Publicação Interna da Rede VITA - Ano VIII - 4° Trimestre de 2008 VITA Volta Redonda na vigilância de medicamentos Conheça as médicas que gostam de emergências Prepare Hoje a Saúde de Amanhã Ser um idoso saudável depende principalmente de como você se cuida www.redevita.com.br Índice Índice Capa Banco de Imagens Stockexpert 4 Opinião • Editorial: Ninguém é Substituível 5 Negócios em Saúde • Fim da Crise? Que Crise? 6 7 8 Saúde • Médicas que adoram Emergências • Stomaphyx dá nova chance ao obeso reincidente • Pais podem acompanhar os filhos na UTI Neonatal • Acidentes são principal causa de morte de crianças • Sobrecarga e estresse comprometem Saúde do Médico 9 Artigo Médico • Vida de Intensivista, por Eduardo Sampaio Diniz 10 Ping•Pong • Entrevista com Flávia Carvalho Franco, diretora executiva da Operação Sorriso Brasil 12 Gente • Primeiras fotos do Camarote de Natal em Curitiba, e a visita do médico Martin Eichelberger; participação do Hospital VITA Volta Redonda no VI Congresso Fluminense de Cardiologia, e a presença da Diretoria da Associação dos Aposentados de Volta Redonda. 14 Capa • Como desfrutar de uma Longevidade saudável e feliz 17 Em Rede • Grupo VITA renova seu Planejamento Estratégico 18 Túnel do Tempo • Série sobre médicos brasileiros traz a biografia de Adolfo Lutz 19 Em Rede • Hospital VITA Batel incentiva pesquisas com Ação Social 20 21 • SIPAT reforça o compromisso de cada um com a segurança • Hospital VITA Volta Redonda participa da Rede Sentinela da ANVISA • A alegre e simpática Márcia Almeida está no Perfil desta edição • Batalha pela Acreditação começa no Hospital VITA Batel 22 Cida Bandeira • A colunista social que sabe de tudo e conta todas www.redevita.com.br Opinião Opinião Ninguém é Substituível Francisco Balestrin “Não há vento favorável para quem não sabe aonde ir” Sêneca Através dos tempos, temos nos acostumado a ouvir este aforismo de outra forma, ou seja, quando alguém perde alguém por algum motivo, normalmente, até com certa dose de displicência ou conformismo diz logo: “Ninguém é Insubstituível”. Aqui, vamos tentar subverter um pouco este sentido. Vimos, nós do Grupo VITA, construindo nosso caminho empresarial há 15 anos. Nada foi feito sem a contribuição de muitos homens e mulheres que, de uma forma ou de outra, colocaram o que tinham de melhor na consolidação deste empreendimento. Quem não o fez, desperdiçou uma excelente oportunidade de participar de um belo projeto. Assim, considerando que todos participaram com denodo e dedicação nesta construção, nosso sentimento não poderia ser diferente. Isto é, todos deixaram alguma coisa indelével nos hospitais VITA. Seja uma opinião, uma proposta, uma parede pintada, um manual estruturado, um treinamento realizado, uma decisão importante. E o principal, uma “mão amiga” ou uma demonstração de carinho pelo próximo em algum momento que, certamente, irá marcá-lo pelo resto da vida. Não importa se paciente, seu familiar ou um colega de trabalho. Assim, não temos dúvida desta nova assertiva: “Ninguém é substituível”! Mesmo aqueles que nos incomodaram pela sua truculência ou soberba não serão substituídos, e continuarão a ser pessoas marcantes em nossas vidas. Espero termos comprovado a tese e deixamos aqui um abraço fraterno em todos os Josés, Marias, Pedros, Luízes, Joões e Terezinhas que nos ajudaram chegar até aqui. E que saibam que muito do que somos devemos a eles. Neste último exemplar da revista VITAL deste ano, como sempre, procuramos trazer assuntos que de alguma forma contribuíssem com o conhecimento de novidades em nossos hospitais, e também fossem matérias que prestassem um serviço aos nossos leitores. Nossa matéria de fundo retrata uma bela jornada pela vida. Aprendemos neste equilibrado e informativo texto a nos prepararmos para a “melhor idade”, não com a visão exclusiva da longevidade, ou seja, viver mais, mas sim viver mais com qualidade. Em nosso “ping-pong” outra jornada. Esta a favor do bem comum, do espírito de humanidade e do prazer de servir através do dom que Deus nos deu de usar nossas habilidades. No caso a cirurgia reconstrutiva entre outras intervenções. No mais, muitas matérias, depoimentos e conhecimentos. Espero que gostem. Feliz Natal, com paz e harmonia, e um 2009 sem grandes sobressaltos. Presidente: Edson Santos VITAL é uma publicação interna da Rede VITA. Editor: Francisco Balestrin Conselho Editorial: Maria Lucia Ramalho Martins, Ligia Piola, Josiane Fontana, Iana Adour e Hajla Haidar. Produção: Headline Publicações e Assessoria (11.3951-4478). Jornalista responsável: João Carlos de Brito Mtb 21.952. Direção de arte: Alex Franco. Revisão: Ligia Piola. Tiragem: 10.000 exemplares. Impressão Gráfica Josemar (11.3865-6308) Email: [email protected]. Correspondência: Av. Pedroso de Moraes 1788 São Paulo SP Cep 05420-002 Expediente VITA www.redevita.com.br Hospital VITA Batel (41) 3883-8482; [email protected] Hospital VITA Curitiba (41) 3315-1900; [email protected] Hospital VITA Volta Redonda (24) 2102-0001; [email protected] Maternidade VITA Volta Redonda (24) 3344-3333; [email protected] Grupo VITA (11) 3817-5544; [email protected] www.redevita.com.br Vice-Presidente Executivo: Francisco Balestrin Diretor Regional Rio de Janeiro: José Mauro Rezende Diretor Regional Curitiba: José Octavio Leme Diretor de Controladoria e Finanças: Ernesto Fonseca Diretora de Operações: Maria Lucia Ramalho Martins Superintendente Hospital VITA Batel: José Octavio Leme (Interino) Superintendente Hospital VITA Curitiba: Carla Soffiatti Superintendente Hospital VITA Volta Redonda e Maternidade VITA Volta Redonda: Deumy Rabelo Negócios em Saúde Negócios em Saúde Fim do Ano. Fim da Crise? Que Crise? Edson Santos Para que faça sentido o que vou comentar a seguir, é importante constar que estou escrevendo este artigo no segundo dia de dezembro. Ontem, li um editorial onde o autor listava uma série de razões políticas, técnicas e administrativas para justificar, senão o fim da crise econômica, o começo de sua solução. A maioria das justificativas estava baseada na transmissão do poder nos Estados Unidos, principal economia do mundo, e não por coincidência onde essa crise teve origem. Basicamente, o autor acredita que o novo Presidente Barak Obama terá plenas condições de criar um ambiente e condições favoráveis para a redução gradual até o completo controle sobre a crise. Infelizmente, creio que faltou acuidade ou um pouco mais de “pé-no-chão” nessas conclusões. Venho visitando os Estados Unidos desde 1972, e nesses 36 anos nunca vi a população tão pessimista. Tenho absoluta certeza de que a principal raiz dessa crise é a falta de confiança do povo em seus governantes, políticos e empresários. Ano passado o Presidente Bush criou uma lei de emergência, devolvendo a todos os contribuintes uma parcela dos impostos pagos, contando com isso estimular o consumo no final de ano, época em que, tal como ocorre por aqui, os americanos vão às compras. Sabem o que aconteceu? Apenas 35% do valor devolvido se transformou em consumo. O restante foi para a poupança, o que mostra a desconfiança do cidadão com relação aos dias que estão por vir. Esse mesmo cidadão vê o período de falsa riqueza se esvair, suas poupanças virarem pó e seu fundo de aposentaria quase desaparecer depois de anos e anos de fartura. Todos têm a sensação de que está ruim, mas vai piorar muito. Todos têm a sensação de que foram roubados quando acompanham o governo anunciar um programa de 700 bilhões de dólares para salvar Bancos em dificuldades, quando a mídia publica que executivos desses mesmos bancos receberam até 300 milhões de dólares de bônus nos últimos anos, à custa da criação de resultados obtidos em operações de altíssimo risco. Contribui com essa sensação de quase desespero ir aos Shopping Centers e ver tradicionais lojas como Sharper Image, Circuit City fechando toda a rede; ou como a Starbucks, maior empregadora dos Estados Unidos, fechando 600 lojas e demitindo 12 mil funcionários. Notícias como a falência da General Motors, que só não ocorreu ainda porque o Governo resolveu ajudar a empresa (até quando, ninguém sabe ou quer dizer), e que o País já está oficialmente em recessão realmente só contribuem para aumentar o pessimismo. Some-se a isso o fato que estarmos falando de um País que vem sustentando uma Guerra que já custou, até hoje, um pouco mais de 576 bilhões de dólares, ou seja, algo como 341 milhões de dólares por dia. E como tudo isso nos afeta? Em escala menor do que está afetando os Estados Unidos, mas sem deixar de criar problemas para nossa Economia, tanto no aspecto macro quanto micro, pois se um de nossos principais parceiros está com problemas e os demais parceiros também estão sofrendo as conseqüências, é normal que a crise chegue até nós, como efetivamente já chegou. O investimento especulativo que move nossa Bolsa de Valores foi embora, reduzindo o valor de Mercado de nossas Empresas; os exportadores estão vendo pedidos serem cancelados e aqueles que dependem de importação, sofrendo um aumento de custo totalmente inesperado. Mas é ano novo. Sempre temos a esperança de que a simples coincidência de encerrarmos um círculo completo em torno do Sol, que há séculos utilizamos para definir nosso conceito de ano, e iniciarmos uma nova órbita será um marco para que as coisas comecem a mudar. Vamos torcer para que isso aconteça. Que as Empresas possam encerrar seus Balanços um pouco mais esperançosas em seu próprio trabalho, lembrando que aquelas que estão em maior dificuldade, ou que perderam mais dinheiro, são as mesmas que resolveram arriscar em operações financeiras totalmente fora de sua cadeia produtiva/comercial. Vamos torcer para que as Empresas saibam entender o momento, não se desesperem e tenham consciência que nos momentos de crise é que realmente aparecem as oportunidades de crescer ou melhorar seus processos. Lembro que um dos meus mais estimados professores sempre citava um provérbio português: “conhece-se o marinheiro no meio da tempestade”. E já dizia Jimmy Deam: “eu não posso mudar a direção do vento, mas eu posso ajustar as minhas velas para sempre alcançar o meu destino”. Fico por aqui. Já enfrentamos tantas