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Triunfo : Oásis do SerTão
PLANO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING TURÍSTICO
DO MUNICÍPIO DE TRIUNFO / PE
CAMPOS DANTAS VILAR – Consultoria Turística e Transformação Empresarial / Vida e Negócios em Unidade.
Caminhando em direção ao outro, semeando confiança e saúde pessoal e financeira
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Triunfo : Oásis do SerTão
PLANO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING TURÍSTICO
DO MUNICÍPIO DE TRIUNFO - PE
O Plano de Comunicação e Marketing deve passar uma mensagem positiva e global de Triunfo
para o trade turístico e para possíveis visitantes, criando a marca turística "Triunfo: Oásis do
SerTão” e,
deve, ainda, incentivar os clientes externos e internos a consumirem a nova oferta turística,
agregada àquela do entorno da cidade, a fim de que eles percebam o grau de qualidade dos
produtos e serviços e criem o desejo de conhecer a cidade e a região, tornando o destino
Triunfo mais competitivo no mercado turístico de Pernambuco e na Região Nordeste.
SerTão - ser tão original, ser tão solidário, ser tão belo e gracioso, ser
tão necessário à valorização da condição que nos faz humanos.
Felipe Campos Dantas
CAMPOS DANTAS VILAR – Consultoria Turística e Transformação Empresarial / Vida e Negócios em Unidade.
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Triunfo : Oásis do SerTão
PLANO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING TURÍSTICO
DO MUNICÍPIO DE TRIUNFO
Prefeitura da Cidade de Triunfo
Luciano Fernandes de Souza
Prefeito
Secretaria de Turismo, Cultura e Desportos de Triunfo
Antônio Evanildo da Fonseca Lima
Secretário
Sebrae/PE – U.N Serra Talhada. CR – Turismo, Cultura e
Artesanato
Alexandre J. de S. Campos
Gerente
Conselho Municipal de Turismo de Triunfo
Thomas Evson Malaquias de Lima
Secretário Executivo
CAMPOS DANTAS VILAR – Consultoria Turística e
Transformação Empresarial
Felipe Campos Dantas
Consultor
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Triunfo : Oásis do SerTão
SUMÁRIO .............................................................................................................................. 04
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 05
2. EVOLUÇÃO,ABRANGÊNCIA E CARACTERÍSTICAS DO MKT E DO MKT TURÍSTICO... 07
2.1 O Composto ou Mix de Marketing ......................................................................... 08
2.1.1 Da Natureza e dos Serviços de Mkt ................................................................... 09
3. COMUNICAÇAO E MARKETING PARA O TURISMO ......................................................... 14
4. O PLANO DE MKT TURÍSTICO DO BRASIL ....................................................................... 17
4.1 O Plano Aquarela 2020 ........................................................................................... 19
4.1.1 Construindo o Futuro .......................................................................................... 21
4.1.2 Elementos Estratégicos do Plano Aquarela ..................................................... 23
4.1.3 A Arquitetura da Marca Brasil ............................................................................ 26
5. O AMBIENTE ECONÔMICO PARA O TURISMO ................................................................. 29
5.1 Evolução Recente ................................................................................................... 29
5.1.1 Evolução Recente e Prognóstico para 2010-2011 ............................................ 30
5.1.2 Relatório Consolidado ........................................................................................ 32
5.1.3 Setor de Hospedagem – perspectiva para 2011 ............................................... 34
5.1.4 Mega Eventos ...................................................................................................... 36
6. A CIDADE E O DESTINO TURÍSTICO TRIUNFO ................................................................ 38
7. ECONOMIA DO TURISMO E O CENÁRIO PARA TRIUNFO .............................................. 41
8. O PLANO DE COMUNICAÇÃO E MKT TURÍSTICO DO MUNICÍPIO DE TRIUNFO .......... 59
9. ESTRATÉGIAS DE MKT ....................................................................................................... 62
10. CONSIDERAÇÕES ELEMENTARES ................................................................................. 65
11. PLANO DE AÇÕES ............................................................................................................. 68
12. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 74
13. REFERÊNCIAS BLIOGRÁFICAS........................................................................................ 75
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1. INTRODUÇÃO
O turismo se torna cada vez mais importante para a economia de diversos países, assim como
os setores siderúrgico, agrícola e automobilístico. Confirmando, Ansarah (2001, p.11) diz que:
É bastante provável que a atividade turística esteja chegando a um certo
"amadurecimento" devido ao número contínuo e crescente de pessoas que viajam para
países considerados de primeiro mundo e que agora descobrem as riquezas e belezas
dos países em desenvolvimento. Para muitos desses países, o turismo está se tornando
uma base firme para o desenvolvimento.
Percebendo a seriedade do turismo no mundo, tem-se no Brasil, a criação do Ministério do
Turismo em janeiro de 2003, como órgão federal de fomento e planejamento da atividade. Com
o advento e ações federais no setor do turismo, vê-se o surgimento de diversas leis, decretos,
projetos, planos, entre outros, sendo elaborados para incentivar um turismo qualitativo no Brasil.
Acreditando nesta valorização e maturidade do setor turístico, o governo de Pernambuco
contratou, em 2006, empresa especialista para elaborar o Plano Maior ou o Plano de
Desenvolvimento Estratégico do Turismo de Pernambuco,
a fim
de se organizar
sustentavelmente os espaços turísticos do estado e promover um desenvolvimento turístico
sustentável e local, beneficiando comunidade, turista, empresário e meio ambiente.
A cidade de Recife é o portão de entrada para o Estado, por ser a capital e por reunir a
estrutura mais adequada para receber os turistas. Neste sentido, possui papel fundamental
como centro de destino e distribuição de turistas para todo o Estado, assim como o papel de
divulgar as belezas naturais, culturais e históricas, além de estar preparada qualitativamente
para atender bem o turista / morador e estimulá-los a descobrirem esse patrimônio.
Para que este fato torne-se realidade, entretanto, o plano estratégico de turismo para
Pernambuco precisa contar com programas de marketing que, identificados neste Plano Maior,
devem gerar planos de comunicação e marketing específicos(por rotas turísticas, por exemplo)
e integrados para incentivar os clientes externos e internos a buscarem estes atrativos e
também mostrá-los, a fim de que eles percebam o grau de qualidade do produto / serviço dos
territórios turísticos/rotas de Pernambuco, criem o desejo de conhecê-las e, de fato, as
experimentem turisticamente. Há uma relação essencial entre o Plano Maior/Superior ou de
Desenvolvimento Turístico Estadual e àqueles dos espaços/territórios/rotas e destinos
turísticos. E, de todos estes com seus planos de comunicação e marketing.
Para facilitar a compreensão desse aspecto, Richers (1986) diz que o custo de atrair um novo
consumidor é cinco vezes maior que o custo de manter um consumidor fiel. Assim, uma das
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Triunfo : Oásis do SerTão
principais tarefas do marketing é manter seus consumidores satisfeitos e confiantes, algo como
a sensação de que a qualquer momento terão novas e melhores novidades – um consumidor
encantado.
A satisfação dos clientes depende diretamente da oferta em relação às expectativas dos
clientes. A expectativa por sua vez é construída a partir de experiências anteriores dos
consumidores, da reputação, promessas e informações fornecidas pela empresa. O cliente
ficará satisfeito se o desempenho alcançar suas expectativas, e insatisfeito se não alcançar. Um
cliente encantado vale dez vezes mais para a empresa do que um cliente satisfeito, isso porque
os altamente satisfeitos são muito menos propensos a mudar para a concorrência quando
parece surgir oferta melhor.
Com tamanha competitividade entre destinos turísticos e, mediante as movimentações do
mercado e o ótimo momento do Nordeste e, especificamente, de Pernambuco no cenário
econômico e político, crescendo a taxas maiores que a brasileira, tocando obras civis
estruturantes bilionárias e muito afinado com o Governo Federal, a tendência é a manutenção
de Pernambuco no cenário nacional como bom exemplo de governabilidade, e o aumento da
demanda e a necessidade de aprimoramento não apenas da base da infra-estrutura, mas
também de equipamentos e serviços turísticos.
E, aqui, vale a ressalva do surgimento de novos destinos, e a entrada de novos equipamentos
turísticos no Estado, sejam hotéis, pousadas, resorts, albergues, restaurantes, etc., e a
multiplicação de serviços e, provavelmente, de novas bandeiras administrativas, alianças, e
muito mais no jogo administrativo em favor do aumento da competitividade e sustentabilidade.
Mediante o exposto, percebe-se que o papel do marketing é essencial para o incremento do
turismo nas cidades e também para divulgar as belezas/experiências possíveis. Neste contexto,
objetiva-se oferecer um Plano Municipal de Comunicação e Marketing Turístico para Triunfo em
profunda afinidade com o Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico de Pernambuco,
assim como ocorreu com nossa entrega do Plano Estratégico de Desenvolvimento Municipal do
Turismo em Triunfo, também em 2010.
Pernambuco vive momento extraordinário de pujança econômica e vitrine política, e certamente
muito ainda irá mudar. É fundamental se organizar também para que a mudança seja expressa
em aprimoramentos da gestão turística, da experiência turística, da saúde financeira do capital
privado e da qualidade de vida em geral.
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2. EVOLUÇÃO, ABRANGÊNCIA E CARACTERÍSTICAS DO MARKETING E DO
MARKETING TURÍSTICO
Pode-se afirmar que até meados de 1925, muitas empresas nas economias mais desenvolvidas
do Oeste Europeu e dos Estados Unidos estavam orientadas pela produção. Não havia
preocupação com a venda, e marketing não existia, uma vez que praticamente tudo que se
produzia era vendido. Era a Era da Produção. Entre 1925 e o início dos anos de 1950, as
técnicas de produção já estavam dominadas, e, na maioria das nações desenvolvidas
economicamente, a preocupação era com o escoamento dos excedentes de produção.
Uma empresa com orientação para vendas era aquela que assumia que os consumidores iriam
resistir em comprar bens e serviços que não julgassem essenciais. Para subsidiar o trabalho
dos vendedores, as empresas começam a anunciar seus produtos, na expectativa de que os
consumidores abririam suas portas para receber os vendedores, principalmente os de venda
domiciliar de produtos como aspiradores de pó Electrolux, cosméticos Avon, carnê do Baú da
Felicidade, enciclopédias, listas telefônicas e tantos outros.
Só após a Segunda Guerra Mundial, surge nos Estados Unidos a população denominada “baby
boomer”. Com a volta dos soldados da Segunda Guerra Mundial, nascem muitas crianças, fato
animador do mercado de fraldas, alimentos infantis, medicamentos, roupas, brinquedos, etc.
Logo após, há uma outra explosão, a dos “teenagers” – adolescentes ávidos por consumir som,
roupas, comida e uma parafernália de produtos e serviços. Surge a Era do Marketing.
Hoje, estamos na Era do Marketing Digital, a internet e o comércio eletrônico que a
acompanhou estão mudando os hábitos de comunicação e consumo. Consome-se
praticamente de tudo através do computador, de serviços de turismo até compras de
supermercado, roupas, eletroeletrônicos, roupas, livros, discos, etc. É o eticket substituindo
passagens aéreas e inúmeros outros serviços, como vouchers de hotéis, ingresso para
espetáculos musicais e teatrais, etc.
Em suma, é importante lembrar que a teoria e prática de marketing se desenvolveram
inicialmente associados a produtos físicos. No entanto, atualmente, tal marketing tem-se voltado
para o setor de serviços onde se podem inserir as atividades do turismo.
Kotler (2000, p.448) define serviço como "qualquer ato ou desempenho, essencialmente
intangível, que uma parte pode oferecer a outra e que não resulta na propriedade de nada. A
execução de um serviço pode ou não estar ligada a um produto concreto."
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Compreende-se que a atividade turística só conseguirá alavancar definitivamente nesse novo
milênio se contar com estratégias de marketing eficientes. No entanto, para que isso aconteça
faz-se necessário saber primeiramente o que é marketing e qual sua área de abrangência.
Para Mielenhausen (2000, p.51) "marketing é um conjunto de atividades, que visam atender às
necessidades dos consumidores, de modo a permitir a existência da empresa e seu
desenvolvimento de forma lucrativa."
Marketing é um conceito que parece já definitivamente incorporado à linguagem empresarial e
comercial do cotidiano, ainda que não tenha sempre o mesmo significado para todos.
Machin (1997, p.13) define marketing como "uma determinada atitude, filosofia e orientação
com a qual o conjunto da empresa ou organização enfrenta em seu entorno e na sua atividade".
Kotler (2000, p.29) cita que: "marketing é um processo social por meio do qual pessoas e
grupos de pessoas obtêm aquilo que necessitam e o que desejam com a criação e livre
negociação de produtos e serviços de valor com outros".
2.1 O Composto ou Mix de Marketing
Percebe-se que para entender a arte da prática responsável do marketing turístico é preciso
desvendar seu composto. Este se baseia nos 4P`s - produto, preço, praça, distribuição e
promoção, para o vendedor, e 4 Cs - cliente, menor custo, conveniência e comunicação, pelo
lado do cliente. Além de alguns complementos no caso do Turismo.
Os serviços possuem um composto variável de bens e serviços, por isso é difícil generalizá-los
sem uma distinção mais profunda. Podem-se generalizar os serviços sob três enfoques
segundo Kotler (2000, p.449). Em primeiro lugar, os serviços podem ser baseados em
equipamentos ou em pessoas. Os serviços baseados em pessoas podem ser divididos entre os
que não requerem nenhuma qualificação, os que requerem alguma qualificação e os que
exigem uma especialização.
Em segundo lugar, alguns serviços exigem a presença do cliente, enquanto que outros não.
Portanto, se a presença do cliente é indispensável, o prestador de serviços tem de considerar
suas necessidades. Pode-se aqui incluir a viagem a um determinado lugar, onde se compra o
pacote e para que o serviço seja realizado é preciso que o cliente vá até ele.
Em terceiro, os serviços diferem quanto ao tipo de atendimento e necessidades. Há serviços
que atendem a uma necessidade pessoal (serviços pessoais) e outros que atendem a uma
necessidade empresarial (serviços empresariais). Em geral, prestadores de serviços
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desenvolvem programas de marketing diferentes para mercados pessoais e empresariais. Um
exemplo são os preços praticados no balcão de um hotel e os preços que o hotel pratica
perante um acordo com agências de viagens.
Os prestadores de serviços diferem em objetivo, com ou sem fins lucrativos, e em propriedade,
privados e públicos. Essas duas características, quando combinadas, produzem organizações
diferentes. Os programas de marketing de um hotel diferem dos de espaço público destinado ao
lazer da população de uma dada localidade.
2.1.1 Da Natureza e dos Serviços de Marketing
- diferenças entre produtos físicos e
turísticos
Deve-se observar que o marketing turístico e o marketing de produtos físicos são diferentes. As
diferenças surgem como conseqüência da natureza e dos serviços. Essas características
diferem muito na elaboração de programas de marketing. As principais diferenças encontradas
são:
Intangibilidade - está relacionada com a impossibilidade dos produtos e serviços turísticos
serem vistos, provados, testados, sentidos, cheirados ou ouvidos antes de serem consumidos.
Para Mota (2001, p.131), "passageiros de aeronaves, por exemplo, não têm nada além de um
bilhete e um ticket de embarque com a promessa de levar o passageiro à destinação
escolhida". A fim de reduzir essa incerteza, os compradores procurarão por sinais ou evidências
da qualidade do serviço. Deduzirão a qualidade com base nas instalações, nas pessoas, nos
equipamentos, no material de comunicação, nos símbolos e nos preços percebidos, por isso a
tarefa do prestador de serviço é administrar as evidências, para deixar tangível o intangível.
Kotler (2000, p.450) cita que "enquanto o desafio dos profissionais de marketing de produtos é
agregar idéias abstratas, o dos profissionais de marketing de serviços é agregar evidências e
imagens concretas a ofertas abstratas."
Inseparabilidade - significa dizer que o consumidor é parte do produto, os serviços são
inseparáveis da fonte que os prestam. A produção e o consumo ocorrem simultaneamente, pois
os produtos e serviços turísticos exigem que o consumidor desloque-se e vá até eles, e não o
contrário, como acontece com muitos outros produtos. Como o cliente também está presente
enquanto o serviço é executado, a interação prestador de serviços-cliente é uma característica
especial do marketing de serviços, tanto o prestador de serviços quanto o cliente afetam o
resultado.
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Heterogeneidade ou Variabilidade - os serviços são claramente distintos uns dos outros. Não
são padronizados. A heterogeneidade dos serviços permite adaptá-los às necessidades
individuais dos usuários, mas exige por parte do vendedor maior grau de conhecimento e muita
habilidade para serem empregadas. Por esse motivo, é necessário que os serviços turísticos
desenvolvam grande esforço no treinamento de seu pessoal. Para esse tipo de serviço,
empresas de prestação de serviços podem tomar três providências visando ao controle da
qualidade. A primeira é investir em bons processos de contratação e treinamento, recrutar os
funcionários certos e oferecer a eles um excelente treinamento são providências essenciais,
independentemente do nível de habilidade dos profissionais. A segunda providência é a
padronização do processo de execução do serviço em todos os setores da organização. A
terceira providência é o acompanhamento da satisfação do cliente por meio de sistemas de
sugestão e reclamação, pesquisas com clientes e comparação com concorrentes.
Perecibilidade - os serviços turísticos não podem manter-se ou serem estocados nos pontos
de venda. Por esse motivo, a cama de um hotel, ou o assento de um avião, devem ser vendidos
no dia e na hora em que são oferecidos, ou irremediavelmente são desperdiçados e não
poderão ser recuperados jamais.
Segundo OMT (1998, p. 293), o setor turístico precisa desenvolver diferentes métodos para:
•
Tornar tangível o intangível, proporcionando suporte físico para as ofertas turísticas, que
pela própria natureza são abstratas;
•
Encontrar meios adequados para influenciar a demanda e conseguir um melhor
relacionamento com o trade turístico, deixando de lado o obstáculo consistente de
alcançar o produto turístico;
•
Proporcionar interação prestador de serviço/cliente, pois a gestão de marketing turístico
não se baseia somente na atuação externa, mas há também o marketing interno, que
está centrado na formação, entretenimento e motivação dos empregados, para
conseguir a satisfação dos turistas;
•
Criar uma diferenciação competitiva de seus serviços, oferecendo alta qualidade e
fomentando o aumento da produtividade dos serviços oferecidos.
Sasser, apud Kotler (2000, p.453), descreveu várias estratégias para estabelecer um melhor
equilíbrio entre demanda e oferta em uma empresa prestadora de serviços.
Em relação à demanda:
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•
Preços diferenciados transferirão alguma demanda de períodos de pico para períodos
de baixa;
•
Os períodos de baixa demanda podem ser aproveitados. Alguns hotéis possuem
pacotes para fim de semana nessa época para contornar a baixa procura;
•
Serviços complementares podem ser desenvolvidos durante o período de pico, a fim de
oferecer alternativas a clientes que estejam em uma fila por muito tempo;
•
Os sistemas de reserva funcionam como uma maneira de gerenciar o nível de demanda,
e as companhias aéreas, hotéis e consultórios médicos utilizam muito esse sistema.
Em relação à oferta:
•
Funcionários que trabalham meio período podem ser contratados para atender o pico da
demanda, restaurantes contratam garçons para trabalhar meio período quando se faz
necessário;
•
Rotinas de eficiência para o horário de pico podem ser introduzidas. Os funcionários
desempenham apenas tarefas essenciais durante os períodos de pico;
•
Uma maior participação do cliente pode ser estimulada. Por exemplo, os clientes
preenchem sua ficha no consultório médico ou embalam suas compras no
supermercado;
•
Instalações visando à expansão futura podem ser desenvolvidas. Um parque de
diversões compra a área ao seu redor para uma posterior expansão.
O composto de marketing ou marketing mix também se constitui em um conjunto de
ferramentas de marketing, que as empresas utilizam para conseguir seus objetivos comerciais,
com relação ao segmento desejado, e é composto por: produtos, preços, distribuição e
promoção.
A tradicional abordagem dos 4 ps - produto, preço, promoção e praça funcionam bem no caso
de bens, mas para Kotler alguns elementos adicionais exigem atenção no caso de empresas
prestadoras de serviços. Booms e Bitner apud Kotler (2000, p.454) sugeriram três. Os
adicionais para o marketing de serviços, tipicamente verificáveis na atividade turística são:
pessoas, prova física, e processo.
