Em conversa com o líder Crescendo na fé A adolescência é época de crescimento , tanto físico quanto mental e emocional. Nestes próximos três meses, quando estudaremos o Evangelho de João, teremos oportunidade de ver nos sos adolescentes crescendo espiritualmente. É a proposta da EBD que conheçam Jesu s, o Salvador, e que vivam pela fé nele, como Filho de Deus e Sen hor. Observe as sugestões do calendário trim estral, também, pois elas foram feitas procurando engajar os alunos em atividades culturais, cívicas e de responsabilidade social. Também, ness e quesito eles precisam crescer. As oficinas educativas podem se tornar momentos muito interessantes, pois adolescentes gostam de particip ar de encontros onde todos podem contribuir para o conhecimento gera l. As oficinas oferecem propostas de dinâmicas em pequenos grupos, faze m uso da Bíblia e possibilitam reflexões sobre a felicidade do crente, o enfrentamento das provações e a esperança da vitória, que provém da fé. Como anda sua visão educativa? Fez ou pensa fazer mudanças estruturais no processo ensino-aprendizagem ? Então, “Dinamizando a EBD” e “Recursos pedagógicos” são leituras obri gatórias. Definir a visão e mobilizar recursos, com certeza, lhe proporci onará alcançar êxito ao ensinar. O professor da EBD deve cuidar de sua saúde. Um dos cuidados mais importantes é o controle do próprio peso , pois ele revela riscos potenciais. Os planos de aula são apenas sugestões. Adapte-os conforme a necessidade e as possibilidades de que dispõe. Um excelente trimestre de estudos. Que Deus a todos abençoe. Diálogo e Ação – Liderança• 1 Sumário Em conversa com o líder .........................................1 Expediente . ..............................................................2 Agenda – Calendário trimestral ..............................3 Bíblioteca – Indicações especiais de livros para o trimestre ................................................................4 Para falar com os professores ................................6 Recursos pedagógicos . ...........................................9 Refletindo sobre o tema do trimestre . .................11 Recurso para o trimestre . .....................................16 Hino do trimestre ...................................................18 EBD – Visão geral ..................................................19 PLANOS DE AULA – EBD EBD 1 – Jesus, o Verbo eterno .............................20 EBD 2 – Um convidado especial . .........................23 EBD 3 –Deus entre nós .........................................26 EBD 4 – A água da vida . .......................................30 EBD 5 – Saúde para viver .....................................33 EBD 6 – O essencial na vida .................................36 EBD 7 – Vendo o invisível . ....................................39 EBD 8 – Vida plena, vida eterna ...........................42 EBD 9 – O preço da salvação ...............................45 EBD 10 – A hora da despedida . ...........................48 EBD 11 – Alguém para ajudar ..............................51 EBD 12 – Longe de casa, perto de Jesus ............54 EBD 13 – A vitória final . ........................................57 Avaliação do trimestre ...........................................60 Reunião de planejamento .....................................61 DCC – Visão geral ..................................................62 PLANOS DE ESTUDO – DCC Unidade 1 – Dúvidas que geram crises espirituais DCC 1 – Deus existe? ............................................63 DCC 2 – Deus existe mesmo? . .............................64 DCC 3 – Salvação: sem medo de ser feliz ...........65 DCC 4 – A caminhada da salvação ......................66 Unidade 2 – Comunicação social DCC 5 – Princípios de comunicação ....................67 DCC 6 – Saber falar e saber ouvir ........................68 DCC 7 – Comunicando positivamente .................69 DCC 8 – Na busca da comunicação efetiva . .......70 Unidade 3 – Estudo da personalidade DCC 9 – Na nebulosa do inconsciente . ...............71 DCC 10 – Cara a cara com o medo.......................72 DCC 11 –Vivendo em grupo de modo sadio ........73 DCC 12 – Indecisão x Decisão . ............................ 74 Estudo especial. . ...................................................75 Gabarito ..................................................................80 2 • Diálogo e Ação – Liderança Diálogo e Ação ISSN 1984-8358 LITERATURA BATISTA Ano LXXXIII • Nº 336 revista destinada Diálogo e Ação – Professor é uma a 17 anos) na a professores de adolescentes (12 s na Divisão de Escola Bíblica Dominical e aos lídere tações didáticas Crescimento Cristão, contendo orien seu trabalho e outras matérias que favorecem o scente nas mais em busca do crescimento do adole diferentes áreas Copyright © Convicção Editora Todos os direitos reservados total ou parcial por Proibida a reprodução deste texto nicos, fotográficos, eletrô s, ânico (mec s quaisquer meio dados etc.), a não de o banc em agem gravação, estoc ita informação explíc com es, citaçõ s ser em breve da fonte Publicado com autorização por Convicção Editora CNPJ (MF): 08.714.454/0001-36 Endereços Caixa Postal, 13333 RJ CEP: 20270-972 – Rio de Janeiro, Telegráfico – BATISTAS m Eletrônico – [email protected] Editor Sócrates Oliveira de Souza Coordenação Editorial (RP/16897) Solange Cardoso de Abreu d’Almeida Redação Tione Echkardt Produção Editorial Oliverartelucas Produção e Distribuição Convicção Editora Tel.: (21) 2157-5567 Rua José Higino, 416 – Prédio 16 Sala 2 – 1o Andar Tijuca – Rio de Janeiro, RJ CEP 20510-412 [email protected] Agenda Calendário trimestral Outubro 4 – Domingo: Reunião de planejamento (Dia do poeta) 11 – Domingo: Programa regular 12 – Dia da criança 15 – Dia do professor 18 – Domingo: Programa regular 25 – Domingo: Programa regular 28 – Dia nacional do livro 31 – Dia da Reforma Luterana Atividades especiais – Algumas datas comemorativas não oficiais podem ser aproveitadas. Por exemplo, marcar um concurso de poesia evangélica; realizar um trabalho evangelístico com crianças; um jantar para os professores da igreja (seculares e da EBD); assistir ao filme Lutero e, depois, ouvir um preletor comentá-lo. Novembro Mês dedicado à música 1 – Domingo: Programa regular 2 – Feriado nacional (Finados) 5 – Dia do cinema brasileiro 8 – Domingo: Programa regular 15 – Domingo: Programa regular (Dia da Proclamação da República) 17 – Dia da criatividade 19 – Dia da bandeira 22 – Domingo: Programa regular (Dia do músico) 29 – Domingo: Programa regular 30 – Dia do teólogo Atividades especiais – Algumas datas comemorativas não oficiais podem ser aproveitadas. Por exemplo, programar um encontro para abordar a temática moral e cívica; realizar um encontro com ordem de culto criativa, participações e ações criativas; assistir a um filme brasileiro; homenagear os músicos (profissionais e da igreja); homenagear os seminaristas e teólogos da igreja. Dezembro 1 – Dia mundial do combate à AIDS 6 – Domingo: Programa regular 8 – Dia nacional da família 13 – Domingo: Programa regular 16 – Dia do teatro amador 20 – Domingo: Programa regular 24 – Dia do órfão 25 – Natal 27 – Domingo: Programa regular Atividades especiais – Participar, ativamente, de campanhas de conhecimento e combate à AIDS; realizar uma semana de teatro amador sobre passagens bíblicas; visitar orfanatos e cultuar a Deus ali; programação orientada para a celebração do nascimento do Salvador. Diálogo e Ação – Liderança • 3 Biblioteca Indicações especiais para o trimestre Para auxiliar o seu trabalho na preparação das aulas deste trimestre, tanto em relação aos estudos das lições da EBD quanto ao que diz respeito aos estudos das lições da DCC, estamos oferecendo uma lista de livros que poderão ser consultados e, se examinados, contribuirão para melhor qualidade do ensino. Livros sugeridos para os estudos das lições da EBD ALLMEN, J. J. Von (org.). Vocabulário Bíblico. Trad. de Alfonso Zimmermann. 