Som / ruído

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Engenharia Automotiva
Parte I
PR O F. K EY FO N S EC A DE L I MA
2011
Som – Definições Básicas
Som
Se caracteriza por flutuações em um meio elástico (sólido, líquido ou
gasoso).
É a parte da vida diária como uma música, o canto dos pássaros, o
tilintar dos telefones, o ressoar de ondas na praia, uma conversa, etc.
É uma onda mecânica, ou seja, precisa de um meio para se
propagar;
É uma onda longitudinal.
1
Som – Definições Básicas
Som – Definições Básicas
Som
A velocidade de propagação do som no ar é dada por:
Conhecendo-se a velocidade de propagação do som no meio e sua
freqüência é possível calcular o seu comprimento de onda (λ) em [m], ou
seja:
2
Ruído – Definições Básicas
Velocidade do Som
c=
γP
ρ
ou
c=
γR(273 + T℃)
ρ = densidade do meio de propagação em [kg/m3];
P = a pressão atmosférica do meio em [Pa]
γ = razão de calores específico do gás com pressão constante [Cp] e
calor específico do gás com volume constante [Cv];
R = Constante universal dos gases que vale 287
∙
Ruído – Definições Básicas
Razão de calores específicos para o Ar:
T [K]
Cp
Cv
γ
250
1,003
0,716
1,401
300
1,005
0,718
1,400
350
1,008
0,721
1,398
400
1,013
0,726
1,395
450
1,020
0,733
1,391
500
1,029
0,742
1,387
550
1,040
0,753
1,381
600
1,051
0,764
1,376
650
1,063
0,776
1,370
700
1,075
0,788
1,364
3
Som – Definições Básicas
Sensação auditiva
Uma pessoa jovem e saudável detecta sons na faixa de 20 a 20000 Hz.
Infrasom
Ultrasom
< 20 Hz
> 20 kHz
Som – Definições Básicas
Sensação auditiva
Uma pessoa jovem e saudável detecta sons na faixa de 20 a 20000 Hz.
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Propriedades do Som
A intensidade é a propriedade do som responsável pelo nível
pressão sonora (NPS) o qual estamos escutando um determinado
som ou ruído.
Está diretamente ligado a amplitude (pressão)da onda sonora.
A altura é uma característica do som que nos permite classificá-lo em
grave ou agudo.
Essa propriedade do som é caracterizada pela frequência da onda sonora.
Um som com baixa frequência é dito som grave e o som com altas
frequências é dito som agudo.
Propriedades do Som
O timbre é a característica sonora que permite distinguir sons de
mesma frequência e mesma intensidade, desde que as ondas
sonoras correspondentes a esses sons sejam diferentes.
5
Propriedades do Som -ECO
Só ouvimos os ecos como sons isolados quando eles
nos atingem 1/10 de segundo ou mais depois do som
original. Esse é o tempo necessário para o ouvido
humano separar um som do outro.
Se você gritar diante de um obstáculo a 17 m, o som
caminhará 17 m na ida e mais 17 m de volta, num total
de 34 m. Como o som tem aprox. a veloc de 340 m/s,
deverá percorrer essa distância em 1/10 de segundo.
O eco chegará a seu ouvido 1/10 de segundo depois de
você ouvir sua voz original. Você poderá, portanto,
distinguir o eco.
Se, por outro lado, a parede refletora estiver apenas a
340 m de distância, como seria na sala de estar, o som
voltaria depressa demais levando 1/50 de segundo de
viagem. Nesse caso a reflexão do som apenas prolonga
o som original; que não é percebido como eco.
Fonte: Mundo Físico - Centro de
Ciências Tecnológicas - CCT
- UDESC
Propriedades do Som -ECO
Um eco pode provocar também séria interferência na audição, principalmente
num ginásio grande ou em um auditório.
Os ecos cobrem as palavras de quem fala, causando confusão.
Pode-se superar esse problema usando material amortecedor de som para as
paredes, tetos e chão.
Material macio como lonas, cortinas, madeiras e tapetes absorvem as ondas
sonoras e quase não refletem o som. Por isso as paredes dos auditórios são
geralmente cobertas de madeira.
6
Prorpiedades do Som - Efeito Doppler
O Efeito Doppler é a alteração da frequência sonora percebida pelo
observador em virtude do movimento relativo de aproximação ou afastamento
entre a fonte e o observador.
