FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA DAYSSA OLIVEIRA DA SILVA LARISSA NOGUEIRA DE OLIVEIRA A CONTRIBUIÇÃO DA RADIOGRAFIA DO TÓRÁX E DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE PULMÃO. Belém – PA 2014 FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA DAYSSA OLIVEIRA DA SILVA LARISSA NOGUEIRA DE OLIVEIRA A CONTRIBUIÇÃO DA RADIOGRAFIA DO TÓRÁX E DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE PULMÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado às Faculdades Integradas Ipiranga como requisito parcial para a obtenção do grau de Tecnólogo em Radiologia, na modalidade artigo. Orientador: Prof. M.Sc. Luís Augusto Araújo dos Santos Ruffeil. Belém/PA 2014 DAYSSA OLIVEIRA DA SILVA LARISSA NOGUEIRA DE OLIVEIRA A CONTRIBUIÇÃO DA RADIOGRAFIA DO TÓRÁX E DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE PULMÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado às Faculdades Integradas Ipiranga como requisito parcial para a obtenção do grau de Tecnólogo em Radiologia, na modalidade artigo. Orientador: Prof. M.Sc. Luís Augusto Araújo dos Santos Ruffeil. Data: ____________________ AVALIADOR Prof. Assinatura _____________________________________ AGRADECIMENTOS Meu maior e mais sincero agradecimento a melhor e mais maravilhosa pessoa que esteve, está e sempre vai esta em meu coração, a minha tia Shirley Nassar por me apoia sempre em tudo e graças a ela consegui trilhar meu caminho de uma forma correta e smpre visando o meu melhor, me ajudando nas pequenas e grandes coisas da minha vida, amor eterno e incondicional sempre conte comigo em sua vida porque sempre pude contar com a senhora, espero que um dia possa retribuir tudo que tens feito m minha vida. Agradeço a minha família, em especial minha avó Maria Cavalcante, minha tia Shirley Nassar e minha dinda Soraia Grosso. A elas, o meu maior e sincero “obrigada” por toda a alegria, tristezas, apoio incondicional e estímulo que sempre injetaram em minha vida. A minha mami amada Valdirene Oliveira por tudo que tem feito, não só hoje, mas em toda a minha estrada até aqui, por ser uma guerreira e mesmo não podendo está presente em todos os momentos sempre senti como se estivesse. As minhas amigas de longos anos Bruna Rafaella, Morgana Fortunato e Suellen Jaster em especial a minha amigona Morgana Fortunato pela grande ajuda em todo meu ensino médio e até mesmo na faculdade me ajudando a fazer trabalhos nos quais ela nem sabia os assuntos e mesmo assim sempre se esforçando bastante em tudo. Agradeço também a pessoas maravilhosas que entraram em minha vida no decorrer desses três anos de faculdade, como a minha grande amiga Larissa Oliveira, uma amizade de verdade desde o primeiro dia de faculdade e por nos apresentar desde o primeiro dia quero agradecer ao grande amigo Comptom, pois foi ele que fez essa apresentação. A uma pessoa maravilhosa e que foi essencial para a finalização do meu trabalho de conclusão de curso Dra. Camila Dulcetti por ser uma excelente profissional, às vezes interrompendo um pouco de seus compromissos para me ajudar “muito obrigada”. Finalmente agradecer ao meu coordenador e professores por me ajudarem em meu aprendizado e na minha qualificação, para que a partir de agora eu possa exercer minhas funções como tecnóloga em radiologia. Ao meu orientador Luís Augusto Ruffeil, agradeço pelo sua extrema compreensão e paciência ao logo desses meses. Desde já peço desculpas se esqueci de mencionar alguém ou mesmo ter mencionado de forma errada, agradeço a todos que estiveram presentes não só nesses três anos e sim em toda minha trajetória até aqui “agradeço a todos” e meu “obrigada”. AGRADECIMENTOS Primeiramente a agradeço a Deus por ter me dado saúde, força, determinação e perseverança para concluir meu trabalho de conclusão de curso com êxito. Em seguida aos meus pais Diogo Oliveira e Paulina Nogueira por estarem sempre ao meu lado me dando total apoio, pois sem eles sei que não conseguiria chegar a lugar algum. Agradeço a todos os meus familiares (irmãos, tios, primos e avós), aos meus verdadeiros amigos que sempre estiveram ao meu lado me dando força e palavras de conforto de que eu iria conseguir, em especial ao meu verdadeiro e protetor amigo Sérgio Carvalho, que sempre esteve comigo em todo e qualquer tipo de situação me apoiando e me ajudando a seguir em frente. Em especial também uma pessoa que não poderia faltar aqui, ela, minha amiga Dayssa Oliveira, onde fez parte da minha vida esses durante esses três anos me acompanhando nas noites mal dormidas e em todos os trabalhos e provas onde tivemos tanto empenho para concluirmos juntas. Agradeço também aos professores (as) que sempre tiveram muita paciência e sempre foram super companheiros (as) tentando me ensinar e passar o conhecimento da melhor forma possível. Ao meu orientador Luís Augusto Ruffeil pela máxima paciência e dedicação que teve conosco nesses últimos meses. Agradeço a uma pessoa que apesar de não fazer mais parte de minha vida, reconheço que sempre me ajudou muito e sempre me deu seu colo e seu ombro amigo nos momentos mais difíceis durante minha vida acadêmica, me apoiando e me ajudando com seus incansáveis favores durante esses três anos. E por fim ao Dr. Diego Moura, que como colega de trabalho e excelente profissional de saúde, sempre me ajudou nos momentos de provas, seminários e materiais para pesquisas, passando