Lima Ácida - Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro

Propaganda
BOLETIM CITRÍCOLA
Maio no 6/1998
UNESP/FUNEP/EECB
LIMA ÁCIDA ‘TAHITI’
Eduardo Sanches Stuchi e Fábio Luiz Lima Cyrillo
Funep
Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/nº
14884-900 - Jaboticabal - SP
Tel: (16) 3209-1300
Fax: (16) 3209-1306
E-mail: [email protected]
Home Page: http://www.funep.com.br
Ficha catalográfica preparada pela Seção de Aquisição e
Tratamento de Informação do Serviço de Biblioteca e Documentação
da FCAV.
Stuchi, Eduardo Sanches
S929l
Lima ácida “Tahiti” / Eduardo Sanches Stuchi e
Fábio Luiz Lima Cyrillo. -- Jaboticabal : Funep, 1998
35p. : il. ; 21 cm
1. Lima ácida Tahiti. I. Título.
CDU: 634.33
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ................................................................... 1
2. VARIEDADES .................................................................... 2
3. PORTA-ENXERTOS ........................................................... 3
4. IMPLANTAÇÃO DO POMAR ............................................ 7
4.1. Preparo do terreno .................................................... 7
4.2. Sistema de plantio ..................................................... 8
4.3. Espaçamento .............................................................. 8
4.4. Preparo das covas ...................................................... 8
4.5. Plantio ........................................................................ 9
5. TRATOS CULTURAIS ...................................................... 10
6. ADUBAÇÃO .................................................................... 11
6.1. Adubação de Plantio ............................................... 13
6.2. Adubação de formação ........................................... 14
6.3. Adubação de produção ........................................... 15
6.4. Adubação foliar com micronutrientes ..................... 15
6.5. Adubação orgânica .................................................. 16
7. DOENÇAS ........................................................................ 17
7.1. Gomose de Phytophthora dos citros ...................... 17
7.1.2. Cuidados no replantio ................................... 19
7.1.3. Controle químico ........................................... 20
7.2. Podridão floral de Colletotrichum ou “estrelinha” 20
7.3. Outras doenças (CVC, Declínio, Cancro) ............... 21
LIMA ÁCIDA ‘TAHITI’
Eduardo Sanches Stuchi1
Fabio Luiz Lima Cyrillo11
1. INTRODUÇÃO
O ‘Tahiti’ conhecido como limão, pertence a um grupo
de citros chamado de limas ácidas. Seu nome científico é Citrus
latifolia Tan., não tendo, portanto, nenhum parentesco com
limão ‘Siciliano’ e outros limões verdadeiros. É conhecido como
limão ‘Persa’ no México, lima ‘Bears’ na Califórnia, lima ‘Tahiti’
na Flórida (05) e como lima ácida “de fruto grueso” na Espanha
(16). Difere do limão ‘Galego’ (Citrus aurantifolia) pelo seu
maior tamanho e pela ausência de sementes.
Estima-se a área plantada no Brasil com ‘Tahiti’ ao redor
de 30.000 ha (15), havendo estimativas que a área colhida
esteja próxima aos 46.000 ha (25). O Estado de São Paulo é
o principal produtor, sendo responsável por 70 a 73% da
safra brasileira (15; 25). Contaria em 1997 com 2,17 milhões
de pés novos e 6,45 milhões de pés em produção, que
produziriam, segundo estimativa do Instituto de Economia
Agrícola e da Cati, 18,17 milhões de caixas de 40,8 kg (19).
No ano agrícola 1996/97, a produção de limão e lima
ácidas atingiu 29,74 milhões de caixas de 25,0 kg, ou 19,8
milhões de caixas de 40,8 kg. O valor desta produção foi
estimado ao redor de 113 milhões de reais. Isto corresponde
a 1,27% do valor de toda a atividade agropecuária do Estado
de São Paulo (08), superando assim a cultura da banana
(1,18%) e a uva fina para mesa (0,38%), estando muito
próximo a atividade tangerina (1,29%), que engloba Poncã,
Murcote, Cravo e Mexerica.
1
Engenheiros Agrônomos - EECB, doutorando e mestrando FCAV-UNESP,
respectivamente.
1
2. VARIEDADES
Na verdade, não existem variedades de lima ácida
‘Tahiti’, mas sim clones. Os clones mais difundidos são o
IAC-5 ou ‘Peruano’ e o ‘Quebra-galho’. Na região Nordeste,
os clones mais difundidos são o CNPMF-1 e o CNPMF-2
(24). Um clone obtido por microenxertia e premunizado
contra tristeza na EMBRAPA-Mandioca e Fruticultura, em
Cruz das Almas - BA, está sendo testado na Estação
Experiemental de Citricultura de Bebedouro desde de 1989
(plantio). Nas cinco últimas safras (5º ao 9º ano), as plantas
deste clone, enxertado sobre tangerina Cleópatra, produziram
cerca de quatro caixas de colheita (27,2 kg) por planta. O
percentual de falhas no nono ano foi de 20%.
O ‘Peruano’ apresenta maior produtividade, melhor
tolerância ao vírus da tristeza, ausência de fissuras na casca
do tronco e ramos, e menor incidência de hipertrofia do
cálice das flores (14). O ‘Quebra-galho’ é o mesmo ‘Peruano’,
só que contaminado com o complexo de viróides da
exocorte, daí seu menor porte e a grande variação entre
árvores de um mesmo talhão.
É comum se encontrar quem diga que existe um
‘Quebra-galho’ verdadeiro, muito pouco vigoroso, e um
“misto”, com vigor intermediário. Estas diferenças ocorrem
em função do tipo de viróide que esteja contaminando o
material, o que antigamente se atribuía a raças. Também
podem ser atribuídas à segregação de viróides durante o
processo de propagação ou inoculação (32).
Existe uma controvérsia quanto as vantagens de um
ou outro clone. Alegam os que preferem o ‘Quebra-galho’
que este material apresenta maior produção na entressafra
(fora de época) (22), entretanto, estudos realizados pelo IAC
(13) mostraram que não há diferenças na produção de frutos,
em outubro, entre o ‘Quebra-galho’ e o ‘Peruano’.
Em função disto, e da maior longevidade das plantas,
deve-se usar o ‘Peruano’, em grande escala, e, em pequena
2
escala, o clone microenxertado do CNPMF. Para se contornar
o problema do tamanho das plantas, deve-se lançar mão de
porta-enxertos.
3. PORTA-ENXERTOS
O limão ‘Cravo’ é o porta-enxerto utilizado na quase
totalidade dos pomares do Estado de São Paulo, muito mais
pela tradição do uso deste cavalo e pela falta de estudos de
porta-enxertos alternativos para material sadio de ‘Tahiti’ do
que por razões técnicas (12).
Apesar de induzir boas produções logo nos primeiros
anos e mantê-las durante a vida útil da planta, a combinação
de ‘Tahiti’ sobre limão ‘Cravo’ tem vida útil curta por ser
muito atacada pela gomose de Phytophthora (12), o que foi
comprovado num experimento de porta-enxertos conduzido
na EECB, onde aos nove anos do plantio, 100% das plantas
sobre limão ‘Cravo’ estavam mortas, principalmente devido
à gomose. Outros cavalos indutores de boa produtividade
apresentaram no máximo 40% de plantas mortas. Entre estes
porta-enxertos pode-se destacar, em ordem decrescente, o
citrange ‘Morton’, o tangelo ‘Orlando’, o citrumelo ‘Swingle’
ou 4475, o Trifoliata, e o limão ‘Volcameriano’. (Tabela 1)
(FIGUEIREDO et al., dados não publicados).
