Edição 4 -2016 AUSCULTANDO: Dr. Jofre Cabral e Dr. Fernando Martins discorrem sobre o CCFN (Pag. 3) SALA DOS MÉDICOS: Laudo digital e repaginação. Saiba o que acontece no Grupo Perinatal (Pag. 7) PERINATAL CRIA CENTRO DE CIRURGIA FETAL E NEONATAL O complexo, que integra todas as expertises do Grupo, vai oferecer um ciclo completo de assistência à mãe e ao bebê (Pags. 4 e 5) Rodrigo Lopes Palavra de Especialista Dr. Renato Sá anuncia: a terapia fetal é um dos campos mais promissores da medicina 02 Auscultando A criação do Centro de Cirurgia Fetal e Neonatal (CCFN) sob a ótica de dois grandes especialistas, Dr. Jofre Cabral e Dr. Fernando Martins 03 Matéria Principal O CCFN chega, neste primeiro semestre, para reforçar a vocação do Grupo Perinatal como referência em Perinatologia 04 e 05 Casos de Sucesso Dr. Francisco Nicanor fala sobre um caso raríssimo de peritonite meconial 06 Sala dos Médicos Saiba tudo o que é notícia nos bastidores da Perinatal 07 Dr. Renato Sá explica a importância do Centro de Cirurgia Fetal e Neonatal no cuidado às gestantes e seus conceptos PALAVRA DE ESPECIALISTA E stima-se que 3% dos nascidos vivos tenham algum defeito congênito complexo. A boa notícia é que na maioria dos casos os bebês podem ser tratados ainda no período neonatal ou logo após o nascimento, aumentando as chances de sucesso no procedimento. Esse êxito só é possível porque, devido ao desenvolvimento dos métodos de imagem, muitos desses defeitos puderam ser diagnosticados cedo, permitindo uma intervenção também precoce. Hoje, a terapia fetal é reconhecida como um dos campos mais promissores da medicina, tornando-se uma boa opção para um número crescente de bebês com defeitos congênitos. Usando procedimentos cirúrgicos altamente sofisticados, estamos agora em condições de tratar certos defeitos incapacitantes, além daqueles que representam de risco de morte durante o desenvolvimento fetal. E, desta maneira, oferecer uma nova esperança para as famílias. Ao longo de mais de 20 anos de terapia intrauterina, nossa equipe se mantém em processo contínuo de aprimoramento para melhorar ainda mais a segurança da paciente e seu bebê, investindo em novas técnicas cirúrgicas e de imagem. E, mais recentemente, desenvolvendo práticas para melhorar o diagnóstico e o tratamento, em associação com instituições reconhecidas como a Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ). A cirurgia fetal é um procedimento complexo e desafiador, que exige o mais especializado atendimento integral tanto para a mãe, quanto para o feto. Poucos são os centros que apresentam recursos técnicos e humanos para realizar tais procedimentos complexos. Por isso, o Grupo Perinatal vai lançar o Centro de Cirurgia Fetal e Neonatal, que estará pronto a prestar esse cuidado às gestantes e seus conceptos. Dr. Renato Sá Chefe do setor de Obstetrícia e Medicina Fetal e diretor do Grupo Perinatal PERINATOLOGIA EM ALTA AUSCULTANDO 3 DO DIAGNÓSTICO AO PÓS-OPERATÓRIO: TODAS AS ETAPAS PODERÃO SER CUIDADOSAMENTE ESTUDADAS PELOS MELHORES ESPECIALISTAS COM A CRIAÇÃO DO CCFN C riado em 1985, o setor de Neonatologia do Grupo Perinatal já atendeu mais de 15 mil bebês prematuros. Destes pequenos visitantes, dois estavam entre os menores nascidos no Brasil. Hoje, com o avanço da tecnologia em parceria com a expertise da equipe e a criação do Centro de Cirurgia Fetal e Neonatal (CCFN), é cada vez mais frequente o número de casos de sucesso no tratamento e na recuperação dos que nascem antes do tempo ideal de gestação - inclusive dos prematuros extremos, que é o foco do setor. Abaixo, Dr. Jofre Cabral, diretor clínico da UTI Neonatal da Perinatal Laranjeiras, e o Dr. Fernando Martins, diretor clínico da UTI