Urso-Polar

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Elas são répteis que surgiram há 150 milhões de anos,
resistiram às drásticas mudanças da Terra que extinguiram
inclusive os dinossauros. Mantiveram praticamente sua
morfologia sem mudanças significativas até o tempo atual.
Cinco espécies habitam e se reproduzem no Brasil. Todas
estão ameaçadas de extinção e são protegidas por leis
nacionais e internacionais. Elas realizam grandes migrações,
retornando à mesma praia de origem para desovar.
Os machos possuem longas caudas, as vezes maior que as
nadadeiras posteriores. Nunca sobem às praias, geralmente
esperam as fêmeas em frente à praia de desova e diversos
machos disputam uma só fêmea. São, em geral, menores que
as
fêmeas.
A
cópula
pode
durar
várias
horas.
A fecundação é interna e uma única fêmea pode colocar numa
temporada de desova mais de 500 ovos divididos entre 3 a 6
posturas. Os ovos são chocados pelo sol e umidade da praia
por cerca de 50 dias. Estima-se que 1 a 2 filhotes em cada mil
sobrevivem até a idade adulta.
As espécies que são encontradas no Brasil são:

Caretta caretta
É conhecida popularmente como Tartaruga Cabeçuda, devido
à sua cabeça ser bastante grande em proporção ao restante
do corpo, podendo medir até 25cm.
Possui, quando adulta, a carapaça em forma de "coração" e a
cabeça larga, ampla e subtriangular, com dois pares de
escamas pré frontais e sua coloração é marrom-avermelhada.
Os filhotes são escuros de cor marrom dorsalmente, plastrão
usualmente
muito
pálido.
Em geral o tamanho de fêmeas adultas está entre 81,5cm e
120cm, com um peso de 75Kg podendo chegar a até 200Kg.
Ela é amplamente distribuida ao redor do
mundo, do norte do Trópico de Câncer ao
sul do Trópico de Capricórnio. Pode
permanecer adormecida durante o inverno,
enterrada em fundos de lama em águas
moderadamente profundas, como baías e estuários. O
registro mais ao sul é no Rio de la Plata, na Argentina.
Sua desova aquí no Brasil está compreendida entre os meses
de setembro à março em locais como Maranhão e Ceará.
Também são registrados ninhos desde Sergipe até a Bahia,
Espírito Santo e Rio de Janeiro. As fêmeas
podem desovar de 2 a 5 vezes por estação,
depositando uma média de 110 ovos em
cada ocasião.
O acasalamento desta espécie é realizado ao longo das rotas
migratórias entre as áreas de alimentação e as áreas de
reprodução.
A incubação "ótima" ocorre entre as temperaturas de 26º C e
32º C; quanto menor a temperatura, dentro deste limite,
maior a propensão de nascerem machos.
A Tartaruga Cabeçuda é carnívora
durante toda a sua vida. Se alimenta de:
gastrópodes, bivalves, camarões, ouriços-
do-mar, esponjas, peixes, lulas, polvos e águas-vivas.
É a espécie mais comum desovando em nosso litoral.

Chelonia mydas
A Chelonia mydas é conhecida como Tartaruga
Verde devido à cor de sua gordura localizada
abaixo de sua carapaça.
Possui uma coloração que pode ser escura,
amarronzada e tons esverdeados e sua
carapaça tem a forma oval. Os filhotes são
marrom escuro ou quase preto.
É a maior das tartarugas marinhas de carapaça dura. Pode
variar de 71cm à 150cm e seu peso varia de 40Kg à 160Kg.
Pode chegar a pesar até 350Kg.
É amplamente distribuida nas águas
tropicais e subtropicais, perto das costas
continentais e em torno de ilhas.
As praias de desova mais importantes no
Atlântico são: Tortuguero na Costa Rica e
Ilha Aves na Venezuela. A desova no Brasil ocorre do Pará ao
Sergipe e em ilhas oceânicas como o Atol das Rocas,
Fernando de Noronha e Ilha de Trindade; mas alimentam-se
na costa brasileira, do estado de São Paulo até o Ceará. Sua
desova também ocorre no verão.
A Tartaruga Verde é herbívora, ou seja, alimenta-se de
amontoados de pastagens marinhas que crescem em águas
superficiais.
Possui um comportamento migratório entre
as áreas de alimentação e de reprodução.
As populações da Ilha de Ascenção realizam
migrações transoceânicas de mais de
2200Km, onde desova, para a costa do
Brasil, onde é sua área de alimentação.
Colocam entre duas a cinco ninhadas por estação. A
quantidade de ovos por ninho varia de 38 a 195.
Seu filhote move-se inicialmente dentro do
habitat Anos perdidos depois de entrar no mar
pela primeira vez. Passa este tempo flutuando
em algas das espécies Sargassum fluitans e
Sargassum natans. Após este período, as
tartarugas são vistas novamente nos estuários,
praias, e habitat de sistema recifal.
É a espécie mais conhecida, em estado juvenil, no Brasil. Foi
largamente utilizada para a fabricação de Sopa de Tartaruga.

Dermochelys coriacea
É popularmente conhecida como Tartaruga de Couro, isto
devido à sua carapaça ser quilhada e sem escamas tendo a
aparência de couro.
Sua carapaça é de coloração preta com
manchas brancas ou azuladas espalhadas
ao longo das quilhas. Possui pontos rosados
no pescoço, axilas e virilha. Pode chegar a
ter 257cm de comprimento. Este foi o
maior espécime registrado, que foi encontrado morto em
Harlech Beach em Gwyneed Wales (EUA), em setembro de
1988. Seu peso chega a 916Kg. Crescem mais rápido que as
outras espécies de tartarugas marinhas.
Está mais adaptada às águas frias devido à sua derme grossa
e oleosa. Como resultado, é a mais amplamente distribuida;
há registros em altas latitudes onde as temperaturas da água
oscilam entre 10º C e 20º C.
Esta espécie tem hábitos pelágicos e se
aproximam da costa somente durante a
temporada
de
reprodução.
Também
conseguem descer a grandes profundidades e
estão
bem
adaptadas
aos
mergulhos
profundos.
É uma tartaruga carnívora, se alimentando basicamente de
águas-vivas e de sua fauna acompanhante. Por causa desta
alimentação, elas freqüentemente confundem sacos plásticos
ou celofane com águas-vivas e correm o risco de morrerem
por indigestão.
Prefere desovar em praias continentais. Normalmente
desovam no outono e inverno, diferentemente das outras
espécies de tartarugas marinhas, quando chegam em grandes
grupos nos sítios de desova formando as arribadas. No Brasil
está em situação muito delicada, poucos exemplares chegam
ao litoral do Espírito Santo para efetuar a postura.
As fêmeas normalmente desovam de 4 a 6 vezes por
temporada, com 61 a 126 ovos por ninho. Normalmente mais
da metade do ninho consiste de ovos pequenos e sem gema
(não férteis). A incubação varia de 50 a 78 dias e a
temperatura "ótima" é por volta de 29º C.
Seus ovos e embriões são comidos por caranguejos, porcos e
lagartos. Já os filhotes são predados por mamíferos, aves,
peixes e lulas. Juvenis e adultos são atacados por tubarões e
baleias Orca (Orcinus orca).
Adultos são capturados em redes flutuantes para pesca
pelágica e por linhas longas (Long-Lines) usadas para pesca
de atum. Geralmente falando, não há pesca comercial para
esta tartaruga, mas em alguns lugares sua carne é usada
como isca na pesca de tubarões.

Eretmochelys imbricata
É conhecida popularmente como Tartaruga de Pente, pois seu
casco era utilizado para a fabricação de adornos como pentes,
aros de óculos, bijuterias e talheres.
Sua carapaça é elíptica com os escudos
dorsais
imbricados
(sobreposição
das
escamas). A cabeça é de tamanho médio,
estreita e com um bico pontudo. É a mais
colorida das tartarugas marinhas. As
escamas da cabeça têm margens creme ou
amareladas. O arranjo das cores é diversificado: marrom,
preto, vermelho e amarelo. Ao longo do plastrão há duas
quilhas.
O comprimento da carapaça varia de 53cm à 115cm quando
adultas e podem chegar a pesar 150Kg.
É a mais tropical de todas as tartarugas marinhas, sendo a
mais comum onde há formações recifais.
Há registros de recaptura do mesmo
indivíduo jovem no mesmo lugar sugerindo
um comportamento não-migratório. Com
isso elas têm áreas de alimentação
tipicamente próximas às áreas de desova.
A desova ocorre no verão e em poucas localidades, podendo
ocorrer 1 ou 2 picos na mesma. Desovam de 2 a 5 vezes por
estação, colocando de 73 a 189 ovos por ninho. A incubação
ocorre entre 47 e 75 dias, sendo a temperatura "ótima" entre
27º C e 33º C.
Há registros de comportamentos de "tomar sol" em praias
inabitadas ou pouco habitadas, tais como nas ilhas a oeste do
Oceano Índico.
É uma tartaruga omnívora (come de tudo), comumente
metem-se em fendas entre rochas e corais tendo uma dieta
altamente variável. Alguns dados de conteúdos estomacais de
vários estudos estão a seguir:


Juvenis: anêmonas, medusas, algas, gastrópodes,
polvos, lulas, esponjas, caranguejos, ouriços-do-mar,
pedras e materiais plásticos.
Sub-adultos e adultos: lagostas, caranguejos, animais
incrustantes, algas, esponjas, moluscos, folhas de
mangue, frutas, madeira, mexilhões, lulas, polvos.

Lepidochelys olivacea
É conhecida popularmente como Tartaruga Oliva devido à sua
coloração esverdeada. É a menor e mais desconhecida
tartaruga no Brasil e em Sergipe é conhecida como Tartaruga
Comum, pois se reproduz em maior número neste local.
Sua carapaça é quase redonda e os escudos laterais são
sempre mais de 5 pares. Tem coloração esverdeada e, com o
crescimento, passa a ser cinza.
É a menor das tartarugas marinhas,
variando de 51cm a 80cm, sendo que o
macho adulto possui 3cm a mais que a
fêmea e 2Kg a menos. Pode ter até 60Kg
quando adulta.
Habita principalmente o Hemisfério Norte e
é quase desconhecida em torno das ilhas oceânicas.
Provavelmente foi (e ainda é) a tartaruga marinha mais
abundante do mundo. Existem vários pontos onde a
densidade populacional é bastante alta e, fêmeas emergem
para desovar em agregações sincronizadas (arribadas);
algumas vezes compreendem mais que 150.000 tartarugas.
Estas arribadas ocorrem somente em duas praias de Orissa
State, na Índia e em duas praias no lado Pacífico da Costa
Rica, no Suriname e em Guyana.
Fora das áreas de desova, os adultos vivem em alto mar,
viajando ou descansando em águas superficiais, mas além
disso, observações de tartarugas mergulhando e se
alimentando em 200m de profundidade têm sido registradas.
Esta tartaruga normalmente migra ao
longo de bancos de areia continentais
convergindo no verão e outono para
desovar em praias de pouca inclinação
com grãos de areia fino, médio à áspero
e grossos. As praias de desova são normalmente localizadas
em áreas isoladas.
O número aproximado de ovos no ninho é de 109 e o período
de incubação extende-se de 45 a 65 dias. A temperatura
"ótima" de incubação é de 30º C.
A predação de filhotes é realizada por pássaros e mamíferos e
pelo caranguejo-fantasma. No mar são comidos por aves
marinhas e peixes carnívoros. Grandes peixes e pequenos
tubarões são capazez de devorar juvenis, mas tartarugas subadultas e adultas são comidas apenas por tubarões. Adultos
em praia de desova podem ser mortos por cachorros e em
algumas áreas por hienas, chacais e tigres.
Há uma grande variedade de ítens em seu hábito alimentar:
peixes, lagostas, caranguejos, algas, anêmonas, ovos de
peixes.
Chave de identificação, adaptada, para tartarugas marinhas do Brasil:
1. Carapaça coberta por pele coriácea elástica, sem
placas diferenciadas e com quilhas longitudinais
Dermochelys coriacea (Tartaruga
de Couro)
1. Carapaça coberta por placas bem diferenciadas
Ir para 2
2. Placa nucal em contato com a primeira costal
Ir para 3
2. Placa nucal separada da primeira costal
Ir para 5
3. Placas inframarginais com poros glandulares
Ir para 4
3. Placas inframarginais sem poros glandulares
Caretta caretta (Tartaruga
Cabeçuda)
4. Seis ou mais placas costais de cada lado
(excepcionalmente cinco)
Lepidochelys olivacea (Tartaruga
Pequena)
5. Dois pares de placas pré-frontais
Eretmochelys imbricata (Tartaruga
de Pente)
5. Um par de placas pré-frontais
Chelonia mydas (Tartaruga Verde)
Quadro geral para identificação de tartarugas marinhas:
Caretta caretta ->
Chelonia mydas ->
Zona: em todo o mundo
Status: amenizada
Cabeça: dois pares de placas entre os olhos e muito
grande
Alimento: carangueijos e outros crustáceos, esponjas e
outros
Zona: entre os 35º de latitude norte e 35º de latitude
sul
Status: amenizada
Cabeça: tem um par de placas entre os olhos e a
cabeça é arredondada
Alimento: apenas vegetais marinhos
Dermochelys coriacea ->
Eretmochelys imbricata ->
Lepidochelys olivacea ->
Zona: águas tropicais
Status: em perigo
Cabeça: não tem placas. A mandíbula superior tem
marcas que as vezes servem de dente
Alimento: se alimenta basicamente de medusas
Zona: águas tropicais quentes
Status: em perigo
Cabeça: dois pares de placas entre os olhos e o "bico"
é afiado como o dos falcões
Alimento: animais e plantas que pode pegar nos
arrecifes com seu "bico" afiado
Zona: águas costeiras de áreas tropicais dos oceanos
Índico, Pacífico e Atlântico meridional
Status: em perigo
Cabeça: um par de placas entre os olhos e é pequena
Alimento: camarões, medusas, caracóis e algas
CONTINENTAIS BRASILEIRAS PARA DESOVAR
Começa em setembro mais uma temporada de reprodução
das tartarugas marinhas no Brasil. Nessa época as fêmeas
percorrem milhares de quilômetros pelos mares até chegar a
sua praia de origem, onde depositam seus ovos. Muitas
chegam a realizar viagens transoceânicas para fazerem seus
ninhos.
O período de incubação dos ovos varia de 45 a 60 dias e cada
fêmea pode realizar em média de 3 a 7 desovas por
temporada, de acordo com a espécie e sua condição física. O
auge da postura dos ovos também varia com a espécie,
ocorrendo entre novembro e janeiro, sendo que o pico de
nascimentos de filhotes acontece de dezembro a março.
Ao todo, durante os 26 anos de atividades do Projeto TAMAR,
mais de 7 milhões de filhotes já foram protegidos. E os
trabalhos continuam para que esse número seja maior a cada
ano.
Nos próximos meses, milhares de pessoas estarão
mobilizadas ao longo de mais de 1.100 km de praias
brasileiras, dedicando-se à proteção dos ovos, fêmeas e
filhotes e também aos estudos a serem realizados. Serão
pesquisadores,
pescadores,
estagiários,
atendentes,
moradores litorâneos, órgãos governamentais, prefeituras e
patrocinadores, parceiros na conservação das tartarugas
marinhas.
Tartarugas marinhas monitoradas via satélite.
Confira o vídeo de instalação de um transmissor em uma
tartaruga gigante
Tartarugas Marinhas
As tartarugas marinhas existem há mais de 150 milhões de
anos e conseguiram sobreviver a todas as mudanças do
planeta. Mas sua origem foi na terra e, na sua aventura para
o mar, evoluíram, diferenciando-se de outros répteis.
O número de suas vértebras diminuiu e as que restaram se
fundiram às costelas, formando uma carapaça resistente,
embora leve. Perderam os dentes, ganharam uma espécie de
bico e suas patas se transformaram em nadadeiras. Tudo
para se adaptarem à vida no mar.
Existem sete espécies de tartarugas marinhas, agrupadas em
duas famílias - a das Dermochelyidae e a das Cheloniidae.
Dessas, cinco são encontradas no Brasil.
Nomes comuns: cabeçuda ou mestiça
Status internacional: Em Perigo (classificação da IUCN)
Status no Brasil: Em Perigo (lista de espécies ameaçadas do
IBAMA)
Distribuição: oceanos
Mediterrâneo
Atlântico,
Índico,
Pacífico
e
mar
(águas temperadas).
Habitat: baías litorâneas e fozes de grandes rios
Tamanho: 71 a 105 cm de comprimento curvilíneo de
carapaça
Peso: 150 kg em média.
Casco (carapaça): óssea, com cinco placas laterais de
coloração marrom, o que define a espécie em comparação
com as demais.
Cabeça: possui uma
extremamente forte
cabeça
grande e
uma mandíbula
Nadadeiras: anteriores/dianteiras curtas e grossas e com
duas unhas; as posteriores/traseiras possuem duas a três
unhas
Dieta: são carnívoras, alimentando-se principalmente de
mariscos típicos do fundo do oceano, também comem
caranguejos, moluscos, mexilhões e outros invertebrados
triturados pelos músculos poderosos da mandíbula
Estimativa mundial da população: 60.000 fêmeas em idade
reprodutiva.
Tartaruga-de-Pente
Nome Científico: Eretmochelys imbricata
Nome comun: tartaruga-de-pente
Status internacional: Criticamente Em Perigo
(classificação da IUCN)
Status no Brasil: Em Perigo (lista de espécies ameaçadas
do IBAMA)
Distribuição: Mares tropicais e, por vezes, subtropicais
Habitat: prefere recifes de coral e águas costeiras rasas,
como estuários e lagoas, podendo ser encontrada,
ocasionalmente, em águas profundas
Tamanho: entre 80 e 90 cm de comprimento curvilíneo de
carapaça
Peso: 80 kg em média, podendo atingir até 150 kg
Casco (carapaça): quatro placas laterais de cor marrom e
amarelada, que se imbricam como “telhas” e dois pares de
escamas pré-frontais
Cabeça: a boca se assemelha ao bico de um falcão e não é
serrilhada
Nadadeiras: anteriores/dianteiras e posteriores/traseiras
com duas unhas
Dieta: esponjas, anêmonas, lulas e camarões; a cabeça
estreita e a boca formam um bico que permite buscar o
alimento nas fendas dos recifes de corais
Estimativa mundial da população: 34.000 fêmeas em
idade reprodutiva
Tartaruga-Verde
Nome Científico: Chelonia mydas
Nomes comuns: aruanã ou tartaruga-verde
Status internacional: Em Perigo (classificação da IUCN)
Status no Brasil: Vulnerável (lista de espécies ameaçadas
do IBAMA)
Distribuição: todos os mares temperados e tropicais do
mundo
Habitat: habitualmente em águas costeiras com muita
vegetação (áreas de forrageio), ilhas ou baías onde estão
protegidas, sendo raramente avistadas em alto-mar
Tamanho: em média 120 cm de comprimento curvilíneo de
carapaça
Peso: 160 kg em média, podendo atingir até 300 kg
Casco (carapaça): quatro placas laterais de cor verde ou
verde-acinzentado escuro
Cabeça: cabeça pequena com um único par de escamas
pré-orbitais e uma mandíbula serrilhada que facilita a
alimentação
Nadadeiras: anteriores/dianteiras e posteriores/traseiras
com uma unha visível
Dieta: varia consideravelmente durante o ciclo de vida: até
atingirem
30
cm
de
comprimento,
alimentam-se
essencialmente de crustáceos, insetos aquáticos, ervas
marinhas e algas; acima de 30 cm, comem principalmente
algas; é a única tartaruga marinha que é estritamente
herbívora em sua fase adulta
Estimativa mundial da população: 203.000 fêmeas em
idade reprodutiva
Tartaruga-Oliva
Nome Científico: Lepidochelys olivacea
Nome comun: tartaruga-oliva
Status internacional: Em Perigo (classificação da IUCN)
Status no Brasil: Em Perigo (lista de espécies ameaçadas
do IBAMA)
Distribuição: oceanos Pacífico e Índico; no Atlântico
ocorre na América do Sul e na costa oeste da África
Habitat: principalmente águas rasas, mas também em mar
aberto
Tamanho: entre 60 e 70 cm de comprimento curvilíneo de
carapaça
Peso: entre 35 e 60 quilos.