2ª edição. São Paulo: ASTE, 1972, 455p. BAXTER, J. Sidlow. Examinai as Escrituras. Trad. de Neyd Siqueira. São Paulo: Vida Nova, 1992, 386p. Vol. 5. CHOURAQUI, André. A Bíblia: Iohanân (O evangelho segundo João). Trad. de Leneide Duarte e Leila Duarte. Rio de Janeiro: Imago, 1997, 340p. Vol. 11. GUNDRY, Robert. H. Panorama do Novo Testamento. Trad. de João Marques Bentes. 4ª.edição. São Paulo: Vida Nova, 1991, 450p. HALE, Broadus David. Introdução ao Estudo do Novo Testamento. 3ª edição. Rio de Janeiro: JUERP, 1989, 485p. SANTOS, João Ferreira. Teologia dos Milagres de Jesus: série monografias – 1. Rio de Janeiro: JUERP, 1992, 170p. TENNEY, Merrill C. O Novo Testamento: sua origem e análise. 2ª edição. São Paulo: Vida Nova, 1989, 490p. 4 • Diálogo e Ação – Liderança Livros sugeridos para os estudos das lições da DCC Unidade 1 – Dúvidas que geram crises espirituais BUSCH, Wilhelm. A certeza da salvação em Jesus. SC: 91p. CONNER, Walter Thomas. O evangelho da redenção. Trad. de David Gomes e Jabes Torres. 2ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1981, 285p. GRAHAM, Billy. Paz com Deus. 3ª ed. Trad. de Jorge Rosa. Rio de Janeiro: JUERP, 256p. GROESCHEL, Craig. Quem Deus realmente é? São Paulo: Editora Vida, 191p. HOLE, F. B. O plano de salvação. Depósito de Literatura Cristã, 128p. MONDIN, Batista. Quem é Deus? São Paulo: Editora Paulus, 456p. SCHAEFFER, Francis. A morte da razão. 7ª ed. São Paulo: Fiel e ABU Editora, 1997. 96p. SPURGEON, Charles H. O caminho da salvação. Trad. de Ivan Carlos Parecy Jr. Projeto Spurgeon. 13p. Unidade 2 – Comunicação social OSBORNE, Cecil. A arte de aprender a amar-se a si mesmo. Trad. de Roberto Alves de Souza. 5ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1989, 240p. OSBORNE, Cecil. A arte de relacionar-se com as pessoas. Trad. de Josias Cunha de Souza e Roberto Alves de Souza. 3ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1990. 240p. OSBORNE, Cecil. A arte de compreender-se a si mesmo. Trad. de João Barbosa Batista. 6ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1988, 375p. PRICE, J. M. A pedagogia de Jesus: o Mestre por excelência. Trad. de Waldemar W. Wey. 5ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1986, 162p. Unidade 3 – Estudo da personalidade MASTON, T. B. Certo ou Errado? Trad. de José dos Reis Pereira. 3ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1980, 190p. PALAU, Luis. Diga sim para mudar. Trad. de Myrian Thalita Lins. MG: Betânia, 1993, 172p. SHEDD, Russell Philip. O mundo, a carne e o Diabo. 2ª ed. São Paulo: Vida Nova, 1995, 126p. SWINDOLL, Charles R. Vivendo sem máscaras. Trad. de Myrian Talitha Lins. MG: Betânia, 1987, 224p. Diálogo e Ação – Liderança • 5 Para falar com os professores A importância da Escola Bíblica Dominical Cadê a Escola Bíblica Dominical? – Talvez esta seja a pergunta que mais se ouve em muitas igrejas batistas neste nosso imenso Brasil. A cada ano que passa ficamos sabendo que as Escolas Bíblicas Dominicais estão sendo extintas em muitas igrejas e por inúmeros motivos. Não estou fazendo uma crítica às igrejas que tomaram tal decisão, mas quero abordar sobre a importância da Escola Bíblica Dominical para a vida cristã e, principalmente, para o crescimento saudável e seguro das igrejas, dos cristãos e da nossa denominação. Sou um pastor que não consigo ver uma igreja sem a Escola Bíblica Dominical. Poderia citar inúmeros pastores que, ao longo dos anos, têm escrito sobre a mesma importância, mas vou abordar sobre alguns pensamentos relacionados à extinção da Escola Bíblica Dominical e pretendo apresentar argumentos sobre sua importância. 6 • Diálogo e Ação – Liderança Um novo momento Muitos pensam que extinguir a Escola Bíblica Dominical faz parte de um novo momento e que isto é a atualidade. Quero lembrar-lhes que igreja cheia não é sinônimo de igreja fundamentada na Palavra. Há muitas pessoas que preferem não ter seus pecados confrontados pela Palavra nem sentir a necessidade de mudança de vida. Ser cristão é ser regenerado pelo Espírito Santo de Deus e isto não significa ter poder para realizar alguma coisa, mas ter alegria por ter o nome escrito no livro da vida (Lc 10.19,20). Muitas pessoas vão aos cultos procurando receber do Espírito Santo um tipo de passe como ocorre nas religiões africanas. Isto não é de hoje, desde o Antigo Testamento e até com Jesus as pessoas queriam apenas os milagres, mas quando eram confrontadas com a Palavra de Deus deixavam de segui-lo (Jo 6.60,66). A igreja que elimina a EBD de seu departamento está deixando de ensinar a doutrina de Deus, dos apóstolos, os ensinamentos de Cristo, isto é, está deixando de alimentar o povo de Deus e dar a todos a certeza do motivo da esperança que tem na salvação (1Pe 3.15). A EBD é o espaço em que os cristãos podem tirar as suas próprias dúvidas, aprender a respeitar as opiniões contrárias, edificar as suas próprias e se alimentar da Palavra de Deus. Sem a EBD os cristãos são levados por qualquer vento de doutrina e passam a ouvir ensinamentos de pessoas que estão em evidência e, muitas vezes, são pessoas que falam coisas que agradam aos seus corações (2Tm 4.3,4). Chegamos a este momento, infelizmente. Por isso, a EBD é muito importante, pois a igreja estuda a Palavra de Deus, se alimenta com os ensinamentos e, ao mesmo tempo, está capacitando novos líderes e despertando novos obreiros para a seara. Então, não desanimem, nem pensem em largar ou extinguir a sua classe da EBD, pois ela é muito útil para o reino de Deus. Classes teológicas Outro ponto que é importante destacar é que a EBD não é uma classe de formação teológica. Digo isto por experiência própria. Afinal, leciono teologia há 20 anos, fui diretor de um seminário por 10 anos, tenho livros escritos e exerço a teologia há muito tempo e afirmo que teologia é muito diferente e está muito distante da importância da EBD. Ser teólogo é ter um conhecimento das coisas relacionadas ao divino e ao nosso Deus, mas não significa ter o conhecimento necessário para a edificação da vida cristã. Conhecer hermenêutica, homilética, a história dos pais da igreja e todas as outras disciplinas de um curso de teologia é muito bom, porém, não significam que irão firmar a fé do cristão. A teologia estuda e se envolve em todas as áreas filosóficas e científicas existentes, porém, é muito comum também ver teólogos sendo envolvidos e influenciados por estas áreas e a Bíblia já declarava que o conhecimento deste mundo nos cega para as coisas de Deus (2Co 4.3,4). Fazer teologia é bom, abre o conhecimento e ajuda o cristão, porém, não dá ao cristão a base do conhecimento que edifica e fortalece a vida cristã. Ter