A Cia dos Músicos escola de música é uma escola de harmonia e improvisação. Nosso material didático é de alta qualidade seguindo os padrões dos materiais didáticos mais usados no Brasil como fonte de estudos musicais. O nosso objetivo e crescer a cada dia mais pensando em oferecer o melhor pra você. Qualidade Teoria Musical Página 1 ATENÇÃO: Qualquer irregularidade detectada, por gentileza, entre em contato com o serviço de atendimento ao aluno. (SAA) da CIA DOS MÚSICOS. TEL: 2413-1875/3049-0805 Material produzido pela CIA DOS MÚSICOS escola de música M.E Todos os direitos reservados. Teoria Musical Página 2 ATENDIMENTO AO ALUNO SAA 2413-1875 MSN [email protected] SITE www.ciadosmusicos.com.br Teoria Musical Página 3 TEORIA MUSICAL JORDEAN OLIVEIRA • 2009 Jordean Oliveira 1º edição: 2009 Reimpressos: 2014 Publicação independente todos os direitos reservados por CIA DOS MÚSICOS M.E ENSINO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS, Rua Barcelos Domingos nº 174 sala 203, Campo Grande, Rio de Janeiro - RJ Proibida a reprodução por quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, xerográficos, Fotográficos, gravação, estocagem em banco de dados, etc). Teoria Musical Página 4 Agradeço á Deus por todos os sonhos realizados e pela oportunidade de iniciar mais um trabalho. A minha família que sempre me apoiou, em especial minha esposa Geisi, Gabrielle e a caçulinha Mary. Seja bem vinda! Teoria Musical Página 5 Índice O som e suas Propriedades O Som- Música- -Cifra - Escala - Escala Diatônica (maior) Questionário- Pauta - Clave - -ExercíciosFiguras de som e pausasBarra de ligação- Questionário - Valor Proporcional Alterações, tom e semitonsIntervalo tom e semitom Enarmonia Ponto de Aumento / Ligadura CompassoCompasso Simples QuestionárioTempos fortes e fracos, síncope, contratempo e anacruse SíncopeContratempo - IntervalosClassificação de IntervalosIntervalos aumentados- Intervalos menores e diminutos- Intervalos enarmônicos- Outros intervalos1 º Quadro de intervalos- 2 º Quadro de intervalos Formação das tríades Tabela de tríade maior, menor, aumentada e diminuta - EscalaEscala/Modos- Função Tonal- Intervalo/ Esc. Maior e Menor NaturalGraus Modais- Tons Relativos- Acorde- Arpejo- TetracordeArmadura das Escalas- Campo Harmônico Tríade e TétradeTransporte, transportação ou transposição- AndamentosUníssono- Teoria Musical - - - - - - - 9 9 10 10 11 11 12 13 13 a 15 16 a 19 20 a 21 22 22 23 a 24 25 26 26 27 28 28 29 30 31 32 a 35 36 a 38 39 39 40 40 41 42 43 44 46 47 48 49 a 50 51 52 53 53 53 54 a 55 56 a 57 58 a 59 60 a 61 62 63 Página 6 Compasso MistoCompasso compostoQuiálterasMatizes-ExpressõesEscala PentatônicaEscala de tons Inteiros- Abreviaturas, termos especiais e sinaisAcordesAcordes invertidosOrnamentosTrilo ou trinado- MordenteGrupettoAppoggiatura- AcciaccaturaA fermataLegato- Tons Visinhos- Tons afastados- Movimento das vozes, duplicação de terças e posição das notas em relação ao sopranoReferências Bibliográficas- Teoria Musical - 63 64 a 65 66 a 68 69 70 71 71 72 a 74 75 76 77 77 77 78 78 79 79 80 81 81 82 a 83 84 Página 7 Capítulo 1 Conhecendo o som e suas Propriedades Teoria Musical Página 8 O Som: O som é produzido quando criarmos algum tipo de mecanismo que altere a pressão do ar em nossa volta. É um efeito audível produzido por corpos que vibram ou por coluna de ar. O Som se divide em três partes: a) b) c) d) Altura: É a propriedade de o som ser grave, médio ou agudo. Intensidade: É a propriedade de o som ser fraco ou forte. Timbre: É a qualidade do som que nos permite conhecer sua origem. Duração: Representa o tempo que o som dura Grave Agudo Música: Música é a arte dos sons. E é formada por melodia, harmonia e ritmo. a) Melodia: É a execução de sons sucessivos formando sentido musical. b) Harmonia: É a execução dos sons simultâneos. c) Ritmo: É o movimento dos sons com duração e acentuação dos sons e das pausas. Notação Musical: são os sinais que representam a escrita musical, tais como: pauta, claves, notas, cifras etc. A escrita da música, dar-se o nome de notação musical. Teoria Musical Página 9 Questionário 1 1. O que é o som? 2. O que é timbre? 