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Editorial
MAURÍCIO MACHADO DA SILVEIRA
PRESIDENTE DA SOCIEDADE GOIANA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
o HaraQuiri de uMa siGla
A caixa de Pandora da ex-presidente Dilma Rousseff foi fechada,
lacrada e enterrada pelos milhões de brasileiros através das urnas eletrônicas. E agora, o que dizer do propalado golpe disseminado pelos quatro
cantos por seu defensor jurídico e seguidores? Foi o haraquiri de uma sigla
partidária, que morreu dizendo que foi Golpe. Sim, foi um golpe mortal
desferido pela própria espada nas profundas entranhas.
Em razão dos tristes indicadores das estatísticas brasileiras para o ano de
2016 de acometimentos e mortes pelo câncer de mama, a SGGO participou
de vários eventos para divulgação do rastreio e diagnóstico precoce dessa
doença. A capa desta edição foi ilustrada em alusão a importância do tema.
As atividades científicas continuam a todo vapor sendo oferecidas aos
associados do interior e capital. A SGGO participou na Jornada de Jataí, Ceres e realizou a Educação Continuada sobre Infecções Genitais Femininas.
Não deixem de ler a primeira parte do artigo científico escrito pela
Dra. Marta Finotti, Síndrome de Insuficiência Androgênica na Mulher, de
excelente qualidade. Na próxima edição será publicada a segunda parte.
O homem da batina preta, Padre Lodi, presidente do Movimento PróVida de Anápolis, foi condenado pelo STJ e terá de indenizar casal em
R$ 60 mil. Em 2005, ele impetrou um habeas corpus em favor de um feto
malformado impedindo a realização de um aborto considerado legal pela
Justiça. Justiça foi feita. Esse cidadão já fez vários desserviços nos programas de saúde sexual e reprodutiva de Anápolis.
Parabéns, meus colegas! Dia 30 de outubro foi o Dia do Ginecologista.
Apesar do momento negro em que atravessa o país, de dar inveja às trevas
da idade média, os ginecologistas se agigantam e não se deixam abater,
continuam disseminando a melhoria da qualidade de vida para milhares de
mulheres e homens.
Um abraço!
EXPEDIENTE
Revista SGGO é o Órgão Informativo da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia
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DIRETORIA EXECUTIVA DA SGGO 2016/2018
Presidente: Maurício Machado da Silveira
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2º Secretário: Marcos Augusto Filisbino
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Edição: Tatiana Cardoso
Redação: Ana Paula Machado
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dEstaquE
OUTUBRO ROSA:
campanha desafia mulheres
a mudarem hábitos de vida
Por assessoria de comunicação da SBM
Neste Outubro Rosa, a Sociedade
Brasileira de Mastologia lança em todo
o Brasil a campanha “A vida pede atitude. Movimente-se: faça mamografia
anualmente”. A ideia é desafiar as
mulheres a mudarem seus hábitos
de vida e passarem a cuidar mais da
saúde, especialmente em relação à
alimentação saudável, à realização de
exercícios físicos regularmente e aos
exames preventivos.
A SBM quer mostrar que a vida
pede uma atitude e que as mulheres
podem aproveitar o movimento do
Outubro Rosa para iniciar uma mudança de hábitos em sua rotina, como
praticar exercícios físicos, ingerir alimentos saudáveis e realizar os exames
preventivos. “Queremos mostrar que
isso é essencial durante toda a vida para
evitar não só o câncer de mama, mas
outras doenças”, explica o presidente
da Sociedade Brasileira de Mastologia,
Ruffo de Freitas Junior.
Pesquisadores membros da Sociedade Brasileira de Mastologia acabam
de concluir um estudo que revela que
o risco de ter câncer de mama aumenta consideravelmente em mulheres
na pré e pós-menopausa que apresentam excesso de gordura corporal
especialmente na região abdominal. O
estudo também mostrou que as altas
medidas da circunferência da cintura
também provocam um risco aumentado para complicações metabólicas e
cardiovasculares.
Segundo Ruffo, a mudança de atitude também deve partir dos médicos,
que devem realizar um atendimento de
boa qualidade às pacientes, brigar por
maior acesso à mamografia, lutar pela
diminuição do tempo entre o diagnóstico e início do tratamento, ou seja,
fazer valer a lei dos 60 dias (que prevê
que todo paciente diagnosticado com
câncer inicie o tratamento no prazo
máximo de 60 dias após o diagnóstico),
e realizar a reconstrução da mama no
ato da cirurgia como um todo. “Essa
luta é de todos para que as mulheres
possam contar com os benefícios que
têm direito e não sofram tanto por
conta da doença. Se todos trabalharem
juntos podemos salvar cada vez mais
vidas”, afirma o presidente.
