Elas são répteis que surgiram há 150 milhões de anos, resistiram às drásticas mudanças da Terra que extinguiram inclusive os dinossauros. Mantiveram praticamente sua morfologia sem mudanças significativas até o tempo atual. Cinco espécies habitam e se reproduzem no Brasil. Todas estão ameaçadas de extinção e são protegidas por leis nacionais e internacionais. Elas realizam grandes migrações, retornando à mesma praia de origem para desovar. Os machos possuem longas caudas, as vezes maior que as nadadeiras posteriores. Nunca sobem às praias, geralmente esperam as fêmeas em frente à praia de desova e diversos machos disputam uma só fêmea. São, em geral, menores que as fêmeas. A cópula pode durar várias horas. A fecundação é interna e uma única fêmea pode colocar numa temporada de desova mais de 500 ovos divididos entre 3 a 6 posturas. Os ovos são chocados pelo sol e umidade da praia por cerca de 50 dias. Estima-se que 1 a 2 filhotes em cada mil sobrevivem até a idade adulta. As espécies que são encontradas no Brasil são: Caretta caretta É conhecida popularmente como Tartaruga Cabeçuda, devido à sua cabeça ser bastante grande em proporção ao restante do corpo, podendo medir até 25cm. Possui, quando adulta, a carapaça em forma de "coração" e a cabeça larga, ampla e subtriangular, com dois pares de escamas pré frontais e sua coloração é marrom-avermelhada. Os filhotes são escuros de cor marrom dorsalmente, plastrão usualmente muito pálido. Em geral o tamanho de fêmeas adultas está entre 81,5cm e 120cm, com um peso de 75Kg podendo chegar a até 200Kg. Ela é amplamente distribuida ao redor do mundo, do norte do Trópico de Câncer ao sul do Trópico de Capricórnio. Pode permanecer adormecida durante o inverno, enterrada em fundos de lama em águas moderadamente profundas, como baías e estuários. O registro mais ao sul é no Rio de la Plata, na Argentina. Sua desova aquí no Brasil está compreendida entre os meses de setembro à março em locais como Maranhão e Ceará. Também são registrados ninhos desde Sergipe até a Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. As fêmeas podem desovar de 2 a 5 vezes por estação, depositando uma média de 110 ovos em cada ocasião. O acasalamento desta espécie é realizado ao longo das rotas migratórias entre as áreas de alimentação e as áreas de reprodução. A incubação "ótima" ocorre entre as temperaturas de 26º C e 32º C; quanto menor a temperatura, dentro deste limite, maior a propensão de nascerem machos. A Tartaruga Cabeçuda é carnívora durante toda a sua vida. Se alimenta de: gastrópodes, bivalves, camarões, ouriços- do-mar, esponjas, peixes, lulas, polvos e águas-vivas. É a espécie mais comum desovando em nosso litoral. Chelonia mydas A Chelonia mydas é conhecida como Tartaruga Verde devido à cor de sua gordura localizada abaixo de sua carapaça. Possui uma coloração que pode ser escura, amarronzada e tons esverdeados e sua carapaça tem a forma oval. Os filhotes são marrom escuro ou quase preto. É a maior das tartarugas marinhas de carapaça dura. Pode variar de 71cm à 150cm e seu peso varia de 40Kg à 160Kg. Pode chegar a pesar até 350Kg. É amplamente distribuida nas águas tropicais e subtropicais, perto das costas continentais e em torno de ilhas. As praias de desova mais importantes no Atlântico são: Tortuguero na Costa Rica e Ilha Aves na Venezuela. A desova no Brasil ocorre do Pará ao Sergipe e em ilhas oceânicas como o Atol das Rocas, Fernando de Noronha e Ilha de Trindade; mas alimentam-se na costa brasileira, do estado de São Paulo até o Ceará. Sua desova também ocorre no verão. A Tartaruga Verde é herbívora, ou seja, alimenta-se de amontoados de pastagens marinhas que crescem em águas superficiais. Possui um comportamento migratório entre as áreas de alimentação e de reprodução. As populações da Ilha de Ascenção realizam migrações transoceânicas de mais de 2200Km, onde desova, para a costa do Brasil, onde é sua área de alimentação. Colocam entre duas a cinco ninhadas por estação. A quantidade de ovos por ninho varia de 38 a 195. Seu filhote move-se inicialmente dentro do habitat Anos perdidos depois de entrar no mar pela primeira vez. Passa este tempo flutuando em algas das espécies Sargassum fluitans e Sargassum natans. Após este período, as tartarugas são vistas novamente nos estuários, praias, e habitat de sistema recifal. É a espécie mais conhecida, em estado juvenil, no Brasil. Foi largamente utilizada para a fabricação de Sopa de Tartaruga. Dermochelys coriacea É popularmente conhecida como Tartaruga de Couro, isto devido à sua carapaça ser quilhada e sem escamas tendo a aparência de couro. Sua carapaça é de coloração preta com manchas brancas ou azuladas espalhadas ao longo das quilhas. Possui pontos rosados no pescoço, axilas e virilha. Pode chegar a ter 257cm de comprimento. Este foi o maior espécime registrado, que foi encontrado morto em Harlech Beach em Gwyneed Wales (EUA), em setembro de 1988. Seu peso chega a 916Kg. Crescem mais rápido que as outras espécies de tartarugas marinhas. Está mais adaptada às águas frias devido à sua derme grossa e oleosa. Como resultado, é a mais amplamente distribuida; há registros em altas latitudes onde as temperaturas da água oscilam entre 10º C e 20º C. Esta espécie tem hábitos pelágicos e se aproximam da costa somente durante a temporada de reprodução. Também conseguem descer a grandes profundidades e estão bem adaptadas aos mergulhos profundos. É uma tartaruga carnívora, se alimentando basicamente de águas-vivas e de sua fauna acompanhante. Por causa desta alimentação, elas freqüentemente confundem sacos plásticos ou celofane com águas-vivas e correm o risco de morrerem por indigestão. Prefere desovar em praias continentais. Normalmente desovam no outono e inverno, diferentemente das outras espécies de tartarugas marinhas, quando chegam em grandes grupos nos sítios de desova formando as arribadas. No Brasil está em situação muito delicada, poucos exemplares chegam ao litoral do Espírito Santo para efetuar a postura. As fêmeas normalmente desovam de 4 a 6 vezes por temporada, com 61 a 126 ovos por ninho. Normalmente mais da metade do ninho consiste de ovos pequenos e sem gema (não férteis). A incubação varia de 50 a 78 dias e a temperatura "ótima" é por volta de 29º C. Seus ovos e embriões são comidos por caranguejos, porcos e lagartos. Já os filhotes são predados por mamíferos, aves, peixes e lulas. Juvenis e adultos são atacados por tubarões e baleias Orca (Orcinus orca). Adultos são capturados em redes flutuantes para pesca pelágica e por linhas longas (Long-Lines) usadas para pesca de atum. Geralmente falando, não há pesca comercial para esta tartaruga, mas em alguns lugares sua carne é usada como isca na pesca de tubarões. Eretmochelys imbricata É conhecida popularmente como Tartaruga de Pente, pois seu casco era utilizado para a fabricação de adornos como pentes, aros de óculos, bijuterias e talheres. Sua carapaça é elíptica com os escudos dorsais imbricados (sobreposição das escamas). A cabeça é de tamanho médio, estreita e com um bico pontudo. É a mais colorida das tartarugas marinhas. As escamas da cabeça têm margens creme ou amareladas. O arranjo das cores é diversificado: marrom, preto, vermelho e amarelo. Ao longo do plastrão há duas quilhas. O comprimento da carapaça varia de 53cm à 115cm quando adultas e podem chegar a pesar 150Kg. É a mais tropical de todas as tartarugas marinhas, sendo a mais comum onde há formações recifais. Há registros de recaptura do mesmo indivíduo jovem no mesmo lugar sugerindo um comportamento não-migratório. Com isso elas têm áreas de alimentação tipicamente próximas às áreas de desova. A desova ocorre no verão e em poucas localidades, podendo ocorrer 1 ou 2 picos na mesma. Desovam de 2 a 5 vezes por estação, colocando de 73 a 189 ovos por ninho. A incubação ocorre entre 47 e 75 dias, sendo a temperatura "ótima" entre 27º C e 33º C. Há registros de comportamentos de "tomar sol" em praias inabitadas ou pouco habitadas, tais como nas ilhas a oeste do Oceano Índico. É uma tartaruga omnívora (come de tudo), comumente metem-se em fendas entre rochas e corais tendo uma dieta altamente variável. Alguns dados de conteúdos estomacais de vários estudos estão a seguir: Juvenis: anêmonas, medusas, algas, gastrópodes, polvos, lulas, esponjas, caranguejos, ouriços-do-mar, pedras e materiais plásticos. Sub-adultos e adultos: lagostas, caranguejos, animais incrustantes, algas, esponjas, moluscos, folhas de mangue, frutas, madeira, mexilhões, lulas, polvos. Lepidochelys olivacea É conhecida popularmente como Tartaruga Oliva devido à sua coloração esverdeada. É a menor e mais desconhecida tartaruga no Brasil e em Sergipe é conhecida como Tartaruga Comum, pois se reproduz em maior número neste local. Sua carapaça é quase redonda e os escudos laterais são sempre mais de 5 pares. Tem coloração esverdeada e, com o crescimento, passa a ser cinza. É a menor das tartarugas marinhas, variando de 51cm a 80cm, sendo que o macho adulto possui 3cm a mais que a fêmea e 2Kg a menos. Pode ter até 60Kg quando adulta. Habita principalmente o Hemisfério Norte e é quase desconhecida em torno das ilhas oceânicas. Provavelmente foi (e ainda é) a tartaruga marinha mais abundante do mundo. Existem vários pontos onde a densidade populacional é bastante alta e, fêmeas emergem para desovar em agregações sincronizadas (arribadas); algumas vezes compreendem mais que 150.000 tartarugas. Estas arribadas ocorrem somente em duas praias de Orissa State, na Índia e em duas praias no lado Pacífico da Costa Rica, no Suriname e em Guyana. Fora das áreas de desova, os adultos vivem em alto mar, viajando ou descansando em águas superficiais, mas além disso, observações de tartarugas mergulhando e se alimentando em 200m de profundidade têm sido registradas. Esta tartaruga normalmente migra ao longo de bancos de areia continentais convergindo no verão e outono para desovar em praias de pouca inclinação com grãos de areia fino, médio à áspero e grossos. As praias de desova são normalmente localizadas em áreas isoladas. O número aproximado de ovos no ninho é de 109 e o período de incubação extende-se de 45 a 65 dias. A temperatura "ótima" de incubação é de 30º C. A predação de filhotes é realizada por pássaros e mamíferos e pelo caranguejo-fantasma. No mar são comidos por aves marinhas e peixes carnívoros. Grandes peixes e pequenos tubarões são capazez de devorar juvenis, mas tartarugas subadultas e adultas são comidas apenas por tubarões. Adultos em praia de desova podem ser mortos por cachorros e em algumas áreas por hienas, chacais e tigres. Há uma grande variedade de ítens em seu hábito alimentar: peixes, lagostas, caranguejos, algas, anêmonas, ovos de peixes. Chave de identificação, adaptada, para tartarugas marinhas do Brasil: 1. Carapaça coberta por pele coriácea elástica, sem placas diferenciadas e com quilhas longitudinais Dermochelys coriacea (Tartaruga de Couro) 1. Carapaça coberta por placas bem diferenciadas Ir para 2 2. Placa nucal em contato com a primeira costal Ir para 3 2. Placa nucal separada da primeira costal Ir para 5 3. Placas inframarginais com poros glandulares Ir para 4 3. Placas inframarginais sem poros glandulares Caretta caretta (Tartaruga Cabeçuda) 4. Seis ou mais placas costais de cada lado (excepcionalmente cinco) Lepidochelys olivacea (Tartaruga Pequena) 5. Dois pares de placas pré-frontais Eretmochelys imbricata (Tartaruga de Pente) 5. Um par de placas pré-frontais Chelonia mydas (Tartaruga Verde) Quadro geral para identificação de tartarugas marinhas: Caretta caretta -> Chelonia mydas -> Zona: em todo o mundo Status: amenizada Cabeça: dois pares de placas entre os olhos e muito grande Alimento: carangueijos e outros crustáceos, esponjas e outros Zona: entre os 35º de latitude norte e 35º de latitude sul Status: amenizada Cabeça: tem um par de placas entre os olhos e a cabeça é arredondada Alimento: apenas vegetais marinhos Dermochelys coriacea -> Eretmochelys imbricata -> Lepidochelys olivacea -> Zona: águas tropicais Status: em perigo Cabeça: não tem placas. A mandíbula superior tem marcas que as vezes servem de dente Alimento: se alimenta basicamente de medusas Zona: águas tropicais quentes Status: em perigo Cabeça: dois pares de placas entre os olhos e o "bico" é afiado como o dos falcões Alimento: animais e plantas que pode pegar nos arrecifes com seu "bico" afiado Zona: águas costeiras de áreas tropicais dos oceanos Índico, Pacífico e Atlântico meridional Status: em perigo Cabeça: um par de placas entre os olhos e é pequena Alimento: camarões, medusas, caracóis e algas CONTINENTAIS BRASILEIRAS PARA DESOVAR Começa em setembro mais uma temporada de reprodução das tartarugas marinhas no Brasil. Nessa época as fêmeas percorrem milhares de quilômetros pelos mares até chegar a sua praia de origem, onde depositam seus ovos. Muitas chegam a realizar viagens transoceânicas para fazerem seus ninhos. O período de incubação dos ovos varia de 45 a 60 dias e cada fêmea pode realizar em média de 3 a 7 desovas por temporada, de acordo com a espécie e sua condição física. O auge da postura dos ovos também varia com a espécie, ocorrendo entre novembro e janeiro, sendo que o pico de nascimentos de filhotes acontece de dezembro a março. Ao todo, durante os 26 anos de atividades do Projeto TAMAR, mais de 7 milhões de filhotes já foram protegidos. E os trabalhos continuam para que esse número seja maior a cada ano. Nos próximos meses, milhares de pessoas estarão mobilizadas ao longo de mais de 1.100 km de praias brasileiras, dedicando-se à proteção dos ovos, fêmeas e filhotes e também aos estudos a serem realizados. Serão pesquisadores, pescadores, estagiários, atendentes, moradores litorâneos, órgãos governamentais, prefeituras e patrocinadores, parceiros na conservação das tartarugas marinhas. Tartarugas marinhas monitoradas via satélite. Confira o vídeo de instalação de um transmissor em uma tartaruga gigante Tartarugas Marinhas As tartarugas marinhas existem há mais de 150 milhões de anos e conseguiram sobreviver a todas as mudanças do planeta. Mas sua origem foi na terra e, na sua aventura para o mar, evoluíram, diferenciando-se de outros répteis. O número de suas vértebras diminuiu e as que restaram se fundiram às costelas, formando uma carapaça resistente, embora leve. Perderam os dentes, ganharam uma espécie de bico e suas patas se transformaram em nadadeiras. Tudo para se adaptarem à vida no mar. Existem sete espécies de tartarugas marinhas, agrupadas em duas famílias - a das Dermochelyidae e a das Cheloniidae. Dessas, cinco são encontradas no Brasil. Nomes comuns: cabeçuda ou mestiça Status internacional: Em Perigo (classificação da IUCN) Status no Brasil: Em Perigo (lista de espécies ameaçadas do IBAMA) Distribuição: oceanos Mediterrâneo Atlântico, Índico, Pacífico e mar (águas temperadas). Habitat: baías litorâneas e fozes de grandes rios Tamanho: 71 a 105 cm de comprimento curvilíneo de carapaça Peso: 150 kg em média. Casco (carapaça): óssea, com cinco placas laterais de coloração marrom, o que define a espécie em comparação com as demais. Cabeça: possui uma extremamente forte cabeça grande e uma mandíbula Nadadeiras: anteriores/dianteiras curtas e grossas e com duas unhas; as posteriores/traseiras possuem duas a três unhas Dieta: são carnívoras, alimentando-se principalmente de mariscos típicos do fundo do oceano, também comem caranguejos, moluscos, mexilhões e outros invertebrados triturados pelos músculos poderosos da mandíbula Estimativa mundial da população: 60.000 fêmeas em idade reprodutiva. Tartaruga-de-Pente Nome Científico: Eretmochelys imbricata Nome comun: tartaruga-de-pente Status internacional: Criticamente Em Perigo (classificação da IUCN) Status no Brasil: Em Perigo (lista de espécies ameaçadas do IBAMA) Distribuição: Mares tropicais e, por vezes, subtropicais Habitat: prefere recifes de coral e águas costeiras rasas, como estuários e lagoas, podendo ser encontrada, ocasionalmente, em águas profundas Tamanho: entre 80 e 90 cm de comprimento curvilíneo de carapaça Peso: 80 kg em média, podendo atingir até 150 kg Casco (carapaça): quatro placas laterais de cor marrom e amarelada, que se imbricam como “telhas” e dois pares de escamas pré-frontais Cabeça: a boca se assemelha ao bico de um falcão e não é serrilhada Nadadeiras: anteriores/dianteiras e posteriores/traseiras com duas unhas Dieta: esponjas, anêmonas, lulas e camarões; a cabeça estreita e a boca formam um bico que permite buscar o alimento nas fendas dos recifes de corais Estimativa mundial da população: 34.000 fêmeas em idade reprodutiva Tartaruga-Verde Nome Científico: Chelonia mydas Nomes comuns: aruanã ou tartaruga-verde Status internacional: Em Perigo (classificação da IUCN) Status no Brasil: Vulnerável (lista de espécies ameaçadas do IBAMA) Distribuição: todos os mares temperados e tropicais do mundo Habitat: habitualmente em águas costeiras com muita vegetação (áreas de forrageio), ilhas ou baías onde estão protegidas, sendo raramente avistadas em alto-mar Tamanho: em média 120 cm de comprimento curvilíneo de carapaça Peso: 160 kg em média, podendo atingir até 300 kg Casco (carapaça): quatro placas laterais de cor verde ou verde-acinzentado escuro Cabeça: cabeça pequena com um único par de escamas pré-orbitais e uma mandíbula serrilhada que facilita a alimentação Nadadeiras: anteriores/dianteiras e posteriores/traseiras com uma unha visível Dieta: varia