Apostila do Passe - Grupo Casa do Caminho

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GRUPO ESPÍRITA
CASA DO CAMINHO
GEDE
Grupo de Estudos da Doutrina Espírita
AULAS SOBRE O PASSE
Sergio Antonio Tozoni (março/2011)
1.a AULA: O MAGNETISMO E SUAS ORIGENS
A ciência usa o termo magnetismo para designar certos efeitos produzidos pelas cargas elétricas
quando em movimento. A atração entre ímã e ferro é um exemplo. Os espiritualistas entendem
magnetismo como o produto das exteriorizações da mente.
Não se tem até o presente qualquer prova concreta de que o “magnetismo” dos cientistas seja o
mesmo “magnetismo” dos espiritualistas. Todas as evidências, contudo, nos levam a crer que os dois
“magnetismos” têm muito em comum, mesmo que não sejam exatamente a mesma coisa.
No decorrer deste trabalho, salvo quando especificado em contrário, adotaremos sempre, para o
termo, o sentido atribuído pelos espiritualistas.
As curas realizadas por Jesus são exemplos sublimes de manipulações magnéticas providas por um
Espírito Superior, e, certamente, todo aquele que se revestir de disciplina, perseverança e desejo firme
de exercer a caridade, também um dia será capaz de tais realizações.
Franz Anton Mesmer (1734-1815) foi um médico austríaco que desenvolveu o chamado
magnetismo animal, ou seja, uma teoria e uma prática terapêutica que engloba a cura pela imposição
das mãos, a ação do que chamamos hoje de fluidos. O nome magnetismo surgiu pela analogia com o
comportamento dos imãs. Na época não se distinguia muito o que era material e o que era espiritual.
Mesmer adquiriu grande fama pelas suas curas, chegando a ser médico da corte francesa. Como seria
de se esperar, granjeou muitos inimigos e fama de charlatão. Seus métodos, apesar de muitos
discutidos, continuaram a ser empregados, com modificações as mais diversas.
Mesmer, em 1779 propôs a teoria do “fluido universal”, mais tarde também adotada por Allan
Kardec. Ele acreditava ser o fluido universal uma substância de “sutileza sem comparação que penetra
todos os corpos”. Acreditava, também, que todos os corpos possuíam propriedades idênticas às dos
ímãs e que as doenças eram provocadas por desequilíbrios na distribuição do magnetismo.
Samuel Hahnemann (1755-1843), o fundador da Homeopatia, foi um seguidor de Mesmer em vários
aspectos de seu trabalho. Em sua obra fundamental, Organon da arte de curar (6a ed., 1842), nos
últimos parágrafos, Hahnemann discorre sobre o mesmerismo e preconiza o uso dos passes.
Foi através dos médicos homeopatas que a prática dos passes começa a ser feita no Brasil, não
apenas como uma prática da chamada medicina popular (benzeduras, por exemplo), mas como uma
prática associada a uma teoria. No período de 1873-6, o médico homeopata, Alexandre José de Melo
Morais, se converte ao Espiritismo e introduz o passe nos centros espíritas.
Só no século XIX, através dos trabalhos do médico inglês James Braid, alguns aspectos do
magnetismo animal, antes postulados por Van Helmont, passaram a ser aceitos pela ciência oficial.
Braid propôs uma teoria explicando a fisiologia do chamado “sono nervoso”, fenômeno que ele
denominou hipnotismo. O que se sabe ao certo é que um paciente pode ser levado, geralmente pela
ação de um magnetizador, a um estado denominado transe hipnótico, no qual podem ocorrer fatos
bastante singulares, sendo o mais comum deles a inibição de alguns de seus centros nervosos.
Através da hipnose pode também ser realizada a regressão de memória do paciente e, com isso,
desencadeados mecanismos terapêuticos para superação de traumas e desequilíbrios de personalidade
motivados por ocorrências do pretérito.
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A opinião de Kardec sobre o magnetismo é a de que, durante o processo de magnetização, ocorre
liberação de fluidos emanados do magnetizador, os quais, conjugados ou não a fluidos oriundos de
entidades espirituais que o assistam, vão agir sobre o paciente.
A ciência oficial, nos dias de hoje, só reconhece o magnetismo nos seus aspectos ligados à
eletricidade (eletromagnetismo), e naqueles referentes ao hipnotismo, muito embora ainda estabeleça
sérias dúvidas quanto a possíveis conexões entre este último fenômeno e o magnetismo, preferindo, em
geral, atribuir-lhe outras causas.
Sob a forma de passe, o magnetismo é, hoje, largamente utilizado, principalmente nas casas
espíritas.
Os fluidos negativos se originariam, segundo acreditam algumas pessoas, no olhar de admiração,
com sentimentos de inveja, dirigidos por alguém, daí decorrendo o nome olhado. Na realidade,
sabemos, hoje, através do Espiritismo, que não são os olhos da pessoa que emitem emanações boas ou
más e sim sua mente. Os olhos são apenas um dos veículos utilizados pelo organismo para percepção
do ambiente que nos cerca.
Do magnetizador espírita exige-se, como indispensável, o desejo firme e sincero de ajudar, pois os
resultados das ações magnéticas dependem, fundamentalmente, da nossa vontade e da nossa fé.
Naturalmente a vontade não é tudo, como perceberemos no decorrer das nossas experiências, mas sem
ela nada é possível fazer.
