Discussão sobre a Utilização do Marketing na Profissão

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Discussão sobre a utilização do marketing na profissão contábil
Marco Antônio de Oliveira1
Elias Garcia2
Osmarina Pedro Garcia Garcia3
Resumo:
O mercado de trabalho é mutante e a concorrência cada vez mais acirrada. Neste cenário, um
aspecto muito importante a considerar é o marketing pessoal. As regras básicas a serem
seguidas são as mesmas do marketing empresarial: conhecer bem o produto e seus
diferenciais competitivos; saber o que quer o cliente; planejar a campanha e divulgar o que
tem de melhor. Na vida profissional, isso significa buscar o autoconhecimento, identificar as
áreas de excelência, pesquisar o mercado, manter-se atualizado, desenvolver novas
habilidades, cultivar a rede de relacionamentos e manter-se visível. Este estudo visou discutir
a aplicação de técnicas de marketing pelo profissional da contabilidade. Foi realizada uma
revisão bibliográfica buscando levantar o referencial teórico da área e como se aplicar na vida
do contador. Na seqüência foi feito um estudo de caso em uma grande empresa pública entre
os profissionais da área contábil para saber se a teoria analisada pode ser aplicada à prática
contábil. Metodologicamente, o estudo compreende uma pesquisa descritiva com aplicação de
estudo de caso.
Palavra-chave: Marketing; profissão contábil; marketing pessoal.
Área Temática: Contabilidade Geral
1. Introdução
No mundo empresarial, é notório as pessoas serem melhor percebidas se estiverem
alinhadas na sua forma de vestir, se souberem se comunicar de forma culta, se portarem-se
fisicamente de forma saudável e, acima de tudo, se mostrarem-se seguras.
A afirmação “quero ser promovido pelo meu desempenho, não pela maneira
como me apresento” exemplifica um julgamento errado de como o mundo
funciona. No primeiro encontro, as pessoas têm pouco em que se basear,
exceto sua aparência e atitude (DAVIDSON, 1999, p. 51).
O contador está inserido num nicho de mercado de serviços que, conforme publicação
do IBGE (www.ibge.gov.br), o Brasil, é responsável por 58% do PIB nacional e tende a
aumentar, acompanhando as maiores economias e a própria expansão do conhecimento. Tem
conquistado posições relevantes em todas as camadas sociais e profissionais e, portanto
precisa atentar-se para a necessidade do marketing pessoal na sua relação profissional e nos
serviços que dispõem à sociedade.
Serviços são “produtos” intangíveis. Cada vez está mais difícil verificar a
diferenciação entre um produto e outro, pois são muito parecidos, similares com processos de
produção idênticos e com custos cada vez mais comprimidos, não permitindo assim o
diferencial de valor. Tornaram-se uma espécie de “commodities”. Neste cenário, entra então o
serviço como diferencial para agregar valor ao produto e para fidelizar o cliente. Para
1
Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Controladoria e Gestão de Negócios - Unioeste
Professor doutor dos cursos de graduação e pós-graduação da Unioeste.
3
Professora do Curso de Ciências Contábeis da Univel.
2
Kahtalian (2002, p. 20), “Serviço é um desempenho essencialmente intangível, que não
resulta na propriedade de algo. O serviço pode ou não estar ligado a um produto físico”.
Felizmente, o serviço admite diferenciação, personalização e customização,
permitindo tornar o prestador de serviço – que quer se destacar – a ser competitivo e chamar a
atenção para o seu negócio.
Diante desse contexto é que surgiu a motivação para a realização desse estudo, que
tem como objetivo analisar a utilização de técnicas de marketing pelo profissional de
contabilidade. O estudo foi desenvolvido utilizando-se da pesquisa descritiva com o estudo de
um caso em uma empresa pública nacional, aplicada em uma sede regional de Curitiba PR.
2. Classificação de serviços
Recentemente, no ano de 2007, foi promulgada a Lei 11.638/07 que alterou a lei
6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas) e introduziu alguns novos dispositivos a serem
cumpridos pelos contadores. Uma das mudanças substanciais impostas pelo texto na
legislação já existente foi a criação de dois novos grupos de contas no plano de contas
contábil, conforme o art. 178 da lei 11.638/07. Incluiu-se a conta de “bens intangíveis” no
ativo permanente e a conta “ajustes de avaliação patrimonial” no patrimônio líquido.
Segundo Neves e Viceconti (2008, p. 5):
A conta de bens intangíveis são bens que não possuem existência física,
porém representam uma aplicação de capital indispensável aos objetivos da
empresa como direitos sobre marcas e patentes, ponto comercial e fundo de
comércio.
Após as alterações, os valores do ativo permanente ficaram divididos nos subgrupos
investimento, imobilizado, intangível e ativo diferido.
Considerando a natureza das contas do subgrupo intangível, no grupo ativo
permanente, seria perfeitamente coerente ser grafada uma conta com o título “imagem
profissional dos sócios, colaboradores e representantes”, pois se quantificada, esta conta,
representaria boa parte do saldo credor na Demonstração de Resultado do Exercício da
instituição.
