CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E

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CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II
LITÍASE URINÁRIA
IDENTIFICAÇÃO: Masculino, 27 anos, branco, natural de São Sebastião do Caí,
procedente de Viamão, casado, pedreiro, encaminhado pelo Posto de Saúde Municipal de
Viamão.
QUEIXA PRINCIPAL: Dor lombar esquerda
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente refere que, há cinco dias e de forma súbita,
apresentou fortes dores em cólica na região lombar E, flanco E, com irradiação para região
inguinal E, e que mudanças de posição não interferiam com a intensidade da dor. Há dois
dias apresentou piora dos episódios dolorosos com náuseas, vômitos e disúria intensa e
urina de cor avermelhada. Refere dois episódios anteriores de dor em cólica com as
mesmas características, sendo uma delas acrescida de urina sanguinolenta.
REVISÃO DOS SISTEMAS
Pele: descamação da pele das mãos pelo contato com o cimento.
Cabeça: refere cefaléia occipital vespertina;
Cardiovascular: palpitações com esforço físico maior;
Gastrointestinal: já teve episódios de dor abdominal em hipocôndrio D, com irradiação
para flanco D, tipo cólica que melhorou com chás caseiros,
Genital: uretrites quando jovem; nos episódios dolorosos prévios relata a presença de
urina turva e avermelhada.
Músculo esquelético: refere dor lombar bilateral frequente, vespertina e que se altera com
a posição assumida;
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA:
Doenças da infância: coqueluche e sarampo;
Imunizações realizadas: contra o tétano, recentemente realizada na empresa;
Fratura de MIE em acidente do trabalho aos 16 anos;
Nega transfusões de sangue;
Medicação prescrita e não usada atualmente: Diclofenaco e Paracetamol
Hábitos: nunca fumou. Bebe uma dose de cachaça diariamente, ao término do trabalho.
HISTÓRIA FAMILIAR: Mãe hipertensa e obesa, falecida por cardiopatia. Pai hipertenso,
falecido por AVE; tio paterno com diabetes mellitus. Irmã hipertensa. Avô paterno falecido,
sem causa sabida. Tem quatro filhos entre um e quatro anos.
HISTÓRIA PSICOSSOCIAL: Não completou o primeiro grau. Desde os 10 anos auxiliava o
pai, também pedreiro. Casou-se aos 20 anos, e a esposa é faxineira diarista. Filhos sem
doença.
EXAME FÍSICO
Regular estado geral, corado, hidratado, eupneico, anictérico, acianótico. P=120bpm
PA=120x60 mmhg, FR=16mrpm, Temp axilar = 36,3°C. Abdômen: plano, doloroso à
palpação superficial e profunda em flanco E e HCE, RHA +. Fígado percutível do 6° EICD
até a RCD, não palpável abaixo da RCD. Baço não percutível ou palpável. Giordano + à E.
EXAMES SUBSIDIÁRIOS
Hb 13 g/dl Ht 38% leuc 7.500 (1-77-3-18-1) plaq: 250.000; uréia 50 mg% creatinina 1,3
mg% Na 138 mEq/l K 5,0 mEq/l. EQU pH 6,0 hemácias 15/campo leucócitos 30/campo,
presença de cristais de uratos amorfos.
Urografia excretora: Moderada dilatação pielocalicinal e ureteral à E acima uma imagem
quase circular radiopaca de 5 mm de diâmetro. Presença de falha de enchimento de
aproximadamente 3 mm em grupo calicinal superior E.
DISCUSSÃO:
1. Qual é a síndrome? Como se caracteriza o mesmo?
2. Com que freqüência ocorre? Em que época do ano aumenta sua freqüência?
Por quê?
3. Que populações estão em maior risco de sua ocorrência?
4. Diagnóstico diferencial
5. Causas mais comuns da litíase urinária
6. Enumerar os mecanismos de patogênese
7. Exames complementares na urgência
8. Tratamento da crise aguda dolorosa por cálculo urinário
9. Avaliação metabólica e prevenção
10. Quais as conseqüências de sua ocorrência em curto e longo prazo?
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
IDENTIFICAÇÃO: Masculino, 67 anos, casado, branco, pedreiro aposentado, natural e
residente em Viamão.
QUEIXA PRINCIPAL: fraqueza
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente foi trazido ao Pronto-SUS pela família. Há 3
dias apresentando náuseas, vômitos, diarréia, mal estar e febre. Estava previamente
bem, tomando as medicações que habitualmente usava. O quadro iniciou há 3 dias,
após churrasco em que comeu salada de batatas com maionese feita em casa no dia
anterior. Iniciou com náuseas, vários episódios de vômitos e diarréia abundante e
malcheirosa. Notou diminuição da diurese. Sentiu tonturas ao levantar, caiu ao solo e
foi trazido à Emergência pela família.