3. O que é ritmo? 4. O que é altura? 5. Como o som pode ser produzido? 6. O que é altura? 7. O que é Intensidade? 8. O que é Melodia? Teoria Musical Página 10 Cifra: Cifras são símbolos criados para representar de forma prática os acordes. A cifra é composta de letras, números, sinais e alterações. a) As letras: São as sete primeiras do alfabeto. A - LÁ B - SI C - DÓ D - RÉ E - MI F - FÁ G - SOL b) Números: Os números que aparecem ao lado da cifra, representam os intervalos (distância) em relação à nota fundamental. Ex: C6 (o número 6 representa a sexta nota da escala que foi somada ao acorde tríade) de dó maior. Os números frequentemente usados são: 4 (quarta) 6 (sexta) 7 (sétima) 9 (nona) 11 ( décima primeira) 13 (décima terceira) c) Sinais e Alterações: Os sinais são aplicados ás vezes com as alterações ou separadamente, dependendo do acorde. Os sinais são: + ou M (maior) - ou m (menor) o diminuto Alterações são: # (sustenido) b (bemol) Teoria Musical Página 11 Identificando os acordes 1. G7 2. G6 3. Gm7 4. G4 5. G7(11) 6. G7/9 7. G7(#9) 8. G7(b9) 9. G7(b5) 10. Gm7(b5) 11. Go 12. G7(13) 13. G7(b13) 14. G7(#5) 15. G7M 16. Gm7M 17. G7M(#5) 18. Gm7(9) 19. Gbm7 20. Gb6 21. G#7 22. Gbm7(b5) Teoria Musical Página 12 Escala: As notas são sete (7): dó- ré- mi- fá- sol- lá- si. Essas notas ouvidas sucessivamente formam uma série de sons á qual se dá o nome de escala. Escala maior: A escala maior é formada por sete notas. Quando a escala segue sua ordem natural temos uma escala Ascendente. Seguindo a ordem inversa a escala é descendente. A escala estará completa se for terminada a série ascendente ou iniciada a descendente com a nota dó. Ex: Teoria Musical Página 13 Questionário 2 1. Para que serve a cifra? 2. O que é harmonia? 3. O que é escala? 4. Escreva a escala diatônica Descendente. 5. Quais são as propriedades físicas dos sons? 6. Em quantas partes se divide a música? Teoria Musical Página 14 Pauta: Pentagrama ou pauta musical é um conjunto de (5) cinco linhas horizontais paralelas equidistantes formando entre si 4 (quatro) espaços. A pauta não é suficiente para se anotar todas as notas. Usam-se linhas suplementares superiores e inferiores para anotar as notas mais graves (linhas abaixo da pauta) e notas mais agudas (linhas acima da pauta). Teoria Musical Página 15 Clave: É um sinal usado no início da pauta determinar o nome e a altura das notas. São três tipos de clave: sol, fá e dó. a) Clave de Sol: Determina o local da nota sol anotada na segunda linha. b) Clave de Fá: Determina o local da nota fá, anotada na terceira e quarta linhas. c) Clave de Dó: Determina o local da nota dó anotada na primeira, segunda, terceira e quarta linhas. A clave de sol é utilizada para os sons agudos. A clave de fá para os sons graves. E a clave de dó pra sons médios. Atualmente a clave de fá escrita na 3ª linha, e a clave de dó escrita na primeira linha não se usa mais. As claves mais usadas são: sol na 2ª linha, fá na 4ª linha e dó na 3ª linha. Instrumentos agudos: violino, flauta, trompete, oboé, violão, guitarra, cavaquinho, clarinete, bandolim. Instrumentos graves: contra-baixo, trombone, violon-cello, fagote, e tuba. Instrumentos Médios: Viola. Obs: apesar de o violão ter um som médio, ele é escrito na lave de sol, pelo fato de sua escrita ser anotada uma oitava acima do som real. Teoria Musical Página 16 Nome das notas anotadas na clave sol Teoria Musical Página 17 Extensão ou tessitura: É a gama de notas que um instrumento ou voz pode emitir, desde o mais grave até o mais agudo. A extensão do violão compreende um pouco mais de três oitavas e meia, isto é, vai do Mi bordão (6ª corda solta) ao Si da primeira corda na décima oitava casa, ou mais. Teoria Musical Página 18 Questionário 3 1. O que pauta? 