crises que já nem posso mais enumerá-las. Sobrevivemos a todas elas e crescemos em cada uma delas. Mais uma... não nos assustará... www.redevita.com.br Saúde Saúde Doutoras da Emergência Cada vez mais mulheres atuam nos serviços de pronto atendimento dos hospitais, setor tradicionalmente ocupado apenas por homens Com uma participação feminina cada vez maior na profissão, certas especialidades da medicina, tradicionalmente reservadas aos homens, como ortopedia, neurologia e cirurgia cardíaca, têm uma parcela cada vez maior de doutoras. Agora elas conquistam a fronteira final do domínio masculino: o atendimento de emergência. Nos hospitais do grupo VITA já existem várias médicas atuando nesse setor, que atrai profissionais que gostam do ritmo e da adrenalina de trabalhar onde cada segundo pode fazer a diferença entre a vida e a morte. O Pronto Atendimento do Hospital VITA Batel é um dos mais importantes de Curitiba, devido à sua localização central estratégica, à tecnologia de que dispõe e ao alto nível dos médicos que fazem os plantões. Hoje, cerca de 40% da escala do pronto atendimento é coberto por médicas. “As mulheres estão cada vez mais presentes em todas as especialidades”, diz Juliana Varassin, médica com especialidade em clínica médica, medicina intensiva, medicina de urgência e nutrologia, e que atua como plantonista no Hospital VITA Batel. “Desde os tempos de residência médica (período de preparação prática do estudante, no final do curso de Medicina) sempre gostei de urgências e de trabalhar com o paciente grave, dos serviços de emergência em si”, conta Juliana. “Sou formada há 20 anos e quase metade da minha turma já era composta por mulheres, de modo que o perfil da profissão já vem mudando há algum tempo”, diz Mauren Corvello Teixeira, pediatra do Pronto Atendimento do Hospital VITA Curitiba. “Mas na época as mulheres costumavam escolher especialidades como pediatria, ginecologia e dermatologia; e agora estamos em todas as áreas, inclusive na emergência, e conheço médicas que atuam até mesmo no resgate de acidentados”. Bernadete Rachid, do Hospital VITA Volta Redonda, atua em emergência desde que se formou em medicina, em 1995; mas antes mesmo de concluir o curso já procurava trabalhar na emergência. “Eu gosto dessa área, é agitada, não tem aquela coisa de ficar no consultório, fechada o dia inteiro. Eu prefiro viver o dia a dia do hospital”, diz Bernadete. Para ela, a emergência é uma área que você ou ama ou odeia, “e quando você gosta se torna um verdadeiro vício: www.redevita.com.br Bernadete Rachid Mauren Corvello Teixeira quanto mais você faz pronto atendimento, mais você quer fazer. É uma adrenalina que acaba fazendo parte da sua vida”. Empecilhos Culturais Para as médicas da emergência, a maior dificuldade a ser vencida não é técnica, mas cultural: ainda hoje a maioria das pessoas associa a idéia de segurança à imagem masculina. Por isso quando um paciente ou seus familiares chegam ao pronto atendimento, eles podem se sentir mais seguros quando são atendidos por homens. “Isso é mais comum entre homens mais velhos, principalmente”, diz Juliana. “Há algum tempo um senhor chegou ao PS e não queria ser atendido por mim”. O outro lado da moeda é que as mulheres costumam ter maior capacidade de envolvimento emocional, o que traz maior conforto para pacientes e familiares em momentos de sofrimento. “A vantagem, para nós, é que a mulher consegue conquistar mais o paciente pelo carinho e pela paciência, enquanto o homem costuma ser mais objetivo”, diz Juliana, “principalmente no caso de pacientes fragilizados, que precisam de um afago, um apoio”. Para Bernadete, hoje o preconceito contra as médicas diminuiu muito, e alguns pacientes até preferem ser atendidos por mulheres, porque acham que elas têm mais paciência para ouvir e dão mais carinho. “Nem todos que vêm ao pronto-socorro precisam de um atendimento de urgência”, conta Bernadete. Juliana Varassin “Muitas vezes a pessoa está deprimida, com insônia, ansiosa e precisa de um apoio emocional; então a gente escuta a pessoa, orienta, eventualmente receita um calmante, caso a pessoa precise, e libera”. No caso de Mauren, que trata com crianças, o fato de ser mãe lhe traz um grande diferencial no momento de atender uma mulher que traz seu filho enfermo ou acidentado. “Quando a mãe percebe que a médica a entende, conhece as dificuldades de lidar com uma criança, ela se sente mais confiante, mais segura, mais confortada”, diz Mauren. “Eu conquisto uma empatia maior com a criança e com a mãe por ser mulher”. “No caso de crianças e adolescentes que chegam ao pronto atendimento, muitas vezes a fonte do sofrimento é emocional”, acrescenta Mauren. Ela ressalta, também, a segurança de trabalhar no Hospital VITA com uma estrutura que lhe permite ter rapidamente os resultados de exames para fazer um diagnóstico mais preciso, além do apoio de UTI pediátrica, a qualquer momento. Saúde Saúde Uma Nova Chance para os Obesos Aparelho permite voltar a diminuir o volume do estômago de pessoas que passaram por cirurgia bariátrica Cirurgias bariátricas nos parecem a solução definitiva para a obesidade: com a reduzida capacidade de receber alimentos, a pessoa sofre um processo drástico de emagrecimento e consegue manter mais facilmente o peso. Entretanto, alguns anos de história de cirurgias bariátricas têm mostrado que a compulsão alimentar conhece estratégias para burlar os efeitos emagrecedores e muitos obesos perdem peso inicialmente, mas voltam a engordar. Já existe, felizmente, um tratamento para dar uma segunda chance de emagrecimento a essas pessoas. Uma solução para esses casos é o aparelho Stomaphyx, utilizado por João Caetano Marchesini, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital VITA Batel. Marchesini explica que o Stomaphyx é um procedimento por endoscopia que permite colocar grampos no estômago operado, para voltar a diminuir seu volume. A intervenção demora cerca de meia hora e proporciona recuperação rápida. João CaetanoMarchesini Marchesini alerta que o Stomaphyx só pode ser utilizado em pacientes que já fizeram a cirurgia bariátrica. Ele ressalta, também, que o tratamento não é apenas cirúrgico, mas multidisciplinar: “temos de dar apoio psiquiátrico, psicológico e nutricional para ajudar esse paciente a não voltar a ganhar peso”, comenta. Segundo ele, essas pessoas consomem alimentos hipercalóricos, como chocolates, leite condensado, massas úmidas e outros, o que acaba dilatando o estômago operado e permitindo que elas comam cada vez mais. “Conheci uma pessoa que chegava a comer duas barras de manteiga por dia”, conta Marchesini. Segundo ele, são realizadas no Brasil aproximadamente 50 mil cirurgias bariátricas ao ano, mas 5 mil desses pacientes voltam a ganhar peso. Por exemplo, um destes pacientes, uma advogada de Curitiba, passou por uma cirurgia de redução de estômago há 8 anos, quando estava com 169 quilos. Com a cirurgia, seu peso caiu para 80 quilos, mas ela voltou a engordar aos poucos, devido a uma compulsão por doces, e chegou a 135 quilos. Ela foi uma das pacientes tratadas com o Stomaphyx, e considera o tratamento como uma nova chance de ter qualidade de vida, já que o peso lhe traz problemas nas articulações. UTI Infantil Incentiva Presença dos Pais No Hospital VITA Volta Redonda, a UTI adotou uma atitude humanizadora, que envolve os pais no tratamento e recuperação dos pequenos pacientes Quando uma criança necessita da atenção de uma UTI, certamente os pais gostariam de ficar com ela o tempo todo, em um ambiente acolhedor, onde médicos, enfermeiros e demais funcionários os tratassem como seres humanos e não números. Na UTI Neonatal do Hospital VITA Volta Redonda, a presença dos pais não só é permitida como incentivada, para propiciar a recuperação dos pequenos pacientes, além de oferecer um elevado nível tecnológico e profissional. Nela, a humanização do tratamento de crianças e bebês está presente em todos os detalhes, passando pela decoração, controle de ruídos e, A decoração traz temas amenos e tranqüilizadores; no destaque Ivo Xavier, diretor clínico da UTI Neonatal principalmente, pelo envolvimento da família no tratamento, para dar apoio ao paciente infantil e favorecer sua recuperação. A UTI Neonatal conta com seis leitos para crianças e 12 leitos neonatais. A equipe multidisciplinar inclui, além de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, também psicólogos e outros profissionais. O ambiente está adaptado para proporcionar o maior conforto possível aos pequenos pacientes. Aos internados, a iluminação natural favorece um contato com o mundo exterior e lhes ajuda a manter seu relógio biológico ajustado às horas do dia; e até mesmo favorece o trabalho do médico, que pode avaliar com mais clareza o estado geral do paciente. À noite, as luzes são diminuídas, para não atrapalhar o repouso dos internados. A decoração, em tons suaves, também contribui para um rápido restabelecimento. Outro detalhe que não foi esquecido: o controle do nível de ruído, que é mantido reduzido, para evitar estressar os pacientes. A proximidade e confiança da família são essenciais para a recuperação dos pequenos pacientes. “Nós procuramos diminuir a tensão dos familiares, apresentando o ambiente e os profissionais que vão cuidar dos seus filhos”, explica Ivo Xavier, diretor da UTI Neonatal. “Além disso, os pais podem ficar o tempo que desejarem junto ao leito de seus filhos, até mesmo 24 horas por dia”. Também são incentivadas as visitas dos avós, irmãos e outros parentes: “A presença dos familiares traz alívio ao paciente e favorece sua recuperação”, afirma. www.redevita.com.br Saúde Saúde Como Melhorar a Saúde do Médico Agendas lotadas e estresse elevado comprometem a saúde dos médicos; entenda como a vida deles pode melhorar quando os pacientes confiarem mais nos hospitais Luiz Fernando Kubrusly (esq.); José Tarcisio Cavalieri A maioria de nós imagina que médicos zelam cuidadosamente pela própria saúde, mas nem sempre é assim. São profissionais que convivem diariamente com uma agenda corrida e uma atividade altamente estressante, de responsabilidade sobre a vida de seus pacientes, e embora não existam estatísticas