Manual de Criação e Manejo

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MANUAL DE CRIAÇÃO E MANEJO DO GALO ÍNDIO
BRASILEIRO: Noções básicas
BELÉM – PARÁ – BRASIL
2016
MANUAL DE CRIAÇÃO E MANEJO DO GALO
ÍNDIO BRASILEIRO: Noções básicas
Dr. Marco Antônio Souza Santos
Médico Veterinário
CRMV – PA 0746
Belém – Pará – Brasil
2016
SUMÁRIO
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
Instalações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .05
1- Gaiolas ou apartamentos
2- Passeadores e corredores
3- Tamanho (área)
4- Cruzador
5- Tamanho (área)
6- Comedouros e bebedouros
Galpões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06
1- Cobertura
2- Piso
3- Paredes
Outros equipamentos do criatório. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
1- Poleiros
2- Ninhos
3- Cama dos ninhos
4- Incubação dos ovos
Gaiolas para os pintos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
1- Tamanho
2- Comedouros
3- Bebedouros
Alimentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
1- Dos galos
2- Frangos de recria
3- Matrizes
4- Pintos
SANIDADE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1- Doenças
2- Vacinação
3- Controle de endoparasitas (vermes e protozoários)
4- Controle de ectoparasitas (piolhos, ácaros e fungos)
Higiene e limpeza das instalações. . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Controle de roedores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12
Referencias Bibliográficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Anexos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
O Brasil hoje tenta fazer o registro genealógico da raça Índio Brasileiro.
Para isto foi criada a ANCRIB, Associação Nacional da Raça Índio Brasileiro,
este trabalho é uma colaboração para que isto aconteça.
O principal compromisso deste manual é dar prosseguimento com o
aperfeiçoamento genético de forma empírica das aves da espécie Gallus gallus,
variedade Índio Brasileiro, bem como, estabelecer padrões de gaiolas,
cruzadores, bebedouros, passeadores, comedouros e galpões dentre outros que
possam atender as necessidades básicas das aves e dos criadores. Cremos ser
este, um trabalho inédito no campo da avicultura índio brasileira fornecendo
conhecimentos básicos para o pequeno, médio e até o grande empreendedor
formar um criatório e iniciar sua criação. E evidente, que um programa de manejo
não deve atender apenas as necessidades básicas de um plantel, mas estar
muito bem ajustado para tirar o maior proveito do potencial genético das aves.
O Manual de Criação e Manejo do Galo Índio Brasileiro foi elaborado
para servir de referência, sem deixar de lado a experiência de cada criador que
deve ser aplicada para alcançar resultados bons e contínuos. O galo Índio
Brasileiro comumente utilizado pelos criadores no Brasil são frutos da
miscigenação de duas raças puras: os Malaióides cuja base é o Shamo Japonês
e o Bankivóides.
Os Malaióides eram aves de plumagem escassa, peito largo, pernas
fortes, de estatura grande e que não voava. Dele descendem todos os malaios
como os Shamos Japoneses, Indianos, Assels e o Índio Nacional.
O galo Bankiva (Gallus gallus bankiva), ao contrário do Malaio, era
pequeno com plumagem abundante, cauda comprida para cima e excelente
voador. Dele descendem todos os combatentes bankivóides da Europa, América
Central, América do Norte e parte da América do Sul. Enquanto o Malaio atinge
ate 4,5kg de peso, o Bankiva chega, ao máximo, aos 2,5kg.
O Galo Índio Nacional possui rusticidade, resistência a determinadas
doenças e as mudanças bruscas de temperatura. Ele é dono de um potencial
genético inesgotável, sendo precursor de raças como o Índio Gigante e de raças
pra corte e produção de ovos. Sua carne possui um sabor típico muito apreciado
na culinária dos criadores, em especial no Estado do Pará onde é consumido
com tucupi e jambú.
Este manual é flexível e está sujeito a alterações, desde que atendam as
necessidades básicas das aves em questão.
Instalações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
Em se tratando de avicultura, as instalações são indispensáveis para que
se alcance a produção desejada, seja pra subsistência e/ou comercialização.
O local onde será construído o criatório é muito importante e devem-se
levar em consideração alguns itens como o tipo de solo, declividade, correntes
de ar, vegetação, etc.
