2) RAIZ - pág. 138 A raiz geralmente é um órgão subterrâneo, sem clorofila e especializado na fixação da planta e na absorção de água e sais minerais. FUNÇÕES DA RAIZ: Fixar o vegetal ao solo. Absorver água e sais minerais do solo. Condução de seiva. Armazenamento de substâncias. Importância das Raízes • Para alimentação. • Matéria-prima nas indústrias. • Fabricação de remédios. • Combate à erosão. • Fertilizar o solo. MORFOLOGIA EXTERNA Na ponta da raiz há a coifa, que protege o meristema 1º. Acima dela está a região lisa, na qual as cés se alongam e provocam o crescimento da raiz (região de crescimento). A região pilífera absorve água e sais minerais do solo. Na região suberosa, formada por cés cobertas de suberina, localizam-se as ramificações da raiz. TIPOS DE RAIZ AXIAL OU PIVOTANTE: Planta que possui uma raiz principal, + desenvolvida que as ramificações. Típicas da eudicotiledôneas e gimnospermas. RAIZ FASCICULADA OU CABELEIRA • Quando não existe uma raiz principal, as ramificações são ≈ do mesmo tamanho e nascem de um ponto comum. • É típica das monocotiledôneas e pteridófitas. Desenvolve-se na camada + superficial do solo, por isso combate a erosão. CLASSIFICAÇÃO De acordo com a função que desempenham as raízes apresentam uma série de adaptações e podem ser classificadas em: – Raízes adventícias (se desenvolvem a partir do caule, milho ou da folha, begônia). – Raízes suporte ou tabulares (sustentação). – Raízes tuberosas (reserva de alimentos). – Raízes respiratórias ou pneumatóforos (respiração). – Raízes aéreas (absorção de umidade do ar). – Raízes sugadoras ou haustório (absorção de seiva de outras plantas). 3) CAULE - Pág. 141 O caule sustenta as folhas, colocando-as em condições de melhor iluminação e permitindo a realização da fotossíntese. Por ele passam os vasos condutores. FUNÇÕES DO CAULE: • Sustentar as folhas, flores, ramos e frutos. • Ligá-los às raízes. • Conduzir a seiva (água e sais minerais). • Reserva nutritiva (batatinha, cebola e alho). MORFOLOGIA EXTERNA Apresenta crescimento apical, produzido pela gema terminal. Nas axilas das folhas estão as gemas laterais ou axilares A região da gema caracteriza o nó do caule; A região entre dois nós é o entrenó. Classificação dos caules: TIPOS DE CAULES – Aéreos: tronco, estipe, rastejante, colmo, haste, volúvel ou trepador. – Subterrâneos: rizoma, tubérculo e bulbo. – Aquáticos: vitória-régia. – Modificações do caule: espinhos, acúleos, gavinhas e cladódios. CAULES AÉREOS TRONCO: Mais ou menos cilíndrico, resistente e ramificado. Pode atingir grandes alturas. Ex.: mangueira, abacateiro. ESTIPE: Caule cilíndrico, nós bem definidos e sem ramificações. Ex.: Palmeiras. RASTEJANTE: Caule incapaz de sustentar as folhas desenvolve-se rente ao chão. Ex.: aboboreira, morangueiro, melancia. COLMO: Caule cilíndrico e apresenta nós bastante nítidos. Ex.: bambu e cana-de- açúcar. HASTE: Caule fino, flexível e verde. Ex.: feijoeiro, ervas, etc. VOLÚVEL ou TREPADOR: Caule incapaz de sustentar as folhas, eleva-se enrolando-se em suportes. Ex.: uva, chuchu, maracujá, trepadeiras. CAULES SUBTERRÂNEOS RIZOMA: São caules que se desenvolvem paralelamente à superfície do solo. Ex.: Bananeira, samambaia. TUBÉRCULO: Caules subterrâneos ricos em material nutritivo. Ex.: batatinha, gengibre, inhame. BULBO: São ao mesmo tempo caule e folhas subterrâneos – a parte central, prato, é o caule. Ex.: cebola e alho. CAULE AQUÁTICO Crescem dentro da água. Geralmente são pouco desenvolvidos e tenros. Ex.: aguapé e vitória-régia. MODIFICAÇÕES DO CAULE ACÚLEOS ESPINHOS GAVINHAS: Gavinha de uva ou chuchu: ramos que se enrolam em volta de suporte, para fixação. CLADÓDIO: Caules modificados com função fotossintetizante ou de reserva de água (suculento). Ex.: Cactos. OBSERVAÇÃO: Uma maneira de diferenciar as raízes dos caules subterrâneos é que nestes observase a presença de nós, entrenós, gemas e folhas. Vídeo: Raízes e Caules 4) FOLHA - Pág. 145 A folha é um órgão laminar, clorofilado, especializado na realização da fotossíntese. A superfície laminar contribui p/ a fotossíntese, pois além de facilitar a absorção de CO2, permite que grande no de cloroplastos fique exposto à luz. FUNÇÕES DA FOLHA: • Fotossíntese. • Respiração e Transpiração. • Trocas gasosas. • Condução e distribuição da seiva elaborada. IMPORTÂNCIA DA FOLHA • Purificação do ar; • Alimentação; • Na preparação de remédios; • Matéria prima para indústria (fibras e cera). • Adubação, etc. MORFOLOGIA EXTERNA • Uma folha completa possui: limbo, pecíolo e bainha, mas podem aparecer estípulas (pequenas formações dos lados da bainha). • O limbo é a região laminar. Nele encontram-se os estômatos e as nervuras (canais condutores). • O pecíolo e a bainha são as partes que se prendem ao caule. FOLHAS INCOMPLETAS • Folhas invaginantes: folhas sem pecíolo. Comum nas monocotiledôneas. Ex. Milho. • Folha séssil: faltam o pecíolo e a bainha, e o limbo prende-se diretamente no caule. Ex. Fumo. Classificação quanto às nervuras • Folhas paralelinérveas com nervuras paralelas, monocotiledôneas. • Folhas peninérveas com uma nervura mediana da qual saem ramificações, eudicotiledôneas. Classificação quanto ao limbo • Folhas simples limbo não dividido. • Folhas compostas com o limbo dividido em folíolos. Classificação quanto aos folíolos • Imparipenadas folíolos aos pares, c/ um folíolo terminal (roseira). • Paripenadas folíolos aos pares, c/ dois folíolos terminais (cássia). • Digitadas folíolos irradiando-se da extremidade do pecíolo (paineira). Adaptações especiais da folha − Espinho do cacto − Brácteas − Gavinhas foliares − Catáfilos − Espinho do cacto: folhas modificadas com função de reduzir a área de perda de água e proteção contra predadores. A fotossíntese é feita pelo caule. Adaptação à vida em regiões secas. Ex: cacto. − − − − Brácteas: são folhas coloridas e vistosas, com função de atrair polinizadores. Parecem-se, com as pétalas flor. Ex.: Primavera e Bico-de-papagaio. Gavinhas foliares: folhas modificadas c/ função de prender a planta a um suporte, enrolandose nele. Ex.: Ervilha. OBS. No maracujá as gavinhas são caules modificados. Catafilos: folhas modificadas c/ função de acumular substâncias. Ex.: cebola e alho. Folhas de plantas carnívoras: Folhas modificadas p/ a captura e digestão de insetos. Ex.: Nepenthes e Dionaea. VÍDEOS: Tipos de Folhas e Plantas Carnívoras 5) FRUTO - Pág. 148 Depois da polinização, o grão de pólen germina dentro do carpelo e forma-se o tubo polínico. Após a fecundação: – o óvulo origina a semente, – o ovário se hipertrofia, surgindo o fruto. Funções dos frutos Proteger a semente. Atrair animais para auxiliar na disseminação das sementes. Armazenar reserva nutritiva. Às vezes, o