será que sou um levita - escola bíblica edificar

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SERÁ QUE SOU UM LEVITA?
Falamos muito em Levitas hoje, ou seja, falamos que todos aqueles que tocam no
altar das igrejas são levitas, mas será que são mesmo? Fico pensando as vezes
que talvez muitos estão longe de serem levitas, o que é interessante é quando
você pergunta para alguns irmãos; Que ministério você exerce? Muitos enchem a
boca e respondem com um orgulho estampado no rosto; Sou Levita. Será que
esses pelo menos sabem o que significa ser Levita.
Há uma diferença muito grande entre ser Levita e ser musico, você pode estar
pensando que não, mas tudo bem até o fim deste pequeno estudo você mesmo
vai dizer se é musico ou um levita. Mas só para começarmos vou te mostrar uma
diferença que o Senhor me revelou; O musico ele toca para ser adorado; O
levita toca para adorar, ou melhor, o levita adora para ser tocado pelo
Espírito do Senhor, e ai se você ficou chateado com essa comparação, quero te
dar uma noticia você ainda é um musico, mas se quiser continuar isso significa
que você quer mudar desta posição de musico para um adorador, então vamos
aprender juntos.
O que significa levita? Vamos estudar um pouco a origem desse nome; LEVI do
Hebraico LÊWI ligado à raiz IÃWÂ significa JUNTAR, ou ainda HILLAWEH que
significa UNIR. O nome HILLAWEH (LEVÍ) é da mesma família onomatopaica
da palavra HALELUIA. Vamos entender, mas sobre Levi, de onde surgiu esse
nome então vamos lá voltar um pouco no tempo, mas precisamente em Gênesis
29:16, Jacó encontra com Labão que era irmão da sua mãe, como em uma
historia de amor se apaixona a primeira vista por uma mulher chamada Raquel.
Então Jacó tomado por esse amor pede Raquel em casamento, e faz um negocio
com seu tio, trabalhando sete anos para poder desposar Raquel e quando cumpre
seus anos de trabalho é enganado por Labão que entrega Lia por ser a
primogênita e faz outro negocio com Jacó, o fazendo trabalhar, mas sete anos por
Raquel, daí já começa toda a encrenca, Lia era desprezada, pois Jacó amava a
Raquel e essa era estéril, o que contava o peso de uma mulher era a sua
fertilidade e melhor ainda se fossem filhos. Então Lia concebeu seu primeiro filho e
deu o seu nome de Rubén
E concebeu Lia, e deu à luz um filho, e chamou-o Rúben; pois disse: Porque
o SENHOR atendeu à minha aflição, por isso agora me amará o meu marido.
(Gênesis: 32).
Passado, mas algum tempo Deus concedeu o segundo filho a Lia.
E concebeu outra vez, e deu à luz um filho, dizendo: Porquanto o SENHOR
ouviu que eu era desprezada, e deu-me também este. E chamou-o Simeão.
(Gênesis: 33).
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Lia já havia dado a luz a dois filhos, era uma honra, mas notasse que o primeiro foi
chamado de Rubén porque ela era desprezada e com esse filho seria amada por
Jacó, mas o interessante é que mesmo assim ela fala que era desprezada antes
de ter o seu segundo filho, que se foi dado o nome de Simeão, mas não parou por
ai, pois nosso Deus tinha mais projetos para Lia e ela concebeu terceiro filho.
E concebeu outra vez, e deu à luz um filho, dizendo: Agora esta vez se unirá
meu marido a mim, porque três filhos lhe tenho dado. Por isso chamou-o
Levi. (Gênesis: 34).
Conseguiu notar algo importante no que Lia declara nesse versículo “Agora esta
vez se unirá meu marido a mim, porque três filhos lhe tenho dado. Por isso
chamou-o Levi. Ela declara” esta vez se unirá meu marido a mim “ou seja até
então algo ainda estava errado, ela depositou sua união com Jacó naquela criança
como quem diz agora Jacó vai se unir a mim de uma vez, por isso foi lhe dado o
nome de Levi. O nome daquele de onde se originou a tribo dos levitas significa”.
unir, vemos agora que essa união referida pelo texto acima se trata da união do
esposo com a esposa. Tipologicamente falando podemos concluir que os levitas
têm a responsabilidade de unir a Esposa (Igreja) ao esposo (Jesus). A pergunta
que passa na cabeça de todos os levitas é essa: “Estou usando o dom e o talento
que Deus me deu para unir o que? Agora ficou estreito, sabe por quê? Muitos
perderam a visão e estão usando aquilo que Deus lhe deu para seus próprios
prazeres em vez de trazer a presença de Deus estão fazendo ao contrario,
trazendo ouvintes para verem como ele toca bem, ou como ela canta bem, até
conseguem arrancar uma lagrima dos olhos, mas não trazem a benção do Senhor
sobre o povo, disputam o pupito entre musico, cantores, trazendo divisão no meio
da igreja, daí da para se ver que não entendem nada do que é o verdadeiro
ministério de um Levita”.
Um equivoco é imaginar que o simples fato de cantar bem, com qualidade e até
conseguir emocionar pessoas é o bastante ou que esta seja a missão do levita,
porém as responsabilidades do Levita são muito grandes e extremamente sérias.
Umas das coisas que mais me chama a atenção é que o levita é apaixonado por
Deus, sem medir as conseqüências, não se importam querem é obedecer à voz
de Deus mesmo que tenha que custar caro, como aconteceu quando Moises ficou
irado com o povo que havia construído um bezerro de ouro, quebrou as tabuas do
testemunho ao pé do monte, queimou o bezerro de ouro até ficar pó e misturou na
água e deu para o povo beber depois disso pôs-se em pé na porta do arraial é
disse; Pôs-se em pé Moisés na porta do arraial e disse: Quem é do SENHOR,
venha a mim. Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi.
