Dicionário Dermatológico

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Dicionário Dermatológico
Acne
Cravos, espinhas, cistos, caroços e cicatrizes. Não chamamos uma única espinha de
acne, mas, sim, o conjunto dessas manifestações muito comuns na adolescência. O
maior responsável pelo aparecimento da acne é a glândula sebácea, que produz a
oleosidade da pele. Durante a infância esta glândula permanece inibida, pequena, e não
produz nenhum sebo, razão pela qual as crianças têm pele lisa, homogênea e sem
oleosidade. A acne aparece na puberdade induzida pelo início da produção de
hormônios femininos (estrógenos) e masculinos (andrógenos). Nas moças, a acne é mais
freqüente dos 14 aos 17 anos. Nos rapazes, pode chegar um pouco mais tarde, com
maior freqüência entre os 16 e 19 anos. Outro consolo: a maioria dos casos de acne se
resolve espontaneamente na segunda década da vida. Mas sempre há exceções:
algumas pessoas continuam apresentando os sintomas durante a vida adulta, até cerca
de 35 anos. Elas representam apenas 1% da população masculina e 5% da feminina. A
acne aparece com maior freqüência no rosto, peito e dorso, onde o número de
glândulas sebáceas é maior. Desenvolve-se em pessoas com tendência hereditária; isto
significa que um jovem, cujo pai e mãe tiveram acne, tem maior chance de apresentá-la.
No entanto, você pode ser o primeiro a ter espinhas em sua família, assim como todos
os irmãos ou somente um deles pode apresentar pele acneica. Durante a adolescência, a
acne pode apresentar graus variados, com maior ou menor inflamação. Ela sempre é
mais grave quando apresenta cistos, caroços e muitas lesões nas costas.
Tratamento da acne
A acne é uma doença que precisa ser tratada independentemente da idade da pessoa.
Espremer e cutucar espinhas deve ser evitado, assim como o uso de produtos caseiros
ou desconhecidos. Não se deve também acreditar em soluções milagrosas, pois elas só
pioram o quadro. Conforme o grau e a intensidade da acne, o tratamento se dá por via
oral ou local, dependendo de uma avaliação criteriosa do dermatologista. A acne não é
um bicho-de-sete-cabeças e, quando tratada a tempo, não evolui para cicatrizes. É
importante lembrar que o adolescente já passa por várias mudanças, tem uma
autocrítica exacerbada e uma pele inflamada e marcada só pode prejudicá-lo do ponto
de vista psicológico e social.
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Doenças Bolhosas
Herpes
O herpes é uma doença causada por um vírus, que se apresenta como pequenas bolhas
transparentes, principalmente na pele, lábios ou nos órgãos genitais. É uma doença
contagiosa e benigna, mas que costuma se manifestar por diversas vezes em quem já
desenvolveu a doença. A contaminação é através do contato direto com a lesão.
Mulheres grávidas com histórico de herpes genital não devem ter parto normal, pois há
risco de haver a contaminação do bebê no ato do nascimento. A volta do herpes pode se
dar após um período de estresse, exposição prolongada ao sol, infecções ou em
períodos de depressão ou baixa imunidade do organismo.
Os seguintes cuidados devem ser tomados durante um surto de herpes:

O tratamento deve ser iniciado tão logo comecem os primeiros sintomas, assim o surto
deverá ser de menor intensidade e duração;

Evite furar as vesículas;

Evite beijar ou falar muito próximo de outras pessoas, principalmente de crianças se a
localização for labial;

Evite relações sexuais se for de localização genital;

Lave sempre bem as mãos após manipular as feridas, pois a virose pode ser transmitida
para outros locais de seu próprio corpo, especialmente as mucosas oculares, bucal e
genital.
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Câncer de Pele
Dos tumores existentes, o câncer da pele é o mais freqüente. Muitos deles
poderiam ser evitados se medidas de prevenção fossem aplicadas em tempo
apropriado, permitindo assim sua cura. Existem três tipos de câncer de pele:
carcinoma basocelular, espinocelular e melanoma.
Qualquer pessoa pode ter câncer da pele, principalmente as de pele, olhos e
cabelos claros, que sempre se queimam e nunca se bronzeiam. Além desses,
ruivos e portadores de “sardas”, pessoas que se expõem ao sol por muito tempo
ou os que possuem história familiar de tumor na pele também estão no grupo
de risco.
Como reconhecer os sinais precoces

Um crescimento na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida,
avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida.

