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GEOGRAFIA
Vestibular UFU 2ª Fase 16 de Janeiro de 2011
PRIMEIRA QUESTÃO
As cidades são aglomerados humanos que surgem, crescem e se desenvolve de acordo com uma dinâmica
espacial definida por circunstâncias históricas, socioeconômicas e ambientais. O processo de industrialização e a
urbanização têm provocado o crescimento acelerado das cidades, bem como profundas alterações em sua superfície e
em suas formas horizontais e verticais, o que resulta, quase sempre, em fontes adicionais de calor, sobretudo nas
grandes cidades.
A partir das informações acima, responda as questões a seguir.
A) Qual o nome do problema ambiental representado na figura?
B) Explique os fatores que justificam o aumento da temperatura na área urbana e sua diminuição na área rural.
C) Indique duas alternativas ambientalmente corretas que podem ser implementadas nas cidades para minimizar,
ou até mesmo, solucionar o aumento da temperatura. Resolução:
A) A figura representa o fenômeno da “ilha de calor”, uma alteração do micro clima urbano.
B) A elevação da temperatura nas regiões centrais das cidades é justificada pela “ilha de calor” causada pela
redução de áreas verdes, pela expansão das áreas construídas com concreto e asfalto (superfícies com grande
capacidade de absorção de calor) pela grande quantidade de veículos movidos a motores de combustão e pelo
aumento da poluição atmosférica.
C) A expansão das áreas verdes como praças, parques, ruas arborizadas e a redução do número de veículos
automotores a partir do incentivo ao uso do transporte coletivo.
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Vestibular UFU 2ª Fase 16 de Janeiro de 2011
SEGUNDA QUESTÃO
A política urbana permanece setorializada: não há integração entre políticas habitacionais, programas de infraestrutura e
serviços urbanos. O modelo socioterritorial de segregação contribuiu, durante anos, para a produção de cidades cada
vez mais excludentes e insustentáveis dos pontos de vista social, ambiental e econômico. Atualmente, para atender a
demanda por moradia, bairros são construídos cada vez mais distantes das áreas centrais e zonas industriais, levando a
população a enfrentar diariamente, horas nos deslocamento entre moradia-trabalho-moradia.
Com base nas informações acima, responda as questões a seguir.
A) Explique a relação existente entre a construção de moradias cada vez mais distantes das áreas centrais e o alto
valor das tarifas do transporte público.
B) Apresente três motivos que levam a população a preferir o uso de transporte particular em detrimento do
transporte público.
C) Explique, no mínimo, dois problemas socioambientais produzidos pelo uso excessivo de transporte particular que
comprometem a qualidade de vida na cidade.
Resolução:
A) A construção de moradias cada vez mais distantes das áreas centrais pode ser explicada pelo aumento da
demanda por moradia pelo crescimento urbano e pela especulação imobiliária, que provocam um processo de
periferização das cidades aumentando as distâncias entre os bairros e os locais de trabalho, exigindo um custo
operacional mais elevado dos transportes coletivos, o que consome boa parte da renda e do tempo dos
trabalhadores.
B) Ineficácia e elevado custo dos transportes coletivos (geralmente lotados); maior flexibilidade e mobilidade dos
veículos particulares, oferecendo mais conforto nos deslocamentos; facilitado através de aquisição desses
financeamentos e o “status” social propiciado pelo veículo próprio.
C) O excesso de veículos nas ruas provoca congestionamentos que aumentam consideravelmente o tempo dos
deslocamentos, e o aumento na emissão de poluentes e dos acidentes de trânsito, contribuindo para o estresse
urbano e a piora da qualidade de vida.
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TERCEIRA QUESTÃO
O direito de todos de morar em um lugar adequado, com condições dignas e com qualidade de vida é garantido
pela Constituição Brasileira. Entretanto, o padrão de crescimento das cidades no Brasil tem se caracterizado pelo
desrespeito desse direito, especialmente para a população de baixa renda. A periferia brasileira que sempre foi o reduto
desse grupo e das moradias populares – representadas pelos conjuntos habitacionais, pelas casas autoconstruídas e,
também, pelas favelas – hoje, tem um cenário diferente, pois uma nova classe social e uma nova forma de moradia têm
ocupado esse espaço: a população de alto poder aquisitivo e seus condomínios horizontais fechados.
