Boletim Informativo - 05 e 06

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Boletim Informativo 5 e 6 -2009
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Contando com novas parcerias estamos reajustando para valores menores os exames de
Brucelose e Leptospirose para cães. Para maiores informações entre em contato conosco no setor de
Patologia Clínica.
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Neste mês que passou completamos 3 anos funcionamento. Agradecemos a todos esta
parceria de sucesso e estamos buscando cada vez mais projetos para melhor atendê-los com exames
e tecnologias modernas. Estamos sempre à disposição para auxiliá-los a buscar o bem-estar dos
pacientes. Nosso sucesso é o sucesso desta parceria. Bom trabalho a todos.
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Dra. Paula Cristina Linder
Patologia Clínica Veterinária
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Nos últimos 120 anos foi constatada a eficiência das vacinas para o controle das doenças
infecciosas no mundo. A erradicação da varíola no mundo, da poliomielite no Brasil, o controle da
raiva urbana no Sul do Brasil não seriam possíveis sem a utilização das vacinas. Contudo, a vacinação
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não é sempre um procedimento inócuo, e seu uso deve ser acompanhado por uma avaliação
cuidadosa dos riscos e benefícios do procedimento.
Principais vacinas comerciais e seus agentes:
Para cães:
As vacinas polivalentes utilizadas em cães são geralmente contra cinomose, leptospirose (2 ou
4 sorovares), parvovirose, coronavirose , parainfluenza, hepatite infecciosa canina (adenovirus tipo 1) e
adenovirose (adenovírus tipo 2).
Os agentes vacinais da cinomose, parvovirose, parainfluenza, adenovírus tipo 1 e 2 são
geralmente vivos modificados. As vacinas vivas modificadas infectam as células hospedeiras e ocorre
a multiplicação viral. Esse tipo de vacina possui alta antigenicidade, isto é, provoca resposta do
sistema imune com maior facilidade e eficiência. A maior antigenicidade dispensa o uso de
adjuvantes vacinais e reduz o número de doses inoculantes, mas em contrapartida, há um maior risco
de ocorrência de efeitos colaterais adversos. As vacinas virais vivas e atenuadas podem conter
virulência residual que é o risco do agente vacinal causar doença ou infecção persistente.
Recentemente foi utilizada a tecnologia de organismos recombinantes vivos para a formulação da
vacina contra cinomose. O vírus da bouba aviária foi utilizado como vetor para produzir antígenos que
despertem reposta imunoprotetora para a cinomose. As vantagens desse tipo de vacina é que elas
despertam respostas imune eficaz e duradoura sem que haja o risco de virulência residual. Outra
vantagem é que existem testes imunológicos capazes de diferenciar infecção da infecção causada
pela vacina.
O vírus da coronavirose é inativado na maioria das vacinas disponíveis no mercado sendo que
esse tipo de antígeno tem menor antigenicidade. Isso faz com que seja necessário maior número de
doses e uso de adjuvantes. As vacinas inativadas têm as vantagens de não possuir o risco da virulência
residual e serem mais estáveis durante a preparação, armazenamento e manipulação.
As vacinas bacterianas inativadas são chamadas bacterinas. As vacinas contra leptospirose
são feitas a partir de bacterinas de sorovares de maior ocorrência em cada espécie animal.
Para gatos:
As principais vacinas felinas previnem a rinotraquíte, calicivirose e panleucopnia viral felina
(tríplice felina). Algumas acrescentaram a Chlamydia psittaci (quádrupla felina) e o vírus da leucemia
viral felina (quíntupla). De acordo com o fabricante, as vacinas felinas podem conter antígenos
atenuados ou inativados.
FALHAS VACINAIS
As falhas vacinais podem ocorrer em duas situações distintas:
(1) vacina ineficiente que pode ocorrer em casos de destruição do antígeno durante o
processo de fabricação da vacina ou quantidade insuficiente de antígenos. Problemas como esses
são extremamente raros, uma vez que todos os fabricantes de vacinas submetem seus produtos a
testes de qualidade e há fiscalização dos órgãos competentes.
(2) vacina eficiente com resposta alterada por administração incorreta ou pela imunidade do
indivíduo, sendo mais comuns e tem mais chance de ocorrer.
