Apostila Língua Portuguesa

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SELEÇÃO COMPETITIVA INTERNA – 2014
Viajar pela leitura
Viajar pela leitura
sem rumo, sem intenção...
só pra viver a aventura
que é ter um livro nas mãos...
É uma pena que só saiba disso
Quem gosta de ler...
Experimente!
Assim sem compromisso,
Você vai me entender...
Mergulhe de cabeça
Na imaginação!
Clarice Pacheco
DEPARTAMENTO DE ESCOLA DE GOVERNO
MÓDULO: LÍNGUA PORTUGUESA
INSTRUTOR(A): RACHEL GORETTI DE LANDA VERGARA
[email protected]
SELEÇÃO COMPETITIVA INTERNA – 2014
CARGO: OFICIAL DE MECÂNICA LEVE E PESADA
MÓDULO: LÍNGUA PORTUGUESA – NÍVEL FUNDAMENTAL
CARGA HORÁRIA/MÓDULO: 09 HORAS
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
- INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
- REDAÇÃO OFICIAL – QUALIDADES BÁSICAS
- REFORMA ORTOGRÁFICA
- DIFICULDADES LEXICAIS
TEXTO I - Saúde pública: desafios brasileiros
”O brasileiro sofre com uma das mais altas cargas tributárias do planeta. Em tese, isso
lhe garantiria um atendimento de saúde universal e decente. Mas não. Só em sete
capitais, mais de 170.000 pessoas terão de esperar até cinco anos por uma cirurgia
não emergencial. Nos hospitais e pronto-socorros, mais filas e queixas quanto à
qualidade do atendimento. O desafio dos futuros governantes é tornar este sistema
mais saudável.” (fragmento da notícia) (Revista Veja, abril de 2009)
01. Em “isso lhe garantiria um atendimento de saúde universal e decente” pode-se
concluir que:
a) O brasileiro não paga muitos impostos por isso não tem direito à saúde.
b) O brasileiro não paga impostos suficientes para ter serviços de qualidade.
c) O brasileiro não cumpre com seus compromissos tributários.
d) O brasileiro exige seu direito, mas não paga seus impostos.
e) O brasileiro paga altos impostos e deveria ter direito a um atendimento eficaz e de
qualidade.
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02. Em “... mais de 170.000 pessoas terão de esperar até cinco anos...”, o verbo ter
está no tempo:
a) futuro
b) pretérito perfeito
c) pretérito mais que perfeito
d) pretérito imperfeito
e) presente
03. “...O desafio dos futuros governantes é tornar este sistema mais saudável...”. O
termo destacado NÃO pode ser substituído sem alteração de sentido por:
a) salutar
b) sadio
c) insalubre
d) benéfico
e) proveitoso
TEXTO II - Eu sei, mas não devia
“...A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A
tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode
perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do
trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e
dormir pesado sem ter vivido o dia...”(Colasanti, Marina. O trecho acima foi extraído
do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09)
01. Segundo o texto:
a) As pessoas seguem uma rotina diariamente e nem percebem que o tempo está
passando.
b) Todos aproveitam perfeitamente cada dia de sua vida.
c) O tempo para cumprir as tarefas diárias é extenso.
d) O dia-a-dia das pessoas é permeado por situações corriqueiras cumpridas em um
longo espaço de tempo.
e) Há pessoas que têm dificuldade para dormir, devido às longas jornadas de trabalho.
02. “...A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora...”.
A palavra grifada denota:
a) contradição
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b) explicação
c) tempo
d) finalidade
e) modo
TEXTO III
“Era uma galinha de Domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da
manhã. Parecia calma. Desde Sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não
olhava para ninguém, ninguém olhava para ela... Mesmo quando a escolheram,
apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou
magra. Nunca se adivinharia nela um anseio. Foi pois uma surpresa quando a viram
abrir as asas de curto voo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada
do terraço. Um instante ainda vacilou – o tempo da cozinheira dar um grito – e em
breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro voo desajeitado, alcançou um
telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num pé ora no outro pé. A
família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé.
O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum
esporte e de almoçar, vestiu radiante o calção de banho e resolveu seguir o itinerário
da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta hesitante e trêmula
escolhia com urgência ouro rumo . A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a
telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais
selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar
sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por
mais ínfima que fosse a presa, o grito de conquista havia soado. Sozinha no mundo,
sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava
ofegante no beiral de telhado e, enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade,
tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre. Afinal, numa das
vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas,
ela foi presa e pousada no chão da cozinha com certa violência.”
