O Mundo Romano e a Romanização O Mundo Romano e a Romanização Criação e Expansão do Império Romano Durante o 5º milénio a.C. Roma, uma cidade de agricultores, começou a expandir-se e em pouco mais de 2 séculos havia dominado todo o território italiano (incluindo as colónias gregas do sul). E assim se iniciou um longo período de conquistas que levaram à formação de um poderoso império à volta do Mediterrâneo, mar este a que mais tarde chamaram de “lago romano” e “mare nostrum”. No entanto, alguns locais foram difíceis de conquistar como é o caso de Cartago no norte de África e a Península Ibérica, em especial devido aos Lusitanos. Durante um grande período Roma conquistou todo o território à volta do Mediterrâneo, tendo por objetivo o oriente, onde conseguiu conquistar prósperos reinos helenísticos. Chegando até a pensar em dominar o mundo. Mas para manterem o império forte e unido foi necessário um poderoso império bem como uma vasta rede de estradas, que permitisse uma fácil movimentação do exército e uma rápida comunicação entre as cidades. Fatores de integração dos povos dominados pelos romanos Num império constituído por tão diversos povos foi difícil mater a unidade, para isso, foi essencial um poderoso exército, que lutasse para menter o domínio romano e estabelecer a paz. Assim, em 27 a.C., com a entrada de O Mundo Romano e a Romanização Octávio César Augusto no poder o império consegui viver em “pax romana”, mas esta paz não durou muito mais que 150 anos. Fatores de integração dos povos dominados pelos romanos: Língua – Latim; Moeda Romana; Direito Romano – Leis; Rede de estradas; O poder do imperador; Administração eficaz; Fixação de Legiões nas províncias conquistadas. As legiões eram importantes, porque submetiam os povos conquistados, defendiam-nos e desenvolviam-nos economicamente. Uma Economia Urbana, Mercantil e Monetária Uma economia urbana, porque estava diretamente relacionada com o desenvolvimento urbano, e a união entre elas. Uma economia mercantil, porque a atividade principal era o comércio. Comércio este que se desenvolveu a partir duma intensa atividade produtiva, como a agricultura (em especial a produção de cereais, azeites e vinho); a pecuária; a exploração mineira, (particularmente nas províncias do Ocidente) e a produção artesanal, (particularmente nas províncias do Oriente). O Mediterrâneo constituía o eixo comercial do império. Uma economia monetária, porque em qualquer economia é necessário o uso da moeda, as moedas romanas tinham a cara do imperador atual e as que tivessem a cara dos anteriores imperadores não tinham qualquer valor, por isso eram recolhidas. A península Ibérica Revela-se uma Difícil Conquista A conquista da Península Ibérica foi lenta e difícil. Os povos que ofereceram maior resistência foram os Lusitanos, governados por Viriato que se localizavam entre o rio Douro e o Rio Tejo, eram guerreiros e queriam manter a fama de invencíveis. O Mundo Romano e a Romanização Entre 147 e 139 a.C. Lusitanos e Romanos envolveram-se numa encarniçada luta de guerrilha. Porém os romanos acabaram por vencer. Mas a pacificação do território peninsular só foi conseguida no século I a.C. por Júlio César e Augusto. Os Romanos dividiram a península Ibérica em 3 províncias: a Tarraconense, a Bética e a Lusitânia (situada entre o Douro e o Guadiana ocupando quase todo o atual território português). A maioria das cidades peninsulares foi obtendo uma relativa autonomia administrativa sendo declaradas municípios. A romanização na península Ibérica Durou 600 Desenvolve anos u durante os quais se Várias cidades Houveram Aumentou a O Latim 2 produção tornou-se a imperadores de língua naturais da criaram Uma vasta rede viária O comércio A Península Cereais circulação oficial Vinho Azeite monetária Vestígios da romanizaçã o na península Ruínas de Templos várias como o de cidades romanas como Conímbriga (Perto de Miróbriga (Junto a Tongóbriga (perto de Évora Ibérica Aquedutos Pontes Estradas Língua Fóruns O Mundo Romano e a Romanização O Mundo Romano e a Romanização A sociedade romana A sociedade romana encontrava-se hierarquizada em grupos sociais distintos. No topo temos o senhor do império, ditador das leis e possuidor do maior número de clientes, o imperador. De seguida encontravam-se os patrícios, donos de uma grande fortuna, e poderiam atingir um número de clientes muito elevado, consoante a sua fortuna. Mais abaixo estavam os plebeus, divididos em plebe urbana e rural. Estes constituíam a maioria dos cidadãos romanos e não eram privilegiados. Trabalhavam como rendeiros, artesãos, pequenos proprietários agrícolas, ou em alguns casos, os plebes mais ricos eram comerciantes, empreiteiros ou armadores. Porém a plebe urbana “dava mais que falar” pois se mudavam para a cidade em busca de melhores condições de vida, e deparavam-se com o grande desemprego e com o elevado custo de vida. Os libertos eram antigos prisioneiros de guerra (escravos), cultos que o seu dono havia libertado ou deixado em testamento, que após a sua morte seriam libertos. Por fim, os escravos chegavam a constituir 40% da população numa determinada região, eram provenientes, essencialmente, das conquistas e eram indispensáveis ao império. Trabalhavam na agricultura, nas minas e no serviço doméstico. Alguns eram libertos pelos seus donos. O Mundo Romano e a Romanização Em 212d.C. o imperador Caracala concedeu a todos os homens livres do império os mesmos direitos e o estatuto de cidadão. Da monarquia ao Império O Mundo Romano e a Romanização Civilização Romana Monarquia República Império (753-509 a.C.) (509-27 a.C.) (27 a.C.