Independentemente de ser quantificada nas demonstrações financeiras, a imagem
profissional ou o marketing pessoal, se adotado de maneira coerente e equilibrado, poderá
agregar muito valor ao negócio do contador ou de qualquer outro profissional empregado ou
liberal que queira deixar evidente a sua marca, seus serviços e sua competência.
Utilizando as técnicas do marketing tradicional e se valendo das ferramentas desse
marketing adotado às atitudes da pessoa, o sucesso será evidente.
3. A importância da contabilidade
A contabilidade é uma ciência antiga, onde homens primitivos na sua forma mais
rústica de se fazer levantamentos e contagens, sem saber esta definição, já a utilizavam na
prática.
A contabilidade é utilizada desde que o ser humano começou a fazer parte da
Terra. E através dos tempos, foram formados diversos conceitos de
contabilidade, elaborados conforme a exigência da situação que se dá de
acordo com a evolução do conhecimento (STRASSBURG, 2004, p. 29).
Já nos escritos bíblicos, pode-se perceber a prática da contabilidade pelos patriarcas da
civilização cristã a cerca de quatro milênios da presente era. O livro de Números, na Bíblia
Sagrada, escrito aproximadamente no ano de 1.490 a.C. pelo patriarca Moisés, é comumente
aceito como o “livro dos censos de Israel”. Nele há registros de vários censos ordenados por
Deus a Moisés. No capítulo primeiro desse livro, versículo dois e três há o seguinte registro:
Versículo 2. Fazei um recenseamento de toda a congregação dos filhos de
Israel, segundo as suas gerações, segundo a casa de seus pais, contando
todos os homens por nome, um a um. Versículo 3. Todos os maiores de vinte
anos, capazes de sair à guerra em Israel, a estes, tu e Arão contareis segundo
os seus exércitos.
Nota-se, portanto, a solidez e a importância de levantamentos, contagens, censos,
classificação e outras formas de controles nas riquezas e patrimônio dos que detém as posses.
Desde os primórdios, tempos em que ainda não se teorizava sobre a ciência contábil,
até os dias atuais, a contabilidade se destaca dentre outros igualmente importantes ramos de
negócios ou ofício dando a sua parcela de contribuição na parte que lhe cabe.
Franco (2004 apud STRASSBURG 1997, p. 21) conceitua:
A Contabilidade é uma ciência que estuda os fenômenos ocorridos no
patrimônio das entidades, mediante o registro, a classificação, a
demonstração expositiva, a análise e a interpretação desses fatos, com o fim
de oferecer informações e orientação – necessárias à tomada de decisões –
sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico
decorrente da gestão da riqueza patrimonial.
Eis a missão da ciência da contabilidade: estudar os atos e fatos ocorridos na rotina
empresarial, interpretando-os aos demais profissionais leigos na matéria a fim de que os
tomadores dessas informações, diante dos demonstrativos contábeis, se projetem aprimorando
a atividade econômica da organização.
Como toda ciência, a contábil mantém uma relação de interdependência com outras
disciplinas, pois inserida no campo das ciências sociais, tem determinante influência na vida
das pessoas. Sá cita que:
A causa de determinados fenômenos patrimoniais podem encontrar a sua
origem e as suas tendências motivadas unicamente em fatores sociais, e a
sociologia estuda a evolução de tais fatores, podendo o cientista da
contabilidade buscar explicações de fatos em tais campos (SÁ, 1953, p. 78).
Como exemplo da influência na vida pessoal do indivíduo, pode-se citar o reflexo
negativo que uma demissão acarretaria na vida dos empregados de uma organização que,
despercebidamente diminuísse os seus lucros por não observar investimentos, aplicações,
vendas, lucros e outras informações afins que se extraem das demonstrações oriundas da
contabilidade, levando a empresa à insolvência. Igualmente interagindo com todas as divisões
da ciência social e demais ciências, a contabilidade ou o profissional que a estuda e a pratica,
deve se valer do marketing para aprimorar seu desempenho no serviço.
4. O que é marketing?
Apesar de encontrar as raízes do marketing ao longo da história da humanidade na
própria formação do comércio, o marketing é um campo de estudo novo se comparado com os
demais campos do saber. Marketing pode não ser considerado uma ciência, como entendem
muitos escritores e pensadores, porém, sem dúvida, pode-se considerar que ele goza de uma
relação muito próxima com a ciência social, pois seus estudos remetem a comportamentos na
relação de consumo em diversas camadas da sociedade.
Marketing também pode ser entendido como uma eficiente forma de se prospectar e
fidelizar clientes num determinado conjunto de pessoas, coletando informações sobre seus
costumes, desejos e necessidades, oferecendo produtos e serviços que satisfarão estes clientes,
perpetuando a sua marca na consciência do consumidor.
Shimoyama e Zela (2002, p. 4) comentando sobre a administração do marketing nas
empresas, afirmam que:
As empresas orientadas para o marketing guiam-se pela seguinte forma de
agir e pensar: procuram inteirar-se do que seus clientes desejam e oferecem
exatamente o que eles querem. Fazendo isto antes dos seus concorrentes e de
forma que os seus produtos se tornem diferentes e atrativos para os clientes.
Esta é uma visão dos autores sobre marketing aplicado ao produto, mas pode ser
aplicado também ao serviço. Contudo, mais importante do que ter a noção do que significa ou
o que é marketing, é saber o que não é marketing.