Fonte: www.igans.com.br, acesso em 05/05/2011
Prorpiedades do Som - Efeito Doppler
Fonte: www.igans.com.br, acesso em 05/05/2011
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Prorpiedades do Som - Efeito Doppler
Propriedades do Som - Difração
É um fenômeno acústico que ocorre com as ondas quando elas passam por um
orifício ou contornam um objeto cuja dimensão é da mesma ordem de
grandeza;
O tamanho da obstrução deve ser comparado com o comprimento de onda da
campo sonoro para estimar a quantidade de difração.
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Propriedades do Som - Difusão
A difusão ocorre quando o som passa através dos furos como por exemplo uma
parede.
Se o buraco é pequeno comparado ao comprimento de onda, o som passando
irradia um padrão unidirecional semelhante ao original da fonte de som.
Quando o buraco tem dimensões maiores que o comprimento de onda, o som
passa com perturbação insignificante.
Propriedades do Som - Reflexão
A reflexão ocorre o som atinge obstáculos grandes em comparação ao mesmo
comprimento de onda;
Se o obstáculo não absorve a energia sonora, o som refletido e terá energia igual a
energia incidente.
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Ruído – Definições Básicas
Ruído (noise)
Qualquer som desagradável e indesejável.
Tom puro (pure tone)
Som com uma única freqüência.
Ruído de banda larga (broad bond noise)
Sons formado por uma mistura de freqüências;
Sons Industriais.
Ruído branco (white noise)
Sons com freqüência somente nas faixas audíveis.
Ruído Rosa
É um sinal ou um processo onde o espectro de frequências como a densidade
espectral de potência é inversamente proporcional à freqüência do sinal.
Ruído – Definições Básicas
10
Ruído – Definições Básicas
Ruídos contínuos : são aqueles cuja variação de nível de intensidade sonora é
muito pequena em função do tempo. São ruídos característicos de bombas de
líquidos, motores elétricos, engrenagens, chuva, geladeiras, compressores,
ventiladores.
Ruídos intermitentes ou flutuantes : são aqueles que apresentam grandes
variações de nível em função do tempo. São geradores desse tipo de ruído os
trabalhos manuais, afiação de ferramentas, soldagem, o trânsito de veículos.
São os ruídos mais comuns nos sons diários.
Fonte: Fernandes, J. C. , Acústica e Ruídos, UNESP, 2009
Ruído – Definições Básicas
Ruídos impulsivos, ou de impacto: apresentam altos níveis de intensidade
sonora, num intervalo de tempo muito pequeno. São os ruídos provenientes de
explosões e impactos. São ruídos característicos de rebitadeiras, impressoras
automáticas, britadeiras, prensas, etc.
Fonte: Fernandes, J. C. , Acústica e Ruídos, UNESP, 2009
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A Audição
Ouvido Externo
Pavilhão da orelha
Canal ou conduto auditivo
Tímpano
Ouvido Médio
Martelo
Bigorna
Estribo
Ouvido Interno
Caracol ou cóclea
A Audição
Ouvido Externo
Pavilhão, canal ou conduto
auditivo e tímpano.
Coleta e transmite as ondas
sonoras canalizando-as até o
tímpano.
O tímpano é uma membrana que
vibra.
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A Audição
Ouvido Médio
Martelo, estribo e a bigorna
Atua como um amplificador sonoro.
Aumentam a intensidade das
vibrações do tímpano através dos
ossículos (martelo, bigorna e
estribo).
Transmite as vibrações amplificadas
ao ouvido interno ⇒ caracol
(cóclea).
Protegem o sistema auditivo de sons
acima de 90 dB diminuindo a
amplitude das ondas sonoras.
A Audição
Ouvido Interno
Caracol ou cóclea
As vibrações do tímpano e dos
ossículos são transmitidos ao
cérebro através da cóclea.
Dentro da cóclea, os órgãos ciliados
de Corti transformam as vibrações
em meio líquido em impulsos
elétricos transmitidos ao cérebro
através do nervo acústico.
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Efeitos da exposição ao ruído
O ruído está presente em quase todas as atividades industriais.
Comprometem a saúde de uma parcela significativa dos trabalhadores
expostos a esse ambiente.
Os efeitos nocivos a saúde são classificados como:
Deslocamento temporário do limiar auditivo
Auditivos
Surdez profissional (condutiva e neurossensorial)
Não auditivos
Fisiológicos
Psicológicos
Sinérgicos
Efeitos Auditivos
Deslocamento temporário do limiar auditivo.
Ou seja, surdez temporária devido à fadiga auditiva ocorre após uma exposição
prolongada a níveis elevados de ruído;
Recupera-se com descanso.