Uma “pinta” preta ou acastanhada que muda sua cor, textura, torna-se
irregular nas suas bordas e cresce de tamanho.

Uma “mancha” ou ferida que continua a crescer apresentando coceira,
crostas, erosões ou sangramento.
O que causa
A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento do
câncer da pele. Ela se encontra nos raios solares e nas cabines de bronzeamento
artificial.
A exposição excessiva e prolongada ao sol contribui não só para o risco no
desenvolvimento do câncer como também no envelhecimento precoce da pele.
É importante lembrar que o efeito da radiação ultravioleta é cumulativo, ou
seja, mesmo depois de parar de se expor ao sol, as alterações da pele podem se
manifestar anos depois.
Além da radiação solar outros fatores como raios X e certas substâncias
químicas podem levar ao câncer da pele.
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Câncer de Pele
Como prevenir

Examinando sua pele regularmente e reconhecendo os sinais precoces de tumor.

Protegendo-se dos raios solares através do uso de roupas e/ou filtros solares
adequados. Não se esqueça que a radiação solar é mais intensa entre 10 horas
da manhã e 3 horas da tarde”.

Não aconselhamos o uso do bronzeamento artificial.
Não esqueça: O importante com relação ao câncer da pele é que é possível
preveni-lo e curá-lo quando diagnosticado precocemente.
Acesse site da campanha!
( Campanha da SBD contra câncer de pele)
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Celulite e Estrias
A celulite é causada por alterações na pele e na gordura das áreas afetadas. Ela tende a
piorar com o passar da idade, pois é agravada por gorduras localizadas ou pela flacidez.
Procure o seu dermatologista para tratamento, mas você tem um consolo: 99% das
mulheres têm celulite ou terão algum dia!
Já a adolescência e a gravidez são os períodos onde se deve ter mais cuidado com as
estrias. Procure o dermatologista assim que as estrias aparecem, enquanto elas ainda
estão avermelhadas. É o mais importante para se obter bons resultados no seu
tratamento.
Dermatite Seborréica
Caspa, coceira no couro cabeludo, descamação nos supercílios, ouvidos ou nos cantos
do nariz são sintomas da dermatite seborréica, doença que pode ser agravada com a
chegada do frio. Saiba mais sobre a doença e como controlar seus sintomas.
A dermatite seborréica é muito comum nas três fases da vida: infância, adolescência e
adulta. Na infância, manifesta-se com crostas no couro cabeludo dos recém-nascidos e
com irritação na região das fraldas, mas normalmente desaparece entre 8 e 12 meses de
idade. Quando a dermatite seborréica aparece em outras idades ela vai e volta com
freqüência. É comum em pessoas com pele e cabelos oleosos, mas pode ser tratada com
eficácia pelo dermatologista.
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Dermatite de Contato Alérgica
Algumas substâncias, quando em contato com a pele, podem causar algumas lesões
avermelhadas, que coçam e produzem gotas d´água no local. Essas são as características
de uma dermatite de contato alérgica, e o contato com essas substâncias deve ser
evitado.
A dermatite de contato alérgica, geralmente, não é causada por produtos como ácidos,
solventes, sabonetes ou detergentes. Esses produtos químicos podem produzir reações
irritativas na pele de qualquer pessoa, mesmo que ela não tenha alergia a eles.
Para descobrir que substância produziu a dermatite de contato, é preciso conversar com
um dermatologista e falar sobre seus hábitos no trabalho e em casa, pois pode ser que
algum material utilizado no dia-a-dia tenha causado a reação.
Quando não se consegue descobrir o que causou a dermatite de contato, é possível
fazer um teste, chamado “Teste de Contato”. Mas já se sabe quais os produtos e
substâncias que são mais propícios a desenvolver essas reações na pele, como o níquel
(presente em bijuterias, principalmente brincos, e botões de calças), borracha (luvas),
calçados e roupas, cosméticos de cabelos, perfumes, loções e cremes, cromatos
(cimento e couro) e plantas (como a aroeira).
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Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)
AS DSTs são doenças transmitidas por meio da relação sexual, seja ela homossexual ou
heterossexual. As vias de transmissão incluem também o sexo oral e anal. Sendo assim,
pode ser transmitida através do contato sexual homem com mulher, homem com
homem ou mulher com mulher.
As DSTs podem causar disfunções sexuais, esterilidade, aborto, contaminação fetal,
bebês com baixo peso, natimortos, deficiência física ou mental, predispõem a
determinados tipos de câncer e pode inclusive levar a morte. Além disso, uma DST pode
favorecer a transmissão de uma outra doença como, por exemplo, a transmissão do HIV.
Como exemplo de DSTs temos: candidíase, herpes genital, HPV, sífilis e Aids. É
importante saber que uma DST pode acometer qualquer pessoa, independentemente da
condição social, raça, estado civil ou idade. Mas determinados indivíduos estão mais
propensos a contrair uma DST, por exemplo:

Quem tem relações sexuais sem camisinha;

Quem tem parceiro que mantém relações sexuais com outras pessoas sem camisinha;

Pessoas que usam drogas injetáveis e compartilham seringas;

Pessoas que têm parceiros que usem drogas injetáveis, compartilhando seringas;

Pessoas que recebem transfusão de sangue não testado.
Quais os principais sinais que fazem suspeitar de uma DST?
Feridas (úlceras): aparecem nos órgão genitais ou em qualquer parte do corpo. Podem
doer ou não.
Corrimentos: aparecem no homem e na mulher no canal da uretra, vagina ou ânus.
Podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados como pus. Alguns têm cheiro
forte e ruim. Tem gente que sente dor ao urinar ou durante a relação sexual. O
corrimento quando é pouco pode passar desapercebido, principalmente em mulheres
que apresentam órgãos sexuais internos.
Verrugas: são como caroços; podem parecer uma couve-flor quando a doença está em
estágio avançado. Em geral não dói, mas pode ocorrer irritação ou coceiras.
Ardência ou coceira: mais sentidas ao urinar ou nas relações sexuais. Há pessoas que
sentem as duas coisas, outras somente uma e muitas pessoas não sentem nada e, sem
saber, transmitem DST para seus parceiros. Este último conceito é importante, pois o
paciente pode não ter nenhuma queixa e ser portador de uma DST.
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Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)
Quais os principais sinais que fazem suspeitar de uma DST - cont
Dor e mal-estar: embaixo do umbigo, na parte baixa da barriga, ao urinar, ao evacuar ou
nas relações sexuais.
Uma das principais características das DSTs é o fato de elas facilitarem a transmissão
sexual do HIV. Algumas delas aumentam em até 20 vezes o risco da infecção pelo vírus da
aids. Além disso, quando não diagnosticadas e tratadas precocemente, podem levar a
pessoa a ter complicações mais graves e até à morte.
Muitas DSTs, quando acometem gestantes, podem atingir o feto durante seu
desenvolvimento, causando-lhe lesões e trazendo como conseqüências desde a
interrupção espontânea da gravidez (aborto) ou até o nascimento de crianças com graves
malformações.
Assim, ao perceber algum sinal de DST, procure um médico
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Escabiose (ou Sarna)
A escabiose (ou sarna) é causada por um ácaro parasita, transmitida de uma
pessoa a outra pelo contato direto. A sarna acomete qualquer pessoa,
independentemente de raça, idade ou hábitos de higiene pessoal. A doença é
caracterizada por uma coceira intensa, principalmente à noite, na região do
umbigo, axilas ou entre os dedos das mãos.
A sarna forma pequenas crostas nas áreas mais quentes do corpo: entre os
dedos, atrás dos joelhos, atrás dos cotovelos, nádegas, virilhas, umbigo e
mamas. Nas crianças, acomete todo o corpo – inclusive as palmas das mãos,
as plantas dos pés e o couro cabeludo.
Todas as pessoas que moram na mesma casa do portador da sarna devem ser
tratadas ao mesmo tempo, com medicamentos de uso local ou oral –
dependendo da orientação do dermatologista. As roupas devem ser trocadas
e lavadas diariamente.
Como a escabiose é transmitida?
O contágio normalmente ocorre através de contato direto com o doente
(inclusive relação sexual) ou contato indireto com vestimentas ou roupas de
cama usados por ele/ela.
Quais os sintomas ou sinais da sarna?
Após um período de incubação de cerca de 3 semanas, uma erupção
pruriginosa aparece nos dedos das mãos, punhos, mamilos, axilas, genitália,
área periumbilical e nádegas. Ela é caracterizada por pápulas ("bolinhas") e
