Infraestrutura das Construções AULA 2 - MOVIMENTO DE TERRA Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 1 1 Introdução • Quando se fala em movimento de terra dois termos são automaticamente lembrados: terraplenagem e terraplanagem. Mas qual seria o termo adequado? Qual a diferença entre ambos? • De acordo com DeAmorim Construtora de Obras (2010), terraplenagem é o ato de terraplenar, logo, é escavar ou encher de terra uma área, deixar o terreno aplainado ou em platôs bem definidos. • A forma preferencial do termo é terreplenagem, no entanto, devido ao fato do movimento de terra se relacionar diretamente com tornar plano um terreno, a palavra terraplanagem aparece em alguns dicionários da língua portuguesa como uma variante popular de terraplenagem. Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 2 1 Introdução Os objetivos desta aula são: • conhecer os tipos de movimento de terra; • conhecer os tipos de rochas e solos; • entender o conceito do empolamento do solo escavado; • entender e aplicar o cálculo de volume de terra através do método da malha cotada. Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 3 2 Movimento de terra • Pode se definir movimento de terra como o conjunto de trabalhos executados por homens, máquinas e ferramentas destinadas à preparação dos terrenos para a implantação de estruturas, pavimentos ou outras obras de construção civil.1 • O movimento de terra básico, no caso de edifícios, pode significar uma operação de corte, aterro ou misto2, como pode ser observado nas figuras a seguir: 1. Orth (2009) 2. Shimizu (2002) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 4 2 Movimento de terra CORTE Figura 01: Movimento de terra – operação de corte Fonte: Shimizu (2002) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 5 2 Movimento de terra ATERRO Figura 02: Movimento de terra – operação de aterro Fonte: Shimizu (2002) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 6 2 Movimento de terra SECÇÃO MISTA Figura 03: Movimento de terra – secção mista Fonte: Shimizu (2002) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 7 3 Materiais de superfície A superfície terrestre é constituída de vários elementos. Mas, de uma maneira geral, para fins de terraplenagem, é constituída por: • ROCHAS • SOLOS Fonte: extraído de Greco [200?] Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 8 3 Materiais de superfície 3.1 Rochas • São materiais constituintes essenciais da crosta terrestre provenientes da solidificação do magma ou de lavas vulcânicas ou da consolidação de depósitos sedimentares, tendo ou não sofrido transformações metamórficas. Esses materiais apresentam elevada resistência, somente modificável por contatos com o ar ou a água em casos muito especiais. • Rocha Alterada: é a que apresenta, pelo exame macroscópico ou microscópico, indícios de alteração de um ou vários de seus elementos mineralógicos constituintes, tendo geralmente diminuídas as características originais de resistência. Fonte: extraído de Greco [200?] Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 9 3 Materiais de superfície 3.1.1 Bloco de rocha • De acordo com Greco [200?] um bloco de rocha é um grande pedaço isolado de rocha com diâmetro médio superior a 1m. Figura 04: Bloco de rocha de 300m³ Fonte: Google Images (2012) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 10 3 Materiais de superfície Figura 05: Bloco de rocha: observe a escala humana Fonte: Google Images (2012) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 11 3 Materiais de superfície 3.1.2 Matacão • Pedaço de rocha com diâmetro médio superior a 25cm e inferior a 1m.¹ • Também conhecido por seu nome em inglês Boulder, são grandes blocos arredondados produzidos pelo processo de intemperismo químico, conhecido como esfoliação esferoidal ou pelo desgaste de blocos arrastados por correntes fluviais.² 1. Extraído de Greco [200?] 