Pelo fato da maioria dos serviços ser fornecida por pessoas, a seleção, o treinamento e a
motivação dos funcionários podem fazer enorme diferença na
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satisfação do cliente. O ideal seria que os funcionários exibissem competência, interesse,
capacidade de resposta, iniciativa, habilidade para resolver problemas e boa vontade. A prova
física também é prova de que as empresas tentam mostrar a qualidade dos seus serviços. Um
hotel terá aparência e um estilo de tratar os clientes que demonstrem sua proposta de valor.
Para completar, empresas prestadoras de serviços podem escolher entre processos diferentes
de executar seu serviço. Restaurantes desenvolvem formatos muito diferentes, com estilo
cafeteria, fast-food, buffet e serviço de luz de velas.
Gronroos apud Kotler (2000, p.456) argumentou que o marketing de serviços exige não apenas
marketing externo, mas também interno e interativo. Entende-se marketing externo como o
processo normal de preparo, determinação de preço, distribuição e promoção de um serviço
aos clientes. E marketing interno como processo de treinamento e motivação feito com os
funcionários para que atendam bem aos clientes. Kotler (2000, p.457) observa que "as
empresas prestadoras de serviços têm de enfrentar três tarefas: aumentar a diferenciação, a
qualidade dos serviços e a produtividade."
A diferenciação implica oferecer ao seu cliente algo inovador e ter pessoas bem qualificadas
para executar seus serviços, assim como apresentar seu diferencial por meio de algum símbolo
que a torne conhecida quando visualizado.
Berry e Parasuraman apud Kotler (2000, p.460) apresentam um check list para o marketing de
serviços, propõem que os gerentes de marketing façam as seguintes perguntas, enquanto
buscam gerenciar e exceder as expectativas:
•
Nós nos esforçamos para proporcionar ao cliente uma idéia realista do nosso serviço?
•
Desempenharmos o serviço sempre de modo certo é uma das maiores prioridades da
nossa empresa ?
•
Nós nos comunicamos efetivamente com os clientes? (isto é bem diferente do que falar
ou enviar algo para ele)
•
Surpreendemos os clientes durante a entrega do serviço ?
•
Os nossos funcionários consideram os problemas na entrega do serviço oportunidades
de causar boa impressão aos clientes ou contratempos ?
•
Avaliamos e melhoramos continuamente o nosso desempenho e o comparamos com as
expectativas dos clientes ?
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Empresas de serviços gerenciadas com excelência acreditam que as relações entre os
funcionários afetam as relações com os clientes. A gerência realiza o marketing interno e
recompensa os funcionários pelo bom desempenho, além de apoiá-lo. A gerência pesquisa
regularmente a satisfação dos funcionários em relação ao trabalho.
No produto, devem ser definidas as necessidades e os desejos que vão satisfazer o
consumidor. Parte integrante da definição do produto significa saber a que mercado se destina.
A definição do preço é o custo do produto para o consumidor, o qual não está diretamente
vinculado ao custo direto. Em função da sua sazonalidade, na baixa temporada também é
preciso operar os equipamentos apesar da demanda ser menor. Nesse caso, o preço baixo
ajuda a atrair clientes. Para Mielenhausen (2000, p.51) "o preço é uma ferramenta importante
também para se definir o nível do status desejado para o serviço vendido."
A distribuição tem a função de permitir ao consumidor o acesso ao serviço, é saber também por
qual meio e qual canal o serviço será distribuído. Decidir quais ferramentas promocionais usar
para divulgar os serviços oferecidos, cabe à promoção, que usa as ferramentas de mix
promocional.
O mix promocional é formado pela promoção e pela propaganda. Promoção, segundo
Mielenhausen (2000, p.53), "é a atividade de comunicação dirigida diretamente ao potencial
interessado, normalmente associada à atividade de vendas, feita tanto com intensa atuação de
pessoas como mediante o uso de comunicações diretas ao clientes."
No turismo, as promoções mais usadas são participação em eventos e distribuição de material
promocional em pontos de clientes potenciais. Existem outras ferramentas promocionais que se
podem denominar promocionais de apoio. Fazem parte os folhetos, news letters, brindes,
vídeos, cd-rooms e internet.
Por meio de pesquisas e análises conjuntas com o trade turístico de Triunfo, alguns
empresários do entorno, Empetur e entidades culturais, discutimos a evolução turística da
cidade, os aspectos envolvidos no marketing interno e externo voltados à demanda e à oferta
de outrora, real e possível, em busca de se compreender essas facetas do jogo do marketing, e
do comportamento humano, suas motivações e dinâmica de decisão perante ao consumo, a fim
de se elaborar o atual Plano de Comunicação e Marketing Turístico de Triunfo.
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3.COMUNICAÇÃO E MARKETING PARA O TURISMO
Comunicação está ligada diretamente ao marketing, pois ela promove, posiciona e divulga
produtos, serviços, marcas, benefícios e soluções, no intuito de mostrar e destacar aquele
produto perante o mercado. No caso do Turismo, o produto se refere aos destinos,
equipamentos e serviços turísticos. Mas para isso, são necessárias várias ferramentas de
marketing (propaganda, publicidade, venda pessoal, relações públicas, entre outros) para
auxiliar a comunicação, no sentido que ela possa atingir seus objetivos.
Conforme Crescitelli e Ikeda (2006, p. 6), o papel da comunicação é fundamental, pois
incrementa o turismo receptivo, e:
Cabe a ela não apenas formar uma imagem favorável do país ou região como destino
turístico - o que deve ser feito a partir de um posicionamento consistente - mas, antes,
reverter alguns aspectos negativos da imagem do país ou da região, como excesso de
violência urbana, falta de limpeza pública, etc.
Percebe-se que a comunicação é estratégica para a formação da imagem do destino, além
disso, é necessário compreender as necessidades do cliente / turista que se deseja conquistar.
Portanto, o marketing "implica conhecer o que o consumidor necessita ou deseja; implica
estudar a produção dessa necessidade produzi-la, distribuí-la ao consumidor, ensinando-lhe, ao
mesmo tempo, como consumir esse produto" (SANT'ANNA, 2002, p.16).
Em adição, Kotler (1998, p. 32) diz que:
"marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que
necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com
outros". Os dois conceitos acima afirmam que marketing é a execução de uma empresa
em todas as atividades necessárias, para criar, promover e distribuir produtos que
estejam de acordo com a demanda atual e potencial e com a sua capacidade de
produção.
Para complementar, Niño e Gouvêa (2004, p. 2) afirmam que:
O turismo e os diversos segmentos de mercado envolvidos nesse setor se apresentam
como grandes e promissores setores econômicos para os próximos anos. Com base
nessa perspectiva, é necessário definir que tipo de produtos e serviços podem ser
oferecidos ao consumidor, dentro de um contexto competitivo, considerando-se as outras
variáveis que intervêm no mix de marketing.
Percebe-se que os autores enfatizam muito a questão de conhecer o cliente e direcionar ações
para suas necessidades, assim, as ações programadas do marketing alcançarão seu percurso
e o fluxo e/ou gasto per capita de turistas aumentará significativamente, assim como a
satisfação dos autóctones com o desenvolvimento do turismo.
A comunicação é um processo social multifacetado que, além de fomentar e expressar, articula,
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Triunfo : Oásis do SerTão
reproduz e viabiliza o entendimento, ou seja, a relação do homem com a sociedade. Desta
forma, o Plano Municipal de Comunicação e Marketing Turístico de Triunfo pretende unificar o
bem-estar dos autóctones, fazendo valer a satisfação do turista e o desenvolvimento
sustentável da cidade de Triunfo.
Portanto, para concretizar os programas idealizados no Plano de Comunicação e Mkt Turístico
do município, é preciso ser muito específico quanto aos objetivos de cada programa e, de
maneira que garanta a integração dos objetivos específicos de cada um deles, se consagrem os
objetivos gerais de todo o Plano, que sejam:
•
Instaurar uma mensagem positiva e global de Triunfo para o trade turístico e para
possíveis visitantes, criando a marca turística "Triunfo: Oásis do SerTão” e,
•
Incentivar os clientes externos e internos a consumirem a nova oferta turística, agregada
àquela do entorno da cidade, a fim de que eles percebam o grau de qualidade dos
produtos e serviços e criem o desejo de conhecer a cidade e a região, tornando o
destino Triunfo mais competitivo no mercado turístico de Pernambuco e na Região
Nordeste.
Posto isto como os objetivos gerais, é de se esperar que se busque gerar compreensão sobre o
fenômeno da atividade turística para que se fomente a participação coletiva consciente na
organização dos esforços para se otimizar os benefícios a partir dos processos de
transformação da mentalidade e dos comportamentos, em favor de uma convivência mais
saudável com a gestão de interesses e recursos, lida com pessoas e o sistema turístico, em
favor do bem comum. E, portanto, é de se antever que este Plano de Comunicação e Marketing
Turístico considere programas com projetos e ações voltados a:
•
Jornadas técnicas de qualificação e seminários de sensibilização para o turismo, o
artesanato, a segmentação turística e a eco-alfabetização;
•
Palestra de sensibilização do programa "Turismo Sustentável e Infância", contra a
exploração sexual infantil;
•
Palestra sobre o Programa de Regionalização do Turismo e o Salão do Turismo;
•
Curso de gestão pública, curso de administração de pequenos empreendimentos
turísticos;
•
Encontro de qualificação em negócios turísticos;
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Caminhando em direção ao outro, semeando confiança e saúde pessoal e financeira
15
Triunfo : Oásis do SerTão
•
Curso de aperfeiçoamento para guias de turismo, para aperfeiçoamento em segurança e
manipulação de alimentos, para garçons, recepcionistas,
•
Curso de valorização da cidade, com foco em história, geografia e personagens locais;
•
Cursos de qualidade no atendimento, de formação de preços, de gestão de conflitos
•
Seminários empresariais com foco em gestão estratégica e cooperação, diferenciação
genuína e valorização histórico-cultural
•
Participação cooperada em eventos turísticos para divulgação e promoção do destino
•
Identidade turística do destino Triunfo;
•
Comercialização ágil e antecipada da oferta turística;
•
Relacionamento com a imprensa;
•
Identificação e valorização dos turistas mais desejados; etc
Percebam que assim se foca a gestão cooperada pelo desenvolvimento dos aspectos técnico e
civil dos empreendedores, conjuntamente com uma parcela mais ampla da comunidade e todos
os agentes envolvidos com a atividade turística, além de divulgar o patrimônio material e
imaterial do município nos principais eventos.
Ações desta natureza visam não só envolver, mais incorporar e multiplicar o turismo na
localidade como um fator positivo, que se bem trabalhado tenderá a ocasionar ganhos a todos.
Já para o programa de nova identidade turística, já que para os historiadores e os residentes o
termo “ Triunfo: Oásis do SerTão” é conhecido, mas para os turistas, de maneira geral, ainda
não o é, o objetivo é divulgar o município, para que clientes e possíveis clientes descubram as
particularidades turísticas positivas existentes na região e as associem com a cidade, e passem
a escolher Triunfo como seu principal destino turístico.
Os projetos desenvolvidos em cada programa, desde que integrados em sua implementação,
são fundamentais para que a qualidade turística dos serviços e produtos oferecidos sejam
mantidos e ampliados, além, da cidade passar a ser amplamente divulgada junto ao trade
turístico e valorizada pela comunidade , pois desta forma, sendo conhecida, ela passa a fazer
parte do "desejo" do turista e da auto-estima do morador, e poderá disputar, com elevado grau
de responsabilidade e forte base estruturada, como destino turístico regional e nacional perante
outros lugares.
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Triunfo : Oásis do SerTão
4. O PLANO DE MARKETING TURÍSTICO DO BRASIL - evolução
O Brasil é um país multicultural, de riquíssima biodiversidade, hospitaleiro, economicamente
forte, longe de desastres naturais, mas ainda ocupa colocação modesta entre os destinos
turísticos internacionais – segundo o ranking elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, FEM,
o Brasil ocupava a 59ª , considerando a competitividade do setor de viagens e turismo, em meio
a 124 países pesquisados, em 2007.
Era preciso criar uma marca forte no exterior, e para tal, um país precisa gerenciá-la de forma
profissional, como se fosse um produto. Esse é um dos componentes fundamentais da receita
para atrair um número cada vez maior de visitantes, sobretudo em tempos em que a
concorrência nunca foi tão acirrada. A marca carrega os valores da empresa e, pessoas,
afinam-se com valores pois neles se reconhecem ou aos seus desejos, e consomem na busca
de se sentirem bem.
Historicamente, o Brasil sempre ficou pra trás na disputa no campo da propaganda, e não
apenas devido às verbas escassas para investimentos na área. O país já foi "vendido" das mais
diversas formas ao longo das últimas décadas. Nos anos 70, os anúncios enfatizavam as belas
mulheres, o café e as frutas exóticas. Depois disso, predominou a fase da trilogia samba,
futebol e Carnaval. Mais recentemente, tentou-se transformar o Brasil na capital do ecoturismo
e dos esportes de aventura. Nenhuma das idéias funcionou. Faltou sempre definir melhor uma
imagem do país e um público-alvo a quem se destina esse tipo de publicidade.
Se não bastassem esses problemas, vem crescendo nos últimos anos a quantidade de
propaganda negativa. No começo do ano, essa visão distorcida da realidade do país virou
enredo de Hollywood, no filme “Turistas”, no qual um grupo de jovens estrangeiros vem passar
as férias no Brasil e seus integrantes acabam sendo drogados e assaltados por uma quadrilha
de tráfico de órgãos. Para a sorte do país, o filme tem sido um fiasco de crítica e de bilheteria.
Mas o fato é que ele mostra de forma preocupante como o Brasil é visto hoje por uma parcela
dos estrangeiros.
Havia boas razões para a Empresa Brasileira de Turismo – Embratur, lançar uma grande
campanha de marketing turístico internacional. Ela foi batizada de Plano Aquarela, que se
baseou em mais de 6 000 entrevistas com turistas de 18 mercados considerados prioritários
para o Brasil. A análise das respostas resultou na imagem que o estrangeiro tem do país. Como
aspectos positivos foram citados os recursos naturais, a diversidade cultural e a hospitalidade
do brasileiro, entre outros. Daí a escolha da imagem da aquarela, em que cada cor simboliza
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Triunfo : Oásis do SerTão
uma dessas qualidades. Entre os aspectos negativos foram mencionados a imagem
estereotipada, o desconhecimento, a falta de segurança e o papel da mídia na construção da
imagem do país.
Feito esse diagnóstico, a estratégia adotada pelo Plano Aquarela foi dividir os turistas potenciais
em cinco grupos de interesse: sol e praia, ecoturismo, cultura, esportes e negócios e eventos. O
passo seguinte consistiu em oferecer informações e produtos sobre 86 roteiros que envolvem
163 destinos brasileiros, conforme o perfil do consumidor. Assim, em vez de receber um Brasil
único, apoiado no estereótipo samba, mulher e praia, cada mercado ganhou um pacote
personalizado. Na Nova Zelândia, por exemplo, o esforço foi direcionado a atrair turistas
interessados em praticar esportes radicais. Já nos Estados Unidos, o foco estava nos turistas
de negócios.
Em 2009, com 181 países pesquisados, já subiu para a 45ª. colocação o Brasil na categoria
competitividade, e para a categoria economia do turismo, ficou em 13º. lugar, segundo a World
and Travel Tourism Council – WTTC, e o 20º. mais admirado entre 50 países analisados pelo
pesquisador britânico Simon Anholt, que costuma ouvir cerca de 20 mil pessoas anualmente
para tal fim. Vale lembrar o jargão que diz “ a imagem de um país é seu bem mais valioso”.
O Plano Aquarela 2020 dá muita atenção a diversificação da oferta e a segmentação do
mercado, trata a Copa do Mundo de Futebol de 2014, a ser realizada no Brasil, e as Olimpíadas
de 2016, a ser realizada no Rio de Janeiro como marcos para a imagem do Brasil para o
mundo, continua aprimorando seus escritórios nos principais mercados emissores de turistas ao
Brasil, e desperta muito apoio dos atores turísticos que se envolveram com a sua elaboração e
implementação desde a sua primeira versão.
Costumo dizer que, assim como a empresa vem passando a ser vista como uma organização
viva, com o objetivo de ser administrada sob valores e premissas mais inteligentes e
verdadeiras, por serem de origem biológica e não administrativas, o que oportuniza
aprendizagem e transformação pessoal e coletiva, com foco em objetivos e ações comuns,
integração de esforços e o exercício da cooperação, por exemplo, e o marketing deve seguir a
mesma abordagem.
Por exemplo, a promoção é a versão mais leve do marketing. E marketing é a versão científica
da promoção. Com o marketing nós conseguimos medir e quantificar resultados que nos
ajudam a tomar decisões. Segundo Felipe Dantas, para que se faça uma boa promoção
turística devem-se fazer algumas mudanças radicais. Temos de estabelecer laços quase
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pessoais com os turistas para que estes voltem. Isso é mudar de marketing racional para um
marketing convivencial, emocional, humano.
O novo plano de marketing turístico brasileiro foi desenvolvido pela consultoria espanhola Chias
Marketing, que organizou a candidatura vitoriosa de Barcelona nas Olimpíadas de 1992. O
processo que culminou com a escolha da cidade para a sede dos Jogos foi o último capítulo de
uma estratégia para fomentar o turismo, iniciada bem antes do evento.
Um bom exemplo para o Brasil é o ocorrido na Espanha. Após quatro décadas de franquismo,
em 1978, a Espanha promulgou a nova Constituição Democrática e, no embalo, iniciou uma
reformulação em sua estratégia de marketing turístico. À imagem de um país rico em praias
acrescentou roteiros diversificados que incluíam paisagens rurais, peregrinações religiosas e
patrimônio histórico e cultural. O sol colorido desenhado pelo artista catalão Joan Miró virou um
ícone da Espanha no mercado internacional.
Em três décadas, o número de turistas estrangeiros na Espanha aumentou de 25 milhões para
58,5 milhões. O faturamento foi de 3 bilhões para 60 bilhões de dólares por ano. A Espanha já é
o segundo destino preferido no mundo, atrás apenas da França. E continua investindo pesado
em promoção no exterior. Ao longo deste ano, serão aplicados quase 190 milhões de dólares.
4.1 O Plano Aquarela 2020
As grandes transformações que o Brasil viveu nesta década ganharão novo impulso com a
realização, com apenas dois anos de intervalo, de uma Copa do Mundo de Futebol e uma
edição dos Jogos Olímpicos.
A oportunidade de projetar o país no mundo, de construir uma imagem de modernidade,
competência para receber grandes eventos, aliada às já conhecidas belezas naturais e
culturais do país, farão do Brasil um dos principais destinos turísticos do mundo até 2020.
Para o Ministério do Turismo, planejamento é a palavra-chave para vencer os desafios
que temos pela frente para aproveitar essa oportunidade. Uma parte essencial desse
planejamento se deu com o lançamento do Plano Aquarela 2020 – que traça metas e objetivos
para que o Brasil consiga antes, durante e depois dos grandes eventos esportivos se projetar
como destino turístico no exterior e, além de aumentar o fluxo de turistas estrangeiros,
incentivar que suas viagens ao país durem mais
tempo, visitem novos destinos que vão
despontar com a grande exposição que teremos na mídia internacional.
O objetivo principal é garantir mais desenvolvimento para todas as regiões do país, gerando
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emprego e renda e dando a contribuição do turismo para a diminuição das desigualdades
regionais.
Na outra ponta do planejamento das ações do Ministério do Turismo, estão os temas
ligados à qualificação e à promoção dentro do país. Várias ações já estão em andamento,
como o programa “Olá, Turista”, que deve treinar 80 mil pessoas nos idiomas inglês e espanhol
somente em 2010. O grande mercado doméstico para o turismo também foi considerado,
incentivando os brasileiros a viajar dentro do país durante os eventos, conhecendo as cidadessede e os roteiros regionais que estão sendo desenvolvidos para o período dos eventos.
As obras de infraestrutura planejadas trarão uma nova qualidade para a mobilidade
urbana, a malha rodoviária, os aeroportos e terminais rodoviários. São questões que
impactam diretamente o turismo e se constituirão em grandes legados para o país.