precisas sobre o assunto, os próprios médicos admitem que é uma minoria que mantém uma alimentação equilibrada, atividade física regular e exames preventivos, que são, aliás, as suas próprias indicações para uma vida saudável. Para Luiz Fernando Kubrusly, cardiologista e diretor clínico do Hospital VITA Batel, as agendas superlotadas e o conseqüente descuido com a própria saúde têm muito a ver com a natureza da atividade do médico: “Na nossa profissão, o trabalho está diretamente ligado à nossa presença física, no consultório, no hospital, junto ao paciente”. Além de clinicar, diagnosticar, receitar e operar, o médico também precisa visitar os doentes, falar com os familiares e atender as emergências, o que faz com que raramente tenha tempo para si próprio e freqüentemente tenha de desmarcar compromissos com a família, os amigos e a academia. “É muito difícil para as pessoas entenderem que o médico pode estar jogando tênis enquanto um parente está na UTI”, diz Kubrusly. Para ele, a vida dos médicos melhora quando os pacientes passam a confiar mais nas instituições de saúde do que em um determinado profissional. “É uma tendência e isso já está acontecendo em alguns hospitais”, diz Kubrusly. “Ou seja, se o paciente confia no Hospital VITA, ele saberá que ali será bem atendido e acompanhado, não importa se quem está de plantão é o doutor fulano ou sicrano”. O cirurgião José Tarcísio Cavalieri, do Hospital VITA Volta Redonda, é um exemplo de quem conseguiu incluir entre os muitos compromissos uma bateria completa de exames para avaliar a saúde. Aos 68 anos, dos quais 44 em atividade dentro do hospital, ele teve a satisfação de receber resultados que lhe recomendam apenas aumentar a atividade física e algumas restrições alimentares leves. “Fiz os exames, com alguma relutância, e acho inclusive que deveria ter feito antes”, diz Cavalieri. “Mas depois fiquei mais tranqüilo. É como se eu estivesse iniciando um novo ciclo de vida, com novos hábitos”. VITA Curitiba Cria PS para Atendimento Infanto-Juvenil Serviço de emergência para crianças e adolescentes funciona 24 horas, com presença constante de cirurgiões pediátricos Acidentes são a principal causa de morte infantil no Brasil. As estatísticas mostram que em 2005, 6.800 crianças morreram no País por causas externas ou traumatismo. Para atender essa demanda na capital paranaense e região, o Hospital VITA Curitiba acaba de inaugurar um Pronto Socorro exclusivamente pediátrico, com presença de cirurgiões pediátricos 24 horas por dia. quer a presença de especialistas que conheçam o organismo infantil: “Crianças não são adultos em miniatura”, ressalta. O serviço conta com uma equipe multidisciplinar que inclui, além de 10 cirurgiões pediátricos, também ortopedistas, neurocirurgiões, psicólogos e outros profissionais, e suporte da UTI pediátrica do hospital. O médico Marcelo Ribas, responsável pelo serCerca de 30% dos acidentes com crianças viço de pronto atendimento pediátrico do hosestão relacionados ao trânsito: são atropepital, estudou cirurgia pediátrica no Children’s lamentos, colisões de automóvel e bicicleta; National Medical Center, em Washington (EUA), em seguida vêm afogamentos, quedas, considerado o hospital modelo mundial em queimaduras, intoxicações e outros. Seguntrauma infantil. Segundo Ribas, do Ribas, já houve casos o pronto atendimento do VITA PS Hospital VITA Curitiba de afogamento dentro de Curitiba é o primeiro da cidade tel.: (41) 3315-1838 casa e até em baldes: “Três e vem suprir uma carência por Rodovia BR 116, Km 396, nº 4021 centímetros de profundiesse tipo de atendimento, que re- Bairro Alto • Curitiba - PR dade são suficientes para www.redevita.com.br que uma criança se afogue”, alerta Ribas. Em qualquer situação, o ideal é chamar o socorro o mais rápido possível: “Quanto mais rápido o atendimento, melhores são as chances de uma boa recuperação”, explica. Marcelo Ribas Artigo Médico Artigo Médico Vida de Intensivista Eduardo Sampaio Diniz Iniciei minha vida nos caminhos da terapia intensiva em fins de 1973, quando acadêmico terceiranista da Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda, incentivado por um grande amigo, Guanair de Souza Hochst, que era professor da cadeira de Semiologia e se tornou o precursor da então nova especialidade no interior do Rio de Janeiro, implantando o Centro de Tratamento Intensivo no Hospital da Companhia Siderúrgica Nacional, hoje Hospital VITA-VR. Por contato freqüente com grandes intensivistas da época, fui adquirindo gosto e me sentindo cada vez mais à vontade nesse ambiente. Hoje, trinta e cinco anos passados, pensando na minha decisão de cuidar dos pacientes mais críticos, decido colocar a culpa em Bertrand Russell, que muito contribuiu com seu texto: “Aquilo por que vivi”. Tal escrito vem me acompanhando desde os tempos de internato salesiano, pois “o anseio de amor, a busca incessante do conhecimento e a compaixão pelo sofrimento humano” nunca me deixaram desistir, mesmo nos momentos mais difíceis. Vejo, com felicidade, que os “cantos” antigos adaptados para tratar os pacientes mais graves, em vários hospitais, transformaram-se em motivo de realização profissional. Os locais destinados ao atendimento de pacientes de risco elevado, onde a assistência médica é contínua, se sofisticou. Equipamentos próprios e precisos complementam o trabalho médico em busca do grande resultado: devolver as pessoas acometidas de graves problemas de saúde ao convívio familiar e social. Falamos em protocolos e qualidade, medicina baseada em evidências e custos hospitalares; mas isto, em um espaço no qual seres humanos especializados, com acesso à alta tecno- logia para diagnóstico e tratamento não perdem suas sensibilidades, como se poderia pensar. Que por serem humanos, já apresentam patologias relacionadas ao trabalho em tais ambientes. Eles sentem os efeitos da tensão continuada, com intensidade tal que pode incapacitá-los. Foi publicado um interessante trabalho original no Vol 20 – nº 3 – Julho / Outubro 2008, por um grupo de médicos de Salvador, da Revista Brasileira de Terapia Intensiva que apresenta fatores associados à síndrome de Burnout – a reação de estresse excessivo relacionado ao trabalho que se apresenta em três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e ineficácia. O resultado do referido trabalho encontrou presença de exaustão emocional em 47,5% da população estudada. A despersonalização e a ineficácia apareceram em 24,6% e 28,3%, respectivamente. Uma das dimensões, pelo menos, estava em 63,3% dos profissionais-alvo do estudo. Então, um centro de atividades médicas que gerava estresse em pacientes e familiares que, sabidamente, adoecem com seus parentes, passa, agora, a produzir os mesmos sentimentos nos profissionais que ali atuam. Claro que é preocupante, pois proliferam as UTI e se torna necessário que os médicos iniciantes na especialidade tenham vontade de nela permanecerem, visando a melhoria continuada, adquirindo a experiência fundamental para a identificação e tratamento das patologias mais complexas e graves. O aprofundamento dos estudos para introdução da terapia intensiva nas grades curriculares das escolas de medicina, mesmo que em regime de internato, como módulo obrigatório, é muito importante. Pode significar a solução de uma distorção que torna cada dia mais grave a situação do profissional intensivista. Preocupante também, por conseqüência, é a introdução de médicos em atividade que exige conhecimento, rapidez em tomadas de decisão e liderança de equipes sem a suficiente formação para tanto. É alto o nível de informalidade no preparo de intensivistas. Aprende-se apenas acompanhando qualquer profissional que seja, em qualquer UTI de algum lugar, tornando-se assim “capacitado“. Esta publicação mostra que fatores oriundos da própria unidade de trabalho intensivo são causadores de estresse significativo. Como evitá-los? O trabalho por nós anteriormente referido demonstra que os seguintes fatores produzem estresse: Ruído excessivo na UTI Possibilidade de complicação Problemas administrativos Lidar com sofrimento e morte Lidar com diversas questões simultaneamente Quantidade de pacientes por médicos Ritmo acelerado das atividades profissionais Falta de recursos materiais Comprometimento da equipe Relacionamento com a equipe Cuidar do paciente terminal Pressão para dar alta aos pacientes 73,7% 64,5% 63,3% 60,2% 58,9% 57,5% 57,1% 54,6% 51,2% 36,4% 36,1% 35,3% Percebe-se, então, que tudo é preocupante para o médico intensivista, pois apenas 9,2% dos entrevistados pretendem permanecer em UTI por mais de dez anos, e 75,8% referiram alguma queixa ou problema de saúde, embora sejam pessoas de baixa faixa etária (24 a 39 anos – 79,4%). A saída da situação atual passa por vontade que possa se transformar em necessidade das instituições hospitalares, órgãos representativos da classe médica e associação da especialidade. É importante a compreensão das entidades pagadoras. A qualidade traz benefícios reais para os pacientes e contribui para a redução significativa dos custos da prestação de serviços. Economia. Fala-se muito de humanização das UTI e os médicos, frente aos problemas de vida, distorcidos que são seus “scripts” pessoais para a realização pessoal através da atividade escolhida, desumanizam-se, passando pela experiência da desvalorização. É feliz o trabalho dos autores, pois evidencia o fato de que a realização e a satisfação estão com o time de especialistas titulados. São os que mais desejam acesso aos melhores postos e condições de trabalho. Também demonstra um curioso dado: dentre todas as especialidades que ocuparam as unidades de tratamento intensivo, apenas 2,5% da população entrevistada tem como atividade principal a terapia intensiva. É coisa para pensar! Eduardo Sampaio Diniz é Gerente Médico do Hospital VITA Volta Redonda e Especialista em Terapia Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira www.redevita.com.br Entrevista Uma Nova Face, Uma Nova Vida Certas crianças nascem perfeitas sob quase todos os aspectos, mas com defeitos que colocam em risco seu desenvolvimento, auto-estima e a própria vida: elas têm lábio fissurado e fenda