Em conversa com o líder

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Em conversa com o líder
Crescendo na fé
A adolescência é época de crescimento
, tanto físico quanto mental e
emocional. Nestes próximos três meses,
quando estudaremos o Evangelho
de João, teremos oportunidade de ver nos
sos adolescentes crescendo espiritualmente.
É a proposta da EBD que conheçam Jesu
s, o Salvador, e que vivam
pela fé nele, como Filho de Deus e Sen
hor.
Observe as sugestões do calendário trim
estral, também, pois elas foram feitas procurando engajar os alunos
em atividades culturais, cívicas e
de responsabilidade social. Também, ness
e quesito eles precisam crescer.
As oficinas educativas podem se tornar
momentos muito interessantes, pois adolescentes gostam de particip
ar de encontros onde todos podem contribuir para o conhecimento gera
l. As oficinas oferecem propostas de dinâmicas em pequenos grupos, faze
m uso da Bíblia e possibilitam
reflexões sobre a felicidade do crente, o
enfrentamento das provações e a
esperança da vitória, que provém da fé.
Como anda sua visão educativa? Fez ou
pensa fazer mudanças estruturais no processo ensino-aprendizagem
? Então, “Dinamizando a EBD”
e “Recursos pedagógicos” são leituras obri
gatórias. Definir a visão e mobilizar recursos, com certeza, lhe proporci
onará alcançar êxito ao ensinar.
O professor da EBD deve cuidar de sua
saúde. Um dos cuidados mais
importantes é o controle do próprio peso
, pois ele revela riscos potenciais.
Os planos de aula são apenas sugestões.
Adapte-os conforme a necessidade e as possibilidades de que dispõe.
Um excelente trimestre de estudos. Que
Deus a todos abençoe.
Diálogo e Ação – Liderança• 1
Sumário
Em conversa com o líder .........................................1
Expediente . ..............................................................2
Agenda – Calendário trimestral ..............................3
Bíblioteca – Indicações especiais de livros para
o trimestre ................................................................4
Para falar com os professores ................................6
Recursos pedagógicos . ...........................................9
Refletindo sobre o tema do trimestre . .................11
Recurso para o trimestre . .....................................16
Hino do trimestre ...................................................18
EBD – Visão geral ..................................................19
PLANOS DE AULA – EBD
EBD 1 – Jesus, o Verbo eterno .............................20
EBD 2 – Um convidado especial . .........................23
EBD 3 –Deus entre nós .........................................26
EBD 4 – A água da vida . .......................................30
EBD 5 – Saúde para viver .....................................33
EBD 6 – O essencial na vida .................................36
EBD 7 – Vendo o invisível . ....................................39
EBD 8 – Vida plena, vida eterna ...........................42
EBD 9 – O preço da salvação ...............................45
EBD 10 – A hora da despedida . ...........................48
EBD 11 – Alguém para ajudar ..............................51
EBD 12 – Longe de casa, perto de Jesus ............54
EBD 13 – A vitória final . ........................................57
Avaliação do trimestre ...........................................60
Reunião de planejamento .....................................61
DCC – Visão geral ..................................................62
PLANOS DE ESTUDO – DCC
Unidade 1 – Dúvidas que geram crises espirituais
DCC 1 – Deus existe? ............................................63
DCC 2 – Deus existe mesmo? . .............................64
DCC 3 – Salvação: sem medo de ser feliz ...........65
DCC 4 – A caminhada da salvação ......................66
Unidade 2 – Comunicação social
DCC 5 – Princípios de comunicação ....................67
DCC 6 – Saber falar e saber ouvir ........................68
DCC 7 – Comunicando positivamente .................69
DCC 8 – Na busca da comunicação efetiva . .......70
Unidade 3 – Estudo da personalidade
DCC 9 – Na nebulosa do inconsciente . ...............71
DCC 10 – Cara a cara com o medo.......................72
DCC 11 –Vivendo em grupo de modo sadio ........73
DCC 12 – Indecisão x Decisão . ............................ 74
Estudo especial. . ...................................................75
Gabarito ..................................................................80
2 • Diálogo e Ação – Liderança
Diálogo e Ação
ISSN 1984-8358
LITERATURA BATISTA
Ano LXXXIII • Nº 336
revista destinada
Diálogo e Ação – Professor é uma
a 17 anos) na
a professores de adolescentes (12
s na Divisão de
Escola Bíblica Dominical e aos lídere
tações didáticas
Crescimento Cristão, contendo orien
seu trabalho
e outras matérias que favorecem o
scente nas mais
em busca do crescimento do adole
diferentes áreas
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em
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ser em breve
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Telegráfico – BATISTAS
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Eletrônico – [email protected]
Editor
Sócrates Oliveira de Souza
Coordenação Editorial
(RP/16897)
Solange Cardoso de Abreu d’Almeida
Redação
Tione Echkardt
Produção Editorial
Oliverartelucas
Produção e Distribuição
Convicção Editora
Tel.: (21) 2157-5567
Rua José Higino, 416 – Prédio 16
Sala 2 – 1o Andar
Tijuca – Rio de Janeiro, RJ
CEP 20510-412
[email protected]
Agenda
Calendário trimestral
Outubro
4 – Domingo: Reunião de planejamento
(Dia do poeta)
11 – Domingo: Programa regular
12 – Dia da criança
15 – Dia do professor
18 – Domingo: Programa regular
25 – Domingo: Programa regular
28 – Dia nacional do livro
31 – Dia da Reforma Luterana
Atividades especiais – Algumas datas comemorativas não oficiais podem
ser aproveitadas. Por exemplo, marcar
um concurso de poesia evangélica; realizar um trabalho evangelístico com
crianças; um jantar para os professores
da igreja (seculares e da EBD); assistir ao
filme Lutero e, depois, ouvir um preletor
comentá-lo.
Novembro
Mês dedicado à música
1 – Domingo: Programa regular
2 – Feriado nacional (Finados)
5 – Dia do cinema brasileiro
8 – Domingo: Programa regular
15 – Domingo: Programa regular
(Dia da Proclamação da República)
17 – Dia da criatividade
19 – Dia da bandeira
22 – Domingo: Programa regular
(Dia do músico)
29 – Domingo: Programa regular
30 – Dia do teólogo
Atividades especiais – Algumas
datas comemorativas não oficiais podem ser aproveitadas. Por exemplo,
programar um encontro para abordar
a temática moral e cívica; realizar um
encontro com ordem de culto criativa,
participações e ações criativas; assistir
a um filme brasileiro; homenagear os
músicos (profissionais e da igreja); homenagear os seminaristas e teólogos da
igreja.
Dezembro
1 – Dia mundial do combate à AIDS
6 – Domingo: Programa regular
8 – Dia nacional da família
13 – Domingo: Programa regular
16 – Dia do teatro amador
20 – Domingo: Programa regular
24 – Dia do órfão
25 – Natal
27 – Domingo: Programa regular
Atividades especiais – Participar,
ativamente, de campanhas de conhecimento e combate à AIDS; realizar
uma semana de teatro amador sobre
passagens bíblicas; visitar orfanatos e
cultuar a Deus ali; programação orientada para a celebração do nascimento
do Salvador.
Diálogo e Ação – Liderança • 3
Biblioteca
Indicações especiais
para o trimestre
Para auxiliar o seu trabalho na preparação das aulas deste trimestre, tanto em
relação aos estudos das lições da EBD quanto ao que diz respeito aos estudos das
lições da DCC, estamos oferecendo uma lista de livros que poderão ser consultados e, se examinados, contribuirão para melhor qualidade do ensino.
Livros sugeridos para os estudos das lições da EBD
ALLMEN, J. J. Von (org.). Vocabulário Bíblico. Trad. de Alfonso Zimmermann.
2ª edição. São Paulo: ASTE, 1972, 455p.
BAXTER, J. Sidlow. Examinai as Escrituras. Trad. de Neyd Siqueira. São Paulo:
Vida Nova, 1992, 386p. Vol. 5.