um pouco do seu conhecimento a mim e facilitando muito o meu aprendizado e entendimento. RESUMO O câncer de pulmão (CP) é um tumor maligno e é considerado um dos tumores mais comuns no homem, geralmente causado pela ingestão da fumaça do cigarro, podendo atingir fumantes e não fumantes. Para a realização da diagnose com o objetivo de verificar se o paciente tem ou não CP, é necessário um levantamento da história do paciente e em seguida solicitar que o mesmo realize uma radiografia e/ou uma tomografia de tórax. O principal objetivo foi conhecer os benefícios que a tomografia computadorizada (TC) e a radiografia do tórax contribuem para o diagnóstico do câncer de pulmão. A presente pesquisa foi bibliográfica qualitativa e descritiva, visando descrever os benefícios da TC e da radiografia do tórax para o diagnóstico do câncer de pulmão, sendo realizada no período de novembro de 2013 a junho de 2014. O câncer é um conjunto de mais de 100 doenças malignas que possuem em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos ou órgãos e que podem passar por processos de metástases. A maneira mais fácil e rápida de se diagnosticar um câncer de pulmão é através da radiografia do tórax, neste caso, a leitura correta da radiografia é fundamental para diagnosticar resultados positivos ou negativos em relação à doença ou lesão. A TC de tórax serve como exame para diagnóstico complementar à radiografia simples de tórax, para o diagnóstico de câncer de pulmão este método é capaz de localizar, com clareza, nódulos pulmonares e metástase. Quanto aos resultados e discussão, observou-se o raio x como um método diagnóstico primário e de baixo custo e a TC como um método complementar por ter um custo maior, mas por ter uma melhor qualidade na imagem, possibilita uma melhor visualização da lesão quando comparada com a radiografia. Palavra Chave: Câncer de Pulmão. Diagnóstico. Radiografia do tórax. Tomografia Computadorizada. Tecnólogo em Radiologia. ABSTRACT Lung cancer (PC) is a malignant tumor and is considered one of the most common tumors in men, usually caused by ingestion of cigarette smoke, reaching smokers and nonsmokers. To perform the diagnosis with the aim of investigating whether or not the patient has CP, a survey of the history of the patient and then you must ask for it to perform an x-ray and / or chest tomography. The main objective was to understand the benefits that computed tomography (CT) and chest X-ray contribute to the diagnosis of lung cancer. This research was qualitative and descriptive literature, in order to describe the benefits of CT and chest radiography for the diagnosis of lung cancer, being held from November 2013 to June 2014. Cancer is a group of over 100 malignant diseases that have in common the uncontrolled growth of cells that invade the tissues or organs and can undergo processes of metastasis. The easiest and quickest way to diagnose lung cancer is through the chest radiograph in this case, the correct reading of the radiograph is essential to diagnose positive or negative in relation to disease or injury. Chest CT serves as a complementary diagnostic test for the plain chest radiography for the diagnosis of lung cancer this method is able to locate, clearly, pulmonary nodules and metastasis. As to the results and discussion, it was observed the x-ray method as a primary and cost-effective diagnosis and CT as a complementary method to have a higher cost, but have a better quality image, allows better visualization of the lesion compared with radiography. Key words : Lung Cancer . Diagnosis . Chest radiography. CT . Technologist in Radiology SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 7 2. OBJETIVOS .................................................................................................................... 8 2.1. GERAL ........................................................................................................................... 8 2.2. ESPECIFICOS ............................................................................................................... 8 3. METODOLOGIA ............................................................................................................ 9 4. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 10 4.1. ANATOMIA DO PULMÃO ......................................................................................... 10 4.2. O CÂNCER ...................................................................................................................11 4.3. O CÂNCER DE PULMÃO ...........................................................................................11 4.4. BREVE HISTÓRICO DA RADIAÇÃO ...................................................................... 13 4.5. A RADIOLOGIA NA ÁREA MEDICA ....................................................................... 14 4.6. A IMPORTÂNCIA DA RADIOGRAFIA PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE PULMÃO ..................................................................................................... 15 4.7. A IMPORTÂNCIA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE PULMÃO ................................................... 17 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................... 21 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 23 REFERENCIAS .................................................................................................................... 