Plano de ensino - Psiquiatria BH

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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Curso de Medicina da UNIFENAS
Câmpus de Belo Horizonte
Bloco II
Síndromes
Neuropsiquiátricas
Guia do Tutor
Ano IV: Síndromes Clínicas
2014.2
AUTORES: Alexandre de Araújo Pereira
Fidel Castro Alves de Meira
Ariovaldo Alberto da Silva Júnior
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
3
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
CURSO DE MEDICINA UNIFENAS-BH
CORPO DOCENTE E SUPERVISOR
CALENDÁRIOS 1º AO 8º PERÍODOS E INTERNATOS
2014.2
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO - UNIFENAS
CURSO DE MEDICINA UNIFENAS-BH
Presidente da Fundação Mantenedora -FETA
Reitora
Vice-Reitora
Pró-Reitor Acadêmico
Pró-Reitora Administrativo-Financeira
Pró-Reitora de Planejamento e Desenvolvimento
Supervisor do Câmpus UNIFENAS-BH
Coordenadora do Curso de Medicina UNIFENAS-BH
Coordenadora Adjunta Curso Medicina UNIFENAS-BH
Coordenador Adjunto Curso de Medicina UNIFENAS-BH
Supervisora Secretaria Acadêmica Medicina UNIFENAS-BH
Diretor Técnico do CEASC/CEM-Norte
Gerente Administrativa do Câmpus UNIFENAS-BH
Gerente de Recursos Humanos do Câmpus UNIFENAS-BH
Larissa Araújo Velano Dozza
Maria do Rosário Velano
Viviane Araújo Velano Cassis
Mário Sérgio Oliveira Swerts
Larissa Araújo Velano Dozza
Viviane Araújo Velano Cassis
Fuad Haddad
Rosa Malena Delbone de Faria
Glaucia Cadar de Freitas Abreu
Galileu Bonifácio da Costa Filho
Taciana Pereira
Galileu Bonifácio da Costa Filho
Silvana Maria de Carvalho Neiva
Juliana Moreira
Unidade Itapoã
Unidade Jaraguá
Rua Líbano, 66 - Bairro Itapoã
CEP: 31710-030
Tel. (31)3497-4300
Rua Boaventura, 50 - Bairro Universitário
CEP: 31270-020
Tel. (31)3497-4305
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Impresso no Brasil / Printed in Brazil.
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
CURSO DE MEDICINA UNIFENAS-BH
Colegiado do Curso de Medicina
Profª. Drª. Rosa Malena Delbone de Faria (Presidente)
Prof. Me. Aloísio Cardoso Júnior
Profª. Drª. Ana Cristina Persichini Rodrigues
Prof. Drª. Eliane Perlatto Moura
Profª. Me. Eliza Maria Brito
Profª. Me. Flávia Pereira de Freitas Junqueira
Profª. Esp. Flávia Soares de Matos
Prof. Esp. Galileu Bonifácio da Costa Filho
Profª. Esp. Glaucia Cadar de Freitas Abreu
Prof. Me. José Maria Peixoto
Prof. Me. José Ricardo de Oliveira
Prof. Esp. Lígia Maria Cayres Ribeiro
Profª. Me. Marcela Penna Soares
Profª. Drª. Sivana Assreuy Diniz
Reperesentante discente 1: Daniela Correia Leite Andrade (7º Período)
Reperesentante discente 2: Anderson Rocha Thomaz (Internato)
Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina
Prof. Me. Alexandre Araújo Pereira (Napem)
Prof. Dr. Alexandre Sampaio Moura (Nedem)
Prof. Dr. Antonio Carlos de Castro Toledo Jr. (Napmed)
Profª. Drª Maria Cecília Souto de Oliveira (Navmed)
Profª.Dr. José Barbosa Jr. (Ceeduc)
Profª Drª. Rosa Malena Delbone de Faria (Coordenação do Curso)
Núcleo de Estudos e Desenvolvimento em Educação Médica
Núcleo de Apoio Psicopedagógico ao Estudante de
(NEDEM)
Medicina (NAPEM)
Prof. Dr. Alexandre Sampaio Moura
Profª Drª Lúcia Helena Garcia Bernardes
Prof. Me. Aloísio Cardoso Júnior
Prof. Me. Alexandre de Araújo Pereira
Prof. Esp. Fabiano Gonçalves Guimarães
Profª Esp. Denise Maria Assunção
Profª. Me. Flávia Pereira de Freitas Junqueira
Prof. Me. Ênio Rodrigues da Silva
Prof. Me. Flávio Lopes Ferreira
Profª. Me. Eliza Maria de Brito
Prof. Me. José Maria Peixoto
Prof. Me. José Ricardo de Oliveira
Profª Esp. Lígia Maria Cayres Ribeiro
Profª. Me. Nelcy Neves Ramos
Profª. Drª Rosa Malena Delbone de Faria
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Núcleo de Avaliação (NAVMED-BH)
Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAPMED-BH)
Profª Me. Francilu Rodrigues Beloti
Profª Drª Ana Lúcia Ribeiro Valadares
Profª Me. Letícia Rocha Borges
Prof. Dr. Antonio Carlos de Castro Toledo Jr
Profª Me. Lícia Campos Valadares
Profª. Drª Eliane Perlatto Moura
Profª. Esp. Lígia Maria Cayres Ribeiro
Prof. Dr. José Gilberto B. Henriques
Profª. Drª Maria Cecília Souto Lúcio de Oliveira
Profª. Drª Lorenza Nogueira Campos
Profª. Me. Nelcy Neves Ramos
Profª. Drª Roberta de Maia Castro Romanelli
Profª. Me. Paula Piedade Garcia
Prof. Dr. Thiago Rennó Mares Guia (licenciado)
Coordenadores de Estratégias Educacionais (CEEDUC)
Professores Coordenadores
Estratégias Educacionais
Profª. Drª. Ana Cristina Persichini Rodrigues
Grupo Tutorial
Profª. Drª. Eliane Perlatto Moura
Prática de Laboratório
Prof. Me. José Ricardo de Oliveira
Prática Médica na Comunidade
Prof. Dr. José Barbosa Júnior
Projeto em Equipe
Profª. Esp. Flávia Soares de Matos
Treinamento de Habilidades Clínicas
Profª. Drª. Yara Alvarenga Drumond
Seminários
Profª. Esp. Milena Pereira Saraiva
Prática Clínica Ambulatorial
Profª Drª. Télcia Vasconcelos B Magalhães
Internato Médico Supervisionado
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Professores Coordenadores de Blocos Temáticos
Período/Bloco Temático
Coordenadores de Bloco
Período/Bloco Temático
1º Período
Coordenadores de Bloco
5º Período
Homeostasia
Maria Thereza Vasconcelos
Macedo
Síndromes Pediátricas I
Fernanda Minafra
Hemorragia e Choque
Lícia Campos Valadares
Síndromes Digestórias
Eliza Maria de Brito
Oligúria
Mariana Guimarães Penido de
Paula
Síndromes Cardiológicas
José Maria Peixoto
Dispnéia
Flávia Pereira de Freitas Junqueira
Síndromes Respiratórias
Gláucia Cadar de Freitas Abreu
2º Período
6º Período
Epidemia
Lorenza Nogueira Campos
Síndromes Pediátricas II
Roberta Maia de Castro Romanelli
Inconsciência
Erika Machado Viana Frattezi
Síndromes Infecciosas
Alexandre Sampaio Moura
Abdome Agudo
Margareth Souza Ferreira da Silva
Síndromes Nefro-Urológicas
Ladislau José Fernandes Jr. e
Rafael Castilho de Jacob
Febre
Ana Cristina Persichini Rodrigues
Sídromes Onco-Hematológicas
Letícia Rocha Borges
3º Período
7º Período
Células e Moléculas
Flávia Soares de Matos
Síndromes OtorrinoOftálmicas
Marcelo Henrique de Oliveira
Nutrição e Metabolismo
José Barbosa Júnior
Síndromes Dermatológicas
Denise Maria Assunção
Gestação
Sivana Santos Assreuy Diniz
Síndromes Endocrinológicas
Bruna Coelho Galvão Marinho
José Andrade Resende
Síndromes NeuroPsiquiátricas
Fidel Castro Alves de Meira e
Alexandre Araújo Pereira
Nascimento, Crescimento e
Desenvolvimento
4º Período
8º Período
Puberdade
Vanessa Belo de Assis Brandão
Emergências Clínicas e
Cirúrgicas
Maria Cecília Souto L de Oliveira
Vida Adulta
Bruna Costa Carvalho França
Síndromes Cirúrgicas
Eduardo Tomaz Froes
Climatério e Andropausa
Ana Lúcia Ribeiro Valadares
Síndromes Gineco-Obstétricas
Paulo Henrique Boy Torres
Idoso
Francilu Rodrigues Beloti
Síndromes ReumatoOrtopédicas
Naila Trícia do Espírito Santo e
José Carlos de Souza
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Docentes do Curso de Medicina UNIFENAS-BH
Alexandre de Araújo Pereira
Alexandre Sampaio Moura
Aloísio Cardoso Júnior
Ana Carmen Quaresma Mendonça
Ana Christina de Lacerda Lobato
Ana Cristina Persichini Rodrigues
Ana Elisa Ribeiro Fernandes
Ana Lúcia Ribeiro Valadares
Antonio Carlos Castro Toledo Jr
Argos Soares de Matos Filho
Ariovaldo Alberto da Silva Júnior
Bruna Coelho Galvão Marinho
Bruna Costa Carvalho França
Carolina Passos de Rezende Martins
Célia Aparecida Andrade de Araújo
Cibele Alves Fontes
Christiano Gonçalves de Araújo
Daniela Botelho Nunes Coelho
Daniela Rocha Costa Fóscolo
Débora Andrade Tavares
Denise Maria Assunção
Danielle Seixas Sabaíni
Eduardo Siqueira Fernandes
Eduardo Tomaz Froes
Eliane Basques Moura
Eliane Perlatto Moura
Eliza Maria de Brito
Elizabete Rosária de Miranda
Ênio Rodrigues da Silva
Erik Leonardo da Silva Gontijo
Erika Machado Viana Frattezi
Eumara Barbosa Silva
Ewerton Lamounier Júnior
Fabiane Dias Lopes
Fabiano Gonçalves Guimarães
Fernanda Gontijo Minafra Silveira Santos
Fidel Castro Alves de Meira
Flávia Pereira de Freitas Junqueira
Flávia Soares de Matos
Flávio Lopes Ferreira
Francilu Rodrigues Beloti
Frederico Augusto Campos de Souza
Galileu Bonifácio da Costa Filho
Giovanna Elizabeth Batista Soares
Giovano de Castro Iannotti
Gláucia Cadar de Freitas Abreu
Guilherme de Souza Silva
Gustavo de Araujo Porto Landesberg
Henrique de Martins e Barros
Inessa Beraldo Bonomi
Isabela Dias Lauar
Isabela Furtado de Mendonça Picinin
Iure Kalinine Ferraz de Souza
Izabela Voieta da Silva Teixeira
Joana Barbosa Alves de Souza
José Andrade Resende
José Barbosa Júnior
José Carlos de Souza
José Maria Peixoto
José Ricardo de Oliveira
José Roberto Maggi Fernandes
Juliana Aparecida Pereira dos Santos Bertoncini
Juliana Brandão de Almeida
Juliana de Carvalho Machado
Juliana Maria Fontes Costa
Kamilla Maria Araujo Brandão Rajão
Keyla Christy C. Mendes Sampaio Cunha
Ladislau José Fernandes Jr
Leda Maria Mendes de Souza
Letícia Rocha Borges
Lícia Campos Valadares
Lígia Maria Cayres Ribeiro
Titulação
Mestre
Doutor
Mestre
Especialista
Mestre
Pós-Doutor
Mestre
Pós-Doutor
Doutor
Doutor
Doutor
Mestre
Mestre
Doutor
Doutor
Mestre
Mestre
Especialista
Mestre
Mestre
Especialista
Especialista
Especialista
Mestre
Mestre
Pós-Doutor
Mestre
Doutor
Mestre
Especialista
Especialista
Especialista
Especialista
Mestre
Especialista
Mestre
Especialista
Mestre
Especialista
Mestre
Mestre
Especialista
Especialista
Especialista
Doutor
Especialista
Mestre
Mestre
Especialista
Mestre
Mestre
Mestre
Doutor
Doutor
Especialista
Mestre
Doutor
Mestre
Mestre
Mestre
Mestre
Especialista
Mestre
Doutor
Especialista
Especialista
Doutor
Mestre
Especialista
Mestre
Especialista
Mestre
Área de atuação
Saúde Mental
Infectologia e Epidemiologia
Anatomia e Cirurgia Geral
Medicina da Criança e Nefrologia
Medicina da Mulher
Biologia, Imunologia e Microbiologia
Medicina da Criança e Neonatologia
Medicina da Mulher
Medicina do Adulto, Infectologia e Epidemiologia
Anatomia e Cirurgia Geral
Medicina do Adulto e Neurologia Clínica (licenciado)
Medicina do Adulto e Endocrinologia
Medicina do Adulto
Medicina da Mulher
Oftalmologia (licenciada)
Anatomia Patológica
Medicina do Adulto e Cardiologia
Saúde Mental
Cirurgia Geral e Trauma (licenciada)
Patologia Clínica
Dermatologia
Medicina da Criança e Hematologia
Medicina da Mulher
Cirurgia Geral
Anatomia e Cirurgia Geral
Citologia e Histologia
Medicina do Adulto e Gastroenterologia
Medicina do Adulto e Endocrinologia (licenciada)
Saúde Mental (licenciado)
Medicina de Família e Comunidade
Medicina do Adulto e Neurologia
Medicina do Adulto e Infectologia
Medicina de Família e Comunidade
Medicina do Adulto e Hematologia
Medicina de Família e Comunidade
Medicina da Criança e Pneumologia
Medicina do Adulto e Neurologia Clínica
Educação Médica e Fisioterapia
Medicina da Criança e Genética
Medicina do Adulto e Terapia Intensiva
Medicina do Adulto e Cardiologia
Medicina de Família e Comunidade
Cirurgia Geral
Dermatologia
Medicina do Adulto e Saúde Pública (licenciado)
Medicina do Adulto e Pneumologia
Cirurgia Geral
Medicina de Família e Comunidade
Medicina de Família e Comunidade
Medicina da Mulher
Medicina do Adulto e Infectologia
Medicina da Criança e Pneumologia
Cirurgia Geral e Histologia
Medicina do Adulto e Infectologia
Dermatologia
Medicina da Criança
Biologia, Bioquímica e Fisiologia
Ortopedia e Traumatologia
Medicina do Adulto e Cardiologia
Medicina do Adulto e Bioética
Medicina de Famíla e Comunidade
Medicina da Criança e Infectologia
Medicina do Adulto e Endocrinologia
Medicina do Adulto e Nutrologia
Medicina da Mulher
Medicina do Adulto e Endocrinologia
Medicina da Criança e Hematologia
Medicina do Adulto e Nefrologia
Medicina de Famíla e Comunidade
Medicina do Adulto e Hematologia
Medicina da Criança e Cardiologia
Medicina do Adulto
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Liubiana Arantes de Araújo Regazzoni
Lívia Leni de Oliveira do Nascimento
Lívia Maria Pinheiro Moreira
Lorenza Nogueira Campos
Lúcia Helena Garcia Bernardes
Luciene Simões de Assis Tafuri
Manoel Domingos de Carvalho Oliveira
Marcela Penna Soares
Marcelo Bicalho de Fuccio
Marcelo Esteves Chaves Campos
Marcelo Henrique de Oliveira
Margareth Souza Ferreira da Silva
Maria Angélica Baron Magalhães
Maria Cecilia Souto Lúcio De Oliveira
Maria da Glória Horta
Maria Fernanda Gontijo Sepulveda
Maria Thereza Macedo Valadares
Mariana Seabra Leite Praça
Mariana Guimarães Penido de Paula
Mariane Santos Parreira de Oliveira
Marisa Fonseca Magalhães
Marisa Lages Ribeiro
Milena Pereira Saraiva
Mônica Jeha Maakaroun
Naila Tricia do Espírito Santo
Nathan Mendes Souza
Nelcy Ramos
Paula Piedade Garcia
Paulo Custódio Furtado Cruzeiro
Paulo Henrique Boy Torres
Paulo Roberto Lima Carreiro
Paulo Raymundo Brandão Teixeira
Paulo Sérgio de Oliveira Cavalcanti
Priscila Filgueiras Duarte
Rafael Silveira Castilho de Jacob
Rafaela Friche C Brum Scheffer
Renata Marcos Bedran
Ricardo Cipriano da Silva
Rita de Cássia Corrêa Miguel
Roberta Maia de Castro Romanelli
Rogerio Vieira Caldeira
Rosa Malena Delbone de Faria
Rosana Morais Lamego
Rosilu de Ferreira Barbosa
Ruth Borges Dias
Sidney Marques Vieira
Sílvia Hees de Carvalho
Sivana Santos Assreuy Diniz
Suzana Maria Pires do Rio
Tarciane Aline Prata
Telcia Vasconcelos Barros Magalhães
Thiago Rennó dos Mares Guia
Vanessa Belo de Assis Brandão
Vanessa Maria Fenelon da Costa
Vanessa Vilela Caires
Vera Lúcia Angelo Andrade
Vera Lúcia Lopes Furtado
Willian Schneider da Cruz Krettli
Yara Alvarenga Drumond
Doutor
Mestre
Especialista
Doutor
Doutor
Doutor
Doutor
Mestre
Doutor
Especialista
Mestre
Mestre
Mestre
Doutor
Doutor
Especialista
Mestre
Mestre
Especialista
Especialista
Mestre
Doutora
Especialista
Doutor
Especialista
Especialista
Mestre
Mestre
Doutor
Doutor
Doutor
Especialista
Mestre
Doutor
Mestre
Especialista
Mestre
Especialista
Mestre
Pós-Doutor
Doutor
Doutor
Mestre
Mestre
Especialista
Especialista
Mestre
Doutor
Doutor
Especialista
Doutor
Doutor
Mestre
Mestre
Especialista
Doutora
Especialista
Doutor
Doutor
Medicina da Criança e Neurologia
Medicina da Mulher
Medicina do Adulto e Endocrinologia
Medicina do Adulto e Saúde Pública
Psicologia e Educação
Patologia Geral e Histologia
Medicina do Adulto e Cardiologia
Medicina do Adulto e Gastroenterologia
Medicina do Adulto e Pneumologia
Urologia
Otorrinolaringologia
Medicina do Adulto e Gastroenterologia
Patologia
Cirurgia Geral
Medicina da Criança e Cardiologia
Medicina do Adulto e Endocrinologia
Medicina da Criança
Medicina da Mulher (licenciada)
Medicina do Adulto e Nefrologia
Medicina de Família e Comunidade
Medicina do Adulto e Gastroenterologia
Medicina da Criança e Alergologia (licenciada)
Medicina de Família e Comunidade
Oftalmologia
Medicina do Adulto e Reumatologia
Medicina de Família e Comunidade
Educação e Avaliação
Anatomia Patológica
Anatomia e Cirurgia Geral
Medicina da Mulher
Cirurgia Geral e Trauma
Dermatologia
Medicina do Adulto e Cardiologia
Ciências Biológicas
Urologia
Medicina da Mulher
Medicina da Criança e Pneumologia
Medicina do Adulto
Medicina do Adulto e Reumatologia
Medicina da Criança e Infectologia
Medicina do Adulto
Coordenação do Curso
Medicina do Adulto e Hematologia
Medicina da Criança e Neonatologia
Medicina de Família e Comunidade
Medicina de Família e Comunidade
Medicina do Adulto e Infectologia
Medicina da Mulher
Medicina da Mulher
Medicina do Adulto e Pneumologia
Medicina do Adulto
Imunologia e Farmacologia (licenciado)
Medicina do Adulto e Nefrologia
Medicina da Mulher
Medicina do Adulto e Neurologia Clínica
Patologia Clínica e Endoscopia Digestiva
Medicina da Mulher
Medicina da Mulher
Farmacologia
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Supervisores do Internato do Curso de Medicina UNIFENAS-BH
ANO 5
Internato de Clínica Médica
Hospital Júlia Kubitschek
Médicos Supervisores de Estágio
Bernardo Freire de Mello
Jucilene Aparecida Mendes de Faria
Luciana Mafra Guimarães e Silva
Lúcio Lobo Leite Vitarelli
Professor Orientador
Prof. Esp. Ricardo Cipriano da Silva
Internato de Clínica Cirúrgica
Santa Casa de Belo Horizonte
Médicos Supervisores de Estágio
Ana Flávia Passos Ramos
Carlos Henrique Diniz de Miranda
Edgardo José de Campos Melo
Guilherme Aquino Ferreira de Freitas
José Medeiros de Laurentys Júnior
Marisa Fonseca Magalhães
Ricardo Barsaglini da Silva Leite
Thiago Bechara Noviello
Télcia Vasconcelos Barros Magalhães
Miguel Ângelo Pinto Farage
Waldir Teixeira do Prado
Renato César Gonçalves
Paulo César Ferreira Soares
Maria Amélia Ferreira Rocha
Raquel Felisardo Rosa
Professor Orientador
Prof. Dr. Antonio Carlos de Castro Toledo Jr.
Hospital Júlia Kubitschek
Médicos Supervisores de Estágio
Santa Casa de Belo Horizonte
Antonio Carlos Cioffi
Eduardo Tomaz Froes
Heraldo Neves Valle Júnior
João Batista Campos
Pedro Júnior Alves de Souza
Tarcísio Versiani Azevedo Filho
Wallace Ceotto Mathias
Professor Orientador
Prof. Me. Eduardo Tomaz Froes
Alex Bruno Leite
Eduardo Nacur Silva
Luís Fernando M. Neves
Nelmar Andrade
Rodrigo Safe
Rodrigo Loiola de Guimaraes
Professor Orientador
Prof. Me. Aloísio Cardoso Jr.
Médicos Supervisores de Estágio
Módulo Trauma Internato Clínica Cirúrgica - Hospital João XXIII
Médicos Supervisores de Estágio
Juliano Felix Castro
Luiz Carlos Teixeira
Mario Pastore Neto
Paulo Roberto Lima Carreiro
Rogério Luiz Coutinho Lopes
Professor Orientador
Prof. Me. Paulo Roberto Lima Carreiro
Internato de Pediatria
Hospital Infantil João Paulo II (CGP) e Santa Casa de Belo Horizonte
Médicos Supervisores de Estágio
Anna Carolina Dias Munaier Lages
Cáthia Costa Carvalho Rabelo
Chalene Guimaraes Soares
Cristiane Nahas Lara Camargos
Daniela Portela
Dilce Maria Andrade da Silva
Fernanda Paula da Costa
Fernando Filizzola de Matos
Folmer Quintão Torres
Juliana Aparecida Pereira Dos Santos
Professoras Orientadoras
Profª. Drª. Keyla Cunha e Maria da Glória Horta
Lavínia Pimentel Miranda
Maria da Glória Horta
Maria Vitória Assumpção Mourão
Mariana Guimarães Penido De Paula
Regiane Carla Ferreira
Sandra de Castro Profeta
Suzana Fonseca de Oliveira
Tereza Lúcia de Melo Masci
Walquíria Domingues de Mello
Yuri Figueiredo
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
ANO 6
Internato de Atenção Integral à Saúde (IAIS)
Unidades Básicas de Saúde PBH
Médicos Supervisores da Estratégia de Saúde da Família e Comunidade
Aline Maria Chaves Franco
Antonio Márcio Nogueira Filho
André Christiano dos Santos
Breno Biagione
Daniel Augusto Vieira de Moura
Daniel Motta Costa Lopes
Edson Bonisson
Erik Leonardo da Silva Gontijo
Eva Maria Nunes Linhares de Almeida
Ewerton Lamounier Júnior
Fabiano Guimarães
Fabricio Resende Bernardes de Faria
Frederico Augusto Campos de Souza
Gustavo A. Cordeiro de Faria
Heber Augusto Lara Cunha
Henrique Martins de Barros
Júlio César Rocha Nunes
Leda Maria Mendes Souza
Maria Candida Verçosa de Sá
Nivaldo Pires Bicalho
Patricia Souza Mendes
Sidney Marques Vieira
Viviane Batista Maia Gamarando
Bruna Coelho Galvão Marinho
Déborah Eulálio dos Santos Nascimento
Elton Augsten dos Santos
Erika Machado Viana
Isabela Nacif Dias Capuruço
Juliana de Brito Brandão
Marcela Fonseca Ladeira
Marcelo Henrique de Oliveira
Maria Cecília Lages
Octávio Barbosa
Paulo Brandão
Paulo Sérgio de Oliveira Cavalcanti
Thaíssa Oliveira de Almeida
Centro de Estudos e Atenção à Saúde da Comunidade Prof Edson Antônio Velano (CEASC)
Médicos Consultores da Atenção Secundária
Professoras Orientadoras IAIS:
Profª. Esp. Lígia Maria Cayres Ribeiro e Profª. Esp. Ruth Borges Dias
Internato de Atenção à Saúde da Mulher e do Neonato (IASMN)
Unidades Básicas de Saúde
Médicos Supervisores de Estágio
Ana Christina de Lacerda Lobato
Arabela Versiane Pimenta
Daniela do Espírito Santo
Deborah Eulálio dos Santos Nascimento
Fabio Costa Peixoto
Inessa Beraldo de Andrade Bonomi
Leci Veiga Cartano Amorim
Silena Cristo Moreira
Vera Lúcia Lopes Furtado
Hospital Júlia Kubitschek
Médicos Supervisores de Estágio
Santa Casa de Belo Horizonte
Anna Carolina Dias Munaier Lages
Armando Sadão Nonaka
Antônio Rodrigues de Sousa
Cristiane Emília Dutra Valadão
Eduardo Siqueira Fernandes
Fernanda Matos de Siqueira
Soraya Fonseca Moreira
Médicos Supervisores
José Mariano Sales Alves Junior
Anderson de Souza Bruno
Francisco Lirio Ramos Filho
Professores Orientadores IASMN:
Profª Me. Ana Elisa Ribeiro Fernandes e Profª. Me. Rosilu de Ferreira Barbosa
Profª Me. Inessa Beraldo Bonomi e Prof. Dr. William Schneider da Cruz Krettli
Internato de Urgência Clínica e em Saúde Mental
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leste
Médicos Supervisores de Estágio
Unidade de Terapia Intensiva Santa Casa de Misericórdia
Médicos Supervisores de Estágio
Fernanda Rodrigues de Almeida
Sylmara Jenifer Zanolona Freitas
Claudio Dornas
Serviço de Toxocologia Hospital João XXIII
Médicos Supervisores de Estágio
Marcelo Vinícius Pereira Veloso
Patrícia Drumond Ciruffo
Samir de Oliveira Sauzen
Solange de Lourdes Silva Magalhães
Stefania Vilela Moreira Reis
Internato de Urgência – Módulo de Saúde Mental
Centro de Atenção Psicossocial – CERSAM
Médicos Supervisores de Estágio
Alexandre Hampel
Daniela Botelho Nunes Coelho
Denise Birck Sausen
Leonardo Barbosa de Oliveira
Professores Orientadores: Prof. Dr. Marcelo Bicalho de Fuccio, Prof. Me. Alexandre Araujo Pereira e Prof. Me Ênio Rodrigues da Silva
12
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
13
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
14
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Calendários do bloco de Síndromes Neuropsiquiátricas 2014-2
15
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Sumário
Introdução
Objetivos de Aprendizagem
Orientações Gerais para o Tutor
Fluxograma de Apoio Diagnóstico – CID 10 - AP
Grupo Tutorial 1
Grupo Tutorial 2
Grupo Tutorial 3
Grupo Tutorial 4
Grupo Tutorial 5
Grupo Tutorial 6
Grupo Tutorial 7
Seminários
Seminário 1
Seminário 2
Seminário 3
Seminário 4
Seminário 5
Seminário 6
Seminário 7
15
16
22
23
24
30
37
42
45
49
52
Treinamento de Habilidades Psiquiatria
Treinamento de Habilidades Neurologia
Projeto em Equipe
Prática em laboratório
Prática Ambulatorial
Instrumentos de Avaliação
Matriz de ensino
65
70
82
85
107
115
121
57
58
59
60
61
62
63
16
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Introdução
Bloco de Síndromes Neuropsiquiátricas
Psiquiatria é o ramo da medicina que se dedica ao diagnóstico e tratamento dos
transtornos mentais e alterações do comportamento, como a depressão, ansiedade,
esquizofrenia, dependência química e transtorno bipolar. Muitos transtornos psiquiátricos,
outrora chamados de funcionais, são relacionados à provável etiologia genética e neurobiológica.
Contudo, o comportamento humano não se limita ao biológico, ao corpo. Ele é de tal maneira
complexo que só pode ser compreendido quando analisamos os fatores psicológicos, culturais e
sociais relacionados ao adoecimento humano.
Neurologia é a especialidade médica que se dedica ao diagnóstico e tratamento dos
transtornos do sistema nervoso central, periférico e autônomo, como traumatismos,
neuroinfecções, coréias, Parkinson, esclerose múltipla, cefaléia, epilepsia e acidente vascular
cerebral. As doenças neurológicas tem importante repercussão funcional, desde uma “simples”
enxaqueca que impede assistir a um filme no cinema até um AVC que promove incapacidade
permanente em uma pessoa previamente ativa.
Os exames de neuroimagem e neurofisiológicos, além de importância vital na neurologia,
também se prestam a fornecer fundamentais informações para a psiquiatria, seja para descartar
alterações neurológicas presentes, seja para dar maiores subsídios da circuitaria neuroanatômica
adjacente aos transtornos psiquiátricos.
Alguns transtornos, como demências, são tratados tanto pela neurologia, como pela
psiquiatria, embora com enfoques diferentes. Nesse bloco, sempre que possível, iremos
estabelecer correlações entre os conhecimentos neurológicos e psiquiártricos no sentido de
enriquecermos a prática médica.
Afinal, devemos compreender a relação cérebro–mente como algo dinâmico e complexo,
sem que o doente seja excluído de sua subjetividade.
Sejam bem-vindos ao bloco de Síndromes Neuropsiquiátricas.
Prof. Alexandre e Prof. Fidel
17
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Objetivos de Aprendizagem
ASPECTOS MÉDICOS – Conhecimentos
BLOCO SÍNDROMES NEURO-PSIQUIÁTRICAS
ASPECTOS MÉDICOS
CONHECIMENTOS
Objetivo Geral 1 - Realizar o diagnóstico topográfico diferencial em neurologia
OE 1 - Reconhecer o trajeto neuroanatômico das vias de motricidade, sensibilidade superficial e sensibilidade profunda
OE 2 - Diferenciar as características das síndromes do neurônio motor superior e inferior
OE 3 - Definir alodinia, hiperestesia, paresia, plegia, hipoestesia e hiperestesia
OE 4 - Correlacionar as alterações de sensibilidade com a localização neuroanatômica
OE 5 - Interpretar o aspecto sindrômico envolvido na afecção do sistema nervoso
OE 6 - Elaborar hipóteses diagnósticas etiológicas potencialmente causadoras da afecção do sistema nervoso
Objetivo Geral 2 - Conhecer as principais causas de demência
OE 7- Definir demência
OE 8- Diferenciar demência primária de secundária
OE 9- Diferenciar demência de pseudodemência (depressão)
OE 10 - Realizar o diagnóstico das principais demências primárias (Doença de Alzheimer, Demência Vascular, Demência
fronto-temporal e Demência por Corpúsculos de Lewi)
OE 11- Avaliar o encaminhamento do paciente com demência para atenção secundária, considerando a possibilidade do
uso de anticolinesterásicos
OE 12- Conduzir a agitação pscicomotora do paciente com demência utilizando pscicofármos e orientação aos
cuidadores
Objetivo Geral 3 - Conhecer os princípios do manejo clínico da cefaleia
OE 13 – Diagnosticar a cefaleia secundária de acordo com os sinais de alerta (“red flags”)
OE 14 - Elaborar o diagnóstico de migrânea e cefaleia do tipo tensional, a partir dos critérios diagnósticos da
Classificação Internacional das Cefaleias, da International Headache Society (IHS)
OE 15 - Definir as bases terapêuticas não medicamentosas (medidas gerais), bem como a analgesia e profilaxia
medicamentosas das cefaleias
OE 16 - Definir a síndrome da cefaleia crônica diária
OE 17 - Diagnosticar cefaleia atribuída ao uso excessivo de analgésicos
OE 18 - Avaliar a possibilidade da presença de comorbidades psiquiátricas nos pacientes com cefaleia, principalmente
transtornos de humor e de ansiedade
Objetivo Geral 4 - Conhecer os princípios da abordagem da dor
OE 19 - Definir dor, a partir dos conceito da International Association for the Study of Pain (IASP)
OE 20 - Diferenciar dor nociceptiva e dor neuropática
OE 21- Descrever a neuroanatomia da via modulatória descendente
OE 22 - Compreender a dor crônica como processo patológico independente da causa
OE 23 - Ampliar o entendimento do tratamento não farmacológico da dor (escuta, acolhimento, educação e terapias não
medicamentosas)
OE 24 - Sistematizar o tratamento farmacológico da dor
Objetivo Geral 5 - Reconhecer a apresentação clínica das crises epilépticas, o diagnóstico diferencial e suas
bases terapêuticas
OE 25 - Diferenciar crise epiléptica, crise pseudoepiléptica e síncope
OE 26 - Classificar as crises epilépticas, diferenciando as crises parciais simples e complexas, além das principais
formas de crise generalizada (tônico-clônica, ausência e miclônica) e reconhecer o status epilepticus
OE 26 B – Avaliar a inserção social do paciente com epilepsia e compreender as possíveis limitações em relação do
mercado de trabalho
18
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
OE 27- Aplicar conhecimentos sobre a farmacocinética e farmacodinâmica dos principais anticonvulsivantes disponíveis
na rede pública (ácido valpróico, carbamazepina, fenitoína e fenobarbital) no momento da prescrição para o paciente
portador de epilepsia..
Objetivo Geral 6 - Identificar o quadro clínico e a epidemiologia das principais neuroinfecções
OE 28 - Realizar o diagnóstico diferencial etiológico das principais causas de neuroinfecção e propor o tratamento de
acordo com a etiologia
OE 29 - Analisar os dados epidemiológicos e manifestações clínicas envolvidos nos casos de neuroinfecção
OE 30 - Analisar os principais achados do líquor nos casos de neuroinfecção (citometria, citologia, glicose, proteínas,
gram, cultura, PCR e pesquisa direta de fungos)
OE 31 - Comparar as síndromes clínicas envolvidas nas neuroinfecções causada pelos principais patógenos que atingem
o sistema nervoso: vírus (HIV, herpes simples, herpes zoster, citomegalovírus, EBV, HTLV e enterovírus), bactérias
(pneumococos, haemófilo, meningococo e outras), fungos (criptococos), helmintos (Taenia solium e Shistossoma
mansoni)
Objetivo Geral 7- Conhecer a fisiopatologia, manifestações clínicas e bases terapêuticas da doença
cerebrovascular.
OE 32- Aplicar os conhecimentos sobre a anatomia da irrigação arterial e drenagem venosa do encéfalo na construção do
diagnóstico neurológico.
OE 33- Realizar o diagnóstico clínico do acidente vascular encefálico e do ataque isquêmico transitório
OE 34- Estabelecer a fisiopatologia envolvida no acidente vascular isquêmico e hemorrágico
OE 35- Diferenciar as causas de hemorragia encefálica do ponto de vista anatômico.
OE 36- Elaborar a suspeita de hemorragia subaracnóidea, baseado na história clínica
OE 37- Estabelecer estratégias de prevenção para doença cerebrovascular conforme os fatores de risco
OE 38- Propor uma abordagem terapêutica na doença cerebrovascular pertinente a fisiopatologia do processo,
obedecendo as diretrizes terapêuticas sugeridas pela medicina baseada em evidências.
Objetivo geral 8 - Conhecer as principais causas de tremor e transtornos do movimento
OE 39 - Diferenciar tremor de repouso e de atitude
OE 40 - Diferenciar o tremor primário e secundário
OE 41 - Diagnosticar o tremor essencial baseado na história clínica.
