrigatório, com base no artigo 9º, § 7º, da Lei nº 9.249/95. Art. 20 – RESERVAS ESTATUTÁRIAS – Por proposta do Conselho de Administração, a Assembléia Geral poderá deliberar a formação das seguintes reservas: I - Reserva para Equalização de Dividendos; II - Reserva para Reforço do Capital de Giro; III - Reserva para Aumento de Capital de Empresas Participadas. 20.1. A Reserva para Equalização de Dividendos será limitada a 40% do valor do capital social e terá por finalidade garantir recursos para pagamento de dividendos, inclusive na forma de juros sobre o capital próprio (item 19.2), ou suas antecipações, visando manter o fluxo de remuneração aos acionistas, sendo formada com recursos: a) equivalentes a até 50% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma do artigo 202 da Lei nº 6.404/76; b) equivalentes a até 100% da parcela realizada de Reservas de Reavaliação, lançada a lucros acumulados; c) equivalentes a até 100% do montante de ajustes de exercícios anteriores, lançado a lucros acumulados; d) decorrentes do crédito correspondente às antecipações de dividendos (item 19.1). 20.2. A Reserva para Reforço do Capital de Giro será limitada a 30% do valor do capital social e terá por finalidade garantir meios financeiros para a operação da sociedade, sendo formada com recursos equivalentes a até 20% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma do artigo 202 da Lei nº 6.404/76. 20.3. A Reserva para Aumento de Capital de Empresas Participadas será limitada a 30% do valor do capital social e terá por finalidade garantir o exercício do direito preferencial de subscrição em aumentos de capital das empresas participadas, sendo formada com recursos equivalentes a até 50% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma do artigo 202 da Lei nº 6.404/76. 20.4. Por proposta do Conselho de Administração serão periodicamente capitalizadas parcelas dessas reservas para que o respectivo montante não exceda o limite de 95% (noventa e cinco por cento) do capital social. O saldo dessas reservas, somado ao da Reserva Legal, não poderá ultrapassar o capital social. 20.5. As reservas discriminarão em subcontas distintas, segundo os exercícios de formação, os lucros destinados às suas constituições e o Conselho de Administração especificará os lucros utilizados na distribuição de dividendos intermediários, que poderão ser debitados em diferentes subcontas, em função da natureza dos acionistas. 180 Art. 21 – PARTES BENEFICIÁRIAS – É vedada a emissão, pela sociedade, de partes beneficiárias. CERTIFICAMOS SER O PRESENTE CÓPIA FIEL DO ESTATUTO SOCIAL CONSOLIDADO ATÉ A AGOE DE 23.4.2008. São Paulo-SP, 23 de abril de 2008. BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S.A. MARCO ANTONIO ANTUNES Diretor Gerente CARLOS ROBERTO ZANELATO Procurador 181 Anexo 8.1 Lista de Subsidiárias País de constituição Porcentagem do capital votante em 31/12/2007 100% 99,99% 74,49% 99,72% 99,99% 100% 100% 100% 99,99% 99,99% 99,99% 99,99% Portugal Afinco Américas Madeira, SGPS, Soc. Unipessoal Ltda. Brasil Banco Fiat S.A. Brasil Banco Itaú BBA S.A Argentina Banco Itaú Buen Ayre S.A. (1) Chile Banco Itaú Chile S.A. (2) Brasil Banco Itaú S.A. Uruguai Banco Itaú Uruguay S.A. (2) Brasil Banco ItauBank S.A. (3) Brasil Banco Itaucard S.A. Brasil Banco Itaucred Financiamentos S.A. Brasil Cia Itaú de Capitalização Brasil Banco Itauleasing S.A. FAI - Financeira Americanas Itaú S.A. Crédito, Financiamento e Brasil Investimento (4) 50,00% Brasil Fiat Administradora de Consórcios Ltda. 99,99% Brasil Financeira Itaú CBD S.A. Crédito, Financiamento e Investimento 50,00% Brasil Intrag Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. 99,99% Brasil Itaú Administradora de Consórcios Ltda. 99,99% Ilhas Cayman Itaú Bank, Ltd. 100% Chile Itaú Chile Holding, Inc. (2) 100% Brasil Itaú Corretora de Valores S.A. 99,99% Brasil Itaú Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. 99,99% Brasil Itaú Seguros S.A. 100% Brasil Itaú Vida e Previdência S.A. 99,99% Brasil Itaú BBA Participações S.A. 50,00% Uruguai OCA Casa Financeira S.A. (2) 100% Brasil Orbitall Serviços e Processamento de Informações Comerciais S.A. 99,99% (1) O percentual de participação variou em relação ao exercício anterior, passando de 99,99% para 99,72%, em função da venda de 1,11%, efetuada pela controlada Banco Itaú S.A. ao Banco Itaú BBA S.A. (2) Consolidado desde abril de 2007. (3) Consolidada desde a sua aquisição em 30 de agosto de 2006. (4) Consolidada desde a sua incorporação em abril de 2005. 182 Anexo 11.1 CÓDIGO DE ÉTICA DO GRUPO ITAÚ A palavra do Presidente Prezado colega, Trabalhar em uma empresa acaba se confundindo com a própria identidade pessoal. E poder orgulharse dela torna-se um bem valioso. Por isso, cabe zelar pela reputação do negócio, retribuir a confiança que os clientes depositam em nós, devolver à sociedade benefícios que somente empresas socialmente responsáveis podem propiciar. O compromisso de compartilhar e praticar valores morais faz parte da história do Itaú. É um modo sábio de expressar nosso jeito de ser e de definir a imagem que identifica nossa Empresa. Queremos ser reconhecidos como uma organização sólida e confiável. Para mantermos o respeito e a confiança do mercado e da sociedade em geral, a credibilidade que conquistamos precisa continuar sendo construída e assegurada dia após dia. Falhas involuntárias ou descuidos podem converter-se em riscos de descrédito ou prejuízos à nossa imagem. Nossa responsabilidade como cidadãos e como profissionais implica, portanto, que tenhamos um relacionamento íntegro com clientes, acionistas, colegas de trabalho, parceiros de negócios, agentes governamentais e, sobretudo, com as comunidades em que atuamos. O Código de Ética constitui um guia para a ação, um texto de referência para as decisões que tomamos – das mais corriqueiras às mais importantes. A meta é o enraizamento deste Código em todas as nossas atividades. Isso garantirá a realização da Visão Itaú, a preservação da nossa imagem e a perenidade de uma Organização que sabe valorizar o lugar de grande relevo que ocupa na sociedade. Nesse sentido, o Código fornece rumos e qualifica as práticas desejadas. Não é um retrato exaustivo daquilo que fazemos, mas um conjunto de diretrizes que apontam um horizonte para o qual queremos caminhar. À medida que certos passos são dados, outros precisam ser projetados; à medida que a sociedade desenvolve novas expectativas, cabe-nos inovar. Isso significa termos sensibilidade para atualizar continuamente nossas práticas e, naturalmente, o próprio conteúdo do Código. Afinal, seus termos indicam os padrões esperados no exercício profissional, ao mesmo tempo em que definem o posicionamento estratégico de nossa Empresa. Por isso é que se aplicam aos membros do Conselho de Administração, aos diretores e a todos os colaboradores, sem distinção de nível hierárquico. Ao contemplar as melhores práticas sob a perspectiva ética, o Código clarifica quais as formas mais adequadas de fazer o que fazemos. Confere coerência às nossas políticas, à nossa Cultura de Performance e aos nossos procedimentos. O Código de Ética Itaú é um instrumento de trabalho e um norte moral. Tenho certeza de que ele nos irá inspirar e espero que cada um de nós converta sua própria conduta em exemplo edificante para todos os outros. Roberto Egydio Setubal 183 Por que um Código de Ética? As empresas dependem da confiança de que desfrutam na sociedade. Isso significa que necessitam preservar seus ativos intangíveis: os conhecimentos acumulados, a capacidade de inovar, os relacionamentos com os vários públicos de interesse, as competências de seus integrantes, a inteligência competitiva, a reputação, a imagem, as marcas que possuem. De que viveriam as organizações financeiras senão de confiabilidade? Nossas decisões e ações produzem efeitos sobre todos aqueles que mantêm relações conosco. Saber disso implica ter consciência de que nossos atos podem ser avaliados pela sociedade como certos ou errados, justos ou injustos, legítimos ou ilegítimos. Em decorrência, tanto podem melhorar nosso relacionamento, como prejudicá-lo. Nesse contexto, as questões éticas ganham significativa relevância. De fato, práticas oportunistas deterioram o ambiente interno e desgastam as relações entre os membros da organização. Podem pôr em xeque a reputação do negócio. O posicionamento da Empresa, a respeito de assuntos passíveis de apreciações morais, permite que os colaboradores tenham clareza sobre o que fazer. Demonstram transparência, evitam mal-entendidos, esvaziam boatos e comentários desfavoráveis. Assim, definir quais são os objetivos da Empresa e, sobretudo, mostrar como fazer para atingi-los é uma tarefa valiosa. Não são apenas os fins que interessam, mas também os meios para alcançá-los. O mero respeito às leis não dá conta da complexidade das repercussões que as ações empresariais podem provocar. Por isso é indispensável refletir sobre o impacto que nossas decisões geram: como irão afetar os nossos diversos públicos de interesse? Como influenciam a nossa Empresa no longo prazo? A ética, como ciência da moral, contribui decisivamente para que possamos delimitar o campo das escolhas a serem feitas, porque torna compreensíveis os fatos sociais que têm implicações morais. Ela estuda como as coletividades separam os bons dos maus costumes, distinguem o bem e o mal, identificam virtudes e vícios. Por ser uma reflexão sistemática sobre a conduta das pessoas, oferece conhecimentos que permitem analisar, explicar e avaliar os riscos de imagem que nossas operações podem provocar. A Visão Itaú destaca que, em nosso setor de atuação, objetivamos a liderança em performance. Para tanto, conclama cada um de nós para que se empenhe em criar vantagens competitivas – tecnologia avançada, governança corporativa, criteriosa gestão dos riscos, efetividade operacional, marketing