7 1. INTRODUÇÃO O câncer de pulmão (CP) é um tumor maligno e é considerado um dos tumores mais comuns no homem, geralmente causado pela ingestão da fumaça do cigarro, podendo atingir fumantes e não fumantes. Considera-se uma doença silenciosa, pois seus sintomas só aparecem no estágio avançado da doença. Fatores químicos, também, podem causar o câncer de pulmão, como a ingestão de arsênico, amianto, asbesto, berílio, cromo, níquel, cádmio e radônio. Sendo assim, é de suma importância esclarecer e quebrar mitos, quanto à melhor forma de diagnosticar esta de doença, bem como descrever a importância da contribuição de exames de radiografia e da tomografia computadorizada no seu diagnóstico. Para a realização da diagnose com o objetivo de verificar se o paciente tem ou não CP, é necessário um levantamento da história do paciente. Em seguida solicitar ao paciente o exame de radiografia do tórax, por apresentar um baixo custo. Se for constatada alguma lesão nos pulmões, solicitam-se exames ditos complementares, como a tomografia computadorizada, a broncoscopia, a broncofibroscopia, a citologia de escarro, a punção aspirativa, biopsia da lesão, entre outros. Após o resultado, se positivo, tem início o tratamento mais indicado para a doença. Sabe-se que a formação acadêmica mínima do técnico de radiologia deve ser de curso médio, desde que comprove a especialidade e o certificado no Conselho Regional dos Técnicos em Radiologia. Sua missão é de auxiliar a radioterapêutica e o físico hospitalar na preparação dos tratamentos e, em especial, efetuar o tratamento em pacientes e registrar todos os dados importantes relativos ao tratamento clínico. Quanto aos demais profissionais pertencentes à equipe, estes possuir o nível superior com especialidade no assunto. Ainda se discute o papel do tecnólogo em radiologia. Considerando o exposto, objetivou-se conhecer os benefícios da radiografia do tórax e da tomografia computadorizada no diagnostico do câncer de pulmão. Haja vista que a incidência de câncer de pulmão é grande e o mesmo e geralmente diagnosticado em estado avançado, o exame de raio X de tórax geralmente é utilizado na diagnose inicial da doença e o exame de tomografia computadorizada na avaliação mais profunda quando há suspeita de anormalidade no resultado do exame de raios X. 8 2. 2.1. OBJETIVOS GERAL Conhecer os benefícios que a tomografia computadorizada e a radiografia do tórax contribuem para o diagnostico do câncer de pulmão. 2.2. ESPECÍFICOS - Contextualizar o câncer de pulmão, relacionando suas características e complicações; - Identificar os benefícios da tomografia computadorizada e de raios X para o diagnóstico do câncer de pulmão; - Descrever o papel do tecnólogo em radiologia na medicina. 9 3. METODOLOGIA A presente pesquisa foi bibliográfica qualitativa e descritiva, visando descrever os benefícios da tomografia computadorizada e a radiografia do tórax para o diagnóstico do câncer de pulmão (CP), contextualizando os sintomas e o diagnóstico do CP relacionando-o com o raios X do tórax e a tomografia computadorizada. Sendo realizada no período de novembro de 2013 a junho de 2014. Optando-se por pesquisas em bibliotecas das universidades e faculdades (Universidade Estadual do Pará (UEPA), Universidade Federal do Pará (UFPA), Escola Superior da Amazônia (ESAMAZ) e Faculdades Integradas Ipiranga), artigos científicos (Scielo e Lilacs) e sites diversos de medicina com informações substanciais para a compreensão do assunto abordado. As palavras utilizadas para a busca e seleção do estudo foram: Câncer de Pulmão, Diagnóstico, Radiografia do tórax, Tomografia Computadorizada e Tecnólogo em Radiologia. Após a seleção e leitura de livros, artigos e sites foi possível apresentar as idéias principais retiradas de cada um, de modo que foi possível determinar o que estudaríamos no modo geral do trabalho. 10 4. REFERENCIAL TEÓRICO 4.1 ANATOMIA DO PULMÃO Os pulmões são órgãos que fazem parte do sistema respiratório separados um do outro pelo coração e por outras estruturas encontradas no mediastino. Estão localizados do diafragma até acima das clavículas e justapostos às costelas (Figura 1). Sua porção inferior é a base e sua porção superior é o ápice. O pulmão direito apresenta três lobos que são separados pelas fissuras horizontais e obliqua e o esquerdo é divido apenas em dois lobos e separado pela fissura obliqua. O pulmão direito é mais espesso, mais largo e mais curto que o pulmão esquerdo, devido o diafragma ser mais alto para que seja acomodado o fígado (TORTORA, 2000). Figura 1: Imagem dos Pulmões sadios direito e esquerdo. Fonte: http://www.unifesp.br/dmorfo/histologia/ensino/pulmao/anatomia.htm O uso de meio de contraste intravenoso, composto que contém iodo e que serve para opacificar os vasos e mostrar a atividade e a vascularização dos tecidos normais ou doentes (PORTAL IMI, 2014). Tem como função dar uma maior visibilidade das estruturas dentro do mediastino. Os meios de contrastes geralmente são utilizados na tomografia computadorizada para ajudar na visualização da imagem e identificar possíveis lesões e os protocolos do departamento e/ou as preferências do radiologista determinam o tipo específico, volume e locais da injeção. É necessário que se conheça a estrutura dos pulmões e o câncer de pulmão em si e as técnicas adotadas nos exames de radiografia e tomografia, para assim garantir diagnósticos mais precoces e precisos. (BOTRANGER e LAMPIGNANO, 2009). 