REPRESENTAÇÃO DE UM PROJETO De acordo com LEI COMPLEMENTAR Nº 84 DE 06 DE JULHO DE 1993 (ver módulo 05 Legislação), toda construção, reforma, ampliação de edifícios, bem como demolição parcial ou total, efetuadas por particulares ou entidade pública, a qualquer título, é regulada pela presente lei complementar, obedecidas, no que couber, as disposições federais e estaduais relativas à matéria e as normas vigentes da ABNT. O projeto completo de uma edificação compõe-se dos seguintes elementos: I - projeto arquitetônico; II - projetos complementares; III - especificações A representação gráfica dos projetos deve seguir as diretrizes da ABNT, e o projeto arquitetônico do edifício compreende, no mínimo: a) Planta de situação do terreno na quadra, contendo a orientação Norte –Sul e a distância para a esquina mais próxima; b) Implantação da edificação no terreno, na escala adequada, devidamente cotada, com todos os elementos que caracterizam o terreno, suas dimensões, recuos de todos elementos salientes, reentrantes, áreas e poços, além de todo elemento existente no passeio fronteiriço; c) Planta de todo pavimento, na escala adequada, devidamente cotada, com as dimensões dos ambientes, sua destinação e área, vãos de iluminação e ventilação, além da indicação dos níveis dos pisos; d) cortes ou perfis, longitudinais e transversais, que contenham a posição da edificação a ser construída, sua altura e todos os elementos salientes ou reentrantes, a identificação precisa do número de pavimentos, com indicação dos respectivos níveis, e da escada, quando houver; Todas as fachadas distintas do edifício com a respectiva indicação dos materiais a serem utilizados. PLANTA DE LOCAÇÃO Indica a posição da construção dentro do terreno. Pode-se fazer um desenho único com a locação e a planta de cobertura. A planta de locação não se limita a casa ou construção. Ela deve mostrar os muros, portões, árvores existentes ou a plantar, a calçada ou passeio e, se necessário as construções vizinhas. Observe a figura que os afastamentos da construção são medidos do muro (ou do seu eixo) até a parede. Não seria correto indicar o afastamento entre o muro e a extremidade da cobertura. As escalas indicadas para a planta de locação são as 1:100 ou 1:200. DIVISA DE FUNDO DIVISA LATERAL ESQUERDA Recuo do fundo Recuo lateral esquerdo DIVISA LATERAL DIREITA Recuo lateral direito PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO Telhado Recuo de frente FRENTE DO LOTE alinhamento calçada ou passeio meio fio ou guia RUA PLANTA BAIXA Indica o destino de cada compartimento e suas dimensões: as áreas dos pavimentos, as dimensões e áreas dos vãos de iluminação, e a posição de todas as divisas do lote. As cotas constantes dos projetos deverão ser escritas em caracteres claros e facilmente legíveis. Essas medidas prevalecerão no caso de divergência com as medidas tomadas no desenho. muro h=1.60m 10.00 muro h=1.60m 20,00 muro h=1.60m 20,00 +.20 6.00 proj. da cobertura P1 1.50 J3 J3 J4 2.65 a.serv. 4.48m2 +.32 1.50 1.20 A J3 P2 banho. 4.48m2 2.50 +.33 P3 2.50 +.33 cozinha 7.00m2 0.50 P2 A’ 2.80 2.50 1.00 1.20 P2 abrigo 8.95 dormitório 12.05m2 sala 16.52m2 P1 5.90 +.30 +.35 J2 2.65 2.80 J1 5.00 4.55 +.20 Rampa Sobe 5.00 muro h=1.60m calçada PLANTA sem escala Portão de correr 10.00 Alinhamento principal muro h=1.60m 10.00 muro h=1.60m 20,00 muro h=1.60m 20,00 +.20 6.00 proj. da cobertura P1 1.50 J3 J3 J4 2.65 a.serv. 4.48m2 +.32 1.50 1.20 A J3 P2 banho. 