CHOURAQUI, André. A Bíblia: Iohanân (O evangelho segundo João). Trad.
de Leneide Duarte e Leila Duarte. Rio de Janeiro: Imago, 1997, 340p. Vol. 11.
GUNDRY, Robert. H. Panorama do Novo Testamento. Trad. de João Marques
Bentes. 4ª.edição. São Paulo: Vida Nova, 1991, 450p.
HALE, Broadus David. Introdução ao Estudo do Novo Testamento. 3ª edição. Rio
de Janeiro: JUERP, 1989, 485p.
SANTOS, João Ferreira. Teologia dos Milagres de Jesus: série monografias – 1. Rio
de Janeiro: JUERP, 1992, 170p.
TENNEY, Merrill C. O Novo Testamento: sua origem e análise. 2ª edição. São
Paulo: Vida Nova, 1989, 490p.
4 • Diálogo e Ação – Liderança
Livros sugeridos para os estudos das lições da DCC
Unidade 1 – Dúvidas que geram crises espirituais
BUSCH, Wilhelm. A certeza da salvação em Jesus. SC: 91p.
CONNER, Walter Thomas. O evangelho da redenção. Trad. de David Gomes e
Jabes Torres. 2ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1981, 285p.
GRAHAM, Billy. Paz com Deus. 3ª ed. Trad. de Jorge Rosa. Rio de Janeiro:
JUERP, 256p.
GROESCHEL, Craig. Quem Deus realmente é? São Paulo: Editora Vida, 191p.
HOLE, F. B. O plano de salvação. Depósito de Literatura Cristã, 128p.
MONDIN, Batista. Quem é Deus? São Paulo: Editora Paulus, 456p.
SCHAEFFER, Francis. A morte da razão. 7ª ed. São Paulo: Fiel e ABU Editora,
1997. 96p.
SPURGEON, Charles H. O caminho da salvação. Trad. de Ivan Carlos Parecy
Jr. Projeto Spurgeon. 13p.
Unidade 2 – Comunicação social
OSBORNE, Cecil. A arte de aprender a amar-se a si mesmo. Trad. de Roberto
Alves de Souza. 5ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1989, 240p.
OSBORNE, Cecil. A arte de relacionar-se com as pessoas. Trad. de Josias Cunha
de Souza e Roberto Alves de Souza. 3ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1990. 240p.
OSBORNE, Cecil. A arte de compreender-se a si mesmo. Trad. de João Barbosa
Batista. 6ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1988, 375p.
PRICE, J. M. A pedagogia de Jesus: o Mestre por excelência. Trad. de Waldemar
W. Wey. 5ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1986, 162p.
Unidade 3 – Estudo da personalidade
MASTON, T. B. Certo ou Errado? Trad. de José dos Reis Pereira. 3ª ed. Rio de
Janeiro: JUERP, 1980, 190p.
PALAU, Luis. Diga sim para mudar. Trad. de Myrian Thalita Lins. MG: Betânia,
1993, 172p.
SHEDD, Russell Philip. O mundo, a carne e o Diabo. 2ª ed. São Paulo: Vida
Nova, 1995, 126p.
SWINDOLL, Charles R. Vivendo sem máscaras. Trad. de Myrian Talitha Lins.
MG: Betânia, 1987, 224p.
Diálogo e Ação – Liderança • 5
Para falar com os
professores
A importância da Escola Bíblica
Dominical
Cadê a Escola Bíblica Dominical?
– Talvez esta seja a pergunta que mais
se ouve em muitas igrejas batistas neste nosso imenso Brasil. A cada ano que
passa ficamos sabendo que as Escolas
Bíblicas Dominicais estão sendo extintas em muitas igrejas e por inúmeros motivos.
Não estou fazendo uma crítica às
igrejas que tomaram tal decisão, mas
quero abordar sobre a importância da
Escola Bíblica Dominical para a vida
cristã e, principalmente, para o crescimento saudável e seguro das igrejas, dos
cristãos e da nossa denominação.
Sou um pastor que não consigo
ver uma igreja sem a Escola Bíblica
Dominical. Poderia citar inúmeros pastores que, ao longo dos anos, têm escrito sobre a mesma importância, mas vou
abordar sobre alguns pensamentos relacionados à extinção da Escola Bíblica
Dominical e pretendo apresentar argumentos sobre sua importância.
6 • Diálogo e Ação – Liderança
Um novo momento
Muitos pensam que extinguir a
Escola Bíblica Dominical faz parte de
um novo momento e que isto é a atualidade. Quero lembrar-lhes que igreja
cheia não é sinônimo de igreja fundamentada na Palavra. Há muitas pessoas
que preferem não ter seus pecados confrontados pela Palavra nem sentir a necessidade de mudança de vida.
Ser cristão é ser regenerado pelo
Espírito Santo de Deus e isto não significa ter poder para realizar alguma
coisa, mas ter alegria por ter o nome
escrito no livro da vida (Lc 10.19,20).
Muitas pessoas vão aos cultos procurando receber do Espírito Santo um tipo de
passe como ocorre nas religiões africanas. Isto não é de hoje, desde o Antigo
Testamento e até com Jesus as pessoas
queriam apenas os milagres, mas quando eram confrontadas com a Palavra de
Deus deixavam de segui-lo (Jo 6.60,66).
A igreja que elimina a EBD de seu
departamento está deixando de ensinar a doutrina de Deus, dos apóstolos,
os ensinamentos de Cristo, isto é, está
deixando de alimentar o povo de Deus
e dar a todos a certeza do motivo da esperança que tem na salvação (1Pe 3.15).
A EBD é o espaço em que os cristãos podem tirar as suas próprias dúvidas, aprender a respeitar as opiniões contrárias, edificar as suas próprias e se alimentar da Palavra de Deus. Sem a EBD
os cristãos são levados por qualquer vento de doutrina e passam a ouvir ensinamentos de pessoas que estão em evidência e, muitas vezes, são pessoas que falam coisas que agradam aos seus corações (2Tm 4.3,4). Chegamos a este momento, infelizmente. Por isso, a EBD é
muito importante, pois a igreja estuda a
Palavra de Deus, se alimenta com os ensinamentos e, ao mesmo tempo, está capacitando novos líderes e despertando
novos obreiros para a seara. Então, não
desanimem, nem pensem em largar ou
extinguir a sua classe da EBD, pois ela é
muito útil para o reino de Deus.
Classes teológicas
Outro ponto que é importante destacar é que a EBD não é uma classe de
formação teológica. Digo isto por experiência própria. Afinal, leciono teologia há 20 anos, fui diretor de um seminário por 10 anos, tenho livros escritos e exerço a teologia há muito tempo
e afirmo que teologia é muito diferente e está muito distante da importância da EBD.
Ser teólogo é ter um conhecimento das coisas relacionadas ao divino e
ao nosso Deus, mas não significa ter o
conhecimento necessário para a edificação da vida cristã. Conhecer hermenêutica, homilética, a história dos pais
da igreja e todas as outras disciplinas
de um curso de teologia é muito bom,
porém, não significam que irão firmar
a fé do cristão.
A teologia estuda e se envolve em
todas as áreas filosóficas e científicas
existentes, porém, é muito comum também ver teólogos sendo envolvidos e influenciados por estas áreas e a Bíblia
já declarava que o conhecimento deste
mundo nos cega para as coisas de Deus
(2Co 4.3,4).
Fazer teologia é bom, abre o conhecimento e ajuda o cristão, porém, não
dá ao cristão a base do conhecimento
que edifica e fortalece a vida cristã. Ter
fé só é possível por conhecer os ensinamentos bíblicos e isto deve ser algo
constante, diário na vida dos cristãos.
Afinal, a fé vem pelo ouvir a Palavra de
Deus (Rm 10.17) e ouvir significa ouvir, entender e praticar.
É por isso que a EBD é fundamental
para a vida da igreja e para a vida individual de cada cristão. Uma igreja sem
Escola Bíblica Dominical é uma igreja
fraca e que será levada por todo e qualquer vento de doutrina, basta surgir um
bom orador.