consideravelmente durante o ciclo de vida: até atingirem 30 cm de comprimento, alimentam-se essencialmente de crustáceos, insetos aquáticos, ervas marinhas e algas; acima de 30 cm, comem principalmente algas; é a única tartaruga marinha que é estritamente herbívora em sua fase adulta Estimativa mundial da população: 203.000 fêmeas em idade reprodutiva Tartaruga-Oliva Nome Científico: Lepidochelys olivacea Nome comun: tartaruga-oliva Status internacional: Em Perigo (classificação da IUCN) Status no Brasil: Em Perigo (lista de espécies ameaçadas do IBAMA) Distribuição: oceanos Pacífico e Índico; no Atlântico ocorre na América do Sul e na costa oeste da África Habitat: principalmente águas rasas, mas também em mar aberto Tamanho: entre 60 e 70 cm de comprimento curvilíneo de carapaça Peso: entre 35 e 60 quilos. Casco (carapaça): seis ou mais placas laterais, com coloração cinzenta (juvenis) e verde-cinzento-escuro (adultos) Cabeça: pequena, com mandíbulas poderosas que lhe ajudam na alimentação Nadadeiras: dianteiras e traseiras com uma ou duas unhas visíveis, podendo ocorrer uma garra extra nas nadadeiras anteriores Dieta: peixes, caranguejos, moluscos, mexilhões, lulas e camarões Tartaruga-Lora ou Kemps Ridley Nome Científico: Lepidochelys kempii Status internacional: (classificação da IUCN) Criticamente Em Perigo Distribuição: a maioria dos adultos existe no Golfo do México; os juvenis variam entre áreas dos litorais tropicais do noroeste do oceano Atlântico Habitat: preferem áreas rasas com fundos arenosos e enlameados Tamanho: entre 60 e 70 cm de comprimento curvilíneo de carapaça Peso: entre 35 e 50 quilos Casco (carapaça): cinco placas laterais com coloração verde-cinzenta-escura (nos adultos) Cabeça: pequena e relativamente triangular Nadadeiras: dianteiras e com uma unha; traseiras podem ter uma ou duas Dieta: Possuem mandíbulas poderosas que as ajudam na alimentação de caranguejos, mexilhões, e camarões. Também se alimentam de peixes, anêmonas e medusas Estimativa mundial da população: menos de 1.000 fêmeas em idade reprodutiva. AMEAÇAS NATURAIS BIÓTICAS Doenças e parasitas: Fibropapilomatose cutânea, uma doença das Tartarugas Verdes, é um tumor que pode causar sua morte indiretamente; tartarugas que têm a visão bloqueada pelos tumores não conseguem se alimentar corretamente; estudos sobre a origem desta doença estão sendo realizados. Espiroquidíase resulta em anemia e enterite. fazendo com que as tartarugas morram ou se tornem mais suscetíveis a se estressarem. Infecções bacterianas ou por fungos em ovos pode ser a maior causa de mortalidade. Outras tartarugas desovando: Quando há muitas fêmeas desovando em um mesmo local, como nas arribadas, várias delas podem fazer seu ninho sobre outro podendo quebrar os ovos ou impedir que os filhotes consigam chegar à superficie. Predação: Os ovos e filhotes na praia, são predados por coiotes, quatís, caranguejos, falcões e raposas. Já nos filhotes na água, os predadores passam a ser uma grande variedade de pássaros e peixes. Juvenis e adultos são comidos por tubarões e outros grandes peixes, bem como a baleia Orca. No caso de fêmeas desovando na praia, não há evidência de predação natural, sem ser por seres humanos. Vegetação: É a menor causa de mortalidade natural, raízes de plantas podem invadir os ninhos das tartarugas e causar mortes. As plantas podem também prender as tartarugas; filhotes podem ficar emaranhados quando estão indo para o mar e fêmeas desovantes podem ficar fatalmente presas na vegetação da praia. Chuvas fortes: Podem destruir um grande número de ninhos. 15 de 17 ninhos de Caretta caretta depositados na Geórgia (EUA) foram afogados por uma chuva forte em 1955 e 1957. Erosão, acresção e inundação pela maré: Ninhos depositados em praias podem ser destruidos por erosão ou acresção. Muitas tartarugas depositam seus ovos abaixo da linha de maré alta, com isso, estão em áreas vulneráveis à inundação pela maré. 40% à 60% dos ninhos da Tartaruga de Couro no Suriname estão nestas áreas, comparado com 12% dos ninhos de Tartarugas Verdes. Estresse térmico: Hipotermia em tartarugas marinhas pode causar um estado de coma e resultar em morte. As de menor tamanho estão mais suscetíveis à hipotermia. Aumento da presença humana: Isto pode causar a interrupção da fêmea desovante, em qualquer estágio do processo de desova. Estes distúrbios na praia podem fazer com que a fêmea abandone esta praia, atrase a postura dos ovos e selecione uma praia ruim para a desova. Há também o risco de atropelamento, tanto de filhotes quanto das fêmeas, por veiculos. Caça e coleta de ovos: Antigamente era comum matar as tartarugas marinhas para se consumir a carne e usar o casco para fazer armações de óculos, pentes e enfeites. Geralmente elas eram apanhadas quando subiam à praia para desovar. Os ovos eram retirados para alimentação da comunidade de pescadores. Hoje a caça e a coleta de ovos estão proibidos por lei. Colisão com barcos: Locais onde há altas taxas destas colisões estão concentradas onde há grande tráfego de embarcações recreativas. Erosão e acresção da praia: A interferência humana nos processos de erosão e acresção através do desenvolvimento costeiro e atividades associadas resulta na aceleração da taxa de erosão. Acresção (deposição de sedimentos de praia) também matam os ovos nos ninhos. Iluminação artificial: Luzes artificiais de prédios, veículos, ruas e outros podem causar a desorientação dos filhotes de tartarugas, pois estes se guiam pela claridade para chegar até o mar. O resultado disso é geralmente fatal, fazendo com que os filhotes andem para o lado oposto do mar. Poluição: A poluição das águas por elementos orgânicos e inorgânicos interfere na locomoção e alimentação e prejudica o ciclo de vida desses animais. Redes de pesca: A pesca às tartarugas marinhas é proibida por lei federal, mas freqüentemente elas se emalham acidentalmente nos diversos tipos de artes de pesca, e sem conseguir respirar, acabam desmaiando. Os pescadores achavam que já estivessem mortas e jogavam-nas de volta para a água, provocando assim sua morte por afogamento. Com o trabalho do Projeto TAMAR estes pescadores aprenderam a reanimar as tartarugas. Sombreamento: Construções altas no litoral podem aumentar o sombreamento das praias, diminuindo assim a temperatura média da areia e provocando um aumento no número de filhotes macho. Pode causar um desequilíbrio ecológico. MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA A RECUPERAÇÃO DE TARTARUGAS MARINHAS CAPTURADAS EM REDES E OUTRAS ARTES DE PESCA PROBLEMAS RELATIVOS À CAPTURA EM: 1. Redes de Espera: Esta é atualmente a principal causa de morte de tartarugas marinhas ao longo de todo o litoral brasileiro. Na maioria das vezes é acidental, o pescador coloca sua rede para capturar peixes ou crustáceos e freqüentemente uma tartaruga é aprisionada. Quando isso acontece, o animal é levado para consumo da família ou até mesmo para comercialização. Com freqüência o pescador joga a tartaruga no mar, acreditando que esteja morta quando na verdade está apenas desacordada, necessitando apenas que se retire a água retida nos pulmões. Estas simples ações podem salvar anualmente milhares destes animais ameaçados de extinção. 2. Redes de Arrasto: Internacionalmente, esta arte de pesca é considerada uma das atividades que mais ameaçam as tartarugas marinhas. Em decorrência disto, os Estados Unidos criaram uma lei proibindo a importação de camarão dos países que não possuem dispositivos para exclusão desses quelônios (os chamados TED´s-Turtle Excluder Devices). No Brasil a captura através destas redes ocorrem nos Estados de Alagoas e Sergipe, na região Sul e Sudeste. A causa da mortalidade nestes casos é a mesma da anterior. A tartaruga se afoga, o pescador acredita que a mesma está morta, e devolve-a ao mar, ou armazenando-a para posterior consumo ou comercialização. Este tipo de pesca opera em espaços de tempos menores que nas Redes de Espera, dando uma maior chance de sobrevivência às tartarugas aprisionadas. 3. Currais de Pesca: Os currais são responsáveis pelo menor índice de mortalidade das tartarugas no caso de captura, já que apesar de serem aprisionadas facilmente, permanecem vivas, ficando com os pescadores a decisão de matá-las ou devolvê-las ao mar. No Ceará, centenas de Tartarugas Verde são mortas mensalmente, o que vem prejudicando a imagem do Brasil no exterior. A captura não é acidental e o comércio é feito de forma quase livre. Denominamos fiscalização educativa o ato de esclarecer aos pescadores as leis de proteção à fauna dando alternativas para que as referidas leis não sejam infrigidas. É preciso ensinar aos pescadores como reanimar uma tartaruga marinha aprisionada na rede, informá-lo que mesmo que o animal estando morto, não pode ser consumido e comercializado. Com certa insistência os infratores acabam cedendo aos novos costumes, e conseqüentemente as leis são aceitas pela grande maioria das comunidades envolvidas. TIPOS DE RASTROS Caretta caretta: Moderadamente fundo, com marcas diagonais alternadas (assimétricas) feitas pelas nadadeiras anteriores. Largura de 90cm a 100cm. Chelonia mydas: Reduzido na profundidade, com marcas diagonais simétricas feitas pelas nadadeiras anteriores. Largura típica de 100cm. Dermochelys coriacea: Muito fundo e largo, com marcas diagonais simétricas feitas pelas nadadeiras anteriores. Normalmente com uma incisão profunda de um sulco mediano formado pelo relativo rastejamento da longa cauda. Largura de 150cm a 200cm. Eretmochelys imbricata: Superficial com (assimétrico), marcas diagonais feitas pelas anteriores. Largura típica de 75cm a 80cm. alternância nadadeiras Lepidochelys olivacea: Muito superficial, com marcas diagonais alternadas (assimétricas), feitas pelas nadadeiras anteriores. Largura de aproximadamente 80cm. Estágios seqüenciais de aninhamento de tartaruga marinha, com notação em diferenças interespecíficas Hendrickson (1958) Carr & Ogren (1960) Diferenças entre espécies 1. Encalhando, - Pequena duração e menor trabalho A. Aproximação emergindo da zona de para "De" e "Le" quando estão em até a praia. arrebentação. formação de arribada. 2. Seleção do percurso B. Ascenção até e arrasto até o local do - (não há diferenças significativas) a praia. ninho. C. Indo até a 3. Selecionando o - (não há diferenças significativas) parte superior da local do ninho. - Mais marcante em "Er" e "Ca", devido praia. 4. Limpando o local à sujeira e vegetação do local. do ninho. D. Cavando a cama. E. Cavando o buraco dos ovos. F. Desova. 5. Cavando a cama. 6. Cavando o buraco do ninho. 7. Ovoposição. - Mais pronunciado em "Ch". - (não há diferenças significativas) - (não há diferenças significativas) - "Er" coloca areia sobre os ovos, outras 8. Cobrindo e raspam a areia; "Le" usa o corpo para compactando o ninho. G. Recobrindo o compactar a areia, "De" aperta com o 9. Preenchendo a ninho. seu peso e outras espécies (amassam) a cama e escondendo o areia. local do ninho. - (não há diferenças significativas) 10. Selecionando o caminho e se locomovendo de volta H. Voltando ao ao mar. - (não há diferenças significativas) mar. 11. Reentrando na - (não há diferenças significativas) zona de arrebentação e atravessando as ondas. O Projeto TAMAR (Tartaruga Marinha) é um projeto criado em 1980 pelo IBDF, atual IBAMA com a finalidade de proteger as cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil (Caretta caretta, Chelonia mydas, Dermochelys coriacea, Eretmochelys imbricata e Lepidochelys olivacea). No início foi feito o levantamento da real situação das tartarugas no país. O Brasil já possuiu uma grande população de tartarugas, que alimentou desde os índios às famílias de pescadores do último final de século, passando por colonizadores, comerciantes jesuítas, etc. O hábito de matar as fêmeas que sobem às praias para a desova, fez com que a população, outrora abundante, fosse quase extinta. Para reverter esse quadro, o Projeto TAMAR decidiu estabelecer campos de trabalho nos principais pontos de reprodução para garantir a preservação das espécies. Foram escolhidas, inicialmente, a Praia do Forte, na Bahia; Pirambu, em Sergipe, e Regência, no Espírito Santo. De lá para cá somam-se 21 estações que garantem o nascimento aproximado de 350 mil filhotes por ano. O Projeto TAMAR realiza importante trabalho de educação ambiental junto aos turistas e as comunidades litorâneas, cumprindo também uma função social através do envolvimento destas comunidades no trabalho de preservação. Cerca de 300 pescadores trabalham para o Projeto TAMAR em todo o país. Eles são os tartarugueiros, que patrulham as áreas de proteção, fiscalizando os ninhos. Também desenvolve projetos sociais, como creches e hortas comunitárias, e outros que oferecem fontes alternativas de renda, como confecções, artesanato, programas de ecoturismo, programa de guias-mirins e várias atividades de educação ambiental. Oferece ainda, atividade de educação ambiental junto a escolas e instituições. Nas áreas de desova há o monitoramento da praia pelos tartarugueiros e pesquisadores. Eles marcam as nadadeiras anteriores, identificando o animal com um número individual e uma inscrição com o endereço do TAMAR e a solicitação de que seja notificado quando e onde aquela tartaruga foi encontrada. Quando isso acontece, é possível estudar o comportamento da desova, as rotas migratórias, e fazer um controle da população. É feita, ainda, análise biométrica para cada espécie, medindo o comprimento e a largura do casco. Os ninhos que estiverem em locais de risco são transferidos para trechos mais protegidos ou para os cercados nas bases do TAMAR, onde são reproduzidas as condições normais para a incubação dos ovos. Quando os filhotes saem à superfície, são identificados e soltos para seguirem até o mar. contados, Nas áreas de alimentação de juvenis e sub-adultos de tartarugas marinhas o TAMAR monitora as redes de pesca e outras formas de armadilhas para peixes que possam existir nos locais, para verificar a incidência de captura acidental de tartarugas. Uma vez encontradas, essas são identificadas, muitas vezes recuperadas através de desafogamento e ressuscitação cárdio-pulmonar, e então medidas e marcadas a fim de que se possa estudar seu ciclo de vida, padrão de crescimento e rotas migratórias. O Projeto TAMAR desenvolve continuamente atividades de pesquisa visando a aumentar os conhecimentos sobre o comportamento das tartarugas marinhas e aprimorar técnicas que possam contribuir para o trabalho de preservação das espécies. Para descrever as populações de tartarugas marinhas são realizados estudos genéticos (DNA mitocondrial) e outros que revelam informações sobre comportamento de reprodução, condição de incubação de ninhos, distribuição espacial e temporal de ninhos para as diferentes espécies e áreas de reprodução, além de comparativos referentes a temperatura de ninhos e incubação em locais diferentes. Não compre, e denuncie quem capturar ou vender produtos oriundos das tartarugas marinhas, tais como: ovos, carne, enfeites, cremes, etc. Quando avistar uma tartaruga, mesmo morta, comunique imediatamente a base mais próxima do projeto. Visite e ajude a divulgar o Projeto TAMAR junto a seus amigos, parentes, colegas, etc. Nas bases do projeto você poderá ver tartarugas vivas em tanques, assistir fitas de vídeo e exposições sobre o trabalho do Projeto TAMAR, além de poder adquirir camisetas, bonés e outros souvenirs. Para maiores informações visite o site do Projeto TAMAR na internet. Amizade ø Falante, amistoso, carinhoso com seus congêneres e voraz contra seus inimigos, o golfinho já foi definido, certa vez, como o primo ideal para o homem. Gentil com as crianças e forte o suficiente para derrotar tubarões, ele tem atributos que o aproximam daquilo que os humanos sonham para si próprios. Heróico, capaz de salvar afogados empurrando-os docemente para a praia - como registram inúmeros relatos ao redor do mundo -, o golfinho vem sendo cantado em prosa e verso desde tempos remotos. Marinheiros de diversas nacionalidades consideram sua presença presságio de boa sorte e há um grande número de lendas sobre seus poderes. Apolo os utilizava como guia para os sacerdotes cretenses. Netuno evocava a sua sensualidade para conquistar Anfitritre. Mais recentemente, relatos de amizade intensas entre golfinhos e crianças foram vistos e documentados. O caso da neozelandesa Jill Baker, que recebia a visita diária do golfinho Opo, com quem "cavalgava" mar a dentro, chamou a atenção de cientistas em meados deste século. Mais tarde a televisão e o cinema se encarregaram de popularizá-lo de uma vez por todas como o grande astro submarino. De certa forma, as chances do golfinho, em qualquer parte do mundo, se parecem cada vez mais com as chances do homem. Comportando-se no fundo dos mares e dos rios com o altruísmo que gostaríamos de ver em nós mesmos, o futuro dos golfinhos é uma espécie de antevisão do futuro da humanidade. Se eles resistirem, estaremos salvos. Porque o que fizemos a eles, acabaremos fazendo a nós mesmos. ø Comunicação ø O sonar dos golfinhos O golfinho é capaz de gerar som sob a forma de clicks, dentro dos seus sacos nasais, situados por detrás da nuca. A frequência dos clicks é mais alta que a dos sons usados para comunicações e difere de espécie para espécie. A nuca toma a função de lente que foca o som num feixe que é projectado para a frente do mamifero. Quando o som atinge