Classe Aves Diversidade e Ecologia Prof. Marcio Frazão Zoologia dos Vertebrados 1 Diversidade Classe Aves Subclasse Saurirae Infraclasse Archaeornithes ­ primeiras aves (Archaeopteryx e Confuciornis) com várias características reptilianas, maxilas com dentes. 2 ordens extintas Infraclasse Enantiornithes ­ aves dominantes no Mesozóico maxilas com dentes (ex.: Sinornis) 7 ordens extintas 2 Subclasse Ornithurae Infraclasse Odontornithes ­ aves marinhas sem asas (ex.: Hesperornis), que possuiam dentes 1 ordem extinta Infraclasse Neornithes ­ aves modernas Superordem Paleognathae ­ aves com palato “primitivo”, a maioria não voa (ex.: kiwi e ema) 5 ordens atuais ­ 57 espécies. 4 ordens extintas Superordem Neognathae ­ aves com palato “moderno” 27 ordens atuais ­ 9655 espécies 3 Infraclasse Archaeornithes () Archaeopteryx lithographica 4 Infraclasse Neornithes Superordem Odontornithes () Aves marinhas com dentes e sem asas: Hesperornis 5 Infraclasse Neornithes Superordem Paleognathae Ordem Rheiformes Ordem Struthioniformes Ordem Tinamiformes Ordem Casuariiformes Ordem Apterygiformes Ordem Aepyornithiformes () Ordem Dinornithiformes () 6 7 Ordem Tinamiformes Inhambus e macucos 47 espécies Morfologia Semelhantes as aves ratitas Possuem pênis Dimorfirmo sexual evidente em algumas espécies Morfometria da pelve óssea Na codorna, cor da íris Macho (amarela) Fêmea (pardo­laranja) 8 Quando perseguidos cansam­se rapidamente Vôo batido com vôo planado Deslocam­se somente algumas dezenas de metros voltam ao solo Tal debilidade é causada por uma irrigação arterial ineficiente para esforços prolongados Musculatura tão desenvolvida quando a de um beija flor 9 Alimentação Frutas caídas, folhas e sementes duras Preferem as sementes a polpa Sementes são digeridas Não são dispersores Pequenos invertebrados na serrapilheira Cupins, carrapatos e até vertebrados (Rhynchotus) Bebem água regularmente (sugando) 10 Rhynchotus rufescens ­ Perdiz brasileira 11 Hábitos Desconfiados Imobilizam­se instantaneamente de pescoço ereto Fingem­se de mortos Vôo é o último recurso Retilíneo Incapazes de evitar obstáculos Empoleiram­se para dormir 12 Ovos, cuidados e filhotes Ninhos no chão (depressão) próximos a moita ou tronco Ovos são belos e coloridos Importante para sistemática O macho choca os ovos e cria dos filhotes Quando ausente, ele camufla o ninho com folhas ou penas 13 Inimigos naturais Gatos do mato, raposas, furões, iraras, gambás Os ninhos são saqueados por cobras, macacos e até tamanduás 14 Caça Importante fonte de proteína para muitas famílias No Ceará, uma família pode consumir 60 codornas, além de 200 pombas e rolinhas Troféu cobiçado entre os caçadores Foram vendidos em feiras urbanas Já foi comercializado por uma fábrica de conservas até 1935 15 Tinamus major Inhambu de cabeça vermelha 41 cm 950g ­ 1150g 16 Tinamus guttatus Inhambu­galinha 34 cm Menor do gênero Mata de terra firme 17 Tinamus tao Azulona 42 ­ 49 cm 1500 g Mata de terra firme 18 Crypturellus cinereus Inhambu­preto 29 cm Vive extremamente escondido 19 Crypturellus undulatus Jaó 31 cm Muito comum Pernas esverdeadas 20 Ordem Rheiformes Emas 2 espécies América do Sul Grandes, pernaltas, não­voadoras 21 Rhea americana Ema Mais pesada ave brasileira 134­170 cm 34 kg Não possuem glândula uropigeana Há separação das fezes e urina Possuem grande pênis 22 Comem folhas, frutas, sementes, insetos e até vertebrados Caçam moscas (perto de carne em putrefação) São dispersoras de plantas 66% das sementes germinam Sem passar pelo trato digestivo, só 25% 23 