HOMEOPATIA E OBESIDADE: UMA PRÁTICA ALTERNATIVA NA SAÚDE* SYLVIA ESCHER DE OLIVEIRA NIELSON, JAQUELINE GLEICE APARECIDA DE FREITAS Resumo: Homeopatia é uma especialidade que atualmente está sendo inserida no Sistema Único de Saúde (SUS) como uma opção para os usuários do sistema. A especialidade vem sendo bastante utilizada como proposta coadjuvante na terapia de doenças agudas e crônicas, pois demonstra segurança, eficácia, efetividade e eficiência frente a medicina convencional. Como a homeopatia preocupa-se em tratar o indivíduo como um todo e não a doença, essa especialidade médica alternativa pode contribuir com o tratamento de pacientes obesos. estudos, Goiânia, v v. 40, n. 1,p. 199-207, jan./mar. 2013. Palavras-chave: Homeopatia. Obesidade. Prática alternativa. A Homeopatia é uma especialidade médica, farmacêutica e veterinária, reconhecida pelos Conselhos Federais de Medicina, Farmácia e Medicina Veterinária, e embora esteja em processo de reconhecimento no Conselho Federal de Odontologia também é exercida pelos dentistas. Não obstante desde os primórdios da medicina a obtenção da cura pelos princípios da semelhança ser conhecido através dos escritos de Hipócrates (460-377a.C) SIMILIA SIMILIBUS CURENTUR (os semelhantes se curam pelos semelhantes) - e o princípio dos contrários - CONTRARIA CONTRARIUS CURENTUR (os contrários se curam pelos contrários), a homeopatia criada e desenvolvida pelo médico alemão Christian Friedrich Samuel Hahnemann, é hoje uma das propostas de tratamento diferente da medicina convencional (BAROLLO, 2001). A validação da homeopatia tem sido um desafio constante, pois se fundamenta em princípios distintos da medicina convencional que busca tratar a doença e sua causa e não o indivíduo como um todo (MONTEIRO; IRIART, 2007). 199 200 estudos, Goiânia, v. 40, n. 1, p. 199-207, jan./mar. 2013. O tratamento homeopático valoriza aspectos físicos, mentais, emocionais e relacionais do paciente, de quaisquer patologias a serem tratadas, sendo observada a visão individual do todo (HAHNEMANN, 1995). A homeopatia fundamenta-se em três princípios: Princípio da Semelhança (ou Lei dos Semelhantes); Experimentação dos medicamentos em homens sãos; Medicamento único; Doses infinitesimais e dinamizadas (NASSIF, 1997). O princípio da similitude (reação homeostática) encontra fundamentação científica no “efeito rebote” ou “reação paradoxal” do organismo, observado após a suspensão ou a alteração das doses de diversas classes de drogas que atuam de forma contrária (antagônica, enantiopática, oposta ou paliativa) aos sintomas das doenças e confirmado em estudos da farmacologia experimental. Na homeopatia, para a obtenção de uma cura rápida, fácil e duradoura deve-se escolher um medicamento que seja capaz de produzir uma doença similar àquela que se quer curar (Similia Similibus Curentur) (TEIXEIRA,1998; TEIXEIRA, 1999). Segundo os relatos das experiências de Hahnemann à medida que se dilui as doses, o efeito curativo persiste e as agravações tendem a diminuir e a desaparecer, até decrescer às doses infinitamente pequenas da substância matriz (HAHNEMANN 1990), o que fundamenta o princípio das doses infinitesimais. Existem dois modos de praticar a Homeopatia: o Unicismo e o Pluralismo, sendo o Unicismo – tratamento com remédio único, individualizado, objetivando o similimum (o remédio mais semelhante ao caso). O Pluralismo , seria o tratamento com uma mistura de medicamentos, chamados “complexos homeopáticos”. A forma do tratamento é reflexo da visão que se tem sobre saúde, doença e cura. A administração de vários “princípios ativos” por parte da prática pluralista tem, por objetivo, sanar vários problemas pontuais, ou seja remédio para o doente, não para a doença (BARBOSA NETO, 2006). Na verdade, a diferença não se limita à prescrição, e este reconhecimento do ser humano como unidade biopsicossocioespiritual é hoje apontado como lacuna do atual ensino médico (SIQUEIRA et al, 2002). Apesar dos relatos de que os medicamentos homeopáticos apresentam efeitos significativos, a homeopatia começou a ser questionada por não existir um mecanismo plausível, ocorrendo seu progressivo isolamento. Atualmente, a