E disse-lhes: Assim diz o SENHOR Deus de Israel: Cada um ponha a sua espada
sobre a sua coxa; e passai e tornai pelo arraial de porta em porta, e mate cada um
a seu irmão, e cada um a seu amigo, e cada um a seu vizinho.
E os filhos de Levi fizeram conforme a palavra de Moisés; e caíram do povo
aquele dia uns três mil homens. (Êxodo 32:26-28).
Entendemos que os filhos de Levi não se importaram com o que iria acontecer
simplesmente obedeceram à ordem de Moises, o levita tem gravado em sua alma
duas ordenanças fundamentais de um adorador OBEDIÊNCIA E SANTIDADE,
hoje Deus tem que procurar esse tipo de adorador “Mas a hora vem, e agora é,
em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade;
porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” (João 4:23).
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Com isso entendemos que o Levita tem que estar disposto a abrir mão de algo
não importa o que seja, ele sempre coloca o Senhor em primeiro plano, temos
sido assim, temos dado o tempo ao Senhor, quanto tempo você gasta fazendo
aquele seu hobby que você gosta tanto, ou então de frente ao computador, nos
Messenger e Orkuts da vida, quanto tempo gastamos parados na frente de uma
televisão muitas das vezes vendo e ouvindo aquilo não nós edifica em nada, não
estou sendo radical, pois temos que ser moderados, mas sinceridade temos sido
moderados?Analise você mesmo, quanto tempo você te gasto orando pelo seu
ministério, quanto tempo você tem lido a palavra de Deus ou um bom livro
relacionado a o Senhor ou você e daqueles que só estudam a técnica a parte
espiritual deixa pra outro que se vire, ser levita é mais que isso.
Muitas vezes o orgulho fala mais alto, do que a própria voz de Deus, o orgulho é
um pecado varias vezes mencionadas na Bíblia todas as suas menções indicam
que Deus o odeia. Deus realmente abomina o sentimento de orgulho! Toda
criatura que cai nesta perigosa cilada enfrenta o Deus todo poderoso sem o menor
temor. Isto porque o orgulho cega o entendimento. Ele faz seus escravos
pensarem que podem tomar o lugar do Onipotente Deus ou que podem ser uma
criatura superior às outras. Mas isto é engano, um caminho que leva tudo à
destruição.
O primeiro pecado mencionado na Bíblia é o orgulho. Satanás queria ser como
Deus, queria destroná-lo. Assim nasceu a primeira contenda no céu. Um terço dos
anjos foram seduzidos. Acreditaram nas promessas do suposto futuro “senhor” de
tudo. Encheram-se de orgulho influenciados por Satanás. A propósito, aqueles
que pensam que o sentimento de orgulho não traz contenda e desordem, estão
completamente errados. O orgulho causa confusão, contenda, mágoa, brigas,
discussões, divisões, etc. Além disso, o cristão quando é orgulhoso envergonha o
nome de Cristo, pois isto contraria tudo o que o Mestre ensinou e viveu.
Dentro do Ministério Musical o pecado do orgulho pode ser facilmente detectado.
Preste atenção:
1- Quando não aceitamos exortação de nossos pastores, líderes e até
mesmo de nossos companheiros de ministério.
2- Quando sempre achamos que estamos certos.
3- Quando não damos ouvido às outras pessoas.
4- Quando achamos que somos melhores do que alguém
5- Quando achamos que somos dignos de receber alguma glória e louvor.
6- Quando achamos que a obra que executamos está tendo sucesso pela
nossa capacidade.
7- Quando achamos que o nosso estilo musical é o mais correto perante
Deus.
8- Quando humilhamos, subestimamos ou não valorizamos aqueles que
estão iniciando no ministério.
Talvez esta seja a razão da escassez de verdadeiros adoradores dentro do povo
chamado cristão. Esta triste armadilha tem cegado a muitos, tornando-os joio, ao
invés de trigo. Aqueles que desejam trilhar a árdua jornada da verdadeira
adoração deverão riscar de sua vida tudo aquilo que foi dito anteriormente.
O verdadeiro adorador não deixa ser tomado pelo orgulho, mas permanece
humilde pelo temor que tem de Deus. O verdadeiro adorador sabe que Deus não
reparte sua glória com ninguém! Jesus, além de ser o nosso Salvador, foi o maior
Mestre que pisou na face da terra. Suas maiores lições sempre tinham a ver com
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humildade. Ele sabia que a falta de humildade causava destruição, ruínas,
separação, tristeza, e o pior de tudo, entristecia a Deus. Foram de Jesus as
palavras:
Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
(Mateus 5:5) Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e
humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. (Mateus 5:11)
Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos
céus. (Mateus 5:18)
Jesus não só ensinou sobre a humildade, mas sua vida refletia isto em cada
atitude. Dia a dia ele mostrava que o orgulho não fazia parte do seu caráter. Não
foi o Rei Jesus quem lavou os pés dos discípulos na noite da Ceia? É importante
ressaltar que nenhum dos 12 homens merecia isto. Outra prova de humildade foi a
sua terrível morte na cruz. Na época de Jesus, a morte de cruz era um dos piores
e mais humilhantes tipos de morte existente. Na polida sociedade romana até a
sua menção era proibida. Você consegue imaginar o rei da glória, o filho de Deus
se submetendo aos soldados romanos, apanhando, levando chutes, socos,
chicotadas e tendo sua cabeça furada por uma coroa de espinhos? É difícil
compreendermos isto, mas entendemos que foi uma das grandes, senão a maior
prova de humildade de Jesus.
Bem agora que já vimos algumas diferenças entre ser um adorador e somente um
musico, vamos as responsabilidades de um Levita.