fé só é possível por conhecer os ensinamentos bíblicos e isto deve ser algo constante, diário na vida dos cristãos. Afinal, a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm 10.17) e ouvir significa ouvir, entender e praticar. É por isso que a EBD é fundamental para a vida da igreja e para a vida individual de cada cristão. Uma igreja sem Escola Bíblica Dominical é uma igreja fraca e que será levada por todo e qualquer vento de doutrina, basta surgir um bom orador. A sua classe de EBD, meu querido professor, é uma das colunas que sustentará a sua igreja e é uma das principais fontes formadoras de pastores, missionários e outros obreiros para o reino de Deus. Acredite nisto e tenha ciência da importância da sua classe e da sua vida como professor. Diálogo e Ação – Liderança • 7 Uma igreja forte e firmada na Palavra Uma igreja forte e firmada na Palavra de Deus é uma igreja que tem Escola Bíblica Dominical. Isto não é ultrapassado, se for assim a Bíblia, em pouco tempo, será um livro obsoleto para muitos. Há pessoas que passam meses ou anos estudando para concursos públicos ou para vestibulares, mas leem as lições da EBD nos dez minutos finais do sábado à noite ou no domingo antes de ir para a igreja. Só na EBD é que estas pessoas entenderão a importância da Bíblia para todos os âmbitos de sua vida. Lembro-me que na virada do milênio ouvi muitos dizerem que na Bíblia estava escrito que a 1000 chegarás, mas que de 2000 não passarás, citando Nostradamus como se fosse um profeta bíblico. Ainda hoje há pessoas que insistem em dizer que não cai sequer uma folha no chão se não for a vontade de Deus, citando o Alcorão como se fosse uma passagem da Bíblia. É só na EBD que estas e outras deturpações acabarão. Você, professor da EBD, é muito importante para o fortalecimento das pessoas que congregam em sua igreja. Você é muito importante para despertar vidas para o reino de Deus. Por isso, dedique-se à sua classe da EBD; dediquese aos estudos, aos alunos; dedique-se à leitura bíblica devocional para sua vida. Seja um testemunho vivo para seus alunos e para sua igreja. Reúna os demais professores. Crie classes para planejamentos, reuniões pa8 • Diálogo e Ação – Liderança ra os trimestres e o ensino. Dediquese ao reino de Deus e capacite os seus servos. Conclusão A sua igreja pode ter muitos membros ou pode ter poucos, mas ela precisa estar fundamentada na Palavra de Deus. Acredite, poucas pessoas estão lendo a Bíblia, há um número menor ainda que conhece os ensinamentos e que são transformados pela leitura da Palavra de Deus e atuação do Espírito Santo. A prioridade de um professor da EBD é incentivar os alunos a lerem, entenderem e praticarem os ensinamentos bíblicos. Apesar de parecer que estamos correndo contra muitos neste mundo, a Bíblia nos diz que isto aconteceria, mas que devemos ter ânimo, avivar a nossa alma, pois Cristo passou pelo mesmo e venceu o mundo, tendo ressuscitado. A nossa luta não irá terminar e, acredito que, a cada ano que passa, ela se tornará mais intensa, porém, foram homens que se dedicaram exclusiva e exaustivamente a estudar a Bíblia e a pregar seus ensinamentos de forma correta que fizeram as maiores reformas que existem e que levaram inúmeras vidas aos pés de Cristo. Eu desafio e convoco a você a me ajudar nesta árdua, mas edificante tarefa de fortalecer a EBD e, para isso, você poderá enviar e-mails para a Redação desta revista dando ideias, contando experiências de forma que juntos edifiquemos mais vidas para servir ao nosso Senhor. Que Deus os abençoe. Tione Echkardt Redator Recursos pedagógicos CONHEÇA MAIS A PALAVRA DE DEUS Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra – Oseias 6.3 A Bíblia nos ensina que Jesus sempre incentivou e até cobrou dos seus servos a importância em conhecer os ensinamentos que constam na Palavra de Deus. Há anos venho enfatizando que as pessoas conhecem a Bíblia por ouvi-la e não por lê-la e, infelizmente, estamos vivendo um momento que o número de conhecedores por ouvir tem sido alarmante. Apesar da facilidade do acesso a estudos bíblicos, palestras, mensagens e qualquer outra informação sobre a Bíblia e pelos mais diversos meios de comunicação, as pessoas estão se acomodando apenas a ouvir o que interessa e isto não é saudável para vida do cristão. A Bíblia nos exorta a ouvirmos os ensinamentos de Deus e este ouvir significa ouvir, entender e praticar, porém, como a língua portuguesa é composta por inúmeros sinônimos, muitos cristãos pensam que ouvir significa apenas deixar que as palavras entrem em sua mente pelo que ouvem e não fazem nada mais. Nos dias atuais é muito comum ver pessoas contendo versões eletrônicas da Bíblia em seus celulares e isto é fabuloso, pois facilita a leitura constante da Palavra de Deus, porém, as finalidades de tais aplicativos não estão sendo utilizadas como princípio de edificação para a vida cristã. Ter uma versão da Bíblia no celular não significa que não precisamos mais lê-la constantemente; deveria ser o contrário. Por termos esta facilidade deveríamos ler a Bíblia em todo lugar e a todo instante. O fato também de termos muitos programas televisivos, vídeos com estudos e palestras na internet e os programas radiofônicos podemos aprender mais e ser mais estimulados para o estudo e conhecimento da Palavra. Apesar de toda esta facilidade que temos a nossa disposição, em momento algum devemos diminuir ou parar o contato direto com as páginas da Escritura Sagrada e isto é muito importante para o cristão e, principalmente, para os professores de Escola Bíblica Dominical. O salmista Davi declara em diversos salmos o quanto ele ama a lei do Senhor, como ela é motivo constante de sua alegria e como ele medita nela dia e noite. Devemos seguir esta orientação e este exemplo de Davi. Por mais que a nossa revista, assim como toda a literatura batista, seja produzida por pessoas competentes, inteligentes e estudiosas da Palavra de Deus; e mesmo com todo aparato didático que as nossas revistas possam apresentar, em momento algum estamos trocando ou incentivando os professores a não lerem as Escrituras Sagradas. Diálogo e Ação – Liderança • 9 Cada professor deve ter consciência da sua responsabilidade diante de Deus, do seu reino e do povo de Deus, ao lecionar as lições que são sugeridas para cada trimestre do ano e, por isso, deve ler a Bíblia diariamente, orar e buscar a cada dia mais informações sobre o texto ou livro que será estudado. Internet Na internet é possível encontrar vários sites com estudos, palestras e outros assuntos teológicos que abordam os livros e os mais diversificados temas bíblicos, além de existir inúmeros livros, comentários e dicionários como também Bíblias e muitos são gratuitos para o auxílio de quem quer conhecer e se aprofundar mais na Palavra de Deus. Entretanto, é preciso tomar cuidado e dedicar tempo para cada consulta, pois nem todo estudo, livro, site ou outras fontes são confiáveis. Para saber qual é a melhor e confiável é necessário que o professor pesquise pelo menos cinco fontes diferentes e faça comparações com os ensinamentos bíblicos e doutrinários. Literatura Também temos um crescente número de livros sendo lançados, editados novamente e muitos destes, até alguns antigos, se encontram disponíveis para venda em vários locais, inclusive, em muitos sebos. É muito importante que o cristão tenha livros e leia sempre. Porém, é muito mais importante que o professor da EBD tenha acesso a livros e que monte uma biblioteca em sua casa para que possa consultar os livros sempre que for necessário. 