OE- 42 Fazer o diagnóstico de doença de Parkinson, diferenciando do parkinsonismo secundário.
OE- 43 Elaborar possíveis causas de parkinsonismo secundário
Objetivo geral 9 - Realizar o exame neurológico essencial
OE 44- Sistematizar a realização do exame neurológico, tendo-o como rotina para atendimento de todos os pacientes,
composto das seguintes etapas: consciência, nervos cranianos, motricidade, sensibilidade, coordenação motora, marcha
e equilíbrio.
OE 45- Direcionar o exame neurológico conforme o contexto clínico, explorando detalhadamente a etapa pertinente ao
caso clínico
OE 46- Interpretar os achados semiológicos e elaborar o diagnóstico topográfico neuroanatômico
Objetivo Geral 10- Compreender a patologia cirúrgica das principais doenças degenerativas do sistema nervoso
central
OE 47 - Reconhecer as principais características gerais e a classificação das doenças degenerativas do sistema nervoso
central
OE 48 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas, fisiopatológicas e morfológicas (macro e microscópicas)
da Doença de Alzheimer e da Doença de Parkinson
Objetivo Geral 11 - Compreender a patologia cirúrgica do edema cerebral
OE 49 - Conceituar e reconhecer as principais características gerais, clínicas, fisiopatológicas e morfológicas
(macroscópicas) do edema cerebral
Objetivo Geral 12 - Compreender a patologia da hipertensão intracraniana
OE 50 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas, fisiopatológicas e morfológicas (macro e microscópicas)
da hipertensão intracraniana e das hérnias do giro do cíngulo, do úncus e das tonsilas cerebelares.
Objetivo Geral 13 - Compreender a patologia cirúrgica das principais doenças circulatórias do sistema nervoso
central
OE 51 - Recordar os principais aspectos da anatomia do sistema nervoso central e da circulação arterial da base
encefálica
OE 52 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas, fisiopatológicas e morfológicas (macro e microscópicas)
das doenças circulatórias isquêmicas do sistema nervoso central. Ênfase na isquemia cerebral global , na isquemia
cerebral focal e na aterosclerose cerebral e sua relação com o infarto cerebral.
OE 53 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas, fisiopatológicas e morfológicas (macro e microscópicas)
das doenças circulatórias hemorrágicas do sistema nervoso central. Ênfase na hemorragia cerebral hipertensiva e nos
aneurismas cerebrais
19
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Objetivo Geral 14- Identificar as principais alterações anátomo-patológicas dos principais tumores do sistema
nervoso central
OE 54 - Recordar os principais aspectos da anatomia e histologia do sistema nervoso central
OE 55 - Reconhecer as principais características gerais e clínicas e os diagnósticos diferenciais dos tumores do sistema
nervoso central
OE 56 - Classificar e graduar os tumores do sistema nervoso central de acordo com os critérios da WHO/OMS
OE 57 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas, fisiopatológicas, dos exames de imagem e
morfológicas(macro e microscópicas) dos astrocitomas graus I a IV, do oligodendroglioma, do ependimoma, do
meduloblastoma, do meningioma e dos tumores metastáticos cerebrais
Objetivo Geral 15 - Identificar as alterações anátomo-patológicas das neuroinfecções mais freqüentes no Brasil
OE 58 - Recordar os principais aspectos da anatomia do sistema nervoso central (ênfase no sistema de
produção/drenagem do líquor)
OE 59 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas, fisiopatológicas e da abordagem inicial (propedêutica)
das infecções do sistema nervoso central
OE 60 - Conceituar e classificar as meningites e meningoencefalites
OE 61 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas, fisiopatológicas, e morfológicas (macro e
microscópicas), bem como as alterações liquóricas e as complicações das leptomeningites purulentas.
OE 62 -Reconhecer as principais características gerais, clínicas, fisiopatológicas e morfológicas (macro e microscópicas)
do empiema subdural.e do abscesso cerebral
OE 63 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas, fisiopatológicas e morfológicas (macro e microscópicas)
da leptomeningite tuberculosa.
OE 64 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas, fisiopatológicas e morfológicas (macro e microscópicas)
das principais leptomeningites virais.
OE 65 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas, fisiopatológicas e morfológicas (macro e microscópicas)
das principais infecções fúngicas, por protozoários e por helmintos do sistema nervoso central
Objetivo Geral 16 - Indicar condutas de manejo clínico, no âmbito da atenção primária, em relação aos quadros
de somatização
OE 67 - Diferenciar somatização de caráter normal, episódica (reativa e eventual – relacionada a uma situação geradora
de ansiedade) de um Transtorno de somatização (de evolução crônica, com grande demanda de serviços médicos)
OE 68 - Reconhecer os sintomas chaves e formas de apresentação dos pacientes somatizadores ou poliquiexosos
OE 69 - Identificar os eventos de vida dos pacientes (abordar a pessoa e não apenas os sintomas), valorizando o método
clínico centrado na pessoa.
OE 70 - Reconhecer o potencial terapêutico do médico generalista (o paciente demanda seu clínico e não o psiquiatra ou
outro profissional de saúde), valorizando o vínculo na APS.
OE 71 - Avaliar as dificuldades e resistências dos médicos no atendimento desses casos e propor abordagem integral
para a APS.
OE 72 - Indicar o tratamento farmacológico (apenas na presença de sintomas ansiosos e depressivos significativos) e
não farmacológico (retribuição dos sintomas)
OE 73 - Encaminhar pacientes portadores de transtornos de somatização para os serviços especializados, ou seja:
quadros com comorbidades psiquiátricas significativas, de difícil manejo transferencial ou aqueles em que as medidas
instituídas na atenção primária não foram eficazes
OE 74 - Estabelecer diagnóstico diferencial de Transtorno de Somatização com os seguintes quadros: Sintomas
conversivos, Hipocondria, Transtorno Factício (Síndrome de Munchausen) e Simulação.
Objetivo Geral 17 – Indicar condutas de manejo clínico, no âmbito da atenção primária, em relação aos quadros
ansiosos
OE 75 - Diferenciar ansiedade normal de ansiedade patológica
OE 76 - Reconhecer os sintomas chaves de ansiedade para o diagnóstico (preocupações e medos infundados, tensão
física e mental, hiperatividade autonômica) e sintomas somáticos.
OE 77 - Reconhecer possível origem orgânica (degenerativa, traumática, inflamatória, infecciosa, metabólica) ou tóxica
(medicamentos, álcool e drogas) relacionados com os sintomas (dar exemplos quando pertinente)
OE 78 - Identificar casos graves, moderados e leves (utilizar critérios de repetição dos sintomas, sofrimento subjetivo e
perda da funcionalidade)
20
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
OE 79 - Indicar tratamento farmacológico e não farmacológico
OE 80 - Reconhecer o potencial de abuso dos benzodiazepínicos (desencorajar uso crônico, discutir medidas de
educação para a saúde, medidas de higiene do sono e técnicas de relaxamento)
OE 81 - Saber encaminhar quadros ansiosos para os serviços especializados (dúvida diagnóstica, quadros
incapacitantes, pacientes de difícil manejo transferencial, pacientes que não responderam bem às medidas instituídas na
atenção primária)
OE OE 82 – Reconhecer e encaminhar para serviços especializados: Transtorno obsessivo compulsivo, Transtorno de
Estresse Pós Traumático e Transtorno dissociativo / conversivo de repetição
Objetivo Geral 18 – Indicar condutas de manejo clínico, no âmbito da atenção primária, em relação aos quadros
depressivos
OE 83 - Diferenciar tristeza da depressão
OE 84 - Reconhecer os sintomas chaves de depressão para o diagnóstico (humor deprimido, anedonia e fadiga/inibição
psicomotora) e os sintomas somáticos da depressão.
OE 85 - Reconhecer possível origem orgânica (degenerativa, traumática, inflamatória, infecciosa, metabólica) ou tóxica
(medicamentos, álcool e drogas) relacionados com os sintomas (solicitar exemplos quando pertinente)
OE 86 - Identificar casos graves, moderados e leves (utilizar critérios de perda da funcionalidade, ideação de autoextermínio e sintomas psicóticos)
OE 87 - Indicar o tratamento farmacológico (quadros graves e moderados) e não farmacológico (quadros leves)
OE 88 - Encaminhar quadros depressivos para os serviços especializados (dúvida diagnóstica, quadros incapacitantes,
depressão psicótica, ideação persistente de auto – extermínio, pacientes de difícil manejo transferencial, pacientes que
não responderam bem às medidas instituídas na atenção primária)
OE 89 - Reconhecer fatores de alto risco para conduta suicida (sexo masculino, idosos, portadores de doenças crônicas,
perda pessoal significativa, acesso a meios letais de se matar, baixo suporte psicossocial, doença psiquiátrica associada,
planejamento da tentativa suicida, história familiar positiva) e baixo risco para conduta suicida (sexo feminino, pessoas
mais joves, ausência de doenças crônicas, ausência de perda social significativa, utilização de meios não letais de
suicídio, suporte psicossocial satisfatório, ausência de doença psiquiátrica, ato impulsivo, história familiar negativa)
OE 90 - Encaminhar paciente com alto risco de suicídio para serviços especializados (CAPS e/ou Emergências
psiquiátricas hospitalares)
OE 91 - Reconhecer que a presença de episódios maníacos em pacientes com histórico de depressão indicam
Transtorno Afetivo Bipolar e que esses pacientes devem ser encaminhados para serviços de atenção especializada
(CAPS ou Ambulatórios de psiquiatria)
Objetivo Geral 19 – Indicar condutas de manejo clínico, no âmbito da atenção primária, em relação aos quadros
psicóticos
OE 92 - Reconhecer os sintomas chaves dos quadros psicóticos (especialmente das Esquizofrenias)
OE 93 - Reconhecer possível origem orgânica (degenerativa, traumática, inflamatória, infecciosa, metabólica) ou tóxica
(medicamentos, álcool e drogas) relacionados com os sintomas (dar exemplos quando pertinente)
OE 94 - Diferençar delirium (confusão mental) de delírio (alteração da forma do pensamento)
OE 95 - Indicar tratamento farmacológico – antipsicóticos.
OE 96 - Analisar as situações de recusa da medicação pelos pacientes e indicar as medidas involuntárias de medicação
IM e / ou internação, se houver grave prejuízo da crítica ou se houver riscos significativos para o paciente e / ou
terceiros.
OE 97 - Encaminhar o paciente com alto risco de atuação psicótica (acionar: SAMU, CAPS ou Emergências
psiquiátricas hospitalares)
OE 98 - Identificar os critérios para tratamento ambulatorial (cooperação por parte do paciente, sem risco significativo
para o paciente e / ou terceiros) em regime de internação – no CAPS ou no Hospital (se baixa cooperação com o
tratamento, risco significativo para o paciente e/ou terceiros e uso abusivo de álcool ou drogas)
OE 99 - Distinguir que a presença de episódios maníacos associados à sintomas pscóticos indicam possível transtorno
de humor -TAB
Objetivo Geral 20 - Indicar condutas de manejo clínico, no âmbito da atenção primária, em relação aos quadros
dissociativos / conversivos
OE 100 - Reconhecer os quadros dissociativos / conversivos
OE 101 - Diferenciar crises dissociativas / conversivas de alterações neurológicas, especialmente das crises convulsivas
OE 102 – Compreender a etiologia psicogênica do quadro
21
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
OE 103 - Identificar casos graves, moderados e leves (utilizar critérios de repetição dos sintomas, sofrimento subjetivo e
perda da funcionalidade)
OE 104 - Indicar tratamento farmacológico e não farmacológico
OE 105 - Saber quando encaminhar transtorno de personalidade histriônica para os serviços especializados (dúvida
diagnóstica, quadros incapacitantes, pacientes de difícil manejo transferencial, pacientes que não responderam bem às
medidas instituídas na atenção primária)
Objetivo geral 20- Identificar os principais grupos de psicofármacos utilizados pelos médicos generalistas:
antipsicóticos, antidepressivos, benzodiazepínicos.
Objetivo Geral 21 – Compreender as principais indicações dos psicofármacos na prática clínica
OE 106 - Compreender a fisiopatologia da esquizofrenia
OE 107 - Identificar as diferentes vias dopaminérgicas do SNC e correlacionar a ação dos fármacos nestas vias com o
tratamento do diferentes grupos de sintomas (positivos,negativos, cognitivos e do humor) e com os efeitos colaterais dos
fármacos
OE 108 - Identificar quais são os grupos farmacológicos usados no tratamento da Esquizofrenia
OE 109 - Compreender a farmacologia dos medicamentos antipscicóticos tipicos e atípicos: seu mecanismo de ação e
principais efeitos adversos
OE 110 - Compreender os aspectos farmacológicos que contribuem para a dificuldade de adesão ao tratamento
OE 111 - Compreender a fisiopatologia da depressão e suas as complicações
OE 112 - Identificar quais são os grupos farmacológicos usados no tratamento da depressão (ADT; ISRS;
ISRN;ISRSN;IMAO)
OE 113 - Compreender o mecanismo de ação, as ações farmacológicas, as indicações terapêuticas e os principais
efeitos adversos dos antidepressivos
OE 114 - Compreender os diversos aspectos que influenciam na resposta ao tratamento antidepressivo e discutir os
problemas relacionados a adesão ao tratamento
OE 115 - Compreender o mecanismo de ação, ações farmacológicas, indicações do uso dos benzodiazepínicos e discutir
os problemas decorrentes do abuso e dependência a esses fármacos
Objetivo Geral 22 – Compreender os princípios da psiquiatria enquanto especialidade médica
Objetivo Geral 23 - Identificar as principais funções psíquicas relacionadas ao Exame do Estado Mental
Objetivo Geral 24 - Realizar e registrar Exame do Estado Mental no prontuário médico
Objetivo Geral 25 - Realizar e registrar anamnese psiquiátrica, baseada no Método Clinico Centrado na Pessoa
Objetivo Geral 26 - Indicar condutas de manejo clínico, no âmbito da atenção primária, em relação aos portadores
de dependência de álcool
OE 116- Identificar os mecanismos relacionados ao uso abusivo e dependência de álcool
OE 117- Classificar o tipo de usuário de álcool
OE 118- Realizar anamnese médica orientada para pesquisa do habito de beber
OE 119 - Identificar as principais repercussões clínicas, comportamentais e sociais do uso nocivo de álcool
OE 120 - Realizar Intervenção breve junto ao usuário nocivo de álcool
OE 121 - Organizar acolhimento e manejo do dependente de álcool e sua família no contexto da atenção primária
OE 122 - Indicar medicação específica para tratamento do dependente de álcool
OE 123 - Reconhecer os recursos utilizados no tratamento de dependentes de álcool
OE 124 - Saber encaminhar dependentes de álcool para os serviços especializados
Objetivo Geral 27 - Compreender a estrutura e conteúdo da seção Conclusão de um artigo de revisão.
OE 125 - Redigir a seção Conclusão de um artigo de revisão.
OE 126 - Rever a estrutura de apresentação escrita (pôster) de um trabalho científico.
OE 127 - Realizar a apresentação de um artigo de revisão na forma de pôster.
22
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Grupos Tutoriais
23
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Orientações gerais para o tutor
Procure balizar as discussões de caso a partir dos seguintes elementos:
- O processo de adoecimento psíquico é complexo. Além dos possíveis fatores de
vulnerabilidade biológica envolvidos, e ainda não inteiramente exclarecidos, devemos
sempre considerar os elementos ambientais (contexto cultural, social e familiar), a história
de vida pessoal, além dos fatores psicológicos relacionados à constituição da
individualidade / subjetividade. Dessa feita, problematize quando os alunos trouxerem
visões simplistas sobre o tema, por exemplo: a causa da depressão é o déficit de
serotonina no cérebro.
- Lembre-se de que até há pouco tempo a psiquiatria era uma especialidade médica
reconhecida pelo público leigo apenas como responsável pelo tratamento de transtornos
mentais severos e persistentes, cuidava apenas dos “loucos”. Procure discutir a amplitude
do atendimento psiquiátrico e desmistifique questões ligadas aos pacientes psicóticos que
estão amplamente arraigadas na nossa cultura, por exemplo: de que os psicóticos são
perigosos, que estão completamente desvinculados da realidade, que não estabelecem
qualquer vínculo social.
- Considere as diversas formas de tratamento disponíveis para os transtornos mentais.
Enfatize a importância da constituição do vínculo do médico com seu paciente, da
importância da palavra e da transferência, do trabalho interdisciplinar, dos avanços e
limitações das estratégias biológicas e da grande variedade de estratégias não
farmacológicas úteis na prática clínica: atividade física, grupos de auto-ajuda, recursos
comunitários, psicoterapia individual e de grupo, o papel da atenção primária (PSF) e dos
serviços especializados (Ambulatórios, CAPS / CERSAM, Hospital Geral, Hospital
Psiquiátrico, Hospital Dia, Serviços de Moradia Protegida, Centros de Convivência,
Acompanhamento terapêutico, Programas de Geração de Trabalho e Renda).
- Consideramos importante a indicação de referências bibliográficas básicas para os alunos,
já que a grande maioria dos textos não são direcionados para alunos de graduação, mas
para especialistas. Também indicaremos Filmes relacionados aos temas de GT com o
intuito de ilustrar as alterações semiológicas e comportamentais de alguns transtornos
psiquiátricos. É uma forma de lúdica de aprender! Estimule os alunos do seu grupo a
assistirem aos filmes em pequenos grupos e, sempre que possível, promova um breve
debate sobre essa experiência. Caso os alunos queiram ler comentários sobre os filmes
assistidos, oriente – os a consultar na biblioteca: FERNANDEZ, J.L.; CHENIAUX E.
Cinema e Loucura – Conhecendo os transtornos mentais através dos filmes. Porto
Alegre: ARTMED, 2010.
- Na página ao lado, apresentaremos um Fluxograma de Auxílio Diagnóstico adaptado das
Diretrizes Diagnósticas e de Transtornos Mentais em Cuidados Primários da
Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID – 10. Esperamos que
esse material possa auxiliar os tutores e alunos nas discussões relacionadas ao diagnóstico
diferencial dos transtornos mentais, a partir de parâmetros semiológicos sindrômicos.
Utilize-o nos Gts e atividades de TH.
- PARA ACESSAR MATERIAL EM FORMATO DIGITAL: WWW.psiquiatriabh.com.br (ARTIGOS –
ALUNOS BLOCO DE NEUROPSIQUIATRIA)
24
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
OMS / CID 10
Versão para Cuidados Primários
Fluxograma de Apoio Diagnóstico para Transtornos Mentais e de Comportamento
Abusa de fumo, álcool ou droga.
Comportamento
estranho, agitação ou
estupor,
pensamento
desorganizado,
alucinações, alterações
cognitivas.
Fumo - Tabaco (F17.1)
Álcool (F10)
Outras drogas (F11)
Problemas de saúde ou tratamento
médico causando confusão ou amnésia.
Delírium ou Confusão Mental (F05)
Início há alguns dias, sem problemas de saúde ou uso
de álcool e drogas.
Transtorno psicótico agudo (F23)
Início há semanas, meses ou anos, sem problemas de
saúde ou uso de álcool e drogas.
Transtorno psicótico crônico (F20)
Perda crônica da memória e comprometimento funcional
global.
Demência (F00)
Queixas
específicas
Compulsão alimentar ou medidas extremas de controle
do peso.
Transtorno alimentar (F50)
Insônia.
Problemas do sono (F51)
Sintomas relacionados à vida sexual.
Transtorno sexual (F52)
Dramatização, estreitamento de campo da consciência,
alterações motoras e sensitivas sem substrato orgânico.
Transtorno dissociativo / conversivo (F44)
Ansiedade predominante
Sofrimento psicológico
Depressão
predominante
Fadiga importante
sem base orgânica.
Sintomas proeminentes
Transtorno de ajustamento (F43)
Queixas
físicas
Sofrimento físico
Reação breve a eventos estressantes: perdas pessoais significativas, mudanças
inesperadas de vida.
Humor deprimido,
anedonia e inibição
psicomotora.
Neurastenia ou Síndrome da
Fadiga Crônica (F48)
Depressão (F32)
Queixas físicas
variadas sem
substrato orgânico e
freqüentes visitas
médicas.
Mania
associada.
Queixas somáticas
inexplicadas (F45)
Transtorno bipolar (F31)
Medo patológico de coisas ou ações específicas.
Transtorno fóbico (F40)
Ataques súbitos de ansiedade e de medo de curta duração.
Transtorno de pânico (F41.0)
Ansiedade inespecífica na maior parte do tempo
Ansiedade generalizada (F41.1)
Ambos os sofrimentos psíquicos presentes.
Ansiedade e depressão mistas (F41.2)
Adaptado por DR Nylton Neves (PSF Poços de Caldas) em 03 / 2007 sob supervisão do Dr Alexandre Pereira
25
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Grupo Tutorial 1
E o exame, doutor?
Áurea, mulher de 24 anos, cor branca, com história de dor de cabeça desde os 12 anos,
vem ao consultório em busca de ajuda.
Tipicamente, as dores de cabeça ocorrem uma a duas vezes por semana e são localizadas
na região fronto-temporal direita. Precedendo a dor, ocorrem alterações visuais descritas como
pontos brilhantes, que após 15 minutos são substituídos por parestesia no membro superior
direito. Assim que a dor de cabeça está presente a paciente passa a sentir fortes náuseas e
procura ambiente escuro e tranquilo para tentar aliviar a dor. Geralmente a cefaleia dura cerca
de 6 horas.
A paciente relata que as dores são piores no período menstrual e quando ela ingere vinho
tinto. Ela faz uso de anticoncepcional oral. Não fuma.
Ao final da entrevista ela relata que, apesar de apresentar o quadro há muito tempo,
está muito preocupada com a “origem” da dor, pois uma amiga faleceu recentemente devido a
ruptura de um “aneurisma”. E por este fato ela deseja fazer algum exame para saber se está
tudo bem.
O exame neurológico foi registrado da seguinte forma:
Consciente, orientada, eufásica
Pupilas 3+/3+
Movimentação ocular extrínseca normal
Sensibilidade da face normal
Mímica facial preservada
Elevação do palato e da úvula sem alterações
Força 5/5
Reflexos miotáticos 2/2
Sensibilidades tátil e dolorosa sem alterações
Romberg ausente
Marcha atípica
Discuta o diagnóstico sindrômico, topográfico e etiológico do caso e como deve ser feito o
manejo da dor.
JUNIOR, Ariovaldo. PROCEFALEIA.
INTERNATIONAL HEADACHE SOCIETY. International Classification of Headache disorders. 2ed. 2005
ROWLAND, Lewis P. Merrit – Tratado de Neurologia. 12 ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2011.
DESCRIÇÃO DO GT.
P1 – Provavelmente não surgirão dúvidas, à excessão dos termos utilizados na descrição do exame físico.
As graduções de força e de reflexos serão discutidas no TH.
P2 – Qual o diagnóstico da cefaleia apresentada pela paciente? Será necessária alguma propedêutica? E
qual o tratamento adequado para este caso?
P3 – A discussão do P3 deverá seguir os seguintes princípios:
Formatado: Fonte: (Padrão) Times
New Roman, 12 pt
26
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Pontos que devem ser discutidos:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
diagnóstico clínico das cefaleias (padrão/tipo da dor e sintomas associados)
diagnóstico diferencial das cefaleias primárias (tensional, migrânea)
sinais de alert da cefaleia
aura e topografia da aura
exames complementares
tratamento de fase aguda e profilaxia
Perguntas-chave:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
o que falta na abordagem dos sintomas (características da dor - correlacionar com critérios
diagnósticos da IHS)?
quais são os sinais de alerta para cefaleia, a paciente apresenta algum?
é necessária a realização de exames complementares? Neuroimagem?
a preocupação com aneurisma cerebral é pertinente?
quais as medidas não farmacológicas que devem ser empregadas?
qual o tratamento para crises?
qual o tratamento profilático?
abordar a seguinte questão: caso a paciente começasse a fazer uso exagerado de analgésicos
comuns o que poderia ocorrer com a cefaleia?
P4 – construir mapa conceitual de análise
P5 –
objetivos (vide seção “Objetivos de Aprendizagem” deste guia)
P6 – referencias bibliográficas
P7 – A paciente apresenta cefaleia primária com longo tempo de evolução, mas com crises muito
frequentes. De acordo com a classificação da Sociedade Internacional de Cefaleias (IHS) trata-se de um
caso de migrânea com aura.
A característica que não foi abordada no relato do caso é a cefaleia pulsátil ou latejante (informar aos
alunos após abordagem dos itens faltantes na descrição do caso – P3)
A paciente não apresenta nenhum sinal de alerta e não tem história relevante para o aneurisma cerebral
(mais de um parente de primeiro grau, doença de rins policísticos, síndrome de Ehlers-Danlos ou outras
doenças do colágeno). Desta forma não há nenhuma necessidade de solicitar-se exames de imagem.
Especialmente com objetivo de pesquisa de aneurisma cerebral. Apesar de a paciente do caso ter sofrido
uma perda significativa, ela deve ser orientada, de forma empática e clara, que seu risco é baixo e que não
há necessidade de preocupações.
O tratamento para a paciente em questão passará por medidas farmacológicas e não farmacológicas. Entre
as não farmacológicas estão atividade física regular, alimentação com intervalos mais curtos (a cada 3
horas), manejo de estresse e sono adequado.
O tratamento farmacológico deve ser divido em duas categorias: tratamento de crises e profilaxia.
As crises são tratadas com medicamentos que promovem alívio da dor no momento em que esta ocorre.
Medicamentos como dipirona e paracetamol podem ser utilizados por pacientes que apresentam crises
mais leves e não muito frequentes. O uso destas drogas (incluindo triptanos e ergotamínicos) com
frequência maior que 3 vezes por semana pode levar à cefaleia por abuso de analgésicos. Quando o
paciente apresenta dores mais frequentes e com intensidade maior pode-se lançar mão da prescrição de
anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e dos triptanos. Quando a dor é muito intensa e/ou associada a
vômitos, pode ser necessária a prescrição de medicamentos venosos e não é rara a utilização combinada
de analgésico (dipirona), antiemético (metoclopramida), AINEs (cetoprofeno, tenoxicam) e corticoides
27
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
(dexametasona, metilprednisolona). Os tripranos também são comercializados em formulações de aplicação
nasal e subcutânea.
Para profilaxia, deve-se escolher uma droga para utilização diária que seja adequada ao perfil do paciente.
A primeira linha de profilaxia para migrânea é composta por betabloqueadores (atenolol, metoprolol,
propranolol – perfil de efeitos colaterais muito interessante, bom para pacientes hipertensos, mas
contraindicado para pessoas com história de broncoespasmo), antidepressivos tricíclicos (nortriptilina,
amitriptilina – adequado para os pacientes que tem distúrbios do sono; risco de ganho de peso e efeitos
anticolinérgicos: prescrição cautelosa para idosos), bloqueadores do canal de cálcio (flunarizina –
prescrição cautelosa para idosos e cuidado com utilização de longo prazo devido ao risco de
desenvolvimento de parkinsonismo) e topiramato (anticonvulsivante que costuma ser muito bem tolerado e
que pode promover perda de peso). A duração do tratamento profilático é de 3 a 6 meses, sendo que
alguns pacientes demandam mais tempo. Caso a primeira linha de tratamento falhe pode-se lançar mão de
outras drogas como ácido valpróico, antidepressivos com ação dual, etc.
Critérios da International Headache Society (IHS) para diagnóstico das cefaleias primárias
Formatado: Fonte: (Padrão) Arial, 10
pt, Negrito, Itálico
Cefaleia e os sinais de alerta
Apesar de ser sintoma muito comum e presente em diversas situações clínicas, a cefaleia também pode ser
o primeiro sintoma de doenças muito graves. Acidentes vasculares cerebrais, turmores ou doenças
infecciosas do sistema nervoso central.
A identificação dos sinais de alerta (“red flags”) permite o direcionamento da pesquisa etiológica. Desta
forma, o médico deve ter conhecimento destes sinais para não perder algum diagnóstico importante. É
importante ressaltar que tais características da cefaleia devem ser investigadas mesmo que o paciente não
comente epontâneamente.
28
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 10 pt, Itálico
Formatado: Fonte: (Padrão) Times
New Roman, 12 pt
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Formatado: Fonte: (Padrão) Times
New Roman, 12 pt
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Por volta das 10 horas da manhã daquela quarta-feira, Arminda, do alto dos seus 75 anos,
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
chamou a atenção de seus familiares assim que percebeu que estava com “o braço direito
dormente”. Ela tentava falar mas as palavras saíam muito “emboladas”.
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Grupo Tutorial 25
Perdendo o jogo
Por volta das 10 horas da manhã daquela quarta-feira, Arminda, do alto dos seus 75 anos,
chamou a atenção de seus familiares assim que percebeu que estava com “o braço direito
dormente”. Ela tentava falar mas as palavras saíam muito “emboladas”.
Seu neto de 17 anos estava em casa e foi ao seu socorro, encontrou a avó sentada em
uma poltrona. Ele percebeu que além da paresia no membro superior direito e da dificuldade de
fala, a senhora Arminda também apresentava assimetria facial: estava “com a boca repuxada
para a esquerda”. Temendo que algo grave estivesse ocorrendo com sua avó, ele prontamente a
levou ao centro de saúde próximo de casa. Na curta caminhada, o neto percebeu que a avó
quase arrastava a perna direita.
O centro de saúde encontrava-se lotado e com uma grande fila. A senhora Arminda foi
classificada como “amarela” e foi conduzida a sala de espera. Por volta de 11:30 ela foi
atendida pelo Dr. Marcos, recém formado, que imediatamente solicitou a transferência da
paciente para um hospital.
Cerca de 2 horas após o atendimento pelo Dr. Marcos a paciente deu entrada no hospital.
Ela foi atendida pelo neurologista, que, após anamnese e exame físico, solicitou vários exames.
Ele encaminhou a paciente para a sala de emergências.
História pregressa: hipertensão arterial sistêmica, diabetes melitus, tabagismo (dez cigarros/dia,
durante 30 anos; interrompido há 3 anos), dislipidemia.
Medicamentos em uso: enalapril 10mg 12/12 horas., metformina 500mg 2x/dia.
Exame físico:
PA 170x105mmHg
Alerta, afasia de expressão
Paresia facial central direita, restante dos nervos cranianos sem alterações
Força 2/5 nos membros superiores e 4/5 nos membros inferiores
Reflexos miotáticos 3/2
Reflexo cutâneo plantar extensor à direita
Avaliação da coordenação motora prejudicada pela paresia no dimidio direito. À esquerda foi
observada boa coordenação motora.
OBSERVAÇÃO: SEMPRE ORGANIZAR A DISCUSSÃO DIAGNÓSTICA EM NEUROLOGIA A PARTIR
DA SEGUINTE SEQUÊNCIA: DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO, TOPOGRÁFICO E ETIOLÓGICO.
DESCRIÇÃO DO GT
P1 – Os termos utilizados para descrição dos achados neurológicos devem ser conhecidos dos
alunos. Palavras como paresia e afasia já devem ter sido discutidas ou no TH ou nos
ambulatórios.
P2 – Qual a causa da perda de força muscular e da alteração de fala da dona Arminda? Como
abordar este caso?
33
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
P3 – Pontos-chave:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Identificação do déficit focal como manifestação da doença neurológica
Caracterização do déficit neurológico vascular como de instalação súbita
Fatores de risco do AVC
Diagnóstico clínico do AVC
Diagnóstico radiológico do AVC
Condutas para o AVC agudo
Profilaxia secundária do AVC
Perguntas-chave:










qual o diagnóstico sindrômico, topográfico e etiológico no caso desta paciente? Qual o
vaso comprometido neste caso?
recordar a via motora.
levar a paciente ao centro de saúde foi a melhor conduta?
o tempo para chegada ao hospital é adequado para o tratamento agudo de um AVC?
a transferência solicitada pelo Dr. Marcos foi adequada? Ele deveria administrar algum
medicamento? Se ela estivesse com pressão arterial elevada, seria necessário
administrar medicamentos?
quais exames foram solicitados pelo neurologista?
quais os fatores de risco do AVC?
quais a é a classificação etiológica do AVC (aterosclerose de grandes vasos,
aterosclerose de pequenos vasos, embolismo cardíaco)?
como devem ser realizadas as profilaxias primária e secundária do AVC?
o quadro clínico permite a diferenciação entre AVC isquêmico e AVC hemorrágico?
P4 – elaborar mapa conceitual de análise
P5 – objetivos (vide seção “Objetivos de Aprendizagem” deste guia)
P6 – referências
P7 – DIagnósitico neurológico (sindrômico, topográfico e etiológico)
O passo inicial para o diagnóstico desta doença neurológica é a compreensão de que a paciente
apresentou uma síndrome do neurônio motor superior (paresia, hiperreflexia, sinal de Babinski).
A partir deste ponto, deve-se localizar a lesão dentro da via motora. Os primeiros locais a serem
descartados são os nervos periféricos (que produziriam síndrome do neurônio motor inferior), a
medula (que não tem associação com nenhuma alteração da fala ou da linguagem) e o tronco
encefálico (que produz alterações de nervos cranianos – a paciente apresenta paralisia facial
central que é lesão tipicamente supranuclear). Restam a cápsula interna e o córtex cerebral.
Neste ponto deve ser considerada a localização das áreas de linguagem. Existem dois centros
principais para o controle desta função: a área de Wernicke e a área de Broca. As lesões da área
de Wernicke (área 22 de Brodman, localizada na junção entre os lobos temporal e parietal
esquerdos) tipicamente promovem afasias sensitivas, nas quais ocorre maior dificuldade para a
compreensão do que é falado, mas sem grande comprometimento da fluência verbal. Já nas
lesões da área de Broca (área 44 de Brodman, localizada na base do lobo frontal esquerdo)
levam à alterações nas quais há diminuição acentuada na produção da linguagem com
preservação da compreensão, as afasias de expressão. A paciente do caso apresenta uma afasia
de expressão.
34
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
O diagnóstico topográfico é firmado no “ponto de encontro” entre os locais responsáveis pelas
lesões citadas, ou seja o córtex frontal esquerdo.
Para a próxima etapa do diagnóstico neurológico, o diagnóstico etiológico, são considerados o
padrão de instalação da doença e os fatores de risco associados. Como a paciente apresentou a
doença com instalação súbita e é idosa, portadora de hipertensão arterial sistêmica e de
dislipidemia e tem história de tabagismo cessado recentemente, a etiologia vascular é o que
deve vir à mente.
Formatado: Fonte: Não Negrito
AVC
Formatado: Fonte: Negrito
Trata-se da história de uma paciente que apresentou um AVC agudo. A paciente apresenta a
instalação súbita de déficit focal descrito como hemiparesia direita, paresia facial central
direita e afasia de expressão. As alterações observados no exame neurológico confirmam tais
achados e indicam como topografia a região cortical frontal esquerda (lesão da via motora e da
área de Broca).
EPIDEMIOLOGIA
O acidente vascular cerebral (AVC) é a doença que mais mata no Brasil. Dados do
Ministério da Saúde indicam que, em 2008, cerca de 98.000 mortes ocorreram devido a esta
patologia (2). O AVC é uma das principais causas de mortalidade mundial, sendo particularmente
importante na Europa Oriental e na Ásia (5). Cerca de 87% das mortes por eventos
cerebrovasculares ocorrem em países de baixa ou média renda (3). Nos Estados Unidos a
proporção entre casos novos e recorrência do AVC é próxima de 3:1 (1). Há a previsão de que,
em 2020, cerca de 80% das 25 milhões de mortes por AVC ocorram em países em
desenvolvimento. Além da mortalidade, as doenças cerebrovasculares tem importância por
produzirem incapacidade. Das vítimas do AVC, cerca de 30% precisam assistência nas atividades
de vida diária, 20% necessitam de auxilio para deambular e 16% permanecem institucionalizados
(1).