Responsabilidades com o Tabernáculo
O papel dos levitas como ministros do tabernáculo era de cooperarem na
construção do tabernáculo, sob a supervisão do filho de Arão, Itamar. Nas leis
preparatórias para a marcha pelo deserto, Levi foi separado por Deus, das outras
tribos, e colocado sob a responsabilidade de desmanchar, transportar e erigir o
tabernáculo alem de servirem como uma espécie de pára-choque para protegerem
as demais tribos israelitas da indignação de Deus, que os ameaçava se
despercebidamente entrassem em contato com a tenda sagrada ou com os seus
móveis (Nm 1: 47-54).
O Levita e a Santificação
A santificação é o elemento chave para que um levita tenha o seu ministério bem
sucedido e é também a maior responsabilidade de um servo de Deus.
Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,
(Hebreus 12:14)
Nenhum Levita pode fazer a obra de Deus sem estar com sua vida em santidade:
Os levitas se purificaram e lavaram as suas vestes, e Arão os apresentou por
oferta movida perante o SENHOR e fez expiação por eles, para purificá-los.
Depois disso, chegaram os levitas, para fazerem o seu serviço na tenda da
congregação, perante Arão e seus filhos; como o SENHOR ordenara a Moisés
acerca dos levitas, assim lhes fizeram. (Números 8:21-22).
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Este texto mostra que os levitas tinham que se lavar e purificar suas vestes. Não
há como exercer o ministério diante do Senhor sem passar pela experiência da
santificação da purificação pela palavra de Deus. Veja mais este texto do novo
testamento. Para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de
água pela palavra, (Efésios 5:26).
Ninguém pode envolver-se com Deus sem se deparar com sua santidade perfeita.
O impacto da santidade de Deus em nossas vidas deve ser o mesmo que houve
na vida de Isaias.
No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime
trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima
dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus
pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo,
santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases
do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.
Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros,
habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o
SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão
uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha
boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e
perdoado, o teu pecado. (Isaías 6:1-7).
Imagine aqui que visão tremenda teve Isaias quando se viu diante do trono de
Deus e se deparou com a declaração dos anjos: SANTO, SANTO, SANTO é o
Senhor dos exércitos. A convicção da santidade de Deus foi tão grande no
coração de Isaias que ele achou que ia ser fulminado por estar diante de tanta
santidade e perfeição.
Isaias era um profeta que estava desanimado, talvez pela morte de Uzias e
também pela maldade que se estabelecer na terra por todo um contexto de
pecado e fracasso espiritual que o povo estava vivendo. Depois de Judá ter vivido
um período áureo de vigor espiritual o Rei Uzias peca por presunção e isso gera
um declínio espiritual em Judá. Isaías que era então um profeta, que não estava
vivendo os seus melhores dias. Um dia ele vai ao templo em Jerusalém e ao
dobrar os seus joelhos se depara com uma visão absolutamente tremenda: Deus
assentado em um alto e sublime trono, este foi um momento especial na vida do
profeta, talvez suas decepções com os reis da terra estivessem embaçando sua
visão a respeito do reinado divino. A visão de Deus no seu trono assegura então
Isaias que apesar da aparente vitória da maldade sobre a terra Deus continuava
reinando soberano em seu alto e Sublime trono. Até os alicerces do templo
tremeram diante do estrondo do coro angelical. Os Anjos declaravam em sublime
devoção: SANTO, SANTO, SANTO é o Senhor dos exércitos. Veja que os anjos
exaltam a santidade do Senhor dos exércitos. Qual a razão de os anjos se
utilizarem deste nome de Deus, porque não o chamou de o senhor da paz, do
amor, ou qualquer outro nome? Acredito que havia uma lição nesta declaração
dos anjos: A Santidade é uma Guerra e somente pelo poder do Senhor dos
exércitos é que se pode sair vitorioso nesta guerra, acredito também que Deus
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queria equipar o profeta como um grande guerreiro de seu exército, o Senhor dos
exércitos dá ao profeta Isaias a oportunidade de conhecer a soberania do seu
Deus diante de uma citação angelical de sua grandeza como o Grande
comandante dos exércitos.
Diante da visão estrondosa Isaias se sente indigno: como poderia ele repetir o
coro angelical? Sua consciência pesava sob o sentimento de sua fraqueza e
fracasso pessoais. Ele nada mais podia fazer se não confessar sua incapacidade
e condição decaída. Na verdade ninguém que se aproxime de Deus pode passar
por uma experiência assim sem se deparar com a santidade de Deus e a partir daí
buscar uma vida de santidade, ninguém pode declarar-se levita se não se sente
totalmente comprometido com a santidade de Deus.
Isaias faz uma declaração que pra mim é uma grande lição: "Sou homem de
lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios”.
Creio que Isaias estava falando de suas mentiras, talvez muitas vezes tenha dito o
que Deus não mandou ele dizer, talvez tenha usado o nome de Deus para falar o
que não lhe fora ordenado, ou seja, em muitas situações suas profecias poderiam
ser uma grande mentira. O pecado de Isaias estava nos seus lábios: não é o que
entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim,
contamina o homem. (Mateus 15:11) É exatamente assim que muitos vivem, todas
as vezes que cantam ou dizem algo que não estão vivendo, isto se torna uma
mentira ainda que seja uma verdade para outros. Isaias vivia em um ambiente de
mentiras de palavras frívolas, um ambiente que denunciava impureza. Todos
sabemos que as palavras têm poder, agora imagine um profeta que tem seus
lábios impuros, suas palavras eram impuras e ele estava cercado disto, de gente
que não falava a verdade, o ambiente que ele estava vivendo estava carregado
porque as palavras que se saiam daqueles lábios impuros estavam minando as
suas forças. Até que ele ouve a maior verdade de sua vida, dita por lábios
angelicais: SANTO, SANTO, SANTO é o Senhor dos exércitos. Esta é uma
verdade incontestável, Deus é santo, portanto todos os que desejam agradá-lo
precisam viver em santidade. Não podemos fugir disto: O relacionamento com
Deus cobra de nós uma vida de santificação constante.