(LISPECTOR, Clarice. Uma Galinha.Trecho extraído do livro “Laços de Família”,
Editora Rocco — Rio de Janeiro, 1998, pág. 30. )
01. Marque o trecho que demonstra o que representava a galinha para a família:
a) “... ninguém olhava para ela...”
b) “... pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida...”
c) “... era uma galinha de domingo...”
d) “... resolveu seguir o itinerário da galinha...”
e) “... a galinha tinha que decidir por si mesma...”
02. Dentre as palavras a seguir, marque a alternativa que NÃO está de acordo com a
Reforma Ortográfica:
a) vôo
b) auxílio
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c) chaminé
d) ínfima
e) violência
03. “...E por mais ínfima que fosse a presa...” Assinale a alternativa em que todas as
palavras foram acentuadas pelo mesmo motivo da palavra em destaque:
a) atrás, haverá, também
b) insônia, nível, pólen
c) parabéns, regência, translúcido
d) látex, táxi, fácil
e) parágrafo, ortográficos, endêmicos
04. “...Às vezes, na fuga, pairava ofegante no beiral de telhado...” O termo grifado tem
um claro valor:
a) concessivo
b) temporal
c) causal
d) condicional
e) proporcional
05. “...O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente
algum esporte e de almoçar...” A palavra em destaque pode ser trocada sem
alteração de sentido por:
a) constantemente
b) diariamente
c) sempre
d) eventualmente
e) regularmente
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Características de textos oficiais (segundo o Manual de Redação Oficial
da Presidência da República)
I - Impessoalidade - Percebe-se que o tratamento impessoal dado aos
assuntos nas comunicações oficiais decorre:
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate,
por exemplo, de um expediente assinado por Chefe de determinada Seção, é
sempre em nome do Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-se,
assim,
uma
desejável
padronização,
que
permite
que
comunicações
elaboradas em diferentes setores da Administração guardem entre si certa
uniformidade;
b)
da
impessoalidade
de
quem
recebe
a
comunicação,
com duas
possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como
público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um destinatário de
forma homogênea e impessoal;
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das
comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse
público, é natural que não cabe qualquer tom particular ou pessoal.
II - Concisão - A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do
texto oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de
informações com um mínimo de palavras. Para que se redija com qualidade, é
fundamental que se tenha, além do conhecimento do assunto sobre o qual se
escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa
releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundâncias ou repetições
desnecessárias de ideias. Não se deve de forma alguma entendê-la, a
concisão, como economia de pensamento, isto é, não se deve eliminar
passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo. Trata-se exclusivamente
de cortar palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada acrescentam ao
que já foi dito.
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III - Clareza - A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Podese definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo
leitor. No entanto, a clareza não é algo que se atinja por si só, ela depende
estritamente das demais características da redação oficial. Para ela concorrem:
a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações que poderia
decorrer de um tratamento dado ao texto;
b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de entendimento geral e
por definição avessa a vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão;
c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a imprescindível
uniformidade dos textos;
d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos linguísticos que nada
lhe acrescentam; é o chamado “texto enxuto”.
Antes de começar a redigir seu texto, observe algumas características
que podem auxiliá-lo:
- vocabulário adequado ao leitor e ao documento;
- frases curtas de preferência na ordem direta (sujeito-verbocomplemento);
- procure abordar um assunto em cada parágrafo;
- escreva de forma elegante, seja claro e objetivo nas ideias;
- consulte um bom dicionário ou gramática caso tenha dúvidas.
Coerência X coesão
Embora muito relacionadas, geralmente confunde-se coerência com
coesão. A coerência é o cuidado com o texto como um todo, é a organização
do pensamento lógico, enquanto que a coesão analisa a relação entre termos e
ideias fazendo com que o leitor entenda mais facilmente a mensagem.
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REFORMA ORTOGRÁFICA / 2009
LÍNGUA PORTUGUESA EM PERSPECTIVA DE UM IDIOMA UNIFICADO
De projeto de Lei, a nova Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa
passou a ser lei a partir de primeiro de janeiro de 2009. Tema de discussões
profundas ficou a reforma ortográfica adormecida por muitos anos em uma
pasta no Congresso Nacional.
