ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE Adriana da Silva Pereira Ana Celia Brigido Andreia Pereira Jaqueline Aparecida Rodrigues Patrícia dos Santos Silva Valdilena Antonia Marin Câncer do Colo do Útero Palmital 2012 ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE Adriana da Silva Pereira Ana Celia Brigido Andreia Pereira Jaqueline Aparecida Rodrigues Patrícia dos Santos Silva Valdilena Antonia Marin Câncer do Colo do Útero Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Etec Profº Mário Antônio Verza como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Agente Comunitário de Saúde. Prof. Orientador: Nivea Mª A.V.Damini Palmital 2012 Dedicamos nosso TCC a todos os docentes que sempre nos incentivaram no término deste curso. O nosso muito obrigado. A aceitação da dor é o primeiro passo para suportá-la, caso contrario, o pessimismo, impaciência e a tolerância, poderá transformá-la num fardo além de suas forças. Autor: Ivan teorilang AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus por nos dar forças e paciência, para concluir este trabalho. Em segundo, nosso grande agradecimento é a nossa docente Adriana Fernandes, que muito nos apoiou e ajudou. E em terceiro, agradecemos as companheiras de grupo pela dedicação com este. . LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLAS 1. DST-Doenças sexualmente transmissíveis 2. HPV- Infecção do Papiloma Vírus Humana 3. INCA-Instituto Nacional do câncer 4. MENARCA- Primeira mestruação 5. NICTALOPIA -Cegueira Noturna 6. AIDS-Sindrome da imunodeficiência adquirida 7. FIGO-Federaçao Internacional de Ginecologia e Obstetricia 8. ACS-Agente Comunitário de saúde 9. CA - Câncer SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 7 1.1. Objetivo Geral ............................................................................................................................. 8 1.2. Justificativa ................................................................................................................................. 9 2. 2.1. ANATOMIA DO APARELHO GENITAL FEMININO ........................................................................... 9 Fisiologia ................................................................................................................................... 11 3. FASES DO CÂNCER ........................................................................................................................ 12 4. FATORES DE RISCO ....................................................................................................................... 13 4.1. A infecção por HPV. .................................................................................................................. 13 4.2. Atividade sexual precoce ......................................................................................................... 14 4.3. Ingestão de vitaminas A e C ..................................................................................................... 14 4.4. Má higiene na região intima .................................................................................................... 15 5. SINTOMAS ..................................................................................................................................... 16 6. DIAGNÓSTICO ............................................................................................................................... 17 7. TRATAMENTO ............................................................................................................................... 18 7.1. Os efeitos colaterais podem ser classificados em imediatos e tardios. ................................. 20 7.2. Estadiamento ............................................................................................................................ 21 8. ASPECTO PSICOLÓGICO ................................................................................................................ 22 9. PREVENÇÃO DA DOENÇA ............................................................................................................. 23 10. O PAPEL DO ACS NA PREVENÇÃO ............................................................................................ 24 Resumo ................................................................................................................................................. 25 Considerações finais ............................................................................................................................. 26 ANEXOS ................................................................................................................................................. 27 Referências Bibliográficas .................................................................................................................... 