lesões em túnel (lineares) de trajeto sinuoso, às vezes pouco visíveis. Além
disso encontramos também escoriações (causadas pelo ato de coçar),
infecções secundárias e nódulos na bolsa escrotal ou no pênis. Em crianças, as
lesões localizam-se também no couro cabeludo, palmas das mãos e plantas
dos pés.
Como é feito o diagnóstico?
Baseado na história de prurido noturno e nas lesões encontradas nas áreas
sugestivas, qualquer dermatologista é capaz de fazer o diagnóstico clínico, que
pode ser facilmente confirmado com um exame direto do material raspado da
pele do doente e examinado ao microscópio.
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Escabiose (ou Sarna)
Como é feito o tratamento?
Existem vários medicamentos de uso tópico que podem ser utilizados no
tratamento da escabiose. São soluções escabicidas que normalmente devem
ser diluídas e aplicadas à noite, no corpo todo do indivíduo, por alguns dias.
Não há necessidade de ferver roupas de cama ou pessoais, pois o ácaro não
sobrevive por muito tempo fora do hospedeiro.
Existe também a possibilidade de tratamento com medicação oral que deverá
ser prescrita pelo seu médico.
Os sabonetes escabicidas não costumam ser eficazes e produzem, em diversos
casos, reações alérgicas que pioram o caso.
Todas as pessoas que residem na casa do doente devem ser examinadas ou
mesmo tratadas, às vezes com doses menores da medicação.
Gestantes e lactentes não devem utilizar os mesmos medicamentos que as
outras pessoas acometidas por esta zoonose.
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Hanseníase
A hanseníase é uma doença crônica, também conhecida como lepra. Se uma área da
pele apresenta queda dos pêlos, manchas brancas ou avermelhadas, está ressecada e
com sensação de formigamento e dormência, isso pode ser hanseníase. Em alguns
casos, também pode haver diminuição da força muscular.
A doença afeta a pele e os nervos, e as manchas podem estar localizadas em qualquer
parte do corpo. Normalmente, os locais mais comuns são as extremidades (braços,
mãos, coxas, pernas e pés) e o rosto.
Assim que uma mancha com essas características for notada, você deve procurar um
dermatologista. Isso porque a hanseníase TEM cura, mas quando não há tratamento a
doença pode causar deformidades, principalmente, nas mãos e pés.
A hanseníase pode ser transmitida pelo contato com uma pessoa sem tratamento,
através das vias respiratórias. Entretanto, a maioria das pessoas não adoece quanto tem
contato com a bactéria porque têm uma resistência natural para combater a doença.
O tratamento da hanseníase é fornecido gratuitamente pelo Governo a todos os
doentes. O tratamento é chamado de Poliquimioterapia (PQT), porque é composto por
dois ou três medicamentos. O tratamento pode durar de 6 a 24 meses, dependendo de
cada caso.
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MANCHAS
As manchas na pele podem ser características de algumas doenças? Observe
sempre a sua pele para identificar algumas dessas doenças.
Lupus
O lúpus eritematoso cutâneo é uma doença que afeta principalmente as
mulheres, na idade entre 20 e 40 anos. São manchas vermelhas que aparecem
nas áreas expostas ao sol, como o rosto, a região do decote, os braços e o couro
cabeludo. Essas manchas apresentam descamação e crescem lentamente. No
centro das manchas, parece que se forma uma cicatriz. Elas podem mudar de cor,
variando para marrom ou branca. E raramente há comprometimento de outros
órgãos.
O diagnóstico do lúpus eritematoso é feito através de biópsia da pele. É
importante que os pacientes evitem a exposição ao sol, pois as lesões podem
aumentar e piorar. Além disso, devem usar filtro solar diariamente, roupas de