Pode-se afirmar, por exemplo, que marketing não é “empurrar” um produto ou serviço
no cliente do qual não se está precisando ou mesmo criar necessidades nestes clientes ou
usuários. Eis o que advertem ainda Shimoyama e Zela (2002, p. 1):
No Brasil, o conceito de marketing encontra-se, ainda hoje, bastante
desfocado. Muitos o associam com a venda de produtos e serviços de
qualquer modo, mesmo que as pessoas não o desejem. Outros acreditam
tratar-se de uma maneira de fazer com que as pessoas comprem o que não
precisam, com um dinheiro que não tem.
O risco de distorcer o significado do termo marketing, ou até mesmo adotá-lo de
forma equivocada, pode redundar em diversos problemas para a organização ou para o
profissional.
Um dos problemas que certamente advirão, é o sentimento pelos clientes de que estão
sendo manipulados. Até porque, hoje, os clientes e consumidores estão mais conscientes dos
seus direitos e muitos desses sabem as ferramentas utilizadas pelas organizações para
aumentar os seus lucros tentando criar necessidades neles. Kotler e Keller, (2006, p. 48)
escrevem que:
Marketing é um processo social por meio do qual, pessoas e grupos de
pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação,
oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros.
São várias as definições de marketing que poderia ser incluído neste trabalho, contudo
este artigo adotará como centro a definição dada por Kotler e Armstrong, (1999, p. 32) onde
afirmam que “Marketing é a entrega de satisfação para o cliente em forma de benefício”.
Neste sentido, é importante que toda pessoa que tenha a intenção de ser bem sucedida
profissionalmente se preocupe com a imagem que se está transmitindo ao cliente sem,
contudo, ignorar o fato de que o cliente estará perceptível à forma como está sendo atendido e
no mínimo sinal de falta de ética por parte do fornecedor, este cliente poderá migrar para o
concorrente.
4.1 Marketing pessoal
O marketing pessoal, de relacionamento, marketing das pessoas ou qualquer outra
definição que se queira emprestar para tentar expressar a forma como o indivíduo deve se
portar para refletir uma imagem positiva aos seus clientes está condicionado à observação do
marketing no seu termo primitivo, ou seja, deve-se levar em conta que a intenção é “vender
mais e melhor” o produto pessoal: você.
A transcrição abaixo, por mais simples e conhecida que seja, ainda revela uma
importante lição quando pautado dentro do tema marketing pessoal.
O grande desafio do Marketing é criar marcas fortes que vão ao encontro das
necessidades e desejos dos consumidores e, por essa via, possam aspirar uma
vida longa. Se assim acontece com os produtos e os serviços, da mesma
forma acontece com as pessoas (DOIN, 2010, p. 1).
Está claro que um dos significados do marketing tradicional é um benefício que deve
ser entregue ao cliente fazendo que ele se sinta satisfeito, pode-se afirmar que este mesmo
cliente se sentirá mais importante e conseqüentemente voltará a procurar estes mesmos
produtos e serviços quando se sentir bem na presença do responsável ou nas dependências do
estabelecimento que lhe proporcionou este bem estar.
É inequívoco que a aparência pessoal, as boas instalações, a autoconfiança e um bom
vocabulário fazem parte de um invólucro que deve conter essencialmente um profissional de
excelência, com planejamento pessoal, organização e coordenação da carreira, com dedicação
e especialização na sua área de atuação. Isso não invalida a necessidade de melhor se vender
aos clientes externos e superiores hierárquicos dentro da organização.
O marketing pessoal é uma ferramenta ou técnica para divulgar melhor quem a pessoa
realmente é, e não para divulgar um engodo, uma falácia, tentando embalar e esconder
deficiências profissionais, ludibriando os clientes, patrões ou tomadores de serviços. É
importante ressaltar que o profissional deve utilizar-se das técnicas de marketing pessoal para
ajudar a evidenciar e deixar patente aquilo que ele tem de melhor. Quando adotado, o
marketing pessoal poderá trazer benefícios que possivelmente refletirão em comportamentos
do indivíduo, permitindo que se sinta mais seguro e confiante.
Uma pessoa segura vai a uma entrevista sabendo que tem a capacidade e o
conhecimento necessários para assumir o cargo oferecido. Ela pede para ser
promovida, pois seu desempenho a faz merecedora disso. A autoconfiança
vem da sensação de que você merece ter e ser o que quiser (DAVIDSON
1999, p. 123).
Nesta situação, o marketing pessoal ajudará o candidato à promoção, que apesar da
competência e propriedade, não se sente seguro e também a reparar o causador dessa
insegurança e o preparará para uma melhor performance na entrevista.
A insegurança, em qualquer área da vida, leva a pessoa a se retrair e
conseqüentemente não demonstrar o que precisa ficar em evidência. Com o passar do tempo,
pode causar a baixa-estima, depressão e outros reflexos negativos que podem redundar em
prejuízos à saúde. Neste sentido, Davidson expressando a sua própria experiência com a
insegurança descreve:
Compreender a raiz da minha insegurança – e destruir o mito a ela associado
– foi um estimulante poderoso para a minha autoconfiança. Descobrir a
origem desse mal ajuda a determinar as situações exatas em que alguém se
sente mais ou menos seguro (DAVIDSON, 1999, p. 126).
