SERÁ QUE SOU UM LEVITA? Falamos muito em Levitas hoje, ou seja, falamos que todos aqueles que tocam no altar das igrejas são levitas, mas será que são mesmo? Fico pensando as vezes que talvez muitos estão longe de serem levitas, o que é interessante é quando você pergunta para alguns irmãos; Que ministério você exerce? Muitos enchem a boca e respondem com um orgulho estampado no rosto; Sou Levita. Será que esses pelo menos sabem o que significa ser Levita. Há uma diferença muito grande entre ser Levita e ser musico, você pode estar pensando que não, mas tudo bem até o fim deste pequeno estudo você mesmo vai dizer se é musico ou um levita. Mas só para começarmos vou te mostrar uma diferença que o Senhor me revelou; O musico ele toca para ser adorado; O levita toca para adorar, ou melhor, o levita adora para ser tocado pelo Espírito do Senhor, e ai se você ficou chateado com essa comparação, quero te dar uma noticia você ainda é um musico, mas se quiser continuar isso significa que você quer mudar desta posição de musico para um adorador, então vamos aprender juntos. O que significa levita? Vamos estudar um pouco a origem desse nome; LEVI do Hebraico LÊWI ligado à raiz IÃWÂ significa JUNTAR, ou ainda HILLAWEH que significa UNIR. O nome HILLAWEH (LEVÍ) é da mesma família onomatopaica da palavra HALELUIA. Vamos entender, mas sobre Levi, de onde surgiu esse nome então vamos lá voltar um pouco no tempo, mas precisamente em Gênesis 29:16, Jacó encontra com Labão que era irmão da sua mãe, como em uma historia de amor se apaixona a primeira vista por uma mulher chamada Raquel. Então Jacó tomado por esse amor pede Raquel em casamento, e faz um negocio com seu tio, trabalhando sete anos para poder desposar Raquel e quando cumpre seus anos de trabalho é enganado por Labão que entrega Lia por ser a primogênita e faz outro negocio com Jacó, o fazendo trabalhar, mas sete anos por Raquel, daí já começa toda a encrenca, Lia era desprezada, pois Jacó amava a Raquel e essa era estéril, o que contava o peso de uma mulher era a sua fertilidade e melhor ainda se fossem filhos. Então Lia concebeu seu primeiro filho e deu o seu nome de Rubén E concebeu Lia, e deu à luz um filho, e chamou-o Rúben; pois disse: Porque o SENHOR atendeu à minha aflição, por isso agora me amará o meu marido. (Gênesis: 32). Passado, mas algum tempo Deus concedeu o segundo filho a Lia. E concebeu outra vez, e deu à luz um filho, dizendo: Porquanto o SENHOR ouviu que eu era desprezada, e deu-me também este. E chamou-o Simeão. (Gênesis: 33). 1 Lia já havia dado a luz a dois filhos, era uma honra, mas notasse que o primeiro foi chamado de Rubén porque ela era desprezada e com esse filho seria amada por Jacó, mas o interessante é que mesmo assim ela fala que era desprezada antes de ter o seu segundo filho, que se foi dado o nome de Simeão, mas não parou por ai, pois nosso Deus tinha mais projetos para Lia e ela concebeu terceiro filho. E concebeu outra vez, e deu à luz um filho, dizendo: Agora esta vez se unirá meu marido a mim, porque três filhos lhe tenho dado. Por isso chamou-o Levi. (Gênesis: 34). Conseguiu notar algo importante no que Lia declara nesse versículo “Agora esta vez se unirá meu marido a mim, porque três filhos lhe tenho dado. Por isso chamou-o Levi. Ela declara” esta vez se unirá meu marido a mim “ou seja até então algo ainda estava errado, ela depositou sua união com Jacó naquela criança como quem diz agora Jacó vai se unir a mim de uma vez, por isso foi lhe dado o nome de Levi. O nome daquele de onde se originou a tribo dos levitas significa”. unir, vemos agora que essa união referida pelo texto acima se trata da união do esposo com a esposa. Tipologicamente falando podemos concluir que os levitas têm a responsabilidade de unir a Esposa (Igreja) ao esposo (Jesus). A pergunta que passa na cabeça de todos os levitas é essa: “Estou usando o dom e o talento que Deus me deu para unir o que? Agora ficou estreito, sabe por quê? Muitos perderam a visão e estão usando aquilo que Deus lhe deu para seus próprios prazeres em vez de trazer a presença de Deus estão fazendo ao contrario, trazendo ouvintes para verem como ele toca bem, ou como ela canta bem, até conseguem arrancar uma lagrima dos olhos, mas não trazem a benção do Senhor sobre o povo, disputam o pupito entre musico, cantores, trazendo divisão no meio da igreja, daí da para se ver que não entendem nada do que é o verdadeiro ministério de um Levita”. Um equivoco é imaginar que o simples fato de cantar bem, com qualidade e até conseguir emocionar pessoas é o bastante ou que esta seja a missão do levita, porém as responsabilidades do Levita são muito grandes e extremamente sérias. Umas das coisas que mais me chama a atenção é que o levita é apaixonado por Deus, sem medir as conseqüências, não se importam querem é obedecer à voz de Deus mesmo que tenha que custar caro, como aconteceu quando Moises ficou irado com o povo que havia construído um bezerro de ouro, quebrou as tabuas do testemunho ao pé do monte, queimou o bezerro de ouro até ficar pó e misturou na água e deu para o povo beber depois disso pôs-se em pé na porta do arraial é disse; Pôs-se em pé Moisés na porta do arraial e disse: Quem é do SENHOR, venha a mim. Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi. E disse-lhes: Assim diz o SENHOR Deus de Israel: Cada um ponha a sua espada sobre a sua coxa; e passai e tornai pelo arraial de porta em porta, e mate cada um a seu irmão, e cada um a seu amigo, e cada um a seu vizinho. E os filhos de Levi fizeram conforme a palavra de Moisés; e caíram do povo aquele dia uns três mil homens. (Êxodo 32:26-28). Entendemos que os filhos de Levi não se importaram com o que iria acontecer simplesmente obedeceram à ordem de Moises, o levita tem gravado em sua alma duas ordenanças fundamentais de um adorador OBEDIÊNCIA E SANTIDADE, hoje Deus tem que procurar esse tipo de adorador “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” (João 4:23). 2 Com isso entendemos que o Levita tem que estar disposto a abrir mão de algo não importa o que seja, ele sempre coloca o Senhor em primeiro plano, temos sido assim, temos dado o tempo ao Senhor, quanto tempo você gasta fazendo aquele seu hobby que você gosta tanto, ou então de frente ao computador, nos Messenger e Orkuts da vida, quanto tempo gastamos parados na frente de uma televisão muitas das vezes vendo e ouvindo aquilo não nós edifica em nada, não estou sendo radical, pois temos que ser moderados, mas sinceridade temos sido moderados?Analise você mesmo, quanto tempo você te gasto orando pelo seu ministério, quanto tempo você tem lido a palavra de Deus ou um bom livro relacionado a o Senhor ou você e daqueles que só estudam a técnica a parte espiritual deixa pra outro que se vire, ser levita é mais que isso. Muitas vezes o orgulho fala mais alto, do que a própria voz de Deus, o orgulho é um pecado varias vezes mencionadas na Bíblia todas as suas menções indicam que Deus o odeia. Deus realmente abomina o sentimento de orgulho! Toda criatura que cai nesta perigosa cilada enfrenta o Deus todo poderoso sem o menor temor. Isto porque o orgulho cega o entendimento. Ele faz seus escravos pensarem que podem tomar o lugar do Onipotente Deus ou que podem ser uma criatura superior às outras. Mas isto é engano, um caminho que leva tudo à destruição. O primeiro pecado mencionado na Bíblia é o orgulho. Satanás queria ser como Deus, queria destroná-lo. Assim nasceu a primeira contenda no céu. Um terço dos anjos foram seduzidos. Acreditaram nas promessas do suposto futuro “senhor” de tudo. Encheram-se de orgulho influenciados por Satanás. A propósito, aqueles que pensam que o sentimento de orgulho não traz contenda e desordem, estão completamente errados. O orgulho causa confusão, contenda, mágoa, brigas, discussões, divisões, etc. Além disso, o cristão quando é orgulhoso envergonha o nome de Cristo, pois isto contraria tudo o que o Mestre ensinou e viveu. Dentro do Ministério Musical o pecado do orgulho pode ser facilmente detectado. Preste atenção: 1- Quando não aceitamos exortação de nossos pastores, líderes e até mesmo de nossos companheiros de ministério. 2- Quando sempre achamos que estamos certos. 3- Quando não damos ouvido às outras pessoas. 4- Quando achamos que somos melhores do que alguém 5- Quando achamos que somos dignos de receber alguma glória e louvor. 6- Quando achamos que a obra que executamos está tendo sucesso pela nossa capacidade. 7- Quando achamos que o nosso estilo musical é o mais correto perante Deus. 8- Quando humilhamos, subestimamos ou não valorizamos aqueles que estão iniciando no ministério. Talvez esta seja a razão da escassez de verdadeiros adoradores dentro do povo chamado cristão. Esta triste armadilha tem cegado a muitos, tornando-os joio, ao invés de trigo. Aqueles que desejam trilhar a árdua jornada da verdadeira adoração deverão riscar de sua vida tudo aquilo que foi dito anteriormente. O verdadeiro adorador não deixa ser tomado pelo orgulho, mas permanece humilde pelo temor que tem de Deus. O verdadeiro adorador sabe que Deus não reparte sua glória com ninguém! Jesus, além de ser o nosso Salvador, foi o maior Mestre que pisou na face da terra. Suas maiores lições sempre tinham a ver com 3 humildade. Ele sabia que a falta de humildade causava destruição, ruínas, separação, tristeza, e o pior de tudo, entristecia a Deus. Foram de Jesus as palavras: Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. (Mateus 5:5) Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. (Mateus 5:11) Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus. (Mateus 5:18) Jesus não só ensinou sobre a humildade, mas sua vida refletia isto em cada atitude. Dia a dia ele mostrava que o orgulho não fazia parte do seu caráter. Não foi o Rei Jesus quem lavou os pés dos discípulos na noite da Ceia? É importante ressaltar que nenhum dos 12 homens merecia isto. Outra prova de humildade foi a sua terrível morte na cruz. Na época de Jesus, a morte de cruz era um dos piores e mais humilhantes tipos de morte existente. Na polida sociedade romana até a sua menção era proibida. Você consegue imaginar o rei da glória, o filho de Deus se submetendo aos soldados romanos, apanhando, levando chutes, socos, chicotadas e tendo sua cabeça furada por uma coroa de espinhos? É difícil compreendermos isto, mas entendemos que foi uma das grandes, senão a maior prova de humildade de Jesus. Bem agora que já vimos algumas diferenças