O PERISPÍRITO
O homem encarnado é constituído de Espírito, perispírito e envoltório carnal.
Os Espíritos são os seres inteligentes da Criação. Os Espíritos possuem um corpo fluídico (isto é,
semi-material) que não pode ser percebido pelos nossos olhos, mas ainda é bastante grosseiro para a
percepção dos desencarnados. A este corpo damos o nome de perispírito. O perispírito tem uma forma
determinada e sobrevive a destruição do envoltório carnal.
O Espírito toma o fluido perispiritual do fluido universal de cada globo. Passando de um mundo
para outro o Espírito troca seu envoltório como mudamos de roupa.
O nosso espírito de alguma forma exterioriza um padrão magnético característico que o envolve de
modo semelhante ao que se observa com um ímã qualquer. A diferença é que, no caso do espírito, o
padrão é extremamente mais complexo e varia bastante de Espírito a Espírito, em função,
principalmente de seu estágio evolutivo, podendo ainda sofrer modificações temporárias, embora que
superficiais, por ação da sua própria mente. Esse padrão magnético gerado pelo Espírito age sobre a
matéria do ambiente em que se encontra, aglutinando-a, em torno de si, de modo semelhante ao que
ocorre com limalhas de ferro em torno de um ímã.
O perispírito vai se modificando à proporção que a evolução moral vai ocorrendo. Tais
modificações se verificam tanto na sua estrutura magnética quanto no tipo de matéria por ela
aglutinada, tendendo sempre para uma composição cada vez mais sutil.
O perispírito embora seja extremamente plástico é praticamente indestrutível. Quando nos
deparamos com a informação de que, diante de certas circunstâncias, um Espírito pode vir a “trocar” o
seu envoltório espiritual, devemos entender que ele apenas substitui a matéria aglutinada pelo seu
padrão magnético característico, mas nunca o próprio padrão magnético.
2.a AULA: OS FLUIDOS
São fluidos quando na temperatura ambiente, as seguintes substâncias: água, álcool, gasolina,
oxigênio, enfim, todos os líquidos e todos os gases.
O fluido cósmico universal é, nas palavras de Kardec, a matéria primitiva básica a partir da qual
todas as outras se formam.
A afirmação de que tudo o que existe formou-se a partir de uma substância primitiva pode parecer
difícil de aceitar, a uma primeira análise, mas, isso fica bem mais fácil de aceitar ao lembrarmos que a
ciência oficial já demonstrou, inclusive com experiências de laboratório, que todas as substâncias, hoje
conhecidas podem ser obtidas a partir de átomos de hidrogênio, bastando que se verifiquem condições
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adequadas. Não devemos, contudo, concluir, pois estaríamos em erro, ser o hidrogênio a mesma coisa
que o fluido cósmico universal. Podemos isso sim, notar que após o surgimento do hidrogênio, formado
a partir do fluido cósmico universal, a produção das demais substâncias passa a ser uma decorrência
regida por leis que já começam a ser desvendadas pela própria ciência oficial.
FLUIDO VITAL
O fluido vital, também chamado de princípio vital, é uma forma modificada do fluido cósmico
universal. Ele é o elemento básico da vida. Vida no sentido entendido pela ciência, que se caracteriza
pelos fenômenos do nascimento, crescimento, reprodução e morte. Observe que nessa categoria,
evidentemente, não se incluem os Espíritos. Pela morte o princípio vital se extingue.
Os seres vivos têm a capacidade de produzir (metabolizar) fluido vital continuamente, a partir do
fluido cósmico universal como também a capacidade de absorvê-lo diretamente a partir dos próprios
alimentos. Outra possibilidade de absorção do fluido vital é através da transfusão fluídica. O fluido
vital se transmite de indivíduo para indivíduo. Aquele que tem o bastante pode dá-lo aquele que tem
pouco.
A quantidade de fluido vital não é a mesma em todos os seres orgânicos: varia segundo as espécies,
e não é constante no mesmo indivíduo, nem nos vários indivíduos de uma mesma espécie. Alguns têm
fluido vital em superabundância e outros somente em quantidade suficiente.
A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se insuficiente para manter a vida se não for
renovada pela absorção e assimilação das substâncias que o contém. A causa da morte nos seres
orgânicos é o esgotamento dos órgãos. Com a morte a matéria orgânica se decompõe e toma nova
forma, o fluido vital volta a sua fonte de origem.
Os seres do mundo espiritual, por não possuírem fluido vital, é que necessitam do nosso concurso,
como indispensável, para muitas das tarefas assistenciais a que se propõem.
FLUIDOS ESPIRITUAIS
A qualificação de fluidos espirituais não é rigorosamente exata, pois que, em definitivo, se trata
sempre de matéria mais ou menos quintessenciada. Nada há de realmente espiritual a não ser a alma ou
princípio inteligente. Eles são assim designados por comparação e, sobretudo, em razão de sua
afinidade com os Espíritos.
Os fluidos espirituais podem ser produzidos por qualquer entidade espiritual, mesmo que encarnada.
Assim, cada um de nós está continuamente emitindo vários tipos diferentes de fluidos para o ambiente
que nos envolve, sempre caracterizados pelos nossos pensamentos e sentimentos. Os fluidos espirituais
podem, portanto, ser de ódio, de inveja, de ciúme, de prepotência, de orgulho, de amor, de simpatia, de
pena, ... e, por sua vez, podem agir sobre outras pessoas com efeitos irritantes, excitantes, tônicos,
soporíferos, calmantes, reparadores ...