Não podemos esquecer que muito já vem sendo feito, por exemplo, com o Prodetur, um
grande programa na área de
infraestrutura turística, com obras e ações para melhorar
acessibilidade, sinalização turística, saneamento, patrimônio histórico e condições da orla. São
US$ 2,3 bilhões em investimentos que ajudarão o Brasil a receber, de braços abertos, e
com toda a infraestrutura e qualiicação necessária, milhares de turistas brasileiros e
estrangeiros na próxima década.
A transformação de eventos esportivos como a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos
Olímpicos em espetáculos transmitidos para todo o mundo mudou também seu significado para
o país e a cidade que os sedia. Hoje, esses megaeventos são capazes de transformar
cidades, alavancar o turismo e outros setores da economia e deixar como herança uma
imagem melhorada, ampliada e consolidada do país.
O Brasil não será o mesmo depois de sediar, com intervalo de apenas dois anos, a Copa do
Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos. Até 2016, terão sido sete anos de grandes
investimentos em infraestrutura, mobilidade, projetos ambientais, qualificação de pessoal,
renovação de várias áreas urbanas – muitos deles já iniciados.
Mas a grande oportunidade será revelar, para o mundo, um país ainda pouco conhecido
em
toda a sua diversidade para os bilhões
de
pessoas
que
assistem,
pela
TV,
acompanham na internet ou pelos jornais e revistas, esses eventos. Esses espectadores não
assistem apenas as competições, mas têm acesso à divulgação da cultura e da forma de
viver do povo, dos principais atrativos turísticos, de paisagens diversas, etc.
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O Brasil terá, durante um longo período de tempo antes, durante e depois da Copa e
das Olimpíadas, a oportunidade de revelar, para o mundo, toda a sua diversidade, sua
capacidade de receber grandes eventos, sua nova posição econômica e política no mundo.
O Brasil saberá entrar para a história como mais um caso de sucesso na realização tanto da
Copa como das Olimpíadas – eventos que serão marcados por grande conectividade, pela
importância da internet como meio de comunicação e promoção até então nunca vista e
pela afirmação do Brasil e da América do Sul em uma nova posição no cenário global.
O turismo colherá, desse processo, mais frutos do que qualquer outro setor.
Com o Plano Aquarela 2020, a EMBRATUR dá sua contribuição para esse processo, que
envolve não só o governo, mas toda a sociedade brasileira. Apoiado em pesquisas, estudos e
na experiência exitosa de seis anos de promoção turística internacional, o plano oferece, para a
próxima década, o planejamento, a estratégia e as principais ações para trabalhar a promoção
e a imagem do Brasil como destino turístico.
4.1.1 Construindo o Futuro
Como será o Brasil como destino turístico em 2020 ? Que imagem os viajantes
estrangeiros que nos visitarem daqui a uma década levarão do Brasil ? Como será o
posicionamento do país no mercado de turismo global após a realização de uma Copa do
Mundo e de uma edição dos Jogos Olímpicos ? Teremos novos produtos e destinos, novos
ícones ?
O Aquarela é uma estratégia construída a partir de dois pilares. O primeiro é o posicionamento
competitivo que o país já tem hoje, como líder na América Latina, para os principais mercados
turísticos do mundo. Esse posicionamento é resultado do trabalho realizado desde 2003,
quando o Ministério do Turismo foi criado para garantir a implementação de políticas
públicas para o setor e a EMBRATUR recebeu a missão de promover o Brasil como
destino turístico no exterior. Um trabalho que trouxe também impactos diretos para o
desenvolvimento do país, como a entrada de quase 6 bilhões de dólares em 2008
(número 132% superior ao de 2003) e a consolidação do Brasil no sétimo lugar entre os
países que mais recebem eventos internacionais no mundo.
O segundo é o conjunto de pesquisas periódicas realizadas com visitantes estrangeiros,
representantes do setor
turístico
no Brasil
e
no
exterior,
sondagens
de
imagem e
acompanhamento da imprensa internacional – que nos dão um diagnóstico atualizado da
situação competitiva do país e de sua
imagem
internacional.
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Triunfo : Oásis do SerTão
Incorporamos também os estudos de importantes experiências de outros países que realizaram
Jogos Olímpicos ou Copa do Mundo, buscando adaptá-las à realidade brasileira.
Foram esses referenciais que guiaram também a primeira edição do Plano Aquarela –
Marketing Turístico Internacional do Brasil, em 2004, e suas atualizações anuais. Todo esse
processo, que permitiu acumular avanços que posicionaram o país como um dos principais
emergentes no turismo mundial.
A estratégia – metas e objetivos de marketing internacional do turismo brasileiro para 2020, ora
vidente é um planejamento consistente e os primeiros passos para uma nova etapa da
promoção do país. É também uma ferramenta de trabalho para construir nossos sonhos, hoje e
nos próximos anos.
As previsões iniciais da EMBRATUR, com base em experiências de outros países, indicam
um número de cerca de 500 mil estrangeiros a mais em visita ao Brasil durante a Copa do
Mundo. A realização dos jogos em doze cidades-sede será uma oportunidade para ampliar
o conhecimento do Brasil além de seus grandes ícones, mostrar a diversidade turística
natural e cultural e ainda ampliar para todas as regiões brasileiras as possibilidades de
receber visitantes, aumentando sua permanência e seu gasto médio.
Estudo realizado pela FIA
–
Fundação
Instituto
de Administração sobre os impactos
socioeconômicos potenciais do Rio 2016, encomendado pelo Ministério do Esporte, aponta
a chegada de cerca de 380 mil visitantes estrangeiros à cidade durante o evento, que
devem gastar em hospedagem, alimentação, comércio e serviços cerca de 152 milhões de
dólares.
Esses resultados confirmam o perfil diferenciado do turista estrangeiro que chega ao
Brasil para participar de um evento específico. Pesquisa
realizada pela Fundação Getúlio
Vargas a pedido da EMBRATUR, em 2008/2009, indica que o visitante internacional que
vem ao país para participar de um evento associativo tem gasto médio diário de 280
dólares. Para se ter uma idéia da diferença, um turista de lazer gasta, em média, 68 dólares por
dia.
Se houve um ganho de múltiplos benefícios na Alemanha e na África do Sul, com todo o
aprendizado do Brasil, estes dois eventos mundiais a ocorrer aqui entre nós, com apenas dois
anos entre um e outro, e faltando 3,5 anos para se iniciar, certamente, impõem ao Brasil um
desafio enorme e nos revelarão ao planeta como realmente somos, multiculturais, hospitaleiros,
alegres e solidários, e competentes. Mistura que nos deixarão um
legado
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Triunfo : Oásis do SerTão
único e positivo.
4.1.2 Elementos do Planejamento Estratégico do Plano Aquarela
A visão é a formulação da imagem desejada para o país no mercado turístico no longo
prazo. Ou seja, como queremos ser vistos pelo mercado, pelo turista potencial, pelo
mundo, no futuro ? A resposta encontrada, a partir do diagnóstico, foi:
“O Brasil é um país ao qual sempre temos que regressar. m país extenso e intenso, onde
encontramos e sentimos. Um país excelente e competente. Um país com grande diversidade
natural e cultural. Um país com identidade própria, onde o povo define e marca esta diferença.
Um país moderno, modelo de sustentabilidade. O Brasil é um país sensacional! “
Com o Aquarela 2004, considerando o cenário até 2010, constata-se que já foram alcançados
os objetivos iniciais de: tornar o Brasil o destino líder no turismo da América do Sul; o Brasil
fazer parte do imaginário de latinidade, onde estão Argentina, México e Caribe; tornar o
Brasilum dos dez destinos mais importantes
internacionais, de
do
mundo
na
realização
de
eventos
perfis variados; distanciar de vez a imagem do Brasil de destino exótico;
criar credibilidade internacional à Marca Brasil
Um novo posicionamento ou imagem comparativa para o Brasil como destino turístico é
perseguido desde a versão inicial do Plano Aquarela. Se em 2004 o posicionamento era se
diferenciar de seus principais concorrentes latino-americanos, a posição competitiva alcançada
nos últimos cinco anos permite agora uma evolução em que o Brasil está em condições de
competir com novos atores. O país passa a se comparar e competir com outros destinos
líderes no turismo mundial, buscando consolidar a sua liderança, nos principais países,
nos grandes segmentos.
Para se elaborar um plano estratégico e o plano de ações, o diagnóstico se torna passo
fundamental e inicial do processo. O diagnóstico possibilita entender a realidade, orientar a
definição da visão e dos objetivos estratégicos. As estratégias virão em seguida e o plano de
ações focado em mercados prioritários e suas segmentações.
Dentre os “achados do diagnóstico” revelaram-se os desafios da promoção. Entendamos os
motivos.
Se a importância desses eventos excepcionais para atrair o interesse mundial para o Brasil é
indiscutível, especialmente para o turismo, alguns desafios da promoção internacional
devem ser encarados desde a fase de planejamento. A principal motivação que impulsiona o
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Triunfo : Oásis do SerTão
incremento do número e do gasto de turistas estrangeiros nos anos de realização dos
eventos é o esporte.
No caso do Brasil, pesquisas recentes realizadas pela EMBRATUR demonstram um interesse
de participação também pela possibilidade da alegria e das festas de rua, mas o esporte é
o
principal atrativo. Este aumento de visitantes motivados pelos esportes, em destinos
específicos, pode provocar uma queda do turista “clássico”, que pode evitar viajar para o paíssede temendo um número excessivo de pessoas ou aumento de custos. É preciso, portanto,
adequar as estratégias de comunicação para atender, atingir e esclarecer todos os
públicos e, ao mesmo tempo, aproveitar as oportunidades associadas aos eventos.
A criação de produtos que
sejam
um
mix esportivo-turístico
para
os
públicos
mais
especializados – como organizadores de viagens de incentivos, operadores de pacotes
esportivos vinculados às entradas aos jogos, convidados de patrocinadores internacionais,
convidados especiais – é uma das formas de adequar oferta e demanda, com boa gestão
internacional da informação turística do país e do relacionamento com a imprensa.
A segurança e a pobreza, aliada a grande concentração de oferta em menos de uma dezena de
destinos turísticos preocupava bastante o Brasil, nos idos de 2004, mas já se percebe uma
oferta mais diversificada, qualitativa e conhecida do público internacional hoje em dia, fruto do
trabalho do Plano Aquarela com aos operadores de turismo nos países emissores, para
aumentar a oferta nas prateleiras de venda, e a continuidade destas ações só tendem a
multiplicá-la.
A sinalização também deve ser muito aprimoradas, mas um consenso importante, na opinião do
público estrangeiro é a forte imagem deles concentrada no binômio povo brasileiro e natureza,
em
toda sua diversidade – que devem
ser
aliados,
na
comunicação,
à idéia
de
modernidade e capacidade de realizar, com competência e profissionalismo, os eventos.
A visão é a formulação da imagem desejada para o país no mercado turístico no longo
prazo. Ou seja, como queremos ser vistos pelo mercado, pelo turista potencial, pelo
mundo, no futuro ? A resposta encontrada, a partir do diagnóstico, foi:
“O Brasil é um país ao qual sempre temos que regressar. m país extenso e intenso, onde
encontramos e sentimos. Um país excelente e competente. Um país com grande diversidade
natural e cultural. Um país com identidade própria, onde o povo define e marca esta diferença.
Um país moderno, modelo de sustentabilidade. O Brasil é um país sensacional! “
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Triunfo : Oásis do SerTão
Com o Aquarela 2004, considerando o cenário até 2010, constata-se que já foram alcançados
os objetivos iniciais de: tornar o Brasil o destino líder no turismo da América do Sul; o Brasil
fazer parte do imaginário de latinidade, onde estão Argentina, México e Caribe; tornar o Brasil
um dos dez destinos mais importantes do mundo na realização de eventos internacionais,
de perfis variados; distanciar de vez a imagem do Brasil de destino exótico; criar credibilidade
internacional à Marca Brasil
Um novo posicionamento ou imagem comparativa para o Brasil como destino turístico é
perseguido desde a versão inicial do Plano Aquarela. Se em 2004 o posicionamento era se
diferenciar de seus principais concorrentes latino-americanos, a posição competitiva alcançada
nos últimos cinco anos permite agora uma evolução em que o Brasil está em condições de
competir com novos atores. O país passa a se comparar e competir com outros destinos
líderes no turismo mundial, buscando consolidar a sua liderança, nos principais países,
nos grandes segmentos.
Objetivos estratégicos:
O Plano Aquarela 2020 foi concebido para atender aos seguintes objetivos para o turismo
internacional no Brasil:
*Aprimorar e ter resultados de longo prazo no trabalho de promoção turística internacional do
Brasil;
*Envolver os setores público e privado do turismo nacional numa estratégia unificada do país
para o exterior para melhor aproveitar as oportunidades do futuro;
*Promover o Brasil como destino turístico global de forma profissional, com base em
estudos, pesquisas e metas de resultados além de 2014 e 2016;
*Aproveitar a realização dos grandes eventos esportivos mundiais para fazer o Brasil
mais conhecido pelo mundo como destino turístico.
Eixos de atuação:
Aprender com as experiências anteriores dos países que já realizaram os grandes eventos
esportivos, sobretudo a forma como integraram as oportunidades para o turismo e a
imagem do país. A participação nos programas de observação da Copa da África do Sul e
das
Olimpíadas
de
Londres irão trazer novas possibilidades ao trabalho de promoção
internacional do Brasil, permitir
uma maior
aproximação
com
dirigentes esportivos,
relacionamento com a imprensa internacional e o estabelecimento de
um
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Triunfo : Oásis do SerTão
patamar de alta qualidade nas parcerias com a FIFA, o COI e os comitês organizadores
brasileiros dos eventos.
Inovar na forma de maximizar os resultados para o turismo brasileiro, construindo uma rede
de oportunidades integradas para estimular os visitantes a conhecer
outros
destinos
brasileiros antes e depois do evento, experimentar sensações e viver experiências diversas
de acordo com sua disponibilidade de tempo, recursos e preferências pessoais.
Proporcionar uma experiência sensacional aos turistas. Tornar inesquecível a experiência
dos visitantes que virão ao Brasil para a Copa do Mundo de Futebol e para as Olimpíadas do
Rio de Janeiro, aproveitar os grandes momentos para atrair visitantes a lazer, eventos e
negócios nos próximos dez anos é uma tarefa que exige planejamento permanente e muito
profissionalismo.
As informações sobre os roteiros alternativos que podem ser feitos antes ou depois dos
eventos a serem fornecidos aos turistas estrangeiros devem ser organizadas em parceria
com os operadores de turismo, especialmente com aqueles credenciados pela FIFA e pelo
COI. Da mesma forma, ter sintonia entre os diversos órgãos de turismo de cidades,
estados e governo federal será o segredo para otimizar esforços, fazer uma promoção
profissional no exterior e obter resultados expressivos para todo o país.
Não restam dúvidas que é necessário consolidar a imagem do
Brasil
como
um
país
continental, imenso, com uma grande diversidade de oferta turística em segmentos e
produtos.
A construção dessa estratégia no mercado internacional será feita a partir da segmentação
para
mercados-alvo.
Ou seja, para cada região do mundo são definidos os principais
competidores em cada segmento de promoção turística do Brasil.
4.1.3 A arquitetura da Marca Brasil
Baseada em quatro pilares, temos que:
1- Destino Brasil, marca guarda-chuva que expressa o posicionamento global desejado
pelo país como destino turístico;
2- Segmentos do Brasil, marcas para os segmentos prioritários de promoção, definidos
segundo o número de turistas potenciais e que já visitaram o Brasil, a receita gerada
por permanência e gasto diário, e a oferta disponível em patamar internacional, hoje e
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Triunfo : Oásis do SerTão
no futuro;
3- Produtos Brasil, que considera o apoio e a parceria dos grandes atores privados
do turismo mundial no exterior – tais como operadoras, companhias aéreas,
empresas internacionais líderes que operam produtos próprios no Brasil e os
promovem
no
mercado
internacional
(hotelaria,
resorts,
cruzeiros,
produtos
especiais) e as empresas de eventos de diversos perfis;
4- Priorizar o fortalecimento do mercado latino-americano como emissor para o Brasil,
mantendo a estratégia de diversificação de mercados europeus e norte-americanos.
Além disso, trabalhar para mudar o cenário competitivo do Brasil, implantando uma
estratégia segundo a acessibilidade, considerando três regiões emissoras:
1- Mercados vizinhos, do continente americano, com uma cultura comum de latinidade;
2- Mercados intercontinentais, da Europa ocidental e incluindo também os Estados Unidos
e Canadá;
3- Mercados muito distantes, com conexões e com uma acessibilidade difícil e que
podem formar roteiros sul-americanos.
As metas para 2020, foram estabelecidas e nos orientam para:
*Aumentar em 113% o turismo internacional;
*Aumentar em 304% a entrada de divisas com os gastos dos estrangeiros no Brasil de 2010 a
2020
* Aumentar em 500 mil turistas no
Brasil, no ano da Copa 2014; e em 380 mil no ano dos
Jogos Olímpicos Rio 2016 sobre os anos anteriores;
* Manter um crescimento sustentado de,no mínimo, 1 ponto percentual acima do crescimento
da América do Sul;
Para isso, é de se prover as condições necessárias. Para atingir os objetivos e metas
propostos, um investimento em marketing necessário deve ser disponibilizado.
Em um contexto de crescimento do turismo, os países estão aumentando seus investimentos
promocionais no mundo. Para que o Brasil se mantenha e avance no cenário competitivo, é
importante ter um investimento por turista, no mínimo, equivalente ao dos países que são seus
concorrentes diretos. É também importante garantir um orçamento de marketing equivalente a
1% da receita marginal gerada a cada ano sobre o ano anterior, pelo
turismo
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Triunfo : Oásis do SerTão
no Brasil, além dos orçamentos extraordinários que devem ser dedicados à Copa do Mundo
Brasil 2014 e às Olimpíadas Rio 2016.
No ano 2010, um investimento mínimo de 140 milhões de reais, nos quais já está incluído o
orçamento especial de lançamento da promoção turística da Copa Brasil 2014, que se inicia
assim que for encerrada a Copa 2010 da África do Sul. A partir de 2010, o investimento previsto
é de 25 reais por turista, em valores de 2009.
Nos anos seguintes, o orçamento necessário será calculado de acordo com as estatísticas de
receita gerada e com os novos dados de investimento competitivo que se apliquem ao mercado
em função da evolução turística regional e mundial.
Em seguida, os mercados prioritários receberam delimitação de ações específicas, identificadas
no plano de ações do Plano Aquarela. Dentre elas estão reuniões para elaboração e assinatura
de acordo de cooperação entre os parceiros, constantes encontros com a FIFA e o COI,
viagens de conhecimento de casos de sucesso(Alemanha e África do Sul, entre elas), reuniões
setoriais de turismo no Brasil, pesquisas com operadoras de turismo, pesquisa de demanda
internacional, pesquisa de imagem do destino Brasil, entre tantas.
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Triunfo : Oásis do SerTão
5.O AMBIENTE ECONÔMICO PARA O TURISMO
O turismo, por ser considerado um setor econômico globalizado e dinâmico, é fortemente
influenciado por diversas variáveis econômicas. De acordo com a Organização Mundial do
Turismo, assim como os dados mais recentes mostram que a economia mundial está saindo da
mais grave recessão vista desde a 2ª Guerra Mundial, a atividade turística também mostra
sinais de recuperação, havendo evidências de incremento tanto do turismo de negócios quanto
o de lazer. A continuidade do crescimento da economia mundial esperada para 2010 e 2011
deverá possibilitar uma expansão da economia nacional de forma sustentável, fator
fundamental para impulsionar as atividades turísticas.
5.1 Evolução Recente
O mais recente relatório do FMI (World Economic Outlook — WEO, atualizado ao final de
janeiro do corrente ano, 2010) ressalta que a recuperação econômica mundial está ocorrendo
de modo mais intenso do que o esperado, mas de forma desigual em diversas regiões, e
alerta que os governos deveriam manter suas medidas de estímulo à economia, enquanto a
situação não estiver ainda definitivamente estabilizada. Pelo menos em termos percentuais, o
crescimento econômico verificado nos países emergentes e naqueles em desenvolvimento (de
modo geral) vem se mostrando mais elevado nos últimos anos, do que os apurados nos países
desenvolvidos. O Fórum Econômico Mundial (WEF), encerrado também àquela época, em
Davos (Suíça), também destacou que a recuperação global ainda está muito frágil para que
sejam suspensos os programas de estímulos; além disso, defendeu a necessidade crescente
de que os países regulem, com mais rigidez, o sistema bancário, objetivando evitar o risco de
outro colapso financeiro.
