orientação de estudos - recuperação final
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Marília, _______________ de _________________________________de 2015. NOME: ________________________________no ________turma___________ Nº: TAREFA PARA 4ª. FEIRA (DIA 09/12): ATENÇÃO: 1º. Conjugar, em folha de bloco, os verbos: DAR, PASSEAR, TRAZER, QUERER, VER e VIR nos modos INDICATIVO e SUBJUNTIVO, consulte uma Gramática ou internet. ( Valor: 1,0 ) 2º. Estude os VERBOS IRREGULARES do trabalho, faça e estude os exercícios 1 e 2; há um gabarito para você conferi-los . 3º. A seguir, estude e leia cada ponto fazendo os respectivos exercícios.(3 ao 16) 4º. Anote dúvidas para serem sanadas nas aulas. 5º. ATENÇÃO: para a 1ª. aula você já deverá ter estudado e realizado todos os exercícios e apresentá-los à professora. Somente depois de vistá-los a professora disponibilizará, no site, gabarito para correção. RECUPERAÇÃO FINAL AVALIAÇÕES PONTUADAS: Trabalho: VERBOS IRREGULARES (valor: 1,0) ; entregar dia 09/12/15 Prova,leitura, compreensão, interpretação de texto e gramática (valor: 9,0) (As notas serão somadas e dividas por dois) AVALIAÇÕES NÃO PONTUADAS: participação ativa nas aulas (tirar dúvidas e realizar os exercícios) respeito ao professor e aos colegas realização de tarefas pontualidade na chegada às aulas OBS: Os itens elencados nas avaliações não pontuadas são considerados no Conselho Final. ORIENTAÇÃO DE ESTUDOS - RECUPERAÇÃO FINAL I. MORFOLOGIA: VERBO Estudar os principais verbos irregulares. Conjugar, em folha de bloco, os verbos: DAR, PASSEAR, TRAZER, QUERER, VER e VIR nos modos INDICATIVO e SUBJUNTIVO. ( Valor: 1,0 ) EXERCÍCIOS 1. Complete as frases com o verbo indicado no parênteses observando o contexto. a) Eu sempre .................................... coisas estranhas naquela casa. ( ver ) b) Se ele tiver dinheiro, certamente ...................................... a seu filho. ( dar ) c) Se nós não ................................, certamente não descansaríamos. ( passear ) d) Se nós não ................................, certamente não descansaremos. ( passear ) e) Se Amanhã todos...................................... a tarefa, serão premiados. ( trazer ) f) Ele ............................... coisas horríveis mais uma vez, ontem, na palestra. ( dizer ) g) Epa! Eu não................................ o trabalho! ( trazer ) h) Se Eduardo................................ , ele faria a coisa certa. ( i) querer ) Amanhã nossos professores................................... novos livros de aventura para a biblioteca. ( trazer ) 2. Use o presente do indicativo ou o presente do subjuntivo dos verbos indicados: a) Tomara que os professores......................................... provas fáceis. ( dar ) b) Você................................. que ela fique aqui? ( querer ) c) Dedica-se à natação, embora........................................ mesmo fazer futebol. ( querer ) d) Receio que todos........................................ a mesma coisa: dormir. ( desejar ) e) O professor........................................ por este corredor e os alunos .............por aquele outro lá. ( vir ) f) Eduardo............................ problemas em tudo.( ver ) g) Os alunos que ............................ bons filmes, têm mais criatividade. (ver) Gabarito: 1. a) vejo, via; b)dará; c) passeássemos; d) passearmos; e) trouxerem; f)disse;g) trouxe; h)quisesse; i) trarão. 