Alimentação saudável e prática de atividade física devem ser
planejadas, de maneira que seja uma rotina na vida da mulher:
• Comer bem, de maneira geral, seria não ficar muito tempo sem alimentar-se, ou seja, comer de três em três horas,
em pequenas quantidades, sempre priorizando os alimentos naturais e evitando os alimentos industrializados.
• O ideal é evitar o excesso de carboidratos simples, como açúcar adicionado aos alimentos, doces, sucos de caixinha
ou saquinho, refrigerantes, pão branco, macarrão, sempre preferindo as opções integrais.
• Gorduras em excesso devem ser evitadas tanto para a quantidade quanto a qualidade da gordura ingerida.
• Procurar ingerir proteínas de boa qualidade, principalmente o consumo de frutas, legumes e verduras por
serem fontes de vitaminas e minerais essenciais, e ricas em fibras que ajudam na saciedade e no funcionamento
adequado do intestino.
• A palavra que não pode faltar para alcançar uma alimentação saudável é o "planejamento". Saia de casa com seu
dia alimentar planejado e tente segui-lo da melhor forma possível.]
Sobre o câncer de mama - O câncer de mama é a segunda maior causa de morte das mulheres no Brasil e exige cuidados. A previsão do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de quase 60 mil novos casos este ano.
4 - OutubRO 2016
AÇÕES DO OUTUBRO ROSA EM GOIÁS...
Ginecologistas e obstetras
Liga da Mama da UFG
Com apoio da SGGO e SBM-GO, os grupos Rugas do Cerrado e Alcateia se uniram em passeio ciclístico em prol do Outubro Rosa. O trajeto teve início em Anápolis
com parada na paisagem pitoresca da Fazenda Intendência para café da manhã e
discussão sobre o câncer de mama, sua prevenção e tratamento. A ação foi organizada
pelo mastologista João Bosco Machado e contou com aproximadamente 40 ciclistas.
Nos consultórios
No dia 05 de outubro, o
mastologista Juarez Antônio
de Sousa reuniu a equipe de
seu consultório e literalmente
vestiu a camisa do Outubro
Rosa da SBM-GO
A Liga da Mama da Faculdade de
Medicina da Universidade Federal de
Goiás fez uma campanha educativa junto à população durante o Outubro Rosa
Palestras educacionais da SBM-GO
No dia 14 de outubro, advogados e
todo o corpo corporativo do escritório
Jacó Coelho Advogados Associados
recebeu o presidente da SBM-GO, Antônio Eduardo Rezende de Carvalho,
com um delicioso café da manhã para
uma palestra proveitosa sobre prevenção e tratamento do câncer de mama
No dia 17 de outubro, foi a vez
das colaboradoras da Cifarma se
conscientizarem sobre a doença
Para fechar com chave de ouro
as ações do Outubro Rosa, Antônio
Eduardo esteve, no dia 26 de outubro, na Fundação Tiradentes para
um bate papo educativo com diversos profissionais da polícia militar do
Estado de Goiás
R evista SGGO 64 - 5
Fala do Especialista
SÍNDROME DE INSUFICIÊNCIA
ANDROGÊNICA NA MULHER:
DIAGNÓSTICO E IMPLICAÇÕES
TERAPÊUTICAS - parte 1
Por Marta Franco Finotti
Professora Adjunta do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina
da Universidade Federal de Goiás, Doutora em Medicina pela Universidade Federal de Goiás
na área de Pesquisa Clínica com Fármacos, Chefe do Setor de Gestão da Pesquisa e Inovação
Tecnológica do HC-UFG/EBSERH, Diretora Associada da Clínica Humana Medicina
Reprodutiva e Membro da Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção da FEBRASGO
A função dos androgênios na
fisiologia feminina tem sido investigada e valorizada somente nos últimos anos. Apenas nas duas ultimas
décadas é que as pesquisas têm sido
direcionadas ao esclarecimento do
papel dos androgênios plasmáticos
na fisiologia feminina, avaliando a sua
origem, seu estado físico no plasma,
seu declínio com a idade e também
os efeitos da deficiência androgênica
nas mulheres1.
Os androgênios são intimamente
ligados ao desejo sexual, um elemento vital na saúde reprodutiva das
mulheres2. Nas jovens a produção
androgênica é cíclica e diretamente
ligada ao aumento do desejo sexual
no meio do ciclo. Nas mulheres na
perimenopausa a produção androgênica é acíclica e declina, em paralelo
com o declínio do desejo sexual,
da fase reprodutiva tardia até à pós
menopausa precoce.