mangas longas (sem decotes), chapéus e bonés. O tratamento completo deve ser
prescrito pelo dermatologista.
Nevos
Os dermatologistas chamam de nevos o que popularmente conhecemos como
“pintas” ou “sinais”. Os nevos podem ter vários aspectos, variando de cor e
tamanho em cada pessoa. Geralmente são marrons, e aparecem em qualquer
lugar do corpo. Cada nevo tem o seu padrão de desenvolvimento; com o tempo,
podem crescer e apresentar pêlos no local.
Normalmente os nevos aparecem até os 20 anos de idade. No entanto, a
exposição solar está diretamente ligada ao seu aparecimento no corpo. Quanto
mais exposto ao sol, maior o número de sinais. E quanto maior o número de
queimaduras na pele decorrentes da exposição solar, maior o risco de se
desenvolver um câncer de pele. Por isso, as pessoas de pele clara ou ruivas
devem ter cuidado redobrado. Todas as mudanças nos nevos devem ser
observadas e mostradas a um dermatologista.
As pessoas que têm mais de 100 nevos na pele têm maior risco de desenvolver o
melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele. Os nevos congênitos são
aqueles presentes no corpo quando nascemos – 1 em cada 100 pessoas têm
nevos congênitos. Essas pessoas também têm maior predisposição de
desenvolver o melanoma. Por isso, as mães devem observar seus bebês e
protegerem adequadamente sua pele do sol.
Os nevos maiores, com formas irregulares e variações de marrom devem procurar
um dermatologista e observar sempre as mudanças nesse nevo. Esses nevos
atípicos têm maior risco de se transformar em um câncer de pele.
A maioria dos nevos é benigna, mas os que apresentam alterações devem ser
retirados para evitar complicações futuras.
Psoríase
A psoríase é uma doença de pele muito freqüente, de causa desconhecida e
comum em pessoas da mesma família. Não é uma doença contagiosa, e pode ser
tão discreta que o paciente não sabe que tem a doença. Em outros casos, pode
ser muito severa e atingir grandes partes do corpo – nesses casos, é preciso calma
e paciência para que o tratamento tenha sucesso.
A doença é caracterizada pelo aparecimento de manchas ou placas vermelhas no
corpo com descamação intensa. As principais áreas que manifestam a doença
são: joelhos, cotovelos, couro cabeludo e dorso. A psoríase inflama a pele, que
fica bem vermelha e com aspecto espesso como escamas.
O dermatologista faz o diagnóstico de psoríase examinando a pele, as unhas e o
couro cabeludo do paciente. Se existe dúvida no diagnóstico pode ser feita uma
biópsia de pele. O tratamento é baseado na idade, no estilo de vida do paciente e
na severidade do quadro de psoríase.
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Vitiligo
O vitiligo é uma doença que destrói as células que contém o pigmento
responsável pela cor da pele; por isso, aparecem manchas brancas no local. A
causa da doença ainda é desconhecida, e na grande maioria dos casos não há
nenhum prejuízo para a saúde. O vitiligo não é contagioso e nem hereditário,
apesar de em alguns casos serem encontrados antecedentes familiares com a
doença.
Os locais mais afetados são as mãos, pés, punhos, cotovelos, joelhos, rosto e
região genital. Certos fatores podem desencadear o vitiligo em algumas pessoas,
como ferimentos e inflamações na pele, queimaduras solares e estresse.
Dependendo da localização, da extensão e do tempo em que o vitiligo apareceu
no corpo, a doença pode ser curada. No entanto, a ciência ainda não descobriu
quais os fatores que determinam a possibilidade de cura. Assim, alguns pacientes
conseguem resultados positivos, outros não.
