Prepare Hoje a Saúde de Amanhã

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Publicação Interna da Rede VITA - Ano VIII - 4° Trimestre de 2008
VITA Volta
Redonda na
vigilância de
medicamentos
Conheça as
médicas que gostam
de emergências
Prepare Hoje a Saúde de Amanhã
Ser um idoso saudável depende
principalmente de como você se cuida
www.redevita.com.br
Índice
Índice
Capa
Banco de Imagens Stockexpert
4
Opinião
• Editorial: Ninguém é Substituível
5
Negócios em Saúde
• Fim da Crise? Que Crise?
6
7
8
Saúde
• Médicas que adoram Emergências
• Stomaphyx dá nova chance ao obeso reincidente
• Pais podem acompanhar os filhos na UTI Neonatal
• Acidentes são principal causa de morte de crianças
• Sobrecarga e estresse comprometem Saúde do Médico
9
Artigo Médico
• Vida de Intensivista, por Eduardo Sampaio Diniz
10
Ping•Pong
• Entrevista com Flávia Carvalho Franco, diretora executiva da Operação Sorriso Brasil
12
Gente
• Primeiras fotos do Camarote de Natal em Curitiba, e a visita do médico Martin Eichelberger;
participação do Hospital VITA Volta Redonda no VI Congresso Fluminense de Cardiologia,
e a presença da Diretoria da Associação dos Aposentados de Volta Redonda.
14
Capa
• Como desfrutar de uma Longevidade saudável e feliz
17
Em Rede
• Grupo VITA renova seu Planejamento Estratégico
18
Túnel do Tempo
• Série sobre médicos brasileiros traz a biografia de Adolfo Lutz
19
Em Rede
• Hospital VITA Batel incentiva pesquisas com Ação Social
20
21
• SIPAT reforça o compromisso de cada um com a segurança
• Hospital VITA Volta Redonda participa da Rede Sentinela da ANVISA
• A alegre e simpática Márcia Almeida está no Perfil desta edição
• Batalha pela Acreditação começa no Hospital VITA Batel
22
Cida Bandeira
• A colunista social que sabe de tudo e conta todas
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Opinião
Opinião
Ninguém é Substituível
Francisco Balestrin
“Não há vento favorável para quem não sabe aonde ir”
Sêneca
Através dos tempos, temos nos acostumado
a ouvir este aforismo de outra forma, ou
seja, quando alguém perde alguém por
algum motivo, normalmente, até com certa
dose de displicência ou conformismo diz
logo: “Ninguém é Insubstituível”. Aqui,
vamos tentar subverter um pouco este
sentido. Vimos, nós do Grupo VITA, construindo nosso caminho empresarial há 15
anos. Nada foi feito sem a contribuição de
muitos homens e mulheres que, de uma
forma ou de outra, colocaram o que tinham
de melhor na consolidação deste empreendimento. Quem não o fez, desperdiçou
uma excelente oportunidade de participar
de um belo projeto. Assim, considerando
que todos participaram com denodo e
dedicação nesta construção, nosso sentimento não poderia ser diferente. Isto é,
todos deixaram alguma coisa indelével
nos hospitais VITA. Seja uma opinião, uma
proposta, uma parede pintada, um manual
estruturado, um treinamento realizado, uma
decisão importante. E o principal, uma “mão
amiga” ou uma demonstração de carinho
pelo próximo em algum momento que,
certamente, irá marcá-lo pelo resto da vida.
Não importa se paciente, seu familiar ou
um colega de trabalho. Assim, não temos
dúvida desta nova assertiva: “Ninguém é
substituível”!
Mesmo aqueles que nos incomodaram
pela sua truculência ou soberba não serão
substituídos, e continuarão a ser pessoas
marcantes em nossas vidas. Espero termos
comprovado a tese e deixamos aqui um
abraço fraterno em todos os Josés, Marias,
Pedros, Luízes, Joões e Terezinhas que nos
ajudaram chegar até aqui. E que saibam
que muito do que somos devemos a eles.
Neste último exemplar da revista VITAL
deste ano, como sempre, procuramos trazer
assuntos que de alguma forma contribuíssem com o conhecimento de novidades
em nossos hospitais, e também fossem
matérias que prestassem um serviço aos
nossos leitores.
Nossa matéria de fundo retrata uma bela
jornada pela vida. Aprendemos neste
equilibrado e informativo texto a nos prepararmos para a “melhor idade”, não com
a visão exclusiva da longevidade, ou seja,
viver mais, mas sim viver mais com qualidade. Em nosso “ping-pong” outra jornada.
Esta a favor do bem comum, do espírito de
humanidade e do prazer de servir através
do dom que Deus nos deu de usar nossas
habilidades. No caso a cirurgia reconstrutiva entre outras intervenções.
No mais, muitas matérias, depoimentos e
conhecimentos. Espero que gostem. Feliz
Natal, com paz e harmonia, e um 2009 sem
grandes sobressaltos.
Presidente:
Edson Santos
VITAL é uma publicação interna da
Rede VITA.
Editor: Francisco Balestrin
Conselho Editorial: Maria Lucia Ramalho
Martins, Ligia Piola, Josiane Fontana, Iana
Adour e Hajla Haidar.
Produção: Headline Publicações e Assessoria
(11.3951-4478).
Jornalista responsável: João Carlos de Brito
Mtb 21.952.
Direção de arte: Alex Franco. Revisão:
Ligia Piola.
Tiragem: 10.000 exemplares. Impressão
Gráfica Josemar (11.3865-6308)
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Correspondência: Av. Pedroso de Moraes 1788
São Paulo SP Cep 05420-002
Expediente
VITA
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Hospital VITA Batel
(41) 3883-8482;
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Hospital VITA Curitiba
(41) 3315-1900;
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Hospital VITA Volta Redonda
(24) 2102-0001;
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Maternidade VITA Volta Redonda
(24) 3344-3333;
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Grupo VITA
(11) 3817-5544;
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Vice-Presidente Executivo:
Francisco Balestrin
Diretor Regional Rio de Janeiro:
José Mauro Rezende
Diretor Regional Curitiba:
José Octavio Leme
Diretor de Controladoria e Finanças:
Ernesto Fonseca
Diretora de Operações:
Maria Lucia Ramalho Martins
Superintendente Hospital VITA Batel:
José Octavio Leme (Interino)
Superintendente Hospital VITA Curitiba:
Carla Soffiatti
Superintendente Hospital VITA Volta Redonda e
Maternidade VITA Volta Redonda:
Deumy Rabelo
Negócios em Saúde
Negócios
em Saúde
Fim do Ano. Fim da Crise?
Que Crise?
Edson Santos
Para que faça sentido o que vou
comentar a seguir, é importante
constar que estou escrevendo este artigo no segundo
dia de dezembro.
Ontem, li um editorial
onde o autor listava uma
série de razões políticas,
técnicas e administrativas para justificar,
senão o fim da crise econômica, o
começo de sua
solução. A maioria das justificativas estava baseada
na transmissão do
poder nos Estados
Unidos, principal economia do mundo, e não
por coincidência onde essa crise teve origem.
Basicamente, o autor acredita que o novo Presidente Barak Obama terá plenas condições de
criar um ambiente e condições favoráveis para
a redução gradual até o completo controle
sobre a crise. Infelizmente, creio que faltou
acuidade ou um pouco mais de “pé-no-chão”
nessas conclusões.
Venho visitando os Estados Unidos desde
1972, e nesses 36 anos nunca vi a população
tão pessimista. Tenho absoluta certeza de que
a principal raiz dessa crise é a falta de confiança do povo em seus governantes, políticos
e empresários.
Ano passado o Presidente Bush criou uma
lei de emergência, devolvendo a todos os
contribuintes uma parcela dos impostos pagos,
contando com isso estimular o consumo no
final de ano, época em que, tal como ocorre
por aqui, os americanos vão às compras.
Sabem o que aconteceu? Apenas 35% do
valor devolvido se transformou em consumo.
O restante foi para a poupança, o que mostra
a desconfiança do cidadão com relação aos
dias que estão por vir.
Esse mesmo cidadão vê o período de falsa
riqueza se esvair, suas poupanças virarem pó
e seu fundo de aposentaria quase desaparecer
depois de anos e anos de fartura. Todos têm
a sensação de que está ruim, mas vai piorar
muito. Todos têm a sensação de que foram
roubados quando acompanham o governo
anunciar um programa de 700 bilhões de
dólares para salvar Bancos em dificuldades,
quando a mídia publica que executivos desses
mesmos bancos receberam até 300 milhões
de dólares de bônus nos últimos anos, à custa
da criação de resultados obtidos em operações
de altíssimo risco.
Contribui com essa sensação de quase
desespero ir aos Shopping Centers e ver
tradicionais lojas como Sharper Image, Circuit City fechando toda a rede; ou como a
Starbucks, maior empregadora dos Estados
Unidos, fechando 600 lojas e demitindo 12
mil funcionários.
Notícias como a falência da General Motors,
que só não ocorreu ainda porque o Governo
resolveu ajudar a empresa (até quando,
ninguém sabe ou quer dizer), e que o País já
está oficialmente em recessão realmente só
contribuem para aumentar o pessimismo.
Some-se a isso o fato que estarmos falando
de um País que vem sustentando uma Guerra
que já custou, até hoje, um pouco mais de 576
bilhões de dólares, ou seja, algo como 341
milhões de dólares por dia.
E como tudo isso nos afeta? Em escala menor
do que está afetando os Estados Unidos, mas
sem deixar de criar problemas para nossa
Economia, tanto no aspecto macro quanto
micro, pois se um de nossos principais parceiros está com problemas e os demais parceiros
também estão sofrendo as
conseqüências, é normal
que a crise chegue até
nós, como efetivamente
já chegou. O investimento especulativo que
move nossa Bolsa de
Valores foi embora,
reduzindo o valor
de Mercado de
nossas Empresas;
os exportadores
estão vendo pedidos serem cancelados e aqueles
que dependem de
importação, sofrendo
um aumento de custo
totalmente inesperado.
Mas é ano novo. Sempre temos a esperança
de que a simples coincidência de encerrarmos
um círculo completo em torno do Sol, que há
séculos utilizamos para definir nosso conceito
de ano, e iniciarmos uma nova órbita será um
marco para que as coisas comecem a mudar.
Vamos torcer para que isso aconteça. Que as
Empresas possam encerrar seus Balanços
um pouco mais esperançosas em seu próprio
trabalho, lembrando que aquelas que estão
em maior dificuldade, ou que perderam mais
dinheiro, são as mesmas que resolveram arriscar em operações financeiras totalmente fora
de sua cadeia produtiva/comercial.
Vamos torcer para que as Empresas saibam
entender o momento, não se desesperem e tenham consciência que nos momentos de crise
é que realmente aparecem as oportunidades
de crescer ou melhorar seus processos.