30 7 CÂNCER DO COLO DO ÚTERO 1. INTRODUÇÃO O câncer de colo do útero é a segunda doença mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama, é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, por ano são 4.800 vitimas fatais e 18.430 novos casos. O que pode levar a esse tipo de câncer é a infecção pelo Papiloma Vírus Humana (HPV). Baseados nos artigos científicos e estudos clínicos desenvolvemos este projeto com o princípio e a importância da detecção precoce da doença. O câncer de colo do útero ainda representa um grave problema de saúde pública, especialmente para os países em desenvolvimento que abrigam cerca de 80% dos casos e mortes decorrentes desta neoplasia. Os programas de rastreamento sistemático da população feminina por meio do exame citológico do colo do útero, também conhecido como exame de Papanicolau, tem sido uma das estratégias públicas mais efetivas, seguras e de baixo custo para detecção precoce deste câncer. Estudos indicam que as mulheres que não realizam ou nunca realizaram esse exame desenvolvem a doença com maior frequência e que, em diferentes países, e tem havido redução nas taxas após a introdução de programas de rastreamento. As informações mostram que, o câncer de colo uterino continua sendo um desafio da ciência médica, embora imensos recursos financeiros, tecnológicos, científicos e humanos estejam disponíveis a pesquisa. A redução da mortalidade se dá por meio da educação em saúde e detecção precoce que se faz urgente e necessária. A educação em saúde se constitui numa medida de prevenção primária, que tem como objetivo proporcionar informações a cerca dos fatores desencadeantes para seu aparecimento. A detecção precoce, entretanto, consiste na prevenção secundária e tem como principal instrumento diagnóstico o exame de Papanicolau ou citopatológico capaz de identificar a neoplasia maligna ainda em sua fase inicial. 8 Os fatores de risco incluem os múltiplos parceiros sexuais, a idade precoce no primeiro coito, o intervalo curto entre a menarca e o primeiro coito, o contato sexual com homens cujas parceiras tiveram câncer de colo, exposição ao vírus HPV e tabagismo. Sobre isso, nos afirma o INCA, que o câncer de colo uterino, dentre todos os tipos de câncer, é o que tem maior potencial de prevenção da doença invasiva e cura. A detecção precoce somada ao tratamento adequado reduz quase que totalmente a evolução da doença, uma vez que sua progressão se dá de forma gradativa e lenta. Entretanto, a soma da incidência investigada aos fatores de risco mais prevalentes, pode proporcionar a implementação de novas ações ao combate e prevenção do câncer do colo do útero, levando medidas educacionais que conscientizem as mulheres, fazendo com que essas procurem o serviço público ou não para realizarem precocemente o exame preventivo, contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida e diminuição das taxas do câncer do colo uterino. Mulheres diagnosticadas precocemente quando tratadas tem praticamente 100% de chance de cura. A presente pesquisa busca contribuir no incentivo a realização de exames preventivos periodicamente por meio de uma efetiva educação em saúde, fazendo com essas mulheres tenham conhecimento sobre os dados que comprovam a grande incidência de mortalidade por esse tipo de câncer, e ainda esclarecimentos a cerca da doença, seus fatores de risco e seu tratamento, conscientizado assim as mulheres de que a prevenção é a melhor escolha. 1.1. Objetivo Geral Conscientizar as mulheres sobre a importância da realização preventiva (Papanicolau) através das campanhas federais, estaduais e municipais. Neste estudo podemos orientar sobre a detecção precoce dos tipos de inflamação, DST e ainda os sinais do câncer do colo do útero, levando ao diagnostico precoce e a cura do câncer. 9 1.2. Justificativa Este trabalho justifica-se pela grande incidência de câncer do colo do útero entre as mulheres, haja visto que o exame preventivo do colo do útero é meio de diagnostico precoce sendo que o Agente Comunitário de saúde exerce papel importante na conscientização das mulheres com vida sexual ativa, é com esse esclarecimento poderá assim evitar agravos dessa doença. 2. ANATOMIA DO APARELHO GENITAL FEMININO Sistema Reprodutor Feminino é composto anatomicamente pelos seguintes órgãos internos: Ovários: São duas gônadas ou glândulas sexuais femininas, também chamados de órgãos primários. Localiza-se na parte inferior da cavidade abdominal, um de cada lado do útero. Produz óvulos e hormônios sexuais femininos: estrógenos e progesterona. Estrógenos: Os estrogênios são responsáveis principalmente pela proliferação e crescimento de células especificas no corpo, que são responsáveis pelas características sexuais secundarias femininas. Sua principal função consiste em determinar o crescimento e proliferação celular de tecidos e órgãos sexuais e tecidos que estejam relacionados com a reprodução. Progesterona: Sua principal função consiste em promover alterações secretoras do endométrio uterino durante a segunda metade do ciclo mensal feminino para preparar o útero para o ovo fertilizado. Promove o desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos das mamas, assim estes adquirem capacidade secretora. Este hormônio também promove o aumento do volume das mamas sendo responsável pelo seu desenvolvimento final. Tuba uterina: São tubos musculares e flexíveis que comunicam o ovário com o útero para transportarem os óvulos. Os espermatozoides que penetram na vagina passam por ela pra atingir o óvulo, consequentemente é o lugar onde pode ocorrer a fecundação. Útero: É um órgão oco que possui formato de pêra invertida e se situa entre a bexiga urinaria e o reto. Comunica-se por um lado com a tuba uterina e por outro com a vagina. É dividido em quatro partes que são eles: corpo do útero, fundo do útero, istmo colo do útero. 