inteligente, canais eficientes de distribuição, racionalização de custos, ambiente de trabalho saudável. De forma indissociável, alerta-nos quanto à sustentabilidade do negócio. Isso implica assegurar a viabilidade da Empresa no longo prazo: agregar valor para os clientes e acionistas, promover práticas de respeito às pessoas, adotar ações socialmente responsáveis e contribuir para o desenvolvimento do País. Um código de ética é um conjunto de normas que torna práticas as orientações morais. Não desenha o mapa de territórios desconhecidos, mas serve de bússola para indicar as rotas a serem seguidas, mostra como chegar aonde pretendemos ir. Isso explica a estrutura deste Código de Ética que, de início, define os valores corporativos que inspiram as ações de nossa Empresa para, depois, enunciar passo a passo as condutas esperadas nas relações mantidas com nossos vários públicos de interesse – colaboradores, clientes, acionistas, fornecedores, órgãos governamentais, concorrentes, mídia e comunidade. Em resumo, não basta sermos excelentes naquilo que fazemos, é essencial enfrentarmos os desafios de uma economia competitiva com as credenciais da credibilidade pública. Os valores corporativos A cultura organizacional não é apenas constituída por idéias, ela é também um conjunto de práticas. É isso que lhe dá força e perenidade. Ao longo do tempo, quatro valores básicos, associados a nossa cultura de performance, definiram o núcleo da identidade corporativa de nossa Empresa; são traços distintivos que a tornaram reconhecível entre tantas outras; são alicerces sobre os quais construímos nosso modo de agir e nossos relacionamentos: 1. A humanidade – o respeito ao ser humano; 2. A ética e o respeito às leis; 3. O progresso – a vocação para o desenvolvimento; 4. A objetividade – a solução racional dos problemas. 184 Somos, por isso mesmo, uma empresa inserida em seu tempo, mas com os olhos postos no futuro. Somos uma empresa que deseja que cada um de nós dê valor às demais pessoas, não só aquelas que trabalham na empresa, mas também todas aquelas que com ela mantêm relações. Somos uma empresa que se empenha em desenvolver uma clara consciência quanto ao impacto das suas atividades sobre a sociedade e, em particular, sobre o meio ambiente. Essas são as razões de nosso expresso compromisso com a responsabilidade social. O mercado e a sociedade em geral esperam de cada um de nós uma conduta profissional e responsável; esperam que desenvolvamos transações idôneas, sejamos tecnicamente competentes, atendamos nossos clientes com empenho e imparcialidade. O Itaú se destaca no atendimento dessas expectativas, que derivam de vários fatores: a abertura comercial do País, a mídia diversificada que se vale das telecomunicações em tempo real, a concorrência entre as diversas empresas, a existência de regimes políticos liberais e, acima de tudo, uma cidadania cada vez mais ativa. Arriscam comprometer sua reputação empresarial ou profissional aqueles que não levam em conta essa realidade histórica: as exigências cada vez maiores dos clientes, as demandas das associações ambientalistas, os interesses diferenciados dos acionistas, as influências das comunidades locais, os requisitos dos fornecedores e de outros parceiros de negócios, os pleitos dos sindicatos, as pressões dos concorrentes, as complexas obrigações contidas em nossa legislação. O Itaú persegue essa ambiciosa agenda com um misto de prudência e de arrojo. Seu propósito maior consiste em manter-se ao longo do tempo como empresa respeitada e dinâmica. O Público Interno e seu Ambiente a. O relacionamento interno Passamos grande parte de nosso tempo no ambiente de trabalho. Seria desgastante que nele imperasse o medo de errar, a desconfiança e a intimidação. Assim, alcançar resultados sustentáveis merece uma dosagem compatível de diálogo e de incentivo ao aprimoramento profissional. • Na cultura Itaú, é bem considerado aquele que está disposto a aprender com os erros – reconhecê-los e não repeti-los. E, não importa a posição hierárquica, merece destaque quem assume a responsabilidade por aquilo que diz e faz. • É vital que façamos aos outros o mesmo que gostaríamos que eles fizessem conosco. Para sermos dignos de crédito, os outros esperam de nós tratamento justo. Esperam que sejamos responsáveis e que avaliemos as conseqüências das nossas ações sobre os outros. • Praticando posturas de ativa cooperação, diligência e respeito mútuo, os colaboradores contribuem para que a Empresa ofereça produtos e serviços cada vez mais competitivos. • Os gestores do Itaú desempenham um papel marcante pelo exemplo que dão no dia-a-dia e pelas orientações que difundem. Se forem corteses, os demais colaboradores tenderão a sê-lo; se tiverem confiança nos outros, a confiança será parte do cotidiano da organização; se fizerem da consulta aos colegas e subordinados um mecanismo preliminar antes de decidirem, os colaboradores serão incentivados a sugerir melhorias, identificar oportunidades e propor novos processos. • Os gestores não têm apenas a função de coordenar as pessoas, respondem também por ações educativas que contribuam para o crescimento pessoal e profissional de cada uma delas. A excelência no desempenho é uma construção coletiva. Os colaboradores, quando desafiados profissionalmente e quando avaliados pelo seu mérito, se sentem encorajados a fazer coisas extraordinárias. • Em sentido contrário, o assédio moral constrange, humilha e destrói a auto-estima pessoal e a coesão organizacional. Trata-se de condutas hostis e do uso do poder hierárquico para impor autoridade ou obter vantagens, tais como: • Pressionar subordinados para que prestem serviços de ordem pessoal. • Assediar sexualmente colaboradores. • Desqualificar publicamente, ofender e ameaçar explícita ou disfarçadamente os subordinados ou pares. 185 • • Apresentar trabalhos ou idéias de colegas sem conferir-lhes o respectivo crédito. • Desrespeitar as atribuições funcionais de outrem, sem motivo justo. Assim, um ambiente estimulante supõe que a dignidade de cada um se torne um ponto de honra geral. Por isso é que consideramos indispensáveis: b. • O cumprimento das leis, das convenções e dos acordos coletivos. • O respeito ao direito de associar-se aos sindicatos, igrejas, entidades da sociedade civil e partidos políticos. • A adequação dos locais de trabalho para prevenir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. • A moderação dos colaboradores na eventual ingestão de bebidas alcoólicas e na prática de jogos de azar, com o propósito de prevenir constrangimentos, tais como falta ao trabalho, desempenho insatisfatório das funções ou críticas dos colegas. • O entendimento de que o uso de drogas ilícitas é crime e compromete a performance funcional, ao prejudicar gravemente a vida de seus usuários e perturbar o ambiente de trabalho. • A não comercialização de mercadorias no ambiente de trabalho, para não desperdiçar tempo útil e evitar embaraçar os colegas. • O senso de responsabilidade na utilização dos sistemas da Empresa, tendo como exemplos o emprego exclusivo de aplicativos licenciados pelos fabricantes e o zelo para que não ocorram trocas tanto de mensagens racistas ou discriminatórias, como de imagens e textos obscenos ou ofensivos ao pudor. • O uso competente dos bens e recursos da Empresa, para que não ocorram danos, manejo inadequado, perdas, furtos ou retirada sem prévia autorização. • O não comprometimento do caráter empresarial, apartidário e laico da Empresa, abolindo o uso dos equipamentos, materiais de trabalho ou instalações da Empresa para assuntos políticos, sindicais ou religiosos. • A rejeição – em nome da cidadania – de qualquer atitude que discrimine pessoas em função de sexo, etnia, raça, religião, classe social, idade, orientação sexual, incapacidade física ou qualquer outro atributo. Os conflitos de interesse Para preservarmos nossa integridade pessoal e profissional e assegurarmos um ambiente de trabalho produtivo, procuramos avaliar com critério situações que possam de algum modo configurar um conflito entre nossos interesses pessoais e os da Empresa, dos clientes e de outros públicos. Tais conflitos podem comprometer a correção das nossas ações e pôr em risco a nossa reputação e a do Itaú. É necessário, portanto: • Para não prejudicar o nosso próprio desempenho, deixar de desenvolver atividades que interfiram em nosso trabalho ou em nossas atribuições. • Para não abusar das prerrogativas da posição que ocupamos, evitar ações que possam gerar benefícios pessoais ou vantagens indevidas para terceiros. • Para afastar suspeitas de favoritismo, pedir o colaborador expressa autorização de um diretor para estabelecer relações comerciais com empresas em que tenha interesse, participação direta ou indireta, ou com as quais, ainda, pessoas de seu relacionamento mantenha vínculos. 