Não entendo como alguns ministros querem desenvolver um ministério poderoso,
sem vida de oração. Também não entendo como algumas igrejas desejam ser
abençoadoras sem a pratica da adoração. Vamos mergulhar nestes dois
elementos imprescindíveis para a vida vitoriosa da igreja e do ministro.
O Levita e a Oração
Parece bobagem querer conceituar a oração, já que ela é uma tão invasculhável e
ao mesmo tempo tão real experiência de qualquer pessoa que algum dia já a
tenha experimentado. Todas as vezes que alguém pretender discorrer sobre o
assunto, automaticamente vai se deparar com a expressão de sua experiência
própria. Pois acredito que qualquer fórmula ou projeto de oração não pode ser tido
como manual inviolável sobre a oração. O Pai Nosso ensinado por Jesus trata-se
apenas de uma sugestão de Cristo quanto a um modelo de oração, o qual terá
sempre o tamanho e as dimensões experiências de cada um. O que vou abordar
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neste é apenas a necessidade e alguns resultados decorrente de uma vida
de oração.
Necessitamos de Oração
- Para conhecer o coração de Deus
Quão grandes mistérios estão ocultos no coração de Deus, quantas coisas
tremendas estão reservadas em seu coração a respeito de cada um de nós.
Quantas vezes tomamos decisões erradas diante de determinada situação por
não conhecermos o coração do pai, por não sabermos qual seria a atitude de
Deus diante do fato. A oração nos revela o coração de Deus, nos torna confiáveis
para que Deus revele seus mais absolutos segredos. Isto é naturalmente
compreendida basta apenas observarmos os relacionamentos humanos para
verificarmos que quanto mais convivemos e conversamos com as pessoas mais
nos tornamos confiáveis e mais haverá liberdade para o desvendar do coração.
Com Deus também é assim Deus com absoluta certeza deseja compartilhar seus
sentimentos e abrir o coração, para aquele que vive em comunhão com Ele, para
aqueles que mais tempo passam em sua presença. Há muitos que se gloriam pelo
tempo que têm de igreja, alguns dizem: "estou nesta igreja desde a sua fundação".
Anos de carteirinha de membro nada é em comparação ao tempo de oração de
cada cristão. O importante é quanto tempo de todo o tempo que tenho eu passo
na presença de Deus em oração.
- Para conhecer o nosso próprio coração
A vida de oração também nos revela o nosso próprio coração. Quando nos
inclinamos diante de Deus, nos deparamos com a sua onisciência e é só assim
que temos a coragem de dizer quem realmente somos. O contato com a
onisciência de DEUS não nos permite disfarces, se tentarmos esconder coisas
diante DELE nos sentimos ridículos, pois sabemos que ele nos conhece. Assim
somos desvendados por Deus e por nós mesmos.
- Para não entrarmos em tentação.
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto,
mas a carne é fraca. ( Mateus 24:41)
- Para desenvolver uma vida poderosa em Deus.
Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que
sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.
Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não
chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.
(Tiago 5:16-17)
- Para Compreendermos determinadas situações da vida que só se
discernem espiritualmente.
Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
(I Corintios 2:15)
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- Para nos equiparmos para a batalha espiritual.
Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e,
havendo feito tudo, ficar firmes.
Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a
couraça da justiça;
E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
Tomando, sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos
inflamados do maligno.
Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra
de Deus;
Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto
com toda a perseverança e súplica por todos os santos, (Efésios 6:13-18).
- Para entrarmos em uma nova dimensão de vida com Deus
A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas
de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder;
Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de
Deus. (I Corintios 2:4-5).
Podemos usar o termo Levita para quem não é da tribo de Levi?
Quando dizemos hoje que somos levitas alguém pode perguntar como podemos
nos denominar levitas se não somos da Tribo de Levi. Por isso gostaria de alongar
este comentário sobre os levitas a fim de que ninguém se perturbe com estas
questões.
Havia um moço de Belém de Judá, da tribo de Judá, que era levita e se demorava
ali. (Juízes 17:7).
O levita de Mica veio de Belém e era da família de Judá. Com o poderia ser ele
levita sendo de Judá e não da tribo de Leví. O levita, neste texto pode ser um
exemplo da possibilidade de que indivíduos de outras tribos podiam, durante
algum período, unir-se à tribo sacerdotal. Há ainda alguma evidencia de que o
termo levita fosse um título funcional com o sentido de alguém obrigado por voto,
alem de servir como designação de uma tribo. Tipologicamente o Levita do Velho
testamento nada mais é do que a figura do servo do novo testamento, que se
consagra e assume a posição de levita para conduzir o tabernáculo do senhor.
Entendemos agora que a função de um levita é muito maior do que simplesmente
pegar um instrumento e tirar notas em cima de um altar, o levita tem que conhecer
ao Senhor, com muita intimidade, eu só posso ser intimo de alguém quando
conquistar a sua confiança, ou seja, eu só vou poder ter experiências com Deus
quando Ele olhar para mim e me ver como um verdadeiro adorador que O
conhece, e sabe que a adoração é um estilo de vida, eu adoro a Deus não por
aquilo que ele pode me dar, mas adoro ao Senhor por aquilo que Ele é para mim.
Agora que já sabemos a diferença entre um Levita (adorador) e um musico
somente vamos entender o que é louvor e adoração.