Formatado: Justificado
FATORES DE RISCO
Os fatores de risco para o acidente vascular cerebral podem ser divididos em modificáveis
e não modificáveis. Entre os fatores de risco não modificáveis figuram idade avançada, sexo
masculino, etnia, história familiar e história prévia de AVC. Os fatores de risco modificáveis
compreendem tabagismo e etilismo, que podem ser incluídos entre fatores relacionados ao estilo
de vida. Já baixa renda, hipertensão arterial, dislipidemia, cardiopatia, anemia falciforme e
doença carotídea assintomática são fatores de risco modificáveis não relacionados ao estilo de
vida. Diabetes melitus, hiperhomocisteinemia e hipertrofia do ventricular esquerda são
potenciais fatores de risco modificáveis (ainda não demonstraram redução na mortalidade
quando controlados). Os marcadores de situações que podem acelerar o processo
aterosclerótico, como aumento da proteína C reativa, índice tornozelo-braquial de pressão
arterial, infartos cerebrais silenciosos, lesões hiperintensas à ressonância magnética na
substância branca) e espessamento médio-intimal, são reconhecidos como fatores de risco
menos significativos (1).
AVC COMO EMERGÊNCIA MÉDICA
Mesmo se sabendo do potencial para mortalidade e de que quanto mais demorado o
tratamento, piores os resultados, o AVC não é devidamente reconhecido como emergência
Formatado: Justificado
35
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
médica no Brasil. Cerca de 28 nomes diferentes foram descritos para o AVC em pesquisa
realizada em quatro capitais brasileiras (6). O mesmo estudo também observou que somente 35%
das pessoas sabiam o número do sistema de emergências, 51% chamariam o sistema de
emergências no caso de um familiar apresentasse manifestações clínicas de AVC e 22% não
reconheciam qualquer sinal de alerta para AVC. (6)
A letalidade do AVC pode ser influenciada por fatores como atraso no início dos cuidados
da fase aguda, não identificação dos sinais de alerta, não recordação e não utilização do número
telefônico do sistema de emergência, atrasos no transporte ao hospital, demora diagnóstico
hospitalar, comunicação falha entre profissionais de saúde e dificuldades no acesso a
neuroimagem. (7)
O CASO
A conduta a ser tomada baseia-se na caracterização do AVC como emergência médica. Esta
paciente deveria ter seus sintomas/sinais reconhecidos como causadores de um AVC e deveria
ser levada a um hospital habilitado para a realização de trombólise com alteplase (rT-PA –
ativador do plasminogênio tecidual recombinante) com o objetivo de tentar a recanalização do
vaso ocluído, caso o AVC seja isquêmico.
Devem ser dicutidos os critérios de inclusão e de exclusão para a realização da trombólise
endovenosa. Esta paciente tem indicação de trombólise com rt-PA.
Também devem ser discutidas as estratégias de prevenção secundária do AVC. Todos os
pacientes devem ser submetidos a medidas terapêuticas que produzam controle dos fatores de
risco modificáveis, como HAS, DM e dislipidemia. A utilização de AAS e sinvastatina também
deve entrar na discussão. Outro aspecto importante é a indicação correta de procedimentos para
a revascularização das carótidas, dando-se ênfase no fato que estenoses menores que 50%,
mesmo se sintomáticas, devem ser tratadas com medidas conservadoras.
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
ROWLAND, Lewis P. Merrit – Tratado de Neurologia. 12 ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2011.
FAUCI, Anthony. Harrison – Medicina Interna. 17 ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill. 2008
BÄHR, Mathias – Duus – Diagnóstico Topográfico em Neurologia. 4 ed. São Paulo: Guanabara Koogan,
2012.
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Grupo Tutorial 2
E o exame, doutor?
Uma mulher de 24 anos, cor branca, com história de dor de cabeça desde os 12 anos,
vem ao consultório em busca de ajuda.
Tipicamente as dores de cabeça ocorrem uma a duas vezes por semana e são localizadas
na região fronto-temporal direita. Precedendo a dor, ocorrem alterações visuais descritas como
pontos brilhantes, que após 15 minutos são substituídos por parestesia no membro superior
direito. Assim que a dor de cabeça está presente a paciente passa a sentir fortes náuseas e
procura ambiente escuro e tranquilo para tentar aliviar a dor. Geralmente a cefaleia dura cerca
de 6 horas.
A paciente relata que as dores são piores no período menstrual e quando ela ingere vinho
tinto. Ela faz uso de anticoncepcional oral. Não fuma.
Ao final da entrevista ela relata que, apesar de apresentar o quadro há muito tempo,
está muito preocupada com a “origem” da dor, pois uma amiga faleceu recentemente devido a
ruptura de um “aneurisma”. E por este fato ela deseja fazer algum exame para saber se está
tudo bem.
O exame neurológico foi registrado da seguinte forma:
Consciente, orientada, eufásica
Pupilas 3+/3+
Movimentação ocular extrínseca normal
Sensibilidade da face normal
Mímica facial preservada
Elevação do palato e da úvula sem alterações
Força 5/5
Reflexos miotáticos 2/2
Sensibilidades tátil e dolorosa sem alterações
Romberg ausente
Marcha atípica
Discuta o diagnóstico topográfico, sindrômico e nosológico do caso e como deve ser feito o
manejo da dor.
JUNIOR, Ariovaldo. PROCEFALEIA.
INTERNATIONAL HEADACHE SOCIETY. International Classification of Headache disorders. 2ed. 2005
ROWLAND, Lewis P. Merrit – Tratado de Neurologia. 12 ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2011.
DESCRIÇÃO DO GT.
P1 – Provavelmente não surgirão dúvidas, à excessão dos termos utilizados na descrição do exame físico.
As graduções de força e de reflexos serão discutidas no TH.
P2 – Qual o diagnóstico da cefaleia apresentada pela paciente? Será necessária alguma propedêutica? E
qual o tratamento adequado para este caso?
Formatado: Fonte: (Padrão) Times
New Roman, 12 pt
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
P3 – A discussão do P3 deverá seguir os seguintes princípios:
Pontos que devem ser discutidos:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
diagnóstico clínico das cefaleias (padrão/tipo da dor e sintomas associados)
diagnóstico diferencial das cefaleias primárias (tensional, migrânea)
red flags da cefaleia
aura e topografia da aura
exames complementares
tratamento de fase aguda e profilaxia
Perguntas-chave:
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
o que falta na abordagem dos sintomas (características da dor - correlacionar com critérios
diagnósticos da IHS)?
quais são os sinais de alerta para cefaleia, a paciente apresenta algum?
é necessária a realização de exames complementares? Neuroimagem?
a preocupação com aneurisma cerebral é correta?
quais as medidas não farmacológicas que devem ser empregadas?
qual o tratamento para crises?
qual o tratamento profilático?
abordar a seguinte questão: caso a paciente começasse a fazer uso exagerado de analgésicos
comuns o que poderia ocorrer com a cefaleia?
P4 –
P5 –
P6 –
P7 – A paciente apresenta cefaleia primária com longo tempo de evolução, mas com crises muito
frequentes. De acordo com a classificação da Sociedade Internacional de Cefaleias (IHS) trata-se de um
caso de migrânea com aura.
A característica que não foi abordada no relato do caso é a cefaleia pulsátil ou latejante.
A paciente não apresenta nenhum sinal de alerta e não tem história relevante para o aneurisma cerebral
(mais de um parente de primeiro grau, doença de rins policísticos, síndrome de Ehlers-Danlos ou outras
doenças do colágeno). Desta forma não há nenhuma necessidade de solicitar-se exames de imagem.
Especialmente com objetivo de pesquisa de aneurisma cerebral. Apesar de a paciente do caso ter sofrido
uma perda significativa, ela deve ser orientada, de forma empática e clara, que seu risco é baixo e que não
há necessidade de preocupações.
O tratamento para a paciente em questão passará por medidas farmacológicas e não farmacológicas. Entre
as não farmacológicas estão atividade física regular, alimentação com intervalos mais curtos (a cada 3
horas), manejo de estresse e sono adequado.
O tratamento farmacológico deve ser divido em duas categorias: tratamento de crises e profilaxia.
As crises são tratadas com medicamentos que promovam alívio da dor no momento em que esta ocorre.
Medicamentos como dipirona e paracetamol podem ser utilizados por pacientes que apresntam crises mais
leves e não muito frequentes. O uso destas drogas (incluindo triptanos e ergotamínicos) com frequência
maior que 3 vezes por semana pode levar à cefaleia por abuso de analgésicos. Quando o paciente
apresenta dores mais frequentes e com intensidade maior pode-se lançar mão da prescrição de antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) e dos triptanos. Quando a dor é muito intensa e/ou associada a
vômitos, pode ser necessária a prescrição de medicamentos venosos e não é rara a utilização combinada
de analgésico (dipirona), antiemético (metoclopramida), AINEs (cetoprofeno, tenoxicam) e corticoides
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
(dexametasona, metilprednisolona). Os tripranos também são comercializados em formulações de aplicação
nasal e subcutânea.
Para profilaxia, deve-se escolher uma droga para utilização diária que seja adequada ao perfil do paciente.
A primeira linha de profilaxia para migrânea é composta por betabloqueadores (atenolol, metoprolol,
propranolol – perfil de efeitos colaterais muito interessante, bom para pacientes hipertensos, mas
contraindicado para pessoas com história de broncoespasmo), antidepressivos tricíclicos (nortriptilina,
amitriptilina – adequado para os pacientes que tem distúrbios do sono; risco de ganho de peso e efeitos
anticolinérgicos: prescrição cautelosa para idosos), bloqueadores do canal de cálcio (flunarizina –
prescrição cautelosa para idosos e cuidado com utilização de longo prazo devido ao risco de
desenvolvimento de parkinsonismo) e topiramato (anticonvulsivante que costuma ser muito bem tolerado e
que pode promover perda de peso). A duração do tratamento profilático é de 3 a 6 meses, sendo que
alguns pacientes demandam mais tempo. Caso a primeira linha de tratamento falhe pode-se lançar mão de
outras drogas como ácido valpróico, antidepressivos com ação dual, etc.
Critérios da International Headache Society (IHS) para diagnóstico das cefaleias primárias
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 10 pt, Itálico
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 10 pt, Itálico
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Formatado: Fonte: (Padrão) Times
New Roman, 12 pt
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Formatado: Fonte: (Padrão) Times
New Roman, 12 pt
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Grupo Tutorial 3
A vida vale à pena?
P
aulo, 75 anos, policial militar aposentado, reside sozinho desde a morte de sua esposa há cerca
de um ano. Possui três filhos e cinco netos que residem em uma cidade há 50 km dali. O senhor
Paulo tem boa autonomia para as atividades diárias, mas reside com uma senhora que o auxilia
no trabalho de casa. Um dos filhos veio procurar o serviço de saúde porque tem observado o pai
diferente nos últimos três meses. Antes da morte da esposa era ativo, alegre, costumava
caminhar todas as manhãs, visitava amigos e familiares. No último mês não tem quase saído de
casa, descuidado com a aparência, já foi encontrado várias vezes suspirando e com lágrima nos
olhos. Segundo informações da senhora que mora com ele, seu Paulo passou a apresentar insônia
terminal e tomava dois comprimidos de bromazepam toda noite, fornecidos por uma vizinha.
Há duas semanas ligou para o primo, advogado, solicitando que o ajudasse com seu
testamento. Nos últimos dias começou a dizer que a vida não valia a pena. Quando interpelado
pela família, mostrava–se indiferente. Seu Paulo não possui histórico de doença clínica e nunca
apresentou transtorno psiquiátrico no passado. História familiar: o pai se matou quando ele
ainda era criança. O filho está muito preocupado, especialmente porque ele mantém armas em
casa.
Orientações para o tutor
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM:
1. Diferenciar tristeza de depressão
2. Reconhecer os sintomas chaves de depressão para o diagnóstico: a presença dos
sintomas abaixo praticamente todos os dias, por pelo menos 02 semanas:
Critérios para o diagnóstico de episódio depressivo: CID-10
Sintomas fundamentais:
• Humor deprimido;
• Perda de interesse;
• Fatigabilidade.
Sintomas acessórios:
• Redução da concentração e da atenção;
• Diminuição da autoestima e da autoconfiança;
• Ideias de culpa e inutilidade;
• Visões desoladas e pessimistas do futuro;
• Ideias de suicídio, ou atos autolesivos ou suicídio;
• Perturbação do sono;
• Diminuição do apetite.
Episódio leve: 2 fundamentais + 2 acessórios
Episódio moderado: 2 fundamentais + 3 a 4 acessórios
Episódio grave: 3 fundamentais + 4 ou mais acessórios
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
3. Reconhecer possível origem orgânica (degenerativa, traumática, inflamatória,
infecciosa, metabólica) ou tóxica (medicamentos, álcool e drogas) relacionados
com os sintomas (solicitar exemplos quando pertinente). ESSES QUADROS
REPRESENTAM CERCA DE 15% DOS QUADROS DEPRESSIVOS. Importante realizar
exame físico e solicitar exames laboratoriais, caso haja suspeita de quadro
orgânico.
4. Identificar casos graves, moderados e leves (utilizar critérios de perda da
funcionalidade, ideação de auto-extermínio e sintomas psicóticos)
5. Saber quando utilizar tratamento farmacológico (quadros graves e moderados) e
não farmacológico (quadros leves)
6. Saber quando encaminhar quadros depressivos para os serviços especializados
(dúvida diagnóstica, quadros incapacitantes, depressão psicótica, ideação
persistente de auto – extermínio, pacientes de difícil manejo transferencial,
pacientes que não responderam bem às medidas instituídas na atenção primária)
7. Identificar fatores de alto risco para conduta suicida (sexo masculino, idosos,
portadores de doenças crônicas, perda pessoal significativa, acesso a meios letais
de se matar, baixo suporte psicossocial, doença psiquiátrica associada,
planejamento da tentativa suicida, história familiar positiva) e baixo risco para
conduta suicida (sexo feminino, pessoas mais joves, ausência de doenças crônicas,
ausência de perda social significativa, utilização de meios não letais de suicídio,
suporte psicossocial satisfatório, ausência de doença psiquiátrica, ato impulsivo,
história familiar negativa)
8. Saber quando encaminhar paciente com alto risco de suicídio para serviços
especializados (CAPS e/ou Emergências psiquiátricas hospitalares)
9. Reconhecer que a presença de episódios maníacos ou hipomaníacos (mania mais
branda) em pacientes com histórico de depressão indicam Transtorno Afetivo
Bipolar (TAB). Essa suspeita diagnóstica é importante, já que o tratamento para
TAB inclui a introduçãoo dos estabilizadores de humor (Lítio, Ácido Valpróico /
Divalproato de Sódio ou Carbamazepina). Pacientes com essa suspeita diagnóstica
devem ser encaminhados para avaliação psiquiátrica, em virtude da complexidade
diagnóstica e de tratamento. Importante lembrar que pacientes com sintomas de
mania e hipomania não devem usar antidepressivos. Caso um paciente tratado
previamente de depressão, sem episódios relatados de mania ou hipomania venham
a desenvolver quaisquer dessas manifestações comportamentais, a orientação é de
suspenção do antidepressivo e encaminhamento para avaliação psiquiátrica. Esse
fenômeno é o que chamamos de VIRADA MANÍACA.
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
SINTOMAS DE EPISÓDIO MANÍACO (TAB TIPO I)
• Discurso desorganizado e acelerado
• Diminuição da necessidade de sono
• Aumento do apetite sexual
• Irritabilidade
• Expansividade
• Aumento de energia
• Pode haver sintomas psicóticos (ideação deliróide e quadros alucinatórios fugazes)
• Gera grande dificuldade de convivência, quadro bastante disfuncional nos períodos
de crise
SINTOMAS DE HIPOMANIA (TAB TIPO II)
• Otimismo exacerbado
• Diminuição da necessidade de sono
• Aumento de criatividade
• Aumento perceptível da energia
• Geralmente não é francamente disfuncional, mas as pessoas que convivem com o
paciente observam as mudanças
EPISÓDIO MISTO
 Paciente apresenta sintomas de mania e depressão simuntaneamente
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
QUADRO CLÍNICO: Episódio depressivo com alto risco de suicídio
Comentários: Nos últimos anos o termo depressão tem sido banalizado e é constantemente
usado para descrever um estado emocional normal. Sentimentos de tristeza ou infelicidade
são comuns em situações de perda, separações, insucessos ou conflitos interpessoais e
fazem parte da experiência cotidiana caracterizando um estado emocional não patológico.
Um exemplo é o luto normal, no qual há tristeza e ansiedade, que melhoram com o tempo.
Na grande maioria dos casos o papel dos profissionais de saúde deve ser o de acolher o
sofrimento e oferecer algum suporte de escuta e aconselhamento, sem necessidade de
uma prescrição medicamentosa. Em todo caso suspeito de depressão é muito importante
que pesquisemos intuito de conduta suicida. Uma abordagem ativa por parte do
profissional de saúde pode prevenir tentativas de suicídio contribuindo assim para a
diminuição dos óbitos por este tipo de agravo. Nem toda ideação suicida necessita de
encaminhamento urgente para a as equipes ou serviços de saúde mental. Na grande
maioria dos casos as pessoas que pensam em se matar não desejam realmente fazê-lo,
especialmente se não apresentam transtorno psiquiátrico evidente. Quando pensam em
suicídio é porque estão se sentindo desesperados, não vêem saída para algumas situações
impostas pela vida. Neste caso é fundamental uma avaliação de risco adequada para
definição de uma possível emergência psiquiátrica (alto risco) ou se o caso poderá ser
conduzido na atenção primária (baixo risco). No caso em questão, pela presença dos
sintomas clássicos de depressão, grande sofrimento e alto risco de auto-extermínio,
estamos diante de um paciente com transtorno depressivo grave. A equipe de saúde deverá
estabelecer um contato franco e aberto com o paciente e seus familiares, organizar uma
estrutura de proteção continuada (na residência, CAPS, Hospital Geral ou Psiquiátrico) até
que um parecer psiquiátrico possa ser providenciado. Aqui há clara indicação de
tratamento medicamentoso com a introdução de um antidepressivo e mesmo de um
benzodiazepínico, que poderá ser utilizado para reduzir a angústia e ajudar na regulação
do sono nas primeiras semanas de tratamento. A indicação de internação hospitalar ou em
CAPS que possuem leitos noturnos, deverá ser instituída sempre que houver ideação de
auto-extermínio persistente, especialmente se há um transtorno psiquiátrico ou
comportamental grave associado, como por exemplo: pacientes com depressão grave,
48
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
psicóticos em crise, dependentes químicos e impulsividade evidente. Devemos sempre
suspeitar de depressão quando estão presentes: humor deprimido persistente, baixa
energia, perda de interesse pelas coisas que antes davam prazer, inibição psicomotora,
falta de esperança, ideação de auto-extermínio. Quando além de episódios depressivos,
também observamos pelo menos 01 episódio de sintomas de mania ou hipomania,
considerar diagnóstico diferencial para Transtorno Bipolar. Não é necessário que os alunos
aprofundem a discussão da classificação do Transtorno Bipolar (Tipo I, II, III e IV).
Referência Bibliográfica Básica
FLECK M.P.A. et all. Diretrizes da Associação Médica Brasileira para o tratamento da depressão.
Revista Brasileira de Psiquiatria. 2009; 25(2):114-122 – PROCURAR NA WEB
Checar atualizações de conteúdo do Projeto Diretrizes no sítio da Associação Medica Brasileira.
RIBEIRO MS (ORG). Ferramentas para descomplicar a atenção básica em saúde mental. Juiz de
Fora: Editora UFJF, 2010 - BIBLIOTECA
BOTEGA N.J. Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. Porto Alegre:
ARTMED, 2006 - BIBLIOTECA
OPAS/OMS. Prevenção do Suicídio. Manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental.
Ministério da Saúde: Brasília, 2006. Disponível em
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_editoracao.pdf Acesso em 09 mar. 2010
LOUZA NETO MR, ELKIS H, et AL. Psiquiatria Básica. Porto Alegre: ARTMED, 2009
Referências Bibliográficas Complementares
ALMEIDA OP, LARANJEIRA R, DRATCU L. Manual de Psiquiatria Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara –
Koogan, 1996 - BIBLIOTECA
Capítulo 15.1 KAPLAN & SADOCK. Transtornos do Humor. Compêndio de Psiquiatria: Ciência do
comportamento e Psiquiatria Clínica. Porto Alegre: ARTMED, 2007 – BIBLIOTECA
FERNANDEZ, J.L.; CHENIAUX E. Cinema e Loucura – Conhecendo os transtornos mentais
através dos filmes. Porto Alegre: ARTMED, 2010 - BIBLIOTECA
FILME QUE CARACTERIZA OS SINTOMAS DEPRESSIVOS E MANÍACOS:
Para Transtorno Afetivo Bipolar – Mr Jones (personagem de Richard Gere) –
BIBLIOTECA
49
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Grupo Tutorial 4
Problema dos nervos
Dona Maria Helena tem 51 anos, casada, seis filhos, do lar. Veio até a unidade de saúde
solicitar remédio para dormir. Conta que desde criança é muito impressionada com as coisas,
nervosa, preocupada com tudo. Sempre que tem um problema em casa só consegue dormir
quando toma seu comprimido de Diazepam. Relata preocupação constante com os filhos, tem
receio que algo aconteça a eles quando estão fora de casa, especialmente que se envolvam com
bebidas ou drogas. Quando está pior percebe um aperto no peito, coração disparado, tonteira e
sensação de que algo ruim vai acontecer a qualquer momento. Geralmente estes sintomas duram
apenas alguns minutos, mas são bastante desconfortáveis. A paciente já compareceu várias vezes
às unidades de urgência médica durante as crises mais graves. Geralmente é examinada, faz
eletrocardiograma, é medicada com injeções e liberada para casa com a orientação de que não
apresentava nenhuma doença, “que estava só estressada”.
A primeira vez que tomou o Diazepam foi há cerca de 15 anos, desde então, arruma com
amigas, compra sem receita na farmácia ou vai ao Pronto Socorro local onde o plantonista sempre
atende ao seu pedido por mais “receita azul”. Houve períodos em que chegou a tomar três
comprimidos por dia, mas atualmente toma um pela manha e um à noite. Quando fica alguns dias
sem tomar a medicação fica insone e irritada.
Informação trazida pela agente comunitária de saúde, que é vizinha da paciente, confirma
a história de nervosismo constante e crises mais fortes eventuais, especialmente quando o marido
chega bêbado em casa, o que ocorre quase que diariamente. São freqüentes visitas de Dona Maria
a sua casa para “desabafar” e pedir algum conselho. A paciente é também hipertensa e não tem
conseguido manter os níveis pressóricos dentro da normalidade.
Orientações para o tutor
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM:
1. Diferenciar ansiedade normal de ansiedade patológica
2. Reconhecer os sintomas chaves de ansiedade para o diagnóstico (preocupações
e medos infundados, tensão física e mental, hiperatividade autonômica) e
sintomas somáticos.
3. Reconhecer possível origem orgânica (degenerativa, traumática, inflamatória,
infecciosa, metabólica) ou tóxica (medicamentos, álcool e drogas) relacionados
com os sintomas (dar exemplos quando pertinente)
4. Identificar casos graves, moderados e leves (utilizar critérios de repetição dos
sintomas, sofrimento subjetivo e perda da funcionalidade)
5. Saber quando utilizar tratamento farmacológico e não farmacológico
6. Reconhecer o potencial de abuso dos benzodiazepínocos (desencorajar uso
crônico – por mais de 08 semanas de uso diário, discutir medidas de educação
para a saúde: medidas de higiene do sono e técnicas de relaxamento)
9. Saber quando encaminhar quadros ansiosos para os serviços especializados
50
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
(dúvida diagnóstica, quadros incapacitantes, pacientes de difícil manejo
transferencial, pacientes que não responderam bem às medidas instituídas na
atenção primária)
10. Portadores dos seguintes quadros também devem ser considerados para
encaminhamento para serviços especializados: Transtorno obsessivo compulsivo,
Transtorno de Estresse Pós Traumático
Quadro Clínico: Transtorno de Ansiedade Genaralizada com episódios de exacerbação
aguda (Síndrome do Pânico) e Dependência de benzodiazepínicos
Comentários: A ansiedade e a insônia são sintomas muito comuns na vida das pessoas.
Podem representar respostas normais às pressões do cotidiano ou, eventualmente,
manifestações de transtornos psiquiátricos que exigem tratamento específico. A ansiedade
deve ser considerada uma resposta normal diante de situações de perigo real, nas quais
constitui um sinal de alarme e, portanto, um mecanismo essencial para a defesa e a
sobrevivência do indivíduo. Ela também costuma ocorrer em situações de insucesso, perda
de posição social, perda de entes queridos, ou em situações que geram expectativas de
desamparo, abandono ou de punição. Nestas circunstâncias, ela é uma emoção muito
semelhante ao medo e é útil para que a pessoa tome as medidas necessárias diante do
perigo real, como lutar, enfrentar, fugir ou evitar. Dependendo da intensidade, do
sofrimento que provoca, da interferência ou não nas atividades diárias ou no sono e da sua
duração, poderá ser considerada normal ou patológica. O caso em questão é comum na
prática clínica. Geralmente a saída propostas pelos médicos é a da banalização do uso dos
benzodiazepínicos o que contribui para seu abuso e dependência no futuro. Embora muito
eficiente nos quadros de ansiedade aguda, o uso diário deste tipo de psicotrópico não deve
ser recomendado nos transtornos de ansiedade crônica, como é o caso desta senhora.
Nestas situações, embora o benzodiazepínico possa ser introduzido no início do tratamento
ou em momentos de piora eventual do quadro, o ideal é que seja indicado um
antidepressivo, medicação que também apresenta ação ansiolítica sem gerar dependência
física ou problemas cognitivos de longo prazo. Uma estratégia que costuma dar bons
resultados é a da introdução de um antidepressivo de perfil mais ansiolítico e com
propriedades sobre a indução do sono (ex: amitriptilina ou mirtazapina) e só depois iniciar
a retirada gradual dos benzodiazepínicos com redução de 25% da dose a cada semana ou a
cada quinze dias. Nestes casos, é importante também oferecer algum dispositivo de apoio,
como por exemplo: consultas programada, grupos de atenção psicossocial,
encaminhamento para atividade física, exercícios de relaxamento, participação em grupos
de convivência ou oficinas comunitárias. Estas atividades serão fundamentais para que
esta senhora possa refletir sobre sua vida, sua relação com os filhos e com o marido,
usuário nocivo de álcool. Devemos sempre suspeitar de ansiedade quando estão
presentes: tensão, preocupações excessivas, sudorese freqüente, palpitações, aperto no
peito, vertigens, medos infundados de coisas ou lugares.
Referência Bibliográfica Básica
BOTEGA N.J. Ansiedade e Insônia, in: Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e
emergência. ARTMED, 2006 - BIBLIOTECA
RIBEIRO MS (ORG). Ferramentas para descomplicar a atenção básica em saúde mental. Juiz de
Fora: Editora UFJF, 2010 – BIBLIOTECA
LOUZA NETO MR, ELKIS H, et AL. Psiquiatria Básica. Porto Alegre: ARTMED, 2009 - BIBLIOTECA
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Saúde. Atenção em Saúde Mental.Marta Elizabeth de Souza.
51
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Belo Horizonte, 2006, 238p – FORMATO DIGITAL
Referências Bibliográficas Complementares
ALMEIDA OP, LARANJEIRA R, DRATCU L. Manual de Psiquiatria Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara –
Koogan, 1996 - BIBLIOTECA
Capítulo 16 KAPLAN & SADOCK. Transtorno de Ansiedade, in: Compêndio de Psiquiatria:
Ciência do comportamento e Psiquiatria Clínica. Porto Alegre: ARTMED, 2007 – BIBLIOTECA
FERNANDEZ, J.L.; CHENIAUX E. Cinema e Loucura – Conhecendo os transtornos mentais
através dos filmes. Porto Alegre: ARTMED, 2010 - BIBLIOTECA
FILMES RECOMENDADOS:
Para Transtorno de Pânico e Agarofobia – Copycat, a vida imita a morte (personagem de Sigourney Weaver)
52
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Grupo Tutorial 51
Lentidão
Maria Angélica, 63 anos, solteira, comerciante aposentada
QP “Caindo muito”
A paciente foi levada ao consultório por sua auxiliar doméstica, a pedido de seu irmão
que era também médico e que morava em outra cidade. A paciente de 63 anos estava
descuidada com sua aparência: ela costumava ser muito vaidosa e trajava roupas, naquele
momento, com claros restos alimentares. Cumprimentei a paciente com entusiasmo, pois há
muito eu não a via, desde que vim para Belo Horizonte fazer minha residência. Maria Angélica
era vizinha de minha mãe e eu já a conhecia desde a infância, pessoa sempre alegre e gentil. No
entanto, se apresentava com pouca expressão facial, não demonstrava o habitual sorriso, ao
falar, choramingava, tinha a voz arrastada. Queixava-se de muitas coisas: de quedas frequentes,
tremores, perda da habilidade manual, não conseguia embaralhar as cartas (atividade que fazia
com frequência com as amigas). Ultimamente não conseguia se alimentar sem derrubar comida
em suas roupas. A cuidadora relata que tudo começou há dois anos, com a redução da memória,
quedas frequentes e rigidez de membros superiores e inferiores sendo instalados de forma
simultânea. Apresentava quadro flutuante , com melhora e alterações do comportamento. ,
pParecia ver coisas que não existiam.
História familiar: mãe com doença de Alzheimer que, encontrava-se restrita ao leito.; pai Pai
falecido de por infarto agudo do miocárdio.IAM e Diabetes na família.
Ao exame apresentava:
Consciente, desorientada no tempo e no espaço, bradipsiquismo.
Mini exame do estado mental: 21 pontos (paciente com curso superior completo)
Hipomimia facial, restante dos nervos cranianos sem alterações.
Tônus aumentado e com tremor de repouso.
Bradicinesia.
Força 5/5
Romberg ausente.
Exames complementares: tomografia computadorizada do encéfalo sem muitas alterações
(ligeira atrofia cortical e ligeira redução do hipocampo); TSH, T4 livre, hemograma completo,
triglicérides, colesterol total e frações, glicemia de jejum, hemograma, proteína C reativa,
creatinina, sódio, potássio, TGO, TGP, gama GT, amilase, ácido fólico e vVitamina B12 sem
alterações.
ROWLAND, Lewis P. Merrit – Tratado de Neurologia. 12 ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2011.
FAUCI, Anthony. Harrison – Medicina Interna. 17 ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill. 2008
BRUCKI, Sônia, SCHUTZ, Rodrigo. Recomendações em Alzheimer – Academia Brasileira de Neurologia.
Dementia & Neuropsychologia. Vol 5, suppl 1, junho 2011.
FAUCI, Anthony. Harrison – Medicina Interna. 17 ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill. 2008
FAUCI, Anthony. Harrison – Medicina Interna. 17 ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill. 2008
OBSERVAÇÃO: SEMPRE ORGANIZAR A DISCUSSÃO DIAGNÓSTICA EM NEUROLOGIA A PARTIR
DA SEGUINTE SEQUÊNCIA: DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO, TOPOGRÁFICO E ETIOLÓGICO.
53
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
54
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
55
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
GT 21 – LENTIDÃO –
Maria Angélica
63 anos
Apresentou
Fator de
risco
- Descuido
- Pouca expressão facial
- Voz arrastada
- Quedas frequentes
- Tremores
- Perda da habilidade manual
- Rigidez de membros
- Redução de memória
- Alteração do comportamento
- Alucinações
- Bradpsiquismo
- Diminuição de memória imediata
- Eufásica
- Disártrica
- Hipomimia
- Rigidez corporal
- Tremor de repouso
- Exame do estado mental: 21 pontos – curso
superior completo
Ao exame
TC: Ligeira atrofia cortical e ligeira ↓ redução do
hipocampo
Restantes Outros exames sem alterações
Exames
Complementares
- Demência Lewy
Diagnóstico
Nosológico
Diagnóstico
Topográfico
Encéfalo
Diagnóstico
Sindrômico
Formatado: Fonte: Times New
Roman, 8 pt, Cor da fonte: Vermelho
Pseudodemência
Prova terapêutica
Antidepressivo
IRSS – 4sem
Exames
Laboratoriais:
(obrigatórios)
- TSH, T4livre
- B12/ Ac. Fólico
- Uréia/ creatinina
- Ionograma
- Hemograma
- VDRL
- HIV (< 60 anos)
**Hidrocefalia de Pressão
normal – Sind. de Hakimr
Adams
Ocorre:
Desequilíbrio na produção e
absorção do liquor.
Parkinsonismo
Demência
Com comprometimento
do SNC
Sem comprometimento
do SNC
Dç. Cerebrovascular
Tumores
Infecções
Hidrocefalia
Demência
2ª
Demência
1ª
Demência É a
manifestação principal
Demência PODE ser a
manifestação principal
Dç. de Alzheimer
Demência Fronto-temporal
Demência de Lewy
Dç. de Parkinson
Dç de Huntington
Paralisia supranuclear
progressiva
Leva:
- distúrbio de ↓marcha
(marcha magnética)
- incontinência urinaria
- declínio cognitivo
(amnésia,
apraxia)confusão
mental
Causas
tóxicometabólicas
Exames
Complementares:
- Solicitar
neuroimagem
(TC, RM)
- Punção Lombar
- Afastar causas secundárias
Fármacos:
- Antiemético (metroclopramina)
- Bloq. Canal de Ca (Flunarizina,
cinarizina)
- Neurolépticos (fenotiazínicos,
haloperidol)
Distúrbios metabólicos
Hidrocelafia
TCE
Infecções
TTO: Punção
normalDiagnóstico:
- dados clínicos
- imagem com hidrocefalia
- ausência de HIC
- resposta ao teste de
retirada do líquor
Formatado: Fonte: 9 pt
Formatado: Fonte: 9 pt
TTO: derivação
ventricularPunção
normal
56
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Tipos de Demência
Demência de
Alzheimer
Características





Demência mais comum
Quadro insidioso
Perda da memória recente
Agitação e déficits motores -em fase
mais tardia
Comorbidade mais comum:
- Depressão
Tratamento
Anticolinesterásico:

Donezepil

Rivastigmina

Galantamina
Antagonista
NMDA/antoglutamatérgico
1. Memantina
Antidepressivo – Se pct.
depressivoAlterações
comportamentais

IRSS – se depressão

neurolépticos –se
agitação
Demência de Lewy









Demência Frontotemporal





Parkinsonismo
Pré-Senil (≤60 anos)
Instalação mais rápida
Quadro de delirium
Alucinações
Agitação psicomotora
Comprometimento de memória→ +
mais tardio
Parkinsonismo Plus
Tratar complicações psíquicas
Alterações do comportamento
Comprometimento de função
executiva
Desinibição sexual
Déficit de memória semântica
(disfasia, anomia...)
Não há perda de memória inicial
Atrofia focal Frontal e/ou Tempora
Não há
Tríade: - Bradcinesia
- Rigidez
- Tremor de repouso
 Hipominímia
 Instabilidade postural
 Micrografia
 Acinesia súbita (freezing)
 Marcha em bloco
 Dificuldade de deglutição – Sialorréia
 Causas 2ª: Drogas
 Tipos:
1. Primário/ Idiopático Responde a
Levodopa
– Dç de Parkinson
2. Secundário
Drogas,
vascular + outras causas, trauma,
toxinas (MPTP), doença de Wilson,
infecções
3. Parkinsonismo Plus
Doenças degenerativas
- Atrofia de múltiplos sistemas
Prova terapêutica:
- Com LEVODOPA
 Se melhorar = DÇ DE
PARKINSON
TTO:
Dç de Parkinson
Visa ↑ atividade dopaminérgica.