186 • Para não comprometer nossa imparcialidade, abrir mão de relações comerciais particulares, de caráter habitual, com clientes ou fornecedores, excetuadas transações que se realizem nas condições usuais de mercado. • Para assegurar isenção no caso de contratação de parentes pedir autorização do superior imediato. Da mesma forma, na indicação de parentes, informar esse relacionamento ao responsável pela contratação. • Para evitar a confusão entre a esfera pessoal e a profissional, não utilizar equipamentos e materiais da Empresa para fins particulares, a não ser de forma ocasional e limitada, e desde que haja autorização do superior imediato. • Para não ensejar suspeita de uso de informação privilegiada, somente realizar operações de compra ou venda de ações da Empresa observando suas Políticas de Negociação e de Divulgação. c. A preservação das informações O modo de utilizar as informações pode gerar resultados positivos ou negativos, já que esse uso repercute sobre a dinâmica das empresas e sobre a imagem das pessoas. Por isso, o sigilo das informações se transformou numa tradição essencial não só no mundo dos negócios, mas também nos campos mais diversos, sendo, em algumas situações, protegido por lei. É o caso do segredo profissional para os médicos, da preservação da fonte para os jornalistas, da reserva mantida pelos profissionais liberais, do sigilo imposto às instituições financeiras ou da discrição necessária nas investigações policiais. Nesse sentido, é de suma importância: d. • Por respeito aos demais colegas, proteger a confidencialidade dos registros pessoais, que ficam restritos a quem tem necessidade funcional de conhecê-los, salvo se o colaborador autorizar sua divulgação ou se isso for exigido por lei, regulamento ou decisão judicial. • Por se tratar de conduta socialmente reprovada, não manipular nem valer–se de informações sobre os negócios do Itaú ou de seus clientes que possam influenciar decisões em proveito pessoal, ou gerar benefício ou prejuízo a terceiros. • Por ferir a propriedade intelectual, não usar para fins particulares, nem repassar a outrem, tecnologias, marcas, metodologias e quaisquer informações que pertençam à Empresa, ainda que tenham sido obtidos ou desenvolvidos pelo próprio colaborador em seu ambiente de trabalho. • Por poderem representar legítimas vantagens competitivas, manter o sigilo das informações internas, isto é, das informações que não sejam de domínio público. • Para garantir a segurança da informação, a proteção da privacidade dos colaboradores e a salvaguarda dos negócios, utilizar os mecanismos de cautela adotados pela Empresa e devidamente comunicados, tais como gravações telefônicas, câmeras de segurança, controle do acesso ao correio eletrônico, além de segregação de atividades e de funções. • Para evitar que o vazamento de informações confidenciais ou privilegiadas afete uma decisão de compra ou venda de valores mobiliários e provoque efeitos indesejáveis, limitar o acesso a tais informações e caracterizar seu uso indevido como infração grave. Os favores e os presentes Uma questão delicada nos relacionamentos externos diz respeito às cortesias oferecidas aos colaboradores e que se traduzem em brindes, oferta de gratificações, descontos em transações de caráter pessoal, viagens, convites para participar de eventos ou quaisquer outras atenções, na medida em que podem provocar suspeita de favorecimento. Os critérios de aceitação dependem das práticas usuais do mercado, devendo evitar-se tudo que possa ocasionar algum descrédito para a própria pessoa ou para a Empresa. 187 Para preservar a isenção nos negócios da Empresa, devemos: • Não aceitar nem oferecer, direta ou indiretamente, favores, dinheiro ou presentes de caráter pessoal que resultem de relacionamento funcional e que possam afetar decisões, facilitar negócios ou beneficiar terceiros. • A bem da transparência nas relações profissionais, informar por escrito ao Oficial de Controles Internos e Riscos da área os presentes que venham a exceder o valor limite estipulado em circular interna, e doá-los a uma entidade credenciada mediante comprovação formal ou, opcionalmente, encaminhá-los à Auditoria Interna para que a doação seja feita nos mesmos termos. • Somente em obediência à etiqueta social, e para as áreas especificamente autorizadas, realizar despesas com clientes – tais como refeições, transporte, estada ou entretenimento – desde que justificadas por reunião de trabalho ou como cortesia normal de negócios, respeitados limites razoáveis que não impliquem nenhum constrangimento para os convidados ou eventual retribuição por parte deles. • Na troca usual de presentes entre colaboradores – prática que ocorre em eventos festivos, tais como aniversários, casamentos, nascimento de filhos, Páscoa, Natal, dia da Secretária etc. –, não registrar valor de contribuição em listas, facultando assim a adesão livre, voluntária e espontânea. e. A segurança financeira pessoal Em função dos reflexos prejudiciais que o desequilíbrio financeiro acarreta , é recomendado: • Não ficar inadimplente em negócios pessoais, pois se trata de circunstância negativa prevista na legislação trabalhista. • Nos investimentos pessoais, assim como nos de nossos cônjuges ou de qualquer pessoa que seja nossa dependente, priorizar objetivos de longo prazo e não resultados de curto prazo. • Fazer investimentos compatíveis com o patrimônio e os rendimentos pessoais, sempre procurando limitar os riscos, para não vir a sofrer perdas financeiras que comprometam a vida pessoal ou que possam prejudicar a capacidade funcional. • Não realizar empréstimos de ou para colegas de trabalho. f. A responsabilidade dos gestores A responsabilidade maior pela criação de um ambiente de trabalho produtivo e estimulante cabe aos principais executivos da Empresa, porque todos os colaboradores se inspiram neles. Assim sendo: • Qualquer conflito de interesse, ou a presunção de sua existência, merece imediata comunicação à Empresa. • O conhecimento de qualquer possível infração das diretrizes do Código de Ética exige um pronto relato ao Comitê de Ética Setorial da Área ou ao Comitê de Ética do Banco. • A proteção da confidencialidade de informações restritas e a prevenção de sua divulgação, a menos que legalmente requerida, demandam incessante vigilância. • A produção de relatórios e documentos apresentados ao Banco Central e a outros órgãos reguladores, ou as declarações públicas concernentes à Empresa, implica informações completas, fidedignas, oportunas e compreensíveis. • Não se devem transmitir visões enganosas da situação da Empresa, nem exercer pressão sobre os auditores independentes, pois isso comprometeria a credibilidade pública do Itaú. 188 As relações com os Clientes Os clientes representam a razão de ser de qualquer negócio. Para conservá-los, temos como missão dar-lhes tratamento cortês e eficiente, além de lhes fornecer informações precisas, claras e compatíveis com suas demandas e seus direitos. • Identificar as necessidades dos clientes e ser capaz de satisfazê-las em sintonia com os objetivos de segurança, qualidade e rentabilidade da Empresa, constitui um dos mais sérios desafios para cada um de nós, principalmente porque administramos muitos de seus recursos, o que realça ainda mais a necessidade de cultivarmos a confiança que depositam em nós. • Essa confiança decorre de uma atitude de parceria, na qual buscamos a sintonia entre o que é afirmado acerca de um produto ou serviço e o que é realmente entregue aos clientes. Para tanto, não realizamos vendas casadas ou forçadas, não inventamos artifícios, não ocultamos informações nem aproveitamos uma situação para forçar a compra de um produto ou serviço. • Da mesma forma, representa tarefa permanente evitar que nossos interesses pessoais ou nossas opiniões entrem em conflito com os interesses dos clientes. A resposta a essa dificuldade se encontra nas relações profissionais, ou seja, no relacionamento imparcial, objetivo e tecnicamente competente. • Entre os direitos dos clientes destaca-se a questão essencial da privacidade. Assim, na forma prevista em lei, regulamos o uso, o controle e a segurança das informações dos clientes. Elas só podem ser utilizadas para as finalidades comerciais do Itaú, de maneira que os clientes tenham a certeza de que os dados sigilosos que nos confiaram se encontram em boas mãos. As relações com os Acionistas Os acionistas, juntamente com os colaboradores e os clientes, formam o tripé sobre o qual se assenta qualquer organização. Os primeiros criam o empreendimento e arriscam seu capital, os segundos geram riqueza com seu trabalho e os terceiros viabilizam o negócio com suas operações. Em proporções variadas, cada qual faz jus a uma parte do valor agregado. • Uma exigência atual a que aderimos diz respeito à governança corporativa. Ela implica prestar contas e relacionar-se de forma transparente com os acionistas, investidores, analistas de mercado, órgãos reguladores e entidades do mercado de capitais nacional e internacional. Significa fornecer, no momento apropriado, informações claras, exatas, acessíveis, eqüitativas e completas. • Para garantir decisões confiáveis, o Conselho de Administração lança mão de controles internos que transcendem o caráter apenas corretivo e adotam uma visão preventiva. Assim, além da fiscalização da gestão e dos procedimentos, procedemos a uma avaliação contínua do gerenciamento dos riscos de negócios e desenvolvemos uma preocupação estratégica para proteger o patrimônio e a imagem da Empresa. • Ademais, o Conselho de Administração funciona para os acionistas como canal para o competente encaminhamento de eventuais questionamentos das ações da Administração da Empresa. • De forma indissociável, garantimos a segurança das informações dos acionistas, cujos cadastros estejam sob responsabilidade da Empresa. • A memória da Empresa e as bases dos lançamentos contábeis se encontram nos registros e nos relatórios que fundamentam nossos comunicados ao mercado, além de atender aos nossos compromissos com os órgãos governamentais. Nesse sentido, torna-se essencial preservar a integridade dos documentos sob nossa guarda. Mais ainda: quanto mais precisas e detalhadas forem as informações contidas neles, mais seguras e fidedignas serão nossas demonstrações para efeitos contábeis e legais. • Nesta mesma linha, e para torná-los comparáveis e auditáveis, os nossos demonstrativos financeiros são elaborados de acordo com os princípios fundamentais da contabilidade dos países nos quais operamos. Por isso mesmo, é indispensável que apresentem de forma objetiva, sob todos os aspectos materiais, a situação econômica e os resultados financeiros da Empresa. 