11 4.2 O CÂNCER Em geral o termo câncer é considerado genérico porque é dado a qualquer doença maligna. O câncer é um conjunto de mais de 100 doenças malignas que possuem em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos ou órgãos e que podem se espalhar para outras regiões do corpo humano ou animal, dando origem à metástase e, assim, determina a formação de tumores ou neoplasias malignas. Diferente dos tumores benignos, estes são massas localizadas de células que se multiplicam vagarosamente, semelhantes aos de tecido original, e que dificilmente pode colocar em risco a vida do paciente e não é considerado câncer. (INCA, 1996) O câncer pode ser de origem interna ou externa. Os de origem interna podem ser detectados previamente e está ligada a capacidade do organismo de se defender das agressões externas. As causas externas têm a ver com o meio ambiente, com ambiente ocupacional (indústria químicas e afins), ambiente de consumo (alimentos e medicamentos), ambiente social e cultural (hábitos e costumes – estilo de vida) ou podem ser herdadas, e a incidência desse tipo é maior do que os de origem interna. (INCA, 1996) Os mais conhecidos está associado ao fumo que pode causar câncer de pulmão, isso dependerá da intensidade e duração da exposição das células aos agentes causadores do câncer, ou seja, o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão é diretamente proporcional ao número de cigarros fumados por dia e ao número de anos que ela vem fumando. O curioso é que este mesmo autor informa que determinados grupos étnicos parecem estar protegidos de certos tipos de câncer: a leucemia linfocítica é rara em orientais, e o sarcoma de Ewing é muito raro em negros (INCA, 2014). 4.3 O CÂNCER DE PULMÃO Até inicio do século XX o câncer de pulmão era considerado uma raridade. Em 2014 no Brasil pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional do Câncer José Alencar da Silva (INCA) estimam que 16.400 homens e 10.930 mulheres têm ou poderão vir a ter em 2015, câncer de pulmão, sendo que os mais propensos a desenvolver esse tipo de doença encontram-se entre os usuários do fumo (INCA, 2014). Outros fatores de riscos encontram-se a exposição à carcinógenos ocupacionais e ambientais tais como: amianto, arsênio, radônio e hidrocarboneto aromáticos policíclicos, além do excesso de vitamina A e pessoas que já tiveram tuberculose (ZAMBONI, 2002 e 2008). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o câncer de pulmão é classificado em quatro tipos: Adenocarcinoma, Carcinoma de Células Escamosas (CEC), Carcinoma de grandes células (CGC) e carcinoma de pequenas células (OMS, 2004 apud TESTAGROSSA, 2011). 12 Adenocarcinoma: É um tipo de câncer que pode se desenvolver praticamente em todos os órgãos do corpo humano e é de difícil remoção cirúrgica, pois rapidamente geram metástases. No pulmão ele é bastante agressivo e no início é assintomático. Para diagnose desse tipo de câncer, o clínico geral mediante observação de alguns sintomas no paciente (tosse, dor no peito, escarro com sangue e dificuldade de respirar) solicita no primeiro momento exames de sangue, raios X e biopsia. Havendo suspeita de câncer encaminha para um oncologista para o devido tratamento. Atualmente, o adenocarcinoma é o mais comum (TARANTINO, 2000). Carcinoma de células escamosas (CEC): Corresponde atualmente a cerca de 20% dos casos. Foi o tipo histológico mais frequente em quase todos os estudos feitos antes de meados dos anos 80 com tumores de pulmão. O diagnóstico de CEC baseia-se na produção de queratina pelas células tumorais e/ou desmossomos intercelulares, com expressão imunohistoquímica de citoqueratina 5 e proteína p. 63. Classicamente, essa neoplasia surge nas porções proximais da árvore traqueobrônquica (de 60 a 80%), mas um número crescente de casos vem ocorrendo perifericamente (BARROS et al, 2006). Carcinoma de grandes células (CGC): Corresponde a 5% das ocorrências e é uma neoplasia maligna epitelial sem diferenciação glandular ou escamosa à microscopia óptica, além de não apresentar características citológicas do carcinoma de pequenas células. Diversas variantes são reconhecidas, mas o CGC neuroendócrino é particularmente importante por causa de suas semelhanças com o carcinoma de pequenas células com relação ao comportamento clínico e prognóstico (POLLOCK et al, 2006). Carcinoma de pequenas células (CPC): Esse tipo de câncer é responsável por 20 % dos casos de câncer de pulmão e mostra forte correlação com o tabagismo, e sendo extremamente raro em pessoas não fumantes. Estudos moleculares identificaram uma série de anormalidades, incluindo deleções no cromossomo 3p. Histologicamente, tal neoplasia é constituída por células pequenas indiferenciadas, com citoplasma escasso e núcleos hipercromáticos e amoldados (GOMES e FARESIN, 2008). Um grupo multidisciplinar de especialistas, representando a International Association for the Study of Lung Cancer (IASLC), a American Thoracic Society (ATS) e a European Respiratory Society (ERS), propôs uma revisão do sistema de classificação da OMS, afetando principalmente a classificação do adenocarcinoma e que abriram novos caminhos para o tratamento, como exemplo, os inibidores da tirosinoquinase