Organismos fotossintetizantes do ambiente aquáticoà Os

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Organismos fotossintetizantes do ambiente aquático Os organismos fotossintetizantes
marinhos ( algas, plantas ) possuem uma diversidade muito pequena se comparados aos outros grupos
não fotossintetizantes. Essas algas e plantas desempenham um papel muito importante como produtores
primários, isto é, elas liberam O² para o meio e sintetizam matéria orgânica. Os fotossintetizantes
marinhos possuem uma alta capacidade dispersiva. A capacidade reprodutiva desses seres está
relacionada diretamente a fatores ambientais, como temperatura, luz, nutrientes, movimento das marés,
etc.
Organismos fotossintetizantes do ambiente terrestre  O surgimento dos vasos condutores de
seiva promoveu a conquista do ambiente terrestre pelos vegetais, a produção de sementes pelos
vegetais superiores representou um avanço no processo de dispersão. A proteção das sementes pelos
frutos foi um outro passo importante no caminho evolutivo, tornando as angiospermas os vegetais mais
bem sucedidos do planeta Terra. As plantas terrestres se dividem em quatro grandes grupos, as
briófitas, as pteridófitas, as gimnospermas e as angiospermas. Dentre elas as angiospermas e em
seguida as gimnospermas são as mais importantes para a economia.
Briófitas e sua importância ecológica e econômica  São descritas como plantas avasculares,
mas algumas espécies possuem tecidos condutores de seiva no caule, mas são bem inferiores ao
Xilema e ao Floema. Esse grupo é composto por plantas relativamente pequenas e delicadas, que
preferem ambientes úmidos e sombreados. Geralmente elas são epífitas (vivem em outras plantas) ou
formam pequenas touceiras ou camadas finas na superfície do solo. As briófitas são de grande
importância ecológica, pois são ótimos indicadores de poluição. Elas são muito sensíveis a pequenas
mudanças nas condições do ambiente.
Onde as briófitas ocorrem  Elas não são parte predominante da vegetação, porém, em serras e
matas úmidas brasileiras, elas costumam ser uma parte importante da vegetação, com uma biomassa
significante. A maior riqueza de briófitas ocorre na mata Atlântica e nas matas do Sul em ambientes
úmidos. Elas também ocorrem em outros biomas em condições apropriadas.
As plantas terrestres são descendentes das briófitas?  Acredita-se que as briófitas não
ancestrais diretos das plantas terrestres, mas formam um elo entre as plantas terrestres e as algas.
Pteridófitas  São plantas vasculares, predominantemente herbáceas. Variam desde pequenas ervas
epífitas até formas arborescentes que podem atingir mais de 4 metros de altura. O bioma mais rico em
pteridófitas é a Mata Atlântica.
Gimnospermas, importância econômica e diferenças e semelhanças com as Angiospermas 
São em grande parte arbóreas, embora algumas espécies brasileiras sejam trepadeiras ou quase
herbáceas. Em comum com as angiospermas, as gimnospermas possuem sementes, porém são
produzidas nuas, encima de estruturas carnosas que geralmente se agrupam em estróbilos. As
gimnospermas têm uma grande importância econômica na produção de madeira como a Araucária por
exemplo. É o menor grupo de plantas terrestres e é pouco representado no Brasil em relação as
apresentação que tem em climas frios. Ocorrem na Mata Atlântica, campos de sul, e cerrado.
Angiospermas e sua importância econômica  Esse grupo é o maior e economicamente o mais
importante entre as plantas. As angiospermas são dominantes em quase todos os ambientes terrestres,
formando a maior parte da vegetação visível. Na economia são usadas como alimentos, fármacos,
madeiras, ornamentos e têm uma inestimável importância ecológica. As angiospermas se diferem das
gimnospermas por possuírem óvulos dentro dos ovários e apresentam frutos, que nada mais são do que
o “ovário grávido” As sementes são protegidas pelo ovário formando o fruto. Estas estão representadas
em todos os ecossistemas brasileiros. O Brasil possui a flora de angiosperma mais rica do globo. Está
presente em todos os biomas.