Casco (carapaça): seis ou mais placas laterais, com
coloração cinzenta (juvenis) e verde-cinzento-escuro
(adultos)
Cabeça: pequena, com mandíbulas poderosas que lhe
ajudam na alimentação
Nadadeiras: dianteiras e traseiras com uma ou duas
unhas visíveis, podendo ocorrer uma garra extra nas
nadadeiras anteriores
Dieta: peixes, caranguejos, moluscos, mexilhões, lulas e
camarões
Tartaruga-Lora ou Kemps Ridley
Nome Científico: Lepidochelys kempii
Status
internacional:
(classificação da IUCN)
Criticamente
Em
Perigo
Distribuição: a maioria dos adultos existe no Golfo do
México; os juvenis variam entre áreas dos litorais tropicais
do noroeste do oceano Atlântico
Habitat: preferem áreas rasas com fundos arenosos e
enlameados
Tamanho: entre 60 e 70 cm de comprimento curvilíneo de
carapaça
Peso: entre 35 e 50 quilos
Casco (carapaça): cinco placas laterais com coloração
verde-cinzenta-escura (nos adultos)
Cabeça: pequena e relativamente triangular
Nadadeiras: dianteiras e com uma unha; traseiras podem
ter uma ou duas
Dieta: Possuem mandíbulas poderosas que as ajudam na
alimentação de caranguejos, mexilhões, e camarões.
Também se alimentam de peixes, anêmonas e medusas
Estimativa mundial da população: menos de 1.000
fêmeas em idade reprodutiva.
AMEAÇAS NATURAIS BIÓTICAS
Doenças e parasitas: Fibropapilomatose cutânea, uma
doença das Tartarugas Verdes, é um tumor que pode causar
sua morte indiretamente; tartarugas que têm a visão
bloqueada pelos tumores não conseguem se alimentar
corretamente; estudos sobre a origem desta doença estão
sendo realizados. Espiroquidíase resulta em anemia e
enterite. fazendo com que as tartarugas morram ou se
tornem mais suscetíveis a se estressarem. Infecções
bacterianas ou por fungos em ovos pode ser a maior causa de
mortalidade.
Outras tartarugas desovando: Quando há muitas fêmeas
desovando em um mesmo local, como nas arribadas, várias
delas podem fazer seu ninho sobre outro podendo quebrar os
ovos ou impedir que os filhotes consigam chegar à superficie.
Predação: Os ovos e filhotes na praia, são predados por
coiotes, quatís, caranguejos, falcões e raposas. Já nos filhotes
na água, os predadores passam a ser uma grande variedade
de pássaros e peixes. Juvenis e adultos são comidos por
tubarões e outros grandes peixes, bem como a baleia Orca.
No caso de fêmeas desovando na praia, não há evidência de
predação natural, sem ser por seres humanos.
Vegetação: É a menor causa de mortalidade natural, raízes
de plantas podem invadir os ninhos das tartarugas e causar
mortes. As plantas podem também prender as tartarugas;
filhotes podem ficar emaranhados quando estão indo para o
mar e fêmeas desovantes podem ficar fatalmente presas na
vegetação da praia.
Chuvas fortes: Podem destruir um grande número de
ninhos. 15 de 17 ninhos de Caretta caretta depositados na
Geórgia (EUA) foram afogados por uma chuva forte em 1955
e 1957.
Erosão, acresção e inundação pela maré: Ninhos
depositados em praias podem ser destruidos por erosão ou
acresção. Muitas tartarugas depositam seus ovos abaixo da
linha de maré alta, com isso, estão em áreas vulneráveis à
inundação pela maré. 40% à 60% dos ninhos da Tartaruga de
Couro no Suriname estão nestas áreas, comparado com 12%
dos ninhos de Tartarugas Verdes.
Estresse térmico: Hipotermia em tartarugas marinhas pode
causar um estado de coma e resultar em morte. As de menor
tamanho estão mais suscetíveis à hipotermia.
Aumento da presença humana: Isto pode causar a
interrupção da fêmea desovante, em qualquer estágio do
processo de desova. Estes distúrbios na praia podem fazer
com que a fêmea abandone esta praia, atrase a postura dos
ovos e selecione uma praia ruim para a desova. Há também o
risco de atropelamento, tanto de filhotes quanto das fêmeas,
por veiculos.
Caça e coleta de ovos: Antigamente era comum matar as
tartarugas marinhas para se consumir a carne e usar o casco
para fazer armações de óculos, pentes e enfeites. Geralmente
elas eram apanhadas quando subiam à praia para desovar. Os
ovos eram retirados para alimentação da comunidade de
pescadores. Hoje a caça e a coleta de ovos estão proibidos
por lei.
Colisão com barcos: Locais onde há altas taxas destas
colisões estão concentradas onde há grande tráfego de
embarcações recreativas.
Erosão e acresção da praia: A interferência humana nos
processos de erosão e acresção através do desenvolvimento
costeiro e atividades associadas resulta na aceleração da taxa
de erosão. Acresção (deposição de sedimentos de praia)
também matam os ovos nos ninhos.
Iluminação artificial: Luzes artificiais de prédios, veículos,
ruas e outros podem causar a desorientação dos filhotes de
tartarugas, pois estes se guiam pela claridade para chegar até
o mar. O resultado disso é geralmente fatal, fazendo com que
os filhotes andem para o lado oposto do mar.
Poluição: A poluição das águas por elementos orgânicos e
inorgânicos interfere na locomoção e alimentação e prejudica
o ciclo de vida desses animais.
Redes de pesca: A pesca às tartarugas marinhas é proibida
por lei federal, mas freqüentemente elas se emalham
acidentalmente nos diversos tipos de artes de pesca, e sem
conseguir respirar, acabam desmaiando. Os pescadores
achavam que já estivessem mortas e jogavam-nas de volta
para a água, provocando assim sua morte por afogamento.
Com o trabalho do Projeto TAMAR estes pescadores
aprenderam a reanimar as tartarugas.
Sombreamento: Construções altas no litoral podem
aumentar o sombreamento das praias, diminuindo assim a
temperatura média da areia e provocando um aumento no
número de filhotes macho. Pode causar um desequilíbrio
ecológico.
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA
A RECUPERAÇÃO DE TARTARUGAS
MARINHAS CAPTURADAS EM REDES
E OUTRAS ARTES DE PESCA
PROBLEMAS RELATIVOS À CAPTURA EM:
1. Redes de Espera:
Esta é atualmente a principal causa de morte de tartarugas
marinhas ao longo de todo o litoral brasileiro. Na maioria das
vezes é acidental, o pescador coloca sua rede para capturar
peixes ou crustáceos e freqüentemente uma tartaruga é
aprisionada. Quando isso acontece, o animal é levado para
consumo da família ou até mesmo para comercialização. Com
freqüência o pescador joga a tartaruga no mar, acreditando
que esteja morta quando na verdade está apenas
desacordada, necessitando apenas que se retire a água retida
nos pulmões. Estas simples ações podem salvar anualmente
milhares destes animais ameaçados de extinção.
2. Redes de Arrasto:
Internacionalmente, esta arte de pesca é considerada uma
das atividades que mais ameaçam as tartarugas marinhas.
Em decorrência disto, os Estados Unidos criaram uma lei
proibindo a importação de camarão dos países que não
possuem dispositivos para exclusão desses quelônios (os
chamados TED´s-Turtle Excluder Devices). No Brasil a
captura através destas redes ocorrem nos Estados de Alagoas
e
Sergipe,
na
região
Sul
e
Sudeste.
A causa da mortalidade nestes casos é a mesma da anterior.
A tartaruga se afoga, o pescador acredita que a mesma está
morta, e devolve-a ao mar, ou armazenando-a para posterior
consumo ou comercialização. Este tipo de pesca opera em
espaços de tempos menores que nas Redes de Espera, dando
uma maior chance de sobrevivência às tartarugas
aprisionadas.
3. Currais de Pesca:
Os currais são responsáveis pelo menor índice de mortalidade
das tartarugas no caso de captura, já que apesar de serem
aprisionadas facilmente, permanecem vivas, ficando com os
pescadores a decisão de matá-las ou devolvê-las ao mar.
No Ceará, centenas de Tartarugas Verde são mortas
mensalmente, o que vem prejudicando a imagem do Brasil no
exterior. A captura não é acidental e o comércio é feito de
forma quase livre.
Denominamos fiscalização educativa o ato de esclarecer aos
pescadores as leis de proteção à fauna dando alternativas
para que as referidas leis não sejam infrigidas. É preciso
ensinar aos pescadores como reanimar uma tartaruga
marinha aprisionada na rede, informá-lo que mesmo que o
animal estando morto, não pode ser consumido e
comercializado. Com certa insistência os infratores acabam
cedendo aos novos costumes, e conseqüentemente as leis são
aceitas pela grande maioria das comunidades envolvidas.
TIPOS DE RASTROS
Caretta caretta: Moderadamente fundo, com marcas
diagonais alternadas (assimétricas) feitas pelas nadadeiras
anteriores. Largura de 90cm a 100cm.
Chelonia mydas: Reduzido na profundidade, com marcas
diagonais simétricas feitas pelas nadadeiras anteriores.
Largura típica de 100cm.
Dermochelys coriacea: Muito fundo e largo, com marcas
diagonais simétricas feitas pelas nadadeiras anteriores.
Normalmente com uma incisão profunda de um sulco mediano
formado pelo relativo rastejamento da longa cauda. Largura
de 150cm a 200cm.
Eretmochelys imbricata: Superficial com
(assimétrico), marcas diagonais feitas pelas
anteriores. Largura típica de 75cm a 80cm.
alternância
nadadeiras
Lepidochelys olivacea: Muito superficial, com marcas
diagonais alternadas (assimétricas), feitas pelas nadadeiras
anteriores. Largura de aproximadamente 80cm.
Estágios seqüenciais de aninhamento de tartaruga marinha, com notação em
diferenças interespecíficas
Hendrickson
(1958)
Carr & Ogren (1960) Diferenças entre espécies
1. Encalhando,
- Pequena duração e menor trabalho
A. Aproximação
emergindo da zona de para "De" e "Le" quando estão em
até a praia.
arrebentação.
formação de arribada.
2. Seleção do percurso
B. Ascenção até
e arrasto até o local do - (não há diferenças significativas)
a praia.
ninho.
C. Indo até a
3. Selecionando o
- (não há diferenças significativas)
parte superior da local do ninho.
- Mais marcante em "Er" e "Ca", devido
praia.
4. Limpando o local à sujeira e vegetação do local.
do ninho.
D. Cavando a
cama.
E. Cavando o
buraco dos ovos.
F. Desova.
5. Cavando a cama.
6. Cavando o buraco
do ninho.
7. Ovoposição.
- Mais pronunciado em "Ch".
- (não há diferenças significativas)
- (não há diferenças significativas)
- "Er" coloca areia sobre os ovos, outras
8. Cobrindo e
raspam a areia; "Le" usa o corpo para
compactando o ninho.
G. Recobrindo o
compactar a areia, "De" aperta com o
9. Preenchendo a
ninho.
seu peso e outras espécies (amassam) a
cama e escondendo o
areia.
local do ninho.
- (não há diferenças significativas)
10. Selecionando o
caminho e se
locomovendo de volta
H. Voltando ao ao mar.
- (não há diferenças significativas)
mar.
11. Reentrando na
- (não há diferenças significativas)
zona de arrebentação
e atravessando as
ondas.
O Projeto TAMAR (Tartaruga Marinha) é um projeto criado
em 1980 pelo IBDF, atual IBAMA com a finalidade de proteger
as cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no
Brasil (Caretta caretta, Chelonia mydas, Dermochelys
coriacea, Eretmochelys imbricata e Lepidochelys olivacea).
No início foi feito o levantamento da real situação das
tartarugas no país. O Brasil já possuiu uma grande população
de tartarugas, que alimentou desde os índios às famílias de
pescadores do último final de século, passando por
colonizadores, comerciantes jesuítas, etc. O hábito de matar
as fêmeas que sobem às praias para a desova, fez com que a
população, outrora abundante, fosse quase extinta.
Para reverter esse quadro, o Projeto TAMAR decidiu
estabelecer campos de trabalho nos principais pontos de
reprodução para garantir a preservação das espécies. Foram
escolhidas, inicialmente, a Praia do Forte, na Bahia; Pirambu,
em Sergipe, e Regência, no Espírito Santo. De lá para cá
somam-se 21 estações que garantem o nascimento
aproximado de 350 mil filhotes por ano.
O Projeto TAMAR realiza importante trabalho de educação
ambiental junto aos turistas e as comunidades litorâneas,
cumprindo também uma função social através do
envolvimento
destas
comunidades
no
trabalho
de
preservação.
Cerca de 300 pescadores trabalham para o Projeto TAMAR em
todo o país. Eles são os tartarugueiros, que patrulham as
áreas de proteção, fiscalizando os ninhos.
Também desenvolve projetos sociais, como creches e hortas
comunitárias, e outros que oferecem fontes alternativas de
renda, como confecções, artesanato, programas de
ecoturismo, programa de guias-mirins e várias atividades de
educação ambiental.
Oferece ainda, atividade de educação ambiental junto a
escolas e instituições.
Nas áreas de desova há o monitoramento da praia pelos
tartarugueiros e pesquisadores. Eles marcam as nadadeiras
anteriores, identificando o animal com um número individual
e uma inscrição com o endereço do TAMAR e a solicitação de
que seja notificado quando e onde aquela tartaruga foi
encontrada. Quando isso acontece, é possível estudar o
comportamento da desova, as rotas migratórias, e fazer um
controle da população. É feita, ainda, análise biométrica para
cada espécie, medindo o comprimento e a largura do casco.
Os ninhos que estiverem em locais de risco são transferidos
para trechos mais protegidos ou para os cercados nas bases
do TAMAR, onde são reproduzidas as condições normais para
a incubação dos ovos.
Quando os filhotes saem à superfície, são
identificados e soltos para seguirem até o mar.
contados,
Nas áreas de alimentação de juvenis e sub-adultos de
tartarugas marinhas o TAMAR monitora as redes de pesca e
outras formas de armadilhas para peixes que possam existir
nos locais, para verificar a incidência de captura acidental de
tartarugas. Uma vez encontradas, essas são identificadas,
muitas vezes recuperadas através de desafogamento e
ressuscitação cárdio-pulmonar, e então medidas e marcadas a
fim de que se possa estudar seu ciclo de vida, padrão de
crescimento e rotas migratórias.
O Projeto TAMAR desenvolve continuamente atividades de
pesquisa visando a aumentar os conhecimentos sobre o
comportamento das tartarugas marinhas e aprimorar técnicas
que possam contribuir para o trabalho de preservação das
espécies.
Para descrever as populações de tartarugas marinhas são
realizados estudos genéticos (DNA mitocondrial) e outros que
revelam informações sobre comportamento de reprodução,
condição de incubação de ninhos, distribuição espacial e
temporal de ninhos para as diferentes espécies e áreas de
reprodução, além de comparativos referentes a temperatura
de ninhos e incubação em locais diferentes.
Não compre, e denuncie quem capturar ou vender produtos
oriundos das tartarugas marinhas, tais como: ovos, carne,
enfeites,
cremes,
etc.
Quando avistar uma tartaruga, mesmo morta, comunique
imediatamente
a
base
mais
próxima
do
projeto.
Visite e ajude a divulgar o Projeto TAMAR junto a seus
amigos, parentes, colegas, etc. Nas bases do projeto você
poderá ver tartarugas vivas em tanques, assistir fitas de
vídeo e exposições sobre o trabalho do Projeto TAMAR, além
de poder adquirir camisetas, bonés e outros souvenirs.
Para maiores informações visite o site do Projeto TAMAR na
internet.
Amizade ø
Falante, amistoso, carinhoso com seus congêneres e
voraz contra seus inimigos, o golfinho já foi definido, certa
vez,
como
o
primo
ideal
para
o
homem.
Gentil com as crianças e forte o suficiente para derrotar
tubarões, ele tem atributos que o aproximam daquilo que os
humanos
sonham
para
si
próprios.
Heróico, capaz de salvar afogados empurrando-os docemente
para a praia - como registram inúmeros relatos ao redor do
mundo -, o golfinho vem sendo cantado em prosa e verso
desde
tempos
remotos.
Marinheiros de diversas nacionalidades consideram sua
presença presságio de boa sorte e há um grande número de
lendas
sobre
seus
poderes.
Apolo os utilizava como guia para os sacerdotes cretenses.
Netuno evocava a sua sensualidade para conquistar Anfitritre.
Mais recentemente, relatos de amizade intensas entre
golfinhos e crianças foram vistos e documentados.
O caso da neozelandesa Jill Baker, que recebia a visita diária
do golfinho Opo, com quem "cavalgava" mar a dentro,
chamou a atenção de cientistas em meados deste século.
Mais tarde a televisão e o cinema se encarregaram de
popularizá-lo de uma vez por todas como o grande astro
submarino.
De certa forma, as chances do golfinho, em qualquer parte do
mundo, se parecem cada vez mais com as chances do
homem. Comportando-se no fundo dos mares e dos rios com
o altruísmo que gostaríamos de ver em nós mesmos, o futuro
dos golfinhos é uma espécie de antevisão do futuro da
humanidade.
Se
eles
resistirem,
estaremos
salvos.
Porque o que fizemos a eles, acabaremos fazendo a nós
mesmos.