palatina, problemas que podem ser resolvidos com uma rápida, porém complexa, cirurgia plástica. Normalmente, é um problema visível na face e torna a aparência da criança assustadora para a maioria das pessoas. Por isso elas muitas vezes são abandonadas ou ocultadas pela própria família e não recebem tratamento, especialmente se nascerem em famílias pobres. O sistema público de saúde não consegue atender nem metade das crianças que nascem com fissura - poucos hospitais públicos oferecem tratamento e, neles, as filas de espera são imensas. Para a maioria dessas crianças, a única esperança são as campanhas da Operação Sorriso Brasil (OSB - www.operacaosorriso.org.br), que realiza mutirões de tratamento em vários Estados e que já atendeu cerca de 2.500 crianças. A OSB é parte de uma organização global de fundações e associações sob a marca da Operation Smile, que tem escritórios em 27 países na Ásia, África, Europa Oriental, América Latina e Oriente Médio. A OSB é uma instituição sem fins lucrativos, que se dedica a transformar a vida de crianças e jovens brasileiros portadores de deformidades faciais corrigíveis, com foco principal na correção das fissuras lábio-palatinas. Ela busca criar uma ponte entre o trabalho voluntário e o patrocínio de indivíduos e empresas socialmente responsáveis, visando ampliar a auto-suficiência no tratamento desse problema nas diversas regiões do Brasil. A associação é mantida por uma rede de parceiros, pessoas físicas e jurídicas, que colaboram com recursos materiais e financeiros. A OSB trabalha exclusivamente com profissionais da área de saúde (cirurgiões plásticos, anestesistas, pediatras, ortodontistas, fonoaudiólogos, psicólogos e enfermeiros) e não-médicos voluntários. Entrevistamos Flávia Carvalho Franco, diretora executiva da Operação Sorriso Brasil, que conta como surgiu a Operação Sorriso, como ela atua e como consegue trazer um futuro melhor para milhares de crianças. Como começou a Operation Smile? Flávia Carvalho Franco, diretora executiva da Operação Sorriso Brasil Saúde e do Hospital Albert Sabin, que até hoje nos cede o local para o programa. Naquela Em 1982, o médico americano Bill Magee Jr primeira edição, a Secretaria achava que não e a esposa Kathleen, enfermeira e assistente haveria nem 100 pacientes no Estado, e social, foram às Filipinas, juntamente com uma apareceram 400, dos quais conseguimos pequena equipe, tratar um grupo de crianças operar 125. com deformidades faciais. Eles só conseguiram Esse primeiro programa foi muito difícil, atender cerca de 40, de um grupo de 300 eram todos médicos estrangeiros e duas que precisavam do tratamento. E saíram de toneladas de material importado, e quase lá com as mães pedindo que retornassem, não tínhamos apoio, quase ninguém sabia porque não havia o que estávamos esperança de tratafazendo. São necesLábio fissurado e fenda palatina são aberturas no mento para elas. Ao sárias autorizações lábio, palato (céu da boca) ou tecido mole da parte voltar para os EUA, dos conselhos regioposterior da boca. A causa exata do problema é ele conseguiu reunir nais das especialidadesconhecida. São defeitos congênitos em uma voluntários, angariou des para que esses etapa inicial do desenvolvimento do embrião. fundos e retornou às médicos atuem no Cientistas acreditam que se trate de uma Filipinas. Depois foi Brasil, os equipacombinação de fatores genéticos e ambientais, convidado para ir a mentos entram com como: enfermidades maternas, uso de outros países, e assim documentação de medicamentos ou desnutrição. Além dos começou a Operation importação tempoproblemas estáticos, crianças que apresentam Smile. rária, uma série de essas deformidades podem sofrer múltiplos No Brasil, o primeidetalhes. Até hoje problemas de saúde, incluindo: auditivos, ro programa foi em enfrentamos dificulinfecções crônicas, má-nutrição, má-formação da 1997, em Fortaleza, dades. Por exemplo: dentição e dificuldades no desenvolvimento da porque o Ceará é temos doação de fala. Freqüentemente, observa-se o abandono um dos Estados com e­quipamentos ameescolar e, com o passar dos anos, baixa autoricanos, mas não maior incidência de estima. A Organização Mundial de Saúde calcula que no Brasil exista uma criança com fissura para conseguimos fazêfenda palatina. Ticada 650 nascidas, ou cerca de 280.000 pessoas los ficar no Brasil vemos apoio da Secom fissura lábio-palatal em todo o País. sem pagar impostos. cretaria Estadual de 10 www.redevita.com.br Vocês ensinam a técnica aos médicos locais? Sim, e também treinamos outras pessoas envolvidas, porque para realizar uma ação dessas existe toda uma logística muito grande. Por exemplo: realizamos um programa em Fortaleza (CE), no final de setembro de 2008, em que foram operadas 95 crianças em uma semana; e em agosto de 2008, no Rio de Janeiro, com 94 crianças atendidas. Para que isso aconteça é preciso trazer as crianças, os médicos, obter local, salas de cirurgia, hospedagem, material de consumo, uma série de fatores simultâneos para tornar tudo isso possível. Como é feita a divulgação? Trabalhamos em conjunto com as secretarias da Saúde, estaduais e municipais, distribuindo cartazes para municípios distantes, com o local e a data da seleção; fazemos divulgação por rádio ou da forma mais apropriada segundo o local, para atrair o maior número possível de pacientes. Temos um limite de cirurgias, mas buscamos atrair bastante gente, principalmente o paciente mais distante, que tem menos acesso a um tratamento. Estamos falando de uma população extremamente pobre, que não tem como fazer uma série de viagens para diagnosticar e tratar o problema. Às vezes, vemos adultos que passaram a vida toda sofrendo com esse problema porque vivem em um local onde não há atendimento. As histórias são dramáticas, pacientes que dormem na porta do hospital, que vendem tudo que têm para procurar ajuda, e nós estamos sensíveis a essas dificuldades. Hoje, no Albert Sabin, em Fortaleza, há 7 cirurgiões plásticos capacitados para esse tratamento e eles realizam cerca de 40 cirurgias por mês; mas sabe-se que no Estado há aproximadamente 15 mil fissurados. Nesses dez anos nós conseguimos mostrar que o problema existe, e fizemos com que essas pessoas buscassem tratamento. Como existem outros problemas de saúde graves no País, o fissurado nunca é prioridade. Ele disputa tempo, atenção, espaço, verba com pacientes que correm risco de morte, com câncer, ou que estão esperando um transplante. Então ele fica sempre em segundo plano. Como é a seleção? Cada candidato é examinado por oito especialidades médicas, mais registro e foto. Agora temos até geneticistas, para tentarmos chegar à origem genética do problema, em conjunto com o Genoma da Universidade menina Brena, completamente recuperada de São Paulo. Verificamos a presença de A após a operação. infecções, de anemia, e descartamos quem não pode ser submetido a uma cirurgia. NormalE como é o pós-operatório? mente, os candidatos ficam o dia todo no hospital para seleção e procuramos apoio de empresas O paciente tem alta no dia seguinte, norque possam fornecer um lanche, suco, frutas. malmente. O pós-operatório são visitas uma Quando o paciente é do interior, ou ele vem de semana depois, seis meses e um ano depois. ônibus, ou a gente consegue que as secretarias No caso dos pacientes do interior, eles permamunicipais transportem o paciente com acomnecem uma semana na cidade do programa panhante; é preciso conseguir abrigo para essas para fazerem o primeiro exame pós-operatório, pessoas, porque elas não têm dinheiro para ficar antes de voltarem para suas cidades; e norhospedadas, não têm parentes ou conhecidos na malmente o processo de cicatrização já está cidade. Em Fortaleza, a hospedagem foi na Casa bem adiantado. A gente fornece tudo para a do Menino Jesus, um lugar maravilhoso. mãe, que leva uma cesta básica e um kit de Mas nosso objetivo não é apenas fazer as produtos de higiene, antibiótico e pomada cioperações, e sim desenvolver o atendimento ao catrizante, e ela é orientada sobre os cuidados. fissurado naquele local. Não adianta ir a um local Alguns pacientes são operados de lábio num e operar cem pacientes, melhorar a vida desses programa, e do palato um ano depois. e deixar os outros na mesma situação de antes. Queremos desenvolver esse serviço, buscar mais Qual é a realidade desse paciente, médicos que tenham interesse em aprender essa antes da cirurgia? técnica e alertar para o problema. É importante ressaltar que qualquer pessoa A fissura é tratada por cirurgiões pode ter um filho fissurado; a porcentagem é plásticos? de um para cada 650 nascidos vivos no Brasil. Mas alguns fatores fazem com que a incidênSim, a Operation Smile desenvolveu uma cia seja maior na população de baixa renda, técnica de tratamento da fissura e lábio. Uma como a má nutrição e a falta de pré-natal. cirurgia de lábio dura em média 45 minutos, Então, essa mãe pode estar no oitavo filho, não e de palato, uma hora e meia. Mas não é uma se alimentou direito, não fez pré-natal, não fez técnica que se aprenda rapidamente. Os méultra-som, tem um choque psicológico depois dicos que levamos dominam o procedimento do parto ao ver o problema e, muitas vezes, porque operam diariamente. abandona a criança ou a trata como se fosse uma aberração. Dependendo do tamanho da fissura, essa criança não consegue se alimentar e pode morrer de fome. Quando sobrevive, tem muitas infecções, dos mais variados tipos. Não desenvolve a fala e pode ter perda auditiva. Hoje, sabe-se que cerca de 10% das crianças afetadas têm algum tipo de perda auditiva. Os problemas vão se agravando conforme ela cresce. Quando chega aos oito anos, ao ir para a escola, começa a sentir o preconceito, receber apelidos e ser vítima de brincadeiras. Ela acaba abandonando as aulas e os pais aceitam. Então, seu problema, que era tratável, passa a comprometer seu desenvolvimento escolar e social. Na adolescência, a auto-estima deles é muito baixa, são jovens que só falam com você tapando a boca e olhando por baixo, ou usam uma máscara para tapar o rosto. Tornam-se adultos que além do problema estético, não falam direito, são analfabetos e não conseguem um emprego. Então, aquele problema tratável de um bebê cria um adulto completamente dependente. É muito triste, a gente fala com jovens que reclamam que não conseguem um emprego, que não têm vida. Uma das coisas em que acreditamos é trazer essa realidade à tona, fazer com que a fissura palatal seja de notificação compulsória, e que haja mais centros preparados para o tratamento. E o mais grave, em minha opinião, é que neurologicamente essa criança tem 100% de condições de se desenvolver, e a falta de tratamento pode comprometer todo o seu desenvolvimento, e criar um adulto cheio de problemas. E como muda a vida dessas pessoas após a cirurgia? Muda completamente. Esteticamente, a melhora é de 100%, ficando apenas uma pequena cicatriz. A relação com a família muda, a autoestima cresce, ela começa a se sociabilizar, tudo melhora. Outros benefícios vão depender dos tratamentos complementares a que ela tenha acesso. Por exemplo: se a criança está numa idade em que a fala já foi afetada, depois da cirurgia ela vai continuar falando errado, e precisará de apoio de fonoaudiologia para reensiná-la a falar corretamente. Mas só a parte estética ajuda muito. A OSB não faz os tratamentos complementares, mas procuramos atuar dentro de hospitais onde o paciente possa tê-los e envolver outros profissionais. Para se tornar voluntário médico ou obter informações sobre como fazer doações, visite o site www.operacaosorriso.org.br, ou telefone para (11) 3443-1709. 