2. a) deem; b)quer; c)queira; d)desejem;e) vem, vêm; f)vê; g) veem II. Frase nominal x oração 3. Classifique as frases abaixo em nominal ou verbal (oração). a) Meu mundo caiu. b) Mulher no volante, tranqüilidade constante! c) Pai, obrigado por tudo! d) Quem tem saudade de dinossauros? III. Sujeito/ Predicado b) III Observe a oração: Os jovens pobres só dançavam break. Qual é o verbo da oração? Quem só dançava break? Nessa oração nós afirmamos alguma coisa ( “só dançavam break” ) a respeito de “Os jovens pobres”. Dizemos então que a expressão “Os jovens pobres” exerce a função de sujeito dessa oração. Sujeito é a parte da oração sobre a qual se diz alguma coisa. O sujeito tem uma palavra mais importante (núcleo), que em geral, é um substantivo ou um pronome. Vejamos: No sujeito “Os jovens pobres”, o núcleo é o substantivo jovens. O sujeito pode aparecer no começo, no meio ou no final da oração. Os jovens dançam break todos os finais de semana. Qual é o sujeito? Nesse caso, o sujeito está no início da oração. Reescreva a oração colocando o sujeito em duas outras posições. Na oração “Os jovens pobres só dançavam break” o sujeito é “Os jovens pobres”. Transcreva a parte dessa oração em que se afirma alguma coisa sobre o sujeito. Essa afirmação constitui o predicado da oração. Portanto “só dançavam break” é o predicado. Predicado é a parte da oração que expressa a idéia que se quer transmitir, geralmente sobre um sujeito. Não há oração sem predicado. Em termos práticos, para achar o sujeito e o predicado de uma oração, você deve seguir alguns passos: 1. Descubra o verbo. 2.Fazer ao verbo a pergunta: “sobre o quê ou quem é dada a informação............?”. (verbo) 3. Identificado o sujeito O predicado será o restante da oração. 4. Identifique o sujeito e o predicado das frases seguintes: a) Por minha vontade eu ficava ouvindo aquele menino a vida inteira. b) Atrás dele vinha o rapaz de cabelos louros, encaracolados, com os olhos azuis muito abertos. c) Os seus hábitos estranhos deixavam perplexos os moradores da rua. d) Vai alta no céu a lua da Primavera. e) No lixo da feira, crianças garantiam o seu almoço. IV. Sujeito - Classificação Observe: Os rappers conquistaram a atenção do mundo. Qual é o sujeito dessa oração? Qual é o núcleo desse sujeito? O sujeito que tem apenas um núcleo é simples, não importando o fato de esse núcleo estar no singular ou no plural. Sujeito simples é aquele que tem um só núcleo. 2. Veja agora: Não gosto de rap. O sujeito dessa oração só pode ser eu. Descobrimos isso pela terminação do verbo gostar. Ao sujeito, que é identificado pela terminação do verbo, mas não aparece expresso claramente na oração, dá-se o nome de sujeito oculto. O sujeito oculto pode ser um pronome pessoal reto, que conseguimos identificar pela terminação do verbo. Veja: Não gosto desse tipo de música. (sujeito simples, oculto: eu) Não gostas desse tipo de música. (sujeito simples, oculto: tu) Não gostamos desse tipo de música. (sujeito simples, oculto: nós) Não gostais desse tipo de música. (sujeito simples, oculto: vós) 3. Observe agora: Os rappers e os MCs conquistaram a atenção do mundo. Qual é o sujeito dessa oração? Quantos núcleos há nesse sujeito? Quais são eles? Trata-se de um sujeito composto, pois tem dois núcleos: “rappers” “MCs”. Sujeito composto é aquele que tem dois ou mais núcleos. 5. Identifique o sujeito. Determine seu (s) núcleo(s) e classifique-o: a) A primeira grande cidade brasileira do movimento “hip hop” foi São Paulo. ______________________________________________________________________________ b) As escolas e os clubes deveriam incentivar a criação de bandas musicais entre os jovens. ______________________________________________________________________________ c) Os grupos locais não seguem a linha dos americanos. ______________________________________________________________________________ d) Precisamos escrever letras mais compromissadas. ______________________________________________________________________________ e) Olhei as