Com relação ao crescimento da economia mundial em 2010 e 2011, a perspectiva do FMI é de
detecção de recuperação em diversos países, especialmente os de economia desenvolvida que
sofreram retração em 2009. De acordo com estimativas divulgadas pelo FMI, a economia
mundial deverá expandir 3,9% no corrente ano; os Estados Unidos, 2,7%; a Área do Euro,
1,0%; o Japão, 1,7%; o Reino Unido, 1,3%; o Canadá, 2,6%. Cabe destacar, igualmente, a
previsão de recuperação do crescimento do PIB da Rússia (de -9,0% em 2009 para 3,6% em
2010) e a manutenção do crescimento das economias chinesa (10,0% antevisto para o ano em
curso) e indiana (7,7%).
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Triunfo : Oásis do SerTão
Uma questão grave diz respeito
principalmente,
da crise financeira
ao
nível
de
internacional.
emprego
ainda
em
decorrência,
Segundo estimativa da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), o número de desempregados em todo o globo atingiu, em
2009, o nível recorde de 212 milhões de pessoas, representando taxa de desemprego mundial
de 6,6%. A expectativa para 2010 é de que esse total aumentará para cerca de 213 milhões,
sendo que tal situação deverá se agravar nos países desenvolvidos e na União Européia, onde
se espera que mais 3 milhões de pessoas fi quem sem trabalho.
Nos países ricos, a previsão da OIT é de que a taxa de desemprego aumente de 8,4%, em
2009 (42,8 milhões de trabalhadores), para 8,9%, em 2010 (45,6 milhões). Nos EUA, especificamente, a criação de empregos constituir-se-á numa das principais prioridades do governo em
2010 – as projeções do governo daquele país são de que a taxa de desemprego atingirá 10%
no corrente ano, caindo para 9,2% em 2011 e a proposta orçamentária apresentada ao
Congresso prevê recursos no montante de US$ 100 bilhões, a serem destinados ao combate ao
desemprego
Quanto à inflação, apurou-se declínio na maioria dos países desenvolvidos, principalmente nos
EUA, onde os preços ao consumidor têm apresentado variação negativa; no Japão e na Área
do Euro, o custo de vida tem se mantido praticamente inalterado. Desta forma, antevê-se que
tal quadro não será alterado nos primeiros meses de 2010, ano em que se espera um cenário
de juros ainda extremamente baixos e inflação controlada na maioria dos países. As estimativas
do governo norte-americano são de que a inflação alcance 1,9% em 2010 e 1,5% em 2011.
5.1.1 Evolução Recente e Prognósticos para 2010/2011
Dos países que foram afetados pela crise financeira internacional, propala-se que o Brasil foi
um dos últimos a sofrer seus efeitos (ainda que não tão intensamente quanto alguns países) e
um dos primeiros a sair dela. Em realidade, a recuperação da economia é resultado das rápidas
medidas adotadas pelo governo (como a redução do IPI para os setores automobilístico, de
eletrodomésticos e moveleiro, por exemplo, estimulando ainda mais o forte consumo interno).
Uma questão crucial, no momento, diz respeito à política cambial, que está sendo
acompanhada de perto pelo governo. Se por um lado a valorização excessiva do real pode vir
a prejudicar, no curto prazo,
segmentos
da atividade
industrial que sofrem
acirrada
concorrência nos mercados interno e externo, por outro, surge a oportunidade de importação
de máquinas e equipamentos capazes de reduzir custos de produção e aumentar a
competitividade de seus produtos. No que tange à balança comercial, os dados globais
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revelam superávit (em 2009, de US$ 25,35 bilhões FOB), graças principalmente aos elevados
preços das commodities de exportação. Cabe ressaltar que apenas seis produtos básicos (soja,
minério de ferro, petróleo, açúcar, frango e farelo de soja) foram responsáveis por cerca de 1/3
das vendas externas brasileiras em 2009 (precisamente 32,17%), enquanto que em 2008
correspondiam a aproximadamente 1/5 (20,69%). O setor exportador considera preocupante a
“primarização” da pauta exportadora – em realidade, a crise mundial afetou mais fortemente os
importadores de produtos acabados brasileiros (EUA e países europeus e latino-americanos) e
beneficiou favoreceu a exportação de bens primários principalmente para a China, hoje o maior
parceiro comercial do Brasil. Em resumo, enquanto alguns setores lucraram com as vendas
externas em 2009, outros só não perderam mais devido ao aquecimento do mercado
doméstico.
No que se refere à inflação, as expectativas mais otimistas é a de que fi cará próxima do centro
da meta estabelecida pelo governo (4,5%), enquanto que a taxa básica de juros (Selic) poderá
estabilizar-se no nível de 8,75% (pelo menos durante alguns meses), o que se traduz em forte
atrativo para investidores em geral e aplicações em renda fixa, em particular (as quais oferecem
taxas relativamente elevadas de juros, em termos reais, com baixo risco, em virtude da
solidez do sistema fi nanceiro nacional).
Vale lembrar, entretanto, que as políticas fiscais e monetárias expansionistas adotadas pelo
governo (com elevação do consumo público e redução dos juros), a melhora da massa salarial,
a retomada dos investimentos e o reaquecimento da economia, num ano eleitoral, pressionarão
os índices inflação.
Diante desse quadro, inexiste a perspectiva de que o governo deverá ampliar estímulos fiscais
à economia concedidos no sentido de aquecer o mercado interno, a fi m de amortecer os efeitos
da crise financeira internacional, ou que os juros venham a se manter estáveis por muito tempo,
caso venham a se verificar sinais de desequilíbrio de preços – segundo as autoridades, a
princípio, alguns estímulos serão mantidos, devendo ser retirados “no momento adequado”.
Em relação à inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador
oficial da
inflação divulgado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE)
apresentou aumento de 4,31% em 2009, resultado 1,59 ponto percentual abaixo da taxa
apurada em 2008 (5,90%), a mais elevada registrada desde 2004 (7,60%). Portanto, a inflação
medida em 2009 situou-se ligeiramente abaixo da meta fixada pelo Banco Central do Brasil,
que é de 4,5%, com intervalo de tolerância (banda) de 2 pontos percentuais para mais ou para
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Triunfo : Oásis do SerTão
menos, conforme disposto na Resolução nº 3.463, de 26/06/2007. A expectativa do mercado,
detectada ao final de janeiro/2010 (Relatório Focus, do BC), é a de que o IPCA atinja 4,55%
em 2010 e 4,64 em 2011.
Já o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado pela FGV, revelou
declínio de 0,11% em dezembro/2009, o que fez com que o indicador acumulasse queda de
1,43% no ano — cabe destacar que, pela primeira vez na história, o IGP-DI (que começou a ser
apurado em 1944) encerrou um ano registrando deflação. Entre os componentes do IGP-DI, o
Índice de Preços por Atacado (IPA) acusou redução de 4,08% em 2009, o Índice de Preços ao
Consumidor (IPC) aumentou 3,95%, enquanto que o Índice Nacional de Custo da Construção
(INCC) cresceu 3,25%.
Em relação ao investimento estrangeiro, o Relatório do Setor Externo, do Banco Central do
Brasil, revela que o investimento estrangeiro direto (IED) no setor produtivo totalizou US$
25,949 bilhões em 2009 (equivalentes a 1,65% do PIB), montante 42,41% inferior ao recorde
histórico contabilizado em 2008 (US$ 45,058 bilhões, correspondentes a 2,75% do PIB), sendo
tal redução atribuída, em grande parte, à crise financeira global. Apesar das incertezas ainda
reinantes no mercado internacional, os cenários construídos para a evolução da economia
mundial são, em geral, de recuperação; dessa forma, o BC trabalha com a expectativa de que o
volume de recursos em 2010 retorne ao patamar atingido em 2008, pois acredita que a
estabilidade macroeconômica nacional tem sido fundamental para garantir a continuidade na
entrada de IED, no país.
De acordo com a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento
(UNCTAD), os fluxos para as economias em desenvolvimento caíram 35% em 2009, após seis
anos de crescimento ininterrupto. Em 2008, os investimentos diretos estrangeiros no mundo
haviam totalizado cerca de US$ 1,7 trilhão, declinando para US$ 1,04 trilhão em 2009
(aproximadamente 38,8% a menos), sendo todas as economias afetadas. A queda do IED em
2009 foi menor para os países em desenvolvimento (34,7%), atingindo US$ 406 bilhões (em
2008 esses haviam avançado 17%), enquanto que as nações desenvolvidas economicamente
viram o investimento recuar 41,2% em 2009, atingindo R$ 565 bilhões, depois de um recuo de
29% em 2008.
5.1.2 Relatório Consolidado
Segundo o Ministério do Turismo, em seu documento “Conjuntura Econômica Anual do
Turismo” os resultados do turismo no Brasil em 2009 e perspectivas para 2010, com base na
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Triunfo : Oásis do SerTão
análise dos segmentos entrevistados, cujos dados são discriminados nos seus respectivos
relatórios setoriais, nos mostram que para 26% do mercado consultado, o faturamento das
empresas do setor de turismo cresceu em 2009, para 49% registrou estabilidade e para 25%,
declínio em relação a 2008 (saldo de 1%, configurando, de modo geral, estabilidade dos
negócios). Em realidade, tal resultado pode ser até considerado satisfatório, ao considerarse que 2008 se trata de base forte de comparação (pelo menos até o mês de setembro) e o fato
de a crise financeira internacional ter atingido mais intensamente as economias de vários
países ao longo de grande parte de 2009, não estando o setor turismo incólume a seus
efeitos. Essa conjuntura adversa foi destacada pela Organização Mundial do Turismo (UNWTO)
como o mais importante fator limitador da realização das viagens internacionais e, em menor
intensidade, a incidência do vírus A (H1N1) ocorrida em diversos países.
Os ramos que apresentaram saldos mais elevados do faturamento em 2009 (em comparação a
2008) foram eventos (100%), feiras (80%) e operadoras de turismo (79%), ao passo que os
menores saldos foram apurados nos segmentos turismo receptivo (saldo de -100%), agências
de viagens (-78%) e transporte aéreo (-21%).
As mais amplas variações médias de preços (-0,4% no resultado consolidado) foram
constatadas nos ramos turismo receptivo (+13,1%), meios de hospedagem (+6,2%) e
transporte rodoviário (+5,6%), sendo o declínio mais significativo observado nas agências de
viagens (-11%). Dentre as variações médias de custos (-2,4% no resultado consolidado),
verificaram-se maiores aumentos nos ramos turismo receptivo (+19,7%) e feiras (+11,4%) e
mais amplo decréscimo em transporte aéreo (-10,1%) – nesse caso, em virtude da redução dos
preços do petróleo verificada, de modo geral, no decorrer de 2009; e no que tange às variações
médias de postos de trabalho (+7,0% no resultado consolidado), destacam-se as apuradas
positivamente nos ramos transporte aéreo (+17,9%), operadoras de turismo (+12,3%) e feiras
(+8,3%) e negativamente em turismo receptivo (-24,1%).
No princípio de fevereiro de 2010, a imagem positiva do Brasil no exterior foi o principal fator
favorável à expansão do faturamento, sendo salientado por 7 dos 9 ramos componentes do
setor. Em segundo lugar, a atual conjuntura econômica (internacional e nacional), com citações
observadas em 5 ramos; e por fim, a facilitação de acesso ao crédito pelas empresas, com
destaque em 4 ramos.
Como mais importantes razões inibidoras da ampliação nos negócios, àquela época, foram
mencionadas: carga tributária elevada (apurada em 8 dos 9 ramos), escassez de mão-de-obra
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Triunfo : Oásis do SerTão
qualificada (4 ramos) e problemas de infraestrutura local, de acesso e transporte (4 ramos).
Os empresários de todos os segmentos testemunharam favoravelmente quanto à perspectiva
de significativa ampliação dos negócios em 2010, acompanhando a previsão de recuperação do
crescimento da economia brasileira e, em menor escala, da internacional (saldo de 91% em
comparação a 2009).
As mais elevadas ampliações do faturamento eram das feiras, locadoras de automóveis,
operadoras de turismo, transporte aéreo e turismo receptivo (em todos, registro de saldo de
+100%), sendo os menores saldos (ainda assim bastante elevados) apurados nos segmentos
eventos (+42%) e agências de viagens (+54%).
Finalmente, no que concerne às previsões de variações médias de postos de trabalho (+4,9%
no resultado consolidado), destacam-se as apuradas nos ramos turismo receptivo (+11,0%) e
meios de hospedagem (+7,8%), cabendo ressaltar que o menos amplo saldo de variação média
percentual foi detectado no ramo de transporte rodoviário (+2,1).
5.1.3 Setor de Hospedagem – Perspectiva para 2011
Deixando ao lado o consolidado dos 09 ramos da atividade turística pesquisados, e apreciando
apenas as expectativas e dados do setor de hospedagem, visto que Triunfo tem forte atuação
centrada neste ramo, temos o seguinte cenário.
De acordo com 63% do mercado de meios de hospedagem, a economia brasileira apresentou,
em 2009, desempenho inferior ao de 2008, enquanto que para 10%, foi superior (saldo de 53%). Acompanhando esta tendência de redução do crescimento da economia, o mercado
brasileiro de hotelaria registrou contração para 60% dos responsáveis pelo faturamento e
expansão para 19% (saldo de -41%). Influenciaram positivamente o mercado o aumento da
demanda doméstica por destinos nacionais e do número de eventos e congressos realizados
em 2009; e negativamente, a crise financeira internacional, a incidência do vírus da gripe A
(H1N1) em alguns países, a diminuição da demanda de turistas estrangeiros e a redução da
taxa de ocupação hoteleira.
Verificou-se tênue majoração do faturamento dos meios de hospedagem em 2009,
comparativamente a 2008: 26% de assinalações de aumento, 58% de estabilidade e 16% de
diminuição (saldo de 10%). Por um lado, a abertura ou reabertura de meios de hospedagem, o
aumento da oferta de assentos pelas companhias aéreas, a majoração dos preços praticados e
a queda da ocupação hoteleira.
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A constatação de decréscimo de custos em 59% do mercado e aumento em 27% (saldo de 32%), extremamente benéfica para o setor, foi atribuída pelos empresários à redução da folha
salarial, renegociação de contratos, racionalização de processos (melhor utilização dos
recursos existentes, aumentando a produtividade) e otimização de custos operacionais (mais efi
ciente gerenciamento de custos, com maior controle de despesas), pressionando a elevação
dos custos a majoração do preço de energia elétrica e os reajustes salariais. Além disso,
detectou-se elevação de preços em pouco mais de 4/5 do mercado (precisamente em 83%) e
redução em apenas 5% (acarretando saldo de 78%). Mesmo diante da evolução favorável dos
negócios (elevação do faturamento e dos preços cobrados, e diminuição dos custos), observouse redução do nível de emprego em 2009, comparativamente a 2008 (saldo de -36%).
A maior parcela do mercado consultado (85%) informou ter realizado investimentos em
2009, cabendo ressaltar que o montante aplicado em relação ao faturamento do setor
somou 9,0%.
Do total investido, 68,8% foram destinados a ampliação e reforma das instalações, 18,3% a
marketing e promoção de vendas, 4,2% a compra de materiais e equipamentos, 4,0% a
aquisição de novos estabelecimentos, 2,8% a treinamento de pessoal e 1,9% a tecnologia e
sistemas de informação.
No início de 2010, os fatores que mais limitam a expansão dos negócios são a elevada carga
tributária, entraves referentes à legislação (regulamentação), taxa de câmbio desfavorável
(desestimulando a vinda de turistas estrangeiros), sensação de insegurança em alguns destinos
turísticos, escassez de investimentos locais e infraestrutura defi ciente (acesso e transporte).
Em contraposição, a conjuntura econômica internacional mais favorável, o nível aquecido da
demanda doméstica, o maior número de realização de eventos e a imagem positiva do País no
exterior beneficiam o faturamento do setor.
A quase totalidade do mercado (94%) previu a expansão da economia brasileira em 2010,
sendo que somente 6% estimam decréscimo
(saldo de 88%). No que diz respeito a seu
mercado de atuação, 89% prognosticam incremento e 2%, declínio (saldo de 87%).
Constata-se otimismo generalizado dos empresários com
relação à evolução prevista dos
negócios em 2010: 91% antevêem majoração do faturamento e 9%, inalterabilidade em
confronto com 2009, devido ao lançamento de novos empreendimentos, ao investimento
maciço em marketing, e à perspectiva de reaquecimento da economia brasileira, do aumento da
demanda de viagens (tanto a lazer quanto a negócios), da elevação da taxa de ocupação
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hoteleira e da realização de megaeventos no País. Cabe destacar que, com menor influência na
receita esperada, expectativas de algum arrefecimento da expansão do faturamento são
atribuídas à previsão de menor vinda de turistas estrangeiros ao País e à tendência de que
significativa parcela de turistas brasileiros optasse viajar para o exterior, em virtude da atual
taxa de câmbio. Tal fato deveria estimular o significativo aumento do número de contratação de
pessoal: 90% de previsões de aumento, 10% de estabilidade e nenhuma de diminuição do
quadro de funcionários. A perspectiva, para 2010, éra de que tanto os preços quanto os custos
deveriam aumentar em 2010 (saldos das respostas de 95% e 85%, respectivamente).
Os respondentes informaram o propósito de investir, em 2010, 13,1% da receita bruta previsto
para o ano. Desse total, 37,2% do investimento deveriam ser destinados à construção de novos
estabelecimentos, 21,6% a melhoria da infraestrutura das instalações, 17,9% a campanhas de
marketing e promoção de vendas, 13,6% a tecnologia e sistemas de informação, 6,0% a
treinamento de pessoal e 3,7% a outras finalidades
5.1.4 Mega-Eventos
Há forte de realização de investimentos nos próximos anos, visando à realização de
megaeventos, de acordo com os nove segmentos componentes da amostra das maiores
empresas do setor de turismo consultadas. Podem-se constatar mais amplas intenções de
aplicação de recursos entre as locadoras de automóveis (100% do mercado), transportes
rodoviário (93%) e aéreo (92%), meios de hospedagem (80%) e turismo receptivo (61%). Por
outro lado, menores assinalações nesse sentido foram detectadas entre as agências de viagens
(13% do mercado) e organizadoras de eventos (17%).
No que concerne à participação em linhas de crédito, cabe ressaltar que, dentre as empresas
que pretendem investir, objetivando preparar-se para a realização de megaeventos, 63% dos
responsáveis pelo faturamento dos meios de hospedagem informaram que buscarão recursos
para investimento, prioritariamente nas linhas específicas do BNDES. A pesquisa também
revela, igualmente, que 11% do mercado de locadoras de automóveis pesquisado deverão
recorrer a financiamentos, dentre as linhas de crédito mencionadas estão a do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Banco do Brasil (BB). Por sua vez,
metade do mercado de turismo receptivo deverá utilizar recursos próprios e/ou ainda não
decidiu a qual (is) instituição (ões) irá recorrer visando essa finalidade, o mesmo acontecendo
com as empresas de transporte rodoviário (todas utilizarão recursos próprios) e aéreas
(somente 7% buscarão recursos externos às empresas).
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Triunfo : Oásis do SerTão
De acordo com cada ramo, tinha-se a intenção de investir em 2010, assim:
Agências de Viagens: estrutura de receptivo local e treinamento de mão-de-obra (idiomas
estrangeiros);
Eventos: treinamento de pessoal (administração e idiomas estrangeiros, principalmente);
Feiras: Campanhas de marketing e promoção, contratação adicional e treinamento de
funcionários (novos e dos já existentes);
Locadoras de Automóveis: abertura de pontos de venda nas cidades onde serão realizados
jogos da Copa Mundial de Futebol, ampliação da frota de veículos, e tecnologia;
Meios de Hospedagem: abertura de hotéis nas cidades-sedes dos jogos do Torneio Mundial de
Futebol, modernização e reforma das unidades habitacionais (UH’s), e treinamento de mão-deobra;
Operadoras: formatação de novos produtos e pacotes, novas formas de distribuição de
produtos através da tecnologia, treinamento de pessoal, e promoção no exterior;
Transporte Aéreo: ampliação da frota de aeronaves, novas rotas e voos, e ações contingenciais
para atender ao crescimento da demanda em perspectiva;
Transporte Rodoviário: aumento da frota de veículos, campanhas de marketing, e transporte de
delegações de autoridades; e
Turismo Receptivo: ampliação da infra-estrutura interna, aquisição de veículos de transporte,
pré-compra de quartos de hotéis, contratação e treinamento de pessoal, campanhas de
marketing e promoção de vendas no exterior.