ø Comunicação ø
O sonar dos golfinhos O golfinho é capaz de gerar som
sob a forma de clicks, dentro dos seus sacos nasais, situados
por detrás da nuca.
A frequência dos clicks é mais alta que a dos sons usados
para comunicações e difere de espécie para espécie.
A nuca toma a função de lente que foca o som num feixe que
é projectado para a frente do mamifero.
Quando o som atinge um objecto, alguma da energia da
forma
de
onda
e
reflectida
para
o
golfinho.
Aparentemente é o maxilar inferior que recebe o eco, e o
tecido gorduroso que lhe precede, que o transmite ao ouvido
médio
e
posteriormente
ao
cérebro.
Recentemente foi sugerido que os dentes e os nervos
dentários transmitiam informações adicionais ao cérebro dos
golfinhos.
Assim que um eco é recebido, o golfinho gera outro click.
O lapso temporal entre os clicks permite ao golfinho
identificar a distância que o separa do objecto.
Pela continuidade deste processo, o golfinho consegue seguir
objectos.
Ele é capaz de o fazer num ambiente com ruido, é capaz
de assobiar e ecoar ao mesmo tempo e pode ecoar diferentes
objetos simultaneamente - factores que fazem inveja a
qualquer sonar humano.
O tipo de som que os golfinhos emitem não tem um nome
específico. Não há dúvida, porém, que, de seu modo peculiar,
os golfinhos " falam " abundantemente.
Cientistas que convivem com o cetáceo são unânimes em
afirmar que os golfinhos mantêm algum tipo de comunicação
auditiva.
Alguns garantem que essa comunicação tem regras e serve
para organizá-los socialmente, como acontece com os
homens.
Ninguém, entretanto, foi tão longe como a equipe do
Instituto de Morfologia Evolutiva e Ecologia dos Animais da
Academia de Ciências da Rússia.
Pesquisadores comandados pelo cientista Vladimir
Markov, depois de um longo estudo no golfinário de Karadag,
no Arzebaijão, publicaram um trabalho em que anunciam a
existência do " golfinhêz ".
Ou seja: um sistema aberto de linguagem composto de
51 sons de impulsão vocal e nove tipos de assobios tonais,
que comporiam um possível alfabeto próprio da espécie.
De acordo com Markov, os golfinhos são capazes de
compor frases e palavras regidas por leis semelhantes às da
sintaxe humana.
ø Inteligência ø
São diversos os fatores
chamamos de "inteligência".
que afetam aquilo a que
O principal componente é a habilidade que se tem de
comunicar.
Um humano pode ser extremamente inteligente mas se
passar todo o seu tempo a tentar sobreviver, então não
restará tempo para o pensamento.
Tempo livre é então um grande fator, e os golfinhos têmno em abundância.
Em primeiro lugar, os golfinhos não dormem como nós,
eles são capazes de "desligar" uma parte do cérebro por
minutos numa determinada altura ao longo do dia.
Muito raramente "desligam" o cérebro completamente.
Isto é necessário porque os golfinhos necessitam de respirar
ar
pelo
menos
uma
vez
em
cada
8
minutos.
As únicas coisas que um golfinho faz é comer grandes
quantidades de peixe e brincar.
A comunicação entre espécies é também necessária.
Os golfinhos usam uma linguagem por assobios que é 10
vezes mais rápida que a nossa fala e 10 vezes mais alta em
freqüência.
Para que um golfinho falasse com a nossa velocidade,
seria como se um humano tentasse falar com um trombone,
muito muito lento.
Para um golfinho, tentando falar com a nossa freqüência e
velocidade, o resultado seria o seguinte: nós falamos muito
devagar.
É muito dificil para nós falarmos assim tão devagar, e para os
golfinhos também.
Outra particulariedade na comunicação dos golfinhos é o
sonar, que lhes permite determinar as reacções internas de
outros golfinhos, humanos, peixes, etc.
Imaginem sabermos como se sentem todas as pessoas à
nossa
volta, se
estam
alegres,
tristes, zangadas.
Ninguém poderia enganar ou mentir. Isto deve-se a
mudanças psicológicas que ocorrem dentro de nós quando
pensamos em determinadas coisas.
Também através do sonar um golfinho consegue ver se
alguem está ferio ou não.
Eis um caso real: Uma senhora que se encontrava numa
piscina com golfinhos era continuamente empurrada para fora
da piscina. Uns minutos mais tarde, ela um colapso com
dores.
o hospital descobre que tinha uma hemorragia interna,
que os golfinhos muito provavelmente tinham dado conta.
Como não havia mais ninguém por perto na piscina, e a
distância entre a linha de água e o cimo da piscina era
grande, os golfinhos tentaram a custo impedi-la de ficar na
piscina, e assim salvaram-lhe a vida.
A única coisa que os cetáceos não têm é uma maneira de
registar a linguagem tal como a escrita.
Uma ideia seria construir um programa de computador
que permitisse traduzir os assobios dos golfinhos em escrita e
gravar; e vice-versa, passar o nosso texto para linguagem de
golfinhos.
Isto já foi
feito
surpreendentemente.
com
chimpanzés
e
resultou
Ora tendo em conta que os golfinhos são muito mais
inteligentes que os chimpanzés, porque não tentar o mesmo?
Golfinhos
ø Reprodução ø
Acasalamento e nascimento de golfinhos: Os mais íntimos
detalhes de acasalamento e nascimento de golfinhos, têm
permanecido escondidos da observação humana.
Muitos investigadores possuem apenas uma vaga idéia
dos hábitos reprodutivos dos golfinhos.
Pensa-se que o acasalamento será sazonal.
Observando golfinhos em cativeiro, os cientistas
determinaram o tempo de gravidez exacto para algumas
espécies.
Por exemplo, para as orcas e de 17 meses e meio.
Mas o periodo de gestação continua desconhecido para a
maior parte das espécies de golfinhos.
Os cientistas crêem também que quase todas as espécies
são promiscuas (partilham as fêmeas).
O acasalamento é realizado de barriga para barriga como
as baleias e muitas fêmeas não reproduzem todos os anos.
Geralmente os bebês começam por sair de cauda para fora.
Por vezes existe uma fêmea a ajudar no processo.
O pai do golfinho bébé não participa na vida ativa e
tratamento do seu filho, orém nalgumas espécies, há fêmeas
cuja função é a de baby-sitters.
ø Evolução ø
Pouco se sabe acerca dos fósseis de antigas espécies de
golfinhos, e o que se sabe é extremamente incerto.
Supõe-se que há cerca de 50 milhões de anos atrás, uma
espécie de gato pré-histérico (Mesonychidea), comecou a
passar mais tempo na água à procura de alimento, e que
eventualmente se transformou para melhor se adaptar a esse
novo meio ambiente.
O regresso à água, trouxe beneficios significantes para os
carnivoros terrestres.
Os animais marinhos eram uma nova fonte alimento
inexplorada. Mesmo assim, demorou ainda milhões de anos
até que os primeiros cetáceos apareceram nos oceanos.
Os
primeiros
cetáceos
foram
provavelmente
os
"Protocetidea", há cerca de 40-50 milhões de anos atrás.
Tudo o que sabemos acerca destes pioneiros cetáceos é que
possuiam algumas caracteristas reconheciveis da sua espécie.
O seu estilo de vida séria, provavelmente anfibio e não
complectamente aquático.
Há cerca de 40 milhões de anos atrás, surgiu o
"Dorudontinae", que eram muito similares aos golfinhos.
Entre 24 e 34 milhões de anos atrás, surgiram dois grupos
"Odontoceti" e "Mysticeti".
Entre os primitivos Odontoceti o "Suqalodontae" era o
mais parecido com os golfinhos modernos, e foi
provavelmente deste grupo que derivaram os golfinhos.
Mas havia ainda um aspecto primitivo que os distinguia
bem dos actuais golfinhos: os dentes.
Nos primitivos Odontoceti, os dentes eram quase todos
diferentes, enquanto que nos actuais golfinhos, os dentes são
praticamente iguais.
Há cerca de 24 milhões de anos atrás, uma familia
bastante diversa denominada de "Kentriodontidae" aparece
nos oceanos Atlântico e Pacifico.
E é desta familia que nasce a super-familia
"Delphinoidea", cerca de 10 milhoes de anos depois.
ø Alimentação ø
Os golfinhos e os porcos-marinhos são caçadores, e
alimentam-se principalmente de diversas espécies de peixe.
Muitos caçam em grupo e procuram as grandes "escolas" de
presas. Cada espécie de peixe tem um ciclo anual de
movimentos, e os golfinhos acompanham essas escolas de
peixes, ou por vezes parecem saber onde interceptá-los;
provavelmente
provavelmente
eles
conseguem
estas
informações pelos químicos dos peixes como a urina e as
fezes.
Contudo alguns golfinhos preferem lulas e outros comem
moluscos e camarão.
As orcas, os maiores golfinhos existentes, consumem
tudo o que já foi referido anteriormente e geralmente
consomem
mais
do
que
qualquer
outro
golfinho.
Um macho adulto em cativeiro, devora cerca e 160 Km de
peixe por dia, mas a média e de 79 Kg para os machos, 63 Kg
para as fêmeas e 16 Kg para os bebês.
Em cativeiro, as orcas alimentam-se de peixe morto, em
liberdade, para além de peixe também se alimentam de
outros mamíferos como as focas, os leões marinhos, outros
golfinhos e por vezes baleias. Geralmente os golfinhos não
mastigam as suas presas, mas sim engolem-nos.
Os cientistas determinam a dieta dos golfinhos
examinando o estomago dos animais mortos nas praias e por
vezes, mas com raridade, as suas fezes.
É muito raro um cientista conseguir observar, quanto
mais fotografar um golfinho a alimentar-se, já que isto se
passa dentro de água. Provavelmente todas as espécies de
golfinhos usam o sonar para apanhar os peixes.
Mas quando as orcas caçam mamiferos marinhos, têm de
fazer muito mais do que utilizar o sonar, têm de esperar
quietas, observar e por fim atacar.
Em pleno oceano, os golfinhos muitas vezes encurralam
as escolas de peixes, obrigando-os a saltar para fora de água.
Fenômeno várias vezes observado pelos investigadores e
cientistas.
ø Órgãos Reprodutores ø
Nos machos, a abertura genital é em frente do ânus.
O longo pênis, que normalmente se encontra completamente
dentro do corpo, está quase sempre retraído e emerge
apenas quando o golfinho tem uma ereção.
O par de testículos, encontra-se escondido dentro da
cavidade abdominal, perto dos rins.
Nas fêmeas, a abertura genital também se encontra na
barriga, onde se localizam os orgãos genitais e urinários. As
duas glândulas mamárias estão dos dois lados da abertura
genital e os mamilos encontram-se retraidos.
Contudo estes extendem-se durante a amamentação, pois
o bébé golfinho não consegue modificar o formato da boca de
forma a "sugar" o leite, tendo por isso de formar uma
passagem entre a lingua e a boca, na qual recolhe o leite da
mãe.
ø Esqueleto ø
O esqueleto dos mamiferos têm sofrido diversas
modificações ao longo dos tempos.
Os membros anteriores modificaram-se e tornaram-se
em barbatanas e os ossos dos membros posteriores
desapareceram por completo. Permanece ainda uma
zona pélvica, como um mero vestigio da musculatura
ventral.
A maior parte das costelas dos golfinhos não estão
ligadas ao externo; e as que se encontram ligadas, estão
juntas, permitindo que a caixa toráxica se esmague a
altas pressões sem provocar danos.
O crânio é lançado para a frente e alinha com a coluna
vertebral e a coluna cervical, que na maior parte das
espécies está fundida uma na outra.
Golfinhos
ø Pele ø
A pele de um golfinho é lisa e suave.
Está constantemente a ser substituida.
Além disso é extremamente sensível ao tacto e cicatriza com
muita facilidade.
Virtualmente, cada golfinho adulto carrega parte dos registos
acerca de interacções com companheiros, inimigos e o meio
ambiente, codificados num conjunto de cicatrizes nas suas
peles.
Isto tem sido util aos investigadores e cientistas, para
identificarem individualmente um animal.
ø Cabeça ø
A face dos
inexpressiva.
golfinhos
pode
ser
considerada
deveras
Os olhos podem alargar-se e escurecer com a excitação, ou
estreitar abruptamente com a raiva, mas o perpétuo sorriso
caracteristico na maior parte das espécies de golfinhos nada
nos diz acerca do estado emocional.
Alguns golfinhos têm aquilo a que chamamos de "bico de ave"
... outras especies não possuem nada na cabeça.
Não existe ouvido externo, apenas uma pequena abertura de
cada lado da cabeça, que não aparenta ser usado para
audição.
Em frente encontram-se os olhos, cuja função é independente
um do outro.
Na maior parte das espécies, os maxilares são direitos,
alongados e estreitos. Na parte posterior do maxilar superior,
situa-se uma área de tecido gorduroso conhecida por "Melão".
O cerébro fica mesmo na parte de trás do crânio.
Muitas espécies de golfinhos têm um grande número de
dentes, alguns mais de 200.
Ao contrário dos outros mamiferos, os machos com dentes,
não possuem dentes de leite, mas desenvolvem um único
conjunto de dentes que jamais será substituido.
Situado no topo da cabeça, por detrás do melão, encontra-se
um orificio de respiração. Em todas as espécies, este orificio
está sempre fechado e só pode ser aberto por acção
muscular. Existem duas passagens nasais no crânio, que se
junta a um único tubo que se une ao fim da traqueia.
O fato de a traqueia e o esófago do animal estarem
completamente separados, permite ao animal alimentar-se
debaixo de água sem se afogar.
ø Rins ø
Os rins são grandes, e consistem
interligados e "empacotados".
de
muitos
lombos
O mesmo tipo de rins pode ser encontrado nas focas e ursos,
por isso não podemos avaliar o valor de adaptação para a
vida na água.
Os rins dos golfinhos contêm também estruturas especiais
que ajudam na filtragem enquanto mergulham.
Muitos poderão pensar que os golfinhos têm problemas em
arranjar água para sobreviverem, visto viverem num meio
salino, é que os rins desempenham uma importante função
nesse aspecto; mas na realidade, os golfinhos têm a maior
parte da água que necessitam alimentando-se dos peixes.
ø Barbatana Dorsal ø
Muitos golfinhos possuem uma barbatana dorsal, em que o
tamanho varia de espécie para espécie.
É-nos desconhecido o motivo que levou ao desenvolvimento
desta barbatana.
Pelo que conhecemos, não existe
antepassados terrestres dos cetáceos.
nada
análogo
nos
Mas como a barbatana dorsal não possui ossos, não é
surpreendente que não apareça nos fósseis.
Contudo a existência desta barbatana não é essêncial à
sobrevivência do cetáceo.
ø Barbatana Posterior ou Cauda ø
São duas barbatanas posteriores que constituem a cauda do
golfinho. São achatadas e horizontais e consistem de tenões e
fibras
sem
ossos.
A função destas barbatanas é servirem de pás para
impulsionar o movimento do golfinho.
ø Circulação Sangüínea ø
Existem diversas partes notáveis no sistema circulatório dos
golfinhos. Uma delas é a extraordinária rede de vasos
sanguineos. Pensa-se que esta rede fabulosa tem como
função proteger os orgãos vitais dos efeitos da pressão da
água e aprisionar qualquer bolha de hidrogénio que se possa
formar na ascenção do golfinho de zonas de altas pressões.
O cérebro recebe constantemente sangue, mesmo durante
mergulhos
profundos.
Outro aspecto notável na rede sanguinea, é minimizar a perda
de calor no corpo do golfinho, pois os vasos sanguineos são
extendidos a todas as partes do corpo e mesmo dos extremos
como as barbatanas. Mas o golfinho também pode fazer o
inverso, e a rede sanguinea também permite a diminuição do
calor, em vez de obrigar o sangue a atravessar perto da
espinha dorsal; contrai determinada artéria e obriga o sangue
a passar mais perto da pele, libertando calor.
Golfinhos
ø Características Gerais ø
Espécies Conhecidas: 37, entre os de água salgada e água
doce. Tempo de vida: em média 35 anos.
Período de Gestação: cerca de dez meses.
Tamanho: desde um metro e meio (golfinho de commerson)
até 3 metros e meio (o grande golfinho).
Os mais conhecidos, de focinho longo, tem cerca de 2 metros
de comprimento.
Temperamento: usualmente afáveis e brincalhões,
golfinhos parecem gostar de companhia humana.
os
Alguns são mais arredios.
Há casos raros de agressividade, como o registrado em
Caraguatatuba, quando um golfinho agredido matou uma
pessoa. Capacidade de Mergulho: o golfinho tem uma única
narina no alto do crânio. Através dela, ele pode renovar 90%
do volume de ar cada vez que inspira (no homem, a
renovação é de 15%).
Num único mergulho, o golfinho é capaz de submergir por 20
minutos até 300 metros de profundidade.
Velocidade:
embora
sejam
gorduchos,
os
golfinhos
conseguem nadar a velocidades de até 40 Km/h, graças a um
efeito aerodinâmico que eles alcançam contraindo a pele e
formando dobras que diminuem as turbulências.
Golfinhos
Os odontocetos
Os golfinhos, magníficos
cetáceos que nos encantam
com sua beleza, graça e
inteligência. Por muitos anos
as pessoas ficaram curiosas
com a origem e a vida
desses animais. Os gregos
falavam sobre golfinhos que
vinham nadar na praia com
os filhotes. Eles diziam que
o deus do vinho, Dionísio uma vez embarcou num navio.
Acontece que os marinheiros eram piratas que queriam
escravizar os passageiros. Dionísio percebeu a trama e para
se vingar transformou o mastro do navio em couve, os
remadores em cobras e uma estranha flauta tocou. Os
piratas, apavorados, pularam no mar e se transformaram em
golfinhos, obrigados a servir os humanos.
Existem tanto golfinhos de mar como golfinhos de rio. Os
golfinhos de água salgada têm o maior número de espécies e
são maiores e mais pesados que os golfinhos de rio. As
principais ameaças são a poluição dos mares, a navegação de
embarcações e as redes de pesca. Já os golfinhos de rio são
adaptados à água doce e seus corpos são bastante flexíveis,
ideais para rios estreitos e sinuosos. Esses animais são
considerados lendas e presságios. O principal perigo é a
poluição dos rios aonde vivem.
A evolução dos golfinhos permanece incerta. Supõe-se que há
cerca de 50 milhões de anos atrás um carnívoro pré-histórico
(Mesonychidea) começou a entrar na água buscando
alimento. Foi sofrendo adaptações e acabou se tornando um
animal totalmente aquático. Ainda assim, demorou muito
tempo para que aparecessem os primeiros cetáceos.