Lembro que um dos meus mais estimados
professores sempre citava um provérbio português: “conhece-se o marinheiro no meio da
tempestade”. E já dizia Jimmy Deam: “eu não
posso mudar a direção do vento, mas eu posso
ajustar as minhas velas para sempre alcançar
o meu destino”.
Fico por aqui. Já enfrentamos tantas crises que
já nem posso mais enumerá-las. Sobrevivemos
a todas elas e crescemos em cada uma delas.
Mais uma... não nos assustará...
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Saúde
Saúde
Doutoras da Emergência
Cada vez mais mulheres atuam nos serviços de pronto
atendimento dos hospitais, setor tradicionalmente
ocupado apenas por homens
Com uma participação feminina cada vez
maior na profissão, certas especialidades
da medicina, tradicionalmente reservadas
aos homens, como ortopedia, neurologia e
cirurgia cardíaca, têm uma parcela cada vez
maior de doutoras. Agora elas conquistam
a fronteira final do domínio masculino: o
atendimento de emergência. Nos hospitais
do grupo VITA já existem várias médicas
atuando nesse setor, que atrai profissionais
que gostam do ritmo e da adrenalina de
trabalhar onde cada segundo pode fazer a
diferença entre a vida e a morte.
O Pronto Atendimento do Hospital VITA Batel é
um dos mais importantes de Curitiba, devido à
sua localização central estratégica, à tecnologia de que dispõe e ao alto nível dos médicos
que fazem os plantões. Hoje, cerca de 40% da
escala do pronto atendimento é coberto por
médicas. “As mulheres estão cada vez mais
presentes em todas as especialidades”, diz
Juliana Varassin, médica com especialidade em
clínica médica, medicina intensiva, medicina
de urgência e nutrologia, e que atua como
plantonista no Hospital VITA Batel. “Desde os
tempos de residência médica (período de preparação prática do estudante, no final do curso
de Medicina) sempre gostei de urgências e de
trabalhar com o paciente grave, dos serviços
de emergência em si”, conta Juliana.
“Sou formada há 20 anos e quase metade da
minha turma já era composta por mulheres,
de modo que o perfil da profissão já vem
mudando há algum tempo”, diz Mauren Corvello Teixeira, pediatra do Pronto Atendimento
do Hospital VITA Curitiba. “Mas na época as
mulheres costumavam escolher especialidades
como pediatria, ginecologia e dermatologia; e
agora estamos em todas as áreas, inclusive na
emergência, e conheço médicas que atuam até
mesmo no resgate de acidentados”.
Bernadete Rachid, do Hospital VITA Volta
Redonda, atua em emergência desde que se
formou em medicina, em 1995; mas antes
mesmo de concluir o curso já procurava
trabalhar na emergência. “Eu gosto dessa
área, é agitada, não tem aquela coisa de
ficar no consultório, fechada o dia inteiro.
Eu prefiro viver o dia a dia do hospital”, diz
Bernadete. Para ela, a emergência é uma
área que você ou ama ou odeia, “e quando
você gosta se torna um verdadeiro vício:
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Bernadete Rachid
Mauren Corvello Teixeira
quanto mais você faz pronto atendimento,
mais você quer fazer. É uma adrenalina que
acaba fazendo parte da sua vida”.
Empecilhos Culturais
Para as médicas da emergência, a maior
dificuldade a ser vencida não é técnica,
mas cultural: ainda hoje a maioria das
pessoas associa a idéia de segurança à
imagem masculina. Por isso quando um
paciente ou seus familiares chegam ao
pronto atendimento, eles podem se sentir
mais seguros quando são atendidos por
homens. “Isso é mais comum entre homens
mais velhos, principalmente”, diz Juliana. “Há
algum tempo um senhor chegou ao PS e
não queria ser atendido por mim”.
O outro lado da moeda é que as mulheres
costumam ter maior capacidade de envolvimento emocional, o que traz maior conforto
para pacientes e familiares em momentos
de sofrimento. “A vantagem, para nós, é
que a mulher consegue conquistar mais
o paciente pelo carinho e pela paciência,
enquanto o homem costuma ser mais objetivo”, diz Juliana, “principalmente no caso
de pacientes fragilizados, que precisam de
um afago, um apoio”.
Para Bernadete, hoje o preconceito contra as
médicas diminuiu muito, e alguns pacientes
até preferem ser atendidos por mulheres,
porque acham que elas têm mais paciência
para ouvir e dão mais carinho. “Nem todos
que vêm ao pronto-socorro precisam de um
atendimento de urgência”, conta Bernadete.
Juliana Varassin
“Muitas vezes a pessoa está deprimida, com
insônia, ansiosa e precisa de um apoio
emocional; então a gente escuta a pessoa,
orienta, eventualmente receita um calmante,
caso a pessoa precise, e libera”.
No caso de Mauren, que trata com crianças, o
fato de ser mãe lhe traz um grande diferencial
no momento de atender uma mulher que traz
seu filho enfermo ou acidentado. “Quando
a mãe percebe que a médica a entende,
conhece as dificuldades de lidar com uma
criança, ela se sente mais confiante, mais
segura, mais confortada”, diz Mauren. “Eu
conquisto uma empatia maior com a criança e com a mãe por ser mulher”. “No caso
de crianças e adolescentes que chegam ao
pronto atendimento, muitas vezes a fonte do
sofrimento é emocional”, acrescenta Mauren.
Ela ressalta, também, a segurança de trabalhar no Hospital VITA com uma estrutura que
lhe permite ter rapidamente os resultados
de exames para fazer um diagnóstico mais
preciso, além do apoio de UTI pediátrica, a
qualquer momento.
Saúde
Saúde
Uma Nova Chance
para os Obesos
Aparelho permite voltar a diminuir o volume do estômago
de pessoas que passaram por cirurgia bariátrica
Cirurgias bariátricas nos parecem a solução
definitiva para a obesidade: com a reduzida
capacidade de receber alimentos, a pessoa
sofre um processo drástico de emagrecimento
e consegue manter mais facilmente o peso.
Entretanto, alguns anos de história de cirurgias
bariátricas têm mostrado que a compulsão
alimentar conhece estratégias para burlar os
efeitos emagrecedores e muitos obesos perdem peso inicialmente, mas voltam a engordar.
Já existe, felizmente, um tratamento para dar
uma segunda chance de emagrecimento a
essas pessoas.
Uma solução para esses casos é o aparelho
Stomaphyx, utilizado por João Caetano Marchesini, cirurgião do aparelho digestivo do
Hospital VITA Batel. Marchesini explica que o
Stomaphyx é um procedimento por endoscopia
que permite colocar grampos no estômago
operado, para voltar a diminuir seu volume.
A intervenção demora cerca de meia hora e
proporciona recuperação rápida.
João CaetanoMarchesini
Marchesini alerta que o Stomaphyx só pode ser
utilizado em pacientes que já fizeram a cirurgia
bariátrica. Ele ressalta, também, que o tratamento não é apenas cirúrgico, mas multidisciplinar:
“temos de dar apoio psiquiátrico, psicológico e
nutricional para ajudar esse paciente a não
voltar a ganhar peso”, comenta. Segundo ele,
essas pessoas consomem alimentos hipercalóricos, como chocolates, leite condensado,
massas úmidas e outros, o que acaba dilatando
o estômago operado e permitindo que elas
comam cada vez mais. “Conheci uma pessoa
que chegava a comer duas barras de manteiga
por dia”, conta Marchesini.
Segundo ele, são realizadas no Brasil aproximadamente 50 mil cirurgias bariátricas ao ano,
mas 5 mil desses pacientes voltam a ganhar
peso. Por exemplo, um destes pacientes, uma
advogada de Curitiba, passou por uma cirurgia
de redução de estômago há 8 anos, quando
estava com 169 quilos. Com a cirurgia, seu
peso caiu para 80 quilos, mas ela voltou a
engordar aos poucos, devido a uma compulsão
por doces, e chegou a 135 quilos. Ela foi uma
das pacientes tratadas com o Stomaphyx, e
considera o tratamento como uma nova chance
de ter qualidade de vida, já que o peso lhe traz
problemas nas articulações.
UTI Infantil Incentiva
Presença dos Pais
No Hospital VITA Volta Redonda, a UTI adotou uma
atitude humanizadora, que envolve os pais no
tratamento e recuperação dos pequenos pacientes
Quando uma criança necessita da atenção de
uma UTI, certamente os pais gostariam de ficar
com ela o tempo todo, em um ambiente acolhedor, onde médicos, enfermeiros e demais funcionários os tratassem como seres humanos
e não números. Na UTI Neonatal do Hospital
VITA Volta Redonda, a presença dos pais não
só é permitida como incentivada, para propiciar
a recuperação dos pequenos pacientes, além
de oferecer um elevado nível tecnológico e profissional. Nela, a humanização
do tratamento de crianças e bebês está
presente em todos os detalhes, passando pela decoração, controle de ruídos e,
A decoração traz temas amenos e
tranqüilizadores; no destaque Ivo
Xavier, diretor clínico da UTI Neonatal
principalmente, pelo envolvimento da família no
tratamento, para dar apoio ao paciente infantil
e favorecer sua recuperação.
A UTI Neonatal conta
com seis leitos para
crianças e 12 leitos
neonatais. A equipe
multidisciplinar inclui,
além de médicos, enfermeiros e técnicos de
enfermagem, também psicólogos e outros profissionais. O ambiente está adaptado para proporcionar o maior conforto possível aos pequenos
pacientes. Aos internados, a iluminação natural
favorece um contato com o mundo exterior e lhes
ajuda a manter seu relógio biológico ajustado às
horas do dia; e até mesmo favorece o trabalho
do médico, que pode avaliar com mais clareza
o estado geral do paciente. À noite, as luzes são
diminuídas, para não atrapalhar o repouso dos
internados. A decoração, em tons suaves, também contribui para um rápido restabelecimento.
Outro detalhe que não foi esquecido: o controle
do nível de ruído, que é mantido reduzido, para
evitar estressar os pacientes.
A proximidade e confiança da família são
essenciais para a recuperação dos pequenos
pacientes. “Nós procuramos diminuir a tensão
dos familiares, apresentando o ambiente e os
profissionais que vão cuidar dos seus filhos”,
explica Ivo Xavier, diretor da UTI Neonatal. “Além disso, os pais podem ficar
o tempo que desejarem junto ao leito
de seus filhos, até mesmo 24 horas
por dia”. Também são incentivadas
as visitas dos avós, irmãos e outros
parentes: “A presença dos familiares
traz alívio ao paciente e favorece sua
recuperação”, afirma.