 Levodopa
 Agonista dopaminérgico
 Amantadina
 Biperideno
 Entacapone
Complicação com agitação
psicomotora:
 Quetiapina
 Clozapina
Formatado: Fonte: 10 pt
Formatado: Parágrafo da Lista,
Numerada + Nível: 1 + Estilo da
numeração: 1, 2, 3, … + Iniciar em: 1
+ Alinhamento: Esquerda + Alinhado
em: 0,63 cm + Recuar em: 1,27 cm
57
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
- Demência corpúsculo de Lewy
- Paralisia Supranuclear progressiva
- Degeneração Cortico-basal ganglionar
O centro de saúde encontrava-se lotado e com uma grande fila de espera. A senhora
Arminda foi classificada como “amarela” e foi conduzida a sala de espera. Por volta de 11:30 ela
foi atendida pelo Dr. Marcos, recém formado, que imediatamente solicitou a transferência da
paciente para um hospita
Grupo Tutorial 6
Rapaz atormentado
Dr Pedro trabalha em uma equipe do PSF da região de Venda Nova em Belo Horizonte e
foi interpelado pelos pais de um usuário. A partir do relato dos familiares, resolve fazer uma
visita domiciliar já que ele se recusa a comparecer a uma consulta médica. José Mauro é um
rapaz de seus 17 anos, estudante do último ano do nível médio de uma escola pública de sua
cidade, reside com os pais, com quem parece ter um relacionamento satisfatório e mais duas
irmãs, de 15 e 06 anos de idade. Sem histórico de problemas clínicos ou neurológicos
significativos no momento ou no passado, é tabagista e faz uso eventual de bebidas alcoólicas.
Não há registro de problemas relacionados ao uso de drogas. Seus pais começaram a ficar
preocupados com ele, especialmente nos últimos 06 meses, quando começou a ter
comportamentos estranhos. Ás vezes, aparentava estar zangado, teria comentado com um amigo
seu que estava sendo seguido por policiais e agentes secretos, outras vezes era visto sorrindo
sozinho, sem nenhum motivo aparente. Começou a passar cada vez mais tempo sozinho, chegava
a se trancar no quarto, parecia distraído com seus próprios pensamentos. Passou também a
perder noites de sono e seu rendimento escolar, que sempre havia sido bom, estava se
deteriorando. Durante a visita, José Mauro estava um pouco inquieto, parecia assustado, mas
aceitou conversar com doutor Pedro e o agente comunitário, que também participou da visita.
Perguntado sobre o que lhe estava ocorrendo, disse que ouvia pessoas comentando seus atos ou
lhe insultando. Disse também que seus professores de escola pareciam estar conspirando com os
policiais para prejudicar sua vida, já que no desfile de sete de setembro, os viu conversando na
rua. Não tem conseguido ver televisão ou escutar o rádio porque tem a impressão que seu nome
é divulgado por estes meios de comunicação para toda a população da cidade. Seus pais queriam
levá – lo para o psiquiatra, mas achou a idéia absurda, já que ele não estava doido!
Orientações para o tutor
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM:
1. Reconhecer os sintomas chaves dos quadros psicóticos (especialmente das
Esquizofrenias)
2. Reconhecer possível origem orgânica (degenerativa, traumática, inflamatória,
infecciosa, metabólica) ou tóxica (medicamentos, álcool e drogas) relacionados
com os sintomas (dar exemplos quando pertinente)
3. Diferençar delirium (confusão mental) de delírio (alteração da forma do
pensamento)
4. Saber quando e como utilizar tratamento farmacológico – antipsicótico.
58
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Considerar as situações de recusa da medicação pelos pacientes e da
necessidade de indicar medidas involuntárias de medicação IM e / ou
internação, se houver grave prejuízo da crítica ou se houver riscos significativos
para o paciente e / ou terceiros.
5. Todo paciente com suspeita de um transtorno psicótico deve ser avaliado por
uma equipe de saúde mental, assim que possível.
6. Saber como e para onde encaminhar paciente com alto risco de atuação
psicótica (acionar: SAMU, CAPS ou Emergências psiquiátricas hospitalares)
7. Reconhecer critérios para tratamento ambulatorial (cooperação por parte do
paciente, sem risco significativo para o paciente e / ou terceiros) em regime de
internação – no CAPS ou no Hospital (se baixa cooperação com o tratamento, risco
significativo para o paciente e/ou terceiros e uso abusivo de álcool ou drogas)
8. Reconhecer que a presença de episódios maníacos associados à sintomas
pscóticos indicam possível transtorno de humor -TAB (considerar diagnóstico
diferencial)
Quadro Clínico: Transtorno psicótico: Esquizofrenia Paranóide
Comentários: É bastante comum que pacientes que apresentem grande comprometimento
de julgamento da realidade também tenham dificuldade em perceber a necessidade do
tratamento. Nestes casos é importante que o profissional de saúde não conteste e nem
corrobore a vivência psicótica descrita pelo paciente, mas que procure estabelecer, desde
o início, uma postura de escuta interessada e respeitosa. O fundamental é a construção de
uma relação de confiança que reverta a posição de involuntariedade inicial para com o
tratamento. A indicação da estratégia farmacológica, fundamental para a reversão mais
adequada dos sintomas, deve ser discutida com o paciente e sempre que possível
negociada com o mesmo a partir das queixas apresentadas. Por exemplo, se ele não está
dormindo bem, pode ser sugerido que tome uma medicação que o ajude a descansar
durante a noite. Neste caso, o antipsicótico é a medicação de escolha. Um
benzodiazepínico também pode ser introduzido durante a fase aguda do quadro. Além
disso, é muito importante estabelecer se há alguma situação de risco para o paciente e
terceiros. Caso exista, orientar o paciente e a família no sentido de não se exporem àquela
situação específica até que haja melhora significativa dos sintomas, por exemplo, evitar ir
à escola, como no caso relatado acima. O atendimento inicial de um quadro como este
pode e deve ser realizado pelo médico generalista, que deverá discutir o caso com a
equipe de saúde mental assim que possível. A internação hospitalar pode e deve ser
evitada caso haja cooperação do paciente para os procedimentos de tratamento e se não
houver situação de risco que exija observação diária e contínua devido à: intensa agitação
psicomotora, hostilidade franca dirigida a terceiros, grave negligencia dos cuidados com a
saúde ou conduta suicida. Devemos sempre suspeitar de um transtorno psicótico quando,
na ausência de uma causa orgânica detectável, estão usualmente presentes os seguintes
sintomas: alucinações, delírios, comportamento bizarro ou anormal para o padrão cultural
do paciente, excitação e hiperatividade grosseiras, retardo psicomotor marcante ou
comportamento catatônico.
Referência Bibliográfica Básica
RIBEIRO MS (ORG). Ferramentas para descomplicar a atenção básica em saúde mental. Juiz de
Fora: Editora UFJF, 2010 - BIBLIOTECA
LOUZA NETO MR, ELKIS H, et AL. Psiquiatria Básica. Porto Alegre: ARTMED, 2009 –
BIBLIOTECA - BIBLIOTECA
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Saúde. Atenção em Saúde Mental.Marta Elizabeth de Souza.
59
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Belo Horizonte, 2006, 238p. (Linha Guia da Saúde Mental – FORMATO DIGITAL)
Referências Bibliográficas Complementares
ALMEIDA OP, LARANJEIRA R, DRATCU L. Manual de Psiquiatria Clínica. Rio de Janeiro:
Guanabara – Koogan, 1996 - BIBLIOTECA
Capítulo 13 KAPLAN & SADOCK. Esquizofrenia, in: Compêndio de Psiquiatria: Ciência do
comportamento e Psiquiatria Clínica. Porto Alegre: ARTMED, 2007 - BIBLIOTECA
FERNANDEZ, J.L.; CHENIAUX E. Cinema e Loucura – Conhecendo os transtornos mentais
através dos filmes. Porto Alegre: ARTMED, 2010 - BIBLIOTECA
FILME: Para Transtorno Psicótico (Esquizofrenia) – O SOLISTA (personagem de Jamie Foxx) -
BIBLIOTECA
60
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Grupo Tutorial 7
Que paciente chato!
Francisco tem 42 anos, é trabalhador rural, casado, 04 filhos pequenos. Nos últimos 06
meses tem comparecido à unidade de saúde quase que semanalmente. Quando chega na unidade
costuma exigir atendimento imediato, se diz muito doente, embora já tenha sido consultado
várias vezes pela sua enfermeira e seu médico de família sem que uma patologia física evidente
fosse identificada. As queixas são variadas e se alteram ao longo do tempo: cefaléia quase que
diária sem características de enxaqueca, dor abdominal, dor nas costas e aperto no peito. Além
de exames físicos detalhados, foram solicitados vários exames laboratoriais, todos sem achados
positivos: hemograma, TSH e T4, uréia, creatinina, TGO, TGP, coagulograma, proteínas séricas,
glicemia de jejum, exame de fezes, urina rotina, eletrocardiograma, Rx de tórax e de coluna e
ultra-som abdominal. No último mês também tem se queixado de insônia. Devido a grande
insistência de Francisco por atendimento médico, a equipe de saúde começou a ficar
antipatizada com o paciente. Por sugestão do agente comunitário de Francisco, a enfermeira
solicitou a presença da esposa para uma conversa. A esposa relata que acerca de 01 ano a
situação em casa está muito difícil. Francisco foi dispensado da fazenda onde trabalhou por 14
anos e desde então não tem conseguido trabalho regular, o que tem trazido graves dificuldades
financeiras para a família. Francisco passou a ficar muito nervoso, irrita –se facilmente,
especialmente quando falta alguma coisa em casa. Passou a se queixar de dores no corpo e
ultimamente tem dormido mal. Esposa observa melhora do paciente quando ele consegue algum
bico de trabalho. Apesar das consultas médicas, analgésico e vitaminas prescritas pelo médico, a
esposa de Francisco não vê melhora significativa de seu quadro. Atualmente ela não sabe mais o
que fazer.
Orientações para o tutor
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM:
1. Diferenciar somatização de caráter normal, episódica (reativa e eventual –
relacionada a uma situação geradora de ansiedade) de um Transtorno de
somatização (de evolução crônica, com grande demanda de serviços médicos)
2. Reconhecer os sintomas chaves e formas de apresentação dos pacientes
somatizadores ou poliquiexosos (vide quadros situações descritas nas
orientações do TH dessa apostila)
3. Reconhecer a necessidade de explorar eventos de vida dos pacientes (abordar a
pessoa e não apenas os sintomas)
4. Reconhecer o potencial terapêutico do médico generalista nesses casos (o
paciente demanda seu clínico e não o psiquiatra ou outro profissional de saúde)
5. Reconhecer as dificuldades e resistências dos médicos no atendimento desses
casos. São pacientes considerados como difíceis por exigirem do medico:
habilidades em reconhecer que esse é um problema de saúde legítimo e que ele
deve explorar a história pessoal do paciente e não apenas seus sintomas físicos
(Abordagem biomédica X Abordgadem centrada na pessoa)
6. Saber quando utilizar tratamento farmacológico (apenas na presença de
sintomas ansiosos e depressivos significativos) e não farmacológico (retribuição
dos sintomas: veja o quadro abaixo, retirado da referencia bibliográfica básica
indicada)
61
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
7. Saber quando encaminhar pacientes portadores de transtornos de somatização
para os serviços especializados, ou seja:
quadros com comorbidades
psiquiátricas significativas, de difícil manejo transferencial ou aqueles em que
as medidas instituídas na atenção primária não foram eficazes.
7. Reconhecer os quadros dissociativos / conversivos e saber abordá-los
8. Diferenciar crises dissociativas / conversivas de alterações neurológicas,
especialmente das crises convulsivas
9. Estabelecer diagnóstico diferencial de Transtorno de Somatização com os
seguintes quadros: Sintomas conversivos / dissociativos, Hipocondria,
Transtorno Factício (Síndrome de Munchausen), Simulação.
CARACTERÍSTICAS DOS TRANSTORNOS SOMATOFORMES
TRANSTORNO DE SOMATIZAÇÃO: Paciente com história de muitos sintomas físicos que
persistem por várias semanas, meses ou anos anos e que causam importante prejuízo
funcional e sofrimento subjetivo;Os mesmos não podem ser explicados por condições
médicas gerais;O paciente não produz intencionalmente o sintoma;A queixa somática não
se reduz a sintomas dolorosos (Transtorno doloroso persistente), mas são relacionadas à
múltiplas queixas.
HIPOCONDRIA: Temor em ter uma doença grave com base na interpretação equivocada de
sintomas corporais;A preocupação persiste, apesar da avaliação e garantias médicas
apropriadas;A crença não é delirante nem se restringe a uma preocupação específica com
a aparência (Dismorfofobia);A preocupação causa sofrimento ou prejuízo no
funcionamento.
TRANSTORNO FACTÍCIO: Produção intencionaL de sinais ou sintomas físicos ou
psicológicos;A motivação consiste em assumir um papel de enfermo, de ser cuidado por
equipe de saúde (ganho primário);Estão ausentes motivos objetivos externos para o
comportamento (Simulação).
SINTOMAS CONVERSIVOS (não são classificados como transtornos somatoformes, mas
estabelecem diagnóstico diferencial com os quadros acima): Um ou mais déficits
sensoriais ou motores que sugerem uma condição neurológica ou médica sem substrato
anátomo - patológico;Fatores psicológicos estão relacionados, geralmente a partir de
situações de conflito pessoal ou estresse importantes;O sintoma não é produzido
intencionalmente.
ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Produção consciente dos sintomas: Simulação e T. factício

Produção inconsciente dos sintomas: Conversão

A motivação é de caráter psicológico na Conversão e no T. factício (GANHO
SECUNDÁRIO) e no de obter um ganho pessoal objetivo na Simulação (GANHO
PRIMÁRIO)
Quadro Clínico: Transtorno de Somatização ou Queixas Somáticas Inexplicadas
Comentários: Na prática médica é comum que a manifestação do sofrimento mental
ocorra através de sintomas físicos. Por isso mesmo, é sempre importante pesquisarmos o
contexto de vida atual do nosso paciente, já que situações de vida que gerem estresse
62
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
podem estar relacionadas com este tipo de expressão sintomatológica. Na maioria das
vezes, uma tranquilização sobre a natureza das queixas (de origem emocional e não
orgânica) é suficiente no apaziguamento dos sintomas. No entanto, em alguns casos mais
graves, os pacientes apresentam grande dificuldade de relacionarem problemas emocionais
às suas queixas físicas o que pode tornar o acompanhamento deste tipo de paciente pouco
confortável para a equipe de saúde. Para este perfil de pacientes, que demanda atenção e
cuidados de forma freqüente e pouco organizada, o ideal é o estabelecimento de consultas
semanais agendadas. Esta conduta irá assegurar ao paciente que seu problema estará
sendo acompanhado de forma sistemática tornando desnecessária sua presença na unidade
a todo o momento. Geralmente é para o médico que as queixas de natureza física são
encaminhadas e, portanto, ele deve esclarecer ao paciente que problemas psicossociais
vivenciados pelas pessoas podem se expressar a partir de dores e desconfortos percebidos
no corpo. Assim, não devemos banalizar a queixa, mas atender o paciente de forma
regular, procurando estabelecer com ele relações entre as queixas físicas e os
acontecimentos de sua vida. Espera-se que gradativamente o paciente perceba de forma
mais clara as relações existentes entre o corpo e os aspectos emocionais e passe a conviver
melhor com seus sintomas. Como o paciente não apresenta quadro ansioso ou depressivo
significativo, concomitante com suas queixas somáticas, não há indicação para qualquer
medicação psicotrópica. A inclusão deste perfil de pacientes em grupos de atenção
psicossocial, organizado na própria unidade de saúde, pode beneficiar boa parte desta
clientela. Devemos sempre suspeitar de somatização quando estão presentes: queixas
físicas freqüentes, geralmente mutáveis no tempo, sem substrato fisiopatológico aparente.
Os quadros dissociativos / conversivos correspondem às alterações de origem puramente
psicogênica em que existe uma perda parcial ou completa das funções habitualmente
integradas da memória, consciência, identidade, percepções sensoriais e de controle dos
movimentos corporais. Correspodem aos quadros tradicionalmente chamados de histéricos.
Estão geralmente relacionados a eventos traumáticos reais (mortes, acidentes,
seqüestros,etc) ou de natureza imaginária (conflitos afetivos e sexuais). Geralmente os
sintomas tem início súbito e duração de algumas horas ou dias. Em casos extremos, os
sintomas podem permanecer por meses ou anos. Embora mais freqüentes entre pacientes
jovens do sexo feminino, podem também acomenter os homens. O diagnóstico diferencial
deve ser feito com transtornos mentais orgânicos (particularmente os neurológicos), abuso
de álcool ou drogas, transtornos somatoformes e simulação. É importante lembrar que o
mecanismo psicogênico envolvido é incosciente, portanto, não intencional. Assim sendo,
condutas médicas de hostilidade dirigidas a esses pacientes, principalmente em cenários
de urgência medica, expresam uma reação contra – transferencial negativa do médico
para com seu paciente. Trata-se de postura inadequada, de natureza iatrogênica.
Demostram imaturidade ou ignorância do profissional médico no atendimento a esse grupo
de pessoas, que sofrem psiquicamente, mas cujos sintomas se localizam no corpo. Devemos
sempre suspeitar de crise dissociativa / conversiva quando estão presentes as seguintes
características: grande sugestionabilidade - são facilmente influenciáveis por outras
pessoas, especialmente na relação médico - paciente; dependência – fragilidade e
necessidade de proteção manifesta por conduta geralmente infantil com tendência à
manipulação das pessoas; conflitos da sexualidade – relaciona-se com as pessoas de forma
extremamente sedutora, mas frequentemente esconde a frigidez e a impotência sexual;
teatralidade - comportamento dramático, de expressão exagerada (histrionismo).
63
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Referência Bibliográfica Básica
Capítulo 19 BOTEGA N.J. Somatização, in: Prática psiquiátrica no hospital geral:
interconsulta e emergência. ARTMED, 2006 - BIBLIOTECA
PEREIRA AA. (ORG) Diretrizes clínicas para atuação em saúde mental na atenção Basica.
Belo Horizonte. NESCON/UFMG, 2009
LOUZA NETO MR, ELKIS H, et AL. Psiquiatria Básica. Porto Alegre: ARTMED, 2009
RIBEIRO MS (ORG). Ferramentas para descomplicar a atenção básica em saúde mental. Juiz de
Fora: Editora UFJF, 2010 - BIBLIOTECA
Referências Bibliográficas Complementares
ALMEIDA OP, LARANJEIRA R, DRATCU L. Manual de Psiquiatria Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara –
Koogan, 1996 - BIBLIOTECA
Capítulo 17, 19 e 20 KAPLAN & SADOCK. Transtorno Somatoforme, Transtornos Factícios e
Transtornos Dissociativos, in: Compêndio de Psiquiatria: Ciência do comportamento e
Psiquiatria Clínica. Porto Alegre: ARTMED, 2007 - BIBLIOTECA
FERNANDEZ, J.L.; CHENIAUX E. Cinema e Loucura – Conhecendo os transtornos mentais
através dos filmes. Porto Alegre: ARTMED, 2010 - BIBLIOTECA
FILMES RECOMENDADOS:
Para Transtorno Dissociativo / Conversivo (Sintomas histéricos) – Freud, além da alma
(personagens femininos) - BIBLIOTECA
64
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Seminários
65
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Seminário 1
Princípios de Psicofarmacologia Clínica
A psiquiatria moderna, como a conhecemos hoje, é uma especialidade relativamente
recente na medicina. Sua base empírica e teórica nasce no final do século 18 e se revoluciona na
segunda metade do século xx, com o advento dos psicofármacos e da revisão dos modelos
assistenciais em psiquiatria.Trata-se de uma especialidade eminentemente clínica, portanto, sua
prática é fundamentada na construção da história de vida, bem como da observação detalhada e
cuidadosa do paciente ao longo do tempo. Nesse seminário apresentaremos as bases da
psicofarmacologia clínica, principal recurso biológico de tratamento em psiquiatria.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1. Coompreender os mecanismos gerais da atuação dos psicofármacos no SNC
2. Identificar os principais grupos de psicofármacos utilizados na prática médica
3. Reconhecer as principais indicações e contra indicações do uso de psicotrópicos
4. Identificar as potencialidades e limitações dos psicofármacos no âmbito da clínica
5. Reconhecer outras estratégias biológicos e não biológicas de tratamento em psiquiatria
Referência Bibliográfica Básica
RIBEIRO MS (ORG). Ferramentas para descomplicar a atenção básica em saúde mental. Juiz de Fora:
Editora UFJF, 2010 - BIBLIOTECA
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Saúde. Atenção em Saúde Mental.Marta Elizabeth de Souza. Belo
Horizonte, 2006, 238p. (Linha Guia da Saúde Mental – FORMATO DIGITAL
CORDIOLI A. V. Psicofármacos nos transtornos mentais. UFRGS: Porto Alegre. Disponível em
http://www.ufrgs.br/Psiq/Caballo%206_8.pdf Acesso em 09 mar. 2010 - WEB
66
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Seminário 2
Acidente vascular cerebral hemorrágico
As causas do sangramento intracraniano são inúmeras, desde traumatismos
cranioencefálicos até ruptura de aneurismas cerebrais. Uma característica comum às
diferentes etiologias do “AVCh” são as altas morbidade e mortalidade. Considerando-se
a hemorragia cerebral primária, até 40% dos pacientes morrem no primeiro mês.
Enquanto alguns são previníveis, como a própria hemorragia cerebral primária, que
depende do controle dos níveis de pressão arterial, outros, como a hemorragia
subarcnóide espontânea, são inimigos silenciosos e traiçoeiros.
A primeira dúvida: acidente vascular cerebral ou acidente vascular encefálico?
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Objetivo Geral 7- Conhecer a fisiopatologia, manifestações clínicas e bases terapêuticas da doença
cerebrovascular.
OE 32- Aplicar os conhecimentos sobre a anatomia da irrigação arterial e drenagem venosa do encéfalo na construção do
diagnóstico neurológico.
OE 33- Realizar o diagnóstico clínico do acidente vascular encefálico e do ataque isquêmico transitório
OE 34- Estabelecer a fisiopatologia envolvida no acidente vascular isquêmico e hemorrágico
OE 35- Diferenciar as causas de hemorragia encefálica do ponto de vista anatômico.
OE 36- Elaborar a suspeita de hemorragia subaracnóidea, baseado na história clínica
OE 37- Estabelecer estratégias de prevenção para doença cerebrovascular conforme os fatores de risco
OE 38- Propor uma abordagem terapêutica na doença cerebrovascular pertinente a fisiopatologia do processo,
obedecendo as diretrizes terapêuticas sugeridas pela medicina baseada em evidências.
67
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Seminário 3
Psicofarmacologia I: Ansiolíticos e Antidepressivos
A psicoframacologia está relacionada aos conhecimentos básicos que podemos apreender
sobre o corpo o cérebro e o comportamento humano. Estabeleceremos as bases dos tratamentos
biológicos em psiquiatria a partir dos princípios relacionados à neurotransmissão química, além
de apresentarmos orientações clínicas úteis para a prescrição de psicofármacos, em especial dos
ansiolíticos e antidepressivos.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1. Compreender a fisiopatologia da depressão e suas as complicações.
2. Identificar quais são os grupos farmacológicos usados no tratamento da depressão.
3. Conhecer os medicamentos que compõem cada grupo farmacológico (ADT; ISRS; ISRN;ISRSN;IMAO).
4. Compreender o mecanismo de ação, as ações farmacológicas, as indicações terapêuticas e os principais
efeitos adversos dos antidepressivos.
5. Compreender os diversos aspectos que influenciam na resposta ao tratamento antidepressivo e discutir
os problemas relacionados a adesão ao tratamento.
6. Compreender o mecanismo de ação, ações farmacológicas, indicações do uso dos benzodiazepínicos e
discutir os problemas decorrentes do abuso e dependência a esses fármacos.
Referência Bibliográfica Básica
RIBEIRO MS (ORG). Ferramentas para descomplicar a atenção básica em saúde mental. Juiz de Fora:
Editora UFJF, 2010 – BIBLIOTECA
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Saúde. Atenção em Saúde Mental.Marta Elizabeth de Souza. Belo
Horizonte, 2006 – CAP VII – FORMATO DIGITAL
CORDIOLI A. V. Psicofármacos nos transtornos mentais. UFRGS: Porto Alegre. Disponível em
http://www.ufrgs.br/Psiq/Caballo%206_8.pdf Acesso em 09 mar. 2010 - WEB
68
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Seminário 4
Será que é dengue?
PTR, tem 28 anos de idade, é do sexo masculino, funcionário público e trabalha como
auxiliar de administração em uma Unidade de Pronto Atendimento na grande BH.
Há uma semana vem apresentando dores de cabeça, que melhoram transitoriamente com
os analgésicos comuns. Apresentou febre de 38.5° por dois dias. Ontem iniciou com agitação,
confusão mental e apresentou um episódio de vômito.
Familiares estão extremamente ansiosos. Os pais relatam que um dos irmãos de PTR faz
tratamento de esquizofrenia e que o filho é muito trabalhador.
Exame Físico Geral: sem alterações siginificativas.
Exame Neurológico:
Alerta, inquieto, fala não fluente, dificuldade de encontrar nomes para formar frases.
Atende comandos simples.
Nervos cranianos sem alterações
Força 5/5
Reflexos miotáticos 2/2
Sensibiliade não testada.
Sem meningismo.
Exames complementares:
Hemograma Normal
Ionograma Normal
Enzimas hepáticas normais
Uréia, creatinina, glicose normais
RX de tórax normal
Tomografia Computadorizada de Crânio com discreta hipodensidade em lobo temporal esquedo.
Líquor: Raquimanometria realizada com pressão de abertura de 18cmH2O.
Análise laboratorial do líquor:
Citometria: 20 células (90% linfócitos e monócitos, 5% neutrófilos)
Glicose: 42 mg/dl (glicemia capilar 120mg/dl)
Proteínas: 63 mg/dl
Discuta o caso.
69
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Seminário 5
Psicofarmacologia II: Antipsicóticos
Atualmente, a disponibilidade de psicofármacos no mercado nos proporciona uma gama
de possibilidades terapêuticas bastante ampla. Assim sendo, é necessário que o clínico geral
saiba, a partir de diretrizes clínicas e farmacológicas bem estabelecidas, que possibilidades de
intervenção farmacológica serão úteis na prática diária. Nesse seminário, abordaremos a classe
dos antipsicóticos.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1. Compreender a fisiopatologia da esquizofrenia.
2. Identificar as diferentes vias dopaminérgicas do SNC e correlacionar a ação dos fármacos nestas vias com
o tratamento do diferentes grupos de sintomas (positivos,negativos, cognitivos e do humor) e com os
efeitos colaterais dos fármacos.
3. Identificar quais são os grupos farmacológicos usados no tratamento da Esquizofrenia.
4.Conhecer os medicamentos que compõem cada grupo farmacológico.
5.Compreender a farmacologia dos medicamentos antipscicóticos tipicos e atípicos: seu mecanismo de
ação e principais efeitos adversos.
6.Compreender os aspectos farmacológicos que contribuem para a dificuldade de adesão ao tratamento.
Referência Bibliográfica Básica
RIBEIRO MS (ORG). Ferramentas para descomplicar a atenção básica em saúde mental. Juiz de Fora:
Editora UFJF, 2010 - BIBLIOTECA
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Saúde. Atenção em Saúde Mental.Marta Elizabeth de Souza. Belo
Horizonte, 2006, 238p. (CAP VII – FORMATO DIGITAL)
CORDIOLI A. V. Psicofármacos nos transtornos mentais. UFRGS: Porto Alegre. Disponível em
http://www.ufrgs.br/Psiq/Caballo%206_8.pdf Acesso em 09 mar. 2010 - WEB
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Seminário 6
Abordagem da Dependência de Álcool na Atenção Primária
A dependência química tem se consolidado como um grave problema de saúde pública
nas últimas décadas. Levantamentos do CEBRID em 2001 e 2005 tem apontado problemas
relacionado ao uso abusivo de álcool em mais de 10 % da população brasileira. Trata-se da
maior prevalência entre as substâncias de abuso, com excessão do Tabaco. Levando em conta
os problemas de natureza clínica, neurológica e psiquiátrica, além das graves repercussões no
âmbito psicossocial, relacionados com o abuso dessa substância, é de fundamental importância
que o clínico saiba diagnosticar e abordar adequadamente esse problema.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1. Identificar os mecanismos relacionados ao uso abusivo e dependência de álcool
2. Classificar o tipo de usuário de álcool
3. Realizar anamnese médica orientada para pesquisa do habito de beber
4. Identificar as principais repercussões clínicas, comportamentais e sociais do uso nocivo de
álcool
5. Realizar Intervenção breve junto ao usuário nocivo de álcool
6.Organizar acolhimento e manejo do dependente de álcool e sua família no contexto da
atenção primária
7. Indicar medicação específica para tratamento do dependente de álcool
8. Reconhecer os recursos utilizados no tratamento de dependentes de álcool
9. Saber encaminhar dependentes de álcool para os serviços especializados
Referência Bibliográfica Básica
RIBEIRO MS (ORG). Ferramentas para descomplicar a atenção básica em saúde mental. Juiz de Fora:
Editora UFJF, 2010 - BIBLIOTECA
BOTEGA N.J. Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. ARTMED, 2006 –
BIBLIOTECA
LARANJEIRA R. Abordagem geral do usuário de substâncias com potencial de abuso (Vol1) e
Abuso e dependência do álcool (Vol2). Associação Brasileira de Psiquiatria, 2008 – Projeto
diretrizes - WEB
71
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Seminário 7
Epilepsia
“A palavra epilepsia, utilizada pela primeira vez por Avicena (980-1037), no século 11, é
originada do verbo epilambanein, que significa ser tomado, atacado ou dominado, trata-se de
um verbo que sugere que uma força externa provoca a crise. Para os antigos, uma divindade ou
espírito diabólico (Lenox e Lenox, 1960).”
Elza Márcia Yacubian, in Epilepsia – saindo das sombras
Já em 1873, John Hughlings Jackson (inglês que é considerado um dos pais da neurologia
moderna) propôs o mecanismo para as crises epilépticas:
“as crises constituem o resultado de breves descargas eletroclínicas cerebrais e as
características clínicas das clínicas dependerão da localizaçãoo e da função do local envolvido
pela descarga.”
Atualmente, epilepsia é definida como uma patologia que manifesta-se como um
distúrbio episódico que ocorre com somente uma crise epiléptica durante toda a vida até várias
crises por dia. Uma crise epiléptica pode acometer cerca de 5 a 10% da população.
Objetivo Geral 5- Reconhecer a apresentação clínica das crises epilépticas, o diagnóstico diferencial
e suas bases terapêuticas
OE 25 - Diferenciar crise epiléptica, crise histero-conversivas e síncope
OE 26 - Classificar as crises epilépticas, diferenciando as crises parciais simples e complexas, além das
principais formas de crise generalizada (tônico-clônica, ausência e miclônica)
OE 27 - Compreender a farmacocinética e farmacodinâmica dos principais anticonvulsivantes (ácido
valpróico, carbamazepina, fenitoína e fenobarbital)
Referências bibliográficas
Bibliografia básica:
FAUCI; BRAUNWALD. Harrison – Medicina Interna. 17a edição 2008
Bibliografia extra
YACUBIÁN, E. Tratamento Medicamentoso das Epilepsias
GATES, P. Clinical neurology, a primer. 2010
BERTOLUCCI. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da UNIFESP – Neurologia. 2011
72
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Treinamento de
Habilidades
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
PROGRAMA DO TH DE PSIQUIATRIA
Objetivos:
Formatado: Fonte: 11 pt
1) Desenvolver habilidades para a realização da Anamnese, da história de vida e do exame
psiquiátrico/psicopatológico de pacientes com quadros psiquiátricos;
Formatado: Fonte: 10 pt
2) Elaborar hipóteses diagnósticas, levando em consideração o quadro sindrômico e os
aspectos biopsicosociais envolvidos no adoecimento psíquico;
Carga
Horária:
3) Elaborar condutas, tendo em vista a condução do tratamento em equipe interdisciplinar.
6 hs
divididas
em 2 aulas
e 1 prova
prática.
Programação Aula 1



Discussão sobre as particularidades da clínica psiquiátrica em relação à
clínica médica;
Aula expositiva sobre anamnese, história de vida, exame psicopatológico e
súmula psiquiátrica;
Orientação de leitura de textos básicos para aula prática.
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS
Programação Aula 2
Entrevista de paciente (ator) pelos alunos seguidos de discussão orientada pelo professor,
ressaltando os aspectos abordados na primeira aula.
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Caso Clínico
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Sérgio chega em um serviço de pronto atendimento trazido pelo filho de 27 anos após ter
caído de uma altura de 3 metros durante episódio de agitação. Ele tem 48 anos, é
divorciado, mora só, estudou até a 4a série do ensino fundamental, trabalha como auxiliar de
pedreiro. Está na maca, agitado e gritando “os bichos vão comer o meu corpo!”. Tenta se
levantar para fugir, mas o filho o mantém deitado. Em alguns momentos, fica mais tranquilo
e abordável. Fala que tem 40 anos, que mora sozinho, sabe que está em um hospital, mas se
confunde com relação ao dia e horário. Estes dados são confundidos se interrogados várias
vezes, denunciando uma flutuação no nível de consciência. Com alguma dificuldade, em
algum momento de tranquilidade, pode revelar que gosta de tomar uma “cachacinha” no
final de semana (“umas 3 doses/dia”).
O filho esclarece, separadamente, o quadro do paciente. Conta que o pai é trabalhador, mas
sempre fez uso diário de etílicos. Chegava em casa com hálito etílico, mas nunca foi
agressivo com a família. Há 8 anos, se separou da esposa, mãe do acompanhante. Ela estava
cansada da bebedeira do marido e saiu de casa para morar com o filho na casa dos avós.
Sérgio gostava muito dela e, desde a separação, começou a ficar triste e a beber mais do
que o habitual. Se isolou da família e dos amigos, passou a ter dificuldades para conseguir
emprego, diminuiu consideravelmente o repertório de atividades, passando a priorizar o
consumo de álcool. Diversas vezes, o filho tinha que buscá-lo no bar onde ele estava
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
74
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
extremamente embreagado, chorando e incomodando as pessoas. Frequentemente, se
envolvia em brigas e pequenos acidentes, chegando em casa machucado. O filho estima que
Sérgio estava fazendo uso de cerca de 3 litros de pinga por dia.
Sérgio fuma 1 maço de cigarro por dia, não tem doença clínica, não usa regularmente
nenhuma medicação e não faz uso de outras drogas. O filho conta que um tio do pai, que
também bebia muito, se suicidou há cerca de 10 anos atrás, fato que deixou o pai muito
abalado. Sérgio é o mais velho de uma prole de 4 filhos, 2 irmãs e 1 irmão. Este último
também bebe muito.
Recentemente, Sérgio conseguiu emprego para ajudar nas obras do Minerão. Ficou um pouco
mais animado e esperançoso e prometeu que pararia de beber. Realmente, parece que
reduziu um pouco o consumo de álcool. Há 4 dias, ficou de cama devido desconforto
gastrointestinal, interrompendo o uso de álcool. Após 24 hs, começou a ficar agitado,
tremia, suava e falava coisas estranhas. Em alguns momentos, dizia que estava vendo bichos
na parede, o que o deixava com muito medo. Ainda assim, resolveu ir trabalhar. Na
construção, voltou aficar agitado e, subitamente, saiu correndo, gritando que estava sendo
perseguido. Chegou a pular de uma arquibancada, fraturando a perna esquerda.
HD: Dependência de álcool + Delirium por abstinência alcóolica + Transtorno depressivo
CD: Tratamento da abstinência seguido de tratamento interdisciplinar do quadro depressivo
e do etilismo.
Programação de Prova
Cada turma será dividida em dois grupos e cada grupo, a partir de uma
pequena resenha clínica, deverá construir o caso clínico com anamnese,
história de vida, súmula psicopatológica, hipótese diagnóstica e conduta.
Depois, será discutido o caso preparado seguido da avaliação dos alunos.
75
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
ORIENTAÇÕES PARA O TH DE PSIQUIATRIA
Situações que sugerem a presença de um problema de saúde mental não explicitado pelo
usuário e sua família
É muito comum que demandas psicossociais na atenção à saúde não apareçam de forma clara
nos atendimentos, especialmente se o profissional da saúde não explora a biografia do usuário.
Quando o profissional investiga apenas informações relacionadas aos sintomas apresentados, ou
seja, estabelece uma abordagem estritamente biomédica, se esquecendo de explorar o contexto
de vida atual do usuário, quase nunca há detecção de problemas emocionais ou sociais que
podem ter motivado a busca por um atendimento.