COMO OS FLUIDOS SE MOVIMENTAM
“Lei Fundamental dos Fluidos”: Fluidos de mesmo tipo se atraem e fluidos de tipos opostos se
repelem.
Os fluidos liberados pelo nosso organismo vão se acumulando em torno de nós e, ao cabo de alguns
momentos nos envolverão completamente. Neste estado, em vista da Lei Fundamental dos Fluidos,
passaremos a atrair outros fluidos de mesmo tipo existentes no ambiente.
Um aspecto importante relativo aos fluidos refere-se ao fato de que eles podem ser deslocados por
ação magnética. Lembrando que o nosso pensamento (exteriorização da nossa vontade) é magnetismo,
fica fácil concluirmos que fluidos podem ser deslocados por ação direta da nossa vontade. Para atingir
esse objetivo é, contudo, necessário manter-se o pensamento fixo, firmemente a mentalizar essa idéia,
durante alguns momentos.
Quando se esta a aplicar um passe, várias forças encontram-se atuando sobre os fluidos que se
pretende deslocar, sendo apenas uma delas a produzida pela vontade do passista. Há, contudo, outra
que não se pode menosprezar, pela sua grande relevância, que é aquela exercida pelo posicionamento
mental do paciente.
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3. AULA: PERISPÍRITO, DUPLO ETÉRICO E CENTROS VITAIS.
PERISPÍRITO (continuação)
Em nosso planeta, a forma usual do perispírito é a do corpo físico da última existência. Espíritos
com mais conhecimento podem alterar esta forma, assumindo a de existências anteriores, outras
diferentes ou até mesmo formas não humanas, por ação hipnótica ou auto-hipnótica.
O perispírito, de uma maneira geral, apresenta as seguintes características: flexível, expansível,
invisível, impalpável, penetrável e outras semelhantes. Estas características, no entanto, dentro de
certos limites, podem ser alteradas pela vontade do espírito, podendo este contar, inclusive, com a ajuda
de terceiros. Assim ele pode se tornar, aos encarnados, visível, impenetrável e palpável, como nos
chamados fenômenos de materialização.
A densidade do perispírito é variável conforme o estado evolutivo do espírito, que, dentro de certos
limites e das circunstâncias, pode modificá-la. Espíritos ainda recém-libertos do corpo físico podem
apresentar um perispírito mais denso e, à medida que vai se adaptando e se conscientizando de sua
situação no mundo espiritual, pode então se tornar menos denso. Da mesma forma o espírito pode
também adensar seu perispírito.
O perispírito é formado por partes. Assim, durante o sono, por exemplo, o espírito pode se afastar do
corpo, com parte do perispírito, ficando outra parte ligada ao corpo físico, e, ligando ambas, o cordão
fluídico. Podemos pensar o perispírito formado por partes não apenas no sentido mencionado, mas
também no sentido de que os fluidos que o constituem são diferentes. O perispírito apresenta partes
mais densas, como os fluidos vitais, e partes menos densas, como o corpo mental. Uma das partes mais
densas é chamada duplo etérico.
DUPLO ETÉRICO
O duplo etérico é um corpo fluídico que se apresenta como uma duplicata energética do indivíduo,
interpenetrando o corpo físico, ao mesmo tempo em que parece dele emergir. O duplo etérico emite,
continuamente, uma emanação energética que se apresenta em formas de raias ou estrias que partem de
toda a superfície. O conjunto dessas raias é que, geralmente, se denomina aura interna.
É justamente a aura interna que parece ser captada nas fotografias Kirlian dos seres vivos. A
aparência da aura interna varia bastante de pessoa para pessoa, principalmente quanto à intensidade e à
coloração. A amplitude é em geral maior nas extremidades do corpo, muito embora, mesmo nesses
pontos, não chegue além de um ou dois centímetros.
Após o ponto em que as estrias da aura interna se extinguem, verifica-se ainda, por mais de uma
dezena de centímetros, já sem acompanhar perfeitamente a forma do corpo, uma luminosidade difusa,
que parece envolver a pessoa num casulo vaporoso de formato ovóide. Essa luminosidade, que também
se origina das emanações do duplo etérico, é chamada de aura externa, ou simplesmente aura.
O duplo etérico é formado por emanações neuropsíquicas que pertencem ao campo fisiológico. Ele
não se afasta do corpo físico e se desintegra com a morte do mesmo.
OS CENTROS VITAIS
Na superfície do duplo etérico podem ser observadas certas regiões de características bem
singulares. Elas são geralmente descritas como tendo a aparência dos redemoinhos que algumas vezes
se formam na superfície dos líquidos. São os chamados centros vitais. Seus diâmetros variam de caso a
caso, mas de um modo geral medem de um a cinco centímetros. Apresentam, em sua superfície, altos e
baixos como uma onda.
Os centros vitais do duplo etérico são pontos por excelência de absorção energética do organismo e
todos eles interagem, diretamente ou indiretamente, uns com os outros, em processo constante de
permuta energética. Além disso, todos apresentam ainda certa conexão com o funcionamento de um
grupo de órgãos do corpo físico, conforme verificaremos adiante.