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Saúde
Saúde
Como Melhorar a Saúde do Médico
Agendas lotadas e estresse elevado comprometem a saúde
dos médicos; entenda como a vida deles pode melhorar
quando os pacientes confiarem mais nos hospitais
Luiz Fernando
Kubrusly (esq.);
José Tarcisio
Cavalieri
A maioria de nós imagina que médicos zelam
cuidadosamente pela própria saúde, mas nem
sempre é assim. São profissionais que convivem
diariamente com uma agenda corrida e uma
atividade altamente estressante, de responsabilidade sobre a vida de seus pacientes, e
embora não existam estatísticas precisas sobre
o assunto, os próprios médicos admitem que
é uma minoria que mantém uma alimentação
equilibrada, atividade física regular e exames
preventivos, que são, aliás, as suas próprias
indicações para uma vida saudável.
Para Luiz Fernando Kubrusly, cardiologista e
diretor clínico do Hospital VITA Batel, as agendas
superlotadas e o conseqüente descuido com a
própria saúde têm muito a ver com a natureza
da atividade do médico: “Na nossa profissão, o
trabalho está diretamente ligado à nossa presença física, no consultório, no hospital, junto ao
paciente”. Além de clinicar, diagnosticar, receitar
e operar, o médico também precisa visitar os
doentes, falar com os familiares e atender as
emergências, o que faz com que raramente
tenha tempo para si próprio e freqüentemente
tenha de desmarcar compromissos com a família, os amigos e a academia. “É muito difícil para
as pessoas entenderem que o médico pode
estar jogando tênis enquanto um parente está
na UTI”, diz Kubrusly.
Para ele, a vida dos médicos melhora quando
os pacientes passam a confiar mais nas instituições de saúde do que em um determinado
profissional. “É uma tendência e isso já está
acontecendo em alguns hospitais”, diz Kubrusly.
“Ou seja, se o paciente confia no Hospital VITA,
ele saberá que ali será bem atendido e acompanhado, não importa se quem está de plantão
é o doutor fulano ou sicrano”.
O cirurgião José Tarcísio Cavalieri, do Hospital
VITA Volta Redonda, é um exemplo de quem
conseguiu incluir entre os muitos compromissos uma bateria completa de exames para
avaliar a saúde. Aos 68 anos, dos quais 44
em atividade dentro do hospital, ele teve
a satisfação de receber resultados que lhe
recomendam apenas aumentar a atividade
física e algumas restrições alimentares leves.
“Fiz os exames, com alguma relutância, e
acho inclusive que deveria ter feito antes”, diz
Cavalieri. “Mas depois fiquei mais tranqüilo. É
como se eu estivesse iniciando um novo ciclo
de vida, com novos hábitos”.
VITA Curitiba Cria PS para
Atendimento Infanto-Juvenil
Serviço de emergência para crianças e adolescentes funciona
24 horas, com presença constante de cirurgiões pediátricos
Acidentes são a principal causa de morte infantil
no Brasil. As estatísticas mostram que em 2005,
6.800 crianças morreram no País por causas
externas ou traumatismo. Para atender essa
demanda na capital paranaense e região, o Hospital VITA Curitiba acaba de inaugurar um Pronto
Socorro exclusivamente pediátrico, com presença
de cirurgiões pediátricos 24 horas por dia.
quer a presença de especialistas que conheçam
o organismo infantil: “Crianças não são adultos
em miniatura”, ressalta. O serviço conta com
uma equipe multidisciplinar que inclui, além
de 10 cirurgiões pediátricos, também ortopedistas, neurocirurgiões, psicólogos e outros
profissionais, e suporte da UTI pediátrica
do hospital.
O médico Marcelo Ribas, responsável pelo serCerca de 30% dos acidentes com crianças
viço de pronto atendimento pediátrico do hosestão relacionados ao trânsito: são atropepital, estudou cirurgia pediátrica no Children’s
lamentos, colisões de automóvel e bicicleta;
National Medical Center, em Washington (EUA),
em seguida vêm afogamentos, quedas,
considerado o hospital modelo mundial em
queimaduras, intoxicações e outros. Seguntrauma infantil. Segundo Ribas,
do Ribas, já houve casos
o pronto atendimento do VITA PS Hospital VITA Curitiba
de afogamento dentro de
Curitiba é o primeiro da cidade tel.: (41) 3315-1838
casa e até em baldes: “Três
e vem suprir uma carência por Rodovia BR 116, Km 396, nº 4021 centímetros de profundiesse tipo de atendimento, que re- Bairro Alto • Curitiba - PR
dade são suficientes para
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que uma criança se afogue”, alerta Ribas. Em
qualquer situação, o ideal é chamar o socorro
o mais rápido possível: “Quanto mais rápido o
atendimento, melhores são
as chances de uma
boa recuperação”,
explica.
Marcelo
Ribas
Artigo Médico
Artigo
Médico
Vida de Intensivista
Eduardo Sampaio Diniz
Iniciei minha vida nos caminhos da terapia
intensiva em fins de 1973, quando acadêmico
terceiranista da Escola de Ciências Médicas
de Volta Redonda, incentivado por um grande
amigo, Guanair de Souza Hochst, que era professor da cadeira de Semiologia e se tornou o
precursor da então nova especialidade no interior do Rio de Janeiro, implantando o Centro de
Tratamento Intensivo no Hospital da Companhia
Siderúrgica Nacional, hoje Hospital VITA-VR.
Por contato freqüente com grandes intensivistas da época, fui adquirindo gosto e me sentindo cada vez mais à vontade nesse ambiente.
Hoje, trinta e cinco anos passados, pensando
na minha decisão de cuidar dos pacientes
mais críticos, decido colocar a culpa em Bertrand Russell, que muito contribuiu com seu
texto: “Aquilo por que vivi”.
Tal escrito vem me acompanhando desde os
tempos de internato salesiano, pois “o anseio
de amor, a busca incessante do conhecimento e a compaixão pelo sofrimento humano”
nunca me deixaram desistir, mesmo nos
momentos mais difíceis.
Vejo, com felicidade, que os “cantos” antigos
adaptados para tratar os pacientes mais graves, em vários hospitais, transformaram-se em
motivo de realização profissional.
Os locais destinados ao atendimento de pacientes de risco elevado, onde a assistência
médica é contínua, se sofisticou.
Equipamentos próprios e precisos complementam o trabalho médico em busca do grande
resultado: devolver as pessoas acometidas
de graves problemas de saúde ao convívio
familiar e social.
Falamos em protocolos e qualidade, medicina
baseada em evidências e custos hospitalares;
mas isto, em um espaço no qual seres humanos especializados, com acesso à alta tecno-
logia para diagnóstico e
tratamento não perdem
suas sensibilidades, como
se poderia pensar.
Que por serem humanos,
já apresentam patologias
relacionadas ao trabalho em tais ambientes.
Eles sentem os efeitos da
tensão continuada, com
intensidade tal que pode
incapacitá-los.
Foi publicado um interessante trabalho original
no Vol 20 – nº 3 – Julho
/ Outubro 2008, por um
grupo de médicos de Salvador, da Revista Brasileira
de Terapia Intensiva que
apresenta fatores associados à síndrome de Burnout – a reação de
estresse excessivo relacionado ao trabalho
que se apresenta em três dimensões: exaustão
emocional, despersonalização e ineficácia.
O resultado do referido trabalho encontrou
presença de exaustão emocional em 47,5% da
população estudada. A despersonalização e a
ineficácia apareceram em 24,6% e 28,3%, respectivamente. Uma das dimensões, pelo menos, estava
em 63,3% dos profissionais-alvo do estudo.
Então, um centro de atividades médicas que
gerava estresse em pacientes e familiares que,
sabidamente, adoecem com seus parentes,
passa, agora, a produzir os mesmos sentimentos nos profissionais que ali atuam.
Claro que é preocupante, pois proliferam as
UTI e se torna necessário que os médicos
iniciantes na especialidade tenham vontade
de nela permanecerem, visando a melhoria
continuada, adquirindo a experiência fundamental para a identificação e tratamento das
patologias mais complexas e graves.
O aprofundamento dos estudos para introdução da terapia intensiva nas grades curriculares das escolas de medicina, mesmo que em
regime de internato, como módulo obrigatório,
é muito importante. Pode significar a solução
de uma distorção que torna cada dia mais
grave a situação do profissional intensivista.
Preocupante também, por conseqüência, é a
introdução de médicos em atividade que exige
conhecimento, rapidez em tomadas de decisão e liderança de equipes sem a suficiente
formação para tanto.
É alto o nível de informalidade no preparo
de intensivistas. Aprende-se apenas acompanhando qualquer profissional que seja, em
qualquer UTI de algum lugar, tornando-se
assim “capacitado“.
Esta publicação mostra que fatores oriundos
da própria unidade de trabalho intensivo são
causadores de estresse significativo. Como
evitá-los?
O trabalho por nós anteriormente referido
demonstra que os seguintes fatores produzem
estresse:
Ruído excessivo na UTI Possibilidade de complicação Problemas administrativos Lidar com sofrimento e morte Lidar com diversas questões simultaneamente
Quantidade de pacientes por médicos Ritmo acelerado das atividades profissionais Falta de recursos materiais Comprometimento da equipe Relacionamento com a equipe Cuidar do paciente terminal Pressão para dar alta aos pacientes 73,7%
64,5%
63,3%
60,2%
58,9%
57,5%
57,1%
54,6%
51,2%
36,4%
36,1%
35,3%
Percebe-se, então, que tudo é preocupante
para o médico intensivista, pois apenas 9,2%
dos entrevistados pretendem permanecer em
UTI por mais de dez anos, e 75,8% referiram
alguma queixa ou problema de saúde, embora
sejam pessoas de baixa faixa etária (24 a 39
anos – 79,4%).
A saída da situação atual passa por vontade
que possa se transformar em necessidade
das instituições hospitalares, órgãos representativos da classe médica e associação da
especialidade. É importante a compreensão
das entidades pagadoras.
A qualidade traz benefícios reais para os pacientes e contribui para a redução significativa dos
custos da prestação de serviços. Economia.
Fala-se muito de humanização das UTI e
os médicos, frente aos problemas de vida,
distorcidos que são seus “scripts” pessoais
para a realização pessoal através da atividade
escolhida, desumanizam-se, passando pela
experiência da desvalorização.
É feliz o trabalho dos autores, pois evidencia o
fato de que a realização e a satisfação estão
com o time de especialistas titulados. São os
que mais desejam acesso aos melhores postos
e condições de trabalho.
Também demonstra um curioso dado: dentre
todas as especialidades que ocuparam as
unidades de tratamento intensivo, apenas
2,5% da população entrevistada tem como
atividade principal a terapia intensiva.
É coisa para pensar!
Eduardo Sampaio Diniz é Gerente Médico
do Hospital VITA Volta Redonda e Especialista
em Terapia Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira
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Entrevista
Uma Nova Face, Uma Nova Vida
Certas crianças nascem perfeitas sob quase todos os aspectos, mas com defeitos que colocam
em risco seu desenvolvimento, auto-estima e a própria vida: elas têm lábio fissurado e fenda
palatina, problemas que podem ser resolvidos com uma rápida, porém complexa, cirurgia plástica. Normalmente, é um problema visível na face e torna a aparência da criança assustadora
para a maioria das pessoas. Por isso elas muitas vezes são abandonadas ou ocultadas pela
própria família e não recebem tratamento, especialmente se nascerem em famílias pobres.
