- Centro de Tecnologia Mineral

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C&Tem
INFORMATIVO DO CENTRO DE TECNOLOGIA MINERAL
ANO VI Nº 1 JAN/MAR 2005
A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA NA MINERAÇÃO
A perspectiva de escassez de água
em um futuro não muito distante vem
chamando a atenção de organizações
internacionais, entidades ambientalistas,
órgãos de governo e pesquisadores. A
previsão de que em 2025 apenas 25%
da humanidade terá água disponível para
suas necessidades essenciais vem soando como um alarme e, no Dia Mundial
da Água, comemorado em 22 de março, a Organização das Nações Unidas
(ONU) lançou a Década Internacional de
Ação - Água Fonte de Vida. Uma tentativa de ampliar até 2015 o acesso à água,
sobretudo nos países do terceiro mundo.
Principal insumo do setor de mineração, a água vem tornando-se cada vez
mais objeto da preocupação das empresas desse segmento. "Entre os principais
fatores considerados no momento de
implantar uma usina de beneficiamento,
estão o uso da água e a bacia para disposição de rejeitos", destaca o pesquisador João Alves Sampaio, do CETEM.
Por força de leis cada vez mais exigentes, o uso da água e o controle de
efluentes têm forte influência nos
projetos das unidades de
beneficiamento de minérios.
Entretanto, a preocupação com os recursos
hídricos não vem se dando de forma homogênea, ficando restrita, na
maioria dos casos, às
empresas de grande porte. Ainda assim, é possível afirmar que é crescente entre as mineradoras o interesse pela
origem, qualidade, volume de água utilizada no
processamento mineral e
seu reúso.
Nos últimos anos, o
Centro de Tecnologia Mineral também
vem dedicando atenção, cada vez maior, às questões relativas aos recursos
hídricos, por meio de diferentes projetos.
Recentemente, pesquisadores do CETEM concluíram um capítulo sobre a
utilização da água, que fará parte do livro sobre gestão dos recursos hídricos
na mineração, organizado em conjunto
pelo Instituto Brasileiro de Mineração
(Ibram) e a Agência Nacional de Águas
(ANA). A obra deverá ser lançada em
setembro, durante um congresso de mineração em Belo Horizonte.
Assinado pelos pesquisadores Mônica Calixto, João Alves Sampaio e Adão
Benvindo da Luz, diretor do CETEM, o
capítulo destaca temas como a origem
da água utilizada na lavra e nas diferentes etapas do processamento mineral,
as técnicas mais usadas no tratamento
de efluentes, que propiciam o reúso ou
a reciclagem do insumo no processo
industrial, a racionalização do consumo
e o descarte para o meio ambiente.
minimizar os custos operacionais, reduzir a quantidade de efluentes para o meio
ambiente e, em alguns casos, recuperação dos reagentes. O emprego da água
para reúso diminui, de forma significativa, a quantidade de água nova usada, e
minimiza os custos de sua captação",
explica a pesquisadora Mônica Calixto.
A reutilização reduz, também, o custo
com a análise da água a ser descartada e
com a quantidade de reagentes utilizados no processo de beneficiamento.
Apesar do crescente interesse pelo
uso da água na mineração, ainda há, no
Brasil, carência de dados sobre o consumo, a origem e a qualidade da água utilizada na mineração, bem como um controle mais rígido tanto da origem quanto
do material descartado. Tudo isso dificulta a formulação de políticas de controle. "Portanto, a necessidade imediata
de um levantamento preciso desses dados torna-se cada vez mais urgente", alerta Mônica Calixto.
Ciente da importância para o meio
O reúso é uma das principais preocupações das mineradoras. "Em algumas
ambiente do estudo da utilização da água
unidades de processamento de minérios, a água é recuperada e reutilizada para
de a algumas pesquisas, com as quais
V I T O R V A N I
na mineração, o CETEM dá continuidapretende estudar a reutiliS O A R E S
zação e, conseqüentemente, promover a
conscientização do uso
racional da água, de forma a manter o equilíbrio
do meio ambiente e o
desenvolvimento sustentável. O Centro pretende, também, editar um
livro com dados coletados em todo o país sobre a utilização da água
e o tratamento de efluentes. Todas elas são, sem
dúvida, iniciativas relevantes para o setor da
mineração nacional.
