a o 7 SÉRIE 8 ANO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS Caderno do Professor Volume 1 LÍNGUA PORTUGUESA Linguagens GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO MATERIAL DE APOIO AO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO CADERNO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS 7a SÉRIE/8o ANO VOLUME 1 Nova edição 2014 - 2017 São Paulo Governo do Estado de São Paulo Governador Geraldo Alckmin Vice-Governador Guilherme Afif Domingos Secretário da Educação Herman Voorwald Secretário-Adjunto João Cardoso Palma Filho Chefe de Gabinete Fernando Padula Novaes Subsecretária de Articulação Regional Rosania Morales Morroni Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP Silvia Andrade da Cunha Galletta Coordenadora de Gestão da Educação Básica Maria Elizabete da Costa Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos Cleide Bauab Eid Bochixio Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional Ione Cristina Ribeiro de Assunção Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares Ana Leonor Sala Alonso Coordenadora de Orçamento e Finanças Claudia Chiaroni Afuso Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE Barjas Negri Senhoras e senhores docentes, A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colaboradores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abordagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação — Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orientações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avaliação constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo. Bom trabalho! Herman Voorwald Secretário da Educação do Estado de São Paulo SUMÁRIO Orientação sobre os conteúdos do volume Situações de Aprendizagem 5 9 Situação de Aprendizagem 1 – Produzindo um diálogo 9 Situação de Aprendizagem 2 – Criando uma “receita lúdica” 21 Situação de Aprendizagem 3 – Tudo depende da maneira como pedimos Situação de Aprendizagem 4 – Produção de anúncios publicitários Situação de Aprendizagem 5 – Sistematização 32 38 47 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 55 Situação de Aprendizagem 6 – Produzindo um texto prescritivo 56 Situação de Aprendizagem 7 – Criando uma campanha publicitária 63 Situação de Aprendizagem 8 – Os anúncios publicitários e suas intenções 74 Situação de Aprendizagem 9 – Analisando a linguagem verbal de anúncios publicitários e de textos prescritivos e injuntivos 82 Situação de Aprendizagem 10 – Sistematização dos conteúdos vistos nas situações anteriores 90 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 96 Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 97 Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME Este Caderno, segundo a perspectiva do letramento, apresenta um conjunto de Situações de Aprendizagem que tem como objetivo central contribuir para que os alunos aprendam a lidar, linguística e socialmente, com diferentes textos, nas mais diferentes situações de uso, como objeto do conhecimento e como meio para atingi-lo. Para tanto, considera-se que as questões da língua, ligadas ao emprego da norma-padrão e outras variedades, fazem parte de um sistema simbólico que permite ao sujeito compreender que o conhecimento e o domínio da linguagem compõem uma atividade discursiva e interlocutiva, favorecendo o desenvolvimento de ideias, pensamentos e relações, em constante diálogo com seu tempo. De modo geral, é preciso garantir o desenvolvimento, nessas Situações de Aprendizagem, das cinco competências básicas que alicerçam este Currículo, quais sejam: f dominar a norma-padrão da língua portuguesa e fazer uso adequado da linguagem verbal de acordo com os diferentes campos de atividade; f construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos linguísticos, da produção da tecnologia e das manifestações artísticas e literárias; f selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema; f relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas para construir argumentação consistente; f recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para a elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. Para esse fim, particularmente neste volume, privilegiamos algumas habilidades gerais que devem ganhar relevo nas Situações de Aprendizagem propostas: f reconhecer as características do agrupamento tipológico “descrever ações” nos gêneros textuais receita médica, receita culinária, regras de jogos, letra de música, artigo de lei, diálogo prescritivo e anúncio publicitário; f reconhecer as características do gênero “anúncio publicitário”; f situar gêneros prescritivos e injuntivos em geral e anúncios publicitários em particular, reconhecendo suas funções sociais de acordo com o contexto de comunicação; f compreender que o agrupamento tipológico “descrever ações”, cuja denominação é aqui entendida como a proposta por Dolz e Schneuwly, engloba os textos prescritivos (com caráter coercitivo mais explícito, como textos ligados a leis, por exemplo) e os injuntivos (orientação ou sugestão, sem essência coercitiva explícita). Podemos inserir aqui as receitas culinárias, os livros de autoajuda etc.; f interpretar textos de acordo com o tema e as características estruturais do gênero e da tipologia a que pertencem; f inferir informações subjacentes aos conteúdos explicitados no texto; f realizar análise linguística, considerando sua importância na leitura e escrita do agrupamento tipológico “descrever ações”; f reconhecer os vários tipos de coesão que permitem a progressão discursiva do texto. Consideramos que tais competências e habilidades contemplam tanto os conteúdos gerais, a serem trabalhados a longo prazo, quanto os específicos tratados neste volume. A seguir você encontrará um quadro que o ajudará a visualizá-los mais facilmente: 5 Conteúdos gerais a serem desenvolvidos a longo prazo f compreensão dos textos orais e escritos apresentados em cada série/ano do Ensino Fundamental – Anos Finais, observando a que gênero textual pertencem e em que tipologia textual poderiam ser agrupados, de acordo com a função social e comunicativa desses textos; f atribuição de sentido aos textos orais e escritos estudados; f leitura dos gêneros estudados a partir da familiaridade que vão construindo com esses gêneros nas diversas situações didáticas propostas pela escola; f reconhecimento das relações entre os parágrafos de um mesmo texto e entre textos diferentes; f procedimentos de leitura adequados a cada gênero, situação comunicativa e objetivos da leitura; f articulação de informações do texto a seus conhecimentos prévios; f produção de textos orais e escritos a partir da seleção feita para cada série/ano, planejando as etapas dessa produção; f reconhecimento da estrutura dos gêneros, ao produzir textos escritos, considerando os elementos de coesão e a coerência, a distribuição dos parágrafos e a pontuação em função de seus objetivos; f conhecimentos linguísticos que favoreçam a produção textual, empregando de maneira adequada e coerente as regras da norma-padrão e de outras variedades, de acordo com seu projeto de texto. 6 Conteúdos gerais deste volume f agrupamento tipológico “descrever ações”; f gênero textual anúncio publicitário; f estudos linguísticos: conceito de verbo, Modo Imperativo (norma-padrão e norma coloquial), Modo Indicativo, irregularidades no Modo Indicativo, discurso citado, frase e oração; f interpretação de texto; f inferência e intertextualidade; f a importância do enunciado; f coesão; f coerência; f entonação; f procedimentos de consulta à gramática normativa; f vozes verbais; f figuras de linguagem (especialmente a metáfora); f frase; f oração; f tipos de sujeito; f variedades linguísticas; f níveis de persuasão; f etapas de elaboração da escrita. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 Metodologia e estratégias Como aprender não é apenas colher informações transmitidas pelo professor, mas processá-las, transformá-las em algo, construindo cultura e conhecimento que muitas vezes estão além dos conteúdos, as Situações de Aprendizagem deste Caderno visam ao desenvolvimento de aprendizagens significativas, cujo enfoque seja construir conceitos e desenvolver habilidades. Nesse sentido, o espaço educativo deve ser partilhado, permitindo que os alunos assumam a parte de responsabilidade que lhes cabe nesse processo de aprendizado. Esse processo ocorre de forma equilibrada quando o professor – como parceiro mais experiente e informado – assume a responsabilidade de organizá-lo e conduzi-lo. Para que a organização e a condução ocorram satisfatoriamente, é importante que você considere o ciclo iniciado já no planejamento das aulas, determinando os conhecimentos que devem ficar claros e desenvolvendo estratégias que permitam dividir a responsabilidade pelo processo de ensino-aprendizagem entre professor e alunos. Para tanto: f encaminhe seu trabalho no sentido de coletar, em todo o processo, indícios de tensões, avanços e conquistas; f interprete esses indícios para compreender as dificuldades apresentadas pelos alunos, bem como para orientar suas metas, estabelecer novas diretrizes, propor atividades alternativas; f situe o aluno no processo de ensino-aprendizagem, promovendo a atitude de responsabilidade pelo aprendizado do indivíduo. Avaliação A avaliação é vista como um processo contínuo, explicitado nas participações dos alunos, em suas produções, nas avaliações pontuais (como provas), entre outras possi- bilidades. Não pode ser considerada um objetivo, mas um meio de verificar se os alunos adquiriram os conhecimentos visados. Por isso, não deve haver rupturas entre os conteúdos desenvolvidos e as modalidades de ensino. Para este volume, as habilidades e competências desenvolvidas devem ser verificadas a partir de quatro eixos principais: 1. processo: olhamos de modo comprometido e profissional o desenvolvimento das atividades de nossos alunos em sala de aula, atentos a suas dificuldades e melhoras; 2. produção continuada: olhamos a produção escrita e outras atividades de produção de textos e exercícios solicitados; 3. pontual: olhamos atentamente a prova individual; 4. autoavaliação: surge da elaboração de propostas que desenvolvam a habilidade do aluno de olhar para seu processo de aprendizagem. Essas diferentes avaliações permitem que você retome suas reflexões iniciais, analisando os aspectos que não foram satisfatoriamente atingidos e que devem ser considerados para o próximo planejamento de suas aulas. Professor, uma sugestão! Um recurso bastante interessante para ajudar-lhe na tarefa de avaliar continuamente seus alunos é o uso do portfólio (ou pasta de atividades). Peça aos estudantes que levem para a escola uma pasta (com plásticos ou de elástico) como parte do material escolar. Nela, eles devem guardar todas as atividades escritas (mesmo que seja apenas um 7 quadro com informações, um comentário sobre uma imagem ou um simples bilhete) feitas em todas as aulas, anotadas em folhas avulsas (as que forem anotadas ou desenvolvidas no caderno também podem servir como instrumento de avaliação). Por exemplo, a escrita elaborada em passos pode ser colocada nesse portfólio a fim de que você e os próprios alunos possam avaliar seu desempenho ao longo de todo o processo de escrita. Você pode utilizar esse instrumento para avaliar seu trabalho, identificar o desenvolvimento de algumas habilidades em seus alunos e refletir sobre as melhores intervenções em cada situação didática. 8 Distribuição de conteúdos e habilidades nos volumes Para este volume, há dez Situações de Aprendizagem desenvolvidas mediante sequências de atividades. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 PRODUZINDO UM DIÁLOGO O objetivo central desta Situação de Aprendizagem é produzir um diálogo com traços injuntivos ou prescritivos. Para tanto, no decorrer das aulas, os alunos farão atividades – de- senvolvendo habilidades diversas – para entrar em contato com as características estruturais da tipologia “descrever ações”, identificando-as em diferentes gêneros textuais e contextos. Conteúdos e temas: tipologia “descrever ações”; coerência textual; entonação na leitura de textos nessa tipologia; conceito de verbo; Modo Imperativo nas variedades padrão e coloquial. Competências e habilidades: inferir traços prescritivos ou injuntivos a partir de situações cotidianas; construir um diálogo; analisar e elaborar textos com características da tipologia “descrever ações”; elaborar textos injuntivos; ler em voz alta de forma expressiva; escutar anúncios produzidos para rádio e televisão; comparar usos linguísticos nas normas padrão e coloquial. Sugestão de estratégias: aula a partir de conhecimentos prévios, com direcionamento do professor; aproximação dos conteúdos com a realidade do aluno; uso de recursos audiovisuais; busca de material para estudo nos objetos domésticos. Sugestão de recursos: receitas médicas e culinárias; livro didático; gravação de anúncio de rádio e televisão; Caderno do Professor. Sugestão de avaliação: produção de quadros-síntese; leitura em voz alta e expressiva; análise de diálogo; reescrita de diálogo; compreensão de enunciados. Roteiro para aplicação da Situação de Aprendizagem 1 Com o objetivo de fazer uma avaliação diagnóstica, você pode solicitar aos alunos que falem sobre situações em que receberam ordens ou pedidos. A partir delas, proponha uma reflexão, fazendo um quadro na lousa para verificar se seria possível indicar alguns traços característicos dos textos produzidos nessas situações (você pode destacar aspec- tos gramaticais, como o uso de Imperativo, entonação e amplitude das situações, que vão desde ordens a súplicas). Peça aos alunos que anotem os dados do quadro, para que vocês possam voltar a ele e completá-lo (ou recordá-lo) sempre que necessário. Depois, vamos destacar o traço “regulação de comportamentos”. Para tanto, você deve analisar e comparar, com os alunos, uma receita culinária e, em seguida, uma receita médica. 9 2. Leia este outro texto: Brigadeirão Para Débora de Angelo (feito no micro-ondas) Uso interno 1 lata de leite condensado 1 lata de creme de leite 1 xícara (chá) de chocolate 1 xícara (chá) de açúcar 1 colher (sopa) de margarina 3 ovos inteiros 1 pacote de chocolate granulado Modo de fazer Bata os ovos, primeiro, na batedeira; depois, acrescente lentamente o restante dos ingredientes (intercalando líquido com sólido), até obter uma massa homogênea. Leve ao micro-ondas, em potência máxima, de 6 a 8 minutos. Cubra com o chocolate granulado. Vertizol ___________________________ 1 cx Tome um comprimido ao deitar. Pasalixe ___________________________ 1 cx Tome um comprimido após o almoço e outro ao deitar. a) Qual é o nome desse gênero textual e em que situação de comunicação costuma ser usado, isto é, em que lugar, com quais pessoas e para que serve? O nome do gênero textual é “receita médica”, geralmente entregue ao paciente por seu médico, a fim de orientá-lo quanto à medicação prescrita. 1. Para introduzir a abordagem do gênero, sugerimos as perguntas a seguir: a) Que nome se dá a esse gênero textual e em que situação de comunicação ele costuma ser usado? b) O que há em comum entre esses dois textos, apesar de eles serem organizados em diferentes gêneros? Os dois textos fazem parte da tipologia “descrever ações”, indicam o que deve ser feito para que seja atingido um dado objetivo. A “receita culinária”, nome do gênero em questão, costuma ser utilizada em livros para aprendizado culinário ou em livros de registro, para que a pessoa guarde as receitas que possa querer usar no futuro. 3. Que tipos de palavra, nos dois textos, parecem indicar ações semelhantes? As palavras-chaves utilizadas nos dois textos são verbos: bata, acrescente, até obter, levar, cobrir, tomar, que têm a finali- b) Em quantas partes esse gênero é dividido? Qual é a função ou finalidade de cada uma dessas partes? A receita culinária costuma ser dividida em duas partes: listagem de ingredientes e instrução ou modo de fazer. A primeira parte destina-se a expor os ingredientes necessários e respectivas quantidades para realização da receita. A segunda parte explica o processo de preparação do prato. Agora, apresentamos uma receita médica, com questões introdutórias ao gênero e uma atividade de comparação entre as receitas. 10 dade de orientar uma ação. A partir dessas questões, já começamos a perceber que um texto organizado na tipologia “descrever ações”, portanto, indica o que a pessoa deve fazer para chegar a um resultado. Por trás desse discurso parece haver alguém que conhece uma dada realidade e sabe como um sujeito deve se conduzir se quiser atingir determinado objetivo (fazer um doce ou curar-se de um mal de saúde). Esse é um importante traço prescritivo, a ser assimilado Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 pelos alunos, perceptível pelo uso de mecanismos linguísticos próprios dessa tipologia (verbos no Imperativo e no Infinitivo, expressões que chamam a atenção do interlocutor etc.). Outra forma de fazer esse estudo é solicitar aos estudantes que tragam de casa receitas culinárias e médicas. Depois, divididos em grupos, eles podem analisar o que há em comum entre os dois tipos de texto. Para reforçar, pode-se pedir que analisem se há orientação ao comportamento em algum anúncio publicitário do livro didático que você previamente selecionou. Na sequência, você pode fazer a correção oral das análises desse anúncio. Nessa intervenção, lembre-se de destacar que gêneros textuais tão diferentes, como anúncios e receitas, compartilham algumas características comuns, como a regulação de comportamentos, observada por meio dos mecanismos linguísticos. É possível também, já nesse momento, enfatizar que essa regulação, dependendo do gênero do texto, pode estar a serviço de objetivos muito diferentes, como um tratamento de saúde, o preparo de um alimento ou o apelo à venda de produtos ou serviços. Para você, professor! A tipologia “descrever ações” engloba diferentes gêneros, que se subdividem em dois grupos principais: os prescritivos e os injuntivos. Em ambos, observa-se, de alguma forma, a tentativa de orientação ao comportamento do outro. Quando isso se dá de forma mais explícita e enfática, temos um gênero prescritivo; quando, por sua vez, essa orientação é mais implícita e sutil, o gênero é injuntivo. Observe o quadro. Tipologia “descrever ações” Exemplos de gêneros dessa tipologia com traços Exemplos de gêneros dessa tipologia com traços prescritivos injuntivos Atendimento sutil de vendas, diversos anúncios Receitas médicas, regras de jogos, leis, normas, publicitários, conversas em que se tenta conestatutos etc. vencer alguém a fazer algo, de forma sugestiva, os discursos dos livros de autoajuda etc. O objetivo dessa distinção é chamar a atenção para as diferentes possibilidades da tipologia “descrever ações”. Desse modo, um verbo no Imperativo, marca linguística desse modo de organizar os textos, pode, em dado gênero, ser usado de forma bastante impositiva; já em outro, pode ser empregado de forma a sugerir, mais que ordenar. É evidente que, nos dois casos, a orientação ao comportamento do outro está presente; mas, dependendo do gênero e da situação comunicativa, esse uso pode ser bastante variado. Esse é um segundo ponto fundamental a ser compreendido (pelos alunos) e avaliado (pelo professor) na aprendizagem: o aluno reconhece os traços da tipologia “descrever ações” na interioridade do texto pelo uso de certos mecanismos linguísticos? É capaz de perceber que esses traços aparecem em textos de diferentes naturezas? 11 As próximas atividades propõem aos alunos que reflitam a respeito. Aqui, os alunos vão circular os usos no Imperativo dos verbos olhar (olha), ouvir (ouve), dar (dá), falar (fala), parar (para), explicar (explica), para verificação da aprendizagem do con- 4. Leia este outro texto, levando em conta o seguinte contexto: trata-se de uma conversa entre um casal de namorados: – Olha aqui, Marcelo, eu quero uma boa explicação para isso!!! ceito. O professor deve retomar a explicação, se necessário, e fazer outras atividades. c) O diálogo pareceu mostrar a maneira como as pessoas realmente falam no dia a dia, quando são íntimas? Como? Sim. Observar a pertinência das respostas dos alunos. Destacamos o uso do Imperativo na variedade coloquial, mas pode – Mas, meu amor, essas coisas acontecem! Você chega ao escritório, cumprimenta as pessoas e aí, às vezes, alguém esbarra o batom na sua camisa... – Marcelo, olha bem pra mim... Eu não vou repetir, então ouve o que eu digo e dá uma resposta muito rápida e muito boa para eu não te dar um safanão aqui e agora! ser que o estudante destaque outros aspectos pertinentes. d) Circule as palavras que demonstram o uso do Imperativo nessa situação informal. Se o diálogo fosse mais formal, como no caso de um chefe que dá uma ordem a um funcionário, esse modo de usar o verbo no Imperativo seria correto? Justifique sua resposta. Não seria correto, visto que, como se trata de uma conversa – Fala, minha amada... íntima, estão na variedade coloquial. A situação profissional exige o uso formal, mesmo sendo uma conversa. – Para de me chamar de “minha amada” e me explica, pelo amor de Deus, como é que uma mancha de batom veio aparecer DO LADO DE DENTRO DO SEU COLARINHO, Marcelo Oliveira!!!!!! e) Em um contexto mais informal de comunicação, você considera coerente usar o Imperativo dessa forma? Explique sua opinião. Em uma conversa informal, o uso do Imperativo coloquial é Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. a) Esse texto contém um diálogo, isto é, uma conversa entre duas pessoas. Apesar de ser diferente dos outros que você leu na seção “Leitura e análise de texto”, é possível afirmar que nele são usados modos verbais semelhantes? Explique. No texto há uma forma de orientação de comportamento própria do Modo Imperativo, pois a moça vai indicando o que o rapaz deve fazer. b) Seu professor sistematizou em sala o Modo Imperativo. Há usos desse modo verbal no diálogo? Se houver, circule as palavras que confirmam esse uso. 12 adequado ao contexto. f) Você considera uma receita médica um texto mais formal? Por quê? Sim, pois a receita médica é um documento em que o médico orienta, formalmente, o que um paciente deve fazer. Como o uso de medicação envolve possíveis riscos, a linguagem deve ser precisa. 5. Resuma no caderno o que compreendeu das explicações de seu professor sobre as características dos textos que procuram orientar comportamento (os chamados textos injuntivos e prescritivos). Quando se solicita ao aluno que crie uma definição com suas palavras, o objetivo é fazer que ele desenvolva uma paráfrase, traduzindo de forma que lhe pareça claro o conceito estuda- Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 tos envolvem ordens, pedidos, prescrições ou súplicas. Todas a) Qual será a saudação inicial de cada uma das personagens? essas ações exigem o uso do Modo Imperativo. O aluno deve escolher uma forma de saudação adequada à do. Neste caso, espera-se que o aluno escreva que esses tex- situação (relativamente informal). 6. Tendo como base o resumo do que compreendeu, dê cinco exemplos de gêneros que você encaixaria no grupo de textos injuntivos ou prescritivos. Regras de jogos, artigos de leis, manuais, diálogo prescritivo, b) Qual é o pedido e de que sabores serão as pizzas? O aluno deverá optar pelos sabores de pizzas, tendo em vista a quantidade de pessoas. receitas, entre outras possibilidades. Todo texto que orienta alguém a fazer algo pode ser considerado prescritivo ou injuntivo. Nesse momento, não consideramos oportuno insistir c) Quantos serão os refrigerantes para oito pessoas? De quais sabores? muito nessa distinção, que será desenvolvida no decorrer O aluno deverá optar pela quantidade de garrafas, tendo em deste Caderno. vista a quantidade de pessoas. A “Produção escrita” que virá na sequência dará continuidade à apresentação da injunção ou prescrição. d) Qual será o pedido de sobremesas variadas para oito pessoas? Os alunos devem indicar a quantidade e os sabores que desejam. Dado o enunciado da proposta, foi passada ao aluno a opção de escrever seu texto com tom mais injuntivo ou prescritivo. Qualquer uma das possibilidades é viável no contexto. e) Como será o pedido de nota fiscal para que a cliente seja reembolsada por sua empresa? Mesmo que em linguagem informal, o aluno vai dizer que ne- Produção escrita cessita de um documento oficial para depois ser reembolsado. 1. Agora, é a sua vez de produzir um diálogo, organizado de forma prescritiva ou injuntiva, com base no texto a seguir. Para começar, leia-o. f) Qual é o valor total informado pelo atendente? Uma cliente liga para uma pizzaria para fazer um pedido. Ela vai fazer um pedido grande, para oito pessoas. São três pizzas de sabores variados, refrigerantes e sobremesas. Ela explica tudo em detalhes para que não haja confusão. Ela pede ainda uma nota fiscal de compra (pois eles estão trabalhando até mais tarde e a empresa pagará a refeição) e troco, pois só tem quatro notas de R$ 50,00. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. A definir. Sugerimos que o aluno se informe em uma pizzaria ou em outra fonte. g) Como será o pedido de troco, já que as notas são todas de valor alto? O aluno precisa fazer um cálculo aproximado para construir uma resposta verossímil com a situação dada. h) Quais serão as saudações finais? O aluno deve escolher uma forma de saudação adequada à situação (relativamente informal). i) Que modo verbal você usará mais vezes em seu diálogo? A princípio, mesmo em linguagem informal, o aluno deverá responder “Modo Imperativo”, em sua variedade menos for- 2. Com o objetivo de organizar seu diálogo, leve em conta as seguintes questões: mal. Caso o aluno use outro modo, o professor deve avaliar a pertinência da escolha. 13 Você pode pensar em outras perguntas. Essas são apenas sugestões para ajudar a organizar o seu diálogo. O objetivo deste exercício é fazer o aluno colocar em funcionamento as características da tipologia “descrever ações”. Assim, após a produção dos textos, você poderá analisá-los com os alunos, solicitando que apontem as marcas prescritivas ou injuntivas presentes. Oralidade 1. Há muitos momentos em que recebemos ordens ou pedidos de outras pessoas. Após discussão em classe, organize um quadro coletivo com traços comuns de textos desse tipo. Se na discussão os alunos não se lembrarem de todos, você pode estimulá-los a levar em conta os aspectos não considerados. tOFTTFUJQPEFUFYUPIÈSFHVMBÎÍPEFDPNQPSUBNFOUPT Compare essas marcas com as de outros textos vistos nesta Situação de Aprendizagem, destacando que essa tipologia está presente em escritos de diferentes naturezas. É possível, ainda, fazer algumas leituras dos diálogos, discutindo a entonação mais adequada para a situação, reforçando o tom prescritivo ou injuntivo do texto. 1. Você sabe quanto custa uma pizza nos sabores que escolheu? E os refrigerantes? E as sobremesas? Ligue para uma pizzaria e informe-se sobre os preços desses produtos para que, no diálogo que vai desenvolver, você proponha valores coerentes com a realidade. tVNUFYUPQSFTDSJUJWPPVJOKVOUJWPJOEJDBPRVFVNBQFTTPB deve fazer se quiser chegar a um dado resultado. Atrás desse discurso parece haver alguém que conhece uma dada realidade e sabe como um sujeito deve se conduzir se quiser BUJOHJSPRVFGPJQSPQPTUP t B QSFTDSJÎÍP PV JOKVOÎÍP FN VN UFYUP OÍP TF EÈ BQFOBT DPNFMFNFOUPTWFSCBJTIÈPVUSPTDPNQPOFOUFTOPTUFYUPT que incentivam o leitor a ter certo comportamento. 2. O professor exibirá um anúncio (de rádio ou televisão) ou proporá a audição de uma música. Após ver/escutar o texto, reflita: a) Qual parece ser o objetivo principal do texto? Comprove sua afirmação. Cada texto deve ter um objetivo específico, mas, de forma geral, o anúncio televisivo ou de rádio apresenta um produto ou serviço, e a letra de música é objeto de fruição. Você pode discutir o objetivo específico de Anote os dados no caderno. Se achar necessário, peça outras informações. cada texto e insistir na comprovação que deve ser feita 2. A partir do esquema construído na Atividade 2 da seção “Produção escrita”, redija, no caderno, o diálogo entre a cliente e o atendente. Seu texto deverá ter, no mínimo, doze linhas, incluindo as saudações iniciais e finais. b) No que as imagens ou os sons contribuíram para que o texto atingisse seus objetivos? Explique. Observemos os traços tipológicos por meio do desenvolvimento da competência de comunicação oral. 14 por parte do aluno. É preciso que o aluno perceba que as imagens e os sons contribuem para a formação do sentido e, portanto, estão atrelados aos objetivos do texto. c) A maneira como as palavras e as frases foram pronunciadas também contribuiu para esse processo? Explique. É importante destacar que as escolhas não são casuais, mas portadoras de um sentido preestabelecido. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 3. Você acha que a maneira como fazemos um pedido ou damos uma ordem (se falamos alto, baixo, se parecemos irritados etc.) interfere no modo como a outra pessoa receberá o que estamos dizendo? Explique. 4. A maneira como falamos qualquer texto, mesmo que não expresse uma ordem ou um pedido, interfere na forma como ele será compreendido? Qual a sua opinião? A resposta deve ser afirmativa, pois implica que o aluno tenha Espera-se que o aluno responda que a entoação é uma for- compreendido que a maneira como falamos carrega tam- ma de linguagem, associada ao verbal, mas com carga pró- bém intenções, manifestas de forma não verbal: tom da voz, pria de sentido. expressão do olhar, gestos etc. 1. O texto a seguir será lido de diferentes maneiras com o objetivo de demonstrar se a forma como apresentamos um texto interfere em sua compreensão. Verão Este fevereiro azul como a chama da paixão nascido com a morte certa com prevista duração O vento que empurra a tarde arrasta a fera ferida, rasga-lhe o corpo de nuvens, dessangra-a sobre a Avenida deflagra suas manhãs sobre as montanhas e o mar com o desatino de tudo que está para se acabar. Vieira Souto e o Arpoador numa ampla hemorragia. Suja de sangue as montanhas tinge as águas da baía. A carne de fevereiro tem o sabor suicida de coisa que está vivendo vivendo mas já perdida. E nesse esquartejamento a que outros chamam verão, fevereiro ainda em agonia resiste mordendo o chão. Mas como tudo que vive não desiste de viver, fevereiro não desiste: vai morrer, não quer morrer. Sim, fevereiro resiste como uma fera ferida. É essa esperança doida que é o próprio nome da vida. E a luta de resistência se trava em todo lugar: por cima dos edifícios por sobre as águas do mar. Vai morrer, não quer morrer. Se apega a tudo que existe: na areia, no mar, na relva, no meu coração – resiste. GULLAR, Ferreira. In: ____. Toda Poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999. 15 2. Você e seus colegas devem realizar inúmeras leituras públicas coletivas e individuais (de forma emocionada, combativa, exaltada, intimista) até que a turma concorde sobre qual delas é a mais adequada, representativa ou expressiva. 