É importante que os profissionais fiquem atentos e desconfiem de problemas na
área psicossocial quando há:
• Demanda por atenção de forma inapropriada ou urgente;
• Aumento na freqüência de consultas ou solicitação de exames sem
necessidade aparente;
• Manifestações emocionais inesperadas ou desproporcionais durante as
consultas;
• Relacionamentos interpessoais muito instáveis;
• Circunstâncias sociais geradoras de estresse ou perda importante (morte de
ente querido, desemprego, violência etc).
Formatado: Fonte: 11 pt
Formatado: Justificado
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Não manter
com o próximo
Formatado: Fonte: 11 pt, Não Negrito
Formatado: Fonte: 11 pt
Formatado: Fonte: 11 pt, Não Negrito
Formatado: Fonte: 11 pt
Formatado: Fonte: 11 pt, Não Negrito
Formatado: Fonte: 11 pt
Formatado: Fonte: 11 pt, Não Negrito
Formatado: Fonte: 11 pt
Formatado: Justificado
Além destas pistas, a maneira de conduzir a entrevista clínica é elemento fundamental na
detecção de problemas emocionais. O atendimento deve ser focado na pessoa como um todo e
não apenas na exploração das queixas físicas apresentadas. Preste atenção nas dicas abaixo e se
auto – avalie quanto à condução da entrevista clínica.
Dicas da entrevista clínica que nos auxiliam na identificação de problemas
emocionais dos pacientes:
1. estabelecer bom contato olho no olho – isto propicia o estabelecimento de uma
relação de confiança entre o paciente e o profissional de saúde;
2. começar com questões mais amplas e abertas e posteriormente utilizar perguntas
mais fechadas –entrevistas muito diretivas, voltadas apenas para o esclarecimento
das queixas físicas, não propiciam exploração da vida pessoal do paciente;
3. clarificar as queixas atuais – não é necessário que você explore toda a vida do
paciente para que você possa ter uma boa compreensão do que se passa com ele,
explore os episódios de vida mais recentes e construa a história pregressa aos
poucos, de forma natural;
4. usar questões diretivas na pesquisa de queixas físicas – a investigação das queixas
físicas deve ser precisa, com o aprofundamento necessário, porém, não deve ser o
único foco da entrevista;
5. fazer comentários empáticos – dizer “eu posso imaginar o que você tem passado,
ou ”esta é realmente uma situação difícil de resolver”, demonstram que você se
importa com a pessoa que está sendo atendida, que você consegue perceber seu
sofrimento;
6. estar atento às dicas verbais e não verbais dos pacientes – o posicionamento do
corpo, a atitude e a expressão facial podem “falar” muito durante a entrevista, não
Formatado: Fonte: 11 pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado, Nenhum, À
direita: 0 cm, Espaço Depois de: 0 pt,
Não manter com o próximo
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt, Não Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt, Não Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt, Não Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt, Não Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt, Não Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
76
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
despreze este elemento e observe as mudanças ao longo do tempo;
7. não ler enquanto estiver entrevistando o paciente – demonstra que todo seu
interesse e atenção estão focados no paciente, que ele é o que importa para você
naquele momento;
8. saber lidar com o paciente que fala demais – dizer “já entendi o que você está
querendo me dizer, mas precisamos explorar mais um outro aspecto da sua vida”
geralmente produz resultados e reconduz a entrevista para uma perspectiva mais
produtiva e menos cansativa ou repetitiva;
9. explorar problemas emocionais – perguntar “o que você sentiu” ou “o que passou
na sua cabeça” explorando uma determinada situação da vida do paciente, é uma
atitude simples, mas que propicia a expressão emocional durante a entrevista.
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt, Não Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt, Não Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt, Não Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: 11 pt, Não Negrito
Formatado: Fonte: 11 pt
Formatado: Justificado
Aspectos de pesquisa obrigatória quando houver suspeita de um transtorno psiquiátrico
Não podemos negligenciar o corpo quando investigamos a alma! Há diversas circunstâncias
orgânicas que, se afetarem direta ou indiretamente o Sistema Nervoso Central, podem gerar
alterações do comportamento. Portanto, antes de estabelecer um diagnóstico psiquiátrico,
não deixe de pesquisar:
• estado clínico geral – investigue se há alguma patologia clínica de base que pode
justificar a alteração de comportamento atual, ex.: hipo ou hipertireoidismo,
descompensação metabólica;
• história recente de queda com perda da consciência e episódios convulsivos – podem
indicar patologia de base neurológica;
• padrão do uso de álcool e outras drogas – investigar quais substâncias, quantidade e
freqüência do consumo para auxiliar na tipificação de possível intoxicação, uso abusivo
ou quadro de dependência química;
• história atual e pregressa de uso de medicação clínica, neurológica ou psiquiátrica –
efeitos colaterais de diversas medicações podem provocar alterações comportamentais.
IMPORTANTE PARA A PRÁTICA AMBULATORIAL:
Orientações sobre o registro da consulta utilizando o Método Clinico Centrado na Pessoa
(MCCP)
1. Iniciar com a identificação (nome, endereço, procedência, idade, gênero, escolaridade,
profissão/emprego, naturalidade, idade, religião).
2. Em vez de utilizar o termo “queixa principal”, utilizar “motivo da consulta”.
3. Em seguida, manter o registro da história da moléstia atual que deverá conter, além da
perspectiva biomédica (cronologia, intensidade, sinais/sintomas associados) a
perspectiva do paciente/família sobre o “adoecer” (medos, anseios, impacto,
expectativas, compreensão do que está acontecendo.)
4. Seguem-se as seções “anamnese especial”, “história pregressa”, “história familiar” (com
eventual construção do genograma em situações que se faça necessário” e “história
social (situações não contempladas na “agenda do paciente”, utilizar, quando necessário
o “ecomapa”)
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
77
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
5. Em vez de “hipóteses diagnósticas”, trabalhar com lista de problemas contemplando as
seguintes dimensões: biológica, psicológica, social, fatores de risco e fatores protetores
encontrados.
6. Na conduta, elencar ações de promoção da saúde, propedêutica complementar
necessária, tratamento medicamentoso e não-medicamentoso e descrever o
compartilhamento das decisões sobre a conduta.
Referência Bibliográfica Básica
ZUARDI
AW,
LOUREIRO
SR.
Semiologia
Psiquiátrica.
Available
http://www.fmrp.usp.br/revista/1996/vol29n1/semiologia_psiquiatrica.pdf - WEB
at
BARROS, V. A & SILVA, L.R. A Pesquisa em História de Vida. In: GOULART, I. B. Psicologia
Organizacional e do Trabalho; teoria, pesquisa e temas correlatos. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2002, p 133-146 - XEROXCEASC
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
ORIENTAÇÕES PARA O TH DE NEUROLOGIA
TH 1 EXAME NEUROLÓGICO ESSENCIAL
O objetivo deste primeiro TH é aprender a realizar o exame neurológico essencial, que
deve ser feito em todos os pacientes do Ambulatório de Neurologia. Portanto o foco é realizar os
itens básicos fundamentais para o dignóstico topgráfico. Os seguintes itens devem ser
observados:
Formatado: Fonte: 11 pt
Formatado: Justificado
1) Consciência: nível e conteúdo
2) Nervos cranianos: resposta pupilar, movimentação ocular extrínseca, sensibilidade da
face, mimica facial, elevação de palato e úvula, protrusão da língua
3) Motricidade: força nos membros superiores (deltoide, bíceps, tríceps, preensão palmar),
força nos membros inferiores (íleopsoas, quadríceps, jarrete, flexão do pé), reflexos
miotáticos (triciptal, biciptal, estiloradial, patelar, aquileu), reflexo cutâneo-plantar
(pesquisa do sinal de Babinsk), tônus e trofismo
4) Sensibilidade: tátil e dolorosa
5) Marcha, coordenação e equilíbrio: marcha, índex-nariz, Romberg
OBJETIVOS
Objetivo geral 9 - Realizar o exame neurológico essencial
OE 44- Sistematizar a realização do exame neurológico, tendo-o como rotina para atendimento de todos
os pacientes, composto das seguintes etapas: consciência, nervos cranianos, motricidade, sensibilidade,
coordenação motora, marcha e equilíbrio.
OE 45- Direcionar o exame neurológico conforme o contexto clínico, explorando detalhadamente a etapa
pertinente ao caso clínico
OE 46- Interpretar os achados semiológicos e elaborar o diagnóstico topográfico neuroanatômico
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Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Roteiro do exame neurológico
CONSCIÊNCIA
Observar orientação, memória e fala
Realizar o Mini Mental Status Examination se houver queixa pertinente
Adaptação do Folstein Mini Mental Status Examination
Formatado: Justificado
TOTAL
Orientação Data (que dia é hoje ? registre os itens omitidos)
dia ( ), mês ( ), ano ( ), dia da semana ( ), manhã / tarde ( )
Orientação Local (onde você está ? pergunte os itens omitidos)
país ( ), estado ( ), cidade ( ), local ( ), andar ( )
Registro de objetos (nomeie clara e lentamente 3 objetos e peça ao paciente para repetir)
planta ( ), gelo ( ), leão ( )
Sete Seriado (diminuir 7 de 100 sucessivamente ou soletrar MUNDO ao contrário)
93 ( ), 86 ( ), 79 ( ), 72 ( ), 65 ( ) ou O ( ), D ( ), N ( ), U ( ), M ( )
Recordar Objetos (relembrar os 3 objetos citados anteriormente)
planta ( ), gelo ( ), leão ( )
Denominação (aponte para o relógio e pergunte “O que é isto ?”. Repita com um lápis)
relógio ( ), lápis ( )
Repetição (repetir a frase “nem aqui, nem ali, nem lá”)
repetição correta na 1ª tentativa ( )
Comando Verbal (pegue o pedaço de papel, dobre-o ao meio e coloque-o sobre a mesa)
pegar o papel ( ), dobrar ao meio ( ), colocar sobre a mesa ( )
Comando Escrito (mostrar um pedaço de papel com a frase “Feche os olhos”)
fechou os olhos ( )
Escrita (escrever uma frase)
Sentença com sujeito + verbo e que faça sentido ( )
Desenho (copiar o desenho da interseção de 2 pentágonos)
figura com 10 cantos e 2 linhas de interseção ( )
TOTAL (máximo = 30)
Interpretação:
Somar um 1 ponto para cada um dos itens ( ) respondidos corretamente e registrar o total na coluna
da direita. O escore final é a soma dos pontos, sendo considerado normal quando superior a 24.
Bertolucci e col., 1994 aplicaram o FMMS em 530 brasileiros com vários graus de escolaridade e
obtiveram os seguintes pontos de corte para normalidade: analfabetos = 13; 1 a 8 anos escolaridade =
18 e > 8 anos escolaridade = 26
Formatado: Justificado
80
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
NERVOS CRANIANOS
I Olfatório
1.
apresentar substâncias com odores bem conhecidos (café, por exemplo) a uma narina por
vez para verificar a sensibilidade olfativa.
Formatado: Justificado
II Óptico
Fundoscopia
a) avaliar a retina, papila óptica e vasos retinianos.
1. Acuidade visual
a) permitir o uso de óculos para longe ou lente de contato
b) posicionar o paciente a 6 metros da Tabela de Snellen ou a 30 cm do cartão de
Rosenbaum
c) avaliar cada olho separadamente, sempre cobrindo o outro
d) registrar a menor linha que o paciente consegue ler
e) Pode se usar orifício estenopeico
2. Campimetria por confrontação
a) posicionar-se a distância de 1 braço à frente do paciente
b) orientar o paciente a cobrir um dos olhos
c) paciente deve ser orientado a olhar para o nariz do examinador
d) abrir os braços e movimentar um dos dedos de uma das mãos sempre na periferia
dos campos visuais
e) solicitar que indique qual lado está movendo, sem desviar o olhar
f) testar os 4 quadrantes fazendo estímulos unilaterais e simultâneos
III, IV e VI Oculomotor, Toclear e Abducente
1. Verificar simetria das fendas palpebrais e posicionamento da pálpebra superior sobre a
íris
2. Movimentação extraocular
a) manter fixa a cabeça do paciente, solicitar que siga apenas com o olhar o dedo
do examinador, e informar quando não estiver vendo nítido
b)
movimentar o dedo nas 6 direções, em forma de H
c)
observar nistagmo, assimetria da movimentação e queixa de diplopia
d)
checar convergência movendo o dedo na direção da ponta do nariz
3. Reação pupilar à luz (via eferente)
a)
em ambiente escuro, pedir que olhe para a frente e longe
b) alternadamente iluminar com uma fonte luminosa
c)
observar a reação pupilar do lado iluminado (fotomotor direto) e da outra
pupila (fotomotor consensual)
d)
registrar o diâmetro pupilar e qualquer assimetria ou irregularidade
V Trigêmio
1. Sensibilidade de face
a) explicar ao paciente o teste
b)
utilizando um chumaço de algodão tocar as regiões frontal, malar e
mandibular, comparando a sensibilidade tátil à direita e à esquerda e entre
cada uma das regiões estimuladas
2. Reflexo corneano
a) explicar ao paciente o teste (retirar lente de contato)
b) solicitar que olhe para o lado
Formatado: Justificado, Tabulações:
Não em 0 cm
Formatado: Justificado
81
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
c) tocar a borda lateral da córnea com um pedaço de algodão
d) observar a reação de piscamento normal em ambos os olhos
e) repetir no outro lado
VII Facial
1. Mobilidade de Face
a) solicitar que enrugue a testa ou olhe para cima
b) solicitar que feche os olhos com força (na função normal o paciente enterra as
pálpebras)
c) peça para mostrar os dentes ou dar um sorriso
d) observar presença de assimetrias
e) pode-se observar o apagamento do sulco naso-labial com a face em repouso
VIII Acústico
1. Audição
a)
em um ambiente silencioso, provoque um ruído esfregando as pontas dos dedos
colocados ao lado de um dos ouvidos do paciente
b)
repita no lado oposto e compare os resultados
IX e X Glossofaringeo e Vago
1. Voz e Deglutição
a)
indague se apresenta dificuldade de deglutição ou alteração de voz
b)
solicite ao paciente que mantenha a boca aberta e diga “AHHHHHHHHHHH”!
c)
observe a simetria da elevação do palato e se há desvio lateral da úvula
XI Acessório
1. Força dos músculos trapézio e esternocleidomastoideo
a)
solicitar para manter os ombros elevados
b)
tentar abaixar os ombros
c)
solicitar que mantenha a cabeça virada para um dos lados
d)
tentar virar a cabeça para o lado oposto, fazendo resistência no queixo,
enquanto palpa o esternocleidomastoideo oposto
e)
observe assimetrias e atrofia dos músculos pesquisados
XII Hipoglosso
1. Motilidade da Língua
a)
observar a língua dentro e fora da boca
b)
registrar assimetrias, desvios e atrofia da língua no interior da boca e fora dela
MOTRICIDADE
Trofismo
a)
verificar a presença de assimetrias, atrofias e movimentos involuntários
Tônus Muscular
a)
solicitar que o paciente deixa musculatura relaxada e sem opor resistência a
mobilização dos membros
b)
com uma das mãos apoiar o braço e com a outra mão segurar a mão do
paciente, efetuando movimentos de flexão, extensão e rotação dos membro
superior.
Outra manobra é segurar ambas as mãos do paciente sentado,
efetuando simultâneamente movimentos de flexão/extensão e rotação dos
membros superiores
Formatado: Justificado, Tabulações:
Não em 0 cm
Formatado: Justificado
82
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
c)
d)
com o paciente deitado colocar uma das mãos na panturrilha e com a outra
mão segurar o pé efetuando movimentos de flexão, extensão e rotação dos
membros inferiores
observar a simetria do tônus muscular e a presença de redução (hipotonia) ou
de aumento (hipertonia plástica ou espástica)
Força Muscular
a)
testar a força fazendo o paciente manter uma posição, enquanto o examinador
tenta vencer a resistência. Dar preferencia para posturas que deixem os
músculos em estado de contração máxima
b)
sempre comparar a força de um músculo com o seu oposto (esquerda e direita)
c)
registrar a força encontrada conforme a escala abaixo (Medical Research
Council):
5 – força normal
4 – movimento ativo contra a gravidade e resistência moderada (4 + limite
superior e 4 - limite inferior)
3 – movimenta contra a gravidade, não vence a resistência
2 – movimento ativo com a gravidade eliminada
1 – esboço ou traço de contração muscular
0 – sem movimentos visíveis
d)
desvio em pronação
1 solicitar que mantenha os membros superiores estendidos para frente, com
as palmas das mãos viradas para cima e os olhos fechados por 20 a 30
segundos
2
verificar se o paciente não é capaz de manter a extensão e a supinação.
Caso evolua lentamente para pronação e queda do membro superior,
sugere paresia do membro
Testar os seguintes músculos / grupos musculares:
Movimento
Músculo
Inervação segmentar
Membros Superiores
Abdução braço após 45º
Flexão cotovelo
Extensão cotovelo
Apertar 2 dedos do examinador
Abdução dos dedos
Deltóide
Bíceps
Tríceps
Flexão dos dedos
Abdutores dos Dedos
C5-6
C6-C7
C6-C7-C8
C8-T1
C8-T1
Membros Inferiores
Flexão da coxa
Extensão do joelho
Flexão do joelho
Flexão do tornozelo
Extensão do hálux
Iliopsoas
Quadriceps
Grupo Posterior Coxa
Tibial Anterior
Extensor do Hálux
L2-L3-L4
L2-L3-L4
L5-S1
L4-L5
L5
Fonte: Campbell. DeJong, O exame neurológico. 2007
Formatado: Justificado
Reflexos
1. Miotáticos:
a) solicitar que fique relaxado e posicionar adequadamente o segmento corporal a
ser examinado
Formatado: Justificado, Tabulações:
Não em 0 cm
Formatado: Justificado
83
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
b)
c)
d)
percutir a região sobre o tendão
caso não obtenha resposta peça ao paciente para executar um discreta
contração do músculo pesquisado ou realizar a Manobra de Jendrassik (fechar
os olhos e executar contração isométrica dos membros não pesquisados)
se os reflexos parecerem hiperativos, pesquisar clônus:
1 aquileu – perna semi-fletida, executar movimento súbito de flexão do pé e
sustentar em posição
Registrar o reflexo encrontrado, conforme a escala abaixo (anotar o valor da
direita e depois o da esquerda; 2/3, por exemplo):
4 – hiperativo com clônus
3 – hiperativo sem clônus, com aumento da área de resposta à percussão)
2 – normal
1 – hipoativo
0 – não obtido resposta
Raízes Envolvidas
Nervo
Reflexo
Membros Superiores
C5-6
C5-6
C7-8
Musculocutâneo
Radial
Radial
Biciptal
Estiloradial
Triciptal
Membros Inferiores
L3-4
S1
Femoral
Ciático
Patelar
Aquileu
Fonte: Campbell. DeJong, O exame neurológico. 2007
2. Superficiais:
a. Cutâneo-plantar – pequisa do sinal de Babinski
 aplicar um estímulo, com um objeto rombo, na pele da porção lateral da
planta do pé, iniciando-se no tornozelo e seguindo até a porção anterior
 observar a reação dos dedos
 normal quando ocorrer a flexão dos dedos e/ou a retirada do pé (atenção
aos pacientes que tem cócegas)
 reflexo cutâneo-plantar em extensão ou Sinal de Babinski quando ocorrer
uma extensão do hálux e dos outros dedos
b. Cutâneo-abdominal
 aplicar um estímulo na pele das regiões laterais do abdome (superior e
inferior, esquerda e direita, tendo o umbigo como referência), em direção à
linha media
 observar a contração da musculatura ou movimentação do umbigo
 comparar com o lado oposto
 reação anormal ou reflexo ausente unilateralmente (reação assimétrica)
c. Palmo-mentoniano
 aplicar um estímulo, com um objeto rombo, a palma da mão em direção ao
polegar / indicador
 observar a contração do mento ipsilateral
Formatado: Justificado, Nenhum, À
direita: 0 cm, Espaço Depois de: 0 pt,
Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum, À
direita: 0 cm, Espaço Depois de: 0 pt,
Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum, À
direita: 0 cm, Espaço Depois de: 0 pt,
Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum, À
direita: 0 cm, Espaço Depois de: 0 pt,
Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum, À
direita: 0 cm, Espaço Depois de: 0 pt,
Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum, À
direita: 0 cm, Espaço Depois de: 0 pt,
Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum, À
direita: 0 cm, Espaço Depois de: 0 pt,
Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum, À
direita: 0 cm, Espaço Depois de: 0 pt,
Não manter com o próximo
Formatado: Justificado
84
Curso de Medicina UNIFENAS–BH

reação anormal ou reflexo presente quando ocorrer contração muscular no
mento ipsilateral (liberação frontal)
d. Naso-labial
 percutir com a ponta do indicador o lábio superior abaixo do nariz
 observar a ocorrência de sucção dos lábios
 reação anormal ou reflexo presente (liberação frontal) quando ocorrer
contratura dos lábios (sucção)
e. Glabelar
 percutir com a ponta do indicador a glabela – cuidado para não provocar
reflexo de ameaça
 observar a ocorrência de piscamento
 reação anormal ou reflexo presente quando o piscamento ocorrer (liberação
frontal)
COORDENAÇÃO, MARCHA, EQUILÍBRIO E SENSIBILIDADE
Coordenação
1. Movimentos rápidos alternados (diadococinesia)
a)
em posição sentada executar alternadamente bater o dorso e a palma das mãos
nas coxas
b)
fazer movimentos rápidos em que cada dedo toque a ponta do polegar
alternadamente e em ordem. Testar os dois lados
c)
observar o ritmo e a simetria dos movimentos
2. Movimentos de ponto a ponto
a)
tocar a ponta do dedo do paciente na ponta do dedo do examinador, que o
moverá pelos vários quadrantes. Repetir com o outro lado
b)
estender o braço e depois tocar a ponta do nariz do paciente com a ponta do
seu dedo. Repetir com o outro lado e com os olhos fechados
c)
colocar o calcanhar sobre a crista da tíbia da perna oposta e deslizar até o
hálux. Repetir com o outro lado
d)
observar a simetria, precisão e a ausência de tremor
Sinal de Romberg
Solicitar que permaneça de pé sem apoio. Orientar o paciente a ficar com os pés juntos. Em
seguida solicitar ao paciente que feche os olhos. Observar se há desequilíbrio com os olhos
fechados.
Marcha e Equilíbrio
a) observar em pé e sentado durante a entrevista e o exame, verificar se mantém a posição
sem oscilações ou quedas para os lados e para trás
b) pedir para caminhar em linha reta alguns metros e voltar
c) observar o padrão de marcha. Caso não seja característico (por exemplo hemiplégica ou
parkinsoniana) descrever detalhadamente
d) caminhar na ponta dos pés e nos calcanhares
Formatado: Justificado, Recuo:
Deslocamento: 0,63 cm, Tabulações:
Não em 0 cm
Formatado: Justificado
Sistema Sensitivo
85
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Dor e Tato
a)
b)
c)
d)
e)
explicar ao paciente o teste a ser realizado e peça que mantenha os olhos
fechados e que informe ao examinador quando a sensibilidade estiver alterada
(aumentado, diferente ou reduzida)
comparar áreas simétricas em ambos lados do corpo e segmentos proximais e
distais
caso exista suspeita de lesão medular, radicular, nervosa pesquisar a área
sensitiva correspondente bilateralmente e registrar detalhadamente os limites
da alteração
utilizar um cotonete ou estilete de madeira quebrado para criar uma ponta e
testar a dor e um pedaço de algodão ou um leve toque com a ponta do dedo
para testar o tato
pesquisar nível sensitivo ou padrão de lesão sensitiva em caso de alteração
Propriocepção
a)
segurar lateralmente o hálux e mova lentamente para cima e para baixo,
informe ao paciente quando está movendo para cima e para baixo.
b)
solicitar que feche os olhos e informe a direção que está movendo o dedo
c)
se alterado, realizar o procedimento no polegar
Sensibilidade vibratoria
1.
utilizar o diapasão, coloca-lo em funcionamento aplicando um golpe leve
contra a palma da mão
2.
pressionar o diapasão contra extremidades ósseas distais (articulações
interfalangeana)
3.
pesquisar nível sensitivo ou padrão de lesão sensitiva em caso de alteração
86
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
TH 2 DIAGNÓSTICO TOPOGRÁFICO EM NEUROLOGIA
O diagnóstico das doenças neurológicas sempre passa pela etapa de localização da lesão de
acordo com os dados da história e do exame físico. Tal etapa é conhecida como diagnóstico
topográfico.
À partir do entendimento das síndromes básicas do neurônio motor, das alterações provocadas
pelas vias ascendentes sensitivas e das alterações das funções corticais superiores e ao
considerar-se o “ponto de encontro” destas manifestações consegue-se estabelecer o
diagnóstico topográfico.
Neste TH serão discutidas as síndromes do neurônio motor, os “paralelos de latitude”, os
“meridianos de longitude” e as alterações da linguagem e da fala.
Para desenvolver este raciocínio é fundamental rever os conceitos básicos de neuroanatomia
(grandes vias aferentes e eferentes e funções corticais), saber avaliar seu funcionamento pelo
exame neurológico e finalmente solicitar exames complementares (neuroimagem ou
eletroneuromiografia).
Objetivo Geral 1 - Realizar o diagnóstico topográfico diferencial em neurologia
OE 1 - Reconhecer o trajeto neuroanatômico das vias de motricidade, sensibilidade superficial e sensibilidade profunda
OE 2 - Diferenciar as características das síndromes do neurônio motor superior e inferior
OE 3 - Definir alodinia, hiperestesia, paresia, plegia, hipoestesia e hiperestesia
OE 4 - Correlacionar as alterações de sensibilidade com a localização neuroanatômica
OE 5 - Interpretar o aspecto sindrômico envolvido na afecção do sistema nervoso
OE 6 - Elaborar hipóteses diagnósticas etiológicas potencialmente causadoras da afecção do sistema nervoso
87
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
TH Complementar2 ASPECTOS HISTÓRICOS IMPORTANTES EM DOENÇAS
NEUROLÓGICAS
Formatado: Fonte: 11 pt
“A história é o pilar do diagnóstico médico; o diagnóstico neurológico não é uma
exceção. Em muitos casos, o médico pode aprender mais com o que o paciente diz e a
meneira com a qual ele o diz do que por qualquer outra via de investigação”.
Campbell, W. DeJong – O exame neurológico. 2009
Neste momentoo segundo encontro do treinamento de habilidades, os estudantes aprederão a
explorar adequadamente a história dos padrões mais comuns de doenças neurológicas.
Para a realização deste passo de aprendizagem serão utilizadas técnicas de entrevista e
pacientes simulados. O foco será nas perguntas que não podem deixar de ser feitas de acordo
com a queixa do paciente, principalmente para a quantificação e avaliação do risco de
complicações da patologia apresentada.
Os pacientes simulados serão interpretados por atores com scripts pré-definidos. As
doenças mais importantes na prática clínica, em especial na atenção primária, serão as
abordadas.
Na sessão de debriefing e feedback o aluno será estimulado a desenvolver o raciocínio
neurotopográfico para o diagnóstico.
OBJETIVOS
OE 46- Interpretar os achados semiológicos e elaborar o diagnóstico topográfico neuroanatômico
Scripts que serão utilizados
1.
Cefaleia
2.
Perda de consciência
3.
Declínio cognitivo e perda de memória
4.
Dores nos membros e parestesias
5.
Tonteiras
6.
Déficit focal agudo
7.
Dores nas costas
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: 11 pt
88
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Aspectos históricos importantes em pacientes com cefaleia
Se o paciente tem mais de um tipo de cefaleia, obtenha as informações de cada tipo.
Localização da dor (ex: hemicraniana, occipital, em faixa)
Intensidade da dor
Padrão de instalação da dor (ex: progressivo, em trovoada)
Tipo da dor (ex: constante, pulsátil, em pontada)
Gravidade
1.
Intensidade
2.
Impacto social e impacto econômico (afastamento do trabalho)
Momento da ocorrência, duração e frequência
Ingestão de analgésicos (qualificar e quantificar)
Fatores precipitantes (ex: álcool, privação de sono, dormir em excesso, alimentos, luzes fortes)
Fatores de alívio (ex: repouso, ambiente tranquilo e escuro, atividade física)
Resposta ao tratamento
Sintomas neurológicos associados
Sintomas gastrointestinais associados
Sintomas visuais associados
Sintomas associados (ex: fotofobia, fonofobia, lacrimejamento, nariz entupido)
História de traumatismo
História de febre ou quadro infeccioso associado
História de imunossupressão
Interrogar sobre alterações neurológicas (ex: desequilíbrio, paresia, parestesia, alterações visuais (diplopia, alterações
dos campos visuais), incoordenação motora)
Modificado de Campbell, W. DeJong – O exame neurológico. 2009
Aspectos históricos importantes em pacientes com acidente vascular cerebral ou ataque
isquêmico transitório
Definir data da ocorrência
Definir hora da instação do déficit e duração dos sintomas
Partes e funções específicas envolvidas
1.
Interrogar sobre déficits focais (ex: paresia facial, hemiparesia, distúrbios da fala e da linguagem,
hemianopsia, amaurose fugaz, alterações de sensibilidade)
Padrão de instalação do déficit (ex: agudo ou progressivo)
Outros sintomas associados (dor torácica, dispneia, náuseas e vômitos, cervicalgia, cefaleia)
Histórico de fatores de risco
2.
Hipertensão arterial sistêmica
3.
Diabetes melitus
4.
Fibrilação atrial e cardiopatias segmentares
5.
Doença vascular periférica
6.
Dislipidemia
7.
Tabagismo
8.
Obesidade
9.
Sedentarismo
10.
Apneia do sono
11.
Etilismo
Medicações em uso (ex: anti-hipertensivos, hipoglicemiantes, anticoncepcionais,
Perguntar sobre história familiar de AVC
História de traumatismo
História de febre ou quadro infeccioso associado
História de imunossupressão
Modificado de Campbell, W. DeJong – O exame neurológico. 2009
89
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Aspectos históricos importantes em pacientes com queixa de perda de memória
Duração do problema
Piorando, melhorando ou estacionando
Exemplos do que é esquecido (pequenas coisas como datas, aniversários, em comparação com coisas maiores)
O paciente ainda controla o talão de cheques
Qualquer tendência a se perder
História de medicação, incluindo drogas vendidas sem receita médica
Hábitos de beber
Qualquer dor de cabeça
Qualquer dificuldade com os sentios de olfato ou paladar
Qualquer dificuldade de equilíbrio, caminhar ou controle vesical
Quaisquer sintomas depressivos
História pregressa de acidente vascular cerebral ou outras doenças vasculares
História pregressa de doença da tireóide, anemia, hipovitaminose B12, quaisquer doenças sexualmente transmissíveis
História de traumatismo craniano recente
Quaisquer fatores de risco para infecção pelo HIV
História de imunossupressão
História familiar de demência ou doença de Alzheimer
Modificado de Campbell, W. DeJong – O exame neurológico. 2009
90
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Projetos em Equipe
91
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Projetos em Equipe
Os projetos em Equipe do curso de Medicina da UNIFENAS-BH visam a proporcionar ao
aluno o desenvolvimento de habilidades de elaboração e apresentação de trabalho cientifico, e
de análise crítica de informações da área biológica e de saúde pública. Além disto, o
desenvolvimento destes projetos permitirá aos alunos a integração de conhecimentos abordados
nas estratégias educacionais, presentes em cada bloco, favorecendo o aprendizado
multidisciplinar.
Os alunos desenvolverão projetos em que irão adquirir e treinar habilidades de
construção lógica e estruturação de projetos, de busca e seleção de artigos científicos, de
analise da literatura, de escrita e síntese e de apresentação pública de trabalhos.
O projeto em equipe constituirá um cenário de prática de tarefas que os médicos
freqüentemente devem exercitar na sua vida profissional: a análise de um determinado tema, de
forma aprofundada, com base na melhor evidência disponível na literatura, e a preparação e
apresentação dos resultados dessa análise a seus pares.
Dentro dessa lógica e buscando aumentar tanto a motivação dos alunos com relação ao seu
projeto em equipe, quanto o tempo disponível para sua execução, foram definidas as seguintes
estratégias:
 Os próprios estudantes escolherão o tema sobre o qual realizarão seu projeto, dentre
uma série de temas propostos. Caso tenham interesse especial em algum tema que não
conste da lista de temas propostos, poderão, ainda, propor novos temas, desde que estes
apresentem relevância e adequação as temáticas envolvidas nos blocos do 7° período.
 Os projetos em equipe do 7° período constituirão uma única tarefa, a ser desenvolvida de
forma longitudinal ao longo do semestre. Neste bloco seu grupo deve dar continuidade as
atividades definidas juntamente com seu orientador para a elaboração do artigo.
 Os grupos serão orientados por um dos docentes do PE, podendo ser co-orientados por
outros docentes da faculdade, de acordo com os temas escolhidos e com a
disponibilidade e aceitação dos co-orientadores. Eles se reunirão com seus orientadores
quinzenalmente, e serão avaliados pelo seu desempenho ao longo do semestre, pelo
cumprimento do cronograma proposto e pelo resultado do trabalho.
Os projetos serão definidos pelos professores, em cada semestre.
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 14
pt, Negrito
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 0,63 cm
Formatado: Justificado
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 0,63 cm
Formatado: Justificado
92
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Cronograma PE
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 14
pt, Negrito
Primeiro bloco
1. Rever a estrutura de um artigo de revisão
2. Realizar a revisão bibliográfica
3. Escrever a introdução e justificativa do projeto
4. Apresentação plenária da introdução e justificativa
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Segundo bloco
1. Compreender a estrutura da metodologia de um projeto
2. Definir o modelo do estudo
3. Redigir a seção de metodologia
4. Apresentação da metodologia
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt
Terceiro bloco
1. Compreender a estrutura da discussão do artigo
2. Redigir um esboço da discussão
3. Correção da discussão
4. Apresentação plenária da discussão
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Quarto bloco
1. Compreender a conclusão do artigo e dos demais complementos textuais do artigo (ex:
referências bibliográficas0
2. Redigir a conclusão e apresentar referências e agradecimentos
3. Apresentação plenária
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
93
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Prática de Laboratório
94
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Normas para Práticas de Laboratório
Para realizar as práticas, os alunos deverão seguir as orientações listadas abaixo:
1. Uso obrigatório do avental (de preferência longo).
2. Observar o horário para início das atividades e estar sempre munido de material
solicitado.
3. Deve-se manter sobre a mesa apenas o material que será utilizado na execução do
trabalho.
4. O laboratório deve ser um ambiente calmo. Os alunos devem evitar falar em voz alta e
sair, desnecessariamente, de seus lugares.
5. Os materiais utilizados (pinças, lâminas, lamínulas, tubos de ensaio) devem ser
colocados em recipientes apropriados, que se encontram sobre as mesas.
6. As alças, pinças, pipetas, meios em tubos e outros materiais utilizados, devem ser
colocados nos suportes e não abandonados sobre a mesa. Após a utilização dos
microscópios, as objetivas, se necessário, devem ser limpas com lenço de papel
umedecido. Os microscópios devem ser desligados e cobertos com a capa.
7. No caso de acidentes, comunicar imediatamente ao professor. Jamais usar luvas de
látex para trabalhar em procedimentos que exijam o uso da chama do bico de Bünsen.
8. Manter o bico de gás aceso somente quando necessário.
9. As alças bacteriológicas devem ser flambadas antes e após a sua introdução nos tubos
de cultura. Estes deverão ter as suas bocas flambadas após a retirada da rolha e,
também, antes de recolocá-la.
10. Ler o roteiro de prática antes de iniciar o trabalho.
11. Os meios de cultura semeados devem ser identificados e levados para a estufa. As
placas de Petri deverão ser incubadas de cabeça para baixo para evitar a condensação
de vapor, pois este vapor possibilita a contaminação do material inoculado.
12. Terminado o exercício prático deixar a mesa em ordem.
13. Sempre lavar as mãos com água e sabão após terminar o seu trabalho. Lembre-se que
microrganismos são agentes etiológicos de doenças infecciosas.