Agora ela entrou em vigor e todos brasileiros e portugueses devem
aceitá-la como uma visão moderna com o objetivo de unificar a nossa língua
em demais países que falam o idioma Português. Entre renomados gramáticos
há divergências de opinião.
Alguns especialistas não concordam com os acentos das
proparoxítonas. Extremamente desnecessários, alegam tornar as palavras
pesadas, deselegantes. Principalmente as proparoxítonas de nomes próprios
que são grafadas de uma maneira marcante.
Observe os vocábulos:
Álvaro - Ângela - Ítalo - Rosângela –
pêssego - lâmpada - câmara - pânico.
Para que esses acentos?
Sorte dos vocábulos "borboleta", "alvorada", "passarada" que por serem
paroxítonas continuam leves, soltos como uma pluma, sem uma marca.
Alguns são a favor de que todos os acentos, de modo geral, fossem
abolidos garantindo a pronúncia pela serenidade com que as sílabas se
encaixam, dando harmonia aos vocábulos. Eis que a escrita ficaria uniforme e
mais leve. A Língua Portuguesa tornaria mais acessível aos outros povos e
globalizada.
Até que mais meio século se passe, para que a queda de mais acentos
ortográficos aconteça, pois a última reforma se deu em 1971, apresenta-se,
abaixo, a nova ortografia que se tornou mais simples, entretanto não cumpre o
objetivo inicial de padronizar a língua portuguesa.
ALFABETO : Passará a ter 26 letras ao incorporar as letras "K", "W", "Y".
Exemplos:
Kátia - Wilma - Nylcio - Nyldio
km (quilômetro) - kg (quilograma) - W (watt).
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ACENTO CIRCUNFLEXO
Não será mais usado:
- Na terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos
verbos CRER, DAR, LER, VER e seus derivados. (dobra o “e” no plural)
Atenção: se ele crê em .../ se eles creem em...
para que ele dê.../ para que eles deem...
ele lê muito/ eles leem muito
ele vê o que interessa.../ eles veem o que interessa...
MAS: Ele tem um bom emprego/ eles têm um bom emprego (não dobra o “e”
no plural)
Ele vem aqui todo dia/ eles vêm....
Se a ele convém.../ se a eles convêm
Nas palavras terminadas em hiato "oo" (enjôo - vôo) passaria a grafar sem o
circunflexo.
Exemplos:
enjoo - voo - entoo - perdoo
ACENTO AGUDO
Não haverá mais acento agudo:
- Nos ditongos abertos "éi" e "ói" de palavras paroxítonas.
Exemplos:
assembleia - ideia - jiboia - joia.
OBSERVAÇÃO:
Os outros casos de oxítonas continuam acentuados.
(papéis - anéis - pastéis)
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DICA PRECIOSA
Lembre-se de que é um ditongo e não tritongo, portanto, na separação
de sílaba, ela se grafará sempre junto e a vogal "a" ficará sozinha.
Exemplos: ji-boi-a
- ge-lei-a - joi-a.
- Nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de
ditongo.
Exemplos: feiura - baiuca.
Separando as silabas ficará: fei-u-ra
-
bai-u-ca.
OBSERVAÇÃO:
Nos outros casos de "u"/ "i" formando hiato tônico permanece o acento.
Exemplos: sa-ú-de
sa-í-da
ACENTO DIFERENCIAL
Não haverá mais acento para diferenciar somente nos casos abaixo:
1. "pára" (flexão do verbo "parar") de "para" (preposição)
2. "pêla" (flexão do verbo "pelar") de "pela" (combinação da preposição com
artigo)
3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")
4. "pélo (flexão do verbo "pelar"), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da
preposição com o artigo)
OBSERVAÇÃO:
Permanece o acento diferencial nos demais casos em pode (3 p.sing. do
presente do indicativo) e pôde (3 p.sing. do pretérito perfeito do indicativo).
Facultativo para: forma e fôrma (A fôrma do bolo tem forma retangular.)
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GRAFIA
No português lusitano desaparecerão o "c" e o "p" em que essas letras
não são pronunciadas: acção - acto - adopção - optimo serão grafadas sem o
"c" e o "p".
Exemplos: ação - ótimo - ato - adoção.