A insuficiência androgênica na
mulher passou a ser considerada
importante entidade clínica a partir
de 2002, quando na Universidade de
Princeton, foi realizada uma reunião,
que culminou num consenso que a definiu como uma síndrome constituída
6 - Outubro 2016
por redução do desejo sexual, diminuição da sensação de bem-estar ou
mudança de humor, fadiga persistente
e inexplicável, perda de massa óssea,
redução da força muscular, rarefação
dos pelos e alterações de memória e
função cognitiva3.
Embora não existam dados sobre a
prevalência deste agravo, estima-se que
16 milhões de mulheres norte-americanas, acima dos 50 anos apresentam
redução do desejo sexual (principal
sintoma da síndrome), sendo que
somente parte delas exibe queda nas
concentrações séricas de androgênios4.
No Brasil, 8,2% das mulheres se queixam de absoluta falta de desejo sexual;
26,2% não atingem o orgasmo; 26,6%
têm dificuldade de excitação e 17,8%
referem dispareunia5.
O declínio dos androgênios esta
associado a sintomas que podem levar anos para se manifestar e podem
ser difíceis de serem reconhecidos.
É lógico relacionar o declínio dos
androgênios a apatia sexual como
causa e efeito, uma vez que, o
declínio do desejo sexual é agravado por disfunções endócrinas que
envolvem perda da disponibilidade
dos androgênios: envelhecimento,
ooforectomia, terapia de reposição
estrogênica, corticoterapia, insuficiência adrenal e hipopituitarismo6.
Por esse motivo, muitos autores justificam o incremento na prescrição de
testosterona, apesar das controvérsias
da sua eficácia na disfunção sexual7,8.
Fisiologia dos androgênios
nas mulheres
Os androgênios nas mulheres vêm
de múltiplas fontes, são regulados por
mecanismos complexos, e mudam com
o avançar da idade.
Os androgênios clinicamente relevantes nas mulheres são: dehidroepiandrosterona (DHEA), seu sulfato (DHEA-S),
testosterona (T) e dihidrotestosterona
(DHT) e androstenediona (AN).
DHEA-S é um pró-hormônio que
se origina quase que exclusivamente
do córtex adrenal, não possui receptor
próprio, necessitando ser convertido em
T e DHT para expressar seus atributos
androgênicos. Esta conversão ocorre
dentro da célula do tecido alvo no qual a
testosterona age. A produção de DHEA-S declina drasticamente com a idade,
após atingir o pico entre os 20-30 anos.
A biossíntese dos androgênios
nas mulheres ocorre nos ovários e
nas adrenais envolvendo uma série
de reações enzimáticas que se iniciam com a estimulação das adrenais
pelo hormônio adrenocorticotrófico
(ACTH) e dos ovários pelo hormônio
luteinizante (LH) culminando com a
ação da enzima 5α-redutase que transforma T em DHT
e da enzima aromatase que converte T em estradiol (E2).
Na mulher, a testosterona é transportada no sangue através da proteína denominada de globulina transportadora de
hormônios sexuais (SHBG) ou através da albumina, sendo
que somente 1-2% da testosterona circula livremente no
sangue periférico. Apenas a fração da testosterona que não
é ligada à SHBG é biologicamente ativa. Desta forma, todos
os fatores que afetam os níveis de SHBG também afetam
os níveis de testosterona total e livre.
Estrogênios e o hormônio tireoideano são capazes de
aumentar os níveis de SHBG assim como situações caracterizadas pelo aumento da resistência à insulina ou hiperinsulinemismo como na obesidade, diabetes não insulino dependente
e síndrome do ovário policístico são caracterizados por baixos
níveis de SHBG e aumento de testosterona livre.
Nas mulheres na pré-menopausa, aproximadamente
50% da testosterona circulante é produzida por conversão
periférica nos tecidos extragonadais como endotélio vascular,
cérebro, osso, tecido adiposo dentre outros (Figura 1).
As concentrações séricas de testosterona diminuem
gradualmente em função da idade. Ocorre uma queda de
40- 50% em ambas, testosterona total e livre, entre as idades
de 20-25 e 45-50 anos. Após a menopausa o declínio nas
concentrações é mais lento9 (Figura 2).
Figura 1. Dinâmica dos androgênios na pré-menopausa
A ooforectomia bilateral está associada com um
declínio de 50% nos níveis de testosterona e androstenediona.
Impacto clínico do
declìnio dos androgênios
Os sintomas de deficiência androgênica feminina
incluem diminuição da libido e da receptividade sexual,
da sensação de bem estar geral, humor disfórico, fadiga
persistente de causa desconhecida. Queixas comuns no
consultório dos ginecologistas.
Os sinais mais frequentemente encontrados são a rarefação dos pelos axilares e pubianos, perda de massa muscular
e óssea com consequente declínio na estatura.