A sua classe de EBD, meu querido
professor, é uma das colunas que sustentará a sua igreja e é uma das principais
fontes formadoras de pastores, missionários e outros obreiros para o reino de
Deus. Acredite nisto e tenha ciência da
importância da sua classe e da sua vida
como professor.
Diálogo e Ação – Liderança • 7
Uma igreja forte e firmada
na Palavra
Uma igreja forte e firmada na
Palavra de Deus é uma igreja que tem
Escola Bíblica Dominical. Isto não é
ultrapassado, se for assim a Bíblia, em
pouco tempo, será um livro obsoleto
para muitos.
Há pessoas que passam meses ou anos
estudando para concursos públicos ou
para vestibulares, mas leem as lições da
EBD nos dez minutos finais do sábado
à noite ou no domingo antes de ir para
a igreja. Só na EBD é que estas pessoas
entenderão a importância da Bíblia para todos os âmbitos de sua vida.
Lembro-me que na virada do milênio ouvi muitos dizerem que na Bíblia
estava escrito que a 1000 chegarás,
mas que de 2000 não passarás, citando
Nostradamus como se fosse um profeta
bíblico. Ainda hoje há pessoas que insistem em dizer que não cai sequer uma folha no chão se não for a vontade de Deus,
citando o Alcorão como se fosse uma
passagem da Bíblia.
É só na EBD que estas e outras deturpações acabarão.
Você, professor da EBD, é muito importante para o fortalecimento das pessoas que congregam em sua igreja. Você
é muito importante para despertar vidas para o reino de Deus. Por isso, dedique-se à sua classe da EBD; dediquese aos estudos, aos alunos; dedique-se
à leitura bíblica devocional para sua vida. Seja um testemunho vivo para seus
alunos e para sua igreja.
Reúna os demais professores. Crie
classes para planejamentos, reuniões pa8 • Diálogo e Ação – Liderança
ra os trimestres e o ensino. Dediquese ao reino de Deus e capacite os seus
servos.
Conclusão
A sua igreja pode ter muitos membros ou pode ter poucos, mas ela precisa
estar fundamentada na Palavra de Deus.
Acredite, poucas pessoas estão lendo a
Bíblia, há um número menor ainda que
conhece os ensinamentos e que são transformados pela leitura da Palavra de Deus
e atuação do Espírito Santo.
A prioridade de um professor da
EBD é incentivar os alunos a lerem, entenderem e praticarem os ensinamentos
bíblicos. Apesar de parecer que estamos
correndo contra muitos neste mundo, a
Bíblia nos diz que isto aconteceria, mas
que devemos ter ânimo, avivar a nossa
alma, pois Cristo passou pelo mesmo
e venceu o mundo, tendo ressuscitado.
A nossa luta não irá terminar e, acredito que, a cada ano que passa, ela se tornará
mais intensa, porém, foram homens que
se dedicaram exclusiva e exaustivamente
a estudar a Bíblia e a pregar seus ensinamentos de forma correta que fizeram as
maiores reformas que existem e que levaram inúmeras vidas aos pés de Cristo.
Eu desafio e convoco a você a me ajudar nesta árdua, mas edificante tarefa de
fortalecer a EBD e, para isso, você poderá enviar e-mails para a Redação desta
revista dando ideias, contando experiências de forma que juntos edifiquemos
mais vidas para servir ao nosso Senhor.
Que Deus os abençoe.
Tione Echkardt
Redator
Recursos pedagógicos
CONHEÇA MAIS A PALAVRA DE DEUS
Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra – Oseias 6.3
A Bíblia nos ensina que Jesus sempre incentivou e até cobrou dos seus servos a importância em conhecer os ensinamentos que constam na Palavra de Deus.
Há anos venho enfatizando que as
pessoas conhecem a Bíblia por ouvi-la e
não por lê-la e, infelizmente, estamos vivendo um momento que o número de conhecedores por ouvir tem sido alarmante.
Apesar da facilidade do acesso a estudos bíblicos, palestras, mensagens e qualquer outra informação sobre a Bíblia e pelos mais diversos meios de comunicação,
as pessoas estão se acomodando apenas a
ouvir o que interessa e isto não é saudável para vida do cristão.
A Bíblia nos exorta a ouvirmos os ensinamentos de Deus e este ouvir significa
ouvir, entender e praticar, porém, como
a língua portuguesa é composta por inúmeros sinônimos, muitos cristãos pensam
que ouvir significa apenas deixar que as
palavras entrem em sua mente pelo que
ouvem e não fazem nada mais.
Nos dias atuais é muito comum ver
pessoas contendo versões eletrônicas da
Bíblia em seus celulares e isto é fabuloso,
pois facilita a leitura constante da Palavra
de Deus, porém, as finalidades de tais aplicativos não estão sendo utilizadas como
princípio de edificação para a vida cristã.
Ter uma versão da Bíblia no celular
não significa que não precisamos mais
lê-la constantemente; deveria ser o contrário. Por termos esta facilidade deveríamos ler a Bíblia em todo lugar e a todo instante.
O fato também de termos muitos programas televisivos, vídeos com estudos e
palestras na internet e os programas radiofônicos podemos aprender mais e ser
mais estimulados para o estudo e conhecimento da Palavra.
Apesar de toda esta facilidade que temos a nossa disposição, em momento algum devemos diminuir ou parar o contato direto com as páginas da Escritura
Sagrada e isto é muito importante para o
cristão e, principalmente, para os professores de Escola Bíblica Dominical.
O salmista Davi declara em diversos salmos o quanto ele ama a lei do Senhor, como
ela é motivo constante de sua alegria e como ele medita nela dia e noite. Devemos seguir esta orientação e este exemplo de Davi.
Por mais que a nossa revista, assim
como toda a literatura batista, seja produzida por pessoas competentes, inteligentes e estudiosas da Palavra de Deus;
e mesmo com todo aparato didático que
as nossas revistas possam apresentar, em
momento algum estamos trocando ou incentivando os professores a não lerem as
Escrituras Sagradas.
Diálogo e Ação – Liderança • 9
Cada professor deve ter consciência
da sua responsabilidade diante de Deus,
do seu reino e do povo de Deus, ao lecionar as lições que são sugeridas para cada
trimestre do ano e, por isso, deve ler a
Bíblia diariamente, orar e buscar a cada
dia mais informações sobre o texto ou livro que será estudado.
Internet
Na internet é possível encontrar vários sites com estudos, palestras e outros
assuntos teológicos que abordam os livros e os mais diversificados temas bíblicos, além de existir inúmeros livros, comentários e dicionários como também
Bíblias e muitos são gratuitos para o auxílio de quem quer conhecer e se aprofundar mais na Palavra de Deus.
Entretanto, é preciso tomar cuidado
e dedicar tempo para cada consulta, pois
nem todo estudo, livro, site ou outras fontes são confiáveis. Para saber qual é a melhor e confiável é necessário que o professor pesquise pelo menos cinco fontes diferentes e faça comparações com os ensinamentos bíblicos e doutrinários.
Literatura
Também temos um crescente número
de livros sendo lançados, editados novamente e muitos destes, até alguns antigos,
se encontram disponíveis para venda em
vários locais, inclusive, em muitos sebos.
É muito importante que o cristão tenha livros e leia sempre. Porém, é muito mais importante que o professor da
EBD tenha acesso a livros e que monte uma biblioteca em sua casa para que
possa consultar os livros sempre que for
necessário.
10• Diálogo e Ação – Liderança
Cursos Teológicos e de
Capacitação
Outra boa oportunidade que tem surgido são os diversos cursos teológicos e de
capacitação, reconhecidos pelo MEC ou
livres. Atualmente, é possível fazer cursos
de capacitação ou cursos livres de teologia
até mesmo pela internet e na plataforma
EAD (Ensino a Distância).