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LOUVOR
Segundo o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, do Ministério da Educação e
Cultura, louvar significa: elogiar; enaltecer; bendizer; glorificar; aplaudir.
O significado bíblico é mais abrangente. Compreende esses aspectos, porém vai
além deles ao incluir outros elementos, quando se trata de louvar a Deus.
Segundo a bíblia, louvor é reconhecer, demonstrar agradecimento a Deus pelo
que ele tem operado em nossas vidas.
– Bendize oh minha alma ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga seu santo
nome. Bendize ó minha alma ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus
benefícios. (Salmos 103:1-20).
ADORAÇÃO
Quando pensamos em adorar a Deus, geralmente imaginamos algo que emana de
nós a fim de expressarmos louvor às qualidades de Deus.
Definição de Adoração
O dicionário Aurélio define adoração como: culto a uma divindade; culto,
reverência e veneração.
No sentido Bíblico, adoração vai muito além de um simples culto, muito além de
reverencia, mas uma intimidade com Deus, é estar na presença de Deus.
Não existe, ou pelo menos não conheço alguma passagem das escrituras que nos
dê uma definição clara e direta do que viria a ser ADORAÇÃO, mas existem
diversas passagens, que vamos estudar hoje, de onde podemos pressupor essa
definição.
O ponto inicial para entender-mos a Adoração como estilo de vida, seria estudar a
vida e experiência de duas pessoas que aprenderem esse sentido: Abraão e
Paulo.
Abraão
Vamos começar nossa viagem bíblica ao passado, no século XX A.C, em
Gênesis, e conhecer um pouco sobre quem foi Abraão e como foi a sua vida com
Deus para entendermos o sentido da palavra Adoração. Abraão, 8ª geração de
Noé, amigo de Deus, também conhecido como o pai da fé, se pôs a obedecer a
vontade de Deus quando seu povo passava fome em sua caminhada em direção a
Canaã, a terra prometida.
Liderando o seu povo, enfrentou as contendas do povo contra Deus, mesmo
diante todos os sinais e maravilhas que Deus operava naquele lugar, enfrentou
todas as dificuldades e diversidades em nome do amor que sentia ao seu Deus.
A relação de intimidade de Deus com Abraão se deu nesse momento, quando
Deus prometeu a Abraão um filho quando sua esposa tinha já 90 anos. E Abraão
mostra sua total obediência ao seu Deus quando acatou o pedido de Deus para
sacrificar seu filho Isaque em holocausto.
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Foi nesse momento que podemos presenciar o maior ato de intimidade e
adoração de Abraão para com Deus; quando ele deixa de lado toda lógica,
inclusive o amor a seu filho para seguir a vontade de Deus, oferecendo seu filho
em sacrifício, conforme Deus o havia pedido.
Gn 12:1 – O Senhor disse a Abraão: Sai da tua terra e da tua parentela e da casa
de teu pai para a terra que eu te mostrarei.
Abraão aqui começa a viver a experiência de seguir o que é lógico aos olhos
humanos saindo de sua terra para um lugar desconhecido
Gn15:1,3-6 – Depois dessas coisas veio a palavra do Senhor a Abraão em visão
dizendo: Não temas Abraão, eu sou o teu escudo, teu grandíssimo galardão.
Eis que não tem me dado semente e um nascido de minha casa será meu
herdeiro.
E eis que veio a palavra do Senhor a ele dizendo: Este não será seu herdeiro, mas
o que sair de suas entranhas será teu herdeiro.
Então levou-o para fora e disse: Olha agora para o Céu, e conte as estrelas se as
pode contar, semelhantemente será tua semente.
E creu ele no Senhor e foi-lhe imputado para que se fizesse justiça.
A intimidade, a relação entre Deus e Abraão era de tamanho que ambos
conversavam, não em sonhos, mas em visões, e não apenas uma vez, mas
várias. Como por exemplos podemos citar:
Gn12 – Deus pede a Abraão para que saia de sua terra.
Gn15 – A aliança que Deus fez com Abraão quando prometeu a ele filhos mesmo
sendo avançado em idade.
Gn17 – Deus pede a Abraão sua circuncisão e de sua descendência.
Gn18 – Deus revela a Abraão sobre a destuição de Sodoma e Gomorra (Abraão
questiona a Deus).
Gn21 – Deus promete que Isaac seria conhecido como semente de sua
descendência. E do filho de Hagar faria uma grande nação.
Gn22 – Deus pede Isaac, seu filho em sacrifício.
Isso é adoração, ter uma vida de intimidade com Deus, viver para Deus e viver de
Deus.
Avançando um pouco no tempo, ano 50 D.C vamos conhecer outro personagem
que aprendeu o sentido da palavra adoração.
Paulo
Paulo, doutor da lei Judaica, criado em uma seita dos fariseus. Quando ainda se
chamava Saulo, antes de sua conversão, foi considerado o maior e mais cruel
perseguidor que o povo cristão já conheceu.
Além de perseguidor ele consentia com facilidade, na execução dos cristãos da
época.
Mas após seu encontro com Jesus a sua vida foi transformada. Mesmo estando
ciente de todas as conseqüências de sua conversão e de sua nova posição, ele
optou por pagar o preço de ser chamado apostolo de Deus, passando nesse
momento a ser perseguido.
Perseguido, apedrejado, preso, não deixou de seguir ao seu Deus. Mesmo na
cadeia ele adorava e louvava seu Deus.
Após sua conversão Paulo se tornou um dos um dos maiores responsáveis pela
disseminação do evangelho e sobre tudo do capítulo da fé. Escreveu 14 cartas,
10
livros no novo testamento, sendo assim um instrumento usado por Deus para
escrever boa parte do Novo Testamento.