vitrines. _______________________________________________________________________________ V. Predicado Classificação do Predicado Já vimos que o predicado é tudo aquilo que se afirma, em geral, a respeito do sujeito. Quando o sujeito está oculto, o predicado é a oração inteira. O predicado pode ser: a) NOMINAL: é aquele que tem um nome como núcleo e indica estado ou qualidade do sujeito (só aparece em frases que tenham ( verbo de ligação ). b) VERBAL: é aquele que tem um verbo significativo comonificatico e um predicativo núcleo. c) VERBO-NOMINAL (tem um verbo sig) 6. Nas frases seguintes identifique o predicado e classifique-o. a) Os danos ecológicos da chuvaácida são terríveis. _______________________________________________________________________________________ b) Devemos nos preocupar com a chuva ácida. _______________________________________________________________________________________ c) Jeremias vinha pela rua. _______________________________________________________________________________________ d) Carlos estava angustiado. _______________________________________________________________________________________ VI. PREDICADO NOMINAL: Verbo de ligação / Predicativo do Sujeito Na oração: O vento está forte. O verbo não indica ação. Ele serve apenas para ligar o sujeito ( “O vento” ) à palavra que indica uma característica do sujeito, o núcleo do predicado ( “ forte” ). O verbo estar é um verbo de ligação. Veja exemplos de verbos de ligação: Quais são, então, os principais verbos de ligação em português? Responda utilizando o infinitivo dos verbos. O vento é está parece permanece fica forte O vento 7. Em todas as frases ao lado, a palavra forte,. . além de ser o núcleo do predicado, indica uma característica do sujeito. Essa característica chama – se predicativo do sujeito. Em todo predicado nominal, há esses dois elementos básicos: verbo de ligação e predicativo do sujeito. Escreva quatro frases sobre sua escola, utilizando em cada uma um verbo de ligação diferente. Em todas as frases deve aparecer um predicativo do sujeito. a) _______________________________________________________________________________ b) _______________________________________________________________________________ c) _______________________________________________________________________________ d) _______________________________________________________________________________ 8. Identifique os predicativos do sujeito das frases: a) Os peixes são sensíveis à mudança do nível de pH. b) As raízes ficam abaladas. e) O húmus é um agregado orgânico. d) O poder da chuva ácida é letal. e) Cláudio vive feliz da vida. VII. PREDICADO VERBAL: Verbo intransitivo / transitivo Os verbos que formam o predicado verbal são verbos significativos. No exemplo “O vento sopra”, sopra é um verbo de ação. Esse verbo precisa de algo que complete seu sentido para que se possa compreender a frase? Logo, esse verbo tem significado completo, quer dizer, ele já transmite uma informação completa para quem lê. Por isso, não necessita de nenhuma outra palavra para completar o seu sentido. Verbos desse tipo são chamados de intransitivos. Verbo intransitivo é aquele que tem sentido completo entre si. Por isso não exige nenhuma palavra ou expressão para completar – lhe o sentido. Outros exemplos: Os bosques morrem. O jogo acabou. Os cães latem. Todas essas frases transmitem uma informação que tem sentido para o leitor. Se quiser, o autor da frase pode até acrescentar outras informações, mas elas não são exigidas pelo verbo. Veja: Os bosques morrem lentamente. O jogo acabou muito tarde. Os cães latiam muito. Veja agora este outro tipo de verbo de ação: Os bosques concentram... O solo precisa... Os verbos concentrar e precisar têm sentido completo? Esses verbos não transmitem sozinhos uma informação completa. Perguntamos imediatamente: Concentra o quê? Precisa de quê? Os bosques concentram a acidez da chuva. O solo precisa de húmus. “A acidez da chuva” e “de húmus” são expressões que completam o sentido dos verbos concentrar e precisar, respectivamente. Esses verbos que exigem um complemento são chamados de verbos transitivos. Verbo transitivo é aquele que precisa de um complemento. Esse complemento é uma palavra ou expressão que completa o sentido do verbo. 