189 As relações com os Fornecedores Ao mesmo tempo em que respeitamos a confidencialidade das informações e procuramos estabelecer relacionamentos isentos de favorecimentos, solicitamos aos nossos fornecedores que cumpram as exigências legais, trabalhistas e ambientais, além de gozar de boa reputação. • Em decorrência, condutas inadequadas, tais como o uso de trabalho infantil ou de trabalho forçado, são motivos suficientes para que eles tenham seu nome retirado do quadro de fornecedores ou de prestadores de serviços. • Por sua vez, e dada a interdependência que o Itaú mantém com seus fornecedores e prestadores de serviços, a forma de proporcionar a melhor relação custo-benefício faz com que se procure: • Adotar critérios de seleção tanto objetivos como justos. • Observar as especificações técnicas definidas pelas áreas competentes, no contexto das melhores ofertas apresentadas pelo mercado. • Cuidar da legalidade do processo de contratação. • Enunciar de forma clara eventuais vínculos comerciais e pessoais entre os colaboradores e as empresas a serem contratadas. As relações com o Setor Público Os contratos e os convênios que assinamos com o poder público obedecem às normas legais e respeitam as prescrições morais, de forma transparente. Mais do que o cumprimento de exigências burocráticas, isso assegura relações justas e profissionais. • Em razão disso, evitamos demonstrar quaisquer preferências por atos ou declarações de agentes governamentais e nos abstemos de tecer quaisquer comentários de natureza política, ressalvada a possibilidade de análises por parte de representantes devidamente autorizados e habilitados. • Opiniões de caráter pessoal, naturalmente, podem ser expressas, desde que haja declaração expressa de que não representam posições da Empresa. • No exercício de uma cidadania responsável, ressaltamos a necessidade de abstenção de qualquer forma de aliciamento de autoridades ou de funcionários públicos, por meio de vantagens pessoais, ainda que seja para que cumpram suas obrigações ou apressem suas próprias rotinas, procedimentos que podem configurar infração penal. As relações com os Concorrentes Consideramos saudável a concorrência, desde que leal, razão pela qual tratamos os concorrentes com o mesmo respeito que deles esperamos ter. • O fato de competir no mercado não quer dizer vencer a qualquer custo. Práticas como informação privilegiada, omissão de fatos relevantes, manipulação da boa fé, espionagem econômica ou obtenção de planos ou ações dos competidores por métodos escusos, não fazem parte de nossas políticas. • Nessa mesma linha, não é admissível fazer comentários que possam afetar a imagem ou contribuir para a divulgação de boatos sobre os nossos competidores – o que, em certas situações, pode configurar crime. • Com a mesma discrição com que tratamos as informações de nossos concorrentes, não discutimos com eles assuntos sensíveis que constituem nossos diferenciais estratégicos, tais como política de preços, termos de contrato, custos, marketing, desenvolvimento de novos produtos e pesquisas de mercado. 190 As relações com a Mídia Os diversos veículos de comunicação de massa desempenham um papel extremamente valioso para a consolidação da democracia no País, à medida que difundem notícias e análises vitais para informar a população. Constituem assim uma linha de frente na defesa da cidadania e dos interesses públicos, função inegável que fazemos questão de reconhecer. • A reputação de uma organização resulta da percepção pública construída ao longo do tempo e corresponde à credibilidade desfrutada. Nesse processo, a mídia ocupa posição de destaque na formação e na manutenção do conceito que a coletividade atribui à Empresa. Assim, em consideração aos nossos clientes e à sociedade em geral, nossas relações com a mídia supõem um diálogo permanente, em que prevaleçam tanto a imparcialidade como a veracidade. • Em face das delicadas repercussões que quaisquer declarações costumam produzir, bem como da necessidade de se preservar o sigilo de determinadas informações, somente devem manifestar-se em nome da Empresa a Assessoria de Imprensa e as pessoas autorizadas. As relações com a Comunidade A responsabilidade social corporativa decorre da compreensão da sustentabilidade empresarial, porque supõe uma postura que associa a eficácia econômica à sensibilidade social, inaugura um novo pacto entre as empresas, a sociedade civil e o Estado, e visa a construir uma sociedade melhor. • A sustentabilidade empresarial repousa em três pilares com os quais nós nos identificamos e que indicam a necessidade de as empresas serem: • Economicamente viáveis – gerem lucros de forma responsável e pratiquem a governança corporativa; • Ecologicamente corretas – administrem os riscos ambientais com competência e adotem o consumo consciente nos gastos e nas compras. • Socialmente justas – promovam o desenvolvimento social, combatam preconceitos e discriminações, e contribuam para universalizar os direitos sociais. • A Empresa, por intermédio de seus colaboradores, demonstra seu forte comprometimento com o desenvolvimento social do País, por meio de programas – sobretudo voltados para a educação e a saúde pública –, que têm em mira converter-se em marcos de referência nas parcerias sociais. • Nesse mesmo sentido, estimulamos os colaboradores a que, fora do expediente e de forma voluntária e solidária, se envolvam em ações comunitárias. • Diante do quadro de degradação ambiental do planeta, consideramos fundamental avaliar os impactos sobre o meio ambiente, não só para o êxito do crescimento empresarial, mas como variável decisiva para o desenvolvimento econômico sustentável e a prevenção dos riscos à saúde humana. • Na concessão de crédito às empresas, valorizamos critérios socioambientais para que os projetos que financiamos sejam desenvolvidos de maneira socialmente responsável e reflitam as melhores práticas de gestão ambiental. A gestão do Código de Ética Itaú A aplicação das diretrizes do Código é função relevante de cada um de nós e encontra respaldo nas políticas e circulares da Empresa. • Os Códigos Setoriais de Conduta formulam regras específicas e complementares para cada área de atuação que delas necessite. • Eventuais dúvidas ou dilemas éticos encontram fontes competentes de esclarecimento nos Oficiais de Controles Internos e Riscos, nos membros da Consultoria de Ética Empresarial ou nos membros da Comissão Superior de Ética. 191 • Casos de conflitos de interesse, assédio moral, práticas lesivas ou ações contrárias às diretrizes enunciadas no Código dispõem de canais adequados para seu encaminhamento: o colaborador pode comunicar o fato, sem receio de represália, a seu superior imediato, ao Oficial de Controles Internos e Riscos de sua área, ao Comitê de Ética Setorial da Área, ao Comitê de Ética da sua Empresa, à Comissão Superior de Ética, ou ao Comitê de Auditoria. • O anonimato é assegurado a quem o desejar, mas implica que haja fundamentação consistente daquilo que for comunicado. O sigilo da apuração será rigorosamente mantido e, quando couberem, medidas apropriadas serão adotadas. • A gestão do Código é de responsabilidade da Diretoria de Auditoria do Banco Itaú Holding Financeira. Sua competência abrange o estabelecimento de instrumentos para viabilizar o conteúdo do Código, bem como o fornecimento de subsídios para as decisões da Comissão Superior de Ética. • Compete à Comissão Superior de Ética, composta segundo norma interna, avaliar a atualidade e a pertinência das diretrizes do Código e encaminhar as ações necessárias para sua difusão. • A Comissão é responsável pela interpretação do texto e pela definição de condutas que não tenham sido previstas no código, bem como pela apreciação de temas encaminhados por seus membros. • O Conselho de Administração é responsável pela aprovação do Código. 192 Anexo 11.2 BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S.A. CNPJ. 60.872.504/0001-23 Companhia Aberta NIRE. 35300010230 POLÍTICA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA APROVADA PELO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EM REUNIÃO DE 5.5.2008 1. Objetivo Esta Política de Governança Corporativa (Política) consolida os princípios e práticas de Governança Corporativa adotados pelo Banco Itaú Holding Financeira S.A. (Itaú Holding). Governança Corporativa envolve a direção e o monitoramento dos relacionamentos entre a Companhia, o Conselho de Administração, a Diretoria, os Comitês estatutários, a Auditoria Independente, o Conselho Fiscal, os seus Acionistas e o Mercado. As boas práticas de Governança Corporativa agregam valor à sociedade, facilitando seu acesso ao capital e contribuindo para a sua perenidade. O princípio fundamental sobre o qual se assenta a Política do Itaú Holding é a busca de excelência em Governança Corporativa, com vista a fortalecer e criar as melhores condições para o desenvolvimento de suas subsidiárias. A Política faz remissões ao Estatuto Social, aos Regimentos Internos do Conselho de Administração e demais órgãos estatutários e Comitês, ao Código de Ética e outros regulamentos internos do Itaú Holding, e reflete as estruturas existentes para a proteção dos interesses dos acionistas e do mercado, balizadoras da gestão da companhia. 