4.48m2 2.50 +.33 P3 2.50 +.33 cozinha 7.00m2 0.50 P2 A’ 2.80 2.50 1.00 1.20 P2 abrigo 8.95 dormitório 12.05m2 sala 16.52m2 P1 5.90 +.30 +.35 J2 2.65 2.80 J1 5.00 4.55 +.20 Rampa Sobe 5.00 muro h=1.60m calçada PLANTA sem escala Portão de correr 10.00 Alinhamento principal Segundo a LEI COMPLEMENTAR Nº 387 DE 13 DE ABRIL DE 2.000 (ver módulo 05) a ocupação do solo fica condicionada a índices urbanísticos definidos a partir do estabelecimento de: I. lote mínimo para efeito de parcelamento; a metragem quadrada do terreno, constante do título de propriedade, deve ser verificada com levantamento topográfico que mostrará a geometria do lote. II. taxa de ocupação máxima do lote, representada pelo percentual da área do lote que pode receber edificação; III. coeficiente de aproveitamento máximo do lote representado pelo número de vezes que sua área pode ser reproduzida em área construída; IV. recuos mínimos que a edificação deve obedecer em relação aos limites do lote e entre edificações no mesmo lote; CORTE OU SEÇÃO São obtidos por planos verticais que interceptam as paredes, janelas, portas e lajes, com a finalidade de permitir esclarecimentos que venham facilitar a execução da obra. As linhas indicando onde devem ser feitos os cortes são traçadas SEMPRE nas plantas do projeto (ver página 12). Se desenharmos a vista do edifício secionado em um plano vertical, teremos um desenho demonstrativo das diferentes alturas de peitoris, janelas, portas, vergas e das espessuras das lajes do piso, do forro, dos detalhes de cobertura e dos alicerces. VISTA EM CORTE PERSPECTIVADO DA RESIDÊNCIA (sem escala) Quase sempre uma única seção não é suficiente para demonstrar todos os detalhes do interior de um edifício, sendo necessários, no mínimo dois cortes. Por esse motivo, sempre que apresenta-se um projeto, representamos duas seções: LONGITUDINAL E TRANSVERSAL. Deve-se sempre passar um dos cortes por um dos compartimentos ladrilhados, cujas paredes sejam revestidas por azulejos. Indicamos as seções nas plantas por traços grossos interrompidos por pontos e terminados por setas que indicam a situação do observador em relação ao plano da seção. Assinalamos os cortes por letras maiúsculas. As paredes secionadas devem ser representadas tal como aparecem nas plantas. 2,70 m 2,73 m 1,60 +0.32 +0.35 WC A.SERVIÇO COZINHA +0.30 CORTE AA ELEVAÇÃO OU FACHADA Elevação: nome que se dá à representação gráfica das fachadas ou frontispícios dos edifícios. Quando a elevação constitui mera projeção ortogonal chama-se elevação geométrica ou ortográfica. Elevação perspectivada é a que recorre a perspectiva. Fachada: designação de cada face de um edifício. Frontaria ou frontispício é geralmente o nome que se dá à fachada da frente, a que dá para a rua. Na linguagem mais comum, constitui apenas, esse caso, a “fachada principal”. As outras serão denominadas de fachada posterior, ou fachada lateral. O conjunto de fachadas e sua composição plástica darão, em volume, a caráter, a fisionomia do edifício. Essa composição das fachadas é feita através do tratamento do plano, das superfícies, dos cheios e vazios, da modernatura, dos materiais e sua textura e da cor. Com esses elementos o arquiteto trabalha e compõe uma fachada, dando expressão final à criação arquitetônica. Damos a seguir, a disposição das quatro fachadas de uma construção, relacionandoas com a planta. Notar a aplicação da convenção para os traços nas fachadas. As partes mais próximas do observador são desenhadas com traço grosso. Reduzir a espessura dos traços na medida em que e FACHADA LATERAL ESQUERDA a. serviço cozinha banho dormitório FACHADA PRINCIPAL living abrigo para auto FACHADA LADERAL DIREITA platibanda calha pluvial DET.B rufo platibanda calha pluvial PLANTA DO TELHADO COM PLATIBANDA CORTE ESQUEMÁTICO DETALHE B telha