entre ser um adorador e somente um musico, vamos as responsabilidades de um Levita. Responsabilidades com o Tabernáculo O papel dos levitas como ministros do tabernáculo era de cooperarem na construção do tabernáculo, sob a supervisão do filho de Arão, Itamar. Nas leis preparatórias para a marcha pelo deserto, Levi foi separado por Deus, das outras tribos, e colocado sob a responsabilidade de desmanchar, transportar e erigir o tabernáculo alem de servirem como uma espécie de pára-choque para protegerem as demais tribos israelitas da indignação de Deus, que os ameaçava se despercebidamente entrassem em contato com a tenda sagrada ou com os seus móveis (Nm 1: 47-54). O Levita e a Santificação A santificação é o elemento chave para que um levita tenha o seu ministério bem sucedido e é também a maior responsabilidade de um servo de Deus. Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, (Hebreus 12:14) Nenhum Levita pode fazer a obra de Deus sem estar com sua vida em santidade: Os levitas se purificaram e lavaram as suas vestes, e Arão os apresentou por oferta movida perante o SENHOR e fez expiação por eles, para purificá-los. Depois disso, chegaram os levitas, para fazerem o seu serviço na tenda da congregação, perante Arão e seus filhos; como o SENHOR ordenara a Moisés acerca dos levitas, assim lhes fizeram. (Números 8:21-22). 4 Este texto mostra que os levitas tinham que se lavar e purificar suas vestes. Não há como exercer o ministério diante do Senhor sem passar pela experiência da santificação da purificação pela palavra de Deus. Veja mais este texto do novo testamento. Para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, (Efésios 5:26). Ninguém pode envolver-se com Deus sem se deparar com sua santidade perfeita. O impacto da santidade de Deus em nossas vidas deve ser o mesmo que houve na vida de Isaias. No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. (Isaías 6:1-7). Imagine aqui que visão tremenda teve Isaias quando se viu diante do trono de Deus e se deparou com a declaração dos anjos: SANTO, SANTO, SANTO é o Senhor dos exércitos. A convicção da santidade de Deus foi tão grande no coração de Isaias que ele achou que ia ser fulminado por estar diante de tanta santidade e perfeição. Isaias era um profeta que estava desanimado, talvez pela morte de Uzias e também pela maldade que se estabelecer na terra por todo um contexto de pecado e fracasso espiritual que o povo estava vivendo. Depois de Judá ter vivido um período áureo de vigor espiritual o Rei Uzias peca por presunção e isso gera um declínio espiritual em Judá. Isaías que era então um profeta, que não estava vivendo os seus melhores dias. Um dia ele vai ao templo em Jerusalém e ao dobrar os seus joelhos se depara com uma visão absolutamente tremenda: Deus assentado em um alto e sublime trono, este foi um momento especial na vida do profeta, talvez suas decepções com os reis da terra estivessem embaçando sua visão a respeito do reinado divino. A visão de Deus no seu trono assegura então Isaias que apesar da aparente vitória da maldade sobre a terra Deus continuava reinando soberano em seu alto e Sublime trono. Até os alicerces do templo tremeram diante do estrondo do coro angelical. Os Anjos declaravam em sublime devoção: SANTO, SANTO, SANTO é o Senhor dos exércitos. Veja que os anjos exaltam a santidade do Senhor dos exércitos. Qual a razão de os anjos se utilizarem deste nome de Deus, porque não o chamou de o senhor da paz, do amor, ou qualquer outro nome? Acredito que havia uma lição nesta declaração dos anjos: A Santidade é uma Guerra e somente pelo poder do Senhor dos exércitos é que se pode sair vitorioso nesta guerra, acredito também que Deus 5 queria equipar o profeta como um grande guerreiro de seu exército, o Senhor dos exércitos dá ao profeta Isaias a oportunidade de conhecer a soberania do seu Deus diante de uma citação angelical de sua grandeza como o Grande comandante dos exércitos. Diante da visão estrondosa Isaias se sente indigno: como poderia ele repetir o coro angelical? Sua consciência pesava sob o sentimento de sua fraqueza e fracasso pessoais. Ele nada mais podia fazer se não confessar sua incapacidade e condição decaída. Na verdade ninguém que se aproxime de Deus pode passar por uma experiência assim sem se deparar com a santidade de Deus e a partir daí buscar uma vida de santidade, ninguém pode declarar-se levita se não se sente totalmente comprometido com a santidade de Deus. Isaias faz uma declaração que pra mim é uma grande lição: "Sou homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios”. Creio que Isaias estava falando de suas mentiras, talvez muitas vezes tenha dito o que Deus não mandou ele dizer, talvez tenha usado o nome de Deus para falar o que não lhe fora ordenado, ou seja, em muitas situações suas profecias poderiam ser uma grande mentira. O pecado de Isaias estava nos seus lábios: não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem. (Mateus 15:11) É exatamente assim que muitos vivem, todas as vezes que cantam ou dizem algo que não estão vivendo, isto se torna uma mentira ainda que seja uma verdade para outros. Isaias vivia em um ambiente de mentiras de palavras frívolas, um ambiente que denunciava impureza. Todos