Português Técnico

Propaganda
Técnico em Biblioteconomia
Português Técnico
Autora: Teresa Bandão
Revisor: Malthus de Oliveira Queiroz
2013
Presidenta da República
Dilma Vana Rousseff
Governador do Estado de Pernambuco
Eduardo Henrique Accioly Campos
Vice-presidente da República
Michel Temer
Vice-governador do Estado de Pernambuco
João Soares Lyra Neto
Ministro da Educação
Aloizio Mercadante Oliva
Secretário de Educação
José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira
Secretário de Educação Profissional e
Tecnológica
Marco Antônio de Oliveira
Secretário Executivo de Educação Profissional
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra
Gerente Geral de Educação Profissional
Luciane Alves Santos Pulça
Diretor de Integração das Redes
Marcelo Machado Feres
Gestor de Educação a Distância
George Bento Catunda
Coordenação Geral de Fortalecimento
Carlos Artur de Carvalho Arêas
Coordenação do Curso
Hugo Cavalcanti
Coordenação de Design Instrucional
Diogo Galvão
Revisão de Língua Portuguesa
Eliane A. Farias
Diagramação
Izabela Cavalcanti
Sumário
INTRODUÇÃO............................................................................................................................ 3
1.COMPETÊNCIA 01 | ADQUIRIR CONCEITOS DE LÍNGUA , TEXTO E GÊNEROS TEXTUAIS
PARA DESENVOLVIMENTO DE TEXTOS DIVERSOS E DOCUMENTOS PERTINENTES À
ATUAÇÃO PROFISSIONAL....................................................... .................................................. 4
1.1 Linguagem, Língua e Texto ..................................................................................... 4
1.1.1 Linguagem e Língua ............................................................................................. 5
1.1.2 Linguagem ........................................................................................................... 6
1.1.3 Língua .................................................................................................................. 6
1.1.3.1 Língua Falada e Língua Escrita ........................................................................ 7
1.1.3.2 Língua Culta e Língua Informal ......................................................................... 8
1.1.4 Texto.................................................................................................................. 10
1.1.4.1 Para se Fazer um Bom Texto: Correção, Clareza, Concisão, Coerência e
Coesão ........................................................................................................................ 11
1.1.4.2 Elementos do Texto........................................................................................ 15
1.1.4.3 Redação Técnica ............................................................................................. 20
1.1.4.3.1 Gêneros Textuais ......................................................................................... 22
1.1.4.3.2 Uma Breve Noção das Modalidades Redacionais ....................................... 23
1.1.4.3.3 Comunicação Formal Escrita: Carta Comercial, Ofício, Circular Interna,
Requerimento, Relatório............................................................................................ 26
2. COMPETÊNCIA 02 | COMPREENDER OS NÍVEIS DE LINGUAGEM (ESCRITA E FALADA) E
REDIGIR TEXTOS DE ACORDO COM OS CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS DAS MODALIDADES
REDACIONAIS..........................................................................................................................36
2.1 Tipos de Frase....................................................................................................... 36
2.2 Oração .................................................................................................................. 38
2.2.1 Tipos de Oração................................................................................................. 38
2.3 Usos de Conectivos para Coesão Textual ............................................................. 40
2.4 Pontuação ............................................................................................................ 42
2.5 Novo Acordo Ortográfico .................................................................................... 48
2.5.1 Acentuação Gráfica ........................................................................................... 49
2.5.2 Vejamos as Novas Regras para Usar Hífen ........................................................ 53
3.COMPETÊNCIA 03| REDIGIR TEXTOS COM CLAREZA, COESÃO, CONCISÃO, COERÊNCIA E
OBJETIVIDADE, E FAZER USO DAS TÉCNICAS REDACIONAIS DE DOCUMENTOS
EMPRESARIAIS E OFICIAIS EM SEU AMBIENTE PROFISSIONAL ..............................................56
3.1 Regência Verbal .................................................................................................... 56
3.1.1 Verbos Intransitivos .......................................................................................... 56
3.1.2 Verbos Transitivos Diretos ................................................................................ 57
3.1.3 Verbos Transitivos Indiretos.............................................................................. 58
3.1.4 Verbos Transitivos Diretos e Indiretos .............................................................. 59
3.1.5 Verbos Transitivos Diretos Ou Indiretos ........................................................... 60
3.2 Regência Nominal................................................................................................. 64
3.2.1 Crase .................................................................................................................. 65
3.3 Pronomes de Tratamento .................................................................................... 70
3.3.1 Pronomes de Tratamento e Documentos ......................................................... 71
CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................................................................72
REFERÊNCIAS ..........................................................................................................................73
MINICURRÍCULO DO PROFESSOR (2ª EDIÇÃO 2013) .............................................................74
INTRODUÇÃO
Prezado/a aluno/a,
Estamos iniciando a disciplina Português Técnico para o seu curso de
Biblioteca, que está divida em três competências: 1. Apropriar-se das noções
básicas de modalidades redacionais e documentos oficiais referentes à sua
área profissional; 2. Compreender os níveis de linguagem (escrita e falada) e
redigir textos de acordo com os conceitos e características das modalidades
redacionais; 3. Redigir textos com clareza, coesão, concisão, coerência e
objetividade, e fazer uso das técnicas redacionais de documentos
empresariais e oficiais em seu ambiente profissional.
O principal objetivo desta disciplina é capacitar você a utilizar alguns
recursos da língua portuguesa, focados principalmente na produção textual
e na compreensão dos níveis de linguagem usados nas diferentes situações
comunicacionais. Para isso, trazemos para você noções de gêneros textuais,
língua falada e língua escrita, alguns aspectos gramaticais necessários à boa
escrita e alguns elementos que um texto formal exige.
A disciplina foi organizada de maneira bastante prática, utilizando uma
linguagem direta e vários exemplos, buscando sempre facilitar o
aprendizado. Esperamos que você goste e desenvolva bastante as
competências propostas nessa disciplina.
Então, aos estudos e bom aproveitamento!
Prof. Malthus Oliveira de Queiroz
3
Português Instrumental
Competência 01
1.COMPETÊNCIA 01 | ADQUIRIR CONCEITOS DE LÍNGUA , TEXTO E
GÊNEROS TEXTUAIS PARA DESENVOLVIMENTO DE TEXTOS
DIVERSOS E DOCUMENTOS PERTINENTES À ATUAÇÃO
PROFISSIONAL
Olá! Vamos dar início à nossa disciplina de Português Técnico, estudando as
características da língua falada e da língua escrita, para depois chegarmos a
uma definição do que é texto.
Vamos entender os elementos constituintes de um texto (palavra, frase e
parágrafo) e estudaremos técnicas de construção textual.
Finalizaremos estudando os gêneros textuais e algumas formas padrão de
documentos.
Vamos aos estudos?
Bom aproveitamento!
1.1 Linguagem, Língua e Texto
As noções de língua e linguagem, que abordaremos a seguir, estão
relacionadas à comunicação entre os seres. Todos os seres se comunicam;
logo, todos os seres possuem linguagem. Mas nem todos os seres possuem
língua. Como assim? Entenderemos melhor essa relação quando analisarmos
os conceitos de linguagem e língua a seguir.
Esses conceitos serão importantes para compreendermos as noções de texto
e gêneros textuais, os quais trabalharemos mais adiante.
4
Técnico em Biblioteconomia
Competência 01
1.1.1 Linguagem e Língua
Observe a placa a seguir:
Figura1- Linguagem não verbal
Fonte: http://afilanossadecadadia.wordpress.com/2010/06/13/eproibido-fumar/
Olhando a placa, você saberia dizer qual a mensagem que ela comunica?
Se você respondeu que a placa indica que é proibido fumar em determinado
ambiente, você acertou, o que por sua vez significa que você conseguiu “ler”
a mensagem da placa.
Agora, observe novamente:
Figura2 - Linguagem verbal
Fonte: www.thony.com.br/placa-aberto-fechado-(frente-verso)-6,5x30cm
5
Português Instrumental
Competência 01
Certamente, observando essa última placa, você facilmente saberá dizer qual
mensagem ela comunica.
Observe agora as duas placas dos dois exemplos. Você conseguiria dizer qual
a principal diferença com relação à forma como elas comunicamsuas
mensagens?
Se você respondeu que a primeira placa não usa palavras e a segunda usa
palavras, você acertou novamente.
A observação dessas duas placas nos auxiliará na conceituação de linguagem
e língua.
1.1.2 Linguagem
Linguagem é um sistema organizado de sinais ou signos que servem para
comunicar uma mensagem ou para que indivíduos se comuniquem.
Esses sinais ou signos, conforme vimos na observação das placas, podem ser:
 Signos verbais: São as palavras da língua em que a mensagem é
veiculada. Isso significa dizer que toda e qualquer palavra é um signo verbal.
 Signos não verbais: São os outros signos que não as palavras, ou seja,
