AS 10 PIORES PRÁTICAS DO PMO: ARMADILHAS QUE DEVEM SER EVITADAS Pesquisa feita pelo Gartner estima que os Escritórios de Gerenciamento de Projetos (PMOs) possuem uma taxa de fracasso de 50% ou mais em sua primeira tentativa de implantação. O Daptiv se comprometeu com centenas de clientes corporativos para ajudar a garantir que eles obtenham sucesso no PMO de suas organizações desde o início e consigam evitar armadilhas comuns que levam ao fracasso da iniciativa. Com base em nossa experiência, fizemos uma compilação das 10 piores práticas dos escritórios de gerenciamento de projetos que já identificamos e incluímos orientações sobre como evitá-las. 1. O Jogo da Metodologia do PMO. Se existe um refrão comum para PMOs fracassados, ele é o seguinte: O PMO se torna sinônimo de uma “Política de Metodologia” que é encarregada de fazer com que a metodologia seja cumprida, muitas vezes mal conduzida, de forma rigorosa. Na melhor das hipóteses, levará a reclamações dos gerentes de projetos, e na pior das hipóteses, levará à insatisfação, não adesão e à não observância de toda a metodologia. Em vez de se tornar um apoio e guia para gerentes de projetos criando consistência, credibilidade e melhores resultados em práticas de gerenciamento de projetos, esse PMO se tornou o pior inimigo do gerenciamento de projetos. O PMO perde visibilidade dentro do portfolio do projeto e constantemente falha devido à falta de apoio das partes e áreas envolvidas. 2. Implementando uma metodologia sem framework. Nós vimos muitos PMOs tentarem implementar um Ciclo de Vida de Desenvolvimento de Software (SDLC) em sua organização. Isso é ótimo para algumas equipes de desenvolvimento de software, mas pode ser completamente inadequado para equipes de melhoria de processo e infraestrutura. Uma estrutura melhor é um framework global de gerenciamento de projetos, que inclui apenas as fases e “gates" básicos e alguns poucos artefatos de controle (caso de negócios, cronograma do projeto, relatórios de status, etc.). Esse procedimento é conhecimento como Ciclo de Vida do Projeto e muitos podem se encaixar no framework e serem moldados conforme as necessidades da organização e características do projeto. 3. Não Implementação de Metodologia. Nós estamos nos contradizendo? Na verdade não. Se o gerente de projetos não implementar alguma forma de framework abrangente, não será possível criar uma visão geral e uniforme dos projetos constantes do portifólio. Contudo, a metodologia é exigida para assegurar consistência SBN Quadra 2 Bloco “F” Sala 313 – Asa Norte – Brasília/DF – CEP: 70.041-906 www.g4f.cm.br na execução do projeto e para reduzir os riscos decorrentes da falta de experiência de gerentes de projeto. Por exemplo, um novo gerente de projetos pode não fazer o planejamento adequado do projeto, da atribuição de tarefas ou das avaliações de riscos, causando problemas e fazendo com que sejam necessários grandes esforços para que o projeto seja colocado novamente nos trilhos. Assim, estabelecer uma metodologia é essencial – ou talvez várias no caso de um framework abrangente. Finalmente, regulamentos federais, especialmente a Sarbanes-Oxley, exigem metodologias que estejam em conformidade com certos processos, alterando alguns requisitos do gerenciamento. 4. Não dimensionamento e gestão de recursos. Nas reuniões do comitê de direção, o foco quase sempre é na priorização. Isto é uma coisa boa, já que os processos de priorização resultam em um bom entendimento da demanda do projeto. No entanto, quando é necessário decidir quantos dos projetos podem realmente ser realizados, a discussão muitas vezes se transforma em meros palpites de trabalho como, por exemplo, no caso em que uma pessoa é questionada a respeito da sobrecarga de seu departamento. Sem um entendimento e correto dimensionamento da capacidade de recursos baseado em números, é impossível corresponder de forma perfeita com a provisão real de recursos humanos à demanda que foi solicitada. 5. Não Registrar o Tempo. Esta é, na verdade, a fonte da pior prática número 4. É impossível saber a real capacidade de um departamento sem marcar o tempo efetivo que foi gasto nos projetos atuais e em outros trabalhos. Planejar, ainda que no nível mais detalhado possível, é uma mera suposição se não envolver o histórico e feedback do tempo real de projetos similares realizados. 