sabemos que as palavras têm poder, agora imagine um profeta que tem seus lábios impuros, suas palavras eram impuras e ele estava cercado disto, de gente que não falava a verdade, o ambiente que ele estava vivendo estava carregado porque as palavras que se saiam daqueles lábios impuros estavam minando as suas forças. Até que ele ouve a maior verdade de sua vida, dita por lábios angelicais: SANTO, SANTO, SANTO é o Senhor dos exércitos. Esta é uma verdade incontestável, Deus é santo, portanto todos os que desejam agradá-lo precisam viver em santidade. Não podemos fugir disto: O relacionamento com Deus cobra de nós uma vida de santificação constante. Não entendo como alguns ministros querem desenvolver um ministério poderoso, sem vida de oração. Também não entendo como algumas igrejas desejam ser abençoadoras sem a pratica da adoração. Vamos mergulhar nestes dois elementos imprescindíveis para a vida vitoriosa da igreja e do ministro. O Levita e a Oração Parece bobagem querer conceituar a oração, já que ela é uma tão invasculhável e ao mesmo tempo tão real experiência de qualquer pessoa que algum dia já a tenha experimentado. Todas as vezes que alguém pretender discorrer sobre o assunto, automaticamente vai se deparar com a expressão de sua experiência própria. Pois acredito que qualquer fórmula ou projeto de oração não pode ser tido como manual inviolável sobre a oração. O Pai Nosso ensinado por Jesus trata-se apenas de uma sugestão de Cristo quanto a um modelo de oração, o qual terá sempre o tamanho e as dimensões experiências de cada um. O que vou abordar 6 neste é apenas a necessidade e alguns resultados decorrente de uma vida de oração. Necessitamos de Oração - Para conhecer o coração de Deus Quão grandes mistérios estão ocultos no coração de Deus, quantas coisas tremendas estão reservadas em seu coração a respeito de cada um de nós. Quantas vezes tomamos decisões erradas diante de determinada situação por não conhecermos o coração do pai, por não sabermos qual seria a atitude de Deus diante do fato. A oração nos revela o coração de Deus, nos torna confiáveis para que Deus revele seus mais absolutos segredos. Isto é naturalmente compreendida basta apenas observarmos os relacionamentos humanos para verificarmos que quanto mais convivemos e conversamos com as pessoas mais nos tornamos confiáveis e mais haverá liberdade para o desvendar do coração. Com Deus também é assim Deus com absoluta certeza deseja compartilhar seus sentimentos e abrir o coração, para aquele que vive em comunhão com Ele, para aqueles que mais tempo passam em sua presença. Há muitos que se gloriam pelo tempo que têm de igreja, alguns dizem: "estou nesta igreja desde a sua fundação". Anos de carteirinha de membro nada é em comparação ao tempo de oração de cada cristão. O importante é quanto tempo de todo o tempo que tenho eu passo na presença de Deus em oração. - Para conhecer o nosso próprio coração A vida de oração também nos revela o nosso próprio coração. Quando nos inclinamos diante de Deus, nos deparamos com a sua onisciência e é só assim que temos a coragem de dizer quem realmente somos. O contato com a onisciência de DEUS não nos permite disfarces, se tentarmos esconder coisas diante DELE nos sentimos ridículos, pois sabemos que ele nos conhece. Assim somos desvendados por Deus e por nós mesmos. - Para não entrarmos em tentação. Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. ( Mateus 24:41) - Para desenvolver uma vida poderosa em Deus. Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. (Tiago 5:16-17) - Para Compreendermos determinadas situações da vida que só se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. (I Corintios 2:15) 7 - Para nos equiparmos para a batalha espiritual. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando, sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, (Efésios 6:13-18). - Para entrarmos em uma nova dimensão de vida com Deus A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. (I Corintios 2:4-5). Podemos usar o termo Levita para quem não é da tribo de Levi? Quando dizemos hoje que somos levitas alguém pode perguntar como podemos nos denominar levitas se não somos da Tribo de Levi. Por isso gostaria de alongar este comentário sobre os levitas a fim de que ninguém se perturbe com estas questões. Havia um moço de Belém de Judá, da tribo de Judá, que era levita e se demorava ali. (Juízes 17:7). O levita de Mica veio de Belém e era da família de Judá. Com o poderia ser ele levita sendo de Judá e não da tribo de Leví. O levita, neste texto pode ser um exemplo da possibilidade de que indivíduos de outras tribos podiam, durante algum período, unir-se à tribo sacerdotal. Há ainda alguma evidencia de que o termo levita fosse um título funcional com o sentido de alguém obrigado por voto, alem de servir como designação de uma tribo. Tipologicamente o Levita do Velho testamento nada mais é do que a figura do servo do novo testamento, que se consagra e assume a posição de levita para conduzir o tabernáculo do senhor. Entendemos agora que a função de um levita é muito maior do que simplesmente pegar um instrumento e tirar notas em cima de um altar, o levita tem que conhecer ao Senhor, com muita intimidade, eu só posso ser intimo de alguém quando conquistar a sua confiança, ou seja, eu só vou poder ter experiências com Deus quando Ele olhar para mim e me ver como um verdadeiro adorador que O conhece, e sabe que a adoração é um estilo de vida, eu adoro a Deus não por aquilo que ele pode me dar, mas adoro ao Senhor por aquilo que Ele é para mim. Agora que já sabemos a diferença entre um Levita (adorador) e um musico somente vamos entender o que é louvor e adoração. 