Ainda, descreve Davidson, quanto à experiência de outra pessoa em relação à insegurança.
Sinto-me mais seguro quando sei que minhas roupas são apropriadas à
situação, quando estou em boa forma física e em companhia de pessoas que
conheço bem. Para melhorar uma situação que induz à minha autoconfiança
baixa, preciso melhorar a aparência e disposição, ser extremamente
organizado no trabalho e lembrar-me de que todo mundo tem uma certa dose
de desconforto em uma sala cheia de pessoas desconhecidas (DAVIDSON
1999, p. 126).
Nota-se, portanto, que a insegurança agride o comportamento da pessoa. Mas ela
também é fruto de causas antecedentes que, se compreendidas, faz com que o indivíduo viva
melhor.
É certo que de nada adiantaria este pretendente ser autoconfiante se não souber
demonstrar isso. Eis a missão do marketing pessoal!
Há também outras variantes no contexto de marketing relacionado às pessoas que são
relevantes para o indivíduo observar. Os cuidados pessoais com a saúde estão inseridos neste
conjunto de causas precedentes e, se sanados, podem ajudar a alavancar a auto-estima, a
segurança e notadamente o sucesso profissional.
4.2 Cuidados com a saúde
É recorrente na mídia e na sociedade em geral, especificamente pelos profissionais da
saúde, o incentivo à população para adotar na sua rotina diária o exercício físico
sistematicamente. Os benefícios para o corpo e mente são ímpares, deixando o indivíduo mais
disposto nas suas atividades laborais, fazendo seu organismo funcionar melhor, causando a
sensação de bem estar e propiciando melhorias no relacionamento interpessoal nos diversos
contextos sociais em que ele vive. Simonton, et al (1987, p. 191) adverte que:
O exercício físico traz mais do que apenas benefícios físicos. Mudanças
psicológicas importantes podem ocorrer simultaneamente. Muitos dos
estudos demonstraram que as pessoas que freqüentam programas regulares
de exercícios (especificamente, uma combinação de caminhada e jogging)
são mais flexíveis na sua maneira de pensar e nas suas convicções, são mais
auto-suficientes, tem um melhor auto-conceito, melhor aceitação própria,
menos tendência de acusar outras pessoas e são menos propensas à
depressão.
Todos estes benefícios reverterão em dividendos para a carreira profissional dos que se
predispõem a adotar na sua rotina o exercício físico na medida certa e com o devido
acompanhamento dos profissionais da área, mormente se forem em idade mais avançada.
4.2.1 Estresse
Entre os benefícios que o exercício físico pode proporcionar, também está a
administração do estresse, mal tão comum e incidente no eixo profissional dos indivíduos que
lidam com atividades burocráticas e que se não for bem administrado pode redundar em baixa
produtividade e outras patologias prejudiciais à pessoa e sua vida profissional.
O estresse é uma das enfermidades consideradas como um dos males do mundo
moderno, sendo inclusive objeto de estudo por diversos segmentos profissionais, justamente
pelo impacto que ele causa na vida da sociedade.
Cappi (1999) como cientista social, pondera a causa desse mal afirmando que o mundo
moderno contribui para que o stress esteja mais presente em nossas vidas. Esta reação
geralmente ocorre mediante situações adversas, que traz surpresa de forma positiva ou
negativa.
Simonton, et al (1987, p. 50) noticiam ainda que: “Durante anos, os médicos puderam
observar que há maiores possibilidades de que ocorram doenças após acontecimentos
altamente estressantes na vida da pessoa.”. Como se observa, o estresse, que por si só é uma
doença, também é responsável pela causa de outras tantas enfermidades, podendo dificultar a
ascensão profissional e o bem estar dos indivíduos dentro das organizações. Com a
administração do estresse é possível qualquer pessoa viver feliz, de bem com vida e de bom
humor.
4.2.2 Mau humor
Um indivíduo mal humorado, com certeza refutará as boas companhias e estreitará a
quantidade de pessoas no seu laço de amizade. Isso será prejudicial para a sua carreira e bem
assim para o seu network, termo em inglês que poderia ser traduzido literalmente como “rede
de trabalho”. Num mundo em que a empatia está cada vez mais rara, as pessoas simplesmente
evitam se relacionar com pessoas mal humoradas ou que estão sempre contrariadas com a
vida. No senso comum, todos querem conviver e estar próximos de pessoas que lhes fazem
bem. No contexto profissional, é extremamente vital tratar as causas do mau humor antes que
este cause reflexos catastróficos nas atividades da pessoa. Até porque o mau humor pode ser
reação de uma doença relacionada com a distimia. Lima (2009) define distimia como sendo
um transtorno afetivo de natureza crônica, e é caracterizado por sintomatologia depressiva.
O mau humor como todas as outras doenças, pode ser medicado e administrado, senão
curado. Ele pode não ser uma constante no comportamento da pessoa. Também poderá ser
constatado apenas esporadicamente, sendo inclusive reação do organismo num círculo de
causa e efeito entre mau humor e má alimentação.