Para qualquer pesquisa ou aprofundamento no conhecimento da Palavra de
Deus é preciso que quem procura tenha
uma noção ou orientação sobre como escolher ou qual deve ser feito. É muito importante saber a doutrina que está sendo ensinada e se o ensino segue os princípios bíblicos e, no nosso caso, que seja
conforme a nossa doutrina.
Prossigamos em Conhecer
O professor não deve se sentir desanimado ou pensar que é difícil lecionar
as lições da EBD e, também, não deve
pensar que já sabe tudo sobre a Bíblia
por ser um membro antigo ou por lecionar por anos.
O professor deve lembrar que a Palavra
de Deus é viva e eficaz e que ela se faz nova a cada manhã. Então, diante da correria e das enormes mudanças que ocorrem no mundo atual, o professor precisa estar ciente que sempre é preciso conhecer mais a Palavra de Deus e que deve estudá-la constantemente.
Então, querido professor, aproveite
todas as oportunidades que tiver e que
encontrar disponíveis para auxiliá-lo no
aprofundamento da Palavra de Deus, conheça e prossiga sempre em conhecer mais
a Deus e sua Palavra.
Tione Echkardt
Redator
Refletindo sobre o
tema do trimestre
A mensagem do Evangelho de João
O Evangelho de João começa apresentando Jesus como Verbo que existe
desde antes do início com Deus, o Pai,
isto é, mostra que Jesus é eterno (Jo
1.1,2). Também apresenta que João
Batista enfatizou que seu ministério
era apresentar o Cristo e, por isso,
fez questão de dizer que ele não era
o Messias prometido e esperado por
tantos e há tanto tempo (Jo 1.19,20).
João Batista afirma que Jesus é o
Messias prometido (Jo 1.29) e ainda
reafirma isto diante de dois discípulos
de Jesus (Jo 1.35,36). Então, o primeiro capítulo do Evangelho de João apresenta a Jesus como sendo o Messias, o
Salvador do mundo, que Deus havia
prometido ao povo de Israel por meio
dos profetas.
No capítulo 2, o evangelista João,
que não é o Batista, apresenta um milagre realizado por Jesus – João 2.112 – onde Jesus está num casamento
e transforma a água em vinho. O mais
importante nesse milagre é que os discípulos de Jesus começaram a crer nele
como o Messias prometido (Jo 2.11).
Ainda neste capítulo e, após o milagre das bodas de Caná, o Evangelho
de João apresenta Jesus como tendo a
autoridade que só Deus poderia dar a
alguém que é a purificação do templo
(Jo 2.23).
Diálogo e Ação – Liderança •11
No capítulo 3 do Evangelho de João
é apresentado o diálogo entre Jesus e
Nicodemos, em que é destacada a importância da nova vida que a pessoa passa a ter ao aceitar Cristo como Senhor
de sua vida, a saber, o novo nascimento em Cristo (Jo 3.1-21). Em João 3.3136, o evangelista apresenta outro testemunho de João Batista após esses relatos, confirmando que Jesus era o Cristo
prometido. Assim começa o Evangelho
de João.
Este Evangelho é o mais conhecido e o mais utilizado para pregar as boas-novas de salvação a todas as pessoas, inclusive, a nossa denominação tem
extensa literatura sobre ele para classe
de batismos e para os cultos nos lares.
Isto porque o Evangelho de João é um
Evangelho escrito numa linguagem simples e voltado para o mundo gentílico.
É lógico que o intuito do Evangelho
não foi apenas os gentios, mas parece
que o evangelista estava direcionando
sua mensagem para os cristãos gentios
que faziam parte de sua comunidade,
pelo menos é o que alguns estudiosos
afirmam e apresentam bons argumentos para esta teoria.
Independentemente da teoria a ser
seguida, uma coisa fica muito clara no
conteúdo do Evangelho de João: apesar de ser muito conhecido pelo texto
de João 3.16, este Evangelho está mais
para uma sentença de Deus direcionada
ao mundo do que uma carta romântica
declarando o amor de Deus.
O termo mundo, kosmos em grego (κóσμος) aparece cerca de 60 vezes
no Evangelho e sempre fazendo uma
12• Diálogo e Ação – Liderança
clara distinção entre Jesus e seus discípulos para com o mundo e os que nele habitam.
No Evangelho de João, o termo mundo designa as pessoas que não creem no
evangelho de salvação, isto é, aqueles que
rejeitam a luz que é Cristo (Jo 1.9,10).
João deixa bem claro que Jesus veio para eliminar o pecado dessas pessoas, do
mundo (Jo 1.29), foi por isso que Deus
o amou de uma maneira incompreensível que o fez entregar seu único Filho,
porém, só para os que creem nele (3.16)
e aqui está o auge do evangelho: crer
em Jesus como o Messias prometido, o
Salvador do mundo.
Desde o início, João esclarece que
Jesus não veio para julgar o mundo, mas
salvá-lo, porém, o mundo é mau e ama
mais as trevas do que a luz e este é o julgamento a ser feito (Jo 3.17,19). A salvação está em crer que Jesus é o único que pode salvar o mundo (Jo 4.42),
pois Jesus deu a sua vida para salvar o
mundo (Jo 6.51).
Enquanto esteve no mundo, e hoje
por meio de todo cristão, o evangelho
denuncia o mundo e as suas obras declarando-os maus (Jo 7.7). Diante dessa posição e das declarações de Jesus, é
demonstrado uma clara distinção entre
os que creem e os que não creem, pois
a salvação é para aqueles e a condenação para estes (Jo 8.23,26).
Como o mundo vive em trevas,
Jesus veio para ser a sua luz, isto é, o
direcionamento correto para a vida e
para a salvação (Jo 9.5) e é anunciando que Jesus coloca o mundo em juízo (Jo 9.39; 12.31).
O Evangelho deixa bem claro que
não há compatibilidade entre Jesus e o
mundo (Jo 16.20) e que os que creem
nele não são do mundo, como ele também não é (Jo 17.14,16; 18.36).
É muito comum ouvir as pessoas declararem algum local para Jesus. Às vezes, declaram cidades ou países querendo expressar que Jesus é o Senhor do local e, assim, procuram declarar a vitória contra Satanás, porém, o Evangelho
de João deixa bem claro que isto é impossível e que nunca acontecerá, pois
Jesus não é deste mundo, o seu reino
não é daqui (Jo 14.17; 16.8-11). O próprio Jesus se recusou a orar para o mundo desta forma (Jo 17.9). Então, orar
desta forma ou declarar isto, nos dias
atuais, é não conhecer as Escrituras e,
pior, é deturpá-las.
Esta ideia de vencer Satanás como
muitos pensam também é descartada
no Evangelho, pois Jesus diz que venceu o mundo (Jo 16.33) e que com sua
ressurreição, além de vencer o mundo,
ele o declara culpado, expõe suas obras
malignas e a sua luz expulsa Satanás (Jo
8.12; 12.31; 14.30,31).
Outra ênfase muito forte que o
Evangelho de João apresenta é a relação que existe entre o mundo e os judeus, isto é, os religiosos. Ele declara
que Satanás é o príncipe deste mundo
e o pai dos judeus, isto é, dos religiosos (Jo 8.44). Esta declaração é forte e
muito pesada, mas tem uma explicação
clara no Evangelho, pois Jesus veio primeiro para os judeus, o seu povo, mas
eles o rejeitaram e amaram mais as trevas do que a luz (Jo 1.11).
Podemos perceber que o Evangelho
de João faz uma nítida distinção entre
os que creem nele e os que não creem,
mas são do mundo e andam em trevas,
por isso, quem nega o mundo, toda sua
influência e religiosidade é o que tem a
vida eterna (Jo 12.25).
O evangelho de salvação é para os
gentios, os que creram em Jesus como
Messias prometido, como o cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo (Jo
12.46,47). É neste Evangelho que, também, é dada uma maravilhosa explicação de como o Espírito Santo age e onde habita (Jo 14.17).
