a formação da identidade no adolescente

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Trabalho Submetido para Avaliação - 01/05/2012 20:40:42
A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE NO ADOLESCENTE
ANDRÉ LESINA SACILOTTO ([email protected]) / Psicologia/ UNIFRA, Santa Maria- RS
ORIENTADOR: JOSIANE LIEBERKNECHT WATHIER ABAID ([email protected]) / Psicologia/ UNIFRA,
Santa Maria- RS
Palavras-Chave:
psicologia clínica, adolescente, desenvolvimento
A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE NO ADOLESCENTE1
SACILOTTO, André Lesina²; ABAID, Josiane Lieberknecht Wathier3
1 Relato de experiência _UNIFRA
2 Acadêmico do Curso de Psicologia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS
3 Orientadora. Curso de Psicologia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil
E-mails: [email protected], [email protected];
Palavras-Chave: psicologia clínica, adolescente, desenvolvimento
Segundo Aberastury e Knobel (1981), a adolescência é um período de crescimento no qual o indivíduo
precisa realizar diversas tarefas para efetuar a passagem da infância à vida adulta. A principal tarefa da
adolescência é a busca pela identidade sexual, social e psíquica. Para os autores, a identidade social e
psíquica se constitui através dos conflitos entre a necessidade de independência dos pais, por um lado, e a
aproximação e dependência do grupo de amigos, por outro. Pais e amigos têm uma grande importância para
a formação de um código de valores próprios do adolescente. Esse será constituído a partir da interação
social e da escolha de elementos adquiridos na infância, tornando-se parte de sua identidade adulta. Numa
visão contemporânea de adolescência, diversos autores têm enfatizado que esse processo do
desenvolvimento não é único e ultrapassa a visão de uma fase de transição. Senna e Dessen (2012)
destacam que é fundamental buscar os antecedentes geradores das mudanças na adolescência e tratá-la
como um período de intensa exploração e de oportunidades para muitos jovens. O presente trabalho
originou-se a partir da experiência de Estágio Específico em Psicologia Clínica do Centro Universitário
Franciscano (UNIFRA) em um Programa de Atenção Integrada da Prefeitura de uma cidade do interior do
RS, tendo como objetivo compreender o processo de desenvolvimento da identidade na adolescência. Para
tal, foi realizado um estudo de caso de um adolescente de doze anos que chegou para atendimento
encaminhado pela escola, trazido por sua mãe, com a queixa inicial de dificuldade em relacionar-se com os
colegas, isolando-se dos demais e consequentemente ficando disperso nas aulas. Ao longo dos
atendimentos foi possível perceber que sua mãe estava sendo muito invasiva, não deixando o paciente
decidir por suas coisas, mantendo-o bastante dependente. Este fato evidencia-se pela tentativa de controle
sobre o processo terapêutico, por parte de sua mãe, indicando quais assuntos não deveriam ser falados pelo
paciente ou mesmo perguntando o que se passava nas sessões, bem como todo o controle que ela exerce
sobre o mesmo em seu dia a dia. Além disso, o paciente possuía crenças de que jamais poderia magoar sua
mãe, e de que sua mãe nunca mentia e sempre sabia tudo. Mas ao mesmo tempo mostrava sentimentos
ambíguos, incomodado com excesso da presença materna, e de que necessitava de autonomia, fundamental
para o desenvolvimento e construção da identidade. Assim no decorrer dos atendimentos que ocorreram
semanalmente foi possível identificar questões referentes a aquisição da identidade na adolescência e
dificuldades na separação progressiva dos pais Percebe-se que nesta família, a autonomia e o
desenvolvimento do adolescente ocorre com dificuldades entre a dupla, o que é um processo que pode ser
comum nesse período familiar, porém difícil para todos os membros. Para tanto, pensar na construção da
identidade do adolescente, bem como na formação de um sujeito do ponto de vista psicológico nos remete a
pensar como se estabelecem sua relações com a família e com o meio social, se a mesma é um agente
facilitador ou não deste processo (ARPINI; QUINTANA, 2003). Conclui-se que é importante, no espaço
terapêutico, facilitar esse processo de independência com os pais, e para isto faz-se necessário aliar-se aos
pais, no caso do paciente em relação a sua mãe. Para isso, o psicólogo deve ter amplo conhecimento sobre
o desenvolvimento típico do adolescente e considerar os mecanismos subjacentes à competência do
adolescente, como aspectos da comunicação intrafamiliar ou contextuais. Assim, será possível gerar uma
compreensão mais acurada das características que emergem nessa fase.
Referências:
ABERASTURY, A.; KNOBEL, M. Adolescência normal: Um enfoque psicanalítico. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1981
ARPINI, D. M; QUINTANA, A. M. Identidade, família e relações sociais em adolescentes de grupos
populares. Estudos em Psicologia, v. 20, n. 1, p. 27-36, jan/abril 2003. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v20n1/a03v20n1.pdf > Acesso em: 4 abril, 2012
PAPALIA, D.E ; OLDS, S.W. Desenvolvimento Humano. 7.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
SENNA, S. R. C. M.; DESSEN, M. A. contribuições das teorias do desenvolvimento humano para a
concepção contemporânea da adolescência. Psicologia:Teoria e Pesquisa, v. 28, n.1, p101-108, 2012.
REFERÊNCIAS:
ABERASTURY, A.; KNOBEL, M. ; Adolescência normal: Um enfoque psicanalítico; Porto Alegre; Artes
Médicas; 1981.
PAPALIA, D.E ; OLDS, S.W.; Desenvolvimento Humano; Porto Alegre; Artes Médicas; 2000.
SENNA, S. R. C. M.; DESSEN, M. A.; Contribuições das teorias do desenvolvimento humano para a
concepção contemporânea da adolescência; Psicologia:Teoria e Pesquisa; 28; 101-108; 2012.
ARPINI, D. M; QUINTANA, A. M. ; Identidade, família e relações sociais em adolescentes de grupos
populares. ; http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v20n1/a03v20n1.pdf ; abril, 2012.
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