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: faz tratamento para hipertensão arterial, diabetes
melito tipo II, dislipidemia e é portador de insuficiência renal crônica, toma enalapril 5
mg 2 vezes ao dia, losartana 1 cp/ dia, sinvastatina 20 mg/dia e insulina NPH 30 UI
pela manhã e 6 UI à noite.
HISTÓRIA FAMILIAR: Pai falecido aos 75 anos de AVE hemorrágico, era portador de
hipertensão e diabetes. Mãe falecida aos 85 anos de “velha”. 5 irmãos, 3 mulheres e 2
homens. Todos hipertensos. Duas irmãs diabéticas.
HISTÓRIA PSICO-SOCIAL: casado, mora com a esposa de 60 anos e dois filhos em
casa de alvenaria com água corrente e luz elétrica em Viamão.
EXAME FÍSICO: paciente sonolento, apático, com soluços incoercíveis.
PA 90/60 deitado; FV 120 bpm regulares; temperatura axilar 37,8° C, FR 32 mrpm.
Pele pálida, seca, com prega cutânea persistente. Mucosas coradas e secas. Ausculta
cardíaca: bulhas taquicárdicas, rítmicas, normofonéticas, com SS 3+/6 em área aórtica.
Ausculta pulmonar normal. Abdome flácido doloroso à palpação, com RHA aumentados.
Fígado, baço e rins impalpáveis. Não apresenta edema de MsIs.
EXAMES LABORATORIAIS: demonstraram Htc 46%, Hgb 12g/dL, 16000 leucócitos
com 1500 bastonetes. Creatinina 9,0 mg/dL, uréia 198 mg/dL, sódio 119, potássio 5,5
mEq/L, Co2 12,5MEq/L, CK 1500 mg/dL, glicemia 120 mg/dL.
Trouxe exames laboratoriais realizados em setembro de 2007 de ambulatório: Htc
33,5%, Hgb 11,0g/dL, glicemia de jejum 130 mg/dL, Colesterol Total 210 mg/dL,
Triglicerídeos 190 mg/dL, HDL 20 mg/dL, uréia 65, creatinina 2,5mg/dL , na 138Eq/L, K
4,5Eq/L e CO2 18mEq/L.
CONTEÚDO PROPOSTO PARA DISCUSSÃO
1. Causas de Insuficiência Renal Crônica (IRC);
2. Fases da IRC;
3. Fase da IRC em que os pacientes necessitam diálise;
4. Causas da anemia na IRC;
5. Íons implicados na doença óssea;
6. Íon que pode levar a parada cárdio-respiratória na IRC;
7. DCE estimada;
8. Fatores de descompensação da IRC;
9. Drogas que podem acelerar a progressão da IRC;
10.Drogas que podem retardar a progressão da IRC;
11.Tratamento da IRC fase V;
12.CERA?
Referência bibliográfica: Mitch WE- Chronic Renal Disease- Cecil Medicine 23rd Ed.
2008, chapter 131, pg 921.
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
CASO CLÍNICO 1 - OBSTRUÇÃO URINÁRIA PARCIAL
IDENTIFICAÇÃO: Feminina, 24 anos, branca, empresária rural, casada.
QUEIXA PRINCIPAL: Dor na região lombar E em forma de peso com irradiação para o
flanco E e abdômen.
HISTÒRIA CLÍNICA: Relata que há vários anos tem tido episódios de dor semelhante,
mas que, algumas vezes, a dor se torna mais intensa e se torna muito intensa e se
acompanha de náuseas e vômitos. Relaciona o aumento da dor à ingestão exagerada
de mate, mas a dor não intensifica com modificação da postura. Menarca aos 13 anos,
menstruação normal; faz uso de comprimido anticoncepcional.Refere apendicectomia
aos 17 anos e doenças comuns à infância l. Pais e dois irmãos vivos e sadios. Não tem
filhos.
EXAME FÍSICO: TA 120x80 mm Hg. FR:84 b/m. Cicatriz cirúrgica na FID e PPL (+) à
E. Exame ginecológico recente normal.
EXAMES SUBSIDIÁRIOS:
Hemograma e dosagem sérica creatinina normais.
EQU: 6 leucócitos/campo - 14 hemácias/campo.
Urocultura: ausência de crescimento de germes.
Ecografia abdominal: dilatação das cavidades pielocaliciais à E. UroCT a importante
dilatação das cavidades pielocaliciais à E, mas o ureter E não se mostrava dilatado.
Cintilografia renal com DTPA e furosemide: curva renográfica sugestiva de
obstrução urinária c/ furosemide EV aumentando a curva renografica nas cavidades e
sem esvaziamento do radio fármaco.