1
EDITORIAL
A Lei de Inovação, sancionada em
3 de dezembro de 2004, estabelece
em seu art. 1a medidas de incentivo
à inovação e à pesquisa científica e
tecnológica no ambiente produtivo,
com vistas à capacitação e ao alcance da autonomia tecnológica e ao
desenvolvimento industrial do País.
Representa, sem dúvida, uma conquista para os pesquisadores, as instituições científicas e tecnológicas
(ICTs), o inventor independente e as
empresas que, para se tornarem mais
competitivas, precisam de incentivos
para o desenvolvimento de produtos
e processos inovadores.
2
A Lei nº 10973 permite incentivos ao servidor, militar ou empregado público envolvidos na prestação de
serviços compatíveis com os objetivos
desta Lei, na forma de retribuição
pecuniária, diretamente da ICT ou da
fundação de apoio com a qual esta
tenha firmado acordo, sempre sob a
forma de adicional variável, e desde
que custeado exclusivamente com
recursos arrecadados no âmbito da
atividade contratada.
Esta Lei permite, também, o recebimento de bolsa de estímulo à inovação diretamente de instituições de
apoio ou de agência de fomento. É,
ainda, assegurada ao inventor participação mínima de 5% e máxima de
1/3 nos ganhos econômicos, auferidos
pela ICT, resultantes de contratos de
transferência de tecnologia e de
licenciamento para outorga de direito de uso ou de exploração protegida da qual tenha sido inventor. Os
pesquisadores esperam que a Lei seja
regulamentada de forma prática e o
mais rápido possível.
Adão Benvindo da Luz,
Diretor do CETEM
E X P E D I E N T E
ESTE É UM INFORMATIVO TRIMESTRAL DO CENTRO DE TECNOLOGIA MINERAL (CETEM), INSTITUTO VINCULADO AO
MCT. DIRETOR ADÃO BENVINDO DA LUZ COORD. DE PROCESSOS MINERAIS JOÃO ALVES SAMPAIO COORD. DE
PROCESSOS METALÚRGICOS E AMBIENTAIS RONALDO
SANTOS COORD. DE ASSESSORAMENTO TECNOLÓGICO
FERNANDO FREITAS LINS COORD. DE APOIO TÉCNOLÓGICO À MICRO E PEQUENA EMPRESA ANTÔNIO CAMPOS
COORD. DE ANÁLISES MINERAIS ARNALDO ALCOVER COORD. DE ADMINISTRAÇÃO COSME REGLY EDITOR E JORNALISTA RESPONSÁVEL MARCOS PATRÍCIO PROJETO GRÁFICO PATRÍCIA SALLES REVISOR MARIA HELENA HATSCHBACH
COORD. EDITORIAL JACKSON DE FIGUEIREDO NETO EDITORAÇÃO ELETRÔNICA VERA LÚCIA SOUZA ILUSTRAÇÃO
VITORVANI SOARES COLABORADOR ROBERTO TRINDADE
END. AV. IPÊ, 900 - ILHA DA CIDADE UNIVERSITÁRIA CEP
21941-590 TEL (021) 3865-7222 FAX (021)2290-9196 2590-3047 E-MAIL [email protected] HOMEPAGE www.cetem.gov.br
Ministério da Ciência
e Tecnologia
EVENTO INTERNACIONAL DE ROCHAS
ORNAMENTAIS SUPERA EXPECTATIVAS
Realizado entre os dias 20 e 23 de fevereiro, no Centro de Convenções do
Sesc, em Guarapari, no Espírito Santo, o
I Congresso Internacional de Rochas Ornamentais (I CIRO) superou as expectativas de seus organizadores. O evento e o II
Simpósio Brasileiro de Rochas Ornamentais foram promovidos, simultaneamente,
pelo CETEM e pelo Centro Tecnológico
do Mármore e Granito (CETEMAG).