do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) são o tratamento inicial preferido para pacientes com adenocarcinoma de pulmão metastático, quando os tumores têm mutação ativadora característica no EGFR. (TESTAGROSSA, 2011) 13 Nessa nova proposta de classificação da IASLC/ATS/ERS para o adenocarcinoma, o carcinoma bronquioloalveolar (BAC) é eliminado. Tumores que foram anteriormente classificadas como BAC agora estão em uma das várias categorias relacionadas com as fases de transformação de uma dada lesão até o adenocarcinoma amplamente invasivo. (TESTAGROSSA, 2011) Além disso, os adenocarcinomas papilíferos, são classificados separadamente, no novo esquema de classificação proposto passam a ser divididos em papilífero e micropapilífero, este último associado com prognóstico particularmente ruim. (OMS, 2004). A IASLC/ATS/ERS também enfatiza que as amostras devem ser colhidas visando não só ao diagnóstico histológico, mas igualmente à preservação do tecido para estudos moleculares. Pacientes com adenocarcinoma avançado devem ter tecido neoplásico submetido a testes moleculares para a detecção da presença de mutação do gene do EGFR, bem como potencialmente para outras anormalidades moleculares que possam afetar a terapia subsequente. (TESTAGROSSA, 2011). Nesse sentido após detectar o tipo de câncer de pulmão é necessária que seja identificado à extensão do tumor, esta fase é chamado de estadia e é de fundamental importância na definição adequada do tratamento (INCA, 2014). Somando-se a este estudo faz pertinente, mesmo que de modo breve fazer um breve contexto sobre o histórico da radiação para melhor esclarecimento sobre o surgimento da doença e dos equipamentos que são utilizados na diagnose da doença. 4.4 BREVE HISTÓRICO DA RADIAÇÃO Radiação é um processo pelo qual uma fonte emite energia e se propaga pelo espaço, O termo também é utilizado na identificação da própria energia emitida. E ela pode ser obtida em movimento ou em repouso. Podendo gerar efeitos benéficos ou maléficos no organismo vivo, dependendo do tempo em que o organismo é exposto e da quantidade de energia emitida por ela. (BARSA, 2010). Raios X é emissão de natureza eletromagnética, com comprimento de onda extremamente pequena produzida pela desaceleração de partículas carregadas ou pela a transmissão de elétrons nos átomos (BARSA, 2010). Atualmente, sabe-se que os raios X são ondas eletromagnéticas ionizantes com comprimento de onda que varia de 0,05 ångström (5 pm) até dezenas de ångström (1 nm). Por serem ondas que causam alterações no DNA, foi necessário que muita pesquisa e modificações fossem feitas nos aparelhos para que o dano biológico fosse minimizado. Nesse sentido foram introduzidos nos aparelhos de raios X o colimador e as ampolas de diafragma, que diminuem a radiação secundária recebida pelo paciente, e possuem emulsões e ecrã mais eficientes, que necessitam de menos radiação para serem sensibilizados. (LABORATÓRIO ALIANÇA, 2013) 14 As imagens também não eram de boa qualidade, então os cientistas continuaram pesquisando até desenvolverem a Tomografia Computadorizada na década de 70 que favorece imagens em tempo real e fornece ao médico imagem de varias partes do corpo independente dos tipos de radiações ou ondas utilizadas para exploração do paciente e não necessita de muito espaço físico para o armazenamento das imagens, sendo possível visualizar o estágio e de uma doença, monitorizá-la até alcançar a cura. (ALMEIDA et al. 2010). Vários outros estudiosos deram prosseguimento nas pesquisas até comprovarem que a radioatividade tem efeitos benéficos na cicatrização ou eliminação de tumores da pele ou de outros órgãos. Porém, o limite máximo aceitável de radioatividade pelo homem é de aproximadamente 100 rem por semana. E isso sem duvida veio a contribuir para a criação de leis, de aparelhos como aqueles de emissão de raios X e da tomografia computadorizada. 4.5 A RADIOLOGIA NA ÁREA MÉDICA A radiologia na área médica se divide em dois: uma em que auxilia o médico nos diagnósticos de doenças e outra no tratamento, ou seja, a radiologia de diagnóstico é usada para diagnosticar as condições do corpo, em que utiliza vários tipos diferentes de imagens. Isso auxilia médicos com o diagnóstico e tratamento de doenças, permitindo-os olhar o interior do corpo humano. E a radiologia terapêutica é um campo separado que utiliza a radiologia para ajudar no tratamento de câncer e de outras doenças. Ela pode ajudar a tratar e até curar várias formas de câncer. Também é usada para tratar doenças em que o sistema imune ataca o organismo (SOUZA, 2013). A radiologia diagnóstica é utilizada para avaliar as mudanças ósseas; localizar objetos estranhos no interior do corpo ou organismo; detectar a presença de câncer; avaliar lesões ou danos causados por infecções, artrite, crescimentos ósseos anormais ou osteoporose, guiar cirurgias ortopédicas, a reparação da coluna vertebral, a substituição de articulações, a redução de fraturas, detectar se existem acúmulos de liquido na articulação ou em volto do osso. Verificar se determinada fratura solidificou corretamente, se um osso está quebrado ou se existe alguma articulação deslocada (PACIEVICH, 2014). A radiologia terapêutica, em alguns casos pode causar efeitos colaterais como dor, mal estar, vômito, entre outros (INCA, 2014). A radiologia convencional na atualidade é a técnica de diagnóstico por imagem mais utilizada, sobretudo as radiografias de tórax e esqueléticas para detectar fraturas. E é o exame-diagnóstico de menor relação custo-benefício nessas circunstâncias. O exame é feito utilizando um aparelho simples, com mesa e tubo de raios x que atravessam o organismo e registram uma imagem/radiografia do órgão em estudo, sendo bastante utilizado em avaliação de tórax, coluna vertebral, seios da face, mãos, dedos e ossos em geral (IBC, 2014). 