Neonatal da Perinatal Barra, falam sobre neonatologia e a importância de se criar um centro complexo como este. E o pós-operatório do bebê que sofreu procedimento cirúrgico intrauterino? Neste caso, o pós-operatório é feito pela própria mãe, já que a criança é oxigenada pela placenta Dr. Jofre Cabral afirma que um bom acompanhamento médico pode evitar a prematuridade e não há como fazer uma avalição hemodinâmica e metabólica. Em algumas intercorrências é necessária outra intervenção no período neonatal, mas fazemos de tudo para evitar. Nesse momento, inclusive, o papel do neonatologista é fazer com que o bebê não nasça prematuro. O que pode causar essa prematuridade? Entre as causas estão: hipertensão; malformação fetal; patologias do útero; infecções maternas, como a urinária; gestação de múltiplos; posicionamento da placenta e pré-natal malfeito. A idade materna também influencia, como o caso de uma adolescente com útero imaturo ou mulheres acima dos 35 anos com uma rotina estressante. Felizmente, a maioria dos bebês se desenvolve normalmente mesmo tendo nascido antes do tempo, mas os cuidados precisam ser redobrados, pois o cérebro ainda está em fase de maturação, assim como os pulmões, deixando-o mais vulnerável. Qual é o papel do médico em todo o processo? Essencial. Aliás, o ponto crucial para evitar a prematuridade é um bom acompanhamento médico de pré-natal. É nesta fase que é possível identificar os problemas que podem levar ao parto pré-termo. É importante, inclusive, durante o acompanhamento puerperal, avaliar como está a parte psicológica da gestante e de sua família, pois muitas vezes o quadro pode acarretar uma psicose com riscos para a mãe e para o bebê. Rodrigo Lopes Quais são as principais cirurgias realizadas em neonatologia e como é o pós-operatório? As mais relevantes são as do sistema nervoso central, abdominais e as cardíacas, como a hérnia umbilical e a fenda esternal congênita. Mas primeiro temos que ver quais sítios vão precisar de intervenção cirúrgica e o tipo de procedimento ao qual serão submetidos. Na fase de pré-operatório é muito importante que a equipe deixe o paciente nas melhores condições possíveis e que o mantenha estável, para que ele enfrente bem a cirurgia e tenha um bom pós-operatório. Também deve-se levar em consideração a complexidade e a duração do procedimento. Para que não haja complicações posteriores, a equipe precisa prestar atenção na questão hemodinâmica, respiratória e no aspecto metabólico do paciente. Em termos de tecnologia, o que está disponível na medicina neonatal? Hoje em dia, com o avanço da tecnologia e a expertise da equipe, é cada vez mais frequente o sucesso no tratamento e na recuperação com qualidade de vida. Os respiradores, monitores e todos os aparelhos necessários em uma unidade de tratamento intensivo evoluíram. E, assim como a tecnologia foi progredindo gradativamente, o mesmo aconteceu com o conhecimento da equipe e a estrutura do Grupo. Rodrigo Lopes Qual a importância do Centro de Cirurgia Fetal e Neonatal (CCFN) para o paciente? Eu diria que é o melhor serviço que podemos oferecer atualmente, porque o paciente terá o melhor prognóstico e contará com a melhor equipe desde quando o problema for detectado. Tendo isso, o pós-operatório fluirá naturalmente. É no CCFN que vamos antecipar o diagnóstico, o que é de extrema importância, e onde a equipe terá tempo para estudar cada caso com afinco e ficar ainda mais preparada para qualquer intervenção que vier a fazer. Para o Dr. Fernando Martins, o CCFN é o melhor serviço que a Perinatal pode oferecer atualmente PERINATOLOGIA EM ALTA Julia Carvalho 4 O Grupo Perinatal reafirma sua vocação em neonatologia, mas também expande sua atuação