10 O corpo do útero tem uma cavidade virtual (cavidade do útero), de forma triangular, que se afunila gradualmente à medida que se aproxima do istmo. Em secção sagital dessa cavidade observa-se estreitamento dessa região em virtude das paredes uterinas anteriores e posteriores estarem quase em contato. Alterações traumáticas após procedimentos cirúrgicos intempestivos ou processos infecciosos podem levar a destruição da camada de revestimento dessa cavidade (endométrio), acarretando na formação de sinéquias, que são, em alguns casos, responsáveis por infertilidade ou amenorréia. O istmo do útero, é uma porção estreita que tem cerca de 1 cm ou menos de comprimento. Essa pequena região é mal delimitada e se situa entre o colo e o corpo do útero. No final da gestação, essa área tem suas dimensões consideravelmente aumentadas, sendo denominado “segmento inferior”, e adquire importância funcional durante o trabalho de parto. O colo do útero estende-se póstero-inferiormente e apresenta forma cilíndrica, com comprimento variável entre 2,5 e 3 cm. Em sua extremidade superior tem continuidade com o istmo do útero. A extremidade inferior, cônica, termina fazendo protrusão na porção superior da vagina (porção vaginal do colo). Vagina: conduto muscular membranoso, que se estende desde o colo do útero até a vulva. É muito elástica e está coberta por uma pele fina, com muitas pregas. Por ela passa os fluxos menstruais e o feto na hora do parto. A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulva-vaginal e geralmente se rompe nas primeiras relações sexuais. Sistema Reprodutor Feminino é composto anatomicamente pelos seguintes órgãos externos: Clitóris: É um órgão impar e mediano, erétil, situado na parte Antero posterior da vulva, tem uma porção oculta entre os lábios maiores e outra livre, que termina numa extremidade chamada glande, coberta pelo prepúcio. A extremidade ou glande do clitóris (gr. Kleitoris: pequena elevação) localiza-se inferiormente ao Monte-de-vénus no local em que os pequenos lábios se unem, formando um prepúcio. Visível externamente debaixo deste prepúcio encontra-se a glande do clitóris. O corpo clitoriano é um órgão pequeno e cilíndrico composto principalmente de tecido eréctil, de dois corpos esponjosos. Que se enchem rapidamente com sangue causando assim a 11 intumescência e aumento de tamanho de todo o órgão, sob estimulação sexual. Isto também se aplica ao tecido esponjoso que rodeia a uretra. A glande do clitóris encontra-se parcialmente coberta pelo capuz clitoriano ou prepúcio. È possível que as secreções genitais (esmegma) se acumulem debaixo deste prepúcio, causando assim irritação e outros problemas. A glande é extremamente sensível ao toque, apresentando inumeráveis terminações nervosas. Ao contrário do pénis, a glande de um clitóris excitado não se exterioriza, mas sim se retrai para o interior do capuz. O clitóris é facilmente excitável por estimulação mecânica, desempenhando um papel essencial na excitação sexual da mulher. Grandes lábios: são duas pregas cutâneas, alongadas, que delimitam entre si uma fenda. Após a puberdade apresentam-se cobertas de pêlos, embora suas faces internas sejam sempre lisas. Pequenos lábios: são duas pequenas pregas cutâneas localizadas medialmente aos lábios maiores. 2.1. Fisiologia No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos primários - encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos ovarianos. O inicio da puberdade feminina é marcada pelo aparecimento da primeira menstruação, (MENARCA entre 11 e 13 anos), e vai até a última menstruação, (MENOPAUSA - entre 45 e 50 anos). A partir da menarca a menina passa a ser capaz de gerar uma nova vida, além disso, ocorre o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários como o desenvolvimento das mamas e o aparecimento de pêlos em determinadas regiões do corpo. Durante a vida fértil da mulher, amadurece normalmente apenas um folículo a cada 28-30 dias produzindo um óvulo fértil, que cai na tuba uterina, onde poderá ser fecundado ou não. No ponto de ruptura do folículo, na parede do ovário, as células foliculares formam um tecido de cicatrização de função endócrina, o chamado corpo lúteo (ou amarelo). Se não houver fecundação, o corpo lúteo degenera após 10 dias. Se, no entanto, o óvulo for fecundado, o corpo amarelo cresce muito e permanecem alguns meses produzindo a progesterona, que é o hormônio da gravidez. 12 O ciclo menstrual compreende um período de 28 a 30 dias, durante o qual se origina um óvulo que, não fecundado, será expulso junto com secreções, sangue e restos do endométrio, que continua se desenvolvendo para garantir a fixação, proteção e nutrição do futuro embrião. Nos primeiros 14 dias do ciclo, a hipófise, produzindo FSH (Hormônio Folículo Estimulante), estimula a maturação de um folículo ovariano. Este produz estrógenos, que, chegam ao útero promovendo o crescimento do endométrio. No 14° dia ocorre a ovulação e nos 14 dias finais do ciclo a hipófise produz alta taxa de LH (hormônio luteinizante), que estimula o desenvolvimento do corpo amarelo. Este tecido endócrino produz então a progesterona, que continua estimulando o crescimento do endométrio, preparando-o para receber o zigoto. O aumento da taxa de progesterona atua sobre a hipófise inibindo a produção do LH. Assim, o corpo amarelo degenera, cai a taxa de progesterona e ocorre o desprendimento do endométrio, eliminado como fluxo menstrual. A menopausa acontece depois de uns 400 ciclos menstruais completos, ou menos, sobrevém o declínio sexual da mulher. A menopausa, ou interrupção permanente da menstruação, não é o climatério em si, mas uma das manifestações desse período. Além da suspensão da menstruação, o climatério envolve profundas alterações orgânicas e psíquicas. 3. FASES DO CÂNCER O câncer tem quatro fases ou estágios, sendo na fase um a inicial caracterizada quando o tumor está localizado e não comprometeu os tecidos adjacentes. A fase dois e três é considerada intermediária e acontecem quando o tumor se estendia a estrutura próxima. Na fase quatro o câncer se espalhou para outro órgão, caracterizado pela metástase. • Fase local o tumor é muito mais fácil de ser curado sem medo de reincidência cirúrgica. • Fase regional sua cura é possível onde à ressecção cirúrgica é grande o suficiente para remover os gânglios envolvidos. • Fases generalizadas durante este período praticamente nenhum caso de câncer é curado e não pode mesmo parar a sua evolução a morte pode ser uma questão de meses ou alguns anos. 13 Existe uma fase pré-clínica -sem sintomas - do câncer do colo do útero, em que a detecção de lesões precursoras, que antecedem o aparecimento da doença, pode ser feita através do exame preventivo conhecido como exame de Papanicolau. Quando é diagnosticado na fase inicial, as chances de cura do câncer cervical são de 100%. 