O sistema público de saúde não consegue atender nem metade das crianças que nascem
com fissura - poucos hospitais públicos oferecem tratamento e, neles, as filas de espera são
imensas. Para a maioria dessas crianças, a única esperança são as campanhas da Operação
Sorriso Brasil (OSB - www.operacaosorriso.org.br), que realiza mutirões de tratamento em
vários Estados e que já atendeu cerca de 2.500 crianças. A OSB é parte de uma organização
global de fundações e associações sob a marca da Operation Smile, que tem escritórios em
27 países na Ásia, África, Europa Oriental, América Latina e Oriente Médio. A OSB é uma instituição sem fins lucrativos, que se dedica a transformar a vida de crianças e jovens brasileiros
portadores de deformidades faciais corrigíveis, com foco principal na correção das fissuras lábio-palatinas. Ela busca criar uma ponte entre o trabalho voluntário e o patrocínio de indivíduos
e empresas socialmente responsáveis, visando ampliar a auto-suficiência no tratamento desse
problema nas diversas regiões do Brasil. A associação é mantida por uma rede de parceiros, pessoas físicas e jurídicas, que colaboram com recursos materiais e financeiros. A OSB
trabalha exclusivamente com profissionais da área de saúde (cirurgiões plásticos, anestesistas,
pediatras, ortodontistas, fonoaudiólogos, psicólogos e enfermeiros) e não-médicos voluntários.
Entrevistamos Flávia Carvalho Franco, diretora executiva da Operação Sorriso Brasil, que conta como surgiu a Operação Sorriso, como ela atua e como consegue trazer um futuro melhor
para milhares de crianças.
Como começou a Operation Smile?
Flávia Carvalho Franco, diretora executiva
da Operação Sorriso Brasil
Saúde e do Hospital Albert Sabin, que até hoje
nos cede o local para o programa. Naquela
Em 1982, o médico americano Bill Magee Jr
primeira edição, a Secretaria achava que não
e a esposa Kathleen, enfermeira e assistente
haveria nem 100 pacientes no Estado, e
social, foram às Filipinas, juntamente com uma
apareceram 400, dos quais conseguimos
pequena equipe, tratar um grupo de crianças
operar 125.
com deformidades faciais. Eles só conseguiram
Esse primeiro programa foi muito difícil,
atender cerca de 40, de um grupo de 300
eram todos médicos estrangeiros e duas
que precisavam do tratamento. E saíram de
toneladas de material importado, e quase
lá com as mães pedindo que retornassem,
não tínhamos apoio, quase ninguém sabia
porque não havia
o que estávamos
esperança de tratafazendo. São necesLábio fissurado e fenda palatina são aberturas no
mento para elas. Ao
sárias autorizações
lábio, palato (céu da boca) ou tecido mole da parte
voltar para os EUA,
dos conselhos regioposterior da boca. A causa exata do problema é
ele conseguiu reunir
nais das especialidadesconhecida. São defeitos congênitos em uma
voluntários, angariou
des para que esses
etapa inicial do desenvolvimento do embrião.
fundos e retornou às
médicos atuem no
Cientistas acreditam que se trate de uma
Filipinas. Depois foi
Brasil, os equipacombinação de fatores genéticos e ambientais,
convidado para ir a
mentos entram com
como: enfermidades maternas, uso de
outros países, e assim
documentação de
medicamentos ou desnutrição. Além dos
começou a Operation
importação tempoproblemas estáticos, crianças que apresentam
Smile.
rária, uma série de
essas deformidades podem sofrer múltiplos
No Brasil, o primeidetalhes. Até hoje
problemas de saúde, incluindo: auditivos,
ro programa foi em
enfrentamos dificulinfecções crônicas, má-nutrição, má-formação da
1997, em Fortaleza,
dades. Por exemplo:
dentição e dificuldades no desenvolvimento da
porque o Ceará é
temos doação de
fala. Freqüentemente, observa-se o abandono
um dos Estados com
e­quipamentos ameescolar e, com o passar dos anos, baixa autoricanos, mas não
maior incidência de
estima. A Organização Mundial de Saúde calcula
que no Brasil exista uma criança com fissura para
conseguimos fazêfenda palatina. Ticada 650 nascidas, ou cerca de 280.000 pessoas
los ficar no Brasil
vemos apoio da Secom fissura lábio-palatal em todo o País.
sem pagar impostos.
cretaria Estadual de
10
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Vocês ensinam a técnica aos médicos
locais?
Sim, e também treinamos outras pessoas envolvidas, porque para realizar uma ação dessas existe
toda uma logística muito grande. Por exemplo:
realizamos um programa em Fortaleza (CE), no
final de setembro de 2008, em que foram operadas 95 crianças em uma semana; e em agosto
de 2008, no Rio de Janeiro, com 94 crianças
atendidas. Para que isso aconteça é preciso
trazer as crianças, os médicos, obter local, salas
de cirurgia, hospedagem, material de consumo,
uma série de fatores simultâneos para tornar
tudo isso possível.
Como é feita a divulgação?
Trabalhamos em conjunto com as secretarias
da Saúde, estaduais e municipais, distribuindo
cartazes para municípios distantes, com o local
e a data da seleção; fazemos divulgação por
rádio ou da forma mais apropriada segundo
o local, para atrair o maior número possível de
pacientes. Temos um limite de cirurgias, mas
buscamos atrair bastante gente, principalmente
o paciente mais distante, que tem menos acesso
a um tratamento. Estamos falando de uma população extremamente pobre, que não tem como
fazer uma série de viagens para diagnosticar e
tratar o problema. Às vezes, vemos adultos que
passaram a vida toda sofrendo com esse
problema porque vivem em um local onde
não há atendimento. As histórias são dramáticas, pacientes que dormem na porta
do hospital, que vendem tudo que têm para
procurar ajuda, e nós estamos sensíveis a
essas dificuldades.
Hoje, no Albert Sabin, em Fortaleza, há
7 cirurgiões plásticos capacitados para
esse tratamento e eles realizam cerca
de 40 cirurgias por mês; mas sabe-se
que no Estado há aproximadamente
15 mil fissurados. Nesses dez anos nós
conseguimos mostrar que o problema
existe, e fizemos com que essas pessoas
buscassem tratamento.
Como existem outros problemas de saúde graves no País, o fissurado nunca é
prioridade. Ele disputa tempo, atenção,
espaço, verba com pacientes que correm
risco de morte, com câncer, ou que estão
esperando um transplante. Então ele fica
sempre em segundo plano.
Como é a seleção?
Cada candidato é examinado por oito especialidades médicas, mais registro e foto. Agora temos até geneticistas, para tentarmos
chegar à origem genética do problema, em
conjunto com o Genoma da Universidade
menina Brena, completamente recuperada
de São Paulo. Verificamos a presença de A
após a operação.
infecções, de anemia, e descartamos quem
não pode ser submetido a uma cirurgia. NormalE como é o pós-operatório?
mente, os candidatos ficam o dia todo no hospital
para seleção e procuramos apoio de empresas
O paciente tem alta no dia seguinte, norque possam fornecer um lanche, suco, frutas.
malmente. O pós-operatório são visitas uma
Quando o paciente é do interior, ou ele vem de
semana depois, seis meses e um ano depois.
ônibus, ou a gente consegue que as secretarias
No caso dos pacientes do interior, eles permamunicipais transportem o paciente com acomnecem uma semana na cidade do programa
panhante; é preciso conseguir abrigo para essas
para fazerem o primeiro exame pós-operatório,
pessoas, porque elas não têm dinheiro para ficar
antes de voltarem para suas cidades; e norhospedadas, não têm parentes ou conhecidos na
malmente o processo de cicatrização já está
cidade. Em Fortaleza, a hospedagem foi na Casa
bem adiantado. A gente fornece tudo para a
do Menino Jesus, um lugar maravilhoso.
mãe, que leva uma cesta básica e um kit de
Mas nosso objetivo não é apenas fazer as
produtos de higiene, antibiótico e pomada cioperações, e sim desenvolver o atendimento ao
catrizante, e ela é orientada sobre os cuidados.
fissurado naquele local. Não adianta ir a um local
Alguns pacientes são operados de lábio num
e operar cem pacientes, melhorar a vida desses
programa, e do palato um ano depois.
e deixar os outros na mesma situação de antes.
Queremos desenvolver esse serviço, buscar mais
Qual é a realidade desse paciente,
médicos que tenham interesse em aprender essa
antes da cirurgia?
técnica e alertar para o problema.
É importante ressaltar que qualquer pessoa
A fissura é tratada por cirurgiões
pode ter um filho fissurado; a porcentagem é
plásticos?
de um para cada 650 nascidos vivos no Brasil.
Mas alguns fatores fazem com que a incidênSim, a Operation Smile desenvolveu uma
cia seja maior na população de baixa renda,
técnica de tratamento da fissura e lábio. Uma
como a má nutrição e a falta de pré-natal.
cirurgia de lábio dura em média 45 minutos,
Então, essa mãe pode estar no oitavo filho, não
e de palato, uma hora e meia. Mas não é uma
se alimentou direito, não fez pré-natal, não fez
técnica que se aprenda rapidamente. Os méultra-som, tem um choque psicológico depois
dicos que levamos dominam o procedimento
do parto ao ver o problema e, muitas vezes,
porque operam diariamente.
abandona a criança ou a trata como se fosse
uma aberração.
Dependendo do tamanho da fissura,
essa criança não consegue se alimentar
e pode morrer de fome. Quando sobrevive, tem muitas infecções, dos mais
variados tipos. Não desenvolve a fala e
pode ter perda auditiva. Hoje, sabe-se
que cerca de 10% das crianças afetadas
têm algum tipo de perda auditiva.
Os problemas vão se agravando conforme ela cresce. Quando chega aos oito
anos, ao ir para a escola, começa a sentir
o preconceito, receber apelidos e ser
vítima de brincadeiras. Ela acaba abandonando as aulas e os pais aceitam.
Então, seu problema, que era tratável,
passa a comprometer seu desenvolvimento escolar e social. Na adolescência,
a auto-estima deles é muito baixa, são
jovens que só falam com você tapando a
boca e olhando por baixo, ou usam uma
máscara para tapar o rosto. Tornam-se
adultos que além do problema estético,
não falam direito, são analfabetos e não
conseguem um emprego. Então, aquele
problema tratável de um bebê cria um
adulto completamente dependente. É
muito triste, a gente fala com jovens
que reclamam que não conseguem um
emprego, que não têm vida.