Surdez profissional.
Condutiva: ocorre quando há ruptura de tímpano, ossículos ou outra estrutura
de condução;
Perda em todas as freqüências.
Neurossensorial: ocorre quando há a destruição dos órgãos ciliados de Conti.
Elevada perda da capacidade auditiva em torno de 4000Hz (gota acústica).
14
Efeitos Auditivos
Efeitos não auditivos ocorrem quando o trabalhador estão expostos a
ruídos de 100 dB.
Os efeitos não auditivos são:
Fisiológicos e Psicológicos:
Dor de cabeça;
Estresse;
Irritabilidade;
Depressão;
Vertigens;
Cansaço excessivo;
Insônia;
Hipertensão;
Diminuição da Libido;
Prediposição à infecções;
Modifica a Glicemia;
Alterações no sistema digestivo;
Zumbido.
Fonte: Gerges, S. N. Y., Ruído – Fundamentos e Controle, (2000)
Efeitos Auditivos
Efeitos não auditivos ocorrem quando o trabalhador estão expostos a
ruídos de 100 dB.
Os efeitos não auditivos são:
Sinérgicos:
Ocorre quando se é submetido a um ruído intenso;
Diminuição da Visão Noturna;
Confusão na Percepção das Cores;
Queda na atividade motora e falta de concentração.
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Perda de Audição
Qualquer redução na sensibilidade de audição é considerada perda de
audição.
A perda de audição devido ao envelhecimento tem início aos 30 anos, sendo
ligeiramente maior nos homens.
Fonte: Gerges, S. N. Y., Ruído – Fundamentos e Controle, (2000)
Perda de Audição
A exposição a níveis altos de ruído por tempo longo danifica as células da
cóclea. O tímpano, por sua vez raramente é danificado por ruído industrial.
A primeira efeito fisiológico é a perda de audição na banda de freqüência de 4
a 6 kHz.
As células nervosas no ouvido interno são danificadas, portando o processos
de perda auditiva é irreversível.
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Perda de Audição
Fonte: Gerges, S. N. Y., Ruído – Fundamentos e Controle, (2000)
Grandezas Físicas
A menor variação de pressão que o ouvido humano pode captar a 1000
Hz é igual a 20 µPa (5.000.000.000 de vezes menor que a pressão
atmosférica que é de aproximadamente 101,3 kPa
O ouvido humano pode tolerar variações de pressão milhões de vezes
maiores que a variação mínima. Então, se amplitude do som for medida
em Pa, a escala deve ser excessivamente grande.
Para evitar-se isso utiliza-se o decibel ou dB.
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Grandezas Físicas
O decibel (dB) é uma medida da razão entre duas quantidades. É uma unidade
de medida adimensional, semelhante à percentagem. A definição do dB é
obtida com o uso do logaritmo.
NPS ⇒ Nível de Pressão Sonoro [dB]
SPL ou Lp ⇒ Sound Pressure Level [dB]
Grandezas Físicas
O nível de pressão sonora de uma conversa em tom agradável chega a
aprox. 60 dB. Portanto, pode-se dizer que a amplitude da pressão sonora vale:
18
Pressão Sonora X Potência Sonora
Pressão Sonora X Potência Sonora
A potencia é uma característica da fonte;
O nível de pressão sonora (valor medido por um microfone) depende de uma
série de fatores, tais como:
distância do receptor à fonte;
obstáculos entre a fonte e o receptor;
ambiente com reflexão sonora, etc.
19
Nível de Pressão Sonoro em Campo Livre
Sem obstáculos ao redor da fonte, só há reflexão do chão (reflexão perfeita).
Essa situação é chamada de campo livre. A potência sonora é distribuída
igualmente em todas as direções, desse modo, a uma certa distância da fonte, a
energia está distribuída em uma área que corresponde a área de meia esfera
(hemisfério) ⇒ Níveis Típicos
de Ruído
20
Níveis Típicos de Ruído
Níveis de Percepção
O ouvido humano é capaz
de captar sons na faixa de
20 Hz a 20 kHz.
O ouvido humano é mais
sensível a sons na faixa de
2 kHz a 5 kHz (dependo do
autor (2 a 4 kHz).
Uma mudança de 3 dB no
NPS é o limite de
percepção.
21
Níveis de Percepção
Tipos de Fonte
22
Espaços Fechados
ANECÓICA ⇒ Energia acústica absorvida pela paredes com material absorvente.