Somente o macho incuba os ovos Aproveita­se de uma cavidade do solo para construir o ninho Várias fêmeas podem ovipor neste ninho Limpa 2­3 m de raio Impede que o fogo atinja os ovos Um ovo pesa 600g O cheiro dos ovos eclodidos atrai moscas que os filhotes comem Também comem as fezes do pai 24 As cercas prendem as emas em seus fios Comercio de espanadores é uma ameaça MT foi o maior exportador No RS, eles prendiam a emas em um curral e arrancavam todas as suas penas Os ovos são muito utilizados na culinária das populações rurais Unhas utilizadas como cabos de faca Só as coxas são aproveitadas (o resto é muito duro) 25 26 Ordem Struthioniformes Avestruz (Struthio camelus) 1 espécie ­ África São as maiores aves atuais São semelhantes as emas Os machos cuidam dos ovos Cada fêmea coloca até 12 ovos Cada ninho pode ter até 40 ovos Emitem som que lembram o rugido de um leão 27 28 Ordem Aepyornithiformes () Aves­elefantes ­ terrestres, robustas, incapazes de voar, habitavam Madagascar Extintas no século 16 29 30 Ordem Casuariiformes Casuares e emus 4 espécies Austrália grandes aves cursoriais, incapazes de voar Possuem asas curtas, ausência do esterno carenado, patas fortes, topete e carúnculas no pescoço 31 Emu Dromiceius novaehollandiae Até 1,80 m Até 55 kg De 7 a 13 ovos (680g cada) Vegetarianos 32 Na Austrália, foram quase exterminados Pragas na agricultura Corre a 50 km/h Ninho é um simples buraco no chão coberto com folhas Os machos que cuidam dos ovos e dos filhotes 33 Dromiceius novaehollandiae 34 Casuarius casuarius Até 1,5 m Até 60 kg É mais ativo de noite Nada bem Comem frutos, insetos e aranhas Ave mal humorada, tem ataques de raiva à menor contrariedade 35 36 Ordem Apterygiformes Kiwi 1 espécie Nova Zelândia Terrestres, incapazes de voar, pequenos 37 Apteryx australis Do tamanho de uma galinha Ameaçado pelos porcos e gatos Noturnos Olfato bem desenvolvido Comem pequenos invertebrados, vermes, sementes, frutas e até vertebrados 38 39 Infraclasse Neornithes Superordem Neognathae Ordem Podicipediformes Ordem Sphenisciformes Ordem Procellariiformes Ordem Pelecaniformes Ordem Anseriformes Ordem Ciconiiformes Ordem Falconiformes 40 Ordem Galliformes Ordem Gruiformes Ordem Charadriiformes Ordem Gaviiformes Ordem Columbiformes Ordem Psittaciformes Ordem Strigiformes Ordem Caprimulgiformes 41 Ordem Apodiformes Ordem Coliiformes Ordem Trogoniformes Ordem Coraciiformes Ordem Cuculiformes 42 Ordem Anseriformes Tachã, patos, gansos e cisnes 161 espécies Morfologia Bico equipado com lâminas transversais Filtrar a água ou a lama Presença de pênis (saca rolhas) Vôo é veloz Espécies pequenas (118 km/h) Espécies grandes (88 km/h) 43 Empoleiram­se regularmente, mas em locais baixos ou na água (“moral tão alta quanto poleiro de pato”) Alimentação Filtradores Todas as espécies necessitam de água rasa (eutrófica) para se alimentarem bem Algumas espécies comem pequenas sementes e folhas, larvas de insetos e pequenos crustáceos 44 Reprodução Geralmente monógamos Ninho bem elaborado ou mais rústico forrado de penugem (fêmea arranca do peito) Ninhos variados Ocos de pau Vegetação flutuante Buracos no solo 45 Hábitat Amazônia pobre em espécies Tão rica em lagos, rios Como ela seria pobre de Anatidae? Os peixes (muito abundantes) teriam exigências tróficas semelhantes Impediram o desenvolvimento ideal do grupo 46 Inimigos Jacarés e grandes peixes carnívoros Pés mutilados por piranhas Paturis (Anas bahamensis) devorados por pirarucus Dourado (salminus maxillosus) preda marrequinho Teiú nada até os ninhos para