3. Depois dessas discussões, realizem novas leituras públicas coletivas e individuais. Atividade adaptada de: GONÇALVES, Jeosafá Fernandez. Textos para leitura. In: Livro do professor. São Paulo: Plêiade, 1997. Venda proibida. Estudo da língua Verbo Aprofundando os aspectos mais especificamente linguísticos, vamos recapitular o conceito de verbo. Para tanto, pode ser muito construtivo fazer uma sondagem sobre o que os alunos já sabem sobre o assunto, uma vez que, provavelmente, ele já foi trabalhado em séries/anos anteriores. Novamente, sugerimos que seja feito um quadro, com as indicações dadas pelos alunos. Você pode ajudá-los a preencher as informações, de tal forma que, ao final da discussão, fique estabelecido que: f o verbo é o centro da informação de uma sentença, em torno do qual outros elementos se organizam; f ele pode indicar uma ação, um estado ou mudança de estado, um fenômeno da natureza, um desejo etc. Essas indicações estão sempre relacionadas a: 16 f tempo (passado, presente, futuro); f pessoa do discurso (eu, você, ele, nós, vocês, eles); f modo (como é a atitude de quem fala ou escreve); f voz (ativa, passiva e reflexiva). O objetivo dessa sistematização inicial é apenas construir um quadro de referências, que será desenvolvido em outras aulas. É importante que os estudantes tenham essa clareza e não pensem que esses conteúdos serão vistos apenas nesta aula e cobrados a seguir. A ideia é fazer uma apresentação inicial, resgatando o já visto e reforçando a percepção de que verbo é um conceito amplo e envolve muitas características. Parece oportuno, também, destacar que os verbos são conjuntos de termos que agregam informações muito importantes a qualquer texto. As atividades a seguir partem desses pressupostos. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 © Conexão Editorial 1. Observe a tira a seguir e responda às questões: a) Complete as palavras que estão faltando no texto. As palavras que faltam no texto são o centro das informações. Estudei (1) muito para a prova! Acho (2) que vou arrasar (3). situação. Sem os verbos, temos uma compreensão parcial de toda a Não sei (4) não... c) O que cada uma delas indica? O estado em que alguém está? Sua ação? Ou um fenômeno da natureza? Complete o quadro. Ah, sabia (5)! Acertei (6) sobre aquele assunto de células... E agora? O que eu vou fazer (7)? Cara, eu sabia (8) tudo, acho (9) que fui superbem! Pois eu fui (10) muito mal... Aqui é preciso levar em conta todas as possibilidades dadas b) Qual é a importância das palavras que faltam para a compreensão do texto? pelos alunos e observar a pertinência delas. A seguir segue sugestão de preenchimento. (1) Ação. (6) Ação. (2) Ação. (7) Ação. (3) Ação. (8) Ação. (4) Ação. (9) Ação. (5) Ação. (10) Estado. 17 d) Nessas palavras, há marcas de tempo (por meio delas, sabemos se o que estão conversando ocorreu no passado, presente ou futuro)? Exemplifique. O verbo indica o tipo de ação praticada pelo sujeito e o modo como ele a realiza, ou o estado em que se encontra. Espera-se que o aluno localize um dos tempos e consiga b) O que um verbo pode indicar? Essas indicações relacionam-se com o quê? exemplificá-lo. Este exercício pode ser compreendido como No contexto do que vem sendo explicado e construído na uma atividade de retomada de séries/anos anteriores, mas, se sequência, destaca-se que o verbo pode indicar a ação, o necessário, reapresente os tempos verbais do Modo Indicativo. tempo e o estado (intenção) de uma sentença. Essas indicações se relacionam com o sujeito e eventuais objetos de e) Por meio delas, sabemos quem praticou a ação ou viveu o estado? Exemplifique. Depende. Você deve destacar que, pelo contexto, é possível compreender muita coisa. Além disso, conforme a pessoa gramatical que praticou a ação, o verbo vai distinguir essa marca em um de seus sufixos. É preciso destacar ainda que essa marca de concordância não aparece em muitas variedades linguísticas. f) Que tipo de palavras são essas? Essas palavras são verbos. 2. A partir dessas atividades iniciais, discuta com seus colegas o que sabe sobre verbos (o que são, como funcionam etc.). Anote suas conclusões no caderno. Quando se solicita ao aluno que crie uma definição, o objetivo é fazer que ele desenvolva uma paráfrase, traduzindo de forma que o conceito estudado lhe pareça claro. Espera-se uma sentença. Dando continuidade ao estudo de verbos, cabe destacar o Modo Imperativo. Recapitule com os alunos as formas verbais que vêm sendo estudadas no decorrer da semana, relacionadas aos textos injuntivos e prescritivos. Descreva então o conceito do Modo Imperativo, levando-os a compreender que textos da tipologia “descrever ações” são comumente compostos com verbos no Imperativo. Nesse sentido, ressalte que a forma Imperativa, ao contrário do que o nome sugere, não se limita a ordens. Toda forma de orientação, seja suave ou delicada, explícita ou implícita, costuma estar dentro dos usos imperativos dos verbos. Daí decorre a diferença proposta entre injunção e prescrição. que os alunos escrevam uma definição semelhante àquelas contempladas nas gramáticas. Nessa retomada da 7ª série/8º ano, espera-se que o aluno já tenha interiorizado esses conceitos e seja capaz de explicá-los. Caso isso não ocorra, apresente novas explicações e solicite aos alunos que a parafraseiem. Consideramos essa metodologia adequada ao aprendizado, pois, para redigir uma definição, o aluno precisa compreendê-la de alguma forma. Assim, em algum momento, mesmo que depois você indique uma definição, é importante haver um espaço para que eles escrevam o que compreendem do conceito. 3. De posse de suas anotações e das explicações do professor sobre verbos, responda às questões a seguir: a) O que significa dizer que o verbo é o centro da informação de uma sentença? 18 Nesse momento, portanto, estamos aprofundando o estudo de mecanismos linguísticos ligados à tipologia “descrever ações”. Reforce essa ideia com os alunos. Feita a explicação inicial, faça a sistematização do Imperativo. Para isso, consideramos fundamental que você exponha, lado a lado, a norma-padrão e a norma coloquial, explicando a pertinência de cada uma. Coloque a norma-padrão e deixe que os alunos digam como falam aquilo no dia a dia. Analise com eles a receita de brigadeirão, observando os usos do Imperativo. Compare com o diálogo da página 6, destacando que, em certas situações, quando se deseja repro- Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 duzir o modo como as pessoas falam, o uso coloquial acaba prevalecendo ao padrão. Para você, professor! Este é um momento oportuno para sistematizar com os alunos as características da tipologia “descrever ações”. Retome as explicações feitas sobre os três aspectos destacados: f regulação mútua de comportamentos; f a regulação mútua pode estar presente em textos de diferentes naturezas, podendo variar de uma ordem a uma súplica; f presença de elementos não verbais (como entonação, trilha sonora etc.). Todas essas características apresentam-se no texto por meio de marcas, tais como Modo Verbal Imperativo, Infinitivo, pontuação etc. ações”. Sugerimos que, para o desenvolvimento da atividade em sala de aula, você reforce com os alunos que ambos os textos empregam verbos destinados a orientar alguém a fazer determinada coisa. 6. Por que, segundo sua opinião, esses textos tão diferentes usam o mesmo modo verbal? Os dois estão, de alguma forma, orientando seus leitores. 7. Registre, no caderno, as conclusões que você pode tirar de suas respostas anteriores no que diz respeito ao modo como os verbos se apresentam quando pedimos algo ou damos ordens. Nesta questão, são inúmeras as possibilidades de resposta. A seguir, algumas sugestões de itens a destacar, de acordo com o que foi orientado nas atividades anteriores: Passemos às atividades sobre Modo Imperativo. tP.PEP*NQFSBUJWPÏBGPSNBNBJTDPNVNEFBQSFTFOUBÎÍPEPTWFSCPTOFTTFDPOUFYUP tQPEFNPTFYQSFTTBSPSEFOTPVQFEJEPTFNPVUSBTGPSNBT WFSCBJT 4. O professor recapitulou os três grandes modos verbais de nossa língua. Escreva o que entendeu sobre o uso de cada um deles: f Quando usamos o Modo Indicativo? f Quando usamos o Modo Subjuntivo? f Quando usamos o Modo Imperativo? Quando se solicita ao aluno que crie uma definição, o objetivo é fazer que ele desenvolva uma paráfrase, traduzindo tP.PEP*NQFSBUJWPQPEFFYQSFTTBSEFTEFVNBPSEFNBUÏ VNQFEJEPCBTUBOUFHFOUJM tEJGFSFOUFTHÐOFSPTUFYUVBJTQPEFNUFSDPNPPCKFUJWPMFWBS alguém a fazer algo. 8. Seu professor vai explicar as regras de funcionamento do Modo Imperativo Afirmativo e Negativo. Anote, no caderno, o que compreendeu, explicando com suas palavras. de forma que lhe pareça claro o conceito estudado. Essa também é uma excelente forma de você perceber em que nível está a compreensão dos alunos, para que possa fazer as intervenções necessárias. 9. Como funciona o Modo Imperativo Afirmativo, na língua portuguesa, de acordo com a norma-padrão? 5. Observe novamente a receita culinária e a receita médica lidas no início desta Situação de Aprendizagem. Nos dois textos, os verbos apresentam-se de forma semelhante. Que modo verbal é esse? Exemplifique com passagens dos textos. 10. Como funciona o Modo Imperativo Negativo, na língua portuguesa, de acordo com a norma-padrão? Os alunos vão registrar que o modo dos verbos apresenta- Essa também é uma excelente forma de você observar como dos na receita médica e na receita culinária é o Imperativo, está sendo a compreensão dos alunos, para que possa fazer já que ambos os textos fazem parte da tipologia “descrever as intervenções necessárias. 9 e 10. Quando se solicita ao aluno que crie uma definição, o objetivo é fazer que ele desenvolva uma paráfrase, traduzindo de forma que lhe pareça claro o conceito estudado. 19 11. Compare os dois usos de Imperativo do verbo sair nas situações a seguir: Situação 1 Situação 2 Dois jovens conversando em uma lanchonete: – Sai daí, cara, que eu quero sentar! – Sai você! Ou senta em outro lugar! – Você é um folgado mesmo... – Eu, né? Dois jovens conversando em uma lanchonete: – Saia daí, cara, que eu quero sentar! – Saia você! Ou sente em outro lugar! – Você é um folgado mesmo... – Eu, né? a) Quais são as diferenças de uso do Modo Imperativo entre a primeira e a segunda situação? 1. O professor vai indicar um texto prescritivo ou injuntivo do livro didático para a realização desta tarefa. A diferença está na variedade utilizada. A primeira é a coloquial, e a segunda, do ponto de vista do emprego do Modo Verbal Imperativo, é a padrão. a) Anote a página do livro didático em que ele está. O objetivo é fazer que os alunos criem o hábito de anotar as b) Observando os verbos em destaque, os interlocutores, em situações informais, costumam usar a primeira ou a segunda forma? fontes de onde retiram informações, habilidade fundamental na sociedade letrada. orações imperativas para que percebam o uso da variedade b) Considerando a finalidade para a qual o texto foi escrito, responda: A que tipologia ele pertence? coloquial. Esperamos que seja um gênero dentro do gênero injuntivo A primeira. Solicite aos alunos que construam, oralmente, ou prescritivo, na tipologia “descrever ações”. c) Se estivermos em uma situação descontraída de comunicação, que uso do Imperativo podemos fazer? Explique sua opinião. Devemos optar pela forma coloquial, pois indica uma ade- c) Explique sua resposta anterior, destacando elementos do texto que levam a essa conclusão. quação dos interlocutores à situação de comunicação. Assim, O aluno deve levar a tipologia “descrever ações” em conta na você pode passar aos alunos a ideia de que não há uso “erra- resposta, destacando suas características. do”, mas sim o uso adequado ou não à situação. d) E se estivermos em uma situação de comunicação mais séria e formal? Explique sua opinião. d) O objetivo do autor do texto é sua compreensão pelo leitor. A parte visual do texto contribui para isso? Como? É importante o aluno perceber que as imagens contribuem Devemos usar a norma-padrão, pois indica uma adequação para a formação do sentido e que, portanto, estão atreladas dos interlocutores à situação de comunicação. Desse modo, aos objetivos do autor. constrói-se a ideia de que não há uso “errado”, mas sim a forma adequada ou não à situação. Finalizando a Situação, propomos algumas atividades que retomam os principais aspectos estudados. 20 e) Você observa algo em comum entre esse texto e as receitas médicas e culinárias? Explique. O aluno deve destacar aqui uma ou mais características prescritivas ou injuntivas, presentes nos dois textos. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 2. O professor indicou um anúncio publicitário do livro didático ou de outra fonte como base para esta atividade. Observe-o e responda às questões: Escolha um anúncio com usos do Modo Imperativo, para o aluno refletir sobre essa escolha. e) O Imperativo foi usado na variedade-padrão ou coloquial? Justifique sua resposta. a) Qual parece ser o objetivo do anúncio? de cada texto e deve insistir na comprovação que precisa ser f) Esse uso está adequado dentro do anúncio? Explique por que, segundo sua análise, o Modo Imperativo foi usado dessa forma no texto. feita por parte do aluno. e) e f). Respostas pessoais, de acordo com o anúncio esco- Cada texto deve ter um objetivo específico, mas, de forma geral, o anúncio televisivo ou de rádio deve apresentar um produto ou serviço. Você pode discutir o objetivo específico lhido. b) Como as imagens contribuem para que o texto atinja esse objetivo? É importante o aluno perceber que as imagens contribuem para a formação do sentido e, portanto, estão atreladas aos objetivos do anúncio. c) Como as palavras contribuem para que o texto atinja esse objetivo? É preciso destacar que a escolha verbal de um anúncio publicitário tem por objetivo contribuir para despertar o desejo no consumidor de comprar o produto ou adquirir o serviço, de forma mais ou menos explícita. d) Há usos do Modo Imperativo no texto? Quais? 3. Faça os exercícios sobre Modo Imperativo, do livro didático, indicados pelo professor. Não se esqueça de registrar o número da página. Sugerimos que, ao final desta Situação de Aprendizagem, você faça uma recapitulação das habilidades trabalhadas durante esse período, de acordo com o quadro apresentado no início. Dê atenção, prioritariamente, àquelas que apresentaram maior dificuldade para os estudantes. Caso isso não tenha ocorrido, reforce algumas das habilidades estudadas, de acordo com seus critérios. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 CRIANDO UMA “RECEITA LÚDICA” Nesta Situação de Aprendizagem, destaca-se a variedade de contextos nos quais a tipologia “descrever ações” pode aparecer. Nesse processo de ampliação, será introduzido o conceito de intertextualida- de. Ao final do processo, os alunos produzirão uma “receita lúdica”: um texto que apresente traços prescritivos ou injuntivos e seja composto com base em um diálogo com outro texto. Conteúdos e temas: tipologia “descrever ações”; intertextualidade explícita; uso da gramática normativa; Imperativo Negativo; pesquisa no dicionário; discurso citado. Competências e habilidades: fruir música com organização prescritiva ou injuntiva; compreender como e por que consultar gramáticas normativas; compreender, com o apoio de gramáticas normativas, o funcionamento da norma-padrão; comparar textos prescritivos e injuntivos de diferentes 21 naturezas; compreender a amplitude de uso da estrutura prescritiva ou injuntiva; analisar a norma-padrão em funcionamento no texto. Sugestão de estratégias: leitura vista de forma expressiva, não apenas como modo de compreensão cognitiva do texto; escuta de textos injuntivos de diferentes gêneros. Sugestão de recursos: dicionário; gramática; livro didático; rádio; Caderno do Professor. Sugestão de avaliação: produção de “receita lúdica” e intertextual; pesquisa na gramática normativa. Roteiro para aplicação da Situação de Aprendizagem 2 Inicialmente, ouça com seus alunos a música Do it, dos compositores Lenine e Ivan Santos. Do it Composição: Lenine/Ivan Santos Tá cansada, senta Se acredita, tenta Se tá frio, esquenta Se tá fora, entra Se pediu, aguenta Se pediu, aguenta... Se sujou, cai fora Se dá pé, namora Tá doendo, chora Tá caindo, escora Não tá bom, melhora Não tá bom, melhora... Se aperta, grite Se tá chato, agite Se não tem, credite Se foi falta, apite Se não é, imite... Se é do mato, amanse Trabalhou, descanse Se tem festa, dance Se tá longe, alcance Use sua chance Use sua chance... 22 Hê Hô, Hum! Nanananã! Hê Hô, Hum! Nanananã! Hê Hô, Hum! Nanananã! Hê Hô, Hum!... Se tá [...], quebre Tá feliz, requebre Se venceu, celebre Se tá velho, alquebre Corra atrás da lebre Corra atrás da lebre... Se perdeu, procure Se é seu, segure Se tá mal, se cure Se é verdade, jure Quer saber, apure Quer saber, apure... Se sobrou, congele Se não vai, cancele Se é inocente, apele Escravo, se rebele Nunca se atropele... Se escreveu, remeta Engrossou, se meta Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 E quer dever, prometa Prá moldar, derreta Não se submeta Não se submeta... Hê Hô, Hum! Nanananã! Hê Hô, Hum! Nanananã! Hê Hô, Hum! Nanananã! Hê Hô, Hum!... (2x) © Dueto Edições Musicais Estimule os alunos a relacionar a letra da música com o assunto “textos injuntivos e prescritivos”. O objetivo, nesse momento, é fazê-los prestar atenção no uso frequente do Modo Imperativo no texto, como sugere a atividade a seguir. Traços do grupo de textos injuntivos ou prescritivos na letra da canção analisada 1. Você considera que na letra dessa canção há traços de gêneros que pertencem ao grupo de textos injuntivos ou prescritivos? Analise-a, preenchendo o quadro a seguir. Trechos da letra da música Do it que comprovam as respostas encontradas Na letra da canção, há momentos em que se tenta regular o comportamento de alguém? Como isso ocorre no texto? Em todos os versos, termina-se dizendo o que o interlocutor deve fazer. A letra pode ser compreendida como uma ordem, um pedido gentil, uma súplica ou nenhuma das três situações? Em caso de resposta negativa, explique qual parece ser o sentido principal do texto. O texto parece “aconselhar” seu interlocutor, pois, com base em uma dada situação, marcada sempre pelo “se”, sugere que se aja de certa maneira. Como se trata de uma canção, a presença de elementos não verbais (entonação, trilha sonora) reforça o sentido do texto verbal? Explique. A entonação é incisiva e o ritmo é forte, dando mais vigor à interpretação da ordem. Mas é possível que os alunos façam outros comentários. Observe a pertinência. Para tanto, é necessário que a música seja ouvida em sala. Um aspecto importante na análise da canção – que será destacado, na próxima atividade, em comparação à receita vista anteriormente – é seu caráter injuntivo, que é menos impositivo, uma vez que na letra há as orações condicionais na frente de cada Imperativo. Assim, mais do que uma ordem, cada oração pode ser entendida como um conselho, pois toma o condicional como pressuposto para a ação. 2. Se você comparar a letra da música Do it com as receitas apresentadas na Situação de Aprendizagem 1, qual dos textos é o menos impositivo? Por quê? A letra da música, a princípio, parece ser menos impositiva, especialmente se comparada à receita médica, uma vez que começa sempre com uma condição. Mas a condição dada também pode ser compreendida como restritiva. A correção da resposta dependerá da pertinência dos argumentos. Injunção, portanto, não precisa indicar necessariamente uma ordem explícita. Pode ser um pedido, um conselho, uma súplica, entre outras possibilidades. O fundamental na in- 23 junção é que alguém está regulando, de forma mais sutil, o comportamento do outro. Essa regulação pode ser feita em tons bastante diversos. Esse é o ponto que deve ser enfatizado na análise de canção. Na sequência, apresentaremos um texto em que o caráter prescritivo prevalece. Estabeleça uma comparação entre a letra da música Do it e o fragmento do Estatuto da Criança e do Adolescente, destacando, entre outros aspectos: f o tom de conselho da música (devido às suas construções linguísticas); f o caráter indiscutível do estatuto (devido às suas construções linguísticas). 3. Leia o texto a seguir. 4. Responda às questões a seguir: Fragmento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) [...] Art. 2o Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. [...] Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz. [...] Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não governamental, é vedado trabalho: I – noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte; II – perigoso, insalubre ou penoso; III – realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social; IV – realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola. a) Qual parece ser o objetivo central do trecho da lei? Definir o que é permitido e o que não é quanto ao trabalho da criança e do adolescente. b) Você considera que as determinações que o texto contém podem ser desrespeitadas ou devem ser acatadas? Explique. Pela característica do gênero “estatuto”, que tem força de lei (a palavra “Lei” é mencionada no art. 2º), as determinações devem ser acatadas. c) Observando a linguagem do texto, há nela traços do grupo de textos injuntivos ou prescritivos? Quais? Ele é prescritivo quando diz coisas como “é proibido” ou “é vedado”. É a expressão do que deve ou não ser feito e, portanto, regula o comportamento das pessoas. d) Apesar de não ter sido usado o Modo Imperativo, a forma verbal empregada indica ordem. Explique como isso pode ser verificado no texto. Indica ordem porque aponta o que pode ou não ser feito. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Disponível em: e) Comparando o texto do ECA com a letra da música Do it, podemos dizer que os dois fazem parte da tipologia “descrever ações”. A orientação, porém, é construída de maneira diferente nos dois textos. Qual é essa diferença? <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. /PUFYUPEBNÞTJDBIÈVNUPNEFDPOTFMIPOP&$"PUPN Acesso em: 24 maio 2013. é de lei, de algo que deve ser cumprido. São modos de dizer [...] o que deve ser feito. 24 Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 Outro exercício que pode ser proposto aos alunos é pegar mais um trecho prescritivo do livro didático (algum gênero em que a coerção é clara, como a Constituição Federal). 5. Pela análise feita nas atividades anteriores, é possível perceber que textos que regulam (ou procuram regular) o comportamento das pessoas a quem se dirigem podem fazer isso de diferentes formas. Veja mais um exemplo dessas diferenças no texto a seguir: [...] Se te amasse como mil vezes tenho dito, há quanto não teria morrido? Tenho-te enganado! És tu que te deves queixar de mim! Ai! Por que não te queixas tu?! Pois eu vi-te partir; não posso ter esperança de que voltes: e respiro ainda. Traí-te! Peço-te perdão! Mas não! Não mo concedas! Trata-me severamente! Não aches os meus sentimentos bem violentos! Sê mais difícil de contentar! Ordena-me que eu morra de amor por ti!... Sim! Conjuro-te a que me socorras, para que, excedendo a fraqueza do meu sexo, acabe tanta hesitação com um ato de verdadeiro desespero. ALCOFORADO, Mariana. Cartas de amor. In: MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa através dos textos. São Paulo: Cultrix, 2002. p. 201. a) Esse é o trecho de uma carta escrita no século XVII e atribuída a uma mulher. De acordo com pesquisas históricas, ela manteve correspondência com um oficial francês, com quem, possivelmente, teve um relacionamento amoroso e depois foi abandonada. Qual parece ser o objetivo central do texto? usos imperativos funcionam como uma forma de punição a ela mesma, constituindo-se, portanto, como uma expressão contraditória de sentimentos. b) Há usos no Modo Imperativo? Se houver, circule-os. Deves; queixas; concedas; trata-me; aches; sê; ordena-me; socorras. A ideia é que esses casos, apesar de não serem imperativos, estão sendo usados com esse efeito. Ou, então, coloque um parêntese (apesar de as formas “deves”, “queixas”, “conjuro-te”, “socorras” e “acabe” não serem imperativas, estão sendo usadas como tal). c) Esse texto pode ser classificado como injuntivo e prescritivo ao mesmo tempo? Explique. Sim, porque, ao mesmo tempo, ela faz uma súplica ao interlocutor, mas adota um tom prescritivo em relação a si mesma. Observe, no entanto, a pertinência de outras respostas. d) Se compararmos o trecho da carta com a letra da música Do it e com o texto do ECA, podemos afirmar que os textos são injuntivos? Explique. Não. A música tem o tom de conselho, o ECA é impositivo e a carta é uma súplica, antes de mais nada. Da análise comparativa entre diferentes textos que podem ser agrupados como injuntivos ou prescritivos, é possível afirmar: f todos esses textos, de alguma forma, procuram regular o comportamento de alguém, indicando como esse interlocutor deve agir, comportar-se etc.; f um texto injuntivo ou prescritivo regula o comportamento de alguém de forma muito distinta; os prescritivos são mais específicos e rígidos nesse processo; já os injuntivos são mais sutis, sem tanto controle de comportamento. É uma súplica, a expressão de um desejo que ela gostaria que fosse realizado, mas que está totalmente nas mãos de seu interlocutor satisfazer. Além disso, há momentos em que os Na sequência, vamos introduzir o conceito de intertextualidade. 25 1. O professor dará informações sobre como fazer pesquisa em uma gramática. Usando os mesmos critérios, pesquise agora o tema intertextualidade nas fontes indicadas por ele. Definição do termo intertextualidade Fonte(s) de onde foi (foram) retirada(s) a(s) informação(ões) O aluno deve pesquisar em mais de uma fonte e registrar o que é a intertextualidade. 26 2. Depois da pesquisa individual, a classe vai discutir o significado de intertextualidade. O professor vai participar da discussão, explicando o que não estiver claro. Após a discussão, anote o que compreendeu sobre o tema. 3. Tendo por base uma notícia de jornal indicada pelo professor (do livro didático ou outra fonte), grife, no texto, todos os trechos que demonstram a ocorrência de intertextualidade. Todas as conclusões podem, a princípio, ser consideradas vá- Espera-se que o aluno consiga relacionar trechos da notícia lidas. No entanto, as que o grupo considerar corretas darão publicada no jornal com outros textos, por exemplo, notícias base a uma formulação coletiva final que deve ser anotada. da TV, crônicas ou charges presentes no próprio jornal. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 4. Partindo da definição pesquisada, discutida pela classe e confirmada pelas explicações do professor sobre o tema intertextualidade, leia o trecho a seguir e indique o texto com o qual ele dialoga. [...] Se te amasse como já disse mil vezes, há quanto não teria morrido? Tenho enganado você! Você é que deveria se queixar de mim! Ai! Por que você não se queixa?! Olha só: eu vi você ir embora; não posso ter esperança de que você vá voltar. Mas estou respirando ainda. Eu te traí! Me perdoa, por favor! Mas não! Não me perdoe, não! Seja duro comigo! Não fique com pena de mim! Não se deixe levar pelas minhas palavras! Me mande morrer de amor por você!... Sim! Te peço que me ajude, para que, superando o fato de eu ser do sexo frágil, possa dar fim a toda essa hesitação. prescritivo ou injuntivo que retome um trecho da carta. O importante é que você escreva seu texto no gênero “receita culinária” (se optar pela injunção) ou “médica” (se optar pela prescrição) e estabeleça um intertexto com a carta. Nessa devolutiva, chame a atenção para os seguintes pontos: f se os textos produzidos apresentam as características típicas do gênero “receita culinária” (título, ingredientes e modo de fazer) ou “médica” (nome do paciente, indicação do medicamento, quantidade, posologia, assinatura, data e carimbo médico); f se a forma verbal imperativa foi usada na variedade coloquial ou na padrão (o mais importante aqui é que esse uso tenha sido consciente; o importante é que ele opte por uma forma ou por outra); f se há elementos da carta de Mariana Alcoforado explicitamente retomados na receita. É uma paráfrase do trecho original, com mudança apenas do “tu” pelo “você” e com os ajustes de pronomes pessoais do caso oblíquo e conjugações verbais. Destacando os aspectos de oralidade e escuta, você pode estabelecer uma discussão sobre as produções textuais. Leia algumas e peça que comentem se os intertextos ficaram claros. Faça uma sondagem, estimulando-os a perceber a retomada quase integral de um texto pelo outro. Peça que discutam como foi feita a mudança, o que foi mantido e o que foi alterado do original (no caso, fez-se apenas uma adaptação de linguagem, usando formas linguísticas mais próximas da atualidade). Em seguida, promova leituras de textos intertextuais do livro didático. Mostre que os traços injuntivos, bem como a situação básica do texto, não foram alterados. Na “Produção escrita”, relacionaremos o tema intertextualidade com a tipologia “descrever ações”. Produção escrita Partindo do fragmento da carta de Mariana Alcoforado, produza, no caderno, um texto Você pode fazer uma espécie de jogo. A cada leitura feita, solicite aos alunos que procurem destacar as intertextualidades que conseguem perceber. Divida-os em grupos para que fique mais dinâmico. O grupo que perceber mais diálogos vence o jogo. Depois, você pode selecionar outro texto do livro didático e solicitar que marquem as intertextualidades explícitas, destacando os mecanismos que indicam as mudanças de vozes. Para finalizar, discuta com eles a importância do repertório do leitor para a compreensão do diálogo entre textos. A ideia é que 27 percebam o quanto o conjunto de referências de cada um é fundamental para entender os intertextos e seus efeitos. Na continuação, passaremos aos estudos linguísticos. Estudo da língua Uso da gramática normativa Quanto ao estudo específico de aspectos linguísticos, partiremos do tema como e por que usar a gramática normativa. Nesta atividade, será preciso ter alguns exemplares para trabalho, mas não necessariamente da mesma gramática. Comece pelo sumário. Destaque a lista dos assuntos tratados em cada parte (ou capítulo) do livro, de forma panorâmica. Examine cada grande tópico, verificando com os alunos se as gramáticas que estão observando apresentam os mesmos assuntos. Faça, com a participação deles, um quadro dos grandes tópicos. c) Compare essa definição com outra, do livro didático ou de uma fonte diferente, indicada pelo professor. Quais são as semelhanças? d) Há diferenças? Quais? e) O professor indicará mais alguns assuntos para localização na gramática normativa. f) Após a realização das atividades e explicações do professor, anote, com suas palavras, o que é uma gramática e para que ela serve. g) Refletindo sobre como você fez para encontrar o conceito de verbo, indique o que é preciso fazer, que passos se deve seguir, para realizar uma pesquisa em gramática, dicionário, enciclopédia etc. a) a g). Selecione o enfoque do estudo a ser anotado. Pode-se abordar temas em geral, ou escolher uma parte (conjunções, por exemplo) e fazer um recorte. Procure refletir sobre qual a melhor opção para sua classe neste momento. Peça então que os grupos localizem o tema verbos e leiam, especificamente, o conceito. Façam um confronto entre o que eles têm anotado no caderno e o que consta no livro didático, observando se há semelhanças e diferenças. A sequência das perguntas aprofunda o tema verbos. É feito um trabalho com leitura de conceitos e comparação com outras fontes, portanto, você precisa usar outra fonte de consulta (pode ser o livro didático). Estimule a comparação de definições de verbos nas duas fontes indicadas. Você deve, ainda, indicar outros temas para que os alunos os encontrem. O objetivo desta questão é desenvolver a familiaridade com 1. O professor disponibilizará alguns exemplares de gramáticas normativas da língua portuguesa para uma atividade em grupo. Com o livro em mãos, responda: esse objeto de consulta. Por fim, será solicitado ao aluno que crie passos de pesquisa para dicionários e outras fontes, de acordo com os realizados em sala de aula. Portanto, será preciso sistematizar. Faça isso oralmente e solicite aos alunos que, primeiro, escrevam, para depois discutir, ou já construir a) Quais são os assuntos tratados em cada parte ou capítulo, de acordo com o sumário? Observe e anote os principais tópicos que serão discutidos com o professor. b) Localize, no sumário, a parte que trata do tema verbos. Depois, leia a definição que é dada ao termo na página indicada. 