O Concerto Europeu no Século XIX IERI – 2012 Profa. Danielly S

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O Concerto Europeu no Século XIX
IERI – 2012
Profa. Danielly S. Ramos Becard
  Sistema
Europeu se afasta da extremidade
imperial.
  Aproximação da extremidade da escala onde
se situam as independências
  IMPERIALISMO>>>>>>>>>>>>INDEPENDÊNCIAS
  Mudanças nas estruturas sociais da Europa
Ocidental e Central.
  Alteração permanente nas idéias dos homens
sobre o que era desejável e atingível
 
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Características do Sistema - Sistema Europeu situa-se
mais ou menos eqüidistante do sistema napoleônico e
daquele do século XVIII no espectro.
IMPERIALISMO >>HEGEMONIA COLETIVA<<INDEPENDÊNCIAS
Posição da Áustria - Restauração da Áustria após derrota
de Napoleão na Rússia. Metternich como arquiteto da
política austríaca. Equilíbrio pensado somente em termos
europeus e otomanos.
Posição da Grã-Bretanha – desenvolvimentos industrial e
financeiro reforçados. Preparados para se oporem
individualmente a qualquer potência. Domínio de
possessões ultramarinas. Interesses para além da Europa,
incluindo Américas e Oceano Índico. Potência dominante
nas extensões ultramarinas da Europa. Necessidade de
equilíbrio e paz na própria Europa.
  Posição
da Rússia – interessada na expansão
fora da área do que havia sido a cristandade
latina (Império Otomano e Oriente). Opção
pela estabilidade a oeste do império russo.
  Acordo entre Rússia e Grã-Bretanha – suas
políticas no âmbito da grande republique
exigiam limitações que não se aplicavam fora
dela. Objetivos comuns – restabelecer a
Áustria e a Prússia como grandes potências
independentes nominalmente iguais a eles
próprios e também dar a mesma posição para
a França Bourbon restaurada. Era necessária
uma Europa estável e equilibrada.
  Respeito
à ordem e tranqüilidade no interior do
sistema internacional. Busca do equilíbrio de
poder entre os cinco grandes países. Não
interferência nos assuntos internos uns dos
outros, de forma a evitar a eclosão de
revoluções, consideradas fontes de instabilidade
no sistema internacional. Declaração de intenção
de manter união íntima de consultas regulares
para a preservação da paz com base no respeito
dos tratados.
  Hegemonia difusa – potências concordam em
agir juntas. Nenhuma concordaria em que outra
exercesse sozinha a sua hegemonia. Harmonia
orquestraria um concerto da Europa.
 
Interesses divergentes – arranjos territoriais não eram considerados
imutáveis. A raison de système não excluía conflitos de interesses.
 
Princípios conflitantes – comprometimento britânico e francês para com
o liberalismo e a constitucionalidade. Três monarquias da Europa Oriental
(Áustria, Prússia e Rússia) apoiavam autoridade absoluta.
 
Conciliação – divergências de interesses e princípios não deveriam
prejudicar as vantagens que todas as cinco potências extraíam da
manutenção de uma sociedade internacional ordeira.
 
Os demais países da Europa – desrespeito ao princípio anti-hegemônico
vigente desde Vestfália. Prejuízo para interesses dos soberanos menores.
Apesar de todos os Estados serem considerados juridicamente iguais, não
possuíam representação na instituição internacional informal mas
decisiva da nova sociedade.
 