Neste estudo, as tangerinas confirmaram seu mau
desempenho como porta-enxertos para ‘Tahiti’, conforme já
relatado (12). A tangerina ‘Cleópatra’, que é um porta-enxerto
recomendado para ‘Tahiti’ (29), induziu uma produtividade
muito inferior à dos melhores cavalos (mais de meia caixa),
entretanto, quando a copa é o clone microenxertado do
CNPMF, a sua produtividade é boa e o tamanho das plantas,
aos 9 anos de idade, é maior (altura média de 4,5 m e
diâmetro da copa de 6,1 m) com apenas 20% de plantas
mortas. Possivelmente, estas diferenças existam devido aos
clones, que são de origens distintas.
3
4
* medida de plantas remanescentes em 1997
** calculado conforme descrição no item implantação do pomar
*** calculado a partir do espaçamento provável.
Tabela 1. Produção média de frutos (92 a 97), tamanho médio das plantas e percentagem de plantas mortas
(aos nove anos-1998) de limão Tahiti IAC-5 sobre onze diferentes porta-enxertos em Bebedouro.
A tolerância à seca de uma série de combinações de
‘Tahiti’ IAC-5 com diferentes porta-enxertos foi relatada (12),
conforme pode ser visto na Tabela 2.
Tabela 2. Resistência à seca de 11 porta-enxertos, por ordem de
classificação do mais para o menos resistente, quando
enxertados com limão ‘Tahiti’. Avaliações realizadas
em período de seca nos anos de 1994 e 1995, em
Bebedouro.
_________________________________________________________________________________________________________________________
Porta-enxertos
1994
1995
Média
_________________________________________________________________________________________________________________________
limão Volcameriano
limoeiro ‘Cravo’
tangerina Sunki
tangerina Cleópatra
citrumelo Swingle
laranja Caipira DAC
Trifoliata EEL
citrange Morton
tangerina Batangas
tangerina Oneco
tangelo Orlando
1
2
3
6
4
8
7
5
9
10
11
1
2
3
4
6
5
9
10
7
8
11
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
_________________________________________________________________________________________________________________________
O citrumelo ‘Swingle’, além da boa produtividade e
nula mortalidade de plantas, possui boa tolerância à seca, e
induziu menor altura das planta e menor diâmetro da copa,
o que facilita a colheita e permitiria a instalação de pomares
ligeiramente mais adensados que os porta-enxertos citrange
‘Morton’ e tangelo ‘Orlando’ e com a mesma densidade do
limão ‘Cravo’. O Trifoliata, entre os porta-enxertos que se
destacaram, é o que permitiria maior aumento da densidade
de plantio, além de ser o que induziu menor altura de
plantas.
5
Para se obter maior redução do porte das plantas de
‘Tahiti’, uma das alternativas é o uso de porta-enxertos
ananicantes, como o Poncirus trifoliata cv. Flying
Dragon.(FD). Está em uso comercial como porta-enxerto para
limões na Argentina (34). Na Martinica, este tipo de citros
está sendo testado como cavalo para ‘Tahiti’. A primeira safra
pode ser colhida aos dois anos do plantio, enquanto o padrão
(Macrophylla) só produziu no terceiro ano, quando a
produtividade foi de 12 t/ha para a combinação ‘Tahiti’/ FD,
plantada com densidade de 1000 plantas/ha, contra 4,4 da
combinação ‘Tahiti’ /Macrophylla, plantada na densidade
usual (20).
O FD está sendo testado como porta-enxerto para Tahiti
num experimento da EECB, onde o plantio foi feito em
novembro de 1994, com quatro espaçamentos: 4 x 1, 4 x 1,5,
4 x 2 e 4 x 2,5. As principais constatações são: produção de
alguns frutos no segundo ano de plantio e boa qualidade
externa dos frutos. Na Tabela 3, podem ser vistos os valores
da produção acumulada de frutos por planta e por hectare
no ano de 1998 (até agosto), e o tamanho médio das plantas
em abril de 1998. A produtividade em toneladas por hectare
alcançada é muito boa, mas deve-se ter em mente que são
informações preliminares, pouco se sabe sobre a longevidade
das plantas e que o FD apresenta extrema sensibilidade à
seca, o que torna obrigatório o uso de irrigação para pomares
comerciais.
Em outros países, foram estudados muitos portaenxertos para o ‘Tahiti’. Entre os que apresentaram melhores
produções de frutos de boa qualidade, na maioria dos
experimentos, foram: Citrus macrophylla, laranja ‘Azeda’ e
limão ‘Volcameriano’. Um segundo grupo alternou bons e
maus resultados, dependendo das condições. Entre eles
estiveram: citrange, citrumelo, pomelo, kalpi (Citrus excelsa),
limão ‘Cravo’, limão ‘Rugoso’, shekwasha (Citrus depressa)
e “sweet lime” (04).
6
Tabela 3. Produção de frutos na primeira safra (44 meses de
idade) e tamanho médio das plantas de ‘Tahiti’ sobre
Trifoliata Flying Dragon em abril de 1998. EECB, agosto
1998.
4. IMPLANTAÇÃO DO POMAR
O plantio de mudas de boa qualidade, tanto genética
como sanitária, garante o sucesso de um pomar no que se
refere à sua produtividade, menor incidência de doenças,
longevidade e manutenção de “stand” economicamente
viável, complementado por técnicos, comentados a seguir.
4.1. Preparo do terreno
Um bom plantio começa com um bom preparo de
solo, incluindo a correção da acidez através da calagem.
A calagem profunda propiciará melhor desenvolvimento
das plantas que terão um maior volume de solo em
condições de ser explorado. Como conseqüência , o pomar
resistirá mais aos períodos de estiagem e será mais
produtivo. A dose de calcário deverá ser calculada para
elevar a saturação de bases a 70%, de acordo com a análise
do solo (33).
7
4.2. Sistema de plantio
Existem dois sistemas de plantio recomendados: o
plantio em linhas retas e o plantio em nível, que devem ser
adotados em função das características de cada área
(declividade e uniformidade).
4.3. Espaçamento
A escolha do espaçamento é influenciada pelo tipo de
solo (fertilidade e textura), pelo porta-enxerto, pelo clima e
pelos tratos que se pretende dar ao pomar.
Existe uma maneira prática para se definir o
espaçamento: medir o diâmetro de plantas adultas presentes
na mesma região, isto é, medir a largura da projeção da
copa, e calcular a média. A esta “largura” média devem ser
somados 2,5 m; o resultado será o espaçamento entre as
linhas de plantio. O espaçamento entre as plantas na linha
será igual ao diâmetro.
Por exemplo, na Tabela 3, o diâmetro médio das plantas
de ‘Tahiti’ enxertado sobre citrumelo ´Swingle´ é de 6,2 m,
então, para se definir o espaçamento soma-se 2,5 a 6,2 e o
resultado é o espaçamento entre as linhas, 8,7 m; como o
espaçamento entre as plantas na linha deve ser igual ao
diâmetro, o espaçamento será de 8,7 x 6,2 m. Com isto, se
consegue plantar uma maior quantidade de plantas por
hectare e minimiza-se o risco de ocorrer fechamento do
pomar na fase adulta, dificultando o trânsito de máquinas e
a colheita.