Os ecossistemas brasileiros se dividem em  Em aquáticos e terrestres. Os aquáticos por sua vez
se dividem em dulcícola e marinho. O dulcícola se divide em: Sistema lêntico de águas paradas,
formados por lagos, tanques e represas; Sistema lótico de águas correntes, compostos por rios,
riachos e mananciais; Terras úmidas brejos e pântanos. O ecossistema marinho se divide em: Ilhas
costeiras oceânicas; Recifes de coral; Plataforma continental marinha. Ainda temos os ecossistemas de
transição entre o aquático e o terrestre: Manguezais, Restingas, Estuários, baías e lagoas costeiras,
Praia, Costões rochosos. O Ecossistema terrestre se divide em: Mata Atlântica, Restinga, Manguezal,
Floresta Amazônica, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Campo, Floresta de Araucária, Zona dos cocais.
Estuários  é um corpo de água costeiro e fechado que se liga livremente ao mar. É um ecossistema
de alta variabilidade ambiental em que a água do mar é diluída em água doce. Os estuários mais
importantes do Brasil são os do Rio Amazonas e o do Rio Paraíba do Sul. São comumente encontrados
nesse tipo de ecossistema organismos como algas microscópicas bentônicas e fitoplânctons. Em locais
onde a água é mais clara podem ser encontradas algas macroscópicas e pluricelulares bentônicas de cor
verde.
Praias É um ecossistema costeiro entre o ambiente terrestre e o marinho, é o ecossistema mais
produtivo do planeta, pois recebe uma grande quantidade de nutrientes, produzindo assim, uma grande
biomassa. Entre os seres fotossintetizantes encontrados nesse ecossistema estão: os protistas
fotossintetizantes que dominam os grãos de areia junto com as cianobactérias. São encontradas imersas
algumas clorofíceas com estruturas de fixação adaptadas a esse tipo de substrato móvel e as gramas
marinhas que representam as angiospermas ( Ruppia, Halodule e Halophila).
Recifes de corais O Brasil possui os únicos recifes de coral do Atlântico Sul. Eles funcionam como
criadouros de crustáceos e de uma diversidade de peixes, esponjas, equinodermos etc. As algas desde
as microscópicas até as macroscópicas além de serem produtores primários, servem de alimento, abrigo
e berçário para a infinidade de animais do ecossistema de recife coralino.
Plataforma Continental É uma zona que se estende desde a linha de imersão permanente até à
profundidade aproximadamente de 200 m mar adentro. A plataforma continental brasileira se estende
do Rio Oiapoque ao Arroio Chuí. Entre os seres fotossintetizantes, encontramos populações de
fitoplânctons vivendo na massa de água. No fundo predominam as populações de algáceas fixas ao
substrato. Alguma dessas algas são de grande interesse econômico devido ao teor de ácido algínico
como algumas espécies de algas pardas que chegam a 6 m de comprimento. Essa substância tem
importância em vários segmentos da indústria alimentícia, têxtil e farmacêutica. Outras algas como a
Gracilaria spp. Também tem grande valor econômico devido seu conteúdo de ágar, usado na indústria
farmacêutica e alimentícia.
Brasil, a fauna mais rica do globo  devido a vasta extensão de nosso país e à grande diversidade
de clima, solo e geomorfologia, produzindo como resultado final, uma grande variedade de vegetação.
Ecossistema terrestre, florestas fluviais e tropicais Dentre os tipos de vegetação encontrados
no território brasileiros, as florestas pluviais (Floresta Atlântica e Amazônia) são considerada o
ecossistema de maior diversidade de espécies e complexividade de relações ecológicas. Já as florestas
tropicais, além de cobrir apenas 7 % do globo, contém mais da metade das espécies da biota mundial.