despeito de todos os preconceitos, a homeopatia vem evoluindo substancialmente o que respalda a inserção dessa prática no Sistema Único de Saúde (SUS). São várias as designações utilizadas para denominar e caracterizar o modelo terapêutico homeopático para o tratamento das enfermidades, como medicina alternativa, complementar, não-convencional, coadjuvante e integrativa (TEIXEIRA, 2007). Sob a denominação de Terapias Alternativas/ Complementares entende-se as técnicas que visam a assistência de saúde ao indivíduo, seja na prevenção,seja no tratamento, considerando-o como um todo - corpo/mente/espírito - e não como um conjunto de órgãos ou partes isoladas, diferentemente da assistência alopática ou medicina ocidental, cujo objetivo é a cura da doença pela intervenção direta no órgão ou parte doente (HEMUS; SILVA; BENTO, 1998). Em 1998, dez anos após implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) constatou-se que havia médicos homeopatas atendendo nas unidades públicas de saúde estudos, Goiânia, v v. 40, n. 1,p. 199-207, jan./mar. 2013. em apenas vinte municípios brasileiros e as consultas homeopáticas na rede pública eram iniciativas pessoais de médicos homeopatas, que contavam com o apoio do gestor local, permitindo-lhes o exercício da homeopatia nas unidades básicas de saúde, nos serviços mais complexos e nas equipes do Programa Saúde da Família (PSF) (AMHB, 1998). Em 2000 durante a 11ª Conferência Nacional de Saúde recomendou-se “incorporar na atenção básica: Rede PSF e PACS práticas não-convencionais de terapêutica como Acupuntura e Homeopatia. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS - PNPIC-SUS / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. - Brasília :Ministério da Saúde, 2006 Nesse sentido, considerando o indivíduo na sua dimensão global - sem perder de vista a sua singularidade, quando da explicação de seus processos de adoecimento e de saúde -, a PNPIC corrobora para a integralidade da atenção à saúde, princípio este que requer também a interação das ações e serviços existentes no SUS. Essas abordagens contribuem para a ampliação da co-responsabilidade dos indivíduos pela saúde, diminuindo as hospitalizações, gastos com compras de medicamentos contribuindo assim para o aumento do exercício da cidadania. Além de revolucionária em seus conceitos de ação e efetividade, a homeopatia é uma terapêutica de baixíssimo custo e que, se aplicada por profissionais habilitados, traz muitos benefícios, curando pacientes e suas enfermidades. Atualmente, a Homeopatia é uma opção para os usuários do SUS, uma vez que já é oferecida pela rede ambulatorial de cerca de 108 municípios, e embora seja reconhecida como especialidade médica e farmacêutica, não era contemplada pelas políticas públicas, o que gera um entrave quanto ao acesso dos usuários ao medicamento homeopático. A aprovação e publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde, em maio de 2006 pelo Ministério da Saúde, passou a modificar essa situação, uma vez que propõe a assistência farmacêutica e homeopática vislumbrando a possibilidade de proporcionar o atendimento médico e o acesso do usuário ao medicamento nas farmácias públicas (SALLES E SCHRAIBER, 2009). O tratamento homeopático no SUS representa para os pacientes, um momento e um espaço em que o sujeito sente-se valorizado pelo profissional de saúde, exercitando a humanização no SUS através de uma consulta mais demorada e com mais atenção e respeito, de forma semelhante à que eles imaginam que recebam as pessoas que financiam uma consulta em um consultório particular, pois através desse atendimento o médico disponibiliza tempo prolongado e atenção ao usuário do SUS independente da classe social (MONTEIRO; IRIART, 2007). CONTEXTUALIZAÇÃO DA OBESIDADE As intensas transformações sociais, econômicas, políticas e culturais ocorridas no mundo, desde a metade do século passado, modificaram as características das populações, incluindo seu perfil epidemiológico e o aumento das taxas de morbimortalidade por problemas crônicos de saúde, em especial a obesidade, conferindo alterações na qualidade de vida e de saúde das pessoas (REINNERS et al., 2008). 