figuras, imagens, gestos, cores etc. Toda mensagem que não use palavras se
utiliza de signos não verbais.
1.1.3 Língua
Língua é o sistema de linguagem verbal utilizada em determinados contextos
de comunicação ou por determinados grupos.
Para que se efetue uma comunicação, a língua deve ser composta de signos
conhecidos pelos atores da comunicação. Por exemplo: se você enviar um e-
SIGNO
LINGUÍSTICO: É o
elemento que
constitui a
linguagem, que
serve para significar
algo dentro de uma
comunicação. Por
exemplo: na
primeira placa de
“Proibido fumar”
podemos observar
dois signos
principais: o cigarro
aceso e a faixa
vermelha por cima
dele, indicando
proibição. Na
segunda placa, o
signo são as
palavras “aberto” e
“fechado”, que
podem ser
entendidas como “a
loja está aberta”ou
“a loja está
fechada”.
6
Técnico em Biblioteconomia
Competência 01
mail em português para uma pessoa que só fale chinês, provavelmente não
haverá comunicação, pois ela não entenderá a mensagem.
A língua adquire características de acordo com a situação de comunicação na
qual é utilizada. Assim, uma comunicação falada provavelmente terá uma
linguagem verbal bem diferente da de uma comunicação escrita, assim como
uma mensagem formal para um colega de trabalho será diferente de uma
mensagem informal para um amigo.
Essas características podem ser compreendidas como níveis de linguagem,
que veremos a seguir.
1.1.3.1 Língua Falada e Língua Escrita
A língua escrita tem como finalidade representar graficamente alíngua falad
a. No entanto, você consegue ver alguma diferença entre os dois níveis de
língua?
Observe os textos a seguir:
1. Mãe, tou saindo pra escola, viu? Chegando na escola eu aviso.
2. Mãe, estou saindo para a escola. Quando eu chegar lá, aviso.
Com base na experiência que temos com a língua portuguesa, tenderemos a
dizer que o texto 1 é característico da língua falada, enquanto o texto 2 é
próprio da língua escrita. Apesar de, no caso desses textos, nunca podermos
afirmar que um foi dito e outro escrito, estaremos corretos em nossas
inferências, pois o texto 1 é fortemente carregado de marcas de oralidade,
enquanto o texto 2 não é.
7
Português Instrumental
Competência 01
Para entendermos as marcas da oralidade, observemos os seguintes planos,
com algumas marcas de oralidade:
FALA
Não planejada
Liberdade com uso de termos
Marca de ênfase
TEXTO1
Não planejada: a repetição do termo “escola”
reflete a falta de planejamento para articular
uma mensagem concisa.
ESCRITA
Planejada
Linguagem mais formal
Linguagem “enxuta”
TEXTO2
Evita a redundância do termo “escola”
O verto estar é conjugado na maneira “tou”,
indicando supressão da palavra.
Verbo conjugado de maneira correta e
formal
Após comunicar que está saindo, há a
presença do termo “viu”, para enfatizar o
entendimento por parte da mãe de que a
pessoa está saindo.
Linguagem sem marcas de ênfase.
Tabela 1 - Comprativo entre língua falada e língua escrita
Fonte: o autor (2013)
1.1.3.2 Língua Culta e Língua Informal
Entendendo a língua como um sistema de signos verbais usados por
determinados grupos ou em determinadas situações comunicativas,
podemos pensar que a forma de uso da língua está relacionada com a
necessidade da situação. Por exemplo: numa redação de vestibular,
procuramos demonstrar um uso da língua que se adéque às formas
propostas na escola e na academia, buscando ao máximo adequá-la às
normas gramaticais. Diferentemente de quando falamos em um bate-papo
com um amigo, em que usamos uma linguagem que tem por prioridade
comunicar.
Assim, podemos dizer que a língua formal é a ensinada nas escolas e serve
de instrumento para a comunicação formal.
8
Técnico em Biblioteconomia
Competência 01
Soneto da separação
Vinicius de Moraes
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Já a língua informal é a usada de forma espontânea, priorizando a
comunicação. Muitas vezes, mostra-se rebelde à norma gramatical e aos
padrões, pois é carregada de“vícios de linguagem” e gírias.
Figura 3 - língua informal.
Fonte: www2.uol.com.br/niquel/
9
Português Instrumental
Competência 01
1.1.4 Texto
O conceito de texto está proximamente relacionado com o conceito de
comunicação pela linguagem. No Dicionário Eletrônico Houaiss de Língua
Portuguesa 3.0, um dos significados de texto é “conjunto das palavras
escritas, em livro, folheto, documento etc. [...]; redação original de qualquer
obra escrita”.
Acrescentemos a isso que um texto pode se concretizar por meio de uma
linguagem verbal ou não verbal, o que nos autoriza a dizer que uma placa de
trânsito é também um texto, na medida em que ela comunica uma
mensagem através de um sistema de signos escritos.
Dessa forma, podemos dizer que texto é encadeamento lógico de ideias
concretizada em uma linguagem que pode ser traduzida por meio da fala ou
por meio da escrita.
Vejamos:
Figura 4 - Poesia concretista.
Fonte: http://planetaifsc.blogspot.com.br/2010/06/nem-luxo-nem-lixo.html
Para ficar bem claro as relações do que estudamos até agora, podemos
afirmar que usamos a linguagem para fazer um texto e entendemos esse
texto através da linguagem.
10
Técnico em Biblioteconomia
Competência 01
Figura 5 - O bicho, de Manuel Bandeira
Fonte: http://aparecidinhafala.blogspot.com.br/2011/05/o-bicho-manuel-bandeira.html
Um texto não existe simplesmente porque há um encadeamento de ideias.
Ele é dotado também de uma intencionalidade comunicativa, ou seja, um
texto é o resultado também da intenção do enunciador com o enunciatário.
Veremos isso mais adiante, quando abordarmos os gêneros textuais.
1.1.4.1 Para se Fazer um Bom Texto: Correção, Clareza, Concisão, Coerência
e Coesão
Não há uma fórmula mágica para se escrever um bom texto. A fluência na
escrita, que dá segurança na hora de escrever um texto, só pode ser
adquirida através da leitura e da prática da escrita. No entanto, alguns
elementos textuais podem contribuir para um bom texto. Vamos conhecêlos?
a) Correção
Um bom texto deve ter atenção às regras de funcionamento da língua. Isso
quer dizer que, em um texto formal, deve-se ter atenção às normas
gramaticais.
11
Português Instrumental
Competência 01
b) Clareza
Um texto que quer comunicar algo deve ser claro e levar em consideração o
leitor a quem está destinado. Um médico tem uma forma de falar com
outros médicos, usando muitas vezes de vocabulário técnico, mas ao falar
com o paciente deve dizer tudo de maneira que ele entenda.
Uma boa dica para a clareza textual é evitar palavras incomuns,
principalmente se você não tiver segurança de usá-la. Evite frases longas e
tente sempre encadear as ideias de maneira direta, como é próprio da língua
portuguesa (sujeito + predicado + complemento). Obviamente, se você já
tem uma boa prática, nada impede de que você faça intercalações (sujeito —
que tem determinada característica — + predicado + complemento). Mais
adiante, abordaremos as orações intercaladas.
Figura 6 - Reportagem - Revista Mundo Estranho, ano 08 nº10 Editora Abril S/A. São Paulo 2009.
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=13547
12
Técnico em Biblioteconomia
Competência 01
c) Concisão
É a habilidade de selecionar palavras com significado preciso para transmitir
ideias de forma sucinta. Evite ao máximo a prolixidade.
d) Coerência
A coerência é a capacidade de estabelecer um sentido para o texto, ou seja,
a coerência faz com que o texto tenha sentido para o leitor. Para haver
coerência em um texto, é preciso que se estabeleça alguma forma de
unidade ou uma relação entre seus elementos.
Para que haja coerência, devemos evitar alguns aspectos, tais como:
 Contradições entre frases, parágrafos ou ideias - Se você for escrever um
texto condenando o capitalismo, seria incoente citar os avanços tecnológicos
proporcionados por empresas privadas.
 Falta de encadeamento de ideias – Os argumentos precisam se
relacionar entre si de forma harmônica e de maneira a construir uma
unidade. Você pode alcançar isso selecionando evidências, exemplos e
justificativas que tenham relação entre si e com o tema.
 Conclusão não decorrente do que foi exposto ao longo do texto – É
importante ordenar logicamente as ideias, encadeá-las coerentemente. Para
tanto, não se pode perder de vista a ideia central do texto (em torno da qual
todos os argumentos devem girar).
e) Coesão
A coesão se refere ao uso de elementos linguísticos que vão conectar
palavras, frases, períodos e parágrafos de forma a construir uma cadência e
continuidade argumentativa, conferindo unidade ao texto. Essa conexão é
13
Português Instrumental
Competência 01
obtida pelo emprego correto de conjunções, preposições, pronomes e
advérbios, que são chamados de elementos de ligação.
Fique atento aos principais:
 e, além de, além disso, ainda, bem como, também – acrescentam ideias,
argumentos.
Ex.: Além da derrota para o Fortaleza, o Santa Cruz saiu perdendo também
por outro fator. Ou melhor: outros fatores. Cinco jogadores estão fora da
próxima partida, diante do Águia de Marabá-PA, no próximo domingo, no
Arruda. Todos suspensos.1
 embora, não obstante, apesar de, a despeito de – estabelecem relação
de concessão, de resignação.
Ex.: Embora fosse muito cedo, resolveu seguir direto para o trabalho.
 mas, porém, contudo, entretanto, no entanto – estabelecem oposição
entre as ideias.
Ex.: Era bastante jovem, entretanto demonstrava maturidade.
 assim, dessa forma, portanto, desse modo, por fim, enfim –
complementam e concluem ideias.
Ex.: Amar é cansar-se de estar só: é uma covardia portanto, e uma traição a
nós próprios (importa soberanamente que não amemos). (Fernando Pessoa)
 assim como, da mesma forma que, como, tal qual, bem como –
estabelecem relação de comparação, de semelhança.
Ex.: Letícia, bem como suas amigas, aprecia a leitura de grandes clássicos.
1
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/santa-cruz/noticia/2013/09/alem-de-amargar-derrotasanta-deixa-fortaleza-com-cinco-suspensos.html. Acesso em 15.09.2013.
14
Técnico em Biblioteconomia
Competência 01
 de fato, realmente, é verdade que, evidentemente, obviamente, está
clara que – são usados para fazer constatações ou para se admitir um fato.
Ex.: É realmente lamentável que certas empresas não respeitem o meio
ambiente!