Autoridade difusa – não era praticável coalizão anti-hegemônica contra
cinco potências. Cinco potências possuíam três quartos da população da
sociedade européia de Estados e três quartos do poder efetivo,
possibilitando acordo de regras e sua legitimação na sociedade. Estados
europeus menores não davam seu consentimento, embora aquiescessem.
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Hegemonia coletiva / difusa – grandes potências mantiveram
controle sobre a quarta parte fragmentada da sociedade européia
fora de sua administração.
Desacordos entre cinco potências – por questões administrativas
mais do que conflitos de interesse.
Solidariedade de fins – riscos internacionais comuns. Não temiam
uns aos outros.
Liderança – Metternich, da Áustria. Sentido de raison de système
– Meu país é a Europa inteira.
Período de reação – instabilidade ligada ao nacionalismo e à
democracia populares e à necessidade de manutenção do status
quo.
Ajustes na Europa – Independência do Reino da Bélgica.
Governos liberais instalados na Espanha e Portugal com
intervenção das grandes potências.
Ação fora da Europa – expansão russa e britânica, superpotências
da época.
Uso da força – Uso da força mediante acordo ou por
aquiescência.
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“Sistema Europeu próximo à extremidade onde se situam as
independências”
Concerto em risco - divergência de interesses e princípios entre
as cinco grandes potências.
Preparação das potências para o uso da força – Nacionalismo
popular em crescimento – descontentamento da classe média
com o ‘sistema Metternich’ e com a legitimidade dinástica.
Guerras - Breves e de pouca monta.
Nova legitimidade – o direito dos ‘povos’ a determinar por si
mesmos a que Estado deveriam pertencer, e como tal Estado
deveria ser governado. Nacionalismo, democracia e interesse
popular influenciam no funcionamento do sistema europeu de
Estados.
Demos – vontade geral / do povo.
Democracia – Demos deveria governar, ou pelo menos eleger seus
governantes.
Legitimidade – mais do que consentimento dos governados,
significava periódico exercício da escolha livre por parte do
demos.
  Estado
– expressão constitucional e política de
suas nações, mais do que meramente como os
statos institucionalizados de uma família de
príncipes. Composto por um único povo, com um
único caráter nacional.
  Nacionalidade – questão lingüística e cultural.
Pertencimento a um demos nacional poderia ser
fruto de escolha individual.
  Nação – entidade soberana e com direito de agir
como lhe aprouvesse. A nação deve ter seu
próprio Estado independente.
  Modificações – Clube de soberanos deveria ser
transformado em Família de nações
independentes..
  Ameaça
ao equilíbrio europeu – Panitalianismo. Pan-eslavismo (Rússia e outros povos
eslavos). Pangermanismo. Contestação da ordem
estabelecida. Povo alemão – mais numeroso e em
rápido desenvolvimento. Aversão para com sua
competência. Posição central no continente.
Posição hegemônica.
  Objetivo dos nacionalistas e liberais –
enfraquecer Império Austríaco Habsburgo,
multinacional e absolutista.
  Napoleão III – defensor das aspirações nacionais.
Ausência de plano alternativo para o
ordenamento da grande republique. Intervenção
militar contra a Áustria para unificar a Itália num
Estado Nacional.
  Prússia
– desconfiança com relação ao
nacionalismo popular alemão que objetivava
desestabilizar as monarquias prussiana e
austríaca e criar um novo Superestado.
  Áustria – aliança com a nova Alemanha.
  Novos Estados – Alemanha e Itália adotam
muitas características ocidentais, especialmente
a monarquia constitucional. Coroa simbolizava a
nação soberana e dividia poder político com seus
súditos-cidadãos.
  Recursos à força – nacionalistas e democráticos,
inspirados pela classe média e dirigidos contra
governantes que queriam atrelar e controlar as
emoções dessa classe.
  Características
do Sistema – afrouxamento.
Estados membros menos conscientes da raison de
système. O Concerto continua, porém, a
funcionar, frente ao perigo do exercício
irresponsável da vontade.
  Administração equilibrada - Busca de soluções
de compromisso aceitáveis para os cinco grandes
Estados e outros diretamente envolvidos. Rússia
em defesa da monarquia austríaca. Grã-Bretanha
e Rússia com menos controle sobre o sistema do
que em 1815. Desenvolvimento econômico,
político e técnico da França, Inglaterra,
Alemanha, as quais ficam à frente da Rússia.
Período de paz, sucesso e prosperidade.
  Equilíbrio instável – Surgimento do novo estado
alemão, potência mais forte do continente europeu.
Ordem através do controle de Bismarck.
  Aumento de pressão na Europa – revolução
industrial e nacionalismo popular. Expansão
econômica e territorial para fora da Europa, longe
das pressões do centro. Administração da competição
por meio de acordos.
  Alemanha depois de Bismarck – comportamento
nacionalista e afirmativa, negligenciando relações
com a Rússia e Grã-Bretanha.
  Perda de Elasticidade do Concerto – Hegemonia,
equilíbrio do poder, rivalidades nacionalistas,
capacidade industrial crescente.
 