REVERBERANTE ⇒ Energia acústica refletida por todas as paredes rígidas.
Campos Sonoros
Campo Próximo ⇒ Influência da energia refletida pelas próprias partes da
máquina
Campo Livre ⇒ O som se comporta com se propagar-se no céu livre de superfícies
refletoras;
Campo reverberante ⇒ as reflexões das paredes e outros objetos podem ser tão
forte como o som direto da a máquina.
23
Audibilidade
Nível de audibilidade (NA)
As curvas isoaudíveis (1000 Hz
padrão) representam a mesma
intensidade de resposta do ouvido
humano a determinados sons.
Por exemplo:
Um som NA=80 fones (70 dB) em
4000 Hz é ouvido com a mesma
intensidade de um som 100 Hz de
(85 dB).
Portanto, a 4000 Hz, há
necessidade de um NPS menor
para produzir o mesmo efeito no
organismo.
Circuitos de Compensação
Circuitos de Compensação (A, B, C e D)
Estes circuitos são filtros que possuem o objetivo de modelar e corrigir os
sons captados pelos medidores de NPS para a resposta do ouvido humano.
Circuitos de
Compensação
Unidade
Aplicação
A
dB(A)
Melhor representa a resposta do ouvido humano
Levantamento Ocupacionais
Dosimetrias
Cálculo de atenuação dos protetores auriculares
C
dB(C)
Ruído de impacto
Cálculo de atenuação dos protetores auriculares
D
dB(D)
Ruído de Aeroportos
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Circuitos de Compensação
Circuitos de Compensação (A, B, C e D)
NPS = 70 dB (1000 Hz) ⇒ Ouvido humano = 70 dB(A)
NPS = 70 dB (50 Hz) ⇒ Ouvido humano = 70–30,2= 39,2 dB(A)
-30,2 dB
Adição e Subtração de Níveis de Ruído
O decibel (dB) é uma escala logarítimica e portanto sem correlação
linear, ou seja: 80dB + 80dB ≠ 160dB.
ADIÇÃO
SUBTRAÇÃO
25
Adição e Subtração de Níveis de Ruído
Exemplo 01 . Um ambiente industrial possui duas máquinas que
emitem níveis de ruído iguais a 86 e 89 dB, respectivamente. Qual é o
NPS total deste ambiente ?
Adição e Subtração de Níveis de Ruído
Exemplo 01 . Um ambiente industrial possui duas máquinas que
emitem níveis de ruído iguais a 86 e 89 dB, respectivamente. Qual é o
NPS total deste ambiente ?
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Adição e Subtração de Níveis de Ruído
Exemplo 02 . Um operador de empilhadeira trabalha em um
ambiente que possui um nível de ruído igual a 84 dB(A). Sabe-se que o
ruído de fundo (medido com a empilhadeira desligada) é de 77 dB(A).
Determine o verdadeiro nível ruído emitido pela empilhadeira.
Adição e Subtração de Níveis de Ruído
Exemplo 02 . Um operador de empilhadeira trabalha em um
ambiente que possui um nível de ruído igual a 84 dB(A). Sabe-se que o
ruído de fundo (medido com a empilhadeira desligada) é de 77 dB(A).
Determine o verdadeiro nível ruído emitido pela empilhadeira.
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Formas de Ondas e Frequências
Para transformar um sinal no domínio do tempo para o domínio da frequência
utiliza-se a FFT (Transformada Fast de Fourier).
Típicos Sons
O ruídos industriais são complexos;
O objetivo da análise de frequência é mostrar que o sinal é composto por uma
série de frequências distintas em níveis individuais presentes simultaneamente;
O número de freqüências discretas apresentado é uma função da precisão
a análise de freqüência que normalmente podem ser definidos pelo usuário.
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Filtros Passa Banda – Bandas de oitava
Filtro passa Banda
Mede a energia sonora contida na banda de um filtro passa-banda.
Banda de Oitava
Um medidor de nível de som equipado com filtros de banda de oitava tem a
capacidade de dividir o espectro sonoro em bandas menores, para identificar o
conteúdo de frequência do ruído.
Filtros Passa Banda
1/3 de oitava
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Filtros Passa Banda – Bandas de oitava
Filtro passa Banda – Leitura do Medidor de NPS
Freq Central (Hz)
63
125
250
500
1000 2000 4000 8000
NPS(dBA)
71,5
71,7
76,6
82,6
81,8
NPS 10log 10
,"
#
10
,
#
⋯ 10
81
82
69
%&
#
NPS 88,4dBA
Microfones – Tipos
O Microfone de Campo Livre: O microfone perturba o campo sonoro
quando introduzido no meio, mas o microfone de campo livre é
projetado para compensar sua própria presença perturbadora.