em medicina de alta complexidade ao criar o CCFN PERINATAL CRIA CENTRO DE EXCELÊNCIA EM CIRURGIA FETAL E NEONATAL O COMPLEXO, QUE INTEGRA TODAS AS EXPERTISES DO GRUPO, VAI OFERECER UM CICLO COMPLETO DE ASSISTÊNCIA À MÃE E AO BEBÊ O pioneirismo é uma premissa que sempre regeu o Grupo Perinatal em seus 30 anos de história. Agora, um novo capítulo vai reforçar o hospital como referência no segmento de Perinatologia. Neste primeiro semestre, a instituição irá inaugurar, na Barra, o Centro de Cirurgia Fetal e Neonatal (CCFN). O projeto é destinado a casos de alto risco e reforça o compromisso do hospital no atendimento completo para a gestante e seu bebê. O centro vai oferecer um ciclo completo de assistência fetal e neonatal, a partir da integração das expertises em Medicina Fetal, Cirurgia Neonatal e UTI Neonatal. Desde 2009, a Perinatal Barra já tem uma experiência de sucesso ao somar a expertise em neonatologia com a de cirurgia cardíaca. Ao todo, o Grupo já realizou mais de 2.000 cirurgias cardíacas em recém-nascidos e pacientes pediátricos com um índice de sobrevida de 94%, comparável aos maiores centros de tratamento do mundo. Agora, fetos diagnosticados com malformação poderão ser tratados por um equipe multidisciplinar. As etapas determinantes na qualidade de vida dos bebês com malformação congênita ou complicação neonatal são várias, como o rastreamento detecção, diagnóstico, procedimentos cirúrgicos, cuidados intensivos pós- cirúrgicos e o acompanhamento pós-alta. Por isso, a importância de uma equipe multidisciplinar que possa criar um plano de tratamento direcionado para cada paciente, cumprindo o compromisso de fazer o acolhimento inicial. Dr. Manoel de Carvalho, diretor e fundador da Perinatal, explica que as gestantes se sentem Para a Perinatal, fundada por pediatras neonatologistas e que desde sempre expande sua atuação em medicina de complexidade, esse projeto representa a consolidação da expertise em um centro de perinatologia Dr. José Maria Lopes Diretor médico do Grupo Perinatal perdidas quando se deparam com um diagnóstico de malformação. E este cuidado, diz, que vai desde o diagnóstico até fornecer orientação e detalhes da evolução do quadro, leva segurança e conforto para pais e seus familiares. “Identificamos a carência desse serviço completo que abrange todas essas etapas. Quando a gestante transita de um lugar para o outro, diversos fatores interferem na evolução da vida desses bebês, desde o estresse da mãe até a dificuldade de comunicação entre os diferentes especialistas envolvidos no processo”, explica. Dr. Manoel complementa: “Essas mães não têm uma referência em tratamentos fetais e queremos preencher esse vácuo enorme na área de saúde. Agora, ela terá os melhores clínicos, ultrassonografistas, cardiologistas e neurocirurgiões em um só lugar, que atendem aos núcleos de Medicina Fetal, Cirurgia Fetal, Cirurgia Neonatal e assistência especializada ao recém-nascido de risco”. O também diretor e fundador do Grupo Perinatal, Dr. José Maria Lopes, ressalta ainda que o novo Centro de Cirurgia Fetal e Neonatal é um grande avanço para esta área da medicina no país. “Para a Perinatal, fundada por pediatras neonatologistas, e que desde sempre expande sua atuação em medicina de complexidade, esse projeto representa a consolidação da exertise em um centro de perinatologia. Um conceito único de assistência no Brasil, com caráter inovador e arrojado”, diz Dr. José Maria. PERINATOLOGIA EM ALTA 5 A INOVAÇÃO COMO MARCA S egundo o Dr. Renato Sá, chefe da obstetrícia do Grupo Perinatal, a ideia é que o feto seja encarado como paciente desde o primeiro trimestre da gestação. “O diagnóstico começa na barriga da mãe, assim como alguns