Hipótese diagnóstica:
Cálculo renal - Estenose da JUP - Compressão extrínseca por patologia intra-abdominal
CASO CLÍNICO 2 - OBSTRUÇÃO URINÁRIA AGUDA
IDENTIFICAÇÃO: Masculino, 72 anos, branco, casado, cinematografista.
QUEIXA PRINCIPAL: Não consegue urinar há mais de 10 horas e dor supra – púbica.
HISTÓRIA CLÍNICA: Há mais ou menos 8 meses começou a apresentar aumento
importante do número de micções durante o dia e a noite. Nesta ocasião começou
também a fazer esforço para iniciar a micção e ao urinar sentia ardência na uretra.
Tomava medicação para melhorar a micção receitada por médico que lhe disse que
talvez tivesse que operar a próstata.
Doenças comuns à infância e uretrites gonocócicas na juventude.
Cirurgia para úlcera gástrica aos 48 anos.
Pai faleceu de infarto miocardio e mãe de câncer da mama.
Cinco filhos vivos e sadios e uma filha morta por assaltante.
EXAMES SUBSIDIÁRIOS: EQU com 30 hemácias por campo e 15 leucócitos p/campo.
Hemograma normal, dosagem de creatinina em 1,5 e PSA de 4,2.
EXAME FÍSICO: TA: 160x 90 mm HG. Cicatriz cirurgia mediana supra-umbilical.
Abdômen globoso c/ massa infra-umbilical de consistência aumentada. Toque Retal:
grande massa envolvendo próstata e bexiga.
TRATAMENTO: Tentativa sem sucesso de cateterismo uretral c/ sonda de Nelaton 14,
sonda bequillè 16 e filiformes. Punção supra púbica com cistocat e c/ cistostomia
definitiva.
Hipótese diagnóstica: Retenção aguda de urina. Obstrução urinária
Hipertrofia benigna de próstata.
Adenocarcinoma de próstata
Estreitamento inflamatório de uretra.
Sarcoma de próstata
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAUDE DO ADULTO E DO IDOSO II
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
IDENTIFICAÇÃO: masculino, 37anos, auxiliar de pedreiro, pardo, natural e
procedente de Viamão.
QUEIXA PRINCIPAL: lesões eritematosas disseminadas.
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: lesões eritematosas disseminadas,
surgimento recente, acompanhadas de papulas vegetantes na região perianal.
de
HISTORIA MEDICA PREGRESSA: doenças comuns da infância.
Imunizações: não lembra
Cirurgias: nega
Traumatismos: nega
Hospitalizações prévias: nega
Medicações em uso: nenhuma fixa
Alergias: nega
Hábitos alimentares: três refeições diárias,uso eventual de álcool
HISTORIA FAMILIAR: Pai. mãe e irmãos (3 saudáveis).
EXAME FÍSICO: Regular estado geral, lúcido, coerente, orientado.
T=36,5ºC,
P=60kg,
A=168CM,
TA=120/80mmHG.
Apresenta
exantema
morbiliforme, não pruriginoso, bem como pápulas nas regiões palmo-plantares.
Adenopatia generalizada. Paulas vegetantes perianais. Apresenta alopecia em
clareira e madarose.
EXAMES COMPLEMENTARES:
VDRL quantitativo 1/32
FTABS reagente
EVOLUÇÃO: face ao diagnóstico de Sífilis secundária foi tratado com penicilina
benzatina e orientado a retornar ao serviço em três meses para repetir exames.
CONTEÚDO PROPOSTO:
1. Discutir em pequenos grupos as questões relativas sífilis em particular e as
demais DST em geral.
2. Etiologia.
3. Transmissão e orientações de prevenção.
4. Diagnóstico, exames complementares.
5. Diagnóstico diferencial.
6. Tratamento.
7. Epidemiologia.
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II
QUEIXAS MAIS FREQÜENTES NO IDOSO
IDENTIFICAÇÃO: feminina, 68 anos, branca, casada, natural e procedente de
Porto Alegre.
QUEIXA PRINCIPAL: insônia
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente refere que há aproximadamente 3
meses, após separação de uma filha, iniciou com dificuldades para iniciar o sono e
se manter adormecida . Apresenta despertares freqüentes e prolongados durante a
noite. Ressalta que seu sono não é mais reparador e é de má qualidade. Apresenta
sonolência diurna, fadiga ,irritação, ansiedade, tensão, redução da memória e da
concentração.
REVISÃO SISTEMAS: Hipertensão Arterial Sistêmica, Artrose, Dislipidemia,
Diabetes, Obesidade
CONTEÚDO PARA DISCUSSÃO
1. Definição de insônia
2. Causas de insônia em idosos
3. Tratamento da insônia
4. Polipatologias
5. Características das doenças geriátricas
6. Problemas mais comuns em Geriatria
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