um objecto, alguma da energia da forma de onda e reflectida para o golfinho. Aparentemente é o maxilar inferior que recebe o eco, e o tecido gorduroso que lhe precede, que o transmite ao ouvido médio e posteriormente ao cérebro. Recentemente foi sugerido que os dentes e os nervos dentários transmitiam informações adicionais ao cérebro dos golfinhos. Assim que um eco é recebido, o golfinho gera outro click. O lapso temporal entre os clicks permite ao golfinho identificar a distância que o separa do objecto. Pela continuidade deste processo, o golfinho consegue seguir objectos. Ele é capaz de o fazer num ambiente com ruido, é capaz de assobiar e ecoar ao mesmo tempo e pode ecoar diferentes objetos simultaneamente - factores que fazem inveja a qualquer sonar humano. O tipo de som que os golfinhos emitem não tem um nome específico. Não há dúvida, porém, que, de seu modo peculiar, os golfinhos " falam " abundantemente. Cientistas que convivem com o cetáceo são unânimes em afirmar que os golfinhos mantêm algum tipo de comunicação auditiva. Alguns garantem que essa comunicação tem regras e serve para organizá-los socialmente, como acontece com os homens. Ninguém, entretanto, foi tão longe como a equipe do Instituto de Morfologia Evolutiva e Ecologia dos Animais da Academia de Ciências da Rússia. Pesquisadores comandados pelo cientista Vladimir Markov, depois de um longo estudo no golfinário de Karadag, no Arzebaijão, publicaram um trabalho em que anunciam a existência do " golfinhêz ". Ou seja: um sistema aberto de linguagem composto de 51 sons de impulsão vocal e nove tipos de assobios tonais, que comporiam um possível alfabeto próprio da espécie. De acordo com Markov, os golfinhos são capazes de compor frases e palavras regidas por leis semelhantes às da sintaxe humana. ø Inteligência ø São diversos os fatores chamamos de "inteligência". que afetam aquilo a que O principal componente é a habilidade que se tem de comunicar. Um humano pode ser extremamente inteligente mas se passar todo o seu tempo a tentar sobreviver, então não restará tempo para o pensamento. Tempo livre é então um grande fator, e os golfinhos têmno em abundância. Em primeiro lugar, os golfinhos não dormem como nós, eles são capazes de "desligar" uma parte do cérebro por minutos numa determinada altura ao longo do dia. Muito raramente "desligam" o cérebro completamente. Isto é necessário porque os golfinhos necessitam de respirar ar pelo menos uma vez em cada 8 minutos. As únicas coisas que um golfinho faz é comer grandes quantidades de peixe e brincar. A comunicação entre espécies é também necessária. Os golfinhos usam uma linguagem por assobios que é 10 vezes mais rápida que a nossa fala e 10 vezes mais alta em freqüência. Para que um golfinho falasse com a nossa velocidade, seria como se um humano tentasse falar com um trombone, muito muito lento. Para um golfinho, tentando falar com a nossa freqüência e velocidade, o resultado seria o seguinte: nós falamos muito devagar. É muito dificil para nós falarmos assim tão devagar, e para os golfinhos também. Outra particulariedade na comunicação dos golfinhos é o sonar, que lhes permite determinar as reacções internas de outros golfinhos, humanos, peixes, etc. Imaginem sabermos como se sentem todas as pessoas à nossa volta, se estam alegres, tristes, zangadas. Ninguém poderia enganar ou mentir. Isto deve-se a mudanças psicológicas que ocorrem dentro de nós quando pensamos em determinadas coisas. Também através do sonar um golfinho consegue ver se alguem está ferio ou não. Eis um caso real: Uma senhora que se encontrava numa piscina com golfinhos era continuamente empurrada para fora da piscina. Uns minutos mais tarde, ela um colapso com dores. o hospital descobre que tinha uma hemorragia interna, que os golfinhos muito provavelmente tinham dado conta. Como não havia mais ninguém por perto na piscina, e a distância entre a linha de água e o cimo da piscina era grande, os golfinhos tentaram a custo impedi-la de ficar na piscina, e assim salvaram-lhe a vida. A única coisa que os cetáceos não têm é uma maneira de registar a linguagem tal como a escrita. Uma ideia seria construir um programa de computador que permitisse traduzir os assobios dos golfinhos em escrita e gravar; e vice-versa, passar o nosso texto para linguagem de golfinhos. Isto já foi feito surpreendentemente. com chimpanzés e resultou Ora tendo em conta que os golfinhos são muito mais inteligentes que os chimpanzés, porque não tentar o mesmo? Golfinhos ø Reprodução ø Acasalamento e nascimento de golfinhos: Os mais íntimos detalhes de acasalamento e nascimento de golfinhos, têm permanecido escondidos da observação humana. Muitos investigadores possuem apenas uma vaga idéia dos hábitos reprodutivos dos golfinhos. Pensa-se que o acasalamento será sazonal. Observando golfinhos em cativeiro, os cientistas determinaram o tempo de gravidez exacto para algumas espécies. Por exemplo, para as orcas e de 17 meses e meio. Mas o periodo de gestação continua desconhecido para a maior parte das espécies de golfinhos. Os cientistas crêem também que quase todas as espécies são promiscuas (partilham as fêmeas). O acasalamento é realizado de barriga para barriga como as baleias e muitas fêmeas não reproduzem todos os anos. Geralmente os bebês começam por sair de cauda para fora. Por vezes existe uma fêmea a ajudar no processo. O pai do golfinho bébé não participa na vida ativa e tratamento do seu filho, orém nalgumas espécies, há fêmeas cuja função é a de baby-sitters. ø Evolução ø Pouco se sabe acerca dos fósseis de antigas espécies de golfinhos, e o que se sabe é extremamente incerto. Supõe-se que há cerca de 50 milhões de anos atrás, uma espécie de gato pré-histérico (Mesonychidea), comecou a passar mais tempo na água à procura de alimento, e que eventualmente se transformou para melhor se adaptar a esse novo meio ambiente. O regresso à água, trouxe beneficios significantes para os carnivoros terrestres. Os animais marinhos eram uma nova fonte alimento inexplorada. Mesmo assim, demorou ainda milhões de anos até que os primeiros cetáceos apareceram nos oceanos. Os primeiros cetáceos foram provavelmente os "Protocetidea", há cerca de 40-50 milhões de anos atrás. Tudo o que sabemos acerca destes pioneiros cetáceos é que possuiam algumas caracteristas reconheciveis da sua espécie. O seu estilo de vida séria, provavelmente anfibio e não complectamente aquático. Há cerca de 40 milhões de anos atrás, surgiu o "Dorudontinae", que eram muito similares aos golfinhos. Entre 24 e 34 milhões de anos atrás, surgiram dois grupos "Odontoceti" e "Mysticeti". Entre os primitivos Odontoceti o "Suqalodontae" era o mais parecido com os golfinhos modernos, e foi provavelmente deste grupo que derivaram os golfinhos. Mas havia ainda um aspecto primitivo que os distinguia bem dos actuais golfinhos: os dentes. Nos primitivos Odontoceti, os dentes eram quase todos diferentes, enquanto que nos actuais golfinhos, os dentes são praticamente iguais. Há cerca de 24 milhões de anos atrás, uma familia bastante diversa denominada de "Kentriodontidae" aparece nos oceanos Atlântico e Pacifico. E é desta familia que nasce a super-familia "Delphinoidea", cerca de 10 milhoes de anos depois. ø Alimentação ø Os golfinhos e os porcos-marinhos são caçadores, e alimentam-se principalmente de diversas espécies de peixe. Muitos caçam em grupo e procuram as grandes "escolas" de presas. Cada espécie de peixe tem um ciclo anual de movimentos, e os golfinhos acompanham essas escolas de peixes, ou por vezes parecem saber onde interceptá-los; provavelmente provavelmente eles conseguem estas informações pelos químicos dos peixes como a urina e as fezes. Contudo alguns golfinhos preferem lulas e outros comem moluscos e camarão. As orcas, os maiores golfinhos existentes, consumem tudo o que já foi referido anteriormente e geralmente consomem mais do que qualquer outro golfinho. Um macho adulto em cativeiro, devora cerca e 160 Km de peixe por dia, mas a média e de 79 Kg para os machos, 63 Kg para as fêmeas e 16 Kg para os bebês. Em cativeiro, as orcas alimentam-se de peixe morto, em liberdade, para além de peixe também se alimentam de outros mamíferos como as focas, os leões marinhos, outros golfinhos e por vezes baleias. Geralmente os golfinhos não mastigam as suas presas, mas sim engolem-nos. Os cientistas determinam a dieta dos golfinhos examinando o estomago dos animais mortos nas praias e por vezes, mas com raridade, as suas fezes. É muito raro um cientista conseguir observar, quanto mais fotografar um golfinho a alimentar-se, já que isto se passa dentro de água. Provavelmente todas as espécies de golfinhos usam o sonar para apanhar os peixes. Mas quando as orcas caçam mamiferos marinhos, têm de fazer muito mais do que utilizar o sonar, têm de esperar quietas, observar e por fim atacar. Em pleno oceano, os golfinhos muitas vezes encurralam as escolas de peixes, obrigando-os a saltar para fora de água. Fenômeno várias vezes observado pelos investigadores e cientistas. ø Órgãos Reprodutores ø Nos machos, a abertura genital é em frente do ânus. O longo pênis, que normalmente se encontra completamente dentro do corpo, está quase sempre retraído e emerge apenas quando o golfinho tem uma ereção. O par de testículos, encontra-se escondido dentro da cavidade abdominal, perto dos rins. Nas fêmeas, a abertura genital também se encontra na barriga, onde se localizam os orgãos genitais e urinários. As duas glândulas mamárias estão dos dois lados da abertura genital e os mamilos encontram-se retraidos. Contudo estes extendem-se durante a amamentação, pois o bébé golfinho não consegue modificar o formato da boca de forma a "sugar" o leite, tendo por isso de formar uma passagem entre a lingua e a boca, na qual recolhe o leite da mãe. ø Esqueleto ø O esqueleto dos mamiferos têm sofrido diversas modificações ao longo dos tempos. Os membros anteriores modificaram-se e tornaram-se em barbatanas e os ossos dos membros posteriores desapareceram por completo. Permanece ainda uma zona pélvica, como um mero vestigio da musculatura ventral. A maior parte das costelas dos golfinhos não estão ligadas ao externo; e as que se encontram ligadas, estão juntas, permitindo que a caixa toráxica se esmague a altas pressões sem provocar danos. O crânio é lançado para a frente e alinha com a coluna vertebral e a coluna cervical, que na maior parte das espécies está fundida uma na outra. Golfinhos ø Pele ø A pele de um golfinho é lisa e suave. Está constantemente a ser substituida. Além disso é extremamente sensível ao tacto e cicatriza com muita facilidade. Virtualmente, cada golfinho adulto carrega parte dos registos acerca de interacções com companheiros, inimigos e o meio ambiente, codificados num conjunto de cicatrizes nas suas peles. Isto tem sido util aos investigadores e cientistas, para identificarem individualmente um animal. ø Cabeça ø A face dos inexpressiva. golfinhos pode ser considerada deveras Os olhos podem alargar-se e escurecer com a excitação, ou estreitar abruptamente com a raiva, mas o perpétuo sorriso caracteristico na maior parte das espécies de golfinhos nada nos diz acerca do estado emocional. Alguns golfinhos têm aquilo a que chamamos de "bico de ave" ... outras especies não possuem nada na cabeça. Não existe ouvido externo, apenas uma pequena abertura de cada lado da cabeça, que não aparenta ser usado para audição. Em frente encontram-se os olhos, cuja função é independente um do outro. Na maior parte das espécies, os maxilares são direitos, alongados e estreitos. Na parte posterior do maxilar superior, situa-se uma área de tecido gorduroso conhecida por "Melão". O cerébro fica mesmo na parte de trás do crânio. Muitas espécies de golfinhos têm um grande número de dentes, alguns mais de 200. Ao contrário dos outros mamiferos, os machos com dentes, não possuem dentes de leite, mas desenvolvem um único conjunto de dentes que jamais será substituido. Situado no topo da cabeça, por detrás do melão, encontra-se um orificio de respiração. Em todas as espécies, este orificio está sempre fechado e só pode ser aberto por acção muscular. Existem duas passagens nasais no crânio, que se junta a um único tubo que se une ao fim da traqueia. O fato de a traqueia e o esófago do animal estarem completamente separados, permite ao animal alimentar-se debaixo de água sem se afogar. ø Rins ø Os rins são grandes, e consistem interligados e "empacotados". de muitos lombos O mesmo tipo de rins pode ser encontrado nas focas e ursos, por isso não podemos avaliar o valor de adaptação para a vida na água. Os rins dos golfinhos contêm também estruturas especiais que ajudam na filtragem enquanto mergulham. Muitos poderão pensar que os golfinhos têm problemas em arranjar água para sobreviverem, visto viverem num meio salino, é que os rins desempenham uma importante função nesse aspecto; mas na realidade, os golfinhos têm a maior parte da água que necessitam alimentando-se dos peixes. ø Barbatana Dorsal ø Muitos golfinhos possuem uma barbatana dorsal, em que o tamanho varia de espécie para espécie. É-nos desconhecido o motivo que levou ao desenvolvimento desta barbatana. Pelo que conhecemos, não existe antepassados terrestres dos cetáceos. nada análogo nos Mas como a barbatana dorsal não possui ossos, não é surpreendente que não apareça nos fósseis. Contudo a existência desta barbatana não é essêncial à sobrevivência do cetáceo. ø Barbatana Posterior ou Cauda ø São duas barbatanas posteriores que constituem a cauda do golfinho. São achatadas e horizontais e consistem de tenões e fibras sem ossos. A função destas barbatanas é servirem de pás para impulsionar o movimento do golfinho. ø Circulação Sangüínea ø Existem diversas partes notáveis no sistema circulatório dos golfinhos. Uma delas é a extraordinária rede de vasos sanguineos. Pensa-se que esta rede fabulosa tem como função proteger os orgãos vitais dos efeitos da pressão da água e aprisionar qualquer bolha de hidrogénio que se possa formar na ascenção do golfinho de zonas de altas pressões. O cérebro recebe constantemente sangue, mesmo durante mergulhos profundos. Outro aspecto notável na rede sanguinea, é minimizar a perda de calor no corpo do golfinho, pois os vasos sanguineos são extendidos a todas as partes do corpo e mesmo dos extremos como as barbatanas. Mas o golfinho também pode fazer o inverso, e a rede sanguinea também permite a diminuição do calor, em vez de obrigar o sangue a atravessar perto da espinha dorsal; contrai determinada artéria e obriga o sangue a passar mais perto da pele, libertando calor. Golfinhos ø Características Gerais ø Espécies Conhecidas: 37, entre os de água salgada e água doce. Tempo de vida: em média 35 anos. Período de Gestação: cerca de dez meses. Tamanho: desde um metro e meio (golfinho de commerson) até 3 metros e meio (o grande golfinho). Os mais conhecidos, de focinho longo, tem cerca de 2 metros de comprimento. Temperamento: usualmente afáveis e brincalhões, golfinhos parecem gostar de companhia humana. os Alguns são mais arredios. Há casos raros de agressividade, como o registrado em Caraguatatuba, quando um golfinho agredido matou uma pessoa. Capacidade de Mergulho: o golfinho tem uma única narina no alto do crânio. Através dela, ele pode renovar 90% do volume de ar cada vez que inspira (no homem, a renovação é de 15%). Num único mergulho, o golfinho é capaz de submergir por 20 minutos até 300 metros de profundidade. Velocidade: embora sejam gorduchos, os golfinhos conseguem nadar a velocidades de até 40 Km/h, graças a um efeito aerodinâmico que eles alcançam contraindo a pele e formando dobras que diminuem as turbulências. Golfinhos Os odontocetos Os golfinhos, magníficos cetáceos que nos encantam com sua beleza, graça e inteligência. Por muitos anos as pessoas ficaram curiosas com a origem e a vida desses animais. Os gregos falavam sobre golfinhos que vinham nadar na praia com os filhotes. Eles diziam que o deus do vinho, Dionísio uma vez embarcou num navio. Acontece que os marinheiros eram piratas que queriam escravizar os passageiros. Dionísio percebeu a trama e para se vingar transformou o mastro do navio em couve, os remadores em cobras e uma estranha flauta tocou. Os piratas, apavorados, pularam no mar e se transformaram em golfinhos, obrigados a servir os humanos. Existem tanto golfinhos de mar como golfinhos de rio. Os golfinhos de água salgada têm o maior número de espécies e são maiores e mais pesados que os golfinhos de rio. As principais ameaças são a poluição dos mares, a navegação de embarcações e as redes de pesca. Já os golfinhos de rio são adaptados à água doce e seus corpos são bastante flexíveis, ideais para rios estreitos e sinuosos. Esses animais são considerados lendas e presságios. O principal perigo é a poluição dos rios aonde vivem. A evolução dos golfinhos permanece incerta. Supõe-se que há cerca de 50 milhões de anos atrás um carnívoro pré-histórico (Mesonychidea) começou a entrar na água buscando alimento. Foi sofrendo adaptações e acabou se tornando um animal totalmente aquático. Ainda assim, demorou muito tempo para que aparecessem os primeiros cetáceos. Não há dúvida que os golfinhos conversam. Estudos mostram que eles possuem um "alfabeto" composto de 51 sons de impulsão vocal e 9 tipos de assobios tonais e que eles podem formar palavras e frases, regidas por leis semelhantes às da gramática. Houve casos onde um golfinho novo em