comer os ovos 47 Caça Importante reserva econômica Caça por chamariz Tiro no vôo com cachorro Caça as marrecas broncas Marreco manso ou amarrado 60000 em uma única fazenda no Amapá No RS Manejo de caça Das 20 espécies, 5 são de caça 48 Dendrocygna autumnalis 49 Ordem Galliformes Faisões, perus, mutuns, galos 282 espécies Morfologia Embora tenham biotipos distintos, são bem homogêneos Penacho na cabeça, garganta nua, barbela colorida Alguns tem bicos com cores aberrantes 50 Sexo semelhante (exceto em Crax) Dimorfirmo na íris em algumas espécies Possuem orgão intromissor Alimentação Frutas, folhas e brotos Caçam moluscos, gafanhotos, pererecas entre outros Mutuns não rejeitam nem mesmo centopéias grandes e aranhas perigosas Bebem água (por sucção) na beira dos rios 51 Reprodução Monógamos Os machos dão comida as fêmeas Territoriais O par faz um ninho pequeno nos cipoais Os mutum tem território de 3 km Podem utilizar ninhos abandonados Ovos grandes e brancos 52 Caça Grupo de aves mais ameaçadas da América latina 1/3 das espécies estão em perigo Importante fonte de alimento para os rurais na Amazônia Índios utilizam suas penas para fazer flechas, tangas, etc Comércio de aves vivas 53 Ortalis guttata 54 Penelope obscura 55 Penelope jacquacu 56 Mitu tuberosa 57 Odontophorus gujanensis Uru ­ Odontophorus capueira 58 Ordem Podicipediformes Mergulhões 22 espécies Morfologia Patas implantadas bem atrás do corpo Facilitar a natação Raramente saem da água Diferenciam­se dos patos pelo bico pontiagudo Voam bem Decolam da água com alguma dificuldade Durante as mudas não voam 59 Tachybaptus dominicus 60 Alimentação Comem peixes pequenos ou imagos de insetos aquáticos Cobra d’água Mergulham por até 45 segundos Podem se deslocar por 3, 5 ou 8 m para pescar ou fugir Inimigos Peixes carnívoros Sanguessugas Poluição dos lagos e rios 61 Podiceps major 62 Ordem Gaviiformes Mergulhões 5 espécies Aves natatórias do Ártico Grandes e pesados Não se locomovem bem no chão Podem mergulhar até 80 m Ficar vários minutos submersos 63 64 Gavia stellata 65 Ordem Sphenisciformes Pingüins 17 espécies litorais do Hemisfério Sul aves não­voadoras adaptadas para a natação Postura ereta 1­ 40 kg; 40 ­ 115 cm 66 Sexos são similares Penas são pequenas e contínuas Asas midificadas em aletas (flippers) Mergulham bem Comem peixes, lulas e krill Monogâmicos e as parceiras podem ser as mesmas do ano anterior Reproduzem em colônias Aves sociais 67 68 Aptenodytes patagonicus (king penguin) 69 Spheniscus sp. 70 Ordem Pelecaniformes Pelicanos, biguás, fragatas e atobás 66 espécies Bico longo e reto, narinas pequenas ou ausentes, cauda longa, membranas interdigitais 71 Distribuidos no mundo todo, nas regiões costeiras e marinhas São nidícolas ou altriciais Incubação de 25­55 dias Exigem muito cuidados por 65­210 dias São aves grandes com todos os dedos com membranas Maioria tem sacos gulares distensíveis 72 Se alimentam principalmente de peixes e lulas Ocasionalmente crustáceos, moluscos, anfíbios e répteis São sazonalmente monogâmicos Fêmeas vigiam um local e controem os ninhos com material que os machos trazem Os dois incubam os ovos 73 Humanos exploram os Pelecaniformes intensivamente Os ovos, jovens e adultos são usados como alimento, propósitos médicos e de vestimenta Algumas espécies são treinadas para serem utilizadas em pescarias 22 espécies estão ameaçadas (incluindo uma considerada extinta) 74 Anhinga anhinga 75 Pelecanus erythrorhynchos 76 Ordem Procellariiformes Albatrozes e procelárias 114 espécies Aves marinhas piscívoras de