4.4. Preparo das covas
O preparo das covas deve ser feito bem antes do
plantio. Por preparo da cova se entende as operações de
8
abertura e adubação. Uma boa cova deve ter as dimensões
de 40 cm de “boca” por 40 cm de profundidade. O sulco de
plantio também deve ter 40 cm de profundidade. As aplicações
de calcário e adubos, quando recomendadas, são as etapas
seguintes do preparo da cova. Os adubos e corretivos devem
ser bem misturados com a terra da cova. As covas devem ser
tampadas e marcadas com estacas para localização.
4.5. Plantio
É uma operação muito importante, que precisa ser feita
com o máximo de cuidado. Dele depende o bom pegamento e
desenvolvimento das mudas. Pode ser feito em qualquer época
do ano, desde que existam mudas e condições de regar, no
tempo certo, todas as mudas. A melhor época para fazê-lo é a
do início das chuvas, pois se consegue reduzir o número de
regas.
Não é recomendável que as mudas fiquem armazenadas
por muito tempo. Devem ficar depositadas em lugar de fácil
irrigação que não acumule água e deve-se evitar a rega em
excesso.
Deve ser levada para o campo a quantidade necessária
para um dia de trabalho. O transporte e manuseio deve ser
cuidadoso para evitar a quebra do torrão ou danos às
radicelas.
As covas devem ser reabertas de acordo com o tamanho
do torrão, sendo a profundidade ajustada pelo tamanho do
torrão. O torrão deve ficar ligeiramente exposto, isto é, a sua
superfície deve ficar aproximadamente 5 cm acima do nível
natural do terreno. É o que se convencionou chamar de plantio
alto.
Retira-se a embalagem, acerta-se a muda na
profundidade recomendada, firma-se ao solo chegando terra
ao torrão e apertando suavemente. Em seguida, pisoteia-se
9
sucessiva e cuidadosamente em volta do torrão. O torrão
não deve ser pisoteado.
O passo seguinte é puxar terra com enxada até se
conseguir uma crista redonda (coroa ou bacia), distante 30 a
50 cm do tronco da muda. Uma primeira rega deve ser feita
logo após a construção da bacia, usando-se entre 10 a 50 L
por muda. A finalidade desta rega é eliminar eventuais bolsões
de ar que dificultam o desenvolvimento das raízes, facilitar a
“liga” entre a terra do torrão e a da cova, além do fornecimento
de água.
5. TRATOS CULTURAIS
O primeiro trato cultural a ser dispensado a um pomar
em formação é a rega periódica das mudas até o início do
período chuvoso e, em algumas condições, mesmo durante
este. As mudas que eventualmente não peguem devem ser
replantadas rapidamente (07).
A retirada de brotos (esladroamento ou desbrota) do
cavalo e os da copa, que surjam abaixo das pernadas, deve
ser feita tão logo estes brotos surjam, assim são fáceis de
retirar, não causando ferimentos. Os ferimentos que
porventura ocorrerem devem ser tratados com produtos a
base de cobre ou tinta plástica.
Também, para que o pomar tenha um bom
desenvolvimento, é necessário que as plantas não sofram
com a competição das ervas daninhas. O controle do mato
nas linhas pode ser feito com herbicidas pré-emergentes,
geralmente diuron ou oxifluorfen, ou com enxada no
primeiro ano. A partir do segundo ano também podem
ser usados herbicidas de contato e translocação
(geralmente, glifosato ou paraquat + diuron). A entrelinha
deve ser roçada quando o mato atingir uma altura de 50
10
cm. O uso de leguminosas como cobertura verde também
é uma boa opção.
O uso constante de grade apresenta uma série de
desvantagens: corte de raízes e radicelas, e distribuição do
fungo da gomose por todo o pomar, o que causa aumento
da incidência de gomose; aumento da erosão do solo;
diminuição da matéria orgânica, entre outras (07). O uso de
grade deve ficar restrito a uma ou duas vezes por ano, sempre
no período de seca, para incorporação de calcário ou quando
ocorrerem infestações de ervas de difícil controle como os
capins brachiaria e colonião.
A poda lateral ou de topo de árvores de ‘Tahiti’, não é
empregada nas condições do Estado de São Paulo. Na Flórida,
quando recebem esta poda, as árvores de ‘Tahiti’, retornam
rapidamente à produção (03), talvez por isto e pela
necessidade de reduzir o porte das plantas, a poda não muito
severa seja uma prática comum atualmente. As árvores
podadas geralmente emitem novos brotos que não são
produtivos, entretanto, os ramos não podados mantém a
produção (31).
6. ADUBAÇÃO
Dos dezessete elementos considerados essenciais na
cultura do limão, apenas oito devem ser motivos de
preocupação do produtor: nitrogênio, fósforo e potássio, que
são fornecidos por adubações químicas via solo, em doses
parceladas na época das chuvas; cálcio e magnésio, que são
fornecido a planta através das calagens realizadas no pomar;
e, finalmente, os micronutrientes boro, zinco e manganês,
fornecidos através de adubações foliares realizadas no decorrer
do ano.
O programa de adubação de um pomar de ‘Tahiti’
deve estar alicerçado por análise de solo e foliar feitas
11
periodicamente. A interpretação dos resultados analíticos deve
ser efetuada utilizando-se as Tabelas 4, 5 e 6, que refletem
as classes de teores de macro e micronutrientes, em análises
de solo e folha para citros.
Tabela 4. Padrões de fertilidade para interpretação de resultados
de análise de solo para citros1.
Fonte: Grupo Paulista de Adubação e Calagem para Citros (1994).
Manter , no mínimo, 10% de CTC com Mg++ e 40% com Ca++
1
Tabela 5. Interpretação preliminar de resultados de análise
química de solo para enxofre e micronutrientes.
Fonte: Grupo Paulista de Adubação e Calagem para Citros (1994).
12
Tabela 6. Faixas para Interpretação de teores de macro e de
micronutrientes nas folhas de citros, geradas na
primavera, com 6 meses de idade de ramos com frutos.
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Nutrientes
Baixo
Adequado
g/ kg
Excessivo
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Nitrogênio
Fósforo
Potássio
Cálcio
Magnésio
Enxofre
< 23
< 1,2
< 10
< 35
< 2,5
< 2,0
Boro
Cobre
Ferro
Manganês
Zinco
Molibdênio
< 36
< 4,1
< 50
< 35
< 35
< 0,10
23 – 27
1,2 – 1,6
10 – 15
35 – 45
2,5 – 40
2,0 – 3,0
mg/ kg
36 – 100
4,1 – 10,0
50 – 120
35 – 50
35 – 50
0,10 – 1,00
> 30
> 2,0
> 20
> 50
> 5,0
> 5,0
> 150
> 15,0
> 200
> 100
> 100
> 2,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Fonte: Grupo Paulista de Adubação e Calagem para Citros (1994).
6.1. Adubação de Plantio
A adubação de plantio é feita em sulcos profundos.
A recomendação oficial do GPACC (1994) sugere doses
fixas de calcário dolomítico, boro e zinco, conforme
recomendado na Tabela 7, enquanto que as doses de P2O5
são baseadas na análise química do fósforo no solo. O
zinco e o boro podem ser fornecidos na forma de óxidos
silicatados (“fritas”) ou na forma de sais (sulfato de zinco
ou borax).
13
Tabela 7. Recomendação de calcário e adubo para o sulco de
plantio.
_______________________________________________________________________________________________________________________________
RECOMENDAÇÃO
g/m sulco
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Calcário Dolomítico
Zinco
Boro
P resina (mg/ dm3)
0–5
6 – 12
13 – 30
> 30
250
2
1
P2O5 (1)
80
60
40
20
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Fonte: Grupo Paulista de Adubação e Calagem para Citros (1994).