2. Dicionário Enciclopédico Livre de Geociências (2012) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 12 3 Materiais de superfície Esfoliação esferoidal em bloco de basalto. Observe a "casca" de alteração que está envolvendo este bloco – adiantado processo de intemperismo. Figura 06: Esfoliação em basalto – Foto de Eurico Zimbres Fonte: Dicionário Enciclopédico Livre de Geociências (2012) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 13 3 Materiais de superfície • O matacão se forma pelo intemperismo químico atuando ao longo de fraturas das rochas. Este intemperismo é mais ativo nas áreas onde duas ou mais fraturas se encontram, o que paulatinamente leva à produção de núcleos arredondados e não alterados (rocha sã) envoltos por rocha em vários níveis de alteração, que vão se soltando como as partes de uma cebola. • Este intemperismo se processa abaixo da superfície do solo, e os matacões são trazidos à superfície pela erosão do terreno. Em clima tropical onde é comum regolitos com até dezenas de metros de espessura, pode-se encontrar blocos de rochas de muitas toneladas totalmente imerso no solo. Fonte: Dicionário Enciclopédico Livre de Geociências (2012) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 14 3 Materiais de superfície Figura 07: Figueira no interior da mata sobre um matacão de granito Fonte: Google Images (2012) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 15 3 Materiais de superfície Em área de afloramento de granitos, em clima tropical, é comum a existência de muitos blocos de rocha e matacões aparecendo na superfície do terreno, dando origem à paisagem conhecida na literatura geológica como Mar de Boulders ou Campo de Boulders. Figura 08: Matacões e blocos de rocha em Karlu Karlu, Austrália – Foto de Heiko Gorski Fonte: Dicionário Enciclopédico Livre de Geociências (2012) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 16 3 Materiais de superfície 3.1.3 Pedra • Pedras são fragmentos de rocha com diâmetro médio compreendido entre 7,6cm e 25cm. Figura 09: Pedras entre fragmentos menores de rocha Fonte: Google Images (2012) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 17 3 Materiais de superfície Figura 10: Pedras de diferentes dimensões e cores entre fragmentos menores de rocha Fonte: Google Images (2012) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 18 3 Materiais de superfície Figura 11: Relevo com pedras Fonte: Google Images (2012) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 19 3 Materiais de superfície 3.2 Solos • São materiais constituintes especiais da crosta terrestre provenientes da decomposição in situ das rochas pelos diversos agentes geológicos, ou pela sedimentação não consolidada dos grãos elementares constituintes das rochas, com adição eventual de partículas fibrosas de material carbonoso e matéria orgânica coloidal. • São constituídos por partículas de diâmetros inferiores a 76mm. Fonte: extraído de Greco [200?] Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 20 3 Materiais de superfície 3.2.1 Pedregulho • Solos cujas propriedades dominantes estão relacionadas aos grãos minerais de diâmetros superiores a 2mm e inferiores a 76mm. Figura 12: Pedregulhos Fonte: Google Images (2012) Fonte: extraído de Greco [200?] Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 21 3 Materiais de superfície Figura 13: Pedregulhos de diferentes formas e dimensões Fonte: Google Images (2012) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 22 3 Materiais de superfície 3.2.2 Areia . • Segundo Greco [200?], são solos cujas propriedades dominantes estão relacionadas aos grãos minerais de diâmetro máximo superior a 0,075mm e inferior a 2,00mm. Figura 14: Areia Fonte: Google Images (2012) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 23 3 Materiais de superfície • Solos arenosos são aqueles que têm uma quantidade maior de areia do que a média (contêm cerca de 70% de areia). Eles secam logo porque são muito porosos e permeáveis: apresentam grandes espaços (poros) entre os grãos de areia. A água passa, então, com facilidade entre os grãos de areia e chega logo às camadas mais profundas. Os sais minerais, que servem de nutrientes para as plantas, seguem junto com a água. Por isso, os solos arenosos são geralmente pobres em nutrientes utilizados pelas plantas. Fonte: Matéria do Curso (2011) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 24 3 Materiais de superfície Figura 15: Solo arenoso Fonte: Matéria do Curso (2011) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 25 3 Materiais de superfície 3.2.3 Silte • Solo muito erodível que apresenta apenas a coesão para formar, quando seco, torrões facilmente desagregáveis pela pressão dos dedos. • Não