Nas aves Índio Brasileiro, as fases de cria e recria pode ser feita em nível
de campo. Entretanto, pelo instinto belicoso dessas aves, não é aconselhável
que se utilize esse sistema. Mas o criador pode adotar estratégias para que estas
fases possam ser desenvolvidas em nível de campo.
A partir do sexto mês de vida, os machos são separados das fêmeas,
pois os hormônios androgênicos (testosterona) iniciam o seu pique na corrente
sanguínea desenvolvendo as características sexuais dos machos como o canto
e a monta promovendo lutas pelo domínio do território.
E importante que as instalações atendam as exigências técnicas para um
bom manejo e higiene para que não ocorram problemas com doenças infecto
contagiosas causando sérios prejuízos ao criador.
Cada ave macho deve possuir uma gaiola ou apartamento próprio, cujas
dimensões mínimas são: 75cm de comprimento e largura com área total de
56cm2/80cm de altura feitos em madeira aparelhada e envernizada com bitola
mínima de 3cm e máxima de 6cm na frente. As laterais e fundos podem ser feitas
com laminas de PVC encaixado ou em madeira encaixada não permitindo que
as aves tenham contato uma com a outra. No caso de gaiolas de dois ou mais
andares, deve conter uma gaveta para aparar as excretas (fezes e urina)
Esses apartamentos, também podem ser construídos em alvenaria com a
frente feita de arame galvanizado e nas mesmas dimensões mínimas citadas
acima. Entretanto, deve-se colocar uma cama de serragem de madeira
(semelhante à cama de frango destinado ao corte) ou a areia pra absorção da
urina presente nas excretas e pra que as aves permaneçam sempre com os pés
limpos.
Além das gaiolas individuais, no criatório há os passeadores cujas
dimensões mínimas são: 1,65m de comprimento/70cm de largura (1,24m2) e
75cm de altura na sua maioria feitos de arame galvanizado, mas podem ser
feitos também de madeira. Este espaço é utilizado para a higiene das aves como
o banho de areia, a catação após o banho e exercícios das pernas e batida das
asas. Há, ainda, os corredores cujo comprimento é o dobro dos passeadores
(1,86m2).
As vasilhas destinadas à água e alimentos são feitas de material plástico
rígido ou em alumínio tipo copo ou em cochos de madeira colocadas do lado de
fora das gaiolas a uma altura máxima de 15cm evitando que a ave se curve em
demasia pra se alimentar e beber.
Os cruzadores, também construídos em madeira ou alvenaria, devem
obedecer a um espaço mínimo de 1,5m/2,0m, perfazendo uma área total de
3m2/casal de aves Índio Brasileiro. A relação macho/fêmea nunca deve exceder
1/3 (um macho para 3 fêmeas), pois, caso contrário, o controle genético fica
comprometido devido a possível mistura dos ovos na postura. No caso de se
manter as matrizes separadas para um controle genético mais eficiente, o
reprodutor pode cobrir até 10 matrizes desde que passe, no mínimo trinta
minutos com cada uma diariamente.
Galpões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06
Os galpões onde as gaiolas são construídas variam de tamanho, de
acordo com a quantidade de aves e com a região.
Em cidades de clima quente como nas regiões norte e nordeste do país,
podem ser construídos em madeira ou alvenaria e devem apresentar um pé
direito mínimo de 5m na sua parte mais alta e 3,5m na sua parte mais baixa.
Devem ser cobertos, de preferência, com telhas de cerâmica (plan), evitando-se
as telhas de amianto, pois a absorção de calor é maior, bem como, o tempo de
resfriamento. Devem ser ventilados pela manhã e fechadas durante a noite
evitando as correntes de ar mais frias.
Nas regiões de clima mais frio (sudeste e sul) do país, o galpão de
alvenaria é o mais recomendado, pois confere às aves uma maior proteção
contra a circulação de ar frio, uma vez que, podem desenvolver problemas
respiratórios conhecidos vulgarmente como ronqueira.
A faixa de temperatura recomenda no ambiente para aves jovens
(pintos com até 60dias) é de 32ºC até 35ºC. Para aves adultas essa faixa etária
tende a diminuir em até 10ºC.