10• Diálogo e Ação – Liderança Cursos Teológicos e de Capacitação Outra boa oportunidade que tem surgido são os diversos cursos teológicos e de capacitação, reconhecidos pelo MEC ou livres. Atualmente, é possível fazer cursos de capacitação ou cursos livres de teologia até mesmo pela internet e na plataforma EAD (Ensino a Distância). Para qualquer pesquisa ou aprofundamento no conhecimento da Palavra de Deus é preciso que quem procura tenha uma noção ou orientação sobre como escolher ou qual deve ser feito. É muito importante saber a doutrina que está sendo ensinada e se o ensino segue os princípios bíblicos e, no nosso caso, que seja conforme a nossa doutrina. Prossigamos em Conhecer O professor não deve se sentir desanimado ou pensar que é difícil lecionar as lições da EBD e, também, não deve pensar que já sabe tudo sobre a Bíblia por ser um membro antigo ou por lecionar por anos. O professor deve lembrar que a Palavra de Deus é viva e eficaz e que ela se faz nova a cada manhã. Então, diante da correria e das enormes mudanças que ocorrem no mundo atual, o professor precisa estar ciente que sempre é preciso conhecer mais a Palavra de Deus e que deve estudá-la constantemente. Então, querido professor, aproveite todas as oportunidades que tiver e que encontrar disponíveis para auxiliá-lo no aprofundamento da Palavra de Deus, conheça e prossiga sempre em conhecer mais a Deus e sua Palavra. Tione Echkardt Redator Refletindo sobre o tema do trimestre A mensagem do Evangelho de João O Evangelho de João começa apresentando Jesus como Verbo que existe desde antes do início com Deus, o Pai, isto é, mostra que Jesus é eterno (Jo 1.1,2). Também apresenta que João Batista enfatizou que seu ministério era apresentar o Cristo e, por isso, fez questão de dizer que ele não era o Messias prometido e esperado por tantos e há tanto tempo (Jo 1.19,20). João Batista afirma que Jesus é o Messias prometido (Jo 1.29) e ainda reafirma isto diante de dois discípulos de Jesus (Jo 1.35,36). Então, o primeiro capítulo do Evangelho de João apresenta a Jesus como sendo o Messias, o Salvador do mundo, que Deus havia prometido ao povo de Israel por meio dos profetas. No capítulo 2, o evangelista João, que não é o Batista, apresenta um milagre realizado por Jesus – João 2.112 – onde Jesus está num casamento e transforma a água em vinho. O mais importante nesse milagre é que os discípulos de Jesus começaram a crer nele como o Messias prometido (Jo 2.11). Ainda neste capítulo e, após o milagre das bodas de Caná, o Evangelho de João apresenta Jesus como tendo a autoridade que só Deus poderia dar a alguém que é a purificação do templo (Jo 2.23). Diálogo e Ação – Liderança •11 No capítulo 3 do Evangelho de João é apresentado o diálogo entre Jesus e Nicodemos, em que é destacada a importância da nova vida que a pessoa passa a ter ao aceitar Cristo como Senhor de sua vida, a saber, o novo nascimento em Cristo (Jo 3.1-21). Em João 3.3136, o evangelista apresenta outro testemunho de João Batista após esses relatos, confirmando que Jesus era o Cristo prometido. Assim começa o Evangelho de João. Este Evangelho é o mais conhecido e o mais utilizado para pregar as boas-novas de salvação a todas as pessoas, inclusive, a nossa denominação tem extensa literatura sobre ele para classe de batismos e para os cultos nos lares. Isto porque o Evangelho de João é um Evangelho escrito numa linguagem simples e voltado para o mundo gentílico. É lógico que o intuito do Evangelho não foi apenas os gentios, mas parece que o evangelista estava direcionando sua mensagem para os cristãos gentios que faziam parte de sua comunidade, pelo menos é o que alguns estudiosos afirmam e apresentam bons argumentos para esta teoria. Independentemente da teoria a ser seguida, uma coisa fica muito clara no conteúdo do Evangelho de João: apesar de ser muito conhecido pelo texto de João 3.16, este Evangelho está mais para uma sentença de Deus direcionada ao mundo do que uma carta romântica declarando o amor de Deus. O termo mundo, kosmos em grego (κóσμος) aparece cerca de 60 vezes no Evangelho e sempre fazendo uma 12• Diálogo e Ação – Liderança clara distinção entre Jesus e seus discípulos para com o mundo e os que nele habitam. No Evangelho de João, o termo mundo designa as pessoas que não creem no evangelho de salvação, isto é, aqueles que rejeitam a luz que é Cristo (Jo 1.9,10). João deixa bem claro que Jesus veio para eliminar o pecado dessas pessoas, do mundo (Jo 1.29), foi por isso que Deus o amou de uma maneira incompreensível que o fez entregar seu único Filho, porém, só para os que creem nele (3.16) e aqui está o auge do evangelho: crer em Jesus como o Messias prometido, o Salvador do mundo. Desde o início, João esclarece que Jesus não veio para julgar o mundo, mas salvá-lo, porém, o mundo é mau e ama mais as trevas do que a luz e este é o julgamento a ser feito (Jo 3.17,19). A salvação está em crer que Jesus é o único que pode salvar o mundo (Jo 4.42), pois Jesus deu a sua vida para salvar o mundo (Jo 6.51). Enquanto esteve no mundo, e hoje por meio de todo cristão, o evangelho denuncia o mundo e as suas obras declarando-os maus (Jo 7.7). Diante dessa posição e das declarações de Jesus, é demonstrado uma clara distinção entre os que creem e os que não creem, pois a salvação é para aqueles e a condenação para estes (Jo 8.23,26). Como o mundo vive em trevas, Jesus veio para ser a sua luz, isto é, o direcionamento correto para a vida e para a salvação (Jo 9.5) e é anunciando que Jesus coloca o mundo em juízo (Jo 9.39; 12.31). O Evangelho deixa bem claro que não há compatibilidade entre Jesus e o mundo (Jo 16.20) e que os que creem nele não são do mundo, como ele também não é (Jo 17.14,16; 18.36). É muito comum ouvir as pessoas declararem algum local para Jesus. Às vezes, declaram cidades ou países querendo expressar que Jesus é o Senhor do local e, assim, procuram declarar a vitória contra Satanás, porém, o Evangelho de João deixa bem claro que isto é impossível e que nunca acontecerá, pois Jesus não é deste mundo, o seu reino não é daqui (Jo 14.17; 16.8-11). O próprio Jesus se recusou a orar para o mundo desta forma (Jo 17.9). Então, orar desta forma ou declarar isto, nos dias atuais, é não conhecer as Escrituras e, pior, é deturpá-las. Esta ideia de vencer Satanás como muitos pensam também é descartada no Evangelho, pois Jesus diz que venceu o mundo (Jo 16.33) e que com sua ressurreição, além de vencer o mundo, ele o declara culpado, expõe suas obras malignas e a sua luz expulsa Satanás (Jo 8.12; 12.31; 14.30,31). Outra ênfase muito forte que o Evangelho de João apresenta é a relação que existe entre o mundo e os judeus, isto é, os religiosos. Ele declara que Satanás é o príncipe deste mundo e o pai dos judeus, isto é, dos religiosos (Jo 8.44). Esta declaração é forte e muito pesada, mas tem uma explicação clara no Evangelho, pois Jesus veio primeiro para os judeus, o seu povo, mas eles o rejeitaram e amaram mais as trevas do que a luz (Jo 1.11). Podemos perceber que o Evangelho de João faz uma nítida distinção