Até a paz, que é parte da essência de
Deus e fruto do seu Espírito, atuante
no interior do cristão, é declarada como sendo uma distinção entre o mundo e os que creem (Jo 14.27). É por isso que o mundo nos odeia, porque estamos nele, mas não fazemos parte deDiálogo e Ação – Liderança •13
le e nem somos mais dele, ao contrário,
denunciamos as suas obras más porque
somos o sal da terra e a luz do mundo
(Jo 15.18,19).
Neste Evangelho é que entendemos
melhor a vida eterna e onde ela será,
pois Jesus veio dela, retornou para ela
e os que creem irão morar com ele porque obedecem sua Palavra e creem nele (João 17.16).
Enquanto estamos neste mundo,
Deus nos protege das obras más do
mundo (Jo 17.11,15). Então, podemos
entender que nossa missão neste mundo é única: pregar o evangelho ao mundo (Jo 17.18,21).
Então, enquanto vivemos neste mundo devemos pregar o evangelho; devemos condenar as obras do mundo, não
com palavras ou denúncias, mas com a
nossa vida, com a luz de Cristo que bri-
14• Diálogo e Ação – Liderança
lha em nós; devemos, assim como Jesus,
proclamar a salvação a todos, o tempo
todo e em todo lugar (Jo 18.20).
É muito importante entendermos
que não devemos declarar ou procurar
ter uma vida boa, conforme os padrões
que o mundo apresenta, muito menos
querer declarar que o mundo será de
Jesus, pois o seu reino não é daqui e a
certeza da salvação é que iremos para o
seu reino (Jo 16.28; 18.36).
Esta é a mensagem que o Evangelho
de João nos dá sobre a salvação e é o que
ensina para nossa vida.
Autoria
A escola europeia não atribuía a
autoria do quarto Evangelho a João,
embora o considerassem como participante da tradição. Entre as pessoas que já foram citadas como autoras
deste Evangelho estão: João o ancião
de Éfeso, João Marcos, Lázaro, João o
sumo sacerdote. Há os que acreditam
que da mesma forma que Tércio foi escriba de Paulo (Rm 16.22) e Silvano de
Pedro (1Pe5.12), João utilizou também
um amanuense, isto é, um secretário.
Ao levar em consideração os textos
de 13.23; 19.26; 20.2; 21.7,20,24, acredita-se que o autor é o discípulo a quem
Jesus amava. Ainda há outras questões
que favorecem a autoria: como em 21.2;
20.24; 1.45-51 e Atos 12.2.
Como fonte de extrema importância para dar a autoria a João, filho de
Zebedeu, são utilizados os testemunhos de Irineu, Clemente, Tertuliano,
Orígenes e outros. Há também a questão que este foi o Evangelho utilizado
pelos heréticos para apoiar as suas teorias, neste caso só poderia ser aceito
como canônico se fosse da autoria de
um discípulo, mas não poderia ter sido
citado para não dar ênfase às heresias.
Pedro e Filipe não podem ser seus
autores porque os seus nomes são mencionados frequentemente na 3ª pessoa.
E ainda, no texto, o autor fala do privilégio de ter sido testemunha ocular do
ministério de Jesus (21.24).
Acredita-se que o autor tenha sido
um judeu, acostumado a pensar em aramaico porque há muitas cláusulas no
texto e palavras hebraicas ou aramaicas
com uma explicação em seguida (19.13).
Nota-se que o autor estava muito familiarizado com a tradição e as festas
judaicas por isso explica-as cuidadosamente e era um profundo conhecedor:
dos costumes judaicos (7.37-39; 8.10,11),
da topografia da Palestina antes de 70
d.C. (5.2). Há também detalhes importantes que só quem os vivenciou poderia
citá-los: números (2.6; 21.8,11), nomes
como Nicodemos (3.1), Lázaro (11.1) e
Malco (18.10), entre outros.
Local e data
Conforme o testemunho da Igreja
Primitiva, este Evangelho foi escrito em
Éfeso, Ásia Menor. Irineu afirma que
o discípulo que se recostou sobre o peito de Jesus publicou um Evangelho durante a sua residência em Éfeso. No entanto, sabe-se que Irineu foi discípulo
de Policarpo, o qual foi um seguidor de
João, filho de Zebedeu. Também dizem que pode ter sido escrito no Egito
ou na Antioquia.
Parece ter sido escrito num ambiente gentílico, porque as festas e costumes
judaicos são explicados em benefícios
daqueles que não estavam familiarizados com elas (2.13; 19.31).
Há várias controvérsias em relação
à data da escrita do Evangelho de João,
da mesma forma que houve com a autoria. Alguns acham que foi escrito entre 80 e 90 d.C., outros o datam entre
40 e 140 d.C.
John A. T. Robinson, em seu livro,
Redating the New Testament, expõe
que talvez tenha sido escrito antes de
70 d.C., já que a destruição do templo
foi algo tão importante quanto à ressurreição de Jesus e não foi citada.
Tione Echkardt
Redator
Diálogo e Ação – Liderança •15
Recurso para o trimestre
SUPLEMENTO DIDÁTICO
O suplemento sugerido para este trimestre é uma visualização dos temas dominicais. Faça dele um lindo painel e coloque em lugar de destaque para que os
adolescentes da igreja visualizem.
16• Diálogo e Ação – Liderança
SUGESTÕES DE OUTROS RECURSOS
Há inúmeros tipos de recursos que podem ser utilizados para incentivar a participação dos adolescentes no trimestre e, por isso, daremos algumas sugestões
que poderão ser utilizadas além do painel.
Chamada por vídeo
Uma boa alternativa é realizar chamadas para as lições por meio de um vídeo
que pode ser feito buscando na internet, como figuras, estudos, temas ou até mesmo algum vídeo pronto que fale sobre o Evangelho de João.
Fazer um vídeo também não é tão complicado. O Windows apresenta uma
ferramenta chamada Movie Maker, assim como outros programas, e que é muito fácil de manuseio e rápido para produção de um vídeo simples.
Você pode fazer slides com diversas transições, colocar temas e ainda pode
acrescentar músicas para o seu vídeo. Se você produzir um vídeo assim, coloqueo para passar nos cultos da igreja e, caso sua igreja tenha uma página na internet,
divulgue-o na internet, no facebook e, até mesmo, você pode enviá-lo por e-mail para os seus alunos.
Cartazes
Caso sua igreja não tenha projetor multimídia, você pode preparar cartazes
com temas das lições de cada domingo ou de uma das lições que serão lecionadas no decorrer de um mês.
Faça o cartaz e o coloque em local visível e de constante acesso por todos os
membros da igreja, principalmente os adolescentes.
Boletim
Você também pode utilizar o boletim de sua igreja ou qualquer outro tipo de informativo que ela tenha para divulgar as lições que serão estudadas neste trimestre.
Escolha figuras com atividades. A internet tem uma grande variedade de figuras com os temas das lições, coloque-as no informativo da igreja. O ideal que
seja figura que tenha atividades como: jogo de erros, caça palavras, completar etc.
Divulgue no informativo da sua igreja para que os adolescentes o vejam, realizem
as atividades e coloque uma chamada para a EBD ou DCC acima das atividades
para que os adolescentes se interessem pelas lições.
A partir do próximo ano estaremos disponibilizando suplementos mais didáticos e interativos com a finalidade de envolver todos os adolescentes e melhorar os recursos para todos os professores da classe dos adolescentes, tanto da
EBD quanto da DCC.
Diálogo e Ação – Liderança •17
Hino do trimestre
OH, OLHAI, POIS, E VIVEI!
Hino 264 do Hinário para o Culto Cristão
Letra e música: William Augustine Ogden
Tradução: Salomão Luiz Ginsburg
18• Diálogo e Ação – Liderança
EBD – Visão geral
O Evangelho de João
O Evangelho de João é o Evangelho utilizado em todo o mundo
para pregar as boas-novas de salvação. No decorrer deste trimestre, estaremos estudando assuntos importantes, evangelísticos e
doutrinários que este Evangelho apresenta e nos proporciona.