se agrega como as argilas e, ao mesmo tempo, suas partículas são muito pequenas e leves. • Suas propriedades dominantes estão relacionadas aos grãos de diâmetros máximos superiores a 0,005mm e inferiores a 0,075mm. Fonte: adaptado de Greco [200?] e Matéria do Curso (2011) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 26 3 Materiais de superfície Figura 16: Silte Fonte: Matéria do Curso (2011) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 27 3 Materiais de superfície Figura 17: Exemplo de um solo siltoso Fonte: Matéria do Curso (2011) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 28 3 Materiais de superfície 3.2.4 Argila • Solo que apresenta características marcantes de plasticidade: quando suficientemente úmido, molda-se facilmente em diferentes formas e, quando seco, apresenta coesão bastante para constituir torrões dificilmente desagradáveis por pressão dos dedos. • Suas propriedades dominantes são ditadas pelos grãos de diâmetros máximos inferiores a 0,005 mm. Fonte: extraído de Greco [200?] Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 29 3 Materiais de superfície Figura 18: O Solo argiloso quando úmido tem a característica de ser maleável Fonte: Matéria do Curso (2011) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 30 3 Materiais de superfície • Os chamados solos argilosos contêm mais de 30% de argila. • No entanto, se o solo tiver muita argila, pode ficar encharcado, cheio de poças após a chuva. A água em excesso nos poros do solo compromete a circulação de ar, e o desenvolvimento das plantas fica prejudicado. Figura 19: Solo argiloso seco Fonte: Matéria do curso (2011) • Quando está seco e compacto, sua porosidade diminui ainda mais, tornandoo duro e ainda menos arejado. Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 31 3 Materiais de superfície Figura 20: Areia, silte e argila Fonte: Google Images (2012) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 32 3 Materiais de superfície 3.3.5 Solos misturados • Os solos em que não se verifique nitidamente a predominância de propriedades anteriormente referidas serão designados pelo nome do tipo de solo cujas propriedades forem mais acentuadas, seguido de adjetivos correspondentes aos que o completam. Por exemplo: argila arenosa, argila silto-arenosa, solo silto-argiloso, solo micáceo com areia fina, dentre outros Fonte: extraído de Greco [200?] Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 33 4 Empolamento do solo escavado • Empolamento é o aumento do volume sofrido por um determinado material do seu estado natural para o estado solto ao ser transportado, ou seja, ocorre o aumento do índice de vazios entre as partículas sólidas. É expresso como sendo a percentagem do aumento de volume em relação ao volume original.1 • Considerando-se uma determinada massa de solo natural, de volume natural Vn, esta massa de solo apresentará um aumento de volume, ou empolamento, após o solo ser escavado, com um volume solto Vs maior do que Vn. A mesma massa de solo apresentará, após compactada, um volume compactado Vc menor que Vn.2 1. Greco [200?] 2. Castro [200?] Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 34 4 Empolamento do solo escavado • Em média, o volume solto Vs é 25% maior do que o volume no terreno natural Vn, e o volume compactado Vc é 15% menor. • A massa específica aparente seca natural (γγn) será, portanto, maior que a massa específica aparente seca solta (γγs) e menor que a massa específica aparente seca compactada (γγc). Fonte: Castro [200?] Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 35 4 Empolamento do solo escavado No estudo do empolamento de solo, trabalha-se com três relações: • a primeira das relações, denominada empolamento (ep), traduz a relação entre o volume solto e o volume natural, sendo dado por: Fonte: Castro [200?] Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 36 4 Empolamento do solo escavado • a segunda das relações, denominada fator de empolamento, traduz a relação de redução da massa específica aparente seca ao se escavar o material, com valor sempre menor do que 1, sendo dado por: Fonte: Castro [200?] Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 37 4 Empolamento do solo escavado • a terceira das relações, denominada porcentagem (ou taxa) de empolamento [p(%) ou T.E.] , fornece a taxa de aumento, em porcentagem, do volume solto em relação ao volume natural, sendo dada por: T.E. = p(%) = (ep – 1) 100% ou T.E. = p(%) = (γγn/ γs – 1) 100% Fonte: Castro [200?] Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 38 4 Empolamento do solo escavado Exemplo de cálculo da taxa de empolamento: Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 39 4 Empolamento do solo escavado Tabela 2: Valores típicos de empolamentos dos solos Fonte: Castro [200?] Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 40 5 Método da malha cotada • Existem vários métodos para o cálculo de volumes de movimentos de terra, considerando operação de corte, de aterro ou de secção mista: método da malha cotada, cálculo de volume de prismas e sólidos, método das seções transversais, método das superfícies equidistantes, etc. • Dentre estes, será explanado a seguir o MÉTODO DA MALHA COTADA conforme material desenvolvido por Orth (2009). Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 41 5 Método da malha cotada Este método para cálculo de volumes de terras é indicado quando os cortes, aterros ou secções mistas atingem grandes áreas, como: • terrenos para construção de uma edificação; • um loteamento; • uma praça etc. Fonte: adaptado de Orth (2009) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 42 5 Método da malha cotada 5.1 Princípio básico Figura 21: Princípio básico do método da malha cotada Fonte: Orth (2009) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 43 5 Método da malha cotada 5.2 Procedimentos em escavações e/ou aterros • definir um sistema xy (eixos cartesianos a serem locados no terreno) fora da área a ser escavada e/ou aterrada; • dividir a área em quadrados ou retângulos, referindo-se aos eixos. Obtém-se assim uma malha quadrada ou regular; • determinar as cotas de todos os vértices da malha (cota do terreno natural e cota de projeto); • calcular a altura de corte e aterro de todos os vértices; • calcular os movimentos de terra (aterros, cortes, total). Fonte: extraído de Orth (2009) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 44 5 Método da malha cotada 5.3 Cálculo do volume • Opção A: usando a fórmula básica para cada célula da malha e somando os volumes. Volume total = soma de volumes parciais ou Vt = V1 + V2 + V3 + ... + Vn • Opção B: agrupando-se todas as fórmulas referentes às células individuais com as devidas simplificações, através do uso da fórmula genérica: Vt = (a x b) X (Σ Σh’ + 2Σ Σh’’ + 3Σ Σh’’’ + 4 Σh’’’’) / 4 Fonte: extraído de Orth (2009) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 45 5 Método da malha cotada 5.4 Detalhamento do cálculo • Vt = volume total de corte ou de aterro ou de movimento de terra • a X b = área de uma célula da malha • h = altura de movimentação de terra nos vértices da malha Fonte: extraído de Orth (2009) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 46 5 Método da malha cotada hmov = hnat – hproj A determinação das 4 alturas dos vértices da malha usada no cálculo é feita: • usando a técnica de interpolação (aproximação visual) sem planta de implantação de obra (curvas do terreno natural para o hnat e curvas retificadas para o hproj); • o hmov é a diferença de altura do terreno natural em função do corte ou aterro feito. Fonte: extraído de Orth (2009) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 47 5 Método da malha cotada • h’, h”, h’’’, h’’’’ = em função da posição do vértice na malha (= vezes que entra no cálculo de volume) Quais vértices são os h’/h’’/h’’’/h’’’’? Fonte: extraído de Orth (2009) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 48 5 Método da malha cotada 5.1.4 Exemplo numérico Calcular o volume total de movimento de terra, discriminando o volume de corte e o volume de aterro relativo ao projeto da Figura 05, que consiste em aplainar a parte do lote, que está coberta pela malha, no nível de 6,5 metros. Fonte: adaptado de Orth (2009) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 49 5 Método da malha cotada Figura 22: Planta topográfica Fonte: Orth (2009) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 50 5 Método da malha cotada Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 51 5 Método da malha cotada 5.5 Observações para a interpretação dos cálculos de volume • Sempre fazer