201 202 estudos, Goiânia, v. 40, n. 1, p. 65-78, jan./mar. 2013. Segundo a OMS (1998), sobrepeso e obesidade são definidos como acúmulo anormal ou excessivo de tecido adiposo que pode levar os prejuízos para a saúde. A obesidade é uma doença metabólica de origem multifatorial, envolvendo fatores genéticos, endócrinos e ambientais, o aumento do peso corpóreo associa-se a muitas comorbidades, além de determinar ainda problemas psicológicos e sociais e diminuição da qualidade de vida. Para Ramos e Barros Filho (2003) a obesidade é uma condição clínica séria e prevalente, podendo se tornar o principal problema de saúde do século XXI e a primeira causa de doenças crônicas do mundo. Tendo em vista que a obesidade é entendida como uma doença, a mesma raramente age sozinha, agrava muitos outros riscos como a hipertensão, doenças pulmonares, artrite, gota, toxemia na gravidez, problemas psicológicos, baixa tolerância a calor, função e tamanho do coração dentre outros fatores podendo influenciar de forma negativa na condição de saúde do individuo (POWERS; HOWLEY, 2005). A obesidade está associada com grande freqüência a condições tais como dislipidemia (DL), diabetes (DM) e hipertensão arterial (HA), que favorecem a ocorrência de eventos cardiovasculares, principal causa de morte em nosso país (SOUZA et al., 2003). De acordo com o Consenso Latino Americano de Obesidade, cerca de 200 mil pessoas morrem por ano devido a doenças associadas ao excesso de peso. Nos Estados Unidos, estima-se que este número seja de 300 mil pessoas. Em países desenvolvidos, a obesidade é um importante problema de saúde pública, e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma epidemia global. A prevalência de obesidade também está crescendo intensamente, na infância e na adolescência, e tende a persistir na vida adulta: cerca de 50% de crianças obesas aos seis meses de idade, e 80% das crianças obesas aos cinco anos de idade, permanecerão obesas (TROIANO et al., 1995). Além disso, a aterosclerose e a hipertensão arterial são processos patológicos iniciados na infância, e nesta faixa etária são formados os hábitos alimentares e de atividade física (STORY et al., 2002). Por isso, a preocupação sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da obesidade tem-se voltado para a infância. Ades e Kerbauy (2002), afirmam que a “obesidade é uma condição complexa, de origem fisiológica, psicológica, social e situacional”. Para Ferreira e Magalhães (2005), a obesidade é um atributo físico, percebido, interpretado e influenciado pelo sistema social. Valores sócio-culturais relacionados à obesidade podem, por conseguinte, variar de uma sociedade para outra nos diferentes contextos históricos. Outro aspecto que é desencadeado pelo surgimento da obesidade nas pessoas com pouca idade é o fator psicossocial. As crianças obesas têm sua auto-estima bastante diminuída, sentem-se rejeitadas e tendem a isolar-se de modo que esses pequenos cidadãos presentam grande dificuldade de interação na escola. Este pensamento reflete as consequências psicossociais da obesidade que derivam de valores ligados à cultura atual que considera o corpo gordo como feio e pouco saudável (SUPLICY, 2002) Berlese,Terra, Haeffner (2007), verificam que adolescentes obesos apresentam dificuldade de se relacionar bem com colegas de escola devido, principalmente, ao preconceito e estigma sofrido na atualidade pela pessoa obesa. Paine (1998), alega que o obeso sofre muito preconceito social, isto porque ele é considerado culpado pela sua condição, ou seja, é visto como indisciplinado, irresponsável e preguiçoso. Também Schonfled-Warden e Warden (1997) afirmam a existência de um esteriótipo bastante negativo em nossa sociedade em relação à obesidade, fato que pode levar até mesmo ao baixo rendimento escolar. Já Fisberg (1995), relata que “enquanto a moda atual gera a postura de que saudável é ser magro, o modelo e manequim esquelético, milhares de pessoas sofrem com um peso radicalmente excessivo nas ruas”. A condição de pacientes obesos tem merecido atenção e estudos de diversas áreas de especialidades. Os problemas emocionais são geralmente percebidos como conseqüência da obesidade, embora