4. FATORES DE RISCO Nem sempre os médicos podem explicar as causas do desenvolvimento do Câncer de Colo de Útero. Porém, sabe-se que há alguns fatores de risco podem aumentar a probabilidade de a mulher desenvolver câncer de colo do útero. Alguns estudos têm encontrado fatores que podem elevar a probabilidade da mulher ter câncer de colo de útero, dentre eles teremos: 4.1. A infecção por HPV. O HPV é um grupo de vírus que pode infectar o colo do útero. Existem muitos tipos de HPV e eles são contraídos através do contato sexual. Em muitos casos vão embora, mas outros permanecem no corpo, sendo assim, causam em algumas mulheres o câncer de colo de útero. Não somente o HPV, mas outros fatores de risco também podem vir a agir em conjunto para elevar o risco de contrair o câncer, como: • Não fazer regularmente o exame de Papanicolau. Um exame que ajuda o médico a encontrar células anormais, que sendo tratadas corretamente, podem ser mortas ou removidas prevenindo assim que se tornem células cancerosas. • O fumo eleva um pouco o risco de câncer no colo de útero nas mulheres infectadas com HPV. • Infecção por HIV (o vírus da AIDS) ou uso de drogas pode enfraquecer o sistema imunológico eleva o risco do câncer. • Mulheres que tiveram muitos parceiros sexuais ou, o parceiro sexual que teve muitas parceiras anteriormente, também têm grande risco de ser infectada com HPV e vir a contrair o câncer. 14 • O uso de pílula anticoncepcional por muito tempo (Cinco anos ou mais) pode elevar levemente o risco em mulheres com infecção por HPV. Porém, quando a mulher deixa de usar a pílula o risco cai rapidamente. • Estudos sugerem que mulheres que querem ter muitos filhos (Cinco ou mais), tomem cuidado, pois aumenta levemente o risco, ainda se tiverem infectadas com o vírus HPV. Outro fator de risco em destaque é a mulher que tem relações sexuais com homem que apresente verrugas no pênis ou outras doenças sexualmente transmissíveis também apresenta maiores chances de desenvolver câncer do colo do útero. Meninas menores de quinze anos têm baixo risco desse tipo de tumor o risco aumenta do vinte aos trinta e cinco anos. Acima de 40 anos as mulheres ainda tem risco e deve continuar fazendo Papanicolau regularmente. Dentre estes fatores citados acima, temos também o baixo nível socioeconômico que pode ser conceituado como um conjunto de fatores sociais econômicos, políticos e culturais, um direito a qualidade de vida e a saúde de todos. São recursos indispensáveis: paz, renda, habitação, educação, alimentação adequada, recursos sustentáveis, equidade, justiça social. 4.2. Atividade sexual precoce A iniciação da atividade sexual precoce trás sérias consequências para a vida dos adolescentes entre as mais preocupantes está relacionada as doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez. Nessa fase da vida, o primeiro coito e a multiplicidade de parceiros sexuais aumenta o risco para neoplasia. O inicio precoce da atividade sexual continua sendo mais dos riscos para o câncer do colo uterino. 4.3. Ingestão de vitaminas A e C A carência das vitaminas A e C nas dietas produzem doenças graves, as avitaminoses, como o raquitismo, a nictalopia (cegueira noturna), a pelagra, diversas alterações no processo de coagulação do sangue e a esterilidade. Também a ingestão excessiva de vitaminas pode causar perturbações orgânicas, as hipervitaminoses. 15 Vitamina A: As vitaminas são importantes para o nosso organismo. são de extrema importância para um bom funcionamento do nosso organismo,principalmente porque ajuda a evitar muitas doenças. Essas vitaminas são encontradas em frutas, verduras legumes, carnes, etc. As vitaminas receberam nomes científicos, mas são vulgarmente conhecidas por letras maiúsculas ou por um termo associado à doença produzida pela carência da vitamina no organismo. A vitamina A ou retinol, por exemplo, é chamada também antixeroftálmica. A classificação geral das vitaminas é feita de acordo com sua solubilidade em água ou gordura. As vitaminas hidrossolúveis são as que compõem o complexo vitamínico B (B1, B2, B6 e B12) e a vitamina C. As lipossolúveis compreendem as vitaminas A, D, E e K. A tiamina ou vitamina B1 é importante no metabolismo de alguns ácidos orgânicos. Sua carência provoca uma doença nervosa caracterizada por paralisia e insensibilidade, o beribéri. A B1 é encontrada em diversos alimentos, principalmente na casca do arroz. A vitamina B2, ou riboflavina, cumpre importante papel na chamada cadeia transportadora de elétrons, processo básico na respiração celular e na obtenção de energia por parte da célula. É abundante na levedura, nos ovos e no leite. Sua deficiência produz distúrbios visuais, fissuras nos lábios e inflamação da língua. A vitamina B6 intervêm no metabolismo dos aminoácidos e sua deficiência provoca insônia, irritabilidade, fraqueza, dor abdominal, dificuldade de andar e convulsões. São ricos em vitamina B6 (pirodoxina, piridoxamina e piridoxal) alimentos como cereais integrais, legumes e leite. A cobalamina (vitamina B12), presente principalmente na carne de fígado, está associada à maturação dos glóbulos vermelhos no sangue. A carência dessa vitamina se traduz em anemia pronunciada, a chamada anemia perniciosa. A vitamina PP, também chamada niacina ou ácido nicotínico, também é um dos elementos do complexo B. Sua carência causa a pelagra, doença que se caracteriza por erupções na pele, além de distúrbios neurológicos e gastrintestinais. 