As mulheres com ooforectomia bilateral podem ter uma
queda significativa nos níveis de androgênios circulantes
sendo, portanto mais sintomáticas. A perda do desejo sexual está comumente associada e requer tratamento com
reposição androgênica.
A síndrome de insuficiência androgênica na mulher é
negligenciada, existindo ainda muitas controvérsias quanto
ao seu diagnóstico e terapêutica, especialmente no tocante
à escolha do androgênio, a via de administração e o tempo
de duração de uso.
Diagnóstico
O diagnóstico é essencialmente clínico, não havendo
evidências atuais da necessidade da realização de dosagens
laboratoriais para sua comprovação.
Clinicamente nos baseamos nos sinais e sintomas anteriormente descritos3.
O parâmetro laboratorial seria concentrações séricas
baixas de testosterona livre. Entretanto as medidas dos
níveis séricos de testosterona são limitadas por uma falta
de disponibilidade de ensaios laboratoriais com sensibilidade adequada para avaliação de ambas, testosterona total
e livre. A maioria dos ensaios mostra sensibilidade precária
para quantificar os baixos níveis de testosterona plasmática
encontrados na mulher.
Os valores de referência considerados normais para
mulheres não estão bem definidos. Falta adequada
normatização do nível de testosterona que estaria relacionado clinicamente com a síndrome de insuficiência
androgênica na mulher.
Os testes laboratoriais dos níveis de testosterona
devem ser usados apenas para monitorizar níveis supra
fisiológicos, mas não para diagnosticar a insuficiência
de testosterona.
Continua na próxima edição
Figura 2. Dinâmica dos androgênios na pós-menopausa
R evista SGGO 64 - 7
educação continuada
Educações Continuadas fomentam
o aprendizado e interação
No dia 8 de outubro, a SGGO
promoveu mais uma Educação Continuada: Infecções Genitais na Saúde
da Mulher. Esta edição contou com a
presença dos professores Paulo César
Giraldo e José Eleutério Júnior que
debateram temas como Clamídia e
Sífilis que serão assuntos de leitura nas
próximas páginas. As Educações Continuadas são parte da grade científica da
SGGO e são realizadas com o intuito
de promover atualização científica aos
médicos ginecologistas e obstetras de
todo o Estado de Goiás sobre variados
temas recorrentes nos consultórios.
Confira as fotos:
8 - Outubro 2016
Clamídia: doença silenciosa e traiçoeira
deve ter rastreamento primário
O tema Clamídia é bastante recorrente em programações de eventos
científicos. Isto porque a doença possui
grande incidência na população brasileira e, por isso, é fundamental sua
discussão para atualização e planejamento de ações que visam melhorias
na atuação médica e atendimento à
população. “Temos que rever nossos
conceitos a cada dia e buscar conhecimento para lidar da melhor forma
possível com doenças prevalentes nas
mulheres, como é o caso da clamídia”,
afirma Paulo César Giraldo, presidente
da Sogesp e professor titular de Ginecologia da Unicamp.
Segundo o especialista, em torno
de 60 a 70% de mulheres e homens infectados com a clamídia não possuem
sinais ou sintomas. Perante a falta de
sintomatologia, a doença não é rastreada inicialmente, o que gera o comprometimento do tecido, ocasionando
uma série de doenças como inflamação
pélvica, gravidez ectópica, esterilidade
e dor pélvica crônica. “Infelizmente,
somos condicionados a tratar apenas
as patologias que possuem sintomas”,
explica Paulo Giraldo.
Diante da doença silenciosa e traiçoeira, o presidente da Sogesp frisa
que é “fundamental o rastreamento
primário. É preciso ir atrás da doença
e não esperar que a paciente chegue a
um estágio cruel como o comprometimento do futuro reprodutivo, por
exemplo”, analisa. O médico afirma
que o ideal seria fazer o rastreamento
primário da clamídia em todas as pacientes, porém, por ser um exame mais
caro, não é possível. “Devemos eleger
as mulheres entre 16 e 25 anos, que
possuem parceiros novos, grávidas,
quando forem colocar DIU ou mexer na cavidade uterina”, lista.
Existe, hoje, uma luta da classe
médica perante os provedores de
saúde e autoridades para que eles
percebam a importância da prevenção e rastreamento primário da cla-
Paulo Giraldo, presidente da Associação
de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de
São Paulo – Sogesp e professor titular de
Ginecologia da Unicamp
mídia por meio dos exames, mesmo
que gere um custo maior para os
cofres públicos. “Apenas 30% da
clamídia é diagnostica do ponto de
vista clínico, são necessários exames
laboratoriais para aumentar estes
índices”, detalha.
comentário
Rosane Figueiredo
uma das coordenadoras da
Educação Continuada
Não existem recomendações para triagem Chlamydia trachomatis(CT) e Neisseria gonorrhoeae (NG) no Brasil, por isso as recomendações da Força Tarefa Americana e CDC são:
· triagem anual para ambas (NG e CT) até 25 anos ou se
existir fator de risco;
· espécime: material endocervical por ter a maior carga de
micro-organismos (PCR ou CH).