O piso dos galpões pode ser feito em cimento e pintado com tinta
específica pra essa finalidade, de preferência na cor clara, ou pode ser revestido
com azulejos tipo lajota, de preferência, antiderrapante também na cor clara pra
que se possam visualizar melhor as sujidades e promover a limpeza com mais
eficiência. As paredes devem ser lisas quando construídas em alvenaria e
pintadas com tinta de tonalidade clara semelhante ao piso.
O local destinado aos passeadores e corredores deve ser de areia no piso,
cujas finalidades já foram supracitadas. Alguns desses objetos devem receber a
luz solar n’alguma parte do dia e, por isso, devem ser deixados fora do galpão
para o banho de sol das aves.
Outros equipamentos no criatório. . . . . . . . . . . . . . . . .07
Além das gaiolas e galpões existentes no criatório, deve-se reservar uma
área coberta onde serão construídos os poleiros para abrigar as aves que vivem
soltas pelo terreiro (matrizes, frangas e frangos na fase de recria). Devem ser
construídos de maneira que as aves permaneçam em segurança e não
machuquem os pés.
O tamanho dos poleiros varia de acordo com a quantidade de aves soltas
pelo terreiro. O espaçamento entre as fileiras deve ser de cerca de 45cm uma
da outra. A altura do poleiro deve ser de 45 a 60cm tomando o cuidado pra parte
superior onde as aves pisam, estarem arredondadas dando melhor apoio e
conforto aos pés das aves. Cada ave adulta necessita de, no mínimo, 30cm de
espaço pra se abrigar. A arrumação dos poleiros deve ser feita de forma paralela
ao chão de modo que as aves fiquem todas na mesma altura, evitando a disputa
por lugares mais altos podendo ocorrer ferimentos.
A construção dos ninhos deve ser em madeira com 35cm de largura por
35cm de altura e 35cm de profundidade com um pátio (sacada) de 15cm. Deve
ser cobertos e colocados em locais calmos a 60cm do solo com uma escada de
acesso. Nunca colocar dois ou mais ninhos enfileirados, pois, algumas matrizes,
tornam-se agressivas na fase de choco passando a agressões mutuas
comprometendo a taxa de nascimento.
A cama dos ninhos pode ser feitas de serragem de madeira, palha de
milho ou capim seco e deve-se ter um manejo higiênico sanitário adequado.
Cada matriz deve chocar, de preferência, até 12 ovos para que haja uma
boa cobertura não permitindo que alguns fiquem sem receber o calor e,
consequentemente, cause a morte do embrião. O período de incubação leva 21
dias e deve-se fazer uma seleção dos ovos a ser incubados, evitando-se ovos
com defeito na casca e muito pequenos, pois pode comprometer o
desenvolvimento embrionário.
É extremamente importante que a matriz saia do ninho a cada 24h ou 48h
para alimentar-se, beber e fazer a higiene pra que ocorra a aeração dos ovos.
Nesse intervalo, os ovos devem ser revirados e trocados de posição.
Gaiolas para os pintos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .08
Existem vários modelos de gaiolas para pintos (pinteiro ou viveiros) com
até 30 dias de vida. O ideal é que os pinteiros sejam feitos de madeira aparelhada
e telados na frente e no piso para que as excretas não fiquem acumuladas.
Devem estar suspensos do chão a uma altura mínima de 70cm para facilitar o
acesso às aves. Devem conter gavetas para aparar as excretas. O tamanho
pode variar de acordo com a quantidade de pintos a ser colocado no viveiro. O
ideal é que se utilize 1m2 para cada 10 pintos com até 30 dias de vida. O
comedouro deve ser feito de “flanders” (comedouro industrial) cujo tamanho
deve ser proporcional a quantidade de pintos. Os bebedouros também são do
tipo industrial e proporcional à quantidade de pintos. Os pinteiros ou viveiros
devem ser colocados em local onde não haja correntes de ar frio em nenhuma
hora do dia pra que os pintos permaneçam aquecidos. O aquecimento deve ser
feito com campanula nas regiões de clima frio. Na ausência desta, pode-se
improvisar um lâmpada.
Alimentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
A alimentação fornecida aos machos adultos e frangos engaiolados é de
excelente qualidade, a base de grãos como o milho inteiro, soja, arroz com casca
e aveia. Adicionado a esses grãos estão os ovos crus e tubérculos como a
cenoura, a beterraba e a batata doce que são raladas e misturadas aos grãos e
fornecida às aves uma vez ao dia na quantidade mínima de 120 gramas/ave.