Mata Atlântica  Inclui a Floresta Atlântica propriamente dita, as restingas e os manguezais. A
Floresta Atlântica, que se localiza ao longo da costa brasileira desde o Rio Grande do Norte até o Rio
Grande do sul é considerada a floresta tropical úmida mais ameaçada do planeta e está reduzida
atualmente a 5% de sua área original e a 2% de floresta nativa altamente fragmentada.
Seu potencial econômico é muito grande, pois possui inúmeras espécies medicinais, frutíferas,
produtoras de madeira, ornamentais etc. O desmatamento acelerado das últimas décadas, aliado à
extração não controlada, ocorreu devido a urbanização, atividades agrícolas, pecuária, instalação de
ferrovias e outras atividades antrópicas. Como conseqüência disso além da grande perda de sua área
também citamos a destruição de habitats, redução da Biodiversidade e da disponibilidade hídrica.
Bioma de restinga da Mata Atlântica É um bioma costeiro e enquadrado como área de
preservação ambiental permanente. Caracteriza-se pelos seus solos arenosos. Sua vegetação ocorre em
zonas, através de diversos habitats – dunas, moitas, matas, alagados temporários e permanentes.
Dentre as atividades antrópicas, citamos as agropastoris, urbanização, exploração de espécies vegetais,
retirada de madeira e areia.
Manguezal É um dos biomas mais complexos da zona de interfase entre a terra e o mar. Isso ocorre
não apenas pela diversidade de formas de vida, mas também pela variedade de funcionamento. Sua
vegetação desenvolve em regiões de sedimentos instáveis, ricos em matéria orgânica. Dizemos
sedimentos instáveis porque ele se localiza em uma zona de ciclos de marés (são inundados e emersos).
O manguezal da mata atlântica é um lugar de alta produtividade, alta ciclagem de nutrientes, alta
desova de animais, mas possui uma reduzida diversidade vegetal. Os vegetais se localizam no mangue
branco, mangue vermelho e no mangue preto. As árvores são acompanhadas por m pequeno número de
plantas como gramíneas, algodoeiro, etc. Há uma grande comunidade de algas que formam o alimento
para os animais e larvas. Os trocos são permanentemente expostos e as copas das árvores são pobres
em epífitas. Potencial econômico Está ligado a pesca. Ação antrópica  atividades antrópicas vem
ameaçando o ecossistema, como, a exploração de madeira, agricultura, a urbanização. Como
conseqüência disso, citamos, a destruição dos habitats e redução da Biodiversidade.
Floresta Amazônica  é a maior floresta tropical do planeta.; Seu solo é pobre, ácido e arenoso.
Possui uma inestimável riqueza em biodiversidade de espécies vegetais, inclusive medicinais. Tem
sofrido muito desmatamento, o que está alterando a sua fisionomia. Como conseqüência disso, acreditase que ocorrerão mudanças climáticas globais (efeito estufa). É rica em plantas medicinais, madeiras
nobres e plantas ornamentais.
Serrado Ocupa cerca de 1/4 do território nacional. Seu solo é pobre em matéria orgânica, arenoso,
ácido e rico em alumínio. Sua vegetação é constituída por estratos ge gramíneas, arbustos e pequenas
árvores (com raízes profundas). Esse ecossistema possui uma fisionomia muito variada: campo limpo,
campo sujo, campo cerrado e matas ciliares. A vegetação está adaptada a freqüente presença de fogo
(vida latente das sementes de xilopódio).
Potencial econômico rico em espécies medicinais, frutíferas, produtoras de madeira e ornamentais.
Pantanal  Possui uma rica rede hidrográfica, onde se destaca o rio Paraguai. Forma um mosaico de
comunidades hidrófilas (submersas e natantes). Seu potencial econômico está ligado a atividades
agropastoris, de turismo ecológico e de mineração.