11 www.redevita.com.br Gente Gente Camarote de Natal O Natal do HSBC, no Palácio Avenida, é um dos mais conhecidos cartões postais de Curitiba; o Grupo VITA reúne os amigos em um camarote para apreciarem esse maravilhoso espetáculo, com estúdio para fazer fotos e reunindo doações de livros para o Lar André Valério Correa, de crianças carentes. Luiz Ernani Maddalozzo com a esposa Adriana e o filho Miquelle Gassan Traya, Rodrigo Fontan, Alcides José Branco Filho e Rached Hajar Traya Bruno Arnaldo Bonacin Moura e André Morais e Silva Ed Marcelo Zaninelli e esposa Daniele Cristina Fernando César Koleski e esposa Adriana Jackson Baduy, Luiz de Souza, Carla Soffiatti e Luiz Barbosa Marco Aurélio De George, com a esposa Cintia e as filhas Caterine e Lygia. Visita Internacional - Em outubro, o Hospital VITA Curitiba recebeu a visita do médico Martin Eichelberger, chefe do serviço de trauma e queimados do Hospital Children’s National Medical Center, da Universidade George Washington, e presidente da ONG Safe Kids, voltada para a prevenção de acidentes infantis. Ele se mostrou impressionado com o nível dos serviços oferecidos e deu seu apoio ao projeto do PS Pediátrico do VITA Curitiba. Na foto, Osni Silvestri, gerente médico, Martin Eichelberger e José Octavio Leme, diretor regional. 12 www.redevita.com.br VITA no Congresso Fluminense de Cardiologia O Hospital VITA Volta Redonda participou do VI Congresso Fluminense de Cardiologia, que aconteceu de 16 a 18 de outubro, em Búzios (RJ). Estavam presentes no estande do Hospital VITA os cardiologistas Jorge Brandão, Valdeiliza de Souza e Leonardo Nogueira, e os cirurgiões cardíacos Demian Cândido, Jean Pierre Almeida e Amaury Viotti. Brandão participou da Comissão Científica do Congresso como moderador de Mesa Redonda sobre Insuficiência Cardíaca. O Congresso teve cerca de 450 participantes Talita Assis, Demian Cândido Ferreira, Helem e Jean Pierre Almeida Talita Assis e Valdeliza de Souza Estande do Hospital VITA Volta Redonda Leonardo Nogueira, Jéssica Figueiredo, Jorge Brandão Berta Brandão e Bruna Mendes Jéssica, Berta Brandão, Jorge Brandão, Amaury Viotti, Raquel e Bruna Visita Especial – O Hospital VITA Volta Redonda recebeu em novembro uma visita muito agradável, da Diretoria da Associação dos Aposentados de Volta Redonda, inclusive a vice-presidente Bergonsil de Oliveira Magalhães. A visita muito honrou ao hospital, pois além de prestar serviços a milhares de associados há 35 anos, a entidade ainda realiza um importante papel social junto aos idosos na região. 13 www.redevita.com.br Capa Capa Prepare-se para viver MAIS Com uma expectativa de vida cada vez mais elevada no Brasil, é importante preparar-se para chegar com saúde à velhice, uma fase da vida diferente da juventude, mas que pode ser igualmente prazerosa As estatísticas não deixam dúvidas: os brasileiros estão vivendo cada vez mais. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que entre 1991 e 2007 a expectativa de vida no Brasil passou de 67 para 72,5 anos, um aumento de 5,5 anos em menos de duas décadas. É de cada um, entretanto, a responsabilidade de se preparar para viver bem essa vida longa. Um estudo publicado pela revista científica americana Archives of Internal Medicine mostra que um estilo de vida saudável durante os primeiros anos da idade madura é fator preponderante para aumentar a possibilidade de viver até os 90 anos. Segundo a pesquisa, aproximadamente 25% da longevidade humana pode ser atribuída a fatores genéticos, enquanto 75% se deve a fatores de risco que podem ser modificados, inclusive controlar o peso, ter atividade física regular e não fumar. Em outras palavras, três quartos da responsabilidade pela longevidade são nossos. “Acredito que a maioria de nós gostaria de viver até os 100 anos”, diz o geriatra Edélsio Alves Julio, do Hospital VITA Curitiba. “Mas com saúde, consciência e independência”. Edélsio, que atende dezenas de idosos, é um defensor da idéia de que é preciso se preparar desde cedo para a longevidade. Preparar a longevidade Segundo Edélsio, um envelhecimento saudável começa com a saúde dos pais e durante a gestação. “Tanto a mulher quanto o homem que planejam ter filhos devem cuidar da própria saúde, que influencia o desenvolvimento do embrião”, diz Edélsio; “e a gestação deve ser tranqüila, saudável e acompanhada de exames pré-natais”. Na infância e juventude também é possível se preparar para viver bastante. “O estilo de vida atual não dá muitas oportunidades de exposição ao Sol, que é essencial para a pro14 www.redevita.com.br dução de vitamina D, a qual contribui para o desenvolvimento do esqueleto”, explica Edélsio; “além disso, as crianças consomem muitos produtos que inibem a absorção do cálcio, como cafeína, trocam leite por refrigerantes, e vemos até crianças sofrendo fraturas devido a ossos frágeis”. Segundo Edélsio, os ossos são formados até os 30 anos, e a falta de exposição ao Sol, bem como o sedentarismo, são inimigos desse processo. Ele sustenta que, apesar de devermos nos proteger de excessos, é preciso expor pelo menos 25% do corpo ao Sol e caminhar para favorecer o desenvolvimento dos ossos. “A partir dos 30 anos, a tendência é de perda de massa óssea. Por isso é importante chegar a essa idade com nossa ossatura plenamente desenvolvida, pois ela é muito importante para a longevidade”, explica. Maria das Graças S. K. Gonçalves, médica do corpo clínico do Hospital VITA Volta Redonda, também atende idosos diariamente: “É preciso se cuidar desde já, para chegar inteiro à velhice e vivê-la bem”, afirma. Ela lamenta que muitos jovens vivam como se fossem imortais, se arriscando a acidentes, bebendo, fumando, consu- mindo drogas, dissipando seu próprio corpo. “O jovem não gosta de pensar que vai envelhecer”, diz Maria das Graças. “Mas sempre cito uma frase da atriz Tônia Carrero. Ela diz: envelhecer é chato, mas a outra opção é morrer”. Segundo ela, muitas pessoas estão se preparando para a longevidade com uma vida Os Dez Maiores Vilões do Envelhecimento Aprenda a evitar os dez principais fatores que podem comprometer uma longevidade saudável • Cigarro • Stress • Alimentação desequilibrada • Sedentarismo • Não tratar de hipertensão e diabetes • Excesso de Sol • Álcool • Dislipidemias (alta taxa de lipídeos no sangue) • Sexo sem preservativo • Deficiência de vitaminas saudável, e quando chegam à velhice, a partir dos 65, levam uma vida feliz. “Existem casais com 90 anos de idade, que vêm por conta própria ao meu consultório, mantêm sua independência, sua vida”. Para ela, o envelhecimento da população é muito positivo: “Quanto mais idosos, melhor; é sinal de boa saúde, de prevenção, de progresso do País”. Edélsio Alves Julio Nunca é tarde Você não se preparou para a velhice? Tem mais de 65 anos, sente dores e os movimentos já são difíceis? Felizmente, nada disso é desculpa para não começar a se cuidar. Procure a orientação de um geriatra e também, se possível, de um fisioterapeuta, para voltar a ter uma atividade física e recuperar sua independência. Sejam quais forem as suas limitações e a sua idade, a atividade física sempre lhe trará algo em termos de saúde, movimento e felicidade. “É claro que você não vai se tornar um atleta, mas certamente vai aumentar sua qualidade de vida”, diz Maria das Graças. Segundo Edélsio, hoje muitos idosos são bem orientados, compreendem suas doenças e as tratam adequadamente. “Acredito que 80% de um tratamento são as mudanças de hábito, e 20% é a medicação”, diz Edélsio. “Idosos conscientes evi- Gisele Beckert Edélsio Alves Julio tam o estresse e a depressão, adaptam suas casas para suas necessidades, se cuidam para não terem queda de pressão e assim por diante”. Para ele, não é feio que um idoso use terno e gravata calçando tênis, que lhe dará mais conforto e segurança. atividade física é enorme. Eles voltam a andar pela casa sem auxílio de ninguém, podem ir ao banheiro, tomar banho sozinhos”. Vencendo a preguiça A fisioterapeuta Gisele Beckert, de Curitiba, auxilia diversos idosos a retomarem e manterem uma atividade física regular. “Os exercícios ajudam a restituir a independência deles, para que voltem a fazer as coisas que gostam de fazer”, diz Gisele. “Quem fica parado, começa a morrer”. A maioria dos idosos tem uma grande resistência a voltar a fazer exercícios, porque sente dores. “Para quem está começando, é normal ter um pouquinho de dor, mas em duas semanas já vai sentir a diferença”, afirma Gisele. Ela explica que a produção do líquido das articulações é estimulada pelo movimento, portanto, quanto menos uma pessoa se movimentar, mais rígida e dolorida ela se torna. A recuperação dos movimentos e da força muscular é gradativa, mas compensa: “A diferença que os idosos sentem com a Por se tornarem cada vez mais sedentários devido às dores nas articulações, principalmente quadril e joelho, muitos idosos não têm uma reserva de massa muscular, o que dificulta bastante sua recuperação no caso de qualquer incidente que o deixe acamado. “Quem está fora de forma precisa de muita fisioterapia diária para se recuperar”, diz Gisele; “enquanto que quem tem reserva muscular se recupera muito mais rápido e não fica uma semana de cama por causa de uma gripe”. Outra vantagem de se ganhar força muscular é que isso reduz o risco de fraturas. “Ensino aos meus pacientes: paciência, palavras cruzadas, usarem o computador, fazerem tai-chi, exercitarem a mente”, diz Maria das Graças. Uma mente ativa está menos sujeita ao declínio, como bem demonstra a perene criatividade do centenário Oscar Niemeyer. Segundo Gisele, uma caminhada de meia hora, três vezes por semana, já traz resultados: “se você repete essa atividade por 90 dias, cria uma rotina que vai tornar a atividade física parte da sua vida”, diz Gisele. Tudo fica mais fácil com um pouco de ajuda profissional. Um especialista no trabalho com idosos, como Gisele, pode ensinar os exercícios certos, mesmo para pessoas que nunca fizeram ginástica na vida. “Eu sou uma personal trainer de avós, e acho muito gostoso trabalhar com eles”, brinca. 