  Liberdade
limitada - Estados com liberdade
de ação limitada, tanto interna quanto
externamente. Liberdade limitada por
acordos, alianças e pela hegemonia.
  Aceitação da Ordem – ordem para aumentar
independência e poder dos Estados.
  Promoção da ordem – estabelecimento de
acordos e regras gerais voluntários
transformam sistema em sociedade.
Sistema dominado pelas
independências
IERI – 2012
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Liberdade na América com exemplo europeu – legitimidade das
independências múltiplas na Europa inspirava assentados
europeus nas Américas. Vontade de cuidar de seus próprios
interesses como membros independentes da sociedade européia.
Estados Unidos como nova potência – potência do sistema
internacional mundial em 1900. Responsabilidade compartilhada
com a Grã-Bretanha de assegurar posição especial das Américas.
Independência na América Latina - Apoio da Grã-Bretanha à
independência e abertura das portas para a economia inglesa.
Independência na América como contrapeso para tendências
reacionárias (autoritárias) da Santa Aliança.
Ampliação da Sociedade internacional com inclusão de latinoamericanos – vinte países latino-americanos independentes.
Possibilidade de manter o hemisfério ocidental isolado do
colonialismo e da política de poder europeus. Direcionamento da
expansão européia para o Oriente.
Estado-nação na América – adesão de cidadãos com
mentalidade semelhante por meio de ato de escolha
individual e voluntário.
  Baixo poder dos novos membros da Sociedade
Internacional – novos estados americanos com pouco
ou nenhum papel na política européia.
  Elo de ligação entre antigos e novos membros –
Estados criados segundo modelo europeu, habitados
ou dominados por povos de cultura e descendência
européia.
  Hegemonia coletiva no mundo – responsabilidade
coletiva na Ásia e África através da expansão
européia.
  Poder de encantamento da tecnologia européia Venda de bens e uso da superioridade para
europeizar e modernizar o mundo não europeu.
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Presença européia no Império Otomano – desacordo
entre europeus sobre forma de trazer progresso à área
otomana. Rússia e Áustria – fim do governo otomano como
oportunidade e obrigação de expandir sua autoridade
imperial. Posição da Grã-Bretanha e da França
ambivalente. Indiferença da Prússia. Império Otomano não
era considerado europeu.
Equilíbrio de poder entre potências européias – ajustes
necessários entre os grandes para o exercício do poder.
Expansão da Rússia pela Sibéria e Ásia Central. Expansão
britânica para a Ásia ao longo das rotas marítimas.
Posição da Grã-Bretanha – ligação marítima tênue.
Assentamento possível em algumas localidades. Ausência
de tentativa de assimilação de súditos asiáticos e
africanos. Apenas elite seria educada e treinada.
Dependências tornaram-se mais autônomas com o tempo.
Regras e instituições com caráter prático e
regulatório – concebidas para dar ordem e
previsibilidade ao sistema composto por Estados de
diferentes culturas. (Europa e Império Otomano).
  Grande Republique, mas européia – somente para
Estados europeus.
  Presença na África – Estabelecimento de acordos de
partição no Congresso de Berlim de 1884.
  Presença na China – 1900 – todas as grandes
potências da Europa presentes na intervenção
coletiva, em nome da comunidade internacional
(semelhança com intervenções da ONU). Hegemonia
difusa das grandes potências agindo juntas para
realizar o que nenhuma delas confiaria nas outras ao
ponto de deixá-las realizar sozinhas.
 
Segurança comercial como objetivo das potências –
aumentar segurança para comércio. Facilitar
aquisição de matérias-primas e produtos tropicais
para economias desenvolvidas.
  Funcionamento do Sistema Internacional –
insistência no cumprimento de regras normativas e
respeito por instituições desenvolvidas com base na
matriz de cultura européia.
  Ampliação do Sistema Internacional e Posição dos
Europeus – submissão do mundo inteiro ao conjunto
de relações econômicas e estratégicas europeu.
  Imperialismo cultural – imposição de regras, valores
e códigos éticos. Imposição de padrão de civilização
europeu. Membros para a sociedade, mas não para a
grande republique. Observação de regras econômicas
e práticas comerciais européias.
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  Custos
para as sociedades não européias –
reivindicação de tratamento igualitário e de voz
ativa para não europeus.
  Relaxamento do Concerto Europeu – a partir do
início do século XX. Nacionalismo, democracia e
importância dos membros não europeus separam
Estados-nações europeus.
  Interdependência na Sociedade Mundial –
Integração econômica através do jogo livre dos
mercados cada vez mais mundiais em sua
abrangência.
  Estados Unidos, Japão e novos países latinoamericanos – recusa de alianças criadoras de
vínculos complexos e envolvimento nos assuntos
europeus.
Passagem do Sistema Europeu para o
Sistema global
IERI – 2012
  Passagem
do Sistema Europeu para o
Sistema global
movimento natural, gradual e constante, sem linha
divisória revolucionária.
  Presença européia no mundo desde o século XVI
(América, Império Otomano, Ásia, África).
 