15 A Tomografia Computadorizada é um exame de diagnóstico por imagem que utiliza a emissão de raios x comandado por computador, sendo mais completo que a radiografia convencional. Produz diversas imagens sequenciais, em plano transversal da região do corpo a ser examinada, permitindo que se descubram problemas em diversos órgãos. (Instituto Brasileiro de Cancerologia (IBC, 2014). A tomografia computadorizada representa atualmente um dos maiores avanços tecnológicos na área de diagnóstico por imagem. Com ela é possível avaliar, de forma precisa, a localização e a extensão das lesões ou tumores (IBC, 2014). E além do que, tais técnicas não provocam dor, fornecem imagem definida das estruturas e doenças dos órgãos analisados, são relativamente rápidas e não invasivas, de custo baixo e se utilizados de modo correto, não envolvem muito risco. O físico de referência e o radiologista são responsáveis por assegurar que o beneficio ao paciente seja maior do que os riscos inerentes à radiação (RPOP, 2014). O planejamento do tratamento por radiação obedece a diversos critérios técnicos. Entre esses critérios, á distancia da fonte de radiação até o alvo de tratamento é extremamente importante, proporcionando ao paciente uma proteção adequada aos tecidos vizinhos normais. Influenciando assim, as pessoas (técnicos, físicos e outros) envolvidas no tratamento quanto à melhor precisão dos resultados. (Ministério da Saúde MEC, 2000). 4.6 A IMPORTÂNCIA DA RADIOGRAFIA PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DO PULMÃO. O câncer de pulmão é uma das doenças mais difíceis de serem diagnosticada, pois suas suspeitas podem ser as mais variáveis possíveis. O médico para chegar a um resultado deverá realizar uma análise minuciosa da radiografia, e um estudo sobre a vida pregressa do paciente e não se restringir apenas aos resultados, a ele encaminhados pelo radiologista ou se detendo em suposições ou suspeitas. Este diagnóstico depende da sobrevida do paciente (UEHARA, JAMNIK e SANTORO, 1998). A maneira mais fácil e rápida de se diagnosticar um câncer de pulmão é através de raios X do tórax, porém, a broncoscopia (endoscopia respiratória) deve ser realizada para avaliar a árvore traqueobrônquica e, eventualmente permitir a biópsia (INCA, 2014). Neste caso, a leitura correta da radiografia é fundamental para diagnosticar resultados positivos ou negativos em relação à doença ou lesão, em especial a leitura de raios X do tórax, como mostra na figura 2 (BEMERGUI, 2014). 16 Figura 2: Radiografia do tórax normal (esquerda) e opacidades consolidativas pulmonares de distribuição central (direita). Fonte: http://www.pbsaude.com.br/noticia/180/que-influencia-tem-o-tabagismo-para-o-cancer-de-pulmao Os benefícios da radiografia normalmente não têm efeitos secundários, pois este tipo de radiação não fica no organismo, possui rápida avaliação e visualização e é de grande utilidade em casos de emergência. Contudo, deve-se tomar alguns cuidados como: comunicar ao médico a possibilidade da paciente estar grávida e para que se tome medidas que não cause danos ao feto,recomenda-se, que neste caso, se use a menor dose de radiação, conforme orientação da ANVISA (PACIEVITCH, 2014). A Radiografia do Tórax, em geral, é o primeiro exame para diagnosticar se o paciente apresenta suspeita de câncer. No entanto essa avaliação no sistema respiratório ou caixa torácica pode ser normal ou inconclusivo, por isso, pacientes com suspeita ou com resultado positivo de câncer de pulmão deverão repetir ou complementar os resultados da radiografia com outros exames como a tomografia computadorizada (EINSTEIN-SAUDE. 2014) (Figura3). Figura 3: opacidade pulmonar nodular de localização periférica. Fonte: http://www.centraldeinformacoes.net/saude/cancer-de-pulmao-o-que-e-sintomas-causas-tipos-tratamento-eprevencao/attachment/radiografia-cancer-de-pulmao 17 4.7 A IMPORTÂNCIA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE PULMÃO A Tomografia pode ser computadorizada ou convencional, sendo que abrange vários tipos de exame de diagnóstico que são: quando a fonte utilizada é a radiação X; o SPECT quando a fonte é a radiação gama; o PET quando a fontes são os pósitrons (NOVAS TECNOLOGIAS DA SAÚDE, 2014). A tomografia computadorizada do tórax serve como exame para diagnóstico complementar à radiografia simples de tórax. Contudo, qualquer achado patológico na radiografia simples pode ser investigado com auxílio da TC. A resolução do contraste superior e os cortes seccionais fornecidos pela TC fazem dela uma modalidade valiosa na avaliação de novas doenças e avaliação diagnósticas (BOTRANGER e LAMPIGNANO, 2009). Segundo Engel (2014), a tomografia computadorizada é um método que vem se tornando o principal método de diagnóstico por imagem devido a grandes avanços tecnológicos nos aparelhos tomográficos. Esse método pode sugerir com precisão o grau de desenvolvimento do câncer de pulmão, podendo assim identificar a existência de metástases no paciente (Figura 4). Figura 4: Múltiplos nódulos acometendo difusamente o parênquima pulmonar, em um corte coronal, paciente em processo de metástase. Fonte: Clínica Som Diagnósticos 2013. A tomografia por emissão de pósitrons é um método bastante promissor quando relacionado a qualquer tipo de câncer. No câncer de pulmão este método é capaz de localizar, com clareza, nódulos pulmonares e metástase no mediastino. Pode-se dizer que este método é uma associação de tomografia computadorizada com cintilografia, permitindo avaliar o metabolismo das lesões (INSTITUTO ONCOGUIA, 2014) (Figura 5). 