-476 d.C.) Rei Comícios Imperador Magistratura Magistrados Senado Assembleias populares Assembleia das Cúrias Senado Povo (Comícios) Os abusos do rei Fraqínio serviram As revoltas populares originaram de pretexto para a proclamação de um novo regime. um novo regime. Senado Em 60 a.C. surgiu o 1º triunvirato e em 43 a.C. surgiu o 2º triunvirato. Durante o regime republicano, Roma era governada por magistrados que eram eleitos pelos comícios (constituído pelo conjunto dos cidadãos). Esses magistrados eram aconselhados pelo Senado, órgão composto por elementos de famílias ilustres, que tratava igualmente dos assuntos da política externa. Com a expansão do Império, as exigências de governação aumentaram consideravelmente e era necessário centralizar o poder. O Senado, após violentas lutas internas, acabou por conceder, em 27 a.C., os poderes supremos a Octávio César Augusto que se tornou o primeiro imperador Romano – era o início do regime imperial que durou até 476 d.C., no qual o imperador era uma figura com poder absoluto e divino. Para reforçar a governamentação do império romano, surgiu em Roma uma invenção original, o direito, que era um conjunto de leis ou normas jurídicas. Dentro do direito romano distinguiam-se o direito público, para o bom funcionamento do estado e o direito privado que regula tudo o que diz respeito à vida dos cidadãos. O Mundo Romano e a Romanização A cultura romana A cultura romana foi muito influenciada pela grega, o grego era a segunda língua do império romano e os poetas e filósofos gregos eram lidos e imitados. A arte romana foi também muito influenciada pela grega, mas era criativa e inovadora. A arte romana possui, no entanto, uma grande individualidade própria, devido à imponência das construções, à riqueza dos materiais utilizados, à decoração requintada e imaginativa. A arte romana desenvolveu a escultura (quer na estuaria quer no baixo relevo) e a pintura a fresco e mosaico. A escultura romana caracteriza-se por um notável realismo, sobretudo os retratos. Na pintura são admiráveis as representações de paisagens e de cenas quotidiano. religiosas ou do A arquitetura: As obras de arte, além de terem estético funcionais um deviam e valor ser práticas, dizemos por isso que os romanos tinham grande sentido prático. um O Mundo Romano e a Romanização Utilização da abóboda de berço, do arco de volta interna e da cúpula. Utilizavam novos materiais, tais como: o tijolo e mármores de várias cores. Monumentalidade e imponência das construções. Decoração requintada. A maior parte das grandes construções romanas situava-se nas cidades, ou destinavam-se a servi-las. Todas as pequenas cidades tentavam imitar Roma. Os romanos importavam-se bastante com a construção das suas cidades, por isso, quase todas as cidades tinham construções robustas, como aquedutos, estradas, pontes… Esta arquitetura de carácter utilitário ao urbanismo constitui um fator de originalidade romana. A religião romana Na integração dos povos conquistados pelos romanos a religião não foi um problema, pois estes aceitaram todas as religiões e tornaram-se politeístas. O crente romano tinha de estar em paz com os deuses, encarando a religião de um ponto de vista utilitário, fazia O Mundo Romano e a Romanização ofertas e sacrifícios a troco de proteção e favores. Com o passar do tempo a religião tradicional deixou de ter muitos apoiante e começaram então a aparecer os novos cultos misteriosos do Oriente, que prometiam a vida eterna para além da morte. Nos últimos tempos do império ganharam adeptos os cultos de divindades misteriosas, como Ísis (do Egipto) e Mitra (da Pérsia). Vinda também do Oriente houve uma religião que ganhou imensos apoiantes, o Cristianismo. Culto Romano Em casa, pelo pater Nos templos, pelos O imperador era o pontifex famílias (pai) sacerdotes e sacedotisas. máximos (supremo Culto doméstico Culto civil sacerdote). Culto imperial O cristianismo O Mundo Romano e a Romanização Jesus Cristo nasceu na Judeia, Palestina, no tempo do imperador Augusto. Os hebreus nunca aceitaram a conquista romana, por isso, por volta de 1 d. C. e devido às sucessivas revoltas foram obrigados a emigrar para diversos locais à volta do mediterrâneo. A essa emigração chamamos diáspora. Devido à vida difícil que a maior parte dos judeus (hebreus) esteve sujeito cresceu entre eles o messianismo, a crença que um dia chegaria o tal e os tiraria do inferno em que se encontravam.Com o aparecimento de Cristo alguns acharam que este era o tal, mas outros recusaram-se a aceitá-lo como seu salvador. Depois da morte de Cristo, e com ajuda dos apóstolos o Cristianismo foi-se propagando. Condições que facilitaram a rápida difusão do Cristianismo: Existência de numerosas cidades e uma boa rede de estradas; Haver 2 línguas compreendidas por quase toda a população; A presença de muitas comunidades por todo o império. As autoridades romanas consideravam o Cristianismo uma seita perigosa, porque: Se recusavam a prestar culto aos imperadores; Defendiam a igualdade entre todos os homens, o que punha em perigo a sociedade romana. Em 313, o imperador Constantino publicou o Édito de Milão que decretava a liberdade religiosa. Em 380, o imperador Teodósio declarou o Cristianismo como a religião oficial do estado romano, proibindo outros cultos – Édito de Tessalónica. A igreja Cristã é o conjunto de todos os fiéis que acreditam em Cristo e na sua palavra. O Mundo Romano e a Romanização