2. O que é clave? 3. O que figuras de som? 4. Quantas são as linhas suplementares? 5. Como são contadas as linhas suplementares superiores? 6. Como são contadas as linhas suplementares inferiores? 7. Quantas são as figuras de som? 8. Para que serve as linhas suplementares? 9. O que são pausas? 10. Em que linha é escrita a clave de sol? 11. Em que linha é escrita a clave de fá? 12. Em que linhas é escrita a clave de dó? Teoria Musical Página 19 Escreva o nome das notas utilizando a cifra. Teoria Musical Página 20 Teoria Musical Página 21 Teoria Musical Página 22 Teoria Musical Página 23 Teoria Musical Página 24 Teoria Musical Página 25 Teoria Musical Página 26 Teoria Musical Página 27 Teoria Musical Página 28 Teoria Musical Página 29 Teoria Musical Página 30 Teoria Musical Página 31 Alterações, tom e semitons: semitom ou meio tom é a menor distância (intervalo) adotado na música ocidental. Baseado nos cálculos físicos (sistema natural) existe semitons maiores e menores. No sistema temperado essa diferença entre semitons foi abolida, permanecendo a igualdade entre os semitons (todos os semitons são iguais). Instrumentos de sons temperados: instrumentos de som fixo como piano, órgão, violão, guitarra. Instrumentos de sons não temperados: instrumentos que não possuem som fixo, como violoncelo, baixo acústico, violino. Semitom ou meio tom (st) é a distância entre duas notas vizinhas. (menor distância entre dois sons de igual temperamento). (t) Tom é a distância entre duas notas separadas por uma única nota. (é a soma de dois semitons) Alteração ou acidente É o sinal que se coloca antes a nota e que modifica sua altura. Os sinais de alteração são: a) Sustenido Eleva a altura da nota em meio grau ou um (1) semitom. b) Bemol Abaixa a altura da nota em meio grau ou um (1) semitom c) Dobrado Sustenido Eleva a altura da nota em 1 grau ou um (1) tom. Teoria Musical Página 32 d) Dobrado bemol Abaixa a altura da nota em 1 grau ou um (1) tom. e) Bequadro Anula o efeito da alteração Teoria Musical Página 33 Figuras de som e pausas: Os sons musicais têm duração diferente. E para anotar as várias durações dos sons foram criadas as figuras gráficas de notação musical. São sete as figuras de som: Ex: 01 Ex: 02 Obs: traço que substitui os colchetes das figuras de som. Teoria Musical Página 34 Valor Proporcional Teoria Musical Página 35 Compasso: Divisão de um trecho musical em pequenas partes de duração com séries regulares de tempo. Ex: Compasso Simples: É quando a unidade de tempo é divisível por dois, quatro, oito etc. Valores iguais. Ex: Em qualquer compasso, a figura que preenche um tempo chama-se UNIDADE DE TEMPO; E a figura que preenche um compasso chama-se UNIDADE DE COMPASSO. OS COMPASSOS SE DIVIDEM EM DUAS CATEGORIAS: SIMPLES e COMPOSTOS. São representados por uma fração ordinária colocada no princípio da pauta, depois da clave. Teoria Musical Página 36 COMPASSOS SIMPLES São aqueles cuja unidade de tempo é representada por uma figura DIVISÍVEL POR DOIS. Tais figuras são chamadas SIMPLES, isto é, são figuras não pontuadas. Vejamos por exemplo, um compasso qualquer (BINÁRIO, TERNÁRIO OU QUATERNÁRIO) no qual a unidade de tempo seja a semínima ou a colcheia. A semínima vale duas colcheias e a colcheia vale duas semicolcheias, logo ambas são divisíveis por dois; por conseguinte os compassos que tiverem a semínima ou a colcheia como unidade de tempo serão SIMPLES. Analisemos os termos das frações que representam os COMPASSOS SIMPLES. O NUMERADOR determina o número de tempos do compasso. Os algarismos que servem para numerador dos compassos simples são: 2 para o BINÁRIO , 3 para o TERNÁRIO e 4 para QUATERNÁRIO O DENOMINADOR Indica a figura que representa a unidade de tempo. Os números que servem como denominador são os seguintes: 1 - Representando a semibreve (considerada como a unidade) 2 - Representando a mínima (metade da semibreve) 4 - Representando a semínima (4ª parte da semibreve) 8 - Representando a colcheia (8ª parte da semibreve) 16 - Representando a semicolcheia (16ª parte da semibreve) 32 - Representando a fuza ( 32ª parte da semibreve) 64 - Representando a semifuza (64ª parte da semibreve). Teoria Musical Página 37 Teoria Musical Página 38 Questionário 4 1. O que é compasso? 