Não há dúvida que os golfinhos conversam. Estudos mostram
que eles possuem um "alfabeto" composto de 51 sons de
impulsão vocal e 9 tipos de assobios tonais e que eles podem
formar palavras e frases, regidas por leis semelhantes às da
gramática. Houve casos onde um golfinho novo em um
recinto foi ensinado por outro a fazer uma tarefa. A
comunicação é um fator marcante nesses animais.
O golfinho pode emitir sons em forma de clicks. Esses clicks
funcionam como um sonar e suas freqüências, mais altas das
dos sons utilizados para comunicação, variam de espécie para
espécie. Esse sonar permite que o golfinho saiba a distância,
localize e siga os objetos. O processo funciona assim: o
golfinho emite o click, o som ecoa num objeto à sua frente e
as ondas sonoras se refletem, o golfinho as sente e emite
outro click, e assim por diante. O sonar do golfinho é
privilegiado, ele pode utilizá-lo em ambientes com ruídos,
pode assobiar e ecoar ao mesmo tempo e consegue emitir
vários clicks simultaneamente.
Número de espécies:
ao todo são 37 espécies
Tempo de vida:
em torno de 35 anos
Período de gestação:
cerca de 10 meses
Tamanho:
varia de 1,5m até 3,5m
Temperamento:
geralmente dóceis, curiosos e bricalhões
Capacidade de mergulho:
com uma só narina, são capazes de renovar 90% do ar cada
vez que inspiram e podem, num único mergulho submergir 20
min. e até 300m de profundidade
Velocidade:
até 40km/h, graças ao seu formato hidrodinâmico
Golfinhos
Os odontocetos são cetáceos com
dentes
para
apreensão
de
alimentos. Apresentam apenas
um orifício respirastório no topo
da cabeça e habitam todos os
mares
do
planeta,
podendo
também ser encontrados em rios.
São cerca de 67 espécies, que
podem atingir de 1 a cerca de 18
metros de comprimento na idade
adulta.
O número e o tamanho dos dentes podem variar entre as
diferentes espécies. Os cachalotes chegam a apresentar entre
15 e 25 pares de dentes de até 20
centímetros
de
comprimento.
Outros
odontocelos podem possuir apenas um par
de dentes.
Algumas espécies de golfinhos chegam a ter
mais de 60 pares de dentes.
É importante frisar que os odontocelos apresentam apenas
uma dentição. Ou seja, não há substituição de dentes gastos
ou perdidos durante a vida.
O narval é o cetáceo que tem o maior dente entre os
odontocelos.
Essa espécie apresenta apenas um par de dentes, mas um
deles pode chegar a até 3 metros de comprimento! Por isso,
durante muitos anos, os narvais foram chamados de
"unicórnios do mar".
Todos os machos possuem esse dente. Acredita-se que ele
seja utilizado na disputa pélas fêmeas com outros machos.
Espécies brasileiras
Há
muitas
espécies
de
odontocetos
nas
águas
brasileiras. As mais conhecidas
são o boto-tucuxi ou botocinza - encontrado em água
doce como em água marinha -,
o boto-cor-de-rosa, o golfinhonariz-de-garrafa.
a
franciscana, o golfinho-rotador.
O astro de cinema
O golfinho que é astro de cinema é o golfinho FLIPER, muito
conhecido no mundo inteiro.
inteligência
Dizem que os golfinhos
são
animais
mais
inteligentes do planeta.
Será que eles podem ser
considerados
mais
inteligentes do que o
própio homem?
As primeiras pesquisas a
respeito de inteligência relacionavam complexidade do
cérebro com o grau de inteligência.
Após a análise comparativa entre os cérebros de cachorros,
gatos, macacos, seres humanos e golfinhos, descobrriu-se
que os seres humanos perdiam para os golfinhos. Sendo
assim, essa hipótese foi descartada pela maioria dos
pesquisadores.
A análise passou então para o número de áreas de associação
do cérebreo. Essas áreas são primordiais para o
desenvolvimento das funções vitais dos animais. O resultado
foi o mesmo anterior.
A partir daí, a inteligência humana passou a ser comparada
com a capacidade manipuladora. Com o uso das mãos, o
homem constrói coisas que ele julga necessárias para a sua
sobrivivência.
Para algumas pessoas, isso comprovaria
uma inteligência superior à das outras
espécies.
Os misticetos ou mistacocetos, são na sua maioria
grandes baleias que não apresentam dentes. No lugar
destes, possuem compridas fileiras de cerdas - as
"barbatanas" - que pendem do céu da boca em posição
lateral. A função destas cerdas é a retenção de
alimentos.
A alimentação dos mistacocetos consiste basicamente
de organismos planctônicos, especialmente pequenos
crustáceos do gênero Euphasia que abundam nos
mares mais frios, e algumas espécies costumam predar
sobre cardumes de peixes de pequeno porte. No ato da
alimentação, o animal enche a boca de água, "filtrando"
o alimento ao expelir a água através das cerdas já
mencionadas.
Orca
Por que assassina ?
Pelo fato de se alimentar
de animais de sangue
quente
e
ser
uma
caçadora ágil e intrépida,
a orca recebeu a infeliz
denominação de baleiaassassina.
Muitas
pessoas
temem
sua
ferocidade, mas isso não
faz
sentido.
A
orca
captura e mata sua presa para alimentar-se e sobreviver.
Além disso, o homem não está incluído em sua dieta. Assim
como todas as outras espécies de baleias, a orca obedece as
leis da natureza, mantendo o equilíbrio do ecossistema
marinho. Nesse ecossistema, a orca é o topo da cadeia
alimentar. Ela não mata por prazer, mas sim para suprir suas
necessidades vitais. No mundo não foi comprovado nem
registrado oficialmente algum caso de ataques de orcas ao ser
humano. Infelizmente, a situação que ocorre é totalmente
contrária. O homem é o único animal que caça por prazer, por
esporte, por divertimento e ganância, sem nenhum controle.
Ficha Técnica
Reino:
Animmalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Cetacea
Subordem:
Odontoceti
Família: Delphinidae
Gênero: Orcinus
Espécie: Orcinus orca
Tamanho: comprimento do corpo 6,5 a 8,0 m Peso: 2,5 a 7
toneladas
Coloração: dorso e flancos pretos; ventre branco,
estendendo-se na forma de lobos sobre o flanco; mancha
branca oval acima e atrás dos olhos; sela cinza indistinta
sobre o dorso, atrás da nadadeira dorsal.
Distribuição: todos os oceanos e mares, dos trópicos aos
pólos
Tam. do grupo: pequenos a grandes grupos
Dieta: peixes, lulas, focas, golfinhos e toninhas; também
pinguins, tartarugas-marinhas, e grandes baleias
Reprodução: não-sazonal; somente um filhote por vez
Longevidade: machos chegam a 50 anos, fêmeas chegam a
80 anos
Situação atual: não ameaçada
Habitat
A orca pode ser encontrada em todo
o planeta, apesar de sua distribuição
desigual. Vista com mais frequência em águas mais frias (em
particular em regiões polares) do que em águas subtropicais
ou tropicais. Prefere águas mais profundas e costuma navegar
próximo à costa, na rebentação, até o perímetro de
aproximadamente 800 km da costa. Não faz longas migrações
como as baleias-azuis, por exemplo, e são habituadas a
navegar entre blocos de gelo flutuantes nas águas gélidas,
onde procuram presas. Estudos realizados no litoral noroeste
dos EUA e Canadá mostram que existem dois tipos diferentes
de orcas, as transeuntes e as residentes, com diferenças
físicas e comportamentais. As transeuntes formam bandos
pequenos (1 a 7 orcas por grupo), percorrem uma área
maior, alimentam-se de outros mamíferos emitem sons com
menor frequência e quando nadam, mudam abruptamente de
direção, costumam permanecer sob a superfície da água entre
5 a 15 minutos, subindo nos intervalos para respirar.
Possuem barbatanas dorsais mais pontiagudas do que as
residentes.
As
residentes
formam
bandos
maiores,
geralmente tendo de 5 a 25 orcas no grupo, percorrem uma
área menor, alimentando-se de peixes.
Emitem sons mais longos, têm rotas de navegação previsíveis
e raramente passam
mais
de
cinco
minutos embaixo da
água.
Comportamento
Diferente dos golfinhos, as orcas não costumam acompanhar
os navios, mas são frequentemente vistas dando saltos,
batidas de cauda e peito na superfície da água e se
esfregando no leito marinho, próximo às praias. Talvez esse
costume seja para "coçar" o corpo e retirar camadas mortas
de pele. Outras características comportamentais incluem
nadar velozmente, no momento em que as orcas sobem à
superfície para respirar, a "imobilidade", o bando sobe à
superfície sincronizando o movimento e ocasionalmente a
"batida de nadadeira dorsal", quando a orca movimenta uma
das nadadeiras peitorais, fazendo o corpo girar e bater a
nadadeira dorsal na superfície da água. Podem viajar numa
velocidade de até 55 km/h. O sopro - um jato de água que é
atirado pelo orifício nasal do animal -, quando baixo e denso,
é muitas vezes visível no ar frio.
Alimentação
A orca é um predador versátil,
alimenta-se
de
uma
diversidade
enorme
de
animais, desde lulas, peixes e
aves, até focas, golfinhos e
tartarugas-marinhas.
Em
bando, são capazes de abater
baleias de grande porte, como
a azul. Várias espécies de
baleias e golfinhos costumam conviver junto às orcas,
aparentemente
sem
receio,
e
parecem
saberem
instintivamente que não há perigo de serem atacados. A orca
é um dos raros cetáceos que nadam até a praia com o
objetivo de alimentar-se. Arrastam-se pelo leito, afim de
apanhar filhotes de leõesmarinhos
e
outros
mamíferos
de
porte
equivalente a este. Depois
utilizam
as
nadadeiras
peitorais para se virar e com
alguns impulsos de corpo,
atingem
o
mar
aberto
novamente, com a presa
entre os dentes. Alguns
filhotes, ao aprenderem com suas mães esta técnica, acabam
encalhando na praia.
Classificação: Baleia-Azul
Classificação: Orca
Reino: Animmalia (Animal)
Filo: Chordata (Cordados)
Classe: Cetaca (Mamíferos)
Subordem: Odontoceti (Cetácios)
Família: Balaenopteridae
Gênero: Balaenoptera
Espécie: Balaenoptera musculus
Reino: Animmalia (Animal)
Filo: Chordata (Cordados)
Classe: Cetaca (Cétaceos)
Subordem: Odontoceti (Odontocetos)
Família: Delphinidae
Gênero: Orcinus
Espécie: Orcinus orca
Comunicação Social
Os odontocetos apresentam um grande
repertório sonoro. Os sons variam de
espécie
para
espécie.
Em alguns casos, grupos diferentes
podem
apresentar
vocalizações
diferentes. Cada indivíduo dentro de um
grupo pode ser um som característico,
conhecido como sua "assinatura". É
como os seres humanos, que falam idiomas diferentes, têm
sotaques diferentes e tonalidades de voz características,
facilmente
reconhecidas
quando
são
ouvidas.
É isso que as pesquisas mais recentes vêm tentando
desvendar:
a
linguagem
dos
golfinhos.
As belugas, também conhecidas como baleias-brancas,
apresentam um repertório sonoro particular. Elas estão
distribuídas apenas no Hemisfério Norte, próximo ao pólo.
Após vários estudos de suas vocalizações, elas receberam a
designação de "canários do mar", pois os sons que
reproduzem se assemelham a cantos de canários.
Orca: a baleia que não é assassina!
Pelo o fato de se alimentar, em alguns casos,
de animais de sangue quente, a orca recebeu
a infeliz denominação de "baleia assassina".
Muitas pessoas temem sua ferocidade em
relação ao homem. Isso, no entanto, não faz
sentido. As orcas capturam e matam as suas
presas para se alimentar e sobreviver. E,
além disso, o homem não faz parte de sua
dieta.
Na natureza, não existe nenhum relato consistente sobre um
ataque intencional de uma orca a um ser humano. Várias
histórias já foram contadas sobre sua ferocidade, porém sem
comprovações de agressividade em relação ao homem.
A orca obedece às leis da natureza, mantendo o equilíbrio do
ecossistema, ela representa o topo da cadeia alimentar. A
orca não mata por prazer. Apenas captura presas suficientes
para suprir suas necessidades vitais.
Infelizmente, é o homem o único animal que caça por
prazer, por esporte, por divertimento, por ganância e
descontrolamente.
Baleia à vista
Durante as estações do outono,
inverno e primavera, as baleias
migradoras já começam a chegar
aos
mares
temperados,
subtropicais e tropicais. Algumas
espécies, como a baleia-azul e a
minke,
migram
para
regiões
afastadas da costa. Outras, como a
franca e a jubarte, migram para para locais mais próximos à
costa.
Às vezes, beleias-francas podem ser avistadas das prais,
como em Santa catarina e no Rio Grande do Sul. Em algumas
oportunidades, alguns pares mãe-filhote já alcançaram os
estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espirito santo.
Já as baleias-jubarte escolheram a região do arquipélago de
Abrolhos, ao sul da Bahia, como área de reprodução e cria.
Em ambos os casos, podem ser observadas cenas
inesquecíveis e fascinantes da relação entre as fêmeas e seus
filhotes. São cenas que somente se repetirão se o ser humano
respeitar
esses
belos
mamíferos.
É possível avistar baleias tanto da terra como de barcos,
porém nunca devemos nos aproximar imdevidamente delas. A
aproximação indevida de barcos assusta e irrita as baleias,
além de atrapalhar os ensinamentos que a mãe vem
passando a seu filhote, ou o momento da acasalamento,
primordial
para
a
perpetuação
das
espécies.
Precisamos lhes dar nosso carinho e nossa proteção para que
possamos ter a opourtunidade de revê-las ano após ano.
Os cetáceos dormem?
Acredita-se que os cetáceos
realizam períodos de descanso
durante o dia ou durante a
noite. Não é um período longo
e contínuo, como no caso dos seres humanos. São períodos
em que os cetáceos reduzem todas as suas atividades e
permanecem descansando próximo à superfície da água. A
respiração torna-se bem pausada e os batimentos do coração
diminuem.
Em alguns golfinhos estudados em cativeiro, foi observado
que, durante um período de descanso, as espécies estudadas
chegavam a apresentar atividade em apenas um dos dois
hemisférios cerebrais. Em outro período de descanso, era
utilizado o outro, havendo um revezamento entre os dois
hemisférios.
Quantos anos vive uma baleia? E um golfinho?
O tempo de vida de uma baleia quanto de
um golfinho pode variar de espécie para
espécie, entre indivíduos de mesma
espécie, e também de acordo com as
condições em que eles vivem. A partir de
estudos comparativos e de técnicas
recentes de pesquisa, chegou-se a
conclusão de que as grandes baleias de
barbatanas podem viver cerca de 30 a 80 anos. Já os
odontocetos podem atingir entre 15 e 80 anos de vida.
O estudo da longevidade dos cetáceos - quantos anos podem
viver - é relativamente complicado. É muito difícil
acompanhar o nascimento, o crescimento e a morte de um
cetáceo em ambiente natural. São necessárias gerações de
pesquisadores para que se chegue a alguma conclusão.
Muitos estudos já duraram mais de 20 anos contínuos. É o
caso do estudo das orcas no noroeste dos Estados Unidos e
no sudoeste do Canadá.
já no cativeiro, existe essa possibilidade com relação ao meio
ambiente natural dos cetáceos. Não existem predadores,
correntes de água e necessidade de captura de presas vivas
para alimentação. Por outro lado, os animais estão confinados
a um cercado, que muitas vezes acaba por estressá-los,
podendo até levá-los à morte.
Porque às vezes os cetáceos ficam com a nadadeira
caudal fora da água?
Em regiões de procriação, muitas vezes as
fêmeas fazem isso para que os machos
não copulem.
Em alguns casos, os machos de baleiasjubarte colocam-se numa posição inclinada
- com a cabeça no fundo e a calda exposta
na superfície - quando eles estão emitindo
seus repertórios sonoros.
Isso pode ocorrer também quando as
baleias
vão
mergulhar
a
grandes
profundidades. Já as batidas da nadadeira caudal na água
podem servir para a comunicação entre indivíduos de um
mesmo grupo, para atordoar presas e também para se livrar
de alguma irritação.
São animais vertebrados e aquáticos. Para simplificar são
animais que possuem ossos e cartilagens que vivem na água.
Para respirar o oxigênio contido na água utilizam as guelras
(brânquias).
A maioria dos peixes possuem escamas, mas como toda a
regra tema sua exceção o tubarão, por exemplo, não possui
escamas! Os peixes impulsionam suas caudas para os lados
para nadarem. Para que flutuem os peixes possuem um tipo
de saco de ar!
O Plâncton é o principal nutriente do habitat marinho. Baleias,
atuns, camarões, água-vivas dependem deste alimento
sobrevivência. A grande maioria dos animais marinhos vive
em águas rasas, perto das costas, onde há grande quantidade
de alimento e luz.
Podemos
classificar
os
peixes
da
seguinte
forma:
Estes peixes vivem geralmente em cardumes, ou seja, vivem
em bandos e nadam sempre juntos. É incrível como são ágeis
mesmo nadando em conjunto, é um grande espetáculo
acompanhar um cardume. Também é uma forma de defesa,
se agrupam para se defenderem de ataques! Fazem parte
deste grupo: as sardinhas, as anchovas, os atuns e muitos
tubarões.
Peixes que vivem nos fundos:
Nunca viu um linguado! Não perca está experiência, eles
vivem se arrastando nos fundos de areias, e acreditem tem os
dois olhos de um mesmo lado! Vale à pena pesquisar mais
sobre este peixe exótico! As garoupas, peixes grandes que
podem ter até 2 metros de comprimento e até 300 kilos,
também fazem parte deste grupo. Só que as garoupas
preferem fundos rochosos!
Peixes que vivem nas profundezas:
São aquele que habitam o fundo do mar! O fundo do mar é
uma ambiente hostil, escuro e a quantidade de alimento é
escassa. Para enxergar neste habitat os peixes tem olhos
enormes! Para a captura de alimento também contam com
bocas enormes e dentes longos e afiados!
O Tamboril é um bom exemplo de peixe esquisito que vive
nas profundezas. Como muitos animais do fundo do mar, têm
iscas luminosas para atrair as presas.
Você sabe o que são fontes hidrotermais?
Podemos comparar as fontes hidrotermais aos oásis nos
desertos. Estas fontes que liberam água quente rica em
enxofre ficam perto dos chamados cristais oceânicos.
(situadas na zona de separação de placas tectônicas, a água
assim entre em contato com altas temperaturas). Cada uma
destas fontes possui uma comunidade única de animais que
por sinal são muito estranhos. São vermes gigantes,
bactérias, moluscos, grandes crustáceos entre outros.
A primeira fonte hidrotermal em foi descoberta por acaso em
1977 nas Ilhas de Galápagos a cerca de 3.000 metros.
Todos os tubarões são peixes de esqueleto cartilaginoso, o
mesmo material que temos nas orelhas e na ponta do nariz!