28 com a classe as etapas a serem realizadas. Por fim, apresente mais alguns temas para pesquisa, apenas para que aprendam a localizá-los. Finalize pedindo que encontrem e anotem no caderno a definição da gramática normativa para “Imperativo Negativo”. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 Se houver tempo, promova uma discussão final acerca do que entenderam sobre o que é e para que serve uma gramática. Comente a ideia de “livro de consulta”. E destaque dois pontos: f os conteúdos descritos em uma gramática são usados pelos falantes de português, muitas vezes de forma inconsciente, devido ao aprendizado natural; f a variedade nela descrita é chamada “norma-padrão” da língua portuguesa. Há outras variedades em uso, como a norma coloquial, muito pertinentes para contextos informais ou específicos de comunicação entre os falantes. Também em “Estudo da língua”, propomos mais algumas atividades sobre intertexto. 2. Você já pesquisou o conceito de intertextualidade e analisou-o em uma notícia de jornal. Faça a mesma análise com outro texto jornalístico do livro didático indicado pelo professor (sublinhe todos os trechos do texto em que a intertextualidade ocorre). O aluno deve localizar na notícia todas as intertextualidades explícitas, introduzidas por verbos dicendi, aspas ou outra forma de introdução do discurso alheio. 3. Conforme as explicações dadas, a intertextualidade é uma espécie de diálogo entre textos, em que, de alguma forma, trechos de outros textos ou falas de outras pessoas são citados. Leia os trechos de notícias a seguir, observando se, em meio ao texto do jornalista, são citadas falas de outras pessoas: Trecho A As recentes chuvas em Santa Catarina deixaram milhares de desabrigados. De acordo com uma autoridade do município, todos os que perderam suas casas serão acomodados em prédios públicos ou na igreja local até que a situação se normalize. Jornal da Cidade, 25 nov. 2008. Trecho B O número de animais abandonados está aumentando. Muitos compram filhotes e, quando os animais crescem, desistem de cuidar deles. A veterinária Maria da Conceição Verges afirma que agir dessa maneira é uma irresponsabilidade: “Além do sofrimento do animal, é preciso considerar que bichos abandonados tendem a contrair doenças mais facilmente, podendo transmiti-las para outros.” Jornal O Grito, 12 jan. 2008. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. a) O Trecho A apresenta fala de outras pessoas? Explique. b) O Trecho B apresenta fala de outras pessoas? Explique. Sim. Apresenta, quando faz referência ao relato de uma fonte Sim. Apresenta, por meio da utilização de aspas e verbo di- (uma autoridade do município) distinto da fala do jornalista. cendi (afirma). 29 c) Se você constatou a existência de intertextualidade, indique como ela é marcada no Trecho A e no Trecho B. Com o grupo, separe todas as falas do autor e as falas das fontes. No Trecho A: “[...] De acordo com uma autoridade do mu- Na sequência, destaque as marcas linguísticas que separam a fala do autor das outras: presença de aspas, frases ou períodos introduzidos por verbos dicendi (“afirmar”, “dizer” etc.). Observe se há outras marcas desse tipo no texto e assinale-as para o grupo. Depois, você pode selecionar outros pequenos textos informativos e pedir aos alunos que identifiquem: nicípio [...].” No Trecho B: “A veterinária Maria da Conceição Verges afirma que agir dessa maneira é uma irresponsabilidade: ‘Além do sofrimento do animal, é preciso [...] podendo transmiti-las para outros.’ ” Estudo da língua Discurso citado Com a definição de intertextualidade explícita, vamos sugerir o estudo do discurso citado. Como primeiro passo, você pode escolher um texto informativo do livro didático ou outra fonte (uma notícia publicada em jornal, por exemplo). Leia o texto com os alunos e discuta o assunto. Depois, destaque: f o autor do texto; f outras vozes presentes. É muito importante que os alunos aprendam a distinguir vozes presentes em um texto, sabendo separar a voz do autor das vozes de outras fontes citadas. No caso das notícias de jornal, por exemplo, as frases mais provocativas ou críticas virão, muitas vezes, expressas por meio de outras vozes presentes no texto, citadas pelo autor principal. Nesse momento, pode-se discutir por que razão alguns textos citam suas fontes de forma clara. Veja o que os alunos dizem e anote na lousa. Muitos comentários são possíveis com essa estratégia, mas o importante é ajudá-los a perceber que, quando um autor faz isso em seu texto, em geral, ele tem determinada intenção: seja de parecer objetivo, erudito, franco, honesto, democrático etc. Enfim, há um ou mais objetivos em produzir um texto citando fontes explícitas. Após a discussão, voltem ao texto da notícia de jornal (ou outro que tenha sido selecionado). 30 f informações que podem ser atribuídas ao autor do texto ou a outras vozes; f marcas explícitas da introdução da fala de outras fontes. Leia os textos e veja as análises, observando a pertinência e a adequação de cada uma. Outra possibilidade é ler, com os alunos, dois ou mais textos de opinião e informação sobre um tema do interesse deles. Promova uma discussão e, se possível, faça um levantamento de opiniões na lousa, observando os diferentes argumentos. Em seguida, peça a cada aluno que escreva um pequeno parágrafo, com um único argumento sobre o assunto. Por exemplo, se o tema é Será que os pais de hoje são diferentes dos de antigamente?, cada aluno define o que pensa e escolhe um só argumento. A partir daí, ao escrever esse parágrafo, o aluno deve selecionar, em seguida, um trecho de um dos textos que vão ao encontro de sua opinião. Destaque que a maneira como essa outra voz será introduzida é muito importante, pois é preciso ficar claro para o leitor quando a fala é do autor do texto ou da fonte. Termine discutindo que há muitos textos, de diferentes naturezas, que usam esse tipo de citação de fonte. Normalmente, eles têm em comum o caráter informativo, objetivo, ou Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 procuram usar de outras vozes para adquirir credibilidade, entre outras possibilidades. A atividade a seguir procura materializar essa discussão. 1. Depois das explicações e orientações dadas pelo professor, leia os conceitos de discurso direto, indireto e indireto livre no livro didático ou em outra fonte de consulta: a) discuta com seus colegas o que cada um entendeu sobre os três conceitos; b) depois da discussão, você e seu grupo devem criar uma definição para cada um dos conceitos. Em seguida, anote a definição do seu grupo para cada item e dê um exemplo. Conceito Definição Exemplo Discurso direto Discurso indireto Discurso indireto livre Quando se solicita ao aluno que crie uma definição, o objetivo é fazê-lo desenvolver uma paráfrase, traduzindo de forma que lhe pareça claro o conceito estudado. Essa também é uma excelente forma de se perceber qual o grau de compreensão dos alunos, para as intervenções necessárias. Finalizando esta Situação, propomos retomar a página 23 (“Estudo da língua”) do Caderno do Aluno para realizar as atividades que seguem. Com base na nova versão da carta de Mariana Alcoforado, apresentada no “Estudo da língua”, responda: 31 1. Os usos do Modo Imperativo estão de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa? Explique. Não, estão na variedade coloquial. Na reescrita, adaptou-se Por tratar-se de conversa, pode haver mais de um tema como referência. De certa forma, pede-se ao aluno que sintetize os temas, realizando uma espécie de resumo dos assuntos abordados. o texto a uma situação de comunicação moderna, em que uma jovem está escrevendo uma carta para seu amado, uma situação pessoal e bastante informal. 2. Grife as intertextualidades presentes no texto indicado pelo professor para a realização deste exercício e circule todas as marcas linguísticas que indicam a citação de alguém dentro do texto. b) Nessa conversa, você observou a presença de intertextualidade? Quando ela ocorreu? Acreditamos que tenha ocorrido, pois nas conversas é muito comum as pessoas referirem-se a outras. É preciso observar como eles marcaram a intertextualidade, pois ela pode estar mais ou menos explícita. É preciso, previamente, selecionar um texto em que haja in- c) Quais foram as fontes citadas? tertextualidades reconhecíveis para o aluno, para que a ativi- Os alunos devem registrar todas as fontes citadas (fatos, dade possa fazer sentido. pessoas, ideias etc.). 3. Observe uma conversa entre pessoas de sua família por dez minutos: d) Foram usadas marcas para introduzir as referências intertextuais? Quais? Provavelmente, a citação dos nomes das pessoas ou ou- a) Qual(is) foi(foram) principal(is)? o(s) assunto(s) tras fontes e verbos dicendi. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 TUDO DEPENDE DA MANEIRA COMO PEDIMOS Um texto que ressaltará seu caráter prescritivo ou injuntivo, dependendo de como é utilizado, será estudado a partir de sua inserção em uma situação comunicativa. O objetivo é desenvolver a competência crítica, pois a análi- se procurará mostrar que um texto pode estar muito bem organizado do ponto de vista tipológico, mas inadequado ao contexto, não conseguindo, talvez, atingir seu objetivo de forma plenamente satisfatória para os interlocutores. Conteúdos e temas: leitura dramática; reescrita de diálogo a partir de situação de comunicação; Modo Indicativo (verbos regulares); “tu”, “vós” e variedades linguísticas; frase, oração e período. Competências e habilidades: ler dramaticamente; produzir texto prescritivo; analisar norma-padrão em funcionamento no texto; analisar texto dentro de situação comunicativa. Sugestão de estratégias: vivência de situações comunicativas próximas da realidade; percepção da entonação como elemento constituinte do sentido. Sugestão de recursos: livro didático; Caderno do Professor. Sugestão de avaliação: leitura dramática; reescrita de diálogo; produção de texto prescritivo; análise de aspecto específico da norma-padrão dentro de um texto. 32 Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 Roteiro para aplicação da Situação de Aprendizagem 3 O texto e as atividades a seguir servirão de base para a discussão da influência da situa- ção comunicativa para a opção pelo tom prescritivo ou injuntivo do texto. (Um chefe precisa pedir à sua secretária para acelerar a finalização de um relatório. Ela está em sua mesa e ele vai cobrar o andamento dos trabalhos. Ele pensa que ela deve cumprir as ordens, pois essa é sua função. Ela considera-se ótima funcionária e gostaria de ver seu trabalho mais valorizado, dada sua dedicação.) Chefe – Carla, como estão os relatórios? Já estão praticamente prontos, né? Secretária – Estou fazendo o melhor que posso... Veja, aqui estão as planilhas e a primeira versão... Chefe – Como assim, primeira versão? Faça a versão definitiva, não há tempo para isso. Depois envie para eu apenas analisar, não posso esperar por segundas versões... Secretária – Disse primeira versão porque, justamente, o senhor dá a última palavra. Eu apenas faço o meu trabalho e procuro cumprir os prazos... Chefe – “Procurar cumprir” é pouco, Carla. Você tem de cumprir, mesmo que precise ficar até mais tarde. Esse é um contrato importante, todo mundo vai dar o sangue por isso. A diretoria está me cobrando, cobrando todo mundo. Faça o impossível e o mais rápido possível. Secretária – Vou fazer. Pode esperar que lhe envio, no máximo, até o começo da tarde. Não vou almoçar e consigo terminar lá pelas duas horas. Chefe – Faça até a uma. Depois preciso visitar outro cliente. Secretária – Sim. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. 1. Quem são as pessoas que participam da situação? 3. O que o chefe quer? A entrega de um relatório, com urgência. O chefe e a secretária. O chefe está pressionando a secretária para que entregue 4. Há problema no modo como o chefe fala com a secretária, de acordo com a situação inicial. Circule os trechos em que isso acontece. um trabalho, e ela está tentando mostrar que faz o melhor De acordo com a situação inicial apresentada no texto, sa- que pode. bemos que, por ele pressioná-la demais e ser irônico, ela 2. Explique o que está acontecendo na situação. 33 não se sente reconhecida, apesar do esforço. Todas as falas a seguir indicam que ela não se sente valorizada: “Estou fa- saio, esse grupo discuta os critérios comuns de avaliação das apresentações. [FOEPPNFMIPSRVFQPTTPwi%JTTFQSJNFJSBWFSTÍPQPSRVF KVTUBNFOUFPTFOIPSEÈBÞMUJNBQBMBWSBwi&VBQFOBTGBÎPP NFV USBCBMIP F QSPDVSP DVNQSJS PT QSB[PTw i1PEF FTQFSBS As atividades a seguir procuram organizar esse trabalho. RVFMIFFOWJPOPNÈYJNPBUÏPDPNFÎPEBUBSEFwi/ÍPWPV almoçar e consigo terminar lá pelas duas horas”. 5. O texto pode ser compreendido como injuntivo ou prescritivo? Explique sua resposta a partir da situação proposta no texto e da situação em que está inserido. Pode ser compreendido como prescritivo, pois o chefe diz como as coisas devem ser feitas e a secretária reage com base no que ele diz. Sua forma de falar é muito impositiva. A ideia é verificar se os usos prescritivos do texto têm chances de atingir seus objetivos e por quê. É preciso que os alunos tenham clareza de que o “chefe” pede o que quer, mas utilizando um tom impositivo demais, não levando em conta todo o esforço da colaboradora. Em um exercício de releitura, peça que reescrevam o diálogo da situação, de forma a se tornar um texto com tom mais injuntivo e com maiores chances de atingir êxito, tanto do ponto de vista do chefe como da colaboradora. Isso significa que ele pede o que deseja, mas estimula o esforço da funcionária. Façam leituras dramáticas ou apenas socializadas dos resultados. Oralidade No desenvolvimento da competência de comunicação oral, propomos a dramatização da situação do chefe com sua secretária. Cada grupo então deve apresentar sua maneira de dramatizar a situação. Um grupo pode ficar à parte, para julgar, observa cada apresentação e escolhe a melhor. É importante que, enquanto os outros grupos fazem o en- 34 1. Você e um grupo de colegas vão dramatizar o texto da seção “Leitura e análise de texto”. Não é preciso decorar as falas, apenas entender a sequência de ideias que o texto propõe: a) A partir da dramatização, vamos retomar o caráter injuntivo ou prescritivo do texto. A maneira como falamos interfere na recepção da pessoa com quem falamos? b) Qual das dramatizações apresentou mais êxito do ponto de vista da adesão da secretária? c) Em qual delas a maneira de falar do chefe dificultou a adesão da secretária? Neste exercício, propõe-se aos alunos que dramatizem o texto da seção “Leitura e análise de texto”. O objetivo é interpretar o texto em outros tons, ao mesmo tempo que as questões propostas procuram orientar a reflexão sobre o que foi feito. 2. Dramatize novamente o texto, reformulando o diálogo. Torne-o mais eficiente, tendo em vista que o chefe quer a adesão da secretária e, portanto, a partir das expectativas dela, precisa valorizar seu trabalho. Produção escrita No desenvolvimento da competência escrita, sugerimos uma situação em que o caráter prescritivo do texto deve prevalecer. Um médico está diante de seu paciente no consultório. Foram feitos vários exames e será preciso um tratamento longo, cheio Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 de limitações e medicamentos. O paciente é um homem de meia-idade, que ainda não digeriu muito bem sua situação. A fala do médico procurará prescrever o que deve ser feito e convencer o enfermo a seguir as orientações. Depois, apresente os tempos verbais do Indicativo, dividindo-os, inicialmente, em três grandes blocos: presente, passado e futuro. O objetivo, nesse momento, é que os alunos percebam a riqueza dos tempos próprios desse modo verbal. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. De modo também diagnóstico, você pode colocar cada um dos tempos na lousa, apenas citando o nome. Em seguida, escolha um verbo regular e escreva a primeira pessoa de cada tempo (“eu amo”, “eu amei”, “eu amava” etc.). Solicite que a turma complete as outras pessoas oralmente, deixando de lado, propositadamente, as pessoas “tu” e “vós”. A ideia aqui é destacar a regularidade e fazer os alunos perceberem que já sabem conjugar a maior parte desses tempos, desde que o verbo seja regular. A intenção é que os alunos produzam um diálogo com caráter prescritivo, uma vez que o médico deverá indicar ao paciente como ele deve se comportar no tratamento, quanto à medicação, à alimentação e outros hábitos (exercícios físicos, vícios etc.). Destaque, na intervenção, todas as marcas linguísticas de coerção que surgirem. Observe também se esses usos estão adequados à situação (o médico, de acordo com o contexto, precisa ter firmeza, mas também um pouco de paciência, pois o tratamento é longo e difícil, e o paciente não digeriu bem a situação). O aluno deve redigir um diálogo prescritivo, levando em conta o contexto da comunicação, conforme indicado no enunciado. O grande desafio dessa escrita é produzir um diálogo em que o ouvinte entenda que não tem escolha, mas sinta-se acolhido. É preciso dar orientações firmes sem ser ríspido. Faça isso com vários verbos regulares. Em seguida, apresente as pessoas “tu” e “vós”, lembrando o uso regional do “tu” (usado em lugar de “você” em algumas partes do Brasil) e o uso histórico do “vós”. 1. Vamos recapitular os tempos do Modo Indicativo apresentados em outras séries/ anos. Com alguns colegas e, sem consultar nenhum material, relacionem quais tempos formam o Modo Indicativo, e também o uso de cada um. Conjuguem ainda um verbo em cada tempo, como exemplo. O objetivo é levar o aluno a trabalhar em grupo e verificar sua aprendizagem sobre o Modo Indicativo. Você deve usar Estudo da língua a atividade para ver qual o nível da aprendizagem e, a partir disso, fazer as intervenções necessárias. Modo Indicativo Passando para aspectos gramaticais, você pode apresentar o Modo Indicativo, bem como parte dos tempos que lhe são próprios. Inicie pedindo uma pesquisa na gramática, procurando a definição de “Modo Indicativo”. Peça aos alunos que leiam suas anotações e digam o que entenderam. 2. O professor apresentará alguns verbos conjugados em diferentes tempos do Modo Indicativo. Mas não dirá qual é, pois caberá a você encaixar cada um nos tempos que você propôs no exercício anterior. Anote cada verbo no caderno e o tempo em que ele está conjugado. Esta é uma atividade de fixação do Modo Indicativo. 35 Estudo da língua Frase e oração Aproveitando a sistematização de modos e tempos verbais, você pode introduzir o conceito de frase e oração. Dizemos isso, pois nos parece que os dois últimos conceitos são os mais fundamentais para a introdução da sintaxe, e o verbo, como centro do predicado, pode ser um bom início para esses estudos. Você pode começar apresentando um pequeno texto sem verbos. Peça aos alunos que o preencham, mas, antes, discutam a falta que os verbos fazem para a compreensão mais global das sentenças. É possível, inclusive, fazer comparações a partir de algumas orações. Retire, por exemplo, um termo de cada uma delas e compare o novo sentido à versão sem verbos. Talvez esse seja um momento oportuno para apresentar os conceitos de frase e oração. Você pode apresentar algum texto sem verbos do livro didático (normalmente eles estão no capítulo sobre os estudos de frase e oração) e observar que é possível, sim, criar textos compreensíveis mesmo sem a presença verbal. Já é pertinente, então, apresentar o conceito de frase a partir dos exemplos do livro. Por outro lado, como o exercício com as orações demonstrou, se uma sentença organiza-se em torno de um verbo, ele torna-se ali um centro importante de organização do texto. Para reforçar, projete em transparência a primeira página de um jornal ou revista e peça aos alunos que circulem todos os verbos presentes. Nesses casos, é provável que a maior parte das sentenças contenha ao menos um verbo. Mais do que isso: de todas as palavras presentes nessas sentenças, o verbo parece ser a mais importante, pois sua ausência dificultaria muito a compreensão de tais enunciados. Faça a pesquisa de acordo com as orientações a seguir e registre os resultados no caderno. 1. Pesquise, no livro didático ou em outra fonte indicada pelo professor, os pronomes tu e vós. Relacione todas as informações que considerar relevantes: a) De acordo com as informações que pesquisou, em que contextos são usados os pronomes tu e vós? Usar como forma de avaliação formativa, para verificar o que compreenderam. Nesse sentido, não espere por respostas totalmente corretas, mas deixe que o aluno registre o que compreendeu. De qualquer forma, você tem acesso à fonte citada, portanto, terá base para observar como foi compreendida a explicação pelos alunos e fazer as intervenções necessárias. 2. Pesquise também os conceitos de frase e oração em duas fontes diferentes, indicadas pelo professor: a) Quais são as fontes pesquisadas? O objetivo é fazer que os alunos criem o hábito de anotar as fontes de onde retiram informações, habilidade fundamental na sociedade letrada. 36 Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 b) Quais as semelhanças entre as duas, para cada termo? O aluno deve destacar pontos em comum. c) Quais as diferenças? O aluno deve destacar as diferenças. d) De acordo com as explicações dadas, é possível escrever ou falar um texto só com frases nominais? Exemplifique. Acreditamos que a resposta será positiva. Observe se a explicação e o exemplo são adequados. e) Em nossa fala e escrita, é mais comum usarmos frases ou orações? Por que você acha que isso ocorre? Usamos mais orações, pois estamos o tempo todo procurando esclarecer nossa comunicação, e o verbo, em nossa língua, é o núcleo da informação. 3. O professor indicará alguns textos do livro didático para localização de frases e orações. Transcreva-as para o caderno e responda a que tipo pertencem. Finalizando a Situação de Aprendizagem 3, propomos atividades que retomam os principais temas estudados. 1. Leia o Texto A e faça as atividades: Texto A a) Circule os verbos do texto. Achoétêmlevantovouescovotomovoltoalmoçoestudodivirtobatoédáfalarcurtirconheçoé. b) Em que modo estão, predominantemente, os verbos do texto? Indicativo, Subjuntivo ou Imperativo? Explique sua opinião. No Modo Indicativo, pois a garota expressa o que está pen- (Uma garota ao dar entrevista a um programa de TV voltado para o público jovem.) Apresentadora – Andreia, como é o seu dia a dia? Garota – Bom, acho que igual ao das meninas da minha idade, né? (risos) Pelo menos, as que têm mais ou menos a mesma grana que eu, que a minha família... Eu levanto, vou pra escola – escovo os dentes e tomo café, claro... (risos). Aí eu volto pra casa, almoço, estudo e depois me divirto um pouco com a TV, a internet, bato papo pelo computador... É gostoso... Dá pra falar com todo mundo, curtir. O pessoal que eu conheço é assim. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. sando da situação. c) Os verbos que você circulou estão predominantemente no presente, no passado ou no futuro? Estão no presente. d) Por que foi usado esse tempo no texto? Porque indica ações que se repetem rotineiramente. e) Você considera que esse texto apresenta tom injuntivo? Por quê? Sim, visto que a garota faz uma lista das atividades de seu cotidiano e insinua que são agradáveis e comuns aos jovens inseridos no contexto de seu grupo. Verificar a pertinência de outras análises. 37 2. Leia o Texto B e faça as atividades: No Modo Indicativo, porque a garota afirma suas opiniões sobre como as pessoas devem agir. Texto B (Uma garota ao dar entrevista a um programa de TV voltado para o público jovem.) Apresentadora – Andreia, o que você acha que as meninas de sua idade precisam? c) Os verbos que você circulou estão predominantemente no presente, no passado ou no futuro? No presente. d) Você considera que esse texto apresenta tom prescritivo? Por quê? Sim, pois a argumentação da menina é enfática em apontar o Garota – Difícil responder... (risos). Acho que as meninas precisam de atenção dos pais, mas sem exagero, né? É dever dos pais serem companheiros, preocupados, mas sem neuras... (risos). Precisam também de estudo, porque sem estudo não dá, e têm também direito à diversão, de tempo pra sair, ir pras baladas, enfim, direitos e deveres, entendeu? que os pais devem proporcionar e quais são os direitos dos filhos. e) Pela análise feita nas atividades anteriores, podemos afirmar que o presente do Modo Indicativo: ( ) é um tempo verbal que não indica o que fazemos, pensamos ou sentimos de modo habitual. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. a) Circule os verbos do texto. "DIBQSFDJTBNSFTQPOEFSBDIPQSFDJTBNÏTFSFNQSFDJTBN ( X ) é um tempo verbal que, inserido em um texto organizado pela tipologia “descrever ações”, pode ser usado para expressar o que deve ou não ser feito. EÈUÐNTBJSJSFOUFOEFV b) Em que modo estão, predominantemente, os verbos do texto? Indicativo, Subjuntivo ou Imperativo? Explique sua opinião. 3. No caderno, faça os exercícios sobre modos e tempos verbais do livro didático ou de outra fonte indicados pelo professor. Não se esqueça de anotar a página. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 PRODUÇÃO DE ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS Serão estudados traços do gênero “anúncio publicitário”, por meio de diferentes habilidades. Espera-se que, ao final do processo, o aluno seja capaz de produzir um anúncio com as características apresentadas. Conteúdos e temas: características do gênero “anúncio publicitário”; intertextualidade implícita; produção de anúncio publicitário; irregularidades do Indicativo; discurso citado: discursos direto, indireto e indireto livre. Competências e habilidades: inferir características de anúncios publicitários, a partir do conhecimento 38 Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 prévio; analisar produção cinematográfica adequada à faixa etária com alto teor intertextual; produzir nova versão de anúncio publicitário, após sistematização de suas características. Sugestão de estratégias: sondagem inicial do repertório prévio dos alunos; comparação entre anúncios publicitários produzidos por eles e os que aparecem no mundo ao redor, no que diz respeito à boa organização das características do gênero; produção textual motivada por análise de texto. Sugestão de recursos: livro didático; audiovisual; Caderno do Professor; gramática normativa. Sugestão de avaliação: produção de anúncio publicitário em primeira e segunda versões; jogo com uso de verbos irregulares. Roteiro para aplicação da Situação de Aprendizagem 4 Para iniciar o contato com o gênero “anúncio publicitário”, você pode solicitar aos alunos que, em grupos, produzam um anúncio, dirigido ao público de sua faixa etária, de um novo modelo de tênis. Peça que façam o trabalho usando cores, desenhos e palavras. novo modelo de tênis, lançado para a faixa etária de 12/13 anos. No anúncio, devem aparecer palavras, cores e desenhos que despertem no jovem dessa faixa etária o desejo de adquirir o modelo novo. O professor vai orientá-los quanto ao tamanho e tipo de papel a ser utilizado. Produção escrita 1. Em grupo, você deve produzir um anúncio publicitário para a divulgação de um Elementos para análise Público-alvo 2. Depois que o grupo tiver terminado de criar o anúncio, vai analisar sua produção, preenchendo a ficha a seguir. Quantidade de informação Há imagens mais informativas? Quais? Com que objetivo estão ali? Uso de imagens As imagens são atraentes ao público escolhido? Por quê? Escolha das cores e dos tipos de letra A escolha de cores e do tipo de letra relaciona-se com o público-alvo? Em que sentido? Escolha de palavras As palavras escolhiHá palavras mais das são adequadas ao informativas? Quais? público-alvo? Por quê? Algumas cores, tamanhos e tipos de letra foram escolhidos para facilitar o processo de compreensão da informação? Quais? Capacidade de sugestão Algumas imagens foram escolhidas para sugerir algo? Quais? O que sugerem? Algumas cores, tamanhos e tipos de letra foram escolhidos para sugerir sensações, ideias, sentimentos? Quais? Com que objetivo estão ali? Algumas palavras foram escolhidas para sugerir algo? Quais? O que sugerem? 39 Os quadros apresentados devem ser vistos como um esquema de orientação para a produção dos grupos. A partir deles, oriente a realização da atividade, de acordo com os objetivos propostos. 3. Feita a análise da atividade anterior, reformule, com seu grupo, o anúncio publicitário criado, alterando alguns aspectos apontados no quadro. Depois, você pode escolher alguns anúncios publicitários do livro didático e fazer análises semelhantes. Pode-se então fazer um comentário preliminar, indicando que os textos desse gênero têm, entre outras características: Elementos para análise Público-alvo As imagens são atraentes ao público escolhido? Por quê? Uso de imagens Acredita-se que sim, pois esse é o objetivo. O aluno deve procurar explicar, mas comentando as imagens com base no objetivo do texto. Os mesmos critérios devem ser usados para os demais elementos de análise. Vale propor que, depois de todas as análises feitas, eles refaçam os anúncios, procurando pensar nas questões sistematizadas no quadro. Com os trabalhos prontos, faça nova análise (como a que foi feita com a primeira proposta de anúncio), para ver se houve maior compreensão dos traços característicos do gênero. Nesse momento, você já pode fazer uma primeira sistematização das características dos textos publicitários, destacando: 40 f direcionamento a um público-alvo; f seleção de elementos (cores, palavras, diagramação, imagens etc.) voltados a esse público; f seleção de elementos orientada para despertar os sentidos ou desejos do público; portanto, há mais sugestão do que informação. 1. O professor dividirá a sala em grupos e escolherá anúncios publicitários para análise. Observe o texto selecionado e analise-o, com seus colegas, a partir dos três elementos indicados no quadro a seguir. Quantidade de informação Capacidade de sugestão Há imagens mais informativas? Quais? Com que objetivo estão ali? Algumas imagens foram escolhidas para sugerir algo? Quais? O que sugerem? Pode haver um maior ou menor grau de informação em um anúncio. Observar como a imagem está no anúncio analisado e qual deve ser o objetivo implícito nessa opção. Pode haver um maior grau de sugestão em um anúncio. Observar como a imagem está no anúncio analisado e qual deve ser o objetivo implícito nessa opção. f uso de elementos verbais e não verbais; f uso de elementos voltados para determinado público-alvo; f predomínio da sugestão sobre a informação. 2. Com base nas explicações dadas pelo professor sobre os traços característicos de anúncios publicitários, escreva o que entendeu. Observar como os alunos explicam os traços indicados: tEJSFDJPOBNFOUPBVNQÞCMJDPBMWP tTFMFÎÍPEFFMFNFOUPTDPSFTQBMBWSBTEJBHSBNBÎÍPJNBHFOTFUD WPMUBEPTQBSBFTTFQÞCMJDP tBTFMFÎÍPEFFMFNFOUPTÏPSJFOUBEBQBSBEFTQFSUBSPTTFOUJEPTPVEFTFKPTEPQÞCMJDPBMWPQPSUBOUPIÈNBJTTVHFTUÍP do que informação. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 Na sequência, vamos relacionar anúncios publicitários com textos injuntivos. Para tanto, abordaremos dois tipos de anúncios bastante diferentes: um em que predominem elementos não verbais e outro com intensa presença de palavras. c) A seleção de elementos que visam persuadir o leitor (cores, palavras, diagramação, imagens etc.) é adequada a esse público? Explique. Não se espera que o aluno comente todos os elementos, mas que seja capaz de mostrar um deles em funcionamento no anúncio. Se você considerar oportuno, pode dividir a classe Como referência de anúncios com predomínio de elementos não verbais, há aqueles que se relacionam à moda: anúncios de perfumes, de marcas de roupas caras ou outros acessórios dessa natureza. em grupos e indicar um item para cada um. d) Há equilíbrio entre os elementos de persuasão e os de informação (preços, características do produto)? Explique. Seguir o mesmo procedimento do item anterior ou alternar Já como base para os estudos de anúncios com intensa presença de elementos verbais, vamos tomar os anúncios de concessionárias, de vendas de imóveis, de grandes lojas de varejo etc. No caso dos anúncios com predominância do não verbal, o caráter injuntivo é mais leve. Em geral, as imagens e cores insinuam situações, provocam sensações, mas não afirmam nada de concreto para além do nome do produto e sua marca. Já os anúncios mais verbais, mesmo que venham associados a imagens e sons, em geral estão carregados de um apelo explícito na combinação das palavras que induz o espectador a consumir o produto. Em geral, há o uso de frases imperativas, convidando o leitor da mensagem, literalmente, a fazer a compra. 3. Selecione, em casa, dois anúncios publicitários (I, com poucas palavras, e II, com muitas palavras) e leve-os para a classe. Responda às questões a seguir: a) Qual parece ser o objetivo central do anúncio? (se foi feito individualmente no item “c”, pode agora ser feito em grupo). e) Tomando por base os textos dos anúncios e levando em conta suas respostas anteriores, o caráter injuntivo é marcante? Explique. Em I, provavelmente a sugestão predomina, o que pode indicar injunção, no máximo. Já em II, é preciso ver a especificação do caráter coercivo. O professor pode discutir as possíveis causas dessas opções com os alunos (pensar, por exemplo, nos diferentes públicos). f) Segundo sua análise, qual é a principal diferença entre os dois tipos de anúncio? Justifique sua opinião. Há muitas possibilidades de análise (tipo de produto, de público, de letra etc.). É preciso analisar, portanto, a pertinência dos comentários feitos, de acordo com cada anúncio. Feitas as análises, você pode pedir que eles tragam de casa anúncios dos dois estilos, ou propor a análise de algum exemplo de anúncio que esteja no livro didático. É possível, inclusive, estabelecer uma discussão sobre o público-alvo dos dois tipos de anúncio e sobre a capacidade persuasiva de um e outro. O aluno deve destacar o produto ou serviço veiculado em cada anúncio. Oralidade b) Esse anúncio é voltado para qual público? Justifique com elementos do texto. 1. Levando em conta as características de anúncios publicitários sistematizadas na Atividade 1 da seção “Leitura e análise de texto” desta Situação de Aprendizagem, analise Nesta questão, o aluno vai indicar, com base em elementos retirados do anúncio, qual o público-alvo de cada um. 41 os anúncios publicitários do livro didático que o professor indicar, comentando como essas características aparecem em cada um. Para a análise, apoie-se nos pontos indicados no próprio enunciado da atividade: f a questão da imagem parada (impressa), do movimento (televisão) e da ausência de imagem (rádio); f o trabalho sonoro do rádio em contraste com o trabalho sonoro da televisão (escolha de trilhas sonoras, maneiras de falar do locutor ou de personagens). Fazer uma comparação com o trabalho tipográfico do impresso; f o uso da linguagem verbal nas três situações: semelhanças e diferenças. Dando continuidade aos estudos do gênero, destaque que os anúncios publicitários são dirigidos a um público-alvo preferencial, o que não significa que outros públicos não possam ser atingidos por esses textos. Muitas vezes, aliás, uma imagem negativa, que gera polêmica, pode ser o bastante para que alguém que não compartilha daquela forma de ver o mundo “fixe” a mensagem e, portanto, o produto e a marca que o vende. 2. Leia o texto e responda às questões: Uma agência publicitária tem como objetivo fazer uma campanha para o público feminino, na faixa dos 15 anos, com poder aquisitivo médio. O produto é um novo cosmético indicado para o tratamento da acne. A primeira proposta de texto verbal para o produto foi a seguinte: “Arrase as concorrentes!”. O texto viria ao lado da imagem de uma garota de aproximadamente 15 anos, vestida com roupas de marcas caras, fotografada na entrada de um colégio aparentemente bastante caro e tradicional, com outras meninas em volta olhando, admiradas com a beleza da pele dela. O cliente, em um primeiro momento, havia pedido uma campanha que mostrasse a menina de acordo com a atualidade, mas, ao mesmo tempo, usando o produto, que a ajudaria a passar por essa fase difícil da adolescência, especialmente no que diz respeito à aparência. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. a) A proposta apresentada pela agência está adequada ou não ao que foi pedido pelo cliente? ser vista como uma mudança em sua atitude, o que vai além Com base na situação exposta, discuta com os alunos se a proposta apresentada pela agência está adequada ou não ao c) Que elementos do texto permitem dizer que a proposta foi incoerente? que foi pedido pelo cliente. Acreditamos que haverá respos- Ela está passando por uma fase difícil, então essa mudança tas afirmativas e negativas. A questão não é chegar a um ve- repentina de postura pode ser vista como incoerente, pois, redito final, mas, sim, encontrar no texto elementos capazes como uma menina insegura com a pele, de repente, já se de sustentar a opinião. sente segura diante dos garotos? b) Que elementos do texto permitem dizer que a proposta foi coerente? Se pensarmos em uma análise de que a garota do contexto quer uma reviravolta em sua postura, é possível enxergar coerência, pois a expressão “arrase as concorrentes!” pode 42 do problema com acne. Solicite que façam uma análise escrita da situação, organizados em grupos. Cada grupo deverá chegar a um consenso e decidir se considera a proposta feita coerente ou não com o pedido, e por quê. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 3. O professor vai apresentar anúncios publicitários feitos em mídias diferentes. Você, com seus colegas, deverá compará-los com base nos seguintes tópicos: 1. O professor dividirá a classe em grupos. Cada um fará uma revisão, para apresentar para a sala, de um tempo do Modo Indicativo. Você deverá, com seus colegas, ler no material indicado a explicação sobre o tempo solicitado. Deverá ainda selecionar exemplos para explicar à classe. f a diferença de efeito que provocam a imagem parada (impresso), o movimento (na televisão) e a ausência de imagem (no rádio); f o trabalho sonoro do rádio em contraste com o da televisão (escolha de trilhas sonoras, maneiras de falar do locutor ou da personagem). Faça um paralelo com o trabalho tipográfico (tamanho e tipo de letra) do impresso, observando quais são as diferenças de efeito que provocam; f o que há em comum ou de diferente no uso da linguagem verbal nas três situações (rádio, televisão, impresso). 2. Seu grupo selecionará um pequeno fragmento de texto do livro didático em que apareçam verbos no tempo e modo pedidos. A última parte da apresentação será analisar o tempo em funcionamento dentro do texto. Por exemplo: No trecho “Ele pegou o jarro e saiu correndo”, temos o uso do Pretérito Perfeito do Indicativo, pois a personagem fez duas ações pontuais no passado. O objetivo da atividade é comparar anúncios em diferentes Professor, já foi dado o modelo de análise para os alunos. mídias, observando como as características de cada suporte Oriente-os a selecionar pequenos trechos. (imprensa, rádio, televisão) interferem no modo como o gênero se organiza. Você pode usar como referência para suas análises os itens que foram indicados entre parênteses nas próprias questões. Estudo da língua Observe como os alunos se apropriaram ou não dos conteúdos e faça as intervenções necessárias. 3. Faça, no caderno, com o professor, a conjugação de três verbos, um terminado em ar (primeira conjugação), outro em er (segunda conjugação) e outro em ir (terceira conjugação), em todos os tempos do Modo Indicativo. Sugerimos a seleção de textos indicados pelos próprios alu- Verbos regulares e irregulares Focaremos algumas irregularidades ligadas ao Modo Indicativo. Antes de iniciar, você pode fazer uma recapitulação desse modo, apresentando as três conjugações. Conjugue com a turma três verbos regulares, oralmente, um de cada conjugação. Faça-os notar a diferença e solicite que digam todos os verbos que se lembrarem apenas pelo Infinitivo. Faça um quadro com as três conjugações e vá colocando cada verbo dito em uma coluna. A ideia é que eles percebam que a maioria dos verbos está na primeira conjugação, e que esta é a mais regular. nos. 4. No caderno, conjugue os verbos estar, ser, pôr e vir nos tempos do Modo Indicativo. Professor, ressalte o caráter irregular dessas conjugações. 5. Após os comentários do professor sobre as conjugações que você fez, aponte em que momentos você teve problemas para fazer a conjugação de acordo com o que prevê a norma-padrão da língua portuguesa. Professor, veja esse momento como “pistas” sobre as dificuldades dos estudantes e um ótimo exercício de metacognição. 6. O professor vai estudar em classe as conjugações de alguns verbos no Modo Indicati- 43 vo (e solicitar que você estude também em casa, no livro didático ou outro material de consulta). Os verbos em destaque são: recear, fugir, fazer, poder, haver, ver, querer, dizer, trazer e ir. jogo, conjugue cada um deles. Se preferir, peça que tragam gramáticas e, divididos em grupos, encontrem as conjugações de dois ou três verbos por grupo. Depois, socialize as descobertas. Foram selecionados, propositadamente, verbos irregulares dades dos estudantes e um ótimo exercício de metacognição. O game implica pedir a eles que estudem em casa essas conjugações. Em sala, organizados em grupos, terão de conjugar esses verbos no tempo do Indicativo solicitado. Cada grupo solicita uma conjugação a outro grupo, no tempo do Indicativo que quiser. Se houver erro, quem perguntou deve saber a resposta; caso contrário, ninguém ganha o ponto. Esse quadro também pode auxiliá-los a visualizar que os verbos das demais conjugações são menos numerosos, mas, muitas vezes, bastante usuais. Com relação aos verbos defectivos, sugerimos que você solicite aos alunos uma pesquisa na gramática a partir das questões apresentadas a seguir. Em seguida, você pode conjugar com eles três verbos irregulares, um de cada conjugação: incendiar, perder e pedir, por exemplo. Faça que os alunos percebam as irregularidades, analisando se elas são ortográficas, se implicam mudança da base (radical) etc. É uma boa ideia sugerir a eles que conjuguem os verbos como se fossem regulares, para que possam entender bem as diferenças. 1. O que é um verbo defectivo? ou de difícil prefixo de uso corrente. 7. Também para esses verbos, circule os momentos em que você teve problemas para conjugar de acordo com o que prevê a norma-padrão da língua portuguesa. Professor, veja esse momento como “pistas” sobre as dificul- 8. Após o estudo em casa, o professor vai propor um jogo. Um aluno de cada grupo, mediante sorteio, deverá apresentar a conjugação de um dos verbos estudados no tempo do Indicativo solicitado. Ganhará aquele que, ao final do jogo, tiver acertado maior quantidade de conjugações. Na sequência, proponha um game (oral e escrito, pressupondo que eles tenham estudado em casa, por meio de exercícios do livro didático ou por outras formas) com os verbos já conjugados: recear, fugir, ser, estar, fazer, poder, haver, pôr, ver, vir, querer, dizer, ter, trazer, ir ou outros que vão considerar oportunos. Antes de começar o 44 2. Qual a justificativa da gramática normativa (ou do livro didático) ao classificar alguns verbos dessa forma? 1 e 2. Professor essa é uma proposta de pesquisa orientada. Discuta com os alunos as explicações selecionadas. 3. Qual seria o melhor caminho/forma para saber quais são esses verbos? Decorá-los? Consultar uma gramática/um dicionário? Usar sinônimos? Todas as anteriores? Essa é uma proposta de metacognição, que pode indicar aos estudantes formas mais eficientes de estudo . Essas três questões foram propostas como atividades. Procure o momento mais oportuno para abordá-las. Com relação aos verbos abundantes, selecione aqueles que são de uso muito frequente. Explique a regra de uso e depois faça exercícios de sistematização do livro didático. Outra possibilidade é sugerir que os alunos procurem ocorrências de verbos abundantes em textos deles mesmos e de outros, verificando se o uso está adequado ou não à norma-padrão da língua. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 Consideramos que todos esses estudos verbais venham acompanhados de uma discussão sobre variedades linguísticas. É importante que o estudante compreenda que esses usos dizem respeito à norma-padrão da língua, um conjunto de normas convencionadas pela sociedade. Você pode, inclusive, discutir com seus alunos o caráter prescritivo desse tipo de obra denominada “gramática normativa”. E fazê-los perceber que os falantes, muitas vezes, não usam a norma-padrão da língua, mas conseguem se comunicar com muita eficiência. Ou seja: é preciso entender que todos os usos seguem lógicas, não são desvios da norma-padrão. A questão é que a norma oficial é a mais aceita e valorizada socialmente, daí precisarmos dominá-la. Esses estudos linguísticos foram feitos de forma isolada do estudo do gênero “anúncio publicitário” por duas razões: 1. Consideramos que esses estudos independem de qualquer produção textual (oral ou escrita) específica, mas formam um conjunto de problemas frequentes no uso da norma-padrão da língua. 2. Eles foram colocados na Situação de Aprendizagem 4 como sequência da Situação de Aprendizagem 3, em que foi mencionado o Modo Indicativo. Estudo da língua Discursos direto, indireto e indireto livre Avançando nos estudos de intertextualidade, vamos estudar novamente o discurso citado. Mas agora vamos aprofundar conceitos de discurso direto, indireto e indireto livre. Para iniciar, retome os mecanismos de discurso citado vistos na Situação de Aprendizagem 2. Pergunte aos alunos o que lembram sobre o assunto, destacando: a) Que textos, preferencialmente, usam a citação clara de outras fontes? (Espera-se que respondam “textos objetivos”, “informativos”, “que buscam credibilidade”. Se responderem “jornalísticos”, também já é pertinente.) b) Como esse tipo de citação é feita? (Espera-se que respondam que é feita por meio de mecanismos como aspas, verbos dicendi etc.) Ampliando o estudo, diga que o discurso citado pode aparecer em qualquer texto, sendo explicitado por outros mecanismos (como travessão, dois-pontos, marcas gráficas etc.), ou que às vezes não apresenta nenhuma marca explícita de mudança de voz. Para estudar um exemplo de texto em que há outras marcas da introdução de outras vozes, você pode escolher um trecho de narrativa com diálogos (de preferência em que o narrador não seja personagem). Separe com os alunos as vozes do trecho, deixando claro quem diz cada coisa e se há ou não algum indicador linguístico para a mudança de voz (travessões, dois-pontos, letras em itálico ou outro tipo de diferença gráfica). Observem ainda se nesse texto também ocorrem as formas de introdução do discurso do outro já anteriormente vistas. Para sistematizar, você pode, nesse momento, fazer a distinção entre os discursos direto e indireto, explicando que o primeiro introduz a fala literal de uma fonte (real ou ficcional) no texto de um dado autor ou narrador; já o segundo introduz a fala de outro por meio das palavras do autor ou narrador (mesmo que o leitor saiba que aquelas palavras estejam sendo atribuídas a outra pessoa, real ou personagem). 45 Como exercício, oriente-os a transformar discursos diretos em indiretos e vice-versa; mas coloque as transformações feitas dentro de seus contextos originais. Ou seja, se é um trecho de texto ficcional, proponha a reescrita nesse contexto e leia uma ou outra versão, para discutir a diferença. Faça o mesmo com textos não ficcionais e discuta a pertinência maior de uma ou outra opção. Avançando um pouco mais, selecione algum trecho de discurso indireto livre, em que a fusão de vozes é tão intensa que não sabemos mais quem está dizendo aquilo. Nesse caso, discuta com eles qual pode ser a intenção de um autor ao fazer essa escolha. Destaque, independentemente das análises que farão, que esse mecanismo desperta o imaginário do leitor e que é bastante pertinente usá-lo quando o objetivo do texto é esse. Você pode, ainda, selecionar algum exemplo de discurso citado em que não reconhecemos imediatamente a fonte, salvo se tivermos consciência das fontes originais que o susten- tam. Se possível, mostre uma cena clássica de cinema (como a sequência do chuveiro do filme Psicose, de Alfred Hitchcock) e pergunte aos alunos em que outros filmes já viram referências àquela cena. Para finalizar a Situação, propomos algumas atividades com os principais temas estudados. A partir das análises e produções de anúncios publicitários, escreva quais são as características do gênero. Este é um momento de sistematização. As características vistas foram: tEJSFDJPOBNFOUPBVNQÞCMJDPBMWP tTFMFÎÍPEFFMFNFOUPTDPSFTQBMBWSBTEJBHSBNBÎÍPJNBHFOTFUD WPMUBEPTQBSBFTTFQÞCMJDP tTFMFÎÍPEFFMFNFOUPTPSJFOUBEBQBSBEFTQFSUBSPTTFOUJEPT PV EFTFKPT EP QÞCMJDP QPSUBOUP IÈ NBJT TVHFTUÍP EP RVF informação. É interessante verificar se o estudo foi feito, para depois comprovar a necessidade da sistematização da aprendizagem realizada. Isso pode ser feito, por exemplo, repetindo-se o tipo de jogo das conjugações propostas nas Atividades 6 a 8 de “Estudo da língua”. 1. O professor solicitará uma pesquisa no livro didático ou em outro material de consulta a partir do tema verbos defectivos. Tendo como base as páginas indicadas para leitura, responda: a) O que é um verbo defectivo? Observe a definição dada pelo aluno e compare-a com a dos demais. Considere a diversidade como algo positivo. b) Qual a justificativa da gramática normativa (ou do livro didático) ao classificar alguns verbos dessa forma? Observe a definição dada pelo aluno e compare-a com a dos demais. Considere a diversidade como algo positivo. c) Eles são verbos comuns, que você usa no dia a dia? Alguns, sim. Estimule a percepção dos alunos. d) Segundo sua opinião, qual seria o melhor caminho para saber conjugar esses verbos? Decorá-los? Saber onde consultá-los se tiver dúvida de uso? Usar sinônimos? Deixe que construam seus caminhos, mostrando a diversidade de possibilidades, caso eles não consigam formulá-la. 46 Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 2. O professor também solicitará uma pesquisa no livro didático ou em outro material de consulta sobre o tema verbos abundantes. Tomando por base as informações das páginas indicadas para leitura, responda: a) O que é um verbo abundante? Observe a definição dada pelo aluno e compare-a com a dos demais. A diversidade deve ser vista como algo positivo. b) Qual a justificativa da gramática normativa (ou do livro didático) ao classificar alguns verbos dessa forma? Observe a definição dada pelo aluno e compare-a com a dos demais. Considere a diversidade como algo positivo. c) Eles são verbos comuns, que você usa no dia a dia? Alguns, sim. Estimule a percepção dos alunos. d) Segundo sua opinião, qual seria o melhor caminho para saber conjugar esses verbos? Decorá-los? Saber onde consultá-los se tiver dúvida de uso? Usar sinônimos? Deixe que construam seus caminhos, mostrando a diversidade de possibilidades, caso eles não consigam formulá-la. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5 SISTEMATIZAÇÃO Nesta Situação de Aprendizagem será realizada a sistematização dos conteúdos trabalha- dos nas semanas anteriores, para avaliar o nível de aprendizagem apresentado pelos alunos. Conteúdos e temas: sistematização de traços da tipologia “descrever ações”; sistematização de características de anúncios publicitários; produção textual prescritiva ou injuntiva; Modos Indicativo e Imperativo. Competências e habilidades: produzir sistematização por meio de quadro-síntese; reconhecer texto prescritivo junto a texto em outra tipologia (argumentativa); reconhecer usos dos Modos Indicativo e Imperativo; analisar tempos pretéritos do Indicativo em textos. Sugestão de estratégias: compreensão da sistematização como um momento importante da avaliação da aprendizagem; realização consciente de atividades que recapitulam conteúdos. Sugestão de recursos: livro didático; Caderno do Professor. Sugestão de avaliação: organização de quadro-síntese com os traços de textos prescritivos; produção de texto prescritivo ou injuntivo. 47 Roteiro para aplicação da Situação de Aprendizagem 5 Para fazer uma sistematização dos traços da tipologia “descrever ações”, peça aos alunos que, em grupos, consultem seus cadernos e façam um quadro com todas as características dos textos injuntivos. Depois, promova a socialização dos resultados. 48 Apresente, então, um novo texto, em gênero de tipologia injuntiva que ainda não tenha sido trabalhado (“regras de jogos”, por exemplo). Coloque esse texto ao lado de outro, do livro didático, desenvolvido em outra tipologia (dissertativa, por exemplo). Peça que analisem os dois e indiquem qual deles é organizado prescritivamente ou de forma injuntiva e por quê. As atividades a seguir procuram materializar essa proposta. Toquinho O internetês Em uma quadra com uma linha no meio, dividem-se dois times com a mesma quantidade de participantes. Cada time escolhe um coveiro que fica atrás da linha da quadra do time adversário. Cada jogador deve posicionar um “toquinho” (um cilindro de aproximadamente 20 cm) de madeira na sua frente e posicionar-se em um lugar de seu campo. Tiram a sorte para ver quem fica com a bola. O time que começa a partida arremessa a bola e tenta derrubar um toquinho do time oposto. Os jogadores atacantes podem se movimentar em sua quadra; os defensores, por sua vez, podem defender seu toquinho com qualquer parte do corpo. Quando o primeiro toquinho de cada time for derrubado, seu dono troca de lugar com o coveiro. Para os demais toquinhos derrubados, não haverá mais troca de coveiro. Ganha o jogo o time que derrubar todos os toquinhos do time adversário. O internetês vem ocorrendo desde a difusão dos meios digitais de comunicação. Esse termo corresponde ao uso de expressões abreviadas, com grafias diferentes da oficial, gerando palavras novas, ou os ditos emoticons, que geralmente aparecem associados a formas verbais, entre outras inovações. Muitas pessoas na sociedade são contra essa forma de manipulação do idioma: segundo várias opiniões, o uso indiscriminado de palavras abreviadas e de outras inovações presentes no meio digital deforma a língua portuguesa, criando um estilo próprio de comunicação, muito usado pelos jovens, mas inadequado para muitos dos contextos de uso. Já outras pessoas acreditam que o internetês mostra um uso criativo do idioma, em uma associação entre formas usuais e formas novas derivadas, criando efeitos de comunicação mais rápidos, econômicos e eficientes. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 1. Qual dos dois textos pode ser classificado como um exemplo de texto injuntivo ou prescritivo? O texto que se refere ao jogo denominado Toquinho é prescritivo, pois indica as regras que devem ser seguidas ao se jogar “toquinho”. 2. Volte às características dos textos injuntivos e prescritivos, organizadas na Atividade 5 da seção “Leitura e análise de texto” da Situação de Aprendizagem 1. Quais delas estão presentes no texto que você escolheu? Dê exemplos do texto para comprovar sua resposta. Observe como os alunos desenvolvem as características apresentadas: tOFTTFTUJQPTEFUFYUPTIÈSFHVMBÎÍPEFDPNQPSUBNFOUPT tVNUFYUPQSFTDSJUJWPPVJOKVOUJWPJOEJDBPRVFVNBQFTsoa deve fazer quando quer chegar a um dado resultado. Atrás desse discurso parece haver alguém que conhece uma dada realidade e sabe como um sujeito deve se conEV[JSTFRVJTFSBUJOHJSPNFTNPSFTVMUBEP t OP DBTP EPT UFYUPT JOKVOUJWPT B PSJFOUBÎÍP B VN EBEP DPNQPSUBNFOUPÏNBJTJNQMÓDJUBKÈOPTQSFTDSJUJWPTIÈB UFOUBUJWBFYQMÓDJUBEFDPOUSPMFEPDPNQPSUBNFOUP tBQSFTDSJÎÍPPVJOKVOÎÍPFNVNUFYUPOÍPTFEÈBQFOBT DPNFMFNFOUPTWFSCBJTIÈPVUSPTDPNQPOFOUFTOPTUFYtos que incentivam o leitor a ter certo comportamento. Toda essa análise e discussão deve ser construída oralmente. 3. Onde há marcas de injunção ou prescrição no texto escolhido? Circule-as. Dividem-se; escolhe; fica; deve; tiram; começa; tenta; No caso das regras de jogos, é interessante destacar que sua forma de prescrição, muitas vezes, não vem expressa pelo Imperativo Direto. Há uma descrição de situações previstas que, implicitamente, pressupõe-se que devam ser seguidas. Muitas de suas frases, no entanto, estabelecem uma verdade indiscutível: “cada jogador deve...”, “os jogadores atacantes podem...”, “não haverá trocas de coveiros”, “ganha o jogo...”. Professor, para as atividades de produção escrita, leve em conta o seguinte: a) na Atividade 1, será preciso escolher um texto que os alunos transformarão, de modo a torná-lo injuntivo ou prescritivo. Você pode, por exemplo, pegar uma notícia, reportagem ou outro texto informativo e pedir que os alunos escrevam um “manual de leitura” ou um conjunto de “sugestões para leitura”. No primeiro caso, o foco será prescritivo e no segundo, injuntivo. É importante que você discuta com eles o que será escrito, em linhas gerais, em um caso e no outro. Além disso, dê atenção especial às marcas linguísticas da produção de injunções; b) e c) as duas propostas são de produção de textos de opinião, a serem desenvolvidas aqui apenas de forma introdutória. Produção escrita podem; troca; ganha. Verificar a pertinência de outras respostas. 4. Qual parece ser o objetivo central do texto que você classificou como injuntivo ou prescritivo? O objetivo é orientar, de forma prescritiva, como os jogadores do “Toquinho” devem proceder. 5. Qual parece ser o objetivo do outro texto? O objetivo é dar uma opinião sobre o chamado “internetês”. 1. O professor indicará um texto do livro didático para leitura. Após lê-lo, você deve: f tirar suas dúvidas de vocabulário; f discutir outras questões que possam ter dificultado seu entendimento; f escrever, no caderno, um pequeno texto prescritivo ou injuntivo de acordo com as orientações do professor. Lembre-se: se tiver a intenção de orientar o com- 49 portamento de forma explícita, seu texto será prescritivo. Se preferir escrever um texto em que a orientação é mais sutil, será injuntivo; f em seu texto, é fundamental que você retome, de forma explícita, o texto original, realizando um trabalho de intertextualidade com ele. Os bullets 1 e 2 orientam o aluno a apresentar e discutir suas dificuldades de entendimento do texto. Pode-se escolher qualquer texto do livro didático que for atraente para estimular os alunos. Além disso, o objetivo central é citar o texto na produção do estudante, de forma explícita. No bullet 3, solicita-se a escrita de outro texto injuntivo ou prescritivo, com o objetivo de colocar em funcionamento as características tipológicas concomitantemente ao desenvolvimento de habilidades de escrita. Outro objetivo é manter a intertextualidade com um texto que será apresentado aos alunos para a realização da escrita. 2. Escreva, no caderno, um texto com aproximadamente cinco linhas, com base no tema: O que você acha da escolha do Brasil para sediar a Copa de 2014? tudo do Indicativo, você pode pedir duas produções escritas. Uma que comece com a pergunta: O que você acha da escolha do Brasil para sediar a Copa de 2014?, e outra, que parta da seguinte sentença: O que pode ser feito para aumentar o número de crianças na escola?. Peça respostas curtas, de até cinco linhas cada uma. Depois, analise os usos do Indicativo, fazendo correções quanto à norma-padrão que julgar necessárias. Então, analise com eles o caráter informativo do primeiro texto, em comparação com o segundo, mais prescritivo. Destaque ainda que os dois usam o Modo Indicativo, mas com funções diferentes. Para o estudo do Imperativo, proponha uma análise com músicas. Selecione o repertório ou peça aos alunos que tragam músicas gravadas, em que considerem haver usos do Imperativo. A cada música tocada, um grupo faz uma análise, levando em conta o uso padrão e o uso coloquial. A produção é opinativa e o objetivo é realizar um exercício argumentativo. Não foram sistematizadas essas características, mas consideramos que essas habilidades devam ser contempladas em diferentes séries/anos. 3. Escreva, no caderno, um texto com aproximadamente cinco linhas, a partir do tema: O que pode ser feito para aumentar o número de crianças nas escolas? 1. Tendo como base o texto que você produziu na Atividade 2 da seção “Produção escrita”, responda: a) Você classifica sua produção como um exemplo de injunção ou prescrição? Por quê? Não, pois ela é feita de opinião. A proposta é injuntiva e não está ligada a nenhum texto, a princípio, mas pode ser muito enriquecedora a apresentação b) Qual é o objetivo principal desse texto? de textos sobre o tema para leitura. O objetivo é que os alu- O objetivo desse texto é opinar sobre o tema dado. nos façam um texto de orientação sobre o que deve ser feito com base no tema proposto. Estudo da língua c) Quanto à sua escolha verbal, você usou verbos no Modo Indicativo? Circule-os. É preciso observar o texto, mas acreditamos que sim. O objetivo é fazer uma retomada do uso desse modo verbal. Sistematização dos Modos Indicativo e Imperativo Nos aspectos gramaticais, sistematize os Modos Indicativo e Imperativo. Para o es- 50 d) Quais deles expressam ações no presente, no passado ou no futuro? Sublinhe-os. Tendo como pressuposto que haja usos do Modo Indicativo, o objetivo é fazer uma retomada dos tempos desse modo verbal. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 e) No contexto dessa produção, você deve ou não usar a norma-padrão da língua portuguesa? Explique sua opinião. Sim, pois é uma resposta escolar formal. 2. Tendo como base o texto que você produziu na Atividade 3 da seção “Produção escrita”, responda: Observar as respostas, mas acreditamos que sim, pois é uma resposta escolar formal. As atividades de competência de comunicação oral retomarão as características da tipologia “descrever ações” e alguns elementos dos anúncios publicitários. Oralidade a) Você classifica sua produção como um exemplo de injunção ou prescrição? Por quê? Sim, pois diz o que deve ser feito, de forma explícita ou sugerida. b) Há usos de Modo Imperativo em seu texto? Circule-os. Acreditamos que sim, pois a proposta induz, situacionalmente, a esse uso. c) Há outros usos verbais que também exercem a função de orientar o comportamento de alguém? Circule-os. É preciso observar o texto. O objetivo é perceber que não apenas as formas imperativas indicam orientação de comportamento. Os outros modos também podem funcionar DPNFTTFmNUVEPEFQFOEFEBJOUFOÎÍPDPNVOJDBUJWB d) Há usos de outras expressões, não verbais, que exercem a mesma função? Sublinhe-as. Novamente, é preciso observar o texto. O objetivo é destacar 1. Reúnam-se em pequenos grupos. Vocês devem discutir, sem consultar o Caderno do Aluno ou outras anotações, e recapitular todas as características que aprenderam sobre os textos usados para orientar comportamentos. Para tanto, tomem como referência a seguinte pergunta: O que há em comum entre todos os textos prescritivos e injuntivos? 