2. O que é compasso simples? 3. Quais são os tipos de compassos simples? 4. O que é valor proporcional? 5. O que são alterações? 6. Quais e quantas são as alterações? 7. O que é sustenido, qual é a sua função? 8. Qual é a função do bequadro? 9. O que é bemol? 10. Qual é a função do dobrado sustenido e dobrado bemol? Teoria Musical Página 39 Marcando um Compasso: é indicar a divisão dos tempos por meios de movimentos, geralmente com as mãos. Teoria Musical Página 40 Ponto de Aumento / Ligadura: A ligadura é uma linha curva unindo duas ou mais notas estendendo seu valor. O ponto de aumento é colocado ao lado direito aumentando a metade do valor da figura. Ex: Teoria Musical Página 41 Tempos fortes e fracos, síncope, contratempo e anacruse: Os tempos dos compassos possuem diversas acentuações, isto é, umas fortes outras fracas. É através das acentuações que reconhecemos se o compasso é binário, ternário ou quaternário. Compasso binário 1º forte, 2º fraco Compasso ternário 1º forte, 2º fraco, 3º fraco Compasso ternário 1º forte, 2º fraco, 3º meio-forte, 4º fraco Exemplos 01 Exemplo 02 Teoria Musical Página 42 Síncope: se uma nota é executada, ou parte fraca for prolongada ao tempo forte, ou parte forte ao tempo seguinte teremos uma Síncope. Em música, síncope é uma característica rítmica caracterizada pela execução de uma nota tocada em um tempo fraco que se prolonga até o tempo forte do compasso, criando um deslocamento da acentuação rítmica. Muitas vezes nas músicas temos um efeito de deslocamento natural da acentuação, ou seja, o tempo forte, primeiro tempo do compasso, é preenchido por pausa (silêncio) ou então temos um prolongamento do som anterior. Convém lembrar que todo tempo tem uma parte forte e outra fraca. A parte forte de um tempo é exatamente o momento em que a marcação do tempo é feita. O resto da duração do tempo constitui a parte fraca. Portanto, este deslocamento pode ser feito em qualquer um dos tempos do compasso. Esse deslocamento rítmico pode tomar duas formas principais: Ex: Teoria Musical Página 43 Contratempo: quando a nota soa em tempo fraco, ou parte fraca de tempo, sendo antecedida, isto é, tendo no tempo forte ou na parte forte do tempo, uma pausa. Ex: Teoria Musical Página 44 Intervalo tom e semitom: Mais conhecida como escala cromática. São 12 (doze) notas separadas por intervalos de semitom. a) Semitom Menor distância (intervalo) entre dois sons. b) Intervalo É à distância (diferença de altura) entre dois sons. c) Tom São dois semitons. Escala Cromática Enarmonia: É quando se tem nomes diferentes para um mesmo som. Teoria Musical Página 45 Escala de Dó Maior: A escala de Do Maior é modelo das escalas do MODO MAIOR. Convém lembrar que nesta escala os intervalos de semitom são encontrados do III grau para o IV e do VII para o VIII. E assim pelo mesmo sistema, encontraremos as demais escalas maiores. Formadas com. Convém notar também que essas escalas são reproduzidas por 5ªs justas ascendentes, a partir da escala de Do Maior. DO MAIOR - - - - - Escala modelo SOL MAIOR - - - - ( Com 1 # - Fá ) RÉ MAIOR - - - - - ( Com 2 # - Fa-Do ) LA MAIOR - - - - - ( Com 3 # - Fa-Do-Sol ) MI MAIOR - - - - - ( Com 4 # - Fa-Do-Sol-Re ) SI MAIOR - - - - - ( Com 5 # - Fa-Do-Sol-Re-La ) FA# MAIOR - - - ( Com 6 # - Fa-Do-Sol-Re-La-Mi ) DO# MAIOR - - - ( Com 7 # - Fa-Do-Sol-Re-La-Mi-Si ). Seguindo o mesmo sistema encontraremos as demais escalas maiores formadas com Bemol. Essas escalas são encontradas por 5ªs justas descendentes. DO MAIOR - - - - - Escala Modelo FA MAIOR - - - - - ( Com 1 - b - SI ) SIb MAIOR - - - - - ( Com 2 - b - SI-MI ) Mib MAIOR - - - - - ( Com 3 - b - SI-MI-LA ) LAb MAIOR - - - - - ( Com 4 - b - SI-MI-LA-RE ) REb MAIOR - - - - - ( Com 5 - b - SI-MI-LA-RE-SOL ) SOLb MAIOR - - - - ( Com 6 - b - SI-MI-LA-RE-SOL-DO ) DO b MAIOR - - - - ( Com 7 - b – SI -MI-LA-RE-SOL-DO-FA ). Teoria Musical Página 46 ANDAMENTOS É o movimento rápido ou lento dos sons, guardando sempre a precisão dos tempos do compasso. Conforme a movimentação, mais ou menos rápida, consideram-se três tipos de andamentos: LENTOS, MODERADOS E RÁPIDOS. Os andamentos são indicados através de palavras (geralmente italianas). AS PALAVRAS MAIS USADAS SÃO: ANDAMENTOS LENTOS: LARGO – O mais lento LARGHETTO – Um pouco menos lento LENTO – Lento ADÁGIO – Um pouco mais movido que o precedente 25 ANDAMENTOS MODERADOS: ANDANTE – Mais movido que o adágio ANDANTINO – Pouco mais rápido que o anterior MODERATO – Moderado ALLEGRETTO – Mais rápido que o moderato. ANDAMENTOS RÁPIDOS ALLEGRO – Rápido VIVACE – Ainda mais rápido VIVO – Bastante movido PRESTO – Muito rápido PRESTÍSSIMO – O mais rápido de todos METRÔNOMO Para determinar com absoluta certeza a duração exata do tempo, os compositores e executantes usam um aparelho denominado METRÔNOMO. As oscilações geradas pelo METRÔNOMO devem ser contadas por minuto e são isócronas. SINAIS DE INTENSIDADE A INTENSIDADE do som, isto é, a variação dos sons FORTES e FRACOS constitui o colorido da MÚSICA. Indica-se a intensidade dos sons, quase sempre, por palavras italianas (muitas vezes abreviadas) e também por sinais gráficos convencionados. Eis as palavras mais usadas (com as respectivas abreviaturas) 26 PIANO – ( p ) suave PIANÍSSIMO – ( pp ) fraquíssimo FORTE – ( f ) MEZZO-FORTE ( mf ) meio forte Teoria Musical Página 47 MEZZO-PIANO ( mp ) meio suave MORRENDO – desaparecendo o som DIMINUINDO - ( DIM ) SMORZANDO – (SMORZ ) Extinguindo o som RINFORZANDO – (RINF) reforçando o som CRESCENDO – (CRESC) etc... O crescendo também é indicado pelo sinal < e o diminuindo pelo sinal >. Para acentuar o som de uma determinada nota coloca-se sobre a mesma o sinal ^, > ou - .Para sustentar o som de uma nota coloca-se sobre ela a abreviatura: Ten. ou - (De tenuta). Teoria Musical Página 48 LINHA DE OITAVA: A linha de oitava (8ª ........), quando colocada acima ou abaixo de uma nota ou de um grupo de notas, indica que as mesmas devem ser executadas respectivamente uma oitava acima ou abaixo. LEGATTO E STACCATTO: O LEGATTO e o ESTACCATTO são sinais que determinam a articulação dos sons. ARTICULAÇÃO é o modo de atacar os sons. O legato, palavra italiana cuja significação é LIGADO. Determina que se passe de uma nota para outra ( tocando ou cantando ) sem interrupção do som. O Staccato, palavra italiana, significa DESTACADO. Indica que os sons devem ser articulados de modo seco. Teoria Musical Página 49 ORNAMENTO (em Arte) – é o desenho acrescentado à obra principal com fins decorativos.ORNAMENTOS (em Música) – notas ou grupos de notas acrescentadas auma melodia. Sua finalidade é adornar as notas reais da melodia. NOTAS REAIS são todas aquelas que fazem parte integrante da melodia. Desenhos musicais que enfeitam ou embelezam uma melodia ou acorde. ORNAMENTOS INTEIRAMENTE IMPROVISADOS – Sem nenhuma indicação no texto. ORNAMENTOS INDICADOS NA PARTITURA – Com sinais gráficos. ORNAMENTOS GRAFADOS DETALHADAMENTE – Com notas exatas. Teoria Musical Página 50 Classificação de Intervalos: Intervalo é a distância entre dois sons. Agora iremos classificar os intervalos. Cada nota possui uma distância entre outra nota. Essa distância classificada como intervalo. O intervalo como já foi falado, pode ser