Sua pele é coberta por minúsculos dentes afiados chamados
de dentículos.
São carnívoros e se alimentam de peixes, crustáceos e até
mesmo de outros tubarões. Mas cuidado na praia, quem
nunca ouviu falar de ataque tubarões! Não é nada comum,
mas atenção as praias onde os tubarões gostam de aparecer.
Fique ligado, principalmente os surfistas que ficam boiando
em suas pranchas! Já que os tubarões vivem em ambientes
que vão das águas costeiras até o alto mar, ocupando toda a
coluna
d'água,
desde
o
fundo
até
a
superfície.
Segue algumas curiosidades sobre os tubarões:
Existem mais de 300 espécies de tubarão em todo o mundo.
São uma das criaturas mais antigas do planeta terra.
Surgiram há mais de 400 milhões de anos. Já imaginou?!
Tubarão Baleia vive nas águas do pacífico e é considerado o
gigante do mar. Possui aproximadamente 15 metros e pode
chegar a pesar até 15 toneladas.
Os tubarões tem ouvidos super desenvolvidos
escutar até uma distancia de 1.500 metros.
podem
Possuem dentes afiados com 8 centímetros de comprimento!
Seus dentes estão sempre sendo substituídos estima-se que
3.000 dentes são perdidos a cada ano! Em apenas 24 os
dentes podem ser substituídos.
Tubarão martelo como o nome diz, tem um focinho
semelhante a cabeça de um martelo.
O tubarão zebra, é daqueles que topa tudo e não vê o que
come. Ou melhor, como tudo o que vê pela frente. O tubarão
bentônico vive em águas profundas e por isto possui olhos
bem grandes!
Este tubarão é demais! O tubarão megalodon caminha no
fundo do mar com suas barbatanas.
Os polvos não são peixes e sim moluscos. São da mesma
família do caracol! Possuem o corpo mole, e tem como
característica principal seus oito braços, ou melhor,
tentáculos.
Quando se sente ameaçado o polvo solta uma tinta negra, a
sepia, como forma de defesa. São animais cheios de
particularidades, vivem sozinhos em águas rasas e quentes.
Gostam de tocas em rochas e cavernas. Não são grandes mas
também não são pequenos, medem em média entre 20 cm e
50 cm.
O peixe espada pode ser encontrado em todos os oceanos
tropicais. Sua famosa espada é um prolongamento de seu
focinho, que utiliza para pegar as suas presas. É um dos
animais mais rápidas do oceano podendo alcançar 240 km por
hora.
A pesca esportiva deste peixe é bastante comum, mas
atualmente os esportistas apenas capturam o animal e depois
soltam ao mar! É um esporte consciente que preserva a
espécie!
Espada
Um peixe pacífico e muito bonito
O peixe Espada é muito conhecido por sua cauda longa e
pontiaguda além da sua coloração vermelha. Quase todo
mundo já viu ou criou uma deles. Em grego o nome
Xiphophorus, significa portador de espadas. Porém, este
nome não se deve, como muitos acreditam, à cauda do
macho, que possui um prolongamento inferior com a forma de
uma espada, mas sim, ao formato do gonopódio, seu órgão
copulador, que é sustentado por uma dobra de pele em forma
de bainha.
Esta espécie, a Xiphophorus Helleri, originária da América
Central, tem comportamento pacífico, porém dependendo do
seu habitat, os machos podem se tornar agressivos. Eles
vivem em temperaturas em torno de 20º e nunca devem ser
mantidos em temperaturas abaixo de 25º pois podem adoecer
e se alimentar pouco.
Para cada macho deve haver três fêmeas. Eles adoram correr
atrás delas e " dar uma namoradinha " e com isso as fêmeas
acabam se estressando. O macho difere da fêmea por ter um
raio inferior na cauda, que lembra a lâmina de uma espada, já
a fêmea de coloração menos intensa tem a cauda em forma
de leque e é maior do que o macho. No cativeiro o macho
pode atingir 8 cm e a fêmea 10 cm.
A alimentação do peixe espada não é muito exigente. Basta
uma boa ração. Pode viver de 2 a 3 anos. É bom que se
mantenha o aquário tampado, pois o Espada é um excelente
saltador.
REPRODUÇÃO
O Espada é vivíparo, ou seja, se reproduz através de
fecundação interna (cópula). Os alevinos (filhotes) já nascem
com a forma adulta, só que menores. A reprodução em
aquários, permitiu se obter uma variedade bastante
diversificada tais como: Espada Negro, o vermelho sangue, o
Albino, o Wagtail (de nadadeiras pretas), o Tuxedo (com
manchas negras por todo o corpo) e vários outros tipos, que
além da diversificação da cor, possuem a cauda em forma de
lira ou véu.
É fácil saber quando a fêmea engravidou, pois quando isto
ocorre, ela apresenta uma grande mancha negra na base do
oviduto. Também um pouco antes de nascerem pode-se ver
os olhos dos alevinos através da fina parede abdominal. A
fêmea depois de grávida, dará cria em 40 dias, em torno de
50 a 100 alevinos. Apos o parto, os filhotes irão se refugiar
para escaparem de serem devorados pelos pais.
CURIOSIDADES
Alguns aquaristas e cientistas, já observaram o fenômeno da
mudança de sexo na fêmea do Espada. Certas fêmeas, depois
de algum tempo de vida, quando os ovários param de
funcionar, têm a nadadeira anal transformada em gonopódio,
ou seja, a cauda começa a se desenvolver na famosa espada
masculina. No entanto esta teoria é rejeitada por alguns
estudiosos, visto que o macho leva muito tempo para atingir
a maturidade e desenvolver as características sexuais
secundárias. Neste período antes do desenvolvimento o
macho tem o corpo roliço como as fêmeas adultas, resultando
para este grupo de estudiosos essa teoria enganosa de
"mudança de sexo".
Olá amiguinho, se você já foi para a praia, certamente
já viu uma estrela-do-mar de pertinho.
Apesar delas preferirem viver em locais fundos, como os
oceanos, às vezes as encontramos nas praias também.
São conhecidas hoje mais de 1800 espécies de estrela-domar. E, graças aos fósseis, acredita-se que elas estejam neste
planeta há cerca de 500 milhões de anos.
Muitas estrelas-do-mar têm cinco braços, a mesma forma de
uma estrela. Mas, existem espécies com até 25 braços!
Acreditam?
Por debaixo das pontas da estrela, existem muitas perninhas
e
uns
bracinhos
(ventosas),
que
as
possibilítam
movimentarem-se.
A estrela do mar é ovípara, põe os seus ovos no mar onde
habita. A boca também localiza-se na parte de baixo da
estrela. Elas se alimentam de ostras e moluscos.
A estrela-do-mar tem capacidade de regeneração. Ou seja, se
ela perder um dos braços, ele "nascerá" novamente. Em
alguns casos, este braço perdido poderá originar uma nova
estrela-do-mar. Incrível, não é mesmo?
Estrelas do mar
As estrelas do mar são seres de fantasia: parecem habitantes
do céu e o nome científico que as agrupa, asteroidea, reflete
essa condição. Além disso, chamam a atenção por suas
formas e cores e por terem uma natureza que, à primeira
vista, é misteriosa. A denominação de asteroidea compreende
cerca de 1500 espécies reunidas em diversas famílias. São
parte
dos
equinodermos
(também
citados
como
echinodermos), que ainda compreendem outros misteriosos
seres do oceano, como os pepinos do mar ou os ouriços, que
estão muito próximos das estrelas.
O site Sóis sob o mar informa que as estrelas do mar habitam
este planeta há cerca de 500 milhões de anos, e essa
persistência está claramente refletida em uma grande
quantidade de fósseis que contam sua história. Uma grande
parte das espécies de asteroidea tem cinco tentáculos em
volta de um núcleo, o que lhes permite alcançar essa
surpreendente forma de estrela. Entretanto, há outras
espécies que podem ter mais braços, inclusive dezenas deles,
como a denominada coroa de espinhos, que segundo algumas
pesquisas afeta os recifes de coral.
O núcleo, ou disco central, das estrelas do mar contém a
boca. Elas são animais com um sistema nervoso primário,
sem cérebro. Para entender o que ocorre ao seu redor
possuem sensores capazes de detectar a luz e o contato. Uma
das características mais assombrosas das estrelas do mar é
sua capacidade de regeneração, que entra em ação quando
perdem algum de seus braços. Existem algumas espécies
que, inclusive, podem regenerar-se a partir de um único
tentáculo.
Na Internet, as estrelas do mar geram uma grande
quantidade de informação. Ali é possível conhecer sua
natureza, contemplar as diversas formas que podem exibir,
ou buscar respostas para o mais básico: o que é uma estrela
do mar?
As estrelas do mar do ponto de vista da ciência (em inglês)
Estrelas do Mar, galeria e descrição (em inglês)
Starfish, asteroidea (em inglês)
Sóis sob o mar (em espanhol)
Crown-of-thorns, o que é uma estrela do mar (em inglês)
Echinodermata: sobre os echinlodermos (em inglês)
Os equinodermos (em espanhol)
Fósseis de estrela do mar (em inglês)
Família asteroidea (em espanhol)
Estrela coroa de espinhos (em espanhol)
Classe Asteroidea (em português)
Os fósseis da bacia de Sergipe-Alagoas (em português)
Biomania - Echinodermata (em português)
Inia geoffrensis
O Boto Cor-de-Rosa é um dos
mamíferos
aquáticos
mais
característicos da Amazônia. Cresce
até 2,5 metros de comprimento e pode
pesar até 90 quilos. É da família dos
cetáceos
(Platanistidae),
que
antigamente teve grande distribuição
pelo mundo, inclusive nos oceanos.
Hoje seus membros são limitados a
poucos rios de água doce, inclusive o
Amazonas/Solimões e o Orinoco. O
Boto Cor-de-Rosa vive especialmente
em águas relativamente rasas, onde
procura, de preferência, peixes de
couro tais como o tamuatá e o bagre.
Também não dispensa tartarugas
jovens, recém saídas do ovo.
A protuberância na cabeça é um tipo
de captador, utilizado para receber os
reflexos dos sons que fazem parte do
sistema de sonar que utiliza para navegar e encontrar sua
comida. Assim, consegue nadar até dentro da floresta
inundada na época da cheia e se locomover sem problemas
nas águas turvas da região.
Boto-cor-de-rosa
Nome Popular: Boto-cor-de-rosa
Nome
Científico Inia geofrensis
Comprimento Entre 2 e 2,5 metros
Família: Platanistidae
Peso Entre 100 e 160 kg
Distribuição No Brasil ocorrem na Bacia do
Amazonas
REPRODUÇÃO:
A estação de procriação inicia
entre outubro e novembro.
Com nascimentos que
acontecem 8.5 meses depois, em
maio e julho quando os níveis de
água chegam ao limite.
Os jovens nascem com 80 cm.
A duração de lactação ninguém
tem certeza, mas um individual
foi encontrado mamando um ano
depois de seu nascimento.
Características: Rostro longo, melão bem destacado, olhos
muito pequenos, corpo alongado,
nadadeira dorsal reduzida a uma corcova baixa, nadadeiras
peitorais largas, achatadas e flexíveis, a
dentição é do tipo heterodonte.
Os botos são golfinhos de água doce. Mas apesar de serem
parecidos, golfinhos e botos não são
iguais. Os golfinhos são acinzentados. Já os botos podem ser
pretos, acinzentados ou meio
avermelhados, como o boto cor-de-rosa. O bico do boto é
mais comprido e possui pêlos na parte de
cima.
Espécie exclusivamente amazônica com nadadeira dorsal
discreta. Tem formato fusiforme, ligeiramente
corcunda. Pescoço flexível. Cabeça com longo e pontudo bico
e com saliência na testa. Olhos muito
pequenos.
São animais diurnos e noturnos, ocorrendo em pequenos
grupos ou solitários. Alimentam-se de peixes,
inclusive espécies de fundo como o bagre e podem ingerir
crustáceos, tartarugas e cágados.
Raramente saltam fora da água. São curiosos e se aproximam
dos nadadores sem atacá-los. Possuem
profunda deficiência visual e desenvolveram excelente
sistema de localização por sonar. Ocorre nos
rios da bacia amazônica.
Cor: Existe o boto cor-de-rosa e o boto branco. O jovem
nasce cinzento e vira um cor-de-rosa
manchado quando eles ficam maduros. A coloração pode
variar bastante com a idade, atividade e local
em que o animal vive e está ligada com a irrigação sanguínea
dos vasos subcutâneos.
Comportamento: Estes animais são normalmente solitários
ou encontrados aos pares com sua mãe.
Se juntam para se alimentar e acasalar. Eles são os
nadadores normalmente lentos, mas capaz de
chegar a pequenas velocidades, até 23 km/hr. O Boto é uma
criatura curiosa, a respiração, as vezes,
barulhenta pode se elevar até 2 metros. Ativo, sobretudo no
amanhecer e entardecer, ele salta, às
vezes, mais de um metro. O mergulho dura, geralmente, 30 à
40 segundos. Os botos, como seus
parentes no mar, possuem atitudes amistosas em relação ao
homem e dão prova de grande
inteligência.
Curiosidades: Uma coisa engraçada sobre os botos é que
eles têm olhos bem pequenos e não
enxergam muito bem. Para se comunicar e se guiar eles
emitem uns gritinhos finos e prestam atenção
ao eco dos sons na água. Além disso, os pêlos do bico
também ajudam. Esses pêlos se chamam
vibrissas e têm função de tato e de direção, ou seja, servem
para o boto saber para onde está indo e
sentir o que vem pela frente. As vibrissas ajudam também o
boto a achar comida. Ele come peixes,
moluscos (como lulas e polvos) e crustáceos (como camarões
e caranguejos).
A Lenda: Ao cair da noite na Amazônia, o boto cor-de-rosa
deixa os rios e transforma-se em um lindo e
sedutor rapaz, que sai em busca de uma garota para
namorar. Além de galante e sedutor, o boto dança
como ninguém e enfeitiça as meninas indefesas. De
madrugada, o namorador volta para o rio, onde se
transforma de novo em boto. Essa é uma lenda contada na
floresta amazônica para explicar por que
tantas meninas têm filhos sem pai: são todos filhos do boto.
Perigo de extinção: O boto cor-de-rosa está ameaçado de
extinção no Brasil. Sua carne e seu couro
são muito preciosos na região da Amazônia, onde eles
continuam sendo caçados. Também há uma
grande procura pelos olhos do boto cor-de-rosa, considerados
amuletos de amor: as pessoas
acreditam que quem tem um olho desses arranja namorado
ou namorada fácil, fácil.
Fotografia de Michael Goulding
Existem dois tipos de botos na Amazonia, o rosado e o preto,
sendo cada um de diferente espécie com diferentes hábitos e
envolvidos em diferentes tradições. Viajando ao longo dos rios
é comum ver um boto mergulhando ou ondulando as águas a
distância. Se diz que o boto preto ou tucuxi é amigável e
ajuda a salvar as pessoas de afogamentos, mas o rosado é
perigoso. Sendo de visão ineficiente, os botos possuem um
sofisticado sistema sonar que os ajuda a navegar nas águas
barrentas do Rio Amazonas. Depois dos humanos eles são os
maiores predatores de peixes.
A Lenda
A lenda do boto é mais uma crença que o povo costumava
lembrar ou dizer como piada quando uma moça encontrava
um novo namorado nas festas de junho.
É tradição junina do povo da Amazônia festejar o nascimento
de Santo Antonio, São João e São Pedro. Em estas noites se
fazem fogueiras, se atiram foguetes enquanto se desfrutam
de comidas típicas e se dançam quadrilhas e outras danças ao
som alegre das sanfonas.
As lendas contam que em estas noites, quando as pessoas
estão distraídas celebrando, o boto rosado aparece
transformado em um bonito e elegante rapaz mas sempre
usando um chapéu, porque sua transformação nao é
completa, pois suas narinas se encontram no topo de sua
cabeça fazendo um buraco.
Como um cavalheiro, ele conquista e encanta a primeira
jovem bonita que ele encontra e a leva para o fundo do rio.
Durante estas festividades, quando um homem aparece
usando um chapéu, as pessoas pedem para que ele o retire
para que não pensem que ele é um boto.
(Inia geoffrensis)
Boto, nome dado aos golfinhos da
região amazônica. Eles são os
únicos mamíferos completamente
aquáticos da Amazônia.
NOME
COMUM:
Boto,
mas,
também é usado como Bouto ou
Boutu.
NOME CIENTÍFICO: Inia geoffrensis
NOME EM INGLÊS: Pink Dolphin
OUTROS NOMES: Golfinho do Rio Amazonas; Boto cor-derosa; Bufeo; Tonina; Golfinho rosa; Toninha rosa; Botovermelho
FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Cetacea
FAMÍLIA: Platanistidae
TAMANHO: 1,8 a 2,5 metros
PESO NO NASCIMENTO: mais
PESO ADULTO: 85 a 160 quilos
ou
menos
7
quilos.
REPRODUÇÃO: A estação de procriação inicia entre outubro
e novembro. Com nascimentos que acontecem 8.5 meses
depois, em maio e julho quando os níveis de água chegam no
limite. Os jovens nascem com 80 cm . A Duração de lactação
ninguém tem certeza mas, um indiviual foi encontrado
mamando um ano depois de seu nascimento.
COMPORTAMENTO: Estes animais são normalmente
solitários ou encontrados aos pares com sua mãe. Se juntam
para se alimentar e acasalar. Eles são os nadadores
normalmente lentos, mas capaz de chegar a pequenas
velocidades, até 23 km/hr. O Boto é uma criatura curiosa, a
respiração, as vezes, barulhenta pode se elevar até 2 metros.
Ativo sobretudo no amanhecer e entardecer, ele salta, às
vezes, mais de um metro. O mergulho dura, geralmente, 30 à
40 segundos. Os botos, como seus parentes no mar, possuêm
atitudes amistosas em relação ao homem e dão prova de
grande inteligência.
HABITAT: Rios de água doce.
LOCALIZAÇÃO: É encotnrado no Rio
Amazonas, Negro, Mamore, e Orinoco.
Rios do Peru, Equador, Brasil, Bolívia,
Venezuela, e Columbia. (Veja, no mapa
ao lado, a região em vermelho).
CARACTERÍSTICAS: Seu corpo é
granuloso, com nadadeiras dianteiras
muito grandes e bico denteado, longo e
estreito (veja a imagem ao lado). Uma
das
características
são
os
pêlos
modificados (vibrissas) sobre a parte superior do bico, que
provavelmente têm função tátil. Depois de anos de
isolamento nas águas turvas do rio, a seleção natural
permitiuque o senso de visão se reduzisse um pouco, e daí
resultaram olhos que são muito menores que os dos distantes
golfinhos do mar. O Boto da Amazônia apresenta uma
saliência na cabeça, o "melão", por onde emite ondas ultrasonoras. Estas ondas refletem sobre os corpos sólidos,
retornando como eco, orientando o boto, perfeitamente, em
águas negras ou barrentas, com
reduzida ou até nenhuma visibilidade.