Durante o congresso, especialistas e
representantes do setor discutiram diversos temas cobrindo praticamente todos
assuntos de interesse atual do setor. O
encontro reuniu cerca de 450 pessoas,
sendo 251 participantes inscritos. Dentre
esses, 32 estrangeiros. O evento contou
com o apoio de várias agências governamentais, tais como Finep (Fundo Setorial
Mineral), DNPM/MME, SEBRAE-ES,
CREA-ES, BANDES, além das entidades
empresariais ABIROCHAS, SINDIROCHAS e CREDIROCHAS.
"O evento atingiu plenamente
seus objetivos, superando todas as
expectativas", destacou o coordenador do Comitê Científico do
congresso, o pesquisador Carlos
César Peiter, do CETEM. O encontro precedeu a Feira Internacional
do Mármore e Granito, realizada
entre os dias 22 e 25 de fevereiro,
em Vitória, tendo sido visitada pelo
PresidentedaRepública.Umaprova
da importância do setor de rochas
ornamentais, que, no Brasil, emprega cerca de 114 mil pessoas,
com uma produção de 6 milhões
de toneladas/ano e exportações de
600 milhões de dólares em 2004.
Um crescimento de quase 40%
com relação a 2003.
WORKSHOP ANUNCIARÁ RESULTADOS
DO PROJETO SOBRE AREIA ARTIFICIAL
Desenvolvido pelo CETEM em parceria com a Coppe/UFRJ, desde 2002, o
projeto de obtenção de areia manufaturada a partir de finos de pedreiras terá seus
resultados finais apresentados durante um
workshop. O evento, ainda sem data confirmada, deverá ser realizado em junho ou
no início do segundo semestre de 2005.
O CETEM e os Departamentos de Engenharia Civil e de Metalurgia e Materiais
da Coppe estão finalizando as análises do
projeto, cujo objetivo é difundir um produto alternativo para a areia natural. A areia
manufaturada, também chamada de artificial, produzida a partir dos finos de cinco
pedreiras localizadas no Rio de Janeiro e
uma instalada em Matias Barbosa, Minas
Gerais, está sendo comparada com dois
tipos de areia-padrão. Segundo o coordenador do projeto, o pesquisador Salvador
Almeida, do CETEM, os resultados vão
apontar as características dos produtos de
cada pedreira e avaliar se eles são adequados à construção civil.
A areia artificial tem grandes vantagens.
A primeira delas é a redução do impacto
ambiental causado pela degradação dos leitos dos rios, de onde são retirados cerca de
70% da produção nacional de areia.
Outra vantagem ambiental do processo é que a produção de agregados reduz o
descarte dos finos de pedreiras, que geral-
mente causam assoreamento de
rios e grande volume de poeira no
meio ambiente. Além disso, o projeto tem um forte apelo econômico. A possibilidade de produzir a
areia a partir de finos de pedreiras
localizadas próximo dos grandes
centros reduz a necessidade de trazer o produto de locais mais distantes. Como o frete corresponde
a 2/3 do valor da areia, o produto
manufaturado pode ter um custo
inferior ao daquele extraído dos rios
de regiões distantes.
De acordo com o pesquisador
Gilson Ferreira, do CETEM, responsável pelos estudos econômicos do projeto, o Brasil produziu,
em 2003, 320,4 milhões de toneladas de agregados, sendo 190,6
milhões de areia e 129,8 milhões
de pedra britada.
Foram montadas unidades-piloto, nas pedreiras que participaram
do projeto, com capacidade para
produção de 2 toneladas por hora.
Os resultados foram positivos e a
pedreira Pedra Sul, de Matias Barbosa, implantou uma unidade industrial e já colocou a areia artificial no mercado, desde o fim de
2004.
APERFEIÇOANDO A RECICLAGEM
O Brasil produz, anualmente, cerca de 70 milhões de toneladas de entulho de obras e demolições. Cresce, a cada dia, a preocupação em dar um destino útil a todo esse material. Chefe do
Serviço de Tratamento de Minérios do CETEM, o pesquisador Salvador Luiz Matos de Almeida
fala sobre a questão e explica como será o projeto de aperfeiçoamento do processo de reciclagem
de resíduos da construção civil e demolição, que o CETEM inicia no mês de abril.