conflitos e dificuldades psicológicas possam preceder o desenvolvimento dessa condição. A obesidade apresenta perturbações no comportamento alimentar, o que pode gerar problemas psicológicos e emocionais graves merecedores de intervenções psiquiátricas, psicológicas e/ou homeopática, e a manutenção na condição de obeso, reforça desequilíbrios psico-emocionais, gerando uma condição de difícil controle e tratamento. estudos, Goiânia, v v. 40, n. 1,p. 199-207, jan./mar. 2013. HOMEOPATIA E OBESIDADE Há dois séculos a homeopatia vem sendo bastante utilizada como proposta coadjuvante na terapia de doenças agudas e crônicas, por acrescentar segurança, eficácia, efetividade e eficiência à medicina convencional (TEIXEIRA, 2008). Como a homeopatia preocupa-se em tratar o indivíduo como um todo e não a doença, e considerando que o indivíduo obeso apresenta distúrbios relacionados com fatores psíquicos e emocionais a medicina alternativa através dessa prática poderia contribuir com o tratamento de pacientes obesos ou portadores de outros distúrbios crônicos. Por ser considerada uma alternativa eficiente e segura ao tratamento das doenças crônicas, aumentando a resolutividade clínica, diminuindo os custos e os efeitos iatrogênicos da terapêutica farmacológica convencional, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem incentivado o desenvolvimento de projetos homeopáticos que visem incrementar sua disponibilidade junto aos sistemas públicos de saúde mundiais, de forma coadjuvante aos tratamentos clássicos (TEIXEIRA, 2006). No Brasil o SUS através do Programa da Obesidade procura subsidiar os profissionais de saúde da atenção básica, incluindo a Estratégia de Saúde da Família, na atenção ao paciente obeso com ênfase no manejo alimentar e nutricional. Relatos de casos clínicos de pacientes portadores de depressão em tratamento homeopático, demonstraram a remissão de episódios depressivos, porém ainda há necessidade de mais pesquisas o que incentiva estudos controlados (ADLER et al., 2007). Tratamento homeopático dos distúrbios emocionais e comportamentais da infância e da adolescência exemplifica a aplicação clínica da homeopatia na modulação das características psíquicas em desequilíbrio, aspecto de grande importância na concepção homeopática do processo saúde-doença e nas crescentes perturbações psicossomáticas modernas que acompanham os mais diversos quadros clínicos (TEIXEIRA, 2008). Ensaios clínicos placebos-controlados isolados evidenciaram a eficácia do tratamento homeopático individualizado na enxaqueca, na fibromialgia, no transtorno do déficit de atenção e hiperatividade e na prevenção das infecções do trato respiratório superior (TEIXEIRA, 2008). Banerji e Campbell (2008) descreveram a eficácia da homeopatia 203 no tratamento do câncer. O medicamento utilizado no estudo foi o Kali Carbonicum na potencia 200C (glóbulo) três vezes por semana e Ferrum Phosphoricum 3X, 2 tabletes duas vezes por dia. Durante o tratamento não foi observado efeitos adversos e os pacientes não receberam tratamento convencional para terapia do câncer. Após dois meses de tratamento homeopático os pacientes tornaram se gradualmente assintomáticos. Em Janeiro de 1995, o raios-X revelou diminuição da massa tumoral no mediastino, e seis meses depois o seguimento revelou completa resolução do tumor. Embora o número de publicações envolvendo o acompanhamento de pessoas obesas com tratamento homeopático seja restrito, foi encontrado um relato onde Cunha e Freitas (2009), acompanharam três mulheres obesas por 24 a 30 meses com prescrição dietética, homeopática e em acompanhamento psicoterápico semanal/quinzenal. As tres mulheres perderam peso de forma significativa, mostrando a importância da atuação transdisciplinar no tratamento da obesidade. As pacientes relataram que a homeopatia pareceu potencializar e reforçar a mudança de estilo de vida de forma natural, podendo observar grande efeito sobre a adesao ao tratamento, quando comparado as mulheres que ingressaram no serviço em tratamento convencional para perda de peso, ou seja apenas com tratamento dietético. Apesar de ser um estudo de caso, os resultados sinalizam para uma possibilidade