Capítulo 040 - Curso de eletronica analógica (ilustrado

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Circuitos integrados especiais
Não estamos exagerando quando mencionamos o alto grau de
"integração" - no sentido de convivência- dos circuitos integrados
no mundo eletrônico.
Dentro do amplo espectro dos circuitos integrados disponíveis no
mercado podemos encontrar duas famílias de circuitos bem
diferenciadas. A que agora nos ocupa é a destinada ao campo
analógico ou, para entender-nos melhor, a parte mais "antiga" da
eletrônica, a qual pode, como veremos à continuação, conter-se
numa única montagem de silício, ao qual denominamos circuito
integrado.
Os circuitos VCO não escapariam à integração que nos invade e,
para demonstrar isto, nada melhor que um bom exemplo,
tampouco os circuitos PLL ; assim como um bom número de
aplicações e circuitos que, se não fosse integrados, nos
obrigariam a adquirir certos equipamentos eletrônicos, tanto
desde o ponto de vista econômico como de espaço.
Aplicações integradas de todo tipo
Mediante a ajuda da integração de circuitos podemos conseguir
circuitos tipo VCO. Se não fosse pela inestimável ajuda que nos
prestam os circuitos integrados de tipo amplificador operacional
não seríamos capazes de desenhar um oscilador controlado por
tensão com um número tão limitado de componentes e de uma
qualidade similar.
Outro dos campos onde o circuito integrado se impôs foi nos
circuitos de tipo PLL. Um claro exemplo disto é o integrado da
casa National, o LM567.
Este integrado acrescenta um passo mais por parte do seu
fabricante ao tratamento de sinais. A sua aplicação se centra na
decodificação de tons - de ampla difusão nos circuitos telefônicos
e de comunicações- e a sua principal vantagem com respeito a
outros circuitos similares é a sua saída de caráter digital.
Para explicar isto basta indicar que o circuito pode configurar-se a
partir de uns poucos componentes externos para "ajustar-se" a
um tom ou frequência determinada e, em função da sua presença
na entrada de dito circuito do citado tom, se habilita na saída do
chip um sinal de tipo digital, isto é, um "0" ou um "1".
Uma aplicação típica para este tipo de circuitos poderia ser, por
exemplo, a detecção do tom de 1 KHz, presente numa
transmissão morse para equipamentos de decodificação
automática. Neste caso, o sinal de um receptor (. ou-),
convenientemente tratado, se faz chegar ao decodificador PLL
configurado pelo LM567, tal e como pode ver-se na figura
adjunta. Uma vez que o tom morse ( de 1 KHz.) se detecta na
entrada do chip, a saída deste passa a indicá-lo por uma
mudança de nível digital, isto é, uma mudança de "1" a "0". A
saída de dito chip, já de tipo digital, pode fazer-se chegar
posteriormente a um sistema informático que se encarregará de
"traduzir" a sequência de zeros e uns na transmissão morse
citada.
Outros circuitos integrados analógicos
Além dos integrados mais utilizados em eletrônica analógica
existe um bom número de circuitos mais específicos, de menor
difusão e, não por isso, de menor importância no campo do
desenho eletrônico. O item dos sensores eletrônicos é um destes
campos. Mas para poder compreender isto só basta pôr uns
exemplos.
Circuito sensor de temperatura
O integrado LM335 da National nos oferece, num
encapsulamento similar a um transistor standard, um sensor de
temperatura. Este contém no seu interior um diodo zener
configurado de tal forma que a sua tensão interna de ruptura seja
diretamente proporcional à temperatura externa. A relação iV/iT
do citado sensor é de +10 mV/K. Não é preciso dizer que a
variação
produzida no citado sensor se pode depois
"converter" com um circuito adequado e conseguir que dita
variação seja refletida por meio do indicador ou display
adequado.
Circuito opto-acoplador
Este tipo de circuito nos permitem trabalhar de forma segura com
circuitos que manipulam tensões elevadas e "comunicá-los" com
circuitos de circuito de controle que se alimentam a partir de uma
pequena tensão contínua. No circuito que podemos observar na
ilustração correspondente contemplamos um opto-acoplador que
responde à denominação específica de opto-Triac. Neste caso, o
opto-acoplador se encarrega de disparar a um segundo triac a
partir do sinal de controle que geremos por meio de um circuito
qualquer que ative o visualizador ou LED interno do chip.
A "segurança" fica garantida devido ao fato do único "contato"
físico entre o circuito de alta e o de baixa tensão (circuito de
controle) ser um enlace via "luz" (a emitida pelo LED).
Circuito amplificador
Dentro das aplicações analógicas, um lugar estelar está
desempenhado pelos amplificadores de B.F. Entre os circuitos
integrados disponíveis para aplicações áudio existe toda uma
gama. Um exemplo simples de amplificador de áudio pode estar
constituído pelo LM386. Este simples integrado pode configurarse por meio de uns poucos componentes externos para ajustar o
seu ganho. Na ilustração correspondente vemos um exemplo de
configuração deste circuito assim como o seu esquema interno.
Circuito indicador por visualizadores
Para comentar uma última aplicação de tipo analógico e integrada
escolhemos um chip dedicado a controlar os famosos "vu-metros"
(barras de diodos LED) dos equipamentos de áudio.
Em
concreto falamos do chip LM3915,
trata-se de um integrado desenhado especificamente para
controlar uma barra de até 10 diodos LED a partir de um sinal de
áudio.
Na ilustração correspondente podemos observar o modo em que
tem que configurar-se este chip para que os LED associados ao
mesmo nos dêem uma indicação da potência de áudio presente
no alto-falante sob controle. A ligação da montagem pode fazerse
diretamente aos terminais do alto-falante que nos fornece o sinal
de áudio. Cabe indicar que o resistor Rx deverá configurar-se de
acordo com a impedância do nosso equipamento.
Circuitos de rádio, vídeo e TV
Neste item poderíamos estender-nos muito
dado que existe uma ampla gama de circuitos no mercado
destinados a todo tipo de aplicações, o qual tende a reduzir o
custo dos equipamentos e a simplificar tanto a sua fabricação
como posteriores reparações.
Adaptado do “curso de eletrônica” da Editora F&G S.A (1995)
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