2. Ambiente Regulatório e Auto-regulatório O Itaú Holding é instituição financeira de capital aberto. Suas ações são negociadas em três bolsas de valores: Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), Bolsa de Comércio de Buenos Aires (BCBA) e Bolsa de Valores de Nova Iorque (New York Stock Exchange) (NYSE). Nesta última, a negociação ocorre por meio de certificados de depósito de ações (ADRs). Como instituição financeira, sujeita-se às normas do Conselho Monetário Nacional (CMN) e às normas e fiscalização do Banco Central do Brasil. Como sociedade de capital aberto, com ações negociadas nas citadas bolsas de valores no Brasil, Argentina e Estados Unidos da América, submete-se às normas e à fiscalização das autoridades locais que regulam o mercado de capitais: Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Comisión Nacional de Valores (CNV) e Securities and Exchange Commission (SEC), respectivamente, inclusive às normas relativas à Governança Corporativa. No Brasil, o principal regulamento aplicável ao Itaú Holding advém da adesão ao Nível 1 de Governança Corporativa da BOVESPA, efetuada de forma voluntária em junho de 2001, que exige da companhia a adoção de práticas diferenciadas de governança corporativa, tais como maior transparência na prestação de informações ao mercado, manutenção de percentual mínimo de ações em circulação e de dispersão acionária em distribuição pública de ações, em respeito ao interesse dos acionistas minoritários. Além disso, em 2007, o Itaú Holding aderiu ao Manual ABRASCA de Controle e Divulgação de Informações Relevantes. Nos Estados Unidos, o Itaú Holding está sujeito à Lei Sarbanes-Oxley, de julho de 2002, e também às exigências da NYSE e da SEC, entre elas a necessidade de constituição de Comitê de Auditoria e de certificação de controles internos e demonstrações financeiras da companhia. A constituição do Comitê de Auditoria é também determinada pela regulamentação brasileira (Resoluções CMN 3198/04 e CNSP 118/04). 3. Código de Ética A atuação do Itaú Holding é pautada por princípios que sustentam uma cultura organizacional dirigida à valorização das pessoas, ao estrito cumprimento de normas e regulamentos e à permanente vocação para o 193 desenvolvimento. Para auxiliar a implementação desses princípios, o Itaú Holding mantém desde 2000 seu Código de Ética, amplamente disseminado na companhia, atualizado em outubro de 2005 para melhor situar o Itaú Holding, no ambiente internacional. 4. Administração Superior A Administração Superior compreende a Assembléia Geral dos Acionistas e os seguintes órgãos estatutários: Conselho de Administração, Diretoria, Conselho Fiscal, Conselho Consultivo, Conselho Consultivo Internacional, Comitê de Nomeação e Remuneração, Comitê de Auditoria, Comitê de Divulgação e Negociação, Comitê de Gestão de Riscos e de Capital e Comitê de Políticas Contábeis. Os comitês estatutários (Comitês) mantêm relação com o Conselho de Administração e têm seus membros eleitos ou indicados por esse órgão, objetivando criar condições para o tratamento uniforme e sistematizado de assuntos de relevância estratégia e de controle do Itaú Holding. O Conselho de Administração, a Diretoria e os Comitês estatutários como órgãos colegiados buscam o consenso por intermédio do diálogo e da visão sistêmica que caracterizam a gestão do Itaú Holding. 4.1. Assembléias Gerais O órgão soberano da companhia é a Assembléia Geral, que congrega os acionistas e se reúne, ordinária ou extraordinariamente, mediante convocação, na forma prevista na Lei das Sociedades Anônimas. A Assembléia Geral Ordinária realiza-se no primeiro quadrimestre de cada ano, para exame, discussão e votação das demonstrações financeiras apresentadas pelos administradores, deliberação sobre a destinação do lucro líquido do exercício, distribuição de dividendos e eleição dos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal. A Assembléia Geral Extraordinária realiza-se quando convocada para deliberar sobre matérias relevantes (que não sejam da competência privativa da Assembléia Geral Ordinária). 4.1.1. Voto e Espécies de Ações O Estatuto Social prevê duas espécies de ações: ordinárias e preferenciais, ambas escriturais, sem valor nominal e de classe única. Cada ação ordinária confere a seu titular o direito a um voto nas Assembléias Gerais. As ações preferenciais não dão direito a voto, exceto em casos específicos legalmente previstos, mas conferem a seu titular (i) prioridade no recebimento de dividendo anual mínimo não cumulativo de R$ 0,022 por ação, (ii) participação em igualdade de condições com as ações ordinárias no recebimento dos lucros distribuídos, após assegurar às ações ordinárias os dividendos determinados em (i) acima, e (iii) direito de, em eventual alienação de controle, serem incluídas em oferta pública de aquisição de ações, de modo a lhes assegurar preço igual a 80% do valor pago por ação com direito a voto, integrante do bloco de controle (tag along). 4.2. Conselho de Administração, Diretoria e Comitês O Conselho de Administração, com atuação colegiada, é órgão obrigatório da companhia aberta. A ele compete, entre outras atribuições, fixar a orientação geral dos negócios da sociedade, eleger os membros da Diretoria e fiscalizar sua gestão. As funções operacionais e executivas competem à Diretoria, observadas as diretrizes fixadas pelo Conselho de Administração. A estrutura, composição e competência do Conselho de Administração constam do Estatuto Social do Itaú Holding e suas regras de funcionamento estão previstas em Regimento Interno. A fim de promover a renovação dos membros do Conselho de Administração, levando em consideração as melhores práticas de Governança Corporativa, o Estatuto Social do Itaú Holding previu, em 2006, com algumas regras de transição, a inelegibilidade para o Conselho de Administração de pessoas que tenham completado 75 anos de idade. O Conselho de Administração é composto por acionistas do Itaú Holding e pode ter de 5 (cinco) a 20 (vinte) membros. Na primeira reunião após a Assembléia Geral que o eleger, o Conselho escolherá, entre seus pares, o seu Presidente e de 1 (um) a 3 (três) Vice-Presidentes. 194 Membro Independente do Conselho de Administração A independência dos Conselheiros visa especialmente a resguardar os interesses da companhia e de seus acionistas minoritários, por propiciar o debate de idéias eventualmente diferentes das dos Conselheiros indicados pelo bloco controlador. Nesse sentido, o Regimento Interno do Conselho de Administração prevê que os Conselheiros independentes possam reunir-se para analisar temas específicos de interesse da companhia, reportando ao Presidente do Conselho de Administração os temas tratados e eventuais sugestões de medidas a serem adotadas. Caracteriza-se como independente o Conselheiro que não tem relação comercial nem de qualquer outra natureza com a companhia, com empresa sob o mesmo controle, com o acionista controlador ou com membro de órgão de administração que possa (i) originar conflito de interesses; ou (ii) prejudicar sua capacidade e isenção de análise e apreciação. Nessa linha, não pode ser considerada independente, por exemplo, a pessoa que: 1. detenha participação, direta ou indireta, no capital social da companhia ou de qualquer empresa por esta controlada ou sob controle comum, igual ou superior a 5% (cinco por cento); 2. integre acordo de acionistas ou se vincule ao do bloco de controle, direta ou indiretamente (por intermédio de pessoa jurídica ou de familiar*); 3. é ou foi nos últimos três anos funcionário ou diretor da companhia ou de empresa sujeita ao mesmo controle, ou cujo familiar* é ou foi diretor da companhia ou de empresa sujeita ao mesmo controle; 4. é ou foi (ou cujo familiar* é ou foi), nos últimos três anos, responsável técnico, sócio, diretor, gerente, supervisor ou qualquer outro integrante, com função de gerência, da equipe envolvida nos trabalhos de auditoria externa da companhia ou de empresa sujeita ao mesmo controle. A independência do Conselheiro deve ser atestada pelo Comitê de Nomeação e Remuneração, cuja análise não ficará, necessariamente, adstrita aos limites ou relacionamentos acima exemplificados. Perderá a qualidade de independente o Conselheiro que permanecer no cargo por 12 (doze) anos ininterruptos. * Os familiares são os cônjuges, os parentes e os afins em linha reta ou colateral até o segundo grau. 4.2.1. Comitê de Nomeação e Remuneração O Comitê de Nomeação e Remuneração tem como competência principal definir a política de remuneração dos Diretores do Itaú Holding e subsidiárias, que compreende o rateio da verba global e anual fixada pela Assembléia Geral, o pagamento da participação nos lucros, a outorga de opções de compra de ações e a concessão de benefícios de qualquer natureza e verbas de representação, levando em consideração as responsabilidades, a contribuição para os resultados e o desenvolvimento das empresas, o tempo dedicado às funções, a competência e reputação profissional e o valor dos serviços no mercado. Compete ainda a tal Comitê: (i) analisar e propor nomes para a Diretoria do Itaú Holding; (ii) propor ao Conselho de Administração membros para integrar os Comitês Estatutários; (iii) manifestar-se sobre situações de potencial conflito de interesses relacionadas com a participação de membros do Conselho de Administração ou da Diretoria Executiva em órgãos estatutários de outras sociedades e (iv) propor critério de avaliação das atividades do Conselho de Administração. O Comitê é composto de 6 (seis) a 8 (oito) pessoas eleitas anualmente pelo Conselho de Administração entre os membros desse próprio Conselho, da Diretoria da sociedade e de sociedades controladas e profissionais de comprovado conhecimento na área, observado que a maioria será composta por membros do Conselho de Administração. 195 Plano de Outorga de Opções de Ações O Itaú Holding, desde 1995, tem como prática incluir, na remuneração de seus executivos e de executivos de empresas controladas, a outorga de opções de compra de ações de sua emissão (stock options). O objetivo do Plano de Outorga de Opções é integrar os executivos ao processo de desenvolvimento da companhia a médio e longo prazos, propiciando-lhes participar da valorização que o seu trabalho e dedicação trouxerem para as ações da companhia, cabendo a gestão desse Plano ao Comitê de Nomeação e Remuneração, que designa a cada ano as pessoas elegíveis a receber as opções, bem como quantidade e preço. 