2. Ainda em grupos, vocês devem discutir, sem consultar o Caderno do Aluno ou outras anotações, e recapitular todas as características que aprenderam sobre anúncios publicitários. Para tanto, tomem como referência a seguinte pergunta: O que há em comum entre todos os anúncios publicitários? É solicitado aos alunos que recapitulem e sistematizem o que aprenderam sobre textos injuntivos e prescritivos e o que outros termos podem auxiliar na construção dessa inten- gênero “anúncio publicitário”. Use a atividade como forma de observação da aprendizagem e para fazer as inter- cionalidade prescritiva ou injuntiva. venções necessárias. e) Se você usou o Modo Imperativo, ele está de acordo com as regras da gramática normativa? Explique. Deve-se observar a variedade empregada e se ela foi usada Para finalizar, apresentamos uma série de atividades que retomam temas estudados desde a Situação de Aprendizagem 1 até agora. de forma regular do início ao fim do texto. Discutir ainda se o contexto permite as opções coloquial e padrão. f) No contexto dessa produção, você deve ou não usar a norma-padrão da língua portuguesa? Explique sua opinião. 1. A partir das discussões estabelecidas por seu grupo sobre o gênero “anúncio publicitário” explique, com suas palavras, as características discutidas. Use o quadro a seguir. 51 Primeira característica Direcionamento a um público-alvo. Segunda característica A seleção de elementos (cores, palavras, diagramação, imagens etc.) voltados para esse público. Terceira característica Seleção de elementos é orientada para despertar os sentidos ou desejos do QÞCMJDPQPSUBOUPIÈNBJTTVHFTUÍPEPRVFJOGPSNBÎÍP Se surgirem outras características na discussão em sala, acrescentar ao quadro. Há outras características que não tenham sido discutidas e que você gostaria de acrescentar? Quais? Explique-as. Características do gênero “anúncio publicitário” analisadas O objetivo desta atividade é retomar as características do gênero “anúncio publicitário” e analisá-las em funcionamento em um texto previamente selecionado. Você pode conduzir essa retomada de diferentes formas: revisando oralmente, solicitando retomada no caderno, organizando os alunos em grupos, enfim, há várias estratégias possíveis. Consideramos, no entanto, que seria oportuno definir uma estratégia diferente da usada na explicação anterior sobre o assunto, para que os alunos que não tenham compreendido possam ter uma nova possibilidade de aprender. 52 2. A partir de um anúncio publicitário selecionado pelo professor, no livro didático, analise as características do gênero de acordo com o quadro a seguir. Exemplos das características no anúncio analisado Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 3. No caderno, faça os exercícios sobre Modo Imperativo e Modo Subjuntivo, do livro didático ou de outra fonte, indicados pelo professor. 2. Esse texto pode ser considerado injuntivo, pois: a) faz uma série de pedidos ao satélite. Indique atividades sobre Modo Imperativo e Modo Subjuntivo, do livro didático ou de outra fonte, que julgar necessárias b) informa que a conexão pode cair. para complementação do estudo. c) relaciona trabalho com internet. O texto a seguir serve como base para a avaliação dos conteúdos e habilidades enunciados neste volume. São três questões de múltipla escolha e duas dissertativas. d) faz uma brincadeira com um texto bíblico. e) usa termos da língua inglesa. 3. Esse texto pode ser considerado intertextual, pois: Oração do internauta a) faz referência ao Hino Nacional Brasileiro. Satélite nosso que estais no céu, Acelerado seja o vosso link, Venha a nós o nosso host, Seja feita vossa conexão, Assim em casa como no trabalho. O download nosso de cada dia nos dai hoje, Perdoai nosso tempo perdido no chat, Assim como nós perdoamos os banners de [nossos provedores. Não nos deixeis cair a conexão e livrai-nos [do spam, Amém! b) menciona, de forma explícita, um texto budista. Anônimo. c) faz uma releitura de um conhecido texto bíblico. d) denuncia problemas ligados aos hackers. e) faz alusão direta aos jovens que passam o dia jogando videogame. 4. Dê uma nova versão ao texto, trocando o vós por você e fazendo todas as mudanças verbais (e outras) necessárias. Espera-se que o aluno consiga usar o Imperativo Afirmativo e o Negativo com a pessoa “você” e reescreva: 1. Identifique a sequência de palavras retiradas do texto que apresenta verbos no Imperativo: Satélite nosso que está no céu, Acelerado seja o seu link, Venha a nós o nosso host, a) venha – acelerado – feita. Seja feita sua conexão, Assim em casa como no trabalho. b) assim – perdoamos – casa. O download nosso de cada dia nos dê hoje, Perdoe nosso tempo perdido no chat, c) perdoamos – provedores – amém. Assim como nós perdoamos os banners de d) livrai – venha – perdoai. Não nos deixe cair a conexão e livre-nos do e) provedores – deixeis – estais. Amém! [nossos provedores. [spam, 53 5. Esse texto realiza uma intertextualidade com qual texto? Justifique sua resposta. Espera-se que o aluno indique a oração do “Pai-nosso” e seja tendo sua estrutura em cada verso, mas mudando as palavras. Exercícios complementares capaz de explicar, com pelo menos um exemplo do texto, 1. Observe a imagem e leia o texto a seguir. © Salomon Cytrynowicz/Pulsar Imagens que a oração do internauta reescreve a oração cristã, man- Trabalho infantil. Sisal, Valente – BA. Data: 1987. Sisal fere as mãos A menina Verônica de Jesus Brandão, 12, é a mais velha de uma família de cinco filhos. Mora com os pais a 12 quilômetros de Serrinha, mas vai à escola todos os dias graças a um ônibus da prefeitura da cidade. Ela está na quarta série. Nem sempre sua vida foi assim. Aos nove anos, Verônica trabalhava para ajudar a família. Tecia tranças de sisal ou de palha para fazer chapéus. Às vezes, ela voltava para casa com as mãos cortadas e com apenas R$ 3,00 no bolso a cada semana. Nem por isso deixou de gostar de brincar. É fã de Sandy & Junior, que vê de vez em quando na TV, e gosta de matemática. Seu sonho: ser professora ou gerente de banco. Folha de S.Paulo. Folhinha, 26 out. 2002. 54 Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 2. Assinale as frases que indicam os pontos comuns entre a foto e a notícia do jornal: ( ) os dois textos são visuais. ( ) os dois textos são ficção. ( x ) os dois textos abordam a realidade. ( x ) os dois textos abordam o trabalho infantil com sisal. ( x ) os autores dos dois textos fazem uma denúncia. ( x ) os autores mostram a situação, colocando-se do lado dos trabalhadores, de forma indireta. ( ) os autores mostram a situação, colocando-se do lado dos patrões. ( x ) os autores desejam, de forma implícita, que o leitor se coloque contra o trabalho infantil. enunciado da questão como um pedido para que ele faça uma análise intertextual (“pontos comuns”) entre os dois textos (a foto e a notícia); é importante destacar que esse é um tipo de intertextualidade implícita, pois não há marcas claras nos dois textos, indicando que tratam de uma mesma realidade. É possível dizer que sim se pensarmos na idade das crianças e na insalubridade da atividade. Relacionar esses elementos com o trabalho com o sisal, no entanto, exige do leitor que reconheça esses signos como pertencentes a esse universo. 3. A partir dos dois textos, solicitar que escrevam um texto prescritivo, indicando o que poderia ser feito para melhorar a vida dos garotos ou apenas da garota da notícia. Esse exercício pretende garantir apenas que os alunos sejam capazes de produzir um texto dentro da tipologia. Se achar pertinente, peça que façam uma “receita para um trabalho mais justo”. O aluno foi orientado a produzir uma receita, seguindo as Para trabalhar essa atividade como recuperação, teremos os seguintes objetivos: características do gênero. O objetivo é retomar, a partir de um gênero escolhido dentro da tipologia selecionada, as características prescritivas ou injuntivas em uma atividade cen- f observar se o aluno compreendeu o trada em habilidades escritas. RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA Se for conveniente, o professor pode usar os seguintes recursos para aprofundar o assunto da aula. não aguenta mais sua forma um pouco “irresponsável” de ser. Eles se separam e Daniel, para não deixar de ver os filhos, acaba tornando-se babá das crianças. Filme Uma babá quase perfeita (Mrs. Doubtfire) Direção: Chris Columbus. EUA, 1993. 126 min. Daniel Hillard (Robin Williams) é um homem sonhador; sua esposa, Miranda (Sally Field), Seria interessante discutir com os alunos como o protagonista faz para unir “lúdico” e “trabalho” no filme. Eles poderiam produzir um texto prescritivo a partir dessa análise. Por exemplo: “Como unir diversão e trabalho?”. 55 Livros BALTAR, Marcos. Competência discursiva e gêneros textuais. São Paulo: Edusc, 2006. CITELLI, Beatriz; GERALDI, J. Wanderley. Aprender a ensinar com textos de alunos. São Paulo: Cortez, 2001. KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura. Campinas: Pontes, 2004. KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2003. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008. ORLANDI, Eni P. Interpretação. Campinas: Pontes, 2004. PLACCO, Vera; SOUZA, Vera. Aprendizagem do adulto professor. São Paulo: Loyola, 2006. Sites Biblioteca virtual Um site com sugestões de fontes para pesquisas em todas as áreas. Disponível em: <http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/ especial/201304-pesquisaescolar.php>. Acesso em: 14 out. 2013. Portal do professor Site do MEC com diversos materiais de pesquisa para o professor; conteúdos multimídia; cursos; links etc. Disponível em: <http:// portaldoprofessor.mec.gov.br>. Acesso em: 24 maio 2013. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6 PRODUZINDO UM TEXTO PRESCRITIVO O objetivo central desta Situação de Aprendizagem é retomar as características da tipologia “descrever ações” com ênfase nos textos prescritivos, por meio da análise e produção de textos. Ao final do processo, espera-se que os alunos produzam um folheto prescritivo, colocando em funcionamento os aspectos estudados. Conteúdos e temas: interpretação de texto prescritivo; análise da coerência de texto prescritivo em situação de comunicação; coerência textual em texto prescritivo; retomada de características da tipologia “descrever ações”; Modo Imperativo e variedades linguísticas. Competências e habilidades: produzir um texto prescritivo; analisar a coerência de texto prescritivo em diferentes situações de comunicação; estruturar um texto prescritivo de maneira coesa; analisar o efeito de uma dada variedade linguística no texto; interpretar texto prescritivo. Sugestão de estratégias: aula baseada nos conhecimentos prévios do aluno, com direcionamento do professor; aproximação dos conteúdos com a realidade do aluno. Sugestão de recursos: Caderno do Professor; livro didático; dicionário. Sugestão de avaliação: produção de folheto prescritivo; interpretação de texto prescritivo; análise da coerência de texto prescritivo em situação de comunicação. 56 Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 Roteiro para aplicação da Situação de Aprendizagem 6 Vamos iniciar propondo uma retomada oral, sem consulta, com interação entre pares, das características de textos prescritivos. Em seguida, solicite aos alunos que retomem os cadernos e recapitulem as características desses textos, organizando-as em um quadro. Depois, peça que as apliquem no texto que virá na sequência das atividades. Discussão oral 1. Converse com um colega a respeito do que vocês já aprenderam sobre textos prescritivos, sem consultar os materiais: f em que situações usamos textos prescritivos? f quais são as características desses textos? Esse exercício indica uma retomada das características da tipologia “descrever ações”. Nesse momento, o professor deve observar o que foi assimilado nas Situações de Aprendizagem anteriores. 2. Anotem suas conclusões. Os alunos devem anotar as conclusões, organizando as características. 3. Procure em suas anotações as características dos textos prescritivos e compare-as com o que você acabou de escrever. Se necessário, corrija. Essa atividade pressupõe que os exercícios de sistematização das características tenham sido feitos anteriormente. Leia o texto a seguir: Folheto distribuído em ato público na calourada 2002 das turmas de medicina, enfermagem e fonoaudiologia da Unicamp. 1. Em extremidades queimadas, remova relógios, pulseiras, anéis ou alianças. 2. Coloque a área queimada sob a água corrente (torneira, mangueira). Isso irá resfriar o local, limpar e aliviar a dor. 3. Cubra o local atingido com um pano limpo e procure socorro médico. 4. Não coloque gelo, pasta de dente, clara de ovo ou qualquer outra coisa sobre a queimadura. Isso pode prejudicar muito a vítima, além de dificultar o trabalho médico. 5. Não fure as bolhas. ABAURRE, Maria Luíza Marques. A vida em uma sociedade letrada. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 116. 57 Vamos sugerir um quadro de características da tipologia “descrever ações”, com a análise do folheto que acabaram de ler: de caráter prescritivo e regulação de comportamentos; prescrição (da ordem à súplica); presença de marcas linguísTexto analisado a 1 característica: regulação de comportamento ticas prescritivas; presença de marcas prescritivas não verbais. 1. Analise o texto, encontrando nele características prescritivas, e anote-as a seguir. Folheto prescritivo Trata-se de um folheto distribuído em ato público, vinculado a cursos de uma universidade. Da parte de seus produtores, espera ser compreendido, portanto, como um conjunto de procedimentos a serem seguidos pelo público em caso de queimaduras. 2 característica: prescrição de atitude a ser tomada O tom do texto é uma ordenação de procedimentos a serem seguidos em caso de queimadura. Nesse sentido, ele pode ser compreendido como um conjunto de ordens. Isso é reforçado no texto, pois dos cinco itens apenas dois apresentam uma justificativa. 3a característica: presença de marcas linguísticas prescritivas Uso de verbos no Modo Imperativo. 4a característica: presença de marcas prescritivas não verbais Presença de enumerações, o que reforça o caráter impositivo, pois o texto não usa expedientes não verbais para persuadir o público. Limita-se a dar as instruções. a Na sequência, proponha a análise de um texto prescritivo em duas situações de comunicação diferentes (uma será apresentada agora e a outra está na seção “Lição de casa”). O objetivo da atividade é estudar a coerência dos textos em relação às situações apresentadas. 2. Leia o texto a seguir. Ele apresenta uma situação em que há necessidade de uso de texto prescritivo: Situação A Em um prédio de atendimento ao público, há muitas salas, distribuídas pelos andares. Algumas delas funcionam para um dado serviço, outras funcionam para outros, enfim, não é possível indicar a função de cada uma apenas com uma sinalização na porta ou lateral de entrada. A questão é que muitas pessoas passam por ali todos os dias; muitas são simples, com pouca escolaridade, e sentem dificuldade em orientar-se dentro do espaço. 58 Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 Uma proposta de solução do problema foi a seguinte: criar, ao final de cada corredor, um grande cartaz em que estivessem escritas instruções como “Atendimento XX, salas 12, 13, 14 ou 15”. Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar especialmente para o São Paulo faz escola. a) Qual é o problema apresentado na situação? Em um grande prédio de serviço público, as pessoas encon- c) Sugira uma mudança nessa proposta. Elabore sua sugestão de acordo com a situação dada. tram dificuldade para localizar os locais de atendimento. Como sugestões para resolução do problema, podemos destacar: a alteração do texto verbal para “Para atendi- b) A proposta apresentada parece coerente com essa situação, sendo capaz de resolvê-la? Por quê? NFOUPEF99EJSJKBTFËTTBMBTPVwBDPMPDB- A solução do problema apresentada parece insuficiente para JOGPSNBÎÜFTFNDBEBBOEBSBQSFTFOÎBEFGVODJPOÈSJPT a situação, por vários motivos: o fluxo de pessoas é grande, espalhados pelos corredores, com a função de orientar P RVF HFSB EJTQFSTÍP EPT QBTTBOUFT OFN UPEBT BT QFTTPBT as pessoas. Caso os alunos apresentem outras soluções, procuram orientações visuais, mas, se procuram, elas devem analise a pertinência de cada uma delas de acordo com estar acessíveis em várias partes, não apenas em um espaço o contexto. ÞOJDPBFTDSJUBEBTJOTUSVÎÜFTOPDBSUB[QPEFSJBTFSNBJTDMBra, pois subentende-se que o leitor compreenda a conexão ção do texto em várias partes do prédio, não apenas ao GJOBM EP DPSSFEPS B JNQMFNFOUBÎÍP EF VNB DFOUSBM EF 3. Leia o texto a seguir: entre atendimento e sala, não expressa verbalmente. PRECAUÇÕES: CONSERVE FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS E DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS. Evite o contato prolongado com a pele e enxágue as mãos após o uso. Em caso de contato com os olhos ou as mucosas, lave com água em abundância. Se ingerido, NÃO PROVOQUE VÔMITO e consulte um médico. Não reutilize a embalagem vazia para outros fins. a) Onde, normalmente, encontramos esse tipo de texto? d) Por que algumas partes do texto estão com letra maiúscula? São textos que aparecem, normalmente, no verso das emba- É importante que os alunos percebam que os recursos grá- lagens de produtos tóxicos, como os de limpeza. ficos também possuem sentido. As partes escritas com letra maiúscula significam que aquelas orientações são ainda mais b) Há algum termo (ou palavra) cujo significado você não conhece? Qual? Talvez os alunos não saibam o significado do termo “mucosa”. Em caso de dúvida, oriente-os a procurar a palavra no dicionário. c) Você considera o texto prescritivo? Por quê? importantes do que as outras, merecendo destaque maior. Na sequência, a partir da discussão temática, será solicitada a produção de um texto prescritivo. Oralidade Sim, pois o texto apresenta, basicamente, orientações sobre como as pessoas devem se comportar para prever acidentes com o uso do produto. Ressalte a presença dos verbos imperativos. Proponha aos alunos uma discussão do seguinte tema: A convivência escolar. Para tanto, deverão responder, oralmente, a algumas 59 perguntas: f Qual aspecto da convivência escolar, neste momento, está causando problemas para a aprendizagem? Pense, com os alunos, em algum aspecto da convivência escolar que exige regras para seu bom andamento. Depois, definam que procedimentos devem ser seguidos por todos para que haja mais harmonia. Os alunos deverão discutir sobre alguns problemas relacionados à convivência escolar, apontando situações que podem atrapalhar a aprendizagem. Como exemplo, os alunos Em seguida, peça que façam uma segunda versão dos textos, se necessário. podem citar: conversas durante explicações, discussões entre colegas, falta de respeito entre os colegas no momento de Produção escrita entrar na sala de aula ou dela sair etc. f Quais são os problemas? Devem ser definidos os tipos de problema, de forma clara. Você deve evitar que os alunos façam acusações pessoais e 1. Tendo como base a discussão sobre convivência escolar, você deverá escrever um pequeno texto prescritivo, registrando os procedimentos necessários para melhorar a situação. propor que se concentrem nas formas que as situações que atrapalham a aprendizagem assumem. f Por que eles ocorrem? Este item exige reflexão sobre as causas dos possíveis problemas de convivência. f O que poderia ser feito para melhorar a situação? Devem ser formuladas, neste item, propostas práticas de O texto deverá ter a seguinte estrutura: f um pequeno trecho introdutório que explicará ao leitor do que se trata; f alguns procedimentos que deverão ser adotados por todos, de acordo com as discussões feitas. Observar se o aluno construiu o texto de acordo com as orientações dadas. intervenção nos problemas. Nesse sentido, o texto produzido será prescritivo. 60 2. Após as produções, você analisará o texto de um colega, a partir do quadro a seguir. O texto apresenta as características prescritivas? Quais? O aluno preencherá de acordo com suas observações do texto. Não se espera que aponte tudo, mas é importante que desenvolva essa habilidade de reflexão sobre os textos. Como já estudou bastante essa tipologia, acreditamos que poderá retomá-la sem grandes problemas nesta atividade, apontando que: tIÈNBSDBTMJOHVÓTUJDBTUJQJDBNFOUFQSFTDSJUJWBTDPNPPFNQSFHPEP .PEP*NQFSBUJWP tIÈSFHVMBÎÍPNÞUVBEFDPNQPSUBNFOUPT tQPEFJSEBPSEFNËTÞQMJDB tQPSWF[FTIÈNBSDBTQSFTDSJUJWBTOÍPWFSCBJTOBTJNBHFOTOPTHFTUPT etc. O texto está coerente com o que foi previsto na discussão em sala? Por quê? O aluno preencherá de acordo com suas observações do texto. Não se espera que aponte tudo, mas é importante que desenvolva essa habilidade de reflexão sobre os textos. Se houver problemas relacionados ao uso da norma-padrão, corrija-os O aluno preencherá de acordo com suas observações do texto. Não se espera que aponte tudo, mas é importante que desenvolva essa habilidade de reflexão sobre os textos. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 O “se” indica que será introduzida uma oração. Observe a O objetivo dessas atividades é estudar o funcionamento de um texto prescritivo em uma situação de comunicação concreta. Nesse sentido, os alunos são estimulados a analisar a coerência ou não do texto, a partir de um contexto específico de comunicação. pertinência das explicações dadas pelos alunos. c) Dentro desse grupo, quais classes são possíveis de acordo com o sentido do texto? Pelo “não provoque vômito”, deduz-se que a palavra que preenche a lacuna é um verbo que indica algo no paradigma de “ingerir”. Estudo da língua d) Que classe de palavras pode preencher as lacunas 2, 3 e 4? Dando continuidade à análise dos textos sob o ponto de vista da coesão e da coerência, vamos propor uma atividade que apresentará um texto prescritivo sem a presença proposital de alguns termos. O objetivo é que os alunos preencham as lacunas do texto, discutindo quais possibilidades são pertinentes. Substantivos ou expressões com essa função. e) Estabeleça uma hipótese para explicar por que apenas a classe de palavra escolhida na questão anterior é possível para o preenchimento da lacuna. São passíveis de ser definidas por artigos ou por outros determinantes. Observe a pertinência dos comentários dos alunos. 1. Preencha as lacunas do texto: f) Dentro desse grupo, quais classes são possíveis de acordo com o sentido do texto? Substantivos, pois, se é um produto de limpeza, costuma ser Guarde longe das crianças e de animais ingerir domésticos. Se (1)........................, não provoque vômito. Não aplique o produto sobre utensílios alimentos nem sobre (2)....................... de cozinha. Em caso de intoxicação, procure de saúde levando a embalagem do um (3) posto .................., produto (4)........................... . aplicado em vasilhas, objetos (que ficam junto ao solo) e no QJTP RVFN FTUÈ JOUPYJDBEP QSPDVSB VN NÏEJDP QPTUP EF TBÞEFPVIPTQJUBMBFNCBMBHFNTØQPEFTFSEPQSPEVUP Outra atividade possível é a de preencher lacunas de outro texto prescritivo, do qual foram retirados apenas os verbos. Para desenvolvê-la, leia com os alunos, primeiro, o texto a seguir. Adaptado de: AMARAL, Suely. Na boca do povo. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Língua portuguesa, língua estrangeira, educação artística e educação física: livro do estudante: Ensino Fundamental. 2. O texto a seguir servirá como base para as próximas questões. Responda-as antes de preencher as lacunas. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 161. Bom dia, pessoal! a) Que classe de palavra pode preencher a lacuna 1? Verbos. Inicialmente, vamos recapitular os passos para a execução dos trabalhos: b) Estabeleça uma hipótese para explicar por que apenas a classe de palavra escolhida na questão anterior é possível no preenchimento da lacuna. ........................ as planilhas sobre a mesa; ....................... seus grupos para a ordem das folhas de cada planilha; 61 ........................ as folhas, para que possam organizá-las; ........................ com eles os pontos que devem ser analisados; ........................ um tempo, para que possam observar as planilhas; ........................ a discussão, para que todos possam colocar suas observações. f) Lembrando o que já aprenderam sobre textos prescritivos, que palavras seriam essas que estão faltando no texto? Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar Conforme os alunos forem levantando hipóteses, acolha-as e oriente-os dizendo que as palavras ausentes sinalizam procedimentos que cada pessoa presente na reunião e que comanda um grupo de trabalho deve passar para seus subordinados. As lacunas sinalizam os verbos que devem orientar as ações das pessoas. Além disso, pela situação, entende-se que os verbos em questão estejam no Modo Imperativo. especialmente para o São Paulo faz escola. Em seguida, peça aos alunos que reflitam sobre a situação de comunicação em que o texto foi produzido. Em um primeiro momento, é importante que eles levantem hipóteses para a resolução do problema apresentado. Para isso, faça perguntas como: a) O que está acontecendo? Alguém está dando instruções para um grupo de trabalho. Verbos no Modo Imperativo. g) O que essas palavras acrescentariam ao sentido geral do texto? O que deve ser feito pelos colaboradores. 3. Preencha as lacunas do texto. Opte pela norma-padrão ou coloquial da língua e justifique sua escolha. 1. Bom dia, pessoal! b) Quem está falando com quem? 2. Inicialmente, vamos recapitular os passos para a execução Provavelmente, um chefe com seus colaboradores. dos trabalhos. 3. Coloquem as planilhas sobre a mesa. c) Como você sabe? 4. Orientem seus grupos para a ordem das folhas de cada Pela natureza do texto percebe-se que uma pessoa está no planilha. comando e indica para as demais o que deve ser feito. 5. Distribuam as folhas, para que possam organizá-las. 6. Recapitulem com eles os pontos que devem ser analisados. d) Do que essa pessoa parece estar falando? 7. Deem um tempo, para que possam observar as planilhas. Etapas que devem ser cumpridas para a realização de um 8. Iniciem a discussão, para que todos possam colocar suas trabalho. As pessoas que estão ouvindo vão repassar orienta- observações. ções para seus grupos. É possível, em uma situação de comunicação oral, o falante e) Por que ela precisa se comunicar dessa maneira? "JEFJBÏQBTTBSJOTUSVÎÜFTFOUÍPBQFTTPBRVFGBMBEJ[JUFN por item, o que deve ser feito. Oriente os alunos na discussão, analisando a situação de comunicação prevista pelo texto. Faça-os perceber que há uma fala inicial, na qual se identifica que alguém dá instruções de trabalho para um grupo. 62 optar pela variedade não padrão no uso do Imperativo. Observe, no entanto, se o aluno não oscila entre as duas variedades. Para você, professor! O objetivo dessas atividades de coesão é promover uma reflexão sobre os efeitos de sentido de nossas escolhas linguísticas. Desse modo, oriente os alunos a prestar atenção na relação que existe entre cada termo e seu contexto de uso. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 As indicações de preenchimento das lacunas são apenas sugestões; há outras possibilidades, que devem ser levadas em conta de acordo com o contexto em que se inserem. 2. No caderno, responda: a) Qual é o problema apresentado na situação? Os colaboradores nem sempre seguem as etapas indicadas pelo chefe. Finalizando a Situação, são propostas algumas atividades, com os temas estudados. 1. Leia o texto a seguir. Ele apresenta outra situação prescritiva para análise. b) A atitude do chefe parece adequada para resolver a situação? Por quê? Não. O chefe fica colérico e aponta o motivo que, segundo sua percepção, causa o problema. Mas nada fica resolvido. Situação B Um chefe trabalha com um grupo de colaboradores há algum tempo. Dentro da empresa, eles fazem reuniões periódicas para encaminhar a execução dos trabalhos. Em virtude do tempo em que essas pessoas trabalham juntas, o chefe considera que não é necessário recapitular os passos para a execução de cada projeto. No entanto, frequentemente, alguns colaboradores não seguem os passos de acordo com o que ele esperava. O chefe fica colérico e sempre aponta a falta de envolvimento dos colaboradores como a causa desses problemas. Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar especialmente para o São Paulo faz escola. 3. Escreva uma proposta que contribua para que os colaboradores melhorem seu desempenho. As pessoas são diferentes, em vários sentidos (memória, maOFJSBDPNPSBDJPDJOBNTFOUFNFUD BMÏNEJTTPBDBEBNPmento, elas estão passando por situações variadas, seja do ponto de vista pessoal, seja profissional etc. Isso significa que não é possível pressupor que todos estarão pensando da mesma forma e com o mesmo envolvimento em todas as situações. Se o chefe quer que sigam sua maneira de ver as coisas, deve sempre expressar isso para seus colaboradores. Ele espera RVFBTQFTTPBTTJHBNJOTUSVÎÜFTQPSUBOUPTFSJBNBJTMØHJDP que ele sempre as recapitulasse, para ter certeza de que todos estão seguindo na mesma direção. 4. Anote os exercícios sobre Modo Imperativo, do livro didático ou de outra fonte, indicados pelo professor. Faça-os no caderno. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7 CRIANDO UMA CAMPANHA PUBLICITÁRIA Nesta Situação de Aprendizagem, vamos destacar o gênero “anúncio publicitário”. Para tanto, retomaremos características vistas anteriormente e apresentaremos algumas novas. Ao final do processo, espera-se que os alunos consigam construir uma pequena campanha publicitária, pondo em funcionamento os traços do gênero estudado. Conteúdos e temas: retomada de características de anúncios publicitários; leitura de anúncios publicitários; características do gênero “anúncio publicitário”; análise de anúncios publicitários. 63 Competências e habilidades: produzir uma campanha publicitária; inferir características de anúncios publicitários; comparar anúncios publicitários; analisar anúncios publicitários produzidos em diferentes suportes. Sugestão de estratégias: ampliação do entendimento dos traços característicos de anúncios publicitários por meio da análise de anúncios produzidos em diferentes suportes; elaboração de campanha publicitária, propiciando aos estudantes elaborar o texto dentro do gênero especificado, a partir de situação concreta de produção. Sugestão de recursos: televisão e projeção audiovisual; livro didático; rádio; Caderno do Professor. Sugestão de avaliação: elaboração de campanha publicitária; análise de anúncios publicitários; comparação de anúncios publicitários produzidos em diferentes suportes. Roteiro para aplicação da Situação de Aprendizagem 7 tÏVNHÐOFSPUFYUVBMDPOTUSVÓEPBQBSUJSEFVNQÞCMJDPBMWP RVFPBOVODJBOUFEFTFKBDPOWFODFS tBQSFTFOUBTFMFÎÍPEFFMFNFOUPTDPSFTQBMBWSBTEJBHSBNBÎÍPJNBHFOTFUD WPMUBEPTBFTTFQÞCMJDP Neste volume, já foram apresentadas algumas características do gênero “anúncio publicitário”. Nesta nova etapa, iniciaremos com uma recapitulação dos traços vistos; depois, apresentaremos mais algumas especificidades do gênero para que, ao final desta Situação de Aprendizagem, os alunos façam uma pequena campanha de lançamento de produto, por meio da produção de anúncios publicitários. tBQSFTFOUBTFMFÎÍPEFFMFNFOUPTPSJFOUBEBQBSBEFTQFSUBS PTTFOUJEPTPVEFTFKPTEPQÞCMJDPQPSUBOUPQPEFIBWFSNBJT TVHFTUÍPEPRVFJOGPSNBÎÍP tBQSFTFOUBBMHVNBTNBSDBTMJOHVÓTUJDBTUÓQJDBTOPDBTPGPram observadas as formas verbais, especialmente o Modo Imperativo). c) Quais características apontadas na questão anterior aparecem no texto analisado? Exemplifique. Imaginamos que todas elas estejam presentes. Você pode Para iniciar a retomada, selecione um anúncio publicitário que consta no livro didático e apresente-o aos alunos. Pergunte se eles se lembram desse gênero e que características lhes permitem chegar a essa conclusão. 1. O professor selecionará um texto do livro didático para estudo. Tendo-o como base, responda: observar se o aluno consegue apontar as características no texto. Veja que traços serão apresentados espontaneamente pelos estudantes. Caso não se lembrem, solicite que retomem os cadernos e recapitulem os traços aprendidos. Em seguida, oriente-os a analisar o anúncio de acordo com as características vistas anteriormente. a) Qual é o gênero do texto? “Anúncio publicitário”. b) Que características desse gênero você já estudou? Responda sem consultar o caderno. 