Objetivos – Compreender a teologia evangelística e doutrinária
que o Evangelho de João apresenta, aplicando o conteúdo das
lições conforme o contexto de cada igreja. Incentivar os adolescentes a lerem o Evangelho de João no decorrer deste trimestre e
utilizá-lo para evangelizar seus amigos.
Estudos da EBD
EBD 1 – Jesus, o Verbo eterno
EBD 2 – Um convidado especial
EBD 3 – Deus entre nós
EBD 4 – A água da vida
EBD 5 – Saúde para viver
EBD 6 – O essencial na vida
EBD 7 – Vendo o invisível
EBD 8 – Vida plena, vida eterna
EBD 9 – O preço da salvação
EBD 10 – A hora da despedida
EBD 11 – Alguém para ajudar
EBD 12 – Longe de casa, perto de Jesus
EBD 13 – A vitória final
QUEM ESCREVEU
Os planos de aula foram elaborados pela Coordenação Editorial
da CBB e pelo Pastor Tione Echkardt.
Diálogo e Ação – Liderança •19
PLANO DE AULA 1
Jesus, o Verbo eterno
Texto bíblico: João 1.1-18
OBJETIVOS
▪Entender o significado da palavra Verbo, quando aplicada a Jesus.
▪Saber o significado da palavra
luz no Evangelho de João.
▪Entender o significado da palavra evangelho.
▪Reconhecer a divindade de Jesus
e sua preexistência.
▪Identificar Jesus como o Messias
prometido e Salvador do mundo.
RECURSOS DIDÁTICOS
▪Uma folha de papel manilha;
▪Uma folha de cartolina branca;
▪Canetas Pilot (azul, vermelha e
preta);
▪Quadro-negro;
▪Giz.
TÉCNICAS DE ENSINO
▪Para este estudo, sugerimos algumas atividades:
20• Diálogo e Ação – Liderança
▪Leitura silenciosa e conversação
sobre o significado do “evangelho” e
a particularização do nome “Evangelho de João”;
▪Exposição pelo professor dos tópicos da lição;
▪Divisão em grupos de partilha;
▪Dinâmica para conclusão.
DICAS
▪Preparar durante a semana cartaz feito com cartolina contendo a
pergunta: “O que significa evangelho?”
▪Preparar um cartaz feito com
papel manilha contendo as palavras
verbo, luz e evangelho e seus significados.
▪Ilustrar o mural com figuras e
mensagens que serão apresentadas
nas lições.
▪Pesquisar, durante a semana, comentários bíblicos que falam a respeito do Evangelho de João.
DESENVOLVIMENTO DO
ESTUDO
1. Iniciar a aula apresentando o
cartaz contendo a pergunta: “O que
significa evangelho?” e iniciar uma
conversação com os alunos sobre o
que eles entendem sobre o significado da palavra “evangelho”.
2. Explicar que a palavra evangelho, na Bíblia, significa as boas-novas
de salvação, isto é, o anúncio das boas-novas e explicar que os quatro primeiros livros do Novo Testamento
são apresentados como Evangelhos
porque apresentam o ministério de
Jesus e o anúncio da salvação feito
pelo Messias.
3. Apresentar o cartaz contendo
as palavras: verbo, luz e evangelho e
pedir que os alunos façam a leitura
do item “Por que verbo?” que consta
na lição.
4. Explicar que o Evangelho de
João apresenta Jesus como sendo a
Palavra de Deus que já se encontra
desde o princípio da criação e que
consta no livro de Gênesis e demonstrar que esta palavra é a que nos dá
certeza da salvação desde o Antigo
Testamento.
5. Demonstrar que o Evangelho
de João apresenta que Jesus estava
com Deus desde o início da criação e
que era o próprio Deus e que por sua
palavra tudo foi criado e que Cristo
é esta palavra de Deus.
6. Destacar a palavra luz que está
no cartaz, feito em papel manilha e
pedir que leiam o item da lição: “Por
que luz?”
7. Perguntar aos alunos o que eles
entendem quando se diz que Jesus é
a luz do mundo e pedir que comentem como pode haver ligação entre o
Verbo e a luz no Evangelho de João.
8. Explicar que o Verbo é a palavra de Deus, a ação de criar que parte de Deus e cria qualquer coisa sem
precisar que algo antes exista e que
esta palavra é a vida, a salvação.
9. Destacar que o mundo vive
em trevas e que o homem precisa de
salvação e que, por isso, a palavra de
Deus é a luz para o mundo que está
em trevas, isto é, ela é a salvação para
o pecador.
10. Destacar a palavra evangelho
e pedir que leiam o item da lição: “O
que entendi”.
11. Perguntar aos alunos como
eles entendem a importância do
Evangelho de João em apresentar Jesus como sendo o Verbo e a luz do
mundo.
12. Questionar como eles podem
participar da proclamação do evangelho para os pecadores nos dias de
hoje.
13. Explicar que o evangelho de
Jesus é a proclamação das boas-novas
de salvação e que isto é levar luz ao
mundo que se encontra em trevas
e demonstrar que cada adolescenDiálogo e Ação – Liderança •21
te tem uma função importante em
pregar o evangelho a todos os seus
amigos, conhecidos e pessoas com as
quais convive.
14. Terminar desafiando os alunos a realizarem, no decorrer da semana, a tarefa sugerida no término
da lição.
INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES
O que significa evangelho?
A palavra “evangelho é a transliteração de uma palavra grega que
significa boa notícia ou boas-novas.
A palavra grega era usada em épocas antigas para fazer referência ao
nascimento de um imperador que
era considerado um deus. No Antigo Testamento, o termo equivalente
em hebraico era usado para anunciar
a nomeação de um rei (1Rs 1.24), o
nascimento de um filho (Jr 20.15) e
uma vitória em batalha (1Sm 31.810).
Os cânticos do Servo em Isaías
profetizam que um servo proclamaria a boa notícia de libertação e o
início de um novo tempo (Is 40.1-5;
52.7-10). No Novo Testamento, depois da prisão de João, Jesus anunciava a boa notícia que vem de Deus.
Ele dizia: “Chegou a hora, e o reino
de Deus está perto. Arrependam-se
dos seus pecados e creiam no evangelho” (Mc 1.14,15). Neste caso, a
boa notícia ou evangelho significa o
22• Diálogo e Ação – Liderança
anúncio do início de um novo tempo
sob o governo de Deus. Aqui está a
boa-nova.
Na igreja primitiva, o evangelho
estava focalizado em proclamar a
morte e a ressurreição de Jesus. Crer
nisto trazia a vida eterna, por isso,
em grego, o termo para evangelho
aparece cerca de 60 vezes nos escritos de Paulo.
Marcos usou o termo no versículo de abertura de sua obra: “Princípio do evangelho de Jesus Cristo,
Filho de Deus”. Posteriormente, a
palavra evangelho ou boa notícia
passou a designar todo o relato de
Marcos a respeito da missão, morte
e ressurreição de Jesus, bem como
outros relatos de Mateus, Lucas e
João.
Perspectivas
evangélicas sobre Jesus
Entre os Evangelhos do Novo Testamento, João sustenta uma perspectiva singular. Enquanto Mateus,
Marcos e Lucas escreveram sob a
mesma perspectiva, João tem um
foco diferente.
O Evangelho de João tem como
proposta teológica assumir, pela fé
no Salvador, a vida trazida por Jesus.
Muitos têm rejeitado o Verbo eterno
de Deus. Nós, como cristãos, precisamos deixar que Cristo, o Verbo de
Deus, brilhe em nossa vida.
PLANO DE AULA 2
Um convidado especial
Texto bíblico: João 2.1-11
OBJETIVOS
▪Entender que Jesus deu início ao
seu ministério em Caná da Galileia,
durante um casamento.
▪Identificar o milagre realizado
nas bodas de Caná como sinal do
início da era messiânica.
▪Reconhecer a importância da
obediência na vida cristã
▪Reconhecer que Jesus ainda realiza milagres.
RECURSOS DIDÁTICOS
▪Uma folha de papel manilha;
▪Uma folha de cartolina branca;
▪Canetas Pilot (azul, vermelha e
preta);
▪Quadro-negro;
▪Giz.