vôo planado dinâmico 77 Morfologia e dieta Maiores aves voadoras do mundo Cauda muito curta Diomedea exulans pode atingir 3,5 m de envergadura ­ 7kg Leigos podem pensar que penas foram cortadas Para voar elas correm vários metros na água com as pardelas 78 Comem lulas e crustáceos que se aproximam da flor da água Seguem navios para apanhar detritos Procuram a terra somente para nidificar Muito ameaçados por vazamentos de petróleo, plásticos flutuantes e redes abandonadas 79 Fulmarus glacialis 80 Ordem Gruiformes Jacumins, saracuras, seriemas 214 espécies Jacumins ­ Família Psophiidae Galináceos típicos da Amazônia Em tupi, de cabeça pequena Pernas altas Bico forte e curvo Sexos semelhantes 81 Comem insetos, centopéias, sementes Remove a serrapilheira para se alimentar Fazem ninhos em ocos de árvore em boa altura 27 dias de encubação Podem ser perfeitamente amansados São usados pelos índios como sentinelas 82 Jacumin Psophia leucoptera 83 Saracuras­Família Rallidae Porte variável Sem membranas interdigitais Dois grupos Saracuras ­ anda Frangos d’água ­ nada Bicos e pés bem coloridos Sexos semelhantes, macho é um pouco maior 84 São onívoras Desde capim até cobras d’água Aves inquietas Ninhos distantes da água No nordeste é uma importante fonte de alimento Humanos destroem os ovos Pragas de plantações de arroz 85 Saracura Aramides cajanea 86 Sanã Anurolimnas castaneiceps Frango­D'agua Porphyrio flavirostris 87 Pavãozinho do Pará­Eurypygidae Pescoço excepcionalmente fino Asas grandes e largas Lembra um pequena garça Grandes manchas em forma de um olho Assustar predadores Fáceis de domesticar 88 Eurypyga helias 89 Ordem Charadriiformes Gaivotas, maçaricos, trinta­réis, quero­ queros 349 espécies Quero quero­Charadriidae É uma das aves mais estimadas nas fazendas Esporões vermelhos que são exibidos aos rivais Pesca como uma garça Espanta larva de insetos e peixes na lama mexendo o pé Vive em banhados e pastagens, onde também nidifica 90 Quero­quero 91 Vanellus chilensis Gaivotas, Trinta réis ­ Família Stercorariidae Asas longas, pernas curtas e membranas interdigitais As gaivotas são onívoras Peixe morto Animais atropelados Depósitos de lixo Trinta réis Capturam na flor da água peixes ou crustáceos Pescam na arrebentação (peixes são jogados para fora da água) 92 As trinta réis são agressivas perto do ninho Atacam com vôos razantes Ovos das gaivotas são utilizados por pescadores A presença humana na área dos ninhais pouco antes da nidificação causa grande perturbação 93 Gaivota de cabeça cinza Larus cirrocephalus Gaivotão Larus dominicanus 94 Trinta­Réis­Grande Phaetusa simplex 95 Ordem Columbiformes Pombos 316 espécies Morfologia Cabeça pequena e redonda Bico fraco Corpo pesado com plumagem cheia e macia e rica em pó Quando eles tomam banho a superfície da água logo se cobre com o pó de suas penas 96 Alimentação Granívoros e frugívoros Ingerem grãos inteiros, enchendo o papo aonde se dá a digestão Estômago muito pequeno, não trituram as sementes Importantes dispersores Ocasionalmente podem comer moluscos e diplópodos Satisfazer as necessidades de cálcio 97 São ávidos por beber água Hábitos Sugam a água Moven­se no solo com passinhos miúdos e rápidos Param a cabeça a cada passo dado Reprodução Os casais são inseparáveis Fazem ninhos (nas árvores) tão ralos que pode­se ver os ovos por baixo Falta de higiene torna­se útil 98 Podem usar ninhos abandonados Os dois chocam os ovos Filhotes nascem de 12­18 dias (nidícolas) Alimentam os filhotes com o “leite do papo” Massa queijoso composta pelo