64 Faça essa recapitulação com um ou mais anúncios. Você pode até mesmo pedir aos alunos que pesquisem outros anúncios e os levem para a sala de aula, a fim de produzir análises semelhantes. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 Dando continuidade ao estudo de traços característicos do gênero, serão destacados outros característicos de aspectos ligados a esses textos. São eles: f diferentes usos dos anúncios publicitários: venda de produto ou serviço, divulgação de marca ou campanha; f outras marcas linguísticas de textos publicitários que não sejam os verbos; f diferentes tipos de suporte em que um anúncio publicitário pode ser veiculado: mídias impressa, televisiva, radiofônica e digital. 2. Observe o anúncio a seguir: Texto A ANGELO, Débora Mallet Pezarim de. Publicidade, entretenimento e outros sistemas. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 12. a) Qual parece ser o público-alvo? Pessoas que gostam de doces. c) Há algum uso conotativo da linguagem? Qual? 4JN %PDFNFM BTTPDJBOEP EPJT UFSNPT B MJHBÎÍP DPN B b) Há marcas no texto que indicam a quem o anúncio se dirige? ideia de pecado, sugerindo que quem não come sobremesa peca. “Pecado é não comer” sugere a presença dos que realizarão esse ato. 65 3. Observe este outro anúncio: Texto B ABAURRE, Maria Luiza Marques. A vida em uma sociedade letrada. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 117. a) Qual parece ser o público-alvo? Qualquer pessoa que possa doar órgãos ou tecidos. c) Há algum uso conotativo da linguagem? Qual? A imagem das mãos duplas como placa de trânsito, re- b) Há marcas no texto que indicam a quem o anúncio se dirige? Quais? .ÍPTNPEPWFSCBMRVFJODMVJPMFJUPSi%PFw QSPOPNFiWPDÐw 66 forçada pelo trecho “Transplante de órgãos. Essa via tem duas mãos”. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 Inicialmente, você pode, de forma oral, pedir aos alunos que retomem nos textos as características estudadas de anúncios publicitários. Nesse sentido, do primeiro anúncio, destaque: f o público-alvo: pessoas que gostam de doces; f a presença de elementos voltados ao público: “pecado é não comer” indica a presença dos que realizarão esse ato; f o caráter sugestivo: marca associando dois termos; a ligação com a ideia de pecado, sugerindo que quem não come é que peca; f os usos verbais típicos do gênero; criação de termo novo “Docemel”. Do segundo anúncio, você pode destacar: f o público-alvo: qualquer pessoa que possa doar órgãos ou tecidos; f a presença de elementos voltados ao público: mãos, modo verbal que inclui o leitor (forma verbal “doe”, pronome “você”); f o caráter sugestivo: a imagem das mãos duplas como placa de trânsito, reforçada pelo trecho “Transplante de órgãos. Essa via tem duas mãos.”; f os usos verbais típicos do gênero: uso do Modo Imperativo. Já o segundo quer convencer o leitor da importância da doação de órgãos. Para estimular esse ato, o texto usa recursos visuais e verbais, da mesma forma que o anúncio anterior. Nesse caso, no entanto, há mais explicações, o que tem como objetivo deixar clara para o leitor a abrangência do assunto (pois ele pode, um dia, estar do lado de quem precisa de uma doação). 4. Aponte duas diferenças entre os dois anúncios. 0UJQPEFQÞCMJDPBMWPBNBOFJSBNBJTEJSFUBEFGBMBSDPNP interlocutor, no segundo anúncio. Observar a pertinência de outras respostas. Feitas as análises, pergunte aos alunos sobre a função dos dois anúncios. É a mesma? Estimule-os a perceber que não. O primeiro anúncio quer vender uma marca e seus produtos. Já o segundo deseja convencer o público da importância de uma campanha de interesse social, ligada à doação de órgãos. 5. Os dois textos são anúncios publicitários. Podemos dizer, no entanto, que apresentam a mesma função? Justifique sua resposta. Não. Um busca convencer um público consumidor, desper- Em seguida, solicite que apontem diferenças entre os dois anúncios. De forma imediata, devem destacar a quantidade de palavras muito maior no segundo. Tendo essa observação como referência, peça que formulem uma hipótese que explique a razão dessa quantidade maior de palavras no segundo anúncio. O primeiro anúncio, de caráter mais sugestivo, estimula o leitor a querer comer as sobremesas. Seu estímulo concentra-se na imagem da maçã, na tipologia mais arredondada do nome da marca e do próprio termo “Docemel”, fusão de dois vocábulos associados a doces. UBOEPPEFTFKPQFMPQSPEVUPPPVUSPCVTDBDPOWFODFSEPBdores, apelando para a solidariedade humana. 6. Qual é a função do Texto A? Divulgar uma marca e estimular a venda de seus produtos. 7. Qual é a função do Texto B? Divulgar uma campanha de doação de órgãos. Como complementação, você pode apresentar mais anúncios ou pedir aos alunos que pesquisem outros para levar para a sala de aula. Nesse caso, o critério de seleção será encontrar anúncios que funcionem com um dos seguintes objetivos: 67 f divulgar uma campanha de interesse público. É possível concluir que a publicidade pode estar a serviço de diferentes fins: ser usada para a venda de um produto ou de um serviço, para a divulgação de uma marca ou como campanha de interesse público. É importante que os alunos observem que os traços característicos típicos dos anúncios publicitários estão presentes em todos esses textos, mas eles podem ser organizados para cumprir diferentes funções sociais. f vender produto; f vender serviço; f divulgar uma marca; Fragmentos verbais Novamente, observando os dois anúncios que serviram de base para a reflexão anterior, destaque agora apenas a persuasão presente nas palavras. Primeiro, peça aos alunos que encontrem os verbos no Modo Imperativo. Eles os encontrarão apenas no segundo texto, em “Doe seus órgãos”. Depois, solicite que, separando os trechos verbais dos textos, analisem como eles procuram convencer o leitor a fazer alguma coisa. 8. Vamos analisar o poder de persuasão do primeiro anúncio (Texto A). Qual é o poder sugestivo dos fragmentos verbais indicados no quadro? Comentários Sobremesas de frutas “Sobremesa” é um substantivo associado à ideia de doce. O termo “fruta” também está ligado ao adocicado. Docemel Fusão de duas palavras associadas a doce. Pecado é não comer Verbo “comer” associado à ideia de comer doce. “Pecado” sugere que comer não é cometer um erro moral, subvertendo a interpretação usual. 9. Com base nos exercícios feitos e nas explicações do professor, sintetize os novos traços do gênero “anúncio publicitário” apresentados nesta Situação de Aprendizagem. Traços 68 Comentários 5ª característica ou traço típico dos anúncios publicitários: Diferentes usos dos anúncios publicitários: venda de produto ou serviço, divulgação de marca ou campanha. 6ª característica ou traço típico dos anúncios publicitários: Outras marcas linguísticas de textos publicitários (que não sejam verbos): imagens, gestos etc. 7ª característica ou traço típico dos anúncios publicitários: Diferentes tipos de suporte em que um anúncio publicitário pode ser veiculado: mídias impressa, televisiva, radiofônica e digital. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 Para você, professor! Após as análises, observe se é necessário fazer análises semelhantes com os outros anúncios apresentados pelo livro didático ou selecionados em outras fontes ou pelos alunos. Não temos a intenção de esgotar a quantidade de recursos verbais usados pelos anúncios. O objetivo, aqui, é perceber que todas as escolhas de um anúncio publicitário, sejam elas verbais ou não, foram intencionais e servem para auxiliar no poder de convencimento do texto. Para o estudo do terceiro novo aspecto a ser destacado – Diferentes tipos de suporte em que um anúncio publicitário pode ser veiculado: mídias impressa, televisiva, radiofônica e digital –, será necessário selecionar anúncios publicitários presentes em outros objetos que não o livro didático. Para tanto, você pode: f gravar um anúncio de rádio; f gravar um anúncio veiculado na televisão; f trazer impresso um anúncio digital extraído da internet. Esse procedimento é necessário, pois, nesse momento, estudaremos as implicações que as diferenças de suporte geram nos anúncios. estudados no decorrer desta Situação de Aprendizagem. f De acordo com o suporte, é natural que sejam feitas algumas adaptações específicas para ele. Dessa maneira, o rádio precisa destacar tudo o que for sonoro (incluindo a parte verbal); a televisão associará imagem, som e texto verbal; e a internet, em razão da velocidade da informação, apresentará o anúncio subdividido em links. Oralidade 1. Com base em alguma campanha publicitária indicada pelo professor ou escolhida pela classe, que apresente anúncios em diferentes mídias (televisão, rádio, internet, jornais e revistas), discuta com seus colegas as seguintes questões: a) Apesar das diferentes mídias, as características típicas do gênero continuam presentes. Faça um comentário analisando comparativamente dois anúncios. O aluno deve apontar uma ou mais características do gênero “anúncio publicitário” em funcionamento nos dois textos. b) Que características parecem ser específicas de anúncios veiculados no rádio? O trabalho exclusivo com sons, palavras, música de fundo, ritmo, outros sons associados. Todos esses elementos devem ser observados em funcionamento no texto. Se possível, selecione uma dada campanha (de lançamento de um carro, perfume, imóvel etc.) e escolha dois ou mais anúncios produzidos para ela, veiculados em mídias diferentes. c) Que características parecem ser específicas de anúncios veiculados na televisão? A sonoridade associada ao verbal e à imagem, o movimento, a construção de uma ou mais cenas, a trilha sonora. Todos Como sugestão de foco de análise, vamos destacar dois pontos que serão explorados na seção “Oralidade”. f Seja qual for o suporte em que um anúncio publicitário é veiculado, ele apresentará traços típicos do gênero, como os esses elementos devem ser observados em funcionamento no texto. d) Que características parecem ser específicas de anúncios veiculados na internet? Imagens, palavras, percurso de informação, animações, às vezes sons, quase sempre com um link, uma abertura para 69 mais detalhamentos. Todos esses elementos devem ser observados em funcionamento no texto. e) Que características parecem ser específicas de anúncios veiculados em mídia impressa (jornais e revistas)? Presença de imagens, cores, palavras e, às vezes, amostras do produto. Todos esses elementos devem ser observados em funcionamento no texto. Para finalizar, sugerimos a simulação de uma pequena campanha publicitária. Para isso, será necessário dividir a sala em grupos e seguir os passos sugeridos. A ideia é que, ao final do processo, cada grupo apresente um anúncio para uma mídia impressa, todos eles associados ao mesmo produto e público-alvo. Passo 1 Definir o produto ou serviço, a divulgação de uma marca ou campanha de interesse público: todos os alunos deverão fazer a mesma opção. Estabeleça uma discussão para que a classe escolha a possibilidade que lhe pareça mais interessante. Passo 2 Definir um público-alvo do anúncio. Determinando o objeto da campanha, será preciso definir o público-alvo. Proceda nesta etapa da mesma forma que na anterior. Produção escrita Passo 3 1. Em grupo, vocês produzirão um anúncio Escrever no quadro a seguir o que decidiram. Elementos não verbais Elementos verbais Tendo em vista o objeto da campanha e seu público-alvo, que imagens devem ser produzidas? Serão fotos? Imagens retiradas da internet? Desenhos, ilustrações? O que virá como texto escrito? Como será a divisão do texto na página? Haverá tipos diferentes de letra? Por quê? Passo 4 Produzir um esboço do anúncio a partir das opções feitas: após todas as discussões, cada grupo deverá produzir um esboço de seu anúncio. Comente com os alunos que não se trata ainda do resultado final, mas, sim, de uma base para um comentário do que está adequado ou não. 70 publicitário. Para tanto, sigam os passos indicados. Passo 5 Analisar os esboços: tendo em vista as características do gênero “anúncio publicitário” (as que foram revistas e as novas, apresentadas nesta Situação de Aprendizagem), solicite a todos os grupos que exponham seus esboços para que a classe possa comentar os trabalhos. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 Passo 6 Com base nas análises feitas, produzir a versão final do anúncio. Depois que os esboços foram analisados, é provável que algumas alterações sejam necessárias. Agora, sim, será produzida uma versão final. Passo 7 Socializar os trabalhos: compartilhe os resultados. Faça uma mostra na sala de aula, ou até mesmo na escola, se possível. O ideal é que a campanha seja mostrada para seu público-alvo preferencial, atingindo seu destino. Estudo da língua Consideramos que o estudo de vozes verbais não precisa, necessariamente, estar atrelado a um gênero específico, pois trata-se de um fenômeno linguístico que pode ocorrer em qualquer gênero, sem ser presença preferencial. A mesma coisa ocorre com outros temas da língua, por exemplo, o estudo de verbos. A seguir, você encontrará algumas sugestões de atividades sobre esse tema. É importante destacar que elas não têm a intenção de esgotar os assuntos. Na sala de aula, você pode planejar o quanto é necessário aprofundar e sistematizar os conceitos, bem como apresentar as classificações. Nesse sentido, sua experiência, os materiais que produz, as aulas que prepara e tam- bém o livro didático servem como base para orientar seu trabalho. O que vamos sugerir são atividades produzidas a partir dos textos vistos na Situação de Aprendizagem, introduzindo esses temas gramaticais de forma articulada, na medida do possível, ao que já está sendo estudado. Consideramos que uma forma de iniciar o estudo pode ser a leitura da explicação dada no livro didático ou em uma gramática normativa que você costume usar. Leia as explicações e peça aos alunos que, em dupla, estabeleçam uma discussão sobre o que entenderam. Em seguida, solicite que, no caderno, façam um resumo dos tópicos que consideram mais importantes. 1. O professor indicará um tema para estudo (vozes verbais) e algumas fontes para pesquisa. Faça a leitura dos textos indicados e discuta com um colega o que cada um compreendeu. 2. Após a discussão, você e seu colega elaborarão, no caderno, um resumo dos principais tópicos estudados. O grande objetivo são as habilidades de selecionar e organizar informações. Mesmo que o resumo não esteja completo, não é esse o foco neste momento. 3. Com base em seu resumo e nas explicações do professor, responda, com suas palavras, ao questionário a seguir. Questionário 1. O que é voz verbal? Diz respeito à relação do verbo com o sujeito. A voz verbal expressará se o sujeito pratica a ação, se sofre seu efeito ou se pratica a ação e sofre seu efeito ao mesmo tempo. 2. Quais são os tipos de vozes que um verbo pode apresentar? O verbo pode apresentar-se na voz ativa, passiva ou reflexiva. 71 3. O que é voz ativa? Dê um exemplo. Expressa-se quando o sujeito pratica a ação. Exemplo: Ela salvou a vida do colega. 4. O que é voz passiva? Expressa-se quando quem pratica a ação, efetivamente, não é o sujeito, mas o chamado “agente da passiva”. Neste caso, a ação é sofrida pelo sujeito. Exemplo: Ela foi salva pelos bombeiros. 5. A voz passiva pode se apresentar de dois jeitos. Diga quais são e dê um exemplo de cada um. Na forma sintética ou analítica. Exemplo da forma sintética: Alugam-se casas (neste caso, o pronome “se” é partícula apassivadora e o sujeito é “casas”, por isso o verbo está no plural). Exemplo de forma analítica: Casas são alugadas por banhistas (neste caso, o sujeito está, normalmente, antes do verbo e a concordância não costuma apresentar dúvidas. Temos também, em geral, a presença do agente da passiva, o que não ocorre na forma sintética). 6. O que é voz reflexiva? Dê um exemplo. É quando a ação expressa pelo verbo é praticada pelo sujeito e recai nele mesmo. Exemplo: Ela penteava-se sempre com cuidado (ela faz a ação e sofre seu efeito. “Ela” indica o sujeito e “se”, o objeto). 7. Observe um parágrafo que você tenha escrito e retire um exemplo de voz ativa, passiva e reflexiva. O aluno deverá refletir sobre seus próprios usos de vozes verbais. Corrija os questionários e explique as dúvidas dos alunos. Nesse processo, você dá sua explicação de cada tópico, apresentando os conteúdos de outra forma. Consideramos essa estratégia muito importante, pois, no processo de aprendizagem, os alunos não compreendem tudo ao mesmo tempo. Às vezes, uma explicação, dada de certa forma, fica clara para alguns, mas não para outros. Nesse caminho, primeiro, eles fazem uma leitura da explicação de um autor (primeira tentativa de aprendizagem), depois discutem com os colegas (segunda tentativa). Em seguida, leem o questionário e tentam responder às questões (terceira tentativa); por fim, nessa sequência, ouvem sua explicação (quarta tentativa). É importante destacar que cada estratégia mobiliza diferentes habilidades; assim, mes- 72 mo para os que compreenderam na primeira tentativa, outras habilidades foram postas em funcionamento nas demais. Faça, ainda, todos os exercícios do livro e da gramática que julgar necessários. Dê um exercício especial para a voz passiva sintética, pois consideramos que, dos tópicos apresentados, é o que mais pode gerar problemas de uso (devido à confusão com o índice de indeterminação do sujeito). Finalizando a Situação, apresentamos algumas atividades com os principais temas estudados. 1. Vamos analisar o poder de persuasão no anúncio do Texto B desta Situação de Aprendizagem. Qual é o poder sugestivo dos fragmentos verbais indicados no quadro? Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 Fragmentos verbais Comentários “De um lado, pessoas que necessitam de um transplante para ter a chance de continuar a viver. Do outro, pessoas que podiam colaborar com o fim desta agonia deixando clara sua intenção em doar seus órgãos.” O texto divide as pessoas em dois grupos: as que precisam de ajuda e as que podem ajudar. Essa ideia é reforçada pelos termos “chance”, de um lado, e “agonia”, de outro. “Doe seus órgãos. Você nunca sabe de que lado pode estar.” Persuasão direta pelo Imperativo. Procura convencer também por afirmar que o leitor pode estar em qualquer dos lados. A dúvida é a grande estratégia, reforçada pelo advérbio “nunca”. “Transplante de órgãos. Essa via tem duas mãos.” Novamente o texto reitera que o leitor pode estar do lado de quem precisa ou de quem ajuda. “Campanha de Doação de Órgãos e Tecidos.” A expressão “campanha de doação” reforça a ideia de que esse é um movimento por uma boa causa. 2. Conforme orientações do seu professor, procure em jornais, revistas, na internet ou no livro didático anúncios publicitários para levar para a classe: a) Selecione: O aluno deve selecionar um anúncio que divulgue uma marca, sem a preocupação de vender um produto ou um anúncio de campanha de interesse público. b) Indique uma semelhança entre os três anúncios. Qualquer característica do gênero “anúncio publicitário” em f Um anúncio de venda de produto (indique o produto anunciado). funcionamento nos textos. O aluno deve selecionar um anúncio de venda de produto. c) Escolha dois e aponte uma diferença. 3FTQPTUBQFTTPBMQPSUBOUPEFQFOEFEPTBOÞODJPTRVFPBMV- f Um anúncio de prestação de serviço (indique o serviço anunciado). no selecionar. Ele organizará palavras ou imagens de acordo O aluno deve selecionar um anúncio de prestação de duto, divulgar marca etc.). Se o anúncio for de venda, o léxico serviço. será o da área mercadológica. Se for de campanha, as pala- com o público-alvo e o que o anúncio propõe (vender pro- vras e imagens apelarão para o senso de ética, solidariedade. f Um anúncio para divulgar uma marca (indique a marca divulgada) ou um anúncio para divulgar uma campanha de interesse público (indique o interesse público divulgado). d) Escolha um e explique um uso conotativo da linguagem presente no texto. Observar a pertinência da resposta, a partir do conceito de “linguagem conotativa”. Se necessário, revise-o antes da atividade. 73 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8 OS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS E SUAS INTENÇÕES Esta Situação de Aprendizagem desenvolverá três objetivos principais: reforçar a compreensão do caráter persuasivo dos anúncios publicitários; levar os alunos a compreender e aplicar o conceito de intencionalidade; e, por fim, fazer que os alunos produzam um anúncio publicitário com base no conceito de intencionalidade. Conteúdos e temas: análise do caráter persuasivo do texto publicitário; conceito de intencionalidade; produção de anúncio publicitário com intencionalidade específica; escuta de anúncios publicitários em diferentes suportes; roda de conversa. Competências e habilidades: analisar níveis de persuasão do texto publicitário; compreender o conceito de intencionalidade; produzir anúncio publicitário com intencionalidade específica; escutar anúncios publicitários em diferentes suportes; compreender diferentes níveis de persuasão; ampliar repertório de anúncios publicitários; perceber diferenças entre anúncios publicitários produzidos em diferentes suportes. Sugestão de estratégias: análise de anúncios publicitários produzidos em diferentes suportes; produção de anúncio publicitário; escuta de anúncios publicitários em diferentes suportes e comparação de níveis de persuasão em textos organizados com base em diferentes tipologias e gêneros; construção de roda de conversa, aproximando os conteúdos abordados com a vida do educando, de forma reflexiva. Sugestão de recursos: livro didático; Caderno do Professor; rádio; multimídia para exibição de anúncios publicitários televisivos e radiofônicos. Sugestão de avaliação: produção de anúncio publicitário com base em uma intencionalidade predeterminada; análise do caráter persuasivo do texto publicitário; comparação do nível de persuasão em narrativa e em texto publicitário. Roteiro para aplicação da Situação de Aprendizagem 8 Para reforçar a compreensão do caráter persuasivo do gênero “anúncio publicitário”, sugerimos a leitura e análise de dois textos, um publicitário e outro, não. 1. Conforme as orientações do professor, serão lidos um trecho (Texto A) do livro Capitães da areia, de Jorge Amado, e um outro (Texto B). Em seguida, responda às questões: Texto A No dia em que, vestida como um garoto, ela apareceu na frente de Pedro Bala, o menino começou a rir. Chegou a rolar no chão de tanto rir. Por fim, conseguiu dizer: – Tu tá gozada... Ela ficou triste e Pedro Bala parou de rir. 74 Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 – Não tá direito que vocês me dê de comer todo dia. Agora eu tomo parte no que vocês fizer. O assombro dele não teve limites. – Tu quer dizer... Ela olhava calma, esperando que ele concluísse a frase. – ... que vai andar com a gente pela rua, batendo coisas... – Isso mesmo – sua voz estava cheia de resolução. – Tu endoidou... – Não sei por quê. – Tu não tá vendo que tu não pode? Que isso não é coisa pra menina? Isso é coisa pra homem. – Como se vocês fosse tudo uns homão. É tudo uns menino. AMADO, Jorge. Capitães da areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. Grapiúna Produções/Copyrights Consultoria. Rio de Janeiro. Texto B LOUZADA, Maria Silvia Olivi. Defendendo ideias e pontos de vista. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 130. 75 a) Qual dos dois textos pode ser classificado como anúncio publicitário? Explique. O Texto B. É preciso indicar ao menos uma característica do gênero. Nesse momento, espera-se que eles sejam capazes de recuperar algumas características dos anúncios e analisá-las dentro do texto. Não acreditamos que seja necessário reconhecer todas as características nesta atividade. A atividade a seguir permitirá esse resgate de características, por meio da análise de textos. b) Qual deles parece querer convencer o leitor? Por quê? Do que quer convencer? f esse texto publicitário conversa diretamente com o leitor, procurando convencê-lo a participar, da forma mais cooperativa possível, do cadastramento que será feito pela Prefeitura de Araraquara e pelo governo federal; f a cooperação é estimulada, pois, da parte dos órgãos públicos, que demonstram interesse pela saúde do cidadão; indicam, ainda, de forma explícita, que, se o cidadão colaborar com o cadastramento, seu atendimento pelo SUS será melhor e mais ágil. e) A que tipologia o Texto A pertence: Informativa ou narrativa? Explique sua resposta. Tipologia narrativa. O aluno deve extrair do texto ao menos uma O Texto B, pois se dirige diretamente ao leitor. Procura conven- característica desse agrupamento tipológico (é uma narrativa, cê-lo a participar, da forma mais cooperativa possível, do ca- portanto o texto conta uma história de ficção por meio da com- dastramento que será feito pela Prefeitura de Araraquara e pelo binação de cinco elementos: foco narrativo, enredo, persona- governo federal. gens, tempo e espaço). Nesse sentido, embora as personagens procurem convencer uma à outra, não dialogam de forma dire- c) Como podemos observar essa persuasão na parte verbal? UBDPNPMFJUPSUSBUBTFEFVNBIJTUØSJBmDDJPOBMDPOUBEBQFMP narrador, uma voz também construída. Essa persuasão explícita está marcada linguisticamente por pode precisar”) e pronomes (“sua saúde”, “em sua casa”, “seu f) Após os comentários sobre a forma de persuadir do Texto A, explique o que compreendeu. cadastramento” e “você”). O fragmento analisado apresenta um diálogo entre dois seres meio do uso de verbos no Imperativo (“receba”, “tenha”, “facilite”), advérbios que reforçam as ações (“receba bem”, “também inventados que procuram convencer um ao outro de seus pon- d) Como podemos observar essa persuasão nas imagens? tos de vista. Como a história é inventada, bem como suas perso- Um sol “sorrindo”, indicando uma ideia positiva associada ao essa persuasão é dirigida de forma explícita ao leitor. QSPHSBNB i.PSBEB EB $JEBEBOJBw iNÍPw TFHVSBOEP P DBSUÍP A maneira de falar das personagens, usando uma variedade linguística coloquial, e seus atos e outras marcas narrativas podem EP464PSFTVMUBEPRVFBQFTTPBWBJPCUFSTFSFBMJ[BSBTVBQBSUF nagens e demais elementos envolvidos, não podemos falar que no cadastramento. O cartão assemelha-se aos cartões de crédito ou de banco, instrumentos associados à ideia de agilidade e ser compreendidos como uma forma de construir uma história segurança para o usuário. que essas escolhas revelam certo nível de persuasão, uma tentativa de apresentar ao leitor um texto que lhe pareça crível. Mas Eles devem reconhecer essa intenção no Texto B. Esse reconhecimento deverá ser feito por eles e com a sua ajuda, pela análise de elementos do anúncio que comprovam esse raciocínio. inventada que pareça coerente. Nesse sentido, pode-se dizer é um tipo de persuasão bem diferente da apresentada no texto publicitário. No caso da narrativa analisada, as personagens, como vimos, estão discutindo pontos de vista, uma tentando fazer a outra mudar de opinião. No entanto, diferentemente da propaganda, esse texto não procura persuadir o leitor, de forma Nesse sentido, você pode destacar em relação a esse texto: 76 direta, de nenhum dos pontos de vista apresentados. O leitor, no decorrer da leitura, pensará no que foi dito, observará a sequên- Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 cia dos fatos e, se quiser, poderá comparar o que as personagens vivem com situações que vivemos no mundo real. se constrói apenas com palavras, mas, sim, com todo tipo de escolha feita dentro do texto (palavras, imagens, cores etc.). g) Após as correções do professor, corrija suas anotações, se necessário. O aluno deve rever as anotações e reformular explicações que considerar erradas ou pouco claras. O objetivo é rever as próprias anotações. É importante que os alunos percebam que todos os textos apresentam algum grau de persuasão. Isso significa dizer que um texto, qualquer que seja ele, defende algum tipo de posicionamento, de forma mais ou menos explícita. Quanto mais explícita for a forma de convencer o leitor de algo, maior será o caráter persuasivo. No caso dos textos publicitários, é preciso lembrar que sua maneira de “dialogar” com o leitor é, muitas vezes, mais sugestiva do que informativa. No entanto, mesmo que um dado texto publicitário use mais imagens do que palavras, isso não diminui seu poder de persuasão, pois devemos ter em mente que ela não O caráter persuasivo de um texto terá estreita relação com as intencionalidades de seu autor, o que será apresentado e aprofundado nas próximas atividades. 2. O professor explicará o conceito de intencionalidade. Anote o que compreendeu. Com base nos comentários, reveja suas anotações e faça as correções necessárias. 3. O professor indicará alguns alunos para que comentem o que entenderam sobre o conceito de intencionalidade. No texto, o produtor usa uma série de recursos para atingir sua intenção comunicativa. A isso se denomina “intencionalidade” de um texto. A intencionalidade está ligada não só à organização interna do gênero no qual ele está organizado, mas também à função social que ele exerce. 4. Observe o anúncio a seguir: ANGELO, Débora Mallet Pezarim de. Publicidade, entretenimento e outros sistemas. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 12. 77 a) Qual parece ser a intenção do anúncio Docemel? fontes, como o livro didático, jornais, revistas, televisão, rádio etc. Despertar no consumidor a vontade de comer as sobremesas produzidas pela marca. b) Como essa intenção aparece na parte verbal? Se considerar pertinente, reforce essa análise com outras. Recorde outras análises feitas, compare outros anúncios, compare ainda anúncios e textos produzidos em outros gêneros. Pelo processo explícito (na sequência de palavras e na pontuação) de associação entre doce, mel e a marca Docemel. Observar a pertinência de outras análises feitas pelos alunos. c) Como essa intenção aparece no trabalho visual? Pela imagem atrativa da maçã e pelo trabalho gráfico com a letra, também sugerindo uma forma mais “suculenta”. Ob- Você pode, também, desenvolvendo habilidades de oralidade e escuta, gravar alguns anúncios de rádio ou de televisão e analisar com os alunos o poder de persuasão de cada um. Na sequência, a questão da intencionalidade será abordada em anúncios produzidos para rádio e TV. servar a pertinência de outras análises feitas pelos alunos. Para interpretarmos uma possível intencionalidade para o anúncio publicitário, devemos ter em mente que qualquer texto produzido dentro do universo publicitário procurará despertar no leitor vontade de consumir um produto, adquirir um serviço, ter um sentimento positivo por uma marca ou campanha. Oralidade 1. O professor proporcionará a audição de um anúncio publicitário veiculado no rádio. Com base na escuta, discuta com seus colegas: a) Qual parece ser a intencionalidade do anúncio? Tendo em vista o conceito apresentado, observar a pertinên- A intencionalidade de um texto, portanto, está ligada não apenas à organização interna do gênero no qual ele está inserido, mas também à função social que ele exerce. No caso dos textos publicitários, há sempre uma intenção de levar o consumidor a querer algo ou a desenvolver um sentimento ou visão positiva de uma dada marca ou campanha. cia dos comentários. b) Em sua opinião, quais são as características próprias de um anúncio veiculado somente em áudio? Tendo em vista o conceito apresentado, observar a pertinência dos comentários. c) Qual dessas características mais se destaca? O anúncio Docemel tem a intenção de despertar no consumidor vontade de comer as sobremesas produzidas pela marca. Para atingir seu objetivo, usa recursos verbais e visuais. Você pode, se achar necessário, discutir a construção da intencionalidade de outros anúncios publicitários retirados de diferentes 78 b) e c). Para o rádio, destaque: tPUFYUPWFSCBM tBUSJMIBTPOPSB tBFOUPOBÎÍPEPMPDVUPS 2. O professor exibirá um anúncio publicitário televisivo. Tendo-o como base, discuta com seus colegas: Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 a) Qual parece ser a intenção do anúncio? b) Em sua opinião, quais são as características próprias de um anúncio televisivo? c) Qual dessas características mais se destaca? b) e c). Para a televisão, destaque: Nesse sentido, sua experiência, os materiais que produz, as aulas que prepara e também o livro didático servem como base para orientar seu trabalho. O que vamos sugerir são atividades produzidas a partir dos textos vistos nesta Situação de Aprendizagem, introduzindo esses temas gramaticais de forma articulada ao que já está sendo estudado. tBUSJMIBTPOPSB tBFTDPMIBEBTJNBHFOT tPUFYUPWFSCBM 1. Tendo como base o anúncio publicitário Docemel, responda: tPUSBCBMIPDPNBTDPSFT tBGVTÍPEFTTFTFMFNFOUPTFNDBEBDFOB tBQSFTFOÎBPVOÍPEFMPDVUPS a) Há algum trabalho de sonoridade no texto? Qual? A combinação de doce, mel (sonoridades apoiada na vogal Produção escrita “e”) e a criação sonora docemel. Após as discussões e análises dos anúncios veiculados no rádio e na televisão, escreva, no caderno, uma síntese das conclusões da sala, dividindo-a em duas partes (uma para o anúncio radiofônico e outra para o televisivo). b) Há algum uso conotativo da linguagem? Explique. O objetivo são as habilidades de selecionar e organizar infor- O termo “pecado” foi usado no sentido diferente do habitual. Aliás, seu sentido, na oração, está subvertido, pois a gula é, PSJHJOBMNFOUFDPOTJEFSBEBVNQFDBEPOPDPOUFYUPTVHFre-se exatamente o oposto. mações. Mas, nessa etapa do estudo, em que já foram estudados vários anúncios, espera-se que o resumo seja o mais completo possível. Professor, veja se os alunos destacam a trilha sonora, a entonação e o ritmo, no rádio, e esses elementos associados à imagem, na televisão. 