Pode-se empregar também secreção vaginal e urina coletada
pela paciente (PCR – por conter menor carga de micro-organismos). O exame sorológico não é adequado para o diagnóstico da
infecção genital pela CT ou pela NG.
Para úlceras genitais em nossa região, deve-se considerar:
1. Herpes como causa mais frequente (coletar esfregaço citológico para citologia oncótica - Método de Tzank);
2. Sífilis como a causa mais importante a ser excluída (coletar
esfregaço para pesquisa de TP em campo escuro ou fixado pela
prata - Fontana Tribondou), solicitar VDRL na consulta inicial
e após 15 dias;
3. Pesquisar IST pouco frequentes (cancro mole e donovanose) em apresentações incomuns, pacientes de risco elevado
e procedentes de viagens para África e Caribe. Na suspeita de
cancro mole, coletar material para microscopia pelo Gram (bacilos
Gram negativos dispostos em cadeia);
4. A biópsia se impõe diante de ulcerações crônica (donovanose, linfogranuloma e câncer);
5. Afastada IST pensar em outras infecções, síndromes inflamatórias crônicas, traumatismos;
6. Lembrar que pelo menos 1/4 das pacientes não terão o
diagnóstico confirmado pelo laboratório.
R evista SGGO 64 - 9
Aumento do número de casos de
sífilis no Brasil é consequência da
ineficácia do rastreio e tratamento
José Eleutério, presidente da Associação
Brasileira de Genitoscopia - Capítulo do
Ceará e professor orientador do curso de
Mestrado em Patologia da UFC
A sífilis é uma doença que possui
uma história cruel na população
brasileira. Nos primórdios, a doença
não era controlada, principalmente devido à própria estrutura de
saúde que era precária e à falta de
informação. Mas após 500 anos de
desenvolvimento deste sistema e
globalização, ainda vivemos uma
situação de calamidade pública, em
especial a sífilis congênita. Mas por
que isto acontece? Por que ainda não
conseguimos controlar a doença e o
número de casos tem aumentado?
De acordo com José Eleutério
Júnior, presidente da Associação Brasileira de Genitoscopia - Capítulo do
Ceará e professor orientador do curso
de Mestrado em Patologia da Universidade Federal do Ceará, duas causas que
podem ter aumentado a incidência da
doença são as melhores possibilidades
de diagnóstico e, em contrapartida, os
tratamentos não efetivos realizados.
Segundo ele, o melhor momento
para se detectar a sífilis, principalmente
a assintomática, é durante o pré-natal.
“Infelizmente, enfrentamos, hoje, uma
má assistência durante o pré-natal.
Devemos sempre prescrever exame de
sífilis no primeiro trimestre da gravidez e muitas vezes não é feito sequer
na hora que a paciente é internada”,
aponta José Eleutério.
Além de trazer consequências
gravíssimas para a população, como o
aumento de natimortos, gera um custo
alto para o Sistema Único de Saúde
(SUS). “Se formos pensar friamente
na questão financeira, percebemos
que o custo das complicações desta
infecção é extremamente alto”, analisa. “Nós, enquanto classe médica,
devemos manter uma postura, junto
à sociedade civil, para que o governo
tenha o compromisso de combater a
sífilis”, completa.
Falha no sistema
Existe, hoje, um grave problema
na notificação dos casos de sífilis. “Casos constatados em clínicas privadas
não são notificados. É obrigatório e
compulsório, mas infelizmente não
é feito”, afirma o médico. Existe
uma ficha distribuída pelo SUS de
notificação de sífilis. O médico deve
preencher esta ficha para que os dados cheguem ao Sistema Nacional de
Atendimento Médico (SINAM) para
sua computação e, assim, análise da
gravidade da doença.
A subnotificação é tão séria que,
em determinados Estados do Brasil, há
maior índice de sífilis congênita notificada do que sífilis em gestantes. “Não
pode. Nem toda gestante infectada terá
filho com sífilis congênita”, analisa.
Diante a falha na notificação, em boa
parte dos casos o parceiro não é tratado, que é outra gravidade e falha. “É
uma DST e é preciso tratar o homem
e a mulher durante o processo”, alerta.
Ministério da Saúde admite epidemia de sífilis no Brasil
Fonte: veja.com
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, admitiu que o
país vive uma epidemia de sífilis. Nos últimos cinco anos,
a doença avançou de uma forma nunca vista. A taxa de
bebês com sífilis congênita em 2015 foi de 6,5 casos a cada
mil nascidos vivos – 13 vezes mais do que é tolerado pela
Organização Mundial de Saúde e 170% a mais do que o
registrado em 2010.