Qual o objetivo do projeto?
é gerar uma nova matéria-prima, um
produto melhor e com custo mais
A reciclagem do entulho de constru-
baixo, pois será feito nas grandes ci-
ções e de restos de demolições já é
dades ou próximo a elas, reduzindo
feita no Brasil e no exterior, e a nos-
assim o gasto com o frete. Vale des-
sa proposta é aperfeiçoar esse pro-
tacar, ainda, que a reciclagem contri-
cesso. A idéia é reaproveitar a fração
bui para a inclusão social, pois a mon-
mineral dos resíduos da construção,
tagem de unidades móveis permitirá
como concreto, cerâmica, argamassa
que os moradores de localidades ca-
e tijolos, e transformá-la em uma nova
rentes participem do processo, e o
matéria-prima de melhor qualidade. Na
produto final poderá ser doado à pró-
maioria das vezes, é adotado o processo a seco, mas o CETEM vai utili-
Salvador Almeida
zar a água, pois o processo a úmido
pria comunidade.
Onde o projeto será implantado?
resultará em um produto melhor. Tanto
São Paulo, que fará o processamento
a areia quanto a brita terão característi-
do material; e o Departamento de En-
cas tecnológicas mais adequadas para o
genharia Civil da Universidade Federal
uso. Com eles será possível fazer dife-
de Alagoas. O projeto reúne diferentes
rentes tipos de brita e areia para usos
especialidades da Engenharia, como a
diversos.
Mineral, a de Minas e a Civil.
Como é o processo de reciclagem?
Quais as vantagens de adotar o
Itaquera e Vinhedo, na região metropo-
processo de reciclagem?
litana. Já a escolha de Alagoas tem um
O processo de reciclagem é bastante
O projeto será implantado em Macaé,
São Paulo e Maceió. Macaé foi escolhida devido ao acelerado processo de crescimento da região e à exploração de petróleo. São Paulo foi escolhida pois já
tem duas unidades de reciclagem em
viés social, pois o edital da Finep, que
conhecido. Países como Alemanha,
O Brasil produz, anualmente, cerca de
Bélgica e Holanda já adotam esta
70 milhões de toneladas de entulho. Boa
tecnologia. Ela inclui a separação dos
parte desse volume é jogada em áreas
resíduos, britagem, separação magnéti-
públicas. A reciclagem vai reduzir o des-
ca, classificação e, finalmente, a análi-
carte e o assoreamento dos rios. A Re-
se sobre a melhor forma de aproveitá-
solução 307 do Conselho Nacional do
Que resultados o senhor espera
los. O circuito é o mesmo do adotado
Meio Ambiente proíbe que a fração mi-
alcançar?
nas pedreiras tradicionais. É possível,
neral dos resíduos seja aterrada, e é pre-
inclusive, fazer a adaptação de uma pe-
ciso dar um destino útil a esse material.
dreira em unidade de reciclagem e reali-
No Rio de Janeiro e em São Paulo, por
zar as duas atividades no mesmo circui-
exemplo, não há tantos locais para re-
to, em sistema de rodízio.
ceber o entulho, dessa forma, a tendên-
Qual a atribuição do CETEM no
projeto?
O projeto é uma parceria entre o
CETEM, que ficará responsável pela elaboração de normas técnicas para a im-
cia é que as prefeituras passem a se preocupar mais em reciclar o material que
sobra das construções e das demolições.
Com o processo será possível, também,
reduzir o impacto ambiental, diminuindo a degradação causada pela retirada
está repassando recursos para o projeto, prevê a transferência de tecnologia
para outros estados onde estejam sendo
criados grupos de pesquisa nessa área.