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Triunfo : Oásis do SerTão
6. A CIDADE E O DESTINO TURÍSTICO - TRIUNFO
Triunfo é conhecida como o “Óasis do Sertão”. Essa denominação está relacionada ao seu
micro-clima, frio. Sua altitude média de 1004 metros, com 1260m no ponto mais alto,
proporciona temperaturas baixas, principalmente à noite e, inferiores a 10C na época mais fria.
Triunfo é um território de 191,52km2, sua população estimada em 2000 era de
aproximadamente quinze mil habitantes, com IDH de 0,714 médio. Segundo o IBGE, em 2005,
seu PIB foi de R$35.746 mil, e o PIB per capita de R$2.475,00, elevada à média nordestina.
Ao final do século XVIII a serra da Baixa Verde, que teve como habitantes primitivos os índios
Cariris, era arrendada a Domingos Pereira Pita que depois se tornou proprietário. Nessa época,
em data incerta, chegou a Baixa Verde o missionário capuchinho frei Vidal de Frescolero,
conhecido por frei Vidal da Penha, que fixou residência no sítio Baixa Verde, em um pequeno
terreno que conseguiu com o senhor Domingos Pereira Pita, onde fez o aldeamento dos índios
que com ele vieram.
Em novembro de 1803 retirou-se para Cabrobó, tendo logo depois assumido o seu lugar o
missionário frei Ângelo Maurício Niza, o qual fez construir na Baixa Verde uma capelinha que
serviu de matriz durante muito tempo, sob a invocação de Nossa Senhora das Dores.
Em seguida, tratou de legalizar a posse do terreno dos índios, requerendo ao governador-geral
da Capitania, Dr. Caetano Pinto de Miranda Montenegro, meia légua quadrada de terra, a qual
foi concedida em sesmaria, a 08 de outubro de 1812. Os marcos foram fincados nos lugares
denominados Aquiraz, Jaleco, Água Branca e Jardim.
O aldeamento, que nesse tempo era um arraial de casas esparsas, foi se transformando pouco
a pouco em um núcleo de população e de casas alinhadas. Assim, cabem a frei Ângelo os foros
da fundação da cidade onde ele permaneceu até falecer, em 07 de junho de 1824. Outros
habitantes foram chegando sucessivamente, atraídos pelas excepcionais condições de solos,
fontes perenes e vegetação sempre verde, fazendo com que a povoação fosse crescendo com
rapidez.
O nome de Triunfo originou-se de uma luta ocorrida entre a poderosa família dos Campos
Velhos, da cidade de Flores, e os habitantes da povoação da Baixa Verde, os quais, querendo
ver o progresso da localidade, começaram com a criação de uma feira, com o que os Campos
Velhos não ficaram satisfeitos, procurando acabá-la por diversas vezes, até mesmo com
prejuízo de vidas, mas não conseguiram.
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Triunfo : Oásis do SerTão
Tal
fato
fez
com
que
os
habitantes
da
Baixa
Verde
tratassem
de sua independência, a fim de se libertar dos Campos Velhos.
Para isso, em abaixo-assinado solicitaram da Assembléia Provincial e do Diocesano que a
povoação fosse transformada em freguesia e elevada à categoria de vila, o que de fato ocorreu
em 02 de junho de 1870, através da Lei Provincial nº. 930, que criou a freguesia de Nossa
Senhora das Dores, desmembrada da freguesia de Flores, e elevou a povoação de Baixa Verde
à categoria de vila, com a denominação de Triunfo.
Em 07 de junho de 1872 a Lei Provincial nº. 1.057 criou a comarca de Vila Bela, constituída do
termo do mesmo nome e do município de Triunfo. Em 13 de junho de 1884 a Lei Provincial nº.
1.805 criou a comarca de Triunfo e elevou a vila do mesmo nome à categoria de cidade. Foi
constituído em município autônomo em 11 de agosto de 1893, com base no art. 2º das
disposições gerais da Lei Estadual nº 52 (Lei Orgânica dos Municípios), de 03 de agosto de
1892.
A
comarca
de
Triunfo
foi
extinta
em
20
de
junho
de
1904,
através da Lei Estadual nº. 697, passando a termo da comarca de Flores, e restaurada em 1º
de maio de 1913, pela Lei Estadual nº. 1.174.
Hoje em dia, vive-se tranquilamente na cidade, sem violência, e se explora muito a agricultura e
o turismo. Há escolas públicas para o ensino médio e fundamental, cursos freqüentes do
Sebrae, Senac e Sesc, e fácil acesso às faculdades de Serra Talhada, município vizinho e
também envolvido na Rota do Cangaço e Lampião.
Poucos municípios têm o privilégio de reunir tantos atrativos como Triunfo, a começar pelo seu
micro-clima, pois a cidade está a 1.004 metros de altitude em pleno SerTão.
Tudo em Triunfo parece ter sido talhado com primor. O casario singelo, as antigas construções,
os seculares e tradicionais conventos, o açude, adornado pela presença do Cine-Teatro
Guarany, as velhas edificações em pedra localizadas nas cercanias da cidade, os pequenos
nichos que compõem a Via Sacra, perfazendo um caminho que vai da Igreja Matriz ao Alto do
Cruzeiro, e até as suas flores, a brotar viçosas nas varandas, praças e jardins.
É ainda interessante conhecer os engenhos, com a artesanal produção de alfenins, mel e
rapadura, as casas de farinha, de construção fechada, diferenciada das localizadas na Zona da
Mata de Pernambuco, a Barragem de Canaã, a Pedra do Letreiro, assim chamado por suas
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Caminhando em direção ao outro, semeando confiança e saúde pessoal e financeira
39
Triunfo : Oásis do SerTão
inscrições rupestres, os arruados de pitorescas histórias, e o Museu do Cangaço, revivendo um
importante ciclo da cultura regional.
Também vocacionado para o turismo ecológico, Triunfo oferece mirantes, como o Pico do
Papagaio, de onde podem ser visualizadas seis cidades sertanejas. Cachoeiras, como a
Cachoeira das Pingas, com seus mais de 50 metros de altura e notável visual, as matas e
furnas.
Dentre as diversas manifestações folclóricas registradas em Triunfo, uma parece não ter similar
em qualquer outro município do Estado, que é a tradição dos "caretas", um tipo especial de
mascarados que, em grupos denominados "trecas", surgem em todas as festividades locais,
como a Festa dos Estudantes, evento consolidado do calendário turístico de Pernambuco.
Na óptica de planejadores do espaço turístico, pode-se dizer que os atrativos turísticos, em sua
maioria, tanto os culturais e os naturais precisam de qualificação física, e há carência de
qualificação profissional para formatar roteiros diversificados e atender à demanda crescente de
visitantes e turistas, e para tratar com inteligência mercadológica o Turismo.
Hoje, a cidade possui um parque hoteleiro com aproximadamente 400 leitos e empresários
motivados a contribuir para o desenvolvimento da atividade turística. Há carência nas atividades
noturnas e de alimentação, considerando que já desponta como destino turístico diferenciado
no SerTão Nordestino.
O fato para a grande maioria dos visitantes é que Triunfo é charmosa em sua arquitetura,
traçado geográfico e clima, e pode se tornar encantadora com o cumprimento de um plano
municipal de turismo de longo prazo , como o que se iniciou, recentemente, e será
complementado com este Plano Municipal de Comunicação e Marketing Turístico.
Hoje, seus atributos são, claramente, bem explorados apenas durante os principais eventos do
calendário turístico – carnaval, festa do estudante, motofest e natal. É preciso enfatizar a
necessidade de mudança do modelo de gestão, pois há elementos e atrativos singulares que
podem ser organizados para desenvolver a atividade turística como principal vetor da economia
e da qualidade de vida local.
CAMPOS DANTAS VILAR – Consultoria Turística e Transformação Empresarial / Vida e Negócios em Unidade.
Caminhando em direção ao outro, semeando confiança e saúde pessoal e financeira
40
Triunfo : Oásis do SerTão
7. ECONOMIA DO TURISMO E O CENÁRIO PARA TRIUNFO
De acordo com estimativas da Organização Mundial do Turismo (UNWTO), feitas em janeiro do
corrente ano, os desembarques internacionais de turistas declinaram de 920 milhões, em 2008,
para 880 milhões, em 2009, representando redução de aproximadamente 4,3%. Cabe ressaltar
que se trata do segundo declínio constatado desde 1995; o primeiro, nessa série de 15 anos,
ocorreu em 2003, com menor magnitude (-1,57%). O resultado apurado em 2009 só não foi pior
devido ao incremento dos desembarques internacionais verificado no último trimestre (cerca de
2%), após 14 meses de resultados negativos, sob a influência de uma economia global bastante
volátil e desfavorável. A Organização Mundial de Turismo calcula que as receitas mundiais
do setor, em 2009, tenham decrescido cerca de 6% em relação a 2008, quando somaram
US$ 944 bilhões. Veja a seguir os números referentes aos desembarques.
Desembarque Internacional
Dados comparativos de desembarque de passageiros em vôos internacionais regulares e não
regulares de 2009 e 2010, com variação mensal.
Mês
2009
2010
Vôos Regulares
Vôos Não Regulares
Total
Vôos Regulares
Vôos Não Regulares
Total
Variação % 2009/2010
Jan
615.909
38.647
654.556
701.404
44.974
746.378
14,03
Fev
478.883
28.781
507.664
605.283
30.620
635.903
25,26
Mar
513.690
16.263
529.953
576.068
16.957
593.025
11,9
Abr
476.577
8.965
485.542
508.248
12.233
520.481
7,2
Mai
452.242
8.153
460.395
554.708
10.082
564.790
22,68
Jun
483.557
13.194
496.751
566.592
15.059
581.651
17,09
Jul
546.322
20.066
566.388
713.562
39.601
753.163
32,98
Ago
528.029
17.036
545.065
696.831
25.473
722.304
32,52
Set
503.799
10.373
514.172
658.078
15.233
673.311
30,95
Out
581.265
10.046
591.311
707.465
13.029
720.494
21,85
Nov
553.199
12.436
565.635
6.288.239
223.261
6.511.500
21,67
Dez
572.994
20.527
593.521
Total
6.306.466
204.487
6.510.953
Fonte: INFRAERO - Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária
CAMPOS DANTAS VILAR – Consultoria Turística e Transformação Empresarial / Vida e Negócios em Unidade.
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41
Triunfo : Oásis do SerTão
Desembarque Doméstico
Desembarque de Passageiros em Vôos Nacionais - Variação Mensal 2009/2010
Dados comparativos de desembarque de passageiros em vôos nacionais regulares e não
regulares de 2009 e 2010, com variação percentual, baseado em dados coletados pela
INFRAERO - Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária.
Mês
2009
2010
Vôos Regulares
Vôos Não Regulares
Total
Vôos Regulares
Vôos Não Regulares
Total
Variação % 2009/2010
Jan
4.327.477
263.525
4.591.002
5.404.384
298.411
5.702.795
Fev
3.477.326
164.792
3.642.118
4.837.991
188.163
5.026.154
24,22
38
Mar
3.961.377
165.085
4.126.462
4.917.920
149.058
5.066.978
22,79
Abr
4.079.070
142.028
4.221.098
4.987.628
149.511
5.137.139
21,7
Mai
4.151.255
136.656
4.287.911
4.925.149
148.790
5.073.939
18,33
Jun
4.321.138
135.032
4.456.170
4.988.381
166.487
5.154.868
15,68
Jul
5.009.276
208.322
5.217.598
5.809.294
256.624
6.065.918
16,26
Ago
4.446.799
165.870
4.612.669
5.839.625
183.724
6.023.349
30,58
Set
4.740.049
165.904
4.905.953
5.818.263
201.884
6.020.147
22,71
Out
5.258.146
195.866
5.454.012
5.919.470
199.120
6.118.590
12,19
Nov
4.980.229
158.167
5.138.396
53.448.105
1.941.772
55.389.877
21,70
Dez
5.163.845
206.910
5.370.755
Total
53.915.987
2.108.157
56.024.144
Fonte: INFRAERO - Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária.
Receita Cambial
Receita Cambial - Variação Mensal 2009/2010. Dados sobre a evolução mensal da receita e
despesa cambial turística no Brasil, no período 2009 e 2010.
2009
Mês
Receita
Despesa
Receita
2010
Despesa
Variação %
Receita
2009/2010
Variação %
Despesa
2009/2010
Jan
495
746
566
1.216
14,22
63,07
Fev
433
553
511
1.002
18
81,11
Mar
494
618
578
1.121
17,07
81,47
Abr
388
770
461
1.229
18,86
59,58
Mai
354
779
408
1.156
15,42
48,31
Jun
403
987
416
1.325
3,29
34,22
Jul
445
1.045
438
1.536
-1,54
47,09
Ago
456
916
489
1.302
7,3
42,18
Set
401
1.053
454
1.580
13,34
50,03
Out
451
1.236
436
1.692
(3,53)
36,86
Nov
469
983
4.757
13.160
10,13
51,20
Dez
516
1.212
Total
5.305
10.898
Fonte: Banco Central do Brasil
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Triunfo : Oásis do SerTão
Segundo dados do Banco Central, os gastos de turistas estrangeiros em visita ao Brasil, em
2009, somaram US$ 5,305 bilhões, o segundo melhor ano da série histórica do BC, iniciada
em 1947 – ressalte-se que 2009 foi um ano em que o turismo sofreu os efeitos da crise
financeira
internacional.
O
crescimento
na
entrada
de
divisas
alcançou
114%,
comparativamente a 2003, ano em que a Embratur iniciou o trabalho de promoção turística
mundial, com foco no aumento da permanência e do gasto dos turistas estrangeiros no Brasil. O
valor auferido em 2009 só é menor (8,30%) do que o acumulado em 2008, quando US$ 5,785
bilhões ingressaram no País mediante o turismo internacional.
Por outro lado, a despesa cambial turística atingiu US$ 10,898 bilhões em 2009, registrando
declínio de apenas 0,59% em relação a 2008 (US$ 10,963 bilhões). Já a corrente cambial
turística (receita mais despesa), confrontados esses dois anos, diminuiu 3,25%: de US$ 16,748
bilhões, em 2008, para US$ 16,203 bilhões, em 2009.
Dados divulgados pela Infraero mostram que o total de desembarques internacionais, em 2009,
alcançou 6.483.944 passageiros, o que equivale a uma redução de 0,77% em relação a 2008
(6.534.263 passageiros). Do total referente a 2009, 6.280.207 passageiros desembarcaram em
voos regulares (+0,15% do que em 2008) e 203.737 em voos não regulares, fretados (-22,74%).
De acordo com a Embratur, o aumento dos desembarques internacionais em voos regulares
mostra que a acessibilidade aérea para o Brasil tem evoluído de forma consistente, mas em
velocidade ainda menor do que o necessário para aumentar a competitividade internacional do
turismo brasileiro. O Instituto destaca também o fato de que, mesmo com o cenário difícil da
aviação mundial, que acarretou significativa diminuição de oferta de assentos, o total de
desembarques em voos
internacionais aumentou bastante a partir de outubro de 2009,
contribuindo para que o resultado anual se mantivesse praticamente estável em relação a 2008.
Uma leve apreciação destes três gráficos acima evidencia a evolução turística positiva no Brasil
no período 2009-2010, com desembarques internacionais e domésticos com variação a maior
superior a 21%, gerando receita cambial superior a 51%, no período.
Para o espaço temporal e o propósito desse plano de comunicação e marketing turístico de
Triunfo, não deve ser uma prioridade a busca do incremento de seu fluxo turístico investindo
forte para que passe a fazer parte dos pacotes turísticos internacionais, já que a motivação
“lazer”, apesar de expressiva, entre os portugueses, maior mercado e crescente para o
Nordeste do Brasil, refere-se à praia. E, quando do traslado terrestre, mantém-se muito baixa,
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43
Triunfo : Oásis do SerTão
em 5,8%, e permanece atrelada ao turismo de sol e praia.
Para o mercado doméstico, como há uma concentração histórica do fluxo turístico de Triunfo
residente em Pernambuco e estados vizinhos, prioritário é focar os esforços de marketing para
melhor conhecer o perfil dessa demanda, visando gerir suas necessidades e desejos,
multiplicando nela a satisfação e boa imagem do destino, enquanto se divulga e promove a
nova marca em busca da emissão de novos fluxos segmentados de turistas.
A primeira ressalva é na carência de dados estatísticos sobre a evolução do Turismo e o perfil
do turista em Triunfo, e sua confiabilidade.
Os fluxos de visitantes intra-estadual e intra-regional são responsáveis pela maioria do volume
de turistas domésticos no Brasil. A predominância das viagens de menores distâncias relativas,
tanto intra-Regiões, mais de 75% dos fluxos em Nº de Turistas, como intra-Estados, 57% dos
fluxos, média nacional, é de extrema importância para a administração da atividade turística.
Esta predominância intra-regional permanece em valores dos Gastos/Receitas, embora em
menor escala: os fluxos intra-Regiões em Gastos/Receitas responde por 60% do total e os intraEstado por 37%.
Dentre os estados do Nordeste a serem considerados mercados-alvo para Pernambuco,
destacam-se, inicialmente, portanto, Pernambuco(60,6% do fluxo intra-estadual e 18,4% da
receita) e aqueles limítrofes ao estado, quais sejam: Bahia, Paraíba, Alagoas, Ceará, Sergipe e
Rio Grande do Norte. Estes são os estados mais representativos em fluxo de turistas recebidos
por Pernambuco da própria Região Nordeste. Os percentuais de receitas geradas no destino
por cada mercado são, de mesma forma, fundamentais para se definir os mercados emissores
prioritários. E aí, temos que a composição da receita turística de Pernambuco provem cerca de
44,8% da própria região, sendo 18,4% de Pernambuco, e 26,4% dos demais estados da região.
Vale ressaltar que 44,2% da receita turística gerada em Pernambuco provêm de 04 estados
fora da região Nordeste – SP, RJ, MG, DF com 25,4%, 11%, 4,7% e 3,1%, respectivamente.
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Caminhando em direção ao outro, semeando confiança e saúde pessoal e financeira
44
Triunfo : Oásis do SerTão
80
60
40
20
0
Principais Emissores de Turista para
Pernambuco (% )
PE - 60,6
SP - 11,0
BA - 5,9
PB - 4,5
AL - 3,5
RJ - 2,4
CE - 2,2
SE - 2,1
RN - 1,8
DF - 1,0
Outros - 4,9
30
25
20
15
10
5
0
Principais Geradores de Receita em
Pernambuco (%)
SP - 25,4
MG - 4,7
DF - 3,1
PE - 18,4
AL - 3,8
CE - 3,0
RJ - 11,0
PA - 3,6
Outros- 13
BA - 10,7
SE - 3,4
Os acessos aeroviário e rodoviário facilitados contribuem muito para esses fluxos intra-regionais
e inter-estaduais. Para estímulo aos gastos entra na equação a distância e o transporte usado,
o tempo médio da estada, o motivo da viagem, o tipo de hospedagem, o segmento turístico
entre outros fatores, e evidentemente a complexidade da oferta e a qualidade da gestão
turística no destino.
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45
Triunfo : Oásis do SerTão
O fluxo advindo destes estados deve ser motivado por atrações diferenciadas, tais como a
temporada de inverno de Pernambuco e o Carnaval Multicultural, Paixão de Cristo em Nova
Jerusalém, comemoração de ano novo, além de espetáculos que devem ganhar maior
notoriedade com qualificação do mote cultural, aliadas à proximidade entre origem e destino.
Lembrando sempre que o “diferencial” de sol e praia é comum a todos os estados.
Esse fluxo regional conta com parcela significativa de viagem rodoviária, uso de veículo
particular, motivados por conhecer algo novo num raio de distância de até 350km de seu local
de origem . São bastante comuns viagens de finais de semana e feriados. É no mercado
regional e local que está o mercado prioritário de Triunfo.