15 www.redevita.com.br Capa Capa Moradora de Curitiba, a mineira Noemi de Vasconcelos Ferreira é uma mulher vaidosa, ativa e que vai à academia de ginástica três vezes por semana, para se manter em forma, e ainda cuida de tarefas domésticas. Muitas outras mulheres têm uma vida dinâmica como a de Noemi, mas ela se distingue por uma pequena peculiaridade: no seu próximo aniversário, em abril, Noemi completará 92 anos. VITAL entrevistou Noemi, que já tem quatro bisnetos, para tentar entender como é que ela conseguiu se manter tão ativa ao longo da vida. Maria das Graças S. K. Gonçalves Evite a depressão Um grande inimigo do bem estar do idoso é a depressão. Por ser freqüentemente confundida com uma simples tristeza, a depressão no idoso na maioria das vezes não é tratada, o que prejudica amplamente sua qualidade de vida. “A depressão é uma patologia e tem cura”, diz Edélsio; “mas ainda é cercada de muitos preconceitos”. Deprimido, o idoso se isola, torna-se irritável e aflito, e muitas vezes se esconde pelos cantos da casa. A depressão faz surgirem várias doenças, inclusive quadros de demência e hipertensão. Novamente, a atividade física regular é uma importante forma de prevenção, assim como tudo mais que traga satisfação. “É importante o idoso não se entregar ao desânimo, e buscar seu prazer, conviver com quem gosta, sonhar com alguma coisa que vai fazer, nem que seja tomar um chá com os amigos”, diz Maria das Graças. Apreciar a paisagem, ver a natureza, manter bons relacionamentos sociais e ter uma atividade sexual saudável, dentro dos seus limites e com segurança, são recomendações de Edélsio para evitar a depressão. Aproveite a vida A lista de cuidados que uma pessoa deve levar em conta para desfrutar de uma longevidade saudável é extensa. Inclui, também, cuidados com os olhos, os rins, diabetes, etc. Até mesmo a aposentadoria representa um risco, alerta Edélsio. Em resumo, o recado dos especialistas é se cuidar, para que esta fase da vida seja de alegria e novas realizações. Esteja atento à sua saúde e ao seu estado de espírito, e não se acomode às dores e à tristeza, como se fossem coisas normais. Envelheça bem e aproveite a vida. 16 www.redevita.com.br Qual é o segredo de tanta energia? Acho que cuidar do espírito é o principal. Eu gosto de fazer muitas coisas, não fico parada, não fico à toa assistindo TV, faço tricô, crochê, costuro. Durante toda a vida trabalhei, e ainda hoje faço o serviço de casa; a empregada vem só de quinze em quinze dias para fazer uma limpeza geral. De manhã gosto de fazer tudo que tem para fazer, e à tarde vou à academia ou descanso. Como é a sua atividade na academia? Eu vou à academia três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas. Quando chego, faço esteira. Depois faço a musculação, a ginástica localizada e as abdominais. Ano passado, eu fazia mil abdominais, agora a professora reduziu para 400, porque as alunas novas não agüentam. Desde os tempos de ginásio eu gosto de esporte, sempre joguei vôlei, sempre fiz um pouco de ginástica, toda a vida tive atividade física. Como a senhora cuida da saúde? Eu tenho meu médico e faço um acompanhamento constante. Acho que todo idoso deve fazer isso. Sei que remédios tomar, o que tem de continuar e o que tem de parar. É muito importante que o médico seja amigo do cliente. A alimentação tem alguma coisa de especial? Como de tudo, e bem, só evito alimentos mais pesados, com muita gordura. Apesar de ser mineira e gostar de cozinhar com gordura, eu Fotos: Rafael Danielewicz Energia Inesgotável hoje mudei, a muito custo, para óleo de milho, como muitas frutas e só bebo água de coco. Nunca gostei de beber água, então o jeito que eu encontrei foi beber água de coco engarrafada, que eu gosto muito. A senhora já sofreu uma fratura? Sim, há seis meses eu tive uma fratura na cabeça do fêmur, mas passei muito bem e a minha recuperação foi ótima. Eu estava saindo do carro carregando caixas de leite, caí e sofri essa fratura, uma dor horrível. Isso foi numa sexta-feira, operei no sábado e cinco dias depois eu saí. E quando eu cheguei em casa já comecei a andar pela casa inteira, com um andador. Doze dias depois eu tirei os pontos e comecei a usar uma bengala, que é muito boa, e que eu uso até hoje. Por exemplo, para ir para a academia, para atravessar a rua, geralmente eu uso a bengala, porque a calçada tem muitos altos e baixos. Vou e volto sozinha. E a senhora acha que é a ginástica que lhe permitiu essa recuperação tão rápida, e chegar à sua idade tão bem? Sem dúvida foi a ginástica, e também a vontade de trabalhar, de produzir. Todo mundo que me conhece, fala: eu quero chegar à sua idade com a sua saúde, e eu respondo, ah, é só fazer o que eu faço, tem de ter força de vontade e não desistir. Em Rede Em Rede Planejamento Estratégico Renovado Atentas às mudanças nas condições de mercado e necessidades dos pacientes, as Diretorias Regionais atualizaram os planos que definem a rota a ser seguida pela organização Sempre voltado ao aperfeiçoamento dos serviços que presta às comunidades em que atua, o Grupo VITA acaba de rever seu planejamento estratégico, para se adaptar às mudanças das necessidades de seus pacientes e das condições de mercado, levando em consideração sua missão, visão e valores (veja box). Os grandes condutores do planejamento estratégico em cada região que José Octavio Leme José Mauro Rezende o Grupo VITA atua são os diretores vel 3); e, ainda, a conquista de um título internaRegionais: José Mauro Rezende, em Volta cional de acreditação, do Conselho Canadense Redonda, e José Octavio Leme, em Curitiba. de Acreditação em Serviços de Saúde. Nessa tarefa complexa, eles são auxiliados pelo Escritório da Qualidade, setor que fornece as Segundo o diretor regional de Curitiba, José Oc“ferramentas” necessárias para o planejamento tavio Leme, alguns dos objetivos estratégicos estratégico. “São instrumentos de administração são comuns às duas regiões. Mas na capital já consolidados pelo mercado, como o sistema paranaense também haverá foco em: intenside Balanced Scorecard (BSC), análise SWOT e ficar as sinergias entre as unidades e evitar a outros; e o Escritório da Qualidade dá o suporte competição interna, ou seja, os hospitais VITA para essa metodologia”, explica Vanuza Vitoreli, Curitiba e VITA Batel buscarão se tornar cada coordenadora do Escritório da Qualidade do vez mais complementares e, ao mesmo tempo, Hospital VITA Volta Redonda. se concentrarem em especialidades diferentes para melhor atendimento na região. Para Estratégias ambos, o planejamento estratégico prevê foco nos serviços de alta complexidade e a criação Em Volta Redonda, sob o comando do diretor de dois novos projetos: o VITA Corporate, que regional José Mauro Rezende, um dos principais buscará expandir os serviços prestados para objetivos é a expansão dos serviços críticos volmédias e grandes empresas; e o VITA Partners, tados para pacientes adultos, para corresponder um programa de parcerias com hospitais locaà demanda por esse tipo de atendimento no lizados a até 150 km de Curitiba, para oferecer município e cidades próximas. Outras áreas uma parceria em serviços de alta complexidaque receberão atenção extra: as atividades de de que eles não disponham. relacionadas à assistência social; diminuição do impacto ambiental, com projetos de gestão Planejamento O Quê? de energia e recursos hídricos; excelência dos serviços prestados, o que inclui a manutenção Tornando curta uma descrição longa, o plado certificado de Acreditação com Excelência da nejamento estratégico serve para determinar Organização Nacional de Acreditação (ONA Nípara onde uma organização está indo nos próximos anos, como pretende chegar lá e Missão, Visão e Valores da Rede VITA como saber se atingiu seus objetivos ou não. O tipo mais comum de planejamento estratégico Missão: Ser reconhecido internacionalmente por é o baseado em objetivos, que começa com o utilizar as melhores práticas e através da melhoria foco na missão da organização, define metas contínua alcançar a excelência na qualidade dos para avançar na direção dessa missão, cria esserviços prestados a todos os clientes. Visão: Ser a rede de serviços de saúde mais confiátratégias para atingir os objetivos e finalmente vel e da mais alta qualidade internacional. define as ações que irão concretizar na vida Valores: Qualidade, Sustentabilidade, Ética. real tudo que foi planejado teoricamente. 