A sífilis em gestante passou de 3,7 para 11,2 casos a
cada mil nascidos vivos, um aumento de 202%. Para sífilis
adquirida (denominação dada para sífilis na população em
geral) a taxa é de 42,7 casos a cada 100 mil habitantes.
10 - Outubro 2016
Pacto de combate à doença
O pacto pretende mobilizar profissionais de saúde e a
sociedade para tentar reduzir o avanço da doença. Entre
as medidas que serão adotadas está a ampliação de testes
rápidos para diagnóstico da sífilis e o tratamento da doença
em gestantes, até o primeiro trimestre da gestação. Números
antecipados pelo Estado indicam que pelo menos 50% dos
casos de sífilis em gestante são diagnosticados no terceiro
trimestre de gestação, quando as chances de se proteger o
bebê já são bem menores do que quando a terapia começa
na primeira fase da gestação. Um dos braços do programa
de enfrentamento prevê a realização de campanhas para que
gestantes iniciem o pré-natal ainda no primeiro trimestre.
Atualização Científica
Jornada do Sudoeste Goiano marca
história na especialidade em Goiás
Encontro se destacou pela qualidade de sua programação e presença marcante
dos acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Goiás – Campus Jataí
Reconhecida por sua qualidade científica, a tradicional
Jornada de Ginecologia e Obstetrícia do Sudoeste Goiano,
realizada nos dias 23 e 24 de setembro, em Jataí, mais uma vez
foi marcante. Em sua 34ª edição, o encontro, já parceiro da
Jornada de Mastologia há vários anos, teve a forte presença dos
acadêmicos de Medicina, a primeira em parceria com o curso da
Universidade Federal de Goiás – Campus Jataí.
“Tive a honra de presidir este evento de extrema importância
para a nossa região e que contou com colegas de Rio Verde,
Quirinópolis, Santa Helena e Mineiros”, ressalta Natália Lacerda
de Assis, graduada na Faculdade de Medicina de Petrópolis, com
residência no Hospital Materno Infantil de Goiânia e especialista
em Preceptoria no SUS pelo Hospital Sírio Libanês.
Segundo ela, os professores abrilhantaram a jornada com
exposições objetivas e claras dos temas selecionados. “Além de
temas importantes na Mastologia, assistimos a técnica cirúrgica
do prolapso genital apresentada pelo Dr. Aldair Novato e exames
morfológicos ao vivo apresentados pelo Dr. Waldemar Naves
do Amaral”, relata. A presidente conta, ainda, que os presentes
foram prestigiados com um belíssimo show de mágicas do talentoso mastologista Dr. Juarez Antônio de Sousa.
As Faculdades de Medicina no Sudoeste Goiano mudarão
a história da Medicina da região, segundo Natália Lacerda. “Os
novos cursos trazem maior capacitação profissional e melhorias
na estrutura dos nossos hospitais e vão transformar o Sudoeste
Goiano em um polo importante na assistência à saúde do Estado”, argumenta.
Revista SGGO 64 - 11
opinião
COMITÊS DE BIOÉTICA: IMPORTANTES
INSTRUMENTOS NA PREVENÇÃO DE CONFLITOS
MÉDICOS E JURÍDICOS
por LUIZ CLÁUDIO RIOS PIMENTEL
advoGado. Pós-Graduado em direito mÉdico e hosPitalar Pela escola Paulista de direito.
esPecialista em seGuro de resPonsabilidade civil Profissional. membro da comissão de direito
mÉdico, sanitário e defesa da saÚde da oab-Go. email: [email protected]
Os trabalhos desenvolvidos pelos
Comitês de Bioética, em hospitais, são
importantíssimos instrumentos de prevenção, controle e solução dos conflitos
inerentes ao desenvolvimento da atividade
médico-hospitalar.
Os Comitês de Bioética Hospitalar
são órgãos colegiados e multidisciplinares, formados por médicos de diferentes
especialidades, enfermeiros, farmacêuticos,
biólogos, biomédicos, advogados, psicólogos, assistentes sociais dentre outros
profissionais que atuam na área da saúde
e que exercem com independência seus
poderes deliberativo e consultivo, para
atingir melhores resultados. Buscam, como
premissa, emitir pareceres sobre problemas
éticos, jurídicos e sociais desencadeados
pela atividade médico-hospitalar.
Como sabemos, os conflitos morais
fazem parte da assistência médica e as
soluções podem ultrapassar o âmbito dos
códigos deontológicos profissionais. Daí
resulta a importância de um Comitê de
Bioética multiprofissional nas instituições
de saúde, tanto para solução de dilemas e
problemas morais quanto para as funções
de revisar documentos, orientar a gestão,
estimular a educação continuada em bioética na instituição e encontrar um caminho
seguro entre o ético, o moral e o legal.