Paulo permaneceu preso em sua própria casa pelo período de 2 anos, e não foi
impedido de continuar a anunciar as boas novas do evangelho.
Paulo tinha uma vida tão intima com Deus que preferia a morte que a vida, para se
encontrar com Deus.
G l2:19-20 – Porque eu pela lei estou morto para a lei, para viver para Deus. Já
estou crucificado com Cristo, e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida
que agora vivo na carne vivo-a na fé do filho de Deus, o qual me amou e se
entregou a si mesmo por mim.
Paulo era tão intimo com Deus, que Deus o escolheu dentre os homens para ver a
glória de Deus, o único dentre os homens a contemplar o 3ª Céu.
I COR 2:9-10 – Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em
coração humano o que Deus preparou para aqueles que o amam.
Nesse ponto você deve estar se perguntando... : Como saber se estou adorando a
Deus em verdade ou não? Aliás, existe adoração falsa?
A Adoração Falsa
A resposta, infelizmente é sim, e o pior, não apenas uma maneira... Conheçamos
algumas:
Existe adoração com forma, mas sem substância.
Nos últimos dias, como nos dias passados, falsos profetas virão (II Tim 3:1-8).
Eles terão uma aparência de piedade e aprendem o que diz a Bíblia, mas, na
verdade, negam a substância, o próprio poder da verdade e são réprobos quanto
àquela fé uma vez dada aos santos. É fácil percebê-los, pois eles querem
propagar somente as coisas aprazíveis, fábulas e freqüentemente apregoam
tradições dos homens como se fossem mandamentos de Deus. A adoração da
forma correta leva-nos à substância da verdade, ao aperfeiçoamento (II Tim
3:16,17).
Existe adoração com os lábios, mas não de coração.
Essa adoração pode ter uma aparência impecável, como se o povo estivesse
chegando a Deus, assentando diante dele como o povo verdadeiro de Deus,
ouvindo as palavras de Deus, mas por fim, o coração segue o pecado.
(Mat. 15:8,9). Essa é uma adoração falsa. Em Isaías 1:2-17, o povo de Israel tinha
oblações, orações e o levantar das mãos, aproximação a Deus, reuniões solenes,
holocaustos abundantes, mas não reconheciam o Senhor em seus corações. Isso
era visto por Deus como iniqüidade e maldade (v. 13,16) e Ele escondeu os Seus
olhos deles. A adoração ocupou os lábios de todo o povo mas o coração deles
estava longe de Deus. Não há adoração verdadeira se não houver obediência de
um coração singular e temente a Deus.
Existe adoração com a lei, mas não com o espírito.
Os Fariseus eram religiosos que faziam tudo pela lei com a esperança sincera de
deixar a Deus o mais alegre possível. Socialmente eram bem aceitos.
Religiosamente também. A cerimônia era exatamente conforme a lei que Deus
estipulava, mas, era uma adoração falsa. Deixaram o espírito da lei desfeito
(Mat. 23:15,23). Por sinal, quando a Verdade passava por perto, os que adoravam
por meio da letra da lei, zangavam-se. No fim da historia, crucificaram a Verdade,
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para que pudessem continuar em adoração pela lei. Não podemos classificar uma
adoração verdadeira aquela que aborrece A Verdade.
Existe adoração com ignorância e é tida como adoração falsa.
Jesus, em a sua conversa com a mulher Samaritana chegou a dizê-la que os
Samaritanos adoram ao que não sabem (João 4:22). A instrução de Cristo é: que
se não está adorando em espírito e em verdade, não está adorando ao Seu
agrado. Jesus disse que os Fariseus erraram praticando seus ensinamentos com
ignorância da verdade (Mat. 22:29, "Errais, não conhecendo as Escrituras ...").
Paulo notou a existência da adoração com ignorância.
Existe adoração com sacrifício, mas não com obediência.
O Rei Saul foi instruído para que destruísse completamente os Amalequitas.
Tudo, homem, mulher, crianças e animais deviam ser destruídos. Nada deveria
ser perdoado. O Rei Saul foi a cidade e feriu-a mas tomou o Rei Agague, rei dos
Amalequitas, vivo, como também o melhor das ovelhas e das vacas, e também as
de segunda ordem. Quando Samuel encontrou-se com o Rei Saul na volta da
campanha de guerra, Samuel perguntou-o se a palavra do Senhor foi obedecida.
O Rei Saul disse que sim. Mas os balidos das ovelhas e o mugido das vacas
vieram aos ouvidos de Samuel. Saul explicou que estas foram poupados porque
podiam ser oferecidas ao SENHOR, em Gilgal. Samuel explicou que essa é uma
adoração falsa, pois o obedecer é melhor que o sacrificar, e o atender melhor que
a gordura dos carneiros (I Sam 15: 21-22).
A Adoração Verdadeira
João 4:23,24 – Mas vem a hora e já chegou em que os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque estes que o Pai procura para
seus adoradores. Deus é espírito e importa que os que o adoram, o adorem em
espírito e em verdade.
É muito claro o que Deus procura no assunto de adoração. Ele quer ser adorado
em "espírito e em verdade".
Vemos aqui dois novos quisitos para nos enquadrarmos na figura de adoradores,
vejamos os dois separadamente:
A Adoração Verdadeira:
- Em Espírito.
Por causa destas duas naturezas habitarem no crente, há conflitos. Uma natureza
deseja os prazeres da carne e batalha contra a outra que vive segundo a justiça e
a santidade (Gal 5:17). As tentações vêm ao crente através da sua carne.