17 www.redevita.com.br Túnel do Tempo Túnel do Tempo Lutz: o Médico Pesquisador das Doenças Tropicais A partir desta edição, VITAL publica em Túnel do Tempo uma série sobre a vida dos mais destacados médicos brasileiros; nesta edição, a vida e obra de Adolfo Lutz, pioneiro da epidemiologia. O pesquisador Adolfo Lutz nasceu em 18 de dezembro de 1855, no Rio de Janeiro. Terminou seus estudos de medicina na Suíça, de onde seus pais eram originários, em 1879. Enquanto estudava, Lutz já mostrava interesse pela biologia, área onde completou a formação com estudos na França, Alemanha e Inglaterra. Retornando ao Brasil, exerceu atividade clínica em Limeira (SP) por três anos, após o que se mudou para Hamburgo, Alemanha, para prosseguir os estudos. Em 1887 retornou ao Brasil e se estabeleceu em São Paulo; mas logo em seguida, em 1889, é chamado a Campinas (SP) para ajudar no combate a uma epidemia de febre amarela. Nesse mesmo ano é convidado pelo governo inglês para dirigir o Hospital Kalihi, no Havaí (na época, o arquipélago ainda não era um estado americano), para investigar a lepra, e posteriormente clinicou em São Francisco (EUA). Em 1893 retorna ao Brasil, para dirigir o Instituto Bacteriológico de São Paulo, hoje Instituto Adolfo Lutz. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1908, onde trabalhou no Instituto Oswaldo Cruz, dedicando-se plenamente à pesquisa, até a sua morte, em 1940 Lutz era um estudioso incansável e, durante toda a sua carreira, uniu a atividade profissional à pesquisa. Viajou numerosas vezes por todo o país, colhendo material para seus estudos. Pesquisou moscas das frutas, miíases do homem e dos animais (doenças causadas pela infestação das larvas de insetos), artrópodes hematófagos e transmissores de doenças. Ele foi o principal incentivador do desenvolvimento da medicina tropical, com estudos sobre impaludismo, ancilostomose, leishmaniose e esquistossomose. ção causada pelo fungo Sporothrix schenckii; e identificou a blastomicose sul-americana, hoje conhecida como “doença de Lutz”, uma enfermidade pulmonar causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis. Em 1902, juntamente com um grupo de voluntários, Lutz participou de experiências sobre transmissão da febre amarela, submetendo-se às picadas de mosquitos procedentes da região infectada. Lutz foi o primeiro cientista latino-americano a estudar e confirmar os mecanismos de transmissão da febre amarela pelo Aedes aegypti. Como diretor do Instituto Bacteriológico de São Paulo, Lutz teve um papel importante na disseminação da Saúde Pública e da Epidemiologia Moderna, imprimindo um caráter mais científico a uma atividade até então baseada na autoridade Instituto Adolfo Lutz, foto de 1954 pessoal do profissional e em conceitos vagos. Suas pesquisas abrangeram principalmente a Epidemiologia e a Parasitologia. Em 1940, o Instituto Bacteriológico se uniu ao Laboratório Bromatológico de São Paulo e a organização resultou no Instituto Adolfo Lutz. Durante sua estada no Havaí, de 1891 a 1892, Lutz concentrou-se no estudo da lepra. Mas, ao mesmo tempo, começou a dedicar atenção aos moluscos, o que viria a ser útil anos mais tarde em suas pesquisas sobre a esquistossomose no Brasil. Lutz ficou conhecido pelas suas enormes contribuições à microbiologia. Entre outros achados, identificou surtos de cólera e peste; conseguiu determinar a natureza das “febres paulistas”; estudou a esporotricose, uma infec18 www.redevita.com.br Relatório de Adolfo Lutz de 1897, sobre higiene na região do Rio da Prata Original do trabalho de Lutz sobre a blastomicose sul-americana na publicação Brasil Médico, em 1908 Informações biográficas, documentos originais e imagens cedidos pelo Museu Histórico da Faculdade de Medicina da USP Em Rede Em Rede Unindo o Útil ao Social Campanha pelo aumento do número de respostas de pesquisas de satisfação gera doações para entidade beneficente Para os hospitais da Rede VITA, é muito importante saber a opinião de seus pacientes sobre os serviços prestados, para poder se aperfeiçoar continuamente. Ao mesmo tempo, os hospitais se preocupam em manter ações sociais que beneficiem as comunidades próximas e determinadas entidades assistenciais. No último trimestre, o Hospital VITA Batel realizou uma ação de marketing que uniu as duas coisas: cada pesquisa de opinião respondida correspondeu a uma doação do hospital para a AFECE, Associação Franciscana de Educação ao Cidadão Especial, de Curitiba. A AFECE atende pessoas com deficiência intelectual grave e lhes proporciona educação para que possam exercer atividades básicas, como se alimentarem sozinhos, cuidarem de própria higiene, para ter mais independência e qualidade de vida. No momento, a entidade está arrecadando recursos para construir uma nova sede e ampliar sua capacidade de atendimento para 200 pessoas. Quem também quiser contribuir, pode entrar em contato com a AFECE pelo telefone (41) 3366-5212, ou pelo email [email protected]. A campanha no Hospital VITA Batel começou em 21 de agosto e teve duração de três meses. Os pacientes foram informados sobre a doação pessoalmente e por cartazes afixados no hospital, e responderam de forma muito positiva à ação. No período, o índice de questionários preenchidos cresceu 21%, passando de uma média de 30% de janeiro a agosto, para uma média de 51% durante a campanha. “A nossa meta era elevar o índice de retorno em 40% e superamos esse número em 11%, o que mostra que os nossos pacientes realmente ficaram sensibilizados pela possibilidade de contribuir para uma ação social ao responder a pesquisa”, diz Josiane Fontana, coordenadora de marketing dos Hospitais VITA Batel e VITA Curitiba. Cartaz de divulgação da campanha Segundo Josiane, o projeto de incentivo social do preenchimento de questionários serviu como piloto para a ação, que pode ser estendida, em 2009, aos demais hospitais da Rede VITA, e assim beneficiar mais entidades. A cada dois meses, muda a entidade beneficiada, e atualmente os recursos são destinados à ONG Criança Segura, que se dedica à prevenção de acidentes com crianças. Sempre Alerta Contra os Acidentes SIPAT na Rede VITA comemora queda no índice de acidentes e reforça a importância do uso de Equipamentos de Proteção Individual A Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT) deste ano, nos hospitais da Rede VITA, teve como destaque a utilização correta de equipamentos de proteção individual (EPIs). Com palestras, apresentações de teatro e outras atividades, a SIPAT (que ocorreu de 29 de setembro a 3 de outubro) buscou reforçar a importância do uso dos equipamentos, em todas as funções e ocasiões em que são necessários. reduzir o número de acidentes com materiais perfuro-cortantes, graças à conscientização dos funcionários, que têm tomado as precauções devidas nas suas atividades”, assegura Barbosa. Em Volta Redonda, vários palestrantes externos deram palestras sobre segurança durante a SIPAT: a Guarda Municipal falou sobre segurança no trânsito, o laboratório Exipharma discorreu sobre responsabilidade social e a BR Metals deu Segundo Antonino Gomes Barbosa, coordenador de Recursos Humanos do Hospital VITA Volta Redonda, é essencial não descuidar da segurança, já que o trabalho com saúde envolve riscos físicos e biológicos. “Temos conseguido Acima, contadores de histórias na SIPAT de Curitiba. Ao lado, palestra da SIPAT em Volta Redonda uma palestra sobre gestão de segurança. Simultaneamente, aconteceu também a Semana Interna do Meio-Ambiente (SIMA), que buscou ressaltar a importância do gerenciamento de resíduos. “É importante se prevenir sempre”, diz Sandra Portella, gerente de enfermagem do Hospital VITA Volta Redonda. “Se você se expõe ao risco, em algum momento um acidente vai acabar acontecendo”. De acordo com Cristina Ruoso, coordenadora de Recursos Humanos dos hospitais VITA Curitiba e VITA Batel, a SIPAT deste ano teve como tema “Qualidade de Vida no Trabalho”, com palestras sobre stress, doenças ocupacionais infectocontagiosas, qualidade de vida no ambiente de trabalho e outras. As atividades incluíram também uma oficina de quick massage, avaliação da massa corpórea e do nível de stress. No dia 27 de julho, dia Nacional de Prevenção de Acidentes, aconteceu nos dois hospitais o “Arrastão da Ergonomia”, com Ginástica Laboral em todos os setores; e a “Hora Do Conto”, com os profissionais da Casa do Contador de Curitiba, que encenaram histórias sobre o uso correto dos EPIs e sua importância na prevenção de acidentes de trabalho. 19 www.redevita.com.br Em Rede Em Rede Mais Segurança Para Medicamentos O Hospital VITA Volta Redonda faz parte da Rede Sentinela, um programa nacional de vigilância sobre a qualidade de medicamentos e produtos de saúde Fachada do Hospital VITA Volta Redonda Imagine a seguinte situação: um hospital em Goiás recebe um lote de ampolas de um determinado medicamento de prescrição controlada, para ser utilizado em pacientes vítimas de problemas circulatórios. Ao abrirem as caixas, os farmacêuticos percebem que a coloração não é a costumeira e declaram: “Há algo de errado com o produto”. Antigamente, essa informação poderia ficar restrita apenas ao hospital ou cidade em que se notou o problema. Hoje, felizmente, uma rede de informações chamada Rede Sentinela permite que hospitais do País todo troquem informações rapidamente e identifiquem problemas de qualidade de medicamentos e produtos de saúde, o que eleva a segurança para os pacientes e profissionais da área. O Hospital VITA Volta Redonda (HVVR) é o único do Sul Fluminense a participar da Rede Sentinela, que é coordenada pela ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ligada ao Ministério da Saúde. Segundo a ANVISA, o objetivo é construir uma rede de serviços em todo o País, preparada para notificar eventos adversos e queixas técnicas de produtos de saúde; insumos, materiais e medicamentos, saneantes, kits para provas laboratoriais e equipamentos médicohospitalares em uso no Brasil, para ampliar e sistematizar a vigilância de produtos utilizados em serviços de saúde. A rede é formada por cerca de 200 hospitais em todo o Brasil. Notificação Imediata Como membro do programa Rede Sentinela, o HVVR tem o compromisso de informar 20 www.redevita.com.br quaisquer anomalias identificadas em medicamentos e outros produtos de saúde. Para isso, o hospital tem acesso ao NOTIVISA - Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária. Um grande benefício de ser participante da rede é que como membro, além de fornecer informações, o HVVR também recebe alertas constantemente, e é avisado sobre quaisquer