O Microfone de Pressão: Quando o microfone de pressão é utilizado
para a medição em um campo livre, ele deve ser orientado em um
ângulo de 90 ° com a direção do som propagação, para que o som não
cause perturbações na frente do microfone.
O Microfone de Incidência Aleatória: foi projetado para responder
de maneira uniforme para os sinais que chegam simultâneo de todos os
ângulos. Quando usado em um campo livre deve ser orientado por um
ângulo de 70 ° - 80 ° para a direção de propagação.
30
Microfones – Tipos
Free field (Campo Livre)
Pressure (Pressão)
Random Incidence (Incidência Aleatória)
Microfones – Faixa Dinâmica
Microfones
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Microfones – Sensibilidade
Microfones
Instrumentação – Medidores de NPS
Medidores de NPS (Sound Level Meters) (decibelímetros - errado)
Existem quatro classes de medidores de NPS conforme as normas ANSI S1-4-1971 e
IEC 651/1979
Classe 0 (calibração em laboratórios)
Classe 1 (de precisão)
Classe 2 (para uso geral)
Calibradores
Protetor de vento e poeira
Pistofone
Calibrador
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Instrumentação - Dosímetros
Dosímetros
Utilizados para medição da dose de ruído (ou nível exposição) durante
uma jornada de trabalho.
Aparelho leve, portátil com um microfone que pode ser colocado perto
do ouvido.
Circuitos de Compensação
Circuitos de Compensação (A)
As normas internacionais e o Ministério do trabalho adotaram a curva
de compensação A (com resposta lenta - slow) para as medições de
nível de ruído contínuo e intermitente.
A curva A é a que melhor representa a resposta do ouvido humano.
As medições devem ser feitas próxima a orelha do trabalhador.
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Critérios de Avaliação
Exposição ocupacional ao ruído
NR-15 (Norma Regulamentadora 15 – Atividades e Operações Insalubres)
O trabalhador não pode exceder o limites estabelecidos no Anexo 1 quando
exposto a ruídos contínuos ou intermitentes.
Anexo 1 NR15 – Limites de Tolerância para ruído continuo ou intermitente
Critérios de Avaliação
Exposição ocupacional ao ruído
NR-15 (OSHA – q(5))
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Critérios de Avaliação
Exposição ocupacional ao ruído
NR-15 (exemplos)
Nível de Ação ⇒Valor acima da qual devem ser iniciadas ações
preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições de
ruído causem prejuízos a audição do trabalhador e evitar que o limite de
exposição seja ultrapassado.
Critérios de Avaliação
Exposição ocupacional ao ruído
Dose diária de Ruído (D) – Definição
Critério de Referência CR=85 dB(A) (Nível médio para qual, a
exposição durante 8 h de jornada de trabalho, corresponderá a 100% da
dose)
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Critérios de Avaliação
Exposição ocupacional ao ruído
As normas internacionais e o Ministério do trabalho adotaram a
curva de compensação A (com resposta lenta - slow) para as
medições de nível de ruído contínuo e intermitente.
A curva A é a que melhor representa a resposta do ouvido humano.
As medições devem ser feitas próxima a orelha do trabalhador.
Seguir a norma NHO 01 Fundacentro – Procedimentos Técnicos, Avaliação
da exposição ocupacional ao ruído.
Critérios de Avaliação
Exposição ocupacional ao ruído
Dose diária de Ruído e Nível de exposição. (conf. NHO-01)
O potencial de danos à audição de um dado ruído depende do seu
nível e de sua duração.
A avaliação da exposição ocupacional ao ruído contínuo ou intermitente
deve ser feita através da dose diária de ruído (D) ou através do nível
médio de exposição diária chamado de nível de exposição (NE).
Estes parâmetros podem ser
obtidos utilizando-se de um
dosímetros de uso pessoal
fixados no trabalhador.
36
Critérios de Avaliação
Exposição ocupacional ao ruído
Dose diária de Ruído (D)
Na ausência de dosímetro portáteis de uso pessoal, poderão ser
utilizados medidores portados pelo avaliador. Neste caso a dose
diária pode ser determinada por meio da seguinte expressão:
Critérios de Avaliação
Exposição ocupacional ao ruído
Exemplo 02. A tabela abaixo mostra a dose de ruído a que está exposto um
trabalhador durante uma jornada de trabalho de 8h. Determine a dose diária
a que este trabalhador foi exposto.