Triunfo tem no mercado local – do próprio estado de Pernambuco – um público turístico de perfil
que apresenta viagens de finais de semana e feriados feitas por rodovias, muito atraídos por
eventos festivos, bem concentrado na Região Metropolitana de Recife(90%), onde também se
agrupa a maior parte da população pernambucana.
Na capital Recife, reside cerca de 82% do fluxo turístico para Triunfo, e as cidades de Petrolina,
Serra Talhada, Salgueiro, Caruaru, Arcoverde, Campina Grande, Patos, Paulo Afonso, Juazeiro
do Norte, Crato todas num raio de 270km de Triunfo, em região longe da costa litorânea, seja
de Pernambuco ou de estados vizinhos(PB, BA) reúnem a grande parcela do fluxo interiorano
que visita Triunfo.
Salvador, Natal, João Pessoa e Fortaleza, capitais de estados nordestinos ganham certa
relevância como mercados emissores de turistas para Triunfo em eventos como o MotoFest,
por suas peculiaridades, ou marcam presença por grupos que chegam de ônibus alugado,
normalmente com grupos de idosos ou de entidades sociais.
Triunfo, portanto, deve focar suas ações de divulgação e promoção no mercado pernambucano,
e região interiorana dos estados vizinhos num raio de 270km, para os quais é destino turístico,
e considerar as capitais nordestinas em segundo plano. Além disso, deve se considerar como
oferta complementar do Recife para os mercados de SP, RJ, MG e DF, e a cidade de Manaus,
com apelo cultural e climático, aos quais deve ser levada como produto agregado em conjunto
com os órgãos oficiais de turismo de Pernambuco.
Dois temas muito importantes além do fluxo e do gasto para a correta orientação da gestão
turística dos destinos turísticos de regiões interioranas com características similares às de
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Caminhando em direção ao outro, semeando confiança e saúde pessoal e financeira
46
Triunfo : Oásis do SerTão
Triunfo, onde o perfil dos turistas inclui grande uso de transporte rodoviário, públicos de faixas
salariais diversas, com foco na estada durante a semana, ou finais de semana e feriados
festivos são “ uso de pacotes” e “composição do gasto” das viagens turísticas domésticas.
Separando-se as viagens que Usam(4,8%) ou Não(95,2%) “Pacotes” Turísticos, em média para
as diversas faixas salariais, verificam-se diferenças nas composições de seus respectivos
gastos. Isto deve ser levado em conta quando da organização da oferta turística para cada
público e período, quando há mudanças significativas nos seus perfis, enfaticamente entre os
do mercado regional e local, principal para Triunfo, e aqueles do mercado extra-regional, mais
distante, secundário por se tornar para estes, oferta complementar de Recife, e menos
conhecedor da realidade conjuntural do destino turístico, que assim tende a comprar pacotes
em maior freqüência, buscando segurança ao contratar serviços para visitar os pontos mais
populares, com segurança e conforto.
Veja abaixo o gráfico “Uso de Pacote Turístico na Principal Viagem Doméstica, por Renda”, no
Brasil.
100
80
60
40
20
0
0 a 4SM
4 a 15 SM
Usou - 4,8
Acima 15 SM
Não Usou - 95,2
Do total das Viagens Domésticas apenas 4,8% foram declaradas como decorrentes do Uso dos
serviços “Pacote” Turístico. Para estes, naturalmente, o principal componente de Gasto é o
valor pago com sua aquisição, respondendo por 62,8% do total, seguido de Compras Pessoais
(13,0%), que juntos explicam mais de ¾ dos gastos. Para os Não usuários de “Pacotes”
Turísticos as principais componentes de Gastos são Transportes (29,8%), Alimentação (20,9%),
Hospedagem (14,3%), e Compras Pessoais (15,1%), que somam cerca de 80% do total.
Confira abaixo a Composição dos Gastos da Principal Viagem Doméstica, por Classe de
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Caminhando em direção ao outro, semeando confiança e saúde pessoal e financeira
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Triunfo : Oásis do SerTão
Renda:
Composição dos Gastos da Principal Viagem Doméstica, por Classe de Renda
40
30
20
10
0
0 a 4 SM
4 a 15 SM
Pacote
Hospedagem
Passeios
Acima 15 SM
Trans. Total
Alimentação
Div. Noturna
Média
Trans. Local
Compras Pessoais
Outros
Vejamos agora que os destinos mais visitados têm a ver com a proximidade dos principais
emissores, tendo em vista que cerca de 70% dos fluxos turísticos no Brasil ocorrem dentro das
próprias regiões, em número de viagens. Assim, as principais capitais brasileiras aparecem nos
primeiros lugares, inclusive localidades com maior visitação de público local, como Praia
Grande, em São Paulo, por exemplo.
Quando as principais localidades visitadas são classificadas por montante de gastos das
viagens, naturalmente será outra sua ordenação, na direção das localidades mais sonhadas. Ao
final desta seção tem-se um confronto entre as localidades mais visitadas versus as mais
“sonhadas”.
Considerando Destinos Mais Visitados nas Viagens Domésticas, por Renda, Recife é a 13ª.
mais visitada, e o Nordeste só apresenta 03 nesta lista, Salvador e Ceará à frente da capital
pernambucana. A ordem é profundamente alterada quando se considera os destinos turísticos
mais sonhados, e a Região Nordeste é, de longe, a mais desejada, com média de 60,2% entre
os desejos dos turistas das cinco regiões do Brasil. O Sudeste com 66,1% e o Centro-Oeste
com 65,9% desses desejos, respectivamente.
CAMPOS DANTAS VILAR – Consultoria Turística e Transformação Empresarial / Vida e Negócios em Unidade.
Caminhando em direção ao outro, semeando confiança e saúde pessoal e financeira
48
Triunfo : Oásis do SerTão
70
60
50
Centro-Oeste, 4,6%
Nordeste, 60,2 %
Norte, 3,9 %
Sudeste, 18,5%
Sul, 12,9%
40
30
20
10
0
Regiões Mais Desejadas pelos
Turistas Brasileiros
Somando, por ordem de destino mais sonhado no Nordeste, Fernando de Noronha, Fortaleza,
Salvador, Natal e Recife eles têm 44,9% dos votos entre as 20 mais sonhadas do Brasil. Para
reforçar a sugestão já explicada de se considerar Manaus como destino emissor prioritário da
Região Norte para Pernambuco, vale ressaltar que essa cidade é a 10ª. mais sonhada dos
turistas brasileiros, empatada com Gramado e São Paulo, e bem acima de Foz do Iguaçu e
Bonito.
Noronha, 13,6%
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Fortaleza, 11,9%
Salvador, 11%
Rio de Janeiro, 8%
Natal, 4,9%
Recife, 3,5%
Porto Seguro, 3,2%
Florianópolis, 2,9%
Gramado, 2,6%
Manaus, 2,6%
São Paulo, 2,6%
Ipojuca, 2,2%
Maceió, 2%
Aparecida, 1,9%
Foz do Iguaçu, 1,7%
Porto Alegre, 1,4%
Brasília, 1,4%
Destinos Mais Desejados no Brasil, por
Média das Rendas
Curitiba, 1,3%
Bonito, 1,2%
Belo Horizonte, 0,9%
Outros, 19,1%
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49
Triunfo : Oásis do SerTão
A compreensão sobre os diferenciais do destino Pernambuco, sobre seus segmentos turísticos
e públicos-alvo, e a respeito da orientação estratégica para viabilizar a competitividade de seus
destinos em favor do desenvolvimento integrado responsável permite o vislumbre consciente de
cenários de desenvolvimento.
No bojo dessa compreensão, pode-se perceber os fundamentos para a acurada organização do
espaço turístico do SerTão do Pajeú, onde se localiza Triunfo, a qual já foi analisada aqui como
destino turístico para o mercado local(270km de raio) e estadual, especialmente a Região
Metropolitana de Recife e, enfaticamente, esta cidade. Como oferta complementar, Triunfo pode
ser organizada para o mercado nacional e internacional que vindo a Recife/Litoral tenha sua
viagem turística complementada pela opção cultural diferenciada da Oásis do SerTão no ceio
da Rota do Cangaço e Lampião.
Destinos e regiões turísticas devem ser trabalhados dentro de ações contínuas, e há ações em
curso e projetadas para Pernambuco que, certamente, em sua previsão temporal excederão o
período de execução do presente Plano. Percebam o que se pretende dizer aqui. Por exemplo,
a Setur ou o Sebrae PE podem ter ações na mesma área abordada pelo Plano já em
andamento, mas que não fazem parte do Plano neste momento, e podem ser de execução em
um período superior ao ano 2012.
É importante ressaltar que o cenário de desenvolvimento proposto por este Plano leva em conta
as ações de infra-estrutura previstas para o estado para o período de 2008-2020 e, a partir das
planilhas de informações e dados disponíveis, tenta mesclar tais ações previstas com o cenário
de desenvolvimento do turismo propriamente dito, e especificamente suas conseqüências para
o SerTão do Pajeú, considerando a Rota do Cangaço e Lampião, para se chegar à cidade de
Triunfo. Assim, informações sobre o cenário previsto do estado para o setor de infra-estrutura
são encontradas sumarizadas para enfatizar sua importância estruturadora como alavanca do
desenvolvimento turístico. Nesse aspecto, o Prodetur II é trazido para respaldar o que o Plano
sugere, orienta e justifica em relação aos cenários.
A idéia dessa análise conjunta de informações é evitar investimentos repetidos, maximizando o
uso dos recursos disponíveis em cada um dos programas. O cenário traçado para curto, médio
e longo prazo neste documento pressupõe a realização de diversas ações paralelas de várias
áreas, aqui denominadas inter-setoriais, de responsabilidade principal de outras entidades que
não a Secretaria Municipal de Turismo de Triunfo, mas com influência direta no
desenvolvimento do setor de turismo. De toda forma, o órgão público oficial de turismo precisa
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50
Triunfo : Oásis do SerTão
exercer devidamente seus papéis, entre eles é primordial o da cobrança, fiscalização e
estabelecimento de parcerias com as entidades responsáveis pela execução das ações, de
modo que a efetiva realização e conclusão delas, relevantes ao setor de turismo, sejam feitas.
O que se considera, na base dessa análise conjunta, é a necessidade de se lidar com a
administração do turismo de maneira cooperada, planejando juntos, acompanhando juntos as
obras, aperfeiçoando juntos os cursos de ação, aprendendo e transformando juntos e melhor o
potencial vasto e rico existente em negócios duradouros e de larga serventia ao bem-viver das
pessoas, fauna e flora, em unidade. A cultura do cuidado, da cooperação, da qualidade de vida
é o que se alimenta aqui. A cultura da competição, do desperdício em nome do lucro, da
omissão como álibi não encontra esteio em nenhum espaço dessa proposta que é este Plano.
Significa dizer, assim, que as ações propostas visam nutrir essa nova abordagem de
valorização à VIDA, enquanto se preza metas humanas e empresariais em harmonia, em favor
da saúde dos processos, sistemas e organismos da teia da vida. O local, o estadual, o regional
e o nacional enxergados como conexões de um conjunto único.
Prioridades, primeiro. É a partir da adequada qualificação, expansão e manutenção da infraestrutura, como vias de acesso, saneamento básico, energia, segurança que se deve chegar a
ações mais específicas como sinalização, educação e zoneamento ambiental, tratamento de
lixo entre outros, e estimular o capital privado, mais ágil, para investir com mais ousadia, foco e
continuidade, oportunizando a complementação das ações necessárias à formação de cenários
de qualidade de vida e de turismo responsável aperfeiçoados e espalhados pelo território
pernambucano.
O resultado final das ações turísticas tem qualidade e durabilidade diretamente proporcionais ao
grau de integração dos projetos inter-setoriais nos âmbitos municipal, estadual e federal, e a
capacidade dos atores envolvidos de “fazer juntos” com consciência e coerência.
Mais uma vez, a qualidade do trato, da lida com o destino Pernambuco repercutirá diretamente
com as possibilidades dos destinos turísticos das demais regiões, e no caso do SerTão do
Pajeú, região interiorana, e de Triunfo, especialmente, novos fluxos de novos perfis e mercados,
de grande interesse ao turismo nesta região poderão ser viabilizados a médio prazo e
consolidados ao longo prazo, a partir do aperfeiçoamento da capacidade receptiva de Recife e
de acesso aeroviário ao interior do estado, inicialmente pelo aeroporto de Serra Talhada.
Como lembrete, a modernização do aeroporto de Recife, com a implantação da segunda pista e
aumento do número de pontes de embarque, melhorias dos centros de
eventos,
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51
Triunfo : Oásis do SerTão
a implantação generalizada de saneamento, o novo terminal marítimo de passageiros e novas
áreas culturais no Recife Antigo, a Arena da Copa, novos hotéis na orla de Boa Viagem, todos
estarão com funcionalidade parcial ou total até 2016, além de investimentos privados em
marketing que também serão observados .
No curto prazo, a Rota do Cangaço e Lampião, a partir de suas cidades âncoras, incluindo aí
Triunfo deve estar estruturada, de modo a possibilitar aos seus visitantes uma experiência
turística de qualidade para alguns perfis de demanda. O desenvolvimento de programas de
informação turística, educação turística e ambiental, capacitação e requalificação de atrativos
serão indutores desse novo cenário em curto prazo. Garantir inclusão e apoio das comunidades
receptoras, acesso à informação turística, aos atrativos, equipamentos e serviços turísticos pela
demanda é fundamental.
É esperado da Setur/Empetur que priorize a integração dos destinos pernambucanos como
preceito para o desenvolvimento turístico do estado, e use de uma identidade visual unificada,
com pequenos ajustes em favor das peculiaridades de acordo com cada localidade. Tal
identidade deve ser condizente com a imagem desejada para o destino Pernambuco, onde é
possível usufruir de praias exuberantes conjuntamente ao patrimônio cultural singular. E, em
certas localidades, como o SerTão, inéditas.
O sítio da internet da Rota do Cangaço, inicialmente tratando de Triunfo, será elaborado com
ferramentas não apenas de divulgação, mas de promoção segmentada e comercialização
direta. Será possível comprar hospedagens e outros serviços a qualquer momento e com
grande facilidade, para uso imediato ou futuro, e neste último caso com desconto, desde que o
usufruto ocorra, principalmente, em épocas específicas como de baixa estação. Haverá
treinamento para a gestão desse sítio da internet, uma vez que o mesmo servirá, ainda, como
ferramenta de administração de finanças turísticas municipais/fundo municipal de turismo, e
para orientação da tomada de decisões estratégicas por reunir banco de dados e resultados
sobre a oferta turística local, sobre perfis da demanda turística, e a respeito das ações do
Plano.
Campanhas de educação turística acontecerão para a comunidade local, continuadamente,
assim como ações pontuais durante eventos para os turistas, ambos os públicos para orientar e
estimular a prática da boa conduta turística, em favor da convivência saudável e alcance dos
múltiplos interesses envolvidos.
Material turístico informativo como panfletos de dicas de conduta, mapas e calendário de
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52
Triunfo : Oásis do SerTão
eventos turístico-culturais de boa qualidade e abundantes serão criados. Os turistas não mais
serão órfãos da programação básica, na maioria das vezes, definida pelo Estado e informada
em cima da hora, assim como os empresários poderão se planejar para a melhor promoção
segmentada de seus serviços.
Com as necessidades específicas de qualificação identificadas, operacionais e gerenciais, a
Setur Municipal e o Comtur poderão exercer seus papéis de articulador, fiscalizador e
aglutinador para realização de cursos de treinamento e formação em parceria com Sebrae,
Sesc, Senar, Empetur, Mtur, ACMT e demais parceiros de maneira integrada, sem duplicidade
de ações, ou sem salas vazias, uma vez que se ofertará o que é realmente necessário na óptica
dos objetivos de todos envolvidos.
Seguindo diretrizes do Ministério do Turismo, Pernambuco tem o “Programa Nacional Turismo
Sustentável e Infância” implantado em alguns dos seus principais destinos turísticos, como
Recife, Jaboatão dos Guararapes e Porto de Galinhas, e deverá acontecer em Triunfo sua
realização continuada, mitigando e prevenindo a exploração sexual infanto-juvenil.
A requalificação de espaços de lazer e eventos, a exemplo do Pátio de Eventos que ficará bem
integrado ao principal cartão postal da cidade, o Teatro Guarany, localizado ao lado, será
entregue até o final de 2010. E nova opção, focada em apresentação das manifestações
populares da região e em gastronomia regional será criada, a exemplo do “Pólo Gastro-Cultural”
que já tem edital de licitação em andamento, com prazo de 09 meses para conclusão das
obras, a partir da definição da empresa vencedora. Este na ossada da Empetur/Setur que
deverá receber acompanhamento e fiscalização do Comtur.
Até 2011, os equipamentos turísticos de Triunfo, especialmente meios de hospedagem
efetivamente engajados com a realização das ações do Plano, terão selo de qualidade para
prestação de serviços e de adequação física a serviços especiais, como de mobilidade,
eficiência energética, etc. O selo será gradativamente mais importante e relevante, a depender
do grau de exigências alcançado. Os frutos iniciais se darão em 2011, e as ações continuarão.
Haverá um estímulo saudável à participação empresarial e pública para prover acesso à
internet, à cartão de crédito, à manipulação de alimentos, ao uso e manutenção de recursos
naturais, criação de novos produtos turísticos com agilidade, segurança, responsabilidade e
profissionalismo. Às melhores idéias e iniciativas, ou seja, aquelas que receberem mais adesão
por parte dos empresários na prática/em sua implementação, também serão consideradas e
pontuadas para alcance do selo de qualidade.
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53
Triunfo : Oásis do SerTão
É importante lembrar que ações cooperadas têm relevância superior às demais para
recebimento de homenagens, assim como para conquista do(s) selo(s) de qualidade.
A possibilidade de se fazer passeios, trilhas, atividades culturais, interagir e valorizar o
patrimônio cultural e ambiental de Triunfo e região será mais bem explorada pelo visitante a
partir de 2011, porque haverá maior oferta focada na experiência ou convivência, e não apenas
na visitação, porque os empresários e poder público terão vínculos mais sadios e a oferta
turística será melhor comercializada diretamente com a iniciativa privada e, principalmente,
pelos canais digitais de promoção e comercialização, e iniciadas as operações de receptivo e
as vendas pelos operadores turísticos.
O público que deverá visitar e retornar a Triunfo, em decorrência da realização das ações
planejadas para o destino, deverá ser cada vez mais qualificado e interessado em experiências
turísticas exclusivas, compartilhadas com grupos pequenos e médios de pessoas. E, quando
mais numeroso e reunido em espaços de eventos, continuará o provimento de condições para o
seu comportamento consciente e responsável.
Triunfo será promovido com maior afinco como destino de eventos – lazer, cultura, gastronomia,
espirituais - nos quais a identidade regional/sertaneja, o clima serrano e o acesso rápido ao
Recife serão grandes diferenciais.
Ao longo prazo, terá alcançado o patamar de principal destino sertanejo de clima serrano no
Nordeste, e elemento de atratividade adicional relevante, assim como Olinda há de se tornar, na
composição da diferenciação do posicionamento do destino Pernambuco.
Apresentam-se, agora, as novas tabelas que o leitor atento perceberá ter relação direta com as
outras acima vistas, só que agora em âmbito estadual, para estreitar o foco da análise,
mantendo a integração das esferas, resultando na apreciação do conjunto de dados que nos
permitem projetar ações para o desenvolvimento turístico do município de Triunfo,
especificamente aqui, com vistas à comunicação e marketing.
As seguintes tabelas com os dados e projeções
mais
relevantes do turismo , englobam
informações relativas ao fluxo turístico, à receita e à renda turística, aos empregos diretos e
indiretos e à participação no PIB do estado de Pernambuco.