09. Classifique os verbos destacados em TRANSITIVOS, INTRANSITIVOS e de LIGAÇAO: a) A vegetação dos bosques acaba. b) A formação de húmus é alterada. c) Não queremos esse tipo de chuva. d) Esses problemas parecem insolúveis. • Verbo transitivo direto / Verbo transitivo indireto Vamos agora comparar os dois tipos de verbos transitivos: Os bosques concentram a acidez da chuva. Entre o verbo ( “concentram” ) e o complemento ( “a acidez da chuva” ) não existe nenhuma preposição. O verbo é chamado transitivo direto. O complemento é o objeto direto (OD). Outros exemplos de verbos transitivos diretos: Esse fenômeno tem um poder letal. VTD OD Um novo tipo de poluição chama a atenção. Agora observe: VTD OD O solo precisa de húmus. Entre o verbo ( “precisar” ) e o complemento ( “húmus” ) aparece a preposição de. Essa preposição é exigida pelo verbo precisar. Esse verbo é transitivo indireto. O complemento é o objeto indireto ( OI ). Verbo transitivo indireto ( VTI ) é aquele que se liga ao seu complemento indiretamente, isto é, por meio de uma preposição. A preposição é exigida pelo verbo. Outros exemplos: Você acredita em Deus? VTI prep. complemento ( OI ) Preciso de dinheiro. VTI 10. prep. complemento ( OI ) Leia o texto que segue. Classifique os verbos em destaque em: ligação, intransitivo, transitivo direto ou transitivo indireto. Capricórnio (22 dez. a 20 jan.) Você tem feito um grande esforço para adequar o que quer realizar ao tempo curto que tem pela frente. Ele parece escorrer entre seus dedos, mas você não tem muita opção a não ser manter a espinha reta e continuar trabalhando duro por alguns dias a mais. Preserve-se da crítica alheia, você está hipersensível. ( Barbara Abranmo. Folha de S.Paulo, 5 de out. 2000. Ilustrada, p.2 ) Verbo transitivo direto e indireto Observe agora o texto no balão do primeiro quadrinho: O verbo levar é transitivo ou intransitivo? Como você o classificaria: transitivo direto ou transitivo indireto? O verbo levar, neste caso, pede dois complementos: um obejeto direto ( “quitutes” ) e outro ligado por meio de preposição, o objeto indireto ( “para vovozinha” ). Trata-se de um verbo transitivo direto e indireto. Verbo transitivo direto e indireto (VTDI) é aquele que pede dois complementos: um ligado a ele diretamente e outro ligado por meio de preposição. Ao resultado da ligação que se estabelece entre o sujeito e o verbo e entre o verbo e o complemento dáse o nome de predicado verbal. Quanto à predicação, os verbos podem ser de ligação, intransitivos e transitivos (diretos, indiretos, diretos e indiretos). 11. Classifique os verbos seguindo o código: • • • • • V.L (verbo de ligação) V.l (verbo intransitivo) V.T.D. (verbo transitivo direto) V.T.l (verbo transitivo indireto) V.T.D.l (verbo transitivo direto e indireto) a) Os professores já entregaram as provas. ( _________________ ) b) Transmitimos a notícia aos familiares. ( _____________________ ) c) Já dei o recado. ( ____________________ ) d) O garoto caiu doente há alguns dias. ( _________________ ) e) Mariana parece triste. ( _______________________ ) f) Gostamos de marmelada. ( ________________________ ) g) Fornecemos refeições aos empregados. ( _________________________ ) h) A noite chegou