(1)
Utilizar, de preferência, o superfosfato simples.
6.2. Adubação de formação
A adubação do pomar deve ser feita de acordo com a
idade da planta e em função da análise de solo, iniciando-se
logo após o pegamento das mudas e estendendo-se até o quinto
ano de idade. Neste período, cujas exigências são
proporcionalmente maiores que no período produtivo, as doses
dos nutrientes foram estabelecidas para suprir as necessidades
de crescimento e formação das plantas (Tabela 8).
Tabela 8. Recomendação de adubação para citros em formação
por idade e em função da análise de solo.
Fonte: Grupo Paulista de Adubação e Calagem para Citros (1994).
14
6.3. Adubação de produção
As recomendações de adubação de produção para citros
são baseadas na expectativa de produção (t/ ha), no máximo
lucro, nos teores foliares de N e K, nos teores de P e K da
análise de solos (07), como mostrado na Tabela 9.
Tabela 9. Recomendação de adubação para lima ácida ´Tahiti´
em produção, em função da análise de solo e das folhas.
Fonte: Grupo Paulista de Adubação e Calagem para Citros (1994)
(1)
Quando o teor de N nas folhas for superior a 30 g/kg, reduzir sua
dose em 1/3 da recomendada.
(2)
Quando o teor de K nas folhas for superior a 19 g/kg, reduzir
a adubação potássica suprimindo o K do último parcelamento.
6.4. Adubação foliar com micronutrientes
As fontes mais tradicionais para a aplicação foliar com
micronutrientes são na forma de sais, conforme recomendado
na Tabela 10.
Observa-se que no caso do uso de sais devem ser
adicionados a uréia e o cloreto de potássio, que auxiliam
numa absorção mais rápida e eficaz dos micronutrientes.
A época mais adequada para adubação foliar é o
período de vegetação das plantas. Nos pomares em formação
recomenda-se 3 a 4 aplicações. Naqueles em produção, três
15
aplicações normalmente no período de setembro – março,
sendo a primeira na época do florescimento, logo após a
queda das pétalas, aproveitando o tratamento fitossanitário;
a segunda durante o fluxo de vegetação, e a terceira cerca
de 45 a 60 dias após, lembrando-se que deve ser incluído o
boro apenas na primeira pulverização foliar, quando do uso
do mesmo no solo. Podem ser utilizados como fontes de
micronutrientes, produtos quelatizados, principalmente para
zinco e manganês, os quais, desde que oriundos de um bom
quelato, tem vantagens na economia da dose, bem como
diminuem riscos de incompatibilidade no interior do tanque
de pulverização (33).
Tabela 10. Composição da solução de micronutrientes para
aplicação via foliar em citros.
_______________________________________________________________________________________________________________________________
FONTES
Concentração
Quantidade por
100 litros de água
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Sulfato de Zinco
Sulfato de Manganês
Ácido Bórico
Uréia
Cloreto de Potássio
%
Gramas
0,30
0,20
0,10
0,50
0,25
300
200
100
500
250
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Fonte: Grupo Paulista de Adubação e Calagem para Citros (1994).
6.5. Adubação orgânica
A adubação orgânica traz inúmeros benefícios em
propriedades químicas, físicas e biológicas do solo. Além de
fornecer nutrientes, principalmente nitrogênio, proporciona
a quelatização de micronutrientes evitando que os mesmos
sejam precipitados e consequentemente tornando-se
16
insolúveis. Esta prática também melhora as propriedades físicas
do solo, melhorando retenção de umidade e a aeração.
Tabela 10. Composição da solução de micronutrientes para
aplicação via foliar em citros.
___________________________________________________________________________________
Fase de desenvolvimento da
cultura
Esterco
de cural
Esterco
de galinha
Torta
de mamona
___________________________________________________________________________________
Kg/planta
COVA
FORMULAÇÃO
PRODUÇÃO
10-15
10-15
25-30
2-5
4-6
10-12
1-1,5
2-3
5-6
___________________________________________________________________________________
Fonte: Vitti e Cabrita (1998).
7. DOENÇAS
7.1. Gomose de Phytophthora dos citros
A gomose é uma doença presente em todas as regiões
produtoras de citros do mundo. Várias espécies de fungos
do gênero podem causá-la. No Brasil, Phytophthora
parasitica e Phytophthora citrophthora são as espécies mais
encontradas nas regiões produtoras. No Estado de São Paulo,
Phytophthora parasitica é a principal espécie responsável
pela doença em viveiros e pomares comerciais. Sua
ocorrência é muito elevada em plantios novos devido,
principalmente, à utilização de mudas contaminadas na
implantação de pomares (11). Portanto, a primeira e
fundamental medida de controle deve ser o uso de mudas
sadias (67).
17
7.1.1. Manejo ou controle integrado da gomose
O manejo ou controle da gomose deve ser feito de maneira
integrada, o que quer dizer que devem ser adotadas uma série
de medidas de controle que, empregadas ao mesmo tempo ou
em seqüência, conseguem manter a doença num nível tolerável.
Estas medidas, ligeiramente modificadas (11), são:
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
18
evitar solos rasos, pesados e com problemas sérios de
drenagem;
no caso de renovação de pomares velhos e/ou muito
afetados por gomose, proceder uma boa limpeza da
área, com enleiramento e queima dos resto do pomar
anterior, e plantar culturas anuais por pelo menos dois
anos;
adotar as práticas de conservação do solo;
preparar bem o solo, com a incorporação a pelo menos
20 cm dos corretivos (calcário) e adubos (químicos e
orgânicos);
fazer adubação orgânica com estercos bem curtidos; nos
pomares adultos não incorporar a matéria orgânica com
equipamentos pesados, e sim distribuí-la pela superfície;
uso de porta-enxertos resistentes ou tolerantes, como o
citrumelo ´Swingle´ e o Trifoliata;
uso de mudas de boa qualidade e sadias, com altura de
enxertia entre 20 e 30 cm;
plantar alto, isto é, o cavalo não deve ficar enterrado,
uma vez que o ‘Tahiti’ é mais sensível à gomose devendo,
portanto, ficar o mais longe possível do solo;
evitar ferimentos causados por pragas (larvas de
Naupactus e de Pantomorus , cupins e cochonilhas de
raiz e do tronco), implementos agrícolas (grades e
enxadas, principalmente) e agroquímicos (fertilizantes
nitrogenados, principalmente) que serviriam como “porta
de entrada”;
10) fazer, durante os meses frios e secos do ano, os seguintes
tratamentos: a) descalçamento de plantas muito
enterradas ou com acúmulo de terra e detritos junto ao
tronco; b) poda de ramos doentes (30 cm abaixo das
lesões), secos, improdutivos ou mal posicionados; c)
pincelamento dos cortes com tinta plástica (esmalte
sintético ou tinta a óleo) ou com calda preparada com
produto à base de cobre; d) pulverização do tronco e
das raízes principais descalçadas, e da superfície do solo
com produtos cúpricos em concentração elevada.
11) aplicação de fungicidas sistêmicos.
7.1.2. Cuidados no replantio
É comum, em pomares recém-formados e nos pomares
novos, o aparecimento de plantas com sintomas da doença.