entre os que creem nele e os que não creem, mas são do mundo e andam em trevas, por isso, quem nega o mundo, toda sua influência e religiosidade é o que tem a vida eterna (Jo 12.25). O evangelho de salvação é para os gentios, os que creram em Jesus como Messias prometido, como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 12.46,47). É neste Evangelho que, também, é dada uma maravilhosa explicação de como o Espírito Santo age e onde habita (Jo 14.17). Até a paz, que é parte da essência de Deus e fruto do seu Espírito, atuante no interior do cristão, é declarada como sendo uma distinção entre o mundo e os que creem (Jo 14.27). É por isso que o mundo nos odeia, porque estamos nele, mas não fazemos parte deDiálogo e Ação – Liderança •13 le e nem somos mais dele, ao contrário, denunciamos as suas obras más porque somos o sal da terra e a luz do mundo (Jo 15.18,19). Neste Evangelho é que entendemos melhor a vida eterna e onde ela será, pois Jesus veio dela, retornou para ela e os que creem irão morar com ele porque obedecem sua Palavra e creem nele (João 17.16). Enquanto estamos neste mundo, Deus nos protege das obras más do mundo (Jo 17.11,15). Então, podemos entender que nossa missão neste mundo é única: pregar o evangelho ao mundo (Jo 17.18,21). Então, enquanto vivemos neste mundo devemos pregar o evangelho; devemos condenar as obras do mundo, não com palavras ou denúncias, mas com a nossa vida, com a luz de Cristo que bri- 14• Diálogo e Ação – Liderança lha em nós; devemos, assim como Jesus, proclamar a salvação a todos, o tempo todo e em todo lugar (Jo 18.20). É muito importante entendermos que não devemos declarar ou procurar ter uma vida boa, conforme os padrões que o mundo apresenta, muito menos querer declarar que o mundo será de Jesus, pois o seu reino não é daqui e a certeza da salvação é que iremos para o seu reino (Jo 16.28; 18.36). Esta é a mensagem que o Evangelho de João nos dá sobre a salvação e é o que ensina para nossa vida. Autoria A escola europeia não atribuía a autoria do quarto Evangelho a João, embora o considerassem como participante da tradição. Entre as pessoas que já foram citadas como autoras deste Evangelho estão: João o ancião de Éfeso, João Marcos, Lázaro, João o sumo sacerdote. Há os que acreditam que da mesma forma que Tércio foi escriba de Paulo (Rm 16.22) e Silvano de Pedro (1Pe5.12), João utilizou também um amanuense, isto é, um secretário. Ao levar em consideração os textos de 13.23; 19.26; 20.2; 21.7,20,24, acredita-se que o autor é o discípulo a quem Jesus amava. Ainda há outras questões que favorecem a autoria: como em 21.2; 20.24; 1.45-51 e Atos 12.2. Como fonte de extrema importância para dar a autoria a João, filho de Zebedeu, são utilizados os testemunhos de Irineu, Clemente, Tertuliano, Orígenes e outros. Há também a questão que este foi o Evangelho utilizado pelos heréticos para apoiar as suas teorias, neste caso só poderia ser aceito como canônico se fosse da autoria de um discípulo, mas não poderia ter sido citado para não dar ênfase às heresias. Pedro e Filipe não podem ser seus autores porque os seus nomes são mencionados frequentemente na 3ª pessoa. E ainda, no texto, o autor fala do privilégio de ter sido testemunha ocular do ministério de Jesus (21.24). Acredita-se que o autor tenha sido um judeu, acostumado a pensar em aramaico porque há muitas cláusulas no texto e palavras hebraicas ou aramaicas com uma explicação em seguida (19.13). Nota-se que o autor estava muito familiarizado com a tradição e as festas judaicas por isso explica-as cuidadosamente e era um profundo conhecedor: dos costumes judaicos (7.37-39; 8.10,11), da topografia da Palestina antes de 70 d.C. (5.2). Há também detalhes importantes que só quem os vivenciou poderia citá-los: números (2.6; 21.8,11), nomes como Nicodemos (3.1), Lázaro (11.1) e Malco (18.10), entre outros. Local e data Conforme o testemunho da Igreja Primitiva, este Evangelho foi escrito em Éfeso, Ásia Menor. Irineu afirma que o discípulo que se recostou sobre o peito de Jesus publicou um Evangelho durante a sua residência em Éfeso. No entanto, sabe-se que Irineu foi discípulo de Policarpo, o qual foi um seguidor de João, filho de Zebedeu. Também dizem que pode ter sido escrito no Egito ou na Antioquia. Parece ter sido escrito num ambiente gentílico, porque as festas e costumes judaicos são explicados em benefícios daqueles que não estavam familiarizados com elas (2.13; 19.31). Há várias controvérsias em relação à data da escrita do Evangelho de João, da mesma forma que houve com a autoria. Alguns acham que foi escrito entre 80 e 90 d.C., outros o datam entre 40 e 140 d.C. John A. T. Robinson, em seu livro, Redating the New Testament, expõe que talvez tenha sido escrito antes de 70 d.C., já que a destruição do templo foi algo tão importante quanto à ressurreição de Jesus e não foi citada. Tione Echkardt Redator Diálogo e Ação – Liderança •15 Recurso para o trimestre SUPLEMENTO DIDÁTICO O suplemento sugerido para este trimestre é uma visualização dos temas dominicais. Faça dele um lindo painel e coloque em lugar de destaque para que os adolescentes da igreja visualizem. 16• Diálogo e Ação – Liderança SUGESTÕES DE OUTROS RECURSOS Há inúmeros tipos de recursos que podem ser utilizados para incentivar a participação dos adolescentes no trimestre e, por isso, daremos algumas sugestões que poderão ser utilizadas além do painel. Chamada por vídeo Uma boa alternativa é realizar chamadas para as lições por meio de um vídeo que pode ser feito buscando na internet, como figuras, estudos, temas ou até mesmo algum vídeo pronto que fale sobre o Evangelho de João. Fazer um vídeo também não é tão complicado. O Windows apresenta uma ferramenta chamada Movie Maker, assim como outros programas, e que é muito fácil de manuseio e rápido para produção de um vídeo simples. Você pode fazer slides com diversas transições, colocar temas e ainda pode acrescentar músicas para o seu vídeo. Se você produzir um vídeo assim, coloqueo para passar nos cultos da igreja e, caso sua igreja tenha uma página na internet, divulgue-o na internet, no facebook e, até mesmo, você pode enviá-lo por e-mail para os seus alunos. Cartazes Caso sua igreja não tenha projetor multimídia, você pode preparar cartazes com temas das lições de cada domingo ou de uma das lições que serão lecionadas no decorrer de um mês. Faça o cartaz e o coloque em local visível e de constante acesso por todos os membros da igreja, principalmente os adolescentes. Boletim Você também pode utilizar o boletim de sua igreja ou qualquer outro tipo de informativo que ela tenha para divulgar as lições que serão estudadas neste trimestre. Escolha figuras com atividades. A internet tem uma grande variedade de figuras com os temas das lições, coloque-as no informativo da igreja. O ideal que seja figura que tenha atividades como: jogo de erros, caça palavras, completar etc. Divulgue no informativo da sua igreja para que os adolescentes o vejam, realizem as atividades e coloque uma chamada para a EBD ou DCC acima das atividades para que os adolescentes se interessem pelas lições. A partir do próximo ano estaremos disponibilizando suplementos mais didáticos e interativos com a finalidade de envolver todos os adolescentes e melhorar os recursos para todos os professores da