porque, devido a, em virtude de – introduzem explicações.
Ex.: Não fui ao evento devido a uma indisposição repentina.
 antes de mais nada, sobretudo, principalmente, especialmente – são
usados para dar ênfase ou destaque a algum fato ou ideia.
Ex.: É natural que o povo vá às ruas em busca de melhores condições de vida,
sobretudo com o fantasma da inflação rondando novamente.
 antes que, enquanto, depois que, quando, no momento em que estabelecem relação de temporalidade.
Ex.: Antes que você reclame, vou logo dizer: não sou de direita.

conforme, de acordo com – estabelecem relação de conformidade.
Ex.: Conforme foi avisado, a biblioteca reabrirá na próxima semana.
1.1.4.2 Elementos do Texto
Observamos que, para se comunicar, utilizamos a linguagem e, que essa
linguagem,pode ser constituída de elementos verbais e não verbais. Na
nossa disciplina, interessa-nos especialmente a linguagem verbal, aquela que
se utiliza de palavras para construir sua mensagem.
15
Português Instrumental
Competência 01
Também vimos que um texto é um encadeamento lógico de ideias que pode
ser “decifrado” pelo usuário-leitor.
Vamos ver agora quais elementos constituem um texto verbal e como eles
podem ser trabalhados em um texto para que este alcance o seu objetivo:
comunicar claramente uma mensagem.
1) Palavra
As palavras são unidades de linguagem. Podemos pensar a relação das
palavras com o texto como os tijolos deuma parede: uma palavra ligada à
outra, de maneira a formar um todo lógico e coerente.
Observe os textos a seguir:

Texto 1
Fonte: o autor
16
Técnico em Biblioteconomia
Competência 01

Texto 2
Fonte: o autor
Uma sequência de palavras não constitui obrigatoriamente um texto. Para
que haja texto, é preciso que as palavras expressem uma mensagem. Muitas
vezes, essa mensagem só pode ser decodificada quanto contextualizada, ou
seja, quando entendida dentro de um contexto.
Com base nessas informações, você poderia identificar os contextos de
produção dos textos 1 e 2?
Se você pensou no texto 1 como uma lista de compras, parabéns! Você
conseguiu contextualizar bem o texto. Observe que nesse texto não há
encadeamento de ideias, porém, dentro de uma situação de compras, a
simples relação de palavras constitui um texto, pois comunica o que é
preciso comprar.
Se você pensou no texto 2 como um e-mail comercial, parabéns novamente!
Observe que, nesse texto, há um encadeamento de palavras, formando um
todo (que é a mensagem).
17
Português Instrumental
Competência 01
2) Frase
O Aulete Dicionário Digital traz a seguinte definição para frase: “Unidade de
comunicação linguística dotada de uma estrutura e com sentido completo”.
Pensemos na imagem da parede(Figura 7), que usamos para explicar a
palavra. Se a palavra é o tijolo, a frase poderia ser cada linha de tijolos que
compõe a parede.
Figura 7 - O texto é o conjunto de palavras, frases e parágrafos que comunica uma mensagem.
Fonte: O autor (2013)
A frase pode ser brevíssima (composta mesmo de apenas uma palavra) ou
longa, composta de várias orações (oração é a frase que possui pelo menos
um verbo).
18
Técnico em Biblioteconomia
Competência 01
Agora observemos os tipos e as formas de frase:
Figura 8 – Tipo e forma de frases
Fonte: Brandão (2012)
3) Parágrafo
O parágrafo é o conjunto de frases que pode ser interpretado como blocos
argumentativos dentro de um texto.
Não há nenhum critério preestabelecido para a separação de um texto em
parágrafos. A construção dos parágrafos dentro de um texto depende muito
da habilidade do autor.
Em textos dissertativos, costuma-se estruturar os parágrafos segundo o
seguinte sistema:
 Introdução: Parágrafo que apresenta a ideia principal do texto,
geralmente adiantando o que se argumentará adiante.
19
Português Instrumental
Competência 01
 Desenvolvimento: Após apresentado o assunto, este tópico amplia a
discussão a respeito dele. Aqui, vão os argumentos que comprovam a ideia
do autor, fundamentando-a.
 Conclusão: É a finalização do texto, no qual o autor tenta mostrar que,
segundo seus argumentos, pode-se dizer algo. Traz uma retomada da ideia
central associando-a aos argumentos do desenvolvimento.
1.1.4.3 Redação Técnica
Na nossa vivência diária, nós nos comunicamos de muitas maneiraspor meio
da escrita. Um bilhete deixado na geladeira, um e-mail, um convite para uma
festa, assim como um artigo científico, um artigo de revista ou mesmo uma
carta para um cliente, todos são exemplos de textos escritos.
É de se perceber que esses textos exigem uma redação específica cada um.
Essa redação é, muitas vezes, marcada por formas fixas de uso, o que de
certa forma facilita na hora de construir esses textos.
Observe:
Figura 9 - Gênero textual jornalístico.
Fonte: www.ig.com.br
No texto acima, algumas marcas identificam o texto como jornalístico. Se
você percebeu marcas como título, subtítulo, nome do autor do texto logo
20
Técnico em Biblioteconomia
Competência 01
abaixo do subtítulo, jornal em que foi publicado, data, parabéns! Você
observou bem certas marcas do texto jornalístico.
Agora observe novamente:
Figura 10 - Exemplo de carta manuscrita.
Fonte: http://abespa-piaui.blogspot.com.br/p/catequese.html
Esse texto também possui marcas que identificam o gênero textual ao qual
pertence. Observe que o texto começa pelo local de onde se escreve, a data,
a saudação e depois o texto. O clássico modelo de carta.
21
Português Instrumental
Competência 01
1.1.4.3.1 Gêneros Textuais
A noção de gêneros textuais está relacionada ao uso de determinadas
marcas textuais presentes nos textos, que, por sua vez, estão relacionadas
ao contexto da comunicação e a quem se destina a mensagem.
Observe o texto da Revista Nova Escola, disponível no site
http://revistaescola.abril.com.br/, acessado em 25 de setembro de 2013:
Como nos ensina Bakhtin, gêneros textuais definem-se principalmente por sua função
social. São textos que se realizam por uma (ou mais de uma) razão determinada em
uma situação comunicativa (um contexto) para promover uma interação específica.
Trata-se de unidades definidas por seus conteúdos, suas propriedades funcionais, estilo
e composição organizados em razão do objetivo que cumprem na situação
comunicativa.
Explicando melhor: isso significa que, a cada vez produzo um texto, seleciono um
gênero...
...em função daquilo que desejo comunicar;
...em função do efeito que desejo produzir em meu interlocutor;
...em função da ação que desejo produzir no meio em que me inscrevo.
Isso vale das trocas mais prosaicas do cotidiano, nos bilhetes registrados em post-its
colados nas geladeiras, passando pelas mensagens eletrônicas, entrevistas (orais e
escritas), bulas de remédio, orações, cordéis, dissertações, romances, piadas etc. Uma
das principais características dos gêneros é o fato de serem enunciados que
apresentam relativa estabilidade. É esse aspecto que permite, justamente, com que
sejam compreendidos.
Um exemplo extremo disso está no gênero "bula de remédio". Nos idos dos anos 1980,
a linguista francesa Sophie Moirand mostrou como a estabilidade desse tipo de
enunciado permitiria que qualquer falante do francês sem conhecimento nenhum de
grego pudesse localizar informações (nome comercial, princípio ativo e posologia, por
exemplo).
22
Técnico em Biblioteconomia
Competência 01
Com base nisso, abordemos as modalidades redacionais, tão importantes
para a comunicação em uma instituição.
1.1.4.3.2 Uma Breve Noção das Modalidades Redacionais
As modalidades redacionais básicas são descrição, narração e dissertação.
No entanto, seja qual for a modalidade empregada em um texto, há criação
de conteúdo (nível de ideias, mensagem, assunto), estrutura (organização
das ideias, distribuição adequada em: introdução, desenvolvimento e
conclusão), linguagem (expressividade, seleção de vocabulário) e gramática
(adequação à norma culta da língua).
Observe os fragmentos de textos a seguir, que exemplificam as modalidades
narração, descrição e dissertação:
a) Descrição
Figura11 – Descrição de texto manuscrito
Fonte: Brandão (2012)
23
Português Instrumental
Competência 01
Como se pode perceber, a descrição visa dar ao leitor um visão de algo,
focando principalmente em suas características e aspectos que identifiquem
o objeto descrito.
b) Narração
Figura12 – Narração
Fonte: Brandão (2012)
Narrar é contar. Assim, quando utilizamos a modalidade narrativa, estamos
contando uma história, um fato, uma notícia, um acontecimento, seja este
real ou inventado. Observe que, de modo geral, a narrativa, por contar algo
que já ocorreu, se utiliza principalmente de verbos no passado, conforme se
pode observar no texto acima.
24
Técnico em Biblioteconomia
Competência 01
c) Dissertação
Figura13 – Dissertação
Fonte: Brandão (2012)
Em um texto dissertativo, desenvolvemos um argumento para provar
determinado ponto de vista. Esses argumentos podem ter como base fatos,
descrições, referências à ideias estabelecidas. Observe as partes: “A
informação hoje é, mais do que nunca, essencial para todo bom estudante,
profissional e cidadão”; “No entanto, é preciso ter em mente que mais
importante que o conhecimento em si é a sua qualidade e a sua veracidade”.
Dissertar é argumentar, expor e discutir ideias sobre um determinado tema,
buscando na conclusão um pensamento que valide seu ponto de vista.
25
Português Instrumental
Competência 01
1.1.4.3.3 Comunicação Formal Escrita: Carta Comercial, Ofício, Circular
Interna, Requerimento, Relatório
Segundo o Manual de elaboração de textos do Senado Federal do Brasil, a
comunicação formal deve ser pautada pelos seguintes itens, já abordados
anteriormente nessa competência:
a) clareza, deixando o texto inteligível.
Para isso, deve-se ter em mente os seguintes fatores:
 uso de palavras e expressões em seu sentido comum, salvo quando o
assunto for de natureza técnica, hipótese em que se empregarão a
nomenclatura e terminologia próprias da área;
 construção de orações na ordem direta, evitando preciosismos,
neologismos, intercalações excessivas, jargão técnico, lugares-comuns,
modismos e termos coloquiais;
 do uso do tempo verbal, de maneira uniforme, em todo o texto;
 do emprego dos sinais de pontuação de forma judiciosa, evitando os
abusos estilísticos.
b) precisão, que complementa a clareza e se caracteriza por:
 articulação da linguagem comum ou técnica para a perfeita
compreensão da ideia veiculada no texto;
 manifestação do pensamento ou da ideia com as mesmas palavras,
evitando o emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico;
 escolha de expressão ou palavra que não confira duplo sentido ao texto;
 escolha de termos que tenham o mesmo sentido e significado em todo o
território nacional ou na maior parte dele, evitando o emprego de
expressões regionais ou locais.
26
Técnico em Biblioteconomia
Competência 01
c) coerência, que implica a exposição de ideias bem elaboradas, que
tratam do mesmo tema do início ao fim do texto em sequência lógica
eordenada. Isso significa que o texto deve conter apenas as ideias
pertinentes ao assunto proposto.
d) concisão, alcançada quando se apresenta a ideia com o mínimo de
palavras possível, o que importa no uso de frases breves, na eliminação dos
vocábulos desnecessários e na substituição de palavras e termos longos por
outros mais curtos.
e) consistência, decorrente do emprego do mesmo padrão e do mesmo
estilo na redação do texto, o que evita a contradição ou dubiedade entre as
ideias expostas.
Com base nesses itens, vejamos os tipos mais comuns de redação técnica
formal e suas particulares.
1) Memorando
O memorando é geralmente usado em uma comunicação interna, entre
unidades administrativas de um mesmo órgão, de níveis hierárquicos iguais
ou diferentes.
Deve ser objetivo, ou seja, seu discurso deve conter uma linguagem breve,
precisa e direta. Seus componentes são:








Timbre da instituição;
Número do memorando;
Remetente;
Destinatário, sendo este mencionado pelo cargo que ocupa;
Indicação do assunto;
Local e data;
Corpo da mensagem, ou seja, o próprio texto;
Despedida;
27
Português Instrumental
Competência 01

Assinatura e cargo.
Memorando no 1, em (dia) de (mês) de (ano).
Ao Senhor (nome e/ou cargo)
Assunto: Aquisição de Equipamentos de Informática
Nos termos do plano de estratégia estabelecido na reunião mensal de julho deste
ano, solicitamos a Vossa Senhoria a tomada de orçamentos para aquisição de
equipamentos novos de informática para o departamento de Recursos Humanos.
As especificações deverão ser obitidas junto ao departamento de informática , e os
orçamentos deverão ser apresentados na próxima reunião que ocorrerá no próximo
dia 28 para deliberação.
Atenciosamente,
(assinatura)
(nome completo)
(Cargo)
Fonte: www.tudobox.com/153/modelo_de_memorando.html
2) Ordem de serviço
Documento que comunica uma determinação de um órgão ou autoridade a
outros órgãos hierarquicamente inferiores.
É uma correspondência oficial interna, deve ser numerada, datada e
assinada pela autoridade expeditora. Seu texto é sucinto, direto e não inclui
fórmulas de cortesias.
28
Técnico em Biblioteconomia
Competência 01
Ordem de serviço nº 01
O Departamento de Logística informa a seus funcionários que, a partir do dia 1º do
próximo mês, será obrigatório o uso do crachá nas dependências do setor. Certo de não
haver dúvidas.
Em 25 de janeiro de 2009.
_______________________
Chefe do Departamento de Logística
3) Circular
A circular é um documeto interno remetido por chefe da repartição ou do
departamento e objetiva transmitir normas, ordens, avisos e pedidos a
funcionários de um determinado setor.
Este documento oficial deve ter:








Timbre, com identificação da instituição;
Título e número;
Data (sem nome da cidade);
Ementa (síntese do assunto abordado);
Vocativo (usando-se o pronome de tratamento adequado);
Texto (claro e direto);
Despedida breve
Assinatura
29
Português Instrumental
Competência 01
Figura 14 – Exemplo de circular
Fonte: www.copeve.ufal.br/index.php?opcao=concurso&idConcurso=24
4) Ata
A ata é um documento que registra reuniões, deliberações em grupo ou
uma atividade qualquer em uma instituição.
30
Técnico em Biblioteconomia
Competência 01
Veja o exemplo a seguir:
Figura 15 – Exemplo de Ata de reunião
Fonte: www.joinville.udesc.br/portal/estagios/atas.php
31
Português Instrumental
Competência 01
5) Declaração
Documento bastante comum em situações cotidianas. Como o próprio
nome diz, constitui-se num relato que alguém dá sobre outra pessoa,
geralmente favorável, procurando comprovar uma fato.
Figura 16 – Exemplo de Declaração
Fonte: www.axias.com.br/page_1155095674962.html
32
Técnico em Biblioteconomia
Competência 01
6) Relatório
O relatório é um documento que deve apresentar resultados parciais ou
totais de uma atividade, um experimento, um projeto, um pesquisa etc.,
finalizado ou em andamento, com o objetivo de prestar contas.
Caracteriza-se por se utilizar de uma linguagem descritiva, na medida em
que deve descrever os acontecimentos e relacionar ações, gastos, custos,
processos e tudo o mais que contribuir para descrever de forma abrangente
o objeto do relatório.
Veja o exemplo:
Figura 17 – Exemplo de Relatório
Fonte: www.santander.com.br/portal/wps/gcm/package/relacoes_com_investidores/ra_portugues020811_68806/relatoriode-asseguracao-limitada.html
33
Português Instrumental
Competência 01
Não há um modelo específico para um relatório. No entanto, alguns itens
devem sempre ser levados em consideração. São eles:
 Identificação do órgão ou pessoa que está fazendo o relatório;
 Data;
 Introdução, contextualizando o objeto do relatório (pode conter um
resumo teórico do assunto);
 Descrição de processos e materiais usados, se for o caso;
 Relação de gastos e ações;
 Conclusões, apresentando os resultados finais tanto relacionados aos
avanços técnicos, desenvolvimento de produtos, inovações e outros itens
alcançados como o resumo financeiro
 Bibliografia, no caso de a ação ter gerado publicações ou exigir uma
bibliografia básica para sua execução.
7) Email
O e-mail é um tipo de comunicação bastante comum atualmente, muitas
vezes sendo até mais utilizado que os outros tipos de documento. Por isso, é
interessante ver algumas dicas de como utilizá-lo corretamente.
Confira abaixo:
DOCUMENTO
O e-mail deve ser encarado como um documento, pois tudo que for redigido fica
registrado no endereço eletrônico de quem recebê-lo. O que for escrito pode ser
usado contra/a favor de quem escreveu. Além disso, por ser uma forma de
comunicação que tende igualmente ao formal e ao informal, deve ser escrito de
forma clara, objetiva e concisa.
RESPEITO
Não utilize CAIXA ALTA nas mensagens de e-mail. Esse tipo de formatação pode dar a
impressão, em vários idiomas, de que o locutor está "gritando". Para destacar alguma
34
Técnico em Biblioteconomia
Competência 01
parte do texto, use negrito, cor ou sublinhado.
SAUDAÇÕES
Use sempre em seu e-mail a saudação inicial e a final, utilizando o grau de
formalidade adequado. "Prezado" e "atenciosamente" são maneiras polidas e
formais para se usar.
"Bom dia", "olá" e "abraços" são maneiras menos formais, mas condizentes com
mensagens para interlocutores mais próximos/conhecidos. Reconheça seu
interlocutor.
OBJETIVO
Deixe claro o objetivo da mensagem e procure escrever uma frase final para retomálo.
Por exemplo, se solicitou uma ação ou informação, encerre o e-mail com a frase
"aguardo seu retorno"; se informou algo, finalize com "qualquer dúvida, estou à
disposição".
CONCISÃO
Seja conciso e procure escrever frases curtas. E-mails longos, com períodos extensos,
tornam a mensagem menos clara e menos atrativa ao leitor.
Escreva em tópicos, se necessário, para garantir melhor organização das ideias e
concisão. Dê espaço entre os parágrafos, para facilitar a leitura.
Evite palavras abreviadas --principalmente em e-mails formais. Fica a impressão de
pressa e/ou falta de cuidado com o interlocutor.
Fonte:http://classificados.folha.uol.com.br/empregos/1191959-confira-5-dicas-para-escrever-e-mail-cor
porativo-corretamente.shtml. Acesso em 15/09/2013.
35
Português Instrumental
Competência 02
2. COMPETÊNCIA 02 | COMPREENDER OS NÍVEIS DE LINGUAGEM
(ESCRITA E FALADA) E REDIGIR TEXTOS DE ACORDO COM OS
CONCEITOS
E
CARACTERÍSTICAS
DAS
MODALIDADES
REDACIONAIS
Prezado/a aluno/a,
Nesta segunda competência, vamos estudar mais atentamente a frase, a
oração e o período, pois são essenciais na construção de um texto. Também
observaremos o uso de conectivos na estruturação das frases, elementos
fundamentais para a clareza das ideias apresentadas em um texto.
Dando continuidade à competência, estudaremos pontuação e, finalmente,
o novo acordo ortográfico de língua portuguesa, muito importante na
comunicação profissional.
Então, vamos aos estudos?
Bom aproveitamento!
2.1 Tipos de Frase
Conforme conceituamos na primeira competência, a frase é um enunciado
com sentido completo, capaz de comunicar uma mensagem. Vamos agora
observar os tipos de frase.
Observe as frases a seguir:
Ex.1: “Emília tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez.” (José de
Alencar)
Ex.2: Você viu a chave que estava aqui?
Ex.3: “Ora! Seu Alberto não se enxerga!” (Artur Azevedo)
Ex.4: Compre agora e ganhe desconto de 20%!
36
Técnico em Biblioteconomia
Competência 02
Ex.5: Tomara que tudo dê certo!
Os exemplos acima apresentam os tipos de frase da língua portuguesa. São
elas:
 Declarativa: faz uma declaração sobre algo ou alguém. “Emília tinha
quatorze anos quando a vi pela primeira vez.”
 Interrogativa: faz uma pergunta, uma interrogação sobre algo ou
alguém. Você viu a chave que estava aqui?
 Exclamativa: Expressa sentimento, um susto, uma ênfase. “Ora! Seu
Alberto não se enxerga!”
 Imperativa: Exprime uma ordem, um pedido veemente. Compre agora e
ganhe desconto de 20%!
 Optativa: expressa um desejo, uma vontade, um voto. Tomara que tudo
dê certo!
Observe que a pontuação é um aspecto muito importante na caracterização
do tipo de frase. Na frase declarativa, usa-se comumente o ponto-final. Na
interrogativa, usamos sempre uma interrogação. Na imperativa e na
exclamativa, usamos sempre a exclamação. Já na optativa, podemos usar a
exclamação ou o ponto-final.
Observe os exemplos a seguir.
37
Português Instrumental
Competência 02
Figura 18 – Pontuação
Fonte: Calvin e Haroldo
— Nosso time ganhou.
— Nosso time ganhou?
— Nosso time ganhou!
Você é capaz de perceber a diferença de entonação das frases? Então,
certamente saberá qual das frases exprime uma reação de espanto ao saber
da vitória do time: a terceira frase.
Observemos agora as orações.
2.2 Oração
Todo enunciado que possui verbo ou locução verbal é uma oração.
Observe:
Exemplos:


A loja vendeu bastante hoje.
Todas as pessoas são iguais perante a lei.
2.2.1 Tipos de Oração
Em um texto longo, usamos várias frases e orações, que se agrupam e se
38
Técnico em Biblioteconomia
Competência 02
completam para formar uma unidade textual. Essas orações podem ser
coordenadas ou subordinadas.
a) Orações Coordenadas
As orações coordenadas são as orações independentes sintaticamente, ou
seja, possuem sentido completo sem depender da outra.
Ex.1: Fui comprar pão, mas a padaria estava fechada.
Essa frase é composta de duas orações, que, apesar de estarem ligadas por
uma unidade, são independentes.
Fui comprar pão.
A padaria estava fechada.
Ex.2:
Figura 19 – Poema “O Bicho” – Manuel Bandeira
Fonte: http://artedasustentabilidade.blogspot.com.br/2012/09/sarau-poetico .ht ml
O poema do nosso grande prernambucano Manuel Bandeira pode ser lido
39
Português Instrumental
Competência 02
sintaticamente da seguinte maneira, com orações coordenadas:
“Ontem eu vi um bicho na imundície do pátio. O bicho catava comida entre
os detritos. Quando achava alguma coisa, não examinava. Não cheirava.
Comia com voracidade.”
b) Orações Subordinadas
As orações subordinadas são orações que exercem uma função sintática com
relação a outra oração.
Observe:
Ex.1: Eu enfatizei as coisas que você disse na aula passada.
Nesse exemplo, temos uma frase e duas orações: "Eu enfatizei" e "as coisas
que você disse na aula passada". Observe que a oração "as coisas que você
disse na aula passada" está completando o sentido de um verbo transitivo
direto, “enfatizar”. Esta oração, portanto, exerce função sintática do objeto
direto.
Ex.2: "Desejo que todos tenham ótimo desempenho em língua portuguesa."
2.3 Usos de Conectivos para Coesão Textual
Vimos, neste curso, que nos comunicamos verbalmente e de modo escrito
principalmente através de textos. Os textos são compostos de orações,
frases e parágrafos. Vimos os tipos de frase e orações que podemos formar
dentro de um texto.
Importa-nos agora saber que as orações são ligadas por conectivos, e que
esses conectivos são em grande parte responsáveis pela harmoniosa ligação
40
Técnico em Biblioteconomia
Competência 02
entre as ideias, de modo a formar um todo compreensível.
Observe:
“Embora não conhecesse todos os convidados, compareceu à festa.”
(Compareceu à festa embora não conhecesse todos os convidados).
Observe que há duas orações na frase: “Compareceu à festa” e “não
conhecia todos os convidados”. E há um termo que liga essas duas orações:
esse termo é a palavra embora.
Os conectivos são recursos importantes para a construção de um texto,
porque interferem na clareza da mensagem.
Os conectivos podem ser:
 Preposições (a, de, para, com);
 Conjunções (que, enquanto, embora, mas, porém, todavia);
 Pronomes (ele, ela, sua, este, aquele, o qual);
 Advérbios e locuçõesadverbiais (aqui, lá, logo, antes, dessa maneira, aos
poucos)
 Palavrasdenotativas (afinal, inclusive, senão, apenas, então, entre
outras).
Não há uma regra fixa para o uso de conectivos. Porém, é importante
perceber o sentido que eles podem dar ao texto.
41
Português Instrumental
Competência 02
“Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve
comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é
o próprio apesar de que nos empurra para a frente.
Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita fui a criadora de minha
própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto
você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer
é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por
isso, não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso.”
(Clarice Lispector)
2.4 Pontuação
Um outro elemento que pode trazer bastante clareza ao seu texto é a
pontuação. A pontuação serve principalmente para organizar o discurso com
relação a pausas e entonações. É importante, no entanto, observar algumas
regras básicas no uso da pontuação.
Vejamos aqui alguns empregos:
1) Vírgula ( , )
a) Separa termos que possuem mesma função sintática na oração.
Ex.: A criança chorou, esperneou, deu escândalo e, enfim, dormiu.
Observe que a vírgula está separando os verbos na oração.
b) Isola o vocativo.
Ex.: Pois é, minha cara, há muito mais do que você imagina!
c) Isola o aposto.
42
Técnico em Biblioteconomia
Competência 02
Ex.: Bel, ex-vocalista do Chiclete com Banana, deu entrevista e mostrou-se
feliz com a saída da banda.
d) Isola termos que aparecem deslocados na oração, como complemento
ou adjunto.
Ex.: De todas as bandas que tocaram no Rock in Rio, eu gostei mais do
Metallica.
e) Separa expressões explicativas, conjunções e conectivos: isto é, ou seja,
por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.
f) Separa os nomes dos locais de datas: Recife, 15 de fevereiro de 2013.
g) Isola orações intercaladas, geralmente adjetivas explicativas.
Na língua
portuguesa,
considera-se a
ordem direta de um
oração como:
sujeito + verbo +
complemento.
Ex.: Eu gostei mais
do Metallica de
todas as banda que
tocaram o Rock in
Rio.
Ex.: Não se disse,
naquele momento,
uma só
palavra!(Não se
disse uma só
palavra naquele
momento!)
Ex.: O ator, que já ganhou um Oscar, foi indicado novamente ao prêmio.
Figura 20 - Vírgula
Fonte: http://edinanarede.webnode.com.br/products/a-import%C3%A2ncia-da-virgula/
43
Português Instrumental
Competência 02
2) Ponto-final ( . )
É o ponto usado para encerrar as frases declarativas.
Ex.: Estou pronto para a reunião.
Também usado em abreviaturas: Sr., Ltda., num., adj., obs. etc.
3) Ponto de Interrogação ( ? )
O ponto de interrogação é usado em:
a) Perguntas:
Ex.: Você quer ir ao cinema hoje?
Todos irão à festa de confraternização?
b) Para expressar surpresa, indignação ou expectativa:
Os sinais de
interrogação e
exclamação podem
vir juntos, quando
há a intenção de
expressar, ao
mesmo tempo,
questionamento e
admiração.
Observe:
Ex.: E agora, o que
vou fazer?!
Ex.: O quê? Não acredito nisso!
Será que mereço tantos elogios?
Qual será o resultado da prova? Será que eu passo?
4) Ponto de Exclamação ( ! )
Sinal usado em:
a) Frases que expressem entusiasmo, surpresa, súplica, ordem, horror,
espanto.
Ex.: Não acredito que iremos viajar!
Por favor, não me deixe aqui!
Não demore!
A repetição da
exclamação é usada
para intensificar o
sentimento que se
deseja expressar.
Veja o exemplo:
Não!!! — gritou a
mãe desesperada
ao ver o filho em
perigo.
44
Técnico em Biblioteconomia
Competência 02
b) Depois de vocativos e algumas interjeições.
Ex.: Opa! como vai?
Que coisa feia, menino!
c) Frases que exprimem desejo:
Ex.: Oh, Deus, ajude-me!
5) Ponto e vírgula ( ; )
É usado para:
a) separar itens enumerados:
A Matemática tem, como principais subáreas de conhecimento:




geometria;
álgebra;
trigonometria;
financeira.
b) separar um período dividido por vírgulas.
Ex.: Ele permaneceu calado, olhando o horizonte, o vento sacudindo seus
cabelos; queria guardar um instante de tudo aquilo.
6) Dois-pontos ( : )
Usam-se os dois-pontos para:
a) Introduzir uma citação ou uma fala de personagem:
45
Português Instrumental
Competência 02
Ex.: Ele disse:
— Não precisa de tanta comida, estou bem!
b) Fazer uma enumeração:
Ex.: Os ingredientes do bolo são: farinha de trigo, ovo, açúcar e leite.
7) Aspas ( “ “)
São usadas para indicar:
a) Citação direta: “O conhecimento só é conhecimento enquanto
organização, relacionado com as informações e inserido no contexto destas”
(MORIN, 2003, p.16).
8) Reticências ( ... )
São usadas para indicar supressão ou interrupção de uma fala ou ideia:
Ex.: Gostei bastante da nova casa, mas o quintal...
9) Parênteses ( )
São usados para introduzir uma explicação ou uma indicação.
Ex.: Ele foi bastante enfático (pra não dizer chato) nas suas ordens.
Nas redações dissertativas de artigos, monografias, dissertações e teses, usase o parêntese para indicar a referência ao autor ou obra à qual se quer fazer
uma referência.
Ex.: O advento da escrita intensificou esse processo de organização social. A
escrita pode ser considerada divisora de águas na história da humanidade,
foi mais que uma ferramenta de organização social: a partir dela, o homem
46
Técnico em Biblioteconomia
Competência 02
se multiplicou pelos séculos, extrapolou o limite de sua vida biológica e
passou a habitar o universo assíncrono da existência, permitindo-se o poder
de recordar e acumular seu próprio passado, possuí-lo e aproveitá-lo em prol
de si (ORTEGA Y GASSET, 1997).
10) Travessão ( — )
Usa-se o travessão para:
a) Indicar mudança de interlocutor em um diálogo:
Ex.: JEREMIAS, entrando cauteloso — Aqui não há ninguém para me
perturbar.
JOHN, para Bolingbrok — Silêncio! (Passeiam pela frente do tablado.)
JEREMIAS, à parte — Quem serão estes dois? (Aproximando-se deles.)
Perecem ingleses... Tenho quase certeza. Quase certeza... É riqueza que não
falta por aqui. Não gostam do Brasil, “Brésil non preste”! E vão chegando
sempre mais para ganhar dinheiro...
BOLINGBROK, para John — “Yes.”
Martins Pena, As casadas solteiras.
b) Separar orações intercaladas, desempenhando as funções da vírgula e
dos parênteses:
Ex.: O caso — que vinha se arrastando por meses — finalmente teve
desfecho.
c) Evidenciar uma frase, expressão ou palavra:
Ex.: Restou a ele o grande prêmio — o amor de sua amada!
47
Português Instrumental
Competência 02
2.5 Novo Acordo Ortográfico
Você ainda tem dúvidas sobre isso? Já procurou saber mais sobre o assunto?
Vamos entender melhor sobre o tão polêmico Acordo Ortográfico? Assinado
em 1990 por oito países de língua portuguesa (Angola, Brasil Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste),
teve a sua implantação no Brasil assim escalonada: 2009 – vigência ainda não
obrigatória; entre 2010 e 2012 – adaptação completa dos livros didáticos às
novas regras; a partir de 2013 – observância plena e geral dos termos do
acordo. O Acordo tem como finalidade unificar a escrita da Língua
Portuguesa, simplificar as suas regras ortográficas e, com isso, aumentar o
prestígio internacional da língua. Esclareceu algumas dúvidas? Esperamos
que sim. Então, vamos ver algumas destas novas regras.
Figura 21 - Novo acordo ortográfico
Fonte: Editora Abril
48
Técnico em Biblioteconomia
Competência 02
2.5.1 Acentuação Gráfica
Vejamos agora o que muda com o novo acordo ortográfico:
a) Trema
Não se usa mais o trema na letra u, para indicar que ela deve ser
pronunciada nos grupos gue, gui, que e qui: aguentar, arguir, frequência,
tranquilo.
Figura 22: Novo acordo ortográfico
Fonte: Calvin e Haroldo – Bill Watterson
Leia a tirinha acima (Figura18) e descubra qual é o exemplo que estamos
mostrando. E aí, descobriu? Creio que sim.
49
Português Instrumental
Competência 02
b) Ditongos abertos EI e OI de palavras paroxítonas: ideia, colmeia, apoia,
celuloide.
Figura 23 - Grump e o Acordo ortográfico
Fonte: http://blogdoorlandeli.zip.net/arch2009-01-11_2009-01-17.html
Figura 24 - Grump e o Acordo ortográfico
Fonte: http://blogdoorlandeli.zip.net/arch2009-01-11_2009-01-17.html
50
Técnico em Biblioteconomia
Competência 02
c) I e U tônico depois de ditongos em palavras paroxítonas: baiuca, feiura,
maoismo, teoismo.
Figura 25 - Grump e o Acordo ortográfico
Fonte: http://blogdoorlandeli.zip.net/arch2009-01-11_2009-01-17.html
d) Em palavras terminadas em EEM e OO(S) não se usam mais o acento
circunflexo: abençoo, leem, creem, deem, doo, enjoo, veem, voos.
Figura 26 - Grump e o Acordo ortográfico
Fonte: http://blogdoorlandeli.zip.net/arch2009-01-11_2009-01-17.html
51
Português Instrumental
Competência 02
E agora o que permanece no novo acordo ortográfico:
a) O trema em palavras estrangeiras e em suas derivações: Müller,
mülleriano, Hübner, hüberiano, Bündchen.
b) As palavras monossílabas e as palavras oxítonas terminadas em ÉIS,
ÉU(S),ÓI(S): PAPÉIS,TROFÉU, HERÓI.
Figura 27 -Tirinha – Pablo Mayer
Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/braboscomics/
E neste quadrinho acima (Figura27), qual palavra faz parte desta regra? Sim,
a palavra réu.
c) As palavras oxítonas com I e U na posição final de um ditongo: Piauí,
tuiuiú, teiú.
d) Permanece o acento diferencial nos pares: pôde / pode, pôr / por, têm /
tem, vêm / vem; e derivados de ter e vir (mantém / mantêm, convém /
convêm).
52
Técnico em Biblioteconomia
Competência 02
2.5.2 Vejamos as Novas Regras para Usar Hífen
a) Diante de h: anti-higiênico, sub-humano, super-homem.
Veja um bom exemplo na ilustração (Figura28):
Figura 28 - Almanaque dos Super-Heróis - Disney (Editora Abril)
Fonte: http://andrey-quadrinhosdisney.blogspot.com.br/2012 _ 01
_01_%20archive.html
b) Prefixo terminado em vogal diante de mesma vogal: anti-inflamatório,
micro-ondas, sobre-elevar, supra-auricular.
53
Português Instrumental
Competência 02
c) Os prefixos pré, pró e vice diante de palavra iniciada por qualquer letra:
pré-vestibular, pró-europeu, vice-almirante (Figura 29).
;
Figura 29 - Prefixos Pre
Fonte: www.universohq.com/quadrinhos/2009/n24092009_01.cfm
d) Prefixos terminados em consoante diante de mesma consoante: interregional, sub-biblioteca, mal-limpo, super-revista.
Prefixo sub diante de palavra iniciada por r: sub-raça, sub-região.
Prefixo ad diante de palavra iniciada por d ou r: ad-digital, ad-renal.
54
Técnico em Biblioteconomia
Competência 02
E quando não podemos usar hífen? (ver Figura30):
Figura 30 - Grump e o Acordo ortográfico
Fonte: http://blogdoorlandeli.zip.net/arch2009-01-11_2009-01-17.html
a) Prefixo CO e RE diante de palavra iniciada por O e E: coobrigação,
coordenação, cooperar, coautor, reeditar, reescrever, reencarnar.
Na Figura 31, você pode encontrar mais um exemplo do uso correto do
prefixo re.
Figura 31 - Tirinha – Certo dia, num reencontro em Cabul
Fonte: Manuel Diogo
b) Palavras sentidas como unidades: girassol, madressilva, paraquedas,
pontapé.
55
Português Instrumental
Competência 03
3.COMPETÊNCIA 03| REDIGIR TEXTOS COM CLAREZA, COESÃO,
CONCISÃO, COERÊNCIA E OBJETIVIDADE, E FAZER USO DAS
TÉCNICAS REDACIONAIS DE DOCUMENTOS EMPRESARIAIS E
OFICIAIS EM SEU AMBIENTE PROFISSIONAL
Prezado/a aluno/a,
Chegamos a terceira e última competência, que abordará regência verbal e
nominal, uso da crase e alguns pronomes de tratamento. A regência verbal,
conforme você verá nesta seção, tem um peso grande na construção da
mensagem escrita, assim como a regência nominal e a crase.
É importante, nesse momento, atentar para tudo o que construímos até
agora, que pode ser usado como base para novos conhecimentos em língua
portuguesa.
Então, vamos aos estudos?
Bom aproveitamento!
3.1 Regência Verbal
A regência verbal estabelece a relação entre o verbo e seu complemento, no
sentido do emprego da preposição. Em outras palavras, a regência ocupa-se
do estudo da relação entre os verbos e os elementos que possam ser regidos
por eles, sejam estes objetos, ou, ainda, adjuntos adverbiais.
3.1.1 Verbos Intransitivos
Há verbos, no entanto, que não exigem nenhum complemento. Estes verbos
são os intransitivos.
O uso adequado
das preposições é
um dos aspectos
fundamentais
do
estudo da regência
verbal (e também
nominal).
As
preposições
são
capazes
de
modificar
completamente o
sentido do que se
está sendo dito.
Veja os exemplos:
#Cheguei ao metrô.
#Cheguei no metrô.
No primeiro caso, o
metrô é o lugar a
que
vou;
no
segundo caso, é o
meio de transporte
por mim utilizado. A
oração "Cheguei no
metrô",
popularmente
usada a fim de
indicar o lugar a
que se vai, possui,
no padrão culto da
língua,
sentido
diferente. Aliás, é
muito
comum
existirem
divergências entre a
regência coloquial,
cotidiana de alguns
verbos, e a regência
culta.
Iremos rever alguns
verbos e nomes,
atentando para a
diferença que há no
uso cotidiano de
alguns dos verbos
que veremos e o
que prega a norma
culta.
56
Técnico em Biblioteconomia
Competência 03
Os verbos intransitivos não possuem complemento. Eles possuem, em alguns
casos, sentido completo.
Ex.: Meu antigo professor de português morreu.
O verbo morrer não precisa de complemento, ele tem significado completo.
Ex.: Meu antigo professor de português morreu ontem.
A palavra ontem constitui um adjunto adverbial, mas não um objeto direto
ou indireto.
3.1.2 Verbos Transitivos Diretos
Os verbos transitivos diretos são os que não exigem preposição com relação
ao seu complemento, ou seja, o complemento se liga ao verbo sem o auxílio
de um conectivo.
Ex.: Ela ama aquele homem.
Podemos também utilizar os pronomes oblíquos o, a, os, as como objetos
diretos. Esses pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após
formas verbais terminadas em –r, -s ou –z) ou no, na, nos, nas (após formas
verbais terminadas em sons nasais).
Observe:
Ex.: Ela ama aquele homem. / Ela o ama.
Ela disse que queria amar aquele homem para sempre. / Ela disse que
queria amá-lo para sempre.
57
Português Instrumental
Competência 03
São verbos transitivos diretos, dentre outros:
abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar,
adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar,
conhecer, conservar, convidar, defender, eleger, estimar, humilhar, namorar,
ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
3.1.3 Verbos Transitivos Indiretos
Os verbos transitivos diretos são os que exigem preposição com relação ao
seu complemento, ou seja, o complemento se liga ao verbo com o auxílio de
um conectivo.
Ex.: Assisti ao filme no cinema e gostei muito.
Alguns verbos transitivos indiretos:
Obs.: Os pronomes
lhe, lhes só
acompanham os
verbos ao lado para
indicar posse (caso
em que atuam
como adjuntos
adnominais).
Exemplos:
Quero beijar-lhe o
rosto. (= beijar seu
rosto)
Prejudicaram-lhe a
carreira. (=
prejudicaram sua
carreira)
Conheço-lhe o mau
humor! (= conheço
seu mau humor)
a) CONSISTIR
Tem complemento introduzido pela preposição "em".
Ex.: A cidadania consisteem direitos iguais para todos.
c) OBEDECER E DESOBEDECER:
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "a".
Ex.: Devemos obedeceraos nossos princípios.
Eles desobedeceramàs leis do trânsito.
d) RESPONDER
Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto
58
Técnico em Biblioteconomia
Competência 03
indireto para indicar "a quem" ou "ao que" se responde.
Ex.: Respondi ao gerente.
Respondemos às perguntas.
Respondeu-lhe à altura.
e) SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "com".
Ex.: Antipatizo com aquela atriz.
Simpatizo com os que governam para o bem da maioria.
3.1.4 Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
Os verbos transitivos diretos e indiretos são os que apresentam um objeto
direto e um indireto.
Merecem destaque, nesse grupo:
AGRADECER, PERDOAR E PAGAR
Ex.: Agradeço aos voluntários as doações.
Objeto Indireto
É preciso perdoar o pecado
Objeto Direto
Paguei
Objeto Direto
ao pecador.
Objeto Indireto
o débito
ao cobrador.
Objeto Direto
Objeto Indireto
59
Português Instrumental
Competência 03
3.1.5 Verbos Transitivos Diretos Ou Indiretos
Há verbos que admitem duas construções, uma transitiva direta, outra
indireta, sem que isso implique modificações de sentido. Dentre os
principais, temos:
a) ABDICAR
Abdicou as vantagens do emprego. / Abdicou das vantagens do emprego.
b) AJUDAR
O primogênito ajudou seus irmãos. / O primogênito ajudou aos seus irmãos.
c) ANTECEDER
Sua decisão antecedeu uma série de fatos. / Sua decisão antecedeu a uma
série de fatos.
d) ATENDER
Atendeu os meus pedidos. / Atendeu aos meus pedidos.
e) ATENTAR
Atente esta forma de estudar. / Atente nesta forma de estudar. / Atente
para esta forma de estudar.
f) GOZAR
Gozava boa saúde. / Gozava de boa saúde.
60
Técnico em Biblioteconomia
Competência 03
g) PRECEDER
Intensas manifestações precederam a mudança de regime./ Intensas
manifestações precederam à mudança de regime.
h) PRESIDIR
Ninguém presidia o encontro. / Ninguém presidia ao encontro.
i) RENUNCIAR
Não renuncie o motivo de sua luta. / Não renuncie ao motivo de sua luta.
j) SATISFAZER
Era difícil conseguir satisfazê-la. / Era difícil conseguir satisfazer-lhe.
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, apresentam
mudança de significado. O conhecimento das diferentes regências desses verbos
é um recurso linguístico muito importante, pois, além de permitir a correta
interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a quem
fala ou escreve. Dentre os principais, estão:
AGRADAR
Exemplo 1: Sempre agrada o filho quando o revê.
A menina não perde oportunidade de agradar o gato.
1) Agradar, no sentido de fazer carinhos, acariciar, é transitivo direto.
Exemplo 2: O jantar não agradou aos convidados.
O jantar não lhes agradou.
2) Agradar, no sentido de causar agrado a, satisfazer, ser agradável a, é transitivo
indireto, e rege complemento introduzido pela preposição "a".
61
Português Instrumental
Competência 03
ASPIRAR
Exemplo 1: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
1) Aspirar, no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar, é transitivo direto.
Exemplo 2: Aspiravam a melhores condições de vida. (Aspiravam a elas)
2) Aspirar, no sentido de desejar, ter como ambição, é transitivo indireto.
ASSISTIR
Exemplo 1: As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
1) Assistir, no sentido de ajudar, prestar assistência a, auxiliar, é transitivo
direto.
Exemplos 2: Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões.
Essa lei assiste ao inquilino.
2) Assistir, no sentido de ver, presenciar, estar presente, caber, pertencer, é
transitivo indireto.
Exemplo 3: Assistimos numa conturbada cidade.
3)No sentido de morar, residir, o verbo "assistir" é transitivo indireto, sendo
acompanhado de adjunto adverbial de lugar introduzido pela preposição "em".
CHAMAR
Exemplos 1: Por gentileza, vá chamar sua prima.
Chamei-a várias vezes.
62
Técnico em Biblioteconomia
Competência 03
1) Chamar, no sentido de convocar, solicitar a atenção ou a presença de, é
transitivo direto.
Exemplos 2: A torcida chamou o jogador mercenário.
A torcida chamou ao jogador mercenário.
A torcida chamou o jogador de mercenário.
A torcida chamou ao jogador de mercenário.
2) Chamar no sentido de denominar, apelidar, é transitivo direto ou indireto.
IMPLICAR
1) Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
a) dar a entender, fazer supor, pressupor
Por exemplo: Suas atitudes implicavam um firme propósito.
b) Ter como consequência, trazer como consequência, acarretar, provocar
Por exemplo: Liberdade de escolha implica amadurecimento.
2) Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, envolver
Por exemplo: Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.
Obs.: No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo indireto e rege com
preposição "com".
DICA:
No estudo da
regência nominal, é
preciso levar em
conta que vários
nomes apresentam
exatamente o
mesmo regime dos
verbos de que
derivam. Conhecer
o regime de um
verbo significa,
nesses casos,
conhecer o regime
dos nomes
cognatos.
Observe o exemplo:
Obedecer a algo/ a
alguém
Obediente a algo/ a
alguém.
Por Exemplo: Implicava com quem não trabalhasse arduamente.
63
Português Instrumental
Competência 03
3.2 Regência Nominal
Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome
(substantivo, adjetivo ou advérbio) e o seu complemento.
Essa relação é sempre intermediada por uma preposição.

