MODOS E CAUSAS DE FALHAS PARA ESFIGMOMANÔMETRO DE COLUNA DE MERCÚRIO Keigi Nakamura1, Vinicius Tadeu Ramires2, Aldren C. Cravo3, Ivanilda S. Aquino4, Marcos José de Lima5 1,2,5 Faculdade de Tecnologia de Sorocaba-CEETEPS 3,4 Conjunto Hospitalar de Sorocaba [email protected] [email protected] 1. Introdução Para redução dos riscos associados ao uso de equipamentos médicos, requer-se aplicar metodologia e ferramentas apropriadas, além de conhecimentos específicos da tecnologia em saúde. Os hospitais têm designado equipes de gestão de risco, que devem interagir com as equipes responsáveis tanto pela operação quanto pela manutenção dos equipamentos. Para tornar efetiva a comunicação entre estas equipes surge a necessidade de uniformizar a terminologia e padronizar a interpretação quanto aos modos e causas de falhas. O presente trabalho traz o estudo de caso de esfigmomanômetros de coluna de mercúrio do Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Figura 1 - Modos de falhas de maior freqüência. 2. Metodologia A codificação dos modos de falhas e suas causas foram obtidas por observações de detalhes tanto da operação dos equipamentos como durante a realização da manutenção dos mesmos. As observações de medição de pressão arterial foram em número de 60, anotando-se as conformidades e não conformidades, segundo as recomendações para esta prática [1]. Entre os principais itens considerados citam-se: identificação do equipamento, posição do paciente, exposição e posição do manguito no braço, localização da artéria por palpação, uso de estetoscópio, velocidade de descompressão do manguito, intervalo das medições, retirada do ar do manguito para nova medição e anotação das medições de pressão. Foram examinados 81 aparelhos no setor de manutenção, sendo que todas as falhas foram identificadas e classificadas quanto ao modo de ocorrência. Tomando como base a classificação de causas de falhas de [2], obteve-se um quadro de códigos de causas de falhas. Com isto foi possível efetuar a correlação entre cada um dos modos e suas correspondentes causas de falhas, tendo em vista os dados operacionais e tecnológicos. Figura 2 - Causas de falhas mais freqüentes. tabulados, revelando as maiores freqüências para os seguintes problemas: pontos de ferrugem (65%), deterioração da mangueira (37%) e falta do conjunto de peças (41%). Para o primeiro caso o modo de falha foi deterioração de material e as causas correspondentes foram: ação ambiental, violação de requisitos e procedimentos. 4. Conclusões O tratamento padronizado para os modos e causas de falhas permite melhorias na comunicação entre o setor de manutenção e o de gestão de riscos do Conjunto Hospitalar de Sorocaba. 3. Resultados De um conjunto de 33 modos de falhas, para equipamentos em geral, foram identificados 13 modos característicos aos esfigmomanômetros. Os modos de falhas de maior freqüência estão ilustrados na Figura 1. A Figura 2 ilustra as causas de falhas mais freqüentes, sendo estas extraídas de um total de 32 subclasses, organizadas em 7 grupos. Aos grupos foram atribuídos códigos alfa-numérico (por ex.: 1A, 2A,7D). A correlação dos modos falhas e as suas causas, para os 81 esfigmomanômetros examinados foram 5. Referências [1] GUYTON, Arthur C., M.D. Tratado de Fisiologia Médica. RJ. Guanabara, Koogan, 8ª Ed. 1992. [2] DOE - U.S. Department of Energy. Root Cause Analysis Guidance Document. Washington, D.C. 20585. 69p. 1992. 1,2 Alunos de IC colaboradores no projeto de pesquisa referente ao convênio entre a Fatec-Sorocaba e o Conjunto Hospitalar de Sorocaba.