Normalmente, nestas situações os danos causados são muito
grandes (mais da metade do tronco afetado e poucas
radicelas) e mesmo tratadas com fungicidas sistêmicos, as
plantas jovens nunca atingirão todo seu potencial. Estas plantas
devem ser substituídas. Nos pomares adultos só devem ser
tratadas as plantas nas quais os sintomas só se manifestaram
numa parte da copa e as plantas muito afetadas devem ser
arrancadas e queimadas.
Como o fungo consegue sobreviver no solo por longos
períodos, o solo deverá ser tratado antes do replantio. O
tratamento mais barato consiste na retirada e distribuição do
solo da cova na superfície, ao redor da cova, para que fique
exposto ao sol por pelo menos 3 meses. Após isto, as novas
covas devem ser preparadas com a utilização de esterco bem
curtido. O uso de esterco bem curtido favorecerá a vida de
outros microrganismos que dificultam o desenvolvimento da
gomose. O replantio deve ser feito 2 meses após o preparo
das covas, sempre utilizando mudas livres de doenças,
enxertadas sobre cavalos tolerantes.
19
As mudas recém-plantadas devem ser protegidas com
fungicidas sistêmicos aplicados a cada 60 dias, até o seu
pegamento completo.
7.1.3. Controle químico
As lesões em troncos e ramos podem ser controladas
eficazmente com pulverizações foliares e pincelamentos de
tronco com fosetyl-Al, sendo dispensável a eliminação de
tecidos lesionados (tratamento cirúrgico). No controle de
podridões de raízes e radicelas, tanto o metalaxyl como o
fosetyl-Al são eficientes. O metalaxyl é recomendado para
aplicação via solo, enquanto o fosetyl-Al para aplicação foliar.
Estes dois produtos, em pomares adultos, só devem ser usados
no período chuvoso, quando as condições são mais favoráveis
ao fungo. Mas, em pomares irrigados, as aplicações devem
ser aumentadas, acompanhando os surtos de vegetação das
plantas (11).
7.2. Podridão floral de Colletotrichum ou
“estrelinha”
O ´Tahiti´ é uma das variedades cítricas mais sujeitas à
queda prematura dos frutos jovens, causada pelo fungo
Colletotrichum gloeosporioides. Alta umidade e temperaturas
amenas na época da florada são as condições ideais para o
estabelecimento da doença, notando-se no início um
necrosamento dos botões florais e, posteriormente, as pétalas
apresentam manchas róseas sobre sua superfície. Após a
queda ou secamento das pétalas verifica-se o amarelecimento
dos frutinhos com posterior queda. O cálice da flor fica retido
por, aproximadamente, um ano na planta, dando o aspecto
de “estrelinhas”, o que originou o nome popular da doença.
O tratamento é bastante oneroso, sendo recomendada a
aplicação de benomyl (100 g/ 100 L) em três aplicações com
intervalos de 15 em 15 dias.
20
7.3. Outras doenças (CVC, Declínio,
Cancro)
A bactéria causadora da CVC, Xylella fastidiosa, não
foi detectada em plantas de ‘Tahiti’ cultivadas no campo em
área muito afetada pela doença (LARANJEIRA et al., 1998).
O ‘Tahiti’ quando enxertado em limão Cravo, é
suscetível ao declínio, o que também ocorre quando o cavalo
é o Trifoliata e o Volcameriano.
O limão ‘Tahiti’ e considerado altamente resistente ao
Cancro Cítrico.
8. PRAGAS
8.1. Ortézia (Orthezia praelonga)
A Ortézia é a principal cochonilha que ataca a cultura
do ‘Tahiti’. Sua importância tem crescido consideravelmente
nos últimos anos, pois seu controle é difícil, tem que ser
realizado sistematicamente, resultando em aumento
considerável nos custos de produção.
A Ortézia é um coccideo provido de placa ou lâmina
cerea; tanto as fêmeas adultas como as ninfas podem moverse sobre a planta. Segundo (15), esta cochonilha, além de
um excelente sugador, ao alimentar-se injeta toxinas que
contribuem para o enfraquecimento da planta. Além disto,
durante este processo, a exsudação eliminada pelo inseto
desenvolve a fumagina, que impede a realização plena da
fotossíntese pelas plantas.
A época de maior incidência desta praga é no período
mais seco do ano, pois sua disseminação ocorre,
principalmente, pelo vento. O controle deve ser efetuado
com a aplicação alternada de inseticidas sistêmicos,
granulados aplicados no solo e pulverizados via foliar. O
21
recomendado seria a intercalação do aldicarb (130 g/ planta),
aplicado ao redor da copa, a uma profundidade de 5 a 7
centímetros, em sulcos ou em pontos de ambos os lados da
planta, e do acephate, na dosagem de 50 gramas/ 100 litros
de água, repetindo-se a pulverização depois de 15 dias.
8.2. Escama farinha (Pinnaspsis aspidistrae)
São cochonilhas cujas carapaças (escamas) aparentam
pequenos pontos, assemelhando-se à farinha de trigo.
Desenvolvem-se ,principalmente, no tronco e nos ramos das
plantas. A sucção intensa da seiva causada pelo inseto, além
do enfraquecimento da planta, causa rachadura na casca e
ramos do tronco, facilitando a entrada de fungos, como
Phytophthora, causador da gomose.
Seu controle deve ser feito com pulverização com jato
dirigido sobre a cochonilha com produtos como methidethion
(125 mL/ 100 litros), ethion (150 L/ 100 litros) ou dimethoate
(190 mL/ 100 litros), adicionados a 0,5% de óleo vegetal ou
mineral, apresentam um controle bastante eficiente sobre a
praga.
8.3. Ácaro branco (Polyphagotarsonemus
latus)
É o principal ácaro que ataca a cultura do ‘Tahiti’, sendo
que seu potencial de dano aumentou muito na última década.
Seu ataque na planta cítrica se concentra, principalmente,
em folhas novas, ponteiros de brotações e frutos novos, cujos
sintomas nos frutos é a perda de cor e posterior manifestação
opaca como um prateamento na superfície do fruto,
depreciando-o para o mercado interno.
A infestação com 8 a 32 ácaros por fruto começam a
mostrar os danos 4 a 6 dias depois da presença do ácaro e
apresentam danos severos (30 – 65%) na epiderme dos frutos
22
12 dias após o início da infestação. Além de depreciação
econômica para o consumo “in natura”, as injúrias nos frutos
reduzem o peso dos mesmos (15).
Seu controle deve ser efetuado com utilização de
produtos a base de enxofre pó molhável (350 g/ 100 litros),
abamectin (30 mL/ 100 L), adicionados a 0,5% de óleo
vegetal ou pyridaphenthion (100 – 175 mL/ 100 L).
8.4.
Ácaro
da
falsa
ferrugem
(Phyllocoptruta oleivora)
O ácaro da falsa ferrugem infesta folhas, ramos e frutos.
Nestes últimos, o seu ataque causa danos às células
epidérmicas, que adquirem coloração prateada e aspecto
áspero, causando depreciação do produto para
comercialização “in natura”. Além do dano no aspecto, os
frutos atacados pelos ácaros apresentam, em geral, tamanho,
peso e percentagem de suco reduzidos. Seu controle é
efetuado, principalmente, com produtos a base de enxofre
pó molhável (350 g/ 100 L) e bromopropylate (40 mL/ 100
L) ou pyridaphenthion (100 – 175 mL/ 100 L).