Entretanto, essa quantidade de alimento fornecida pode variar dependendo da
fase que a ave se encontra (muda ou reprodução). Nesses casos a exigência de
alimentos é maior.
Podem ser ainda, adicionados uma vez por semana, alimentos que
contenham mais fibras como as verduras picadas e frutas como o tomate. Essa
alimentação confere uma dieta rica em nutrientes essências à saúde das aves
como as proteínas, gorduras, hidratos de carbono, fibra, minerais e vitaminas. A
água deve ser potável e constante, uma vez que, muitas reações químicas
ocorrem na presença da água (reações de hidrólise)
Quanto aos frangos de recria (a partir do 4º mês ao 7º mês de vida) a
alimentação fornecida é à base de milho inteiro ou quebrado misturado a ração
de crescimento que contém uma boa porcentagem de proteínas que vão fornecer
aminoácidos essenciais para a formação da musculatura esquelética dessas
aves. Também é fornecido furtas como a banana e tomate e verduras como a
couve e repolhos.
As matrizes podem receber a mesma alimentação fornecida aos frangos
de recria. Entretanto, durante a postura, deve receber um suplemento a base de
minerais e vitaminas para fortalecer o organismo para a fase de choco.
Os pintos ou pintainhos com até 60 dias de vida devem alimentar-se
exclusivamente de ração tipo inicial para crescimento cujo teor proteico é maior.
Conferindo um bom desenvolvimento da ave nos primeiros meses de vida. Essa
ração pode ser adquirida nos diversos distribuidores de rações existentes pelo
Brasil ou em casas de produtos agropecuários e pet shops.
Devido o Galo Índio Brasileiro ser uma ave ativa em potencial, as suas
necessidades nutricionais são muito maiores do qualquer outra variedade de ave
doméstica. Neste caso, e feito uma suplementação com minerais e vitaminas.
Uma alimentação pobre em nutrientes prejudica o desenvolvimento em potencial
dessas aves promovendo o seu descarte antes do tempo previsto.
Sanidade das aves. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10
Doenças. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10.1
Coriza infecciosa:
1- Agente etiológico: Haemophilus paragallinarum
2- Transmissão: contato direto ave/ave, através da inalação dieta do ar
contaminado pela bactéria, alimentos e agua contaminada.
3- Sintomas: inchaço nos olhos com secreção nasal e oral com odor fétido,
pálpebras caídas, dificuldade respiratória. Em aves jovens retarda o
crescimento.
4- Tratamento: antibióticos. sulfato de estreptomicina via intramuscular
Doença de New Castle.
1- Agente
etiológico
(pseudo
peste
aviaria,
pneumoencefalite
aviaria):causada por um paramixovirus tipo 1 neurotropico parcialmente
agressivo.
2- Transmissão: contato direto ave/ave,
através do ar, alimentos
contaminados, comedouros e bebedouros.
3- Período de incubação: de 4 a 7 dias.
4- Sintomas: dificuldade de locomoção, cabeça tombada com tiques
nervosos, diarreia esverdeada, conjuntivite, secreção nasal. As aves que
não vão a óbito apresentam sequelas pra vida toda.
5- Tratamento: não há.
Bouba aviaria:
1- Agente etiológico (varíola, epitelioma, verruga, pipoca):causada pelo
avipoxivirus.
2- Transmissão: se dá através de insetos picadores como o carapanã ou
através da inalação do vírus.
3- Sinais clínicos: presença de verrugas na região da cabeça podendo se
estender ate a traqueia e narinas, anorexia e tristeza.
4- Tratamento: penicilina local. Experimentalmente pode-se aplicar 0,5ml de
leite bovino por via intramuscular. Aves jovens são mais susceptiveis.
Bronquite infecciosa:
1- Agente etiológico: Corona vírus com cerca de 8 sorotipos
2- Transmissão: ocorrem através da conjuntiva, narinas, altamente
contagiosa com um período de incubação de 18 a 36h.
3- Sintomas e sinais clínicos: aves amontoadas, anorexia (falta de apetite),
chiado, falta de ar (a ave abre e fecha o bico buscando ar).
4- Tratamento: não há. Algumas pessoas aplicam antibióticos pra evitar a
infecção secundaria.