18 Figura 5: massa pulmonar de contornos irregulares circundada por área com atenuação em vidrofosco. Fonte: http://maurilioferreiralima.com.br/2010/11/exame-de-imagem-preventivo-reduz-em-20-as-mortes-de-fumantes-porcancer-de-pulmao/ A detecção rápida e exata de nódulos pulmonares por meio de diagnósticos por imagem é essencial para que pacientes com tumores malignos sejam tratados (LEUVEN, GÖTTINGEN e HEIDELBERG, 2009). A tomografia computadorizada de tórax de rotina possui cortes axiais (Figura 6) de espessura de 7-10 mm, enquanto os cortes de alta resolução precisam de aquisições mais finas, entre 2 e 3 mm, obtidas em locais específicos do pulmão (BOTRANGER e LAMPIGNANO, 2009). Figura 6: múltiplos nódulos acometendo difusamente o parênquima pulmonar em um corte axial, paciente em processo de metástases. Fonte: Clínica Som Diagnósticos 2013. As massas de partes moles comprimem o esôfago, então para distinguir o esôfago dos tecidos circunjacentes, o paciente deverá ser solicitado a engolir soluções esofágicas radiopacas, que aderem à mucosa e opacificam o esôfago (BOTRANGER e LAMPIGNANO, 2009). 19 Os tempos de aquisição mais rápidos aumentaram as aplicações da TC de pulmão à medida que os artefatos de respiração e movimento cardíaco foram reduzidos. Assumindo que o paciente é capaz de prender o ar, a tomografia helicoidal eliminou os erros de registro anatômicos que ocorriam quando o paciente precisava fazer uma inspiração separada para cada corte da TC convencional (NERY, FERNANDES e PERFEITO, 2006). Os pacientes submetidos à TC de pulmão são instruídos pelo tecnólogo em radiologia a fazer hiperventilação antes do exame. Eles fazem duas ou três respirações profundas e depois lhes é pedido que segurem o ar por 20 ou 30 segundos necessários ao exame (BOTRANGER e LAMPIGNANO, 2009). As imagens da TC do pulmão são vistas com dois tipos de janelas, uma para pulmão (janela de pulmão) com baixo contraste e outra para detalhes do mediastino (janela de mediastino) com alto contraste (Figura 7). Figura 7: Tipos de janelas na TC. A) Janela de pulmão com baixo contraste e B) Janela de mediastino com alto contraste. Fonte: BOTRANGER; LAMPIGNANO, (2009). Pelo exposto pode-se dizer que tanto a radiografia quanto a tomografia computadorizada possuem sua importância e contribuição, quanto aos benefícios oferecidos à humanidade no diagnóstico do câncer de pulmão, e que serviram de suporte a um relato de discussão sobre as vantagens e desvantagens no diagnostico do câncer de pulmão (UEHARA, JAMNIK e SANTORO, 1998). 20 Figura 8: Imagens axiais de TC de tórax mostram uma massa pulmonar decontornoslobulados no lobo superior esquerdo medialmente (janelas mediastinal em A e pulmonar em B), com densidade homogênea e contendo discretas calcificações (seta em A). O realce pós-contraste é homogêneo (C). Exame controle tardio após a ressecção da lesão primária mostra recidiva da doença na forma de linfonodopatiamediastinal (seta em D). Fonte: http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=2312&idioma=Portugues 21 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Apesar de saber que existem riscos que podem afetar a vida tanto do paciente quanto de quem manuseia instrumento e aparelhos que emitem radiação, vimos o quanto foi importante a descoberta da radiação para que fossem criadas áreas diagnósticas como a radiografia e a tomografia computadorizada e consequentemente sua relação com o diagnóstico do câncer de pulmão. Desse modo é necessário que as pessoas que trabalham com radiação ionizante entendam que os pulmões são órgãos que fazem parte do sistema respiratório e que a radiação é uma energia que se espelha pelo espaço físico e que pode gerar efeitos positivo ou negativo em contato com o organismo vivo, podendo causar tumores ou neoplasias, em diferentes partes do corpo. Isso só foi possível graças à descoberta da radiologia que abriram espaço para o diagnóstico de tais doenças. Somando-se a este estudo, mesmo que de modo breve, fazer referencia as leis que definem conceitos associados à qualidade que orientam a implantação da radiologia diagnóstica, como a garantia de qualidade, programa de garantia de qualidade, controle de qualidade, testes de aceitação, testes de qualidade e testes de estado, contribuição esta dada por Furquin e Costa (2009), ao explicar a norma IEC 61223-1. E como a CNEN (2011) que define as diretrizes e bases de proteção Radiológica das pessoas expostas à radiação ionizante. Outra contribuição importante foi de Bermergui no que tange a leitura da radiografia para diagnosticar resultados positivo ou negativo em relação à doença ou lesão. Tais considerações favoreceram a compreensão de que tudo gira em torno da qualidade, seja