O que são os animais Anfíbios?

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Título: Anfíbios
Componente Curricular: Biologia
Por: Marco Antônio
Você sabia que a cobra-cega não é um réptil? E que as tartarugas não são anfíbios? Mas
porque tantas pessoas confundem essas duas classes, de répteis e anfíbios?
A resposta está em algumas semelhanças que existem entre elas, no entanto, são classes de
animais completamente diferentes. Vamos falar sobre os anfíbios, assim, você vai conhecer
todas as suas características e saber diferenciar os animais dessa classe.
O que são os animais Anfíbios?
A palavra anfíbios vem do grego amphi bio, e siginifica duas vidas, ou vida dupla. Essa é a
primeira pista da principal característica dos anfíbios. Você já viu um veículo anfíbio? Não, não
são carros com aparência de sapos, mas veículos que podem trafegar tanto na terra, quanto na
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água. Não é interessante?
Os anfíbios tem esse nome justamente por isso. São animais que possuem ciclos de vida com
estágios aquáticos e terrestres. As características morfológicas desses animais, permitem que
ele possa viver partes da sua vida dentro da água, sem necessidade de subir à superfície, e
partes na terra.
Os anfíbios fazem parte do grupo dos animais vertebrados, e o que os diferencia dos outros
vertebrados são sua pele úmida, com glândulas, e a ausência de pelo ou penas. Uma
característica muito conhecida dos anfíbios é o sangue frio. Assim como os répteis, os
anfíbios adaptam a temperatura corporal à temperatura do ambiente, seja na água ou na terra,
e por isso, são animais muito sensíveis a mudanças climáticas e ambientais.
Características dos anfíbios
Ordens dos Anfíbios
Os anfíbios são divididos em três ordens: a Anura, a Gymnophiona e a Urodela. O Brasil é o
país que possui o maior número de espécies, seguido da Colômbia, do Equador e do Peru.
Cerca de 800 espécies estão no Brasil, e destas, a maioria é da ordem Anura. A ordem
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Gymnophiona possui cerca de 30 espécies, enquanto a Urodela possui apenas cinco.
Os anuros
Rã – Um dos exemplos de Anfíbios
A ordem anura é composta por sapos, rãs e pererecas, e é o grupo com mais espécies no
Brasil, e nos outros locais de ocorrência de anfíbios. Os sapos, principalmente da
família Bufonidae, e são os maiores animais anuros, com o tronco mais forte, pele mais seca e
rugosa e mais terrestres que as rãs e pererecas. São mais lentos e se locomovem a passos
curtos, as membranas entre os dedos são menos desenvolvidas e as patas são mais curtas.
As rãs, da família ranidae, são menores, com pele bem lisa e molhada, embora algumas
espécies possuam pequenas rugosidades. Tem capacidade de se locomover por grandes saltos,
e vivem em locais mais próximos da água, pois precisa manter a umidade da pele, o principal
órgão de respiração da rã.
Com patas bem maiores, e as pontas dos dedos em forma de disco, que funcionam como
ventosas, as pererecas são muito parecidas com as rãs, mas são conhecidas pelo sua incrível
habilidade de escalar as árvores. Pertencem principalmente à família Hylidae, possuem
membranas elásticas entre os dedos, permitindo que a perereca possa fazer voos planados de
até dois metros.
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Gymniophiona
Cobra cega: Um dos exemplos de Anfíbios
A ordem Gymnophiona é composta pelas cecílias e cobras-cegas. Embora tenha uma
aparência física muito parecida com a aparência das cobras, as cobras-cegas não são répteis.
Seu corpo tem a aparência de uma grande minhoca, sua pele é lisa e com pequenas marcas,
formando anéis.
Esse anfíbio não possui patas, e seus olhos não são desenvolvidos, por isso não podem ver. A
falta de visão é compensada por pequenos tentáculos, que ajudam esse anfíbio a “enxergar”
pelo tato. Entre os anfíbios, é o único que possui um órgão próprio para a cópula, o falodeu. As
espécies dessa ordem podem ser ovíparos, que põe ovos, ou vivíparos, quando o embrião é
desenvolvido dentro do corpo da fêmea.