4.2.2. Comitê de Auditoria O Comitê de Auditoria, instituído pela Assembléia Geral em abril de 2004, é único para o Itaú Holding e suas controladas e coligadas, direta ou indiretamente, (“Conglomerado Financeiro Itaú”) e reporta-se ao Conselho de Administração. Tal Comitê atende integralmente às determinações da Resolução CMN 3198/2004, da Resolução CNSP 118/2004, da Lei Sarbanes-Oxley e das normas da NYSE. De acordo com seu Regimento Interno, aprovado pelo Conselho de Administração, compete ao Comitê de Auditoria zelar: (i) pela qualidade e integridade das demonstrações financeiras; (ii) pelo cumprimento das exigências legais e regulamentares; (iii) pela atuação, independência e qualidade do trabalho das empresas de auditoria independente e da auditoria interna; e (iv) pela qualidade e efetividade dos sistemas de controles internos e de administração de riscos. O Comitê de Auditoria é composto por, no mínimo, três e, no máximo, sete membros, eleitos anualmente pelo Conselho de Administração entre seus membros e profissionais de comprovado conhecimento na área de auditoria, observado que a maioria será composta por membros do Conselho de Administração, que indicará também o Presidente do Comitê.. Na eleição, levam-se em consideração os critérios de independência constantes da regulamentação aplicável e a exigência de que um de seus integrantes possua conhecimentos que o possam qualificar como especialista financeiro conforme descrito no Regulamento do Comitê de Auditoria. O Comitê de Auditoria elabora, em 30 de junho e 31 de dezembro, relatório envolvendo o acompanhamento das atividades relacionadas com as auditorias independente e interna e o sistema de controles internos e de administração de riscos, mantendo-o à disposição do Banco Central do Brasil, da Superintendência de Seguros Privados e do Conselho de Administração e divulga o resumo do relatório juntamente com as demonstrações contábeis desses períodos. Além disso, o Comitê deve comunicar formalmente ao Banco Central do Brasil e à Superintendência de Seguros Privados eventuais evidências de: (i) inobservância de normas legais e regulamentares, que coloque em risco a continuidade de quaisquer das sociedades do Conglomerado Financeiro Itaú; (ii) fraudes de qualquer valor praticadas por administrador de qualquer sociedade do Conglomerado Financeiro Itaú; (iii) fraudes relevantes praticadas por funcionários de qualquer sociedade do Conglomerado Financeiro Itaú, ou por terceiros; e (iv) erros que resultem em incorreções relevantes nas demonstrações financeiras de qualquer sociedade do Conglomerado Financeiro Itaú. 4.2.3. Comitê de Divulgação e Negociação A Instrução CVM 358 de julho de 2002 estabeleceu que as companhias abertas devem adotar Política de Divulgação de Ato ou Fato Relevante (Política de Divulgação) e podem adotar Política de Negociação de Ações de Emissão Própria (Política de Negociação). Ambas foram adotadas pelo Itaú Holding. Além da adoção da Política de Divulgação e da Política de Negociação, o Itaú Holding, ampliando o escopo da Instrução aqui referida, criou um comitê específico para a gestão das Políticas. Foi pioneiro, entre as sociedades anônimas de capital aberto no Brasil, na criação e operação de tal comitê, sempre com vistas às melhores práticas de Governança Corporativa. O Comitê de Divulgação e Negociação tem a função primordial de administrar a Política de Negociação e a de Divulgação. Sua atuação abrange um leque de ações internas destinadas a melhorar o fluxo de informação e zelar pela conduta ética de seus administradores e colaboradores signatários das Políticas, de modo a: (i) assegurar a transparência, a qualidade, a igualdade e a segurança das informações prestadas aos acionistas, investidores, imprensa, autoridades governamentais e aos demais agentes do 196 mercado de capitais; (ii) observar e aplicar os critérios estabelecidos nas Políticas, a fim de que seus administradores, acionistas, controladores e funcionários, bem como terceiros que tenham relação profissional ou de confiança com a companhia, observem padrões éticos e legais na negociação de valores mobiliários da companhia, ou de valores a eles referenciados; (iii) avaliar as diretrizes e os procedimentos da Política de Negociação e os que deverão ser observados na divulgação de ato ou fato relevante e na manutenção do sigilo de tais informações, estabelecidas pela Política de Divulgação, bem como analisar previamente o conteúdo dos comunicados à imprensa; (iv) monitorar e regular a adesão dos administradores e demais colaboradores do Conglomerado Financeiro Itaú às Políticas, e (v) apurar casos de violação das Políticas, levando eventuais infrações a conhecimento do Conselho de Administração e do Comitê de Ética. O Comitê é integrado pelo Diretor de Relações com Investidores e por 6 (seis) a 10 (dez) pessoas eleitas anualmente pelo Conselho de Administração entre os membros desse próprio Conselho, da Diretoria da sociedade e de sociedades controladas e entre profissionais de comprovado conhecimento na área de mercado de capitais, observado que a maioria será composta por membros do Conselho de Administração. Regras Operacionais para a Tesouraria Em novembro de 2004, o Itaú Holding, como resultado de uma ampla pesquisa nacional e internacional sobre as melhores práticas de Governança Corporativa, tornou-se a primeira companhia brasileira a adotar de forma voluntária Regras Operacionais de Negociação de Ações para a Tesouraria (Regras). As Regras passaram a reger as negociações de ações de sua própria emissão realizadas pelo Itaú Holding nas Bolsas de Valores onde suas ações são negociadas. Na visão da administração do Itaú Holding, a adoção dessas Regras trouxe inúmeros benefícios, entre os quais a redução de risco operacional, financeiro e estratégico, a criação de cultura interna dessas operações no mercado de capitais, a redução da possibilidade de concentração de mercado ou formação indevida de preços, o reforço da estratégia de recompra de papéis focada na preservação da liquidez e do valor para os acionistas. Tudo isso leva a uma maior transparência desse tipo de operação. 4.2.4. Comitê de Gestão de Riscos e de Capital Com vistas a atender às resoluções do CMN e reforçar a estrutura de controles internos foi aprovado na Assembléia Geral Extraordinária de 23 de abril de 2008 a criação do Comitê de Gestão de Riscos e de Capital, composto por 6 (seis) a 8 (oito) pessoas eleitas anualmente pelo Conselho de Administração entre os membros desse próprio Conselho, da Diretoria da sociedade e de sociedades controladas e entre profissionais de comprovado conhecimento na área de gestão de riscos e de alocação de capital, observado que a maioria será composta por membros do Conselho de Administração. Compete ao Comitê revisar e aprovar as políticas e as metodologias e acompanhar o gerenciamento dos riscos e de alocação de capital estabelecendo limites: (i) de exposição a riscos de crédito, de mercado, operacional e de subscrição; e (ii) para alocação de capital, considerando o retorno ajustado ao risco e assegurando plena aderência às exigências regulatórias. 4.2.5. Comitê de Políticas Contábeis A Assembléia de 23 de abril de 2008 aprovou também a criação do Comitê de Políticas Contábeis, composto de 6 (seis) a 8 (oito) pessoas eleitas anualmente pelo Conselho de Administração entre os membros desse próprio Conselho, da Diretoria da sociedade e de sociedades controladas e entre profissionais de comprovado conhecimento nas áreas de contabilidade e auditoria, observado que a maioria será composta por membros do Conselho de Administração. Compete ao Comitê de Políticas Contábeis revisar e aprovar as políticas e os procedimentos contábeis com o objetivo de: (i) assegur a aderência a padrões regulatórios e sua aplicação uniforme em todo o Conglomerado Itaú, com ênfase para os critérios de estimativa, avaliação e julgamento; e (ii) acompanhar o processo de elaboração das Demonstrações Contábeis e do relatório Análise Gerencial da Operação, trimestrais, para fins de publicação e divulgação. 197 4.3. Conselhos Consultivos O Itaú Holding possui um Conselho Consultivo e um Conselho Consultivo Internacional. O Conselho Consultivo é órgão estatutário composto de 3 (três) a 20 (vinte) membros, eleitos anualmente pelo Conselho de Administração. Cabe a ele colaborar com a Diretoria por intermédio de sugestões para a solução de temas específicos, cujo estudo lhe seja solicitado. O Conselho Consultivo Internacional é órgão estatutário que se reúne para avaliar as perspectivas econômicas mundiais e a aplicação de códigos e normas internacionalmente aceitos, em particular nas áreas de política monetária e financeira, Governança Corporativa, mercado de capitais, sistemas de pagamentos e prevenção à lavagem de dinheiro, de forma a contribuir para a ampliação da presença do Itaú Holding na comunidade financeira internacional. O Conselho Consultivo Internacional tem como membros o Diretor Presidente do Itaú Holding e 3 (três) a 20 (vinte) outros membros, com elevado conhecimento dos assuntos financeiros e econômicos internacionais. 4.4. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é órgão independente da administração, composto de 3 (três) a 5 (cinco) membros eleitos em Assembléia Geral para supervisionar as atividades da administração e dos auditores independentes. A composição, funcionamento, atribuições e responsabilidades do Conselho Fiscal estão estabelecidos em seu Regimento Interno. Suas responsabilidades incluem a elaboração de parecer técnico sobre os relatórios trimestrais e anuais submetidos à aprovação dos acionistas (que devem ser colocados à disposição dos acionistas até um mês antes da data marcada para a realização da Assembléia Geral Ordinária). Os titulares de ações preferenciais têm direito de eleger um membro efetivo e respectivo suplente desse Conselho. Igual direito têm os acionistas minoritários que representem, em conjunto, 10% (dez por cento) ou mais das ações com direito a voto. De acordo com o Estatuto Social do Itaú Holding, o Conselho Fiscal é de funcionamento não permanente e sua instalação, conforme a Lei das Sociedades Anônimas, depende de deliberação da Assembléia Geral. O Conselho Fiscal tem sido instalado ininterruptamente desde 2000. Os membros indicados pelos controladores do Itaú Holding são profissionais independentes, conforme o critério fixado nas recomendações de Governança Corporativa da NYSE, com ampla experiência no mercado financeiro. 