TÉCNICAS DE ENSINO
▪Para este estudo, sugerimos algumas atividades:
▪Dinâmica: Conversação – apresentar algumas perguntas como:
você acredita em milagre? Tem algum para compartilhar? Como você
vê Deus sendo glorificado neste milagre? Assim os alunos participarão
expressando suas experiências e poderão se inserir no contexto apresentado no texto.
▪Gerar um debate sobre os assuntos expostos.
DICAS
▪Preparar durante a semana um
cartaz, feito com cartolina, contendo a pergunta: “O que é milagre?”
(que se encontra no item Informações complementares).
▪Preparar um cartaz, feito com
papel manilha, contendo algumas
passagens bíblicas que falam da importância da obediência.
▪Pesquisar, durante a semana, comentários bíblicos que falam a respeito do milagre nas bodas de Caná.
Diálogo e Ação – Liderança •23
DESENVOLVIMENTO DO
ESTUDO
1. Iniciar a aula apresentando o
cartaz contendo a pergunta: “O que
significa milagre?” Iniciar uma conversação com os alunos sobre o que eles
entendem sobre a palavra “milagre”.
2. Explicar que a Bíblia apresenta
vários milagres, mas que todos estão
relacionados às manifestações diretas
de Deus para com o homem e que
estas manifestações têm o objetivo de
honrar e glorificar o nome de Deus.
3. Explicar sobre milagres utilizando as informações contidas no
item “Informações complementares”.
4. O Evangelho de João apresenta
o início do evangelho de Jesus com o
milagre ocorrido nas bodas de Caná.
5. Explicar como eram as festas
de casamentos, as bodas, no período
bíblico, conforme consta na lição.
6. Destacar que Jesus não era
uma pessoa festeira, porém, que em
todo lugar que estava, seu principal
objetivo era anunciar o evangelho
de salvação das mais variadas formas
possíveis, buscando alcançar as pessoas pecadoras e levá-las ao arrependimento e reconhecimento de que
ele era o Messias prometido.
7. Pedir que os alunos leiam o
item “Jesus costumava ir a festas”
que consta na lição.
24• Diálogo e Ação – Liderança
8. Pedir que eles comentem o que
entendem sobre o milagre ocorrido
nessa festa e como imaginam ter sido.
9. Destacar que o mais importante neste milagre é a obediência dos
servos, principalmente por se tratar
de estar vindo de um convidado.
10. Apresentar o cartaz contendo
algumas passagens bíblicas sobre a obediência e pedir que os alunos comentem como eles entendem a obediência
que o cristão deve ter para com Deus.
11. Perguntar aos alunos se eles se
consideram obedientes aos ensinamentos que constam na Bíblia.
12. Questionar se eles já leram a
Bíblia toda e se têm o costume de lêla em seus momentos devocionais.
13. Explicar que para entender
os ensinamentos de Deus e ser-lhe
obediente é necessário ler a Bíblia
para conhecê-los, pois só assim é que
o cristão será capaz de saber quando
está obedecendo à voz de Deus ou
desobedecendo.
14. Perguntar se eles acreditam
em milagres ou se alguém tem algum
milagre que ocorreu em sua vida e que
possa contar para todos os presentes.
15. Pedir que os alunos participem desse momento comentando
como eles veem Deus sendo honrado
e glorificado diante do milagre compartilhado.
16. Terminar desafiando os alunos
a realizarem, no decorrer da semana a
tarefa, sugerida no término da lição.
INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES
O casamento judaico – Os judeus que viviam à época de Jesus
entendiam o matrimônio como
uma união sagrada. Afirma Ausubel: “A noiva judia era consagrada
ao seu noivo e tornava-se sagrada
para ele em virtude do ato de consagração” (KOOGAN A. (Ed.)
Enciclopédia Ju­
daica, Volume 5,
1989, p. 126).
Afirma a jornalista e cerimonialista Daisy Monte que o casamento
(no hebraico kidushin) é “a santificação do homem e da mulher, um para
o ou­tro. A cerimônia de casamento
judai­co tradicional é cheia de rituais
significantes que simbolizam a beleza da relação de marido e mulher
assim como as obrigações entre si e o
po­vo judeu. A cerimônia é primorosa e comemorada com festa”. Os noivos ficam proibidos de se verem na
semana que antecede ao ca­samento.
Os locais mais comuns da cerimônia
são a sinagoga ou um lo­cal onde se
constrói uma tenda. Dayse afirma
sobre a tenda ce­
rimonial: “Originalmente, era mon­tada ao ar livre,
sob as estrelas, sinal de bênção dada
por Deus ao patriar­ca Abraão, e fei-
ta com colunas que sustentam um
tecido branco, decorado com flores
e representando a casa a ser dividida pelo novo casal. Deve ser aberta
nos quatro lados, co­mo era a tenda
de Sara e Abraão, para receberem parentes e amigos com hos­pitalidade.
Os convidados homens ao entrarem
no recinto devem colocar um solidéu
acima dele, acompanhando-o, protegendo-o e guiando-o”.
O casamento judaico e o vinho – Uma festa de casamento,
naquela época, podia durar até uma
semana. E uma falha na hospitalidade era consi­derada ofensa séria;
naquela comemo­ração, o vinho acabou. Duas taças de vinho são servidas no casamento judaico. O vinho
é um sím­bolo de alegria na tradição
judaica e está associado com o casamento, com a ora­ção de santificação
recitada no Sábado e com as festividades.
A falta do vinho foi resolvida
pelo Senhor Jesus com o milagre da
trans­formação da água em vinho. As
seis ta­lhas de pedra, que eram usadas nas pu­rificações dos judeus, tinham capacida­de para 450 litros. A
água foi transfor­mada em vinho de
superior qualidade, representando a
nova ordem da era mes­siânica, pois o
vinho viria a simbolizar o sangue de
Cristo (DOCKERY, David S. (Ed.)
Manual bíblico Vida Nova. São Paulo: Vida Nova, p. 648).
Diálogo e Ação – Liderança •25
PLANO DE AULA 3
Deus entre nós
Texto bíblico: João 3.1-18
OBJETIVOS
TÉCNICAS DE ENSINO
▪Entender o que é novo nascimento.
Para este estudo sugerimos a utilização de recursos visuais, interação
com a aula por meio de leituras e da
explosão de ideias, análise dos textos
bíblicos, comparação com os fatos da
atualidade.
Também sugerimos a pesquisa e
a informação atualizada para que os
textos a serem estudados sejam comparados com a vida cotidiana dos
adolescentes.
▪Reconhecer que a salvação não
pode ser obtida por nenhum outro
meio se não pela graça salvadora.
▪Reconhecer a necessidade de
crer em Jesus para nascer de novo.
▪Entender que crer, na Bíblia,
significa seguir fielmente os ensinamentos de Jesus.
▪Reconhecer que é necessário
nascer de novo, mudar de vida para
ser um cristão.
RECURSOS DIDÁTICOS
▪Uma folha de papel manilha;
▪Uma folha de cartolina branca;
▪Canetas Pilot (azul, vermelha e
preta);
▪Quadro-negro;
▪Giz.
26• Diálogo e Ação – Liderança
DICAS
▪Preparar durante a semana cartaz, feito com cartolina, contendo a
pergunta: “O que é nascer de novo?”
▪Preparar um cartaz, feito com
papel manilha, contendo o fruto
do Espírito que consta em Gálatas
5.22,23.
▪Pesquisar, durante a semana, a
respeito do comportamento cristão
no mundo de hoje.
DESENVOLVIMENTO DO
ESTUDO
1. Iniciar a aula pedindo que os
alunos leiam a primeira parte da lição.
2. Questionar se os alunos têm
conversado com Deus sobre suas dúvidas, seus projetos e sobre sua vida
cristã.
3. Explicar que o encontro de Nicodemos apresenta a necessidade de
dialogar com Deus e que ele sempre
está disposto a nos ensinar, assim
como Jesus fez com Nicodemos.