8.5. Larva minadora dos citros (Phyllocnistis
citrella)
O adulto é uma mariposa (2 mm) de coloração brancoprateada, com manchas e pontuações marrom no par de asas
anteriores; as larvas são pequenas ( 2mm), de cor verde- amarela
brilhante. A incidência desta praga geralmente ocorre em mudas
novas, devido a sua intensa vegetação, que devido ao seu
hábito alimentar, nota-se uma destruição do limbo foliar em
forma de “mina”, diminuição da capacidade fotossintética da
planta, brotações em mudas e até queda de folhas novas, quando
estão presentes de 4 a 8 larvas por folha.
23
Seu controle deve ser efetuado na constatação de 30 a
40% dos brotos na presença de uma ou mais larvas vivas
(nível de ação) com abamectin (30 mL/ 100 L), adicionados
a 0,5% de óleo vegetal ou lufenuron (75 mL/ 100 L).
9. COLHEITA
Os frutos de ‘Tahiti’ atingem seu ponto de colheita ideal
quando apresentam, pelo menos, 47 mm de diâmetro e casca
rugosa, de cor verde escura. Alguns cuidados devem ser
tomados durante a realização da colheita: a) não colher frutos
molhados ou orvalhados, b) não expor os frutos colhidos ao
sol, c) evitar ou diminuir todos os procedimentos que causam
machucados nos frutos, como, por exemplo, derrubar o fruto
direto no solo e uso de ganchos (15).
10. PRODUÇÃO FORA DE ÉPOCA
O ‘Tahiti’ apresenta uma forte concentração da oferta
no primeiro semestre, quando os preços caem. Já no segundo
semestre do ano, os preços se recuperam de uma maneira às
vezes brusca. Seria interessante e muito lucrativo o
deslocamento da produção de frutos para este período, mas
devido às nossas condições climáticas, é praticamente
impossível se alterar a época de produção. O que é possível
é aumentar a produção na entressafra. Antes de se entrar
nos aspectos práticos, é importante observar alguns pontos
da fisiologia do florescimento e frutificação do ‘Tahiti’.
A época e a intensidade do florescimento dos citros
são reguladas por fatores ambientais como a temperatura e
as chuvas. A indução floral das gemas começa com a
interrupção do crescimento vegetativo durante o “repouso”
24
do inverno. O crescimento dos ramos é paralisado e o das
raízes reduzido, mesmo que as temperaturas não sejam
inferiores a 12,5°C. É durante este período que as gemas
adquirem a capacidade de florescer (06) . O estresse por frio
ou por déficit hídrico é o principal fator de indução. Em
condições de campo, períodos de seca maiores do que 30
dias são necessários para induzir um número significativo
de gemas e o conseqüente florescimento. A intensidade
desta indução é proporcional à severidade e duração do
estresse (30).
Na Itália, a técnica de produção de limões verdadeiros
no verão, chamados “ verdelli”, é uma técnica conhecida
desde o século passado, quando foi relatada por Alfonso
(1875), citado por (26). É chamada de “ secca” ou “ forzatura”
e consiste na suspensão da irrigação no início do verão por
um período variável em função do tipo de solo e das
condições climáticas. Em média, este período é de 40 dias
(01). Após este período, retoma-se a rega pouco a pouco,
com volumes crescentes e aduba-se com fertilizantes
nitrogenados nítricos ou amoniacais ou mistos, em doses
abundantes de acordo com a idade da árvore (26). O segredo
desta técnica é o controle do período de estresse hídrico. O
ponto de murcha das folhas deve ser controlado (10) e,
segundo Torrisi (1952) citado por (26), o ótimo de perda de
água está ao redor de 50% da umidade inicial das folhas,
uma vez que, quando o estresse é excessivo, causa muita
desfolha e floração limitada. Por outro lado, se é insuficiente,
só se consegue brotos vegetativos e poucas flores (26). A
ocorrência de chuvas durante o período de “secca” interrompe
o processo (10). Este processo pode vir a ser interessante em
regiões semi-áridas do Brasil, mas para São Paulo, outras
alternativas devem ser consideradas.
No Estado de São Paulo, onde predominam os verões
úmidos e com período de inverno seco, com temperaturas
e precipitações pluviais reduzidas, ocorre um equilíbrio hídrico
25
favorável para o ciclo fenológico das plantas cítricas pois as
condições térmicas e hídricas de junho a agosto condicionam
o repouso, e a retomada das chuvas a partir de setembro é
suficiente para o florescimento e o desenvolvimento dos
frutos, sendo dispensável o uso de rega (24). Portanto, o
esquema da “ forzatura” só se aplicaria a regiões áridas ou
semi-áridas (29).
Considerando-se que o ciclo de frutificação (da flor
ao fruto) do ´Tahiti´ é de cerca de 6 meses, seria necessário
aumentar os florescimentos menos importantes que ocorrem
de março a maio, época que normalmente não ocorrem déficits
hídricos acentuados (24), não se aplicando portanto, a técnica
de “ forzatura”.
O uso de Ethephon e óleo mineral para a derrubada
de frutinhos da safra normal e obtenção de frutos temporão
foi estudado (02). Os tratamentos com ethephon (500 ppm),
ethephon (250 ppm + uréia 1%) e ethephon (250 ppm +
óleo mineral 2%) promoveram maior queda de frutinhos na
florada normal e permitiram mais produção de frutos
temporões. Entretanto, ocorreram acentuada queda de folhas
e lesões em ramos novos, com seca dos mesmos, o que
também foi relatado por outros pesquisadores (21; 27 e 28).
Talvez esta seja a razão da não aplicação comercial desta
técnica.
Na Bahia (21), em pomar de três anos de idade,
conseguiu-se maior produção de frutos temporões através
da derriça manual de flores e frutos do que com o uso de
reguladores vegetais (ethephon e ANA) em diferentes doses.
Os tratamentos foram aplicados em outubro. Na entresafra,
outubro do ano seguinte, as plantas que sofreram derriça
produziram em média 89,90 caixas/ ha, enquanto a
testemunha não tratada só produziu 12,00 caixas/ ha e o
tratamento com ethephon (250 ppm + uréia 1%) produziu
41,67 caixas/ ha.
26
Outra alternativa seria a aplicação de ácido giberélico
para inibir o florescimento. Estudos realizados nos EUA
apontaram que a aplicação deste regulador reduziu em muito
o percentual de brotos com flores, sendo que esta redução
foi maior quando a aplicação foi feita no final do período
de déficit hídrico (31).
11. COMERCIALIZAÇÃO
Basicamente, todo o ‘Tahiti’ fornecido no CEASA/SP,
durante o ano, é proveniente de cinco regiões.
O Estado de São Paulo é o grande produtor brasileiro
de ‘Tahiti’, (cerca de 73% da safra brasileira), e quatro
mesoregiões são responsáveis por este abastecimento; a
principal região produtora de ‘Tahiti’ é a região SP 36,
denominada Serra de Jaboticabal, que engloba os municípios
paulistas de Bebedouro, Cândido Rodrigues, Fernando
Prestes, Guariba, Jaboticabal, Monte Alto, Monte Azul
Paulista, Pirangi, Pitangueiras, Santa Ernestina, Taiaçú,
Taíuva, Taquaritinga, Terra Roxa, Viradouro e Vista Alegre
do Alto, seguida da região SP 35, que é a região da Média
Araraquarense, que fazem parte os seguintes municípios:
Ariranha, Cajobi, Catanduva, Catiguá, Irapuã, Itajobi, Novo
Horizonte, Palmares Paulista, Paraíso, Pindorama, Sales, Santa
Adélia, Severínia, Tabapuã e Urupês. Estas regiões respondem
por mais de 70% da oferta da fruta no CEASA/SP, em todos
os meses no decorrer dos anos.