Esperamos obter produtos de melhor
qualidade para utilização em edificações
e obras públicas. Outra meta deste projeto é a formação e consolidação de grupos de pesquisa de excelência neste segmento de reciclagem. Também está prevista a transferência de tecnologia, que
poderá ser feita por meio de sindicatos
das empresas de construção civil, empresas de obras públicas, workshops e
plantação de usinas de reciclagem e pela
de areia do leito dos rios. No Brasil, mais
cursos. Além disso, vamos estudar nas
difusão da tecnologia; o Departamento
de 70% da areia comercializada é retira-
unidades de reciclagem a poluição sono-
de Engenharia Civil da Universidade de
da do leito dos rios. A grande vantagem
ra e a minimização das partículas no ar.
3
CENTRO SE ESTRUTURA PARA
RECEBER NOVOS EQUIPAMENTOS
O CETEM já começou as obras de
adequação de espaço e a especificação
dos equipamentos que serão adquiridos
com recursos do Edital 03/2004 do Fundo Setorial Ação Transversal/MCT. O
Centro teve aprovada, em outubro de
2004, proposta de R$ 1,2 milhão para
modernização dos laboratórios. O valor
já inclui a contrapartida de R$ 200 mil,
que serão investidos pelo CENPES/
Petrobras, com quem o CETEM vem realizando parcerias.
Segundo o responsável pela Coordenação de Análise Mineral (COAM), o
pesquisador Arnaldo Alcover Neto, serão adquiridos um equipamento para preparação de amostras e outros quatro para
a realização de análises. Entre eles estão
um espectrômetro de plasma e um
cromatógrafo de íons, que darão condições ao CETEM de participar de novos
projetos na área ambiental. Os instrumentos poderão atender a todos os pesquisadores e darão maior dinâmica a vários
projetos em andamento no Centro.
Com a contrapartida do CENPES,
será instalada uma estação de purificação e geração de energia, que garantirá a
boa qualidade e a não interrupção do fornecimento de energia para os laboratórios instrumentais do CETEM, garantindo
maior durabilidade e confiabilidade aos
equipamentos analíticos do Centro.
CONFERÊNCIA SOBRE GÊNERO DÁ ORIGEM A DOCUMENTO
O CETEM promoveu, entre os dias
7 e 11 de março, a primeira e a segunda
etapas do ciclo de conferências "A questão do gênero e do trabalho infantil na
pequena mineração sul-americana". O
evento, que reuniu pesquisadores do Brasil, Argentina, Bolívia e Peru, deu origem a um documento, que propõe
diretrizes básicas para futuros estudos
visando conhecer a participação de
mulheres e crianças na mineração
artesanal do continente.
Esses estudos, segundo a pesquisadora Zuleica Castilhos, do CETEM, coordenadora do ciclo, vão resultar em indicadores a serem utilizados para o desenvolvimento e acompanhamento de
programas e projetos de políticas públi-
cas destinados a melhorar as condições
para a inclusão social das mulheres e
crianças mineradoras.
Organizado pelo CETEM, o ciclo é
realizado com recursos do Edital Programa Sul-Americano de Apoio às Atividades de Cooperação em Ciência e
Tecnologia (Prosul)/CNPq. A terceira
etapa do evento está prevista para o dia
25 de novembro, quando os resultados
e a discussão da proposta metodológica
serão apresentados para pesquisadores
e representantes de ONGs, sindicatos,
secretarias e ministérios. A etapa final
deverá ser realizada em janeiro de 2006,
quando o resultado do trabalho será apresentado para a população das áreas estudadas.
CETEM TRAZ PARA O BRASIL EVENTO SOBRE METAIS PESADOS
O CETEM promove, entre os dias 5 e 9
de junho, no Hotel Sofitel, no Rio de
Janeiro, a XIII International Conference
on Heavy Metals in the Environment.
A iniciativa tem um importante significado, pois pela primeira vez uma edição
desta série de eventos, iniciada há 30
anos em Toronto, no Canadá, será realizada no Hemisfério Sul e em um país
em desenvolvimento.
"A realização da conferência no Brasil
demonstra o prestígio do CETEM perante a comunidade científica internacional", destaca o pesquisador Roberto
Trindade, que, ao lado de outros dois
pesquisadores do Centro, Ricardo
Melamed e Luiz Gonzaga Sobral, integra o comitê organizador do evento.