A administração incorreta da vacina pode ocorrer em diversas etapas da vacinação. A morte
dos antígenos vivos contidos na vacina é bastante comum, principalmente pela exposição a
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temperaturas maiores ou menores que a recomendada, durante o transporte ou armazenamento.
Também pode ocorrer inativação dos antígenos vivos por contaminação da seringa e agulha
(seringas reaproveitadas); utilização concomitante de vacinas bacterianas vivas e antibióticos;
excesso de álcool para a assepsia da pele. Mesmo com a correta aplicação da vacina, esta pode
não produzir a resposta esperada. A vacinação não impedirá a instalação e desenvolvimento da
doença no animal que estiver incubando algum antígeno.
A variação individual também pode provocar uma resposta imune inadequada. A proteção
da população nunca será uniforme, pois a resposta imune é um processo biológico (não é exato) e
influenciado por um grande número de fatores genéticos e ambientais. Dentro de uma população
haverá indivíduos que respondem fracamente a imunização bem como indivíduos que produzem uma
resposta imune superior aos demais. Porém, as vacinas são preparadas para induzir resposta imune
adequada, dentro de padrões pré concebidos, suficientes para a imunização da grande maioria dos
indivíduos. Indivíduos doentes, com alta carga parasitária, desnutridos ou sob condição de stress
(prenhes, excesso de calor ou frio ambientais, fadiga, etc.) provavelmente encontram-se
imunossuprimidos e não desenvolverão resposta imune satisfatória.
Outra causa bastante comum de falha vacinal é a anulação dos antígenos vacinais pelos
anticorpos maternos presentes nos lactentes. A vacinação precoce dos filhotes faz com que a
imunidade passiva transmitida pelo leite materno neutralize a vacina antes que o sistema imune do
filhote entre em contato com o antígeno vacinal. Quando os filhotes perdem a imunidade passiva da
mãe é que vão desenvolver resposta imune aos antígenos vacinais ou causadores de doenças.
Nos casos em que o animal desenvolve a doença contra a qual foi vacinado, torna-se difícil
descobrir se houve falha vacinal (erro do fabricante ou do veterinário que aplicou a vacina) ou se
ocorreu alguma reação adversa.
Para garantir uma boa imunização é importante tomar alguns cuidados antes da vacinação:
•
Verificar as condições da vacina (prazo de validade, conservação, etc.).
•
Comparar as cepas vacinais e as de ocorrência na região.
•
Administrar pela via correta e com anti-sepsia adequada.
•
Realizar anamnese completa com ênfase na época do desmame, vacinações anteriores,
doses de antibióticos e outros medicamentos e possível prenhes.
•
Exame clínico completo para avaliação das condições orgânicas do animal.
•
Realização de exames laboratoriais para diagnosticar infecção prévia, imunossupressão e
doenças intercorrentes. Muitos exames imunológicos não são capazes de diferenciar a
resposta imunológica vacinal da infecção. Portanto exames de check up básicos e simples
como o hemograma, são importantes para evitar vacinar animais doentes.
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REAÇÕES ADVERSAS
As principais reações adversas são: virulência residual, toxicidade, efeitos alérgicos, doença,
imunossupressão e efeitos nocivos ao feto. Mais comumente observamos as reações locais, como a
ardência durante a aplicação que é um tipo de toxicidade imediata, geralmente causada pelos
agentes inativadores utilizados nas vacinas (formaldeído como exemplo). Uma reação local como
formação de nódulo no local de aplicação pode ocorrer, aparecendo depois de 1 dia da injeção e
deve desaparecer após 1 semana, se não houver a formação de abscessos. Algumas vacinas como
a da raiva podem causar alopecia no sítio de aplicação.
Vacinas compostas por organismos Gram negativos mortos podem ser intrinsecamente tóxicas
pela presença de endotoxinas. Estas toxinas causam pirexia e leucopenia e podem provocar aborto
nas fêmeas prenhes, portanto é prudente evitar vacinar animais prenhes com qualquer tipo de vacina.
O stress orgânico decorrente de reações tóxico vacinais pode reativar infecções latentes. O
vírus vacinal vivo da cinomose pode causar encefalite pós vacinal, que é uma afecção rara e o
animal afetado apresenta incoordenação, agressividade, convulsões e outros sinais neurológicos. A
patogênese dessa afecção é ainda desconhecida, mas pode ser resultado de virulência residual,
aumento da suscetibilidade do indivíduo ou disparo de um paramixovirus latente no organismo pela
vacina.