Com menor expressão na oferta do produto, é citada a
mesoregião SP 25 denominada, Alta Araraquarense de
Fernandópolis, composta pelos municípios de Aparecida
D’Oeste, Dolcinópolis, Estrela D’Oeste, Guarani D’Oeste,
Indiaporã, Jales, Macedônia, Marinópolis, Meridiano, Mira
Estrela, Palmeira D’Oeste, Paranapuã, Pedranópolis, Populina,
27
Rubinéia, Santa Albertina, Santa Clara D’Oeste, Santa Fé do
Sul, Santana da Ponte Pensa, Santa Rita D’Oeste, São
Francisco, São João das Duas Pontes, Três Fronteiras,
Turmalina e Urânia, respondendo por cerca de 10% da oferta
do produto nos meses de novembro a janeiro e,
aproximadamente, 7% nos meses restantes.
A mesoregião SP 43, que é a região da Depressão
Periférica Setentrional, já tem uma participação
significativamente menor na oferta do ‘Tahiti’. Sua participação
se limita a ofertar o produto nos meses de fevereiro a julho
com uma representatividade variando de 0,81 a 3,24% da
oferta do ‘Tahiti’ no CEASA/SP. Esta região é composta pelos
municípios de Aguaí, Casa Branca, Leme, Mogi-Mirim,
Pirassununga, Porto Ferreira, Santa Cruz da Conceição, Santa
Cruz das Palmeiras e Tambaú. A partir do mês de junho, os
municípios do sul da Bahia, pertencentes à mesoregião BA
56, tem uma participação importante no abastecimento do
‘Tahiti’, ofertando uma quantidade considerável no produto
no CEASA/SP, nos meses de agosto a novembro, aonde o
preço do produto é mais alto.
Podemos observar na Tabela 11 que, com exceção
do município de Itápolis, que pertence à mesoregião SP
42, denominada Araraquara, todos os municípios que são
grandes produtores de limão pertencem à região SP 36 ou
SP 35, concentrando toda a produção paulista nestas duas
regiões. Outro destaque é o município de Itajobi, que é o
grande produtor brasileiro de limão, distribuídos em mais
de 600 pomares em uma área acima de 4.000 hectares. A
Regional Agrícola de Catanduva e a Regional Agrícola de
Jaboticabal, às quais pertencem os municípios citados
abaixo, correspondem por mais de 90% da produção
paulista de limão, tendo mais de 3800 produtores
cadastrados (1995/96), englobando uma área de 20.000
hectares da cultura.
28
Tabela 11. Principais municípios produtores de limão no Estado
de São Paulo.
___________________________________________________________________________________________________________________________
Município
Nº de produtores
Área (ha)
Região
___________________________________________________________________________________________________________________________
Itajobi
Taquaritinga
Fernando Prestes
Urupês
Monte Alto
Novo Horizonte
Cândido Rodrigues
Santa Adélia
Itápolis
Catanduva
Vista Alegre do Alto
Irapuã
636
382
346
366
246
285
141
161
218
102
75
122
4.158,30
1.903,00
1.771,30
1.587,60
1.171,20
1,014,30
1.010,40
837,30
740,70
486,80
434,00
388,70
SP 35
SP 36
SP 36
SP 35
SP 36
SP 35
SP 36
SP 35
SP 42
SP 35
SP 36
SP 35
___________________________________________________________________________________________________________________________
Fonte: CATI (1997).
Esta distribuição de oferta do produto é melhor ilustrada
no gráfico 1, mostrando a oferta do ‘Tahiti’ no CEASA/SP,
no decorrer do ano, no período de 1994 a 1997.
SP36
SP35
SP25
BA56
SP43
40,00
35,00
% de oferta
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
Gráfico 1. Oferta (%) do ‘Tahiti’ no CEASA/SP, das 5 principais
mesoregiões produtoras (94-97)
29
Avaliando-se a estacionalidade para preços,
encontraram-se os maiores índices nos meses de setembro,
outubro e novembro, quando existe uma pequena queda
desta fruta no mercado, mas a tendência dos preços é sempre
crescente no decorrer do ano.
Esta flutuação de preços é claramente percebida no
Gráfico 2, mostrando a média dos últimos 4 anos da
sazonalidade de preços da fruta ocorrida no CEASA/SP. Os
preços foram convertidos para Reais de dezembro de 1995,
usando o deflator IGP-DI.
Avaliando-se a sazonalidade para limão, considerandose preços e quantidades, verificou-se que no primeiro
semestre as médias para preços foram mais baixas e, para
quantidades, mais altas, ocorrendo o inverso no segundo
semestre.
Sazonalidade de preços
R$ (12/95) - cx 25,00 kg
45,00
40,00
35,00
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Gráfico 2. Sazonalidade de preços para ‘Tahiti’ no CEASA/SP
(1994-1997).
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
(1)
30
AMARAL, J.D. Técnicas especiais da cultura dos citrinos.
In: Os Citrinos. 4ªed. Porto: Clássica Editora, 1994.
cap.VII, p.423-34.
(2)
CAETANO, A.A.; DE FIGUEIREDO, J.O.; FRANCO, J.F.
Uso de Ethephon e óleo mineral para alterar a época
de produção do ‘Tahiti’. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, Recife. Anais...
Recife, Sociedade Brasileira de Fruticultura, 1981,
v.2. p.723-731.
(3)
CAMPBELL, C.W. Ten new ‘Tahiti’ lime selections.
Florida State Horticultural Society. p.455-9, 1975.
(4)
CAMPBELL, C.W. Rootstocks for the ´Tahiti´ lime. In:
ANNUAL MEETING OF THE FLORIDA STATE
HORTICULTURAL SOCIETY, 104, Miami Beach,
Florida. Proceedings ... Miami Beach: THE FLORIDA
STATE HORTICULTURAL SOCIETY, 1992. P.28-30.
(5)
CRUZ, M.A.G.; RINDERMANN, R.S.; GONZÁLEZ, A.B.
El limón persa en México. 1ªed. Chapingo:
Universidad Autónoma Chapingo, 1994. 202p.
(6)
DAVIES, F.S.; ALBRIGO, L.G. Environmental constraints
on growth, development and physiology of citrus.
In: Citrus. Wiltshire: CAB Internacional, 1994. n.2,
cap. 3. p.52-82.
(7)
DE NEGRI, J.D. Cultura dos citros. Campinas,
Coordenadoria de Assistência Técnica Integral –
CATI, 1996. 35p. (Boletim Técnico, 228).
(8)
DONADELLI, A. et al. Atividade agropecuária no Estado
de São Paulo: distribuição e valor da produção por
Escritório de Desenvolvimento Rural, 1995/96 e
1996/97. Informações Econômicas, v.27, n.12, p.2131, 1997.
31
(9)
ESPINOZA, J.R.; ALMAGUER, G. Desfasamiento del
limon ‘persa’ (Citrus latifolia Tan.) en Martinez de
la Torre, Ver., Mexico. Separata de Proc. Interamer.
Soc. Trop. Hort., v.35, p.40-43.
(10) FEBRER, J.M. Cultivo del naranjo, limonero y otros
agrios. 3ªed. Barcelona: Editorial Sientes, S.A., 1977.
p.214-15.
(11) FEICHTENBERGER, E. Manejo ecológico de
Phytophthora do citros. São Paulo: RHODIA AGRO,
1996. 42p.
(12) FIGUEIREDO et al. Comportamento de 11 portaenxertos para ‘Tahiti’ na região de Bebedouro, SP.