A) Com base no texto introdutório e na charge, explique o processo de segregação socioespacial presente no
espaço urbano brasileiro.
B) A partir da análise do gráfico, aponte e explique dois fatores que contribuem para o crescimento das favelas nas
grandes cidades brasileiras.
Resolução:
A) Ao transformar a terra em mercadoria e especular a renda obtida por sua valorização, a cidade capitalista
segregou espacialmente os grupos sociais que a compõe, produzindo assim o centro (valorizado e dotado de
equipamentos urbanos essenciais) e a periferia (geralmente carente). No entanto, o espaço urbano sofreu
mutações, como a periferia, que anteriormente era reduto das classes de baixa renda, e hoje abriga condomínios
fechados destinados às classes de elevada renda, que procuram nesses novos espaços segurança contato com
a natureza e qualidade de vida, uma vez que o centro, cada vez mais poluído, degradado e comercial tornou-se
inadequado para moradia.
B) O processo de urbanização acelerado e desordenado das cidades brasileiras contribuiu para a formação das
favelas, além do elevado preço dos imóveis (para compra ou aluguel) associado a uma especulação imobiliária e
aos baixos salários. Outro fator que contribui para a favelização é a falta de uma política pública habitacional que
gera um déficit por moradias e leva as pessoas a construírem casas em áreas irregulares e de risco.
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QUARTA QUESTÃO
O Brasil, principalmente a partir da década de 1990, tem apresentado um significativo crescimento econômico
que, nas grandes aglomerações urbanas, repercute diretamente no consumo de bens duráveis e não duráveis. Como
consequência desse consumo, mesmo com o aumento da reciclagem e de campanhas educativas, nota-se vertiginosa
ampliação na geração de resíduos sólidos urbanos que nem sempre são depositados em locais adequados.
Nas grandes cidades, vem ocorrendo o aumento da produção de resíduos sólidos. Somente na cidade de São Paulo
são mais de 15 mil toneladas, das quais mais de 90% vão para os aterros sanitários e lixões a céu aberto, estando sua
maioria no limite da sua capacidade útil. Muitos aterros não têm tratamento adequado para o chorume derramado,
gerando inúmeros impactos ambientais. Além disso, as áreas destinadas aos resíduos sólidos estão também no limite da
sua capacidade operacional e nem toda a coleta está sob o controle das autoridades públicas. Os depósitos clandestinos
representam um problema sério nas metrópoles. No caso da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), é um
problema real já que uma parte significativa do lixo coletado nas 38 cidades é destinada aos lixões, e cerca de 25
cidades têm nos lixões a única alternativa para eliminarem seu lixo.
( JACOBI, Pedro. Impacto socioambientais urbanos: do risco à busca de sustentabilidade. In: MENDONÇA, F. Impactos socioambientais urbanos.
Curitiba: UFRS, 2004 ).
Com base no gráfico e no texto acima, responda as questões a seguir.
A) Explique a relação existente entre crescimento econômico e produção de resíduos sólidos urbanos.
B) Qual é a diferença entre Vazadouro a Céu Aberto ( Lixão ) e Aterro Sanítario?
C) Apresente 3 consequências ambientais produzidas pela destinação do lixo em locais inadequados.
Resolução:
A) Quanto maior o crescimento econômico, maior a renda, maior o consumo e maior a geração de resíduos sólidos.
Além disso, o fetiche do consumismo e a praticidade dos descartáveis contribuíram consideravelmente para o
aumento do volume desses resíduos.
B) Nos “lixões”, os resíduos são abandonados a céu aberto, sem nenhum tratamento, comprometendo o seu
entorno. No aterro sanitário, os resíduos são depositados e enterrados em camadas de áreas impermeabilizadas
onde o Chorume é tratado como esgoto e o metano é captado.
C) Poluição do solo e do lençol freático pelo chorume, poluição do ar pelo metano e pelas incinerações irregulares,
poluição visual que desvaloriza as áreas adjacentes e proliferação de vetores de doenças (roedores e insetos)
que fazem do lixo mais que um problema ambiental – um problema de saúde pública.
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