um recinto foi ensinado por outro a fazer uma tarefa. A comunicação é um fator marcante nesses animais. O golfinho pode emitir sons em forma de clicks. Esses clicks funcionam como um sonar e suas freqüências, mais altas das dos sons utilizados para comunicação, variam de espécie para espécie. Esse sonar permite que o golfinho saiba a distância, localize e siga os objetos. O processo funciona assim: o golfinho emite o click, o som ecoa num objeto à sua frente e as ondas sonoras se refletem, o golfinho as sente e emite outro click, e assim por diante. O sonar do golfinho é privilegiado, ele pode utilizá-lo em ambientes com ruídos, pode assobiar e ecoar ao mesmo tempo e consegue emitir vários clicks simultaneamente. Número de espécies: ao todo são 37 espécies Tempo de vida: em torno de 35 anos Período de gestação: cerca de 10 meses Tamanho: varia de 1,5m até 3,5m Temperamento: geralmente dóceis, curiosos e bricalhões Capacidade de mergulho: com uma só narina, são capazes de renovar 90% do ar cada vez que inspiram e podem, num único mergulho submergir 20 min. e até 300m de profundidade Velocidade: até 40km/h, graças ao seu formato hidrodinâmico Golfinhos Os odontocetos são cetáceos com dentes para apreensão de alimentos. Apresentam apenas um orifício respirastório no topo da cabeça e habitam todos os mares do planeta, podendo também ser encontrados em rios. São cerca de 67 espécies, que podem atingir de 1 a cerca de 18 metros de comprimento na idade adulta. O número e o tamanho dos dentes podem variar entre as diferentes espécies. Os cachalotes chegam a apresentar entre 15 e 25 pares de dentes de até 20 centímetros de comprimento. Outros odontocelos podem possuir apenas um par de dentes. Algumas espécies de golfinhos chegam a ter mais de 60 pares de dentes. É importante frisar que os odontocelos apresentam apenas uma dentição. Ou seja, não há substituição de dentes gastos ou perdidos durante a vida. O narval é o cetáceo que tem o maior dente entre os odontocelos. Essa espécie apresenta apenas um par de dentes, mas um deles pode chegar a até 3 metros de comprimento! Por isso, durante muitos anos, os narvais foram chamados de "unicórnios do mar". Todos os machos possuem esse dente. Acredita-se que ele seja utilizado na disputa pélas fêmeas com outros machos. Espécies brasileiras Há muitas espécies de odontocetos nas águas brasileiras. As mais conhecidas são o boto-tucuxi ou botocinza - encontrado em água doce como em água marinha -, o boto-cor-de-rosa, o golfinhonariz-de-garrafa. a franciscana, o golfinho-rotador. O astro de cinema O golfinho que é astro de cinema é o golfinho FLIPER, muito conhecido no mundo inteiro. inteligência Dizem que os golfinhos são animais mais inteligentes do planeta. Será que eles podem ser considerados mais inteligentes do que o própio homem? As primeiras pesquisas a respeito de inteligência relacionavam complexidade do cérebro com o grau de inteligência. Após a análise comparativa entre os cérebros de cachorros, gatos, macacos, seres humanos e golfinhos, descobrriu-se que os seres humanos perdiam para os golfinhos. Sendo assim, essa hipótese foi descartada pela maioria dos pesquisadores. A análise passou então para o número de áreas de associação do cérebreo. Essas áreas são primordiais para o desenvolvimento das funções vitais dos animais. O resultado foi o mesmo anterior. A partir daí, a inteligência humana passou a ser comparada com a capacidade manipuladora. Com o uso das mãos, o homem constrói coisas que ele julga necessárias para a sua sobrivivência. Para algumas pessoas, isso comprovaria uma inteligência superior à das outras espécies. Os misticetos ou mistacocetos, são na sua maioria grandes baleias que não apresentam dentes. No lugar destes, possuem compridas fileiras de cerdas - as "barbatanas" - que pendem do céu da boca em posição lateral. A função destas cerdas é a retenção de alimentos. A alimentação dos mistacocetos consiste basicamente de organismos planctônicos, especialmente pequenos crustáceos do gênero Euphasia que abundam nos mares mais frios, e algumas espécies costumam predar sobre cardumes de peixes de pequeno porte. No ato da alimentação, o animal enche a boca de água, "filtrando" o alimento ao expelir a água através das cerdas já mencionadas. Orca Por que assassina ? Pelo fato de se alimentar de animais de sangue quente e ser uma caçadora ágil e intrépida, a orca recebeu a infeliz denominação de baleiaassassina. Muitas pessoas temem sua ferocidade, mas isso não faz sentido. A orca captura e mata sua presa para alimentar-se e sobreviver. Além disso, o homem não está incluído em sua dieta. Assim como todas as outras espécies de baleias, a orca obedece as leis da natureza, mantendo o equilíbrio do ecossistema marinho. Nesse ecossistema, a orca é o topo da cadeia alimentar. Ela não mata por prazer, mas sim para suprir suas necessidades vitais. No mundo não foi comprovado nem registrado oficialmente algum caso de ataques de orcas ao ser humano. Infelizmente, a situação que ocorre é totalmente contrária. O homem é o único animal que caça por prazer, por esporte, por divertimento e ganância, sem nenhum controle. Ficha Técnica Reino: Animmalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Ordem: Cetacea Subordem: Odontoceti Família: Delphinidae Gênero: Orcinus Espécie: Orcinus orca Tamanho: comprimento do corpo 6,5 a 8,0 m Peso: 2,5 a 7 toneladas Coloração: dorso e flancos pretos; ventre branco, estendendo-se na forma de lobos sobre o flanco; mancha branca oval acima e atrás dos olhos; sela cinza indistinta sobre o dorso, atrás da nadadeira dorsal. Distribuição: todos os oceanos e mares, dos trópicos aos pólos Tam. do grupo: pequenos a grandes grupos Dieta: peixes, lulas, focas, golfinhos e toninhas; também pinguins, tartarugas-marinhas, e grandes baleias Reprodução: não-sazonal; somente um filhote por vez Longevidade: machos chegam a 50 anos, fêmeas chegam a 80 anos Situação atual: não ameaçada Habitat A orca pode ser encontrada em todo o planeta, apesar de sua distribuição desigual. Vista com mais frequência em águas mais frias (em particular em regiões polares) do que em águas subtropicais ou tropicais. Prefere águas mais profundas e costuma navegar próximo à costa, na rebentação, até o perímetro de aproximadamente 800 km da costa. Não faz longas migrações como as baleias-azuis, por exemplo, e são habituadas a navegar entre blocos de gelo flutuantes nas águas gélidas, onde procuram presas. Estudos realizados no litoral noroeste dos EUA e Canadá mostram que existem dois tipos diferentes de orcas, as transeuntes e as residentes, com diferenças físicas e comportamentais. As transeuntes formam bandos pequenos (1 a 7 orcas por grupo), percorrem uma área maior, alimentam-se de outros mamíferos emitem sons com menor frequência e quando nadam, mudam abruptamente de direção, costumam permanecer sob a superfície da água entre 5 a 15 minutos, subindo nos intervalos para respirar. Possuem barbatanas dorsais mais pontiagudas do que as residentes. As residentes formam bandos maiores, geralmente tendo de 5 a 25 orcas no grupo, percorrem uma área menor, alimentando-se de peixes. Emitem sons mais longos, têm rotas de navegação previsíveis e raramente passam mais de cinco minutos embaixo da água. Comportamento Diferente dos golfinhos, as orcas não costumam acompanhar os navios, mas são frequentemente vistas dando saltos, batidas de cauda e peito na superfície da água e se esfregando no leito marinho, próximo às praias. Talvez esse costume seja para "coçar" o corpo e retirar camadas mortas de pele. Outras características comportamentais incluem nadar velozmente, no momento em que as orcas sobem à superfície para respirar, a "imobilidade", o bando sobe à superfície sincronizando o movimento e ocasionalmente a "batida de nadadeira dorsal", quando a orca movimenta uma das nadadeiras peitorais, fazendo o corpo girar e bater a nadadeira dorsal na superfície da água. Podem viajar numa velocidade de até 55 km/h. O sopro - um jato de água que é atirado pelo orifício nasal do animal -, quando baixo e denso, é muitas vezes visível no ar frio. Alimentação A orca é um predador versátil, alimenta-se de uma diversidade enorme de animais, desde lulas, peixes e aves, até focas, golfinhos e tartarugas-marinhas. Em bando, são capazes de abater baleias de grande porte, como a azul. Várias espécies de baleias e golfinhos costumam conviver junto às orcas, aparentemente sem receio, e parecem saberem instintivamente que não há perigo de serem atacados. A orca é um dos raros cetáceos que nadam até a praia com o objetivo de alimentar-se. Arrastam-se pelo leito, afim de apanhar filhotes de leõesmarinhos e outros mamíferos de porte equivalente a este. Depois utilizam as nadadeiras peitorais para se virar e com alguns impulsos de corpo, atingem o mar aberto novamente, com a presa entre os dentes. Alguns filhotes, ao aprenderem com suas mães esta técnica, acabam encalhando na praia. Classificação: Baleia-Azul Classificação: Orca Reino: Animmalia (Animal) Filo: Chordata (Cordados) Classe: Cetaca (Mamíferos) Subordem: Odontoceti (Cetácios) Família: Balaenopteridae Gênero: Balaenoptera Espécie: Balaenoptera musculus Reino: Animmalia (Animal) Filo: Chordata (Cordados) Classe: Cetaca (Cétaceos) Subordem: Odontoceti (Odontocetos) Família: Delphinidae Gênero: Orcinus Espécie: Orcinus orca Comunicação Social Os odontocetos apresentam um grande repertório sonoro. Os sons variam de espécie para espécie. Em alguns casos, grupos diferentes podem apresentar vocalizações diferentes. Cada indivíduo dentro de um grupo pode ser um som característico, conhecido como sua "assinatura". É como os seres humanos, que falam idiomas diferentes, têm sotaques diferentes e tonalidades de voz características, facilmente reconhecidas quando são ouvidas. É isso que as pesquisas mais recentes vêm tentando desvendar: a linguagem dos golfinhos. As belugas, também conhecidas como baleias-brancas, apresentam um repertório sonoro particular. Elas estão distribuídas apenas no Hemisfério Norte, próximo ao pólo. Após vários estudos de suas vocalizações, elas receberam a designação de "canários do mar", pois os sons que reproduzem se assemelham a cantos de canários. Orca: a baleia que não é assassina! Pelo o fato de se alimentar, em alguns casos, de animais de sangue quente, a orca recebeu a infeliz denominação de "baleia assassina". Muitas pessoas temem sua ferocidade em relação ao homem. Isso, no entanto, não faz sentido. As orcas capturam e matam as suas presas para se alimentar e sobreviver. E, além disso, o homem não faz parte de sua dieta. Na natureza, não existe nenhum relato consistente sobre um ataque intencional de uma orca a um ser humano. Várias histórias já foram contadas sobre sua ferocidade, porém sem comprovações de agressividade em relação ao homem. A orca obedece às leis da natureza, mantendo o equilíbrio do ecossistema, ela representa o topo da cadeia alimentar. A orca não mata por prazer. Apenas captura presas suficientes para suprir suas necessidades vitais. Infelizmente, é o homem o único animal que caça por prazer, por esporte, por divertimento, por ganância e descontrolamente. Baleia à vista Durante as estações do outono, inverno e primavera, as baleias migradoras já começam a chegar aos mares temperados, subtropicais e tropicais. Algumas espécies, como a baleia-azul e a minke, migram para regiões afastadas da costa. Outras, como a franca e a jubarte, migram para para locais mais próximos à costa. Às vezes, beleias-francas podem ser avistadas das prais, como em Santa catarina e no Rio Grande do Sul. Em algumas oportunidades, alguns pares mãe-filhote já alcançaram os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espirito santo. Já as baleias-jubarte escolheram a região do arquipélago de Abrolhos, ao sul da Bahia, como área de reprodução e cria. Em ambos os casos, podem ser observadas cenas inesquecíveis e fascinantes da relação entre as fêmeas e seus filhotes. São cenas que somente se repetirão se o ser humano respeitar esses belos mamíferos. É possível avistar baleias tanto da terra como de barcos, porém nunca devemos nos aproximar imdevidamente delas. A aproximação indevida de barcos assusta e irrita as baleias, além de atrapalhar os ensinamentos que a mãe vem passando a seu filhote, ou o momento da acasalamento, primordial para a perpetuação das espécies. Precisamos lhes dar nosso carinho e nossa proteção para que possamos ter a opourtunidade de revê-las ano após ano. Os cetáceos dormem? Acredita-se que os cetáceos realizam períodos de descanso durante o dia ou durante a noite. Não é um período longo e contínuo, como no caso dos seres humanos. São períodos em que os cetáceos reduzem todas as suas atividades e permanecem descansando próximo à superfície da água. A respiração torna-se bem pausada e os batimentos do coração diminuem. Em alguns golfinhos estudados em cativeiro, foi observado que, durante um período de descanso, as espécies estudadas chegavam a apresentar atividade em apenas um dos dois hemisférios cerebrais. Em outro período de descanso, era utilizado o outro, havendo um revezamento entre os dois hemisférios. Quantos anos vive uma baleia? E um golfinho? O tempo de vida de uma baleia quanto de um golfinho pode variar de espécie para espécie, entre indivíduos de mesma espécie, e também de acordo com as condições em que eles vivem. A partir de estudos comparativos e de técnicas recentes de pesquisa, chegou-se a conclusão de que as grandes baleias de barbatanas podem viver cerca de 30 a 80 anos. Já os odontocetos podem atingir entre 15 e 80 anos de vida. O estudo da longevidade dos cetáceos - quantos anos podem viver - é relativamente complicado. É muito difícil acompanhar o nascimento, o crescimento e a morte de um cetáceo em ambiente natural. São necessárias gerações de pesquisadores para que se chegue a alguma conclusão. Muitos estudos já duraram mais de 20 anos contínuos. É o caso do estudo das orcas no noroeste dos Estados Unidos e no sudoeste do Canadá. já no cativeiro, existe essa possibilidade com relação ao meio ambiente natural dos cetáceos. Não existem predadores, correntes de água e necessidade de captura de presas vivas para alimentação. Por outro lado, os animais estão confinados a um cercado, que muitas vezes acaba por estressá-los, podendo até levá-los à morte. Porque às vezes os cetáceos ficam com a nadadeira caudal fora da água? Em regiões de procriação, muitas vezes as fêmeas fazem isso para que os machos não copulem. Em alguns casos, os machos de baleiasjubarte colocam-se numa posição inclinada - com a cabeça no fundo e a calda exposta na superfície - quando eles estão emitindo seus repertórios sonoros. Isso pode ocorrer também quando as baleias vão mergulhar a grandes profundidades. Já as batidas da nadadeira caudal na água podem servir para a comunicação entre indivíduos de um mesmo grupo, para atordoar presas e também para se livrar de alguma irritação. São animais vertebrados e aquáticos. Para simplificar são animais que possuem ossos e cartilagens que vivem na água. Para respirar o oxigênio contido na água utilizam as guelras (brânquias). A maioria dos peixes possuem escamas, mas como toda a regra tema sua exceção o tubarão, por exemplo, não possui escamas! Os peixes impulsionam suas caudas para os lados para nadarem. Para que flutuem os peixes possuem um tipo de saco de ar! O Plâncton é o principal nutriente do habitat marinho. Baleias, atuns, camarões, água-vivas dependem deste alimento sobrevivência. A grande maioria dos animais marinhos vive em águas rasas, perto das costas, onde há grande quantidade de alimento e luz. Podemos classificar os peixes da seguinte forma: Estes peixes vivem geralmente em cardumes, ou seja, vivem em bandos e nadam sempre juntos. É incrível como são ágeis mesmo nadando em conjunto, é um grande espetáculo acompanhar um cardume. Também é uma forma de defesa, se agrupam para se defenderem de ataques! Fazem parte deste grupo: as sardinhas, as anchovas, os atuns e muitos tubarões. Peixes que vivem nos fundos: Nunca viu um linguado! Não perca está experiência, eles vivem se arrastando nos fundos de areias, e acreditem tem os dois olhos de um mesmo lado! Vale à pena pesquisar mais sobre este peixe exótico! As garoupas, peixes grandes que podem ter até 2 metros de comprimento e até 300 kilos, também fazem parte deste grupo. Só que as garoupas preferem fundos rochosos! Peixes que vivem nas profundezas: São aquele que habitam o fundo do mar! O fundo do mar é uma ambiente hostil, escuro e a quantidade de alimento é escassa. Para enxergar neste habitat os peixes tem olhos enormes! Para a captura de alimento também contam com bocas enormes e dentes longos e afiados! O Tamboril é um bom exemplo de peixe esquisito que vive nas profundezas. Como muitos animais do fundo do mar, têm iscas luminosas para atrair as presas. Você sabe o que são fontes hidrotermais? Podemos comparar as fontes hidrotermais aos oásis nos desertos. Estas fontes que liberam água quente rica em enxofre ficam perto dos chamados cristais oceânicos. (situadas na zona de separação de placas tectônicas, a água assim entre em contato com altas temperaturas). Cada uma destas fontes possui uma comunidade única de animais que por sinal são muito estranhos. São vermes gigantes, bactérias, moluscos, grandes crustáceos entre outros. A primeira fonte hidrotermal em foi descoberta por acaso em 1977 nas Ilhas de Galápagos a