4. Explicar que as respostas de
Deus vêm das mais variadas formas,
principalmente, pela atuação do
Espírito Santo sobre a vida de cada
cristão.
5. Pedir que os alunos leiam o
item “O olhar de Nicodemos para
Jesus” e perguntar se, quando os alunos conversam com Deus, o veem
como sendo o Senhor de suas vidas.
6. Destacar que Deus não tem a
obrigação de realizar as nossas vontades, porque ele é o Senhor de nossa
vida, por isso, o respeito de Nicodemos em reconhecê-lo como Mestre é
muito importante para nossa vida.
7. Apresentar o cartaz, feito com
cartolina, contendo a pergunta: o
que é nascer de novo?
8. Questionar sobre o que os alunos entendem ser o novo nascimento
na vida cristã e como eles podem demonstrar isto para as pessoas.
9. Destacar que o mais importante nos dias atuais é que cada cristão
apresente mudança em sua vida.
10. Apresentar o resultado da
pesquisa, feita no decorrer da semana, sobre como tem sido o comportamento cristão.
11. Perguntar aos alunos como
eles veem os evangélicos nos dias
atuais e quais os exemplos de mudança de vida que eles podem destacar nos dias de hoje.
12. Questionar se eles têm demonstrado esta mudança em seu lar,
sua escola, entre seus amigos e vizinhos e, até mesmo, na igreja.
13. Explicar que o novo nascimento do cristão, isto é, a mudança de vida que o cristão apresenta é
resultado de uma vida dirigida pelo
Espírito Santo e que isto ocorre
quando o cristão dá plena liberdade
para que o Espírito Santo atue em
sua vida.
14. Apresentar o cartaz, feito
com papel manilha, contendo o texto de Gálatas 5.22,23 e que apresenta o fruto do Espírito.
15. Pedir que os alunos destaquem os frutos que eles percebem
estarem sendo produzidos em suas
vidas.
16. Incentivar os alunos a darem
mais liberdade ao Espírito Santo de
Deus para que suas vidas sejam dirigidas por ele e, assim, produzam
Diálogo e Ação – Liderança •27
frutos dignos de arrependimento,
conforme a Bíblia orienta.
17. Terminar desafiando os alunos a realizarem, no decorrer da semana, a tarefa sugerida no término
da lição.
INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES
Regeneração – Significa tornar
a gerar; dar à luz de novo; nascer de
novo. Então, regeneração significa
que a pessoa recebe uma nova e santa natureza de Deus. Santa porque é
separada para Deus e por ele. Qualquer pessoa que queira fazer parte do
reino de Deus precisa ser regenerada,
isto quer dizer que a pessoa precisa ter esta nova vida (natureza) em
Cristo.
Então, a regeneração significa nascer de novo (1Pe 1.3-5) e quem nasce de novo torna-se uma nova pessoa
(2Co 5.17).
Somos uma nova criatura em
Cristo, pois somos gerados por intermédio da Palavra de Deus (Tg 1.18);
se somos gerados por intermédio da
Palavra de Deus, somos gerados pelo
o que Deus falou. Então, Deus é
quem nos dá a vida e, por isso, somos
seus filhos (Jo 1.10-13).
Somos feitos filhos de Deus, porque cremos em Jesus como nosso Senhor e Salvador. É por isso que somos
regenerados e o Espírito Santo de
Deus é o nosso regenerador. Quem
é regenerado, quem é nascido de
Deus, quem é nascido de novo não
28• Diálogo e Ação – Liderança
é condenado ao inferno pelo pecado
(Rm 8.1,2).
Ao crermos que Jesus Cristo é
o nosso Senhor e Salvador, somos
libertos do pecado (Rm 6.1-14) e
quem crê em Jesus como Senhor e
Salvador da sua vida, guarda e obedece aos seus mandamentos (1Jo
5.3,4) e não vive na prática do pecado (1Jo 3.8-11). Isto não significa
que ao aceitarmos Cristo nunca mais
pecaremos e, sim, que não viveremos
praticando o pecado continuamente. Vamos entender isto melhor. Pecamos, vemos que estamos errados,
pedimos perdão a Deus e não praticamos mais esse pecado. Também
não temos mais prazer nele. Pois
quem não tem Cristo como Senhor
e Salvador da sua vida tem prazer em
pecar, mas nós, não. Afinal, estamos
vivendo uma nova vida.
Temos uma nova vida, nascemos
de novo, somos regenerados e podemos provar isto porque amamos o
próximo (1Pe 1.22; 1Jo 4.7,20,21),
pois temos um novo coração dado
por Deus (Ez 36.26-28). Recebemos
um transplante de coração “ESPIRITUAL” e este coração vem de Deus,
podemos dizer assim.
Agora, somos filhos de Deus,
gerados pela sua Palavra (Bíblia) de
salvação pelo sacrifício de Cristo na
cruz pelos nossos pecados (Ef 4.175.21).
A essência do novo nascimento
– O fundo do discurso sobre o novo
nascimento consiste na insuficiência
de uma crença baseada em sinais externos. Uma mudança radical do co-
ração é imprescindível para o novo
nascimento e essa mudança se descreve em termos de um nascimento
vindo do alto, isto é, de Deus.
Nicodemos mostra-se impressionado com os milagres que Jesus faz,
mas uma crença baseada em milagres
é inadequada, pois deixa o âmago da
personalidade humana infrutífera.
Somente a renovação interior permite ao homem participar no reino de
Deus.
Nicodemos maravilha-se com Jesus, mas não o entende. Jesus nãoestava falando de um nascimento físico, mas de um ato criativo de Deus
no homem interior.
A vida espiritual não se transmite
por processo natural, nem se identifica com qualquer existência carnal.
Ela se encontra em Jesus, que veio do
céu com perfeito conhecimento de
Deus, a fim de revelá-lo aos homens
(SHEDD, Russel (Ed.) Novo Comentário da Bíblia. São Paulo: Vida
Nova, p. 1.068, Vol. III).
A nova vida em Cristo – A regeneração, isto é, a nova vida, é algo
que Jesus não só ensinava como as
pessoas sentiam e viviam ao terem o
primeiro contato com ele e isto ocorre até os dias de hoje conforme João
3.1-7.
Ser cristão inicia com um a decisão pessoal diante de Jesus, porém,
seguir seus ensinamentos e viver a
vida como ele ensinou é um processo
que precisamos conhecer a cada dia
e a todo instante, por isso, devemos
sempre ler a Bíblia, orar e ir à igreja.
A pergunta feita por Nicodemos
no texto de João é muito pertinente até
para nós. Afinal, como será, o que será
e em que momento ela inicia, fazem
parte de outras que temos a partir do
momento que aceitamos Cristo. Apesar das perguntas aumentarem cada
vez mais, sempre encontraremos as respostas na Bíblia e pela oração. Então,
vamos ver o que a Bíblia relata sobre a
nova vida em Cristo.
– Quem aceita Jesus como seu Senhor e Salvador é uma nova criatura,
isto é, passa a viver uma nova vida – 2
Coríntios 5.17;
– O cristão deve se libertar dos desejos do homem sem Deus e se revestir
como nova criatura em Cristo – Efésios 4.20-24;
– A nova vida em Cristo nos muda
completamente do que éramos no passado – Tito 3.3-6;
– Quem nasce de novo não é condenado ao inferno e não vive na prática do pecado – Romanos 8.1,2; 1João
3.7-10.
O cristão é uma nova criatura libertado domínio do pecado e que obedece aos mandamentos de Deus – 1
João 5.3,4; Romanos 6.1-14
Nascer de novo não é algo simples,
é como um nascimento de uma criança mesmo. Passamos por todas as etapas que uma criança passa, porém com
um entendimento diferente e sentindo
a presença de Deus em nossas vidas.
Para que aprendamos a viver a nova
vida em Cristo precisamos ler a Bíblia,
orar, ir à igreja e buscar a Deus a cada
dia mais.
Diálogo e Ação – Liderança •29
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