8 LOUVOR Segundo o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, do Ministério da Educação e Cultura, louvar significa: elogiar; enaltecer; bendizer; glorificar; aplaudir. O significado bíblico é mais abrangente. Compreende esses aspectos, porém vai além deles ao incluir outros elementos, quando se trata de louvar a Deus. Segundo a bíblia, louvor é reconhecer, demonstrar agradecimento a Deus pelo que ele tem operado em nossas vidas. – Bendize oh minha alma ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga seu santo nome. Bendize ó minha alma ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. (Salmos 103:1-20). ADORAÇÃO Quando pensamos em adorar a Deus, geralmente imaginamos algo que emana de nós a fim de expressarmos louvor às qualidades de Deus. Definição de Adoração O dicionário Aurélio define adoração como: culto a uma divindade; culto, reverência e veneração. No sentido Bíblico, adoração vai muito além de um simples culto, muito além de reverencia, mas uma intimidade com Deus, é estar na presença de Deus. Não existe, ou pelo menos não conheço alguma passagem das escrituras que nos dê uma definição clara e direta do que viria a ser ADORAÇÃO, mas existem diversas passagens, que vamos estudar hoje, de onde podemos pressupor essa definição. O ponto inicial para entender-mos a Adoração como estilo de vida, seria estudar a vida e experiência de duas pessoas que aprenderem esse sentido: Abraão e Paulo. Abraão Vamos começar nossa viagem bíblica ao passado, no século XX A.C, em Gênesis, e conhecer um pouco sobre quem foi Abraão e como foi a sua vida com Deus para entendermos o sentido da palavra Adoração. Abraão, 8ª geração de Noé, amigo de Deus, também conhecido como o pai da fé, se pôs a obedecer a vontade de Deus quando seu povo passava fome em sua caminhada em direção a Canaã, a terra prometida. Liderando o seu povo, enfrentou as contendas do povo contra Deus, mesmo diante todos os sinais e maravilhas que Deus operava naquele lugar, enfrentou todas as dificuldades e diversidades em nome do amor que sentia ao seu Deus. A relação de intimidade de Deus com Abraão se deu nesse momento, quando Deus prometeu a Abraão um filho quando sua esposa tinha já 90 anos. E Abraão mostra sua total obediência ao seu Deus quando acatou o pedido de Deus para sacrificar seu filho Isaque em holocausto. 9 Foi nesse momento que podemos presenciar o maior ato de intimidade e adoração de Abraão para com Deus; quando ele deixa de lado toda lógica, inclusive o amor a seu filho para seguir a vontade de Deus, oferecendo seu filho em sacrifício, conforme Deus o havia pedido. Gn 12:1 – O Senhor disse a Abraão: Sai da tua terra e da tua parentela e da casa de teu pai para a terra que eu te mostrarei. Abraão aqui começa a viver a experiência de seguir o que é lógico aos olhos humanos saindo de sua terra para um lugar desconhecido Gn15:1,3-6 – Depois dessas coisas veio a palavra do Senhor a Abraão em visão dizendo: Não temas Abraão, eu sou o teu escudo, teu grandíssimo galardão. Eis que não tem me dado semente e um nascido de minha casa será meu herdeiro. E eis que veio a palavra do Senhor a ele dizendo: Este não será seu herdeiro, mas o que sair de suas entranhas será teu herdeiro. Então levou-o para fora e disse: Olha agora para o Céu, e conte as estrelas se as pode contar, semelhantemente será tua semente. E creu ele no Senhor e foi-lhe imputado para que se fizesse justiça. A intimidade, a relação entre Deus e Abraão era de tamanho que ambos conversavam, não em sonhos, mas em visões, e não apenas uma vez, mas várias. Como por exemplos podemos citar: Gn12 – Deus pede a Abraão para que saia de sua terra. Gn15 – A aliança que Deus fez com Abraão quando prometeu a ele filhos mesmo sendo avançado em idade. Gn17 – Deus pede a Abraão sua circuncisão e de sua descendência. Gn18 – Deus revela a Abraão sobre a destuição de Sodoma e Gomorra (Abraão questiona a Deus). Gn21 – Deus promete que Isaac seria conhecido como semente de sua descendência. E do filho de Hagar faria uma grande nação. Gn22 – Deus pede Isaac, seu filho em sacrifício. Isso é adoração, ter uma vida de intimidade com Deus, viver para Deus e viver de Deus. Avançando um pouco no tempo, ano 50 D.C vamos conhecer outro personagem que aprendeu o sentido da palavra adoração. Paulo Paulo, doutor da lei Judaica, criado em uma seita dos fariseus. Quando ainda se chamava Saulo, antes de sua conversão, foi considerado o maior e mais cruel perseguidor que o povo cristão já conheceu. Além de perseguidor ele consentia com facilidade, na execução dos cristãos da época. Mas após seu encontro com Jesus a sua vida foi transformada. Mesmo estando ciente de todas as conseqüências de sua conversão e de sua nova posição, ele optou por pagar o preço de ser chamado