de se ter êxito com a homeopatia na obesidade. A homeopatia procura corrigir não só o metabolismo, mas também o sentimento de inadequação para levar a pessoa a um estado de harmonia, entendida como o perfeito funcionamento e integração entre o físico e o emocional. Para os homeopatas, a obesidade, assim como diabetes, hipertensão e outras doenças, são apenas manifestações de desequilíbrio frente à vida. Uma vez equilibrada, a pessoa passa a viver mais feliz em seu meio, tende a consumir somente os alimentos necessários para sua sobrevivência e acaba atingindo o peso adequado, se a sua bagagem hereditária permitir. 204 A obesidade se reflete no individuo através do seu contexto biopsicosocial tendo curso e característica especifica em cada caso. Na atual revisão bibliográfica, observa-se que para obter resultados mais duradouros nos tratamentos comportamentais para a perda de peso, é necessário levar em consideração que a doença é complexa e de origem fisiológica, psicológica, social e situacional e pode ser tratada através do fortalecimento da auto-estima do paciente e motivação para seguir propostas de tratamento, além de trabalhar o indivíduo como um todo proporcionando reequilíbrio psíquico e emocional. Neste âmbito a obesidade pode ser causa e conseqüência. Causa de diversas patologias associadas como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemias e outras, e conseqüência de uma desarmonia do contexto biopsicossocial, onde a homeopatia poderia atuar de forma importante propiciando a harmonização do indivíduo e minimizando, conseqüentemente seu surgimento. A Homeopatia utiliza medicamentos de forma a favorecer o doente em direção à harmonia, com melhoria global e conseqüente desaparecimento das suas doenças. Em função do entendimento equivocado e da falta de informação e desconhecimento dos acadêmicos de medicina e demais estudantes da saúde sobre a proposta da estudos, Goiânia, v. 40, n. 1, p. 199-207, jan./mar. 2013. CONCLUSÃO homeopatia, o preconceito e a limitação da aplicação da pratica clinica da homeopatia em doenças crônicas, limita sua aplicação. O tratamento homeopático pode ser uma prática para auxiliar no tratamento convencional dos pacientes obesos, visto que a obesidade é causa e conseqüência de distúrbios emocionais uma das áreas de comprovada eficácia da homeopatia, portanto, emagrecer não é o foco principal do tratamento homeopático, mas o retorno do paciente ao equilíbrio através da homeopatia, pode auxiliar no acompanhamento dos pacientes com obesidade e sobrepeso. HOMEOPATHY AND OBESITY: AN ALTERNATIVE PRACTICE IN EALTH Abstract: homeopathy is a specialty that is currently being inserted into the Health System (SUS) as an option for users of the system. The specialty has been widely used as adjuvant therapy proposal of acute and chronic diseases, it demonstrates safety, efficacy, effectiveness and efficiency compared to conventional medicine. As homeopathy is concerned with treating the individual as a whole and not the disease, that alternative medical specialty can contribute to the treatment of obese patients. Keywords: Homeopathy. Obesity. Alternatively practice. Referências ADES, L.; KERBAUY, R. R. Obesidade: realidade e indagações. Psicologia USP, 2002, 13(1), 197-216. ADLER et al.Tratamento homeopático da depressão: relato de série de casos, 2007. estudos, Goiânia, v v. 40, n. 1,p. 199-207, jan./mar. 2013. ASSOCIAÇÃO MÉDICA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA. Relatório da Comissão de Saúde Pública. In: Anais do XXIV Congresso Brasileiro de Homeopatia. Gramado: Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB); 1998. BANERJI P, CAMPBELL DR: Cancer patients treated with the Banerji protocols utilising homoeopathic medicine: A Best Case Series Program of the National Cancer Institute USA. Oncology Reports, 2008, 20: 69-74. BARBOSA NETO, R. M. Bases da homeopatia. Campinas: UNICAMP, 2006, 70p. BAROLLO, C. R. Homeopatia. Revista Farmácia Brasileira. Brasília: CFF, p. 12-13, set/out 2001. BERLESE D, TERRA C, HAEFFNR LS. 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Doutoranda em Ciências da Saúde pela UFG. E-mail: [email protected] 207