A implantação de um Comitê de Bioética em um hospital supõe a existência
de um grupo de pessoas que trabalha a
favor da ética profissional, auxiliando os
profissionais, favorecendo o atendimento
ao paciente e o respeito aos seus direitos
e a sua autonomia.
Deste modo, busca proteger os pacientes e familiares de qualquer risco ou
sofrimento excessivo, assegurando a informação diagnóstica e o consentimento livre
e esclarecido; e também busca nortear os
12 - OutubRO 2016
trabalhos dentro dos limites aceitáveis. Faz
parte da atuação dos comitês proteger todo
o processo para que não gere na sociedade
uma desconfiança ética.
Nos últimos anos a relação médico-paciente passou por mudanças extremamente
acentuadas. Esta relação deixou de existir
como uma relação vertical e paternalista.
A atuação médica caracteriza-se, atualmente, de forma muito diferente da que
se observava no fim do século XIX com
o médico da família, quando a relação se
mostrava de forma assimétrica: de um lado,
encontrava-se o paciente em uma situação
de necessidade e ignorância e, por outro
lado, o médico a quem o paciente buscava
ajuda competente.
O despertar da Bioética trouxe à luz
vários princípios éticos e morais transformando de forma determinante a prestação
de serviços na saúde. Hoje, o paciente conhece seus direitos, indaga pela qualidade
do serviço e quer, de maneira clara, saber
todos os procedimentos terapêuticos, as
alternativas e prognósticos do tratamento.
O custo dos tratamentos é alto ao paciente, ao Estado ou à operadora de plano de
saúde. A interferência econômica é outro
assunto que ganha espaço nas deliberações
dos comitês. Os altos custos, a falta de
verbas, a grande necessidade das pessoas,
as dificuldades do SUS e as liminares
judiciais são fatores que prejudicam a
atuação profissional dentro dos limites
éticos e técnicos.
As instituições e os profissionais de
saúde precisam compreender melhor, por
meio de seus comitês multidisciplinares,
como se iniciam os processos de judicialização da saúde e as graves repercussões
que trazem para médicos e pacientes.
Resultados adversos ou erros podem
acontecer, mas devem, se possível, ser
tratados preliminarmente dentro dos
próprios hospitais. Os Tribunais devem ser
a última opção nestas situações. A busca
incansável pelo melhor atendimento não
pode ser confundida com a busca pelo
melhor resultado, a medicina ainda não tem
uma fórmula mágica para a cura de todas
as moléstias, portanto, tratar sempre, curar
quando for possível.
Sabemos que a Ciência Médica evolui
de forma muito mais veloz que a demais
ciências, por isso, modular e ajustar sua
atuação requer cuidados e conhecimentos
multidisciplinares. Ainda estamos longe
de chegarmos a um entendimento razoável, mas já sabemos por onde começar.
Compreender outras disciplinas e buscar
apoio significa acima de tudo dividir responsabilidades, buscando sempre a melhor
terapêutica com respeito à dignidade e
autonomia dos pacientes.
Diante de tantas funções relevantes,
grande é a importância destas abordagens
colegiadas. Todas as instituições de saúde
devem constituí-las, não só para zelar pelo
cumprimento dos deveres inerentes ao
exercício profissional dos médicos, mas
garantir à sociedade uma resposta mais
segura e eficaz na área da saúde.
Jurídico
NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE DENÚNCIA FORMULADA
PELA SGGO PERANTE O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
POR ADV. MARUN KABALAN, assessor jurídico da sGGo
Em 29 de janeiro de 2015, a Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia encaminhou ofício para a Procuradoria da República em Goiás, ocasião em que foi solicitada a adoção de providências em virtude da publicação
da Resolução Normativa nº. 368/2015 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), visando garantir ao
obstetra o pleno exercício de sua profissão, bem como a autonomia das usuárias dos planos de saúde em relação
à assistência obstétrica no final da gestação.
A Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia almeja a melhoria contínua na prestação de serviços médicos
na especialidade médica de Obstetrícia, porém entende que a aplicação da Resolução Normativa nº. 368/2015 deverá
contar com uma estrutura para a implantação dos serviços regulados com segurança para a gestante e para o feto.
É do conhecimento da Diretoria da SGGO que a maioria das maternidades privadas instaladas em nosso Estado
não possuem obstetras prestando serviços de forma presencial no decorrer das 24 horas do dia em todos os dias
da semana, o que poderá causar prejuízos irreparáveis para as mulheres e aos recém-nascidos que necessitarem
de pronta assistência obstétrica.