4.2.3 Alimentação saudável
A qualidade da alimentação deve ser considerada fator preponderante na vida
profissional de qualquer pessoa, pois ela ditará não somente o delineamento corporal, mas
também o bem estar, e abrirá portas para o êxito e ascensão profissional. Além disso, na
sociedade hodierna, na prática, em igualdade de condições, dar-se-á preferência para aquela
pessoa que estiver melhor apresentável, sendo predominante nesta decisão a forma física.
Stenzel (2002, p. 22) afirma que “Nos dias de hoje, mais do que nunca, a beleza do
corpo é algo extremamente valorizado”. Uma pessoa que regra a sua alimentação com
regimes que permitem satisfazer o seu apetite e ingerir alimentos e bebidas que completam a
sua dieta de vitaminas, terá um peso condizente com a sua estatura, terá melhor mobilidade,
agilidade e disposição para o trabalho e demais atividades do cotidiano além da longevidade.
Já a desatenção para com a alimentação, poderá refletir em obesidade, muitas vezes
prejudicial à saúde, gastos com medicamentos, além de cercear o indivíduo às diversas
atividades que somente uma pessoa no seu peso normal poderá exercer.
Do ponto de vista profissional, aliado ao bem estar que um corpo saudável e bonito
pode proporcionar, está à valorização - independentemente de quaisquer outros interesses que
podem surgir entre os sexos – pois a sociedade favorece pessoas elegantes, de bem com a vida
e consigo mesmas.
4.2.4 Higiene pessoal
A higiene do corpo é algo que está implícita na vida do cidadão desde que este começa
a ter noção de mundo. Contudo, alguns se esquecem da importância que estes cuidados
podem refletir na sua vida. Na higiene pessoal, atitudes simples como o banho regular, a
correta escovação dos dentes e demais cuidados com a saúde bucal, o corte dos cabelos
observando principalmente em que atividade se labora e os cuidados com a pele, podem ser
decisivos para uma ótima colocação no mercado ou a aceitabilidade pela sociedade.
Stanchich (apud SACHS 2006, p. 107) pondera o benefício do banho:
O banho é considerado uma prática saudável. Banhos regulares aumentam a
virilidade, melhoram a aparência física, aumentam a força, equilibram o
calor do corpo e contribuem para a longevidade, além de reduzirem a sede, a
coceira provocada pelo acúmulo de resíduos da transpiração e a prostração.
Difícil alguém não perceber, nos dias de hoje, que a aparência conta – e muito,
principalmente os cuidados físicos os quais são fundamentais (o corte do cabelo, a higiene, a
saúde dentária, etc.), são importantes para uma composição harmônica e atrativa da imagem
pessoal.
Sobre a saúde bucal, destacam Bastos et al (2006, p. 11) que “[...] principalmente
devido às exigências estéticas do mundo atual. O sorriso harmonioso e esteticamente
agradável já se encontra entre os sonhos de consumo de pessoas de todas as classes
socioeconômico-culturais”. Os cuidados com a higiene do corpo é fundamental para o
indivíduo se sentir bem, ter saúde e ser melhor aceito na sociedade.
4.2.5 Vestuário
Um profissional que se veste adequadamente poderá ter o diferencial na conquista do
emprego em que se almeja ou ser destaque na organização em que trabalha. É evidente a
importância que a sociedade dispensa à aparência pessoal, sendo o vestuário a maior parte
dessa aparência. Portanto, faz-se necessário uma especial atenção para a forma de se vestir.
Vestir-se é um estado de espírito e o cuidado deve ser maximizado para não haver
exageros quando da variação comportamental da pessoa. Uma pessoa que “sofre” variações
humorísticas deve atentar para não sair de casa com a mesma veste que iria para um baile de
“grito de carnaval”. Da mesma forma, o indivíduo não deve sair de terno para ir à festa junina
da empresa em que trabalha.
Vestir-se confortavelmente também é primordial, pois o importante é vestir-se bem,
sem, contudo abrir mão do conforto, principalmente os profissionais que demandam a
necessidade de portar-se diariamente de uniformes. No momento da escolha da roupa, deve-se
levar em conta também o tamanho adequado e de acordo com a silhueta do corpo para evitar
constrangimento e má impressão; a discrição também é outro fator que poderá ser decisivo
para o sucesso ou a ridicularização da pessoa.
Com a proliferação e a concorrência de empresas do mesmo ramo – incluindo a
indústria do vestuário – não é difícil encontrar a roupa que se precisa ou quer com um preço
acessível. Vestir-se bem, adequadamente e confortavelmente é relativamente simples e não
necessariamente o profissional precisará dispender de grande soma de recursos para isso.
Na falta de informação tempestiva, o bom senso deve prevalecer. Acima de tudo
prestando atenção às pessoas próximas nos redutos profissionais e demais ambientes
freqüentados.