apostolo de Deus, passando nesse momento a ser perseguido. Perseguido, apedrejado, preso, não deixou de seguir ao seu Deus. Mesmo na cadeia ele adorava e louvava seu Deus. Após sua conversão Paulo se tornou um dos um dos maiores responsáveis pela disseminação do evangelho e sobre tudo do capítulo da fé. Escreveu 14 cartas, 10 livros no novo testamento, sendo assim um instrumento usado por Deus para escrever boa parte do Novo Testamento. Paulo permaneceu preso em sua própria casa pelo período de 2 anos, e não foi impedido de continuar a anunciar as boas novas do evangelho. Paulo tinha uma vida tão intima com Deus que preferia a morte que a vida, para se encontrar com Deus. G l2:19-20 – Porque eu pela lei estou morto para a lei, para viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo, e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim. Paulo era tão intimo com Deus, que Deus o escolheu dentre os homens para ver a glória de Deus, o único dentre os homens a contemplar o 3ª Céu. I COR 2:9-10 – Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus preparou para aqueles que o amam. Nesse ponto você deve estar se perguntando... : Como saber se estou adorando a Deus em verdade ou não? Aliás, existe adoração falsa? A Adoração Falsa A resposta, infelizmente é sim, e o pior, não apenas uma maneira... Conheçamos algumas: Existe adoração com forma, mas sem substância. Nos últimos dias, como nos dias passados, falsos profetas virão (II Tim 3:1-8). Eles terão uma aparência de piedade e aprendem o que diz a Bíblia, mas, na verdade, negam a substância, o próprio poder da verdade e são réprobos quanto àquela fé uma vez dada aos santos. É fácil percebê-los, pois eles querem propagar somente as coisas aprazíveis, fábulas e freqüentemente apregoam tradições dos homens como se fossem mandamentos de Deus. A adoração da forma correta leva-nos à substância da verdade, ao aperfeiçoamento (II Tim 3:16,17). Existe adoração com os lábios, mas não de coração. Essa adoração pode ter uma aparência impecável, como se o povo estivesse chegando a Deus, assentando diante dele como o povo verdadeiro de Deus, ouvindo as palavras de Deus, mas por fim, o coração segue o pecado. (Mat. 15:8,9). Essa é uma adoração falsa. Em Isaías 1:2-17, o povo de Israel tinha oblações, orações e o levantar das mãos, aproximação a Deus, reuniões solenes, holocaustos abundantes, mas não reconheciam o Senhor em seus corações. Isso era visto por Deus como iniqüidade e maldade (v. 13,16) e Ele escondeu os Seus olhos deles. A adoração ocupou os lábios de todo o povo mas o coração deles estava longe de Deus. Não há adoração verdadeira se não houver obediência de um coração singular e temente a Deus. Existe adoração com a lei, mas não com o espírito. Os Fariseus eram religiosos que faziam tudo pela lei com a esperança sincera de deixar a Deus o mais alegre possível. Socialmente eram bem aceitos. Religiosamente também. A cerimônia era exatamente conforme a lei que Deus estipulava, mas, era uma adoração falsa. Deixaram o espírito da lei desfeito (Mat. 23:15,23). Por sinal, quando a Verdade passava por perto, os que adoravam por meio da letra da lei, zangavam-se. No fim da historia, crucificaram a Verdade, 11 para que pudessem continuar em adoração pela lei. Não podemos classificar uma adoração verdadeira aquela que aborrece A Verdade. Existe adoração com ignorância e é tida como adoração falsa. Jesus, em a sua conversa com a mulher Samaritana chegou a dizê-la que os Samaritanos adoram ao que não sabem (João 4:22). A instrução de Cristo é: que se não está adorando em espírito e em verdade, não está adorando ao Seu agrado. Jesus disse que os Fariseus erraram praticando seus ensinamentos com ignorância da verdade (Mat. 22:29, "Errais, não conhecendo as Escrituras ..."). Paulo notou a existência da adoração com ignorância. Existe adoração com sacrifício, mas não com obediência. O Rei Saul foi instruído para que destruísse completamente os Amalequitas. Tudo, homem, mulher, crianças e animais deviam ser destruídos. Nada deveria ser perdoado. O Rei Saul foi a cidade e feriu-a mas tomou o Rei Agague, rei dos Amalequitas, vivo, como também o melhor das ovelhas e das vacas, e também as de segunda ordem. Quando Samuel encontrou-se com o Rei Saul na volta da campanha de guerra, Samuel perguntou-o se a palavra do Senhor foi obedecida. O Rei Saul disse que sim. Mas os balidos das ovelhas e o mugido das vacas vieram aos ouvidos de Samuel. Saul explicou que estas foram poupados porque podiam ser oferecidas ao SENHOR, em Gilgal. Samuel explicou que essa é uma adoração falsa, pois o obedecer é melhor que o sacrificar, e o atender melhor que a gordura dos carneiros (I Sam 15: 21-22). A Adoração Verdadeira João 4:23,24 – Mas vem a hora e já chegou em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito e importa que os que o adoram, o adorem em espírito e em verdade. É muito claro o que Deus procura no assunto de adoração. Ele quer ser adorado em "espírito e em verdade". Vemos aqui dois novos quisitos para nos enquadrarmos na figura de adoradores, vejamos os dois separadamente: A Adoração Verdadeira: - Em Espírito. Por causa destas duas naturezas habitarem no crente, há conflitos. Uma natureza deseja os