Caatinga  É um sistema dominado por um misto de pequenas árvores, arbustos descíduos (que
perdem folhas), geralmente com espinhos. Tem sido domina por atividades de agricultura irrigada e
pastagem. Possui uma fisionomia variável, compreendendo: o Agreste, que é mais úmido e próximo ao
mar, como solo mais profundo e vegetação alta e densa; o Sertão, mais seco, solo raso, freqüentemente
pedregoso, vegetação baixa e dispersa. Tem um brande período de seca e um grande período de chuva.
Campo A vegetação é composta de imensas formas de gramíneas, o solo é argiloso e compacto. Seu
potencial econômico está relacionado a atividades agropastoris e ao turismo ecológico.
Floresta da Araucária  Formação mista, constituída pela araucária e elementos da floresta pluvial. A
atividade antrópica se destaca pela exploração de madeira, criação de terras para agricultura e pastoril
sustentável e turismo ecológico. Na economia, destaca-se a extração de essências e de madeira.
Zona dos cocais  É uma floresta secundária, formada pelo desmatamento, situada entre a Amazônia e
a Caatinga. Possui uma biodiversidade reduzida, onde se destacam espécies oleaginosas como a babaçu
e a carnaúba.
Origem dos fungos Inicialmente, acreditava-se que as algas e os fungos tivessem uma origem
comum. Atualmente, porém, entende-se que os fungos teriam se originado de um ancestral eucarionte
unicelular fl agelado (Protista), não clorofilado e que posteriormente deu origem.
às formas filamentosas. Assim sendo, eles teriam seguido uma linha evolutiva independente, não
podendo ser classificados nem como plantas nem como animais.
Características gerais dos fungos eucariontes e aclorofilados, portanto, heterotróficos. Variam de
organismos unicelulares a filamentosos; podem produzir estruturas macroscópicas responsáveis pela
formação e liberação dos esporos sexuados; Quando possuem parede celular, ela pode variar em função
do grupo de fungos. Essa parede é composta, principalmente, por polissacarídeos tais como: celulose,
quitina, B-glucano, quitosano etc; Assim como em outros organismos heterotrófi cos, o principal produto
de reserva é o glicogênio; O citoplasma dos fungos possui núcleo (1 ou mais) envolto por dupla
membrana e numerosas organelas, como: mitocôndria associada a corpúsculos cilíndricos denominados
de condriomas; vacúolos; retículo endoplasmático; ribossomas; microtúbulos; cristais; glóbulos lipóides.
Como as células dos fungos se organizam  Os fungos são organismos avasculares, ou seja, não
apresentam diferenciação de funções ao longo do talo. O sistema vegetativo pode ser formado por um
plasmódio, que é uma massa protoplasmática, sem parede celular, constituída por diversos núcleos.
Assim, por não possuir parede celular, ele é capaz de deslizar sobre o substrato, através de correntes
citoplasmáticas e, nesse processo, fagocitar pequenas partículas e organismos (bactérias, esporos etc.).
No caso dos fungos que possuem parede celular (Eumycota), eles podem ser constituídos por uma única
célula, como as leveduras, por exemplo, ou por um conjunto de células que formam um filamento,
denominado de hifa. Os fungos filamentosos apresentam uma imensa diversidade de forma e cores.
Pletênquima Embora não apresente diferenciação em tecidos, hifas adjacentes podem formar uma
massa pela fusão das paredes, aparentando formar um tecido, que recebe o nome de pletênquima.
Existem dois tipos:
a) prosênquima – formado por um feixe de hifas frouxamente agregadas, que conservam sua
individualidade.
b) pseudoparênquima – quando as paredes de hifas adjacentes se encontram soldadas, não
podendo mais ser separadas. Por se assemelhar a um tecido vegetal, recebe o nome de
pseudoparênquima. O pletênquima pode formar ainda duas estruturas:
• esclerócio: forma de resistência, onde a parte interna é constituída por prosênquima e a externa,
por pseudoparênquima.
• estroma: semelhante ao esclerócio; porém, possui a forma menos regular e permanece ligada ao
restante do sistema vegetativo. O estroma é formado após um período de crescimento ativo. As
estruturas reprodutivas irão se formar sobre ou dentro dos estromas.