cerca de 3.000 metros. Todos os tubarões são peixes de esqueleto cartilaginoso, o mesmo material que temos nas orelhas e na ponta do nariz! Sua pele é coberta por minúsculos dentes afiados chamados de dentículos. São carnívoros e se alimentam de peixes, crustáceos e até mesmo de outros tubarões. Mas cuidado na praia, quem nunca ouviu falar de ataque tubarões! Não é nada comum, mas atenção as praias onde os tubarões gostam de aparecer. Fique ligado, principalmente os surfistas que ficam boiando em suas pranchas! Já que os tubarões vivem em ambientes que vão das águas costeiras até o alto mar, ocupando toda a coluna d'água, desde o fundo até a superfície. Segue algumas curiosidades sobre os tubarões: Existem mais de 300 espécies de tubarão em todo o mundo. São uma das criaturas mais antigas do planeta terra. Surgiram há mais de 400 milhões de anos. Já imaginou?! Tubarão Baleia vive nas águas do pacífico e é considerado o gigante do mar. Possui aproximadamente 15 metros e pode chegar a pesar até 15 toneladas. Os tubarões tem ouvidos super desenvolvidos escutar até uma distancia de 1.500 metros. podem Possuem dentes afiados com 8 centímetros de comprimento! Seus dentes estão sempre sendo substituídos estima-se que 3.000 dentes são perdidos a cada ano! Em apenas 24 os dentes podem ser substituídos. Tubarão martelo como o nome diz, tem um focinho semelhante a cabeça de um martelo. O tubarão zebra, é daqueles que topa tudo e não vê o que come. Ou melhor, como tudo o que vê pela frente. O tubarão bentônico vive em águas profundas e por isto possui olhos bem grandes! Este tubarão é demais! O tubarão megalodon caminha no fundo do mar com suas barbatanas. Os polvos não são peixes e sim moluscos. São da mesma família do caracol! Possuem o corpo mole, e tem como característica principal seus oito braços, ou melhor, tentáculos. Quando se sente ameaçado o polvo solta uma tinta negra, a sepia, como forma de defesa. São animais cheios de particularidades, vivem sozinhos em águas rasas e quentes. Gostam de tocas em rochas e cavernas. Não são grandes mas também não são pequenos, medem em média entre 20 cm e 50 cm. O peixe espada pode ser encontrado em todos os oceanos tropicais. Sua famosa espada é um prolongamento de seu focinho, que utiliza para pegar as suas presas. É um dos animais mais rápidas do oceano podendo alcançar 240 km por hora. A pesca esportiva deste peixe é bastante comum, mas atualmente os esportistas apenas capturam o animal e depois soltam ao mar! É um esporte consciente que preserva a espécie! Espada Um peixe pacífico e muito bonito O peixe Espada é muito conhecido por sua cauda longa e pontiaguda além da sua coloração vermelha. Quase todo mundo já viu ou criou uma deles. Em grego o nome Xiphophorus, significa portador de espadas. Porém, este nome não se deve, como muitos acreditam, à cauda do macho, que possui um prolongamento inferior com a forma de uma espada, mas sim, ao formato do gonopódio, seu órgão copulador, que é sustentado por uma dobra de pele em forma de bainha. Esta espécie, a Xiphophorus Helleri, originária da América Central, tem comportamento pacífico, porém dependendo do seu habitat, os machos podem se tornar agressivos. Eles vivem em temperaturas em torno de 20º e nunca devem ser mantidos em temperaturas abaixo de 25º pois podem adoecer e se alimentar pouco. Para cada macho deve haver três fêmeas. Eles adoram correr atrás delas e " dar uma namoradinha " e com isso as fêmeas acabam se estressando. O macho difere da fêmea por ter um raio inferior na cauda, que lembra a lâmina de uma espada, já a fêmea de coloração menos intensa tem a cauda em forma de leque e é maior do que o macho. No cativeiro o macho pode atingir 8 cm e a fêmea 10 cm. A alimentação do peixe espada não é muito exigente. Basta uma boa ração. Pode viver de 2 a 3 anos. É bom que se mantenha o aquário tampado, pois o Espada é um excelente saltador. REPRODUÇÃO O Espada é vivíparo, ou seja, se reproduz através de fecundação interna (cópula). Os alevinos (filhotes) já nascem com a forma adulta, só que menores. A reprodução em aquários, permitiu se obter uma variedade bastante diversificada tais como: Espada Negro, o vermelho sangue, o Albino, o Wagtail (de nadadeiras pretas), o Tuxedo (com manchas negras por todo o corpo) e vários outros tipos, que além da diversificação da cor, possuem a cauda em forma de lira ou véu. É fácil saber quando a fêmea engravidou, pois quando isto ocorre, ela apresenta uma grande mancha negra na base do oviduto. Também um pouco antes de nascerem pode-se ver os olhos dos alevinos através da fina parede abdominal. A fêmea depois de grávida, dará cria em 40 dias, em torno de 50 a 100 alevinos. Apos o parto, os filhotes irão se refugiar para escaparem de serem devorados pelos pais. CURIOSIDADES Alguns aquaristas e cientistas, já observaram o fenômeno da mudança de sexo na fêmea do Espada. Certas fêmeas, depois de algum tempo de vida, quando os ovários param de funcionar, têm a nadadeira anal transformada em gonopódio, ou seja, a cauda começa a se desenvolver na famosa espada masculina. No entanto esta teoria é rejeitada por alguns estudiosos, visto que o macho leva muito tempo para atingir a maturidade e desenvolver as características sexuais secundárias. Neste período antes do desenvolvimento o macho tem o corpo roliço como as fêmeas adultas, resultando para este grupo de estudiosos essa teoria enganosa de "mudança de sexo". Olá amiguinho, se você já foi para a praia, certamente já viu uma estrela-do-mar de pertinho. Apesar delas preferirem viver em locais fundos, como os oceanos, às vezes as encontramos nas praias também. São conhecidas hoje mais de 1800 espécies de estrela-domar. E, graças aos fósseis, acredita-se que elas estejam neste planeta há cerca de 500 milhões de anos. Muitas estrelas-do-mar têm cinco braços, a mesma forma de uma estrela. Mas, existem espécies com até 25 braços! Acreditam? Por debaixo das pontas da estrela, existem muitas perninhas e uns bracinhos (ventosas), que as possibilítam movimentarem-se. A estrela do mar é ovípara, põe os seus ovos no mar onde habita. A boca também localiza-se na parte de baixo da estrela. Elas se alimentam de ostras e moluscos. A estrela-do-mar tem capacidade de regeneração. Ou seja, se ela perder um dos braços, ele "nascerá" novamente. Em alguns casos, este braço perdido poderá originar uma nova estrela-do-mar. Incrível, não é mesmo? Estrelas do mar As estrelas do mar são seres de fantasia: parecem habitantes do céu e o nome científico que as agrupa, asteroidea, reflete essa condição. Além disso, chamam a atenção por suas formas e cores e por terem uma natureza que, à primeira vista, é misteriosa. A denominação de asteroidea compreende cerca de 1500 espécies reunidas em diversas famílias. São parte dos equinodermos (também citados como echinodermos), que ainda compreendem outros misteriosos seres do oceano, como os pepinos do mar ou os ouriços, que estão muito próximos das estrelas. O site Sóis sob o mar informa que as estrelas do mar habitam este planeta há cerca de 500 milhões de anos, e essa persistência está claramente refletida em uma grande quantidade de fósseis que contam sua história. Uma grande parte das espécies de asteroidea tem cinco tentáculos em volta de um núcleo, o que lhes permite alcançar essa surpreendente forma de estrela. Entretanto, há outras espécies que podem ter mais braços, inclusive dezenas deles, como a denominada coroa de espinhos, que segundo algumas pesquisas afeta os recifes de coral. O núcleo, ou disco central, das estrelas do mar contém a boca. Elas são animais com um sistema nervoso primário, sem cérebro. Para entender o que ocorre ao seu redor possuem sensores capazes de detectar a luz e o contato. Uma das características mais assombrosas das estrelas do mar é sua capacidade de regeneração, que entra em ação quando perdem algum de seus braços. Existem algumas espécies que, inclusive, podem regenerar-se a partir de um único tentáculo. Na Internet, as estrelas do mar geram uma grande quantidade de informação. Ali é possível conhecer sua natureza, contemplar as diversas formas que podem exibir, ou buscar respostas para o mais básico: o que é uma estrela do mar? As estrelas do mar do ponto de vista da ciência (em inglês) Estrelas do Mar, galeria e descrição (em inglês) Starfish, asteroidea (em inglês) Sóis sob o mar (em espanhol) Crown-of-thorns, o que é uma estrela do mar (em inglês) Echinodermata: sobre os echinlodermos (em inglês) Os equinodermos (em espanhol) Fósseis de estrela do mar (em inglês) Família asteroidea (em espanhol) Estrela coroa de espinhos (em espanhol) Classe Asteroidea (em português) Os fósseis da bacia de Sergipe-Alagoas (em português) Biomania - Echinodermata (em português) Inia geoffrensis O Boto Cor-de-Rosa é um dos mamíferos aquáticos mais característicos da Amazônia. Cresce até 2,5 metros de comprimento e pode pesar até 90 quilos. É da família dos cetáceos (Platanistidae), que antigamente teve grande distribuição pelo mundo, inclusive nos oceanos. Hoje seus membros são limitados a poucos rios de água doce, inclusive o Amazonas/Solimões e o Orinoco. O Boto Cor-de-Rosa vive especialmente em águas relativamente rasas, onde procura, de preferência, peixes de couro tais como o tamuatá e o bagre. Também não dispensa tartarugas jovens, recém saídas do ovo. A protuberância na cabeça é um tipo de captador, utilizado para receber os reflexos dos sons que fazem parte do sistema de sonar que utiliza para navegar e encontrar sua comida. Assim, consegue nadar até dentro da floresta inundada na época da cheia e se locomover sem problemas nas águas turvas da região. Boto-cor-de-rosa Nome Popular: Boto-cor-de-rosa Nome Científico Inia geofrensis Comprimento Entre 2 e 2,5 metros Família: Platanistidae Peso Entre 100 e 160 kg Distribuição No Brasil ocorrem na Bacia do Amazonas REPRODUÇÃO: A estação de procriação inicia entre outubro e novembro. Com nascimentos que acontecem 8.5 meses depois, em maio e julho quando os níveis de água chegam ao limite. Os jovens nascem com 80 cm. A duração de lactação ninguém tem certeza, mas um individual foi encontrado mamando um ano depois de seu nascimento. Características: Rostro longo, melão bem destacado, olhos muito pequenos, corpo alongado, nadadeira dorsal reduzida a uma corcova baixa, nadadeiras peitorais largas, achatadas e flexíveis, a dentição é do tipo heterodonte. Os botos são golfinhos de água doce. Mas apesar de serem parecidos, golfinhos e botos não são iguais. Os golfinhos são acinzentados. Já os botos podem ser pretos, acinzentados ou meio avermelhados, como o boto cor-de-rosa. O bico do boto é mais comprido e possui pêlos na parte de cima. Espécie exclusivamente amazônica com nadadeira dorsal discreta. Tem formato fusiforme, ligeiramente corcunda. Pescoço flexível. Cabeça com longo e pontudo bico e com saliência na testa. Olhos muito pequenos. São animais diurnos e noturnos, ocorrendo em pequenos grupos ou solitários. Alimentam-se de peixes, inclusive espécies de fundo como o bagre e podem ingerir crustáceos, tartarugas e cágados. Raramente saltam fora da água. São curiosos e se aproximam dos nadadores sem atacá-los. Possuem profunda deficiência visual e desenvolveram excelente sistema de localização por sonar. Ocorre nos rios da bacia amazônica. Cor: Existe o boto cor-de-rosa e o boto branco. O jovem nasce cinzento e vira um cor-de-rosa manchado quando eles ficam maduros. A coloração pode variar bastante com a idade, atividade e local em que o animal vive e está ligada com a irrigação sanguínea dos vasos subcutâneos. Comportamento: Estes animais são normalmente solitários ou encontrados aos pares com sua mãe. Se juntam para se alimentar e acasalar. Eles são os nadadores normalmente lentos, mas capaz de chegar a pequenas velocidades, até 23 km/hr. O Boto é uma criatura curiosa, a respiração, as vezes, barulhenta pode se elevar até 2 metros. Ativo, sobretudo no amanhecer e entardecer, ele salta, às vezes, mais de um metro. O mergulho dura, geralmente, 30 à 40 segundos. Os botos, como seus parentes no mar, possuem atitudes amistosas em relação ao homem e dão prova de grande inteligência. Curiosidades: Uma coisa engraçada sobre os botos é que eles têm olhos bem pequenos e não enxergam muito bem. Para se comunicar e se guiar eles emitem uns gritinhos finos e prestam atenção ao eco dos sons na água. Além disso, os pêlos do bico também ajudam. Esses pêlos se chamam vibrissas e têm função de tato e de direção, ou seja, servem para o boto saber para onde está indo e sentir o que vem pela frente. As vibrissas ajudam também o boto a achar comida. Ele come peixes, moluscos (como lulas e polvos) e crustáceos (como camarões e caranguejos). A Lenda: Ao cair da noite na Amazônia, o boto cor-de-rosa deixa os rios e transforma-se em um lindo e sedutor rapaz, que sai em busca de uma garota para namorar. Além de galante e sedutor, o boto dança como ninguém e enfeitiça as meninas indefesas. De madrugada, o namorador volta para o rio, onde se transforma de novo em boto. Essa é uma lenda contada na floresta amazônica para explicar por que tantas meninas têm filhos sem pai: são todos filhos do boto. Perigo de extinção: O boto cor-de-rosa está ameaçado de extinção no Brasil. Sua carne e seu couro são muito preciosos na região da Amazônia, onde eles continuam sendo caçados. Também há uma grande procura pelos olhos do boto cor-de-rosa, considerados amuletos de amor: as pessoas acreditam que quem tem um olho desses arranja namorado ou namorada fácil, fácil. Fotografia de Michael Goulding Existem dois tipos de botos na Amazonia, o rosado e o preto, sendo cada um de diferente espécie com diferentes hábitos e envolvidos em diferentes tradições. Viajando ao longo dos rios é comum ver um boto mergulhando ou ondulando as águas a distância. Se diz que o boto preto ou tucuxi é amigável e ajuda a salvar as pessoas de afogamentos, mas o rosado é perigoso. Sendo de visão ineficiente, os botos possuem um sofisticado sistema sonar que os ajuda a navegar nas águas barrentas do Rio Amazonas. Depois dos humanos eles são os maiores predatores de peixes. A Lenda A lenda do boto é mais uma crença que o povo costumava lembrar ou dizer como piada quando uma moça encontrava um novo namorado nas festas de junho. É tradição junina do povo da Amazônia festejar o nascimento de Santo Antonio, São João e São Pedro. Em estas noites se fazem fogueiras, se atiram foguetes enquanto se desfrutam de comidas típicas e se dançam quadrilhas e outras danças ao som alegre das sanfonas. As lendas contam que em estas noites, quando as pessoas estão distraídas celebrando, o boto rosado aparece transformado em um bonito e elegante rapaz mas sempre usando um chapéu, porque sua transformação nao é completa, pois suas narinas se encontram no topo de sua cabeça fazendo um buraco. Como um cavalheiro, ele conquista e encanta a primeira jovem bonita que ele encontra e a leva para o fundo do rio. Durante estas festividades, quando um homem aparece usando um chapéu, as pessoas pedem para que ele o retire para que não pensem que ele é um boto. (Inia geoffrensis) Boto, nome dado aos golfinhos da região amazônica. Eles são os únicos mamíferos completamente aquáticos da Amazônia. NOME COMUM: Boto, mas, também é usado como Bouto ou Boutu. NOME CIENTÍFICO: Inia geoffrensis NOME EM INGLÊS: Pink Dolphin OUTROS NOMES: Golfinho do Rio Amazonas; Boto cor-derosa; Bufeo; Tonina; Golfinho rosa; Toninha rosa; Botovermelho FILO: Chordata CLASSE: Mammalia ORDEM: Cetacea FAMÍLIA: Platanistidae TAMANHO: 1,8 a 2,5 metros PESO NO NASCIMENTO: mais PESO ADULTO: 85 a 160 quilos ou menos 7 quilos. REPRODUÇÃO: A estação de procriação inicia entre outubro e novembro. Com nascimentos que acontecem 8.5 meses depois, em maio e julho quando os níveis de água chegam no limite. Os jovens nascem com 80 cm . A Duração de lactação ninguém tem certeza mas, um indiviual foi encontrado mamando um ano depois de seu nascimento. COMPORTAMENTO: Estes animais são normalmente solitários ou encontrados aos pares com sua mãe. Se juntam para se alimentar e acasalar. Eles são os nadadores normalmente lentos, mas capaz de chegar a pequenas velocidades, até 23 km/hr. O Boto é uma criatura curiosa, a respiração, as vezes, barulhenta pode se elevar até 2 metros. Ativo sobretudo no amanhecer e entardecer, ele salta, às vezes, mais de um metro. O mergulho dura, geralmente, 30 à 40 segundos. Os botos, como seus parentes no mar, possuêm atitudes amistosas em relação ao homem e dão prova de grande inteligência. HABITAT: Rios de água doce. LOCALIZAÇÃO: É encotnrado no Rio Amazonas, Negro, Mamore, e Orinoco. Rios do Peru, Equador, Brasil, Bolívia, Venezuela, e Columbia. (Veja, no mapa ao lado, a região em vermelho). CARACTERÍSTICAS: Seu corpo é granuloso, com nadadeiras dianteiras muito grandes e bico denteado, longo e estreito (veja a imagem ao lado). Uma das características são os pêlos modificados (vibrissas) sobre a parte superior do bico, que provavelmente têm função tátil. Depois de anos de isolamento nas águas turvas do rio, a seleção natural permitiuque o senso de visão se reduzisse um pouco, e daí resultaram olhos que são muito menores que os dos distantes golfinhos do mar. O Boto da Amazônia apresenta uma saliência na cabeça, o "melão", por onde emite ondas ultrasonoras. Estas ondas refletem sobre os corpos sólidos, retornando como eco, orientando o boto, perfeitamente, em águas negras ou barrentas, com