Resumo

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V Congresso Estadual de Iniciação Científica e Tecnológicado IF Goiano
IF Goiano- Campus Iporá
21 a 23 de setembro de 2016
DETECÇÃO DE ANTICORPOS DA CLASSE IgG PARA A CINOMOSE
CANINA EM CÃES DO MUNICÍPIO DE URUTAÍ – GO TESTANTO A
EFICÁCIA DE VACINA NACIONAL E IMPORTADA
GIMENES, Thaynara1; SANTOS, Pablo Nunes2; SOUZA, Wesley Pereira3; VIEIRA, Igor
Henrique4
1
Estudante de Iniciação Científica – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Câmpus Urutaí GO. [email protected]; 2Estudante de Iniciação Científica – Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Goiano – Câmpus Urutaí - GO. [email protected] 3Orientador – Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia Goiano – Câmpus Urutaí - GO. [email protected]; 4Colaborador – Estudante de Iniciação
Científica - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Câmpus Urutaí GO. [email protected];
RESUMO: A cinomose é uma doença infecto-contagiosa, causada por um RNA-vírus, da família
Paramoxiviridae. A medida mais importante de prevenção para cinomose canina é a vacinação. Existem
muitos cães que não são vacinados e nem monitorados em relação ao nível de anticorpos para à presença do
vírus, atuando como fonte direta de infecção para outros cães. Foram colhidas amostras de sangue de 24 cães
do município de Urutaí, esse procedimento teve o objetivo de obter o soro a partir do sangue através do
método de centrifugação para detecção dos níveis de anticorpos IgG contra o vírus da cinomose canina. O
material obtido foi armazenado posteriormente comparado com as amostras que foram colhidas após os
mesmos animais serem vacinados. Animais vacinados com duas doses de vacina com uma marca nacional
não obtiveram imunidade contra o vírus da cinomose canina diferentemente dos animais que foram
vacinados com vacina de uma marca internacional tiveram a comprovação de anticorpos de IgG.
Palavras-chave: Cinomose canina. Anticorpos. Epidemiologia. Vacinação.
INTRODUÇÃO
A cinomose é uma doença infectocontagiosa, de caráter agudo, subagudo ou
crônico, causada por um RNA - vírus, da família
Paramoxiviridae (DUNN, 2001). A doença ocorre
principalmente em cães jovens, com três a seis
meses de idade, depois que a imunidade passiva
materna desaparece (HOSKINS, 2004).
De acordo com Borba et al.,(2002) a
vacina é o melhor método para redução do risco
de aparecimento da enfermidade e a ausência de
vacinação pode aumentar em torno de 100 vezes a
ocorrência da doença numa população canina.
A efetividade vacinal está relacionada
com a capacidade de estimulação de células
apresentadoras de antígenos, seguida da liberação
das citocinas apropriadas. As vacinas devem
estimular linfócitos T e B, gerando um número
adequado de células de memória específicas para
o antígeno inoculado. (FLORES, 2007).
Um item relevante é que algumas
paramixoviroses, como o Vírus da cinomose
canina, possuem uma diversidade genética
relativamente constante (POMEROY et al., 2008),
o que pode reduzir o valor protetor de vacinas
feitas com cepas antigas (JOZWIK & FRIMUS,
2002). A possibilidade da existência de novas
variantes virais abre caminho para a expansão do
vírus da cinomose canina para novos hospedeiros,
desafiando assim, a eficiência das vacinas atuais
(HARDER, 1997). A resposta imune depende não
só do hospedeiro, mas também da cepa viral
(APPEL, 1987).
Segundo Van De Bilt et al.(2002), ainda
há casos de falha vacinal, que incluem desde
problemas na aplicação, refrigeração incorreta,
ineficácia da vacina e resposta imune antiviral
inadequada, imunocomprometimento do cão por
parasitas internos, estresse, anulação da vacina
por anticorpos maternos (filhotes vacinados
precocemente), entre outros.
Sendo assim, este trabalho objetivou
avaliar a eficácia das vacinas nacionais e
importadas, quanto a titulação de anticorpos IgG
em cães do município de Urutaí - GO.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado no município
de Urutaí GO, foram colhidas amostras de 24 cães
SRD selecionados de faixa etária entre 1 a 6 anos
sem histórico de vacinação, mas hígidos e
condições de saúde atestadas por exames clínicos,
sendo que os mesmos se encontravam em suas
respectivas residências, sendo 12 fêmeas e
12machos divididos em dois grupos onde cada
um dos grupos foi composto por fêmeas e
machos.