6. Armazenar Informações Desnecessárias. PMOs são ótimos em coletar e reunir todos os tipos de estatísticas. Ora, mas se aquela informação não for utilizada no processo de tomada de decisões, para que armazená-la? Isso apenas cria uma carga extra na equipe responsável pelo projeto sem gerar qualquer resultado útil. Um exemplo disso é a coleta de dados no nível de tarefas detalhadas, incluindo pequenas e óbvias tarefas diárias como “Colocar tempo”, “Responder e-mail” e “Comparecer à reunião de pessoal”. Isso pode ser um lembrete útil para tarefas, mas para planejar objetivos, tudo o que precisamos saber é quanto tempo cada recurso está levando para desempenhar tarefas; 7. Manter um processo ad-hoc de solicitação de projeto. SBN Quadra 2 Bloco “F” Sala 313 – Asa Norte – Brasília/DF – CEP: 70.041-906 www.g4f.cm.br O processo mais comum para lidar com novas solicitações de projeto é analisá-las uma por uma e decidir quais merecem se tornar um novo projeto. Mas o que fazer com relação às outras 100 solicitações? Qual é a prioridade? Atualizar as solicitações e ordens de serviços nos servidores pode ser importante, mas é mais importante do que o novo data center? Se você avaliar as questões isoladamente, então o próximo projeto importante poderá afetar um projeto já em curso, até que seja afetado por um novo projeto emergencial. O resultado será um sério descontrole do projeto. A solução será analisar ciclos de solicitações cíclicas (pelo menos trimestrais) que considerem todas as solicitações lado a lado e selecionem aquelas de maior importância para a organização. Quantas devem ser escolhidas? Veja o número 4: Não dimensionamento e gestão de recursos. 8. Falta de patrocínio ou suporte executivo. Este item deveria ser óbvio, mas acontece a todo o tempo. A equipe executiva percebe que há um problema com os projetos, que não estão sendo executados adequadamente, sob a alegação de poucos recursos, ou que os resultados não estão sendo entregues. Então, eles autorizam um escritório de projetos e esperam que o problema seja solucionado. Porém, chega a hora de participar da reunião do comitê de direção e eles enviam funcionários de níveis mais baixos e não lhes dão autoridade para tomada de decisões. Ou, pior ainda, eles passam por cima das decisões do escritório de projetos. Então, quando os projetos, mais uma vez, estão tendo desempenho ruim devido à falta de recursos e conflitos de prioridades, eles culpam o escritório de projetos e o eliminam. 9. Implementar uma ferramenta sem um processo. É outro problema óbvio, mas comumente visto. Se você está implementando uma solução PPM ou um sistema ERP, automatizar processos ruins ou não existentes apenas fará com que os problemas cheguem a você mais rapidamente! Departamentos de TI são particularmente inclinados a achar que a ferramenta é a solução, mas é surpreendente o número de organizações que caem nesta mesma armadilha. A desculpa mais comum é que a ferramenta já possui melhores práticas incorporadas, então porque não seguí-las? Na nossa experiência, cada organização é diferente e precisa fazer seus próprios ajustes nas “melhores práticas”. 10. Implementar um processo sem uma ferramenta. O conselho padrão é desenvolver o seu processo antes de automatizá-lo com uma ferramenta. Nós já vimos muitos escritórios de projetos que seguiram esse conselho e acabaram tendo problemas. Processos complexos executados em planilhas e documentos são muito onerosos e a onerosidade excessiva pode sabotar a escolha. Nós descobrimos que é muito melhor SBN Quadra 2 Bloco “F” Sala 313 – Asa Norte – Brasília/DF – CEP: 70.041-906 www.g4f.cm.br implementar o processo e a ferramenta ao mesmo tempo e isso traz algumas vantagens. Primeiro você pode desenvolver o novo processo para tirar vantagem dos pontos fortes do software escolhido. Você teria que ajustá-los durante a implementação de qualquer forma, então, você já pode fazê-lo enquanto desenvolve o processo. Segundo, usuários aprendem o novo processo na nova ferramenta, o que significa uma curva de aprendizado, ao invés de duas. Finalmente, o seu novo processo tem uma maior chance de sucesso através da racionalização e automatização desde o começo. Deve-se tomar cuidado com o seguinte: quando algo dá errado, você realmente precisa diagnosticar se é um problema do processo ou da ferramenta. O software é um ótima bode expiatório inanimado, mas quase nunca é o real problema. SBN Quadra 2 Bloco “F” Sala 313 – Asa Norte – Brasília/DF – CEP: 70.041-906 www.g4f.cm.br