Ou seja: existe um fator próprio em cada pessoa que determina a reação do
corpo à doença. Os mesmos medicamentos utilizados em alguém que se curou
podem não funcionar em outra pessoa. Não se sabe que fator é esse, e não se
pode prever quem será curado ou não. Todo tratamento é uma tentativa.
O que sabemos é que o estado emocional influencia na manifestação e no
tratamento da doença. Pessoas muito tensas, preocupadas, ansiosas e
depressivas têm maior probabilidade de serem atingidas por novas manchas de
vitiligo. Portanto, é necessário que o paciente tente aliviar as tensões emocionais
para melhores resultados.
O tratamento do vitiligo pode variar desde o uso de medicamentos locais e por
comprimidos, até a indicação de técnicas cirúrgicas, radiação ultravioleta ou laser.
O dermatologista deverá indicar o melhor tratamento para o paciente,
observando o tipo e o estágio do vitiligo. Geralmente o tratamento tem longa
duração e exige disciplina e persistência, pois o resultado depende da capacidade
de reação do organismo. No entanto, na ausência de tratamento, o vitiligo tende
a aumentar e comprometer outras partes do corpo.
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Micose
Manchas brancas ou vermelhas que causam coceiras, em áreas de dobras (como axilas,
virilhas, entre os dedos das mãos e pés), podem ser micoses. Existem diversos tipos de
micoses, todas causadas por fungos. Vamos conhecer algumas delas:
Pitiríase versicolor – é uma micose muito freqüente, pequenas como um confete.
Podem estar agrupadas ou isoladas, e normalmente aparecem na parte superior dos
braços, tronco, pescoço e rosto. Sua superfície tem uma descamação fina, com a
tonalidade variando entre o branco, rosado ou castanho, e pode coçar. A pitiríase
versicolor é mais comum em adolescentes e jovens, sendo que pessoas de pele oleosa
estão mais suscetíveis a apresentar este tipo de micose. O tratamento pode ser feito
com medicamentos locais ou orais. No entanto, esta micose pode voltar ao corpo por
várias vezes.
Tinhas – é uma micose que apresenta manchas vermelhas de superfície escamosa,
bordas bem nítidas e que coçam. As tinhas aparecem em qualquer lugar do corpo,
sendo que conhecemos as dos pés como “pé-de-atleta”. Nas crianças, é comum que
apareçam no couro cabeludo. Forma-se uma placa com crostas com coceira intensa,
parecendo que o cabelo foi cortado naquela região. A tinha do couro cabeludo pode
passar de uma criança para outra.
Onicomicoses – São as micoses das unhas, tanto dos pés quanto das mãos. O
tratamento é feito com medicamentos locais ou orais, sempre orientado por um
dermatologista.
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Pediculose (piolho)
Quando uma criança tem coceira intensa na cabeça, é sinal que ela pode estar com
piolhos – ou pediculose. A pediculose pode ser confirmada pela presença de lêndeas ou
piolhos no couro cabeludo. As lêndeas são os ovos dos piolhos – aqueles pontinhos
brancos que ficam agarrados aos fios dos cabelos. Já o piolho é o parasita, aqueles
bichinhos pretos que ficam caminhando pelo couro cabeludo.
Quando a criança está infestada de piolhos, a coceira é tão intensa que pode provocar
pequenos ferimentos na cabeça. Por isso, é preciso retirar as lêndeas com pente fino,
pois os medicamentos só matam os piolhos. Se as lêndeas continuarem nos cabelos, a
criança voltará a ter piolhos.
O tratamento convencional para acabar com os piolhos é com o uso de xampus e loções,
que deve ser repetido após a primeira semana do tratamento. Outras crianças que
conviverem com a infestada de piolho devem ser observadas, pois o piolho passa de
uma pra outra.
Como ocorre o contágio?