NPS - dB(A)
Tempo de
exposição
82
2 h 45 min
85
3 h 15 min
90
1h
96
45 min h
100
15 min
Menor que 85
dB(A)
desconsiderar
37
Critérios de Avaliação
Exposição ocupacional ao ruído
Exemplo 02. A tabela abaixo mostra a dose de ruído a que está exposto um
trabalhador durante uma jornada de trabalho de 8h. Determine a dose diária
a que este trabalhador foi exposto.
NPS - dB(A)
Tempo de
exposição
82
2 h 45 min
85
3 h 15 min
90
1h
96
45 min h
100
15 min
Menor que 85
dB(A)
desconsiderar
D
C
C. C/ C0
T
T. T/ T0
/,."
1
D=
Este trabalhador excedeu em 33,8%
sua dose diária permissível de ruído
+0+
#,"
,"
+
#,."
D=1,338
Critérios de Avaliação
Exposição ocupacional ao ruído
Exemplo 03. Para o exemplo 2, determine o nível de exposição (NE) a que o
trabalhador está submetido.
NPS - dB(A)
Tempo de
exposição
82
2 h 45 min
85
3 h 15 min
90
1h
96
45 min h
100
15 min
NE = 10 × log
480
D
×
+ 85
T4
100
38
Critérios de Avaliação
Exposição ocupacional ao ruído
Exemplo 03. Para o exemplo 2, determine o nível de exposição (NE) a que o
trabalhador está submetido.
NPS - dB(A)
Tempo de
exposição
82
2 h 45 min
85
3 h 15 min
90
1h
96
45 min h
100
15 min
NE = 10 × log
NE = 10 × log
480
D
×
+ 85
T4
100
480 133,8
×
+ 85
315
100
NE = 88,07db(A)
O nível de ruído que o trabalhador foi exposto equivale a 88,2 dB(A) durante
8 horas exposição.
Critérios de Avaliação
Exposição ocupacional ao ruído
Ruído de Impacto (ou impulsivo)
A medição do ruído de impacto deve ser feita com o medidor de NPS
operando em LINEAR, aquisição FAST e circuito de resposta para
NPSPICO.
Nesse critério, o limite de exposição diária ao ruído de impacto NP =
NPICO é determinado pela expressão:
NP = 160 − 10 × log(n)
Quando o número de impactos (n) ou impulsos diários exceder 10000,
o ruído será considerado contínuo e intermitente.
Conforme a NR-15, se o limite de exposição ao ruído de impacto de
PICO é de 140 dB(linear).
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Critérios de Avaliação
Exposição ocupacional ao ruído
Exemplo 04. Um colaborador trabalha no setor de estamparia onde uma
prensa hidráulica fornece n=5.000 golpes por dia. Determine O nível
máximo admissível do ruído de impacto (NP⇒NPICO).
Conclusão
Para este caso o nível de ruído máximo de PICO que o operador
pode estar exposto é de 123 dB
Critérios de Avaliação
Exposição ocupacional ao ruído
40
Referências Bibliográficas
E. Brevigliero, J. Possebon, R. Spinelli, Higiene Ocupacional – Agentes
Biológicos, Químicos e Físicos, 2º ed., SENAC editora, (2006).
Bistafa, S. R., Acústica aplicada ao controle do ruído, Ed Edgard
Blucher, 1ª edição, (2006).
Beraneck, L. L., Vér, I. L., Noise and Vibration Control Engeneering –
Principles and Aplications, John Willey &Sons, 2º ed., (2006)
R. F. Barron, Industrial Noise Control and Acoustics, 1ª ed., editora
Marcell Decker, (2003)
Measuring Sound – Brüel&Kjaer (1984).
Enviromental Noise – Brüel&Kjaer (2000).
S. N. Y. Gerges, Ruído – Fundamentos e Controle, 2ª ed, NR editora,
(2000).
Basic Concepts of Sound, Brüel&Kjaer (1998)
Basic Frequency Analysis of Sound, Brüel&Kjaer (1998)
Referências Bibliográficas
Fernandes, J. C., Curso de Acústica e Ruídos, UNESP, (2009)
www.mundofisico.joinville.udesc.br, acesso em 06/02/2011.
www.igans.com.br, acesso em 05/05/2011.
NR15 – Atividades e operações insalubres, Anexos 1 e 2.
NHO01 – Norma da exposição ocupacional ao ruído.
41
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