Para coleta das amostras foi utilizado
sistema a vácuo (vacunteiner Becto-Dickson 5 ml)
e agulha 20 x 5,5 mm, utilizou-se aveia radial com
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IF Goiano- Campus Iporá
21 a 23 de setembro de 2016
primeira via de escolha e a veia jugular com
segunda via,após a colheita as amostras foram
deixadas em repouso em temperatura ambiente
para retração do coágulo e em seguida foram
transportadas devidamente acondicionadas para o
laboratório onde foram centrifugadas a 744x g
durante 10 minutos, assim obtendo o soro para
realização de exame sorológico com kit de teste
para
determinação
de
anticorpos
IgG(VacciCheck) antes dos cães serem vacinados.
Após o resultado da primeira análise
sorológica, os cães receberam uma dose de
vacina, sendo que grupo A foi imunizado com
um marca de vacina nacional, e o grupo B recebeu
uma vacina de marca importada. Após 21 dias os
animais foram revacinados todos com a mesma
metodologia vacinal e mesma marca de vacina.
Aguardado 14 dias após a última
imunização foram coletadas mais amostras dos 24
cães com a mesma metodologia citada
anteriormente, e analisadas através do kit teste
VacciCheck seguindo as instruções do manual de
execução do teste.
.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O sangue colhido dos 24 animais antes da
vacinação foi comprovado com a sorologia
através do teste que ambos não possuíam
anticorpo IgG para o vírus da cinomose canina.
Dos 12 animais que foram submetidos as
duas doses da vacina de uma marca nacional
16,6% não obtiveram imunidade, não havendo
anticorpo IgG no soro destes. Enquanto que
83,4% deste grupo mostrou imunidade
inadequada.
Já os outros 12 animais agora vacinados
com duas doses de vacina de uma marca
importada 25% dos animais mostraram fortemente
imunizados e 75% mostraram positivos para
anticorpo IgG contra cinomose canina.
CONCLUSÃO
A vacina de marca importada, quando
comparada a nacional propiciou aos animais
melhor taxa de anticorpos vacinais IgG
conferindo-lhes imunidade quanto ao vírus da
cinomose canina .
Entretanto, é necessário que a vacina seja
armazenada e manuseada de maneira correta,
seguindo
as
instruções
do
laboratório
desenvolvedor, e levando em consideração a
marca e seus paramentos de qualidade além de
que os fabricantes das vacinas devem sempre estar
atentos para identificação de novas variantes do
vírus da cinomose canina para que as vacinas
sejam cada vez mais eficazes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APEEL M.J.G. Canine distemper virus. In: Virus
Infections of Carnivores. Elsevier: Amsterdam,
p.133-159, 1987.
BORBA, T.R., MANNIGEL, R.C., FRAPORTI,
C.K., HEADLEY, S.A., SAITO, T.B. Cinomose:
dados epidemiológicos Maringá – PR, (19982001). Cesumar 4:53-56, 2002.
DUNN, J. K. Infecções específicas caninas. In:
McCandlish.Tratado de medicina de pequenos
animais. São Paulo: Editora Roca, 2001.
FLORES, E.F. Virologia veterinária. Santa Maria
: Ed. da UFSM, 2007.
HARDER, T.C., OSTERHAUS, A.D.M.E.
Canine distemper virus – a morbilivirus in search
of new hosts? Trends Microbiol. 5:120-124,
1997.
HOSKINS, J.D. Doenças virais caninas. In:
ETTINGER, S.J. Tratado de medicina interna
veterinária: doenças do cão e do gato. 5.ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
JOZWIK A. & FRIMUS T. Natural distemper in
vaccinated and unvaccinated dogs in Warsaw. J.
Vet. Med. B Infect. Dis. Vet. Public Health
49:413-414, 2002
POMEROY,
L.W.,
BJOMSTAD,
O.N.,
HOLMES,
E.C.
The
evolutionary and
epidemiological
dynamics
of
the
paramyxoviridae. J. Mol. Evol. 66:98-106, 2008.
VAN DE BILDTV, M.W.G., KUIKEN, T.
VISEE, A.M., LENNA S., FITZJOHN T.R.,
OSTERHAUS, A.D.M.E. Distemper outbreak
and its effect on African wild dog conservation.
Emerg. Infect. Dis. 8:211-213, 2002.
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