epitélio digestivo do papo “leite” é rico em gordura, proteína e lecitina 99 Inimigos Vítimas de aves de rapina, mamíferos carnívoros São capturadas enquanto dormem pelo falso vampiro (Chrotopterus auritius) Regularmente chocam­se contra as paredes Envenenadas por pesticidas nas sementes 100 Caça Muito apreciadas como caça Uma família no Ceará (1955) comia em média 100 pombas e 120 rolinhas por ano A avoante é muito consumida na Caatinga Industria de exploração Caçadores, depenadores e salgadores 101 102 Columba cayennensis 103 Columba subvinacea 104 Columba plumbea 105 Juriti Leptotila verreauxi 106 Geotrygon montana 107 Ordem Ciconiiformes Cegonhas, socós e garças 86 espécies Família Ardeidae Garças, socós Morfologia Aparência elegante, pernas e dedos compridos, pescoço fino, bico longo e pontiagudo Porte variado 108 Alimentação Reprodução Insetos aquáticos, peixes, caranguejos, moluscos, anfíbios e répteis (até jacarés pequenos) São afamados como destruidores da ictiofauna Ninhos sobre árvores Multiplas cerimônias de casais Ninhos em árvores (10­20m de altura) Ovos esverdeados ou azulados 22­26 dias de incubação Utilização Penas (abatidas nos ninhais) Para 1kg de pena, cerca de 300 indivíduos 109 Garça branca Casmerodius albus 110 Família Threskiornithidae Curicacas, Guarás Morfologia Bico longo e curvo Pernas mais curtas Alimentação Crustáceos, moluscos, peixes e até Bufo 111 Reprodução Em colônias Nidificam sobre árvores 23­24 dias de incubação Utilização Domesticação (limpar quintais) Caça para a coleta da pena Coleta de ovos 112 Corocoró Mesembrinibis cayennensis 113 Família Ciconidae Jaburu, Maguari, Cabeça seca Morfologia Maiores aves brasileiras depois da Ema Bico muito grande Alimentação Onívoros; desde insetos, caranguejos, caramujos até rãs e peixes 114 Reprodução Solitário, faz seu ninho sobre árvores, palmeiras Jaburu vive até 36 anos Na amazônia o jaburu é considerado carne de caça Sua carne lembra de ganso 115 Tuiuiu Jabiru mycteria 116 Ordem Falconiformes Falcões, gaviões e águias 309 espécies Família Accipitridae Gaviões, águias Morfologia Variam muito no tamanho Desde o tamanho de um Sabiá até o gavião real (2m de envergadura) 117 Alimentação Nocividade Artrópodos, mas também répteis, anfíbios e roedores Apanham animais domésticos Ameaças Caça Gavião caramujeiro ameaçado pela Tilapia que come as plantas aquáticas 118 Caramujeiro Rostrhamus sociabilis 119 Gavião pega macaco Spizaetus tyrannus 120 Gavião de penacho Spizaetus ornatus 121 Família Falconidae Gaviões e falcões Morfologia Família pouco homogênea Alimentação Capturam suas presas com as garras Morta com golpe com bico afiado na espinha dorsal Come serpentes, morcegos, pássaros, insetos, ovos de tartarugas 122 Reprodução Importância Não constrõem ninhos Nidificam em locais altos Comem pombos urbanos Caça No nordeste são considerados como peça de caça 123 Acauã Herpetotheres cachinnans 124 Gavião relógio Micrastur semitorquatus 125 Gavião mateiro Micrastur gilvicollis Gavião caburé Micrastur ruficollis 126 Ordem Strigiformes Corujas e mochos 173 espécies Família Strigidae Alimentação Reprodução Especialmente insetos, mas até reodores, marcupiais, lagartos e rãs Criam em ninhos abandonados de outras aves, no meio do capim, em ocos, cupinzeiros, buracos que o casal alarga Importância Comem insetos e roedores 127 Corujinha do mato Otus choliba 128 Corujinha orelhuda Otus watsonii 129 Coruja do mato Ciccaba virgata Coruja preta Ciccaba huhula 130 Ordem Caprimulgiformes Bacuraus, curiangos, mãe da lua 116 espécies