tratamentos. Uma equipe multidisciplinar estuda caso a caso para avaliar a melhor intervenção: seja ela intrauterina, ou logo após o nascimento”, explica o médico que cita a mielomeningocele e a hérnia diafragmática congênita como malformações relevantes. Exames também serão realizados no Centro de Cirurgia Fetal e Neonatal (CCFN). Entre eles, o rastreamento fetal no primeiro trimestre e o exame de diagnóstico no segundo trimestre, além de contratualizações externas para poder complementar qualquer diagnóstico encontrado no segundo trimestre. “E, com isso, a segurança na proposta de tratamento”, atesta. O Centro Cirurgia Fetal e Neonatal veio para reforçar o conceito que sempre norteou o Grupo de Assistência Perinatal. A Medicina Perinatal ou Medicina MaternoFetal pode desempenhar uma série de funções em uma gestação complicada, desde a realização de exames de imagem para diagnóstico pré-natal, como consultas sobre problemas médicos ou obstétricos incomuns, até aqueles que necessitam de intervenção cirúrgica. Este trabalho envolve a avaliação de gestantes encaminhados por outros obstetras, traçando de maneira conjunta um Plano Terapêutico adequado, que pode requerer uma intervenção cirúrgica a qualquer tempo, seja ela intrauterina ou pós-natal. Todas as vezes que o obstetra quiser outra opinião, ou pensar que a gestante precisa de uma segunda opinião de alguém que esteja acostumado a lidar com situações obstétricas incomuns, o CCFN poderá ser útil. Quase sempre a gestante receberá uma assistência em “cogestão” do centro com o obstetra que a referiu. Uma exceção será quando houver a necessidade de cirurgia logo após o parto. Nestes casos, uma equipe de apoio integrará o Centro, como os cirurgiões Dr. Gabriel Mufarrej e Dr. Francisco Nicanor, além de outros especialistas. Em outros casos, pode haver a necessidade Rodrigo Lopes N Dr. Paulo Nassar Coordenador do Centro de Diagnóstico da Perinatal Barra da participação de geneticistas como o Dr. Juan Llerena, ou de exames complementares como a Ressonância Magnética Fetal com ou sem reconstrução em 3D, quando participará o Dr. Heron Werner. A equipe de especialistas em Medicina Materno-Fetal será coordenada pelo Dr. Renato Sá, que juntamente com o Dr. Paulo Nassar, Dr. Paulo Marinho, Dr. Fernando Maia e Dra. Ana Elisa Baião constituirão a equipe de cirurgiões fetais. Para situações específicas, como os casos de mielomeningocele, o CCFN contará com a colaboração de especialistas renomados como a Dra. Denise Pedreira, pesquisadora brasileira que desenvolveu a técnica para correção deste problema por fetoscopia, tornando o procedimento menos invasivo. Considerando que o desespero e o medo são os sentimentos preponderantes de uma gestante e seus familiares quando se depara com um diagnóstico pré-natal de malformação fetal, o papel primordial dos especialistas do Grupo Perinatal será ajudá-los a entender o que está acontecendo e o que esperar do seu filho, de uma forma segura e acolhedora. OPINIÃO os últimos 30 anos, temos observado um amplo desenvolvimento da obstetrícia moderna e o surgimento de uma nova especialidade, a Medicina Fetal. Através dela, o feto passou a desfrutar de um novo status ético e social, onde as ações médicas passaram a ser coordenadas para atingir um único objetivo: o bem estar desse ser humano ainda em formação. Contudo, dada à natureza singular que envolve o nosso pequeno paciente, muitas vezes, se faz necessária uma abordagem multidisciplinar durante a gestação para diagnosticar e realizar o tratamento. O envolvimento direto acontece não somente dentro da Medicina Fetal, mas conta também com a ajuda de cirurgiões fetais e neonatais, neonatologistas, geneticistas clínicos, entre