classe dos adolescentes, tanto da EBD quanto da DCC. Diálogo e Ação – Liderança •17 Hino do trimestre OH, OLHAI, POIS, E VIVEI! Hino 264 do Hinário para o Culto Cristão Letra e música: William Augustine Ogden Tradução: Salomão Luiz Ginsburg 18• Diálogo e Ação – Liderança EBD – Visão geral O Evangelho de João O Evangelho de João é o Evangelho utilizado em todo o mundo para pregar as boas-novas de salvação. No decorrer deste trimestre, estaremos estudando assuntos importantes, evangelísticos e doutrinários que este Evangelho apresenta e nos proporciona. Objetivos – Compreender a teologia evangelística e doutrinária que o Evangelho de João apresenta, aplicando o conteúdo das lições conforme o contexto de cada igreja. Incentivar os adolescentes a lerem o Evangelho de João no decorrer deste trimestre e utilizá-lo para evangelizar seus amigos. Estudos da EBD EBD 1 – Jesus, o Verbo eterno EBD 2 – Um convidado especial EBD 3 – Deus entre nós EBD 4 – A água da vida EBD 5 – Saúde para viver EBD 6 – O essencial na vida EBD 7 – Vendo o invisível EBD 8 – Vida plena, vida eterna EBD 9 – O preço da salvação EBD 10 – A hora da despedida EBD 11 – Alguém para ajudar EBD 12 – Longe de casa, perto de Jesus EBD 13 – A vitória final QUEM ESCREVEU Os planos de aula foram elaborados pela Coordenação Editorial da CBB e pelo Pastor Tione Echkardt. Diálogo e Ação – Liderança •19 PLANO DE AULA 1 Jesus, o Verbo eterno Texto bíblico: João 1.1-18 OBJETIVOS ▪Entender o significado da palavra Verbo, quando aplicada a Jesus. ▪Saber o significado da palavra luz no Evangelho de João. ▪Entender o significado da palavra evangelho. ▪Reconhecer a divindade de Jesus e sua preexistência. ▪Identificar Jesus como o Messias prometido e Salvador do mundo. RECURSOS DIDÁTICOS ▪Uma folha de papel manilha; ▪Uma folha de cartolina branca; ▪Canetas Pilot (azul, vermelha e preta); ▪Quadro-negro; ▪Giz. TÉCNICAS DE ENSINO ▪Para este estudo, sugerimos algumas atividades: 20• Diálogo e Ação – Liderança ▪Leitura silenciosa e conversação sobre o significado do “evangelho” e a particularização do nome “Evangelho de João”; ▪Exposição pelo professor dos tópicos da lição; ▪Divisão em grupos de partilha; ▪Dinâmica para conclusão. DICAS ▪Preparar durante a semana cartaz feito com cartolina contendo a pergunta: “O que significa evangelho?” ▪Preparar um cartaz feito com papel manilha contendo as palavras verbo, luz e evangelho e seus significados. ▪Ilustrar o mural com figuras e mensagens que serão apresentadas nas lições. ▪Pesquisar, durante a semana, comentários bíblicos que falam a respeito do Evangelho de João. DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 1. Iniciar a aula apresentando o cartaz contendo a pergunta: “O que significa evangelho?” e iniciar uma conversação com os alunos sobre o que eles entendem sobre o significado da palavra “evangelho”. 2. Explicar que a palavra evangelho, na Bíblia, significa as boas-novas de salvação, isto é, o anúncio das boas-novas e explicar que os quatro primeiros livros do Novo Testamento são apresentados como Evangelhos porque apresentam o ministério de Jesus e o anúncio da salvação feito pelo Messias. 3. Apresentar o cartaz contendo as palavras: verbo, luz e evangelho e pedir que os alunos façam a leitura do item “Por que verbo?” que consta na lição. 4. Explicar que o Evangelho de João apresenta Jesus como sendo a Palavra de Deus que já se encontra desde o princípio da criação e que consta no livro de Gênesis e demonstrar que esta palavra é a que nos dá certeza da salvação desde o Antigo Testamento. 5. Demonstrar que o Evangelho de João apresenta que Jesus estava com Deus desde o início da criação e que era o próprio Deus e que por sua palavra tudo foi criado e que Cristo é esta palavra de Deus. 6. Destacar a palavra luz que está no cartaz, feito em papel manilha e pedir que leiam o item da lição: “Por que luz?” 7. Perguntar aos alunos o que eles entendem quando se diz que Jesus é a luz do mundo e pedir que comentem como pode haver ligação entre o Verbo e a luz no Evangelho de João. 8. Explicar que o Verbo é a palavra de Deus, a ação de criar que parte de Deus e cria qualquer coisa sem precisar que algo antes exista e que esta palavra é a vida, a salvação. 9. Destacar que o mundo vive em trevas e que o homem precisa de salvação e que, por isso, a palavra de Deus é a luz para o mundo que está em trevas, isto é, ela é a salvação para o pecador. 10. Destacar a palavra evangelho e pedir que leiam o item da lição: “O que entendi”. 11. Perguntar aos alunos como eles entendem a importância do Evangelho de João em apresentar Jesus como sendo o Verbo e a luz do mundo. 12. Questionar como eles podem participar da proclamação do evangelho para os pecadores nos dias de hoje. 13. Explicar que o evangelho de Jesus é a proclamação das boas-novas de salvação e que isto é levar luz ao mundo que se encontra em trevas e demonstrar que cada adolescenDiálogo e Ação – Liderança •21 te tem uma função importante em pregar o evangelho a todos os seus amigos, conhecidos e pessoas com as quais convive. 14. Terminar desafiando os alunos a realizarem, no decorrer da semana, a tarefa sugerida no término da lição. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES O que significa evangelho? A palavra “evangelho é a transliteração de uma palavra grega que significa boa notícia ou boas-novas. A palavra grega era usada em épocas antigas para fazer referência ao nascimento de um imperador que era considerado um deus. No Antigo Testamento, o termo equivalente em hebraico era usado para anunciar a nomeação de um rei (1Rs 1.24), o nascimento de um filho (Jr 20.15) e uma vitória em batalha (1Sm 31.810). Os cânticos do Servo em Isaías profetizam que um servo proclamaria a boa notícia de libertação e o início de um novo tempo (Is 40.1-5; 52.7-10). No Novo Testamento, depois da prisão de João, Jesus anunciava a boa notícia que vem de Deus. Ele dizia: “Chegou a hora, e o reino de Deus está perto. Arrependam-se dos seus pecados e creiam no evangelho” (Mc 1.14,15). Neste caso, a boa notícia ou evangelho significa o 22• Diálogo e Ação – Liderança anúncio do início de um novo tempo sob o governo de Deus. Aqui está a boa-nova. Na igreja primitiva, o evangelho estava focalizado em proclamar a morte e a ressurreição de Jesus. Crer nisto trazia a vida eterna, por isso, em grego, o termo para evangelho aparece cerca de 60 vezes nos escritos de Paulo. Marcos usou o termo no versículo de abertura de sua obra: “Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”. Posteriormente, a palavra evangelho ou boa notícia passou a designar todo o relato de Marcos a respeito da missão, morte e ressurreição de Jesus, bem como outros relatos de Mateus, Lucas e João. Perspectivas evangélicas sobre Jesus Entre os Evangelhos do Novo Testamento, João sustenta uma perspectiva singular. Enquanto Mateus, Marcos e Lucas escreveram sob a mesma perspectiva, João tem um foco diferente. O Evangelho de João tem como proposta teológica assumir, pela fé no Salvador, a vida trazida por Jesus. Muitos têm rejeitado o Verbo eterno de Deus. Nós, como cristãos, precisamos deixar que Cristo, o Verbo de Deus, brilhe em nossa vida. PLANO DE AULA 2 Um convidado especial Texto bíblico: João 2.1-11 OBJETIVOS ▪Entender que Jesus deu início ao seu ministério em Caná da