chuvosa. ( ________________________ ) i) Os canos pararam no meio da pista. ( ____________________________ ) Complementos verbais: objeto direto e objeto indireto Patrícia Melo conta a saga de Reizinho. Identifique e classifique o sujeito e o predicado dessa oração. Como você classifica o verbo contar quanto à predicação verbal. Qual é o complemento do verbo? O complemento do verbo transitivo direto chama-se objeto direto. Qual é, então, o objeto direto do verbo contar nessa oração? Objeto direto é a palavra ou expressão que completa o sentido de um verbo transitivo direto. Esse complemento é chamado de objeto direto porque entre ele e o verbo não existe preposição. A análise da oração fica assim: Patrícia Melo conta a saga de Reizinho. sujeito simples VTD OD predicado verbal Como localizar o objeto direto? Basta fazer a pergunta o quê? ou quê? Depois do bloco formado pelo sujeito e pelo verbo. A resposta é o objeto direto. Assim, em relação ao exemplo anterior: Patrícia Melo conta o quê? A saga de Reizinho. objeto direto Veja mais um exemplo: Você já cumprimentou a autora? Você já cumprimentou quem? A autora. objeto direto Observe agora: Preciso de outro livro. Identifique e classifique o sujeito e o predicado dessa oração. Qual é o complemento do verbo? Que preposição existe entre o verbo e o complemento? Classifique o verbo precisar quanto à predicação verbal. O complemento de um verbo transitivo indireto chama – se objeto indireto. Objeto indireto é a palavra ou expressão que completa o sentido de um verbo transitivo indireto e o objeto indireto sempre aparece a preposição exigida pelo verbo. Preciso de outro livro. VTI prep. OI Predicado verbal Sujeito oculto: eu Observação — Lembre-se de que as preposições a, de, em podem fazer combinações com outras palavras. Veja: Preciso dela. (dela = preposição de + pronome ela) Pensamos nele. (nele = preposição em + pronome ele) Ofereci a bebida aos convidados. (aos = preposição a + artigo os) 12. Identifique e classifique os complementos verbais. a) A seca castiga o Nordeste. _______________________________________________________________________________________ b) Penso muito em meu namorado. _______________________________________________________________________________________ c) Eu gosto de música popular brasileira. _______________________________________________________________________________________ d) No Natal, dei a Pedro uma bonita camisa. _______________________________________________________________________________________ e) Os índios cercaram a aldeia. _______________________________________________________________________________________ VI. PREDICADO VERBO- NOMINAL: verbo significativo + predicativo 13. Assinale a oração com predicado verbo-nominal: a) A torcida santista estava eufórica. b) Eu assisti ao jogo. c) O aniversário da Roberta foi animado. d) O ladrão fugiu apavorado. 14. Identifique o núcleo do predicado das orações abaixo circulando-o, a seguir classifique-o, colocando PV para predicado verbal, P N para predicado nominal e PVN para predicado verbo-nominal. a. b. c. d. e. f. g. h. O frio continuava cortante. Estas abelhas produzem o melhor mel À tarde, ela voltou para o trabalho. Encontravam-se às escondidas, todas as noites. Ele deixou, desiludido o hospital. Achávamos interessante o rapaz. Procuravam o sequestrador em lugar errado. Aquela mulher precisava de um médico. 15. Faça um retângulo no predicativo e informe se é do sujeito ou do objeto. a) b) c) d) e) f) g) h) i) j) Cuiabá já foi atraente para compradores de carros usados. Nossa esperança continua forte. Os familiares julgaram o dia do casamento inoportuno. O pai estava falante, mas mesmo assim percebeu o filho desanimado. A mudança de alimentação tornara o doente animado e disposto. Armando saíra apressado. Julgaram o quadro azul de Lila o melhor. Encontraram machucado o garoto. Cuiabá já foi atraente para compradores de carros usados. Nossa esperança continua forte. 