5. Direitos dos Acionistas 5.1. Política de Dividendos Desde julho de 1980, o Itaú Holding mantém, como política de distribuição de dividendos, o pagamento mensal de dividendos e pagamentos complementares, semestrais e anuais. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, importância não inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido apurado no mesmo exercício, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nas letras “a” e “b” do inciso I do artigo 202 da Lei nº 6.404/76 e observados os incisos II e III do mesmo dispositivo legal. Além do dividendo obrigatório, o Conselho de Administração pode (i) propor à Assembléia Geral Ordinária o pagamento de dividendos calculados com base nos lucros acumulados, reservas de lucros e, em alguns casos, reservas de capital e (ii) estabelecer o pagamento de juros sobre o capital próprio. O pagamento de dividendos antecipados ou de juros sobre o capital próprio compõe o montante do dividendo obrigatório referente ao exercício. 5.1.1. Programa de Reinvestimento de Dividendos O Programa de Reinvestimento de Dividendos (PRD) foi criado em 2004, como mais um benefício para os acionistas do Itaú Holding, permitindo o investimento automático dos dividendos na compra de ações preferenciais ou ordinárias da companhia. Pode participar do PRD qualquer acionista que seja correntista do Banco Itaú S.A., seja ele pessoa física ou jurídica, exceto aqueles que sejam signatários da Política de Negociação de Valores Mobiliários do Conglomerado Itaú e com suas ações custodiadas no Sistema de Ações Escriturais do Banco Itaú S.A. 198 O PRD do Itaú Holding foi o primeiro programa de reinvestimento de dividendos de uma companhia brasileira, registrado e aprovado pela CVM e traz as seguintes vantagens para o acionista do Itaú Holding: (i) oferece alternativa segura, eficiente, sistemática e organizada de compra de ações; (ii) permite combinar ofertas individuais de compra de ações com as ofertas de todos os outros acionistas da mesma companhia que aderiram ao PRD, o que possibilita aumento de volume de investimento e a conseqüente redução das tarifas de corretagem, se comparadas a uma aquisição regular de ações; e (iii) promove aumento gradativo da participação no capital da companhia, e nos dividendos distribuídos. 5.2. Tag Along O Tag Along é um mecanismo de defesa dos acionistas minoritários (não integrantes do bloco de controle) que lhes assegura um preço mínimo a ser pago por ação por eles detida, em caso de eventual alienação do controle da companhia. No Brasil, a legislação societária determina que, quando da alienação do controle da companhia aberta, o adquirente deve fazer oferta pública de aquisição das ações ordinárias de não-controladores a um preço, no mínimo, igual a 80% (oitenta por cento) do valor pago por ação do grupo controlador. O Itaú Holding, em Assembléia Geral realizada em abril de 2002, estendeu aos titulares de ações preferenciais o mesmo direito de tag along. Portanto, o tag along é, no Itaú Holding, direito não só dos detentores de ações ordinárias (como prescreve a lei), mas também dos titulares de ações preferenciais. A BOVESPA incluiu o Itaú Holding no ITAG – Índice de Ações com Tag Along Diferenciado, por ela criado para diferenciar e valorizar companhias que dispensam maior atenção e cuidado ao seu corpo de acionistas minoritários. 6. Transparência 6.1. Relações com Investidores O principal objetivo da área de Relações com Investidores (RI) é disseminar, com transparência e acessiblidade, informações sobre o Itaú Holding para embasar investimentos em ações de sua emissão. Dessa forma, a área de RI procura consolidar e manter a imagem de liderança e inovação do Itaú Holding no mercado de capitais, sempre reforçando o respeito aos princípios legais e éticos. As reuniões públicas realizadas pela área de RI são um dos canais de comunicação mais importantes e apreciados pelos investidores, analistas e acionistas. A oportunidade de discutir com a Alta Administração as estratégias e os resultados obtidos pode representar um fator decisivo para a realização de investimentos. A BOVESPA exige que as companhias listadas nos Níveis de Governança Corporativa realizem, pelo menos, uma reunião anual com investidores. O Itaú Holding, desde 1996, promove reuniões públicas nas regionais da APIMEC - Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais e diversas apresentações nos Estados Unidos da América e na Europa. Nessas reuniões e apresentações, o Itaú Holding procura esclarecer à comunidade financeira nacional e internacional sua performance, estratégia de criação de valor para os acionistas e perspectivas para o futuro, entre outros temas de interesse dos investidores. Outros destaques da política de Relações com Investidores são o website de Relações com Investidores e as Teleconferências Nacionais e Internacionais com acionistas, analistas e investidores potenciais, que ocorrem trimestralmente 1 (um) dia após a divulgação dos resultados do Conglomerado Financeiro Itaú e, em certos casos, após a divulgação de fatos relevantes. Tais iniciativas desempenham papel relevante nas práticas de Governança Corporativa e estabelecem, de forma dinâmica e democrática, a oportunidade de um contato direto entre os acionistas, o mercado e o Itaú Holding, facilitando o acesso a informações relevantes da companhia. 6.2. Índices de Ações Nacionais e Internacionais Ao perseguir seu objetivo de excelência em Governança Corporativa o Itaú Holding tem logrado compor os principais índices que medem o grau de adesão da empresa a práticas reconhecidamente eficazes nessa área, tais como o ITAG, já citado, e o IGC – Índice de Governança Corporativa da BOVESPA, listagem que reúne companhias capazes de oferecer maior segurança ao investidor. 199 Nessa mesma linha, as ações do Itaú Holding passaram a compor a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BOVESPA, criado em conjunto com várias instituições, entre as quais o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, para se tornar marca de referência para o investimento socialmente responsável e indutor de boas práticas no meio empresarial brasileiro. As ações do Itaú Holding compõem ainda a carteira do Dow Jones Sustainability World Index (DJSI World) desde sua criação, em 1999. O DJSI World premia empresas de reconhecida sustentabilidade corporativa, aptas a criar valor para os acionistas no longo prazo, por conseguirem aproveitar as oportunidades e gerenciar os riscos associados a fatores econômicos, ambientais e sociais. Considera não apenas a performance financeira, mas principalmente a qualidade da gestão da empresa, que deve integrar o valor econômico à atuação social e ambiental, como forma de sustentabilidade no longo prazo. 7. Negócios com Partes Relacionadas Os negócios entre o Itaú Holding e partes relacionadas pautam-se pelo respeito às normas legais e éticas. Essas normas não limitam a capacidade do Itaú Holding de celebrar operações no mercado interfinanceiro com suas afiliadas que sejam instituições financeiras, conduzidas aos mesmos preços, prazos e taxas de mercado. Essas operações são eliminadas da posição consolidada e do resultado das operações do Itaú Holding, fiscalizadas por auditores independentes e divulgadas trimestralmente nas Demonstrações Contábeis. Os demais contratos com partes relacionadas seguem o mesmo critério de estrita submissão às regras legais, para afastar favorecimentos intercompanies ou de controladores. Por isso, tais contratos passam sempre por análise exaustiva da Alta Administração. 8. Responsabilidade Socioambiental As práticas de responsabilidade socioambiental do Itaú Holding caracterizam-se pelo relacionamento ético e transparente que a empresa mantém com colaboradores, clientes, acionistas, fornecedores, Governos, organizações não governamentais, imprensa, parceiros, comunidades e demais públicos estratégicos, pautado pelo respeito ao ser humano, à legalidade e à diversidade, além do compromisso com a qualidade de produtos e serviços e com a preservação do meio ambiente. Para gerir esta agenda, a companhia conta com duas instâncias internas de governança que reúnem representantes de diversas áreas: a Comissão de Responsabilidade Socioambiental e o Comitê Executivo de Responsabilidade Socioambiental. O Itaú Holding possui vários canais de relacionamento com público estratégico, entre os quais Fundação Itaú Social e o Instituto Itaú Cultural que são viabilizadores do investimento social da empresa, sendo o primeiro focado na educação pública de qualidade e o segundo na difusão da cultura brasileira. Os órgãos colegiados (Conselho de Administração, comitês e comissões) do Itaú Holding também discutem assuntos ligados ao tema socioambiental. Entre esses órgãos, destacam-se: a Comissão Superior de Ética, o Comitê de Auditoria, o Comitê de Divulgação e Negociação e a Comissão de Prevenção de Combate a Atos Ilícitos. A campanha promovida pelo Banco Itaú S.A., subsidiária integral do Itaú Holding, denominada Uso Consciente do Crédito, bem como a adesão do Itaú Holding aos Princípios do Equador, são exemplos emblemáticos da sua preocupação com políticas de crédito e de desenvolvimento sustentável que se harmonizam com os anseios da sociedade contemporânea. 