Uma das coisas em que acreditamos é
trazer essa realidade à tona, fazer com
que a fissura palatal seja de notificação
compulsória, e que haja mais centros preparados
para o tratamento. E o mais grave, em minha
opinião, é que neurologicamente essa criança
tem 100% de condições de se desenvolver, e a
falta de tratamento pode comprometer todo o
seu desenvolvimento, e criar um adulto cheio
de problemas.
E como muda a vida dessas pessoas
após a cirurgia?
Muda completamente. Esteticamente, a melhora é de 100%, ficando apenas uma pequena
cicatriz. A relação com a família muda, a autoestima cresce, ela começa a se sociabilizar,
tudo melhora. Outros benefícios vão depender
dos tratamentos complementares a que ela
tenha acesso. Por exemplo: se a criança está
numa idade em que a fala já foi afetada,
depois da cirurgia ela vai continuar falando
errado, e precisará de apoio de fonoaudiologia
para reensiná-la a falar corretamente. Mas só
a parte estética ajuda muito. A OSB não faz os
tratamentos complementares, mas procuramos
atuar dentro de hospitais onde o paciente possa tê-los e envolver outros profissionais.
Para se tornar voluntário médico ou obter informações sobre como fazer doações, visite o site
www.operacaosorriso.org.br, ou telefone para
(11) 3443-1709.
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Gente
Gente
Camarote de Natal
O Natal do HSBC, no Palácio Avenida, é um dos mais conhecidos
cartões postais de Curitiba; o Grupo VITA reúne os amigos em
um camarote para apreciarem esse maravilhoso espetáculo, com
estúdio para fazer fotos e reunindo doações de livros para o Lar
André Valério Correa, de crianças carentes.
Luiz Ernani Maddalozzo com a
esposa Adriana e o filho Miquelle
Gassan Traya, Rodrigo Fontan, Alcides José
Branco Filho e Rached Hajar Traya
Bruno Arnaldo Bonacin Moura
e André Morais e Silva
Ed Marcelo Zaninelli e esposa
Daniele Cristina
Fernando César Koleski e
esposa Adriana
Jackson Baduy, Luiz de Souza,
Carla Soffiatti e Luiz Barbosa
Marco Aurélio De George, com
a esposa Cintia e as filhas
Caterine e Lygia.
Visita Internacional - Em outubro, o Hospital VITA Curitiba recebeu
a visita do médico Martin Eichelberger, chefe do serviço de trauma e
queimados do Hospital Children’s National Medical Center, da Universidade George Washington, e presidente da ONG Safe Kids, voltada para
a prevenção de acidentes infantis. Ele se mostrou impressionado com o
nível dos serviços oferecidos e deu seu apoio ao projeto do PS Pediátrico
do VITA Curitiba. Na foto, Osni Silvestri, gerente médico, Martin Eichelberger e José Octavio Leme, diretor regional.
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VITA no Congresso
Fluminense de Cardiologia
O Hospital VITA Volta Redonda participou do VI Congresso
Fluminense de Cardiologia, que aconteceu de 16 a 18 de
outubro, em Búzios (RJ). Estavam presentes no estande do
Hospital VITA os cardiologistas Jorge Brandão, Valdeiliza
de Souza e Leonardo Nogueira, e os cirurgiões cardíacos
Demian Cândido, Jean Pierre Almeida e Amaury Viotti. Brandão participou da Comissão Científica do Congresso como
moderador de Mesa Redonda sobre Insuficiência Cardíaca.
O Congresso teve cerca de 450
participantes
Talita Assis, Demian Cândido
Ferreira, Helem e Jean Pierre Almeida
Talita Assis e Valdeliza
de Souza
Estande do Hospital VITA Volta
Redonda
Leonardo
Nogueira,
Jéssica
Figueiredo,
Jorge Brandão
Berta Brandão
e Bruna
Mendes
Jéssica, Berta Brandão, Jorge Brandão,
Amaury Viotti, Raquel e Bruna
Visita Especial – O Hospital VITA Volta Redonda recebeu em novembro uma visita muito agradável, da Diretoria da Associação dos
Aposentados de Volta Redonda, inclusive a vice-presidente Bergonsil
de Oliveira Magalhães. A visita muito honrou ao hospital, pois além
de prestar serviços a milhares de associados há 35 anos, a entidade
ainda realiza um importante papel social junto aos idosos na região.
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Capa
Capa
Prepare-se para viver MAIS
Com uma expectativa de
vida cada vez mais elevada
no Brasil, é importante
preparar-se para chegar com
saúde à velhice, uma fase da
vida diferente da juventude,
mas que pode ser igualmente
prazerosa
As estatísticas não deixam dúvidas: os brasileiros estão vivendo cada vez mais. Segundo
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), estima-se que entre 1991 e
2007 a expectativa de vida no Brasil passou de
67 para 72,5 anos, um aumento de 5,5 anos
em menos de duas décadas.
É de cada um, entretanto, a responsabilidade
de se preparar para viver bem essa vida longa.
Um estudo publicado pela revista científica
americana Archives of Internal Medicine
mostra que um estilo de vida saudável durante
os primeiros anos da idade madura é fator
preponderante para aumentar a possibilidade
de viver até os 90 anos. Segundo a pesquisa,
aproximadamente 25% da longevidade humana pode ser atribuída a fatores genéticos,
enquanto 75% se deve a fatores de risco que
podem ser modificados, inclusive controlar o
peso, ter atividade física regular e não fumar.
Em outras palavras, três quartos da responsabilidade pela longevidade são nossos.
“Acredito que a maioria de nós gostaria de
viver até os 100 anos”, diz o geriatra Edélsio
Alves Julio, do Hospital VITA Curitiba. “Mas com
saúde, consciência e independência”. Edélsio,
que atende dezenas de idosos, é um defensor
da idéia de que é preciso se preparar desde
cedo para a longevidade.
Preparar a longevidade
Segundo Edélsio, um envelhecimento saudável
começa com a saúde dos pais e durante a
gestação. “Tanto a mulher quanto o homem
que planejam ter filhos devem cuidar da própria saúde, que influencia o desenvolvimento
do embrião”, diz Edélsio; “e a gestação deve
ser tranqüila, saudável e acompanhada de
exames pré-natais”.
Na infância e juventude também é possível
se preparar para viver bastante. “O estilo de
vida atual não dá muitas oportunidades de
exposição ao Sol, que é essencial para a pro14
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dução de vitamina D, a qual contribui para o
desenvolvimento do esqueleto”, explica Edélsio;
“além disso, as crianças consomem muitos
produtos que inibem a absorção do cálcio,
como cafeína, trocam leite por refrigerantes, e
vemos até crianças sofrendo fraturas devido a
ossos frágeis”. Segundo Edélsio, os ossos são
formados até os 30 anos, e a falta de exposição
ao Sol, bem como o sedentarismo, são inimigos
desse processo. Ele sustenta que, apesar de
devermos nos proteger de excessos, é preciso
expor pelo menos 25% do corpo ao Sol e
caminhar para favorecer o desenvolvimento
dos ossos. “A partir dos 30 anos, a tendência
é de perda de massa óssea. Por isso é importante chegar a essa idade com nossa ossatura
plenamente desenvolvida, pois ela é muito
importante para a longevidade”, explica.
Maria das Graças S. K. Gonçalves, médica do
corpo clínico do Hospital VITA Volta Redonda,
também atende idosos diariamente: “É preciso
se cuidar desde já, para chegar inteiro à velhice
e vivê-la bem”, afirma. Ela lamenta que muitos
jovens vivam como se fossem imortais, se arriscando a acidentes, bebendo, fumando, consu-
mindo drogas, dissipando seu próprio corpo. “O
jovem não gosta de pensar que vai envelhecer”,
diz Maria das Graças. “Mas sempre cito uma
frase da atriz Tônia Carrero. Ela diz: envelhecer
é chato, mas a outra opção é morrer”.
Segundo ela, muitas pessoas estão se preparando para a longevidade com uma vida
Os Dez Maiores Vilões do
Envelhecimento
Aprenda a evitar os dez principais fatores que
podem comprometer uma longevidade saudável
• Cigarro
• Stress
• Alimentação desequilibrada
• Sedentarismo
• Não tratar de hipertensão e diabetes
• Excesso de Sol
• Álcool
• Dislipidemias (alta taxa de lipídeos no sangue)
• Sexo sem preservativo
• Deficiência de vitaminas
saudável, e quando chegam à velhice, a
partir dos 65, levam uma vida feliz. “Existem
casais com 90 anos de idade, que vêm por
conta própria ao meu consultório, mantêm sua
independência, sua vida”. Para ela, o envelhecimento da população é muito positivo: “Quanto
mais idosos, melhor; é sinal de boa saúde, de
prevenção, de progresso do País”.
Edélsio Alves Julio
Nunca é tarde
Você não se preparou para a velhice? Tem mais
de 65 anos, sente dores e os movimentos já
são difíceis? Felizmente, nada disso é desculpa
para não começar a se cuidar. Procure a orientação de um geriatra e também, se possível,
de um fisioterapeuta, para voltar a ter uma
atividade física e recuperar sua independência.
Sejam quais forem as suas limitações e a sua
idade, a atividade física sempre lhe trará algo
em termos de saúde, movimento e felicidade.
“É claro que você não vai se tornar um atleta,
mas certamente vai aumentar sua qualidade
de vida”, diz Maria das Graças.
Segundo Edélsio, hoje muitos idosos são bem
orientados, compreendem suas doenças e as
tratam adequadamente. “Acredito que 80% de
um tratamento são as mudanças de hábito, e
20% é a medicação”, diz Edélsio. “Idosos conscientes evi-
Gisele Beckert
Edélsio Alves Julio
tam o estresse e a depressão, adaptam suas
casas para suas necessidades, se cuidam
para não terem queda de pressão e assim por
diante”. Para ele, não é feio que um idoso use
terno e gravata calçando tênis, que lhe dará
mais conforto e segurança.
atividade física é enorme. Eles voltam a andar
pela casa sem auxílio de ninguém, podem ir
ao banheiro, tomar banho sozinhos”.
Vencendo a preguiça
A fisioterapeuta Gisele Beckert, de Curitiba, auxilia diversos idosos a retomarem
e manterem uma atividade física regular. “Os exercícios ajudam a restituir a
independência deles, para que voltem
a fazer as coisas que gostam de fazer”,
diz Gisele. “Quem fica parado, começa
a morrer”.
A maioria dos idosos tem uma
grande resistência a voltar a
fazer exercícios, porque sente
dores. “Para quem está começando, é normal ter um
pouquinho de dor, mas em
duas semanas já vai sentir a
diferença”, afirma Gisele. Ela
explica que a produção
do líquido das articulações é estimulada pelo
movimento, portanto,
quanto menos uma
pessoa se movimentar,
mais rígida e dolorida ela
se torna. A recuperação dos
movimentos e da força muscular é
gradativa, mas compensa: “A diferença que os idosos sentem com a
Por se tornarem cada vez mais sedentários
devido às dores nas articulações, principalmente quadril e joelho, muitos idosos não
têm uma reserva de massa muscular, o que
dificulta bastante sua recuperação no caso
de qualquer incidente que o deixe acamado.