Micoplasmose aviaria; causador da doença crônica respiratoria (DCR)
1- Agente etiológico: Mycoplasma galiiseptycum. M synoviae, M meleagridis.
2- Transmissão: contato direto ave/ave, utensílios.
3- Periodo de incubação: de 1 a 3 semanas
4- Sintomas: variam de nenhum ate muito graves dependendo da ave estar
contaminada com outras doenças como new castle, bronquite,
escherichia coli. Inclui tosse, espirros, corrimento nasal, dificuldade de
respirar.
5- Tratamento: antibióticos como enrofloxacina, tetraciclinas, eritromicina.
Quando associadas a outras doenças pode-se usar a estreptomicina.
Coccidiose:
1 agente etiológico: protozoário eimeria (coccidio). Há 9 tipos diferentes desse
protozoário.
2- sintomas: aparência suja e depenada, fraqueza, apatia, palidez, fezes
amarelas espumosas e sanguinolentas.
3- tratamento: cocidiostaticos na fase inicial da doença.vit a e k.
Pasteurelose ou cólera aviaria:
1- Agente etiológico: doença bacteriana grave causada pela Pasteurela
multocida.
2- Sintomas: inchaço na cara e barbelas, corrimento nasal, boca e olhos,
dificuldade respiratória, cristas e barbelas cianóticas, perda de apetite,
penas eriçadas. Podem desenvolver epitelioma no local do inchaço.
3- Transmissão: direta ave/ave ou utensílios infectados.
4- Tratamento: e longo a base de antibióticos e sulfas.
Doença de marek:
1- Agente etiológico: infecção viral
2- Transmissão: aspiração de caspas dos folículos das penas, ar. O vírus
permanece na ave a vida inteira depois de infectada.
3- Sintomas: problemas neurológicos. Paralisia das pernas, asas e olhos.
Pupilas irregulares, tumores no coração, ovário, testículos, músculos e
folículos das penas. Não há tratamento.
A saúde das aves é de extrema importância, portanto se faz necessário o
uso de medidas de biossegurança como um esquema completo de vacinação
contra as principais doenças infectocontagiosas com a finalidade de se manter
um plantel sempre saudável. (ver tabela abaixo).
Salmonelose (zoonose): pulorose e tifo.
1- Agente etiológico: S.pullorum, S. gallinarum
2- Transmissão: consumo de alimentos contaminados pelas bactéria.
3- Sintomas: diarreias, desidratação, convulsões.
4- Prevenção: substancias abióticas adicionadas ao alimento, desinfetantes
como o hipoclorito de sódio e a amônia quaternária, vacinação.
5- Tratamento: antibióticos.
TABELA DE VACINAÇÃO AVIÁRIA
DR. MARCO ANTONIO SOUZA SANTOS
CRMV-PA 0746
IDADE
DOENÇA
VIA DE
ADMINISTRAÇÃO
1 dia
marek + gumboro + bouba
sub-cutanea
7 dias
new castle + bronq. infecciosa
Ocular
30 dias
reforço bouba
Asa
60 dias
Ocular
65 dias
new castle + reforço bronquite
infecciosa
coriza infecciosa (aquosa)
intra-muscular
90 dias
cólera e tifo
intra-muscular
100 dias
encefalomielite aviária
água de beber
150 dias
coriza infecciosa (reforço)
intra-muscular
obs: as vacinas supracitadas devem ser renovadas a cada 12 meses
obedecendo sempre a um calendário pré-determinado. Com exceção de
Marek e gumboro que é aplicada somente uma vez. Nunca se deve vacinar
uma ave que não esteja em pleno estado de saúde física e clinica.
Antes de se iniciar um programa de vacinação, é necessário,
primeiramente, fazer um controle de endoparasitas (verminoses e protozoários),
bem como, de ectoparasitas hematófagos (piolhos, ácaros, carrapatos e fungos
dermatófitos), pois esses parasitas competem diretamente com os nutrientes
que são levados pela corrente sanguínea até as células podendo desenvolver
anemia deixando as aves inapetentes (debilitadas) e podendo, até mesmo, vir a
óbito.
Vermífugos a base de fembendazol possui uma ação bem eficaz em
vermes cilíndricos (nematelmintos) e achatados (platelmintos) que infectam as
aves nas fases de ovo, larva e adulto. Este procedimento pode ser realizado
utilizando-se 20g para cada 2kg de alimentos durante 3 dias consecutivos.