Existem no perispírito estruturas semelhantes às dos centros vitais do duplo etérico. Entre cada
centro do duplo etérico e o seu correspondente no perispírito observa-se a existência de laços fluidomagnéticos permanentes que os interligam e que só se rompem com a morte do corpo físico.
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Para o passista é muito importante ter sempre em mente que os centros vitais captam energias,
transferindo-as ao corpo físico e também que todos eles encontram-se em constante permuta energética
entre si, fazendo com que qualquer desequilíbrio de um deles reflita-se automaticamente em todo o
conjunto e, por conseqüência, em todo o corpo físico.
Por ocasião do passe, devemos procurar agir sobre todos os centros vitais, mesmo que o
desequilíbrio reportado pareça exclusivo de um deles, isso porque é certeza quase matemática que o
desequilíbrio de um deles acaba por se propagar aos demais. Naturalmente pode-se dedicar mais
atenção a uns que a outros.
Centro Coronário: Está localizado na parte superior da cabeça, mantendo relacionamento funcional
com os órgãos situados no interior do crânio, principalmente com a epífise. Constitui-se no principal
ponto de assimilação dos estímulos provenientes do plano espiritual. Ele coordena o funcionamento dos
demais centros e torna-se assim responsável pela estabilidade de todo o metabolismo orgânico, sendo
ainda o mais significativo dos pontos de conexão entre o corpo físico e o perispírito.
Centro Frontal: Encontra-se localizado na região entre as sobrancelhas, atuando sobre o córtex
cerebral, com ação predominante sobre o funcionamento global do sistema nervoso. Exerce forte ação
sobre a hipófise, controlando, por esse meio, todo o sistema endócrino. Está ligado às atividades
intelectuais e à vivência mediúnica.
Centro Laríngeo: Está localizado na região do pescoço. Exerce controle sobre a respiração e a
fonação, estando também ligado ao mecanismo de audição.
Centro Cardíaco: Está localizado na região do coração, dirigindo a emotividade e a distribuição de
energias vitalizantes no organismo.
Centro Esplênico: Situado na região anterior esquerda do organismo, onde se localiza a última costela.
Controla o equilíbrio de todo o sistema hemático, sendo o principal elemento de captação das energias
do plano espiritual, principalmente do fluido cósmico universal.
Centro Gástrico: Também é conhecido como centro solar e está situado um pouco acima do umbigo.
Age fundamentalmente sobre os órgãos da digestão e apresenta, também, certa ligação com o estado
emocional do indivíduo.
Centro Genésico: É muitas vezes denominado centro sagrado e situa-se na região do baixo ventre.
Suas energias agem sobre os órgãos ligados à reprodução, às atividades sexuais e ainda sobre os
estímulos referentes ao trabalho intelectual.
4.a AULA: A APLICAÇÃO DO PASSE
O SER HUMANO ENCARNADO E SUAS RELAÇÕES COM O MEIO AMBIENTE
Por meio ambiente estamos entendendo o meio ambiente físico, o meio ambiente fluídico e o meio
ambiente espiritual. Da mesma forma que o nosso corpo físico troca materiais com o seu meio
ambiente, recebendo (alimentos, oxigênio, etc.) e devolvendo (urina, gás carbônico, etc.) nosso
perispírito também realiza constantemente estas trocas de fluídos semi-materiais.
Depois de modificá-las (metabolizá-las) devolve-as ao mesmo meio. Assim, num processo contínuo
e, em grande parte, automatizado, as energias são absorvidas dos alimentos, da água, do ar e
diretamente do fluido universal, sendo então modificadas e devolvidas ao meio. Como conseqüência
direta do modelo, advém que os espíritos desencarnados, excluindo-se a parte referente ao corpo físico,
devem realizar um processo semelhante.
Quando estas trocas, nos dois corpos (físico e espiritual), por um motivo qualquer, não se realizam
bem, acabamos por sofrer também algum desequilíbrio em todo o conjunto. Na grande maioria das
vezes, estes desequilíbrios são causados pelos distúrbios espirituais. Estes distúrbios espirituais
(emoções inconvenientes, egoísmo, orgulho, ignorância, etc.) podem afetar o Espírito, que pode afetar
o perispírito e que, por sua vez, pode afetar o corpo físico, gerando então aquilo que chamamos de
doença.
Através de uma troca mais adequada de fluidos com o meio ambiente e através de uma postura
mental mais otimista e moralmente mais elevada, podemos restabelecer nosso equilíbrio geral. A prece,
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por exemplo, quando adequadamente feita, pode propiciar este reequilíbrio. No entanto nem todas as
pessoas estão em condições de promover este auto-equilíbrio, necessitando então da ajuda de terceiros.
Um dos procedimentos utilizados para este tipo de ajuda é o passe. O passe vem a ser uma
transferência de fluidos a uma pessoa necessitada, para que ela possa se reequilibrar espiritual e
fisicamente.
Como dissemos acima, o passe é uma maneira pela qual podemos ser ajudados a restabelecer nosso
equilíbrio. O passe é uma terapia, através da qual trocamos nossos fluidos, retirando os indesejáveis,
repondo a seguir os fluidos adequados ao reequilíbrio, e também os redistribuindo convenientemente.