“Quem está fora de forma precisa de muita
fisioterapia diária para se recuperar”, diz Gisele;
“enquanto que quem tem reserva muscular se
recupera muito mais rápido e não fica uma
semana de cama por causa de uma gripe”.
Outra vantagem de se ganhar força muscular
é que isso reduz o risco de fraturas.
“Ensino aos meus pacientes: paciência, palavras cruzadas, usarem o computador, fazerem
tai-chi, exercitarem a mente”, diz Maria das
Graças. Uma mente ativa está menos sujeita
ao declínio, como bem demonstra a perene
criatividade do centenário Oscar Niemeyer.
Segundo Gisele, uma caminhada de meia
hora, três vezes por semana, já traz resultados:
“se você repete essa atividade por 90 dias, cria
uma rotina que vai tornar a atividade física
parte da sua vida”, diz Gisele. Tudo fica mais
fácil com um pouco de ajuda profissional. Um
especialista no trabalho com idosos, como
Gisele, pode ensinar os exercícios certos,
mesmo para pessoas que nunca fizeram ginástica na vida. “Eu sou uma personal trainer
de avós, e acho muito gostoso trabalhar com
eles”, brinca.
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Capa
Capa
Moradora de Curitiba, a mineira Noemi de
Vasconcelos Ferreira é uma mulher vaidosa,
ativa e que vai à academia de ginástica três
vezes por semana, para se manter em forma,
e ainda cuida de tarefas domésticas. Muitas
outras mulheres têm uma vida dinâmica
como a de Noemi, mas ela se distingue por
uma pequena peculiaridade: no seu próximo
aniversário, em abril, Noemi completará 92
anos. VITAL entrevistou Noemi, que já tem
quatro bisnetos, para tentar entender como
é que ela conseguiu se manter tão ativa ao
longo da vida.
Maria das Graças S. K. Gonçalves
Evite a depressão
Um grande inimigo do bem estar do idoso é
a depressão. Por ser freqüentemente confundida com uma simples tristeza, a depressão
no idoso na maioria das vezes não é tratada,
o que prejudica amplamente sua qualidade
de vida. “A depressão é uma patologia e tem
cura”, diz Edélsio; “mas ainda é cercada de
muitos preconceitos”. Deprimido, o idoso se
isola, torna-se irritável e aflito, e muitas vezes
se esconde pelos cantos da casa. A depressão
faz surgirem várias doenças, inclusive quadros
de demência e hipertensão.
Novamente, a atividade física regular é uma
importante forma de prevenção, assim como
tudo mais que traga satisfação. “É importante o
idoso não se entregar ao desânimo, e buscar seu
prazer, conviver com quem gosta, sonhar com
alguma coisa que vai fazer, nem que seja tomar
um chá com os amigos”, diz Maria das Graças.
Apreciar a paisagem, ver a natureza, manter
bons relacionamentos sociais e ter uma atividade sexual saudável, dentro dos seus limites e
com segurança, são recomendações de Edélsio
para evitar a depressão.
Aproveite a vida
A lista de cuidados que uma pessoa deve levar
em conta para desfrutar de uma longevidade
saudável é extensa. Inclui, também, cuidados
com os olhos, os rins, diabetes, etc. Até mesmo
a aposentadoria representa um risco, alerta
Edélsio.
Em resumo, o recado dos especialistas é se
cuidar, para que esta fase da vida seja de
alegria e novas realizações. Esteja atento
à sua saúde e ao seu estado de espírito, e
não se acomode às dores e à tristeza, como
se fossem coisas normais. Envelheça bem e
aproveite a vida.
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Qual é o segredo de tanta energia?
Acho que cuidar do espírito é o principal. Eu
gosto de fazer muitas coisas, não fico parada,
não fico à toa assistindo TV, faço tricô, crochê,
costuro. Durante toda a vida trabalhei, e ainda
hoje faço o serviço de casa; a empregada vem
só de quinze em quinze dias para fazer uma
limpeza geral. De manhã gosto de fazer tudo
que tem para fazer, e à tarde vou à academia
ou descanso.
Como é a sua atividade na academia?
Eu vou à academia três vezes por semana, às
segundas, quartas e sextas. Quando chego, faço
esteira. Depois faço a musculação, a ginástica
localizada e as abdominais. Ano passado,
eu fazia mil abdominais, agora a professora
reduziu para 400, porque as alunas novas
não agüentam. Desde os tempos de ginásio eu
gosto de esporte, sempre joguei vôlei, sempre
fiz um pouco de ginástica, toda a vida tive
atividade física.
Como a senhora cuida da saúde?
Eu tenho meu médico e faço um acompanhamento constante. Acho que todo idoso deve
fazer isso. Sei que remédios tomar, o que tem de
continuar e o que tem de parar. É muito importante que o médico seja amigo do cliente.
A alimentação tem alguma coisa de
especial?
Como de tudo, e bem, só evito alimentos mais
pesados, com muita gordura. Apesar de ser
mineira e gostar de cozinhar com gordura, eu
Fotos: Rafael Danielewicz
Energia Inesgotável
hoje mudei, a muito custo, para óleo de milho,
como muitas frutas e só bebo água de coco.
Nunca gostei de beber água, então o jeito que
eu encontrei foi beber água de coco engarrafada, que eu gosto muito.
A senhora já sofreu uma fratura?
Sim, há seis meses eu tive uma fratura na
cabeça do fêmur, mas passei muito bem e a
minha recuperação foi ótima. Eu estava saindo
do carro carregando caixas de leite, caí e sofri
essa fratura, uma dor horrível. Isso foi numa
sexta-feira, operei no sábado e cinco dias
depois eu saí. E quando eu cheguei em casa
já comecei a andar pela casa inteira, com um
andador. Doze dias depois eu tirei os pontos e
comecei a usar uma bengala, que é muito boa,
e que eu uso até hoje. Por exemplo, para ir para
a academia, para atravessar a rua, geralmente
eu uso a bengala, porque a calçada tem muitos
altos e baixos. Vou e volto sozinha.
E a senhora acha que é a ginástica que
lhe permitiu essa recuperação tão rápida, e chegar à sua idade tão bem?
Sem dúvida foi a ginástica, e também a vontade
de trabalhar, de produzir. Todo mundo que me
conhece, fala: eu quero chegar à sua idade
com a sua saúde, e eu respondo, ah, é só fazer
o que eu faço, tem de ter força de vontade e
não desistir.
Em Rede
Em
Rede
Planejamento
Estratégico Renovado
Atentas às mudanças nas condições de mercado e necessidades
dos pacientes, as Diretorias Regionais atualizaram os planos que
definem a rota a ser seguida pela organização
Sempre voltado ao aperfeiçoamento
dos serviços que presta às comunidades em que atua, o Grupo VITA acaba
de rever seu planejamento estratégico,
para se adaptar às mudanças das
necessidades de seus pacientes e
das condições de mercado, levando
em consideração sua missão, visão e
valores (veja box).
Os grandes condutores do planejamento estratégico em cada região que José Octavio Leme
José Mauro Rezende
o Grupo VITA atua são os diretores
vel 3); e, ainda, a conquista de um título internaRegionais: José Mauro Rezende, em Volta
cional de acreditação, do Conselho Canadense
Redonda, e José Octavio Leme, em Curitiba.
de Acreditação em Serviços de Saúde.
Nessa tarefa complexa, eles são auxiliados pelo
Escritório da Qualidade, setor que fornece as
Segundo o diretor regional de Curitiba, José Oc“ferramentas” necessárias para o planejamento
tavio Leme, alguns dos objetivos estratégicos
estratégico. “São instrumentos de administração
são comuns às duas regiões. Mas na capital
já consolidados pelo mercado, como o sistema
paranaense também haverá foco em: intenside Balanced Scorecard (BSC), análise SWOT e
ficar as sinergias entre as unidades e evitar a
outros; e o Escritório da Qualidade dá o suporte
competição interna, ou seja, os hospitais VITA
para essa metodologia”, explica Vanuza Vitoreli,
Curitiba e VITA Batel buscarão se tornar cada
coordenadora do Escritório da Qualidade do
vez mais complementares e, ao mesmo tempo,
Hospital VITA Volta Redonda.
se concentrarem em especialidades diferentes
para melhor atendimento na região. Para
Estratégias
ambos, o planejamento estratégico prevê foco
nos serviços de alta complexidade e a criação
Em Volta Redonda, sob o comando do diretor
de dois novos projetos: o VITA Corporate, que
regional José Mauro Rezende, um dos principais
buscará expandir os serviços prestados para
objetivos é a expansão dos serviços críticos volmédias e grandes empresas; e o VITA Partners,
tados para pacientes adultos, para corresponder
um programa de parcerias com hospitais locaà demanda por esse tipo de atendimento no
lizados a até 150 km de Curitiba, para oferecer
município e cidades próximas. Outras áreas
uma parceria em serviços de alta complexidaque receberão atenção extra: as atividades
de de que eles não disponham.
relacionadas à assistência social; diminuição
do impacto ambiental, com projetos de gestão
Planejamento O Quê?
de energia e recursos hídricos; excelência dos
serviços prestados, o que inclui a manutenção
Tornando curta uma descrição longa, o plado certificado de Acreditação com Excelência da
nejamento estratégico serve para determinar
Organização Nacional de Acreditação (ONA Nípara onde uma organização está indo nos
próximos anos, como pretende chegar lá e
Missão, Visão e Valores da Rede VITA
como saber se atingiu seus objetivos ou não. O
tipo mais comum de planejamento estratégico
Missão: Ser reconhecido internacionalmente por
é o baseado em objetivos, que começa com o
utilizar as melhores práticas e através da melhoria
foco na missão da organização, define metas
contínua alcançar a excelência na qualidade dos
para avançar na direção dessa missão, cria esserviços prestados a todos os clientes.
Visão: Ser a rede de serviços de saúde mais confiátratégias para atingir os objetivos e finalmente
vel e da mais alta qualidade internacional.
define as ações que irão concretizar na vida
Valores: Qualidade, Sustentabilidade, Ética.
real tudo que foi planejado teoricamente.
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Túnel do Tempo
Túnel
do Tempo
Lutz: o Médico Pesquisador
das Doenças Tropicais
A partir desta edição, VITAL publica em Túnel do Tempo uma
série sobre a vida dos mais destacados médicos brasileiros; nesta
edição, a vida e obra de Adolfo Lutz, pioneiro da epidemiologia.
O pesquisador Adolfo Lutz nasceu em 18 de
dezembro de 1855, no Rio de Janeiro. Terminou
seus estudos de medicina na Suíça, de onde
seus pais eram originários, em 1879. Enquanto
estudava, Lutz já mostrava interesse pela biologia, área onde completou a formação com
estudos na França, Alemanha e Inglaterra.