16. Atividades de múltipla escolha: interpretação textual, verbos, sujeito e predicado NO DIA EM QUE O GATO FALOU Era uma vez uma dama gentil e idosa que tinha um gato siamês. Gato de raça, elegante, de ânimo cristão. Lindo gato, gato terno, amigo, pertencente a uma classe quase extinta de antigos deuses egípcios. Este gato só faltava falar. Manso e inteligente, seu olhar era humano. Mas falar não falava. E sua dona, triste, todo dia passava uma ou duas horas, repetindo sílabas e palavras para ele na esperança de que um dia aquela inteligência que via em seu olhar explodisse em sons compreensivos e claros. Mas, nada! A dama gentil e idosa era, naturalmente, incapaz de compreender o fenômeno. Tanto mais que ali mesmo à sua frente, preso a um poleiro de ferro, estava um outro ser, também animal, inferior até ao gato, pois era somente uma pobre ave, mas que falava! Falava mesmo, muito mais do que devia. Um papagaio, que falava pelas tripas do Judas. Curiosa natureza, pensava a mulher, que fazia um gato quase humano, sem fala, e um papagaio cretino, mas tagarela. E quanto mais meditava mais tempo gastava com o gato no colo, tentando métodos, repetindo silabas, redobrando cuidados para ver se conseguia que seu miado virasse fala. Exatamente no dia 16 de maio de 1958 foi que teve a ideia genial. Quando a ideia iluminou seu cérebro, perguntou-se: “Mas, como não me ocorreu isso antes?” O papagaio viu no brilho do olhar da dona o seu terrível destino e tentou escapar, mas estava preso. Foi morto, depenado e cozinhado em menos de uma hora. Pois o raciocínio da mulher era lógico e científico: se desse ao gato o papagaio como alimentação, não era evidente que o gato começaria a falar? Não era? Veria. O gato, a princípio, não quis comer o companheiro. Temendo ver fracassado o seu experimento científico, a dama gentil e idosa procurou forçá-lo. Não conseguindo que o gato comesse o papagaio, bateu-lhe mesmo – horror! – pela primeira vez. Mas o gato se recusou. Duas horas depois, porém, vencido pela fome, aproximou-se do prato e engoliu o papagaio todo. Imediatamente subiu-lhe uma ânsia do estômago, ele olhou para a dona e, enquanto esta chorava de alegria, começou a gritar (num tom meio currupaco, meio miau-miau-miau, mas perfeitamente compreensível): – Madame, foge pelo amor de Deus! Foge, madame, que o prédio vai cair! A mulher, tremendo de emoção e alegria, chorando e rindo, pôs-se a gritar por sua vez. – Vejam, vejam, meu gatinho fala! Milagre! Fala o meu gatinho! Mas o gato, fugindo ao seu abraço, saltou para a janela e gritou de novo: – Foge, madame, que o prédio vai cair! Madame, foge! – e pulou para a rua. Nesse momento, com um estrondo monstruoso, o prédio inteiro veio abaixo, sepultando a dama gentil e idosa em meio aos seus escombros. O gato, escondido melancolicamente num terreno baldio, ficou vendo o tumulto diante do desastre e comentou apenas, com um gato mais pobre que passava: – Veja só que cretina. Passou a vida inteira para fazer eu falar e no momento em que falei, não me prestou a mínima atenção. MORAL: O mal do artista é não acreditar na própria criação. (Millôr Fernandes – adaptado para esta avaliação) 1.A frase “Este gato só faltava falar” tem o mesmo significado que: a) Este gato, quando fica sozinho, tenta falar. b) Falar é só o que falta a este gato. c) Só este gato é que não fala. d) Só este gato é que fala sozinho. 2. Em “... e um papagaio cretino, mas tagarela...”, a expressão em destaque indica que o papagaio era: a) Pouco inteligente, mas muito falante. b) Crente, mas muito falante. c) Pouco instruído, mas muito observador. d) Pouco bobo, que não sabia falar. 