Outro cuidado que todo profissional deve ter, é com a imagem que a organização quer
mostrar aos seus clientes. Para muitas empresas, a missão, visão e valores didaticamente
enfatizados aos empregados deixa claro qual é esta imagem. Davidson assevera que:
A recepcionista também pode transmitir a filosofia da firma. De um modo
geral, a recepcionista mais madura reflete o desejo da diretoria de manter
uma imagem tradicionalista, íntegra, de um negócio bem estabelecido;
enquanto uma pessoa mais jovem usando um vestido da moda demonstra
que a firma é dinâmica, energética e “moderna”. (DAVIDSON 1999, p. 72)
Os acessórios que combinam com as roupas também podem dizer muito sobre o seu
bom gosto ou a sua imagem. Os sapatos, para os homens, por exemplo, aconselha-se ficar
restritos à cor marrom ou preta, pois as demais cores podem denunciar um mau gosto. As
demais cores podem ser usadas, contudo não se deve perder de vista qual o perfil profissional
do indivíduo. Assim como os sapatos, há regras básicas para o uso de relógios, pulseiras,
bolsas, carteiras e outros acessórios que sem a devida observação poderá interferir na imagem
pessoal.
Hoje não há mais argumentos que possam convencer de que a desinformação é o
motivo de não saber como se vestir nas diferentes ocasiões. Bibliotecas públicas, artigos
virtuais dispostos na internet, mídia televisiva e outros meios de comunicação, dispõem de
materiais gratuitos e de fácil acesso, além de literaturas com preços acessíveis.
Cabe a cada profissional buscar inteirar-se das mínimas regras ao se vestir para não
caminhar totalmente na contramão da moda ou até mesmo ser observado pela sociedade como
estereotipo de quem se veste mal, evidenciando assim a falta de cuidado e atenção para o
assunto.
5. Marketing pessoal do contador - o perfil profissional
Para toda classe profissional, há um perfil peculiar do seu profissional. Seja na forma
de falar, agir, de se comportar e até mesmo na forma de se vestir.
Quando a pessoa opta por se preparar para um segmento de carreira profissional,
possivelmente já se identificou com o comportamento dos profissionais daquela área. Isto é
notório quando crianças ainda em formação, em atenção à carreira profissional das pessoas
próximas, expressam a intenção de seguir os mesmos passos profissionais desses parentes ou
amigos mais chegados. Esta pré-intenção já denota a identificação do futuro profissional com
a profissão pretendida. Contudo, é bem provável que um adolescente que não suporta usar
roupas sociais, ternos e gravatas, jamais optaria por seguir uma profissão em que lhe fosse
exigido se apresentar diariamente nesses trajes.
Da mesma forma, um jovem que não fica à vontade em labutar todo o dia enfrentando
as intempéries da natureza, provavelmente não optaria em seguir uma carreira de engenheiro
agrônomo a qual lhe exigiria ficar exposto ao sol, ao frio e as demais instabilidades
climáticas. Neste sentido, não é difícil entender que é perfeitamente possível para os
profissionais da área contábil – que ainda não atentaram para o assunto - aprimorar a sua
apresentação pessoal, pois estes ao escolherem sua profissão, já tinham ciência prévia da
forma como deveriam se portar, por mais resistentes que possam se mostrar nesta mudança de
atitude.
O contador, achacado com as constantes exigências dos textos legais e ordenamentos
jurídicos impostos nas suas atividades - disposições estas muitas vezes que impõe mudanças
na sua vida profissional sem levar em conta as suas possibilidades - vive imerso num mundo
de satisfação aos clientes e mais ainda, aos fiscos; falta tempo para pensar em si e planejar a
sua forma de apresentação ou a forma de vender melhor os seus serviços. Nesse contexto,
existem muitos que não querem manejar parte do seu tempo às questões de apresentação
pessoal e não são adeptos às formas acessórias de se vender.
Mudanças de atitudes por profissionais firmados em paradigmas do passado podem ser
a porta de libertação para um futuro promissor e mais próspero.
Se ficarmos sempre do lado seguro, evitarmos todos os riscos,
deixarmos de percorrer aquele quilômetro a mais e aceitarmos as
circunstâncias de uma vida medíocre, estaremos selando nosso
destino. Quanto mais tempo permanecermos preso a esse padrão, mais
dificuldades teremos para nos libertar dele. A porta de saída é a ação
(DAVIDSON, 1999, p. 22).
O contador, profissional que contribui para a sobrevivência de muitas organizações,
não deve deixar este tema passar despercebido na sua carreira profissional a ponto de
comprometer a sua manutenção no mercado de trabalho. Faz-se necessário uma real atenção
ao assunto, pois a apresentação pessoal está sendo relevante em todos os setores e classes,
principalmente quando o profissional dispõe de serviços à população e que os serviços
dispostos estão num páreo com diversas outras organizações concorrentes.
5.1 Atualização profissional – Tecnologia
O conhecimento e a correta utilização da tecnologia também podem ser entendidos
como parte do mix que trará benefícios aos clientes e pode ajudar a fortalecer o nome do
prestador de serviços junto aos seus tomadores.
Um contador que saiba utilizar corretamente as ferramentas tecnológicas dispostas no
mercado pode ser o diferencial competitivo dentre os seus colegas de classes e concorrentes.
As transformações no marketing são impulsionadas pelo enorme poder e
pela disseminação onipresente da tecnologia. A tecnologia, hoje, é tão
penetrante que é praticamente inútil traçar distinções entre empresas e
setores tecnológicos e não-tecnológicos: existem apenas empresas de
tecnologia. A tecnologia introduziu-se nos produtos, no local de trabalho e
no mercado com uma velocidade e uma amplitude impressionantes
(MCKENNA, 1997, p. 1).