Retornando ao Brasil, exerceu atividade clínica
em Limeira (SP) por três anos, após o que se
mudou para Hamburgo, Alemanha, para prosseguir os estudos. Em 1887 retornou ao Brasil
e se estabeleceu em São Paulo; mas logo em
seguida, em 1889, é chamado a Campinas (SP)
para ajudar no combate a uma epidemia de
febre amarela. Nesse mesmo ano é convidado
pelo governo inglês para dirigir o Hospital Kalihi,
no Havaí (na época, o arquipélago ainda não
era um estado americano), para investigar a lepra, e posteriormente clinicou em São Francisco
(EUA). Em 1893 retorna ao Brasil, para dirigir
o Instituto Bacteriológico de São Paulo, hoje
Instituto Adolfo Lutz. Mudou-se para o Rio de
Janeiro em 1908, onde trabalhou no Instituto
Oswaldo Cruz, dedicando-se plenamente à
pesquisa, até a sua morte, em 1940
Lutz era um estudioso incansável e, durante
toda a sua carreira, uniu a atividade profissional à pesquisa. Viajou numerosas vezes
por todo o país, colhendo material para seus
estudos. Pesquisou moscas das frutas, miíases
do homem e dos animais (doenças causadas pela infestação das larvas de insetos),
artrópodes hematófagos e transmissores de
doenças. Ele foi o principal incentivador do
desenvolvimento da medicina tropical, com
estudos sobre impaludismo, ancilostomose,
leishmaniose e esquistossomose.
ção causada pelo fungo Sporothrix schenckii;
e identificou a blastomicose sul-americana,
hoje conhecida como “doença de Lutz”, uma
enfermidade pulmonar causada pelo fungo
Paracoccidioides brasiliensis.
Em 1902, juntamente com um grupo de voluntários, Lutz participou de experiências sobre
transmissão da febre amarela, submetendo-se
às picadas de mosquitos procedentes da região infectada. Lutz foi o primeiro cientista latino-americano a estudar
e confirmar os mecanismos de transmissão
da febre amarela pelo
Aedes aegypti.
Como diretor do Instituto Bacteriológico de
São Paulo, Lutz teve
um papel importante
na disseminação da
Saúde Pública e da Epidemiologia Moderna,
imprimindo um caráter
mais científico a uma
atividade até então baseada na autoridade Instituto Adolfo Lutz, foto de 1954
pessoal do profissional
e em conceitos vagos. Suas pesquisas abrangeram principalmente a Epidemiologia e a Parasitologia. Em 1940, o Instituto Bacteriológico
se uniu ao Laboratório Bromatológico de São
Paulo e a organização resultou no Instituto
Adolfo Lutz.
Durante sua estada no Havaí, de 1891 a
1892, Lutz concentrou-se no estudo da lepra.
Mas, ao mesmo tempo, começou a dedicar
atenção aos moluscos, o que viria a ser útil
anos mais tarde em suas pesquisas sobre a
esquistossomose no Brasil.
Lutz ficou conhecido pelas suas enormes
contribuições à microbiologia. Entre outros
achados, identificou surtos de cólera e peste;
conseguiu determinar a natureza das “febres
paulistas”; estudou a esporotricose, uma infec18
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Relatório de Adolfo Lutz de 1897, sobre
higiene na região do Rio da Prata
Original do trabalho de Lutz sobre
a blastomicose sul-americana na
publicação Brasil Médico, em 1908
Informações biográficas, documentos originais e
imagens cedidos pelo Museu Histórico da Faculdade
de Medicina da USP
Em Rede
Em
Rede
Unindo o Útil ao Social
Campanha pelo aumento do número de respostas de pesquisas
de satisfação gera doações para entidade beneficente
Para os hospitais da Rede VITA, é muito importante saber a opinião de seus pacientes
sobre os serviços prestados, para poder se
aperfeiçoar continuamente. Ao mesmo tempo,
os hospitais se preocupam em manter ações
sociais que beneficiem as comunidades próximas e determinadas entidades assistenciais.
No último trimestre, o Hospital VITA Batel realizou uma ação de marketing que uniu as duas
coisas: cada pesquisa de opinião respondida
correspondeu a uma doação do hospital para
a AFECE, Associação Franciscana de Educação
ao Cidadão Especial, de Curitiba.
A AFECE atende pessoas com deficiência
intelectual grave e lhes proporciona educação
para que possam exercer atividades básicas,
como se alimentarem sozinhos, cuidarem de
própria higiene, para ter mais independência
e qualidade de vida. No momento, a entidade
está arrecadando recursos para construir
uma nova sede e ampliar sua capacidade de
atendimento para 200 pessoas. Quem também
quiser contribuir, pode entrar em contato com
a AFECE pelo telefone (41) 3366-5212, ou pelo
email [email protected].
A campanha no Hospital VITA Batel começou em 21 de agosto e teve duração de
três meses. Os pacientes foram informados
sobre a doação pessoalmente e por cartazes
afixados no hospital, e responderam de forma
muito positiva à ação. No período, o índice
de questionários preenchidos cresceu 21%,
passando de uma média de 30% de janeiro
a agosto, para uma média de 51% durante
a campanha. “A nossa meta era elevar o
índice de retorno em 40% e superamos esse
número em 11%, o que mostra que os nossos
pacientes realmente ficaram sensibilizados
pela possibilidade de contribuir para uma
ação social ao responder a pesquisa”, diz
Josiane Fontana, coordenadora de marketing
dos Hospitais VITA Batel e VITA Curitiba.
Cartaz de divulgação da campanha
Segundo Josiane, o projeto de incentivo social
do preenchimento de questionários serviu
como piloto para a ação, que pode ser estendida, em 2009, aos demais hospitais da Rede
VITA, e assim beneficiar mais entidades. A cada
dois meses, muda a entidade beneficiada, e
atualmente os recursos são destinados à ONG
Criança Segura, que se dedica à prevenção
de acidentes com crianças.
Sempre Alerta Contra os Acidentes
SIPAT na Rede VITA comemora queda no índice de acidentes e
reforça a importância do uso de Equipamentos de Proteção Individual
A Semana Interna de Prevenção de Acidentes de
Trabalho (SIPAT) deste ano, nos hospitais da Rede
VITA, teve como destaque a utilização correta de
equipamentos de proteção individual (EPIs). Com
palestras, apresentações de teatro e outras atividades, a SIPAT (que ocorreu de 29 de setembro
a 3 de outubro) buscou reforçar a importância
do uso dos equipamentos, em todas as funções
e ocasiões em que são necessários.
reduzir o número de acidentes com materiais
perfuro-cortantes, graças à conscientização dos
funcionários, que têm tomado as precauções
devidas nas suas atividades”, assegura Barbosa.
Em Volta Redonda, vários palestrantes externos
deram palestras sobre segurança durante a SIPAT: a Guarda Municipal falou sobre segurança
no trânsito, o laboratório Exipharma discorreu
sobre responsabilidade social e a BR Metals deu
Segundo Antonino Gomes Barbosa, coordenador de Recursos Humanos do Hospital VITA
Volta Redonda, é essencial não descuidar da
segurança, já que o trabalho com saúde envolve riscos físicos e biológicos. “Temos conseguido
Acima, contadores de histórias na SIPAT
de Curitiba. Ao lado, palestra da SIPAT em
Volta Redonda
uma palestra sobre gestão de segurança. Simultaneamente, aconteceu também a Semana
Interna do Meio-Ambiente (SIMA), que buscou
ressaltar a importância do gerenciamento de
resíduos. “É importante se prevenir sempre”, diz
Sandra Portella, gerente de enfermagem do
Hospital VITA Volta Redonda. “Se você se expõe
ao risco, em algum momento um acidente vai
acabar acontecendo”.
De acordo com Cristina Ruoso, coordenadora de
Recursos Humanos dos hospitais VITA Curitiba
e VITA Batel, a SIPAT deste ano teve como tema
“Qualidade de Vida no Trabalho”, com palestras
sobre stress, doenças ocupacionais infectocontagiosas, qualidade de vida no ambiente
de trabalho e outras. As atividades incluíram
também uma oficina de quick massage, avaliação da massa corpórea e do nível de stress.
No dia 27 de julho, dia Nacional de Prevenção
de Acidentes, aconteceu nos dois hospitais o
“Arrastão da Ergonomia”, com Ginástica Laboral
em todos os setores; e a “Hora Do Conto”, com os
profissionais da Casa do Contador de Curitiba,
que encenaram histórias sobre o uso correto
dos EPIs e sua importância na prevenção de
acidentes de trabalho.
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Em Rede
Em
Rede
Mais Segurança Para Medicamentos
O Hospital VITA Volta Redonda faz parte da Rede Sentinela,
um programa nacional de vigilância sobre a qualidade de
medicamentos e produtos de saúde
Fachada do Hospital VITA Volta Redonda
Imagine a seguinte situação: um hospital
em Goiás recebe um lote de ampolas de
um determinado medicamento de prescrição
controlada, para ser utilizado em pacientes
vítimas de problemas circulatórios. Ao abrirem
as caixas, os farmacêuticos percebem que a
coloração não é a costumeira e declaram: “Há
algo de errado com o produto”. Antigamente,
essa informação poderia ficar restrita apenas
ao hospital ou cidade em que se notou o
problema. Hoje, felizmente, uma rede de informações chamada Rede Sentinela permite que
hospitais do País todo troquem informações
rapidamente e identifiquem problemas de qualidade de medicamentos e produtos de saúde,
o que eleva a segurança para os pacientes e
profissionais da área.
O Hospital VITA Volta Redonda (HVVR) é o único
do Sul Fluminense a participar da Rede Sentinela, que é coordenada pela ANVISA - Agência
Nacional de Vigilância Sanitária, ligada ao Ministério da Saúde. Segundo a ANVISA, o objetivo
é construir uma rede de serviços em todo o País,
preparada para notificar eventos adversos e
queixas técnicas de produtos de saúde; insumos,
materiais e medicamentos, saneantes, kits para
provas laboratoriais e equipamentos médicohospitalares em uso no Brasil, para ampliar e
sistematizar a vigilância de produtos utilizados
em serviços de saúde. A rede é formada por cerca
de 200 hospitais em todo o Brasil.
Notificação Imediata
Como membro do programa Rede Sentinela,
o HVVR tem o compromisso de informar
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quaisquer anomalias identificadas em medicamentos e outros produtos de saúde. Para
isso, o hospital tem acesso ao NOTIVISA - Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária.
Um grande benefício de ser participante da
rede é que como membro, além de fornecer
informações, o HVVR também recebe alertas
constantemente, e é avisado sobre quaisquer anomalias identificadas pelos demais
hospitais da rede. Felizmente, por selecionar
fornecedores certificados, raramente o HVVR
tem não-conformidades a informar.