4.4. Má higiene na região intima A falta de cuidados podem acarretar em muitos problemas desagradáveis como odores, infecções e a proliferação de fungos. Com uma correta higienização com banhos e lavagens deve fazer parte do cuidado pessoal diário. Preferir calcinha de algodão, evitar usar sempre 16 roupas apertadas, lavagens corretas com as peças intimas, não se automedicar, cuidado com higiene anal (sempre da frente para trás e nunca ao contrario) visitas regulares a médicos é muito importante para os cuidado íntimos. 5. SINTOMAS O Câncer de Colo de Útero, em sua fase inicial, não costuma causar sintomas. A doença causa sintomas somente em fases mais avançadas. O sintoma mais comum é o sangramento vaginal, geralmente após a relação sexual, e algumas vezes até no início da relação. Em alguns casos, pode vir a ocorrer uma dor pélvica durante o sexo e algumas vezes até sangramento vaginal fora do período menstrual. Possivelmente, em casos mais avançados da doença, pode ocorrer secreção vaginal de odor fétido e dor abdominal associada com queixas urinárias ou intestinais. O diagnóstico precoce, como em qualquer câncer, é essencial para o sucesso do tratamento. Como não há sintomas na fase inicial da doença, o exame de Papanicolau, é a melhor forma de rastreio visando à prevenção e sendo muito importante na luta contra o câncer. Um teste de Papanicolau alterado pode ser um sinal precoce de câncer de colo do útero. Entretanto, geralmente não há sintomas, principalmente nos estágios iniciais da doença. Em estágios bem avançados, os sintomas incluem: • Sangramento vaginal ou pequenos sangramentos entre as menstruações • Sangramento após as relações sexuais • Secreção vaginal espessa que pode ter qualquer cheiro • Secreção vaginal aquosa • Dor na região pélvica 17 6. DIAGNÓSTICO O paciente, ao procurar um médico, não sabe ainda a gravidade de sua doença e assim, não procura diretamente um especialista, 70% dos diagnósticos de câncer são feitos por médicos da rede básica de saúde com pouca experiência na doença. O colo do útero tem várias camadas de células epiteliais pavimentosas, que ao sofrerem mudanças podem evoluir para uma lesão cancerosa evasiva em um período de 10 a 20 anos. Em alguns anos o câncer do colo do útero é lento e passa por fases pré-clínica detectáveis e curáveis. O exame preventivo é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnostico da doença, o exame preventivo é indolor, simples e rápido. WHO (1988) acrescenta que o exame de Papanicolau deve ser realizado priorizando os grupos de maior risco. Segundo o Ministério da Saúde (1997), o que anteriormente a faixa de risco que era de 35 até 49 anos, passou para 25 a 59, em razão da incidência do HPV. Atualmente, aconselha-se o início precoce da prevenção, aos 18 anos ou a partir do início da atividade sexual. Pode causar um pequeno desconforto que diminui se as mulheres tiverem tranquilas. Os exames são realizados através da coleta do material, é introduzido um instrumento chamado espéculo na vagina conhecido popularmente como bico de pato devido ao seu formato, o médico faz a inspeção visual do interior da vagina e do colo do útero, a seguir, o profissional promove a escamação da superfície externa e interna do colo do útero com uma espátula de madeira e uma escovinha, as células colhidas são colocadas numa lâmina para análise em laboratório especializado em citopatologia. O médico deve preencher o prontuário com a representação gráfica da lesão, tamanho, localização e extensão da mesma, e com indicação dos locais em que foram realizadas as biópsias. O profissional chega ao diagnóstico através de varias etapas a qual deve proceder a uma análise cuidadosa com base ao conhecimento do caso e da patologia. 18 Para ter um bom resultado a mulher não deve ter relações sexuais nos dois dias anteriores ao exame, evitar também o uso de duchas, medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 h anteriores do exame. É importante que não esteja menstruada, pois pode alterar o resultado. 7. TRATAMENTO O tratamento para o caso deve ser avaliado e orientado por um médico, entre os tratamentos mais comuns para o câncer do colo do útero estão a cirurgia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estadiamento da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de ter filhos. A consulta anual ao ginecologista é a oportunidade de avaliar o estado geral de saúde, examinar os seios e o aparelho genital e solicitar exames laboratoriais importantes, como o Papanicolau, que pode diagnosticar doenças do colo do útero, detectando inclusive o risco do aparecimento de câncer. A decisão do tratamento vai depender da certeza do diagnóstico. São chamadas de displasia as formas pré-cancerosas do câncer de colo uterino, essas displasias podem ser tratadas com laser, conização (retirada de uma porção pequena do colo uterino) ou até crioterapia (congelamento). Cirurgia ou radioterapia ou ate mesmo os dois juntos são usados em tratamentos quando o câncer está em estagio avançado. A quimioterapia e indicada em estágios mais tardios ainda, às vezes são necessárias mais de um tipo de tratamento. Se o câncer não tiver se espalhando e a mulher ter planos em engravidar no futuro, a depender do caso pode ser realizada uma conização, se a mulher não tiver pretensões futuras de engravidar, pode-se optar, por uma histerectomia, a retirada total do útero. O tratamento pode ser para, cirúrgico e favorecer ao controle local a destruição pequena e a obtenção de