Para realizar um marketing pessoal gratificante em todos os sentidos, é necessário
saber utilizar, de forma coerente e consistente, as novas tecnologias, a mídia e o marketing
como ferramentas estratégicas, valorizando a imagem que se pretende transmitir, estando
sempre atento com as novidades relacionadas à sua atividade, buscando aprender sempre.
No mercado já não há mais espaço para profissionais passivos que não primam pelo
constante aprendizado, busca de conhecimento e que procure atender melhor os seus clientes
internos e externos.
5.2 Atualização e aprimoramento profissional
As constantes mudanças na legislação no que diz respeito às atividades do profissional
da área contábil impregnam na sua rotina a necessidade de manter-se atualizado, inclusive
sobre assuntos das áreas afins.
O SPED – Sistema Público de Escrituração Digital, sistema imposto recentemente
como suplemento às atividades contábeis, bem como a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), são
exemplos de que a todo instante há alterações jurídico-fiscais que impactam nas tarefas do
contador, e que lhe impõe a necessidade de buscar desenvolver suas atividades dentro das
normas, buscando formação e capacitação, além de satisfazer os seus clientes administrando o
impacto do custo que estas mudanças certamente trarão nos honorários desses clientes.
5.3 O ambiente profissional
Um ambiente de trabalho truncado, escuro, mal cuidado pode ser desagregador para
quem ali convive. Acima de tudo pode comprometer os resultados financeiros esperados com
a venda de um produto ou serviço. Mckenna (1997, p. 39) assevera que “O ambiente funciona
como uma lente através do qual o cliente vê o produto. À medida que o ambiente sofre
mudanças, a opinião do público sobre o produto também muda”. É imprescindível que o
ambiente de trabalho, o escritório, e principalmente o local onde serão recebidos os clientes,
estejam - dentro das possibilidades do profissional – em ordem e bem apresentável. Mckena
(1997) destaca ainda que o serviço não é um evento; é o processo de criação de um ambiente
de informação, garantia e conforto ao consumidor.
Se o profissional não entender assim, a impressão que o cliente terá dele poderá ser
maculada ou até mesmo ser realidade a má apresentação das instalações do escritório do
contador.
5.4 Incongruência na relação de trabalho
Congruência é um termo matemático que geometricamente falando explica que um
lado correspondente a três mesmos iguais, com tamanhos diferentes, e cilindricamente
angulados. Emprestando o termo para este trabalho, de forma análoga, pode-se entender que a
incongruência na relação de trabalho fica evidente quando o indivíduo age de forma
desonesta, faltando à ética e com a postura de sempre levar vantagem. Ou seja, ele “joga em
vários times” se posicionando de acordo com a conveniência da situação, não importando se a
outra parte é seu cliente ou seu empregador.
O indivíduo que é congruente em suas comunicações tem maior maturação
emocional e certamente apresenta facilidade em se relacionar. Já o indivíduo
incongruente apresenta-se defensivo na singularidade de suas relações,
portanto não seria difícil a conclusão de que este indivíduo tem ou terá
problemas em suas relações afetivas (ROGERS, 1961, p. 64).
A sociedade moderna refuta toda e qualquer falta de ética, quer seja do empregador
para o empregado ou vice-versa. A boa relação interpessoal está sendo pregada diariamente
nos treinamentos empresariais, nas escolas, cursos, sermões religiosos e também na mídia.
Qualquer indivíduo, por menor que seja o seu convívio social, está sendo moldado para não
aceitar a falta de ética, os maus tratos com os colegas, deixando às margens toda e qualquer
pessoa que agir assim.
6. Resultados da pesquisa
No mês de outubro de 2009 foi distribuído um questionário com 20 questões objetivas
no departamento financeiro/contábil de uma empresa pública federal a fim de colher as
respostas dos empregados lotados nesta repartição sobre o conceito que têm do tema
Marketing Pessoal.
O formulário foi distribuído delimitando-se aos Contadores, Técnicos Contábeis e
demais profissionais envolvidos diretamente nas atividades contábeis, tendo em vista o foco
da pesquisa.
Em novembro de 2009, dos 35 empregados que receberam o questionário, 26
retornaram as respostas, portanto 69%, sendo que dezesseis pessoas responderam de forma
virtual, por e-mail, e os outros dez em formulário impresso.
A pesquisa teve a premissa de mensurar os conceitos que o público alvo tem do
assunto Marketing Pessoal, levando em conta quesitos particulares dos entrevistados, tais
como a faixa etária do indivíduo, o estado civil e o grau de escolaridade.
Abaixo foram selecionados algumas das respostas dos entrevistados para análise e
resumo da pesquisa com as ponderações cabíveis, correlacionando-o com o que se verificou
na bibliografia utilizada.
6.1 Você sabe o que é marketing?
Dos vinte e seis que responderam o questionário, 23 pessoas responderam que sabem o
que é marketing. Portanto a grande maioria, 88%, já teve contato com o tema marketing e
assinalaram que têm uma nítida noção do que significa, pois na questão havia a opção de
resposta “Tenho apenas noção do que significa” sendo que somente três pessoas assinalaram
esta resposta. Nenhum pesquisado declarou não conhecer absolutamente o tema.