profissionais de outras especialidades médicas. É com essa visão de uma atenção integral da saúde do bebê e do recém-nascido, que o trabalho em equipe nos principais centros de cirurgia fetal e neonatal do mundo foram constituídos. E é com essa filosofia que estamos construindo o Centro de Cirurgia Fetal e Neonatal (CCFN) do Grupo Perinatal. Dessa forma, acreditamos que, em breve, poderemos oferecer às gestantes e aos fetos portadores de malformações ou de outras patologias o que há de mais moderno em termos de proposta de tratamento. Ou seja, a união da mais alta tecnologia disponível com um acolhimento ético e exemplar. 6 PERINATOLOGIA EM ALTA CASOS DE SUCESSO DR. FRANCISCO NICANOR, CIRURGIÃO PEDIÁTRICO QUE INTEGRA A EQUIPE DE APOIO DO CCFN, CONTA COMO CONDUZIU UM CASO RARÍSSIMO DE PERITONITE MECONIAL, PARA ALEGRIA DA MÃE ALESSANDRA GOMES, QUE HOJE COMEMORA A SAÚDE DA SUA ALICE Divulgação Divulgação Em novembro do ano passado, tive como paciente uma bebê com 34 semanas de idade gestacional e peso de 1.665 gramas. Ela nasceu de parto cesariano indicado por crescimento intrauterino retardado e ultrassonografia fetal, identificando volumosa ascite. A criança veio ao mundo bem, mas apresentou apneia da prematuridade e permaneceu no respirador por 24 horas. Do ponto de vista cirúrgico, a presença de ascite em ultrassonografia fetal é muito sugestivo de peritonite meconial, uma forma muito rara de perfuração intestinal da criança, que ocorre no ventre materno. Como de rotina nas patologias do intestino, aguarda-se 24 horas para a realização de radiografia do abdômen, pois este é o tempo necessário para o preenchimento gasoso de todo o intestino. Assim processado, a radiografia simples do abdômen mostrou que havia um grande volume pneumoperitônio. Ao fazer a laparotomia exploradora, identificamos uma perfuração Dr. Francisco Nicanor - Cirurgião Pediátrico intestinal de divertículo de meckel (anomalia congênita do sistema digestivo), localizado a cerca de 60 centímetros da válvula ileocecal. Esta é uma forma raríssima de peritonite meconial e, para solucionar, foi realizada uma ressecção deste divertículo através de uma anastomose primária. A paciente evoluiu sem intercorrências e sua alimentação oral foi introduzida a partir do quarto dia de pós-operatório. Na 28ª semana de gravidez, a ultrassonografia detectou que a bebê estava pequena para a idade gestacional e o médico pediu uma avaliação semanal. Quando cheguei na 32ª semana foi detectado um líquido no abdômen do feto. O médico estranhou, avaliou e fez outras ultrassonografias. Ele inclusive me disse que o parto talvez fosse antecipado por conta disso, porque o líquido estava aumentando e o bebê não estava crescendo e se alimentando direito. Foi um conjunto de fatores encontrados na ultra que sugeriram um parto antecipado. Na 34ª semana, minha filha nasceu com o abdômen dilatado, com 40 centímetros e 1.665 gramas. Em 24 horas houve uma dilatação muito grande, tanto que fizeram um raio-x através do qual foi constatado que havia uma perfuração no intestino e que o caso era cirúrgico. Perguntei ao Dr. Nicanor o que ele ia fazer. “Não sei. Temos que abrir para ver”, disse Alessandra Gomes com a filha Alice de na época. Fiquei apavorada. A gente houve falar de cirurgias cardíacas três meses em bebês, mas eu nunca poderia imaginar que era assim. Como se opera um bebê tão pequeno? Foi tudo muito rápido, mas a antecipação do que poderia acontecer quando ela nascesse foi super importante. O pré-natal foi fundamental, pois nele os médicos já viram que tinham um problema e puderem preparar suas ações. Fiquei preocupada com a anestesia, mas o Dr. Nicanor me tranquilizou, dizendo que ela estava bem, com um quadro