  Composição
da Sociedade Mundial
Minoria da população é européia.
  Regras e instituições são herdadas da Europa.
  Partilha de poder e dominação entre Europa, EUA e
Japão. (Oceano Pacífico).
  Interesses e pressões são globais (e não mais
europeus).
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  1ª
- Destruição da sociedade européia de
Estados (após 1 GM)
  2ª - Intervalo entre 1GM e 2GM – Vigência do
Acordo de Versalhes e da Liga das Nações.
  3ª - Reorganização do sistema global e da nova
sociedade internacional pós 2ª GM.
  4ª – Descolonização
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Incapacidade de ajuste ao crescimento do poder alemão (capacidade
industrial e militar, com população mais numerosa, afora a russa, e
superior em matéria de educação e habilidades).
Passagem do concerto elástico a uma confrontação rígida entre dois
blocos rivais (Alemanha, Áustria-Hungria e Itália, novos Estadosnações oriundos da cristandade latina x França e Rússia, duas
potências insatisfeitas).
Novo balanço de poder na Europa
Movimentos - repulsa e aproximação perante a nova potência.
Falta de espaço para Alemanha dentro da Europa – Nova potência
atrelada ao centro da Europa. Alemães limitados do ponto de vista
espacial – um povo sem espaço.
Busca de Espaço para Alemanha fora da Europa – pressão dos
alemães sobre outras potências para que criem espaços para absorver
as energias do novo Reich.
Conquistas alemãs – posição dominante no decadente Império
Otomano (contra interesses russos e britânicos). Colonialismo
ultramarino (contra britânicos e franceses).
  Questão
 
hegemônica
No momento em que o poder alemão estava
crescendo, a idéia da hegemonia na Europa era
menos aceitável que no passado. Aumento do
conflito entre Estados como conseqüência do
movimento de ajuste na nova balança de poder.
  Formação
de coalizão (entente /
entendimento)
 
França, Rússia e Grã-Bretanha (coalizão antihegemônica).
  Fim
 
do concerto europeu
Não se podiam mais negociar com freqüência
meios-termos mutuamente toleráveis. Possibilidade
de guerra havia perdido seus terrores.
Instabilidade - modernização e ocidentalização do
Japão geram dinamismo expansionista (e
instabilidade) semelhante ao da Alemanha na Europa.
  Busca de espaço para Japão na Ásia – atitudes
imperialistas européia influenciam Japão. Aliança
com britânicos permite expansão japonesa na
Manchúria (expulsão russa) e na China Setentrional.
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 
Europeus na Ásia - desmoronamento da autoridade
do governo chinês e da política britânica de porta
aberta para o comércio. Criação de protetorados de
potências imperiais individuais na China. Oposição
dos EUA à expansão japonesa.
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Expansão mundial da sociedade européia - não permite inclusão
adequada das duas novas potências: Japão e Alemanha.
Características da Iª. Guerra Mundial
  Guerra européia, lutada por razões européias, alimentada por
paixões européias.
  Hegemonia - Natureza genuinamente anti-hegemônica da
guerra na Europa.
  Demonstração de força dos EUA – peso decisivo na dominação
alemã.
  Sistema Europeu - Destruição definitiva do sistema europeu de
Estados.
Acordo de Versalhes – Alcance global - Primeiro ato constituinte
de auto-regulação global da sociedade global. Autoria da
pequena sociedade européia - Ausência da Rússia e da
Alemanha. Busca de ordem e paz - Objetivo de produzir acerto
para a Europa. Gerar regras e instituições para manter ordem e
evitar guerra na sociedade global
Não conseguiu nem manter a ordem, nem evitar a
guerra.
  Santa aliança de potências vitoriosas e virtuosas
determinadas a tornar o mundo seguro para a
democracia.
  Falta de elasticidade – renúncia ao conceito de
equilíbrio de poder. A favor da idéia mais rígida da
segurança coletiva.
  Fronteiras frágeis – Mecanismos rígidos para
restabelecimento de fronteiras.
  Impossibilidade de mudanças – regras rígidas
impossibilitam mudanças / ajustes no sistema.
  Manutenção do status quo – interesse das potências
vencedoras em manter status quo e evitar mudanças.
 