Fonte: Dados da pesquisa.
6.2 Saberia informar o que é marketing pessoal?
Quando a questão se restringiu ao marketing relacionado às pessoas, quatro
profissionais responderam que têm apenas noção do significado do tema. Contudo, ainda a
maioria, 85%, no total de 22 pessoas afirmaram ter conhecimento do assunto.
Fonte: Dados da pesquisa.
6.3 Concebe que marketing pessoal é importante?
Sobre a importância que os entrevistados dispensam ao Marketing Pessoal, somente
quatro pessoas entendem que ele é pouco importante. A maioria, 24 pessoas, assevera que é
relevante.
Fonte: Dados da pesquisa
6.4 Em sua opinião o marketing pessoal influencia na vida profissional do indivíduo?
Sobre a influência que a prática do Marketing Pessoal na vida laboral pode causar, a
pesquisa evidenciou que 24 pessoas dentre os 26 entrevistados acreditam que ele pode
influenciar na vida profissional e somente duas pessoas entendem que não influenciaria.
6.5 Quais os benefícios que você entende que o marketing pessoal traria à pessoa?
Nesta questão, foram sugeridas cinco alternativas, sendo solicitado aos respondentes
que as pontuassem com o número de 1 a 5, de acordo com a importância que ele entendesse,
sendo 5 a maior importância. As alternativas “Prepararia melhor para o mercado de trabalho”,
ou “Melhoraria a apresentação pessoal”, ou ainda “Permitiria melhorar o network”, ou
também “Traria mais confiança à pessoa” e também “Deixaria em evidência a competência
profissional” foram respondidas com o grau de importância conforme a interpretação abaixo,
tomando como exemplo a coluna “1”, sendo as colunas “1” a “5” o grau de importância que
cada pessoa dispensa a cada quesito.
Quatro dentre as 26 pessoas consideram que o Marketing Pessoal, antes de tudo, com
relevância número um, ajudaria a deixar em evidência a competência profissional; sete
pessoas consideram que prioritariamente ele traria mais confiança no desenvolvimento das
atividades profissionais; já outras quatro pessoas entendem que mais do que as outras
alternativas, o Marketing Pessoal ajudaria a melhorar o network; desses 26 que responderam,
três entendem que a prática do Marketing Pessoal seria mais útil para melhorar a apresentação
pessoal; e oito pessoas, portanto a maioria, afirma que se o indivíduo praticar o Marketing
Pessoal, mais do que qualquer outra influência, pode proporcionar um melhor preparo para o
mercado de trabalho;
Pode-se perceber que a maioria dos entrevistados, oito pessoas, 31%, entendem que o
maior, ou melhor, benefício que o Marketing Pessoal pode trazer à pessoa, é prepará-las
melhor para o mercado de trabalho. Já em menor grau de importância, oito pessoas pontuaram
que deixaria em evidência a competência profissional.
6.6 Marque três dos adjetivos abaixo que você entende sejam os mais necessários para o
sucesso na carreira profissional.
Nesta questão, foi solicitado aos respondentes que marcassem somente três adjetivos
que entendessem fossem necessários para o sucesso profissional. Para tanto, foram elencados
vários adjetivos comuns observados nas literaturas, artigos e matérias que são retratados como
sendo importantes para o Marketing Pessoal do indivíduo. O adjetivo que mais foi citado
como importante para o sucesso profissional foi “competência”, com 27%, e em seguida
“comprometimento” com 22% na opinião dos que responderam.
7.
CONCLUSÃO
Não se deve tentar conceber o mundo de forma pessoal tomando decisões pautadas
nesta concepção ou da forma como este ou aquele indivíduo entende que deveria ser.
Indubitavelmente, é fato que a apresentação pessoal influencia e vai continuar influenciando
inclusive na vida profissional de qualquer pessoa economicamente ativa.
Diante dessa realidade, a prática do marketing pessoal pode ajudar o indivíduo a melhor se
posicionar no mercado de trabalho. É necessário absorver isso!
O marketing pessoal começa no pensamento e vai além. É refletido no comportamento
do dia-a-dia no trabalho, em casa, com os amigos, escola, clubes, igreja e outros ambientes
que se freqüenta. Tudo comunica, mas, é a atitude o que mais imprime o modo como são
percebidos. As pessoas notam o que deixam transparecer e também o que não querem
mostrar. Comportamentos tais como a desonestidade, leviandade e manipulação já não são
mais tolerados e admitidos numa relação profissional. A conseqüência é desaprovação
silenciosa, onde portas se fecham à frente em função disso. Por isso, para fazer marketing
pessoal adequadamente é preciso ir além da imagem pessoal, é preciso iniciar o processo de
dentro para fora e não de fora para dentro. Ser original, acima de tudo. A gestão da carreira é
assunto discutido em todos os setores sociais com diferentes prismas de observação. Cabe ao
contador – e demais profissionais – entender a necessidade de interação sobre este assunto,
buscar conhecimento e aplicá-lo na sua vida laboral. O sucesso será uma evolução natural.
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