Busca-se então uma harmonia do Espírito com o perispírito, e consequentemente o corpo físico será
também reequilibrado. Para que o passe ministrado seja eficiente, é necessária acima de tudo uma
disposição do paciente em querer se reequilibrar, querer se curar. Sem isto nenhuma terapia, nenhum
tratamento vai funcionar. A ajuda que recebemos, não apenas no passe, depende de nosso merecimento
e de nosso esforço em mudar a nossa postura mental. Podemos ter uma cura de nossos males, uma
melhora apenas, ou continuar como estamos. Certamente recebemos um conforto para enfrentarmos as
provações.
CLASSIFICAÇÃO DOS PASSES.
O passe tanto pode ser aplicado por um Espírito encarnado, quanto por um Espírito desencarnado,
ou ainda, pela ação conjunta de um encarnado e um desencarnado.
Muitas vezes se utiliza a designação de passe magnético para os casos em que o passista é um
encarnado e de passe espiritual para o passe em que o passista é um desencarnado. O passe puramente
magnético é muito raro. As situações mais freqüentes são as do passe espiritual ou a do passe misto,
isto é, espiritual e também magnético.
Quanto à finalidade específica podemos classificar os passes em: “passes de retirada de fluidos (de
dispersão)” e “passes para concentração de fluidos (de doação)”. Devemos começar sempre com a fase
de dispersão (limpeza do campo fluídico do paciente) procurando retirar todos os fluidos deletérios que
o envolvam e só depois iniciar a fase de doação de fluidos.
A absorção de fluidos depende de muitos fatores, alguns totalmente fora de controle do passista,
sendo que o mais significativo deles é, e sempre será, o estado de receptividade do paciente.
Quando o passe for aplicado em crianças, gestantes e idosos, a doação de fluidos deve ser comedida
e, para isso, um recurso é fazer imposições menos demoradas e outro é manter as mãos afastadas do
corpo do paciente.
O PASSE LONGITUDINAL
Este é com certeza o passe de dispersão mais comumente utilizado. Nele o passista, através de
movimentos rápidos e enérgicos, desloca as mãos, longitudinalmente, ao longo do corpo do paciente.
As mãos do passista devem ser mantidas sempre a uma distância aproximada de 10 a 15 centímetros do
corpo do paciente.
O início do movimento ocorre na região acima da cabeça do paciente, com as mãos do passista
entreabertas naturalmente. Ao finalizar cada movimento as mãos fecham-se e procede-se à sua
descarga fluídica. Essa descarga é feita por meio de um movimento vigoroso para baixo em que
simultaneamente se abrem as mãos distendendo-se completamente os dedos como se procurando livrálas de alguma coisa que tivesse a elas aderido.
Ao passar as mãos ao longo do corpo do paciente, o passista deverá mentalizar que com elas está a
recolher os fluidos deletérios que nele se encontrem.
Observações:
1. Não tocar no paciente;
2. Manter as mãos abertas com naturalidade;
3. Ao executar a descarga fluídica das mãos, observar onde lança os fluidos, a fim de não fazê-lo
sobre o próprio paciente, ou sobre outra pessoa qualquer;
4. O número de vezes que se deve repetir o movimento depende de cada caso, mas só a título de
referência pode-se dizer que, geralmente, 4 a 5 vezes é o suficiente;
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5. Os deslocamentos das mãos devem ser feitos de modo que se procure “varrer” todo o corpo do
paciente.
6. Não há posição relativa obrigatória para o passista. Ele pode se colocar em frente, ao lado ou atrás
do paciente. Tudo dependerá das circunstâncias de cada caso.
IMPOSIÇÃO DE MÃOS
A imposição de mãos é um ótimo passe com vistas à doação de fluidos. Pode ser usado sobre
qualquer região do corpo do paciente, embora em geral apresente-se mais eficiente quando aplicado
sobre os centros vitais, já que estes são as regiões por excelência de absorção e distribuição de fluidos
no organismo.
Sugerimos, como regra, que se faça a aplicação do passe de imposição sobre cada um dos centros
vitais do paciente, começando pelo centro coronário e finalizando pelo genésico.
Para executar o passe de imposição de mãos deve-se simplesmente colocar as mãos abertas, com os
dedos levemente afastados sobre a região que se pretende atingir.
Na ocasião em que faz a imposição de mãos o passista deve mentalizar firmemente que esta a
transferir, para o paciente, os fluidos de que ele necessita para o seu restabelecimento orgânico. É este o
momento do passe em que se faz necessária a máxima afinidade entre passista e paciente, para que a
transferência de fluidos se faça do modo mais eficiente possível.
A DISTÂNCIA E A VELOCIDADE
Considerando a questão dentro dos estreitos limites da técnica, desconsiderando, portanto os fatores
psíquicos e mentais, os quais têm valor preponderante, observa-se que a escola magnética há concluído
um padrão bem universal (Jacob Melo [5]):
a) Quanto mais perto (dos limites da aura) passarmos as mãos, mais energizantes, mais ativantes
serão os passes.
b) Quanto mais distantes, mais calmantes serão os efeitos.
c) Quanto mais lentos, mais concentradores de fluidos.
d) Quanto mais rápidos, mais dispersivos.
Apesar desta verificação, quando conjugamos esses vetores, um prevalece sobre o outro. Por
exemplo: o passe aplicado “muito perto e muito rápido” perde bastante de sua capacidade ativante
enquanto sua peculiaridade dispersiva pouco se altera, deixando mostras de que o fator velocidade
(rapidez) supera o efeito da distância (no caso, proximidade)..