informações sobre a biologia do tumor e do seu prognóstico; Hoje em dia a cirurgia de alta frequência e considerada um excelente método para o tratamento do câncer de colo uterino, pode ser feito um cone a frio método clássico tanto para o diagnostico 19 quanto para a terapêutica de lesões NIC I, II uma histerectomia que é o tratamento de escolha com carcinoma cervical. Para se ter um bom prognóstico a escolha do tratamento depende do estágio e as condições em que se encontra o paciente. Após o diagnóstico são solicitados, outros exames são, solicitados para verificar se as células cancerígenas estão se espalhando para outras partes do corpo. O tratamento pode ser cirúrgico, realizando uma conização, remoção de fragmentos do tecido em forma de cunha, assim fazendo a retirada do tecido cancerígeno, excisão eletro cirúrgica em alça, o tecido cancerígeno e retirado com uma alça conectada a corrente elétrica, que é como se fosse um bisturi elétrico. Excisão a laser, a histerectomia são retirados o útero e a cérvice juntamente com o tecido cancerígeno, na histerectomia total abdominal, em algumas ocasiões os ovários e as trompas são removidos. Porém, nos casos em que o câncer se espalhou pode ser retirado além do colo uterino o intestino grosso reto ou bexiga. A radioterapia consiste na utilização de raios X de alta energia para matar células cancerígenas e diminuir o tamanho do tumor, essa radiação pode vir tanto de uma maquina radiações externas ou de materiais radioativos implantados no corpo, radiações internas. A quimioterapia é o método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica. Atualmente, quimioterápicos mais ativos e menos tóxicos encontram-se disponíveis para uso na prática clínica. Os avanços verificados nas últimas décadas, na área da quimioterapia antineoplásica, têm facilitado consideravelmente a aplicação de outros tipos de tratamento de câncer e permitido maior número de curas. A quimioterapia pode ser utilizada em combinação com a cirurgia e a radioterapia. De acordo com as suas finalidades, a quimioterapia é classificada em: 20 • Curativa - quando é usada com o objetivo de se conseguir o controle completo do tumor, como nos casos de doença de Hodgkin, leucemias agudas, carcinomas de testículo, coriocarcinoma gestacional e outros tumores. • Adjuvante - quando se segue à cirurgia curativa, tendo o objetivo de esterilizar células residuais locais ou circulantes, diminuindo a incidência de metástases à distância. Exemplo: quimioterapia adjuvante aplicada em caso de câncer de mama operado em estágio II. • Neoadjuvante ou prévia - quando indicada para se obter a redução parcial do tumor, visando a permitir uma complementação terapêutica com a cirurgia e/ou radioterapia. Exemplo: quimioterapia pré-operatória aplicada em caso de sarcomas de partes moles e ósseos. • Paliativa - não tem finalidade curativa. Usada com a finalidade de melhorar a qualidade da sobrevida do paciente. 7.1. Os efeitos colaterais podem ser classificados em imediatos e tardios Os efeitos imediatos são observados nos tecidos que apresentam maior capacidade proliferativa, como as gônadas, a epiderme, as mucosas dos tratos digestivo, urinário e genital, e a medula óssea. Eles ocorrem somente se estes tecidos estiverem incluídos no campo de irradiação e podem ser potencializados pela administração simultânea de quimioterápicos. Manifestam-se clinicamente por anovulação, epitelites, mucosites e mielodepressão (leucopenia e plaquetopenia) e devem ser tratados sintomaticamente, pois geralmente são bem tolerados e reversíveis. Os efeitos tardios são raros e ocorrem quando as doses de tolerância dos tecidos normais são ultrapassadas. Os efeitos tardios manifestam-se por atrofias e fibroses. As alterações de caráter genético e o desenvolvimento de outros tumores malignos são raramente observados. 21 7.2. Estadiamento O estadiamento é feito pelo exame clínico Complementado por exames subsidiários para os casos que aparentemente estão no estadio II A em diante. Os exames indicados pela FIGO (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetricia) é a cistoscopia, retosigmoidoscopia Ambos seguidos de biópsia de lesões vesicais e retais consideradas suspeitas. O estadiamento cirúrgico pré-tratamento é o método mais preciso para avaliação da extensão da doença. No entanto, não há evidências que esta modalidade de estadiamento leve à melhora da sobrevida, e por isso deve ser reservada apenas para os casos incluídos em ensaios clínicos. A linfangiografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética têm acurácia semelhante para a detecção de metástases de câncer de colo para gânglios pélvicos e para-aórticos. (Tendo em vista que TC e a RM são menos invasivos, devem ser os preferidos na avaliação das pacientes). A necessidade de se classificar os casos de câncer em estádios baseia-se na constatação de que as taxas de sobrevida são diferentes quando a doença está restrita ao órgão de origem ou quando ela se estende a outros órgãos. Estadiar um caso de neoplasia maligna significa avaliar o seu grau de disseminação. Para tal, há regras internacionalmente estabelecidas, as quais estão em constante aperfeiçoamento. O estádio de um tumor reflete não apenas a taxa de crescimento e a extensão da doença, mas também o tipo de tumor e sua relação com o hospedeiro. A classificação das neoplasias malignas em grupos obedece a diferentes variáveis: localização, tamanho ou volume do tumor, invasão direta e linfática, metástases à distância, diagnóstico histopatológico, produção de substâncias, manifestações sistêmicas, duração dos sinais e sintomas e idade do paciente, etc. 22 8. ASPECTO PSICOLÓGICO Ao tomar conhecimento, por meio