maior, menor, aumentado ou diminuto. Ex: Intervalos aumentados Teoria Musical Página 51 Intervalos menores e diminutos Intervalos enarmônicos Ex: Teoria Musical Página 52 Quadro de intervalos Ex: Teoria Musical Página 53 Formação das tríades: Para se formar um acorde so necessárias de três ou mais notas. Quando um acorde é formado por três notas é chamado de tríade., por quatro notas tétrade e por mais de quatro tétrade com nota acrescentada. a) A tríade maior é formada pela (1) tônica, terça maior (3M) e quinta justa (5j). Caracterizada pela super posição de uma terça maior e uma terça menor. Veja o exemplo: b) A tríade menor é formada pela tônica (1) terça menor (3m) e quinta justa ( 5j) caracterizada pela super posição de uma terça menor e uma terça maior. Veja o exemplo: Teoria Musical Página 54 c) A tríade aumentada é formada pela tônica (1) terça maior (3M) e quinta aumentada (#5) caracterizada pela super posição de duas terças maiores. Veja o exemplo: d) A tríade diminuta é formada pela tônica (1) terça menor (3m) e quinta diminuta (b5) caracterizada pela super posição de duas terças menores. Veja o exemplo: Teoria Musical Página 55 Tabela de Tríades Teoria Musical Página 56 Ordem direta e Indireta dos Acordes: De acordo com a disposição das notas, em um acorde podemos ter uma ordem direta e indireta. a) Ordem Direta: quando as disposições das notas seguem a ordem natural da escala. Ex: a) Ordem Indireta: quando as disposições das notas não seguem a ordem natural da escala. Ex: Teoria Musical Página 57 Acordes invertidos: Existem três tipos de inversões. A primeira inversão e quando a terça vai para o baixo. A segunda inversão é quando a quinta vai para o baixo e a terceira inversão é quando a sétima vai para o baixo passando a ser a nota mais grave do acorde. A proposta deste capítulo é revisar o capítulo de nº. 28 do básico 1 e esmiuçar ainda mais um assunto muito amplo. Exemplo: a) Tonalidade maior b) Tonalidade menor Teoria Musical Página 58 Posição Unida e Afastada: Os acordes podem estar na posição unida ou afastada. a) Posição Unida: quando as notas do acorde são uma próxima da outra. Ex: b) Posição Afastada: quando as notas do acorde são uma distante da outra. Ex: c) Ordem Direta e Posição Afastada: quando as notas do acorde são uma distante da outra. Ex: Teoria Musical Página 59 Campo Harmônico Tríade: Campo Harmônico é um conjunto de acordes que forma uma harmonia. Esses acordes são extraídos de uma só escala estrutural, geralmente a escala jônica ou maior. Também pode ser chamado de estrutura tonal visto que o desenvolvimento da harmonia está inteiramente ligada a tonalidade. As melodias geralmente são feitas dentro de um contexto em que existe um Centro Tonal indicando uma harmonia e uma escala. Ex: Função Tonal: O termo "função tonal", normalmente associado com o sentido de "função harmônica", está longe de ser definido de forma clara e definitiva. Seu uso tem sido vago à medida que foi ganhando uma maior frequência. Basicamente, função significa sentido harmônico ou ação (1), dois termos que têm apresentado um uso variado. Por exemplo, sentido harmônico ou função tonal, pode significar o uso de um grau da escala e suas variações, servindo como a fundamental de uma gama variada de acordes (2); ou pode significar a tendência de um acorde em se dirigir a outro (3); ou ainda pode ser associado às tendências de notas individuais de um acorde. a) Tônica Esta função tem um sentido de conclusão, repouso. Na maioria das vezes finaliza uma música. O acorde principal desta função é o I grau da escala diatônica. b) Subdominante É uma função de sentido meio suspensivo, menos instável. Apresenta-se de forma intermediária as funções Tônica e Dominante. O acorde principal da função subdominante é o IV grau da escala diatônica. c) Dominante É uma função instável, provoca sensação de suspense, tenso. Pede resolução