PADRONIZAÇÃO DO PASSE
É recomendável que se adote certa padronização com respeito à sistemática em uso pelos seus
passistas. A padronização não deve ser, contudo, muito rígida. Ela deve limitar-se a estabelecer certa
uniformidade quanto às técnicas e atitudes adotadas, procurando desta forma garantir a qualidade e a
pureza doutrinária do serviço, além de evitar o surgimento de termos de comparação com respeito ao
desempenho dos componentes da equipe.
PASSE À DISTÂNCIA
O passe à distância é uma alternativa que em condições ideais pode apresentar resultados quase tão
satisfatórios quanto os que se obtêm quando o paciente e passista se encontram fisicamente no mesmo
ambiente. Já que essas condições ideais dificilmente se verificam, seus resultados, na maioria das
vezes, são pouco satisfatórios.
Uma condição requerida neste caso, é que o passista possa construir na sua mente (plasmar) a
imagem do paciente e isto não é fácil. Em geral, só é possível quando passista e paciente tiveram
oportunidade de se conhecer anteriormente. A opção da fotografia ajuda, mas em geral não satisfaz
completamente.
Outra condição exigida é que o paciente esteja prevenido e que o horário e local tenham sido
previamente combinado. É também conveniente que a preparação do ambiente tenha sido
providenciada, através do recolhimento, do cultivo dos bons pensamentos e principalmente da prece.
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Na hora combinada, o passista mentaliza o paciente e executa, “em pensamento”, os procedimentos
de limpeza e de doação de fluidos.
PASSE E INCORPORAÇÃO
A incorporação do passista na sala de passes não é só desnecessária, mas também inconveniente.
Desnecessária, porque, em se tratando de um passista bem preparado e que desempenha com
regularidade seu trabalho, haverá, com toda certeza, sintonia adequada entre ele e o companheiro
espiritual que o assiste. Inconveniente, porque entre outros fatores, a reação da maioria dos pacientes,
diante de uma incorporação, é de temor, receio ou curiosidade, levando-o a um estado mental
inadequado às transferências fluídicas.
PARA RECEBER O PASSE
Para receber o passe é necessário que o paciente prepare-se convenientemente e tenha determinadas
posturas:
POSTURA MENTAL: Ânimo e confiança no MAIS ALTO. Durante o passe ore, permaneça em prece,
pense em JESUS. Ao final agradeça a DEUS pelos benefícios recebidos.
POSTURA FÍSICA: Procure ficar relaxado. Respire calmamente. No dia do passe não coma carne,
nem de frango. Não tome bebidas que contenham álcool. Diminua a quantidade de café. Evite fumar
horas antes de vir ao centro, de preferência o dia inteiro ou, pelo menos no período da tarde.
ATITUDE PARA COM O PASSISTA (MÉDIUM): Não escolha o passista, pois todos estão bem
assistidos espiritualmente. Evite conversar. Fale somente o necessário, principalmente se você teve
alguma sensação mais intensa.
A ajuda que recebemos, não apenas no passe, depende do nosso merecimento e de nosso esforço em
mudar a nossa postura mental. Poderemos ter uma cura de nossos males, uma melhora apenas, ou
continuar como estamos. Certamente receberemos um conforto para enfrentarmos as provações.
O QUE VOCÊ PODE SENTIR DURANTE O PASSE
Como qualquer terapia, o passe pode produzir efeitos secundários, causando sensações bem diversas
nas pessoas, conforme seu estado e disposição.
Durante o passe você poderá ter diversas sensações, principalmente nas primeiras vezes. Estas
sensações poderão ser: bem estar geral, alívio, sensação de refrigério e vigor, calor, frio, formigamento,
transpiração excessiva, palpitação, tontura, vontade de chorar, etc.
No caso das sensações serem mais intensas, de modo a constituírem incômodo, avise o passista. Em
geral, sensações que possam constituir algum incômodo passam em alguns minutos. Caso isto não
ocorra peça para retornar à sala de passes.
Após receber o passe, não sai do Centro, retorne ao salão e permaneça não menos que 10 minutos
(de preferência permaneça até o fim da reunião), principalmente se você teve sensações durante o
passe. Elas normalmente passarão, porém se continuarem, retorne à sala de passes.
5.a AULA: ENFERMOS E ENFERMIDADES
Nesta seção iremos investigar as causas fundamentais que dão origem às enfermidades do corpo e
da mente.
Hoje grande parte das enfermidades pode ser debelada e muitas outras evitadas. De um modo até
certo ponto desconcertante, observamos, contudo, que ao se conseguir controlar uma determinada
doença grave, outra prontamente vem tomar seu lugar no papel de flagelo dos homens.
No início foi a lepra, depois a peste, a tuberculose, a paralisia infantil, o câncer e as doenças
cardiovasculares, e finalmente, hoje, o desafio maior parece ser o controle da AIDS (Síndrome da
Deficiência Imunológica Adquirida).
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Sem se admitir a existência do Espírito, da lei do carma, da reencarnação e das permutas fluídicas
em que permanentemente estamos envolvidos, fica muito difícil entender e lidar com a maioria das
enfermidades que nos acometem.