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Triunfo : Oásis do SerTão
Resultados e Projeções do Fluxo Turístico do Estado de Pernambuco no Período de 1997 a 2020 (número de visitantes)
Ano
Brasileiros
Estrangeiros
Total
1997
1.446.789
126.786
1.573.575
1998
1.777.492
126.289
1.903.781
1999
2.166.203
144.660
2.310.863
2000
2.472.319
181.846
2.654.165
2001
2.988.503
228.246
3.216.749
2002
3.079.745
197.730
3.277.475
2003
3.129.257
183.523
3.312.780
2004
3.141.717
209.833
3.351.550
2005
3.231.903
266.316
3.498.219
2006
3.281.905
248.141
3.530.046
2007
3.380.362
258.067
3.638.429
2008
3.481.773
268.389
3.750.162
2009
3.586.226
279.125
3.865.351
2010
3.693.813
290.290
3.984.103
2011
3.878.504
310.610
4.189.114
2012
4.072.429
332.353
4.404.782
2013
4.276.050
355.618
4.631.668
2014
4.489.853
380.511
4.870.364
2015
4.714.345
407.147
5.121.492
2016
4.950.063
435.647
5.385.710
2017
5.197.566
466.142
5.663.708
2018
5.457.444
498.772
5.956.216
2019
5.730.316
533.686
6.264.002
2020
6.016.832
571.044
6.587.876
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Triunfo : Oásis do SerTão
Resultados e Projeções da Receita Turística do Estado de Pernambuco no Período de 1997 a 2020 (em R$ milhões)
Ano
Brasileiros
Estrangeiros
Total
1997
462,92
74,04
536,96
1998
570,27
65,61
635,88
1999
581,98
89,25
671,23
2000
851,87
108,75
960,62
2001
1692,85
236,20
1929,05
2002
1610,33
213,11
1823,44
2003
1301,73
253,89
1555,62
2004
1693,07
325,96
2019,03
2005
1856,88
493,76
2350,64
2006
2650,03
712,23
3362,26
2007
2756,03
747,84
3503,87
2008
2866,27
785,23
3651,51
2009
2980,92
824,50
3805,42
2010
3100,16
865,72
3965,88
2011
3224,17
909,01
4133,17
2012
3553,13
954,46
4307,59
2013
3487,26
1002,18
4489,44
2014
3626,75
1052,29
4679,04
2015
3844,35
1136,47
4980,83
2016
4075,02
1227,39
5302,40
2017
4319,52
1325,58
5645,10
2018
4578,69
1431,63
6010,31
2019
4853,41
1546,16
6399,56
2020
5144,61
1669,85
6814,46
Entre 2007 e 2010 : taxa de crescimento de 4% a.a para brasileiros e 4% a.a para estrangeiros. A partir de
2015: taxa de crescimento de 6% a.a para brasileiros e 8% a.a para estrangeiros.
Fonte:
Empetur/Pesquisa
do
Turismo
Receptivo/CTI/NE/Embratur/Condepe.
Diretoria
de
Desenvolvimento Turístico/Gestão da Informação. Porjeções: Indústrias Criativas 2007.
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56
Triunfo : Oásis do SerTão
Resultados e Projeções da Renda Turística do Estado de Pernambuco no Período de 1997 a 2020 (em R$ milhões)
Ano
Brasileiros
Estrangeiros
Total
1997
747,11
129,57
876,68
1998
997,97
114,82
1112,79
1999
1018,47
156,19
1174,66
2000
1490,77
190,31
1681,08
2001
2962,49
413,35
3375,84
2002
2818,08
372,94
3191,02
2003
2278,03
444,31
2722,34
2004
2962,87
570,43
3533,30
2005
3249,55
864,08
4113,63
2006
4637,56
1246,40
5883,96
2007
4823,06
1308,72
6131,78
2008
5015,98
1374,16
6390,14
2009
5216,62
1442,86
6659,49
2010
5425,29
1515,01
6940,30
2011
5642,30
1590,76
7233,06
2012
5867,99
1670,30
7538,29
2013
6102,71
1753,81
7856,52
2014
6346,82
1841,50
8188,32
2015
6727,63
1988,82
8716,45
2016
7131,29
2147,93
9279,21
2017
7559,17
2319,76
9878,93
2018
8012,72
2505,34
10518,06
2019
8493,48
2705,77
11199,25
2020
9003,09
2922,23
11925,32
Foi considerado um multiplicador de 1,75%(gastos turísticos dos brasileiros e 2,85% para os
gastos turísticos dos estrangeiros. * Entre 2007-2010: taxa de crescimento de 4% para
estrangeiros e 4% para brasileiros. A partir de 2015: taxa de crescimento de 6% para brasileiros
e 8% para estrangeiros.
Fonte:
Empetur/Pesquisa
do
Turismo
Receptivo/CTI/NE/Embratur/Condepe.
Diretoria
de
Desenvolvimento Turístico/Gestão da Informação. Porjeções: Indústrias Criativas 2007.
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Caminhando em direção ao outro, semeando confiança e saúde pessoal e financeira
57
Triunfo : Oásis do SerTão
Projeções dos Empregos Diretos e Indiretos Gerados pelo Turismo no Estado de Pernambuco no Período de 2006 a 2020
Ano
Empregos Diretos
Empregos Indiretos
Total
2006
31.104
172.938
204.042
2010
38.488
213.946
252.434
2015
59.108
289.747
348.855
2020
94.606
393.038
487.644
Fonte:
Empetur/Pesquisa
do
Turismo
Receptivo/CTI/NE/Embratur/Condepe.
Desenvolvimento Turístico/Gestão da Informação. Porjeções: Indústrias Criativas 2007.
Diretoria
de
Síntese das estimativas de fluxo, receita, renda, participação da renda no PIB, e empregos
diretos e indiretos do turismo em Pernambuco.
Ano
Fluxo Turístico
Crescimento em Relação a 2006
2006
3.530.046
--
2010
3.984.103
12,9%
2015
5.121.492
28,5%
2020
6.587.876
28,6%
Ano
Receita Turística (em milhões)
Crescimento em Relação a 2006
2006
3.362,26
--
2010
3.965,88
18,0%
2015
4.980,83
25,6%
2010
6.814,46
36,8%
Ano
Renda Turística (em milhões)
Crescimento em Relação a 2006
2006
5.883,96
--
2010
6.940,30
18,0%
2015
8.716,45
25,6%
2010
11.925,32
36,8%
Ano
Participação da Renda no PIB
Crescimento em Relação a 2006
2006
12,7%
--
2010
8,6%
--
2015
7,8%
--
2020
8,4%
--
Ano
Empregos Diretos e Indiretos
Crescimento em Relação a 2006
2006
204.042
--
2010
252.434
23,7%
2015
348.855
38,2%
2020
487.644
39,8%
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Caminhando em direção ao outro, semeando confiança e saúde pessoal e financeira
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Triunfo : Oásis do SerTão
8. O PLANO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING TURÍSTICO DO MUNICIÍPIO DE TRIUNFO
O Plano de Comunicação e Marketing de Triunfo é fruto do trabalho em conjunto com o
denominado “Grupo de Trabalho”, composto pelos representantes do trade turístico local,
mediante abordagem prática, incluindo apenas a teoria necessária e muita discussão de idéias
e interesses para se entender o processo de planejamento e participar integralmente da etapa
do fazejamento, para que todos se sentissem numa forte equipe, e contribuíssem com o seu
melhor.
Os instrumentos e métodos adotados foram:
•
Visitas de inspeção in loco aos atrativos e equipamentos turísticos, aos monumentos e
manifestações populares, e às unidades de produção artesanal associada ao Turismo ;
•
Fichas técnicas para conhecimento da capacidade produtiva e percepção do
empresariado local sobre o destino e avaliação dos recursos turísticos em Triunfo;
•
Reportagem fotográfica do território, instalações, atividades, etc;
•
Recopilação de estudos existentes sobre sua demanda atual, sua procedência, suas
motivações e expectativas, alem de seu grau de satisfação com o destino. Vale salientar
a dificuldade aqui encontrada e a atitude tomada de geração de dados em eventos já
consolidados do calendário turístico municipal;
•
Entrevistas e encontros periódicos de trabalho com os responsáveis da administração
pública e os empresários do turismo local e regional para discussão de temas
relacionados à administração turística, às peculiaridades do produto turístico Triunfo, ao
seu mercado e sua comercialização, como instrumento de participação coletiva. Mas um
grande desafio superado com criatividade e formulação imediata de instrumentos de
coleta de dados, uma vez que algumas autoridades demoravam em demasia para
compartilhar de suas percepções, inclusive não comparecendo aos encontros;
•
Seminário
com
gestores
públicos
e
privados
do
turismo
local,
estudantes,
pesquisadores, técnicos, profissionais e interessados com o Turismo local para
apresentação e discussão de propostas, visando integração de ações e sua legitimação;
•
Reunião com interessados em comercializar o destino, e com interessados em abrir a
primeira agência de turismo receptivo de Triunfo;
•
Encontros com secretários municipais e vereadores para apresentação de resultados e
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Triunfo : Oásis do SerTão
busca de apoio técnico e financeiro para a implementação do Plano de Comunicação e
Marketing .
A importância da elaboração desse plano que se buscava realizar com e através do grupo de
trabalho foi apresentada, inicialmente, da seguinte maneira:
“O plano de marketing é como um mapa, ele mostra à empresa ou ao destino turístico aonde
ela/ele está indo e como vai chegar lá. Ele é tanto um plano de ação como um documento
escrito. Um plano de marketing deve identificar as oportunidades de negócio mais promissoras
e esboçar como penetrar, conquistar e manter posições em mercados identificados. É uma
ferramenta de comunicação que combina todos os elementos do composto mercadológico em
um plano de ação coordenado. Ele estabelece por que será feito, quem fará o quê, quando,
onde e como pra atingir suas finalidades.
Nesse contexto, a proposta central desse plano é oferecer aos profissionais do Turismo uma
compreensão do cenário que serve de base aos serviços turísticos, o uso estratégico dessa
realidade, os fatores que contribuem para a tomada de decisões e a elaboração de planos de
marketing para as empresas turísticas, a partir desse plano de ações turísticas para o município
de Triunfo”, segundo Felipe Campos Dantas, consultor em Turismo e responsável pela
elaboração do Plano de Comunicação e Marketing Turístico de Triunfo.
E, com a aprovação do grupo de trabalho e, posteriormente, com a aprovação do Conselho
Municipal de Turismo - Comtur à postura prática adotada desde o início, na condução dos
trabalhos, logo simplificamos ainda mais o propósito dos esforços coletivos da seguinte
maneira:
“O essencial é definir melhor uma imagem da cidade e seus públicos-alvos consumidores, e
despertar a prática da cooperação empresarial, baseada na compreensão do valor de cada ente
envolvido, e dos benefícios otimizados a serem colhidos quando a imagem turística construída
pela cidade fosse trabalhada como produto, com nova oferta de valores agregados, tanto do
entorno da cidade quanto dos novos eventos, a ser consumido no ambiente global da atividade
turística, mas de maneira segmentada, na qual cada público priorizado recebe comunicação
diferenciada sobre a oferta do destino mediante as possibilidades da oferta e as motivações e
desejos da demanda” - Felipe Campos Dantas.
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60
Triunfo : Oásis do SerTão
Em suma, esse plano tem dois objetivos principais:
•
Identificar estratégias e ações voltados ao trade turístico local e comunidades da região
envolvidas no plano, visando compreensão da identidade cultural e ambiental de
Garanhuns, descobrindo seus valores intangíveis para integrá-los na formatação do
produto turístico Triunfo, reforçando a nova marca;
•
Identificação dos mercados significativos e prioritários a serem trabalhados, e as
estratégias, ações e instrumentos a serem utilizados no intuito de reposicionar a nova
marca turística de Garanhuns, captar e ampliar os fluxos turísticos desejados,
aumentando seu período de estada, gasto per capita e satisfação da experiência
turística.
Objetivos Derivados
•
Oportunizar espaços de convivência sob bases cooperativas, visando construir o espírito
coletivo como meio supremo para realização das ações previstas no plano de ações,
viabilizando a sustentabilidade da atividade turística em Triunfo e entorno abrangido pelo
mesmo;
•
Incentivar os moradores de Triunfo e do entorno a consumirem e valorizarem a nova
oferta turística formatada, gerando suporte à nova marca e produto turístico propostos;
•
Seleção dos negócios/tipos de turismo prioritários;
•
Reposicionar Triunfo como produto no mercado turístico estadual e regional;
•
Difundir e fortalecer a marca “Triunfo: Oásis do SerTão”;
•
Identificação dos mercados principais e complementares a serem trabalhados, dos
canais de divulgação e distribuição adequados;
•
Seleção dos públicos-alvos principais e complementares;
•
Identificação das ações a serem realizadas para transformar o produto disponível em
oferta turística efetiva, integrada e duradoura;
•
Captação e ampliação de fluxos turísticos, aumentando o período de permanência, o
retorno ao destino e o gasto individual médio.
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Triunfo : Oásis do SerTão
9. ESTRATÉGIAS DE MARKETING
A estratégia de conceituação do produto e posicionamento deve definir a imagem a
transmitir aos mercados, os atributos principais de imagem em relação com a concorrência e os
benefícios principais oferecidos em comparação aos concorrentes, principalmente.
Posicionamento é o modo como você se diferencia na mente de seu cliente potencial. O melhor
caminho a ser adotado em nossa sociedade com excesso de comunicação é a da mensagem
supersimplificada, se o desejo for de ter suas mensagens aceitas por uma outra mente humana.
É preciso simplificar o processo de seleção de mensagens, concentrando-se no cliente em vez
de no produto para ampliar a eficácia de sua comunicação.
Normalmente usa-se a criação de slogans para a formação do conceito do produto. Devem-se
analisar os mercados que se pretende atingir e elaborar slogans para cada um dos mercados.
Esses slogans devem possuir uma abordagem que expresse o que se oferece ao mercado e o
que o mercado deseja comprar.
Triunfo oferece clima(frio, garoa, baixa concentração de chuva, etc.), relevo(serras,
principalmente), história e arquitetura como alguns de seus atributos principais, que devem
servir-lhe como estratégia competitiva para diferenciação principal da concorrência, e agrega
valores intangíveis que além de contribuir ao bem-estar emocional e espiritual, podem
proporcionar ambiente e simbologia que configurem uma atmosfera de qualidade peculiar,
reunindo tranqüilidade, acessibilidade, hospitalidade, segurança, paisagismo, identidade cultural
que reforçam o valor que o visitante recebe. Por outro lado, o mercado quer comprar friozinho
agradável, descanso, divertimento, gastronomia do frio, cultura, acessibilidade, segurança,
hospitalidade, romantismo, em destaque.
Triunfo, o “Oásis do SerTão”, pretende com essa marca consolidar sua imagem turística no
mercado. A fundamentação se baseia na forte presença na mente do empresariado local e do
visitante/turista que a imagem da cidade está atrelada à sua história de ocupação territorial
quando o clima e as condições propiciadas por este, em pleno SerTão, de calor intenso,
inicialmente chamavam a atenção por sua diferenciação agradável e promissora para os
negócios e o descanso. Este último, hoje, encorpada no turismo, com um escopo mais
complexo. A exemplo disto, houve a consolidação de alguns eventos com visitas recorrentes
dos turistas, como a Festa do Estudante, o Natal de Triunfo, o Carnaval, o Motofest, estes, os
principais eventos turísticos, mas a cidade conta com tantos outros, em desenvolvimento e
projetados. Há, ainda, uma forte associação por parte dos turistas efetivos e potenciais, no
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Triunfo : Oásis do SerTão
mercado prioritário de Triunfo, Pernambuco(Recife e região metropolitana) e mesmo no
regional, entre cidades com clima ameno e relevo acidentado com a oferta de passeios
gastronômicos(engenhos e doces),banhos, mirantes e eventos culturais e natalinos. Isto, bem
verdade, à reboque de destinos turísticos com características similares mas em estágio de
desenvolvimento bem mais adiantados, como Gramado, no Rio Grande do Sul.
Triunfo mantém foco na organização de novos eventos culturais, estruturando-se cada vez
melhor, a exemplo do novo Pátio de Eventos a ser entregue ainda em 2010, o projeto do Pólo
Gastro-Cultural, já licitado e previsto para ser inaugurado ao final de 2011, o projeto do Museu
dos Caretas, iniciado e previsto para abrir as portas também em 2011, e o fortalecimento do
Natal de Triunfo, com novas atrações para 2010, os quais juntos devem fortalecer sua marca e
seu posicionamento de mercado nesse sentido.
O início dos esforços de profissionalização e consolidação do posicionamento é pela iniciativa
da gestão pública do turismo local que deve promover uma campanha destacando as melhorias
que o Turismo provoca na qualidade de vida e na infra-estrutura, na criação de empregos e
preservação cultural e ambiental, usando esse slogan. O objetivo maior é estimular os
habitantes, elevar sua auto-estima e o zelo pela cidade, colaborando para a melhoria da
hospitalidade e despertar a compreensão para os investimentos em Turismo.
A estratégia de público-alvo e segmentação deve identificar e priorizar os públicos-alvos,
seguindo
critérios
como
volume
e
valor
econômico,
perspectivas
de
crescimento,
acessibilidade, perfil sócio-demográfico, estilos de vida, hábitos de informação, de compra e
uso, principalmente.
A segmentação tem se tornado cada vez mais importante, influenciado a estrutura da oferta e
permitindo melhorar a relação custo-benefício nos esforços de promoção dos destinos
turísticos. É imprescindível ao sistema turístico conhecer quantitativa e qualitativamente seu
mercado, e o meio é a segmentação. Usando a inteligência de mercado, a segmentação de
públicos-alvos pode atenuar os efeitos da sazonalidade.
A estratégia de mercados geográficos prioriza usando critérios como volume e valor
econômico gerado por cada mercado, posição competitiva de Triunfo e os seus concorrentes
nos mercados, e perspectivas de crescimento do mercado.
A seguir, um compêndio de dados sobre a evolução do Turismo no Brasil, no Nordeste e em
Pernambuco, para se analisar os mercados e públicos significativos e prioritários para o
Turismo em Triunfo. A análise desses dados balizou a definição das
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Triunfo : Oásis do SerTão
estratégias e ações para implementação do Plano de Comunicação e Marketing Turístico de
Triunfo.
Vale lembrar que o Plano Estratégico de Turismo de Triunfo, seu plano superior como também
chamado, contém uma apresentação e análise detalhada, grafológica e contextual do turismo
no Brasil e em Pernambuco. É sempre bom lembrar que qualquer plano de desenvolvimento do
turismo para uma determinada região em Pernambuco deve estar atrelado às políticas e
programas do plano superior estadual, o qual, por sua vez, deve estar atrelado àquele do Brasil.
E, quando não, apresentar orientações que superem essa deficiência de integração e sinergia
de esforços.
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Triunfo : Oásis do SerTão
10. CONSIDERAÇOES ELEMENTARES
Os dados apresentados resultaram em considerações prioritárias, que conduziram à proposição
das estratégias, ações e instrumentos visando alcançar os dois objetivos principais desse plano:
A urgente necessidade de se aprimorar e trabalhar profissionalmente os dados do
Turismo brasileiro, no que se refere às áreas não-litorâneas, partir de coletas
sistemáticas e métodos eficientes, de maneira a representarem nossa realidade
turística, estatisticamente comprovada por regiões, estados, municípios, rotas, etc;
O trade turístico e a comunidade civil de Triunfo, além das comunidades envolvidas
nesse plano são elementos essências ao seu êxito, e precisam compreender a formação
da identidade da cidade e a importância de conduta profissional da gestão do Turismo, e
se moverem para valorizar as práticas que as representam. Os cursos e ações de
qualificação profissional e exercício da cidadania devem estar atreladas a esse objetivo;
As razões dessa mobilização é a nova conceituação da formação do produto turístico,
baseados na convivencialidade ou que o Mtur adotou como Turismo de Experiência, e a
grande parcela de visitantes que se hospeda em casas de amigos e familiares, o que faz
deles fontes seguras de informação sobre os atrativos, serviços e programação
disponíveis;
A urgência da retomada da atuação sistemática do Conselho Municipal de Turismo para
diagnosticar carências, sugerir melhorias e articular os esforços para sua exeqüibilidade.