Durante o encontro, especialistas de diversas partes do mundo estarão discutindo o impacto dos metais pesados no
meio ambiente. Entre outros temas, serão tratados: avaliação de risco ambiental, reciclagem, tratamento de
efluentes e fitorremediação, que é a utilização de plantas na bioacumulação desses metais, ou seja, na descontaminação
do solo. Os organizadores receberam
mais de 400 trabalhos de 45 países. Os
selecionados serão editados em livro e
CD-Rom.
TREINAMENTO DE AUDITORIA EM SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL
O CETEM promoveu, nos dias 21 e 28
de março, o Treinamento de Auditoria
em Sistemas de Gestão Ambiental. O
curso é a primeira atividade realizada pelo
Grupo de Estratégias Ambientais (GEA),
rede que reúne pesquisadores do CETEM
e do Núcleo de Análise de Sistemas
Ambientais (NASA) da UFRJ.
4
Segundo o pesquisador Paulo Sérgio Soares, chefe do Serviço de Tecnologias
Limpas (SETL) do CETEM, o objetivo
do treinamento foi aprofundar conhecimentos específicos que permitissem capacitar profissionais com diploma de nível superior ou técnico para a auditoria
de sistemas de gestão ambiental. O curso, com carga horária de
20 horas, teve aulas teóC O N E X Ã O
ricas e práticas ministraEstas são as dicas de sites e livros, fornecidas pelo
das pelo Professor Josipesquisador do CETEM Roberto B. E. Trindade:
mar Ribeiro de Almeida,
z www.scielo.br - Página da Scientific Electronic Lireconhecido especialista
brary Online - SciELO, biblioteca eletrônica que abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos
e autor de diversos livros
brasileiros. O acesso aos títulos dos periódicos e aos
sobre o tema. "O diferenartigos pode ser feito através de índices e de formuláricial desse treinamento foi
os de busca. A SciELO é o resultado de um projeto de
permitir que os alunos fipesquisa da FAPESP com o apoio do CNPq.
zessem uma auditoria na
z www.esa.int/SPECIALS/Mars_Express - Fotos e
prática", destacou Paulo
animações do planeta Marte. As imagens foram produzidas pela Agência Espacial Européia (ESA). As animaSoares.
ções estão disponíveis, também, em português.
A parceria entre o CEz www.chem.ox.ac.uk/vrchemistry - Interessante páTEM e o NASA vai congina (em inglês) da Universidade de Oxford. Entre outinuar. Estão previstos o
tras atrações, são apresentados experimentos químicos
lançamento de publicavirtuais.
ções e, ao longo de
a
z Livro "Química Ambiental", de Colin Baird, 2 . edi2005, a realização de
ção, editora Bookman - Tradicional livro sobre a químinovos cursos na área de
ca dos processos naturais no ar, na água e no solo da
Terra. Valiosa fonte de consulta para os profissionais
gestão e planejamento
interessados no tema.
ambiental.
ACONTECEU NO CETEM
No dia 28 de março foi realizada
reunião do Comitê Técnico Científico
(CTC) do CETEM.
No dia 25 de fevereiro, dez alunos
da University of Britsh Columbia, acompanhados pelo professor Marcelo Veiga, visitaram laboratórios do Centro.
Entre os dias 13 e 17 de dezembro,
o CETEM ministrou o Curso de Economia Mineral para cerca de 30 técnicos
do DNPM de diferentes estados do país.
No dia 10 de dezembro, o pesquisador Saulo Rodrigues Filho proferiu a
palestra “Avaliação Ambiental e de
Saúde, em áreas de garimpo de ouro,
no Brasil e Indonésia”.
No dia 9 de dezembro, o pesquisador Luiz Roberto Martins Pedroso proferiu a palestra “LUMEX - O CETEM
com a tecnologia de um equipamento
portátil para análise de mercúrio”.
Nos dias 7 e 8 de dezembro, o CETEM promoveu o seminário “Química
de Aerosol Atmosférico”.
No dia 6 de dezembro, o pesquisador Freddy Pantoja Timaran proferiu a
palestra “Aplicação de tecnologias limpas na mineração de ouro em pequena escala no Sul da Colômbia”.
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