3. Em “E quanto mais tempo meditava mais tempo gastava...” a palavra em destaque significa: a) Planejava. b) Examinava. c) Estudava. d) Pensava. 4. Em “... sepultando a dama gentil...”, a palavra em destaque significa: a) Escondendo. b) Isolando c) Soterrando. d) Abrigando. 5. Em “... em meio aos escombros...”, a palavra em destaque significa: a) Restos de construção desmoronados. b) Cinzas resultantes de um incêndio. c) Ruídos provocados por um desmoronamento. d) Substâncias venenosas. 6. Em “O gato, escondido melancolicamente num terreno baldio...”, a palavra em destaque significa: a) Assustadoramente. b) Tristemente. c) Nervosamente. d) Timidamente. 7. O fenômeno que a dama não conseguia entender era: a) A burrice do gato. b) A inteligência do papagaio. c) A mudez do papagaio. d) A mudez do gato. 8. O papagaio percebeu o que estava para acontecer-lhe quando: a) Olhou para a sua dona. b) Aproximou-se do gato. c) Escutou o que a sua dona dizia d) Percebeu que o gato não falava. 9. Ao ter a ideia genial, a dona sentiu-se: a) Arrependida, por ter que sacrificar a ave. b) Satisfeita e recompensada. c) Ressentida pelo fato da ideia não lhe ter ocorrido antes. d) Preocupada por não estar certa. 10. No “Mas falar não falava. E sua dona, triste, todo dia passava uma ou duas horas, repetindo sílabas...”, os verbos destacados estão no tempo: a) Presente do indicativo b) Pretérito perfeito do indicativo. c) Pretérito imperfeito do indicativo d) Futuro do presente. 11. No trecho “O papagaio viu no brilho do olhar da dona o seu terrível destino e tentou escapar, mas estava preso. Foi morto...”, os verbos em destaque estão no tempo: a) Pretérito perfeito do indicativo. b) Pretérito imperfeito do indicativo. c) Futuro do presente do indicativo. d) Futuro do pretérito do indicativo. 12. No trecho “ – Vejam, vejam, meu gatinho fala! Milagre! Fala o meu gatinho!”, o verbo falar está no tempo: a) Presente do indicativo b) Pretérito perfeito do indicativo. c) Futuro do presente do indicativo. d) Futuro do pretérito do indicativo. 13. No trecho: “...redobrando cuidados para ver se conseguia que seu miado virasse fala.”, o verbo em destaque está no modo: a) Imperativo b) Indicativo. c) Subjuntivo. d) N.d.a. 14. No trecho “– Foge, madame, que o prédio vai cair! Madame, foge!”, o verbo em destaque está no modo: a) Imperativo. b) Indicativo. c) Subjuntivo. d) N.d.a. 15. No trecho: “Mas o gato, fugindo ao seu abraço, saltou para a janela e gritou de novo”, os verbos em destaques estão no modo: a) Imperativo. b) Indicativo. c) Subjuntivo. d) N.d.a. 16. Assinale a alternativa em que não há oração: a) “O papagaio viu no brilho do olhar da dona...” b) “O gato, a princípio, não quis comer o companheiro.” c) “...a dama gentil e idosa procurou forçá-lo.” d) “Gato de raça, elegante, de ânimo cristão.” 17. Na oração “O gato da dama gentil e idosa pertencia a uma classe quase extinta de antigos deuses egípcios.”, o sujeito é: a) O gato b) O gato da dama gentil e idosa c) Dama gentil e idosa d) Antigos deuses egípcios. 18. Assinale a alternativa em que o termo destacado da oração é predicado. a) A dama gentil e idosa tinha um gato siamês. b) O gato não sabia falar. c) A dama gentil e idosa tinha um gato tagarela. d) O gato não quis comer o papagaio. 19. Na oração “O gato saltou para a janela e pulou para a rua.”, O sujeito é: a) Oração sem sujeito. b) Sujeito indeterminado c) Sujeito composto. d) Sujeito simples. 20. Na oração “O gato e o papagaio moravam na casa da dama gentil e idosa.”, o sujeito é: a) Sujeito simples. b) Sujeito composto c) Sujeito desinencial ou oculto. d) Sujeito indeterminado.