na função tônica. O acorde principal da função Dominante é o V grau da escala diatônica. Teoria Musical Página 60 Ciclo natural da Função Tonal. Movimento Geral O movimento da função tonal está representado no circulo abaixo. O movimento natural é: Tônica, segue para subdominante, dominante e resolve na Tônica. Ex: Teoria Musical Página 61 Qualidade funcional dos acordes: Cada um dos acordes correspondentes aos graus tem a sua qualidade funcional, podendo ser qualificados de forte, meio-forte e fraco. Os acordes de função principal, isto é, formados sobre os graus: I IV e V são os fortes; os de II e VII graus (substitutos do IV e V, respectivamente), são meio-fortes; e os de III e VI graus (substitutos do I grau), são os fracos. No quadro abaixo mostra-se os graus de função principal e os substitutos, que se aplicam às tonalidades maiores e menores. Ex: Tabela /Livro Harmonia e Improvisação/Almir Chediack Teoria Musical Página 62 Tons Relativos: A escala maior e a escala menor são formadas pelas mesmas notas. A partir do VI grau da escala maior encontramos uma tonalidade menor. A partir do bIII da escala Menor Natural temos uma Escala Maior (diatônica). As escalas relativas possuem a mesma quantidade de alterações. Exemplo: Acordes Tétrades: Os acordes tétrades, são formados por (4) notas. Assim como a tríade, o acorde tétrade é formado por terças sobre postas. Ex: Teoria Musical Página 63 Acordes: um acorde pode 3 sons, 4 sons ou mais sons. Tríades/ Acorde de 3 sons Tétrade/ Acorde de 4 sons Tétrade com nota acrescentada/ Acorde de 5 sons Teoria Musical Página 64 a) Escala Maior A escala maior é formada por (8) notas. Possui 5 tons e 2 semitons. Ex: b) Escala Menor Natural A escala menor é uma escala diatônica cujo terceiro grau (chamado mediante) está a um intervalo de terça menor (um tom e meio) acima da tônica. Em relação a escala diatônica (maior) a menor natural sofre 3 alterações. São abaixados 1 semitom da terça, sexta e sétima. III, VI, VII (maior) bIII, bVI e bVII (menor natural). Ex: Teoria Musical Página 65 c) Escala Menor Harmônica A escala Menor Harmônica, na música, é uma escala musical com 7 notas e possui uma sonoridade árabe. A escala menor harmônica pode ser considerada como uma escala derivada da escala menor (natural). Para formá-la basta trocar o grau da sétima menor (b7) pela sétima maior (7+).Em relação a escala maior são abaixados 1 semitom da terça e sexta. III, VI (maior) bIII e bVI (menor harmônica). Ex: d) Escala Menor melódica Na escala menor melódica, além do 7º grau elevado em um semitom, a escala também eleva seu 6º grau em um semitom. Essa alteração é para facilitar o movimento melódico gerado entre o 6º e 7º graus da escala menor harmônica de 2ª aumentada. Sua forma é em relação a escala maior é apenas uma alteração. É abaixado 1 semitom da terça. III (maior) bIII (menor melódica). Ex: Teoria Musical Página 66 Campo Harmônico Maior Campo Harmônico Menor Natural Campo Harmônico Menor Harmônico Campo Harmônico Menor Melódico Teoria Musical Página 67 Graus Modais: estão localizados no 3º, 6º e 7º graus. É necessário que a escala esteja sempre paralela. Dó maior e dó menor, ou ré maior e ré menor. Ex: a) Atonalidade: negação da tonalidade. Sistema harmônico que foge ao princípio da tonalidade central. b) Politonalidades: processo harmônico que consiste na sobreposição, ou simultaneidades de melodias, ou acorde pertencentes a tonalidades diferentes. c) Bitonalidade: simultaneidade de duas tonalidades diferentes. Teoria Musical Página 68 Uníssono: A palavra uníssono significa o mesmo som. Chama-se cantar ou tocar em uníssono, quando dois ou mais instrumentos, ou duas ou mais vozes cantam a mesma melodia. Um par de tons em uníssono pode ter diferentes "cores" (timbres), isto é, vir de diferentes instrumentos ou vozes humanas. Em uníssono pode existir várias vozes mesmo em oitavas