Revista Brasileira de Fruticultura, Cruz das Almas,
v.18, n.1, 1996.
(13) FIGUEIREDO, J.O. et al. Melhoramento do limoeiro
‘Tahiti’ por seleção de clones. Bragantia, v.35, n.11,
p.115-122, 1976.
(14) FIGUEIREDO, J.O. Variedades copas. In: ODY
RODRIGUEZ; JORGINO POMPEU JUNIOR; FLAVIO
PINTO VIEGAS eds. Citricultura brasileira,
Campinas: Fundação Cargill, 1991. v.1, p.380-394.
(15) FRUPEX. Lima ácida ‘Tahiti’ para exportação: aspectos
técnicos da produção. Brasília: EMBRAPA-SPI, 1993.
n.1. 35p.
(16) GONZALEZ-MARTINEZ, D.; GARCIA-LEGAZ VERA,
M.F. Lima ácida de fruto grueso. Murcia: Consejeria
de Agricultura, Ganaderia y Pesca, 1990. 16p.
32
(17) GRUPO PAULISTA DE ADUBAÇÃO E CALAGEM PARA
CITROS (GPACC). Recomendação para adubação
e calagem para citros no Estado de São Paulo. 3
ed. LARANJA. Cordeirópolis, 1994. 27p.
(18) HADAS, R; BAR-JOSEPH, M; SEMANCICK, J.S. Segregation
of a viroid complex from a graft-transmissible dwarfing
agent source for grapefruit trees. Ann.Appl.Biol.
Wellesbourne, n. 115, p. 515-20, 1989.
(19) INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA. Previsões e
estimativas das safras agrícolas do Estado de São Paulo,
ano agrícola (1996/97) 5º levantamento 06/1997 e
levantamento final ano agrícola (1995/96). Informações
Econômicas, São Paulo, v.27, n.8, ago 1997.
(20) MADEMBA-SY, F.; CAO-VAN, P.H.; PANCARTE, C. Use
of dwarfing rootstocks for the establishment of highdensity orchards under tropical climatic conditions.
In: WORLD CONGRESS OF THE INTERNATIONAL
SOCIETY OF CITRUS NURSERYMEN, 4, 1993.
Proceedings... South Africa: INTERNATIONAL
SOCIETY OF CITRUS NURSERYMEN, 1993, p.33445.
(21) MARCONDES, P.T.S. Manejo da produção da lima
ácida ‘Tahiti’ com reguladores de crescimento e
derriça. Cruz das Almas: Universidade da Bahia,
1992. 52p. Dissertação (Mestrado em Agronomia).
(22) MÜLLER, G.W.; COSTA, A.S. Doenças causadas por
vírus, viróides e similares em citros. In: VITORIA
ROSSETI; GERD WALTER MÜLLER; ÁLVARO
SANTOS COSTA Doenças causadas por algas,
fungos, bactérias e vírus. Campinas: Fundação
Cargill. P.55-84. 1993.
33
(23) NASCIMENTO, A.S. Pragas dos citros e seu controle.
Cruz das Almas: EMBRAPA-CNPMF, 1982. 41p.
(EMBRAPA-CNPMF). Boletim de Pesquisas, 01/82.
(24) ORTOLANI, A.A; PEDRO JR., M.J; ALFONSI, R.R.
Agroclimatologia e o cultivo dos citros. In: ODY
RODRIGUEZ; JORGINO POMPEU JUNIOR; FLÁVIO
PINTO VIEGAS eds. Citricultura brasileira,
Campinas: Fundação Cargill, 1991. v.1.
(25) PESAGRO-RIO, DOCUMENTOS. A cultura da lima ácida
(limão ‘Tahiti’): perspectivas, tecnologias e
viabilidade. Niterói: PESAGRO-RIO, 1987. doc.38.
40p.
(26) RACITI, G.; SCUDERI, A. Acqua e irrigazione. In:
CUTULI, G. et al. Tratato di Agrumicoltura. 1ªed.
Bologna: Edagricole, 1985. v.1, cap.12.
(27) ROJAS, E. Efecto del ácido 2-cloroetil fosfónico, la urea
y el ácido giberélico (AG3) en la lima ‘Tahiti’.
Separata de Proc. Interamer. Soc. Trop. Hort., v.39,
p.110-114, 1995.
(28) ROJAS, E. Respuesta floral de la lima (Citrus latifolia
Tan cv. Tahiti) a asperciones del acido 2-cloroetil
fosfónico. Separata de Proc. Interamer. Soc. Trop.
Hort., v.38, p.95-99, 1994.
(29) SOLUÇÕES FRUTA A FRUTA. limão ‘Tahiti’. São Paulo:
IBRAF, 1995. 3.ed. 82p.
(30) SOUTHWICK, S.M.; DAVENPORT, T.L. Characterization
of water stress and low temperature effects on floral
induction in citrus. Plant Physiology 81, P.26-29.
1986.
34
(31) SOUTHWICK, S.M.; DAVENPORT, T.L. Modification
of the water stress-induced floral response in ‘Tahiti’
lime. Separata de J. Amer. Soc. Hort. Sci., v.112, n.2,
p.231-6, 1987.
(32) STUCHI, E.S. Segregation of viroids isolates used as
dwarfing agents for ´Marsh Seedless´ on trifoliate
orange. In: CONFERENCE OF THE INTERNATIONAL
ORGANIZATION OF CITRUS VIROLOGISTS, 14,
Campinas, 1998. Campinas: THE INTERNATIONAL
ORGANIZATION OF CITRUS VIROLOGISTS
Abstracts... Session:VIROIDS:CEV.
(33) VITTI, G.C; CABRITA, J.R. Nutrição e adubação de citros.
Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro
– EECB, 1998. 31p. (Boletim técnico, 4).
(34) WUTSCHER, H.K. Patrónes para citricos. Orlando: U.S.
Horticultural Research Laboratory, 1997. Separata,
12p.
35
Foto 1. Lima Ácida ‘Tahiti’ sobre citrange Morton. Combinação
que apresentam maior produtividade (EECB 1998),
superior a 2,45 cx/planta (cx. 27,2 Kg) aos 9 anos.
Foto 2. Lima Ácida ‘Tahiti’ sobre limão Volkameriano. Portaenxerto que mais confere vigor às plantas, em diâmetro
superior a 7,0 metros, aos 9 anos.
Foto 3. Lima Ácida ‘Tahiti’ sobre limão Volkameriano. Planta
com altura superior a 4,2 metros, aos 9 anos.
Foto 4. Lima Ácida ‘Tahiti’ sobre Flying Dragon. Confere as
plantas caráter ananicante. Planta com 5 anos de idade,
e altura inferior a 2 metros.
Foto 5. Lima Ácida ‘Tahiti’ sobre citrumelo Swingle. Plantas muito
produtivas com baixíssimo índice de mortalidade no
campo, aos 9 anos de idade.
Foto 6. Lima Ácida ‘Tahiti’ sobre Poncirus trifoliata EECB. Plantas
vigorosas, mas de média produtividade.
Foto 7. Lima Ácida ‘Tahiti’ sobre tangelo Orlando. Plantas muito
vigorosas, muito produtivas, mas com alto índice de
mortalidade no campo.
Foto 8. Lima Ácida ‘Tahiti’ sobre tangerina Cleópatra. Plantas de
porte médio, baixa produtividade, mas com baixíssimo
índice de mortalidade no campo aos 9 anos de idade.
Download