ela do produto ou do serviço, mas é condição para atender as exigências do mundo moderno que clama por melhor qualidade de vida em todos os sentidos. Dentre essas considerações e no decorrer desta pesquisa identificou-se algumas vantagens e desvantagens da radiografia e da tomografia computadorizada no diagnóstico do câncer de pulmão, conforme descrito abaixo. No que tange as vantagens da radiografia identificamos como principal vantagem o custo beneficio, pois é um método diagnóstico bastante simples e de baixo custo, possibilitando com que o paciente realize tal método mais facilmente. Outras vantagens da radiografia, e que a mesma possibilita visualizar lesões e eliminar estrutura sobrepostas na imagem, determina se há suspeita de derrame pleural ou confirma se há presença de ar – pneumotórax identifica presença de corpos estranhos entre as vértebras, de derrame pericárdico, de enfisema, de possíveis massas, nódulo, infiltração, fluido, prisão dos brônquios, tumor, se o abdome está plano ou elevado, a altura e largura são mantidas. Segundo tal pesquisa, afirma-se que a radiografia não tem efeito secundário. Esse tipo de radiação não fica no organismo, possui rápida avaliação e visualização e é de grande utilidade em caso de emergência por ser um método bastante rápido de ser realizado, causando assim menos transtornos 22 ao paciente. Não provoca dor; fornece imagem definida das estruturas e patologias dos órgãos analisado. Contudo, a radiografia apresenta algumas desvantagens, como no caso de pacientes não saberem e nem suspeitarem que possam estar grávidas, isso pode causar sérios danos ao feto. Constatamos também que a radiografia não é um exame preciso em seus resultados, pois em caso de possíveis lesões que apareçam nas imagens dos pacientes, será preciso que seja feito exames complementares e por transmitir uma radiação ionizante que é prejudicial à saúde, sendo assim a exposição do paciente e do técnico responsável pelo manuseio da máquina devem obedecer aos critérios estabelecidos pela CNEN. Quanto às vantagens do TC a resolução da imagem quando associada ao uso do meio de contraste e os cortes seccionais fornecidos fazem dela uma modalidade valiosa nas avaliações de novas doenças diagnosticadas, pois o TC identifica com precisão o grau de desenvolvimento do câncer de pulmão, podendo identificar a existência de metástase, e se comparada a radiografia, seus resultados são bem mais precisos quanto à localização e extensão das lesões ou tumores. Como desvantagens da tomografia, podemos dizer que este é um método diagnóstico com um custo beneficio bem mais alto quando comparado com a radiografia. Outra desvantagem é o tempo de realização de exame, que dura em média, cerca 15 minutos e o tecnólogo ainda tem que submeter o paciente a realizar apnéia, chegando estas a uma demora de até 30 segundos. Com isso percebe-se que o número de vantagens sobrepõe ao numero de desvantagens quanto ao uso beneficio da radiografia convencional ou computadorizada. Desde que os pacientes procurem o médico ao menor sinal de indisposição e que o profissional em radiologia tenha certos cuidados no manuseio e orientação a este paciente quanto ao uso deste equipamento como foi exposto ao longo desta pesquisa. Essas considerações vêm ao encontro do que diz os estudiosos Leuven, Gottigen e Heidelberg (2009) quando há detecção exata dos nódulos cancerígenos se diagnostica por imagem a probabilidade de cura é maior. E o médico solicita um exame radiológico por suspeita da doença. 23 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Acredita-se que o objetivo proposto tenha sido alcançado, basta que se perceba ao final do estudo as observações traçadas quanto às vantagens e desvantagens do diagnóstico do câncer de pulmão com o uso da radiografia e da tomografia computadorizada, bem como o papel do tecnólogo em radiologia tem na área da radiologia. Neste sentido percebe-se de que são muitos os pré-requisitos que envolvem as competências necessárias para ser um bom profissional em radiologia especificamente o tecnólogo, haja vista lidar não só com o paciente, mas com todo o equipamento no trato de exames diferenciados que requerem habilidade, competência técnica, ética, controle, conhecimentos de leis que envolvam a radiologia, entre outros saberes inerentes ao exercício da função. Desse modo, pode-se dizer que o estudo foi de suma importância para nossa formação pessoal e profissional, pois oportunizou-nos a aquisição e ampliação de saberes sobre a contribuição que a radiografia e tomografia computadorizada têm no diagnóstico do câncer de pulmão, e que as vantagens são bem maiores e pode-se dizer superáveis em relação há algumas desvantagens no uso desses aparelhos, basta que para isso paciente e profissional em radiologia tomem certos cuidados e conheçam as tecnologias e os fenômenos envolvidos no processo conforme a resolução nª 20/2006 da ANVISA que estabelece o Regulamento Técnico para o funcionamento de serviços de radioterapia, visando a defesa da saúde dos pacientes, dos profissionais envolvidos e do público em geral. 24 REFERÊNCIAS ALMEIDA, L. M. de. Os serviços de saúde pública e o sistema de saúde. Revista. Portuguesa de Saúde Publica. versão impressa ISSN 0870-9025.v.28 n.1 Lisboa 2010. BARROS, J. A.; VALLADARES, G.; FARIA, A. R.; FUJITA, E. 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