diferentes. Ex: Compasso Misto: Compasso misto é a reunião de dois compassos diferentes executados ao mesmo tempo. Se somarmos um compasso 2/4 a um 3/4 teremos um compasso misto 5/4, que teria o primeiro tempo forte, o segundo o quarto e o quinto fracos e o terceiro (onde se iniciaria o 3/4) semiforte. Esse mesmo compasso (5/4) poderia ter o quarto tempo semiforte, ao invés do terceiro. o que indicaria que o primeiro compasso da soma seria o 3/4 e o segundo o 2/4. Ex: Teoria Musical Página 69 Compasso composto: Compasso composto é aquele em que cada unidade de tempo é subdividida em três notas, cuja duração é definida pelo denominador da fórmula de compasso. Por exemplo, no compasso 6/8, o denominador indica que uma semibreve foi dividida em 8 partes (em colcheias) e o numerador indica quantas figuras preenchem o compasso, ou seja, o compasso é formado por 6 colcheias. No entanto a métrica deste compasso pode ser binária, ou seja, dois pulsos por compasso. Por isso cada unidade de tempo não é uma colcheia, mas sim um grupo de três colcheias (ou uma semínima pontuada). Como cada pulso é composto de três notas, esse compasso é definido como composto. Obtém-se um compasso composto multiplicando um compasso simples pela fracção de 3/2 por exemplo: o compasso 2/4 é binário simples,(2/4)*(3/2)=6/8 que corresponde a um binário composto. 3/4 é ternário simples, (3/4)* (3/2) = 9/8 que corresponde a um ternário composto 4/4 é quaternário simples, (4/4)*(3/2)= 12/8 que corresponde a um quaternário composto. Ex: Teoria Musical Página 70 Teoria Musical Página 71 Quiálteras: são três figuras que equivalem por duas da mesma espécie. Ou seja, a quiáltera é formada por três colcheias que valem um tempo, que por sua vez, também valem duas colcheias porque também na soma dá um tempo. Conclui-se que a quiáltera é uma exceção porque se somarmos três colcheias sem indicação de quiáltera, elas darão um temo e meio e com a quiáltera, apenas um tempo. “Três colcheias = duas colcheias = uma semínima”. As quiálteras podem ser aumentativas regulares ou irregulares ou podem ser diminutivas. Ex: 01 quiálteras ou tercinas Ex: 02 aumentativas/ aumenta o número de figuras Ex: 03 diminutivas/ diminui o número de figuras Teoria Musical Página 72 Ex: 04 regular/ formada por valores iguais Ex: 05irregular/ formada por valores diferentes Ex: 05 sincopada/ formada por síncope Maneiras de maração de quiálteras Teoria Musical Página 73 Teoria Musical Página 74 Referências Bibliográficas CHEDIAK, Almir Harmonia e Improvisação I, Luminar Editora 1º volume. CHEDIAK, Almir Harmonia e Improvisação II, Luminar Editora 1º volume. FARIA, Nelson A Arte da Improvisação, Luminar Editora 1º volume. MASCARENHAS, Mário 120 Músicas favoritas para Piano, Irmãos Vitale 1º Volume BOSSA NOVA, SongBook ,Copyright by WANER/CHAPPELL ESDIÇES MUSICAIS LTDA. MATTOS PRIOLLI, Maria Luisa de Princípios Básicos da Música para a Juventude 1º Volume CASA OLIVEIRA DE MÚSICAS LTDA. MATTOS PRIOLLI, Maria Luisa de Princípios Básicos da Música para a Juventude 2º Volume CASA OLIVEIRA DE MÚSICAS LTDA. P.BONA edição revisada e ampliada Irmãos Vitale - editores Brasil CANDÉ, Roland de (2001). História Universal da música. 2 volumes. São Paulo: Martins Fontes. ISBN 8533615000 CARPEAUX, Otto Maria (2001). Livro de Ouro da História da música (Edição revisada e ampliada de "Uma nova história da música"). Rio de Janeiro: Ediouro. ISBN 8500008776 NETTL, Bruno (1956). Music in Primitive Culture. Harvard University Press. WELLESZ, Egon, ed. (1957). New Oxford History of Music, Vol. 1: Ancient and Oriental Music. WISNIK, José Miguel (1999). O Som e o Sentido. São Paulo: Cia das Letras. ISBN 8571640424 MED Bohumil, 3ª Edição, Teoria da Música Teoria Musical Página 75 Cia dos Músicos M.E CNPJ: 13.395.033/0001/13 Tel: 2413-1875 www.ciadosmusicos.com.br [email protected] Teoria Musical Página 76