Necessário se faz a aplicação de antitóxico a base de cloreto de colina,
acetilmetionina e inusitol na dose de 15ml/l de água nas aves a ser tratadas
durante 3 dias antes de iniciar a vermifugação.
Para o controle de ectoparasitas, utilizam-se produtos a base de carbaryl
e cipermetrina na quantidade de 37,5g/gaiola. Necessário se faz deixar a ave
afastada das gaiolas durante 24h pra que não desenvolvam um quadro de
intoxicação. Este é um procedimento que deve ser acompanhado por um técnico,
uma vez que, o produto também é tóxico ao homem.
Higiene e limpeza das instalações. . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Diariamente, um criatório deve ser varrido ao final do dia para a retirada
das sujidades mais grossas como restos de alimento espalhados pelo chão e os
restos dos comedouros ou, ainda, qualquer outro tipo de sujidades que possam
ser trazidos para o interior do criatório. Todo esse resíduo deve ser
acondicionado em sacos apropriados e depositados na rua no dia exato em que
o carro da limpeza pública passa pra recolher.
As vasilhas destinadas a agua e alimentos devem ser lavadas com água
e sabão liquido (detergente) imediatamente após as aves se alimentarem e
acondicionadas pra secagem antes de guardar em lugar isento de roedores.
Em gaiolas que usam gavetas pra aparar as excretas das aves, a retirada
do papel absorvente deve ser realizada a cada três dias e tem o mesmo destino
dos outros resíduos ou podem ser acondicionados para produção de adubos
caso o criatório seja construído em terreno de grandes dimensões. À cada trinta
dias, essas gavetas serão lavadas e higienizadas com produtos de ação
bactericida, larvicida e viruscida a base de cresol ou a base de cloro na
proporção de 1/1000ml de água. Recomenda-se que o nível de amoníaco (uréia)
presente no criatório não ultrapasse 20ppm (partes por milhão).
Controle de roedores (ratos). . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Rato é uma designação comum dada a pequenos mamíferos
pertencentes à ordem dos roedores. As espécies mais conhecidas são o Mus
musculus, o Rattus rattus e o Rattus norvegicus. Os ratos são animais
sinantrópicos (são aquelas que colonizam habitações humanas e seus arredores
retirando vantagens em matéria de abrigo, acesso a alimentos e a água)
considerados pragas pela sociedade, pois são transmissores de zoonoses como
a leptospirose, peste bubônica, tifo murinos, salmoneloses e escabioses.
Os ratos têm hábitos noturnos e se alimentam de grãos, restos
alimentares, rações, frutas, etc. Um único rato estraga até três vezes o que
consome, portanto, torna-se necessário fazer um controle desses roedores
sempre que for identificada a sua presença no criatório.
Esse controle pode ser feito, de preferencia, por meio de empresas
especializadas ou pelo próprio criador com o uso de iscas adquiridas nos
mercados locais e colocadas em pontos estratégicos do criatório, tomando
precauções para que as aves não possam consumir o veneno e venham a óbito.
As baratas (Periplanetta americana) também são animais sinantrópicos,
cujo controle populacional, deve ser realizado nos criatórios.
Referencias bibliográficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
ALBUQUERQUE, N. I. de FREITAS, C. M. K. H. de SAWAKI, H. QUANZ,
D. Manual sobre criação de galinha caipira na agricultura familiar:
noções básicas. Belém; Embrapa-CPATU, 1998.
Anexos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Modelos de comedouros para pintos
Comedouro/bebedouro em plástico e alumínio tipo copo para
aves engaioladas.
Bebedouros para pintos
Gaiolas individuais padrão feitos em madeira de lei
aparelhada e envernizada.
Outro modelo de gaiolas em madeira de lei aparelhada no
interior de galpão com piso em lajota antiderrapante na cor
clara. Comedouros em alumínio.
Apartamentos em alvenaria padrão no interior de galpão com
piso revestido em azulejo de cor clara comedouros em
plástico rígido.
Poleiro tipo paralelo com altura máxima de 60cm.
(vista frontal)
Poleiro tipo inclinado com espaçamento de 40cm entre
degarus e inclinação de 60º
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