Em virtude da solicitação de providências pela SGGO, foi instaurado o Inquérito Civil de nº
1.18.000.000268/2015-46, que se encontra em tramitação perante o MPF. A Procuradora da República em Goiás,
Doutora Mariane Guimarães de Melo, está conduzido as apurações, tendo, até o presente momento, requisitado
informações aos Conselhos de Medicina e de Enfermagem do Estado de Goiás, aos Planos de Saúde, à Agência
Nacional de Saúde Suplementar – ANS, dentre outros órgãos, porém ainda sem conclusão.
A Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia está acompanhando, por sua Diretoria e Assessoria Jurídica, os
desdobramentos das apurações, reafirmando o compromisso de zelar pelo perfeito desempenho ético da Medicina,
bem como pelo prestígio e bom conceito da profissão, sempre buscando o aprimoramento da organização de serviços
de Ginecologia e Obstetricia, bem ainda a melhoria do nível assistencial à mulher e ao seu feto no Estado de Goiás.
Revista sGGO 64 - 13
reconhecimento
Ginecologistas e obstetras são homenageados
com Comenda de Honra ao Mérito 2016
Créditos: Cristiano Borges
Os médicos Argeu Clóvis de
Castro Rocha, Délio Menezes Senna
e Max Lânio Gonzaga Jaime foram
homenageados pelo Cremego com a
comenda Honra ao Mérito Profissional Médico de 2016. A SGGO parabeniza estes médicos por receberem
tamanha honraria e reconhece seus
trabalhos e dedicação à Ginecologia e
Obstetrícia no Estado de Goiás.
SGGO atuante
Comitê busca a normatização dos protocolos
nacionais relacionados às vacinas
No dia 27 de outubro, o presidente da SGGO, Maurício Machado da Silveira, participou de reunião, para
discussão de Comitê que avaliará protocolos nacionais
relacionados à vacinação e outros assuntos de interesse da
saúde. Estavam presentes o presidente do Cremego, Aldair
Novato, a presidente da Sociedade Goiana de Infectologia,
Moara Alves Santa Barbara Borges, a superintendente de
Vigilância em Saúde de Goiânia, Fluvia Amorim, além de
representantes da Secretaria Estadual de Saúde e Secretaria
Municipal de Saúde.
Segundo Fluvia Amorim, existem mudanças recorrentes nos protocolos nacionais relacionados à vacinação e
muitas vezes estas alterações não são específicas, ou seja,
não normatizam quais condutas devem ser tomadas. “O
Comitê tem como objetivo avaliar estas condutas e detalhar quais serão os procedimentos que serão realizados em
Goiânia e em Goiás”, analisa a superintendente. Em breve,
o Comitê será composto por representantes das entidades e
instituições envolvidas para determinar suas atribuições. A
SGGO, enquanto entidade médica, atuará principalmente
nos protocolos relacionados à vacinação de gestantes.
SGGO participa do Curso
pré-natal de baixo risco
do Programa Siga Bebê
O diretor de Defesa Profissional da Sociedade Goiana
de Ginecologia e Obstetrícia, Belchor Rosa Calaça Junior,
esteve no dia 5 de outubro, na Secretaria Estadual de Saúde, para a abertura do Curso Pré Natal de Baixo Risco.
O curso faz parte do Programa Siga Bebê – Goiás Mais
Competitivo. A Secretaria de Saúde estava representada
pela Dra. Irani Ribeiro.
14 - Outubro 2016
Dr. Luiz Augusto A. Batista CRM – 3581/GO
Dr. Waldemar Naves do Amaral CRM – 4807/GO
Dr. Walter Pereira Borges CRM – 3088/GO
Dra. Zelma Bernardes Costas CRM – 3642/GO
Conhecimento para
a continuidade
da
Vida
• Cursos e Reciclagem de Médicos
- USG - Reprodução Humana - Medicina Fetal - Colposcopia
- Laparoscopia - Histeroscopia - Endoscopia Digestiva e outros.
• Reprodução Humana - Medicina Fetal
- Rastreamento de Anomalias Fetais no 1° e 2° trimestre
- Estudo Genético Pré-implantacional - Biópsia de Vilo Corial
- Amniocentese Genética (Precoce) - Cordocentese
- Rastreamento de infecções na gravidez
- Em breve DNA Fetal para cromossomopatias em Sangue Periférico.
• Pós Graduação “LATO-SENSU”
(Certificado de Especialistas pelo MEC)
- Ultrassonografia Geral - Reprodução Humana
- Medicina Fetal - Videolaparoscopia e Videohisteroscopia;
62 3242-1931
Al. Cel. Joaquim Bastos, 243,
Setor Marista. Goiânia/GO
www.fertile.com.br
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