Galileia, durante um casamento. ▪Identificar o milagre realizado nas bodas de Caná como sinal do início da era messiânica. ▪Reconhecer a importância da obediência na vida cristã ▪Reconhecer que Jesus ainda realiza milagres. RECURSOS DIDÁTICOS ▪Uma folha de papel manilha; ▪Uma folha de cartolina branca; ▪Canetas Pilot (azul, vermelha e preta); ▪Quadro-negro; ▪Giz. TÉCNICAS DE ENSINO ▪Para este estudo, sugerimos algumas atividades: ▪Dinâmica: Conversação – apresentar algumas perguntas como: você acredita em milagre? Tem algum para compartilhar? Como você vê Deus sendo glorificado neste milagre? Assim os alunos participarão expressando suas experiências e poderão se inserir no contexto apresentado no texto. ▪Gerar um debate sobre os assuntos expostos. DICAS ▪Preparar durante a semana um cartaz, feito com cartolina, contendo a pergunta: “O que é milagre?” (que se encontra no item Informações complementares). ▪Preparar um cartaz, feito com papel manilha, contendo algumas passagens bíblicas que falam da importância da obediência. ▪Pesquisar, durante a semana, comentários bíblicos que falam a respeito do milagre nas bodas de Caná. Diálogo e Ação – Liderança •23 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 1. Iniciar a aula apresentando o cartaz contendo a pergunta: “O que significa milagre?” Iniciar uma conversação com os alunos sobre o que eles entendem sobre a palavra “milagre”. 2. Explicar que a Bíblia apresenta vários milagres, mas que todos estão relacionados às manifestações diretas de Deus para com o homem e que estas manifestações têm o objetivo de honrar e glorificar o nome de Deus. 3. Explicar sobre milagres utilizando as informações contidas no item “Informações complementares”. 4. O Evangelho de João apresenta o início do evangelho de Jesus com o milagre ocorrido nas bodas de Caná. 5. Explicar como eram as festas de casamentos, as bodas, no período bíblico, conforme consta na lição. 6. Destacar que Jesus não era uma pessoa festeira, porém, que em todo lugar que estava, seu principal objetivo era anunciar o evangelho de salvação das mais variadas formas possíveis, buscando alcançar as pessoas pecadoras e levá-las ao arrependimento e reconhecimento de que ele era o Messias prometido. 7. Pedir que os alunos leiam o item “Jesus costumava ir a festas” que consta na lição. 24• Diálogo e Ação – Liderança 8. Pedir que eles comentem o que entendem sobre o milagre ocorrido nessa festa e como imaginam ter sido. 9. Destacar que o mais importante neste milagre é a obediência dos servos, principalmente por se tratar de estar vindo de um convidado. 10. Apresentar o cartaz contendo algumas passagens bíblicas sobre a obediência e pedir que os alunos comentem como eles entendem a obediência que o cristão deve ter para com Deus. 11. Perguntar aos alunos se eles se consideram obedientes aos ensinamentos que constam na Bíblia. 12. Questionar se eles já leram a Bíblia toda e se têm o costume de lêla em seus momentos devocionais. 13. Explicar que para entender os ensinamentos de Deus e ser-lhe obediente é necessário ler a Bíblia para conhecê-los, pois só assim é que o cristão será capaz de saber quando está obedecendo à voz de Deus ou desobedecendo. 14. Perguntar se eles acreditam em milagres ou se alguém tem algum milagre que ocorreu em sua vida e que possa contar para todos os presentes. 15. Pedir que os alunos participem desse momento comentando como eles veem Deus sendo honrado e glorificado diante do milagre compartilhado. 16. Terminar desafiando os alunos a realizarem, no decorrer da semana a tarefa, sugerida no término da lição. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES O casamento judaico – Os judeus que viviam à época de Jesus entendiam o matrimônio como uma união sagrada. Afirma Ausubel: “A noiva judia era consagrada ao seu noivo e tornava-se sagrada para ele em virtude do ato de consagração” (KOOGAN A. (Ed.) Enciclopédia Ju­ daica, Volume 5, 1989, p. 126). Afirma a jornalista e cerimonialista Daisy Monte que o casamento (no hebraico kidushin) é “a santificação do homem e da mulher, um para o ou­tro. A cerimônia de casamento judai­co tradicional é cheia de rituais significantes que simbolizam a beleza da relação de marido e mulher assim como as obrigações entre si e o po­vo judeu. A cerimônia é primorosa e comemorada com festa”. Os noivos ficam proibidos de se verem na semana que antecede ao ca­samento. Os locais mais comuns da cerimônia são a sinagoga ou um lo­cal onde se constrói uma tenda. Dayse afirma sobre a tenda ce­ rimonial: “Originalmente, era mon­tada ao ar livre, sob as estrelas, sinal de bênção dada por Deus ao patriar­ca Abraão, e fei- ta com colunas que sustentam um tecido branco, decorado com flores e representando a casa a ser dividida pelo novo casal. Deve ser aberta nos quatro lados, co­mo era a tenda de Sara e Abraão, para receberem parentes e amigos com hos­pitalidade. Os convidados homens ao entrarem no recinto devem colocar um solidéu acima dele, acompanhando-o, protegendo-o e guiando-o”. O casamento judaico e o vinho – Uma festa de casamento, naquela época, podia durar até uma semana. E uma falha na hospitalidade era consi­derada ofensa séria; naquela comemo­ração, o vinho acabou. Duas taças de vinho são servidas no casamento judaico. O vinho é um sím­bolo de alegria na tradição judaica e está associado com o casamento, com a ora­ção de santificação recitada no Sábado e com as festividades. A falta do vinho foi resolvida pelo Senhor Jesus com o milagre da trans­formação da água em vinho. As seis ta­lhas de pedra, que eram usadas nas pu­rificações dos judeus, tinham capacida­de para 450 litros. A água foi transfor­mada em vinho de superior qualidade, representando a nova ordem da era mes­siânica, pois o vinho viria a simbolizar o sangue de Cristo (DOCKERY, David S. (Ed.) Manual bíblico Vida Nova. São Paulo: Vida Nova, p. 648). Diálogo e Ação – Liderança •25 PLANO DE AULA 3 Deus entre nós Texto bíblico: João 3.1-18 OBJETIVOS TÉCNICAS DE ENSINO ▪Entender o que é novo nascimento. Para este estudo sugerimos a utilização de recursos visuais, interação com a aula por meio de leituras e da explosão de ideias, análise dos textos bíblicos, comparação com os fatos da atualidade. Também sugerimos a pesquisa e a informação atualizada para que os textos a serem estudados sejam comparados com a vida cotidiana dos adolescentes. ▪Reconhecer que a salvação não pode ser obtida por nenhum outro meio se não pela graça salvadora. ▪Reconhecer a necessidade de crer em Jesus para nascer de novo. ▪Entender que crer, na Bíblia, significa seguir fielmente os ensinamentos de Jesus. ▪Reconhecer que é necessário nascer de novo, mudar de vida para ser um cristão. RECURSOS DIDÁTICOS ▪Uma folha de papel manilha; ▪Uma folha de cartolina branca; ▪Canetas Pilot (azul, vermelha e preta); ▪Quadro-negro; ▪Giz. 26• Diálogo e Ação – Liderança DICAS ▪Preparar durante a semana cartaz, feito com cartolina, contendo a pergunta: “O que é nascer de novo?” ▪Preparar um cartaz, feito com papel manilha, contendo o fruto do Espírito que consta em Gálatas 5.22,23. ▪Pesquisar, durante a semana, a respeito do comportamento cristão no mundo de hoje. DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 1. Iniciar a aula pedindo que os alunos leiam a primeira parte da lição. 