Precipitação da Revolução Russa. – impacto
negativo sobre sociedade de Estados. Rússia
permaneceu como membro formador do sistema de
Estados, mas retirou-se para dentro de si mesma,
permanecendo fora da sociedade internacional de
Estados.
  Manutenção da tradição européia – criação de
obrigações de acordo com tradição européia.
  Clube dos cinco - Perpetuação da prática de ‘cinco
grandes potências’
  Manutenção das regras - Incorporação de regras e
práticas desenvolvidas na grande republique européia
(direito internacional, diplomacia, respeito à
soberania, igualdade jurídica dos Estados,
reconhecidos como membros independentes da
sociedade).
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  Imperialismo
– manutenção de estruturas
imperiais de Estados dependentes controladas
pelos vencedores e por alguns países neutros.
  Nova regra – declaração da guerra como ‘fora da
lei’. Necessidade de se desviar dos riscos das
independências múltiplas não controladas.
  Máquina superior de controle – Liga de Estados
deve evitar perturbações da paz. Grandes
potências ditam regras e promovem seu
cumprimento através de instituições comuns.
  Princípio básico – legitimidade anti-hegemônica.
Aceitação de disposições relativas à segurança
coletiva impostas pelas grandes potências
ocidentais vencedoras.
IERI – 2012
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Período de Ordem e Autoridade 1945-1985 – Período de
mais ordem e autoridade.
Novos líderes do Sistema - Fim da capacidade dos
Europeus de controlar o Sistema Internacional. O lugar
central dos EUA e a URSS no Sistema Internacional.
Novas pressões - 1ª questão – Como reagir às novas
pressões internacionais?
Novas regras - 2ª questão – Quais eram as novas regras e
instituições da Sociedade Internacional.
Dois pólos - Reorganização do poder no sistema global em
torno de dois pólos opostos: URSS e EUA.
A Divisão da Sociedade Internacional - Duas potências
geraram centros em torno dos quais se desenvolveram
sociedades muito separadas, estrategicamente presas uma
contra a outra e isoladas pela geografia e pela ideologia.
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Influência européia - Dois centros de origem européia, mas
situados fora da Europa. Regras e práticas do período anterior
deveriam permanecer temporariamente em vigor, com pequenas
modificações.
Criação da ONU – influência do passado. Instituição
internacional serve de congresso diplomático permanente. Liga
das nações como modelo. Reprodução da fórmula baseada na
experiência do Concerto Europeu.
Objetivos da ONU – universalidade, mais que a eficácia.
Mecanismo de inclusão na Sociedade Internacional. Votos de
natureza consultiva.
ONU e Poder de veto – exigência de acordo entre grandes
potências. Válvula de segurança, diminuindo tensão dentro da
instituição.
Críticas à ONU – inadequada para resolver problemas entre
grandes potências. Poder de veto inaceitável para países que não
podem exercê-lo.
ONU na prática – mais do que concerto entre grandes potências,
serviu ao interesse de potências menores.
Organização do sistema - Fim da hegemonia difusa
de da anarquia de independências múltiplas.
  Perfil dos EUA – metade da indústria mundial, único
detentor da bomba atômica, ainda com traços de
isolacionismo.
  Regras dos EUA para o Sistema – democracia,
império da lei, descolonização, abertura para
empresas norte-americanas.
  Objetivos da URSS – expansão e defesa de seu
império. Esperava, por meio da influência de partidos
comunistas, estabelecer hegemonia sobre a Europa
ocidental e sobre partes da Ásia, bloqueando
tendências hostis.
  Objetivo dos EUA – estabelecimento de política de
contenção contra URSS.
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Conceito – luta global, porém contida, marcada dos dois lados por
estratégia defensiva e por competição pela lealdade ou pela simpatia das
pessoas no mundo inteiro.
As armas nucleares - efeito de dissuasão. Opção por conflitos de baixa
intensidade e por operações de guerrilha, que não perturbavam o curso
da civilização.
Autoridade soviética – recurso às doutrinas do marxismo-leninismo, que
eram autoritárias, moscou-cêntricas e universalistas.
Hegemonia norte-americana – mais relaxada, permitindo a outros
Estados maior liberdade de ação. Formação de cadeia de alianças.