prazeres da carne e batalha contra a outra que vive segundo a justiça e a santidade (Gal 5:17). As tentações vêm ao crente através da sua carne. A adoração que agrada a Deus não é produto dos esforços do homem natural mas fruto do Espírito Santo que está no novo homem. Isso é o que significa "adorar em espírito". Só o que é produzido por Deus é aceito por Ele, pois o que o homem natural toca, suja. Para podermos adorar a Deus verdadeiramente temos que estar "em espírito", movidos e feito por aquela nova natureza nascida de Deus no crente. Isto seria visto naquele que é separado do mundo e obediente à Palavra de Deus. A adoração movida pelas emoções da carne e pelas maneiras e métodos de culto inventados pelo homem, mesmo que sejam dirigidas a Deus, são vãs e não aceitas por Deus, pois não são DELE. O que Deus aceita é feito por Ele e evidenciado pela santidade, silêncio, temor e por uma crescente obediência. (Fil. 2:13). 12 - Em Verdade Mesmo este estudo sobre a adoração verdadeira estando dividido em dois pontos (espírito e verdade) devemos entender que um não existem sem o outro. Importa a Deus que os que O adoram O adorem tanto em espírito quanto em verdade. Se adoramos o Senhor somente em um ponto, estamos adorando incorretamente. Mas, podemos, para maior clareza, os estudar separadamente. A Necessidade da Verdade O homem sempre precisa ter um equilíbrio. Por ele ter as duas naturezas, é preciso ser sempre lembrada a influência que a natureza pecaminosa pode exercer no crente. Por isso há tantos versículos na Bíblia sobre a necessidade do Cristão ser vigilante e sóbrio despertado do sono e ser espiritual. Também, por ter um inimigo astuto, cheio de ardis incansável que arma lutas espirituais contra nós precisamos de um alicerce forte no qual podemos nos estabelecer. A Palavra de Deus é o equilíbrio que o Cristão precisa. Ela é a verdade, mui firme viva e eficaz em meio a mentira e o engano sagaz que opera ao nosso redor. Ela nos aperfeiçoa para a defesa e resistência contra as astutas ciladas do diabo e o engano do nosso próprio coração. São provados os espíritos pela verdade e não por nossos pensamentos manipuláveis ou emoções enganadoras. A esses o Senhor busca para habitar na sua presença Sl 15:1,2 – Senhor, quem habitará no teu tabernaculo? Quem morará no seu santo monte? Aquele que vive com integridade e pratica a justiça, e de coração fala a verdade. Como é bom poder adorar em espírito e em verdade, já que estamos falando de Adoração vamos também conhecer um dos livros que expressa a mais alta adoração de homens ao Senhor, que mostra que mesmo em meio a lutas, dificuldades, crises existenciais podemos adorar a Deus, estamos falando sobre o livro de Salmos, vamos conhecê-lo um pouco melhor, sua escrita, as divisões, os temos técnicos. Salmos É um livro bíblico com 150 capítulos. Os textos presentes nele são poesias religiosas consideradas como orações ou louvores, quer no Judaísmo, quer no Cristianismo, e como tal continuam a ser usados atualmente. A autoria da maioria dos salmos é atribuída ao rei David, o qual teria escrito pelo menos 73 poemas. Asafe é considerado o autor de 12 salmos. Os filhos de Corá escreveram uns nove e o rei Salomão ao menos dois. Hemã com os filhos de Corá, bem como Etã e Moisés, escreveram no mínimo um cada. Todavia, 51 salmos seriam tidos por autoria anônima. O período em que os salmos foram compostos varia muito, representando um lapso temporal de aproximadamente um milênio, desde a data aproximada de 1440 a.C., quando houve o êxodo dos Israelitas do Egito até o cativeiro babilônico, sendo que muitas vezes esses poemas permitem traçar um paralelo com os acontecimentos históricos, principalmente com a vida de Davi, quando, por 13 exemplo, havia fugido da perseguição promovida pelo rei Saul ou quanto ao arrependimento pelo seu pecado com Bate-Seba. Os salmos são poemas de louvor, inicialmente transmitidos através da tradição oral e cuja fixação por escrito teve lugar sobretudo através do movimento de recolha das tradições israelitas, iniciado no exílio babilônico pelo profeta Ezequiel (séculos VII-VI a.C.). Como tal, muitos destes textos serão muito anteriores, sendo bastante difícil a sua crítica do ponto de vista literário estrito. Ainda assim, tendo em conta a comparação com a literatura poética coeva do Egito, da Assíria e da Babilônia, pode-se afirmar estes poemas de Israel como um dos expoentes da poesia universal. Os termos técnicos nos Salmos Os salmos eram para os Judeus, do Antigo Testamento, o que a Harpa Cristã, o Coro Sacro, o Cantor Cristão, ou o Hinário, são para nós na atualidade. O louvor fazia parte de quase todos os momentos na vida de Israel. Havia louvores fúnebres, festivos, religiosos, etc. Em fim, para cada circunstância da vida eles tinham um louvor um cântico apropriado. Muitos desses louvores ou Salmos, composto por vários salmistas, sob à inspiração divina, passaram a fazer parte do Cânon do Antigo Testamento. O titulo hebraico, para esses louvores, é Tehiliym, forma plural de Tehilah “salmos, louvores”. E, na verdade, este é o nome hebraico atribuído aos livros de salmos que faz parte da terceira divisão da Tanach. Já, a forma grega que os escritores da septuaginta, versão