A transmissão da infecção se dá através de contato direto (inclusive relação sexual) ou
indireto (escovas de cabelo, roupas, etc).
Quais os sinais e sintomas da pediculose?
Na pediculose da cabeça, além do prurido intenso, podemos visualizar o parasita e seus
ovos (lêndeas) no couro cabeludo do indivíduo acometido. Na pediculose do corpo
encontramos escoriações, pápulas ("bolinhas"), pequenas manchas hemorrágicas e
pigmentação, principalmente no tronco e na região glútea. Na pediculose pubiana
("chato" pois o parasita responsável tem forma achatada) são encontradas manchas
violáceas, escoriações e crostas hemorrágicas, além do prurido intenso. Pode ocorrer
também infecção secundária nesta região.
Como é feito o tratamento?
No tratamento da pediculose são utilizados, em geral, os mesmos medicamentos
tópicos usados na escabiose ("sarna"). É fundamental o tratamento dos familiares ou
comunicantes do doente. Raramente é necessário o corte de cabelos de crianças
acometidas.
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Pênfigos
Os pênfigos são doenças que atingem a pele e mucosas (boca, olhos e genitais),
causando bolhas, feridas e crostas. Os pênfigos não são contagiosos, e sua causa é
desconhecida pela Medicina. Há duas formas principais da doença: pênfigo vulgar e
pênfigo foliáceo.
O pênfigo vulgar é relativamente raro e ocorre em homens e mulheres acima dos 40
anos. Geralmente começa com feridas na boca, nos olhos ou nos genitais. Depois
surgem bolhas muito dolorosas no rosto, tronco, braços e pernas, atingindo grandes
áreas e acompanhadas de muita fraqueza.
O pênfigo foliáceo, também chamado de “fogo selvagem”, é menos grave do que o
pênfigo vulgar. No Brasil, ocorre principalmente nas áreas rurais de Goiás, Minas Gerais,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. É mais comum em adultos jovens
e pode acometer várias pessoas de uma mesma família, incluindo as crianças. No
pênfigo foliáceo surgem bolhas que se rompem facilmente, formando escamas. Ele não
atinge as mucosas. As lesões costumam aparecer nas áreas expostas ao sol, como face,
região do decote e couro cabeludo, e depois se espalham para o corpo todo.
O diagnóstico é feito pelo exame clínico feito pelo dermatologista e confirmado por
biopsia. O tratamento é feito com medicamentos de uso oral e controle rigoroso pelo
dermatologista.
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Urticária
A urticária é uma doença muito comum, caracterizada pela formação de placas
avermelhadas na pele que causam muita coceira ou sensação de queimação. Podem se
formar placas isoladas ou em grupo, em qualquer local do corpo. Essas placas
desaparecem espontaneamente em algumas áreas, sem deixar marcas.
A lesões da urticária variam de tamanho, e podem formar áreas de edemas (placas
roxas) e inchaço. Geralmente coçam muito e podem apresentar sensação de queimação.
Quando a urticária acomete os lábios, as pálpebras ou os órgãos genitais, o inchaço
regride em menos de 24 horas.
A urticária pode aparecer como uma reação do organismo a alergias, produtos químicos,
alimentos ou medicamentos. Alguns alimentos que podem causar urticária são:
castanhas, chocolate, peixe, tomate, ovos, leite e corantes presentes nos alimentos
industrializados. Entre os medicamentos que podem causar a doença estão os
antibióticos, analgésicos, sedativos, antiácidos, vitaminas e laxantes. Por isso, o melhor
tratamento é descobrir a causa da urticária e evitar o contato com este agente, além dos
antialérgicos que deverão ser prescritos pelo dermatologista.
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