Família Nyctibiidae Mães da lua, Urutau Morfologia Grupo bem definido, com apenas um gênero Criaturas bizarras Boca e olhos descomunais “Olho mágico” 131 Alimentação Hábitos Insetos (grandes mariposas e besouros) Nunca pousam no solo como os bacuraus Ficam eretos em galhos Reprodução Colocam 1 ovo num oco de tronco Fêmea choca de dia e macho a noite 132 Mãe da lua gigante Nyctibius grandis 133 Urutau Nyctibius griseus 134 Família Caprimulgidae Bacuraus, curiangos Morfologia Alimentação Insetívoros Hábitos Lembram as mães da lua Pousam no chão deitando a barriga Reprodução Não fazem ninhos Colocam os ovos sobre o solo 135 Bacurau Nyctidromus albicollis 136 Ordem Apodiformes Andorinhões e beija­flores 425 espécies 137 Família Apodidae Andorinhões Os leigos os confundem com as andorinhas Morfologia Asas compridas (aerícolas) Pés muito pequenos Incapazes de se firmarem em galhos ou fios Repousam agarrados a superfícies verticais ásperas 138 Alimentação Apanham todo seu alimento no vôo Pequenos insetos voadores ou não Reprodução Muitos fazem ninhos próximos a cachoeiras Ovos são alongados e brancos Incubação de 20 dias Filhotes nascem nus, e em menos de 2 semanas estão repletos de longas semiplumas Adaptação a umidade 139 Andorinhão de coleira Streptoprocne zonaris Tesourinha Reinarda squamata140 Família Trochilidae Beija flores Morfologia Alimentação Menores vertebrados homeotérmicos do mundo Bico longo e fino Coloração exuberante Açúcar Moscas Papel importante na polinização Utilização Pele de beija flor para roupa, pena para leque 1905 peles em um único manto Passarinho com polenta no RS 141 Leucochloris albicollis 142 Clytolaema rubricauda Colibri serrirostris 143 Augastes scutatus Stephanoxis lalandi 144 Ordem Cuculiformes Cucos, anus, sacis e almas de gato 142 espécies Alimentação Carnívoros; gafanhotos, percevejos, aranhas, até mesmo escolopendras Reprodução Cuco (notório parasita) Em espécies não parasitas é comum o ninho coletivo 145 Alma de gato Piaya cayana 146 Anu branco Guira guira 147 Ordem Coliiformes Mouse­birds (pássaros­ratos) 6 espécies São arborícolas Escorrega pelos galhos (como fazem os roedores) atrás de frutinhas 148 Urocolius macrourus 149 Ordem Psittaciformes Papagaios, araras e periquitos 360 espécies Família Psittacidae Morfologia Ordem muito característica Bico alto e curvado Tamanho variado Reprodução Monogâmicos por toda a vida Nidificam em troncos ocos, buracos 150 Alimentação Geralmente gostam das sementes e não da polpa Não são dispersores Eventualmente podem comer insetos Utilização Alimentação Penas para escrever e adornos Criação em cativeiro 151 Ara ararauna 152 Perequitão maracanã Aratinga leucophthalmus 153 Perequito de cabeça suja Aratinga weddellii 154 Pyrrhura Frontalis Pyrrhura picta 155 Pyrrhura rupicola Forpus sclateri 156 Amazona farinosa Amazona vinacea 157 Amazona ochrocephala 158 Ordem Coraciiformes Martins­pescadores 219 espécies Morfologia Aparência homogênea mas de tamanho diverso Utilizam as asas como leme Plumagem densa e lisa 159 Alimentação Reprodução Peixes e insetos aquáticos Fazem ninhos em barrancos Alimentam os filhotes com peixes miúdos Nocividade Invadem tanques de alevinos 160 Chloroceryle amazona Ceryle torquata 161 Ordem Trogoniformes Quetzal e surucuás 39 espécies Morfologia Estrutura do pé única Dois dedos para frente e dois para trás Pé heterodactylo Alimentação Lagartas, cigarras, besouros e aranhas Frutas 162 Reprodução Fazem os ninhos em cupinzeiros arborícolas abandonados Declínio São muito confiantes Podem ser observados