14. Não comer e não fumar no laboratório.
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
Formatado: Fonte: Trebuchet MS
95
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
PL 7p – PATOLOGIA – SÍNDROMES NEUROPSIQUIÁTRICAS – PLANO DE ENSINO
PL
Objetivo
geral
PL1
– Patologia
das
doenças
circulatórias
do sistema
nervoso
central
Compreend
er a
patologia
cirúrgica das
principais
doenças
circulatórias
do sistema
nervoso
central
Objetivos especificos
Recordar os principais aspectos da
anatomia do sistema nervoso central e
da circulação arterial da base encefálica
Reconhecer as principais características
gerais, clínicas, fisiopatológicas e
morfológicas (macro e microscópicas)
das doenças circulatórias isquêmicas do
sistema nervoso central. Ênfase na
isquemia cerebral global , na isquemia
cerebral focal e na aterosclerose
cerebral e sua relação com o infarto
cerebral.
Materiais
Referências
Laboratório de
Patologia
Material
audiovisual (data
show) para a aula
Atlas ou livros de
Patologia
Brasileiro Filho, G.
Bogliolo. Patologia. 8ª
Edição. Guanabara
Koogan. Cap 24.
págs. 921-937.
Peça:
1.hemorragia
cerebral
parenquimatosa
2.hemorragia
subaracnoidea
Robbins & Cotran.
Patologia - Bases
patológicas das
doenças.. 7ª Edição.
Cap. 28. págs. 14251434.
Caso clínico
Hemorragia
cerebral
hipertensiva
Reconhecer as principais características
gerais, clínicas, fisiopatológicas e
morfológicas (macro e microscópicas)
das doenças circulatórias hemorrágicas
do sistema nervoso central. Ênfase na
hemorragia cerebral hipertensiva e nos
aneurismas cerebrais
PL2
– Patologia
cirúrgica
dos tumores
do sistema
nervoso
central
Meningioma
Compreend
er aspectos
gerais da
patologia
cirúrgica dos
principais
tumores do
sistema
nervoso
central.
Recordar os principais aspectos da
anatomia e histologia do sistema
nervoso central
Reconhecer as principais características
gerais e clínicas e os diagnósticos
diferenciais dos tumores do sistema
nervoso central
Laboratório de
Patologia
Material
audiovisual (data
show) para a aula
Atlas ou livros de
Patologia
Classificar e graduar os tumores do
sistema nervoso central de acordo com
os critérios da WHO/OMS
Brasileiro Filho, G.
Bogliolo. Patologia. 8ª
Edição. Guanabara
Koogan. Cap 24.
págs. 989-1023.
Robbins & Cotran.
Patologia - Bases
patológicas das
doenças.. 7ª Edição.
Cap. 28. págs. 14671473; 1477-1478.
Reconhecer as principais características
gerais, clínicas, fisiopatológicas, dos
exames de imagem e
morfológicas(macro e microscópicas)
dos astrocitomas graus I a IV, do
oligodendroglioma, do ependimoma, do
meduloblastoma, do meningioma e dos
tumores metastáticos cerebrais
PL3 –
Patologia
cirúrgica
das
meningoenc
efalites
Compreend
er aspectos
gerais da
patologia
cirúrgica das
meningoenc
efalites
Recordar os principais aspectos da
anatomia do sistema nervoso central
(ênfase no sistema de
produção/drenagem do líquor)
Reconhecer as principais características
gerais, clínicas, fisiopatológicas e da
abordagem inicial (propedêutica) das
infecções do sistema nervoso central
Conceituar e classificar as meningites e
meningoencefalites
Reconhecer as principais características
gerais, clínicas, fisiopatológicas, e
morfológicas (macro e microscópicas),
bem como as alterações liquóricas e as
complicações das leptomeningites
Laboratório de
Patologia
Material
audiovisual (data
show) para a aula
Atlas ou livros de
Patologia
Lâmina:
leptomeningite
aguda
Empiema
subdural
Brasileiro Filho, G.
Bogliolo. Patologia. 8ª
Edição. Guanabara
Koogan. Cap 24.
págs. 944 a 960; cap.
33, págs. 1387 a
1397; 1415 a 1422
Robbins & Cotran.
Patologia - Bases
patológicas das
doenças.. 7ª Edição.
Cap. 28. págs. 14341440; 1442-1443.
96
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
purulentas.
Reconhecer as principais características
gerais, clínicas, fisiopatológicas e
morfológicas (macro e microscópicas)
do empiema subdural.e do abscesso
cerebral
Reconhecer as principais características
gerais, clínicas, fisiopatológicas e
morfológicas (macro e microscópicas)
da leptomeningite tuberculosa.
Reconhecer as principais características
gerais, clínicas, fisiopatológicas e
morfológicas (macro e microscópicas)
das principais leptomeningites virais.
Reconhecer as principais
características gerais, clínicas,
fisiopatológicas e morfológicas (macro e
microscópicas) das principais infecções
fúngicas, por protozoários e por
helmintos do sistema nervoso central
PL 4
– Patologia
cirúrgica do
edema
cerebral
- Patologia
cirúrgica da
hipertensão
intracranian
a
-Patologia
cirúrgica
das
doenças
degenerativ
as do
sistema
nervoso
central
Compreend
er a
patologia
cirúrgica do
edema
cerebral
Compreend
er a
patologia da
hipertensão
intracranian
a
Compreend
er a
patologia
cirúrgica das
principais
doenças
degenerativ
as do
sistema
nervoso
central
Conceituar e reconhecer as principais
características gerais, clínicas,
fisiopatológicas e morfológicas
(macroscópicas) do edema cerebral
Reconhecer as principais características
gerais, clínicas, fisiopatológicas e
morfológicas (macro e microscópicas)
da hipertensão intracraniana e das
hérnias do giro do cíngulo, do úncus e
das tonsilas cerebelares.
Reconhecer as principais características
gerais e a classificação das doenças
degenerativas do sistema nervoso
central
Reconhecer as principais características
gerais, clínicas, fisiopatológicas e
morfológicas (macro e microscópicas)
da Doença de Alzheimer e da Doença
de Parkinson
Laboratório de
Patologia
Material
audiovisual (data
show) para a aula
Atlas ou livros de
Patologia
Brasileiro Filho, G.
Bogliolo. Patologia. 8ª
Edição. Guanabara
Koogan. Cap 24.
págs. 898 a 902; 971
a 979.
Robbins & Cotran.
Patologia - Bases
patológicas das
doenças. 7ª Edição.
Cap. 28. págs.14161417; 1451-1460
Edema
cerebral
Formatado: Espaço Depois de: 0 pt,
Espaçamento entre linhas: simples,
Hifenizar, Não ajustar espaço entre o
texto latino e asiático, Não ajustar
espaço entre o texto asiático e números
97
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
PL 1- Doenças circulatórias do Sistema Nervoso Central
Formatado: Justificado
Introdução
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
As alterações circulatórias do sistema nervoso central (SNC) são uma das principais causas
de morbidade e de mortalidade nos países desenvolvidos, sendo o risco da doença vascular
crescente com o avançar da idade. Outros fatores de risco incluem a hipertensão arterial
(principal causa de doença circulatória do sistema nervoso central), doença vascular em outros
territórios, tabagismo e níveis elevados de colesterol. A expressão doença cerebrovascular
denota qualquer anormalidade do cérebro causada por alteração na parede dos vasos; acidente
vascular cerebral é a denominação clínica aplicada a esses distúrbios.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Anatomia do telencéfalo e da circulação arterial da base encefálica
As figuras abaixo ilustram a anatomia do telencéfalo e a divisão do cérebro em lobos.
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Figura 1: vista superior
Figura 2: vista inferior
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
A
A
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
C
B
D
Figura 1: vista superior
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
C
D
Figura 2: vista inferior
Formatado: Justificado, Tabulações:
Não em 13,41 cm
98
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Legenda- A: lobo frontal; B: lobo parietal; C: lobo temporal; D: lobo occipital.tal
Os desenhos a seguir ilustram a circulação arterial da base encefálica
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
C
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
A
B
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
D
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Figura 3: circulação arterial da
Figura 4: detalhe
base encefálica
Legenda- A: artéria cerebral média; B: artéria cerebral posterior; C: artéria cerebral anterior; D:
artéria basilar
Fisiopatologia
As alterações circulatórias do SNC podem resultar em isquemia ou hemorragia, podendo
coexistir mais de um mecanismo no mesmo paciente.
Isquemia é a redução do fluxo sanguíneo cerebral causada por transtorno circulatório,
sistêmico ou local, que leva a infarto cerebral (isquemia regional), ataque isquêmico transitório
e infarto lacunar. Algumas condições responsáveis por esses quadros incluem trombose arterial,
trombose venosa, displasia fibromuscular, entre outras. Quando há redução generalizada ou
interrupção completa, porém transitória, do fluxo sanguíneo cerebral, ocorre dano difuso em
todo o encéfalo. São os quadros de necrose neuronal seletiva e de encefalopatia hipóxicoisquêmica ou isquemia global transitória. A insuficiência hemodinâmica sistêmica pode levar a
esses quadros.
Hemorragia decorre da ruptura da parede vascular e pode ser intracerebral ou
subaracnoidea. Pode ocorrer na hipertensão arterial, em malformações vasculares, no aneurisma
sacular e na angiopatia amiloide cerebral.
Doenças vasculares
Formatado: Justificado, Tabulações:
Não em 1,5 cm
Formatado: Justificado, Tabulações:
Não em 1,25 cm
Formatado: Justificado, Tabulações:
Não em 13,41 cm
99
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Aterosclerose cerebral
É a doença vascular mais freqüente do SNC e uma das principais causas de infarto
cerebral. Os principais vasos acometidos no SN são as artérias carótidas internas, os grandes
vasos do polígono de Willis e o segmento proximal das artérias lentículo-estriadas.
Os mecanismos pelos quais a aterosclerose provoca infarto cerebral são: crescimento
progressivo da placa ateromatosa; trombose; hemorragia no interior da placa; embolia. Além
desses fatores locais, devem ser lembrados os de natureza sistêmica, os quais, ao determinar
redução do FSC, somam-se à lesão ateromatosa, agravando o distúrbio circulatório preexistente.
Outra conseqüência da aterosclerose é o ataque isquêmico transitório.
Infarto cerebral
É a necrose isquêmica de uma área do tecido nervoso secundária a redução acentuada ou
interrupção do FSC, por obstrução arterial ou venosa. Trombose arterial e embolia são as
principais causas de infarto cerebral. Trombose arterial ocorre, sobretudo, na aterosclerose. Os
achados clínicos e anatomopatológicos dependem do número e do calibre dos vasos atingidos, do
desenvolvimento da circulação colateral e da velocidade de instalação da obstrução, dentre
outros fatores. A embolia também é causa de infarto cerebral e pode ser gordurosa, gasosa ou
neoplásica. O infarto ainda pode ser secundário a êmbolo séptico.
O infarto pode ser dividido em dois grandes grupos: não hemorrágico (anêmico ou branco)
e hemorrágico (vermelho). O infarto branco ocorre por oclusão arterial trombótica e o infarto
vermelho ocorre na embolia arterial ou na trombose venosa. Quanto ao tempo de evolução, os
infartos podem ser: recente (até a primeira semana); em fase de organização (entre a segunda e
a quinta semanas) e antigo ou cicatrizado (após esse período).
Morfologia: os aspectos macro e microscópicos observados no infarto cerebral dependem
do seu tempo de evolução, conforme mostram os quadros abaixo:
INFARTO BRANCO- MACROSCOPIA
TEMPO EVOLUÇÃO
ALTERAÇÕES
TEMPO EVOLUÇÃO
ALTERAÇÕES
RECENTE
Tumefação, borramento dos limites entre substância
cinzenta e branca, diminuição da consistência, edema ao
redor do infarto
FASE
DE Limites mais precisos com o tecido nervoso adjacente,
ORGANIZAÇÃO
área necrosada torna-se friável, início da desintegração e
cavitação da área afetada
ANTIGO
Cavitação de contornos irregulares, parcial ou totalmente
preenchida por trabéculas delicadas e preenchida por
líquido
O infarto hemorrágico apresenta a mesma evolução, diferindo do infarto branco na fase
inicial pela presença de petéquias na substância cinzenta comprometida ou por pequenos focos
hemorrágicos confluentes. Na fase de cicatrização, a cavidade tem parede ferruginosa.
Na embolia séptica, a área de infarto forma um abscesso.
INFARTO BRANCO- MICROSCOPIA
TEMPO EVOLUÇÃO
ALTERAÇÕES
TEMPO EVOLUÇÃO
ALTERAÇÕES
ATÉ 24 HORAS
Neurônio isquêmico ou “vermelho”, edema do neurópilo,
tumefação axonal e da mielina
24 A 36 HORAS
Infiltração de neutrófilos e macrófagos
DIAS, SEMANAS, MESES Gliose, proliferação capilar
(PERÍODO VARÍAVEL)
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm, Tabulações:
Não em 13,41 cm
Formatado: Justificado, Tabulações:
Não em 13,41 cm
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Centralizado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Formatado: Centralizado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
100
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Ataque isquêmico transitório
Aparecimento súbito de déficits neurológicos focais, reversíveis, com duração de poucos
minutos a algumas horas, a maioria de 2 a 15 minutos, não ultrapassando 24 horas.
Morfologia: variável, desde ausência de alterações teciduais até microinfartos, infartos
diminutos e necrose neuronal seletiva
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Infarto lacunar
Caracteriza-se por diminuta cavidade de 0,5 a 15 mm de diâmetro, localizada nos núcleos
da base, no tálamo, na substância branca hemisférica ou na ponte. Causas: isquemia,
hemorragia, infecção ou neoplasia.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI)
Também chamada de isquemia global transitória. Ocorre quando há redução generalizada
do fluxo sanguíneo cerebral (FSC) abaixo dos níveis da autorregulação vascular encefálica, ou
quando há interrupção completa, porém transitória, do FSC, como nos casos de insuficiência
hemodinâmica sistêmica, resultando em dano difuso de todo o encéfalo. A principal causa de EHI
é hipotensão arterial grave.
Morfologia: é bastante variável e depende de fatores como duração e intensidade da
isquemia, idade do indivíduo, uso de medicamentos, entre outros. As alterações compreendem
necrose neuronal seletiva (somente os neurônios são lesados) e necrose tecidual (células gliais e
vasos também são envolvidos). Os neurônios lesados são denominados “neurônios isquêmicos ou
vermelhos”. Alterações macroscópicas são evidentes somente após alguns dias de sobrevida,
notando-se aspecto granular e perda do limite entre córtex cerebral e
substância branca. Depois de algumas semanas, podem ser identificadas áreas de necrose
laminar ou pseudolaminar, acompanhadas de redução da espessura cortical.
Hemorragia cerebral hipertensiva
Representa a causa mais comum de morte entre as doenças vasculares cerebrais. A lesão
acomete mais homens e a etnia negra, sendo mais comum entre 50 e 70 anos de idade.
Morfologia: apresenta-se em geral como hemorragia volumosa, localizada em 80% dos
casos nos hemisférios cerebrais, preferencialmente na parte lateral do putâmen e no tálamo
(60%) e na substância branca de um dos lobos cerebrais (20%). Pela grande extensão da área
acometida, a hemorragia envolve outros componentes dos núcleos da base e a cápsula interna,
podendo romper a parede ventricular ou o córtex cerebral.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Aneurisma sacular
Aneurisma é a lesão vascular caracterizada por dilatação da sua luz devido ao
enfraquecimento da parede. O aneurisma sacular compromete mais o gênero feminino e cerca
de 15% são geneticamente determinados. A maioria dos aneurismas saculares permanece
assintomática ao longo da vida até o momento da ruptura.
Morfologia: localiza-se nos vasos que formam o polígono de Willis, na bifurcação ou
junção dos vasos. Os aneurismas são saculares, esferoidais, medem em geral 1 a 25mm de
diâmetro e aumentam de tamanho com a idade. Sua ruptura é iminente quando alcança cerca de
10mm e leva a hemorragia subaracnoidea.
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Discussão do caso clínico
Paciente sexo feminino, 52 anos, tabagista há 30 anos. Apresentou quadro de início
súbito caracterizado por cefaleia de grande intensidade, convulsão tônico-clônica e hemiplegia
de rápida instalação à direita. Sem sinais meníngeos. Atendida no Pronto Socorro, apresentavase comatosa. A despeito da terapia instituída, evoluiu com sinais de choque hipovolêmico,
parada cardio-respiratória e óbito. A família relatou que a paciente era sedentária e havia
apresentado alguns picos hipertensivos, porém não fazia uso regular da medicação prescrita pelo
seu cardiologista.
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
101
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
102
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Orientações para o tutor
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
O tutor deverá preparar uma aula expositiva para a apresentação do tema. Após a
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Não manter com o próximo
apresentação, o tutor deverá discutir o caso clínico e seus aspectos mais relevantes.
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, Não Negrito
Diagnóstico do caso clínico: hemorragia cerebral hipertensiva.
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Roteiro para estudo
Na presente PL serão apresentadas peças referentes à patologia cirúrgica das doenças
vasculares do sistema nervoso central (hemorragia cerebral parenquimatosa e
hemorragia subaracnóidea). No quadro abaixo, anotar as informações mais pertinentes.
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, Não Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Não manter com o próximo
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, Não Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Feedback
Certificar se todos os alunos conseguiram chegar aos objetivos propostos para esta
atividade. Se necessário, recapitular os aspectos mais importantes.
Organização da atividade
Esta atividade será realizada no laboratório. Os seguintes materiais devem estar disponíveis:
 Laboratório de patologia
 Material audiovisual (data show) para a aula
 Atlas ou livros de Patologia
Formatado: Justificado, Nenhum, À
direita: 0 cm, Espaço Antes: 0 pt,
Depois de: 0 pt, Não manter com o
próximo
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, Não Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 0,63 cm
Formatado: Justificado, Tabulações:
Não em 1,27 cm
Formatado: Justificado
103
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Formatado: Fonte: 11 pt
PL 2- Tumores do Sistema Nervoso Central
Formatado: Fonte: 11 pt
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Não manter com o próximo
Introdução
As neoplasias do SNC têm grande importância na medicina atual por diversos motivos:
incidem em todas as faixas etárias; constituem as neoplasias malignas mais frequentes em
crianças após as leucemias; mostram ampla gama de variações morfológicas, incluindo tumores
benignos e com graus variáveis de malignidade; pode haver progressão de malignidade em alguns
tumores.
O diagnóstico requer correlação dos aspectos morfológicos com os exames de imagem
(TCC e RNM).
Os tumores primários representam 78 a 86% dos tumores intracranianos e os
metastáticos, 14 a 22%.
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Classificação
A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica os tumores cerebrais da seguinte forma
(OMS, 2007):
a)Tumores do tecido neuroepitelial
- Tumores astrocitários (*)
- Tumores oligodendrogliais (*)
- Tumores ependimários (*)
-Tumores do plexo coroide
- Outros tumores neuroepiteliais
- Tumores neuronais e neuronais-gliais mistos
-Tumores da região da pineal
-Tumores embrionários
b) Tumores dos nervos cranianos e paraespinhais
c) Tumores das meninges
d) Linfomas e neoplasias hematopoéticas
e) Tumores de células germinativas
f) Tumores da região selar
g) Tumores metastáticos
(*) tumores de origem astrocitária, oligodendroglial e ependimária recebem a denominação
genérica de gliomas
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
São também graduados pela OMS de acordo com o comportamento biológico/graduação
histológica em:
Grau I: benignos, com baixo potencial proliferativo
Grau II: baixo grau de malignidade
Grau III: moderado grau de malignidade
Grau IV: alto grau de malignidade
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Os critérios histológicos para se definer o grau de um tumor, particularmente os gliomas,
são: atipia citológica; índice mitótico; densidade celular; necrose; proliferação vascular
(definida pela presença de vasos revestidos por uma ou mais camadas de endotélio tumefeito ou
cubóide, por vezes com aspecto glomeruloide).
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Formatado: Justificado
Astrocitomas
104
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
São os mais freqüentes do sistema nervoso. A denominação astrocitoma, sem outra
especificação, designa tumores de crescimento infiltrativo difuso que, conforme seu
comportamento biológico, são classificados como astrocitoma ou astrocitoma difuso (grau II),
astrocitoma anaplásico (grau III) e glioblastoma (grau IV). O astrocitoma pilocítico (grau I) é
exemplo de outro tumor astrocitário.
O quadro clínico dos astrocitomas varia de acordo com sua localização.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Astrocitoma pilocítico
Trata-se de neoplasia benigna (grau I da OMS), de crescimento lento e expansivo, que
acomete crianças e adolescentes. Seus sítios preferenciais são
quiasma óptico/região
hipotalâmica, nervos ópticos, tálamo e núcleos da base e o cerebelo. Os sintomas clínicos se
relacionam a esses sítios de acometimento, dentre eles: disfunção focal, perda visual
progressiva, estrabismo, ataxia, sinais de hipertensão intracraniana,...
Morfologia: macroscopicamente, o tumor pode apresentar diferentes aspectos,
dependendo da localização. Em geral é bem delimitado, com áreas compactas ao lado de outras
mais frouxas, gelatinosas. Microscopicamente, apresentam baixa celularidade, com células
astrocitárias fusiformes de prolongamentos longos, pequenos cistos e fibras de Rosenthal.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Astrocitoma (astrocitoma difuso)
É um tumor de baixo grau de malignidade (grau II) que se infiltra difusamente nas
estruturas cerebrais adjacentes. Localiza-se preferencialmente nos hemisférios cerebrais e,
nesta localização, atinge adultos, mais frequentemente entre 25 e 45 anos. O quadro clínico
varia conforme sua localização.
Morfologia: macroscopicamente, nos hemisférios cerebrais, o tumor tem limites
imprecisos e crescimento infiltrativo difuso. O tecido tumoral é esbranquiçado após fixação e
sua textura é homogênea, compacta, mas pode conter pequenos cistos cheios de material seroso
ou gelatinoso. Histologicamente, o astrocitoma fibrilar é constituído por astrócitos bem
diferenciados, em meio a matriz fibrilar. A densidade celular é moderada ou baixa e não há
atipias acentuadas. Os capilares são delicados e revestidos por camada simples de endotélio
plano. Microcistos são frequentes.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Astrocitoma anaplásico
É assim denominado qualquer astrocitoma difuso que contenha áreas focais ou mais
extensas de anaplasia.
Morfologia: macroscopicamente, o tecido tumoral é brancacento, cinza escuro e
granular. O tumor e o edema que se forma ao seu redor podem levar ao desvio das estruturas da
linha média para o lado oposto. Microscopicamente, a densidade celular é moderada/elevada,
havendo atipias nucleares número variável de células gigantes uni/multinucleadas e figuras de
mitose. Os capilares são delicados e revestidos por camada única de endotélio.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Glioblastoma
É o tumor primário maligno mais frequente do SNC e o glioma mais comum. Corresponde
ao astrocitoma de alto grau de malignidade (grau IV), altamente agressiva, com crescimento
rápido, destruição de extensas áreas do parênquima e prognóstico sombrio. A maioria dos
pacientes, mesmo após tratamento oncológico adequado, mostra recidivas precoces e
frequentes.
É neoplasia própria do adulto, com maior freqüência entre 45 e 70 anos e acomete
preferencialmente a região supratentorial (predileção pela substância branca dos hemisférios
cerebrais). Provoca manifestações clínicas de hipertensão intracraniana e sinais e sintomas
focais, conforme a sede do tumor.
Morfologia: macroscopicamente, o tumor é granular, friável, sem brilho, com extensa
área de necrose, misturada ou não com focos de hemorragia. Pode atingir mais de um lobo e
provoca quase sempre assimetria dos hemisférios cerebrais. Microscopicamente, há expressiva
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
105
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
hipercelularidade, com proliferação de células atípicas, alto índice mitótico e presença de
necrose em pseudopaliçada. A vascularização é muito abundante e representada por capilares e
vasos de pequeno calibre revestidos por uma ou mais camadas de endotélio hipertrófico ou
cuboide, podendo adquirir aspecto glomeruloide.
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Fig 1: Glioblastoma (exame de imagem):
massa volumosa, áreas císticas de
necrose e captação periférica de contraste
Fig 2: Glioblastoma: hipercelularidade, atipias
celulares e necrose em pseudopaliçada
Oligodendroglioma
É um tumor de baixa malignidade (grau II), de crescimento lento e evolução longa, que
incide preferencialmente em adultos entre os 30 e 60 anos. A sede mais comum é o córtex e a
substância branca dos lobos frontal, temporal e parietal.
Morfologia: macroscopicamente, o tumor é sólido, produz alargamento do giro afetado e
apagamento do limite córtex-substância branca e a superfície de corte é granular ou
homogênea. Microscopicamente, há proliferação de células arredondadas com halos claros
perinucleares (aspecto em “ovo frito”), além de capilares delicados e ramificados.
Meduloblastoma
Tumor de alto grau de malignidade (grau IV), de crescimento rápido, que se origina no
cerebelo e propaga-se, precocemente, para outros segmentos do encéfalo e da medula espinhal.
É o segundo tumor em frequência nos pacientes abaixo dos 20 anos. Embora haja ainda
controvérsias sobre sua histogênese, para a maioria dos autores o meduloblastoma origina-se de
células indiferenciadas que formam a camada granular externa. A malignidade do
meduloblastoma só é suplantada pelo glioblastoma e, invadindo o IV ventrículo, determina
precocemente bloqueio liquórico. Por isso e pela sua sede, provoca sinais e sintomas de
hipertensão intracraniana, acrescidos de síndrome cerebelar (por ex., ataxia).
Morfologia: macroscopicamente, o tumor é bem delimitado, mole, róseo-acinzentado e
finamente granular. Quando na linha mediana, preenche precocemente o IV ventrículo.
Microscopicamente, destaca-se a hipercelularidade. As células são pequenas, de citoplasma
escasso, com núcleos hipercromáticos, arredondados, ovalados ou de contorno anguloso. Figuras
de mitose são frequentes. Nos tumores mais diferenciados, as células formam pequenas rosetas
neuroblásticas (de Homer Wright). Os vasos sanguíneos são de pequeno calibre e só
ocasionalmente exibem proliferação endotelial. Focos de necrose são relativamente incomuns.
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Ependimoma
Tumor de baixa malignidade (grau II) que se origina das células do epêndima,
relacionando-se com o sistema ventricular encefálico. Embora possa surgir em qualquer parte do
sistema ventricular, a sede mais comum é o IV ventrículo de crianças abaixo de 10 anos
(causando hidrocefalia obstrutiva), além da medula espinhal.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
106
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Morfologia: macroscopicamente, o tumor é sólido, firme, homogêneo, acinzentado, de
aspecto granular e limites nítidos. Histologicamente, as células tumorais são pequenas e
uniformes e se arranjam em rosetas ou mais frequentemente em pseudorrosetas perivasculares.
Não há atipias ou figuras de mitose.
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Fig 3: ependimoma com pseudorroseta
perivascular
Meningiomas
Os meningiomas são, em sua maioria, tumores benignos de adultos e incidem
preferencialmente em mulheres (há indícios de que hormônios sexuais femininos desempenham
papel no seu crescimento, devido à presença de receptores de progesterona na neoplasia).
A localização predominante é parassagital, devido à aderência à dura-máter na região do seio
sagital superior.
Morfologia: macroscopicamente, são tumores bem delimitados, de consistência firme, de
superfície externa lisa ou nodular, aderidos na face interna da dura-máter, que comprimem o
encéfalo sem formar aderências. Microscopicamente, o padrão é variável: as lesões benignas são
constituídas por massas de células sinciciais formando estruturas arredondadas em
“redemoinhos” (verticilos), com focos de calcificação.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Metástases cerebrais
O SNC é sede frequente de metástases cerebrais por via sanguínea, sendo os tumores
primários mais frequentes os carcinomas de mama, pulmão, os melanomas e os carcinomas de
rim e cólon. Os sinais e sintomas clínicos são muito variados.
Morfologicamente, apresentam-se como nódulos esferoides, bem delimitados, múltiplos
em 50% dos casos e em sua maioria localizados na junção entre o córtex e a substância branca
encefálica. A microscopia depende do tumor primário.
Formatado: Justificado
Apresentação e discussão de caso clínico
Formatado: Justificado
Paciente FHM, 38 anos, sexo feminino, gestante na 27a semana de gravidez. Procurou
neurologista com relato de cefaleia e crise convulsiva focal. Exame de imagem: nódulo
circunscrito superficial.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
107
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Orientações para o tutor
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
O tutor deverá preparar uma aula expositiva para a apresentação do tema. Após a
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
apresentação, o tutor deverá discutir o caso clínico e seus aspectos mais relevantes.
Diagnóstico do caso clínico: meningioma
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Feedback
Certificar se todos os alunos conseguiram chegar aos objetivos propostos para esta atividade. Se
necessário, recapitular os aspectos mais importantes.
Organização da atividade
Esta atividade será realizada no laboratório. Os seguintes materiais devem estar disponíveis:
 Laboratório de patologia
 Material audiovisual (data show) para a aula
 Atlas ou livros de Patologia
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
108
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
PL 3- Patologia cirúrgica das meningoencefalites
Introdução
O encéfalo e a medula espinhal são bem protegidos contra os diversos agentes infecciosos
por meio de várias estruturas anatômicas, como ossos do crânio, coluna vertebral, meninges e
barreira hematoencefálica. Entretanto, quando essas barreiras são ultrapassadas, os meios de
defesa do tecido nervoso são pouco eficazes para combater a progressão da infecção.
Além disso, em pacientes imunossuprimidos, o SNC é também frequentemente
comprometido por infecções oportunistas, que contribuem para o aumento da morbimortalidade nesses pacientes.
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Infecções bacterianas
Leptomeningites purulentas
O termo meningite refere-se principalmente à infecção das leptomeninges (piaaracnoide), uma vez que a infecção da dura-máter é pouco frequente. As meningites bacterianas
podem ser divididas em agudas e crônicas e, conforme o tipo de exsudato, em purulentas e
granulomatosas.
As principais leptomeningites bacterianas agudas são determinadas por microorganismos
que apresentam incidência variável de acordo com a faixa etária acometida:
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Tabela formatada
Período neonatal: estreptococo do grupo B e bacilos gram-negativos
Até 15 anos: Haemophilus influenzae e meningococo
Adultos jovens: meningococo e pneumococo (S. pneumoniae)
Acima de 40 anos: pneumococo e meningococo
Período neonatal: estreptococo do grupo B e bacilos gram-negativos
Até 15 anos: Haemophilus influenzae e meningococo
Adultos jovens: meningococo e pneumococo (S. pneumoniae)
Acima de 40 anos: pneumococo e meningococo
Na maioria dos casos, a bactéria atinge o SNC por via hematogênica, podendo haver outros meios
de penetração, como extensão de processos infecciosos de seios da face e ouvido médio,
osteomielites, implantação direta por procedimentos invasivos ou fraturas cranianas, dentre
outros.
Morfologicamente, observa-se congestão dos vasos leptomeníngeos e distensão do espaço
subaracnoideo por exsudato opaco, branco-amarelado e por vezes esverdeado, por toda a
convexidade cerebral. Microscopicamente, neutrófilos e deposição de fibrina são vistos no
espaço subaracnoideo.
Empiema subdural
As infecções purulentas que atingem o espaço subdural são geralmente secundárias a
sinusites, otites ou osteomielites, por extensão direta ou por via venosa, ou decorrem de
fraturas cranianas associadas a abscessos epidurais. O diagnóstico e a drenagem cirúrgica
precoces podem levar à cura do paciente.
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Meningoencefalite bacteriana crônica – Leptomeningite tuberculosa
109
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
É a forma mais comum de neurotuberculose e atinge preferencialmente crianças abaixo
de cinco anos. O bacilo de Koch chega até a leptomeninge por via hematogênica e muitas vezes
coexiste disseminação miliar em outros órgãos. As consequências da leptomeningite tuberculosa
estão relacionadas ao bloqueio da circulação liquórica nas cisternas basais, com hidrocefalia e
hipertensão intra-craniana, rigidez de nuca e paralisia de nervos cranianos.
Morfologia: macroscopicamente, observa-se exsudato branco ou branco-acinzentado
consistente, gelatinoso e elástico, mais intenso na base encefálica e aderido ao polígono de
Willis, raízes de nervos cranianos e cisternas basais. Microscopicamente, essas áreas
correspondem a focos extensos de meningoencefalite, com granulomas constituídos por área
central de necrose caseosa envolvida por macrófagos, células gigantes multinucleadas, linfócitos
e plasmócitos.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Abscesso cerebral
É uma infecção supurativa focal aguda e constitui a segunda infecção purulenta mais
frequente do SNC, colocando-se logo após as meningites bacterianas. As bactérias mais
comumente isoladas são estreptococos, bacilos gram-negativos, estafilococos e bacterioides.
Morfologicamente, o abscesso é formado, inicialmente, por área mal delimitada e
irregular de necrose hemorrágica e edema; após, por necrose liquefativa central, purulenta,
envolvida por tecido nervoso edemaciado contendo tecido de granulação. Mais tardiamente, há
formação de cápsula fibrosa espessa.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Infecções por vírus
As infecções virais do SNC ocorrem de forma esporádica, endêmica ou epidêmica. As
esporádicas são pouco frequentes em indivíduos imunocompetentes e em imunossuprimidos são
causa importante de infecção oportunista. O hospedeiro adquire o vírus por inalação, ingestão,
inoculação ou transmissão vertical transplacentária. As principais vias de penetração no SNC são
hematogênica e neural (via axonal).
As infecções resultantes podem assumir as formas aguda, latente ou crônica.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Infecções fúngicas
Nas últimas décadas, tem-se visto um aumento da incidência de infecções fúngicas do
SNC devido ao aumento do número de indivíduos imunossuprimidos.
Na grande maioria dos casos, o envolvimento do SNC é secundário à disseminação
hematogênica a partir de foco pulmonar ou no tubo digestivo.
Os sinais e sintomas são incaracterísticos; vão variar de acordo com o sítio acometido e a
forma de evolução, se subaguda ou crônica. O padrão das lesões depende do tipo de fungo e do
estado imunológico do hospedeiro.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Infecções por protozoários: Toxoplasmose cerebral
A toxoplasmose, doença causada pelo Toxoplasma gondii, é uma das principais causas de
sintomas neurológicos e de morbidade de pacientes com AIDS. Há basicamente duas formas de
transmissão: por via transplacentária (toxoplasmose congênita) quando a gestante adquire a
infecção e a ingestão de alimentos e água contaminados com oocistos.
Morfologicamente, as lesões dos diferentes órgãos dependem do local atingido e são
representadas por necrose e infiltrado de mononucleares.
Infecções por helmintos
Neurocisticercose
É caracterizada pela presença de larvas (cisticercos) da Taenia solim no SNC, após a
ingestão de ovos eliminados nas fezes pelo verme adulto (heteroinfecção associada a falta de
higiene).
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
110
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Após a penetração do cisticerco no SNC, ele permanece viável por alguns anos, tempo
que depende da maior ou menor tolerância imunológica do hospedeiro. Somente após a morte
do cisticerco é que há exposição maciça de antígenos, intensificação da resposta imune e da
reação inflamatória, que coincide com com o aparecimento ou agravamento dos sintomas.
Há enorme variedade de aspectos anatomopatológicos que a infecção pode assumir,
agrupando-se nas seguintes formas: assintomática (mais comum em necropsias), convulsiva
(forma sintomática mais comum), meningite cisticercósica, forma intraventricular,
cerebrovascular, espinhal e disseminada.
Formatado: Justificado
Neuroesquistossomose
Os vermes ou seus ovos chegam ao SNC por embolização esparsa ou maciça, por via
arterial ou através do fluxo venoso retrógrado a partir do sistema portomesentérico. A
esquistossomose da medula espinhal é a mais frequente do SNC, sendo mais acometidos os
segmentos lombossacro e a cauda equina. Manifesta-se por fraqueza nos membros inferiores,
retenção urinária ou fecal, parestesia ou hipoestesia.