reduzida ou até nenhuma visibilidade. SOCIABILIDADE 1 a 2 indivíduos, até 15 em estação seca ALIMENTAÇÃO: O Boto alimentam em uma variedade de peixes e caranguejos. Também se alimentam ocasionalmente de pequenas tartarugas. Alimenta-se de peixes, mas pode também ingerir moluscos e crustáceos. POPULAÇÃO MUNDIAL E AMEAÇAS: População desconhecida, a ameaça deste golfinho é as redes de pesca, caça, a poluição, a destruição do hábitat natrural. Sua carne não é apreciada mas, os homens utilizam a sua gordura para óleo de lanternas, os olhos e a genitália para feitiço. COR: Existe o boto cor-de-rosa e o boto branco. O jovem nasce cinzento e vira um cor-de-rosa manchado quando eles ficam maduros. A coloração pode variar bastante com a idade, atividade e local em que o animal vive e está ligada com a irrigação sanguínea dos vasos subcutâneos. SURGIMENTO DO NOME: Os índios de Guarayo da Bolívia chamavam este golfinho Inia. Quando Geoffroy St. Hilaire o encontrou usando o nome dos índios para a classificação do gênero. Após a expedição de Jacques Cousteau, esse boto foi impropriamente denominado de "boto-cor-de-rosa". Porém, o Inia sempre foi conhecido como boto-vermelho, tanto pelos ribeirinhos, como pelos pesquisadores do INPA, e a nova denominação causou insatisfação. PARTICULARIDADE: Os botos apresentam uma particularidade: sua genitália é semelhante à do homem e da mulher. Daí existirem estórias a respeito de relações sexuais entre homens e fêmeas do boto, e mulheres com o boto macho. O BOTO E AS ESTÓRIAS E LENDAS - Sobre botos existem mil e uma histórias e mil e uma crenças. Segundo a lenda, os botos, ao anoitecer, transformamse em jovens bonitos, altos, fortes, bons dançarinos e bebedores. Voluptuosos e sedutores, freqüentam bailes, namoram e enganam as moças que chegam às margens dos rios, engravidando-as. De madrugada voltam para o rio onde recuperam a forma animal. É comum, no norte do Brasil, a expressão 'filho de boto' para definir filhos sem pai. As primeiras informações sobre o boto apareceram no século XIX. Na época, o desconhecimento sobre esta espécie fez surgir histórias variadas como, por exemplo, que o boto amazônico é uma réplica da mãe d'água e o boto tucuxi ajuda aos náufragos, empurrando-os para a praia. O olho do boto, seco, é um eficaz amuleto amoroso depois de manipulado pelo feiticeiro. A mulher menstruada não pode viajar de canoa, porque o boto a persegue, e, se houver descuido, pode até ser arrebatada da "montaria". Há, inclusive, crianças registradas como "filho do boto". Segundo as crendices populares da Amazônia, quando os ribeirinhos promovem festas nos barracões, nas ribanceiras do rio, o boto, vestido com roupa branca, impecável, e de chapéu na cabeça, mistura-se entre os homens. Ostenta elegância e educação e demonstra habilidade na dança, atraindo os olhares das mulheres que, imediatamente, ficam encantadas por ele. O boto escolhe a dama com a qual dançará por toda a noite, enquanto os homens lançam olhares de inveja e de ciúmes. Essa dama é sempre a "cabocla" mais linda e a mais cobiçada do baile. Quase sempre, a dançarina enamora-se do lindo jovem e sai com o boto, ao relento, para passear embaixo das mangueiras. Meses após o baile, a moça, ainda encantada e saudosa dos carinhos do "homem" mais galante que conheceu, apresenta os primeiros sinais de gravidez não planejada... "foi o boto!" Ao registrar o filho, a mãe solteira informa, com orgulho, que "o pai da criança é o boto!". Dizem que em naufrágios o boto procura socorrer os náufragos. Segundo uma versão, ajudaria apenas as mulheres, até para manter sua fama de conquistador... Noutra, ajuda indiferentemente homens e mulheres. Não são poucas as pessoas que, ao escaparem de morrer afogados, atribuem- além de a Nossa Senhora de Nazaré - ao boto o seu salvamento. Os órgãos sexuais, quer do boto quer da sua fêmea, são muito utilizados em feitiçarias, visando a conquista ou domínio do ente amado. Porém o mais utilizado mesmo é o olho de boto , que é considerado amuleto dos mais fortes na arte do amor. Dizem mesmo que, segurando na mão um amuleto feito de olho de boto, tem que Ter cuidado para olhar, pois o efeito é fulminante: pode atrair até mesmo pessoas do mesmo sexo, que ficarão apaixonadas pelo possuidor do olho de boto, sendo difícil desfazer o efeito... Contam-se várias histórias em que maridos desconfiados de que alguém estava tentando conquistar suas mulheres, armaram uma cilada para pegar o conquistador. A cilada geralmente acontece à noite, onde o marido vai a luta com o seu rival e consegue feri-lo com uma faca, ou tiros ou com um arpão... Mas o rival, mesmo ferido, consegue fugir e atirar-se n'água. No dia seguinte, para surpresa do marido e demais pessoas que acompanharam a luta, aparece o cadáver na beira d'água, com ferimento de faca, ou de tios ou ainda com o arpão cravado no corpo, conforme a arma utilizada, não de um homem, mas pura e simplesmente... de um boto! Nome Comum: Peixe palhaço Nome em espanhol: Pez payaso rojo Nome em Inglês: Red Clownfish or Tomato Anemonefish Nome Científico: Amphiprion frenatus Filo: Chordata Superclasse: Pisces Classe: Osteichthyes Ordem: Perciformes Família: Pomacentridae Características: Comprimento: 8 m Cor: Vermelho-ferrugem, com listras verticais Cabeça curta, boca pequena, dentes pouco desenvolvidos. O peixe-palhaço ou anfitrião passa todo o tempo perto das anêmonas-do-mar. Ele se esconde do perigo e dorme no meio dos tentáculos venenosos da anêmona. Às vezes, chega mesmo a roubar alimento da boca de sua protetora, embora também traga comida para um lugar onde ela alcance. Este pequeno peixe, ao contrário de outros, está a salvo dos ferrões da anêmona. O motivo pelo qual o peixe-palhaço não sofre os efeitos das células urticantes da anêmona ainda não é bem conhecido. Alguns cientistas acreditam que o muco que recobre o peixe protege-o contra o veneno. Entretanto, somente os peixes-palhaços sadios estão protegidos. Os doentes são mortos pela anêmona. O peixe-palhaço ou anfitrião é encontrado nos oceanos Atlântico e Pacífico. É pequeno, ágil e de colorido brilhante. A fêmea põe seus ovos na base de uma anêmona-do-mar. (Poecilia rericulatus) Origem: América Central. Comprimento máximo: macho 3 cm e fêmea 6 cm. Reprodução: ovovivíparo. pH: alcalino (7,2 a 7,5). Temperatura: 24 a 28 ºC. Aquário: médio com plantas. Alimentação: alcon GUPPY , alcon COLOURS , alcon Mini Betta . Comportamento: pacífico, mantê-lo com peixes pequenos e pacíficos. Ágeis e multicoloridos, os Lebistes são utilizados em aquários desde meados de 1900. Entretanto, sua utilização não se limita apenas a esta. Devido ao seu hábito voraz de se alimentar com larvas de insetos, os Lebistes são utilizados em países do Oriente como ferramenta de controle biológico. Já foram utilizados também no Brasil, na década de 30, para combater os transmissores da Malária e da Febre Amarela. São também utilizados em laboratórios, nos experimentos ecotoxicológicos, genéticos, comportamentais e reprodutivos. Origem: Os Lebistes são originários da América do Sul e Central, mais precisamente de estuários localizados em Barbados, Trinidad Tobago, Venezuela, Guianas e porção norte do Brasil. Conhecidos também por Peixe Arco-íris, Barrigudinho, Bandeirinha, Sarapintado e Guppy encontram-se hoje espalhados por todo o mundo. Antes de ser classificado cientificamente como Poecilia reticulata, o Lebiste já foi conhecido por Girardinus guppyi e Lebistes reticulatus. O nome Guppy é na verdade o sobrenome de Robert J.L Guppy que foi homenageado pelo naturalista inglês Guenther, que recebeu de Robert os primeiros peixes coletados na América Central no ano de 1860. Já o nome popular Lebiste deriva do gênero Lebistes ao qual pertencia. Pertence a família dos Poecilidae (Poecilídeos) da qual também fazem parte Molinésias, Platys e Espadas. É um peixe de fácil manutenção sendo recomendado para todos os tamanhos de aquários desde que obedecidas suas necessidades básicas como pH e temperatura. É interessante observar o número de fêmeas que deve ser maior que o de machos, na razão de 3:1. Reprodução: As fêmeas desta espécie não depositam ovos, mas sim dão à luz filhotes prontos. São classificados então como peixes ovovivíparos. Erroneamente são por vezes citados como peixes vivíparos, mas há uma grande diferença entre estas duas formas de reprodução. O termo vivíparo está relacionado com embriões que são nutridos diretamente pela mãe através de uma estrutura semelhante ao cordão umbilical. É o que acontece, por exemplo, com algumas espécies de Tubarões. Já o termo ovovivíparo refere-se a embriões nutridos pelo saco vitelínico, envoltos por uma membrana (ovo) que se desenvolvem no interior da mãe. De maneira geral seria como “chocar” os ovos internamente. Os filhotes se desenvolvem então dentro destes ovos que ficam guardados a salvo no interior da mãe. Quando o desenvolvimento se completa, a casca se rompe e o filhote, alevino, é expelido pela mãe. Os machos diferenciam-se das fêmeas pela cauda, que é bem maior, pela coloração mais intensa, e pela presença do gonopódio, uma estrutura semelhante a um pequeno tubo localizada na região ventral. Esta estrutura possibilita a transferência dos gametas masculinos para dentro da fêmea, possibilitando a fecundação interna. Já as fêmeas apresentam uma mancha na parte ventral, próxima a cauda, que se torna mais escura quando os ovos começam a se desenvolver. Quando os filhotes estão a ponto de nascer esta mancha torna-se mais “baixa”, a fêmea apresenta-se muito barriguda e com a respiração ofegante. Para reproduzi-los é aconselhável 3 a 5 fêmeas para cada macho. Esta espécie, assim como acontece com outros peixes ovovivíparos, não apresenta cuidado parental, ou seja, os pais não cuidam dos filhotes após o nascimento. Além disso a permanência dos pequenos alevinos junto com exemplares adultos, inclusive a própria mãe, pode ser desastrosa, já que tendem a ser devorados. Em função disso as fêmeas grávidas podem ser postas em criadeiras individuais onde, logo que nascem, os filhotes são separados da mãe. Recomenda-se um aquário com cerca de 15 a 20 litros de água e que contenha plantas naturais como Elodea, Cabomba, Sagitária e a Samambaia d'água, para que os alevinos, ao passarem por entre as frestas da criadeira, possam se refugiar. O período de gestação varia de 20 a 30 dias. Os filhotes devem ser alimentados com alcon Alevinos durante o primeiro mês de vida. Aos dois meses de idade já é possível a diferenciação de machos e fêmeas, que estão prontos para a reprodução. Nesta fase já podem ser alimentados com outras rações como alcon Guppy, alcon Basic e alcon Gold Spirulina Flakes. Para um desenvolvimento mais adequado, é recomendado permitir a reprodução somente a partir dos quatro meses de idade. Uma característica bastante interessante é a capacidade que as fêmeas têm de armazenar o esperma dos machos por um longo período, podendo ter mais de 3 gestações seguidas sem a presença do macho para nova fecundação. Esta característica é muito importante quando se pretende fazer cruzamentos específicos entre machos e fêmeas escolhidos previamente. Para obter o resultado esperado neste cruzamento, é necessário primeiramente “limpar” a fêmea, ou seja, mantê-la sem contatos com machos durante um período de 6 meses, para que ela acabe com um possível estoque de esperma de outro macho. Para o sucesso da reprodução devem ser observadas boas condições ambientais, como temperatura em torno de 28 ºC e pH próximo a 7,2. Com os devidos cuidados e um pouco de atenção diária o Lebiste certamente deixará seu aquário mais alegre e muito colorido. Peixe-Anjo-Preto NOME COMUM: peixe-anjo-preto NOME EM INGLÊS: NOME pomacantusarcuatus FILO: Chordata PERCLASSE: Pisces CLASSE: Osteichthyes ORDEM: Perciformes FAMÍLIA: Chaetodontidae CIENTÍFICO: Tamanho: 40 cm Diformismo sexual indeterminado O peixe-anjo-preto, originário do oceano Pacífico, faz parte da subfamília Pomacanthidae, cujos representantes são consideerados, principalmente por suas cores, como os mais belos peixes marinhos do mundo. São, por isso, muito procurados pelos possuidores de aquários, embora esses peixes não se reproduzam em cativeiro. o peixe-anjo-preto tem dimensões variáveis, podendo chegar a 40 cm de comprimento, com o corpo bastnate alto e muito comprido lateralmente. A boca é pequena e situada na extremidade do focinho que, em alguns gêneros é bem alongado; as mandíbulas são cobertas por um grande número de dentes pequenos. A nadadeira dorsal é longa, composta por um número variável de 9 a 15 raios espinhosos fortes; a nadadeira anal, também longa, tem 3 ou 4 raios espinhosos. O peixe-anjo-preto não apresenta dimorfismo sexual eidente, isto é, macho e fêmea parecem idênticos, o que não corre com a maioria dos peixes. No aquário, ele convive bem com peixes menores, mas pode brigar com outros de seu tamanho. Qual é a diferença entre um siri e um caranguejo? A maior diferença entre esses dois animais é que o siri apresenta o último par de pernas em forma de remo. Apesar de possuirem 10 pés, os siris usam apenas quatro pares para se locomover. O par restante tem a forma de pinças, com as quais o animal se defende e prende os alimentos para levá-los à boca. O siri é um animal invertebrado, ou seja, não possui ossos. No litoral brasileiro podemos encontrar 14 espécies conhecidas e alguns exemplares com mais de 15 centímetros de envergadura. Ele vive nas praias lodosas e podem subir pelos riachos que desembocam no mar. Na época de colocar os ovos, a fêmea retorna ao mar, para que as larvas se desenvolvam. Uma particularidade engraçada do siri é que ele anda de lado! Você acredita? O siri é carnívoro, alimentando-se de peixes, moluscos e outros crustáceos. Um peixe para lá de exótico O cavalo marinho é uma espécie de peixe muito curiosa e, no mínimo, exótica. Todos, algum dia, já pararam em frente a um aquário para admirar este peixe. Ele faz um grande sucesso, não só pela sua aparência, mas também pela maneira como nada. Seu corpo é coberto por placas dérmicas que servem de proteção contra os inimigos. Ele se mantém na posição vertical, utiliza a barbatana dorsal como único meio de propulsão. Sua capacidade natatória é bastante limitada por isso vive em águas calmas e abrigadas, como estuários, onde existem algas e plantas marinhas. Neste ambiente, o cavalo marinho pode se enrolar mantendo-se imóvel. Podem ser colocados em pequenos aquários com corais ou objetos que eles possam se prender. Bons companheiros para o cavalo marinho são peixes pequenos e lentos. O cavalo marinho se alimenta de pequenos moluscos, vermes, crustáceos e plâncton que são sugados através do seu focinho tubular. No aquário ele se alimente de artêmia salina e dáfnias. Alimentos que não se movimentam não serão comidos já que ele não tem costume de ir buscar alimento. Ele come o que estiver passando por ele. Quanto à sua reprodução, há um aspecto interessante: os ovos são depositados numa bolsa ventral do macho. Após uma parada nupcial, a fêmea deposita os ovos nesta bolsa para então serem incubados, nascendo os juvenis completamente formados, já muito semelhantes aos adultos. Origem A sua área de distribuição inclui o Atlântico (das Canárias ao Mar do Norte) e Mediterrâneo. Seu nome científico é Aptenodytes forsteri da ordem dos Sphenisciformes e da família Spheniscidae (Pingüins). O pingüim-imperador vive no continente antártico, em colônias muito numerosas. Na Ilha de Coulman, por exemplo, chegam a reunir-se cerca de 300.000 pingüins-imperador. No início de outubro (março), macho e fêmea acasala, e, após botar o ovo, a fêmea volta para o mar, deixando ao macho a tarefa de choca-lo. Durante 64 dias, o macho não faz outra coisa. Imóvel, ele passa mais de dois meses em jejum, até o ovo eclodir; e, quando o recém-nascido rompe a casca, é o pai, ainda, que lhe oferece a primeira refeição: uma secreção de sua goela. Então a fêmea retoena e assume suas resposabilidades maternas, enquanto o pai vai descansar. Antes de o macho iniciar a incubação, o casal realiza a "operação passa-passa" do ovo, com as patas. Se o ovo escapar da pata de algum deles, e cair no chão, é imediatamente desprezado, pois basta uma exposição de segundos à temperatura ambiente (-30 a -80graus Celcius) para que o embrião morra. O ovo é inclubado numa dobra do abdome do macho, e fica apoiado sobre suas patas, o que o isola do chão gelado. Protegido pelo calor paterno, o filhote aguarda a volta da mãe que trará a indispensável provisão de alimento fresco. O filhote é alimentado com peixe regurgitado. Por vezes, a fêmea alimenta não apenas o seu filhote, mas também outros recém-nascidos do bando. O filhote do pingüim-imperador nasce coberto por uma macia penugem cinzenta, não brilhante como a do adulto, mas opaca. Essa característica permite a máxima absorção de calor, indispensável até que ele adquira a capacidade de regular a temperatura do corpo. Com a chegado do verão, porém, a penugem é substituída pelo tradicional "fraque" dos pingüins adultos. Então ele deixa a colônia e aventura-se pelos mares. Exelente nadador, o pingüim-imperador pode mergulhar até 60 metros de profundidade, e é capaz de resistir 15 minutos debaixo d'água. O ciclo do pingüim-imperador: 1. os flhotes entram no mar; 2. a colônia se desfaz; 4-5. formação da colônia, acasalamento e postura; 6-7. o macho choca o ovo, a fêmea vai para o mar; 8. eclosão do ovo e o retorno da fêmea; 