SUBSTANTIVOS
Admiração a, por
Devoção a, para, com, por
Medo a, de
Aversão a, para, por
Atentado a, contra
Bacharel em
Capacidade de, para
Doutor em
Dúvida acerca de, em, sobre
Horror a
Impaciência com
Obediência a
Ojeriza a, por
Proeminência sobre
Respeito a, com, para com, por
Acessível a
Acostumado a, com
Afável com, para com
Agradável a
Alheio a, de
Análogo a
Ansioso de, para, por
Apto a, para
Ávido de
Benéfico a
Capaz de, para
Compatível com

ADJETIVOS
Diferente de
Entendido em
Equivalente a
Escasso de
Essencial a, para
Fácil de
Fanático por
Favorável a
Generoso com
Grato a, por
Hábil em
Habituado a
Necessário a
Nocivo a
Paralelo a
Parco em, de
Passível de
Preferível a
Prejudicial a
Prestes a
Propício a
Próximo a
Relacionado com
Relativo a
Contemporâneo a, de
Idêntico a
Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a
Contrário a
Curioso de, por
Descontente com
Desejoso de
Impróprio para
Indeciso em
Insensível a
Liberal com
Natural de
Semelhante a
Sensível a
Sito em
Suspeito de
Vazio de

ADVÉRBIOS
Longe de
Perto de
Figura 32 – Lista de Substantivos, Adjetivos e Advérbios
Fonte: www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint71.php
64
Técnico em Biblioteconomia
Competência 03
Obs.: Os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos
adjetivos de que são formados: paralela a; paralelamente a; relativa a;
relativamente a.
3.2.1 Crase
Vamos compreender este termo? A palavra crase vem do grego krasis, isto é,
“fusão, mistura”. Crase é a fusão de dois fonemas vocálicos idênticos aa, com
a finalidade de evitar uma pronúncia desarmoniosa. Trata-se da contração
da preposição a com o artigo definido a(s), ou com os pronomes
demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo, fenômeno graficamente
indicado pelo acento grave ( ` ): à(s), àquele(s), àquela(s) e àquilo.
Vejamos algumas das regras para a ocorrência da crase:

Contração da preposição a com o artigo feminino a
Comparando as frases “Naquelas férias fui à Grécia”(I) e “Naquelas férias fui
a Israel”(II), percebemos que em (I) aparece um “a” com acento grave (à), o
mesmo não ocorre na frase (II). Isso acontece porque, apesar de as duas
frases apresentarem o verbo fui (e quem vai, vai a algum lugar), os
substantivos Grécia e Israel possuem uma diferença. Grécia admite, antes
dela, o artigo feminino “a” (estou vindo da Grécia); ao passo que Israel não
admite antes dele o artigo “a” (estou vindo de Israel).