Depois que é alertada por um dos hospitais
da Rede Sentinela, a ANVISA alerta os demais
para o problema e pede informações para
saber se o mesmo problema foi identificado
em outros lugares. “Qualquer não-conformidade deve ser informada. Por exemplo:
uma coloração diferente, uma mudança de
densidade, um efeito adverso, tudo deve ser
notificado, para que a ANVISA possa tomar
medidas e alertar os demais hospitais”, diz
Luciano da Silva Gonçalves, farmacêutico do
HVVR. Com isso, a ANVISA reúne informações
suficientes para entender se é um caso isolado
ou um problema que afeta toda produção
do medicamento, e pode até mesmo retirar o
medicamento do mercado.
Gonçalves explica que os hospitais da Rede
VITA têm rotinas de rastreabilidade de medicamentos, o que facilitou muito para o HVVR
se tornar um hospital sentinela: “Já tínhamos
notificações de desvio de qualidade e de
reação adversa, que são os dados de que a
ANVISA necessita”.
Eventos Raros
A enfermeira Fernanda Felipe é chefe de serviço
do Núcleo de Gestão e Segurança Assistencial
(NGSA) do HVVR, responsável por monitorar a
qualidade da assistência prestada ao paciente.
O NGSA abriga o Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar e o Núcleo de Epidemiologia,
que apuram quais são as principais enfermidades atendidas no hospital e o perfil dos
pacientes. Além disso, também no NGSA são
desenvolvidos os protocolos assistenciais, que
são documentos que orientam o trabalho dos
funcionários que atendem os pacientes.
O NGSA consolida as informações de assistência
do hospital e informa qualquer anomalia ao Es­
critório da Qualidade, que é o interlocutor do HVVR
com a ANVISA. “Recebemos muito mais alertas do
que enviamos”, diz Fernanda. “Como trabalhamos
com fornecedores certificados, é raro termos
problemas de não-conformidade dos materiais, e
dos avisos que recebemos, em poucos casos nós
utilizávamos o medicamento referido”.
Segundo ela, poucas instituições de saúde
particulares se preocupam efetivamente com
o gerenciamento de risco e dispõem de informações para participar da Rede Sentinela. “A
Fernanda Felipe e
Luciano da Silva
Gonçalves
rede sentinela é mais difundida nos hospitais
universitários, que pela sua própria atividade
de pesquisa coletam dados epidemiológicos
e têm mais controle sobre medicamentos”,
observa. De acordo com Fernanda, um dos
fatores que trouxe a rotina de coleta de dados
e rastreabilidade para o HVVR foi o processo
de Acreditação. “Quando a gente implanta a
gestão da qualidade, começa a perceber que
precisa ter dados para poder melhorar”, diz
Fernanda. Além da Rede Sentinela, o hospital
também está no programa Melhores Práticas
da ANAHP (Associação Nacional de Hospitais
Particulares), que reúne e compara dados
assistenciais dos hospitais filiados.
Em Rede
Em
Rede
Márcia, Muito Sol e Saúde
Sempre alegre e em forma, Márcia é conhecida
por todos no Hospital VITA Volta Redonda pela
sinceridade e pelos modelitos originais
Bonita, alegre, extrovertida, sincera, Márcia Almeida é uma das pessoas mais conhecidas do
Hospital VITA Volta Redonda. Também, não é para
menos: afinal as histórias da sua vida, do hospital
e da Companhia Siderúrgica Nacional estão intimamente ligadas desde o seu nascimento. Seu
pai, o Alvarenga, trabalhava no departamento
de manutenção elétrica da CSN, e como bom
siderúrgico, sonhava com um emprego para a
filha na empresa mais importante da cidade. Dito
e feito. Ainda adolescente Márcia realizou uma
prova e obteve seu primeiro trabalho na Gerência
de Serviços Gerais da CSN.
Mais tarde, Márcia obteve uma transferência para
a Escola Técnica da empresa, e finalmente, para
o Hospital da CSN, que posteriormente deu origem ao Hospital VITA. Comunicativa, nada mais
natural que ela procurasse uma profissão com o
seu perfil: cursou Administração e Marketing pela
Faculdade Sul-Fluminense,
em Volta Redonda.
Perfil
Márcia Almeida
Márcia aproveita a vida: faz Signo: Peixes
ginástica quase diariamente, Prato preferido: moqueca de
tem muitos amigos e adora peixe com molho de camarão (e
a filha Bárbara, de 17 anos. chocolates)
“Nós somos muito próximas Sobremesa: Frutas
e saímos juntas, passeamos, Hobbies: tomar Sol, ler, ginástica
Frase: Penso, logo existo
vamos às compras”, conta Mania: ficar explicando tudo nos
Márcia. Também convive mínimos detalhes
muito com a mãe, dona Qualidade/Defeito: Ser muito
no Rio, em Angra, em Vitória; mas
Ermelina, que mora perto e é verdadeira
as minhas preferidas são realmente
muito ativa: “Minha mãe não
as de Cabo Frio”. Vaidosa, além de manter-se
é de ficar parada, não. Ela caminha, faz natação
sempre bronzeada, Márcia busca vestir-se com
e está sempre viajando”, garante Márcia.
um estilo original: “Gosto de roupas as mais
exóticas possíveis, tenho até de tomar cuidado
Sua grande paixão, confessa, é o Sol. “Até no
para não chocar as pessoas. Mas eu não ligo,
inverno fico morena”, conta Márcia. “Aproveito
adoro amarelo”, brinca.
qualquer oportunidade para pegar uma praia,
VITA Batel rumo à Acreditação
Com a adesão total dos funcionários e um novo modelo de
Escritório da Qualidade, o hospital pode receber o certificado
até a metade de 2009
O Hospital VITA Batel (HVBT) já está em pleno
processo de Acreditação, para a conquista de
uma certificação de qualidade como os outros
Hospitais do Grupo VITA. A previsão é de que, até
o final do primeiro semestre de 2009, deva ocorrer
a auditoria para obtenção da Acreditação com
nível de Excelência, o mais elevado.
Para obter a Acreditação, o
VITA Batel precisa passar por
auditorias para demonstrar
que atende às exigências
da Organização Nacional de Acreditação
(ONA), uma das
entidades que
podem emitir
esse tipo de certificado no Brasil. A
certificação é como
Mariana Richter
Reis e Alexandre
Raichert
um diploma, que mostra para pacientes, médicos,
fornecedores e funcionários o nível de qualidade
com que o hospital funciona no seu dia-a-dia.
Segundo Alexandre Raichert, coordenador do
Escritório da Qualidade do HVBT, o processo
de Acreditação começou na metade de 2007
e se apóia na experiência já
vivida pelo Hospital VITA Curitiba (HVCT), que conquistou
o certificado com nível de
Excelência em dezembro
de 2006. “Foi possível aproveitar boa parte do
conhecimento
a­cu­mulado no
HVCT e adaptá-la para a
realidade do
Batel”, explica Raichert.
Foram cria-
dos 16 grupos de trabalho no HVBT, sendo cada
equipe responsável por estudar os processos
de sua área para adequá-las às exigências da
ONA. “Estamos muito voltados para a qualidade
e segurança da assistência ao paciente, ou seja,
para tornar o atendimento cada vez melhor”,
acrescenta Raichert. Ele garante que todos os
envolvidos estão entusiasmados com a idéia de
conquistar a certificação, e a colaboração é plena
para o sucesso do projeto.
No HVBT, o Grupo VITA está inovando o formato
do Escritório da Qualidade, e colocou para atuarem juntos: um especialista em Gestão da Qualidade e uma profissional de serviços assistenciais,
a enfermeira chefe da Qualidade Mariana Richter
Reis. “É uma nova visão da qualidade, porque
agora, além da enfermeira, que conhece os
processos assistenciais, o escritório tem um administrador, o Raichert, que tem um conhecimento
mais amplo de gestão”, diz Mariana.
Ela ressalta que a Acreditação é um componente do processo de qualidade, mas não o principal objetivo: “Não é como estudar na véspera da
prova, só para passar; nós estamos realmente
incorporando uma cultura de qualidade e todos
estão aderindo a ela”, assegura.
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Caiu na Rede
Candidato a Maratonista
O jovem atleta na foto,
vestindo garbosamente a
camiseta do Grupo VITA,
é Gabriel Hidasy Rezende,
em plena prova de 10 mil
metros. A foto foi feita durante prova do Circuito Adidas das Estações, na praia
do Flamengo no Rio, dia
2 de novembro, da qual
participaram cerca de 10
mil competidores. Gabriel
completou a prova em 54
minutos e 5 segundos e foi
o 11º na sua categoria.
Pequena Petiz
A pequena Louise de Oliveira Lima,
filha de Lula de Oliveira Lima e Silvana de Oliveira Lima, do Hospital VITA
Volta Redonda, já mostra, aos quatro anos, diversos habilidades: faz
aulas de balé, escreve as primeiras
letras e começa a falar inglês. Os
pais garantem que ela não só é
talentosa, como também muito
comunicativa e amorosa.
Renovação em
Dose Dupla
Estas duas jovens
acabam de chegar para abrilhantar
a equipe dos hospitais VITA Curitiba
e VITA Batel. A
Vitória (esq.), nova
gerente financeira, é formada em
Administração e
Engenharia Civil, com pós-graduação em Finanças e Planejamento. A publicitária Josiane Fontana (dir.) é quem gerencia a comunicação dos dois hospitais e ainda colabora
intensamente na produção da revista VITAL.
Intensivistas Unidos
Desde 1º de novembro, a UTI do
Hospital VITA Curitiba está sob o comando do intensivista Hipolito Carraro Jr. Ele se orgulha da sua equipe,
que atualmente é formada por oito
médicos, todos igualmente intensivistas: “Somos médicos de UTI, não de
consultório”, gaba-se Hipolito.
Te Cuida, Angeli!
Em Volta Redonda, o marketing agora conta com o auxílio do talentoso
Igor Chiesse, cartunista, ilustrador, poeta, escritor entusiasta e estudante do
3º ano de comunicação, como ele próprio define. Até no exterior o Igor já
teve trabalhos expostos. Veja nesta página um exemplo da sua criatividade.
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The SuperEnfermeira
A Neidamar Fugaça, gerente de
enfermagem do
Hospital VITA Batel,
está ainda mais
poderosa, preparada e absoluta:
ela acaba de receber o título de
Especialista em
Gerenciamento
em Enfermagem,
pela SOBRAGEN
(Sociedade Brasileira de Gerenciamento em Enfermagem). Neidamar foi aprovada após
exame e avaliação do currículo.
Iana Adour, O Retorno
A questão que mais intriga a humanidade é como o Hospital VITA Volta
Redonda pôde sobreviver dez anos
sem Iana Adour, que acaba de
retornar para assumir a Assessoria de
Comunicação do hospital. Psicóloga
e Administradora de empresas, ela
agora tem a missão de desenvolver
a comunicação interna e externa.
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