facilmente Podem ser abatido com uma chibatada Carne cobiçada 163 Sarucuá­açu Pharomachrus pavoninus Sarucuá de cauda preta Trogon melanurus 164 Sucuruá de barriga amarela Trogon viridis 165 Ordem Piciformes Pica­paus, tucanos e joão­bobos 407 espécies Família Bucconidae João bobos Morfologia Alimentação Cabeça grande e larga Bico forte com cerdas grossas Insetos Reprodução Nidificam em barrancos 166 Rapazinho estriado Nystalus striolatus Capitão do mato Notharchus macrorhynchos 167 Bico de brasa Monasa nigrifrons 168 Família Ramphastidae Tucanos Bico muito grande Frugívoros Ocasionalmente pequenos animais 169 Ramphastos vitellinus Ramphastos dicolorus 170 Família Picidae Pica paus Pico forte Martelam as árvores com muita força Proteção no cérebro Língua muito longa (5x o bico) Insetos e larvas 171 Pica pau amarelo Celeus flavus Picumnus rufiventris 172 Ordem Passeriformes Passarinhos (bem­te­vi, joão­de­ barro, araponga, ave­lira, etc...) 5739 espécies 59,1% das espécies vivas Família Formicariidae Papa­formigas Segunda família mais numerosa Plumagem macia e colorido modesto Comem insetos e até pequenos vertebrados 173 Papa formigas barrado Cymbilaimus lineatus Formigueiro Myrmeciza goeldii 174 Família Furnariidae João de barro Estrutura da cauda característica Não tem cauda rígida usada como apoio em troncos Pequenos artrópodos Algumas espécies fazem ninho de barro, na forma de forno Ninhos de gravetos 175 Joao­De­Barro Furnarius rufus Graveteiro­Grande Phacellodomus ruber 176 Família Tyrannidae Papa moscas Maior família de aves Muito heterogênea Artrópodos 177 Bentevi Pitangus sulphuratus Bentevi­Do­Brejo Philohydor lictor 178 Família Pipridae Tangará, dançador Aves bem pequenas Dimorfismo em muitas espécies Comem frutinhas 179 Tangará Chiroxiphia caudata 180 Família Hirundinidae Andorinhas Pássaros bem conhecidos Comem insetos 181 Andorinha Notiochelidon cyanoleuca 182 Família Muscicapidae Sabiás Maior representante nacional é o Sabiá­ Laranjeira (Turdus rufiventris) Onívoros 183 Sabiá­Laranjeira Turdus rufiventris 184 Classe Aves Ecologia 185 Metabolismo x temperatura 186 Pés de aves 187 Aves cursoriais 188 Dieta 189 190 Colonização 191 Colonização 192 Migrações Migração: devido ao alto custo da reprodução, muitas espécies de aves precisam deslocar­se por longas distâncias em busca de ambientes mais favoráveis ao desenvolvimento de seus filhotes (condições climáticas mais amenas, maior oferta de alimento, menos risco de predação) 193 em altas latitudes, os longos dias de verão são adequados às aves. Quando o clima se torna desfavorável, as aves migram para áreas de latitudes mais baixas ou até para outro hemisfério. as mudanças climáticas provocam alterações hormonais e aumento dos depósitos de gordura 194 vantagens das migrações: sazonalidade, previsibilidade, busca de alimento – condições reprodutivas. indução da migração é feita por estímulo externo (duração do dia) ou por ritmos hormonais internos 195 196 197 Migrações Migração: orientação: astral (bússola estelar) sonora olfativa magnética topográfica 198 Bússola natural e experiência agem conjuntamente. Gaivotas européias que migram para o sul foram capturadas na Holanda e libertadas na Suiça. As jovens e inexperientes continuaram sua rota exatamente para o sul e terminaram a 600 km a leste do ponto correto. As mais experientes corrigiram a trajetória e chegaram no local certo. as maiores rotas migratórias chegam a 20.000 km 199 Nichos ecológicos 200 Centros de diversidade 201 Canto 202 Ninhos 203 Ninhos 204 Ninhos 205 206