2. O professor indicará para leitura algumas explicações sobre figuras de linguagem. Anote no caderno o que compreendeu. Esse é um instrumento de observação da aprendizagem. Você pode observar como o aluno está compreendendo o que está sendo estudado. Deve usar o exercício como base para Estudo da língua O gênero “anúncio publicitário”, como qualquer outro, pode ser visto sob diferentes aspectos linguísticos. Neste momento, no entanto, vamos nos centrar no tema “figuras de linguagem”. Essa escolha deve-se ao fato de que, nos anúncios, o apelo às figuras de linguagem, na construção do efeito esperado, é muito constante. É importante destacar que esses exercícios não têm a intenção de esgotar os assuntos. Você pode planejar a necessidade de aprofundar e sistematizar os conceitos, bem como apresentar as classificações. redefinir rumos, repetir explicações, mudar estratégias etc. 3. Discuta com um colega suas respostas do exercício anterior. Reformule-as, se achar necessário. /FTTF NPNFOUP P BMVOP WBJ SFGPSNVMBS P UFYUP QPSUBOUP espera-se que sua resposta seja mais completa que a dada para a Questão 2. 4. O professor dará novas explicações sobre o que são figuras de linguagem. Em seguida, volte ao caderno e veja se o que escreveu está correto. Se houver dúvida, fale com o professor. Quando considerar que já compreendeu, escreva a versão final da explicação sobre figuras de linguagem. 79 Professor, sugerimos: são recursos linguísticos que tornam as mensagens mais expressivas, apresentando-se como um tra- rem. Depois, analise, coletivamente, a pertinência das respostas dadas. balho mais criativo com a linguagem. 5. Entre as figuras de linguagem, há uma que se chama metáfora. O professor dará explicações sobre ela. Anote o que compreendeu. 8. O professor indicará alguns textos para estudo, entre eles anúncios publicitários. Aponte a presença de metáforas em cada um. Faça essa atividade no caderno. Você pode destacar que metáfora é um tipo de uso figurado da linguagem, que consiste em usar um termo ou expressão em um sentido que não lhe é comum. Além disso, o novo sentido adquirido foi o resultado da relação de semelhança que se criou entre esse termo e outro, de tal forma que as características do segundo passam a ser incorporadas, total ou parcialmente, ao primeiro termo. 6. Confira com o professor e veja se é preciso alterar suas anotações. A definir, de acordo com a resposta de cada um dos alunos. 7. Você considera que o uso conotativo indicado no Exercício 1, item b, desta seção, é uma metáfora? Explique. Depende da análise. Se considerarmos que o termo criado Se achar pertinente, destaque outras figuras de linguagem encontradas nos anúncios. Para tanto, você pode solicitar que localizem todos os usos diferentes de linguagem nos anúncios analisados. Depois, faça um quadro, como o que será sugerido a seguir. Nele, indique qual é o termo, a estranheza do uso e que tipo de figura deve ser essa, de acordo com as explicações do livro didático ou de uma gramática. Para tanto, será necessário que, no momento de realização da atividade, os alunos estejam com o livro ou a gramática normativa em mãos. assumiu as características das duas palavras que lhe dão base, podemos dizer que sim. Se, por outro lado, pensarmos que os termos foram usados em seu sentido comum, não. Selecione outros anúncios ou peça aos alunos que os pesquisem em casa, em revistas, e os tragam para a aula. Você pode dividi-los, inicialmente, em grupos, e pedir que encontrem metáforas nos anúncios, se existi- 80 9. Para a ampliação dos estudos de figuras de linguagem, o professor construirá um quadro com algumas figuras. Copie-o no caderno. 10. O professor indicará quatro textos para análise das figuras de linguagem. Com base nos textos, preencha o quadro a seguir. Termo ou expressão selecionado (uso conotativo da linguagem) Por que o termo ou a expressão foi destacado? (Que tipo de estranheza ele causa?) O aluno deve apenas copiar o termo O aluno deve propor uma interpretação Como a gramática classifica esse tipo de figura? ou a expressão conotativa nesta coluna. para o uso conotativo, levando em conta Você pode ver esta coluna como uma forma Espera-se que o texto seja de gênero diferente dos outros três. É um bom mo- o sentido do texto e seu gênero. Você de observar o momento da aprendizagem do pode selecionar gêneros já vistos, nesta aluno e, a partir do que ele devolver, fazer as mento para a inclusão de textos literários. série/ano ou nas anteriores. intervenções necessárias. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 É importante que os alunos não fiquem com a ideia de que as metáforas, como outras figuras, estão presentes apenas em anúncios publicitários. Para tanto, selecione outros textos do livro didático, de outros gêneros, que apresentem metáforas. Antes de analisar, separe os textos por gêneros para que os alunos já comecem a perceber que as figuras podem estar presentes em diversos textos. Analise cada uma delas e, então, sistematize que elas aparecem, priorita- riamente, nos textos que têm como função comunicativa mexer com o imaginário do leitor. Finalizando esta Situação de Aprendizagem, propomos mais uma atividade de estudo de intertextualidade e sugerimos que você selecione os conteúdos de figuras de linguagem que achar relevantes. 1. Observe o anúncio publicitário a seguir: ANGELO, Débora Mallet Pezarim de. Publicidade, entretenimento e outros sistemas. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 16. a) Qual parece ser a intenção do anúncio da empresa Lane? A intenção do anúncio é despertar no consumidor a vontade imperativa associa-se a ideia de “boa viagem”, composta, em conjunto, com os conceitos de velocidade e amplitude, desenvolvidos pelas imagens. de viajar de avião, por meio da empresa de aviação. b) Como essa intenção aparece na parte verbal? c) Como essa intenção aparece no trabalho visual? Para construir esse desejo, o texto mostra a imagem de um Do ponto de vista verbal, a intenção se expressa no trecho globo terrestre, sugerindo que o leitor pode conhecer o “Voe Lane e boa viagem”. Há o Imperativo, explicitando a mundo por meio da empresa. Há ainda a ideia de velocidade, intenção de convencer o consumidor a voar. A essa forma sugerida pela sobreposição das sombras de aviões. 81 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 9 ANALISANDO A LINGUAGEM VERBAL DE ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS E DE TEXTOS PRESCRITIVOS E INJUNTIVOS Nesta Situação de Aprendizagem, o foco serão alguns conceitos sintáticos estudados, prioritariamente, em textos prescritivos, injuntivos e anúncios publicitários. O objetivo é fazer que os alunos entendam este estudo como uma continuidade natural do que já foi estudado nas Situações anteriores, sendo apenas uma abordagem mais voltada para os aspectos linguísticos. Conteúdos e temas: conceitos de frase, oração e período; análise de frases e orações em textos prescritivos e injuntivos, bem como construídos em outras tipologias; períodos simples e composto; conceito de sujeito; tipos de sujeito e seus efeitos dentro dos textos. Competências e habilidades: inferir os conceitos de frase, oração e período e sujeito partindo do conhecimento prévio do aluno; analisar construções oracionais e frasais em diferentes anúncios publicitários e em manchetes jornalísticas; refletir sobre suas produções textuais, a partir de seus usos linguísticos (especificamente, nessa situação, suas construções frasais, oracionais e de períodos). Sugestão de estratégias: sondagem inicial a partir do repertório prévio do aluno; comparação entre anúncios publicitários; análise de conteúdos linguísticos com base nos efeitos que podem gerar nos textos. Sugestão de recursos: livro didático; Caderno do Professor; revista. Sugestão de avaliação: análise de anúncios publicitários sob o ponto de vista dos usos de frases e orações; pesquisa sobre o conceito de período em gramática normativa da língua portuguesa. Roteiro para aplicação da Situação de Aprendizagem 9 sim, você observará o que eles já sabem sobre “frase, oração e período” e poderá definir como deve conduzir a sequência da aprendizagem. Se você considerar oportuno, pode explicar os conceitos, Esta Situação de Aprendizagem se concentrará em alguns conceitos sintáticos. Para iniciar, você pode solicitar aos alunos que recordem o que sabem em relação à frase, à oração e ao período. Em seguida, escreva na lousa as informações que forem indicadas. Estudo da língua 1. Defina, por meio de seus conhecimentos prévios, o que é uma frase, uma oração e um período. O objetivo é partir do conhecimento prévio dos alunos. As- 82 solicitar uma pesquisa em uma gramática normativa, fazer exercícios de revisão etc. Tudo depende desse levantamento prévio. Em seguida, mostre dois anúncios publicitários. Um deles, o Texto A, deverá ser selecionado por você de revistas ou outros suportes. Será necessário que você opte por alguma forma que permita que os alunos o visualizem. O importante, na seleção desse texto, é que ele não apresente nenhum verbo. Normalmente, anúncios de perfumes e de grifes famosas constroem-se com essa característica. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 O Texto B foi apresentado na Situação de Aprendizagem 8 e será reapresentado a seguir (você também pode selecionar outro que este- ja no livro didático e apresente características semelhantes). Texto B ANGELO, Débora Mallet Pezarim de. Publicidade, entretenimento e outros sistemas. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 16. 2. O professor indicará um anúncio publicitário para estudo, que será denominado de “A”. Observe-o e o compare com o anúncio Voe Lane, apresentado anteriormente, que denominaremos de “B”: a) Na escolha de palavras do anúncio publicitário A, existe algum verbo? Qual? Não há verbos no anúncio. b) Na escolha de palavras do anúncio publicitário B, existe algum verbo? Qual? O verbo “voar”. c) O que a presença do verbo indica no anúncio publicitário? cação não verbal. E tudo isso será associado pelo consumidor a uma marca, sempre presente em anúncios. Professor, uma sugestão! Sintetize que o primeiro anúncio, selecionado por você a partir dos critérios dados anteriormente, apresenta uma organização das palavras sem verbos; já o segundo constrói-se com uma sentença organizada com base em um verbo e outra, não. Comente que os enunciados possíveis de se entender, que são construídos sem verbos, denominam-se frases. Já orações são tipos específicos de frases que se organizam em torno de um verbo. Sugere o que o consumidor deve fazer e o que terá como consequência (“Boa viagem”). d) É possível compreender a mensagem de um anúncio publicitário mesmo sem a presença de verbos. Explique como isso acontece. É possível. Isso se dá pela sugestão de sentidos que será cons- Você pode voltar aos dois anúncios e observar o diferente efeito de frases e orações nos textos publicitários. No caso das frases nominais, há um maior poder de sugestão; no caso das orações, há uma sugestão mais explícita e direcionada, muitas vezes marcadas pela forma imperativa. truída por meio de imagens e de outras formas de comuni- 83 Peça aos alunos que façam uma análise semelhante a partir dos ingredientes de uma receita culinária. Se observarem a lista dos ingredientes, perceberão que também não há verbos. Além disso, é possível compreender perfeitamente quais são os alimentos que devem ser selecionados, bem como em que quantidade. Ou seja, cada uma das linhas da receita é uma frase, um enunciado com sentido completo para quem lê a receita. Já no caso do “modo de fazer”, temos orações, organizadas a partir de verbos. Esses termos dão o sentido principal do “modo de fazer”, pois cada um deles indica um procedimento que deve ser feito na sequência indicada. Outra proposta de atividade é solicitar aos alunos que analisem capas de livros e seus respectivos títulos. Nesses casos, aparecerão ocorrências com frases nominais ou orações. Discuta com eles os títulos encontrados, observando o diferente nível de sugestão em cada um. Para reforçar o estudo da oração, você pode fazer análises de manchetes de jornal, mostrando como elas são os centros de organização da informação nesse tipo de frase. Destaque que, nessas sentenças de caráter informativo ligado a acontecimentos, a presença do verbo é fundamental, constituindo-se como o centro da informação que se quer transmitir. 3. Analise os títulos de notícias apresentados a seguir, de acordo com o modelo, e responda ao que se pede. Exemplo: Prefeitura de SP parcela multas em até 12 vezes Folha de S.Paulo, 07/11/2007. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0711200729.htm>. Acesso em: 24 maio 2013. f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração? O verbo “parcelar”. f Quais outras palavras ou expressões estão ligadas ao verbo “parcelar”? i1SFGFJUVSBEF41wiNVMUBTwiFNBUÏWF[FTw 1. ONU identifica apoio de radicais a grupos rebeldes Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1138077-onu-identifica-apoio-de-radicais-a-grupos-rebeldes.shtml>. Acesso em: 24 maio 2013. f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração? O verbo “identificar”. f Quais outras palavras ou expressões estão ligadas a esse termo na oração? “ONU”, “apoio de radicais” e “a grupos rebeldes”. 2. Chuva causa “apagão” em 26 semáforos de Ribeirão Preto (SP) Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ribeiraopreto/1212575-chuva-causa-apagao-em-26-semaforos-deribeirao-preto-sp.shtml>. Acesso em: 24 maio 2013. 84 Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração? O verbo “causar”. f Quais outras palavras ou expressões estão ligadas a esse termo na oração? “Chuva”, “apagão” e “em 26 semáforos”. 3. Marquês de Sapucaí tem falhas de segurança, diz especialista Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1225961-marques-de-sapucai-tem-falhas-de-seguranca-dizengenheiro.shtml>. Acesso em: 24 maio 2013. f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da primeira oração? O verbo “ter”. f Quais outras palavras ou expressões estão ligadas a esse termo na oração? “Marquês de Sapucaí” e “falhas de segurança”. 4. EUA prendem suspeito por tiroteio próximo à Casa Branca Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1007421-eua-prendem-suspeito-por-tiroteio-proximo-a-casa-branca. shtml>. Acesso em: 24 maio 2013. f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração? O verbo “prender”. f Quais outras palavras ou expressões estão ligadas a esse termo na oração? “EUA” e “suspeito”. 5. Com metrô parado, poluição aumentaria 75% em SP, aponta estudo Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1113485-com-metro-parado-poluicao-aumentaria-75-em-sp-apontaestudo.shtml>. Acesso em: 24 maio 2013. f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração sublinhada? O verbo “aumentar”. f Quais outras palavras ou expressões estão ligadas a esse termo na oração? “Poluição”, “75%” e “em SP”. 6. Porquinhos são declarados animais da boa sorte em zoo de Berlim Disponível em: <http://f5.folha.uol.com.br/bichos/1208105-porquinhos-sao-declarados-animais-da-boa-sorte-em-zoo-deberlim.shtml>. Acesso em: 24 maio 2013. f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração? O verbo “declarar”. f Quais outras palavras ou expressões estão ligadas a esse termo na oração? “Porquinhos”, “animais da boa sorte” e “em zoo de Berlim”. 85 Reforce a ideia de que, no caso das orações, construções que utilizamos em grande quantidade, o núcleo de organização é o verbo. Isso significa dizer que, uma vez dentro de uma oração, o verbo funciona como uma espécie de “centro de atração” (mas não o único), trazendo outras palavras para dentro dela. a) Grife todas as frases nominais do Texto A. Bem, Xi, Ah, Uma cacetada só. b) Tendo a situação descrita como pressuposto (um casal de namorados em um momento de crise), o que você entendeu do texto? Dá para entender que um está terminando a relação amo- Essa discussão será aprofundada nos próximos exercícios. 4. Leia os textos a seguir: Texto A Um casal de namorados em um momento de crise: – Bem... – Xi... – Ah... – De uma vez, vai... Uma cacetada só... – Não, não, não é bem assim... – Sei... E então? Tudo igual? Nada muda? – Bom... Acabou. – Eu sabia... Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar especialmente para o São Paulo faz escola. c) Complete as lacunas do Texto B com os verbos que faltam. Explique por que eles são importantes para a compreensão do texto. É, estuda, trabalha, namora, é, sente, conheceu, começaram, se apaixonou, continuaram, desapareceu, sabe, fez, arrumou, diz, fica. Nesse texto, os verbos são essenciais para a compreensão das informações que se pretende transmitir. Sem eles, sabemos algumas coisas sobre “Paula”, mas ficamos com dúvidas imporUBOUFTBMÏNEJTTPBBVTÐODJBEPTWFSCPTTFSJBVNBDPOTUSVÎÍP estranha para uma história que se pretende contar, o que é totalmente diferente no Texto A, cheio de verbos implícitos. 5. O professor indicará pelo menos duas fontes de pesquisa para o estudo de período simples e período composto. Anote a definição que lhe parecer mais clara de cada um dos conceitos. Texto B Você pode ver essa resposta como uma forma de observar o Paula ........... uma moça como todas as outras do mundo de hoje: ..................., ...................... e .............................., pois ninguém................ de ferro. Mas ela .................. falta de alguma coisa diferente, especial. Um dia Paula ................................... Joaquim, um rapaz inteligente e bonitão. Eles ................ um namoro e ela ....................... logo. ...................... desse jeito por uns dois meses, até que um dia, sem mais nem menos, Joaquim ..................... misteriosamente. ..................... o que Paula ...................? ........................... outro namorado, porque, como............. o Zé Simão, “quem................. parado ........... poste!” momento da aprendizagem do aluno e, a partir do que ele Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar especialmente para o São Paulo faz escola. 86 rosa com o outro. devolver, fazer as intervenções necessárias. 6. O professor explicará os conceitos. Anote com suas palavras o que compreendeu sobre o assunto. Esse é outro momento, com outra forma de aprendizagem do mesmo tema (períodos simples e composto). Observar se o aluno mostrou mais compreensão de um momento para o outro. No primeiro texto, apesar de ser formado quase exclusivamente por frases nominais, conseguimos compreender a mensagem. Além disso, as frases nominais criam um efeito de sugestão, deixando o leitor imaginar o que fica subentendido. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 Já no segundo texto, precisamos preencher as lacunas para a compreensão do sentido. O texto nos conta uma história, o que significa que ele é organizado pela tipologia narrativa, estudada na 5a série/6o ano do Ensino Fundamental. Nesse caso, por se constituir como uma sequência de ações, os verbos fazem muita falta, pois são eles os elementos linguísticos que as representam. Passando para os conceitos de período simples e composto, vamos iniciar apresentando dois novos textos prescritivos didaticamente construídos. a) Indique a principal diferença entre os Textos 1 e 2. A principal diferença é a pontuação. Observar a pertinência de outras respostas, pois há diferença também na quantidade de informações (há orações a mais no Texto 2) e na escolha lexical. b) Quantas orações há no Texto 1? Há seis orações. c) O Texto 1 é constituído por períodos simples ou compostos? Justifique. Períodos simples, pois há apenas um verbo em cada intervalo de período. d) Quantas orações há no Texto 2? 7. Leia os dois textos a seguir: Há oito orações. e) O Texto 2 é constituído por períodos simples ou compostos? Justifique. Texto 1 Períodos compostos, pois há duas orações em cada intervalo Primeiro, abra a porta do armário, do lado da pia. Depois, procure uma panela grande, de aço. Ela é a única panela de aço ali. Em seguida, pegue a tampa. Coloque tudo em uma sacola. O moço do conserto vai passar aí em 20 minutos. de período. f) Observando a pontuação dos Textos 1 e 2, podemos afirmar que os sinais típicos de final de período são: O principal é o ponto-final. Mas você pode indicar os outros sinais possíveis nesse momento. Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar especialmente para o São Paulo faz escola. g) Observando a pontuação dos Textos 1 e 2, indique quais sinais de pontuação aparecem apenas no final do período. No Texto 1, ponto-final. No Texto 2, ponto-final e ponto de Texto 2 exclamação. Primeiro, abra a porta do armário do lado da pia e procure uma panela grande, de aço. Ela é a única panela de aço ali, as outras são de outros materiais. Em seguida, pegue a tampa e coloque tudo em uma sacola. O moço do conserto vai passar aí em 20 minutos, não se atrase! Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar especialmente para o São Paulo faz escola. Após a análise dos textos, indique que o primeiro apresenta uma organização de oração que recebe o nome de período simples, pois existe apenas um verbo em cada período. O segundo, por sua vez, recebe o nome de período composto. Destaque que a mudança na pontuação e o acréscimo ou retirada de algum conectivo promoveram a transformação. O resultado é que dois ou mais verbos apresentam-se juntos, agora, no mesmo período. 87 Em seguida, sugira que, organizados em duplas, os alunos pesquisem a definição de período em uma gramática normativa da língua portuguesa. Peça que anotem e expliquem a definição, com base no que entenderam pela explicação oral e pela gramática. Outro ponto a ser destacado é a relação entre período e pontuação. É importante que os alunos saibam que certos sinais de pontuação indicam fim de período. Peça que separem os períodos do Texto 2, indicando qual sinal de pontuação serve para encerrar cada um (interrogação, ponto-final, exclamação ou reticências). Sistematize, em seguida, que a maioria dos períodos termina com um desses quatro sinais. Por isso, depois deles, se iniciarmos um novo período, empregamos normalmente letra maiúscula. Solicite que voltem a algum texto produzido por eles e observem os períodos que criaram, localizando os seguintes sinais de pontuação: ponto-final, ponto de interrogação, ponto de exclamação e reticências. Em seguida, solicite que vejam quantas orações produziram em cada um dos períodos. Na sequência, selecione um texto e peça aos alunos que circulem os verbos. Sugerimos gêneros prescritivos, como manuais de instrução e regras de jogos. Após terem circulado os verbos, diga-lhes para encontrar uma palavra ou expressão que indique, dentro do texto, quem está praticando aquela ação ou vivendo aquele estado. Sugerimos algumas atividades nessa perspectiva. 8. O professor indicará textos para análise. Circule os verbos presentes em cada um deles. Professor, selecione os textos prescritivos para análise. 88 9. A que gênero esses textos pertencem? Se forem os que sugerimos, regras de jogos e manuais de instrução. 10. Em cada texto, quem está praticando a ação ou vivendo o estado dos verbos neles presentes? Você deve selecionar um pequeno texto, com poucos verbos, para facilitar a observação e análise dos alunos. 11. O professor explicará o conceito sintático denominado sujeito. Anote-o com suas palavras. 12. Releia o que você escreveu e compare sua definição com a de outra fonte indicada pelo professor. Faça correções na sua, se necessário. É importante que o aluno elabore o conceito de acordo com seu entendimento. Sistematize que “sujeito” é quem pratica a ação ou vive o estado indicado pelo verbo. Depois, explique que ele pode aparecer nos textos de algumas maneiras. Você pode iniciar apontando os tipos de sujeito: f f f f f simples; composto; desinencial; indeterminado; inexistente. A seguir, sugerimos modos de apresentação de cada um deles. Professor, uma sugestão! Para a introdução do conceito de sujeito, você pode partir do que eles sabem sobre o assunto. Se apresentarem a ideia de que um sujeito é “alguém”, você pode aproveitar o gancho para dizer que, do ponto de vista da Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 organização da oração, um sujeito é um termo que pratica uma ação ou vive um estado indicado pelo verbo. É importante destacar ainda que “praticar uma ação” não deve ser entendido de forma literal. Todo termo que estiver exercendo a função indicada pelo verbo é o sujeito; portanto, não apenas os seres vivos praticam ações sintáticas. Os alunos devem compreender que “praticar” é entendido, sintaticamente, em sentido amplo. Para o estudo de sujeito desinencial, volte aos anúncios publicitários e discuta a questão do sujeito. Mostre que o efeito sugestivo dos anúncios fica reforçado com essa escolha. Para a análise do sujeito simples e composto, você pode utilizar as manchetes de jornal. Reforce que, nesses casos, como o objetivo central agora é informar e ser claro, é muito comum o uso de sujeitos simples e compostos em textos com essa finalidade. Já para a análise de sujeito indeterminado, você pode aproveitar as sugestões do livro didático. Destaque que, no caso do sujeito indeterminado, dependendo do gênero do texto e de sua função social, a indeterminação do sujeito pode ser um sinal de que o praticante da ação, por exemplo, não quer ou não pode assumir seus atos. Pode ser ainda que a indeterminação diga respeito a um grupo, portanto, não faz sentido nomear alguns. Outra possibilidade é o caráter sugestivo que essa escolha dá a alguns textos. Quando ouvimos construções como “andam dizendo por aí”, o sujeito está indeterminado porque a ideia é lançar uma informação sem fonte, sugerindo coisas que não querem ser afirmadas. casos. Se achar oportuno e houver tempo, chame a atenção dos alunos para alguns aspectos da concordância verbal nesse momento, destacando a relação entre sujeito e verbo. Nesse caso, não deixe de levar em conta as variedades linguísticas, mostrando que, dependendo do contexto, a concordância revela-se de diferentes maneiras. Professor, uma sugestão! Em todos os casos, reforce que as escolhas dos falantes da língua por uma forma ou outra revelam, de forma consciente ou não, escolhas mais adequadas aos objetivos do texto. Nesse sentido, escolhas linguísticas relacionam-se à intencionalidade, pois contribuem para a formação do sentido que se quer dar ao texto. Para sistematizar, sugerimos os exercícios a seguir. Você pode analisar outros textos do livro didático, bem como fazer outros exercícios sugeridos pelo livro. 13. Anote os tipos de sujeito indicados pelo professor. Se você considerar que é um momento para sintetização, pode ser mais oportuno escrever as definições, após tê-las explicado. Você pode, também, construir as definições em discussão com os alunos. 14. O professor retomará dois anúncios estudados neste Caderno ou indicará outros. Localize os sujeitos sintáticos presentes nos anúncios e classifique-os. Exercício de sistematização de tipos de sujeito, usando os anúncios como referência. 15. Qual é a intenção de cada anúncio? O aluno deve discutir uma intencionalidade para o texto, Para o sujeito inexistente, você também pode usar exemplos do livro didático, destacando a impessoalidade dos verbos nesses tendo em vista o gênero, o objetivo do texto (vender produto, serviço etc.), o público-alvo, entre outras possibilidades. Observar a pertinência da análise feita. 89 16. A escolha do tipo de sujeito contribui para a intenção geral de cada texto. Explique como isso acontece. Esse é um momento para o aluno elaborar a compreensão d) É possível compreender a parte da receita que não contém verbos? Como denominamos, sintaticamente, esse tipo de construção? desse fenômeno linguístico na construção dos textos estu- É possível, pois o falante conhece o gênero e sabe que se dados. trata da lista de ingredientes. Esse tipo de construção é a frase nominal. Fechando a Situação, apresentamos algumas atividades que relacionam o conceito sintático “sujeito” e o gênero “receita culinária”, bem como sugerimos que selecione outras atividades para o estudo dos tipos de sujeito, da distinção de frase, oração, período e período simples e composto. O aluno anotará as páginas de exercícios orientados por você sobre período simples e composto. 2. Tendo como base as explicações de frase, oração e período, responda: a) Uma oração é um tipo de frase? Sim. b) Qual é a diferença entre a oração e os demais tipos de frase? A oração é um tipo de frase organizada em torno de um verbo. Há frases sem verbo, chamadas frases nominais. 1. Peça a alguém de sua família uma receita culinária ou busque uma na internet ou em outra fonte. No caderno, responda: c) Qual é a relação entre oração e período? a) Em que parte da receita há presença de verbos? d) A construção “Não sei o que fazer. Preciso de sua orientação urgente” pode ser considerada um período? Por quê? No “Modo de fazer”. Os períodos são classificados pelo número de orações que BQSFTFOUBN /P QFSÓPEP TJNQMFT IÈ VNB ÞOJDB PSBÎÍP OP composto, duas ou mais. Há dois períodos no trecho. O primeiro é composto de duas b) E em que parte eles não estão presentes? PSBÎÜFTiTFJwFiGB[FSw PTFHVOEPÏTJNQMFTPSHBOJ[BEPFN Nos “Ingredientes”. torno do verbo “precisar”. c) O que a presença de verbos indica numa receita culinária? Indica o que deve ser feito com os ingredientes e em que ordem. Anote os exercícios sobre frase, oração e período, do livro didático ou de outra fonte, indicados pelo professor. Faça-os no caderno. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 10 SISTEMATIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS VISTOS NAS SITUAÇÕES ANTERIORES A seguir, apresentaremos algumas sugestões de atividades que visam retomar alguns conteúdos vistos nas Situações de Aprendizagem anteriores. 