TREMA
Deixará de existir em todas as palavras em que o "i" e o "u" eram
pronunciados nas silabas "güe" - "güi” – “qüe” - "qüi".
Exemplos: linguiça - tranquilo - equestre.
Poderá o trema aparecer em nomes próprios e seus derivados.
Exemplos:
Gisele Bündchen - Müller.
HÍFEN
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CONCLUSÃO
O objetivo principal da reforma ortográfica é unificar as diferentes
grafias, porém permanece a mesma pronúncia de cada país. Que o dialeto seja
mesmo peculiar a cada região, a cada país, contudo que a grafia seja única
para todos que falam a tão bela Língua Portuguesa.
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PARTICULARIDADES LEXICAIS
Passemos agora ao EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES que,
certamente, já deixaram muita gente com dúvida na hora de optar
por uma ou outra forma. Selecionei para esta aula apenas alguns
vocábulos que, volta e meia, surgem em diversos textos.
MAL x MAU
a) Ela se houve mal na prova. (advérbio de modo, contrário de bem,
refere-se a um verbo)
b) Mal entrou, os portões foram fechados. (conjunção subordinativa
adverbial, equivale-se a quando, indica circunstância de tempo)
c) Apesar do mau tempo, foi à praia. (adjetivo, refere-se a um
substantivo, contrário de bom)
d) A notícia causou-lhe um grande mal. (substantivo)
Quero que você perceba que o vocábulo MAL não possui a
mesma classificação gramatical nas alternativas “a”, “b” e “d”.
Dica legal! Quero que você perceba que o vocábulo MAU é grafado
com U quando é adjetivo.
POR QUE x POR QUÊ
a) Por que você não veio? (advérbio interrogativo de causa, usado no
início da oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono)
b) Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a
frase interrogativa é indireta)
c) Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da
frase, e o “que” é tônico)
d) Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição +
pronome relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo qual)
ATENÇÃO! Note a colocação no final da frase ou no final de oração,
antes de pausa, com sentido de motivo, razão pela qual, sendo tônico.
Ex.: O cantor estava inquieto, sem saber por quê. (Sem saber
por quê, o cantor estava inquieto.
Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber por
quê.
Ninguém lhe dava atenção. Por quê?
PORQUE x PORQUÊ
a) Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa
adverbial, indica circunstância de causa)
b) Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção
coordenativa explicativa)
c) Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de artigo, é
substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa)
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ATENÇÃO! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou
indireta), use a expressão separada.
SENÃO x SE NÃO
a) Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser substituído por ou,
indica alternância de ideias que se excluem mutuamente)
b) Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a mas sim,
porém, a não ser)
c) Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito, mácula, mancha; é
substantivo)
d) Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” = conjunção
subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação)
ATENÇÃO! É muito útil perceber que a expressão será separada
apenas quando introduzir uma oração subordinada adverbial
condicional.
ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE
a) Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – “dos”
= de + os –, equivale-se a sobre, a respeito de)
b) Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.
(refere-se a acontecimento passado)
c) Estamos a cerca de quatro meses da prova. (equivale-se a
aproximadamente)
AFIM x A FIM DE
a) Temos ideias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em
número para com ele concordar)
b) Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva,
denota finalidade, objetivo, intenção)
DEMAIS x DE MAIS
a) Estudei demais. (advérbio de intensidade, liga-se a um verbo,
equivale-se a muito, bastante, demasiadamente, em excesso)
b) Eu estudo muito; os demais, pouco. (pronome indefinido, equivalese a outros, restantes, vem precedido de artigo)
c) Surgiram candidatos de mais. (locução que se contrapõe a de
menos)
ATENÇÃO! Com relação a de menos, a professora Maria Tereza de
Queiroz Piacentini ensina que nem sempre tal expressão tem como
oposto de mais.
De menos pode se referir a substantivo ("gente de menos") e verbo
("saber de menos"), segundo a autora do livro Português para redação
(edição esgotada).
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Moral da história: junto a substantivo, use de mais e de menos;
junto a verbo, use demais e pode usar de menos também.
ONDE x DONDE x AONDE
a) Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a
preposição em, na língua portuguesa não existe a suposta contração
nonde, indicada por em + onde; é errada sua utilização para substituir
nomes que não indicam lugar: Na reunião onde estávamos, houve muita
discussão. Nesse caso, prefira a locução em que.)
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