Hegemonia ao mesmo tempo negociada e imposta.
Reação anti-hegemônica – França, Grã-Bretanha, Alemanha e adaptação
aos padrões de poder.
A Sociedade Internacional – estrutura comum de direito internacional,
de representação diplomática e de outras regras e instituições comuns,
herdadas da sociedade européia. Continuação da legitimidade teórica das
soberanias múltiplas absolutas.
Moderação – idéia de entendimento amplo através do controle da corrida
armamentista.
Continuação do processo de desintegração da
dominância européia.
  Desobrigação européia quanto ao bem-estar dos
povos dependentes.
  Conceito de tutela e abertura para o fim da
colonização.
  Autodeterminação substitui imperialismo como
doutrina da moda.
  Aquisição de colônias vista como ilegítima.
  Criação de sistema de mandatos – responsabilização
internacional das potências mandatárias, que tinham
que submeter relatórios anuais sobre como estavam
se desempenhando em sua “missão de civilização”.
  Disseminação do conceito de descolonização.
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Imperialismo – exploração econômica racista.
Inclusão dos novos membros – assimilação de súditos em seus impérios
ultramarinos para torná-los cidadãos franceses, portugueses ou
britânicos.
EUA e URSS – incentivo / pressão à descolonização. Possibilidade de
expansão das novas potências.
Perfil dos novos membros da sociedade internacional – Heterogêneo.
Capacidade de independência. Mistura das culturas e tradições. Vontade
de estar livres e de evitar tornar-se Estados clientes das superpotências
imperiais.
O Não - alinhamento – criação do grupo face a profundos ressentimentos
contra superioridade racial e cultural presumida pelos “homens brancos”.
Descolonização – movimento em direção às independências múltiplas.
Igualdade entre todos os Estados soberanos. Aceitação de arranjos
internacionais para mitigar pobreza e dificuldades administrativas.
Estabilidade – traço marcante do sistema internacional (40 anos),
garantida pelo controle hegemônico e domínio exercido pelas duas
potências, junto com o equilíbrio do terror nuclear.
Policentrismo – enfraquecimento das duas potências e recuperação das
potências menores.
Integração – força das redes econômicas.
IERI – 2012
Interesses e pressões comuns - Continuação de rede
mundial de interesses e pressões integrando o
planeta em um único sistema, organizado por uma
única sociedade.
  Diminuição do controle europeu - Natureza global
do sistema, de características européias, continua.
  Integração do mundo aumenta – avanço tecnológico,
novos padrões de pressão e interesse.
  Ausência de quadro cultural dominante – Estados
não se sentem ligados por valores e códigos de
conduta derivados da Europa.
  Persistência de organização e conceitos europeus –
não houve ruptura radical com o passado.
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Aumento de Estados soberanos – aumento do número de países
soberanos independentes e juridicamente iguais.
Valorização da Independência – colocação do uso da força fora
da lei (inibição da tendência de impor vontade dos fortes).
Países Não alinhamento – valorização da independência externa
e interna.
Ex-colônias – países politicamente, mas não economicamente
independentes.
Membros da Sociedade Internacional – dependência dos
benefícios que a SI proporciona aos Estados pequenos e pobres.
Herança européia – atitudes de elites governantes
ocidentalizadas de antigos Estados dependentes refletem aquelas
dos liberais da Europa.
Imposição de modelo europeu – membros de outras culturas
consideram modelo ocidental de Estado pouco adequado ou
conveniente para suas sociedades.
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Status reconhecido – independência readquirida é simbolizada
pela participação nas instituições da sociedade internacional.
Países trocam representantes diplomáticos e são aceitos como
membros da ONU.
Participação aceita – possibilidade de participar da reformulação
das regras e das instituições da ONU e proclamar valores da
sociedade internacional mundial.
Apoio internacional – agências da ONU disponibilizam
conhecimentos técnicos de Estados mais desenvolvidos para os
mais fracos sem amarras políticas.
Papel da ONU – voz da comunidade mundial.