Anastomose Em determinados momentos, duas hifas vizinhas podem se tocar de forma direta ou
pode uma delas emitir uma ramificação; no ponto onde elas se tocam a parede desaparece, ocorrendo a
anastomose ou união das hifas.
Grampos de conexão Hifas septadas podem formar estruturas denominadas de grampo de conexão.
Esses grampos têm a função de manter a heterocariose (núcleos diferentes) de células dicarióticas (2
núcleos). Ou seja, após a fusão das paredes celulares de hifas monocarióticas (um núcleo) adjacentes, a
célula resultante (dicariótica) irá se dividir através da formação de uma ramificação que irá transpor o
septo entre as células-ilhas. Esse processo evita que após a divisão celular, núcleos provenientes da
mesma hifa permaneçam juntos.
Clamidósporos São células especiais de descanso e se formam na extremidade da hifa. Os
clamidósporos são arredondados e possuem paredes espessadas.
Rizomorfas Os fungos septados podem formar estruturas denominadas rizomorfas. Como o próprio
nome indica, essa estrutura se assemelha a raízes de vegetais. Ela é formada por feixes de hifas
entrelaçadas que apresentam suas paredes soldadas.
Haustórios ou sugadores Tanto fungos com hifas septadas quanto contínuas podem formar
estruturas denominadas haustórios ou sugadores. Essas estruturas são pequenos prolongamentos
emitidos pelas hifas e têm a função de absorver os nutrientes. Podem ocorrer em hifas localizadas fora
do hospedeiro ou substrato, ou em hifas intercelulares (dentro do hospedeiro). Podem ser simples ou
ramificadas e apresentarem a forma globular, clavada ou filamentosa.
Utilidade dos fungos para o homem Eles fazem parte de importantes processos industriais como a
fermentação de carboidratos, fundamental para a elaboração de pães, vinhos, cervejas entre outros.
Além disso, os fungos também fazem parte da produção industrial de ácidos orgânicos (ácidos cítrico,
gálico, glucônico, oxálico, láctico, fumárico, itacônico, giberélico, ustilágico) e vitaminas (riboflavina,
tiamina, ácido nicotínico, biotina, ácido pantotênico, ácido paraminobensóico). Não podemos esquecer
que foi a partir de um fungo, o Penicillus chrysogenum, que foi descoberta a penicilina. Atualmente, já
existem outras linhagens de antibióticos também extraídas de fungos. Dos fungos também são extraídas
outras substâncias, como a ciclosporina, utilizadas para evitar a rejeição dos órgãos em pacientes
transplantados.
Papel do fungo na natureza Os fungos, assim como as bactérias, são os organismos que atuam
como decompositores na natureza. Em outras palavras: eles se alimentam de compostos complexos, tais
como celulose e amido, transformando-os em substâncias simples que podem ser absorvidas pelas
plantas que são os produtores primários. Como decompositores, eles vão atuar sobre a quase totalidade
dos restos orgânicos encontrados na natureza, não distinguindo entre uma árvore caída na floresta e a
cerca de sua casa (sem tratamento químico) ou, ainda, entre o cadáver de um animal e a carne de um
frigorífico que esteja mal armazenada.
Micoses:
superficiais  atacam apenas a camada superficial da pele ou a base dos pêlos (ex.: tinha negra e
tinha branca).
As cutâneas  são causadas por fungos denominados dermatófitos, pois se restringem às camadas
queratinizadas na pele, à unha e ao pêlo. Causam a dermatofitose chamada de tinha.
A micose subcutânea  o fungo penetra no corpo do hospedeiro através de feridas, causando
infecção nas camadas mais profundas da pele, podendo e até mesmo contaminar os tecidos adjacentes.
Exemplos: A esporotricose, micetoma (tumor fúngico), cromomicose entre outros.