anomalias identificadas pelos demais hospitais da rede. Felizmente, por selecionar fornecedores certificados, raramente o HVVR tem não-conformidades a informar. Depois que é alertada por um dos hospitais da Rede Sentinela, a ANVISA alerta os demais para o problema e pede informações para saber se o mesmo problema foi identificado em outros lugares. “Qualquer não-conformidade deve ser informada. Por exemplo: uma coloração diferente, uma mudança de densidade, um efeito adverso, tudo deve ser notificado, para que a ANVISA possa tomar medidas e alertar os demais hospitais”, diz Luciano da Silva Gonçalves, farmacêutico do HVVR. Com isso, a ANVISA reúne informações suficientes para entender se é um caso isolado ou um problema que afeta toda produção do medicamento, e pode até mesmo retirar o medicamento do mercado. Gonçalves explica que os hospitais da Rede VITA têm rotinas de rastreabilidade de medicamentos, o que facilitou muito para o HVVR se tornar um hospital sentinela: “Já tínhamos notificações de desvio de qualidade e de reação adversa, que são os dados de que a ANVISA necessita”. Eventos Raros A enfermeira Fernanda Felipe é chefe de serviço do Núcleo de Gestão e Segurança Assistencial (NGSA) do HVVR, responsável por monitorar a qualidade da assistência prestada ao paciente. O NGSA abriga o Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar e o Núcleo de Epidemiologia, que apuram quais são as principais enfermidades atendidas no hospital e o perfil dos pacientes. Além disso, também no NGSA são desenvolvidos os protocolos assistenciais, que são documentos que orientam o trabalho dos funcionários que atendem os pacientes. O NGSA consolida as informações de assistência do hospital e informa qualquer anomalia ao Es­ critório da Qualidade, que é o interlocutor do HVVR com a ANVISA. “Recebemos muito mais alertas do que enviamos”, diz Fernanda. “Como trabalhamos com fornecedores certificados, é raro termos problemas de não-conformidade dos materiais, e dos avisos que recebemos, em poucos casos nós utilizávamos o medicamento referido”. Segundo ela, poucas instituições de saúde particulares se preocupam efetivamente com o gerenciamento de risco e dispõem de informações para participar da Rede Sentinela. “A Fernanda Felipe e Luciano da Silva Gonçalves rede sentinela é mais difundida nos hospitais universitários, que pela sua própria atividade de pesquisa coletam dados epidemiológicos e têm mais controle sobre medicamentos”, observa. De acordo com Fernanda, um dos fatores que trouxe a rotina de coleta de dados e rastreabilidade para o HVVR foi o processo de Acreditação. “Quando a gente implanta a gestão da qualidade, começa a perceber que precisa ter dados para poder melhorar”, diz Fernanda. Além da Rede Sentinela, o hospital também está no programa Melhores Práticas da ANAHP (Associação Nacional de Hospitais Particulares), que reúne e compara dados assistenciais dos hospitais filiados. Em Rede Em Rede Márcia, Muito Sol e Saúde Sempre alegre e em forma, Márcia é conhecida por todos no Hospital VITA Volta Redonda pela sinceridade e pelos modelitos originais Bonita, alegre, extrovertida, sincera, Márcia Almeida é uma das pessoas mais conhecidas do Hospital VITA Volta Redonda. Também, não é para menos: afinal as histórias da sua vida, do hospital e da Companhia Siderúrgica Nacional estão intimamente ligadas desde o seu nascimento. Seu pai, o Alvarenga, trabalhava no departamento de manutenção elétrica da CSN, e como bom siderúrgico, sonhava com um emprego para a filha na empresa mais importante da cidade. Dito e feito. Ainda adolescente Márcia realizou uma prova e obteve seu primeiro trabalho na Gerência de Serviços Gerais da CSN. Mais tarde, Márcia obteve uma transferência para a Escola Técnica da empresa, e finalmente, para o Hospital da CSN, que posteriormente deu origem ao Hospital VITA. Comunicativa, nada mais natural que ela procurasse uma profissão com o seu perfil: cursou Administração e Marketing pela Faculdade Sul-Fluminense, em Volta Redonda. Perfil Márcia Almeida Márcia aproveita a vida: faz Signo: Peixes ginástica quase diariamente, Prato preferido: moqueca de tem muitos amigos e adora peixe com molho de camarão (e a filha Bárbara, de 17 anos. chocolates) “Nós somos muito próximas Sobremesa: Frutas e saímos juntas, passeamos, Hobbies: tomar Sol, ler, ginástica Frase: Penso, logo existo vamos às compras”, conta Mania: ficar explicando tudo nos Márcia. Também convive mínimos detalhes muito com a mãe, dona Qualidade/Defeito: Ser muito no Rio, em Angra, em Vitória; mas Ermelina, que mora perto e é verdadeira as minhas preferidas são realmente muito ativa: “Minha mãe não as de Cabo Frio”. Vaidosa, além de manter-se é de ficar parada, não. Ela caminha, faz natação sempre bronzeada, Márcia busca vestir-se com e está sempre viajando”, garante Márcia. um estilo original: “Gosto de roupas as mais exóticas possíveis, tenho até de tomar cuidado Sua grande paixão, confessa, é o Sol. “Até no para não chocar as pessoas. Mas eu não ligo, inverno fico morena”, conta Márcia. “Aproveito adoro amarelo”, brinca. qualquer oportunidade para pegar uma praia, VITA Batel rumo à Acreditação Com a adesão total dos funcionários e um novo modelo de Escritório da Qualidade, o hospital pode receber o certificado até a metade de 2009 O Hospital VITA Batel (HVBT) já está em pleno processo de Acreditação, para a conquista de uma certificação de qualidade como os outros Hospitais do Grupo VITA. A previsão é de que, até o final do primeiro semestre de 2009, deva ocorrer a auditoria para obtenção da Acreditação com nível de Excelência, o mais elevado. Para obter a Acreditação, o VITA Batel precisa passar por auditorias para demonstrar que atende às exigências da Organização Nacional de Acreditação (ONA), uma das entidades que podem emitir esse tipo de certificado no Brasil. A certificação é como Mariana Richter Reis e Alexandre Raichert um diploma, que mostra para pacientes, médicos, fornecedores e funcionários o nível de qualidade com que o hospital funciona no seu dia-a-dia. Segundo Alexandre Raichert, coordenador do Escritório da Qualidade do HVBT, o processo de Acreditação começou na metade de 2007 e se apóia na experiência já vivida pelo Hospital VITA Curitiba (HVCT), que conquistou o certificado com nível de Excelência em dezembro de 2006. “Foi possível aproveitar boa parte do conhecimento a­cu­mulado no HVCT e adaptá-la para a realidade do Batel”, explica Raichert. Foram cria- dos 16 grupos de trabalho no HVBT, sendo cada equipe responsável por estudar os processos de sua área para adequá-las às exigências da ONA. “Estamos muito voltados para a qualidade e segurança da assistência ao paciente, ou seja, para tornar o atendimento cada vez melhor”, acrescenta Raichert. Ele garante que todos os envolvidos estão entusiasmados com a idéia de conquistar a certificação, e a colaboração é plena para o sucesso do projeto. No HVBT, o Grupo VITA está inovando o formato do Escritório da Qualidade, e colocou para atuarem juntos: um especialista em Gestão da Qualidade e uma profissional de serviços assistenciais, a enfermeira chefe da Qualidade Mariana Richter Reis. “É uma nova visão da qualidade, porque agora, além da enfermeira, que conhece os processos assistenciais, o escritório tem um administrador, o Raichert, que tem um conhecimento mais amplo de gestão”, diz Mariana. Ela ressalta que a Acreditação é um componente do processo de qualidade, mas não o principal objetivo: “Não é como estudar na véspera da prova, só para passar; nós estamos realmente incorporando uma cultura de qualidade e todos estão aderindo a ela”, assegura. 21 www.redevita.com.br Caiu na Rede Candidato a Maratonista O jovem atleta na foto, vestindo garbosamente a camiseta do Grupo VITA, é Gabriel Hidasy Rezende, em plena prova de 10 mil metros. A foto foi feita durante prova do Circuito Adidas das Estações, na praia do Flamengo no Rio, dia 2 de novembro, da qual participaram cerca de 10 mil competidores. Gabriel completou a prova em 54 minutos e 5 segundos e foi o 11º na sua categoria. Pequena Petiz A pequena Louise de Oliveira Lima, filha de Lula de Oliveira Lima e Silvana de Oliveira Lima, do Hospital VITA Volta Redonda, já mostra, aos quatro anos, diversos habilidades: faz aulas de balé, escreve as primeiras letras e começa a falar inglês. Os pais garantem que ela não só é talentosa, como também muito comunicativa e amorosa. Renovação em Dose Dupla Estas duas jovens acabam de chegar para abrilhantar a equipe dos hospitais VITA Curitiba e VITA Batel. A Vitória (esq.), nova gerente financeira, é formada em Administração e Engenharia Civil, com pós-graduação em Finanças e Planejamento. A publicitária Josiane Fontana (dir.) é quem gerencia a comunicação dos dois hospitais e ainda colabora intensamente na produção da revista VITAL. Intensivistas Unidos Desde 1º de novembro, a UTI do Hospital VITA Curitiba está sob o comando do intensivista Hipolito Carraro Jr. Ele se orgulha da sua equipe, que atualmente é formada por oito médicos, todos igualmente intensivistas: “Somos médicos de UTI, não de consultório”, gaba-se Hipolito. Te Cuida, Angeli! Em Volta Redonda, o marketing agora conta com o auxílio do talentoso Igor Chiesse, cartunista, ilustrador, poeta, escritor entusiasta e estudante do 3º ano de comunicação, como ele próprio define. Até no exterior o Igor já teve trabalhos expostos. Veja nesta página um exemplo da sua criatividade. 22 www.redevita.com.br The SuperEnfermeira A Neidamar Fugaça, gerente de enfermagem do Hospital VITA Batel, está ainda mais poderosa, preparada e absoluta: ela acaba de receber o título de Especialista em Gerenciamento em Enfermagem, pela SOBRAGEN (Sociedade Brasileira de Gerenciamento em Enfermagem). Neidamar foi aprovada após exame e avaliação do currículo. Iana Adour, O Retorno A questão que mais intriga a humanidade é como o Hospital VITA Volta Redonda pôde sobreviver dez anos sem Iana Adour, que acaba de retornar para assumir a Assessoria de Comunicação do hospital. Psicóloga e Administradora de empresas, ela agora tem a missão de desenvolver a comunicação interna e externa. 23 www.redevita.com.br 24 www.redevita.com.br