Princípio internacional – Direito legítimo de todos os Estados de
escolher sua própria forma de governo, livres de interferência
externa. Reconhece-se a responsabilidade dos fortes de proteger
os fracos.
Persistência da hegemonia – países fortes continuam a
determinar regras para condução das RI (inclusive no campo
econômico). Proteção e assistência utilizadas como moedas em
troca de comportamentos aceitáveis.
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Principais centros de poder no sistema do século XX – EUA,
Rússia, Alemanha e Japão.
URSS e EUA nos Anos 1980 – fracasso do marxismo-leninismo e
desintegração da URSS. EUA em posição de liderança ou
hegemonia exclusiva.
União Européia – integração como forma de aumentar força
econômica e política.
Organização Internacional – obtenção de mais autoridade e
ordem no SI.
Estruturas de aliança – indefinição sobre funções das novas
estruturas de alianças.
Formação de novo concerto de potências mundiais – Rússia,
Europa Ocidental (Alemanha na liderança), Japão, China e EUA.
Novas normas – prática baseada no acordo e na aquiescência, sob
liderança relutante dos EUA.
Papel da ONU – patrocínio de forças de manutenção da paz.
Novas práticas e instituições - Integração econômica
exige novas práticas e instituições internacionais.
  Papel das grandes potências – diretoria administra e
mantém integrado o sistema internacional.
  Fontes de suprimento – busca de concentração de
conhecimentos e habilidades tecnológicas numa
pequena área, de suprimentos de alimentos,
matérias-primas e mercados.
  Raison de sistème econômica – necessidade de
orientar e alimentar o desenvolvimento econômico
ordenado no mundo inteiro de forma proporcional à
capacidade dos principais Estados.
  Instrumentos do sistema econômico internacional –
Banco Internacional para Reconstrução e
Desenvolvimento – BIRD / Banco Mundial; Fundo
Monetário Internacional – FMI.
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Países da Ásia-Pacífico – atingimento de níveis políticos e
econômicos das sociedades mais desenvolvidas e
recuperação de posições no âmbito econômico.
G7 / Hegemonia econômica difusa – Fórum de discussão e
coordenação econômica das principais potências mundiais.
Coordenação econômica – peso dos países ligado à
contribuição econômica (diálogo econômico vinculado ao
poder dos Estados envolvidos).
Coalizão anti-hegemônica – Terceiro Mundo e coordenação
de políticas da maioria mais fraca. Busca de independência
e segurança econômica coletiva (assistência, investimentos
e mercados de exportação).
Diálogo Norte-Sul e Hegemonia – Imposição de normas
externas que regulam serviço da dívida, política cambial,
comércio exterior e normas para administração de suas
economias externas aceitáveis para os doadores.
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As pressões do sistema mais estrito – mercado global e
velocidade das comunicações.
Os novos agrupamentos – confederações regionais
refletem afinidades culturais, proximidade geográfica e
complementaridade econômica.
A Soberania estatal – liberdades de ação interna e externa
ligadas a Estados independentes não estão unidas num
todo monolítico. Liberdade simbólica mantida.
Cultura dominante – normas éticas colocadas por líderes
ocidentais e não ocidentais derivam de valores ocidentais.
Tecnologia e contato contínuo criam nova cultura moderna
global, que determina o estilo de vida e valores de
praticamente todos os estadistas de elite que tomam
decisões internacionais. Reafirmação regional de normas
híbridas.
Integração econômica internacional e agrupamentos
regionais – menor independência para os países.
Busca de princípios, interesses e valores comuns,
assim como regras regulatórias. Normas éticas e
códigos de conduta que vão além do quadro cultural
de cada um como contrapeso aos valores ocidentais.
  Independências múltiplas
  Fontes reais de autoridade hegemônica
  Sistema integrado por pressões tecnológicas e de
comunicação.
  Instituições e legitimidade herdadas da Europa
  Aceitação de arranjos hegemônicos e factíveis,
tacitamente aceitos pela maioria.
  Sociedade global e multicultural, que ainda não
encontrou uma forma que se ajuste adequadamente
às realidades do sistema.  
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