clínico bom para cirurgia. Depois de pouco mais de uma hora, ele chegou até mim e disse: “Tenho uma excelente notícia!” Não foi uma notícia boa apenas, mas a melhor da minha vida: a cirurgia tinha sido um sucesso, mesmo sendo um caso raríssimo. A recuperação da Alice foi maravilhosa. Hoje, ela tem três meses e está tudo ótimo. É importante dizer que fui muito bem atendida por todos, inclusive pelas enfermeiras, que me deixaram ficar com a minha filha até fora do horário de visita antes da cirurgia. EXPEDIENTE Coordenadoria de Comunicação: Marketing Grupo Perinatal Redação e edição: FGuaraná Comunicação Estratégica Contato: (21) 2102-2344 SUGESTÕES DE PAUTA? Gostaria de colaborar com o Jornal Perinatologia em Alta? Envie sua ideia, dúvida ou observação para o e-mail [email protected]. @ [email protected] perinatal.com.br maternidadesperinatal company/grupo-perinatal GrupoPerinatal Caso queira receber a edição digital do Perinatologia em Alta, envie uma mensagem para [email protected]. PERINATOLOGIA EM ALTA SALA DOS MÉDICOS 7 INVESTIMENTO NA BARRA O Grupo Perinatal está com planos de crescimento este ano em suas unidades. Na Barra, serão inaugurados 10 quartos no quinto andar, totalizando 24 leitos na ala. A expansão também inclui um pavimento exclusivo para a UTI Neonatal, já que a ideia é que ela receba os 12 leitos da Cardíaca. No total, passará de 54 para 66 camas. E ainda: um tomógrafo (para bebês cardiopatas) ficará à disposição de todos que dele precisarem, tanto dos pacientes da Perinatal, quanto dos de fora, inclusive de outras instituições. Fotos de Divulgação NOTA MÁXIMA PELA ONA O Grupo Perinatal recebeu o certificado nível 2, em Laranjeiras, e nível 3, na Barra da Tijuca, pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), reafirmando a sua excelência no que diz respeito ao atendimento e à segurança do cliente. A avaliação é realizada pelos auditores da organização, que visitam a cada oito meses as duas unidades e inspecionam todos os setores. INAUGURAÇÃO DA UTI LARANJEIRAS A unidade Laranjeiras também tem novidades. Uma delas é que o hospital vai dedicar um andar inteiro para o tratamento intensivo neonatal, reforçando seu foco no atendimento a bebês com doenças de alta complexidade. Ao todo, foram inaugurados 40 leitos mais confortáveis e seguros na UTI Neonatal do hospital. As instalações contam com equipamentos de última geração, como o aparelho de monitoramento neurológico para bebês, usando tecnologia avançada para a definição precoce do prognóstico do recém-nascido. CONSCIÊNCIA AMBIENTAL Para acompanhar a gestação das pacientes e contribuir para uma vida mais sustentável, o Grupo Perinatal vai instituir, a partir de março deste ano, o Laudo Digital. Com o sistema, o resultado dos exames de ultrassom será enviado por e-mail para que a grávida possa salvar o arquivo em formato PDF no seu computador. Na hora do consulta, ela ainda pode levar o documento para o médico no próprio celular. Assim, a paciente não carrega mais aquela pasta incômoda e a Perinatal reduz o uso de folhas de papel. PENSANDO SEMPRE NO CONFORTO DA PACIENTE Devido à demanda cada vez maior, foi necessária a construção de uma escada que liga o térreo ao primeiro andar da Perinatal Laranjeiras, onde ficam os dois berçários. O objetivo é deixar o elevador destinado somente para o uso das pacientes e seus acompanhantes, evitando a formação de uma fila extensa no hall de entrada. REPAGINAÇÃO Ainda na Perinatal Laranjeiras está prevista para começar, no segundo semestre, uma obra de reformulação da ala de pré-quartos. Pensando sempre no maior conforto possível para a paciente, o Grupo integrará a mudança ao planejamento de reformulação da unidade. jc comunicação