9-12. a fêmea cuida do filhote, e o macho parte para o mar. PINGUINS Os primeiros europeus que viram pinguins, pensaram que estes eram peixes com pernas. Na realidade, são aves marinhas muito especializadas, cujas asas não servem para voar, mas sim para nadar. Habitam as zonas polares, formando colónias. Comem peixe e os seus olhos estão adaptados para ver debaixo da água salgada. As penas e a gordura sub-cutânea ptotegemno da água, do frio e do vento. As penas proporcionam às aves o isolamento térmico de que necessitam para manter uma temperatura de corpo elevada. Para nenhuma outra ave esse facto é mais importante que para os pinguins. Tendo abandonado o voo em favor da deslocação a nado, as suas penas ficam assim reduzidas à função única de isolador térmico, cobrindo uniformemente o corpo em vez de crescerem em zonas bem delimitadas, como na maioria das outras aves. São, além disso, finas e curtas, formando, juntas, uma cobertura densa totalmente impermeável à àgua, muito semelhante à pelagem dos mamíferos. Por este motivo, os pinguins conseguem viver nas regiões mais frias da Terra. Vivem de 30 a 35 anos. Ao mesmo tempo que proclamam a sua espécie, as aves precisam de dar a conhecer o seu sexo. O pinguim macho tem um jeito particularmente encantador de descobrir o que lhe interessa saber sobre os seus companheiros uniformizados. Apanhando um seixo com o bico, ele dirige-se a um outro que esteja parado sozinho e deposita-o solenemente no solo defronte. Se receber uma bicada raivosa e observar um movimento agressivo, percebe que cometeu um erro terrível: tratase de um outro macho! Se o presente é recebido com total indiferença, ele encontrou uma fêmea ainda não preparada para o acasalamento ou já comprometida com outro macho. Apanha então o presente rejeitado e continua a sua busca. Mas se a estranha aceita a oferta efectuando uma profunda reverência, ele encontrou a sua companheira. Faz outra reverência em resposta e o par estica o pescoço e celebra a união com um côro nupcial. As morsas vivem em grupos, por vezes com milhares de elementos do mesmo sexo, em águas muito frias do hemisfério norte. Podem medir mais de dois metros e pesar até 1700 quilos. Destacam-se os seus afiados dentes caninos, o seu focinho eriçado de bigodes e a sua pele rugosa. Embora as presas sejam utilizadas para subir para terra, a sua função principal é desenterrar moluscos do fundo do mar. O tamanho das suas presas de marfim só é superado pelos dentes dos elefantes. Os machos têm de cada lado da cabeça uma bolsa insuflável, que utilizam como flutuador para manterem a cabeça fora de água enquanto dormem, e para produzir um som semelhante ao de uma campaínha. As baleias primitivas teriam adoptado a vida aquática há cerca de 50 milhões de anos. Bastante mais tarde talvez há 25 milhões de anos, sendo este número apenas uma conjectura - outros mamíferos carnívoros primitivos seguiram-lhes o exemplo. Estes seriam os mamíferos pinípedes: focas, leõs-marinhos, otárias e morsas. Tal como as baleias, os pinípedes sofreram modificações consideráveis para a adaptação à vida aquática. Os ossos dos membros tornaram-se muito reduzidos, de modo que apenas as patas sobressaem do corpo. Uma membrana liga os dedos, como numa barbatana. As narinas, situadas no alto da cabeça, permitindo que o animal respire estando a maior parte do corpo imerso, mantêm-se quase sempre fechadas, mas são providas de músculos especiais que as abrem quando o animal quer respirar. A superfície frontal dos olhos é plana, a forma mais adequada para debaixo de água produzir imagens bem focadas. Para conservarem o calor do corpo os pinípedes passaram a apresentar, sob a pele, uma espessa camada de gordura. Estes animais apresentam ainda outras modificações que lhes permitem mergulhar e suster a respiração por longos períodos. O volume de sangue do seu corpo é, proporcionalmente ao tamanho, muito superior ao de qualquer mamífero terrestre e, por esse motivo, conseguem armazenar grandes quantidades de oxigénio. Além disso, quando mergulham, contraem alguns vazos sanguíneos mais importantes para que a circulação do sangue arterial fique consideravelmente limitada ao coração e ao cérebro. Simultaneamente as pulsações descem de cerca de 100 por minuto para aproximadamente 10. Assim o animal consegue manter oxigenados os órgãos principais em prejuízo do resto do corpo. A adaptação dos pinípedes não é, no entanto, tão perfeita como a das baleias, pois aqueles animais não desenvolveram ainda uma maneira de se reproduzirem no mar e têm de se dirigir às praias para dar à luz. O tempo que passam em terra é um tempo muito difícil, pois não só estão expostos aos ataques dos animais terrestres, como não encontram ali o alimento apropriado. Por isso é de toda a conveniência que as crias se desenvolvam em pouco tempo e se tornem independentes o mais rapidamente possível. As morsas reunem-se em praias durante a época da reprodução e nalgumas ilhotas do mar de Bering formam manadas de mais de 3000 indivíduos. Existem dois grupos de pinípedes bem distintos que descendem sem dúvida de antepassados pertencendo a grupos de carnívoros diferentes. Com efeito os leõs marinhos, as otárias e as morsas, todos dotados de orelhas, teriam evoluido a partir de animais semelhantes ao urso. O segundo grupo, o das focas, que abrange mais de duas dúzias de espécies todas dedsprovidas de orelhas, teria evoluído de antepassados semelhantes a lontras. Sua ordem é dos Crocodylia e da família Alligatoridae.O jacaré-açu (Melanosuchus niger), ou jacaré-preto, é o maior dos jacarés: pode atingir 5 metros de comprimento, e é o único que oferce algum perigo para o homem. Ocorre apenas na bacia amazônica, onde cada vez mais raro, pois tem sido muito caçado para aproveitamento de sua pele. O jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) alcança 2,5 metros de comprimento e vive em grandes rios, da região amazônica à bacia do Prata. O jacaré-tinga (Caiman crocodylus) atinge 2,2 metros e ocorre na bacia amazônica e nas margens do Parnaíba. O jacarécoroa (Paleosuchus palpebrosus) não ultrapassa 2 metros e é um dos mais difundidos jacarés brasileiros. Crocodilos e Jacarés Apenas 23 espécies de crocodilianos são conhecidas e todas pertencem a uma única família Crocodylidae, partilhando muitas características em comum. Devido aos seus corpos poderosos, focinhos alongados e dentes ferozes, eles são fáceis de identificar. Todos os membros da família dos crocodilos estão adaptados para os estilos de vida aquática; todos eles têm pés em forma de rede, narinas localizadas no topo do focinho que auxiliam a respiração na água e membranas transparentes para proteger os olhos embaixo d’água. Apesar destas semelhanças, eles possuem estilos de vida e hábitat diferente. Os jacarés são encontrados somente no continente americano, mas os verdadeiros crocodilos são achados em regiões tropicais, da África a Austrália. Um terceiro grupo, os gaviais, são encontrados somente no sul e leste da Ásia. Mesmo que as espécies variem de tamanho, os adultos desses animais sempre são grandes, podendo medir 1,7 metro, como o jacaré-coroa ou mais de 7 metros, como os crocodilos-de-estuário. Devido ao tamanho e velocidade na água, eles são predadores perigosos em todos os lugares que vivem – os mais novos podem comer peixes pequenos, rãs e insetos, mas os adultos pegam peixes grandes, tartarugas e até animais grandes (incluindo os humanos), principalmente os crocodilos-de-estuário e o crocodilo do Nilo. A presa é geralmente afogada e cortada em pedaços, depois é mais engolida do que mastigada. Os crocodilos mostram um comportamento social mais complexo do que os outros répteis e são muito territoriais, principalmente durante temporada de procriação. Diferente da maioria dos outros répteis, eles são animais muito vocais e podem fazer uma grande quantidade de ruídos, incluindo rugidos, grunhidos e até ronronados. As fêmeas protegem suas crias e podem ser agressivas com os intrusos. Na maioria das vezes, os crocodilos transportam os mais novos pela boca para protegê-los dos predadores. História Leia também: "Mandíbula Assassina" O culto do deus Sebek é originário do Faium, que no Antigo Império era apenas uma região alagadiça e aquática onde pululavam os crocodilos. Obras executadas na região pelos faraós da XII dinastia (1991 a 1783 a.C.) tornaram-na cultivável. Em Shedet, a capital do oásis — em grego Crocodilópolis — situada junto ao lago Moeris, foi construído, no Médio Império, o principal santuário de Sebek. A partir dai seu culto se expandiu por todo o Egito. O historiador grego Heródoto (aprox. 480-425 a. C.) é quem nos conta: Parte dos egípcios encara o crocodilo como animal sagrado; mas a outra parte move-lhe guerra. Os que habitam as vizinhanças de Tebas e do lago Moeris têm pelos referidos anfíbios muita veneração. Escolhem sempre um para criar e domesticar. Nas orelhas desses crocodilos põem brincos de pingentes em pedras artificiais ou em ouro e pequenas correntes e braceletes nas suas patas dianteiras. Dão-lhe alimentos especiais e cuidam dele da melhor maneira possível enquanto vive. Quando morre, embalsaman-no e depositamno numa urna sagrada. Na outra extremidade do Egito, constata Heródoto: Os habitantes de Elefantina e das vizinhanças não consideram, absolutamente, os crocodilos animais sagrados, não tendo nenhum escrúpulo em comê-los. Os camponeses eram obrigados a conviver com os ferozes crocodilos, mas a lenda diz que os habitantes de Dendera eram imunes aos ataques desses monstros. Uma canção de amor faz alusão a isso: O amor de minha bem-amada, sobre a outra margem, está em mim... mas um crocodilo mantém-se sobre o banco de areia. Dentro d'água, patinho na corrente... acho o crocodilo semelhante a um rato, pois meu amor por ela me fortalece: ele será para mim como o Charme das Águas... O belíssimo templo de Kom Ombo, da época greco-romana, situado sobre uma colina às margens do Nilo, com edifícios anexos e dentro de um recinto cercado de muros de tijolo, foi dedicado ao deus Sebek e em seus arredores existia uma necrópole de crocodilos embalsamados. Sabe-se, também, que no ano 10 a.C., no lago Moeris, sacerdotes egípcios mantinham um crocodilo domesticado, alimentado com bolos e vinho feito de mel. Textos de culto fazem supor que em outras localidades também os crocodilos desempenhavam um papel importante em certas cerimônias que se realizavam nos lagos sagrados. Diferenças Crocodilo X Jacaré O que diferencia os jacarés tamanho eles atingem? dos crocodilos? Que O professor Paulo Fernando Montenegro, do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), responde: Existem vários fatores que diferenciam jacarés de crocodilos, e o primeiro deles se refere à classificação desses animais, ou seja, o grupo a que eles pertencem. Isto pode ser explicado da seguinte maneira: entre os répteis, existe uma família chamada Crocodylidae, que engloba, além de jacarés e crocodilos, um "primo" destes, chamado gavial. Dentro desta família existem três subfamílias: Alligatorinae, na qual se incluem os jacarés (oito espécies); Crocodylinae, que abarca os crocodilos (13 espécies); e a subfamília Gavialinae, representada por uma única espécie de gavial (Gavialis gangelicus). Assim, podemos dizer que jacarés e crocodilos pertencem a subfamílias distintas, dentro da família Crocodylidae. Diversas características morfológicas também indicam se o animal é um jacaré ou um crocodilo: o focinho dos jacarés é largo e arredondado (forma de "U", o que lhes permite quebrar casco de tartaruga e conchas de invertebrados, para se alimentar. O focinho dos crocodilos, ao contrário, possui uma forma muito mais estreita e pontuda (forma de "V"), indicando diferenças no tipo de alimentação em relação aos jacarés. Uma outra diferença facilmente notada diz respeito à visualização da mandíbula quando os animais estão de boca fechada. Nos jacarés, a maxila cobre praticamente todos os dentes da mandíbula, de forma que praticamente não se vêem os dentes inferiores. Nos crocodilos, alguns dentes inferiores podem ser visualizados facilmente em um animal de boca fechada. Tem-se sugerido que os crocodilos tiveram um ancestral marinho, e que durante a sua história evolutiva foram invadindo ambientes de água doce. Prova disso é que hoje algumas espécies de crocodilos apresentam glândulas especiais na superfície da língua com função de excretar o excesso de sal absorvido no ambiente. Os jacarés, no entanto, tiveram um ancestral de água doce, e, assim, são menos tolerantes à salinidade, de modo que as suas glândulas linguais não são eficientes para excretar sal. Com relação ao tamanho que esses animais podem alcançar, registros indicam que os maiores exemplares conhecidos podem atingir cerca de sete metros, como é o caso do crocodilo-do-Nilo e do jacaré-açu (que ocorre na Bacia Amazônica). No outro extremo, existem espécies nas quais o indivíduo adulto mede cerca de 1,5 metro. Na maioria das espécies, entretanto, os adultos apresentam um comprimento médio em torno de quatro metros Seu nome científico é Phoca vitulina da ordem dos Pinnipedia (Pinípedes) e da família Phocidae (Focas). A foca é um dos mamíferos aquáticos mais conhecidos. Já foi um animal terrestre, mas, com a evolução, adaptouse à vida aquática e, gradualmente, seus membros anteriores transformaram-se em nadadeiras. Vive em grandes colônias nas áreas setentrionais do Atlântico e do Pacífico. Faz também incursões em água doce, percorrendo rios e lagos, às vezes distantes da costa. A foca alimenta-se carangueijos. sobretudo de peixes, lulas e Como não consegue usar os membros inferiores para se deslocar em terra, a foca é obrigada a contorcer o corpo, de maneira bastante desajeitada. A foca nada muito bem, no fundo das águas ou na superfície. Pode atingir profundidades de até 100 metros, e ficar sem respirar por mais de 10 minutos. Embora tenha uma espessa camada de gordura sob a pele, que a protege do frio, a foca adora tomar sol. Enquanto o grupo se aquece, alguns machos ficam de vigia. Uma cena freqüente nos mares do Norte: uma foca dorme sossegadamente, boiando na água. A foca uso os membros anteriores não só como nadadeiras, mas também para comer ou para se coçar. Durante os invernos rigorosos, a foca vive sobre o gelo, porque é o lugar mais quente. Faz buracos na superfície gelada, emergindo de vez em quando para respirar. Todos os anos, em março ou abril, colônias de focas voltam ao lugar de origem, onde as fêmeas dão à luz. O peródo de gestação varia entre oito e doze meses. Os filhotes conseguem "andar" logo depois do nascimento, mas só pelos 5 ou 6 meses nadam o suficientemente bem para acompanhar os adultos no mar. Da metade de dezembro ao fim de abril, as focas vivem em blocos de gelo, à deriva; no resto do ano, reúnem-se na costa. Dois momentos de dedicação da mãe foca: amamentando o filhote; e mergulhando com ele em caso de perigo. O principal predador da foca é o homem, que mata adultos e filhotes para aproveitar sua pele. Essa matança indiscriminada, com finalidade exclusivamente comerciais, reduziu o número de focas a cerca de 200.000 exemplares. Quando o perigo é o urso-polar, a foca defende o filhote com todas as forças. A FOCA Pertence à ordem dos Carnívoros, à família dos Pinípedes e alimenta-se com peixes e invertrebados marinhos. Habita preferencialmente nas costas arenosas e de águas pouco profundas, sendo originária da Ásia Central. As focas estão muitíssimo bem adaptadas à vida marinha, com as suas pequenas caudas e nadadeiras anteriores e também ouvidos externos. Chega a medir dois metros de comprimento e a pesar mais de cem quilos. Têm os filhos em terra, apenas um de cada vez. O tempo médio de vida varia entre os 25 e os 35 anos, chegando mesmo a atingir 40 anos. A foca branca é muito caçada devido ao valor da pele, empregue no fabrico de casacos e outros adornos. A foca é um mamífero pinípede, que sofreu modificações consideráveis para se adaptar à vida aquática. Os ossos dos membros tornaram-se muito reduzidos, de modo que apenas as patas sobressaem do corpo. Uma membrana liga os dedos, como numa barbatana. As narinas no alto da cabeça, permitindo que o animal respire estando a maior parte do corpo imerso, mantêm-se quase sempre fechadas, mas são providas de músculos especiais que as abrem quando o animal quer respirar. A superfície frontal dos olhos é plana, a forma mais adequada para debaixo de água produzir imagens bem focadas. Para conservarem o calor do corpo passaram a apresentar, sobre a pele, uma espessa camada de gordura. Apresentam ainda outras modificações que lhes permitem mergulhar e suster a respiração por longos períodos. O volume de sangue do seu corpo é, proporcionalmente ao tamanho, muito superior ao de qualquer mamífero terrestre e, por esse motivo, conseguem armazenar grandes quantidades de oxigénio. Além disso, quando mergulham, contraem alguns vasos sanguíneos mais importantes para que a circulação do sangue arterial fique consideravelmente limitada ao coração e ao cérebro. Simultaneamente, as pulsações descem de 100 por minuto para aproximadamente 10. Assim, o animal consegue manter oxigenados os orgãos principais. em prejuízo do resto do corpo. Para dar à luz têm que se dirigir às praias, aonde não só estão expostas aos ataques dos animais terrestres, como não encontram ali o alimento apropriado. Por isso é de toda a conveniência para a foca fêmea que as crias se desenvolvam em