As micoses sistêmicas  tendem a se iniciar nos pulmões; a partir daí elas se disseminam pelo resto
do corpo, como a histoplasmose, coccidioidomicose, candidíase, criptococose e aspergilose.
Micoses que atacam as plantas O míldio, as ferrugens, as podridões, os carvões etc.
Intoxicações causadas por fungos Os fungos podem apresentar substâncias tóxicas denominadas
micotoxinas. As intoxicações podem ter um longo período de incubação, nesse caso, elas são graves e
muitas vezes fatais, com o agravamento de problemas renais e hepáticos. Por outro lado, as intoxicações
podem ter curto período de incubação, em que os sintomas surgem em poucas horas, como problemas
digestivos, vasculares ou nervosos.
Classificação das intoxicações:
As micotoxicoses  são intoxicações produzidas pela ingestão de alimentos que foram anteriormente
invadidos por fungos microscópicos ou mofos tóxicos. A quantidade de fungo que se ingere nesse caso
geralmente é mínima. A causa da intoxicação tanto do homem quanto de animais está na toxina liberada
pelo fungo que se encontra no alimento.
Os micetismos  são intoxicações ou envenenamentos causados pela ingestão de fungos do tipo
macroscópico, como os cogumelos ingeridos isolados ou misturados com outros alimentos.
Onde os fungos podem ser encontrados Em qual quer lugar onde haja umidade e matéria
orgânica. Pode-se encontrar fungos no ar, no solo, na madeira e sobre a rocha (fungos liquênicos). Eles
toleram uma ampla variação dos parâmetros ambientais, podendo crescer em florestas, regiões geladas
(neve) ou mesmo no deserto. Além dos fungos terrestres, existem os fungos aquáticos, que crescem
tanto em águas continentais quanto em ambientes marinhos e salobros.
Nutrição dos fungos Uma vez que os fungos não são organismos clorofilados, eles necessitam de
carboidratos elaborados por outros organismos para sintetizar suas proteínas. Além disso, ainda são
necessários ao seu metabolismo: água, minerais e vitaminas. Os elementos fundamentais para o
desenvolvimento dos fungos são: carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, fósforo e potássio. Eles
necessitam também de elementos-traços (aqueles elementos encontrados na natureza em quantidades
mínimas), embora sejam importantes para organismo.como: magnésio, enxofre, manganês, cobre, ferro
e zinco.
Modo de vida dos fungos Sapróbios – ocorrem sobre substâncias orgânicas em decomposição, de
origem animal ou vegetal; podem, inclusive, ocorrer em produtos alimentícios (industrializados ou não).
Os fungos sapróbios atuam em inúmeros compostos orgânicos, como a celulose, hemicelulose, amido,
gomas vegetais, parafinas e ligninas.
Parasitas – vivem em dependência direta do hospedeiro, absorvendo dele as substâncias que elabora.
Podem ser de dois tipos: Ectoparasitas – quando o micélio vegetativo e reprodutivo fica localizado fora
do hospedeiro, podendo ou não apresentar haustórios. Endoparasitas – quando o micélio se desenvolve
dentro do tecido do hospedeiro, podendo o sistema reprodutivo estar localizado no interior ou no
exterior do hospedeiro.
Simbiontes – dentre as simbioses envolvendo os fungos e outros organismos, duas ocorrem de forma
expressiva na natureza: Fungos liquênicos – são espécies de fungos capazes de se associarem com
espécies de microalgas (Cianobactérias e Clorofíceas). Nessa associação ambos se beneficiam, já que
podem ocorrer em ambientes em que nenhum dos dois existiria de forma isolada, como por exemplo,
sobre rochas fora da água. Além disso, os fungos se beneficiam dos carboidratos produzidos pelas algas
que, por sua vez, são favorecidas pela proteção que o talo dos fungos lhes fornece, impedindo a
excessiva perda de água pela exposição ao ar e pela absorção de sais minerais realizada pelas hifas.