Inclusive, para a devida implementação do Plano de Comunicação e Marketing Turístico
de Triunfo;
Os desembarques aéreos nacionais têm predominância sobre os internacionais no
Nordeste, mesmo que esses últimos venham apresentando crescimento contínuo nos
últimos cinco anos;
Os fluxos turísticos crescentes nos Estados nordestinos acompanham o crescimento do
fluxo turístico de suas capitais, mantendo-se a alta concentração histórica. Recife recebe
cerca de 65% do fluxo de Pernambuco, por exemplo;
Recife registra uma concentração do fluxo turístico total do Estado menor que as demais
capitais nordestinas prioritárias ao interesse turístico de Triunfo, e é provável que haja
centros turísticos melhor estruturados em Pernambuco, fora da região litorânea, que na
Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas;
Permanece o baixo uso de pacotes internacionais para o Brasil, incluindo os
portugueses, italianos e alemães, maiores mercados internacionais para o Nordeste;
A porcentagem das viagens turísticas dentro do Nordeste organizadas por intermédio de
agências e operadoras de Turismo é muito baixa, e para Triunfo é inferior a 9%;
A estratégia de comunicação principal, no mercado intermediário, deve ser orientada
aos formadores de opinião das entidades de classe do turismo, das instituições de
pesquisa e ensino, e grupos da terceira idade nos mercados geográficos prioritários;
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Triunfo : Oásis do SerTão
A estratégia de comercialização principal deve, inicialmente, considerar o canal direto
com o consumidor final/turista, e agências de viagens personalizadas, não generalistas;
Um percentual insignificante daqueles turistas nacionais e internacionais que vêem ao
Nordeste, tem interesse pelos aspectos culturais e ambientais mais autênticos e utilizam
pacotes turísticos para vivenciá-los, podendo chegar a Triunfo como oferta
complementar do destino Recife, trabalhado em por meio de ações integradas com a
Empetur
A importância do mercado doméstico frente ao internacional na composição dos fluxos
turísticos destinados à região continua muito significativa. Ou seja, o fluxo turístico
nordestino é majoritariamente oriundo da própria região;
O fluxo turístico pernambucano é formado por brasileiros em mais de 90% e destes,
mais de 65% é nordestino, e mais de 40% é Pernambucano;
A importância dos meios de hospedagem não oficiais ou extra-hoteleiros para turistas no
Brasil, no Nordeste e em suas capitais;
O fluxo turístico histórico para Triunfo é originado no Nordeste, com maioria absoluta
oriunda de Pernambuco, +85%, onde Recife responde por 90% deste, e Maceió, João
Pessoa, Natal, Sergipe e cidades sertanejas somam os demais 13-15%;
Os principais e os significativos mercados geográficos emissores de turistas para Triunfo
distam, em média 270km, têm fácil e seguro acesso rodoviário;
As obras bilionárias da Nova Ferrovia Transnordestina e o Canal da Transposição do
Rio São Francisco aquecendo toda a economia interiorana, o transporte aeroviário em
expansão, e a existência de empresa pernambucana com foco regional são pontos
promissores para a expansão do fluxo turístico no SerTão;
É marcante a associação do clima, da cultura e arquitetura à imagem turística de
Triunfo, assim como a atenção de moradores e turistas para a Festa do Estudante e o
Natal, ainda acima do Carnaval e do Motofest;
A boa intenção de se posicionar Triunfo marcando-o como o Oásis do SerTão
lembrando que é o “frio, cultura e valores intangíveis que proporcionam emoções
singulares” que se pretende comercializar, prioritariamente, considerando a formulação
de novos eventos e pacotes, dentro de um calendário turístico espaçado no ano;
As principais capitais nordestinas emissoras de turistas para Triunfo recebem fluxo
turístico, primordialmente, dos mesmos mercados que Pernambuco;
O item anterior deve ser trabalhado com inteligência mercadológica para otimizar a
relação custo-benefício dos investimentos de divulgação e promoção de Pernambuco e
de Triunfo;
A urgente necessidade de se aplicar metodologias de planejamento e organização do
Turismo voltadas ao desenvolvimento regional, onde cada município tenha seu plano de
turismo, e que municípios formem “clusters” ou rotas turísticas integradas com unidade
gestora unificada, para que se possa geri-las com competência, otimizando a exploração
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Triunfo : Oásis do SerTão
responsável de suas possibilidades. Considerar as metodologias do IMB e Sebrae;
É imperial a priorização pela Secretaria Estadual de Turismo de Pernambuco pela
interiorização do Turismo na busca de diversificação da oferta, inclusão social e
distribuição de riquezas, assim como de estratégias de diferenciação
responsável/sustentável da oferta turística e captação de novos segmentos de mercado,
e efetivação de gestão democrática, por intermédio dos Comtur.
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Triunfo : Oásis do SerTão
11. PLANO DE AÇÕES
A implementação desse Plano demanda comprometimento da comunidade local, dos
responsáveis diretos pelo fomento do Turismo nas esferas estadual e municipal, público e
privada, ONGs, com o apoio dos seus representantes públicos, e dos órgãos e entidades de
classe que direta e indiretamente se beneficiam da atividade turística.
Assim como sua concepção, a implantação e gestão do plano deve ser de responsabilidade
compartilhada, cada um cumprindo suas atribuições específicas, com vistas a integração dos
resultados, a partir dos programas a serem elaborados com fundamentação na proposta geral
aqui apresentada.
É de se esperar que esses programas de trabalho resultem de ampla discussão entre todas as
representatividades do Turismo acima mencionadas e o Sebrae.
As estratégias de marketing priorizadas são:
De Conceituação do Produto e Marca – Triunfo: Oásis do SerTão
De Mercado – estadual e regional, fortalecendo e ampliando o mercado atual
De Segmentação – lazer e família, eventos culturais, ecológico e aventura, religioso e
terceira idade, estudantes e congressos, gastronômico
De comunicação – inicialmente, o mais direto possível ao turista, representantes de
grupos ligados às segmentações priorizadas, veículos de comunicação dirigida,
locadoras de automóveis, e operadores e agências de viagens turísticas segmentadas
selecionadas.
Difundir e fortalecer a marca histórica para obter valor de mercado pelos novos produtos
e pelo apoio dos residentes, pacotes para vender os eventos do calendário turístico,
incentivar turismo rodoviário, novo posicionamento.
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Triunfo : Oásis do SerTão
Ações para o Público Interno – residentes em Triunfo e região de abrangência da Rota do Cangaço e Lampião.
Triunfo: Oásis do SerTão
Conceituação do Produto
Conceito - “O Sertão como você nunca vivenciou”
Clima, aconchego e fartura encantando a partir da arquitetura
Intangíveis – microclima, bem-estar emocional e espiritual, eventos baseados nas manifestações
culturais, hospitalidade, qualidade cenográfica do relevo, paisagismo, segurança, acessibilidade,
atmosfera familiar, gastronomia
Valores do Produto
Tangíveis – quantidade, variedade e qualidade dos serviços à disposição para se chegar e conviver no
destino.
Mercado-Alvo
Mercado Interno – empresários e gestores públicos e privados, profissionais do turismo diretamente
em contato com os visitantes, operadores locais de turismo receptivo, entidades de classe do turismo
e da economia local, educadores e estudantes, comunidade em geral.
Objetivo
Compreender a identidade cultural e ambiental de Triunfo, incorporando seus valores intangíveis para
integrar às práticas diárias das comunidades envolvidas no plano uma postura para sua valorização,
apoiando e agregando valor à marca turística, que simboliza o produto turístico Triunfo como uma
gama de experiências culturais e ambientais inéditas no SerTão Nordestino.
Segmento
Ações
Capacitações e seminários sobre a formação cultural e ambiental da região do SerTão e de Triunfo, e
visitas guiadas e contextualizadas aos seus atrativos mais característicos e originais;
Empresários e gestores públicos e privados do
Turismo municipal, representantes de
entidades de classe da economia
local,incluindo os da produção artesanal
associada ao turismo, e os das classes
minoritárias
Capacitações para o desenvolvimento de produtos(passeios,gastronomia, etc) contextualizados na
identidade cultural e ambiental da região sertaneja e de Triunfo, especificamente;
Cursos de: Gestão Financeira: contabilidade, preços e custos na hotelaria de pequeno porte,
Supervisão e Gerência de Hospedagem(para gestores e empresários, e toda Unidade Gestora do
Plano); Curso de Formação de Grupos e Trabalho Coletivo.
Desenvolvimento de “lembracinhas” contextualizadas na cultura e marca identificada;
Concurso para criação/legitimação da logomarca, simbologia do Turismo.
Capacitações para novos produtos, incluindo os da produção associada ao Turismo para se “viver a
cidade da fartura, o Oásis do SerTão”.
Concurso para eleição do profissional de turismo, da casa, do atrativo e do equipamento turístico, e da
rua melhor caracterizada e bonita.
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Triunfo : Oásis do SerTão
Órgãos Estaduais Oficiais de Turismo, Órgãos
Municipais Oficiais de Turismo do Agreste
Meridional, Sebrae, Senac, Senar, Sesc
Capacitações para elaboração de projetos turísticos integrados e captação de recursos públicos e,
privados, especialmente;
Metodologias de desenvolvimento do Turismo – IMB e Sebrae.
Cursos de extensão, seminários e palestras sobre a formação cultural e ambiental da região do
SerTão e de Triunfo, e visitas guiadas e contextualizadas aos seus atrativos mais característicos e
originais;
Educadores e estudantes
Criação de um fórum de discussão perene do Turismo, nas bases da formação cultural e ambiental
dos destinos turísticos, nas faculdades e escolas da região, aberto ao público. O início é pelas escolas
do município.
Seminários de capacitação sobre os atrativos históricos, culturais e naturais da região, e sobre a
necessidade de se criar esse intermediário na busca de desenvolvimento turístico local responsável.
Operadores de Turismo Receptivo
Turismo e Negócios - feiras, rodada de negócios envolvendo prestadores de serviços da região e de
destinos turísticos similares , estudantes e pesquisadores, para promover a oferta turística local ,
trocarem experiências e comercializarem produtos turísticos.
Ações para o Público Externo – Mercados
Triunfo: Oásis do SerTão
Conceituação do Produto
Objetivo
Mercado-Alvo
Posicionamento
Conceito - “O Sertão como você nunca vivenciou”
Clima, aconchego e fartura encantando a partir da arquitetura
Posicionar a marca histórica, fortalecer e ampliar fluxos turísticos desejados, aumentado sua estada e gasto per capita médio,
além de sua satisfação com as experiências turísticas.
Mercados Externo – atuais , Recife, RMR, Pernambuco, Maceió, João Pessoa e Natal
As cidades sertanejas e as demais cidades, por ordem de prioridade estão do Plano Des. Estratégico Municipal do Turismo
Destino sertanejo ideal para conviver com o frio, a cultura e o aconchego
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Triunfo : Oásis do SerTão
Roteiros Turísticos Locais – excursões de até 04 horas
Roteiro 1 – Arquitetura e Promenade
Este roteiro apresenta os atrativos histórico-culturais e uma visão panorâmica do centro urbano.
Roteiro 2 – Arquitetura e Religiosidade
Novos Produtos
-Roteiros Turísticos-
Este roteiro apresenta o patrimônio edificado, religioso e arquitetônico de Triunfo, com possibilidade de prova do famoso
biscoito local, e missa
Roteiro 3 – Oásis do SerTão
Este roteiro explora a diversidade dos atrativos de Triunfo, na cidade e no campo, com paradas em teatros, igrejas, engenhos
de rapadura, licor e cachaça, cacimba, cachoeira, mirante, gruta, personagens locais
Roteiros Turísticos nos Arredores – excursões de 01 dia, sem pernoite
Roteiro 1 – Caminhos de Pedra e Cangaço
Este roteiro explora os caminhos de pedra e mirantes de Santa Cruz da Baixa Verde, a história do cangaço em Serra Talhada,
com visita ao museu e/ou a casa onde nasceu Lampião, com apresentação do xaxado e outros ritmos típicos apresentados
pelos Cabras de Lampião.
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Triunfo : Oásis do SerTão
- Espetáculos –
Montar programação
noturna
para os principais eventos
do calendário turístico, com
duração entre 1h e 1h30.
- Noites Temáticas -
Garoa Cultural - Palco no Pátio de Eventos ou no Pólo Gastro-Cultural , para apresentação de cantorias, leitura de cordéis,
mágicas, repentistas, danças típicas, etc. Entrada gratuita.
Cabras de Fé – uma apresentação teatral, no Stella Maris, com iluminação cênica, sobre o tema da fé e sua representação
história para a cidade e para o cangaço. Entrada paga.
Oásis do SerTão – apresentação artística, composta por cenas, das principais danças e personagens oferecidos pela cidade e
presentes em seu calendário turístico-cultural anual, a se realizar na Pátio de Eventos. Entrada paga.
Cores e Cantos de Triunfo – apresentação mesclando a musicalidade da igreja, as cores da arquitetura triunfense e o
agradecimento ao divino. Encenação em palcos no Açude João Barbosa Sitônio, com jatos de água coloridos, figurino e
músicas religiosos. Entrada paga ou gratuita, a depender do local de onde se assisti ao espetáculo. Organizar espaço apenas
com cadeiras, espaços para mini-camarotes, etc., ao redor do açude.
Sabores de Triunfo - noite para os restaurantes oferecem comidas relacionadas à gastronomia típica da região, e bebidas
mais apropriadas ao frio, incluindo licores (contextualizar e usar criatividade).
Catálogo Turístico – contendo fotos, mapas e informações dos equipamentos, atrativos e serviços turísticos de Triunfo e
região.
Cartão Fidelidade Oásis – facilidade com reservas de hospedagem, restaurantes, espetáculos, passeios turísticos. Descontos
e possibilidade de concessões.
Quali – selo de qualidade para os equipamentos turísticos, com foco no atendimento ao cliente, segurança alimentar e
responsabilidade sócio-ambiental.
- Serviços -
Almanaque – boletim digital quinzenal com matérias sobre os serviços e atrativos turísticos de Triunfo e região, inclusive com
imagens, para os profissionais da imprensa especializada em Turismo e cultura, e operadores de turismo e agentes de viagens
turísticas.
Sítio Turístico na Internet – oferta turística, calendário, promoções, serviços, e dados das empresas turísticas.
Comercialização antecipada para período de baixa-temporada. Compra direta pelo sítio da internet.
Central de Reservas Turísticas – nomes, fotos, localização e acesso(mapa interativo e Google), informações gerais da oferta,
pesquisa de disponibilidade e preços, possibilidade de se criar próprios roteiros. Gerido por pessoa(s) independente, pago, e
vinculado à Unidade Gestora/Conselho Municipal de Turismo. Gera receita direta para a Conta do Turismo da Unidade
Gestora.
Agência Receptiva Triunfante - Reconhecimento e benefícios ou brindes às agências receptivas que sugerirem e
comercializarem melhor os roteiros turísticos da cidade e entorno. Podem ser prioridade no canal de vendas por meio da
Central de Reservas Turísticas ou benefícios no sítio da internet.
Fundo/Conta Turístico Municipal – alimentado pelos empresários, e com apoio da prefeitura, por meio de cotas, por exemplo.
Preço
A partir do custo de produção, mas orientado pelo novo posicionamento, e pesquisas de mercado. Descontos e possíveis
concessões com o uso do cartão fidelidade “Oásis”.
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Triunfo : Oásis do SerTão
Pontos de Distribuição
Chalés de informação turística, hotéis, restaurantes, atrativos turísticos, postos de gasolina da cidade e daqueles municípios
envolvidos. Agências e operadoras de Turismo especializadas e selecionadas, operadoras de receptivo local, hotéis,
restaurantes, escolas e faculdades dos mercados emissores prioritários. Portal digital do Turismo de Triunfo e “add ups” na
internet.
Força de Vendas
Apresentações e reuniões para vendas, programas e feiras de incentivo, participação em feiras e convenções, road shows.
Dirigido aos empresários do Turismo em Triunfo, agentes intermediários e turistas nos mercados prioritários identificados. R$
85mil no primeiro ano e acréscimo de 15% ao ano, durante os 03 anos seguintes.. Verbas oriundas de negociações com a
SETUR-PE,MTUR, em emendas parlamentares do Turismo, Fundarpe, iniciativa privada e cotas de participação.
Serviços
Garantia de clima frio ou devolução parcial do valor pago pelo pacote, cartão fidelidade Oásis, cadastro em banco de dados
preferencial para uso de novos serviços.
Brochuras e panfletos, catálogo turístico, pôsteres e cartazes, revistas, outdoor, sinalização, displays, audiovisual, e foco maior
na mídia eletrônica.
Propaganda
35mil unidades de mídia impressa, 02 páginas, por mês, nas revistas especializadas em turismo na região, 04 anúncios por
mês nos cadernos de Turismo dos jornais JC e DP, 100 dias de exposição anual em 10 outdoor, em Recife, Maceió, João
Pessoal e Natal, Serra, Salgueiro. Filme da Rota do Cangaço e Lampião, com exposição nestes mercados prioritários = R$
50mil no primeiro ano para rodar e editar o filme, com apresentação sob entrada paga a preço módico.
Promoção de Vendas
Feiras e convenções, exposições, descontos e devoluções parciais, programa de vantagens pelo uso, concursos e brindes.
Dirigido ao mercado priorizado. R$ 25mil/ano.
Pesquisa &
Desenvolvimento
Avaliação do poder da marca – estimular o “bairrismo”, associação com os atributos mais expressivos da identidade do lugar,
estímulo e indução à compra do destino. R$10mil ao ano.
Pesquisa de Marketing
Pesquisas de perfil, motivacional e comportamental do turista de Triunfo, com as quatro medições anuais tradicionais, e mais
uma para cada novo evento ofertado. Pesquisas de demanda nos mercados prioritários e significativos identificados, 02 ao ano.
R$ 05 mil ao ano.
O quadro consolidado com o Calendário Turístico de Triunfo, a hierarquização dessas ações propostas, os responsáveis, o prazo
para sua execução e o investimento previsto não foi elaborado por motivo das discussões sobre o mesmo ainda estarem em curso
no âmbito do Conselho Municipal de Turismo de Triunfo.
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Caminhando em direção ao outro, semeando confiança e saúde pessoal e financeira
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12. CONCLUSÃO
Percebeu-se que foram enfatizados os programas voltados para a mídia, ou seja, os que
utilizam as ferramentas de marketing como propaganda e publicidade e os outros programas
relacionados à sensibilização e qualificação, foram trabalhados de forma unificada em diversos
programas.
Bons índices com relação ao fluxo de visitantes e também com a satisfação dos mesmos e da
comunidade local são buscados, mas enfatiza-se que uma região turística para ser reconhecida
como uma boa opção de destino turístico, não se faz suficiente apenas hospitalidade, vasta
cultura, culinária e acervo arquitetônico reconhecido como patrimônio da humanidade. É
necessário muito trabalho de sensibilização, conscientização e treinamento.
Portanto, a realização e continuidade deste Plano de Comunicação e Marketing, considerando o
norte orientador apontado pelo Plano Estratégico de Desenvolvimento Municipal do Turismo em
Triunfo é essencial para que os objetivos sejam sempre alcançados e o desenvolvimento da
atividade turística em Triunfo seja sempre pautado na cooperação e no profissionalismo,
qualidade do ato de valorização à vida, ao coletivo, satisfazendo a todos.
Defende-se que é importante a continuidade dos programas, para que os processos de
treinamento, qualificação, sensibilização, propaganda e publicidade possam ocorrer e
permanecer ao longo dos anos, trazendo assim benefícios para o município de Triunfo.
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13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Janeiro. Record. 2005
KINNI, Theodore; RIES, Al. Focalizando o futuro. São Paulo. Pearson Education do Brasil, 2003.
KLEIN, Naomi. Sem logo: a tirania das marcas em m planeta vendido. Rio de Janeiro. Record, 2004
KOTLER, Philip. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
----------------. Marketing para o Século XXI. 13.ed. São Paulo. Futura, 2003
MACHIN, Carmen Atlés. Marketing y Turismo: gestão estratégica. Madrid: Síntesis, 1993.
MARANHÃO. Gerência de Planejamento e Desenvolvimento Econômico. Plano de desenvolvimento
integral do turismo do Maranhão: plano maior. São Luis, 1999
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e prática. São Paulo: Atlas, 2000.
NINO, Fammy M.; GOUVÊA A.A. Diferenciação na oferta de serviços turísticos como estratégia de
marketing. VII Seminário em Administração, 2004
PETROCCHI, Mario. Turismo: Planejamento e Gestão. 6.ed. São Paulo, Futura, 2002
OMT. Introducion al turismo. Madrid: OMT, 1998
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Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico de Pernambuco. Indústria Criativa, Recife, 2006
RIES, Al . Foco: uma questão de vida ou morte para sua empresa. São Paulo: Makron Books, 1996
SANT'ANNA, Armando. Propaganda: teoria - técnica - prática. São Paulo: Pioneira, 2002
TROUT, Jack. Diferenciar ou morrer. São Paulo. Futura, 2000.
www.cittaslow.org.uk
www.turismo.org.br/dadosefatos
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