Bezerra de Menezes, segundo relato contido no livro “Grilhões Partidos” (Divaldo Pereira Franco,
pelo Espírito de Manoel Philomeno de Miranda, Cap. 10), revela-nos que “toda enfermidade,
resguardada de qualquer nomenclatura, sempre resulta de conquistas negativas do passado espiritual de
cada um.”
De conformidade com suas origens, as enfermidades humanas podem ser classificadas, pois, em três
grandes grupos que são:
•
•
•
Causas fluídico-ambientais;
Causas obsessivas;
Causas cármicas.
Esta classificação nada tem de absoluta, pois é muito comum nos depararmos com mais de um
destes fatores associados, apresentando-se como origem de uma determinada enfermidade, num
determinado indivíduo. Por outro lado, concordamos também que todo processo obsessivo e as
predisposições a causas ambientais têm, em última análise, um componente cármico.
Causas fluídico-ambientais
Em decorrência da absorção de fluidos deletérios ambientais, é que na grande maioria das vezes,
desfaz-se a harmonia funcional relativa em que se mantém o nosso organismo, fenômeno que se
exterioriza, geralmente, sob a forma de uma enfermidade qualquer.
As enfermidades com causas fluídico-ambientais, afortunadamente, nem sempre atingem o seu
último e mais grave estágio, que se caracteriza pelo comprometimento perceptível do corpo físico.
Depois de atingido o corpo físico, os cuidados necessários já são de ordem bem mais complexa, e os
prejuízos, mais acentuados.
A forma mais adequada de evitarmos problemas de ordem fluídica é procurarmos manter um
padrão vibratório elevado, cultivando bons pensamentos. Deste modo, estará excluída a possibilidade
de entrarmos em sintonia com fluídos de qualidade inferior.
Várias opções podem ser utilizadas para que se efetue a limpeza fluídica do nosso organismo,
merecendo destaques especiais o passe e a prece.
Causas obsessivas
Os obsessores cármicos são, geralmente, ex-vítimas nossas, de um passado mais ou menos remoto e
que, hoje, na condição de Espíritos desencarnados, imbuídos de sentimentos rancorosos, procuram nos
prejudicar por todos os meios possíveis. Em geral eles operam em grupos, pois assim conseguem
resultados mais rápidos e contundentes.
Os processos obsessivos podem também se instalar por razões exatamente opostas às que acabamos
de referir. São os casos de obsessão por afinidade. Esta é a situação em que um Espírito desencarnado,
normalmente ainda muito ligado às coisas materiais, se identifica em um encarnado inclinações e
sentimentos semelhantes aos seus e, exatamente por isso, se elege nosso companheiro permanente.
Quaisquer que sejam as origens de um processo obsessivo, ou a motivação do obsessor ou
obsessores, o que há de certo é que os incômodos e prejuízos são sempre muito graves, não raro
levando o obsidiado à condição final de completa loucura. Naturalmente, até chegar a esta condição
estrema muito tempo poderá decorrer e muitos estágios intermediários serão observados.
Quando tarda o tratamento adequado, é comum persistirem lesões irreversíveis, mesmo após
eliminadas as causas que deram origem ao processo.
Nos processos obsessivos, o passe pode vir a ser um mecanismo de rearmonização de valor
inestimável, embora sempre como terapia de natureza complementar.
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Causas cármicas
De um modo simplificado, os mecanismos de ação da lei do carma podem ser expostos da seguinte
forma: Se o erro cometido tem sua causa primária ligada aos aspectos puramente funcionais do
organismo, por exemplo, suicídio, bebida, drogas, etc., a ação cármica corretiva desencadeia-se de
imediato. Lesionando o corpo físico, ocorre automaticamente e, quase simultaneamente, lesão
correspondente na organização perispiritual do indivíduo. Essas lesões no perispírito são responsáveis
pelo sofrimento, presente e real para o Espírito, que se manifesta após o seu desenlace, estendendo-se
por um tempo que pode vir a ser bastante longo, com elevada probabilidade, inclusive, de estender-se a
encarnações futuras.
Nos casos em que os aspectos morais são determinantes, o mecanismo punitivo-educativo é distinto
e, como veremos, nem sempre se inicia de imediato.
O mecanismo de resgate cármico em tais casos, é desencadeado a partir da percepção do erro
cometido, sendo dependente, portando, da capacidade de discernimento já adquirida pelo indivíduo,
quanto ao conceito do certo e errado relativo àquela ocorrência.
A conscientização de haver praticado um delito desenvolve no indivíduo um complexo de culpa,
que é o elemento desencadeante do processo de resgate. Ao se aperceber de ter cometido, no pretérito
próximo ou remoto, um ato que se choca com o padrão moral que já adquiriu, desencadeia-se no
indivíduo um sentimento de culpa que passa a exigir dele as medidas corretivas correspondentes. A
própria percepção do erro já é suficiente para desarmonizar a sua organização perispiritual, exatamente
na região que tem ligações com o fato delituoso em questão.
Sobre o aborto, André Luiz (Evolução em Dois Mundos, Segunda Parte, Cap. XIV), nos assegura
que “O aborto provocado, sem necessidade terapêutica, revela-se matematicamente seguido por
choques traumáticos no corpo perispiritual (...), mergulhando as mulheres que o perpetram em
angústias indefiníveis, além da morte (...).” As conseqüências mais comuns daí resultantes são a
ocorrência, em encarnações posteriores, da gravidez tubária, das hemorragias gestacionais, da maior
propensão para as infecções do sistema genital, dos tumores de útero e ovários e, muitas vezes, da
impossibilidade total para procriação.