Micorrizas – são associações entre fungos e raízes de plantas vasculares. Nessa associação, a planta se
beneficia da capacidade de absorção de água e nutrientes da trama de hifas e os fungos absorvem os
carboidratos produzidos pela planta. Existem dois tipos de micorrizas: ectomicorriza e endomicorriza. A
endomicorriza O fungo, penetra nas células corticais das raízes e forma estruturas denominadas
arbúsculos (ramificada) ou vesículas (arredondada). São nessas estruturas que ocorrem as trocas entre
o vegetal e o fungo. A ectomicorrizas As hifas formam uma trama que envolve a raiz e se estende
para o substrato. As hifas não penetram nas células do córtex da raiz, crescem apenas entre elas,
formando o que se denomina rede de Hartig.
Predadores – algumas espécies de fungos, quando se encontram em um meio pobre em nutrientes são
capazes de desenvolver estratégias para capturar pequenos organismos, como por exemplo nematódios.
As hifas dessas espécies apresentam estruturas semelhantes a anéis ou laços, que em segundos são
capazes de imobilizar um verme que passe entre as suas células. A captura pode ocorrer ainda pela
eliminação de uma substância viscosa que restringe a movimentação da presa, permitindo o contato
com as hifas e sua conseqüente absorção pelo fungo.
Diferenças entre as endomicorrizas para as ectomicorrizas As endomicorrizas ocorrem onde o
solo apresenta deficiência em fosfato. O fungo penetra nas células corticais da raiz. Já as ectomicorrizas,
as hifas formam uma trama que envolve a raiz e se estende para o substrato, não penetrando nas
células da raiz.
Rede de Hartig Ocorre nas ectomicorrizas,quando as hifas crescem entre as raízes. Formando o que
se denomina rede de Hartig.
Fase reprodutiva dos fungos  fase é responsável pela propagação do organismo, ele pode se
diferenciar em estruturas sexuadas ou assexuadas, em função das condições ambientais predominantes.
A reprodução sexuada e a assexuada ocorrem por meio de diferentes tipos de esporos (endógenos ou
exógenos).
Fase vegetativa dos fungos  é a responsável pela manutenção do organismo; ou seja, realiza
funções tais como crescimento e absorção de alimento. Geralmente, essa fase é filamentosa e
microscópica. A propagação vegetativa ocorre através da fragmentação (fungos filamentosos) ou ainda
da cissiparidade ou brotamento, no caso dos fungos unicelulares.
Como os fungos se dividem  Myxomycota os fungos dessa divisão não possuem parede celular
ou septo separando as células, tendo os esporos como únicas estruturas individualizadas. Um exemplo
desse tipo são as formas plasmodiais de vida livre, também conhecidos como “fungos gosmentos”.
Eumycota essa divisão engloba os chamados fungos verdadeiros, pois possuem parede celular e são
em sua maioria filamentosos. Essa Divisão é dividida em subdivisões que são separadas, inicialmente,
pela presença de hifa septada ou contínua. A Mastigomycotina e Zygomycotina. Mastigomycotina
Os Mastigomycotina possuem a esporos endógenos (esporos flagelados) formados em zoosporângios.
Zygomycotina apesar de também possuírem esporos endógenos, eles não são flagelados e se
formam no interior dos esporângios.
Diferenças entre os Basidiomycotinas, os Ascomycotinas e os deuteromicotinas
Basidiomycotinas: produzem estruturas produtoras de esporos sexuados do tipo cogumelo e orelhasde-pau. Esses esporos se desenvolvem sobre células especiais denominadas basídios.Ascomycotinas
 produzem seus esporos sexuados dentro de células denominadas asco. Suas estruturas produtoras de
esporos são com freqüência microscópicas, embora algumas possam ser macroscópicas como a trufa.
Deuteromycotina  também denominados fungos mitospóricos. Trata-se de fungos com hifas
septadas que não possuem fase sexuada. Todos os fungos com hifa septada apresentam esporos
assexuados exógenos, denominados conídios.
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