Um dos resultados importantes da utilização de algumas vacinas é imunossupressão suave. Os
antígenos vivos modificados da parvovirose canina causam redução transitória da blastogênese
linfocítica. As vacinas polivalentes virais caninas também causam linfopenia transitória.
As
vacinas
também
podem
causar
as
famosas
reações
de
hipersensibilidade.
A
hipersensibilidade tipo I pode ocorrer não só em resposta ao antígeno imunizante como também
antígenos dos demais componentes da vacina como antígenos de ovos ou de células de cultivo
celular. Esse tipo de hipersensibilidade ocorre mais comumente em vacinas inativadas (mortas) pela
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necessidade de um maior número de aplicações para a formação da resposta imune. Quanto maior
o número de contato do organismo com o antígeno, maior a chance do desenvolvimento da
hipersensibilidade tipo I. Há possibilidade da ocorrência de reações de hipersensibilidade tipo III,
podendo causar respostas imunes intensas ou distúrbios vasculares generalizados como, por exemplo,
a púrpura. As reações de hipersensibilidade tipo IV também podem ocorrer e a forma mais comum é a
formação de um granuloma no local de inoculação, que pode ser em resposta a adjuvantes como o
alume ou óleo.
As vacinas podem desencadear reações auto imunes. A vacina contra raiva que contém
tecidos do sistema nervoso central (Fuenzalida-Palacius) podem desencadear uma encefalite auto
imune. A polineurite (síndrome de Guillain-Barré) tem sido associada à utilização de certas vacinas
virais como a vacina polivalente contra parvovírus, cinomose e hepatite infecciosa canina, mas a
patogênese dessa síndrome não está clara.
Em gatos pode haver a formação de fibrossarcomas nos locais de aplicação das vacinas.
Acredita-se que os novos adjuvantes encontrados nas vacinas modernas possam persistir no local por
longo tempo. Como os fibroblastos são estimulados a proliferar em locais de inflamação crônica é
provável que possa ocorrer uma transformação maligna dos fibroblastos. Não há evidências que o
vírus do sarcoma felino e da leucemia viral felina causam esses tumores.
Apesar do grande número de reações adversas, as vacinas continuam sendo na maioria dos
casos, opções de profilaxia vantajosas para o animal. Dados do Esquema da Vigilância Nacional
Britânica das Reações Adversas Suspeitas sugerem que em cães e gatos houve 297 notificações de
reações adversas em um período em que ocorreram 6,8 milhões de doses aplicadas. Dessa forma a
incidência total foi de 0,004%, um número pouco significativo diante dos benefícios da vacinação.
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QUE EXAMES POSSO FAZER
1.
PCR (Polimerase Chain Reaction): é um método de biologia celular que consiste na busca do
DNA viral, sendo assim é um exame que sofre influência da época de vacinação, portanto
devemos esperar o período de viremia pós-vacinal para a realização do exame e então
confirmarmos a doença. É um método de alta sensibilidade e de resultado rápido (média de 3
dias).
2.
Sorologia: é um método que detecta a presença de anticorpos, mas não sofre interferência
com relação ao período da vacinação, pois é possível fazer a diferenciação de reação pósvacinal e da doença. É um método de resposta mais demorada (média de 7 a 10 dias).
3.
Elisa: é um método muito utilizado, não tão sensível quando o PCR, mas que não tem
interferência com relação ao período de vacinação. É um método de reposta rápida a média
(até 3 dias).
4.
Microscopia eletrônica: é um método que busca o vírus, mas onde é possível fazer a
diferenciação do vírus vacinal e do vírus causador da doença baseado no arranjo celular, e
não sofre interferência com relação ao período de vacinação. É um método de reposta
média (3 a 5 dias).
5.
Imunofluorescência: é um método onde temos as opções da forma indireta que busca o
anticorpo e da forma direta que busca o antígeno (vírus) e também não sofre interferência
com o período de vacinação. É um método de resposta rápida (até 48 horas).
Espero que aproveitem e qualquer dúvida entre em contato conosco no Setor de Patologia Clínica.
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