pouco tempo e se tornem independentes o mais rapidamente possível. O leite da foca é extraordinariamente rico - contendo 50% de gordura - e a cria aumenta de peso à razão de cerca de um quilo por dia. Como durante o período de amamentação a mãe não se alimenta, o que se verifica na realidade é que ela converte a própria gordura em leite, transferindo-a para a cria. Alguns dias após o nascimento, a fêmea acasala de novo. Porém, como o período de gestação é bastante inferior a um ano, o óvulo fecundado, ou ovo, mantém-se em princípio sem se desenvolver, sendo a implantação na parede do útero retardada por vários meses. Quando finalmente se dá a implantação, o ovo inicia o desenvolvimento e assim a cria nascerá na época de reprodução seguinte, um ano depois. O grupo das focas, que abrange mais de duas dúzias de espécies todas desprovidas de orelhas, terá evoluído de antepassados semelhantes a lontras. Os membros das focas quase lhe não são de qualquer utilidade em terra. Os anteriores são tão curtos que o apoio que proporcionam é muito reduzido, e os posteriores, como não podem ser virados para a frente, de nada lhes servem. Com efeito, fora de água, as suas patas posteriores mantêm-se geralmente com as plantas unidas, tomando o aspecto de uma cauda. A foca serve-se das barbatanas anteriores quase exclusivamente para manobrar e das posteriores para a propulsão, usando uma técnica na deslocação muito semelhante à dos peixes. A maioria das focas, quando em terra, desloca-se por ondulações no corpo. Porém, a foca caranguejeira vive sobre gelo flutuante tão escorregadio que tem de mover-se sinuosamente, à maneira das serpentes. As focas são mais abundantes nas águas polares, aonde há enormes concentrações de peixe. Existem no entanto espécies que vivem em águas mais temperadas. As focas do gérero Monachus encontram-se na Madeira e costa da Mauritânia, e possivelmente ainda no Mediterrâneo e na zona das ilhas Havaí. Algumas espécies são de pequenas dimensões - a foca do lago Baical, a única que vive exclusivamente em água doce, mede apenas um metro e meio, mas todos os grupos incluem uma espécie de grandes dimensões. O elefante marinho, a maior espécie do grupo das focas, atinge seis metros de comprimento e cerca de três toneladas de peso. A foca cinzenta,espalhada por todo o litoral do norte da Europa e da América, é menos caçada do que as outras espécies, por duas razões: ela é menos sociável que outras espécies e nunca forma colónias grandes nas praias. Além disso, os filhotes já nascem com o pelo de adultos, de um cinza vivo e com manchas escuras, ao contrário do belo pelo branco, que é o orgulho (e o infortúnio) das outras. A primeira muda de pêlo da foca cinzenta ocorre no próprio ventre materno. A foca cinzenta passa a maior parte do tempo nas águas árticas, e vem a terra apenas para dar à luz e para se aquecer ao sol. Dorme na superfície da água, acasala-se nela e só tem que mergulhar para conseguir comida, que consiste em peixes e caranguejos. O seu corpo em forma de torpedo é perfeitamente adaptado para nadar, desde as pernas que se transformaram em nadadeiras, até à cabeça redonda, desprovida de orelhas. As narinas fecham-se quando ela mergulha. Como as outras, a foca cinzenta é protegida do frio por uma camada de gordura, e por um aparelho circulatório especial. Os leões-marinhos, também conhecidos por focas-orelhudas, são mamíferos carnívoros habitantes das costas rochosas, frequentemente confundidos com as focas. Fazem parte da família dos otarídeos, a qual forma conjuntamente com a dos focídeos (focas) e dos odobenídeos (morsas) a ordem dos pinípedes, alimentando-se principalmente de peixes, crustáceos e moluscos. Todos os representantes destas 3 famílias têm em comum o facto de abandonarem o mar apenas para a reprodução e mudança da pelagem. O virem a terra garante os acasalamentos que, de outro modo, estariam dependentes de encontros ocasionais no mar. A família Otariidae compreende seis espécies de leõesmarinhos, designação porque também são conhecidos devido à força da sua voz e à juba, relativamente espessa, exibida pelos machos. O leão-marinho de Steller, do Pacífico Setentrional, e que se encontra desde o Estreito de Bering até às costas ocidentais dos Estados Unidos da América e do Japão, é o mais corpulento de todos, chegando a medir seis metros e a pesar 3 toneladas. A Octária do Árctico reúne-se em grupos de dois a três milhões de indivíduos - as maiores manadas de mamíferos existentes - na sua principal região, as Pribilof, no Pacífico Norte. Para procriarem dirigem-se a ilhas onde não existem predadores. Os machos dominantes demarcam o seu território em princípios de Junho. As fêmeas chegam em meados do mesmo mês, nascendo as crias um ou dois dias depois. Os acasalamentos processam-se uma semana após os nascimentos, durando cerca de dois meses, período em que os machos não se alimentam e pouco dormem, lutando contra os seus opositores para estabelecerem e manterem os seus territórios. A gestação dura aproximadamente um ano (365 dias). No final desse período nasce uma única cria, que é amamentada até fazer um ano, e que se torna passados dois meses numa exímia nadadora. Logo a seguir ao parto a mãe dirige-se para o mar, regressando três vezes por dia para amamentar o bebé. Nas costas ocidental e oriental da América do Sul encontra-se o lobo-marinho (Otária byronia), uma das espécies mais conhecidas dos jardins zoológicos, parques aquáticos e circos, dada a facilidade com que se domestica e aprende a efectuar exercícios e acrobacias. A pele desta espécie é lisa e sem pêlo, de um tom chocolate - um pouco pardo - ficando quase preta quando o animal se molha. À medida que envelhece a parte superior da cabeça fica mais clara. Todos têm os membros espalmados e adaptados à natação - estão transformados em barbatanas. Mas as extremidades posteriores podem mexer-se para a frente, como as de um mamífero terrestre, o que lhes favorece bastante a marcha. O homem é o seu principal predador. Os otarídeos têm sido perseguidos pela espécie humana ao longo dos séculos. Actualmente a sua caça, permitida dentro de certos condicionalismos, possibilita ao homem uma fonte de peles, carne e gordura, de que depende a sobrevivência de muitas famílias. Face a leis protectoras, a população da maioria das espécies vai-se mantendo estabilizada. O comportamento do maior predador dos oceanos De todos os animais do planeta, o tubarão branco é o maior predador dos oceanos, com um peso de quase 2 toneladas e até oito metros de comprimento. Sua dimensão é equivalente à da orca. O tubarão branco é muito individualista e instável, mudando de comportamento a toda hora. Uma das armas mais poderosas são centenas de sensores elétricos dispostos na parte frontal do corpo, com os quais capta até as batidas cardíacas de um outro animal à distância. Então pelo ritmo das pulsações, ele avalia se a vítima potencial está assustada ou tensa, situação em que pode ser dominada mais facilmente. O seu bote é uma cena única. O Tubarão Branco é capaz de projetar a boca para fora da face, aumentando o tamanho da mordida para perto de um metro e meio, quase o suficiente para engolir um homem em pé. O alimento dos tubarões brancos e sua caça Ao contrário do que mostra o filme Tubarão, o tubarão branco não caça gente para comer. Ele gosta mesmo é de gordura, que é abundante nas focas, leões e elefantes marinhos e escassa nos seres humanos. É possível que o tubarão branco, muitas vezes, se engane ao ver surfistas deitados na prancha, remando com as mãos. Vistos do leito do mar, por onde o caçador avança, eles ficam parecidos com leões marinhos. Mas, no Brasil não é o tubarão branco que está atacando os surfistas. Ele também é muito curioso, e às vezes morde para satisfazer a curiosidade. Como não tem mãos, apalpa com os dentes. O alimento dos tubarões brancos são as focas, leões e elefantes marinhos. Clique aqui para saber como o Tubarão Branco caça. O tubarão branco no livro vermelho de espécies em risco de extinção Apesar de seu tamanho, força e ferocidade, o tubarão branco está ameaçado. No ano passado, uma das mais importantes organizações ambientalistasdo mundo, colocou o tubarão branco no livro vermelho de espécies em risco de extinção. Esta medida foi tomada por 3 motivos: 1 - O tubarão branco é naturalmente raro, gerando apenas um ou dois filhotes por vez; 2 - Tem uma das mais baixas taxas de procriação entre os peixes; 3 - É perseguido tanto por aqueles que se orgulham de enfrentar um animal perigoso, com por aqueles que o temem. Tubarão branco: o ápice da cadeia alimentar A despeito de toda a sua ferocidade, o tubarão branco precisa ser protegido, como ele é o principal predador dos oceanos, ele acaba sendo o ápice da cadeia alimentar, influenciando todos os níveis inferiores. Antes de mais nada, controla a população de focas e leões marinhos, suas presas favoritas. Se ele desaparecer, as populações desses animais tendem a crescer e a consumir mais peixes. Logo, o número de peixes tende a cair. A reação em cadeia, pelo menos em princípio, pode chegar às algas do plâncton, minúsculos organismos que, em quantidade imensa, produzem a maior parte do oxigênio da atmosfera. Os desequilíbrios decorrentes daí são imprevisíveis. Sem o tubarão branco, os oceanos estarão doentes. O sexto sentido do tubarão branco A ciência ainda sabe muito pouco sobre esse formidável organismo, tão bem adaptado que quase não se alterou nos últimos 60 milhões de anos. Os pesquisadores ficam especialmente impressionados com o seu sexto sentido, a chamada eletrorrecepção, por meio da qual detecta minúsculos campos elétricos gerados pelo organismo dos outros animais. Eles podem sentir um campo elétrico até 20.000 vezes menores que 1 volt, equivalente ao da batida do coração de um peixe. Outro orgão sensorial muito importante é o olfato, capaz de perceber uma gota de sangue numa piscina. Um peixe de águas tropicais e sua ausência nas águas do sul do Brasil O tubarão branco é um peixe de águas tropicais, pois gosta do frio. Os cientistas têm verificado nos últimos anos que ele circula principalmente em regiões próximas das correntes frias e temperadas do planeta. A partir daí, nada para as áreas de procriação das focas e leões marinhos, que se situam em águas rasas, perto das praias de clima temperado e semitropical. São os campos de caça do tubarão branco. O resto do oceano continua sendo uma incógnita. Ninguém sabe por exemplo, onde o tubarão branco se acasala e quais são os seus hábitos de procriação. Uma questão curiosa a esse respeito, é a ausência do bicho nas águas ao sul do Brasil e na Patagônia, onde existem correntes frias e grandes concentrações de focas e leões marinhos. Talvez seja por respeito a outro grande predador, a baleia orca, muito comum na região da Patagônia. Se ficar confirmado essa hipótese, significa que os dois gigantes fazem uma divisão de território, pois dividem o mesmo alimento. chrysomelas) chrysopygus) caissara) Filo: Chordata Nomes comuns: MICO LEÃO DOURADO; MICO LEÃO DA CARA DOURADA; MICO LEÃO PRETO e MICO LEÃO DA CARA PRETA Nomes científicos: Mico leão dourado (Leontoithecus rosalia) Mico Leão da cara dourada (Leontopithecus chrysomelas) Mico Leão preto (Leontopithecus chrysopygus) Mico Leão da cara Preta (Leontopithecus caissara) Nomes em inglês: Golden lion tamarins (Leontoithecus rosalia) Golden headed lion tamarins (Leontopithecus Black lion tamarins (Leontopithecus Black-faced lion tamarins (Leontopithecus Classe: Mammalia Ordem: Primates Família: Callithricidae As quatro espécie de Mico leão ameaçados de extinção; Leontopithecus, (L. rosalia, o Mico leão dourado; L. chrysomelas, o Mico Leão de Cara Dourada; L. chrysopygus, o Mico Leão Preto; e L. caissara, o Mico Leão de Cara Preta) são endêmicos para a floresta Atlântica no Brasil. O desmatamento, caça e comércio ilegal causaram a redução drástica da populações de Mico leões durante os últimos 50 anos. Estimativas de população atuais são aproximadamente 1000 para o Mico Leão Dourado (MLD), 6,000 a 15,500 para o Mico leãod e cara dourada (MLCD), 1000 para o Mico leão preto (MLP) e somente 400 para o Mico leão da cara preta (MLCP). São ligeiramente menores que esquilos, os Micos são chamados "Os reis da selva" porque possuem jubas ao redor das faces o que os fazem se parecer com leões. todo os membros desta família têm garras que eles usam para cavar e procurar comidas, raizes e insetos. Animais em Extinção Nome Nome Nome Nome vulgar: ARARA AZUL em Espanhol: Guacamayo Jacinto em Francês: Ara hyacinthe em Inglês: Hyacinth Macaw. Nome em Alemão: Hyazinthara. Classe: Aves Ordem: Psittaciformes Família: Psittacidae Nome científico: Anodorhynchus hyacinthinus Nome inglês: Hyacinthine Macaw Distribuição: Interior do sul do Brasil, Maranhão, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. Habitat: Buritizais, matas ciliares e cerrado adjacente Hábitos: Têm o vôo pesado, no entanto são capazes de descrever curvas fechadas Longevidade: 30 a 40 anos Maturidade: 3 anos Época reprodutiva: Novembro a Janeiro Gestação: Incubação: 30 dias Nº de filhotes: Dois filhotes Alimentação na natureza: Semente e frutas Alimentação em cativeiro: Amendoim, girassol, milho verde, coco seco, banana, mamão e laranja Causas da extinção: Caça e Destruição do meio ambiente Menos dotada que seus parentes, os papagaios, a arara só é capaz de aprender algumas palavras isoladas. Desde o século XVI as araras são muito procuradas como bichos de estimação e, antigamente, possuir uma arara era sinal de grande riqueza. As araras maiores e mais coloridas são encontradas nas florestas tropicais das Américas. São freqüentemente caçadas e mantidas em cativeiro. Existem 18 espécies de arara, todas com bico forte, língua carnosa e cauda longa em forma de espada. O bico forte permite que elas escavem o tronco das árvores para comer larvas de insetos. As araras, em geral, fazem ninhos no oco de árvores como palmeiras. Os ovos são postos na primavera e os adultos alimentam os filhotes regurgitando a comida. Com seis meses de idade as araras já são bichos adultos. Urso-Polar Seu nome científico é Thalarctos maritimus da ordem dos Carnivora (carnívoro) e da família Ursidae (Ursos). O urso-polar é uma das maiores espécies de urso. Alguns exemplares podem atingir cerca de 2 metros de comprimento e pesar 700 kilos. Embora pesado e maciço, move-se com facilidade na paisagem branca do Ártico. O pêlo longo e gorduroso mantém seu corpo aquecido, e a camada de gordura subcutânea é uma proteção adicional contra o frio. Bom pescador e caçador, o urso-polar investe contra suas pressas na água ou em terra firme. Na água sente-se à vontade porque a gordura e o ar nos pulmões permitem que ele flutue com facilidade. Além disso, as membranas entre os dedos fazem do urso-polar um nadador mais eficiente que os outros ursos: é o único que dispõe desse recurso. Paciente e esperto, o urso-polar aguarda o momento em que a foca sobe a superfície para respirar. Uma enérgica patada é suficiente para matá-la. Depois, basta puxá-la para fora da água. O urso-polar acasala na primavera. No outono, as fêmeas grávidas escavam uma toca e caem num estado semi-sonolência. Os filhotes nascem nesse abrigo, durante o inverno. A ninhada é, no máximo, de três filhotes. Estes nascem cegos e sem pêlos, e são amamentados por cerca de três meses e meio. Nadador lento (sua média excepcionalmente resistente, é o 4km/h), porém urso-polar pode permanecer na água durante horas. Ao nadar, ele usa apenas as patas anteriores para a propulsão. Os pêlos na planta dos pés protegem o urso-polar do frio e oferecem-lhe mais firmeza ao caminhar sobre o gelo. A presa favorita do urso-polar é a foca, mas ocasionalmente ele ataca a raposa-branca, o boialmiscareiro e a rena. E devora peixes como o bacalhau e o salmão Distribuição geográfica: espécie exclusiva do hemisfério norte, o urso-polar habita as regiões do Ártico (Alasca, norte do Canadá, Groenlândia, extremo norte da Europa e Sibéria). Habitat: os gelos eternos da calota polar, ilhas do oceano glacial Ártico e as costas setentrionais da América e Eurásia. Medidas de proteção: o meio inóspito do Ártico torna difícil um calculo do número de ursos-polares; estimase que existem atualmente cerca de 20.000. Esse número reduzido é atribuido por diversos fatores - a caça de que têm sido vítimas, ao longo do tempo, e casuais naturais. O urso-polar vive em grupos pequenos de três ou quatro indivíduos, e, por isso, fica mais exposto a agressões externas. A fêmea dá à luz uma vez por ano, e a cria é, no máximo, de três filhotes com dito antes, - número muito pequeno, que não favorece o aumento da espécie. Até os dois ou três primeiros anos de vida, os filhotes permanecem com a mãe, com quem aprendem a caçar e a sobreviver. Nesse período, são extremamente indefesos e presas freqüentes do lobo, um de seus inimigos naturais. O urso-polar goza de proteção na Ex-União Soviética desde 1.956. No entanto, só em 1.973 a dinamarca, a Noruega, o Canadá, os Estados Unidos e a própria ExUnião Soviética se assossiaram num plano internacional de preservação da espécie. A caça foi proibida em águas internacionais, mas reconheceu-se esse direito às populações indígenas (esquimós). Ficou terminantemente proibida a caça de avião, um "esporte" muito praticado por milionários norteamericanos, bem como qualquer tipo de caça motorizada. Fêmeas e filhotes gozam de proteção absoluta.