Urodela ou Caudata
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Salamandra. Um dos exemplos de Anfíbios
Essa ordem reúne as espécies de salamandras e tritões. No Brasil, apenas cinco espécies são
conhecidas. Diferente dos anuros e das cobras-cegas, as salamandras possuem cauda e patas,
são pequenas e se movem bem devagar. Sua pele é lisa, úmida e pegajosa, como a pele das
rãs, mas seu corpo é mais alongado, e por isso elas não tem a habilidade de saltar.
Esses animais são muito confundidos com os lagartos, mas podem ser diferenciados pela
ausência de escamas. Além disso, o corpo das salamandras e tritões possuem glândulas
visíveis ao longo do corpo. A ordem Urodela possui espécies aquáticas, semi-aquáticas ou
terrestres, mas sua vida inicia obrigatoriamente na água, e por isso, são da classe dos anfíbios.
A Reprodução dos anfíbios
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Imagem exemplo da reprodução dos anfíbios
Como os ovos dos anfíbios são desenvolvidos dentro da água, a reprodução ocorre em
brejos, banhados e lagoas. Quando a época de reprodução chega, os machos produzem sons
para atrair as fêmeas. Esses sons são muito peculiares, e se diferem entre si, para que a fêmea
não seja atraída por um macho de outra espécie.
Quando a fêmea é atraída, o macho fica sobre ela, e libera os espermatozóides, enquanto a
fêmea libera os óvulos que serão fertilizados. A fertilização é externa, e ocorre dentro da água.
O acasalamento da maioria dos anfíbios é dentro da água, onde os ovos são depositados, mas
algumas espécies procriam na terra, desde que tenha umidade suficiente para o embrião
crescer.
Após a fecundação, o ovo, que não possui casca, se torna um embrião, cresce até tornar-se
um girino, e passa por uma série de lentas transformações, até chegar a idade adulta. Os
girinos se alimentam primeiro da própria matéria gelatinosa que os envolve, depois saem em
busca de algas e plantas aquáticas.
Em geral, os anfíbios não cuidam das ninhadas, e após a fecundação e o término do período
reprodutivo, os adultos voltam à vida habitual.
A metamorfose dos anfíbios
A transformação dos girinos é um processo lento, e passa por vários estágios até chegar à
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idade adulta. Os girinos possuem a cabeça e algo parecido com uma cauda, e durante o seu
desenvolvimento, passam por algumas fases, cada uma com uma característica.
Na fase pré-metamórfica, o girino aumenta de tamanho, sua boca, ajustada para uma
alimentação de filtração, se alarga, e as patas traseiras começam a surgir. Na fase prómetamórfica, o corpo continua aumentando, e as patas crescem. Surgem as patas dianteiras,
mas ainda discretas e quase imperceptíveis, a cauda começa a diminuir.
Já no auge da metamorfose, as patas dianteiras crescem e se tornam visíveis, o corpo cresce
ainda mais e a cauda regride. O aspecto físico dessa fase é quase a de um anuro adulto. As
brânquias, orgão responsável pela respiração dentro da água, começa a ser substituído pelos
pulmões. É comum ver jovens anuros subindo até a superfície para captar oxigênio.
Ao término da metamorfose, o anfíbio já não possui cauda, as patas traseiras são bem
maiores, exceto para a ordem Gymnophiona, que não possui patas, e a respiração é dividida
em dois órgãos: o pulmão e a pele. Alguns anfíbios respiram predominantemente pelos
pulmões, como é o caso dos anuros da família bufonidae, mas a pele é o principal órgão da
função respiratória.
Referência
Bibliográfica:
ANFÍBIOS.
Disponível
em:
<http://aprovadonovestibular.com/anfibios-animais-caracteristicas-fotos-tipos-e-exemplos.html>.
Acesso em: 30 de dez de 2016.
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