ovário se desenvolve sem ser fecundado (a planta reproduz-se assexuadamente, pois não tem semente), como a bananeira. Outras vezes, uma mutação produz fruto sem semente, e a planta é perpetuada artificialmente pelo ser humano por meio de enxertos, como na laranja-da-baía. Esses frutos sem sementes são chamados partenocárpicos. PARTES DO FRUTO: Em geral, o fruto possui: Pericarpo Semente O pericarpo é composto por: Epicarpo: resulta da epiderme externa do ovário. Mesocarpo: forma-se do tecido médio do ovário, em geral é a parte comestível, por causa do acúmulo de subst. nutritivas (nem sempre). Endocarpo: resulta da epiderme interna do ovário. PSEUDOFRUTOS O termo “fruta” indica as partes comestíveis da flor, que nem sempre se desenvolvem do ovário. Quando se originam de outras partes da flor, são chamadas de pseudofrutos. Na laranja, o que come são os pelos suculentos do endocarpo. No caju, a parte suculenta desenvolve-se do pedúnculo de uma única flor (pseudofruto simples); o fruto é a castanha. Na maça e na pera, tb pseudofrutos simples, o fruto é a parte central endurecida, que envolve as sementes; a parte carnosa vem do receptáculo. No morango, os frutos são os pequenos pontos espalhados pela parte vermelha; o pseudofruto desenvolve-se do receptáculo de flor c/ diversos ovários (pseudofruto compostos) No figo e no abacaxi, a parte comestível desenvolve-se do receptáculo e de outras peças florais reunidas em inflorescências (infrutescência). No figo, os frutos são as “sementes”. No abacaxi, cada “escama” da casca é um pequeno fruto. FRUTO VERDADEIRO • Chuchu, abóbora, pepino, berinjela, tomate, jiló, abobrinha, grão do milho, de arroz e a vagem do feijão são frutos verdadeiros, pois se originam do desenvolvimento do ovário da flor, mas não são chamados de “fruta”. TIPOS DE FRUTOS FRUTOS CARNOSOS (pericarpo suculento) – Baga – Drupa FRUTOS SECOS (pericarpo seco) – Deiscentes – Indeiscentes FRUTOS CARNOSOS (pericarpo suculento) BAGA: várias sementes facilmente separáveis do fruto. Ex. laranja, melancia, tomate, uva, berinjela, etc. DRUPA: geralmente uma única semente, aderida a um endocarpo duro, formando um caroço. Ex. azeitona, pêssego, manga, abacate, ameixa, etc. FRUTOS SECOS (pericarpo seco) DEISCENTES: abrem-se espontaneamente quando maduros, liberando ou expondo as sementes. Ex. feijão, ervilha, soja, algodão, etc. INDEISCENTES: não se abrem espontaneamente quando maduros. Ex. trigo, milho, picão, etc. ATIVIDADES 1) Esquematize uma folha completa nomeando suas partes. (5) 2) Muitas pessoas colocam batata-inglesa para brotar. Por que não fazem o mesmo com a batatadoce? (2) 3) Diferencie fruto de pseudofruto. Cite exemplos. (5) 4) O que são frutos partenocárpicos? Cite exemplos. (3) 5) Esquematize um fruto nomeando suas partes. (5) 6) Diferencie frutos baga e drupa. Cite exemplos. (5) 7) Diferencie frutos deiscentes e indeiscentes. Cite exemplos. (5) 8) Classifique os vegetais em: fruto, pseudofruto, raiz, caule, flor e folha. Maça, morango, mamão, laranja, abobrinha, banana, berinjela, beterraba, cenoura, laranja, pepino, tomate, chuchu, batata-inglesa, cebola, mandioca, vagem, espinafre, couve, batata-doce, alface, couve-flor, grão de milho, repolho. ATIVIDADES Compreendendo o texto – pág. 152 ........................... Refletindo e concluindo - pág. 153 a 155 .........................