Locuções adverbiais femininas
Exemplos:
À noite, à tarde, à vontade, às claras, às escondidas, etc.
65
Português Instrumental
Competência 03
Figura 33 - Uso da crase em locuções adverbiais
Fonte: http://fernandocabral.blogspot.com.br/2011/10/prefeito-haroldo-cria-final-de-se
mana.html#axzz1rI 7AzasN
Você observou que a locução adverbial ‘à vontade’ está perfeitamente bem
empregada na Figura 33?

Locuções prepositivas
Exemplos:
À espera de, à prova de, à custa de, à procura de, etc.
O mesmo ocorre com a locução prepositiva ‘à prova de’ na charge da Figura
34.
Figura 34 - Uso da crase em locuções prepositivas
Fonte: http://emirlarangeira.blogspot.com.br/2010_09_01_archive. html
66
Técnico em Biblioteconomia
Competência 03

Locuções conjuntivas
Exemplos: À medida que, à proporção que.
Figura 35 - Exemplo de crase em locução conjuntiva
Fonte: Brandão, 2012
Aqui também temos um bom exemplo com a locução conjuntiva ‘à medida
que’ no quadrinho acima.

A expressão à moda de
Exemplos:
Bife à milanesa.
Estilo à (maneira) Rui Barbosa.

Os pronomes de tratamento: senhora, senhorita, dona e madame
Exemplos:
Agradeço à senhora a oportunidade que me foi dada.
Peço à senhorita que refaça o teste.
E alguns exemplos de quando não ocorre crase:
67
Português Instrumental
Competência 03

Antes de palavras masculinas
Exemplo: Ela não gostava de andar a cavalo.
Figura 36 – Mafalda (Quino)
Fonte: http://clubedamafalda.blogspot.com.br/
Você percebeu que, além do ótimo exemplo da não ocorrência da crase,
‘graças a Deus’, temos também um excelente exemplo de ocorrência da
crase ‘cheguei à primavera’, pois quem chega, chega a algum lugar, e o verbo
pede esse complemento (Figura 36).

Antes de verbo infinitivo
Exemplo: Pus-me a reclamar da situação.
Figura 37 – Crase e verbo no infinitivo
Fonte: http://dukechargista.com.br/charges/
68
Técnico em Biblioteconomia
Competência 03
Lembre-se de que diante de verbos no infinitivo não ocorre crase. Confira na
charge (figura 37) ‘disposto a defender você’.

Antes de nomes de cidade
Exemplos: Fui a Curitiba visitar meus avós
Figura 38 – Uso da Crase
Fonte: Brandão, Tereza (2012)
Preste atenção neste aviso (figura 38) ‘Bem – vindo à Itabuna’, trata-se de
nome de uma cidade e, com algumas cidades, quando substituímos pela
preposição ‘vindo de Itabuna’ não admite a preposição da , ou seja, o uso da
crase nestaplaca de aviso está incorreto.
69
Português Instrumental
Competência 03

Nas expressões formadas por palavras repetidas
Exemplo: Os inimigos encontram-se cara a cara.
Figura 39 – Uso da Crase
Fonte: http://dukechargista.com.br/charges/
Temos na charge (figura 39) a expressão ‘pau a pau’ a qual não ocorre crase
e está muito bem contextualizada.
3.3 Pronomes de Tratamento
Você sabe o porquê de estudarmos os pronomes de tratamento? Utilizamos
alguns deles em documentos comerciais e oficiais. Os pronomes pessoais de
tratamento são usados para as pessoas com que sem fala. São muito
utilizados quando determinada situação exige maior formalidade ou
cerimônia. Os verbos utilizados nesses casos sempre são empregados na 3ª
pessoa. Utilizaremos a forma SUA se estivermos falando sobre a pessoa (3ª
pessoa) e não com a pessoa.
Ex.: Sua Santidade, o Papa, repousa em seus aposentos.
70
Técnico em Biblioteconomia
Competência 03
3.3.1 Pronomes de Tratamento e Documentos
Em Carta comercial empregamos Vossa Senhoria “V.Sª, sua abreviatura”, em
uma Carta circular empregamos Prezado(a) Senhor(a), Sr. Srª, suas
abreviaturas.
SAIBA MAIS:
Para verificar alguns
exemplos de
documentos oficiais
e os tipos de
pronomes utilizados
em cada um deles,
visite:
http://pt.scribd.co
m/doc/2274783/m
odelo-dedocumentoscomerciais
Figura 40 - Pronomes de Tratamento
Fonte: Brandão (2012)
71
Português Instrumental
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado/a aluno/a,
Ao término deste breve curso de Português Técnico, esperamos ter
contribuído para a sua melhor compreensão e uso da nossa língua
portuguesa. Nosso objetivo foi o de trazer alguns tópicos fundamentais que
o português contemporâneo nos apresenta, capacitando você, aluno, para
um desempenho eficiente frente a equestões tão necessárias em nosso
cotidiano profissional. O estudo da gramática portuguesa deve ser uma
ferramenta poderosa na palavra falada e escrita, aprimorando nossa
comunicação. Uma forma interessante de desenvolver esta competência é
através da leitura de bons livros, jornais, revistas, crônicas, canções,
anúncios publicitários, etc. Invista mais em você! Leia sempre. No mercado
editorial, há excelentes gramáticas que poderão aprofundar seus estudos no
emprego normativo da nossa língua.
Os exercícios que seguem nas Aulas Atividades e Atividades Semanais
servirão de apoio para o seu processo de aprendizagem.
Sucesso!
72
Técnico em Biblioteconomia
REFERÊNCIAS
PORTAL SÓ PORTUGÊS. Disponível: <http://www.soportugues.com.br/>.
Acesso em 25 set. 2013.
BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. 37 .ed. Rio de Janeiro, RJ:
Editora Lucerna, 2000.
PORTAL PORTUGUÊS NA REDE. Disponível:
<http://www.portuguesnarede.com/>. Acesso em 20 set. 2013.
CADORE, Luís Agostinho. Curso prático de Português, Literatura, Gramática,
Redação. 3.ed. São Paulo: Ática, 1995.
LUFT, Celso Pedro. Novo Manual de português, gramática, ortografia oficial,
redação. São Paulo: Globo, 1990.
TERRA, Ernani. Português de olho no mercado de trabalho. São Paulo:
Scipione, 2004.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e
compreensão. Recife: Departamento de Letras da UFPE, 2004.
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto. Língua e literatura.
Editora Ática: São Paulo. 2000.
BRANDÃO, Tereza. Português Técnico: curso técnico em Biblioteca. 1.ed.
Recife: Secretaria de Educação de Pernambuco, 2012.
73
Português Instrumental
MINICURRÍCULO DO PROFESSOR (2ª EDIÇÃO 2013)
Malthus Oliveira de Queiroz
Mestre em Ciência da Informação pela UFPE, pesquisador na Agência de
Estudos e Restauro do Patrimônio; possui experiência na área de Letras, com
ênfase em edição, redação e revisão de publicações e de textos técnicos e
empresariais, e Conservação e Restauro do Patrimônio Cultural, com ênfase
em acervos documentais. Participou da execução de vários projetos junto a
órgãos públicos e privados pela AERPA, com destaque para projetos de
recuperação e digitalização de acervos de interesse público. Possui artigos
publicados em parceria com outros autores nas áreas do patrimônio cultural;
educação; design.
 Livros:
QUEIROZ, Malthus O. Dicionário Sucesso de Língua Portuguesa. Editora
Construir: Recife, 2013 (no prelo).
SANTOS-FILHO, Plínio; QUEIROZ, Malthus O.; ROCHA, S. Recife Lugar de
Memória. 1. ed. Recife: AERPA Editora, 2012. v. 1. 104p.
 Artigos:
CAVALCANTE, S. ; LIMA, C. ; CAMPELLO, S. B. ; QUEIROZ, Malthus O. . The
presence of the autotype technique in the weekly Cri-Cri s graphic design
project: traces of the graphic memory in the Brazilian state of Pernambuco.
In: ICDHS 2012 - 8th Conference of the International Committee for Design
History & Design Studies, 2012, São Paulo. Design frontiers: territories,
concepts, technologies. São Paulo: EdgardBlücherLtda, 2012.
BACIC, L. ; BASTOS, L. ; CAVALCANTE, S. ; QUEIROZ, Malthus O. ; CAMPELLO,
S. B. . Dutch maps of Pernambuco from the seventh century: the technique
and the metafunctions of the graphical language. In: ICDHS 2012 - 8th
74
Técnico em Biblioteconomia
Conference of the International Committee for Design History & Design
Studies, 2012, São Paulo. Design frontiers: territories, concepts,
technologies. São Paulo: Edgard BlücherLtda, 2012.
QUEIROZ, Malthus O. ; SANTOS, Catarina Bezerra dos ; BRAZ, Márcia ;
Santos-Filho, Plínio . TECNOLOGIA E ENSINO: O USO DAS MÍDIAS SOCIAIS NA
1ª TURMA EAD DO CURSO DE INTRODUÇÃO À CONSERVAÇÃO E RESTAURO
DE ACERVOS DOCUMENTAIS EM PAPEL (CICRAD). Revista brasileira de
arqueometria, restauração e conservação, v. 3, p. 1-6, 2011.
75
Português Instrumental
Download