9. A Visão Itaú O foco do Itaú Holding é a criação de valor para seus acionistas. Um dos caminhos para isso é a adoção das melhores práticas de Governança Corporativa, um processo contínuo e de longo prazo, voltado para o crescimento sustentado da companhia. Nesse contexto, sobressaem-se os valores da transparência, da ética e da constante preocupação com a comunidade, em alto nível de responsabilidade social e ambiental, o que tem como conseqüência o fortalecimento da vocação do Itaú Holding como organização sólida e perene. A Visão Itaú vem retratar esse objetivo e reafirmar os compromissos do Itaú Holding com o seu público interno, com os acionistas e com a comunidade: “Ser o Banco líder em performance e perene, reconhecidamente sólido e ético, destacando-se por equipes motivadas, comprometidas com a satisfação dos clientes, com a comunidade e com a criação de diferenciais competitivos”. 200 Anexo 12.1 Certificação Eu, Roberto Egydio Setubal, certifico que: 1. Revisei esse relatório anual no Formulário 20-F do Banco Itaú Holding Financeira S.A. (a “Empresa”); 2. Com base em meu conhecimento, esse relatório não contém qualquer declaração falsa de um fato significativo ou omissão de declaração de fato significativo necessário a tornar as declarações feitas, à luz das circunstâncias segundo as quais tais demonstrações foram feitas, não enganosas com respeito ao período coberto por esse relatório; 3. Com base em meu conhecimento, as demonstrações contábeis, e outras informações financeiras incluídas nesse relatório, apresentam de forma justa em todos os aspectos significativos a condição financeira, resultados das operações e fluxos de caixa da empresa em, e para, os períodos apresentados nesse relatório; 4. Eu e outros diretores responsáveis pela certificação da empresa somos responsáveis pelo estabelecimento e manutenção de controles e procedimentos de divulgação (conforme definido na Lei das Bolsas de Valores (“Exchange Act Rules”) Regras 13a-15(e) e 15d-15(e)) e de controles internos relacionados às demonstrações contábeis (conforme definido na Exchange Act Rules, Regras 13a-15(f) e 15d-15(f)) para a Companhia e: a. Projetamos tais controles e procedimentos de divulgação ou fizemos com que tais controles e procedimentos de divulgação fossem projetados segundo a nossa supervisão, para assegurar que as informações significativas relativas à Companhia, inclusive suas subsidiárias consolidadas, fossem divulgadas para nós por outros dentro daquelas entidades, particularmente durante o período no qual esse relatório está sendo preparado; b. Projetamos tais controles internos sobre demonstrações contábeis ou fizemos com que tais controles internos sobre demonstrações contábeis fossem projetados segundo nossa supervisão, para fornecer segurança razoável em relação à confiabilidade dos relatórios financeiros e elaboração das demonstrações contábeis para fins externos, de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos; c. Avaliamos a eficiência dos controles e procedimentos de divulgação da empresa e apresentamos nesse relatório nossas conclusões sobre a eficiência dos controles e procedimentos de divulgação, no final do período coberto por esse relatório com base em tal avaliação; e d. Divulgamos nesse relatório qualquer alteração nos controles internos da empresa sobre as demonstrações contábeis que ocorreram durante o período coberto pelo relatório anual que tenham afetado significativamente, ou tenha a razoável probabilidade de afetar de forma significativa, o controle interno da empresa sobre as demonstrações contábeis. 5. Eu e os outros diretores responsáveis pela certificação da empresa divulgamos, com base em nossa avaliação mais recente dos controles internos em relação às demonstrações contábeis, aos auditores da empresa e para o comitê de auditoria do conselho de administração da empresa (ou pessoas desempenhando a função equivalente): a. Todas as deficiências significativas e pontos fracos materiais no projeto ou operação dos controles internos sobre as demonstrações contábeis que podem provavelmente afetar de forma adversa a capacidade da empresa de registrar, processar, resumir e reportar informações financeiras; e b. Qualquer fraude, quer ou não significativa, que envolva a administração ou outros funcionários que desempenhem um papel significativo no controle interno da empresa sobre as demonstrações contábeis. Data: 30 de junho de 2008. /a/ Roberto Egydio Setubal Roberto Egydio Setubal Diretor Presidente 201 Anexo 12.2 Certificação Nós, Sérgio Ribeiro da Costa Werlang e Silvio Aparecido de Carvalho, certificamos que: 1. Revisamos esse relatório anual no Formulário 20-F do Banco Itaú Holding Financeira S.A. (a “Empresa”); 2. Com base em nosso conhecimento, esse relatório não contém qualquer declaração falsa de um fato significativo ou omissão de declaração de fato significativo necessário a tornar as declarações feitas, à luz das circunstâncias segundo as quais tais demonstrações foram feitas, não enganosas com respeito ao período coberto por esse relatório; 3. Com base em nosso conhecimento, as demonstrações contábeis, e outras informações financeiras incluídas nesse relatório, apresentam de forma justa em todos os aspectos significativos a condição financeira, resultados das operações e fluxos de caixa da empresa em, e para, os períodos apresentados nesse relatório; 4. Nós e os outros diretores responsáveis pela certificação da empresa somos responsáveis pelo estabelecimento e manutenção de controles e procedimentos de divulgação (conforme definido na Lei das Bolsas de Valores (“Exchange Act Rules”) Regras 13a-15(e) e 15d-15(e)) e de controles internos relacionados às demonstrações contábeis (conforme definido na Exchange Act Rules, Regras 13a15(f) e 15d-15(f)) para a Companhia e: a. Projetamos tais controles e procedimentos de divulgação ou fizemos com que tais controles e procedimentos de divulgação fossem projetados segundo a nossa supervisão, para assegurar que as informações significativas relativas à Companhia, inclusive suas subsidiárias consolidadas, fossem divulgadas para nós por outros dentro daquelas entidades, particularmente durante o período no qual esse relatório está sendo preparado; b. Projetamos tais controles internos sobre as demonstrações contábeis ou fizemos com que tais controles internos sobre as demonstrações contábeis fossem projetados segundo nossa supervisão, para fornecer segurança razoável em relação à confiabilidade dos relatórios financeiros e elaboração das demonstrações contábeis para fins externos, de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos; c. Avaliamos a eficiência dos controles e procedimentos de divulgação da empresa e apresentamos nesse relatório nossas conclusões sobre a eficiência dos controles e procedimentos de divulgação, no final do período coberto por esse relatório com base em tal avaliação; e d. Divulgamos nesse relatório qualquer alteração nos controles internos da empresa sobre as demonstrações contábeis que ocorreram durante o período coberto pelo relatório anual que tenham afetado significativamente, ou tenha a razoável probabilidade de afetar de forma significativa, o controle interno da empresa sobre as demonstrações contábeis. 5. Nós e os outros diretores responsáveis pela certificação da empresa divulgamos com base em nossa avaliação mais recente dos controles internos em relação às demonstrações contábeis, aos auditores da empresa e para o comitê de auditoria do conselho de administração da empresa (ou pessoas desempenhando função equivalente): a. Todas as deficiências significativas e pontos fracos materiais no projeto ou operação dos controles internos sobre as demonstrações contábeis que podem provavelmente afetar de forma adversa a capacidade da empresa de registrar, processar, resumir e reportar informações financeiras; e b. Qualquer fraude, quer ou não significativa, que envolva a administração ou outros funcionários que desempenhem um papel significativo no controle interno da empresa sobre as demonstrações contábeis. Date: 30 de junho de 2008 /a/ Sérgio Ribeiro da Costa Werlang Sérgio Ribeiro da Costa Werlang Diretor de Risco /a/ Silvio Aparecido de Carvalho Silvio Aparecido de Carvalho Diretor Financeiro 202 Anexo 13 Banco Itaú Holding Financeira S.A. Certificação segundo a Seção 1350 do U.S.C. 18 conforme Promulgada para a Seção 906 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002 Banco Itaú Holding Financeira S.A. (“Empresa”) está registrando junto à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (U.S. Securities and Exchange Commission), na data desse instrumento, seu relatório anual no Formulário 20-F para o exercício fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2007 (o “Relatório”). Conforme definido na Lei de Bolsas e Valores Mobiliários (“Exchange Act Rules”) as Regras 13a-14(b) ou 15d-14(b) e de acordo com a Seção 1350 do U.S.C. 18 conforme promulgada segundo as exigências da Seção 906 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002, nós, Roberto Egydio Setubal, Diretor Presidente, Sérgio Ribeiro da Costa Werlang, Diretor de Risco e Silvio Aparecido de Carvalho, Diretor Financeiro da empresa, por meio desse certificamos que: Até onde sabemos: (A) o Relatório está em total conformidade com as exigências da Seção 13(a) ou 15(d) da Lei de Bolsas e Valores Mobiliários de 1934 (“Exchange Act of 1934”); e (B) as informações contidas no Relatório apresentam de forma justa, em todos os aspectos significativos, as condições e resultados financeiros das operações da empresa. Data: 30 de junho de 2008 /a/ Roberto Egydio Setubal Roberto Egydio Setubal Diretor Presidente /a/ Sérgio Ribeiro da Costa Werlang Sérgio Ribeiro da Costa Werlang Diretor de Risco /a/ Silvio Aparecido de Carvalho Silvio Aparecido de Carvalho Diretor Financeiro Um original assinado dessa declaração por escrito exigido pela Seção 906 foi fornecido para a Companhia e será retido pela empresa e fornecido à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (“SEC”) ou sua equipe mediante solicitação.