90 Nesta nova Situação, os assuntos são os mesmos (e estão indicados no quadro de apresentação), mas as habilidades e as competências são outras. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 Conteúdos e temas: sistematização de traços de textos prescritivos ou injuntivos; sistematização de características de anúncios publicitários; produção de síntese analítica; revisão de conteúdos linguísticos; revisão do conceito de intencionalidade. Competências e habilidades: pesquisar textos publicitários; analisar texto de caráter prescritivo em situação de comunicação; apresentar análises orais de anúncios publicitários; analisar efeitos de conteúdos sintáticos em diferentes textos; analisar efeitos de conteúdos sintáticos nas produções textuais dos alunos. Sugestão de estratégias: compreensão da sistematização como um momento importante da avaliação da aprendizagem; realização consciente de atividades que recapitulam conteúdos. Sugestão de recursos: livro didático; Caderno do Professor; revista. Sugestão de avaliação: pesquisa de anúncios publicitários; apresentação oral; produção de diálogo com intenção prescritiva. Roteiro para aplicação da Situação de Aprendizagem 10 Para retomar as características do gênero “anúncio publicitário”, você pode selecionar alguns anúncios e misturá-los a outros textos, de gêneros bastante diferentes. Divida a classe em grupos e solicite que separem os anúncios publicitários dos demais textos. Peça ainda que escrevam uma pequena análise apontando uma ou mais características do gênero presentes nos textos selecionados. Você pode também pedir que pesquisem anúncios publicitários em revistas e jornais e os levem para a sala de aula. Depois, solicite que façam uma apresentação oral, explicando para a classe por que aqueles textos trazidos podem ser classificados como anúncios publicitários. Para o estudo da intencionalidade, selecione um fragmento literário narrativo e um texto publicitário ou prescritivo e peça que, oralmente, sejam analisadas as intencionalidades de cada texto, como sugerido nas atividades a seguir. Oralidade 1. Em grupo, discutam que passos vocês percorreriam para produzir uma campanha publicitária de um produto ou serviço que escolhessem. Esse é um grande exercício de retomada de tudo o que foi visto. É um momento para o aluno refletir sobre o percurso feito e retomá-lo, se necessário. Daí a importância de percorrê-lo em grupo. 2. O professor selecionará dois textos: uma narrativa literária e um texto prescritivo ou injuntivo. Após a leitura, explique a intencionalidade principal de cada texto. Esse é um exercício de retomada do conceito de intencionalidade, mas agora com textos de diferentes naturezas (uma narrativa e um texto prescritivo ou injuntivo). Na análise, os traços dessas tipologias provavelmente precisam ser levados em conta. Com o objetivo de recapitular os traços de textos prescritivos e inseri-los em uma situação de comunicação concreta, peça aos alunos que produzam um diálogo prescritivo para o contexto a seguir. Depois, discuta com eles os resultados, analisando quais textos estão adequados à situação proposta. 91 Produção escrita 1. A partir do contexto a seguir, produza no caderno um diálogo de caráter prescritivo. Um rapaz está ao telefone e precisa explicar à sua mãe onde estão três papéis guardados em seu quarto. Ele deve orientá-la dizendo o que precisa fazer para localizar cada um. Deve orientá-la ainda a recolher os papéis e colocá-los em um envelope para enviá-los pelo correio o mais breve possível, pois o rapaz está prestando vestibular em outra cidade e necessita dos documentos com urgência. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. Para sistematizar os conteúdos sintáticos vistos neste Caderno, você pode selecionar alguns textos produzidos pelos alunos e pedir que, baseados em um trecho, encontrem os sujeitos. Então, devem analisar se, tendo como base o que o exercício exigia, a escolha dos sujeitos favoreceu ou não o efeito que se esperava da produção textual. Você pode fazer uma análise semelhante tendo como referências frases nominais e orações. Peça a eles que separem, em um fragmento de texto produzido, as frases nominais e as orações que encontrarem (no caso, reforce as de período simples, para facilitar). Em seguida, solicite que analisem se, tendo como pressuposto o que o exercício exigia, a escolha dos sujeitos favoreceu ou não o efeito que se esperava da produção textual. 1. Procure algum texto, de qualquer gênero, que, segundo sua opinião, possa causar um sentimento de ter- 92 nura em jovens como os de sua classe. Explique por que o texto causaria essa reação no grupo. 2. Selecione seis títulos nominais de livros e analise se são compostos por frases nominais ou orações. Para os que forem frases, transforme em orações e comente o efeito provocado pela forma original e pela que você criou. Analisar frases e orações e discutir as diferenças de sentido que cada uma das formas de escrever acarreta. 3. Faça o mesmo com os títulos compostos por orações. O mesmo objetivo do exercício anterior, mas agora tomando as orações como centro para seleção dos títulos. Faça esse tipo de análise com textos de outros autores como manchetes de jornal e títulos de livros, ou outros gêneros. O objetivo é analisar os diferentes efeitos que as escolhas sintáticas provocam nos textos. Expectativas de aprendizagem e grade de avaliação Ao final deste Caderno, os alunos precisam ter ampliado seu repertório e seu conhecimento com base no desenvolvimento das competências e habilidades descritas nos quadros das Situações de Aprendizagem. Por isso, é importante que você observe o percurso feito até aqui, levando em consideração todas as avaliações realizadas durante as sequências de atividades e de sistematização. O texto a seguir servirá como base para a avaliação dos conteúdos e habilidades desenvolvidos. São três questões de múltipla escolha e duas dissertativas. © Arquivo do Metrô de São Paulo Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 1. Esse texto pode ser classificado como anúncio publicitário, pois: a) discute somente aspectos ligados ao papel das pessoas que trabalham com reciclagem. b) narra os efeitos do lixo orgânico e não reciclável, prejudiciais à população. c) argumenta sobre a diminuição da emissão de gases poluentes, auxiliando o meio ambiente. 2. Observando os elementos não verbais presentes nesse anúncio publicitário, é possível afirmar que: a) a imagem da casca da banana auxilia o usuário do Metrô a compreender que não reciclável é o lixo orgânico, prioritariamente. b) o símbolo da reciclagem recoberto com o símbolo de “proibido” tem função decorativa no anúncio. d) incentiva os usuários a utilizarem as lixeiras adequadas para o lixo não reciclável. c) a imagem da casca da banana restringe o uso das lixeiras para materiais não recicláveis apenas a esse alimento. e) prescreve como manusear o lixo orgânico e estimula a reciclagem apenas de garrafinhas de alumínio. d) as imagens das lixeiras mostram que os usuários tem várias opções para jogar seu lixo orgânico. 93 e) o símbolo da reciclagem coberto pelo símbolo de proibido não pode ser compreendido como um sinônimo de lixo não reciclável. É preciso ver a pertinência das respostas. Sugerimos, no entanto, a presença de marcas linguísticas do texto que mostram o direcionamento do texto para o usuário: sua, você, faça sua parte, seu, colabore. Há, ainda, o uso de trechos em que o usuário é indiretamente 3. No trecho “Material não reciclável também tem a sua lixeira”, o sujeito gramatical é: chamado a participar, já que, agindo dessa forma, fica inserido em um contexto admirável: “um dos metrôs mais limpos do mundo agora também transforma atitudes”. a) composto, pois “material” e “não reciclável” são dois agentes distintos. b) inexistente, pois “ter” é considerado verbo impessoal. 5. Indique e analise uma característica do gênero “anúncio publicitário” presente no texto. Espera-se que os alunos analisem uma das características do gênero desenvolvidas na Situação de Aprendizagem 7. c) desinencial, pois “tem” refere-se a um agente (“você”) que está implícito. d) simples, pois o único núcleo (termo central) do sujeito “material não reciclável” é a palavra “material”. 94 Exercícios complementares Para os exercícios complementares, serão destacados dois pontos: e) indeterminado, pois não se sabe se as pessoas seguirão a sugestão dada pelo Metrô de jogar o lixo no local adequado. f características do gênero “anúncio publicitário”; f análise de sujeito desinencial em anúncio publicitário. 4. Selecione dois trechos desse anúncio publicitário que procuram sensibilizar o usuário a utilizar de forma adequada as lixeiras para lixo reciclável e não reciclável. 1. Recapitule as características do gênero “anúncio publicitário” com um colega. Depois, escreva as que vocês conseguiram lembrar. 1a característica É um gênero textual construído a partir de um público-alvo. 2a característica Apresenta seleção de elementos (cores, palavras, diagramação, imagens etc.) voltados a esse público. 3a característica Apresenta seleção de elementos orientada para despertar os sentidos ou desejos do público; portanto, há mais sugestão do que informação. 4a característica Apresenta algumas marcas linguísticas típicas (no caso, foram observadas as formas verbais, especialmente o Modo Imperativo). Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 5a característica Há textos construídos para diferentes fins: venda de produto ou serviço, divulgação de marca ou campanha. 6a característica Há outras marcas linguísticas, não apenas o uso de Modo Imperativo (usos conotativos da linguagem, entre outras possibilidades). 7a característica Pode ser construído para diferentes tipos de suporte: mídia impressa, televisão, rádio, internet. 2. Após os comentários do professor, complete ou corrija seu quadro, se necessário. Professor, dê um tempo para que o aluno observe suas ano- Professor, dê um tempo para que o aluno observe suas anotações e as corrija. Se julgar oportuno, solicite que alguns alunos leiam suas respostas. tações e as corrija. Se julgar oportuno, solicite que alguns alunos leiam suas respostas. 3. Selecione um anúncio publicitário do livro didático, de um jornal ou de uma revista. Deve haver nele usos do Modo Imperativo. Observe as características de anúncio publicitário sistematizadas na atividade anterior. Escolha duas delas e explique no caderno como aparecem no anúncio selecionado. O aluno deve mostrar duas das sete características indicadas 6. Observe o anúncio que você selecionou e indique quem pratica as ações indicadas pelos verbos. Observação do conceito de sujeito dentro da materialidade textual. 7. Responda no caderno: No caso dos usos Imperativos, podemos saber quem deve praticar aquela ação prevista? Análise do conceito de sujeito com usos verbais imperativos. em funcionamento no texto. 4. Também com um colega, recapitule o conceito de sujeito e defina-o no caderno, com suas palavras. Retomada do conceito de sujeito, mas agora construído na interação entre pares. 8. Reescreva a parte verbal do anúncio, explicitando os sujeitos ocultos ou desinenciais. Depois, comente se o efeito persuasivo é maior com ou sem a presença dos sujeitos. Comentar se a persuasão é maior com sujeitos evidentes ou não. Não há uma resposta certa, pois ambas as opções 5. Após os comentários do professor, complete ou corrija sua definição, se necessário. são defensáveis. É importante observar a coerência da argumentação. 95 RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA Se for conveniente, o professor pode usar os seguintes recursos para aprofundar o assunto da aula: da persuasão. São Paulo: Ática, 2002. CITELLI, Adilson. Linguagem e persuasão. São Paulo: Ática, 2004. Filmes Do que as mulheres gostam (What women want) Direção: Nancy Meyers. EUA, 2000. 120 min. 12 anos. Mel Gibson é um publicitário que precisa descobrir do que as mulheres gostam, para poder fazer campanhas publicitárias que atinjam o público-alvo. Em certo momento do filme, ele desenvolve o dom de “ler os pensamentos das mulheres” e passa a compreender um pouco mais sobre a alma feminina. Se eu fosse você Direção: Daniel Filho. Brasil, 2006, 104 min, 10 anos. Tony Ramos é Cláudio, um publicitário em crise no casamento. Certa noite, ele e a mulher, Helena, interpretada pela atriz Glória Pires, trocam de corpos, e cada um poderá entender um pouco mais do universo feminino e do masculino. A visão feminina de Helena, no corpo de Cláudio, será fundamental para a elaboração de uma campanha publicitária. Livros CARVALHO, Nelly de. Publicidade: a linguagem 96 DOLZ, J.; SCHNEUWLY B. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. KOCH, Ingedore V.; TRAVAGLIA, Luiz C. Texto e coerência. São Paulo: Cortez, 2000. Fonte para o estudo do conceito de intencionalidade. NASCIMENTO, G. A intertextualidade em atos de comunicação. São Paulo: Annablume, 2007. Sites Cultura Acadêmica Aqui você encontra diversos livros para download gratuito, associados à Fundação Editora da Unesp. Disponível em: <http://culturaacademica. com.br/>. Acesso em: 14 out. 2013. Periódicos Capes Site que reúne o enorme acervo de periódicos da Capes, para acesso a textos acadêmicos que poderão aprofundar sua formação. Disponível em: <http://www.periodicos.capes. gov.br/>. Acesso em: 14 out. 2013. Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1 QUADRO DE CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL – Volume 1 ANOS FINAIS 5a série/6o ano 6a série/7o ano 7a série/8o ano 8a série/9o ano Conteúdos gerais Traços característicos de textos narrativos Enredo, personagem, foco narrativo, tempo, espaço Estudos de gêneros textuais Gêneros textuais narrativos e suas situações de comunicação Gênero textual crônica narrativa Gênero textual letra de música Conteúdos gerais Traços característicos da tipologia relatar nos gêneros “relato oral” e “relato autobiográfico” Estudos de gêneros narrativos Estudos de gêneros do agrupamento tipológico “relatar” Narrar e relatar: semelhanças e diferenças Traços característicos de textos jornalísticos Gênero textual notícia Gênero “relato de experiência” Conteúdos gerais Traços característicos de textos prescritivos e injuntivos Gênero textual anúncio publicitário Estudos de gêneros prescritivos e injuntivos Textos prescritivos e situações de comunicação Gênero textual regra de jogos Conteúdos gerais Traços característicos de textos argumentativos Traços característicos de textos expositivos Estudos de gêneros da tipologia argumentativa Estudos de gêneros da tipologia expositiva Argumentar e expor: semelhanças e diferenças Gênero textual artigo de opinião Gênero textual carta do leitor Estudos linguísticos r/PÉÈPEFUFNQPWFSCBM Modo Subjuntivo na narrativa, Subjuntivo e os verbos regulares, articuladores temporais e espaciais r4VCTUBOUJWPBEKFUJWP pronomes pessoais, formas de tratamento, verbo, advérbio r4JOÔOJNPTFBOUÔOJNPT r6TPEPTiQPSRVËTu r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT r5FNQPTFNPEPTWFSCBJT verbos modalizadores, locução verbal r$PNQSFFOTÈPEPTFOUJEP das palavras (em contexto de dicionário, em contexto de uso, na noção do radical das palavras etc.) r2VFTU×FTPSUPHSÃàDBT Leitura, escrita e oralidade Leitura, produção e escuta de textos narrativos em diferentes situações de comunicação r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT literários e não literários r'SVJÉÈP r4JUVBDJPOBMJEBEF r$PFSËODJB r$PFTÈP r"JNQPSUÄODJBEPFOVODJBEP r1SPEVÉÈPEFTÎOUFTF r1SPEVÉÈPEFJMVTUSBÉÈP Leitura, produção e escuta de crônica narrativa, letra de música e outros gêneros em diferentes situações de comunicação r'PSNVMBÉÈPEFIJQÓUFTFT r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPF revisão da escrita r1BSBHSBGBÉÈP Roda de leitura oral Roda de conversa Estudos linguísticos r$POFDUJWPTQSFQPTJÉÈP conjunção r'SBTFPSBÉÈPQFSÎPEP r5FNQPTFNPEPTWFSCBJT r-PDVÉÈPWFSCBM r'PSNBTOPNJOBJT r"EWÊSCJPFMPDVÉÈPBEWFSCJBM r1POUVBÉÈP r*OUFSKFJÉÈP r0SBMJEBEF¤FTDSJUBSFHJTUSPT diferentes r-JOHVBHFOTDPOPUBUJWBF denotativa r2VFTU×FTPSUPHSÃàDBT r"DFOUVBÉÈP r"SUJHP r/VNFSBM r"EKFUJWP r'JHVSBTEFMJOHVBHFN r1SPOPNFTQFTTPBJT possessivos, de tratamento r%JTDVSTPTEJSFUPFJOEJSFUP r5FNQPTFNPEPTWFSCBJT r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT Leitura, escrita e oralidade Leitura, produção e escuta de textos organizados nas tipologias narrar e relatar em diferentes situações de comunicação r*OGFSËODJB r'PSNVMBÉÈPEFIJQÓUFTF r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT literários e não literários r-FJUVSBFNWP[BMUB r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPEB escrita r1BSBHSBGBÉÈP Leitura, produção e escuta de notícia, relato de experiência e outros gêneros em diferentes situações de comunicação r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT literários e não literários r*OUFSUFYUVBMJEBEF r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPEB escrita r*NQPSUÄODJBEPFOVODJBEP r$PFTÈP r$PFSËODJB r-FJUVSBPSBMSJUNPFOUPOBÉÈP respiração, qualidade da voz, elocução e pausa Roda de leitura oral Roda de conversa Estudos linguísticos r$PODFJUPEFWFSCP r.PEP*NQFSBUJWPOBT variedades padrão e coloquial r$PNPFQPSRVFVTBSB gramática normativa r*NQFSBUJWPOFHBUJWP r1FTRVJTBOPEJDJPOÃSJP r.PEP*OEJDBUJWPWFSCPT regulares) ri5VuiWÓTuFWBSJFEBEFT linguísticas r*SSFHVMBSJEBEFTEP*OEJDBUJWP r%JTDVSTPDJUBEP r'SBTFFPSBÉÈP r1FSÎPEPTJNQMFT r7FSCPUFSNPFTTFODJBMEB oração) r4VKFJUPFQSFEJDBEP r7P[FTWFSCBJT r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT Leitura, escrita e oralidade Leitura, produção e escuta de textos prescritivos e injuntivos em diferentes situações de comunicação r'SVJÉÈP r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT literários e não literários r*OUFSUFYUVBMJEBEF r$PFSËODJB r$PFTÈP r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPFSFWJTÈP da escrita r1BSBHSBGBÉÈP Leitura oral: ritmo, entonação, respiração, qualidade de voz, elocução e pausa Leitura dramática Roda de conversa Leitura, produção e escuta de anúncios publicitários, regras de jogos e outros gêneros em diferentes situações de comunicação r*OGFSËODJB r*OUFODJPOBMJEBEF r*OGPSNBUJWJEBEF Roda de conversa Estudos linguísticos r.BSDBTEËJUJDBTQSPOPNFT pessoais) r1POUVBÉÈP r&MFNFOUPTDPFTJWPTQSFQPTJÉÈP e conectivos) r$PODPSEÄODJBTOPNJOBMF verbal r2VFTU×FTPSUPHSÃàDBT r1SPOPNFSFMBUJWP r"EFRVBÉÈPWPDBCVMBS r1FSÎPEPTJNQMFT r$SBTF r'JHVSBTEFMJOHVBHFN r$PMPDBÉÈPQSPOPNJOBM r3FHËODJBTWFSCBMFOPNJOBM r'VOÉ×FTEBMJOHVBHFN r1FSÎPEPDPNQPTUPQPS coordenação r"SUJDVMBEPSFTTJOUÃUJDPT argumentativos r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT Leitura, escrita e oralidade Leitura, produção e escuta de textos argumentativos e expositivos em diferentes situações de comunicação Interpretação de textos literários e não literários r-FJUVSBFNWP[BMUB r*OGFSËODJB r$PFSËODJB r1BSBHSBGBÉÈP r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPFSFWJTÈP da escrita r&MBCPSBÉÈPEFàDIBT Leitura, produção e escuta de artigo de opinião, carta do leitor e outros gêneros em diferentes situações de comunicação r'PSNVMBÉÈPEFIJQÓUFTF r*OGPSNBUJWJEBEF r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPFSFWJTÈP da escrita Apresentação oral Roda de conversa 97 5a série/6o ano 6a série/7o ano 7a série/8o ano Conteúdos gerais Discurso artístico: diferentes formas de representação Estudo de tipologia e gêneros narrativos articulados por projetos Construção de projeto artístico Conteúdos gerais Discurso da esfera do jornalismo: diferentes formas de representação Estudo de tipologia e gêneros do agrupamento tipológico relatar articulados por projetos Construção de projeto jornalístico Conteúdos gerais Discurso da esfera da publicidade: diferentes formas de representação Estudo de tipologia e gêneros prescritivos articulados por projetos Construção de projeto publicitário Estudos linguísticos r7FSCPËOGBTFOPTWFSCPTEP dizer) r'VOÉ×FTEBMJOHVBHFN r1POUVBÉÈP r%JTDVSTPTEJSFUPFJOEJSFUP r5FNQPTFNPEPTWFSCBJT r$POFDUJWPT r2VFTU×FTPSUPHSÃàDBT r$PODPSEÄODJBTOPNJOBMFWFSCBM r4VKFJUPFQSFEJDBEP r'JHVSBTEFMJOHVBHFN r1SFQPTJÉÈP r6TPEPTiQPSRVËTu r'PSNBFHSBàBEFBMHVNBT palavras e expressões r.BSDBEPSFTEFUFNQPFMVHBS r&MFNFOUPTDPFTJWPT r1SPOPNFQFTTPBMQPTTFTTJWP r7FSCPTEPEJ[FS r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT Estudos linguísticos r$PNQMFNFOUPTEBPSBÉÈP (objetos direto e indireto, agente da passiva, complemento nominal) r'JHVSBTEFMJOHVBHFN r2VFTU×FTPSUPHSÃàDBT r%JTDVSTPDJUBEP r'VOÉ×FTBDFTTÓSJBTBEKVOUP adnominal, aposto, adjunto adverbial, vocativo r1POUVBÉÈP r$PODPSEÄODJBTWFSCBMF nominal r3FHËODJBTWFSCBMFOPNJOBM r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT Volume 2 Estudos linguísticos r4VCTUBOUJWPBEKFUJWPBSUJHP numeral r1POUVBÉÈP r5FNQPTFNPEPTWFSCBJT r%JTDVSTPTEJSFUPFJOEJSFUP r2VFTU×FTPSUPHSÃàDBT r"DFOUVBÉÈP r1SPOPNFT r5FNQPTFNPEPTWFSCBJT r%JTDVSTPTEJSFUPFJOEJSFUP r'JHVSBTEFMJOHVBHFN r"EKFUJWPTFMPDVÉ×FT adjetivas r"EWÊSCJPFMPDVÉ×FT adverbiais r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT 98 Leitura, escrita e oralidade Leitura, escrita e escuta intertextual e interdiscursiva de tipologias e gêneros narrativos articulados por projeto artístico r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT literários e não literários r*OGFSËODJB r'SVJÉÈP r4JUVBDJPOBMJEBEF r-FJUVSBESBNÃUJDB r-FJUVSBFNWP[BMUB r$PFSËODJB r$PFTÈP r*OGPSNBUJWJEBEF r-FJUVSBPSBMSJUNP entonação, respiração, qualidade da voz, elocução e pausa r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPF revisão da escrita r1BSBHSBGBÉÈP Leitura, escrita e oralidade Leitura, escrita e escuta intertextual e interdiscursiva de gêneros do agrupamento tipológico relatar articulados por projeto jornalístico r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPTMJUFSÃSJPT e não literários r*OGFSËODJB r'SVJÉÈP r4JUVBDJPOBMJEBEF r-FJUVSBESBNÃUJDB r-FJUVSBFNWP[BMUB r$PFSËODJB r$PFTÈP r*OGPSNBUJWJEBEF r-FJUVSBPSBMSJUNPFOUPOBÉÈP respiração, qualidade da voz, elocução e pausa r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPFSFWJTÈP da escrita r1BSBHSBGBÉÈP Leitura, escrita e oralidade Leitura, escrita e escuta intertextual e interdiscursiva de gêneros prescritivos articulados por projeto publicitário r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT literários e não literários r*OGFSËODJB r'SVJÉÈP r4JUVBDJPOBMJEBEF r-FJUVSBESBNÃUJDB r-FJUVSBFNWP[BMUB r$PFSËODJB r$PFTÈP r*OGPSNBUJWJEBEF r-FJUVSBPSBMSJUNPFOUPOBÉÈP respiração, qualidade da voz, elocução e pausa r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPFSFWJTÈP da escrita r1BSBHSBGBÉÈP 8a série/9o ano Conteúdos gerais Discurso político: diferentes formas de representação Estudo de tipologia e gêneros argumentativos articulados por projetos Construção de projeto político Estudos linguísticos r3FHËODJBTWFSCBMFOPNJOBM r1FSÎPEPDPNQPTUPQPS subordinação r$POKVOÉÈP r1SFQPTJÉÈP r"OBGÓSJDPT r1POUVBÉÈP r1FSÎPEPDPNQPTUP r$SBTF r$PODPSEÄODJBTWFSCBMFOPNJOBM r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT Leitura, escrita e oralidade Leitura, escrita e escuta intertextual e interdiscursiva de gêneros argumentativos e expositivos articulados por projeto político r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPTMJUFSÃSJPT e não literários r*OGFSËODJB r'SVJÉÈP r4JUVBDJPOBMJEBEF r-FJUVSBESBNÃUJDB r-FJUVSBFNWP[BMUB r$PFSËODJB r$PFTÈP r*OGPSNBUJWJEBEF r-FJUVSBPSBMSJUNPFOUPOBÉÈP respiração, qualidade da voz, elocução e pausa r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPFSFWJTÈP da escrita r1BSBHSBGBÉÈP CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL NOVA EDIÇÃO 2014-2017 COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Coordenadora Maria Elizabete da Costa Diretor do Departamento de Desenvolvimento Curricular de Gestão da Educação Básica João Freitas da Silva Diretora do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional – CEFAF Valéria Tarantello de Georgel Coordenadora Geral do Programa São Paulo faz escola Valéria Tarantello de Georgel Coordenação Técnica Roberto Canossa Roberto Liberato Suely Cristina de Albuquerque BomÅm EQUIPES CURRICULARES Área de Linguagens Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Ventrela. Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt, Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto Silveira. Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro, Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes Nogueira. Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves. Área de Matemática Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Aparecido Cornatione. Área de Ciências da Natureza Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Rodrigo Ponce. Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Maria da Graça de Jesus Mendes. Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte. Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus. Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda Meira de Aguiar Gomes. Área de Ciências Humanas Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Teônia de Abreu Ferreira. Área de Ciências da Natureza Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara Santana da Silva Alves. Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati. História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Margarete dos Santos e Walter Nicolas Otheguy Fernandez. Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de Almeida e Tony Shigueki Nakatani. PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO PEDAGÓGICO Área de Linguagens Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes, Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz. Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva, Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos, Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista BomÅm, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Campos e Silmara Santade Masiero. Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Sílvia Regina Peres. Área de Matemática Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima, Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson Luís Prati. Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula Vieira Costa, André Henrique GhelÅ RuÅno, Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael Plana Simões e Rui Buosi. Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S. Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M. Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus. Área de Ciências Humanas Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal. Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez, Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos, Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório, Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato e Sonia Maria M. Romano. História: Aparecida de Fátima dos Santos Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo, Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas. Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e Tânia Fetchir. Apoio: Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE CTP, Impressão e acabamento Log Print GráÅca e Logística S. A. GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO EDITORIAL 2014-2017 FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI Presidente da Diretoria Executiva Antonio Rafael Namur Muscat Vice-presidente da Diretoria Executiva Alberto Wunderler Ramos GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO Direção da Área Guilherme Ary Plonski Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza Gestão Editorial Denise Blanes Equipe de Produção Editorial: Amarilis L. Maciel, Angélica dos Santos Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina Carvalho, Carla Fernanda Nascimento, Carolina H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão, Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento, Flávia Medeiros, Gisele Manoel, Jean Xavier, Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leandro Calbente Câmara, Leslie Sandes, Mainã Greeb Vicente, Marina Murphy, Michelangelo Russo, Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Paula Felix Palma, Priscila Risso, Regiane Monteiro Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e Tiago Jonas de Almeida. CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS CONTEÚDOS ORIGINAIS Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís Martins e Renê José Trentin Silveira. COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS CADERNOS DOS ALUNOS Ghisleine Trigo Silveira Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e Sérgio Adas. CONCEPÇÃO Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo, Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini coordenadora! e Ruy Berger em memória!. AUTORES Linguagens Coordenador de área: Alice Vieira. Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Makino e Sayonara Pereira. Educação Física: Adalberto dos Santos Souza, Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira. LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Fidalgo. LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia González. História: Paulo Miceli, Diego López Silva, Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e Raquel dos Santos Funari. Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe, Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina Schrijnemaekers. Ciências da Natureza Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes. Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana, Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo. Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto, Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro, Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão, Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume. Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, José Luís Marques López Landeira e João Henrique Nogueira Mateos. Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti, Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell Roger da PuriÅcação Siqueira, Sonia Salem e Yassuko Hosoume. Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca Micsik, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro e Vanessa Leite Rios. Matemática Coordenador de área: Nílson José Machado. Matemática: Nílson José Machado, Carlos Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Walter Spinelli. Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião. Edição e Produção editorial: Jairo Souza Design GráÅco e Occy Design projeto gráÅco!. Ciências Humanas Coordenador de área: Paulo Miceli. Caderno do Gestor Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de Felice Murrie. Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas * Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são indicados sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados. S239m São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: caderno do professor; língua portuguesa, ensino fundamental – anos finais, 7a série/8o ano / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Débora Mallet Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, João Henrique Nogueira Mateos, José Luís Marques López Landeira. - São Paulo : SE, 2014. v. 1, 104 p. Edição atualizada pela equipe curricular do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino * Os mapas reproduzidos no material são de autoria de terceiros e mantêm as características dos originais, no que diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos). Médio e Educação Profissional – CEFAF, da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB. * Os ícones do Caderno do Aluno são reproduzidos no Caderno do Professor para apoiar na identificação das atividades. II. Angelo, Débora Mallet Pezarim de. III. Aguiar, Eliane Aparecida de. IV. Mateos, João Henrique Nogueira. ISBN 978-85-7849-553-4 1. Ensino fundamental anos finais 2. Língua portuguesa 3. Atividade pedagógica I. Fini, Maria Inês. V. Landeira, José Luís Marques Lópes. VI. Título. CDU: 371.3:806.90 Validade: 2014 – 2017