UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA XIX OLIMPÍADA REGIONAL DE MATEMÁTICA PET MATEMÁTICA Gabarito 2 Nível 1 1. Vamos dizer que Dalva nasceu no mês D e que janeiro é o mês 1, fevereiro é o mês 2, assim seguindo o mesmo raciocínio para os demais meses até dezembro que será o mês 12. Sabemos que Dalva é dois meses mais nova que Ana, então Ana nasceu no mês D - 2. Também temos a informação de que Dalva é quatro meses mais velha que Cristina, logo Cristina nasceu no mês D + 4. A última armação nos diz que Beatriz e 8 meses mais nova que Dalva, o que equivale a dizer que Dalva é 8 meses mais velha que Beatriz, portanto Beatriz nasceu no mês D + 8. Com essas informações podemos montar o seguinte quadro: O problema nos diz que todas nasceram no mesmo ano e mesmo dia, apenas em meses diferentes, dessa forma podemos ver que D - 2 precisa pelo menos ser igual a 1 para que corresponda ao mês de janeiro, por isso D≥ 3 e seguindo o mesmo raciocínio D + 8 pode ser no máximo igual a 12 para que corresponda ao mês de dezembro, portanto D≤4. Se o mês D que é o mês em que Dalva nasceu pode ser tanto 3 como 4 existem duas possibilidades: • Ana nasceu em janeiro, Beatriz em novembro, Cristina em julho e Dalva em março. • Ana nasceu em fevereiro, Beatriz em dezembro, Cristina em agosto e Dalva em abril. Pelo enunciado, no qual uma delas nasceu em março, concluímos que esta só pode ser Dalva (Alternativa D). 2. A soma de dois números é ímpar quando um é par e o outro é ímpar (caso contrário, a soma é par). O menor resultado que satisfaz as condições dadas é 1 + 2 = 3 e o maior é 2007 + 2008 = 4015. Deste modo pode-se obter qualquer ímpar entre 3 e 4015 com os números disponíveis nos cartões, ou seja, os números ímpares que podem ser obtidos estão no conjunto {3, 5, 7, ..., 4015}. No conjunto {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ..., 4015, 4016} há 4016 números, dentre os quais não nos interessa os números pares e o número 1. Note que metade desses números são pares, logo temos 4016 ÷2 = 2008 números pares nesse conjunto. Também não nos interessa o número 1. Deste modo a quantidade de números ímpares diferentes que pode ser obtida dessa maneira é 4016 - 2008 - 1 = 2007 (Alternativa C). 3. Vamos analisar todas as possibilidades. Se a moeda de menor valor for a de 1 centavo, temos os seguintes casos: • 25 moedas de 1 centavo; • 20 moedas de 1 centavo + 1 moeda de 5 centavos; • 15 moedas de 1 centavo + 1 moeda de 10 centavos; • 15 moedas de 1 centavo + 2 moedas de 5 centavos; • 10 moedas de 1 centavo + 3 moedas de 5 centavos; • 10 moedas de 1 centavo + 1 moeda de 5 centavos + 1 moeda de 10 centavos; • 5 moedas de 1 centavo + 2 moedas de 10 centavos; • 5 moedas de 1 centavo + 4 moedas de 5 centavos; • 5 moedas de 1 centavo + 2 moedas de 5 centavos + 1 moeda de 10 centavos. Se não utilizarmos moedas de 1 centavo, os casos serão os seguintes: Local: PET Matemática Centro de Ciências Físicas e Matemáticas Universidade Federal de Santa Catarina Fone/FAX: (48) 3721-4595 [email protected] www.orm.mtm.ufsc.br • 5 moedas de 5 centavos; • 3 moedas de 5 centavos + 1 moeda de 10 centavos; • 1 moeda de 5 centavos + 2 moedas de 10 centavos. E vemos que não existem outras possibilidades, pois a moeda de menor valor não pode ser a de 10 centavos. Portanto, temos 12 possibilidades (Alternativa B). 