de médico, da necessidade de se submeter ao uma cirurgia é provável que você sinta receio e preocupação, talvez uma resistência muito grande em acreditar no que lhe falam. A convivência com os outros lhe parecem difícil,e muito desses sentimento contraditórios levam-na ao temor e a incerteza da cura.Muitas vezes,por desconhecer a doença, o tratamento e ate mesmo a chance de cura, a família se comporta de uma forma inesperada em relação a paciente. Aparenta receio de conversar o assunto e isso resulta em frieza e distanciamento, pois esses conflitos devem ser encarados como naturais. E importante estar atenta aos seus, inclusive ou de abandono por parte das pessoas queridas. Não é raro isso acontecer provavelmente, este fato esta ligado apenas a sua interpretação. O câncer é fatal, e é uma situação inevitável aos aspectos psicológico. Essa realidade faz com que se desenvolvam, no imaginário das pessoas, medos intensos em relação a essa doença. Até há pouco tempo, não era difícil encontrara pessoas que se quer pronunciassem a palavra câncer, o que pode ocorrer ainda hoje aqueles que não têm acesso adequado á informação. Em relação ao câncer tem consequências importantes. Entre elas, o afastamento das possibilidades de diagnostico precoce. Hoje sabemos que o diagnostico precoce e adequada intervenção imediata são elementos decisivos, que chegam a definir o prognostico da doença. Em muitos casos representam o diferencial para a cura. A partir do momento em que a mulher compreende que é CA, e quais o risco que ele pode trazer a sua saúde e que o controle da patologia é possível, porque ela passa a ter atitudes de cuidado próprio voluntariamente e não como ato imposto. Vale lembrar que o sofrimento, geralmente, não se restringe ao paciente apenas, mas, em muitos casos, estendem-se a familiares, amigos, colegas e mesmo a própria equipe de saúde responsável pelo tratamento. E no caso se a pessoa fazer o exame e o resultado for positivo,ela poderá passar por emoções que acaba afetando seu psicológico onde muitas dela se negam e realizar o exame. 23 9. PREVENÇÃO DA DOENÇA A estratégia de prevenção secundária baseada na citologia cervical favorece o controle do câncer de colo uterino. Essa prevenção é realizada através de um exame conhecido como Papanicolau ou simplesmente exames preventivos vem sendo realizados a mais de trinta anos. A prevenção primária do câncer do colo do útero está pode ser realizada através do uso de preservativos durante a relação sexual, usando o preservativo é uma das formas de evitar o contágio pelo HPV, vírus que tem um papel importante no desenvolvimento de lesões precursoras e do câncer. A estratégia que se utiliza para diagnostico da lesão e o diagnóstico precoce do câncer, essa é a prevenção secundária que é a principal estratégia, que é a realização do exame do Papanicolau ou exame preventivo como e conhecido no Brasil. Este exame pode ser realizado nos postos ou unidade se saúde que tenham profissionais capacitados para realizá-lo. É de grande importância que os serviços de saúde dê orientações sobre a importância de realizar o exame preventivo, e informações a cerca da doença, pois a sua realização periódica permite reduzir a mortalidade por câncer de colo uterino da população, o INCA vem realizando campanhas educativas para os profissionais de saúde, para incentivar a população o exame preventivo. As principais estratégias de prevenção para prevenir o câncer de colo uterino no Brasil são a educação em saúde e o rastreamento ou exame do Papanicolau. A primeira é uma medida de prevenção primaria que tem como objetivo proporcionar informações a cerca do câncer de colo uterino, incluindo os esclarecimentos em relação os fatores desencadeantes e do seu desenvolvimento e as variáveis de risco como idade precoce para relações sexuais, multiplicidades de parceiros sexuais, gestações precoces, infecções por HPV e DSTs; dentre outras. Portanto, se faz necessário realizar ações primárias que incluam a promoção em saúde e proteção especifica, onde essas ações estejam destinadas a manutenção da saúde dessas mulheres impedindo assim o desenvolvimento da doença. A estratégia de prevenção secundaria ao câncer de colo uterino consistem no diagnostico precoce das lesões antes que estas se tornem invasivas, isso pode ser possível através de técnicas de rastreamento compreendidas pelo exame do Papanicolau, colposcopia, cervicografia, e agora o mais recente os testes de detecção do DNA do vírus do papiloma humano em esfregaço citológico ou espécime histopatológico. O exame preventivo, entre os 24 métodos de diagnóstico, e considerado o mais efetivo entre a população em programas de rastreamento do câncer de colo uterino, sendo uma técnica usada a mais de 40 anos. O controle do câncer de colo uterino no Brasil, está sendo um dos maiores desafios para a saúde pública, a falta de uma política que articulasse as diferentes etapas; Fazendo busca das mulheres alvo, coleta, citopatologia, controle e tratamento dos casos positivos, isso de forma equitativa em todo o Brasil, assim uma avaliação dos resultados obtidos, pode considerar dois motivos pelos quais as ações de câncer de colo uterino com exceção algumas regiões, não conseguem modificar o quadro da incidência e mortalidade da doença no país. Assim a partir da Conferência Mundial sobre a saúde da mulher na china, no ano de 1995 o governo Brasileiro passou a investir na detecção do câncer do colo do útero. O programa Nacional de controle do câncer do colo de útero “O Viva Mulher”, entretanto, objetivando, reduzir a mortalidade e as repercussões físicas, psíquicas e sociais desses cânceres na mulher brasileira, oferecendo serviços para prevenção e diagnostico em estágios iniciais da doença, e também no tratamento, e o monitoramento da qualidade do atendimento à mulher nas diferentes etapas do programa. As estratégias de implantação prevêem a resolução das necessidades nas seguintes diretrizes, articular integrar uma rede nacional, reduzir a desigualdade de acesso da mulher à rede de saúde, motivar a mulher a cuidar da saúde, melhorar a qualidade do atendimento, aumentar a eficiência da rede de controle do câncer. 