Como nos demais órgãos, os ovos desencadeiam a formação de granulomas e fibrose.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Apresentação e discussão de caso clínico
Paciente 17 anos com quadro de déficit neurológico focal e diminuição do nível de
consciência. História recente de otite, para a qual o paciente não seguiu corretamente o
tratamento.
Orientações para o tutor
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt
O tutor deverá preparar uma aula expositiva para a apresentação do tema. Após a
apresentação, o tutor deverá discutir o caso clínico e seus aspectos mais relevantes.
Diagnóstico do caso clínico: empiema subdural.
Roteiro para estudo
Na presente PL será apresentada lâmina referente à leptomeningite aguda. No quadro
abaixo, anotar as informações mais pertinentes.
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
111
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Orientações
 Siga o roteiro abaixo. Focalize a lâmina com a objetiva de menor aumento e, em
seguida, com a objetiva de 10x, obtendo uma visão panorâmica do segmento ou
órgão estudado. Os principais componentes e os tipos celulares deverão ser
estudados com a objetiva de 40x e/ou a objetiva de 100x, dependendo da
orientação do professor.
 Esquematize o campo observado, indicando com setas as principais características
de cada corte histológico.
Espaço para
anotação dos
aspectos
observados
Feedback
Certificar se todos os alunos conseguiram chegar aos objetivos propostos para esta atividade. Se
necessário, recapitular os aspectos mais importantes.
Organização da atividade
Esta atividade será realizada no laboratório. Os seguintes materiais devem estar disponíveis:
 Laboratório de patologia
 Material audiovisual (data show) para a aula
 Atlas ou livros de Patologia
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, 11 pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
112
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
PL 4- Síndrome de hipertensão intracraniana- Edema cerebralHérnias cerebrais
Doenças degenerativas do Sistema Nervoso Central
Síndorme da hipertensão intracraniana
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Introdução
No SNC, qualquer lesão expansiva ou que resulte em efeito de massa leva ao aumento da
pressão intracraniana, uma vez que as estruturas encefálicas estão contidas em uma caixa óssea
inexpansível (após a ossificação das suturas).
Quando surge lesão expansiva no interior da caixa craniana, o encéfalo procura adaptarse à nova situação, reduzindo primeiramente o espaço liquórico intraventricular e subaracnoideo
e, posteriormente, o compartimento intravascular; a chamada compensação espacial. Isto pode,
por algum tempo, minimizar os efeitos do aumento da pressão intracraniana. Com o avançar do
processo, esse mecanismo torna-se ineficaz, instalando-se hipertensão intracraniana (HIC)
quando a pressão no compartimento liquórico ultrapassar 15mmHg.
As manifestações clínicas da HIC geralmente associam-se com os sintomas e sinais
neurológicos focais produzidos pela lesão expansiva. São cefaleia (mais intensa ao despertar),
vômito e papiledema. O aumento da pressão intracraniana (PIC) resulta em duas consequências
graves potencialmente fatais: hérnias cerebrais e redução da pressão de perfusão cerebral.
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Edema cerebral
É o acúmulo anormal de água no espaço intra e/ou extracelular do tecido nervoso,
localizado ou difuso, causando aumento de volume do cérebro e hipertensão intracraniana. Pode
resultar de aumento da permeabilidade capilar cerebral, isquemia, aumento da pressão
intravascular ou diminuição da osmolaridade plasmática.
Pode ser classificado em:
-vasogênico: é o mais comum e resulta do aumento da permeabilidade capilar por lesão
da barreira hematoencefálica. O acúmulo de líquido é maior na substância branca.
Aparece em infartos, abscessos, neoplasias, dentre outras causas.
-citotóxico ou celular: resulta da diminuição do oxigênio circulante, com consequente
alteração do transporte de íons transmembrana.
-intersticial: surge em casos de hidrocefalia obstrutiva, decorre de obstrução da
circulação liquórica e aumento da pressão intraventricular, forçando o líquor a migrar
através do epêndima para a substância branca periventricular
-hiposmótico: decorre da diminuição da osmolaridade do plasma. Exemplos: secreção
inapropriada de hormônio antidiurético, hiponatremia, infusão intravenosa de grande
quantidade de solução salina ou glicosada.
Morfologicamente, observa-se aumento de peso e volume do cérebro, com apagamento
dos sulcos e achatamento dos giros, além de redução dos espaços intraventriculares. A superfície
de corte é úmida e brilhante
Hérnias cerebrais
Hérnia do giro do cíngulo
Quando uma lesão expansiva localiza-se na região frontoparietal de um hemisfério
cerebral, pode haver deslocamento parcial ou total do giro do cíngulo homolateral para o lado
oposto, por baixo da borda livre da foice do cérebro.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado, Recuo: À
esquerda: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Hérnia do giro paraipocampal (do úncus)
113
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Forma-se nas lesões expansivas do lobo temporal ou da porção lateral do hemisfério
cerebral. O úncus se desloca ventromedialmente para o compartimento infratentorial através do
espaço entre a borda da incisura da tenda e o pedúnculo cerebral. Em consequência, ocorre
compressão do nervo oculomotor, do pedúnculo cerebral e do mesencéfalo, com deslocamento
caudal deste último. Com a compressão do mesencéfalo, ocorre obstrução do aqueduto,
causando bloqueio liquórico e piora da hipertensão intracraniana.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Hérnia das tonsilas cerebelares
É encontrada de modo mais intenso nas lesões expansivas da fossa posterior, embora
possa também ser observada em lesões supratentoriais. Caracteriza-se pelo deslizamento
inferior das tonsilas cerebelares pelo forame magno, ganhando o canal vertebral e comprimindo
o bulbo. Compressão e distorção do bulbo produzem alterações respiratórias que podem
culminar em parada respiratória (apneia), por compressão dos centros respiratórios, causando
coma por hipóxia.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Robbins – Patologia estrutural e
funcional., 6a ed. cap.30, p.1160,
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Doenças degenerativas do sistema nervoso central
Introdução
As doenças degenerativas do SNC são importantes causas de demência. O diagnóstico
preciso dessas doenças, que têm em comum a perda seletiva e progressiva de neurônios em uma
ou mais regiões anatômicas do sistema nervoso é importante pois, apesar de muitas serem
esporádicas, há casos com base genética e incidência familiar. Além disso, é preciso descartar
demências de causas tratáveis como as demências vasculares, cada vez mais frequentes em
nosso meio.
São características gerais desse grupo de doenças a perda progressiva e seletiva de
neurônios, o surgimento sem qualquer evento incitante claro em pacientes sem déficits
neurológicos prévios e a presença de acúmulos neuronais de proteínas resistentes aos
mecanismos usuais de degradação.
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Doença de Alzheimer
114
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
A Doença de Alzheimer (DA) é a causa mais comum de demência no idoso e sua
prevalência aumenta exponencialmente entre 65 e 95 anos de idade.
Clinicamente, observa-se um comprometimento insidioso da função intelectual superior,
com alterações do humor e comportamento, além de desorientação progressiva, perda da
memória e afasia. O diagnóstico seguro e definitivo da DA é feito pelo exame neuropatológico.
Morfologicamente, observa-se redução do peso do encéfalo e hipotrofia cortical difusa,
bilateral e simétrica, predominando nos lobos temporal, frontal e parietal, caracterizada por
alargamento dos sulcos e estreitamento dos giros. Em consequência da hipotrofia cerebral,
observa-se dilatação do sistema ventricular.
Os pacientes com Alzheimer apresentam as mesmas alterações microscópicas que
ocorrem no envelhecimento normal, porém em intensidade muito maior: há perda de neurônios
corticais nos lobos temporal e frontal, no hipocampo e em outras estruturas.
As alterações características são as placas senis, os emaranhados neurofibrilares, a
degeneração granulovacuolar e a angiopatia amiloide, especialmente as duas primeiras,
indispensáveis para o diagnóstico da doença. O peptídeo beta-amiloide é o principal componente
das placas senis e dos depósitos extracelulares de amiloide.
O curso da doença é invariavelmente progressivo, geralmente sobrevindo óbito em torno
do oitavo ano de evolução, por broncopneumonia, doenças cardiovasculares e embolia
pulmonar.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt, Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Doença de Parkinson
A Doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurodegenerativo que envolve os sistemas
dopaminérgico, noradrenérgico, serotoninérgico e colinérgico, caracterizado por sinais e
sintomas motores (parkinsonismo) e não motores (depressão, transtorno do sono, demência,
distúrbios gastrointestinais).
O parkinsonismo é uma síndrome clínica caracterizada por diminuição da expressão
facial, postura encurvada, lentidão dos movimentos voluntários, marcha festinante, rigidez e
tremor. O parkinsonismo pode ser causado por diversas condições, incluindo uso de drogas
neurolépticas e a Doença de Parkinson propriamente dita (parkinsonismo idiopático).
A idade de manifestação dos sintomas motores tem pico entre 55 e 65 anos. Há raros
casos da forma familiar, a maioria de herança autossômica dominante, tendo sido identificadas
mais de dez mutações. A lesão característica é a despigmentação da substância negra do
mesencéfalo, que corresponde a perda neuronal. O mesmo pode ser observado no locus
ceruleus. Alguns neurônios remanescentes dessa região exibem os corpos de Lewy.
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Discussão do caso clínico
Paciente sexo masculino, 72 anos. Foi levado ao pronto atendimento pelo SAMU, com
quadro de parada cardiorrespiratória, sendo reanimado por cerca de 40 minutos. Evoluiu para
óbito. A figura ilustra alguns dos aspectos do encéfalo
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
115
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Orientações para o tutor
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
O tutor deverá preparar uma aula expositiva para a apresentação do tema. Após a
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Não manter com o próximo
apresentação, o tutor deverá discutir o caso clínico e seus aspectos mais relevantes.
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, Não Negrito
Diagnóstico do caso clínico: edema cerebral
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, Não Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Não manter com o próximo
Feedback
Certificar se todos os alunos conseguiram chegar aos objetivos propostos para esta atividade. Se
necessário, recapitular os aspectos mais importantes.
Organização da atividade
Esta atividade será realizada no laboratório. Os seguintes materiais devem estar disponíveis:
 Laboratório de patologia
 Material audiovisual (data show) para a aula
 Atlas ou livros de Patologia
Formatado: Fonte: (Padrão)
Trebuchet MS, Não Negrito
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Trebuchet MS, 11
pt
Formatado: Justificado
116
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
PRÁTICA AMBULATORIAL
117
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Introdução e Justificativa
Formatado: Justificado
Na última década, a Estratégia de Saúde da Família (ESF) - e a Reforma Psiquiátrica
Brasileira (RPB) têm trazido contribuições importantes no sentido da reformulação da atenção à
saúde no país. Ambos defendem os princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS) e
propõem uma mudança radical no modelo de assistência à saúde, privilegiando a
descentralização e a abordagem comunitária / familiar, em detrimento do modelo tradicional,
centralizador e voltado para o hospital. Estas políticas de saúde vêm trazendo grandes avanços
no processo de municipalização da saúde e vêm contribuindo para a transformação do modelo
assistencial vigente em nosso país.
Levando em conta o exposto acima, o Ministério da Saúde (MS), representado pelas Áreas
Técnicas de Saúde Mental e da Atenção Básica, promoveram duas oficinas de trabalho. Esses
encontros tiveram, como objetivo, acumular informações e vivências no sentido de formalizar
uma proposta concreta e conjunta no sentido da incorporação de ações de saúde mental por
parte das equipes da ESF em todo o território nacional. No Primeiro Seminário de
Incorporação de Ações de Saúde Mental na Atenção Básica em 2001, participaram 62 pessoas,
de diversos estados brasileiros. Em 2003, houve novo encontro, que contou com a participação
de 49 pessoas, cujos resultados foram consolidados no Relatório da Oficina de Saúde Mental:
Desafios da Integração com a Rede Básica. Dois outros eventos foram promovidos com os
mesmos objetivos: o Seminário Internacional para Formação de Recursos Humanos na Saúde
Mental, em 2002 e o Seminário de Saúde Mental na Atenção Básica - O Vínculo e o Diálogo
Necessários, realizado durante a última reunião do Colegiado de Coordenadores de Saúde
Mental em 2004. Mais recentemente, com a Portaria GM 154/2008, a Coordenação da Atenção
Básica do MS reconheceu a importância de que hajam maiores avanços na implantação das
ações de saúde mental na Atenção Primária através da implantação dos Núcleos de Apoio à
Saúde da Família (NASF). Essa Portaria recomenda, fortemente, a inclusão de profissionais de
saúde mental como operadores do Apoio Matricial1.
Todas essas iniciativas ratificaram o Relatório Anual da Organização Mundial de Saúde
(OMS) de 2001 que recomenda, de forma enfática, a incorporação de ações de saúde mental na
atenção primária, como estratégia fundamental para ampliação do acesso à esta modalidade de
assistência.
É importante destacarmos que os problemas relacionados à saúde mental ocupam um
lugar de destaque no adoecimento da população. Pesquisas apontam para prevalências de 20 a
40 % de transtornos mentais em estudos de base populacional e em serviços de saúde. Estudos
recentes da OMS indicam que entre indivíduos com idade entre 15 e 44 anos, constatou-se que
12,3% da sobrecarga total decorrente de doença são originados de transtornos mentais, assim
como 30,8% dos Anos Vividos com Incapacidade (AVI). Transtornos psiquiátricos graves fazem
parte destas estatísticas, como: depressão unipolar, dependência de álcool, esquizofrenia,
transtorno de humor bipolar.
Os Serviços de Saúde Mental, existentes na maioria das cidades brasileiras, têm se
dedicado a desinstitucionalização de usuários longamente internados e ao tratamento do
sofrimento psíquico grave. Além disso, uma grande parte do sofrimento psíquico continua sendo
objeto do trabalho da atenção básica.
Formatado: Justificado, Espaçamento
entre linhas: simples
1
O Apoio Matricial constitui um arranjo organizacional que visa outorgar suporte técnico em áreas específicas às
equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas de saúde para a população. Nesse arranjo, profissionais
de alguma área da saúde, compartilham alguns casos com a equipe de saúde local (no caso, as equipes da ESF de um
dado território). Esse compartilhamento se produz em forma de co-responsabilização pelos casos, que pode se efetivar
através de discussões conjuntas de casos, intervenções conjuntas junto às famílias e comunidade ou em atendimentos
conjuntos. A responsabilização compartilhada dos casos exclui a lógica do encaminhamento, pois visa aumentar a
capacidade resolutiva de problemas de saúde pela equipe local estimulando a interdisciplinaridade e a aquisição de
novas competências para a atuação em saúde. Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Saúde Mental no SUS: Os centros de atenção psicossocial. Brasília: 2004. Série F. Comunicação e
Educação em Saúde.
118
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
No Brasil ainda são poucos os estudos sobre transtornos mentais proveniente de pacientes
que freqüentam as unidades gerais de saúde e, em particular, as unidades vinculadas à
Estratégia Saúde da Família (ESF). No Quadro 01, destacamos os principais estudos de
prevalência de transtornos mentais em unidades básicas de saúde realizados no país:
Quadro 01. Prevalência de Transtornos Mentais em Unidades de Atenção Geral a Saúde no
Brasil
AUTOR
ANO
LOCAL
INSTRUMENTO
RESULTADOS
Busnello et al. 1983
Mari
1986
1987
Centro de Saúde
SRQ-20
Entrevista clínica
Centro de Saúde / SRQ-20
Ambulatório Geral GHQ12(2/3)
de Hospital
CIS
TMC: 55%
Casos Confirmados: 48,5%
TMC: 47 a 56%
TMM:25 a 27%
Iacoponi
1989
Centro de Saúde
SRQ20
TMC: 53%
Villano
1995
GHQ-12
CIDI
TMC: 20,9% a 41,8%
TMM: 38%
Fortes
2004
Ambulatório
Medicina Integral
(Geral) em Hosp.
Universitário
Unidade de Saúde
da Família
GHQ12
CIDI
TMC: 56%
TMM: 33%
Nota: TMC (Transtornos Mentais comuns), TMM (Transtornos Mentais Maiores), SRQ (SelfReporting Questionnaire), GHQ(General Health Questionnaire), CIS(Clinical Interview
Shedule), CIDI(Composite International Diagnostic Interview)
Fonte: Adaptado de Fortes (2004)
Dentre os estudos apresentados, o de Fortes (2004) merece uma exposição mais detalhada
de seus resultados já que foi o único que ocorreu dentro do atual contexto da ESF. Foram
avaliados 714 pacientes atendidos em 5 unidades da ESF do município de Petrópolis, Estado do
Rio de Janeiro, entre agosto a dezembro de 2002. Detectou-se uma prevalência média de 56% de
Transtornos Mentais Comuns (TMC) nos pacientes, sendo que 33% do total eram de quadros
graves. Constituía-se principalmente de Transtornos Depressivos e Ansiosos, destacando-se
também os Transtornos Somatoformes e Dissociativos. A conclusão do estudo confirma a alta
prevalência de TMC na clientela da ESF, e esta se apresenta principalmente a partir de
transtornos ansiosos, depressivos, somatoformes e dissociativos. Esses resultados apontam para a
importância da estruturação de formas de atendimento alternativas, incluindo não
medicamentosas, e a necessidade de se capacitar as equipes da ESF para a abordagem dos
problemas psicossociais dessa clientela.
A autora aponta que, embora alta, a presença de patologia mental nos pacientes
atendidos na rede básica de saúde, costuma passar despercebida no atendimento prestado a
esses pacientes. Segundo alguns estudos internacionais é baixa a eficiência do atendimento a
esses pacientes nesse nível do sistema de saúde. Um dos fatores que diminuem a qualidade
desse atendimento é a incapacidade dos profissionais, principalmente médicos, de corretamente
diagnosticar e tratar as patologias mentais presentes na sua clientela habitual. Dentre as
dificuldades encontradas pelos profissionais médicos destaca-se a forma de apresentação do
sofrimento mental nesses casos. Como já foi dito, predomina nesses pacientes a apresentação de
sintomas físicos associados às patologias mentais, e esses não são compreendidos pelos médicos
gerais como manifestações de transtorno mental. Freqüentemente o que aparece são queixas
somáticas difusas, inespecíficas e mal caracterizadas, que não são reconhecidas como estando
Formatado: Justificado
Formatado: Justificado, Nenhum,
Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0 pt,
Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum,
Espaçamento entre linhas: simples,
Não manter com o próximo, Borda:
Superior: (Sem borda), Inferior: (Sem
borda), Esquerda: (Sem borda), Direita:
(Sem borda)
Formatado: Justificado
Formatado: Fonte: Não Negrito
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum,
Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0 pt,
Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum,
Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0 pt,
Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum,
Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0 pt,
Não manter com o próximo
Formatado
...
Formatado
...
Formatado
...
Formatado
...
Formatado: Justificado
Formatado
...
Formatado
...
Formatado
...
Formatado
...
Formatado
...
Formatado
...
Formatado
...
Formatado: Fonte: Não Negrito
Formatado
...
Formatado: Justificado
Formatado
...
Formatado
...
Formatado: Justificado
Formatado
...
Formatado: Justificado
Formatado
...
119
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
associadas a transtornos mentais e que constituem a maioria dos ditos “pacientes
poliqueixosos”, grandes usuários de serviços médicos.
O MS e a OMS acreditam que uma rede diversificada de serviços de saúde mental,
articulada com a incorporação de ações de saúde mental na atenção básica, contribuirá para
acelerar o processo da Reforma Psiquiátrica Brasileira, oferecendo melhor cobertura assistencial
aos agravos mentais que, historicamente, apresentam grande dificuldade para entrar no circuito
de atenção à saúde no âmbito do SUS.
A atenção em saúde mental deve ser feita dentro de uma rede de cuidados, de base
territorial e atuação transversal com outras políticas específicas e que busquem o
estabelecimento de vínculos e acolhimento. Por isso fazem parte também da atenção básica
tendo em vista sua caracterização como porta de entrada preferencial do sistema de saúde. Essa
atenção deve fundamentar-se nos princípios do SUS, principalmente os princípios da
universalidade, da equidade e da integralidade e nos princípios da Reforma Psiquiátrica: cuidar
em liberdade, tutelar para a autonomia e trabalhar para a emancipação da vida.
Como podemos observar, nos últimos anos, a implantação das políticas da saúde no
âmbito da Atenção Básica e da Saúde Mental têm apresentado inúmeras convergências.
Podemos sintetizar como princípios fundamentais dessa articulação, os seguintes
aspectos:
- A organização da atenção à saúde deve obedecer ao modelo de redes de cuidado, de
base territorial e atuação transversal com outras políticas específicas e que busquem o
estabelecimento de vínculos e acolhimento;
- A responsabilidade pelo cuidado aos usuários no território deve ser compartilhada entre
as equipes da Atenção Básica e Equipes de Saúde Mental, excluindo a lógica do
encaminhamento, visando aumentar a capacidade resolutiva de problemas de saúde pela
equipe local;
- Desinstitucionalização dos usuários longamente internados em hospitais psiquiátricos e
redução das internações psiquiátricas em geral;
- Integralidade: a atenção básica deve responsabilizar-se por todos os usuários residentes
em seu território, inclusive pelas necessidades de saúde das pessoas com transtornos
mentais severos e persistentes;
- Multiprofissionalidade/interdisciplinaridade: a atenção à saúde mental exige trabalho em
equipe;
- Reabilitação psicossocial: visa à promoção da cidadania e à construção da autonomia
possível de usuários e familiares;
A Política de Saúde Mental de Belo Horizonte vem sendo construída há 15 anos dentro
dessas diretrizes. Sua rede de dispositivos é composta pelos serviços específicos de cuidados em
saúde mental (09 Centros de Referência em Saúde Mental – CERSAM, 58 Equipes de Saúde Mental
da Rede Básica, 10 Serviços Residenciais Terapêuticos, 09 Equipes Complementares de Atenção à
Criança e ao Adolescente), pelas unidades assistenciais de saúde geral (01 Serviço de Urgência
Psiquiátrica no Hospital Geral, SAMU e 508 Equipes da Estratégia de Saúde da Família), além dos
recursos intersetoriais e da comunidade (09 Centros de Convivência e 01 Incubadora de
Empreendimentos Solidários).
Em Belo Horizonte, a implantação da Estratégia de Saúde da Família no ano de 2002
imprimiu uma nova dinâmica no trabalho das Equipes de Saúde Mental, psiquiatras e
psicólogos, que atuavam na rede básica de saúde desde a década de 80. Atualmente estas
equipes realizam o chamado Apoio Matricial junto às equipes da rede básica de saúde. Assim,
as Equipes de Referência em Saúde Mental lotadas nos Centros de Saúde, bem como nos
CERSAM, são as responsáveis pela condução direta dos usuários portadores de transtornos
mentais de maior complexidade, ao mesmo tempo em que matriciam as Equipes da Estratégia
de Saúde da Família com o objetivo de que estas atendam de forma resolutiva os casos de
menor complexidade assistencial, bem como colaborem na assistência aos quadros mais
severos e persistentes.
120
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
O termo “matricial” está relacionado à noção de matriz, isto é, lugar de onde algo
emerge, é gerado, criado. No entanto, para que algo novo seja criado é necessário o encontro
de diferentes saberes e práticas. Dessa forma, o apoio matricial da saúde mental às equipes da
atenção básica proposto nada mais é que o encontro destes diferentes conhecimentos, saberes,
práticas para que a partir desse encontro possam se constituir propostas de ações na construção
de Projetos Terapêuticos Singulares. Assim, o saber em saúde mental historicamente
reconhecido como inerente a determinados profissionais é compartilhado com a equipe da
atenção básica.
De maneira prática, o matriciamento ocorre quando os profissionais de saúde mental se
reúnem com os profissionais da rede básica para discussão de casos e planejamento de ações
conjuntas, nas reuniões semanais de microárea ou nas reuniões distritais, que ocorrem a cada 21
dias. Estes encontros são fundamentais para a adequação das condutas prestadas na rede
assistencial de Belo Horizonte já que a experiência acumulada até aqui aponta que as ações de
saúde mental desenvolvidas na atenção básica, em alguns locais, são orientadas pela prática da
psiquiatria tradicional, onde a medicalização e o encaminhamento para a rede especializada são
os instrumentos de escolha. Esta condição não vai ao encontro do que prevê a Reforma
Psiquiátrica e a Política Nacional de Saúde Mental, pois as práticas de saúde mental
desenvolvidas na atenção básica não devem apresentar um caráter medicalizante ou produtor da
psiquiatrização e psicologização do sujeito e de suas necessidades. Por isso é necessária a
articulação da rede de cuidados tendo como objetivo a integralidade do sujeito, constituindo um
processo de trabalho voltado para as necessidades singulares e sociais e não somente para a
simples resolução de queixas / sintomas dos mais diversos.
Objetivos do Apoio Matricial:
a) Desenvolver ações conjuntas, priorizando: casos de transtornos mentais severos e
persistentes, uso abusivo de álcool e outras drogas, pacientes egressos de internações
psiquiátricas, tentativas de suicídio, vítimas de violência doméstica;
b) Contribuir para o acolhimento das necessidades dos usuários em sua complexidade
visando impedir a psiquiatrização e psicologização do sofrimento, bem como impedir a
medicalização dos problemas sociais e econômicos e de situações individuais e familiares
comuns à vida cotidiana;
c) Socializar e produzir conhecimentos em conjunto com as equipes de referência da
atenção básica;
d) Compartilhar responsabilidades;
e) Favorecer a ampliação e diversificação das ações conjuntas em busca de respostas às
necessidades do usuário;
f) Discutir casos identificados pelas equipes da atenção básica que necessitem de uma
ampliação da clínica em relação às questões subjetivas;
g) Criar estratégias comuns para abordagem de problemas vinculados a violência, abuso de
álcool e outras drogas, estratégias de redução de danos, etc. nos grupos de risco e na
população em geral;
h) Fomentar ações que visem à difusão de uma cultura de assistência não manicomial,
diminuindo o preconceito e a segregação com a loucura;
i) Contribuir na desinstitucionalização dos usuários com transtornos mentais com longo
histórico de internações;
j) Desenvolver ações de mobilização de recursos comunitários, buscando construir espaços
de reabilitação psicossocial na comunidade, como grupos comunitários, oficinas de
geração de renda e outras, destacando a relevância da articulação intersetorial
(conselhos tutelares, associações de bairro, grupos de auto-ajuda, etc);
k) Incentivar e apoiar a organização de iniciativas de inclusão social pelo trabalho;
l) Priorizar abordagens coletivas e de grupos como estratégias para atenção em saúde
mental, que podem ser desenvolvidas nas unidades de saúde, bem como na comunidade;
m) Adotar a estratégia de redução de danos nos grupos de maior vulnerabilidade, no manejo
das situações envolvendo consumo de álcool e outras drogas. Avaliar a possibilidade de
integração dos agentes redutores de dano a essa equipe de apoio matricial;
121
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
n) Trabalhar o vínculo com as famílias, tomando-a como parceira no tratamento e buscar
constituir redes de apoio e integração;
Formatado: Justificado
Cenários de desenvolvimento da Prática Ambulatorial (PA) do Bloco de Neuropsiquiatria
O Bloco de Neuropsiquiatria da UNIFENAS – BH ocorre no sétimo período do curso, por um
período de 05 semanas. Ao longo do semestre serão 04 turmas de cerca de 20 alunos, que, por
sua vez, serão divididas em 04 grupos de cerca de 05 alunos. Cada grupo terá um preceptor
designado pela UNIFENAS – BH que acompanhará cada grupo por períodos de 04 horas semanais
em dias fixos ao longo da semana. No turno da manhã o horário será de 8:00 às 12:00 e à tarde
de 13:30 às 17:30. O cenário da prática ambulatorial será uma UBS da Rede de Saúde de Belo
Horizonte, designada pela Coordenação de Saúde Mental, preferencialmente que não possua
equipe de saúde mental, já que a atuação do preceptor e dos alunos será auxiliar as ESF a
identificar e acompanhar casos de saúde mental no seu território de atuação de acordo com as
diretrizes do Matriciamento, já discutido anteriormente.
Objetivos
Formatado: Justificado, Espaçamento
entre linhas: simples
Ao final do período de atividades práticas, o aluno(a) deverá estar apto(a) a:
1. Compreender as diretrizes centrais da Reforma Psiquiátrica Brasileira e, em particular,
da Rede de Saúde Mental de Belo Horizonte
2. Conhecer o dispositivo do matriciamento em Saúde Mental realizado nos Centros de
Saúde de em Belo Horizonte
3. Desenvolver atividades de educação permanente junto às equipes da ESF
4. Identificar o perfil de usuários de saúde mental para atendimento em atenção primária e
secundária
5. Reconhecer e abordar os novos mal estares, novos sintomas, a sociedade depressiva,
psicologização e medicalização do viver, etc.
6. Realizar Exame do Estado Mental (Semiologia Psiquiátrica)
7. Saber colher História Psiquiátrica
8. Reconhecer e abordar:
Transtornos depressivos
Transtornos ansiosos
Transtornos somatoformes
Transtornos dissociativos/conversivos
Dependência de benzodiazepínicos
9. Reconhecer, estabelecer tratamento inicial e saber quando encaminhar:
Transtornos psicóticos
Dependência Química (incluindo alcoolismo)
Delirium
Demência
Formatado: Justificado, Espaçamento
entre linhas: simples
Formatado: Justificado
Formatado: Justificado
Atividades a serem desenvolvidas durante a PA:
Atender usuários com demandas de saúde mental identificados pelas ESF, acompanhar o
matriciamento da saúde mental conduzido pelos preceptores da UNIFENAS à equipe da ESF,
realizar estudo de casos e intervenções de acompanhamento terapêutico em conjunto com
os profissionais da rede básica, realizar visitas domiciliares, participar de reuniões com
usuários e familiares, participar de reunião de equipe, interagir com os agentes comunitários
de saúde, desenvolver atividades de educação permanente com a equipe da EFS, conduzir
estudos complementares orientados pelos preceptores da UNIFENAS - BH.
Atividades Complementares
Está previsto ao longo das 05 semans do Bloco uma carga horária de Treinamento de
Habilidades (TH) direcionada aos objetivos 05 e 06, enquanto que o Grupo Tutorial (GT) está
direcionado ao objetivo 07, mais os transtornos psicóticos (esquizofrenias) Além disso,
Formatado: Justificado, Espaçamento
entre linhas: simples
122
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
haverá 04 seminários de Psicofarmacologia abordando: Princípios de Psicofarmacologia
Clínica, Antidepressivos, Antipsicóticos, Ansiolíticos e Transtornos Somatoformes. Os demais
objetivos de aprendizagem (1 - 4 e 8) serão abordados de acordo com as demandas da
prática ambulatorial e a partir de indicação de leituras pelos professores da atividade de
prática ambulatorial, vide detalhamento abaixo:
Divisão de turmas da PA
Turmas
Turma 01
Turma 02
Turma 03
Turma 04
Prof. Enio
Profa. Daniela Botelho
Prof. Alexandre Pereira
Prof. Daniela Botelho
UBS DE REFERÊNCIA
C.S. Floramar
C.S. São Gabriel
C.S. Efigênia Murta
C. S. Vila Maria
Dia da semana e horário
Quinta / Manhã
Sexta / Manhã
Quarta / Tarde
Quarta / Tarde
UBS
C.S. Floramar
C.S. São Gabriel
C.S. Efigênia Murta
C. S. Vila Maria
Endereço e Telefone
Rua: Avenida: Joaquim
Clemente, 381 – Floramar 32776768
Rua: Iha de Malta, 353 – São
Gabriel - 32776744 / 6745
Rua : Serra do Cipó,170 –
Conj. Ribeiro de Abreu –
32776664 / 6665
Av. Dos Sociais, 305 – Jardim
Vitória – 32777936
Carga Horária Total do Bloco de Neuropsiquiatria
Carga Horária Teórica – Grupo Tutorial (GT): 20 horas
Carga Horária Teórica / PRÁTICA – Treinamento de Habilidades (TH): 08 horas
Carga Horária Prática – (PA): 20 horas
Carga Horária Seminários: 06 horas
Formatado: Justificado
Carga Horária Total: 54 horas
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Formatado: Justificado
Avaliação
De acordo com as novas regras de avaliação do Curso de Medicina da UNIFENAS-BH serão
distribuídos 100 pontos relativos à estratégia de Prática Ambulatorial (PA) para os 04 Blocos.
Assim, a PA de cada Bloco valerá 25 pontos:
PONTUAÇÃO DO BLOCO
100%
90%
80%
70%
25
22,5
20
17,5
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Não manter com o próximo
123
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
60%
50%
40%
30%
20%
10%
15
12,5
10
7,5
5
2,5
Importante lembrar que para a aprovação no Bloco a freqüência deverá ser de 100%.
Qualquer falta deverá ser justificada diretamente na Secretaria Acadêmica do curso para
posterior julgamento da coordenação do curso. Portanto, os professores não estão autorizadosa
abonar qualquer falta de alunos. Em virtude das características da atividade ambulatorial, de
avaliar a competência dos alunos em cenário real de prática, utilizaremos os seguintes
instrumentos para avaliação:
1. Avaliação dos alunos: FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DO CONCEITO GLOBAL ITEMIZADO
(Anexo I)
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Não manter com o próximo
Formatado: Justificado, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Não manter com o próximo
2. Avaliação da atividade ambulatorial: QUESTIONÁRIO DE ATIVIDADES AMBULATORIAIS
Formatado: Justificado
(ANEXO II)
Formatado: Justificado, Recuo:
Primeira linha: 1,25 cm
Bibliografia geral:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde/DAPE.Saúde Mental na Atenção
Básica.Ministério da Saúde: Brasília, 2007, 22p.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde/DAPE. Saúde Mental no SUS: os
centros de atenção psicossocial. Ministério da Saúde: Brasília, 2007, 86p.
Organização Mundial da Saúde. O caminho a seguir. In.: Relatório sobre a saúde no mundo
2001 – Saúde mental: Nova concepção, nova esperança. Genebra, 2001.
Bibliografia básica para os alunos:
PSF e Saúde Mental: Compartilhando Histórias. In: Abou-Yd M. ET AL (org) Políticas de Saúde
Mental de Belo Horizonte: o cotidiano de uma utopia. Secretaria Municipal de saúde de
Belo Horizonte, 2008, 258p
Epidemiologia dos transtornos mentais na atenção básica (Seção 03 – Parte 02) e Diretrizes
gerais para a avaliação de problemas de saúde mental na atenção básica (Seção 03 - Parte
03). In: Pereira AA, Vianna PCM. Saúde Mental.Belo Horizonte: NESCON/UFMG, 2009, 76p
O sofrimento mental grave: quadros clínicos (Capítulo IV) e A abordagem e o tratamento do
sofrimento mental (Capítulo VII). In: MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Saúde. Atenção
124
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
em Saúde Mental.Marta Elizabeth de Souza. Belo Horizonte, 2006, 238p. (Linha Guia da
Saúde Mental)
Bibliografia complementar para os alunos:
CORDIOLI A.V. , ZIMMERMANN H. H. , KESSLER F. Roteiro de Avaliação do Estado Mental –
Elementos de Psicopatologia. UFRGS. Porto Alegre, 2007.
Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira. Available at
WWW.projetodiretrizes.org.br
FERNANDEZ, J.L.; CHENIAUX E. Cinema e Loucura – Conhecendo os transtornos mentais
através dos filmes. Porto Alegre: ARTMED, 2010
Organização Mundial da Saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento
da CID-10 – Diretrizes diagnósticas e de tratamento para transtornos mentais em cuidados
primários. Porto Alegre: Editora Artmed; 1998.
ANEXO I
CONCEITO GLOBAL ITEMIZADO
Por favor, avalie o aluno assinalando a nota que julgar apropriada, em cada um dos atributos abaixo,
levando em consideração que 0 é o valor mais baixo e 10 o mais alto.