4. Este problema é sobre uma sequência de números onde cada termo depende dos dois anteriores. Não é dado o valor do primeiro termo, mas sabe-se que o segundo termo vale 1. Conforme o enunciado, o terceiro termo é equivalente ao primeiro mais o segundo, ou seja: primeiro termo + 1. O quarto termo, por sua vez, é a soma do terceiro com o segundo. Assim, o quarto termo equivale a: (primeiro termo + 1) +1 = primeiro termo + 2. Já o quinto termo, cujo valor é dado no enunciado, é a soma do terceiro termo com o quarto. Ou seja, ele pode ser escrito da seguinte forma: (primeiro termo + 1) + (primeiro termo +2) = primeiro termo + primeiro termo +3. Como sabemos que a soma acima resulta em 2005, podemos concluir que o dobro do primeiro termo é 2002. Logo, o primeiro termo vale 1001. A sequência ca assim: • O primeiro termo é 1001; • O segundo termo é 1; • O terceiro termo é 1001 + 1 = 1002; • O quarto termo é 1 + 1002 = 1003; • O quinto termo é 1002 + 1003 = 2005; • O sexto termo é 2005 + 1003 = 3008 (Alternativa B). 5. Observe que a meia preta está obrigatoriamente na caixa, então veja quais são as possibilidades das cores de meias de acordo com cada caso a seguir: • CASO 1: Se Professor Piraldo deixou na caixa uma meia preta e duas vermelhas, logo ele retirou uma meia vermelha e duas meias brancas. • CASO 2: Se Professor Piraldo deixou na caixa uma meia preta, uma meia vermelha e uma meia branca, logo ele retirou duas meias vermelhas e uma meia branca. • CASO 3: Se Professor Piraldo deixou na caixa uma meia preta e duas brancas, logo ele retirou três meias vermelhas. Assim, temos as seguintes situações: Analisando o quadro, podemos perceber que os casos que aparecem nas alternativas A, B, C e D são todos possíveis, mas não temos certeza de qual deles realmente aconteceu. Já o caso da alternativa E sempre acontece, ou seja, temos certeza de que pelo menos uma meia vermelha é retirada da caixa (Alternativa E). Local: PET Matemática Centro de Ciências Físicas e Matemáticas Universidade Federal de Santa Catarina Fone/FAX: (48) 3721-4595 [email protected] www.orm.mtm.ufsc.br 6. Para descobrirmos o deslocamento da extremidade da cerca, do ponto F para o ponto P, temos que, primeiro, descobrir o valor da área total do terreno. Em seguida, vamos dividir essa área por dois, para sabermos o quanto de terreno vai car para João e Maria. Dessa forma, temos que a medida do lado AF é a soma das medidas dos lados BC (50 m) e DE (70 m), e assim, a medida do lado AF = 120 m. Com isso, a área total do terreno é a soma das áreas do retângulo com dimensões 100 × 120 m e a do retângulo com dimensões 60 × 70 m, como vemos na gura a seguir: Assim, a área total do terreno é de: (100 m × 120 m) + (60 m × 70 m) = 16200 m2 . Com isso, Maria e 16200 = 8100 m2 . Note que, com o deslocamento da extremidade F em 2 direção ao ponto P, um dos terrenos forma um trapézio ABCP e, como AF =AP +F P , basta acharmos o valor de AP para encontrarmos a medida de F P . Para isso, como sabemos a área do trapézio ABCP (8100 m2 ), podemos usar da fórmula da área do trapézio para encontrar a medida de AP . João teriam direito, cada um, a Para calcularmos a área de um trapézio, usamos a fórmula: SABCP = (Base maior + Base 2 menor) × altura Assim, denindo a Base maior como o segmento AP , a Base menor como o segmento BC e a altura como o segmento AB , temos: (AP + BC) × AB = 8100 2 (AP + 50) × 100 = 8100 2 (AP + 50)×50 = 8100 AP ×50+2500 = 8100 AP ×50 = 8100 - 2500 AP ×50 = 5600 AP = 5600 50 AP = 112 m. Como AF = 120 m, AP = 112 m e AF = AP + F P , temos que 120 = 112 + F P e, portanto, F P = 8 m (Alternativa B). Local: PET Matemática Centro de Ciências Físicas e Matemáticas Universidade Federal de Santa Catarina Fone/FAX: (48) 3721-4595 [email protected] www.orm.mtm.ufsc.br