Aqueles indivíduos que ainda não se moralizaram adequadamente parecem ter uma existência imune
a muitas das aflições que acometem outros cujo comportamento apresenta-se, hoje, muito mais
equilibrado. A sabedoria divina é realmente perfeita. Aqueles que não se apercebem da gravidade dos
delitos cometidos, também ainda não apresentam a firmeza para suportar, com resignação e real
aproveitamento, os sofrimentos retificadores de que carecem. Só no futuro é que, ao evoluírem mais, se
aperfeiçoarão moralmente e se darão conta da gravidade dos erros cometidos no passado, ocasião em
que paralelamente já se encontrarão fortalecidos e possuidores da fibra necessária para suportar a
retificação correspondente.
Há contudo casos relacionados a Espíritos extremamente endividados que se encontram nos
primeiros degraus da escala evolutiva moral, em relação aos quais o desabrochar do complexo de culpa
através da percepção dos aspectos delituosos dos atos cometidos vem sendo retardado demasiadamente,
o que naturalmente impede se restabeleça a sua caminhada evolutiva. Nestes casos a Providência
Divina acaba por intervir desencadeando o processo de resgate cármico através de outros mecanismos.
Em casos de assistência fluídica, para casos de enfermidade orgânica de origem cármica, tudo que
se pode fazer é aliviar suas manifestações. Tal enfermidade é certamente necessária ao processo de
reeducação do enfermo, quanto às suas responsabilidades no uso adequado do organismo físico que lhe
é cedido por empréstimo, na condição de elemento imprescindível à sua evolução.
6.a AULA: ECTOPLASMA
O ectoplasma é um tipo de fluido vital. Os espíritos não produzem ectoplasma, eles apenas podem
manipulá-lo. Este fluido é um atributo do corpo físico.
O ectoplasma existe também nos animais e nas plantas. O ectoplasma não humano não é suficiente,
ou adequado, para a realização de fenômenos físicos e de materialização.
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Está sujeito à ação da gravidade terrestre e interage fisicamente com a matéria do corpo humano,
causando diversos efeitos, por exemplo, inchaço no abdome, como se fosse um gás.
O ectoplasma humano deve ser originário dos alimentos que comemos, dos líquidos que bebemos e
do ar que respiramos.
É difícil afirmar com certeza, onde se forma o ectoplasma no ser humano. A observação indica uma
grande movimentação fluídica, no abdome, na altura do umbigo. Temos informações do plano
espiritual de que o ectoplasma se forma, principalmente, na região do corpo próxima à base da coluna
dorsal; região onde se localiza o centro de força genésico.
O ectoplasma é absorvido em parte pelo nosso corpo, por ser necessário para sua sobrevivência. O
restante deve ser eliminado pelos mesmos caminhos de saída que as excreções comuns. Tal eliminação
deve ocorrer normal e espontaneamente, sem que as pessoas o percebam.
A retenção de ectoplasma pode ocasionar sintomas diretamente ligados ao local em que está
acumulado como, também , em outros pontos do organismo.
O natural é liberarmos ectoplasma sem percebermos. Por que algumas pessoas não o fazem ou
fazem apenas parcialmente? Parece que a questão é também, e muito, de fundo emocional. A melhora
definitiva desses sintomas ocorre a partir do nosso interior, através de mudanças de postura mental.
A seguir citaremos alguns dos sintomas que ocorrem em conseqüência do acumulo de ectoplasma
no nosso organismo.
No sistema digestivo:
• Muita fermentação, gases, dilatação do abdome.
• Colites e gastrites.
• Sensação de queimação no intestino e/ou no estômago, cólicas freqüentes sem razão aparente,
queimação no esôfago.
• Vômitos após as refeições sem causas aparentes.
• Sensação de abdome pesado (mesmo em jejum).
• Ânsia de vomito ao tentar escovar os dentes, principalmente pela manhã.
No sistema respiratório:
• Bronquite, asma. Falta de ar de modo geral.
• Sensação de aperto, ou dor, no peito
• Sensação de haver um objeto na garganta (bola, cisco, etc.).
• Coriza que aparece e desaparece sem motivo aparente.
• Sinusite e rinite
No aparelho auditivo:
• Coceira nos ouvidos.
• Sensação de entupimento dos ouvidos.
• Sensação de que sai algo dos ouvidos (gás, líquido) mas não consegue observar nada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Chagas, Aécio Pereira, Introdução à Ciência Espírita, 2003.
[2] Chagas, Aécio Pereira e Mathieu Tubino, Um modelo de Passe, Revista Internacional de
Espiritismo, Fevereiro de 1992.
[3] Chagas, Aécio Pereira e Nedyr Mendes da Rocha, Curso Breve de Espiritismo, 7a aula, Grupo
Espírita Casa do Caminho, julho de 1996.
[4] Gurgel, Luiz Carlos de M., O passe Espírita, FEB , 1991.
[5] Jacob Melo, O Passe – Seu estudo, Suas Técnicas, Sua Prática, FEB, 1998.
[6] Tubinho, Matheus, Um Fluido Vital Chamado Ectoplasma, Lachâtre, 1997.
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