Parâmetros de avaliação
1-2-3
INSATISFATÓRIO
4-5
LIMÍTROFE
6-7
SATISFATÓRIO
8-9
SUPERIOR
10
EXCELENTE
Parte 1 – COMPETÊNCIA TÉCNICA
1. Qualidade da história
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-Faltam informações críticas; anotações pobres e ilegíveis / 10-História sempre completa; anotações bem organizadas e legíveis
Comentários adicionais:
_________________________________________________
2. Exame estado mental
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-Desempenha de forma incompetente (ou não desempenha) os passos do exame do estado mental e/ou procedimentos considerados
essenciais (exame neurológico básico) / 10-Desempenha de forma competente os passos do exame do estado mental e/ou procedimentos
considerados essenciais (exame neurológico básico)
125
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Comentários adicionais:
_________________________________________________
3. Conhecimento médico
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-Conhecimento teórico limitado e fragmentado (diferenciar quadro orgânico sintomático de alterações funcionais) / 10-Conhecimento teórico
extensivo e bem integrado (diferenciar quadro orgânico sintomático de alterações funcionais)
Comentários adicionais:
_________________________________________________
4. Julgamento clínico
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-Tem dificuldade em integrar fatos médicos com dados clínicos; raramente faz diagnóstico SINDRÔMICO correto; desenvolve plano
terapêutico inapropriado (conduta geral e classe farmacológica) / 10-Tem excelente habilidade para integrar fatos médicos com dados clínicos;
sempre faz diagnóstico SINDRÔMICO correto; desenvolve plano terapêutico apropriado (conduta geral e classe farmacológica)
Comentários adicionais:
_________________________________________________
5. Solução de Problemas
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-Falha em avaliar informações, riscos e questões essenciais / 10-Avalia criticamente informações, riscos e questões essenciais
Comentários adicionais:
_________________________________________________
6. Hábitos de Trabalho
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-Não é pontual; não completa os registros adequadamente, não adere a princípios éticos / 10-É pontual; completa os registros
adequadamente, adere a princípios éticos.
Comentários adicionais:
_________________________________________________
Parte 2 – COMPETÊNCIA HUMANÍSTICA
7.Comunicação e relacionamento com paciente e familiares
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-Comunica-se de forma confusa; usa palavras difíceis, não dá explicações claras, não sabe ouvir; desenvolve envolvimento emocional
inapropriado / 10-Comunica-se com objetividade, usa palavras fáceis, dá explicações claras; ouve atentamente; estabelece envolvimento
emocional apropriado.
Comentários adicionais:
_________________________________________________
8. Respeito
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-Demonstra falta de respeito, de atenção e atitude acolhedora aos paciente e familiars /10-Demonstra muito respeito, atenção e atitude
acolhedora ao paciente e familiares.
Comentários adicionais:
____________________________________________________________________
9. Capacidade de auto-reflexão
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-Não assume responsabilidade pelas próprias ações e decisões; culpa os outros quando comete erros, demonstra atitude negativa em relação
às críticas / 10-Assume totalmente a responsabilidade por suas próprias ações e decisões, demonstra atitude positiva em relação às críticas.
Comentários adicionais:
_________________________________________________
10. Percepção do contexto
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
126
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
0-Mostra consideração inadequada e insensibilidade em relação às necessidades de conforto e ajuda aos pacientes e familiars / 10-Leva em
consideração e demonstra sensibilidade em relação às necessidades de conforto e ajuda dos pacientes e familiares.
Comentários adicionais:
_________________________________________________
11. Interação com colegas
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-Não se relaciona bem com colegas; não apresenta atitudes de cooperação e ajuda /10-Relaciona-se muito bem com colegas; apresenta
atitudes de cooperação e ajuda.
Comentários adicionais:
_________________________________________________
12. Interação com docentes
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-Não pede orientação; não verifica entendimento / 10-Pede orientação; verifica entendimento.
Comentários adicionais:
_________________________________________________
13. Interação com demais profissionais
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-Não se demonstra cooperativo com outros profissionais; apresenta dificuldade para trabalhar em equipe / 10-Demonstra-se cooperativo com
outros profissionais; apresenta dificuldade para trabalhar em equipe.
Comentários adicionais:
DATA:
ALUNO AVALIADO:
MÓDULO:
AVALIADOR:
CONCEITO GLOBAL EM 18,75:
127
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
AVALIAÇÃO DA PRÁTICA AMBULATORIAL (PA)
BLOCO DE NEUROPSIQUIATRIA – 7 PERÍODO DO CURSO DE MEDICINA UNIFENAS BH
Formatado: Justificado
QUESTIONÁRIO
Prezado Estudante,
Este questionário se destina a verificar opiniões sobre a PA realizado por você, esse
semestre. Seja breve e sincero nas suas respostas, que só serão conhecidas de forma
agrupada e não individualmente pela Coordenação do Curso, uma vez que os resultados serão
divulgados somente em informes coletivos.Desde já, agradecemos sua atenção,
disponibilidade e compromisso.
Não é necessário identificar-se.
Período que Cursa__________
UBS da prática_________________________
Professor da prática _________________________________________
1. Observe o quadro abaixo e assinale a coluna de acordo com seu grau de satisfação
com a ATIVIDADE PRÁTICA:
Atividades de PMC das quais Não participei Satisfatória Insatisfatória Sem
você participou nas UBS
desta
opinião
atividade
Observar atendimento médico
Realizar entrevista com pacientes
Realizar entrevista com responsável
ou acompanhante
Realizar orientação aos pacientes
e/ou acompanhantes
Participar de reuniões de
matriciamento com equipes do PSF
Realizar registro da História
Psiquiátrica no prontuário
Realizar registro do Exame do
Estado Mental no prontuário
Discutir caso clínico com membros
da equipe do PSF
Preparar e/ou apresentar material
de educação em saúde mental para
equipe do PSF
Realizar visita domiciliar
Acolher paciente em crise
Outra (citar):
Formatado: Recuo: À esquerda: 0 cm
2. Em relação à ATIVIDADE PRÁTICA cite os dois principais pontos positivos que você
percebe nessa estratégia para a sua formação profissional:
a) ___________________________________________________________________________
b) __________________________________________________________________________
128
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
3. Em relação à ATIVIDADE PRÁTICA cite os dois principais pontos Negativos que você
percebe nessa estratégia para a sua formação profissional:
c) ___________________________________________________________________________
d) ___________________________________________________________________________
4. Sobre os GTS, realizados na própria UNIFENAS, indique sua concordância com as opiniões
apresentadas abaixo:
Não
Concordo
concordo
São importantes para complementar o trabalho de prática na UBS
Trazem conhecimento importantes para a formação geral do médico
O tutor contribuiu para que a análise e resolução dos problemas fosse
aprofundada
As referências de leitura indicadas foram coerentes com os temas
discutidos e contribuíram no aprofundamento do conhecimento sobre
os temas trabalhados
Observei como útil a utilização de filmes para a aprendizagem em
psiquiatria
5. Em relação ao TH de psiquiatria, cite os dois principais pontos positivos que você
percebe nessa estratégia para a sua formação profissional:
e) ___________________________________________________________________________
f) ___________________________________________________________________________
6. Em relação ao TH de psiquiatria, cite os dois principais pontos Negativos que você
percebe nessa estratégia para a sua formação profissional:
g) ___________________________________________________________________________
h) ___________________________________________________________________________
7.Assinale sua opinião em relação à seguinte afirmativa - A ATIVIDADE DE TH contribuiu para o
meu aprimoramento de habilidades na entrevista médica :
a)Concordo
Discordo
Sem opinião
Formatados: Marcadores e
numeração
8.Assinale sua opinião em relação à seguinte afirmativa - O meu TUTOR DE PRÁTICA
AMBULATORIAL soube conduzir as atividades de forma interessante e forneceu feedback
adequado, quando solicitado:
a)Concordo
Discordo
Sem opinião
Formatados: Marcadores e
numeração
129
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
9. Em relação ao seu INTERESSE E DEDICAÇÃO desse período, você o considera:
(
) Ótimo (
) Muito bom (
) Bom (
) Regular (
) Fraco, precisa melhorar
10.Você tem sugestões para a melhoria do BLOCO DE NEUROPSIQUIATRIA?
_________________________________________________________________________________
130
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
_____________________________________________________________________________
____
Formatado: Recuo: À esquerda: 1,27
cm
Formatado: Recuo: À esquerda: 1,27
cm, Primeira linha: 0 cm
MATRIZ DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM, ESTRATÉGIAS EDUCACIONAIS E FORMATOS DE AVALIAÇÃO – BLOCO
SÍNDROMES NEURO-PSIQUIÁTRICAS
ESTRATÉGIA EDUCACIONAL
FORMAS DE
ASPECTOS MÉDICOS
AVALIAÇÃO
CONHECIMENTOS
Objetivo Geral 1 - Realizar o diagnóstico topográfico diferencial
em neurologia
OE 1 - Reconhecer o trajeto neuroanatômico das vias de motricidade, Grupo tutorial 1, 2 e 5 e Seminário 2
Prova Teórica/
sensibilidade superficial e sensibilidade profunda
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
OE 2 - Diferenciar as características das síndromes do neurônio motor Grupo tutorial 5 e Seminário 2
Prova Teórica/
superior e inferior
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
OE 3 - Definir alodinia, hiperestesia, paresia, plegia, hipoestesia e
Seminário 2
Prova Teórica/
hiperestesia
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
OE 4 - Correlacionar as alterações de sensibilidade com a localização Seminário 2
Prova Teórica/
neuroanatômica
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
OE 5 - Interpretar o aspecto sindrômico envolvido na afecção do
Grupo tutorial 1, 2 e 5 e Seminário 2
Prova Teórica/
sistema nervoso
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
OE 6 - Elaborar hipóteses diagnósticas etiológicas potencialmente
Grupo tutorial 1, 2 e 5 e Seminário 2
Prova Teórica/
causadoras da afecção do sistema nervoso
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
Objetivo Geral 2 - Conhecer as principais causas de demência
OE 7- Definir demência
Grupo tutorial 1
Prova Teórica/
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
OE 8- Diferenciar demência primária de secundária
Grupo tutorial 1
Prova Teórica/
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
OE 9- Diferenciar demência de pseudodemência (depressão)
Grupo tutorial 1
Prova Teórica/
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
OE 10 - Realizar o diagnóstico das principais demências primárias
Grupo tutorial 1
Prova Teórica/
(Doença de Alzheimer, Demência Vascular, Demência fronto-temporal Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
e Demência por Corpúsculos de Lewi)
OE 11- Avaliar o encaminhamento do paciente com demência para
Grupo tutorial 1
Prova Teórica/
atenção secundária, considerando a possibilidade do uso de
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
anticolinesterásicos
OE 12- Conduzir a agitação pscicomotora do paciente com demência
Grupo tutorial 1
Prova Teórica/
utilizando pscicofármos e orientação aos cuidadores
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
Objetivo Geral 3 - Conhecer os princípios do manejo clínico da
cefaleia
OE 13 – Diagnosticar a cefaleia secundária de acordo com os sinais
Grupo tutorial 2
Prova Teórica/
de alerta (“red flags”)
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
OE 14 - Elaborar o diagnóstico de migrânea e cefaleia do tipo
Grupo tutorial 2
Prova Teórica/
tensional, a partir dos critérios diagnósticos da Classificação
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
Internacional das Cefaleias, da International Headache Society (IHS)
OE 15 - Definir as bases terapêuticas não medicamentosas (medidas
Grupo tutorial 2
Prova Teórica/
gerais), bem como a analgesia e profilaxia medicamentosas das
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
cefaleias
OE 16 - Definir a síndrome da cefaleia crônica diária
Grupo tutorial 2
Prova Teórica/
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
OE 17 - Diagnosticar cefaleia atribuída ao uso excessivo de
Grupo tutorial 2
Prova Teórica/
analgésicos
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
OE 18 - Avaliar a possibilidade da presença de comorbidades
Grupo tutorial 2
Prova Teórica/
psiquiátricas nos pacientes com cefaleia, principalmente transtornos
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
de humor e de ansiedade
Objetivo Geral 4 - Conhecer os princípios da abordagem da dor
OE 19 - Definir dor, a partir dos conceito da International Association for the Seminário 2
Prova Teórica/
Study of Pain (IASP)
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
OE 20 - Diferenciar dor nociceptiva e dor neuropática
Seminário 2
Prova Teórica/
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
OE 21- Descrever a neuroanatomia da via modulatória descendente
Seminário 2
Prova Teórica/
Ambulatório de Neurologia
Avaliação conceitual
Formatado: Recuo: À esquerda: 0
cm, À direita: 0 cm, Espaço Antes: 0
pt, Depois de: 0 pt, Espaçamento entre
linhas: simples
Formatado: À esquerda, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Espaçamento entre linhas: simples,
Não manter com o próximo
Formatado: À esquerda, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Espaçamento entre linhas: simples,
Não manter com o próximo
131
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
OE 22 - Compreender a dor crônica como processo patológico
independente da causa
OE 23 - Ampliar o entendimento do tratamento não farmacológico da
dor (escuta, acolhimento, educação e terapias não medicamentosas)
OE 24 - Sistematizar o tratamento farmacológico da dor
Objetivo Geral 5 - Reconhecer a apresentação clínica das crises
epilépticas, o diagnóstico diferencial e suas bases terapêuticas
OE 25 - Diferenciar crise epiléptica, crise pseudoepiléptica e síncope
OE 26 - Classificar as crises epilépticas, diferenciando as crises
parciais simples e complexas, além das principais formas de crise
generalizada (tônico-clônica, ausência e miclônica) e reconhecer o
status epilepticus
OE 26 B – Avaliar a inserção social do paciente com epilepsia e
compreender as possíveis limitações em relação do mercado de
trabalho
OE 27- Aplicar conhecimentos sobre a farmacocinética e
farmacodinâmica dos principais anticonvulsivantes disponíveis na
rede pública (ácido valpróico, carbamazepina, fenitoína e fenobarbital)
no momento da prescrição para o paciente portador de epilepsia..
Objetivo Geral 6 - Identificar o quadro clínico e a epidemiologia
das principais neuroinfecções
OE 28 - Realizar o diagnóstico diferencial etiológico das principais
causas de neuroinfecção e propor o tratamento de acordo com a
etiologia
OE 29 - Analisar os dados epidemiológicos e manifestações clínicas
envolvidos nos casos de neuroinfecção
OE 30 - Analisar os principais achados do líquor nos casos de
neuroinfecção (citometria, citologia, glicose, proteínas, gram, cultura,
PCR e pesquisa direta de fungos)
OE 31 - Comparar as síndromes clínicas envolvidas nas
neuroinfecções causada pelos principais patógenos que atingem o
sistema nervoso: vírus (HIV, herpes simples, herpes zoster,
citomegalovírus, EBV, HTLV e enterovírus), bactérias (pneumococos,
haemófilo, meningococo e outras), fungos (criptococos), helmintos
(Taenia solium e Shistossoma mansoni)
Objetivo Geral 7- Conhecer a fisiopatologia, manifestações
clínicas e bases terapêuticas da doença cerebrovascular.
OE 32- Aplicar os conhecimentos sobre a anatomia da irrigação
arterial e drenagem venosa do encéfalo na construção do diagnóstico
neurológico.
OE 33- Realizar o diagnóstico clínico do acidente vascular encefálico
e do ataque isquêmico transitório
OE 34- Estabelecer a fisiopatologia envolvida no acidente vascular
isquêmico e hemorrágico
OE 35- Diferenciar as causas de hemorragia encefálica do ponto de
vista anatômico.
OE 36- Elaborar a suspeita de hemorragia subaracnóidea, baseado na
história clínica
OE 37- Estabelecer estratégias de prevenção para doença
cerebrovascular conforme os fatores de risco
OE 38- Propor uma abordagem terapêutica na doença
cerebrovascular pertinente a fisiopatologia do processo, obedecendo
as diretrizes terapêuticas sugeridas pela medicina baseada em
evidências.
Objetivo geral 8 - Conhecer as principais causas de tremor e
transtornos do movimento
OE 39 - Diferenciar tremor de repouso e de atitude
OE 40 - Diferenciar o tremor primário e secundário
OE 41 - Diagnosticar o tremor essencial baseado na história clínica.
OE- 42 Fazer o diagnóstico de doença de Parkinson, diferenciando do
parkinsonismo secundário.
OE- 43 Elaborar possíveis causas de parkinsonismo secundário
Seminário 2
Ambulatório de Neurologia
Seminário 2
Ambulatório de Neurologia
Seminário 2
Ambulatório de Neurologia
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Ambulatório de Neurologia e
Seminário 7
Ambulatório de Neurologia e
Seminário 7
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Ambulatório de Neurologia e
Seminário 7
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Ambulatório de Neurologia e
Seminário 7
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Seminário 5
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Seminário 5
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Seminário 5
Seminário 5
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Grupo tutorial 5 e Ambulatório de
Neurologia, treinamento de
habilidades
Grupo tutorial 5 e Ambulatório de
Neurologia
Grupo tutorial 5 e Ambulatório de
Neurologia
Grupo tutorial 5 e Ambulatório de
Neurologia
Grupo tutorial 5 e Ambulatório de
Neurologia
Grupo tutorial 5 e Ambulatório de
Neurologia
Grupo tutorial 5 e Ambulatório de
Neurologia
Prova Teórica/
Avaliação conceitual/
/Prova prática/OSCE
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Grupo tutorial 1
Ambulatório de Neurologia
Grupo tutorial 1
Ambulatório de Neurologia
Grupo tutorial 1
Ambulatório de Neurologia
Grupo tutorial 1
Ambulatório de Neurologia
Grupo tutorial 1
Ambulatório de Neurologia
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Prova Teórica/
Avaliação conceitual
Objetivo geral 9 - Realizar o exame neurológico essencial
OE 44- Sistematizar a realização do exame neurológico, tendo-o como Treinamento de habilidades em
rotina para atendimento de todos os pacientes, composto das
neurologia
seguintes etapas: consciência, nervos cranianos, motricidade,
sensibilidade, coordenação motora, marcha e equilíbrio.
Prova Teórica/
Prática/OSCE
Formatado: À esquerda, Recuo: À
esquerda: 0 cm, À direita: 0 cm,
Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0 pt
Formatado: À esquerda, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Não manter com o próximo
Formatado: À esquerda, Nenhum,
Recuo: À esquerda: 0 cm, À direita: 0
cm, Espaço Antes: 0 pt, Depois de: 0
pt, Não manter com o próximo
132
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
OE 45- Direcionar o exame neurológico conforme o contexto clínico,
explorando detalhadamente a etapa pertinente ao caso clínico
OE 46- Interpretar os achados semiológicos e elaborar o diagnóstico
topográfico neuroanatômico
Objetivo Geral 10- Compreender a patologia cirúrgica das
principais doenças degenerativas do sistema nervoso central
Treinamento de habilidades em
neurologia
Treinamento de habilidades em
neurologia
Prática em laboratório 4
Prova Teórica/
Prática/OSCE
Prova Teórica/
Prática/OSCE
Prova Teórica/ Prática
OE 47 - Reconhecer as principais características gerais e a
classificação das doenças degenerativas do sistema nervoso central
OE 48 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas,
fisiopatológicas e morfológicas (macro e microscópicas) da Doença de
Alzheimer e da Doença de Parkinson
Prática em laboratório 4
Prova Teórica/ Prática
Prática em laboratório 4
Prova Teórica/ Prática
Objetivo Geral 11 - Compreender a patologia cirúrgica do edema
cerebral
OE 49 - Conceituar e reconhecer as principais características gerais,
clínicas, fisiopatológicas e morfológicas (macroscópicas) do edema
cerebral
Objetivo Geral 12 - Compreender a patologia da hipertensão
intracraniana
OE 50 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas,
fisiopatológicas e morfológicas (macro e microscópicas) da
hipertensão intracraniana e das hérnias do giro do cíngulo, do úncus e
das tonsilas cerebelares.
Objetivo Geral 13 - Compreender a patologia cirúrgica das
principais doenças circulatórias do sistema nervoso central
OE 51 - Recordar os principais aspectos da anatomia do sistema
nervoso central e da circulação arterial da base encefálica
OE 52 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas,
fisiopatológicas e morfológicas (macro e microscópicas) das doenças
circulatórias isquêmicas do sistema nervoso central. Ênfase na
isquemia cerebral global , na isquemia cerebral focal e na
aterosclerose cerebral e sua relação com o infarto cerebral.
OE 53 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas,
fisiopatológicas e morfológicas (macro e microscópicas) das doenças
circulatórias hemorrágicas do sistema nervoso central. Ênfase na
hemorragia cerebral hipertensiva e nos aneurismas cerebrais
Objetivo Geral 14- Identificar as principais alterações anátomopatológicas dos principais tumores do sistema nervoso central
OE 54 - Recordar os principais aspectos da anatomia e histologia do
sistema nervoso central
Prática em laboratório 4
Prova Teórica/ Prática
Prática em laboratório 4
Prova Teórica/ Prática
Prática em laboratório 4
Prova Teórica/ Prática
Prática em laboratório 4
Prova Teórica/ Prática
Prática em laboratório 1
Prova Teórica/ Prática
Prática em laboratório 1
Prova Teórica/ Prática
Prática em laboratório 1
Prova Teórica/ Prática
Prática em laboratório 1
Prova Teórica/ Prática
Prática em laboratório 2 e 3
Prova Teórica/ Prática
Prática em laboratório 2
Prova Teórica/ Prática
OE 55 - Reconhecer as principais características gerais e clínicas e os
diagnósticos diferenciais dos tumores do sistema nervoso central
Prática em laboratório 2
Prova Teórica/ Prática
OE 56 - Classificar e graduar os tumores do sistema nervoso central
de acordo com os critérios da WHO/OMS
Prática em laboratório 2
Prova Teórica/ Prática
OE 57 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas,
fisiopatológicas, dos exames de imagem e morfológicas(macro e
microscópicas) dos astrocitomas graus I a IV, do oligodendroglioma,
do ependimoma, do meduloblastoma, do meningioma e dos tumores
metastáticos cerebrais
Prática em laboratório 2
Prova Teórica/ Prática
Objetivo Geral 15 - Identificar as alterações anátomo-patológicas
das neuroinfecções mais freqüentes no Brasil
OE 58 - Recordar os principais aspectos da anatomia do sistema
nervoso central (ênfase no sistema de produção/drenagem do líquor)
Prática em laboratório 3
Prova Teórica/ Prática
Prática em laboratório 3
Prova Teórica/ Prática
OE 59 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas,
fisiopatológicas e da abordagem inicial (propedêutica) das infecções
do sistema nervoso central
OE 60 - Conceituar e classificar as meningites e meningoencefalites
Prática em laboratório 3
Prova Teórica/ Prática
Prática em laboratório 3
Prova Teórica/ Prática
OE 61 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas,
fisiopatológicas, e morfológicas (macro e microscópicas), bem como
as alterações liquóricas e as complicações das leptomeningites
purulentas.
Prática em laboratório 3
Prova Teórica/ Prática
OE 62 -Reconhecer as principais características gerais, clínicas,
fisiopatológicas e morfológicas (macro e microscópicas) do empiema
subdural.e do abscesso cerebral
Prática em laboratório 3
Prova Teórica/ Prática
133
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
OE 63 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas,
Prática em laboratório 3
fisiopatológicas e morfológicas (macro e microscópicas) da
leptomeningite tuberculosa.
OE 64 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas,
Prática em laboratório 3
fisiopatológicas e morfológicas (macro e microscópicas) das principais
leptomeningites virais.
OE 65 - Reconhecer as principais características gerais, clínicas,
Prática em laboratório 3
fisiopatológicas e morfológicas (macro e microscópicas) das principais
infecções fúngicas, por protozoários e por helmintos do sistema
nervoso central
Objetivo Geral 16 - Indicar condutas de manejo clínico, no âmbito
da atenção primária, em relação aos quadros de somatização
OE 67 - Diferenciar somatização de caráter normal, episódica (reativa
e eventual – relacionada a uma situação geradora de ansiedade) de
um Transtorno de somatização (de evolução crônica, com grande
demanda de serviços médicos)
OE 68 - Reconhecer os sintomas chaves e formas de apresentação
dos pacientes somatizadores ou poliquiexosos
Prova Teórica/ Prática
Prova Teórica/ Prática
Prova Teórica/ Prática
Grupos tutorial 7 /
Matriciamento de Psiquiatria
em UBS (PA) / Seminários 6
Prova Teórica/Avaliação
conceitual
Grupos tutorial 4 /
Matriciamento de Psiquiatria
em UBS (PA) / Seminários 1
e3
Prova Teórica/Avaliação
conceitual
OE 69 - Identificar os eventos de vida dos pacientes (abordar a
pessoa e não apenas os sintomas), valorizando o método clínico
centrado na pessoa.
OE 70 - Reconhecer o potencial terapêutico do médico generalista (o
paciente demanda seu clínico e não o psiquiatra ou outro profissional
de saúde), valorizando o vínculo na APS.
OE 71 - Avaliar as dificuldades e resistências dos médicos no
atendimento desses casos e propor abordagem integral para a APS.
OE 72 - Indicar o tratamento farmacológico (apenas na presença de
sintomas ansiosos e depressivos significativos) e não farmacológico
(retribuição dos sintomas)
OE 73 - Encaminhar pacientes portadores de transtornos de
somatização para os serviços especializados, ou seja: quadros com
comorbidades psiquiátricas significativas, de difícil manejo
transferencial ou aqueles em que as medidas instituídas na atenção
primária não foram eficazes
OE 74 - Estabelecer diagnóstico diferencial de Transtorno de
Somatização com os seguintes quadros: Sintomas conversivos,
Hipocondria, Transtorno Factício (Síndrome de Munchausen) e
Simulação.
Objetivo Geral 17 – Indicar condutas de manejo clínico, no âmbito
da atenção primária, em relação aos quadros ansiosos
OE 75 - Diferenciar ansiedade normal de ansiedade patológica
OE 76 - Reconhecer os sintomas chaves de ansiedade para o
diagnóstico (preocupações e medos infundados, tensão física e
mental, hiperatividade autonômica) e sintomas somáticos.
OE 77 - Reconhecer possível origem orgânica (degenerativa,
traumática, inflamatória, infecciosa, metabólica) ou tóxica
(medicamentos, álcool e drogas) relacionados com os sintomas (dar
exemplos quando pertinente)
OE 78 - Identificar casos graves, moderados e leves (utilizar critérios
de repetição dos sintomas, sofrimento subjetivo e perda da
funcionalidade)
OE 79 - Indicar tratamento farmacológico e não farmacológico
OE 80 - Reconhecer o potencial de abuso dos benzodiazepínicos
(desencorajar uso crônico, discutir medidas de educação para a
saúde, medidas de higiene do sono e técnicas de relaxamento)
OE 81 - Saber encaminhar quadros ansiosos para os serviços
especializados (dúvida diagnóstica, quadros incapacitantes, pacientes
de difícil manejo transferencial, pacientes que não responderam bem
às medidas instituídas na atenção primária)
OE OE 82 – Reconhecer e encaminhar para serviços especializados:
Transtorno obsessivo compulsivo, Transtorno de Estresse Pós
Traumático e Transtorno dissociativo / conversivo de repetição
134
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Objetivo Geral 18 – Indicar condutas de manejo clínico, no âmbito
da atenção primária, em relação aos quadros depressivos
OE 83 - Diferenciar tristeza da depressão
OE 84 - Reconhecer os sintomas chaves de depressão para o
diagnóstico (humor deprimido, anedonia e fadiga/inibição psicomotora)
e os sintomas somáticos da depressão.
Grupos tutorial 3 /
Matriciamento de Psiquiatria
em UBS (PA) / Seminários 1
e3
Prova Teórica/Avaliação
conceitual
Grupos tutorial 6 /
Matriciamento de Psiquiatria
em UBS (PA) / Seminários 5
Prova Teórica/Avaliação
conceitual
Grupo Tutorial 7 /
Prova Teórica / Avaliação
OE 85 - Reconhecer possível origem orgânica (degenerativa,
traumática, inflamatória, infecciosa, metabólica) ou tóxica
(medicamentos, álcool e drogas) relacionados com os sintomas
(solicitar exemplos quando pertinente)
OE 86 - Identificar casos graves, moderados e leves (utilizar critérios
de perda da funcionalidade, ideação de auto-extermínio e sintomas
psicóticos)
OE 87 - Indicar o tratamento farmacológico (quadros graves e
moderados) e não farmacológico (quadros leves)
OE 88 - Encaminhar quadros depressivos para os serviços
especializados (dúvida diagnóstica, quadros incapacitantes,
depressão psicótica, ideação persistente de auto – extermínio,
pacientes de difícil manejo transferencial, pacientes que não
responderam bem às medidas instituídas na atenção primária)
OE 89 - Reconhecer fatores de alto risco para conduta suicida (sexo
masculino, idosos, portadores de doenças crônicas, perda pessoal
significativa, acesso a meios letais de se matar, baixo suporte
psicossocial, doença psiquiátrica associada, planejamento da tentativa
suicida, história familiar positiva) e baixo risco para conduta suicida
(sexo feminino, pessoas mais joves, ausência de doenças crônicas,
ausência de perda social significativa, utilização de meios não letais
de suicídio, suporte psicossocial satisfatório, ausência de doença
psiquiátrica, ato impulsivo, história familiar negativa)
OE 90 - Encaminhar paciente com alto risco de suicídio para serviços
especializados (CAPS e/ou Emergências psiquiátricas hospitalares)
OE 91 - Reconhecer que a presença de episódios maníacos em
pacientes com histórico de depressão indicam Transtorno Afetivo
Bipolar e que esses pacientes devem ser encaminhados para serviços
de atenção especializada (CAPS ou Ambulatórios de psiquiatria)
Objetivo Geral 19 – Indicar condutas de manejo clínico, no âmbito
da atenção primária, em relação aos quadros psicóticos
OE 92 - Reconhecer os sintomas chaves dos quadros psicóticos
(especialmente das Esquizofrenias)
OE 93 - Reconhecer possível origem orgânica (degenerativa,
traumática, inflamatória, infecciosa, metabólica) ou tóxica
(medicamentos, álcool e drogas) relacionados com os sintomas (dar
exemplos quando pertinente)
OE 94 - Diferençar delirium (confusão mental) de delírio (alteração
da forma do pensamento)
OE 95 - Indicar tratamento farmacológico – antipsicóticos.
OE 96 - Analisar as situações de recusa da medicação pelos
pacientes e indicar as medidas involuntárias de medicação IM e / ou
internação, se houver grave prejuízo da crítica ou se houver riscos
significativos para o paciente e / ou terceiros.
OE 97 - Encaminhar o paciente com alto risco de atuação psicótica
(acionar: SAMU, CAPS ou Emergências psiquiátricas hospitalares)
OE 98 - Identificar os critérios para tratamento ambulatorial
(cooperação por parte do paciente, sem risco significativo para o
paciente e / ou terceiros) em regime de internação – no CAPS ou no
Hospital (se baixa cooperação com o tratamento, risco significativo
para o paciente e/ou terceiros e uso abusivo de álcool ou drogas)
OE 99 - Distinguir que a presença de episódios maníacos associados
à sintomas pscóticos indicam possível transtorno de humor -TAB
Objetivo Geral 20 - Indicar condutas de manejo clínico, no âmbito
da atenção primária, em relação aos quadros dissociativos /
conversivos
OE 100 - Reconhecer os quadros dissociativos / conversivos
135
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
OE 101 - Diferenciar crises dissociativas / conversivas de alterações
neurológicas, especialmente das crises convulsivas
Matriciamento de Psiquiatria
em UBS (PA) / Seminários 6
conceitual
OE 102 – Compreender a etiologia psicogênica do quadro
OE 103 - Identificar casos graves, moderados e leves (utilizar critérios
de repetição dos sintomas, sofrimento subjetivo e perda da
funcionalidade)
OE 104 - Indicar tratamento farmacológico e não farmacológico
OE 105 - Saber quando encaminhar transtorno de personalidade
histriônica para os serviços especializados (dúvida diagnóstica,
quadros incapacitantes, pacientes de difícil manejo transferencial,
pacientes que não responderam bem às medidas instituídas na
atenção primária)
Objetivo geral 20- Identificar os principais grupos de
psicofármacos utilizados pelos médicos generalistas:
antipsicóticos, antidepressivos, benzodiazepínicos.
Objetivo Geral 21 – Compreender as principais indicações dos
psicofármacos na prática clínica
OE 106 - Compreender a fisiopatologia da esquizofrenia
OE 107 - Identificar as diferentes vias dopaminérgicas do SNC e
correlacionar a ação dos fármacos nestas vias com o tratamento do
diferentes grupos de sintomas (positivos,negativos, cognitivos e do
humor) e com os efeitos colaterais dos fármacos
Prova Teórica/Avaliação
conceitual
Grupos tutoriais 3,4,6 e 7 /
Matriciamento de Psiquiatria
em UBS (PA) / Seminários
1,3 e 5
Prova Teórica/Avaliação
conceitual
Treinamento de habilidades /
Matriciamento de Psiquiatria
em UBS (PA)
Treinamento de habilidades /
Matriciamento de Psiquiatria
em UBS (PA)
Prova Teórico Prática /
Avaliação conceitual
OE 108 - Identificar quais são os grupos farmacológicos usados no
tratamento da Esquizofrenia
OE 109 - Compreender a farmacologia dos medicamentos
antipscicóticos tipicos e atípicos: seu mecanismo de ação e principais
efeitos adversos
OE 110 - Compreender os aspectos farmacológicos que contribuem
para a dificuldade de adesão ao tratamento
OE 111 - Compreender a fisiopatologia da depressão e suas as
complicações
OE 112 - Identificar quais são os grupos farmacológicos usados no
tratamento da depressão (ADT; ISRS; ISRN;ISRSN;IMAO)
OE 113 - Compreender o mecanismo de ação, as ações
farmacológicas, as indicações terapêuticas e os principais efeitos
adversos dos antidepressivos
OE 114 - Compreender os diversos aspectos que influenciam na
resposta ao tratamento antidepressivo e discutir os problemas
relacionados a adesão ao tratamento
OE 115 - Compreender o mecanismo de ação, ações farmacológicas,
indicações do uso dos benzodiazepínicos e discutir os problemas
decorrentes do abuso e dependência a esses fármacos
Objetivo Geral 22 – Compreender os princípios da psiquiatria
enquanto especialidade médica
Objetivo Geral 23 - Identificar as principais funções psíquicas
relacionadas ao Exame do Estado Mental
Prova Teórico Prática /
Avaliação conceitual
136
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
Objetivo Geral 24 - Realizar e registrar Exame do Estado Mental no Treinamento de habilidades /
prontuário médico
Matriciamento de Psiquiatria
em UBS (PA)
Objetivo Geral 25 - Realizar e registrar anamnese psiquiátrica,
Treinamento de habilidades /
baseada no Método Clinico Centrado na Pessoa
Matriciamento de Psiquiatria
em UBS (PA)
Objetivo Geral 26 - Indicar condutas de manejo clínico, no âmbito
da atenção primária, em relação aos portadores de dependência
de álcool
OE 116- Identificar os mecanismos relacionados ao uso abusivo e
Seminário 6/ Matriciamento
dependência de álcool
de Psiquiatria em UBS (PA)
OE 117- Classificar o tipo de usuário de álcool
OE 118- Realizar anamnese médica orientada para pesquisa do habito
de beber
OE 119 - Identificar as principais repercussões clínicas,
comportamentais e sociais do uso nocivo de álcool
OE 120 - Realizar Intervenção breve junto ao usuário nocivo de álcool
OE 121 - Organizar acolhimento e manejo do dependente de álcool e
sua família no contexto da atenção primária
OE 122 - Indicar medicação específica para tratamento do
dependente de álcool
OE 123 - Reconhecer os recursos utilizados no tratamento de
dependentes de álcool
OE 124 - Saber encaminhar dependentes de álcool para os serviços
especializados
Objetivo Geral 27 - Compreender a estrutura e conteúdo da seção
Conclusão de um artigo de revisão.
OE 125 - Redigir a seção Conclusão de um artigo de revisão.
Projeto em Equipe
OE 126 - Rever a estrutura de apresentação escrita (pôster) de um
Projeto em Equipe
trabalho científico.
OE 127 - Realizar a apresentação de um artigo de revisão na forma de Projeto em Equipe
pôster.
Prova Teórico Prática /
Avaliação conceitual
Prova Teórico Prática /
Avaliação conceitual
Prova Teórico Prática /
Avaliação conceitual
Trabalho escrito
Apresentação oral
Apresentação oral
137
Curso de Medicina UNIFENAS–BH
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