SOCIABILIDADE 1 a 2 indivíduos, até
15 em estação seca
ALIMENTAÇÃO: O Boto alimentam em
uma
variedade
de
peixes
e
caranguejos. Também se alimentam
ocasionalmente de pequenas tartarugas. Alimenta-se de
peixes, mas pode também ingerir moluscos e crustáceos.
POPULAÇÃO
MUNDIAL
E
AMEAÇAS:
População
desconhecida, a ameaça deste golfinho é as redes de pesca,
caça, a poluição, a destruição do hábitat natrural. Sua carne
não é apreciada mas, os homens utilizam a sua gordura para
óleo de lanternas, os olhos e a genitália para feitiço.
COR: Existe o boto cor-de-rosa e o boto branco.
O jovem nasce cinzento e vira um cor-de-rosa
manchado quando eles ficam maduros. A
coloração pode variar bastante com a idade, atividade e local
em que o animal vive e está ligada com a irrigação sanguínea
dos
vasos
subcutâneos.
SURGIMENTO DO NOME: Os índios de Guarayo da Bolívia
chamavam este golfinho Inia. Quando Geoffroy St. Hilaire o
encontrou usando o nome dos índios para a classificação do
gênero. Após a expedição de Jacques Cousteau, esse boto foi
impropriamente denominado de "boto-cor-de-rosa". Porém, o
Inia sempre foi conhecido como boto-vermelho, tanto pelos
ribeirinhos, como pelos pesquisadores do INPA, e a nova
denominação causou insatisfação.
PARTICULARIDADE:
Os
botos
apresentam
uma
particularidade: sua genitália é semelhante à do homem e da
mulher. Daí existirem estórias a respeito de relações sexuais
entre homens e fêmeas do boto, e mulheres com o boto
macho.
O BOTO E AS ESTÓRIAS E
LENDAS - Sobre botos existem mil
e uma histórias e mil e uma
crenças. Segundo a lenda, os
botos, ao anoitecer, transformamse em jovens bonitos, altos, fortes,
bons dançarinos e bebedores.
Voluptuosos
e
sedutores,
freqüentam bailes, namoram e enganam as moças que
chegam às margens dos rios, engravidando-as. De
madrugada voltam para o rio onde recuperam a forma
animal.
É comum, no norte do Brasil, a expressão 'filho de boto' para
definir filhos sem pai. As primeiras informações sobre o boto
apareceram no século XIX. Na época, o desconhecimento
sobre esta espécie fez surgir histórias variadas como, por
exemplo, que o boto amazônico é uma réplica da mãe d'água
e o boto tucuxi ajuda aos náufragos, empurrando-os para a
praia. O olho do boto, seco, é um eficaz amuleto amoroso
depois de manipulado pelo feiticeiro.
A mulher menstruada não pode viajar de canoa, porque o
boto a persegue, e, se houver descuido, pode até ser
arrebatada da "montaria".
Há, inclusive, crianças registradas como "filho do boto".
Segundo as crendices populares da Amazônia, quando os
ribeirinhos promovem festas nos barracões, nas ribanceiras
do rio, o boto, vestido com roupa branca, impecável, e de
chapéu na cabeça, mistura-se entre os homens. Ostenta
elegância e educação e demonstra habilidade na dança,
atraindo os olhares das mulheres que, imediatamente, ficam
encantadas por ele. O boto escolhe a dama com a qual
dançará por toda a noite, enquanto os homens lançam
olhares de inveja e de ciúmes. Essa dama é sempre a
"cabocla" mais linda e a mais cobiçada do baile.
Quase sempre, a dançarina enamora-se do lindo jovem e sai
com o boto, ao relento, para passear embaixo das
mangueiras. Meses após o baile, a moça, ainda encantada e
saudosa dos carinhos do "homem" mais galante que
conheceu, apresenta os primeiros sinais de gravidez não
planejada... "foi o boto!" Ao registrar o filho, a mãe solteira
informa, com orgulho, que "o pai da criança é o boto!".
Dizem que em naufrágios o boto procura socorrer os
náufragos. Segundo uma versão, ajudaria apenas as
mulheres, até para manter sua fama de conquistador...
Noutra, ajuda indiferentemente homens e mulheres. Não são
poucas as pessoas que, ao escaparem de morrer afogados,
atribuem- além de a Nossa Senhora de Nazaré - ao boto o
seu salvamento.
Os órgãos sexuais, quer do boto quer da sua fêmea, são
muito utilizados em feitiçarias, visando a conquista ou
domínio do ente amado. Porém o mais utilizado mesmo é o
olho de boto , que é considerado amuleto dos mais fortes na
arte do amor. Dizem mesmo que, segurando na mão um
amuleto feito de olho de boto, tem que Ter cuidado para
olhar, pois o efeito é fulminante: pode atrair até mesmo
pessoas do mesmo sexo, que ficarão apaixonadas pelo
possuidor do olho de boto, sendo difícil desfazer o efeito...
Contam-se várias histórias em que maridos desconfiados de
que alguém estava tentando conquistar suas mulheres,
armaram uma cilada para pegar o conquistador. A cilada
geralmente acontece à noite, onde o marido vai a luta com o
seu rival e consegue feri-lo com uma faca, ou tiros ou com
um arpão... Mas o rival, mesmo ferido, consegue fugir e
atirar-se n'água. No dia seguinte, para surpresa do marido e
demais pessoas que acompanharam a luta, aparece o cadáver
na beira d'água, com ferimento de faca, ou de tios ou ainda
com o arpão cravado no corpo, conforme a arma utilizada,
não de um homem, mas pura e simplesmente... de um boto!
Nome Comum: Peixe palhaço
Nome em espanhol: Pez payaso rojo
Nome em Inglês: Red Clownfish or
Tomato Anemonefish
Nome Científico: Amphiprion frenatus
Filo: Chordata
Superclasse: Pisces
Classe: Osteichthyes
Ordem: Perciformes
Família: Pomacentridae
Características:
Comprimento: 8 m
Cor:
Vermelho-ferrugem,
com
listras
verticais
Cabeça curta, boca pequena, dentes pouco desenvolvidos.
O peixe-palhaço ou anfitrião passa todo
o tempo perto das anêmonas-do-mar.
Ele se esconde do perigo e dorme no
meio dos tentáculos venenosos da
anêmona. Às vezes, chega mesmo a
roubar alimento da boca de sua
protetora, embora também traga comida
para um lugar onde ela alcance. Este
pequeno peixe, ao contrário de outros,
está a salvo dos ferrões da anêmona.
O motivo pelo qual o peixe-palhaço não sofre os efeitos das
células urticantes da anêmona ainda não
é bem conhecido. Alguns cientistas
acreditam que o muco que recobre o
peixe protege-o contra o veneno.
Entretanto, somente os peixes-palhaços
sadios estão protegidos. Os doentes são
mortos pela anêmona.
O peixe-palhaço ou anfitrião é encontrado nos oceanos
Atlântico e Pacífico. É pequeno, ágil e de colorido brilhante. A
fêmea põe seus ovos na base de uma anêmona-do-mar.
(Poecilia rericulatus)
Origem: América Central.
Comprimento máximo: macho 3 cm e
fêmea 6 cm.
Reprodução: ovovivíparo.
pH: alcalino (7,2 a 7,5).
Temperatura: 24 a 28 ºC.
Aquário: médio com plantas.
Alimentação: alcon GUPPY , alcon COLOURS , alcon Mini
Betta .
Comportamento: pacífico, mantê-lo com peixes pequenos e
pacíficos.
Ágeis e multicoloridos, os Lebistes são utilizados em aquários
desde meados de 1900. Entretanto, sua utilização não se
limita apenas a esta. Devido ao seu hábito voraz de se
alimentar com larvas de insetos, os Lebistes são utilizados em
países do Oriente como ferramenta de controle biológico. Já
foram utilizados também no Brasil, na década de 30, para
combater os transmissores da Malária e da Febre Amarela.
São também utilizados em laboratórios, nos experimentos
ecotoxicológicos, genéticos, comportamentais e reprodutivos.
Origem:
Os Lebistes são originários da América do Sul e Central, mais
precisamente de estuários localizados em Barbados, Trinidad
Tobago, Venezuela, Guianas e porção norte do Brasil.
Conhecidos também por Peixe Arco-íris, Barrigudinho,
Bandeirinha, Sarapintado e Guppy encontram-se hoje
espalhados por todo o mundo. Antes de ser classificado
cientificamente como Poecilia reticulata, o Lebiste já foi
conhecido por Girardinus guppyi e Lebistes reticulatus. O
nome Guppy é na verdade o sobrenome de Robert J.L Guppy
que foi homenageado pelo naturalista inglês Guenther, que
recebeu de Robert os primeiros peixes coletados na América
Central no ano de 1860. Já o nome popular Lebiste deriva do
gênero
Lebistes
ao
qual
pertencia.
Pertence a família dos Poecilidae (Poecilídeos) da qual
também fazem parte Molinésias, Platys e Espadas.
É um peixe de fácil manutenção sendo recomendado para
todos os tamanhos de aquários desde que obedecidas suas
necessidades básicas como pH e temperatura. É interessante
observar o número de fêmeas que deve ser maior que o de
machos, na razão de 3:1.
Reprodução:
As fêmeas desta espécie não depositam ovos, mas sim dão à
luz filhotes prontos. São classificados então como peixes
ovovivíparos. Erroneamente são por vezes citados como
peixes vivíparos, mas há uma grande diferença entre estas
duas formas de reprodução. O termo vivíparo está relacionado
com embriões que são nutridos diretamente pela mãe através
de uma estrutura semelhante ao cordão umbilical. É o que
acontece, por exemplo, com algumas espécies de Tubarões.
Já o termo ovovivíparo refere-se a embriões nutridos pelo
saco vitelínico, envoltos por uma membrana (ovo) que se
desenvolvem no interior da mãe. De maneira geral seria como
“chocar” os ovos internamente. Os filhotes se desenvolvem
então dentro destes ovos que ficam guardados a salvo no
interior da mãe. Quando o desenvolvimento se completa, a
casca se rompe e o filhote, alevino, é expelido pela mãe.
Os machos diferenciam-se das fêmeas pela cauda, que é bem
maior, pela coloração mais intensa, e pela presença do
gonopódio, uma estrutura semelhante a um pequeno tubo
localizada na região ventral. Esta estrutura possibilita a
transferência dos gametas masculinos para dentro da fêmea,
possibilitando a fecundação interna. Já as fêmeas apresentam
uma mancha na parte ventral, próxima a cauda, que se torna
mais escura quando os ovos começam a se desenvolver.
Quando os filhotes estão a ponto de nascer esta mancha
torna-se mais “baixa”, a fêmea apresenta-se muito barriguda
e com a respiração ofegante.
Para reproduzi-los é aconselhável 3 a 5 fêmeas para cada
macho. Esta espécie, assim como acontece com outros peixes
ovovivíparos, não apresenta cuidado parental, ou seja, os pais
não cuidam dos filhotes após o nascimento. Além disso a
permanência dos pequenos alevinos junto com exemplares
adultos, inclusive a própria mãe, pode ser desastrosa, já que
tendem a ser devorados. Em função disso as fêmeas grávidas
podem ser postas em criadeiras individuais onde, logo que
nascem, os filhotes são separados da mãe. Recomenda-se um
aquário com cerca de 15 a 20 litros de água e que contenha
plantas naturais como Elodea, Cabomba, Sagitária e a
Samambaia d'água, para que os alevinos, ao passarem por
entre as frestas da criadeira, possam se refugiar. O período
de gestação varia de 20 a 30 dias. Os filhotes devem ser
alimentados com alcon Alevinos durante o primeiro mês de
vida.
Aos dois meses de idade já é possível a diferenciação de
machos e fêmeas, que estão prontos para a reprodução.
Nesta fase já podem ser alimentados com outras rações como
alcon Guppy, alcon Basic e alcon Gold Spirulina Flakes. Para
um desenvolvimento mais adequado, é recomendado permitir
a reprodução somente a partir dos quatro meses de idade.
Uma característica bastante interessante é a capacidade que
as fêmeas têm de armazenar o esperma dos machos por um
longo período, podendo ter mais de 3 gestações seguidas sem
a presença do macho para nova fecundação. Esta
característica é muito importante quando se pretende fazer
cruzamentos específicos entre machos e fêmeas escolhidos
previamente. Para obter o resultado esperado neste
cruzamento, é necessário primeiramente “limpar” a fêmea, ou
seja, mantê-la sem contatos com machos durante um período
de 6 meses, para que ela acabe com um possível estoque de
esperma de outro macho.
Para o sucesso da reprodução devem ser observadas boas
condições ambientais, como temperatura em torno de 28 ºC e
pH próximo a 7,2.
Com os devidos cuidados e um pouco de atenção diária o
Lebiste certamente deixará seu aquário mais alegre e muito
colorido.
Peixe-Anjo-Preto
NOME COMUM: peixe-anjo-preto
NOME EM INGLÊS:
NOME
pomacantusarcuatus
FILO: Chordata
PERCLASSE: Pisces
CLASSE: Osteichthyes
ORDEM: Perciformes
FAMÍLIA: Chaetodontidae
CIENTÍFICO:
Tamanho: 40 cm
Diformismo sexual indeterminado
O peixe-anjo-preto, originário do oceano Pacífico, faz parte da
subfamília
Pomacanthidae,
cujos
representantes
são
consideerados, principalmente por suas cores, como os mais
belos peixes marinhos do mundo. São, por isso, muito
procurados pelos possuidores de aquários, embora esses
peixes não se reproduzam em cativeiro.
o peixe-anjo-preto tem dimensões variáveis, podendo chegar
a 40 cm de comprimento, com o corpo bastnate alto e muito
comprido lateralmente. A boca é pequena e situada na
extremidade do focinho que, em alguns gêneros é bem
alongado; as mandíbulas são cobertas por um grande número
de dentes pequenos. A nadadeira dorsal é longa, composta
por um número variável de 9 a 15 raios espinhosos fortes; a
nadadeira anal, também longa, tem 3 ou 4 raios espinhosos.
O peixe-anjo-preto não apresenta dimorfismo sexual eidente,
isto é, macho e fêmea parecem idênticos, o que não corre
com a maioria dos peixes. No aquário, ele convive bem com
peixes menores, mas pode brigar com outros de seu
tamanho.
Qual é a diferença entre um siri e um caranguejo?
A maior diferença entre esses dois animais é que o siri
apresenta o último par de pernas em forma de remo.
Apesar de possuirem 10 pés, os siris usam apenas quatro
pares para se locomover. O par restante tem a forma de
pinças, com as quais o animal se defende e prende os
alimentos para levá-los à boca.
O siri é um animal invertebrado, ou seja, não possui ossos.
No litoral brasileiro podemos encontrar 14 espécies
conhecidas e alguns exemplares com mais de 15 centímetros
de envergadura.
Ele vive nas praias lodosas e podem subir pelos riachos que
desembocam no mar. Na época de colocar os ovos, a fêmea
retorna ao mar, para que as larvas se desenvolvam.
Uma particularidade engraçada do siri é que ele anda de lado!
Você acredita?
O siri é carnívoro, alimentando-se de peixes, moluscos e
outros crustáceos.
Um peixe para lá de exótico
O cavalo marinho é uma espécie de peixe muito curiosa e, no
mínimo, exótica. Todos, algum dia, já pararam em frente a
um aquário para admirar este peixe. Ele faz
um grande sucesso, não só pela sua
aparência, mas também pela maneira como
nada.
Seu corpo é coberto por placas dérmicas que
servem de proteção contra os inimigos. Ele
se mantém na posição vertical, utiliza a
barbatana dorsal como único meio de
propulsão.
Sua capacidade natatória é bastante limitada
por isso vive em águas calmas e abrigadas,
como estuários, onde existem algas e
plantas marinhas. Neste ambiente, o cavalo
marinho pode se enrolar mantendo-se imóvel.
Podem ser colocados em pequenos aquários com corais ou
objetos que eles possam se prender. Bons companheiros para
o cavalo marinho são peixes pequenos e lentos.
O cavalo marinho se alimenta de pequenos moluscos, vermes,
crustáceos e plâncton que são sugados através do seu focinho
tubular. No aquário ele se alimente de artêmia salina e
dáfnias. Alimentos que não se movimentam não serão
comidos já que ele não tem costume de ir buscar alimento.
Ele come o que estiver passando por ele.
Quanto à sua reprodução, há um aspecto interessante: os
ovos são depositados numa bolsa ventral do macho. Após
uma parada nupcial, a fêmea deposita os ovos nesta bolsa
para então serem incubados, nascendo os juvenis
completamente formados, já muito semelhantes aos adultos.
Origem
A sua área de distribuição inclui o Atlântico (das Canárias ao
Mar do Norte) e Mediterrâneo.
Seu nome científico é Aptenodytes forsteri da ordem
dos Sphenisciformes e da família Spheniscidae
(Pingüins). O pingüim-imperador vive no continente
antártico, em colônias muito numerosas. Na Ilha de
Coulman, por exemplo, chegam a reunir-se cerca de
300.000 pingüins-imperador. No início de outubro
(março), macho e fêmea acasala, e, após botar o ovo, a
fêmea volta para o mar, deixando ao macho a tarefa de
choca-lo. Durante 64 dias, o macho não faz outra coisa.
Imóvel, ele passa mais de dois meses em jejum, até o
ovo eclodir; e, quando o recém-nascido rompe a casca,
é o pai, ainda, que lhe oferece a primeira refeição: uma
secreção de sua goela. Então a fêmea retoena e assume
suas resposabilidades maternas, enquanto o pai vai
descansar.
Antes de o macho iniciar a incubação, o casal realiza a
"operação passa-passa" do ovo, com as patas. Se o ovo
escapar da pata de algum deles, e cair no chão, é
imediatamente desprezado, pois basta uma exposição
de segundos à temperatura ambiente (-30 a -80graus
Celcius) para que o embrião morra.
O ovo é inclubado numa dobra do abdome do macho, e
fica apoiado sobre suas patas, o que o isola do chão
gelado.
Protegido pelo calor paterno, o filhote aguarda a volta
da mãe que trará a indispensável provisão de alimento
fresco.
O filhote é alimentado com peixe regurgitado. Por
vezes, a fêmea alimenta não apenas o seu filhote, mas
também outros recém-nascidos do bando.
O filhote do pingüim-imperador nasce coberto por uma
macia penugem cinzenta, não brilhante como a do
adulto, mas opaca. Essa característica permite a
máxima absorção de calor, indispensável até que ele
adquira a capacidade de regular a temperatura do
corpo. Com a chegado do verão, porém, a penugem é
substituída pelo tradicional "fraque" dos pingüins
adultos. Então ele deixa a colônia e aventura-se pelos
mares.