A adoração que agrada a Deus não é produto dos esforços do homem natural mas
fruto do Espírito Santo que está no novo homem. Isso é o que significa "adorar em
espírito". Só o que é produzido por Deus é aceito por Ele, pois o que o homem
natural toca, suja. Para podermos adorar a Deus verdadeiramente temos que
estar "em espírito", movidos e feito por aquela nova natureza nascida de Deus no
crente. Isto seria visto naquele que é separado do mundo e obediente à Palavra
de Deus. A adoração movida pelas emoções da carne e pelas maneiras e
métodos de culto inventados pelo homem, mesmo que sejam dirigidas a Deus,
são vãs e não aceitas por Deus, pois não são DELE. O que Deus aceita é feito por
Ele e evidenciado pela santidade, silêncio, temor e por uma crescente obediência.
(Fil. 2:13).
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- Em Verdade
Mesmo este estudo sobre a adoração verdadeira estando dividido em dois pontos
(espírito e verdade) devemos entender que um não existem sem o outro. Importa
a Deus que os que O adoram O adorem tanto em espírito quanto em verdade. Se
adoramos o Senhor somente em um ponto, estamos adorando incorretamente.
Mas, podemos, para maior clareza, os estudar separadamente.
A Necessidade da Verdade
O homem sempre precisa ter um equilíbrio. Por ele ter as duas naturezas, é
preciso ser sempre lembrada a influência que a natureza pecaminosa pode
exercer no crente. Por isso há tantos versículos na Bíblia sobre a necessidade do
Cristão ser vigilante e sóbrio despertado do sono e ser espiritual. Também, por ter
um inimigo astuto, cheio de ardis incansável que arma lutas espirituais contra nós
precisamos de um alicerce forte no qual podemos nos estabelecer. A Palavra de
Deus é o equilíbrio que o Cristão precisa. Ela é a verdade, mui firme viva e eficaz
em meio a mentira e o engano sagaz que opera ao nosso redor. Ela nos
aperfeiçoa para a defesa e resistência contra as astutas ciladas do diabo e o
engano do nosso próprio coração. São provados os espíritos pela verdade e não
por nossos pensamentos manipuláveis ou emoções enganadoras.
A esses o Senhor busca para habitar na sua presença
Sl 15:1,2 – Senhor, quem habitará no teu tabernaculo? Quem morará no seu santo
monte? Aquele que vive com integridade e pratica a justiça, e de coração fala a
verdade.
Como é bom poder adorar em espírito e em verdade, já que estamos falando de
Adoração vamos também conhecer um dos livros que expressa a mais alta
adoração de homens ao Senhor, que mostra que mesmo em meio a lutas,
dificuldades, crises existenciais podemos adorar a Deus, estamos falando sobre o
livro de Salmos, vamos conhecê-lo um pouco melhor, sua escrita, as divisões, os
temos técnicos.
Salmos
É um livro bíblico com 150 capítulos. Os textos presentes nele são poesias
religiosas consideradas como orações ou louvores, quer no Judaísmo, quer no
Cristianismo, e como tal continuam a ser usados atualmente.
A autoria da maioria dos salmos é atribuída ao rei David, o qual teria escrito pelo
menos 73 poemas. Asafe é considerado o autor de 12 salmos. Os filhos de Corá
escreveram uns nove e o rei Salomão ao menos dois. Hemã com os filhos de
Corá, bem como Etã e Moisés, escreveram no mínimo um cada. Todavia, 51
salmos seriam tidos por autoria anônima.
O período em que os salmos foram compostos varia muito, representando um
lapso temporal de aproximadamente um milênio, desde a data aproximada de
1440 a.C., quando houve o êxodo dos Israelitas do Egito até o cativeiro babilônico,
sendo que muitas vezes esses poemas permitem traçar um paralelo com os
acontecimentos históricos, principalmente com a vida de Davi, quando, por
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exemplo, havia fugido da perseguição promovida pelo rei Saul ou quanto ao
arrependimento pelo seu pecado com Bate-Seba.
Os salmos são poemas de louvor, inicialmente transmitidos através da tradição
oral e cuja fixação por escrito teve lugar sobretudo através do movimento de
recolha das tradições israelitas, iniciado no exílio babilônico pelo profeta Ezequiel
(séculos VII-VI a.C.). Como tal, muitos destes textos serão muito anteriores, sendo
bastante difícil a sua crítica do ponto de vista literário estrito. Ainda assim, tendo
em conta a comparação com a literatura poética coeva do Egito, da Assíria e da
Babilônia, pode-se afirmar estes poemas de Israel como um dos expoentes da
poesia universal.
Os termos técnicos nos Salmos
Os salmos eram para os Judeus, do Antigo Testamento, o que a Harpa Cristã, o
Coro Sacro, o Cantor Cristão, ou o Hinário, são para nós na atualidade. O louvor
fazia parte de quase todos os momentos na vida de Israel. Havia louvores
fúnebres, festivos, religiosos, etc. Em fim, para cada circunstância da vida eles
tinham um louvor um cântico apropriado. Muitos desses louvores ou Salmos,
composto por vários salmistas, sob à inspiração divina, passaram a fazer parte do
Cânon do Antigo Testamento. O titulo hebraico, para esses louvores, é Tehiliym,
forma plural de Tehilah “salmos, louvores”. E, na verdade, este é o nome hebraico
atribuído aos livros de salmos que faz parte da terceira divisão da Tanach. Já, a
forma grega que os escritores da septuaginta, versão dos LXX, encontraram para
traduzir a palavra hebraica Tehiliym, é Psalmós, que deu origem a palavra Salmo
na língua portuguesa.
A divisão dos Salmos
Os Salmos estão divididos em cinco livros, a saber: 1º livro: Salmos 1 a 41; 2º
livro Salmos 42 a 72; 3º livro Salmos 73 a 89; 4º Salmos 90 a 106; 5º Salmos 107
a 150.