dois cálculos: 1) Usando as hs de corte = Vcorte; 2) Usando as hs de aterro = Vaterro • Somando-se o Vcorte + Vaterro = Volume Total de movimento de terra, necessário para estimar o trabalho e seu custo (horas-homem ou horas-máquina) • Descontando-se Vcorte – Vaterro = Volume Excedente para estimar as necessidades e custos de compra ou descarte de material (terra). Fonte: extraído de Orth (2009) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 52 5 Método da malha cotada 5.5 Observações para a interpretação dos cálculos de volume • O resultado é o volume do espaço escavado ou aterrado e não do volume de terra a comprar ou descartar. • Em função do teor de argila no solo, pode-se estimar a taxa de empolamento (de 0% a 30% aproximadamente), e o conseqüente aumento de volume real da terra movimentada. • Considerar como capacidade de transporte de material pelos caminhões tombadeiras = 6 m³ em média. Fonte: extraído de Orth (2009) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 53 5 Método da malha cotada 5.5 Observações para a interpretação dos cálculos de volume • O resultado é o volume do espaço escavado ou aterrado e não do volume de terra a comprar ou descartar. • Em função do teor de argila no solo, pode-se estimar a taxa de empolamento (de 0% a 30% aproximadamente), e o conseqüente aumento de volume real da terra movimentada. • Considerar como capacidade de transporte de material pelos caminhões tombadeiras = 6 m³ em média. Fonte: extraído de Orth (2009) Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 54 Considerações finais • O movimento de terra de um projeto interfere diretamente no custo final da obra, principalmente se houver necessidade de contenção, muro de arrimo, etc. Por isso, é fundamental que se estude bem o terreno antes da elaboração do projeto, de forma que ocorra o mínimo possível de serviços de terraplenagem. O ideal, sempre que viável, é que o projeto adapte-se às condições naturais do terreno. • Um cálculo de volume de movimento de terra bem estudado e discutido, analisando-se qual é o melhor método para cada situação, contribui para uma terraplenagem bem executada, sem grandes desvios do planejamento original e, consequentemente, gastos acima do previsto. Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 55 Referências CASTRO, B. A. C. Terraplenagem. Universidade Federal de Minas Gerais . Belo Horizonte, [200?]. (Disciplina Construção de Estradas e Vias Urbanas). Disponível em: <http://www.etg.ufmg.br/ensino/transportes/disciplinas/etg033/turmaa/tb13.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2010. DE AMORIM CONSTRUTORA DE OBRAS. Terraplenagem ou terraplanagem? Curitiba, 2010. Disponível em <http://www.deamorim.com.br/novidadeartigo/3/terraplenagem-ou-terraplanagem>. Acesso em: 22 fev. 2012. DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO LIVRE DE GEOCIÊNCIAS. Matacão. Disponível em: <http://www.dicionario.pro.br/dicionario/index.php/Matac%C3%A3o>. Acesso em: 25 fev. 2012. GRECO, J.A.S. Terraplenagem (notas de aula). Universidade Federal de Minas Gerais . Belo Horizonte, [200?]. (Apostila da disciplina ETG033: Construção de Estradas e Vias Urbanas). Disponível em: <http://etg.ufmg.br/~jisela/pagina/notas%20aula%20Terraplenagem.pdf >. Acesso em: 22 fev. 2012. Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 56 Referências GOOGLE IMAGES. Pesquisa de imagens de rochas e solos. Disponível em: <http://images.google.com.br/>. Acesso em: 25 fev. 2012. MATÉRIA DO CURSO. Tipos de solos e suas características. [S.l], 2011. Disponível em: <http://materiadocurso.blogspot.com/2011/04/tipos-de-solo-e-suascaracteristicas.html>. Acesso em: 25 fev. 2012. ORTH, Dora. Topografia aplicada: implantação de obras. Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianopólis, 2009. (Unidade 5 da apostila da disciplina ECV 5631). Disponível em: <www.grupoge.ufsc.br/publica/Aulatopounid5a.ppt>. Acesso em: 10 mar. 2010. SHIMIZU, J.Y. (Rev.). Movimento de terra. Departamento de Engenharia da Construção Civil, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002. (Apostila da disciplina PCC 2425: Tecnologia da Construção de Edifícios I). Disponível em: <http://pcc2435.pcc.usp.br/pdf/movimento_terra.pdf >. Acesso em: 10 mar. 2010. Infraestrutura das Construções Prof. Roberta Vendramini 57