Exelente
nadador,
o
pingüim-imperador
pode
mergulhar até 60 metros de profundidade, e é capaz de
resistir 15 minutos debaixo d'água.
O ciclo do pingüim-imperador:
1. os flhotes entram no mar; 2. a colônia se desfaz; 4-5.
formação da colônia, acasalamento e postura; 6-7. o
macho choca o ovo, a fêmea vai para o mar; 8. eclosão
do ovo e o retorno da fêmea; 9-12. a fêmea cuida do
filhote, e o macho parte para o mar.
PINGUINS
Os primeiros europeus que viram pinguins, pensaram
que estes eram peixes com pernas. Na realidade, são
aves marinhas muito especializadas, cujas asas não
servem para voar, mas sim para nadar. Habitam as
zonas polares, formando colónias. Comem peixe e os
seus olhos estão adaptados para ver debaixo da água
salgada. As penas e a gordura sub-cutânea ptotegemno da água, do frio e do vento.
As penas proporcionam às aves o isolamento térmico
de que necessitam para manter uma temperatura de
corpo elevada. Para nenhuma outra ave esse facto é
mais importante que para os pinguins. Tendo
abandonado o voo em favor da deslocação a nado, as
suas penas ficam assim reduzidas à função única de
isolador térmico, cobrindo uniformemente o corpo em
vez de crescerem em zonas bem delimitadas, como na
maioria das outras aves. São, além disso, finas e curtas,
formando, juntas, uma cobertura densa totalmente
impermeável à àgua, muito semelhante à pelagem dos
mamíferos. Por este motivo, os pinguins conseguem
viver nas regiões mais frias da Terra. Vivem de 30 a 35
anos.
Ao mesmo tempo que proclamam a sua espécie, as aves
precisam de dar a conhecer o seu sexo. O pinguim
macho tem um jeito particularmente encantador de
descobrir o que lhe interessa saber sobre os seus
companheiros uniformizados. Apanhando um seixo com
o bico, ele dirige-se a um outro que esteja parado
sozinho e deposita-o solenemente no solo defronte. Se
receber uma bicada raivosa e observar um movimento
agressivo, percebe que cometeu um erro terrível: tratase de um outro macho! Se o presente é recebido com
total indiferença, ele encontrou uma fêmea ainda não
preparada para o acasalamento ou já comprometida
com outro macho. Apanha então o presente rejeitado e
continua a sua busca. Mas se a estranha aceita a oferta
efectuando uma profunda reverência, ele encontrou a
sua companheira. Faz outra reverência em resposta e o
par estica o pescoço e celebra a união com um côro
nupcial.
As morsas vivem em grupos, por vezes com milhares de
elementos do mesmo sexo, em águas muito frias do
hemisfério norte. Podem medir mais de
dois metros e pesar até 1700 quilos.
Destacam-se os seus afiados dentes
caninos, o seu focinho eriçado de bigodes e
a sua pele rugosa. Embora as presas sejam
utilizadas para subir para terra, a sua
função principal é desenterrar moluscos do
fundo do mar. O tamanho das suas presas de marfim só
é superado pelos dentes dos elefantes. Os machos têm
de cada lado da cabeça uma bolsa insuflável, que
utilizam como flutuador para manterem a cabeça fora
de água enquanto dormem, e para produzir um som
semelhante ao de uma campaínha.
As baleias primitivas teriam adoptado a vida aquática
há cerca de 50 milhões de anos. Bastante mais tarde talvez há 25 milhões de anos, sendo este número
apenas uma conjectura - outros mamíferos carnívoros
primitivos seguiram-lhes o exemplo. Estes seriam os
mamíferos pinípedes: focas, leõs-marinhos, otárias e
morsas. Tal como as baleias, os pinípedes sofreram
modificações consideráveis para a adaptação à vida
aquática. Os ossos dos membros tornaram-se muito
reduzidos, de modo que apenas as patas sobressaem
do corpo. Uma membrana liga os dedos, como numa
barbatana. As narinas, situadas no alto da cabeça,
permitindo que o animal respire estando a maior parte
do corpo imerso, mantêm-se quase sempre fechadas,
mas são providas de músculos especiais que as abrem
quando o animal quer respirar. A superfície frontal dos
olhos é plana, a forma mais adequada para debaixo de
água produzir imagens bem focadas. Para conservarem
o calor do corpo os pinípedes passaram a apresentar,
sob a pele, uma espessa camada de gordura. Estes
animais apresentam ainda outras modificações que lhes
permitem mergulhar e suster a respiração por longos
períodos. O volume de sangue do seu corpo é,
proporcionalmente ao tamanho, muito superior ao de
qualquer mamífero terrestre e, por esse motivo,
conseguem
armazenar
grandes
quantidades
de
oxigénio. Além disso, quando mergulham, contraem
alguns vazos sanguíneos mais importantes para que a
circulação do sangue arterial fique consideravelmente
limitada ao coração e ao cérebro. Simultaneamente as
pulsações descem de cerca de 100 por minuto para
aproximadamente 10. Assim o animal consegue manter
oxigenados os órgãos principais em prejuízo do resto
do
corpo.
A adaptação dos pinípedes não é, no entanto, tão
perfeita como a das baleias, pois aqueles animais não
desenvolveram ainda uma maneira de se reproduzirem
no mar e têm de se dirigir às praias para dar à luz. O
tempo que passam em terra é um tempo muito difícil,
pois não só estão expostos aos ataques dos animais
terrestres, como não encontram ali o alimento
apropriado. Por isso é de toda a conveniência que as
crias se desenvolvam em pouco tempo e se tornem
independentes o
mais rapidamente possível.
As morsas reunem-se em praias durante a época da
reprodução e nalgumas ilhotas do mar de Bering
formam manadas de mais de 3000 indivíduos.
Existem dois grupos de pinípedes bem distintos que
descendem sem dúvida de antepassados pertencendo a
grupos de carnívoros diferentes. Com efeito os leõs
marinhos, as otárias e as morsas, todos dotados de
orelhas, teriam evoluido a partir de animais
semelhantes ao urso. O segundo grupo, o das focas,
que abrange mais de duas dúzias de espécies todas
dedsprovidas
de
orelhas,
teria
evoluído
de
antepassados semelhantes a lontras.
Sua ordem é dos Crocodylia e da família Alligatoridae.O
jacaré-açu (Melanosuchus niger), ou jacaré-preto, é o
maior dos jacarés: pode atingir 5 metros de
comprimento, e é o único que oferce algum perigo para
o homem. Ocorre apenas na bacia amazônica, onde
cada vez mais raro, pois tem sido muito caçado para
aproveitamento de sua pele.
O jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) alcança
2,5 metros de comprimento e vive em grandes rios, da
região amazônica à bacia do Prata. O jacaré-tinga
(Caiman crocodylus) atinge 2,2 metros e ocorre na
bacia amazônica e nas margens do Parnaíba. O jacarécoroa (Paleosuchus palpebrosus) não ultrapassa 2
metros e é um dos mais difundidos jacarés brasileiros.
Crocodilos e Jacarés
Apenas 23 espécies de crocodilianos são conhecidas e todas
pertencem a uma única família Crocodylidae, partilhando
muitas características em comum. Devido aos seus corpos
poderosos, focinhos alongados e dentes ferozes, eles são
fáceis de identificar. Todos os membros da família dos
crocodilos estão adaptados para os estilos de vida aquática;
todos eles têm pés em forma de rede, narinas localizadas no
topo do focinho que auxiliam a respiração na água e
membranas transparentes para proteger os olhos embaixo
d’água.
Apesar destas semelhanças, eles possuem estilos de vida e
hábitat diferente. Os jacarés são encontrados somente no
continente americano, mas os verdadeiros crocodilos são
achados em regiões tropicais, da África a Austrália. Um
terceiro grupo, os gaviais, são encontrados somente no sul e
leste da Ásia.
Mesmo que as espécies variem de tamanho, os adultos
desses animais sempre são grandes, podendo medir 1,7
metro, como o jacaré-coroa ou mais de 7 metros, como os
crocodilos-de-estuário. Devido ao tamanho e velocidade na
água, eles são predadores perigosos em todos os lugares que
vivem – os mais novos podem comer peixes pequenos, rãs e
insetos, mas os adultos pegam peixes grandes, tartarugas e
até animais grandes (incluindo os humanos), principalmente
os crocodilos-de-estuário e o crocodilo do Nilo. A presa é
geralmente afogada e cortada em pedaços, depois é mais
engolida do que mastigada.
Os crocodilos mostram um comportamento social mais
complexo do que os outros répteis e são muito territoriais,
principalmente durante temporada de procriação. Diferente da
maioria dos outros répteis, eles são animais muito vocais e
podem fazer uma grande quantidade de ruídos, incluindo
rugidos, grunhidos e até ronronados. As fêmeas protegem
suas crias e podem ser agressivas com os intrusos. Na
maioria das vezes, os crocodilos transportam os mais novos
pela boca para protegê-los dos predadores.
História
Leia também: "Mandíbula Assassina"
O culto do deus Sebek é originário do Faium, que no Antigo
Império era apenas uma região alagadiça e aquática onde
pululavam os crocodilos. Obras executadas na região pelos
faraós da XII dinastia (1991 a 1783 a.C.) tornaram-na
cultivável. Em Shedet, a capital do oásis — em grego
Crocodilópolis — situada junto ao lago Moeris, foi construído,
no Médio Império, o principal santuário de Sebek. A partir dai
seu
culto
se
expandiu
por
todo
o
Egito.
O historiador grego Heródoto (aprox. 480-425 a. C.) é quem
nos conta:
Parte dos egípcios encara o crocodilo como animal sagrado;
mas a outra parte move-lhe guerra. Os que habitam as
vizinhanças de Tebas e do lago Moeris têm pelos referidos
anfíbios muita veneração. Escolhem sempre um para criar e
domesticar. Nas orelhas desses crocodilos põem brincos de
pingentes em pedras artificiais ou em ouro e pequenas
correntes e braceletes nas suas patas dianteiras. Dão-lhe
alimentos especiais e cuidam dele da melhor maneira possível
enquanto vive. Quando morre, embalsaman-no e depositamno numa urna sagrada.
Na outra extremidade do Egito, constata Heródoto:
Os habitantes de Elefantina e das vizinhanças não
consideram, absolutamente, os crocodilos animais sagrados,
não tendo nenhum escrúpulo em comê-los.
Os camponeses eram obrigados a conviver com os ferozes
crocodilos, mas a lenda diz que os habitantes de Dendera
eram imunes aos ataques desses monstros. Uma canção de
amor faz alusão a isso:
O amor de minha bem-amada, sobre a outra margem, está
em mim... mas um crocodilo mantém-se sobre o banco de
areia. Dentro d'água, patinho na corrente... acho o crocodilo
semelhante a um rato, pois meu amor por ela me fortalece:
ele será para mim como o Charme das Águas...
O belíssimo templo de Kom Ombo, da época greco-romana,
situado sobre uma colina às margens do Nilo, com edifícios
anexos e dentro de um recinto cercado de muros de tijolo, foi
dedicado ao deus Sebek e em seus arredores existia uma
necrópole de crocodilos embalsamados.
Sabe-se, também, que no ano 10 a.C., no lago Moeris,
sacerdotes egípcios mantinham um crocodilo domesticado,
alimentado com bolos e vinho feito de mel.
Textos de culto fazem supor que em outras localidades
também os crocodilos desempenhavam um papel importante
em certas cerimônias que se realizavam nos lagos sagrados.
Diferenças
Crocodilo X Jacaré
O que diferencia os jacarés
tamanho eles atingem?
dos
crocodilos?
Que
O professor Paulo Fernando Montenegro, do Departamento de
Morfologia e Fisiologia Animal da Universidade Federal Rural
de Pernambuco (UFRPE), responde:
Existem vários fatores que diferenciam jacarés de crocodilos,
e o primeiro deles se refere à classificação desses animais, ou
seja, o grupo a que eles pertencem. Isto pode ser explicado
da seguinte maneira: entre os répteis, existe uma família
chamada Crocodylidae, que engloba, além de jacarés e
crocodilos, um "primo" destes, chamado gavial. Dentro desta
família existem três subfamílias: Alligatorinae, na qual se
incluem os jacarés (oito espécies); Crocodylinae, que abarca
os crocodilos (13 espécies); e a subfamília Gavialinae,
representada por uma única espécie de gavial (Gavialis
gangelicus). Assim, podemos dizer que jacarés e crocodilos
pertencem a subfamílias distintas, dentro da família
Crocodylidae.
Diversas características morfológicas também indicam se o
animal é um jacaré ou um crocodilo: o focinho dos jacarés é
largo e arredondado (forma de "U", o que lhes permite
quebrar casco de tartaruga e conchas de invertebrados, para
se alimentar. O focinho dos crocodilos, ao contrário, possui
uma forma muito mais estreita e pontuda (forma de "V"),
indicando diferenças no tipo de alimentação em relação aos
jacarés.
Uma outra diferença facilmente notada diz respeito à
visualização da mandíbula quando os animais estão de boca
fechada. Nos jacarés, a maxila cobre praticamente todos os
dentes da mandíbula, de forma que praticamente não se
vêem os dentes inferiores. Nos crocodilos, alguns dentes
inferiores podem ser visualizados facilmente em um animal de
boca fechada.
Tem-se sugerido que os crocodilos tiveram um ancestral
marinho, e que durante a sua história evolutiva foram
invadindo ambientes de água doce. Prova disso é que hoje
algumas espécies de crocodilos apresentam glândulas
especiais na superfície da língua com função de excretar o
excesso de sal absorvido no ambiente. Os jacarés, no
entanto, tiveram um ancestral de água doce, e, assim, são
menos tolerantes à salinidade, de modo que as suas
glândulas linguais não são eficientes para excretar sal.
Com relação ao tamanho que esses animais podem alcançar,
registros indicam que os maiores exemplares conhecidos
podem atingir cerca de sete metros, como é o caso do
crocodilo-do-Nilo e do jacaré-açu (que ocorre na Bacia
Amazônica). No outro extremo, existem espécies nas quais o
indivíduo adulto mede cerca de 1,5 metro. Na maioria das
espécies, entretanto, os adultos apresentam um comprimento
médio em torno de quatro metros
Seu nome científico é Phoca vitulina da ordem dos
Pinnipedia (Pinípedes) e da família Phocidae (Focas). A
foca é um dos mamíferos aquáticos mais conhecidos. Já
foi um animal terrestre, mas, com a evolução, adaptouse à vida aquática e, gradualmente, seus membros
anteriores transformaram-se em nadadeiras. Vive em
grandes colônias nas áreas setentrionais do Atlântico e
do Pacífico. Faz também incursões em água doce,
percorrendo rios e lagos, às vezes distantes da costa.
A foca alimenta-se
carangueijos.
sobretudo
de
peixes,
lulas
e
Como não consegue usar os membros inferiores para se
deslocar em terra, a foca é obrigada a contorcer o
corpo, de maneira bastante desajeitada.
A foca nada muito bem, no fundo das águas ou na
superfície. Pode atingir profundidades de até 100
metros, e ficar sem respirar por mais de 10 minutos.
Embora tenha uma espessa camada de gordura sob a
pele, que a protege do frio, a foca adora tomar sol.
Enquanto o grupo se aquece, alguns machos ficam de
vigia.
Uma cena freqüente nos mares do Norte: uma foca
dorme sossegadamente, boiando na água.
A foca uso os membros anteriores não só como
nadadeiras, mas também para comer ou para se coçar.
Durante os invernos rigorosos, a foca vive sobre o gelo,
porque é o lugar mais quente. Faz buracos na superfície
gelada, emergindo de vez em quando para respirar.
Todos os anos, em março ou abril, colônias de focas
voltam ao lugar de origem, onde as fêmeas dão à luz.
O peródo de gestação varia entre oito e doze meses. Os
filhotes conseguem "andar" logo depois do nascimento,
mas só pelos 5 ou 6 meses nadam o suficientemente
bem para acompanhar os adultos no mar. Da metade de
dezembro ao fim de abril, as focas vivem em blocos de
gelo, à deriva; no resto do ano, reúnem-se na costa.
Dois
momentos
de
dedicação
da
mãe
foca:
amamentando o filhote; e mergulhando com ele em
caso de perigo.
O principal predador da foca é o homem, que mata
adultos e filhotes para aproveitar sua pele. Essa
matança indiscriminada, com finalidade exclusivamente
comerciais, reduziu o número de focas a cerca de
200.000 exemplares.
Quando o perigo é o urso-polar, a foca defende o filhote
com todas as forças.
A FOCA
Pertence à ordem dos Carnívoros, à família dos Pinípedes e
alimenta-se com peixes e invertrebados marinhos. Habita
preferencialmente nas costas arenosas e de águas pouco
profundas, sendo originária da Ásia Central. As focas estão
muitíssimo
bem
adaptadas à vida
marinha, com as
suas
pequenas
caudas
e
nadadeiras
anteriores
e
também
ouvidos
externos. Chega a
medir dois metros
de comprimento e
a pesar mais de
cem quilos. Têm os filhos em terra, apenas um de cada vez. O
tempo médio de vida varia entre os 25 e os 35 anos,
chegando
mesmo
a
atingir
40
anos.
A foca branca é muito caçada devido ao valor da pele,
empregue no fabrico de casacos e outros adornos.
A foca é um mamífero pinípede, que sofreu modificações
consideráveis para se adaptar à vida aquática. Os ossos dos
membros tornaram-se muito reduzidos, de modo que apenas
as patas sobressaem do corpo. Uma membrana liga os dedos,
como numa barbatana. As narinas no alto da cabeça,
permitindo que o animal respire estando a maior parte do
corpo imerso, mantêm-se quase sempre fechadas, mas são
providas
de
músculos especiais
que
as
abrem
quando o animal
quer respirar. A
superfície
frontal
dos olhos é plana,
a
forma
mais
adequada
para
debaixo de água
produzir
imagens
bem focadas. Para
conservarem
o
calor
do
corpo
passaram
a
apresentar, sobre a
pele, uma espessa
camada
de
gordura.
Apresentam ainda
outras
modificações
que
lhes
permitem
mergulhar e suster a respiração por longos períodos. O
volume de sangue do seu corpo é, proporcionalmente ao
tamanho, muito superior ao de qualquer mamífero terrestre
e, por esse motivo, conseguem armazenar grandes
quantidades de oxigénio. Além disso, quando mergulham,
contraem alguns vasos sanguíneos mais importantes para que
a circulação do sangue arterial fique consideravelmente
limitada ao coração e ao cérebro. Simultaneamente, as
pulsações descem de 100 por minuto para aproximadamente
10. Assim, o animal consegue manter oxigenados os orgãos
principais.
em
prejuízo
do
resto
do
corpo.