dos LXX, encontraram para traduzir a palavra hebraica Tehiliym, é Psalmós, que deu origem a palavra Salmo na língua portuguesa. A divisão dos Salmos Os Salmos estão divididos em cinco livros, a saber: 1º livro: Salmos 1 a 41; 2º livro Salmos 42 a 72; 3º livro Salmos 73 a 89; 4º Salmos 90 a 106; 5º Salmos 107 a 150. “Dos 150 salmos de que compõe o Saltério só 34 não trazem as epigrafes individuais. Os que não possuíam epigrafe eram denominados de “Salmos Órfãos”. Não se lhes compreenderá bem o sentido de desprezarmos o significado Dos termos técnicos usados na epigrafes e no corpo de alguns dos Salmos. As inscrições prefixadas, aos salmos têm grande significado: Umas indicam. O caráter didático do mesmo, outras indica o estilo de música ou poesia, Outras indicam o instrumento, o autor, a direção para a música, o assunto, A ocasião etc “. Termos técnicos que indicam o caráter da composição Mizmor: do hebr, Mizmor, significa: “um cântico com acompanhamento musical”. Originalmente o termo tem o significado de “fazer melodia”. É o título empregado nos Salmos individuais e aparece pela primeira vez no Salmo 3. 14 Masquil: do hebr, Mashkiyl, significa, “uma instrução, um discurso em verso”. Aparece 13 vezes como título nos Salmos. Gesenius traduz como um “poema didático”. (Sl 32). Mictão: do hebr, Michttam, o significado é bastante “áureo, misterioso” ou “inscrito, excelente”. Segundo os estudiosos, esse termo é usado nos Salmos que transmitem a idéia de expiação de pecados. (Sl 16) Sigaion: do hebr, Shiggayon, “ peregrino”, “canção agreste”. Gesenius traduz por, “canto suave”. Porém, Evald e Delitzsch entendem que o termo significa: “ um canto ditirâmbico”. (Sl 7 ) A forma plural é Shigyonot, e aparece em Hc 3:1 Tehila: do hebr, Tehillah, “hino”. (Sl 45) Tefila: do hebr, Tefillah, significa “oração”. (Sl 90) Termo técnico que designam a marcação musical Sela: do hebr, Selah, significa, “eternamente, para sempre”. Aparece 71 vezes nos Salmos e três vezes em Habacuque. Esse termo, segundo os pesquisadores, significa “pausa”, isto é, um descanso na parte vocal. Outros porem, sugerem que, no ato do culto, o dirigente solicitava que os cantores aumentassem a voz, e por isto, querem que Sela signifique, “levantai”, “forte”, etc. Higaiom: do hebr, Higgayom, significa, “meditação”. Aparece no Salmo 9:16 associado a palavra Sela Higgayom Selah. Segundo alguns têm sugerido, dado o sinal de pausa, seguia o sinal de “meditação” e reflexo. Termo técnico que se referem a instrumentos musicais. Neginote: do hebr, Negiynot, significa “ instrumentos de corda”.(Sl 4) Este termo aparece nos Salmos: 4, 6, 54, 55, 67, 76, e em Habacuque 3: 19. Indica a melodia com a qual o Salmo era cantado e indica que o ritual era celebrado com acompanhamento de harpas. Neilote: do hebr Nehiylot, significa, “instrumentos de corda”.(Salmo 5) Pelo fato de Isaias 30:29 sugerir que as flautas eram usadas nos cultos, supõem alguns que o instrumento de sopro a que o termo se refere a flauta. Termo que indicam o caráter ou a duração da música. Alamote: do hebr, ‘Alamot, significa, “ donzelas”, “ virgens”. Pelo fato do termo ser a forma plural de ‘Almah, que significa “ donzela, virgem”, alguns supõem que, o acompanhamento desse Salmo fosse feito com vozes de moças virgens, donzelas. (Sl 46) 15 Seminite: do hebr, Shemiyniyte, feminino de Shemiyniy, “oitavo”(numeral ordinal), significa oitava. Supõe-se que o termo indica “uma harpa de oito cordas” com que deviam ser acompanhados os Salmos 6 e 12. Outros chegam a pensar que o termo indique “o tom, uma oitava abaixo, para o temor ou o baixo”. Gitite: do hebr, Gittiyt, significa, “vindima” ou de Gate”. Aparece no título dos Salmos 8, 81 e 84. Pelo fato do termo significar “ vindima”, alguns supõem que estes Salmos eram cantados depois da vindima, isto é da colheita. Termo que indicam a melodia com a qual o Salmo deveria ser cantado Mute-Labem: do hebr, Mut-Labben, significa, “morte do filho”. Era, provavelmente, um canto fúnebre. Talvez o filho, aqui, fosse Golias, morto pelas mãos de Davi. (Sl 9) Aijelete- Hás- Saar: do hebr, Ayyelet- Há Shachar, significa “a corsa da alva”. Aparece no Salmo 22, considerado pelos estudiosos como, um Salmo Messiânico. Supõe-se que era cantado no sacrifício da manhã pelo ofertante da ovelha para o sacrifício ou pelo sacerdote que fazia em nome do ofertante, etc. Como é bom aprender mais sobre Deus, espero que nesse breve estudo, tenhamos aprendido como realmente se deve comportar um Adorador, espero sinceramente que na próxima vez que nós subirmos no altar para adorar ao Senhor venhamos a lembrar de como nosso Deus merece ser adorado. Deus abençoe sua vida de uma forma sobrenatural, e que eu e você possamos a cada dia ter mais intimidade com Deus, e que a Adoração se torne realmente um estilo de vida. Pr. Naldinho Ministério Edificar Bibliografia: Bíblia Apologética ICP Bíblia Thompson Dicionário Aurélio Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, do Ministério da Educação e Cultura Pr. Raul de Souza (Ministro de Louvor - Ministro do seminário SLAM) C.C. Internacional Atos 29 Pr. Elias Soares de Moraes - (Diretor teológico faculdade Betesda) Livro Perguntas Difíceis de Responder Vol. II 16