“Dos 150 salmos de que compõe o Saltério só 34 não trazem as epigrafes
individuais. Os que não possuíam epigrafe eram denominados de “Salmos
Órfãos”. Não se lhes compreenderá bem o sentido de desprezarmos o
significado
Dos termos técnicos usados na epigrafes e no corpo de alguns dos Salmos.
As inscrições prefixadas, aos salmos têm grande significado: Umas indicam.
O caráter didático do mesmo, outras indica o estilo de música ou poesia,
Outras indicam o instrumento, o autor, a direção para a música, o assunto,
A ocasião etc “.
Termos técnicos que indicam o caráter da composição
Mizmor: do hebr, Mizmor, significa: “um cântico com acompanhamento musical”.
Originalmente o termo tem o significado de “fazer melodia”. É o título empregado
nos Salmos individuais e aparece pela primeira vez no Salmo 3.
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Masquil: do hebr, Mashkiyl, significa, “uma instrução, um discurso em verso”.
Aparece 13 vezes como título nos Salmos. Gesenius traduz como um “poema
didático”. (Sl 32).
Mictão: do hebr, Michttam, o significado é bastante “áureo, misterioso” ou
“inscrito, excelente”. Segundo os estudiosos, esse termo é usado nos Salmos que
transmitem a idéia de expiação de pecados. (Sl 16)
Sigaion: do hebr, Shiggayon, “ peregrino”, “canção agreste”. Gesenius traduz por,
“canto suave”. Porém, Evald e Delitzsch entendem que o termo significa: “ um
canto ditirâmbico”.
(Sl 7 ) A forma plural é Shigyonot, e aparece em Hc 3:1
Tehila: do hebr, Tehillah, “hino”. (Sl 45)
Tefila: do hebr, Tefillah, significa “oração”. (Sl 90)
Termo técnico que designam a marcação musical
Sela: do hebr, Selah, significa, “eternamente, para sempre”. Aparece 71 vezes nos
Salmos e três vezes em Habacuque. Esse termo, segundo os pesquisadores,
significa “pausa”, isto é, um descanso na parte vocal. Outros porem, sugerem que,
no ato do culto, o dirigente solicitava que os cantores aumentassem a voz, e por
isto, querem que Sela signifique, “levantai”, “forte”, etc.
Higaiom: do hebr, Higgayom, significa, “meditação”. Aparece no Salmo 9:16
associado a palavra Sela Higgayom Selah. Segundo alguns têm sugerido, dado o
sinal de pausa, seguia o sinal de “meditação” e reflexo.
Termo técnico que se referem a instrumentos musicais.
Neginote: do hebr, Negiynot, significa “ instrumentos de corda”.(Sl 4) Este termo
aparece nos Salmos: 4, 6, 54, 55, 67, 76, e em Habacuque 3: 19. Indica a melodia
com a qual o Salmo era cantado e indica que o ritual era celebrado com
acompanhamento de harpas.
Neilote: do hebr Nehiylot, significa, “instrumentos de corda”.(Salmo 5) Pelo fato de
Isaias 30:29 sugerir que as flautas eram usadas nos cultos, supõem alguns que o
instrumento de sopro a que o termo se refere a flauta.
Termo que indicam o caráter ou a duração da música.
Alamote: do hebr, ‘Alamot, significa, “ donzelas”, “ virgens”. Pelo fato do termo ser
a forma plural de ‘Almah, que significa “ donzela, virgem”, alguns supõem que, o
acompanhamento desse Salmo fosse feito com vozes de moças virgens,
donzelas. (Sl 46)
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Seminite: do hebr, Shemiyniyte, feminino de Shemiyniy, “oitavo”(numeral
ordinal), significa oitava. Supõe-se que o termo indica “uma harpa de oito cordas”
com que deviam ser acompanhados os Salmos 6 e 12. Outros chegam a pensar
que o termo indique “o tom, uma oitava abaixo, para o temor ou o baixo”.
Gitite: do hebr, Gittiyt, significa, “vindima” ou de Gate”. Aparece no título dos
Salmos 8, 81 e 84. Pelo fato do termo significar “ vindima”, alguns supõem que
estes Salmos eram cantados depois da vindima, isto é da colheita.
Termo que indicam a melodia com a qual o Salmo deveria ser cantado
Mute-Labem: do hebr, Mut-Labben, significa, “morte do filho”. Era, provavelmente,
um canto fúnebre. Talvez o filho, aqui, fosse Golias, morto pelas mãos de Davi.
(Sl 9)
Aijelete- Hás- Saar: do hebr, Ayyelet- Há Shachar, significa “a corsa da alva”.
Aparece no Salmo 22, considerado pelos estudiosos como, um Salmo Messiânico.
Supõe-se que era cantado no sacrifício da manhã pelo ofertante da ovelha para o
sacrifício ou pelo sacerdote que fazia em nome do ofertante, etc.
Como é bom aprender mais sobre Deus, espero que nesse breve estudo,
tenhamos aprendido como realmente se deve comportar um Adorador, espero
sinceramente que na próxima vez que nós subirmos no altar para adorar ao
Senhor venhamos a lembrar de como nosso Deus merece ser adorado.
Deus abençoe sua vida de uma forma sobrenatural, e que eu e você possamos a
cada dia ter mais intimidade com Deus, e que a Adoração se torne realmente
um estilo de vida.
Pr. Naldinho
Ministério Edificar
Bibliografia:
Bíblia Apologética ICP
Bíblia Thompson
Dicionário Aurélio
Dicionário Escolar da Língua Portuguesa,
do Ministério da Educação e Cultura
Pr. Raul de Souza (Ministro de Louvor - Ministro do seminário SLAM)
C.C. Internacional Atos 29
Pr. Elias Soares de Moraes - (Diretor teológico faculdade Betesda) Livro
Perguntas Difíceis de Responder Vol. II
16
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