Para dar à luz têm que se dirigir às praias, aonde não só
estão expostas aos ataques dos animais terrestres, como não
encontram ali o alimento apropriado. Por isso é de toda a
conveniência para a foca fêmea que as crias se desenvolvam
em pouco tempo e se tornem independentes o mais
rapidamente possível. O leite da foca é extraordinariamente
rico - contendo 50% de gordura - e a cria aumenta de peso à
razão de cerca de um quilo por dia. Como durante o período
de amamentação a mãe não se alimenta, o que se verifica na
realidade é que ela converte a própria gordura em leite,
transferindo-a para a cria. Alguns dias após o nascimento, a
fêmea acasala de novo. Porém, como o período de gestação é
bastante inferior a
um ano, o óvulo
fecundado, ou ovo,
mantém-se
em
princípio sem se
desenvolver, sendo
a implantação na
parede do útero
retardada
por
vários
meses.
Quando finalmente
se dá a implantação, o ovo inicia o desenvolvimento e assim a
cria nascerá na época de reprodução seguinte, um ano
depois.
O grupo das focas, que abrange mais de duas dúzias de
espécies todas desprovidas de orelhas, terá evoluído de
antepassados semelhantes a lontras. Os membros das focas
quase lhe não são de qualquer utilidade em terra. Os
anteriores são tão curtos que o apoio que proporcionam é
muito reduzido, e os posteriores, como não podem ser virados
para a frente, de nada lhes servem. Com efeito, fora de água,
as suas patas posteriores mantêm-se geralmente com as
plantas unidas, tomando o aspecto de uma cauda.
A
foca
serve-se
das
barbatanas
anteriores
quase
exclusivamente para manobrar e das posteriores para a
propulsão, usando uma técnica na deslocação muito
semelhante à dos peixes. A maioria das focas, quando em
terra,
desloca-se
por ondulações no
corpo. Porém, a
foca caranguejeira
vive
sobre
gelo
flutuante
tão
escorregadio
que
tem de mover-se
sinuosamente,
à
maneira
das
serpentes.
As focas são mais
abundantes
nas
águas
polares,
aonde há enormes
concentrações
de
peixe. Existem no entanto espécies que vivem em águas mais
temperadas. As focas do gérero Monachus encontram-se na
Madeira e costa da Mauritânia, e possivelmente ainda no
Mediterrâneo e na zona das ilhas Havaí. Algumas espécies são
de pequenas dimensões - a foca do lago Baical, a única que
vive exclusivamente em água doce, mede apenas um metro e
meio, mas todos os grupos incluem uma espécie de grandes
dimensões. O elefante marinho, a maior espécie do grupo das
focas, atinge seis metros de comprimento e cerca de três
toneladas de peso.
A foca cinzenta,espalhada por todo o litoral do norte da
Europa e da América, é menos caçada do que as outras
espécies, por duas razões: ela é menos sociável que outras
espécies e nunca
forma
colónias
grandes nas praias.
Além
disso,
os
filhotes já nascem
com o pelo de
adultos,
de
um
cinza vivo e com
manchas escuras,
ao contrário do
belo pelo branco,
que é o orgulho (e
o infortúnio) das outras. A primeira muda de pêlo da foca
cinzenta ocorre no próprio ventre materno. A foca cinzenta
passa a maior parte do tempo nas águas árticas, e vem a
terra apenas para dar à luz e para se aquecer ao sol. Dorme
na superfície da água, acasala-se nela e só tem que
mergulhar para conseguir comida, que consiste em peixes e
caranguejos. O seu corpo em forma de torpedo é
perfeitamente adaptado para nadar, desde as pernas que se
transformaram em nadadeiras, até à cabeça redonda,
desprovida de orelhas. As narinas fecham-se quando ela
mergulha. Como as outras, a foca cinzenta é protegida do frio
por uma camada de gordura, e por um aparelho circulatório
especial.
Os leões-marinhos, também conhecidos por focas-orelhudas,
são mamíferos carnívoros habitantes das costas rochosas,
frequentemente
confundidos
com
as
focas.
Fazem parte da família dos otarídeos, a qual forma
conjuntamente com a dos focídeos (focas) e dos odobenídeos
(morsas)
a
ordem
dos
pinípedes,
alimentando-se
principalmente
de
peixes,
crustáceos
e
moluscos.
Todos os representantes destas 3 famílias têm em comum o
facto de abandonarem o mar apenas para a reprodução e
mudança da pelagem. O virem a terra garante os
acasalamentos que, de outro modo, estariam dependentes de
encontros
ocasionais
no
mar.
A família Otariidae compreende seis espécies de leõesmarinhos, designação porque também são conhecidos devido
à força da sua voz e à juba, relativamente espessa, exibida
pelos machos. O leão-marinho de Steller, do Pacífico
Setentrional, e que se encontra desde o Estreito de Bering até
às costas ocidentais dos Estados Unidos da América e do
Japão, é o mais corpulento de todos, chegando a medir seis
metros
e
a
pesar
3
toneladas.
A Octária do Árctico reúne-se em grupos de dois a três
milhões de indivíduos - as maiores manadas de mamíferos
existentes - na sua principal região,
as Pribilof, no Pacífico Norte.
Para procriarem dirigem-se a ilhas
onde não existem predadores. Os
machos dominantes demarcam o seu
território em princípios de Junho. As
fêmeas chegam em meados do
mesmo mês, nascendo as crias um
ou
dois
dias
depois.
Os
acasalamentos processam-se uma
semana
após
os
nascimentos,
durando cerca de dois meses,
período em que os machos não se
alimentam e pouco dormem, lutando
contra os seus opositores para
estabelecerem e manterem os seus
territórios.
A
gestação
dura
aproximadamente um ano (365 dias). No final desse período
nasce uma única cria, que é amamentada até fazer um ano, e
que se torna passados dois meses numa exímia nadadora.
Logo a seguir ao parto a mãe dirige-se para o mar,
regressando três vezes por dia para amamentar o bebé. Nas
costas ocidental e oriental da América do Sul encontra-se o
lobo-marinho (Otária byronia), uma das espécies mais
conhecidas dos jardins zoológicos, parques aquáticos e circos,
dada a facilidade com que se domestica e aprende a efectuar
exercícios e acrobacias. A pele desta espécie é lisa e sem
pêlo, de um tom chocolate - um pouco pardo - ficando quase
preta quando o animal se molha. À medida que envelhece a
parte
superior
da
cabeça
fica
mais
clara.
Todos têm os membros espalmados e adaptados à natação -
estão transformados em barbatanas. Mas as extremidades
posteriores podem mexer-se para a frente, como as de um
mamífero terrestre, o que lhes favorece bastante a marcha.
O homem é o seu principal predador. Os otarídeos têm sido
perseguidos pela espécie humana ao longo dos séculos.
Actualmente a sua caça, permitida dentro de certos
condicionalismos, possibilita ao homem uma fonte de peles,
carne e gordura, de que depende a sobrevivência de muitas
famílias. Face a leis protectoras, a população da maioria das
espécies vai-se mantendo estabilizada.
O comportamento do maior predador dos oceanos
De todos os animais do planeta, o tubarão branco é o maior
predador dos oceanos, com um peso de quase 2 toneladas e
até oito metros de comprimento. Sua dimensão é equivalente
à da orca.
O tubarão branco é muito individualista e instável, mudando
de comportamento a toda hora. Uma das armas mais
poderosas são centenas de sensores elétricos dispostos na
parte frontal do corpo, com os quais capta até as batidas
cardíacas de um outro animal à distância. Então pelo ritmo
das pulsações, ele avalia se a vítima potencial está assustada
ou tensa, situação em que pode ser dominada mais
facilmente. O seu bote é uma cena única. O Tubarão Branco é
capaz de projetar a boca para fora da face, aumentando o
tamanho da mordida para perto de um metro e meio, quase o
suficiente para engolir um homem em pé.
O alimento dos tubarões brancos e sua caça
Ao contrário do que mostra o filme Tubarão, o tubarão branco
não caça gente para comer. Ele gosta mesmo é de gordura,
que é abundante nas focas, leões e elefantes marinhos e
escassa nos seres humanos. É possível que o tubarão branco,
muitas vezes, se engane ao ver surfistas deitados na prancha,
remando com as mãos. Vistos do leito do mar, por onde o
caçador avança, eles ficam parecidos com leões marinhos.
Mas, no Brasil não é o tubarão branco que está atacando os
surfistas. Ele também é muito curioso, e às vezes morde para
satisfazer a curiosidade. Como não tem mãos, apalpa com os
dentes.
O alimento dos tubarões brancos são as focas, leões e
elefantes marinhos.
Clique aqui para saber como o Tubarão Branco caça.
O tubarão branco no livro vermelho de espécies em risco
de extinção
Apesar de seu tamanho, força e ferocidade, o tubarão branco
está ameaçado. No ano passado, uma das mais importantes
organizações ambientalistasdo mundo, colocou o tubarão
branco no livro vermelho de espécies em risco de extinção.
Esta medida foi tomada por 3 motivos:
1 - O tubarão branco é naturalmente raro, gerando apenas
um ou dois filhotes por vez;
2 - Tem uma das mais baixas taxas de procriação entre os
peixes;
3 - É perseguido tanto por aqueles que se orgulham de
enfrentar um animal perigoso, com por aqueles que o temem.
Tubarão branco: o ápice da cadeia alimentar
A despeito de toda a sua ferocidade, o tubarão branco precisa
ser protegido, como ele é o principal predador dos oceanos,
ele acaba sendo o ápice da cadeia alimentar, influenciando
todos os níveis inferiores. Antes de mais nada, controla a
população de focas e leões marinhos, suas presas favoritas.
Se ele desaparecer, as populações desses animais tendem a
crescer e a consumir mais peixes. Logo, o número de peixes
tende a cair. A reação em cadeia, pelo menos em princípio,
pode chegar às algas do plâncton, minúsculos organismos
que, em quantidade imensa, produzem a maior parte do
oxigênio da atmosfera. Os desequilíbrios decorrentes daí são
imprevisíveis. Sem o tubarão branco, os oceanos estarão
doentes.
O sexto sentido do tubarão branco
A ciência ainda sabe muito pouco sobre esse formidável
organismo, tão bem adaptado que quase não se alterou nos
últimos 60 milhões de anos. Os pesquisadores ficam
especialmente impressionados com o seu sexto sentido, a
chamada eletrorrecepção, por meio da qual detecta
minúsculos campos elétricos gerados pelo organismo dos
outros animais. Eles podem sentir um campo elétrico até
20.000 vezes menores que 1 volt, equivalente ao da batida do
coração de um peixe. Outro orgão sensorial muito importante
é o olfato, capaz de perceber uma gota de sangue numa
piscina.
Um peixe de águas tropicais e sua ausência
nas águas do sul do Brasil
O tubarão branco é um peixe de águas tropicais, pois gosta
do frio. Os cientistas têm verificado nos últimos anos que ele
circula principalmente em regiões próximas das correntes
frias e temperadas do planeta. A partir daí, nada para as
áreas de procriação das focas e leões marinhos, que se
situam em águas rasas, perto das praias de clima temperado
e semitropical. São os campos de caça do tubarão branco.
O resto do oceano continua sendo uma incógnita. Ninguém
sabe por exemplo, onde o tubarão branco se acasala e quais
são os seus hábitos de procriação.
Uma questão curiosa a esse respeito, é a ausência do bicho
nas águas ao sul do Brasil e na Patagônia, onde existem
correntes frias e grandes concentrações de focas e leões
marinhos. Talvez seja por respeito a outro grande predador, a
baleia orca, muito comum na região da Patagônia. Se ficar
confirmado essa hipótese, significa que os dois gigantes
fazem uma divisão de território, pois dividem o mesmo
alimento.
chrysomelas)
chrysopygus)
caissara)
Filo: Chordata
Nomes
comuns:
MICO
LEÃO
DOURADO;
MICO
LEÃO DA CARA DOURADA;
MICO LEÃO PRETO e MICO
LEÃO DA CARA PRETA
Nomes científicos: Mico leão
dourado
(Leontoithecus
rosalia) Mico Leão da cara
dourada
(Leontopithecus
chrysomelas) Mico Leão preto
(Leontopithecus chrysopygus)
Mico Leão da cara Preta
(Leontopithecus
caissara)
Nomes em inglês: Golden
lion tamarins (Leontoithecus
rosalia) Golden headed lion
tamarins
(Leontopithecus
Black
lion
tamarins
(Leontopithecus
Black-faced lion tamarins (Leontopithecus
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callithricidae
As quatro espécie de Mico leão ameaçados de extinção;
Leontopithecus, (L. rosalia, o Mico leão dourado; L.
chrysomelas, o Mico Leão de Cara Dourada; L. chrysopygus, o
Mico Leão Preto; e L. caissara, o Mico Leão de Cara Preta) são
endêmicos para a floresta Atlântica no Brasil.
O desmatamento, caça e comércio ilegal causaram a redução
drástica da populações de Mico leões durante os últimos 50
anos. Estimativas de população atuais são aproximadamente
1000 para o Mico Leão Dourado (MLD), 6,000 a 15,500 para o
Mico leãod e cara dourada (MLCD), 1000 para o Mico leão
preto (MLP) e somente 400 para o Mico leão da cara preta
(MLCP).
São ligeiramente menores que esquilos, os Micos são
chamados "Os reis da selva" porque possuem jubas ao redor
das faces o que os fazem se parecer com leões. todo os
membros desta família têm garras que eles usam para cavar
e procurar comidas, raizes e insetos.
Animais em Extinção
Nome
Nome
Nome
Nome
vulgar: ARARA AZUL
em Espanhol: Guacamayo Jacinto
em Francês: Ara hyacinthe
em Inglês: Hyacinth Macaw.
Nome em Alemão: Hyazinthara.
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Nome científico: Anodorhynchus hyacinthinus
Nome inglês: Hyacinthine Macaw
Distribuição: Interior do sul do Brasil, Maranhão, Bahia,
Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás.
Habitat: Buritizais, matas ciliares e cerrado adjacente
Hábitos: Têm o vôo pesado, no entanto são capazes de
descrever curvas fechadas
Longevidade: 30 a 40 anos
Maturidade: 3 anos
Época reprodutiva: Novembro a Janeiro
Gestação: Incubação: 30 dias
Nº de filhotes: Dois filhotes
Alimentação na natureza: Semente e frutas
Alimentação em cativeiro: Amendoim, girassol, milho
verde, coco seco, banana, mamão e laranja
Causas da extinção: Caça e Destruição do meio ambiente
Menos dotada que seus parentes, os papagaios, a arara só é
capaz de aprender algumas palavras isoladas. Desde o século
XVI as araras são muito procuradas como bichos de
estimação e, antigamente, possuir uma arara era sinal de
grande riqueza.
As araras maiores e mais coloridas são encontradas nas
florestas tropicais das Américas. São freqüentemente caçadas
e mantidas em cativeiro. Existem 18 espécies de arara, todas
com bico forte, língua carnosa e cauda longa em forma de
espada. O bico forte permite que elas escavem o tronco das
árvores para comer larvas de insetos. As araras, em geral,
fazem ninhos no oco de árvores como palmeiras. Os ovos são
postos na primavera e os adultos alimentam os filhotes
regurgitando a comida. Com seis meses de idade as araras já
são bichos adultos.
Urso-Polar
Seu nome científico é Thalarctos maritimus da ordem dos Carnivora
(carnívoro) e da família Ursidae (Ursos). O urso-polar é uma das maiores
espécies de urso. Alguns exemplares podem atingir cerca de 2 metros de
comprimento e pesar 700 kilos. Embora pesado e maciço, move-se com
facilidade na paisagem branca do Ártico. O pêlo longo e gorduroso mantém
seu corpo aquecido, e a camada de gordura subcutânea é uma proteção
adicional contra o frio. Bom pescador e caçador, o urso-polar investe contra
suas pressas na água ou em terra firme. Na água sente-se à vontade porque a
gordura e o ar nos pulmões permitem que ele flutue com facilidade. Além
disso, as membranas entre os dedos fazem do urso-polar um nadador mais
eficiente que os outros ursos: é o único que dispõe
desse recurso.
Paciente e esperto, o urso-polar aguarda o momento
em que a foca sobe a superfície para respirar. Uma
enérgica patada é suficiente para matá-la. Depois,
basta puxá-la para fora da água.
O urso-polar acasala na primavera. No outono, as
fêmeas grávidas escavam uma toca e caem num estado
semi-sonolência. Os filhotes nascem nesse abrigo,
durante o inverno.
A ninhada é, no máximo, de três filhotes. Estes nascem
cegos e sem pêlos, e são amamentados por cerca de
três meses e meio.
Nadador lento (sua média
excepcionalmente
resistente,
é
o
4km/h), porém
urso-polar
pode
permanecer na água durante horas. Ao nadar, ele usa
apenas as patas anteriores para a propulsão.
Os pêlos na planta dos pés protegem o urso-polar do
frio e oferecem-lhe mais firmeza ao caminhar sobre o
gelo.
A presa favorita do urso-polar é a foca, mas
ocasionalmente
ele
ataca
a
raposa-branca,
o
boialmiscareiro e a rena. E devora peixes como o
bacalhau e o salmão
Distribuição
geográfica:
espécie
exclusiva
do
hemisfério norte, o urso-polar habita as regiões do
Ártico (Alasca, norte do Canadá, Groenlândia, extremo
norte da Europa e Sibéria).
Habitat: os gelos eternos da calota polar, ilhas do
oceano glacial Ártico e as costas setentrionais da
América e Eurásia.
Medidas de proteção: o meio inóspito do Ártico torna
difícil um calculo do número de ursos-polares; estimase que existem atualmente cerca de 20.000. Esse
número reduzido é atribuido por diversos fatores - a
caça de que têm sido vítimas, ao longo do tempo, e
casuais naturais. O urso-polar vive em grupos
pequenos de três ou quatro indivíduos, e, por isso, fica
mais exposto a agressões externas. A fêmea dá à luz
uma vez por ano, e a cria é, no máximo, de três filhotes
com dito antes, - número muito pequeno, que não
favorece o aumento da espécie. Até os dois ou três
primeiros anos de vida, os filhotes permanecem com a
mãe, com quem aprendem a caçar e a sobreviver.
Nesse período, são extremamente indefesos e presas
freqüentes do lobo, um de seus inimigos naturais. O
urso-polar goza de proteção na Ex-União Soviética
desde 1.956. No entanto, só em 1.973 a dinamarca, a
Noruega, o Canadá, os Estados Unidos e a própria ExUnião
Soviética
se
assossiaram
num
plano
internacional de preservação da espécie. A caça foi
proibida em águas internacionais, mas reconheceu-se
esse direito às populações indígenas (esquimós). Ficou
terminantemente proibida a caça de avião, um
"esporte" muito praticado por milionários norteamericanos, bem como qualquer tipo de caça
motorizada. Fêmeas e filhotes gozam de proteção
absoluta.
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