2. Questionar se os alunos têm conversado com Deus sobre suas dúvidas, seus projetos e sobre sua vida cristã. 3. Explicar que o encontro de Nicodemos apresenta a necessidade de dialogar com Deus e que ele sempre está disposto a nos ensinar, assim como Jesus fez com Nicodemos. 4. Explicar que as respostas de Deus vêm das mais variadas formas, principalmente, pela atuação do Espírito Santo sobre a vida de cada cristão. 5. Pedir que os alunos leiam o item “O olhar de Nicodemos para Jesus” e perguntar se, quando os alunos conversam com Deus, o veem como sendo o Senhor de suas vidas. 6. Destacar que Deus não tem a obrigação de realizar as nossas vontades, porque ele é o Senhor de nossa vida, por isso, o respeito de Nicodemos em reconhecê-lo como Mestre é muito importante para nossa vida. 7. Apresentar o cartaz, feito com cartolina, contendo a pergunta: o que é nascer de novo? 8. Questionar sobre o que os alunos entendem ser o novo nascimento na vida cristã e como eles podem demonstrar isto para as pessoas. 9. Destacar que o mais importante nos dias atuais é que cada cristão apresente mudança em sua vida. 10. Apresentar o resultado da pesquisa, feita no decorrer da semana, sobre como tem sido o comportamento cristão. 11. Perguntar aos alunos como eles veem os evangélicos nos dias atuais e quais os exemplos de mudança de vida que eles podem destacar nos dias de hoje. 12. Questionar se eles têm demonstrado esta mudança em seu lar, sua escola, entre seus amigos e vizinhos e, até mesmo, na igreja. 13. Explicar que o novo nascimento do cristão, isto é, a mudança de vida que o cristão apresenta é resultado de uma vida dirigida pelo Espírito Santo e que isto ocorre quando o cristão dá plena liberdade para que o Espírito Santo atue em sua vida. 14. Apresentar o cartaz, feito com papel manilha, contendo o texto de Gálatas 5.22,23 e que apresenta o fruto do Espírito. 15. Pedir que os alunos destaquem os frutos que eles percebem estarem sendo produzidos em suas vidas. 16. Incentivar os alunos a darem mais liberdade ao Espírito Santo de Deus para que suas vidas sejam dirigidas por ele e, assim, produzam Diálogo e Ação – Liderança •27 frutos dignos de arrependimento, conforme a Bíblia orienta. 17. Terminar desafiando os alunos a realizarem, no decorrer da semana, a tarefa sugerida no término da lição. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Regeneração – Significa tornar a gerar; dar à luz de novo; nascer de novo. Então, regeneração significa que a pessoa recebe uma nova e santa natureza de Deus. Santa porque é separada para Deus e por ele. Qualquer pessoa que queira fazer parte do reino de Deus precisa ser regenerada, isto quer dizer que a pessoa precisa ter esta nova vida (natureza) em Cristo. Então, a regeneração significa nascer de novo (1Pe 1.3-5) e quem nasce de novo torna-se uma nova pessoa (2Co 5.17). Somos uma nova criatura em Cristo, pois somos gerados por intermédio da Palavra de Deus (Tg 1.18); se somos gerados por intermédio da Palavra de Deus, somos gerados pelo o que Deus falou. Então, Deus é quem nos dá a vida e, por isso, somos seus filhos (Jo 1.10-13). Somos feitos filhos de Deus, porque cremos em Jesus como nosso Senhor e Salvador. É por isso que somos regenerados e o Espírito Santo de Deus é o nosso regenerador. Quem é regenerado, quem é nascido de Deus, quem é nascido de novo não 28• Diálogo e Ação – Liderança é condenado ao inferno pelo pecado (Rm 8.1,2). Ao crermos que Jesus Cristo é o nosso Senhor e Salvador, somos libertos do pecado (Rm 6.1-14) e quem crê em Jesus como Senhor e Salvador da sua vida, guarda e obedece aos seus mandamentos (1Jo 5.3,4) e não vive na prática do pecado (1Jo 3.8-11). Isto não significa que ao aceitarmos Cristo nunca mais pecaremos e, sim, que não viveremos praticando o pecado continuamente. Vamos entender isto melhor. Pecamos, vemos que estamos errados, pedimos perdão a Deus e não praticamos mais esse pecado. Também não temos mais prazer nele. Pois quem não tem Cristo como Senhor e Salvador da sua vida tem prazer em pecar, mas nós, não. Afinal, estamos vivendo uma nova vida. Temos uma nova vida, nascemos de novo, somos regenerados e podemos provar isto porque amamos o próximo (1Pe 1.22; 1Jo 4.7,20,21), pois temos um novo coração dado por Deus (Ez 36.26-28). Recebemos um transplante de coração “ESPIRITUAL” e este coração vem de Deus, podemos dizer assim. Agora, somos filhos de Deus, gerados pela sua Palavra (Bíblia) de salvação pelo sacrifício de Cristo na cruz pelos nossos pecados (Ef 4.175.21). A essência do novo nascimento – O fundo do discurso sobre o novo nascimento consiste na insuficiência de uma crença baseada em sinais externos. Uma mudança radical do co- ração é imprescindível para o novo nascimento e essa mudança se descreve em termos de um nascimento vindo do alto, isto é, de Deus. Nicodemos mostra-se impressionado com os milagres que Jesus faz, mas uma crença baseada em milagres é inadequada, pois deixa o âmago da personalidade humana infrutífera. Somente a renovação interior permite ao homem participar no reino de Deus. Nicodemos maravilha-se com Jesus, mas não o entende. Jesus nãoestava falando de um nascimento físico, mas de um ato criativo de Deus no homem interior. A vida espiritual não se transmite por processo natural, nem se identifica com qualquer existência carnal. Ela se encontra em Jesus, que veio do céu com perfeito conhecimento de Deus, a fim de revelá-lo aos homens (SHEDD, Russel (Ed.) Novo Comentário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, p. 1.068, Vol. III). A nova vida em Cristo – A regeneração, isto é, a nova vida, é algo que Jesus não só ensinava como as pessoas sentiam e viviam ao terem o primeiro contato com ele e isto ocorre até os dias de hoje conforme João 3.1-7. Ser cristão inicia com um a decisão pessoal diante de Jesus, porém, seguir seus ensinamentos e viver a vida como ele ensinou é um processo que precisamos conhecer a cada dia e a todo instante, por isso, devemos sempre ler a Bíblia, orar e ir à igreja. A pergunta feita por Nicodemos no texto de João é muito pertinente até para nós. Afinal, como será, o que será e em que momento ela inicia, fazem parte de outras que temos a partir do momento que aceitamos Cristo. Apesar das perguntas aumentarem cada vez mais, sempre encontraremos as respostas na Bíblia e pela oração. Então, vamos ver o que a Bíblia relata sobre a nova vida em Cristo. – Quem aceita Jesus como seu Senhor e Salvador é uma nova criatura, isto é, passa a viver uma nova vida – 2 Coríntios 5.17; – O cristão deve se libertar dos desejos do homem sem Deus e se revestir como nova criatura em Cristo – Efésios 4.20-24; – A nova vida em Cristo nos muda completamente do que éramos no passado – Tito 3.3-6; – Quem nasce de novo não é condenado ao inferno e não vive na prática do pecado – Romanos 8.1,2; 1João 3.7-10. O cristão é uma nova criatura libertado domínio do pecado e que obedece aos mandamentos de Deus – 1 João 5.3,4; Romanos 6.1-14 Nascer de novo não é algo simples, é como um nascimento de uma criança mesmo. Passamos por todas as etapas que uma criança passa, porém com um entendimento diferente e sentindo a presença de Deus em nossas vidas. Para que aprendamos a viver a nova vida em Cristo precisamos ler a Bíblia, orar, ir à igreja e buscar a Deus a cada dia mais. Diálogo e Ação – Liderança •29