10. O PAPEL DO ACS NA PREVENÇÃO O agente comunitário de saúde é o profissional que realiza atividades de prevenção de doenças e promoção da saúde nas comunidades, sempre supervisionado e coordenado por um medico ou gestor de saúde. Essa profissão sempre é exercida por um morador da comunidade que passa por treinamento e cursos para entender melhor as origens das doenças e as técnicas de prevenção formando assim um elo entre a população e o sistema de saúde. Além de realizar trabalhos de conscientização, o agente comunitário de saúde promove o cadastro das famílias, e orientações individual e coletiva identificar áreas de riscos ou focos de doenças realiza visitas domiciliares desenvolve ações educativas que envolvam a comunidade entre outras funções. 25 Observa-se que na prática, o ACS é o profissional da equipe de Saúde da Família que vai rotineiramente às casas das famílias acompanhadas. É ele quem faz a comunicação entre as famílias e os demais profissionais da equipe e estabelece a relação famílias/unidade de saúde; e o mesmo deve orientar as pessoas quanto aos cuidados de saúde, sobre como manter a sua saúde, de suas famílias e de sua comunidade, para uma integralidade na atenção. O ACS orienta sobre a importância da prevenção anual do câncer uterino, onde é identificados fatores de risco; sinais de alertas e outras doenças, e assim é encaminhado para um acompanhamento ao profissional de saúde. O ACS é fundamental na importância da educação e orientação junto a população feminina esclarecendo possíveis duvidas e incentivando na realização periódica do exame contribuindo assim para uma redução do numero de casos de câncer do colo do útero. Hoje ainda existem muitas mulheres que se sentem constrangidas em realizar o exame preventivo, por isso o papel do ACS é justamente persistir no assunto indo atrás fazendo visitas e orientando sobre o risco que elas estão submetidas a passar, orientando a participar de palestras, ate que elas se conscientizam da importância do exame. Resumo Orientar as mulheres sobre a importância da realização do exame preventiva (Papanicolau) faz se necessário para auxiliar na diminuição da incidência do câncer de colo de útero. Durante a revisão bibliografia realizado neste trabalho verificamos que o câncer de colo do útero é a segunda doença mais frequente na população feminina, por ano são 4.800 vitimas fatais e 18.430 novos casos. Baseado nestes fatos e incidências, analisando a formas de apresentação da doença e seus principais fatores que propiciam a desenvolver a doença, certificamos que a base para que essa diminuição possa acontecer, a longo prazo, nada mais é que a intenção orientação e incentivo ao exame preventivo. O câncer de colo do útero é uma doença frequente na população feminina em virtude do medo, da vergonha, da falta de informação e em muitos casos acabam não realizando o exame preventivo. O Agente Comunitário de saúde exerce papel importante na conscientização, na busca ativa e no incentivo dessas mulheres com vida sexual ativa, para o esclarecimento da doença e seus 26 agravos assim evitar o desenvolvimento da doença ou ainda o diagnostico precoce para o tratamento e a cura. Considerações finais O trabalho apresentado demonstra a evolução da doença, os estadiamento e ainda recomendações para prevenção, detecção precoce, diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero, sendo o principal motivo para garantir uma melhor qualidade de vida, tanto para o paciente quanto para seus familiares. È importante observar que cada mulher portadora do câncer do colo de útero vivencia de forma diferente, sua experiência, sendo fundamental o apoio da família, através da aceitação enfrentando seus medos e angustias. Este trabalho tem como intuito de ampliar seus conhecimentos para a prevenção dessa doença, assim visando sua detecção precoce para uma reabilitação e tratamento adequados. 27 ANEXOS Figura 1. Colo do Útero 28 Figura 2. Câncer Cervical Figura 3. Visão Anterior do Útero e Cérvix Figura 4. Câncer no Colo do Útero 29 Figura 5. Procedimento do Papanicolau 30 Referências Bibliográficas www.suapesquisa.com/ecologiasaude/tabela_vitaminas.htm Acesso em 24 de março de 2012 às 16:35 hr. OLIVEIRA, Marcus Guazzelli Mauricio de, Livro: Prevenção e Tratamento. Pesquisa realizada em 30 de Março de 2012 às 14:20 hr. Revista: Enfermagem Integrada-Ipatinga: Unileste-MG-V3-N2; Nov./Dez.2010. Pesquisa realizada em 8 de abril de 2012 às 13:50 hr. http://www.unifesp.br/dmorfo/histologia/ensino/utero/anatomia.htm Acesso em 15 de Abril de 2012 às 14:55 hr. http://www2.hu-berlin.de/sexology/ECP1/clitoris.html Acesso em 20 de Abril de 2012 às 18:00 hr. http://monografias.brasilescola.com/enfermagem/fatores-contribuintes-para-acometimentocancer.htm Acesso em 22 de Abril de 2012 às 17:40 hr. http://www.febrasgo.org.br/arquivos/diretrizes/030.pdf Acesso em 18 de Maio de 2012 às 15:25 hr. http://www.google.com.br/search?hl=ptBR&domains=www.etecpalmital.com.br&nfpr=1&q=imagem+colo+do+utero+com+cancer& bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.,cf.osb&biw=1024&bih=675&safe=active&um=1&ie=UTF8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=FsfbT7ilDsmZ6AGt55iWCw Acesso em 25 de Maio de 2012 às 16:30 hr.