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FACULDADE TECSOMA
CURSO DE ENFERMAGEM
AVALIAR A IMPORTÂNCIA DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM NA UTI, DO MUNICÍPIO DE PARACATU-MG.
Vinícius Barbosa Oliveira
Paracatu
2010
Vinícius Barbosa Oliveira
AVALIAR A IMPORTÂNCIA DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM NA UTI, DO MUNICÍPIO DE PARACATU-MG.
Trabalho de conclusão de curso apresentado à
disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II como
pré-requisito para obtenção de título de bacharel em
Enfermagem pela Faculdade Tecsoma – Paracatu,
Minas Gerais.
Professor supervisor: Geraldo Benedito B. de Oliveira
Orientadora Temática: Carolina Guimarães A. Moreira
Paracatu
2010
OLIVEIRA, Vinícius Barbosa, 1988.
AVALIAR A IMPORTÂNCIA DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM NA UTI, DO MUNICÍPIO DE PARACATU-MG/Vinícius Barbosa
Oliveira. Paracatu - Minas Gerais: Faculdade TECSOMA - FATEC, 2010.
43p.
Orientadora: Msc.Carolina Guimarães Aguiar Moreira.
Monografia (Bacharelado). Enfermagem.
1. SAE. 2. UTI. 3. Enfermagem.
CDU: 616.083
Vinícius Barbosa Oliveira
AVALIAR A IMPORTÂNCIA DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM NA UTI, DO MUNICÍPIO DE PARACATU-MG.
Trabalho de conclusão de curso apresentado à
disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II como
pré-requisito para obtenção de título de bacharel em
Enfermagem pela Faculdade Tecsoma – Paracatu,
Minas Gerais.
_______________________________________________
Carolina Guimarães Aguiar Moreira
Orientadora Temática
_______________________________________________
Geraldo Benedito Batista de Oliveira
Professor Supervisor
Paracatu, 18 de junho de 2010
Dedico este trabalho aos meus pais, amigos é
colegas que sempre me deram força para
vencer as barreiras da vida.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar quero agradecer a Deus, por ter me dado força e inspiração deste
trabalho.
Agradeço aos meus pais que acreditaram em mim, e deram-me apoio nas horas
difíceis.
A minha orientadora, Professora Msc. Carolina Guimarães Aguiar Moreira que
mostrou enorme interesse e empenho para que se tornasse possível à realização deste trabalho.
Agradeço a Professora Marianne Novais Pinto, pelo auxilio na busca de artigos para
realização do projeto.
A todos meus colegas, pela troca de informações, que de certa foram auxiliou na
construção do projeto.
A Professora Carolina S. Souza, pela ajuda na escolha do tema.
Agradeço aos meus amigos Renato Caetano, Camila Rafaela, Ana Flavia, Guilherme
Tavares, que não deixaram que desistisse da execução do taralho.
É a todos que de certa forma ajudou para elaboração do Trabalho.
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo de avaliar a importância da implantação da Sistematização
da Assistência de Enfermagem (SAE), na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), do
Hospital Municipal de Paracatu (HMP). Trata-se de uma pesquisa quantitativa e qualitativa.
Os dados foram coletados nos meses de janeiro e fevereiro de 2010, por meio da análise de
prontuários da UTI do Hospital Municipal de Paracatu dos meses de junho a dezembro de
2009, sendo estes escolhidos aleatoriamente. À análise dos prontuários constatou-se que a
consulta de enfermagem e realizada para definição de alguns diagnósticos de enfermagem já
definidos pela instituição, para o cuidado com os pacientes internados. Observou-se que o
modelo de assistência realizado pelos profissionais enfermeiros da UTI do HMP, embasado
na metodologia da SAE, necessita de uma reestruturação para que se tenha um devido cuidado
realizado com seu paciente atendendo todas suas necessidades, onde todos pacientes/clientes
internados em uma UTI requerem cuidados intensos para manutenção de sua vida. Este
trabalho oferece de subsídio, para reorganização dos cuidados realizados aos pacientes na
unidade, visando assim uma melhor qualidade na assistência prestada pelos profissionais de
enfermagem para o cuidado continuado.
Palavras chaves: SAE, UTI, Enfermagem.
ABSTRACT
This study aims to evaluate the importance of implementing the Nursing Care System (NCS)
in the Intensive Care Unit (ICU), Hospital Municipal Paracatu (HMP). This is a quantitative
and qualitative research. Data were collected in January and February 2010, through the
analysis of medical ICU, Hospital Municipal Paracatu the months from June to December
2009, which were chosen randomly. In the analysis of the records revealed that the nursing
consultation and carried out to define some nursing diagnoses already defined by the
institution for the care of hospitalized patients. It was observed that the model of care
performed by nurses in the ICU of HMP, based on the methodology of SAE, you need a
restructuring in order to have a due diligence performed with the patient meeting all their
needs, where all patients / clients admitted to an ICU require intensive care to maintain its
life. This work provides a subsidy for the reorganization of care provided to patients in the
unit, aims at a better quality of care provided by nursing professionals for continued care.
Keywords: SAE, ICU, Nursing.
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 Principais Diagnósticos de Enfermagem Utilizados na UTI do HMP, nos meses
de junho a dezembro de 2009 ..................................................................................................... 32
GRÁFICO 2 Principais Doenças que levaram a internação na UTI do HMP, nos meses de
junho a dezembro de 2009 .......................................................................................................... 33
GRÁFICO 3 Principais Diagnósticos de Enfermagem utilizados aos pacientes internados com
diagnóstico médico de IAM na UTI do HMP ............................................................................ 34
GRÁFICO 4 Principais Diagnósticos de Enfermagem utilizados aos pacientes internados com
diagnóstico médico de ICC na UTI do HMP ............................................................................. 35
GRÁFICO 5 Principais Diagnósticos de Enfermagem utilizados aos pacientes internados com
diagnóstico médico de TCE na UTI do HMP ............................................................................ 36
GRÁFICO 6 Principais Diagnósticos de Enfermagem utilizados aos pacientes internados com
diagnóstico médico de Choque Cardiogênico na UTI do HMP ................................................. 38
LISTA DE ABREVIATURAS
Org. – Organização
LISTA DE SIGLAS
ABEn- Associação Brasileira de Enfermagem
AEP- Auto-Estima Prejudicada
COFEN- Conselho Federal de Enfermagem
DAC- Déficit no Auto-Cuidado
DCD- Débito Cardíaco Diminuído
HMP- Hospital Municipal de Paracatu
IAM- Infarto Agudo do Miocárdio
ICC- Insuficiência Cárdica Congestiva
IPP- Integridade da Pele Prejudicada
MG- Minas Gerais
PRI- Padrão Respiratorio Ineficaz
RI- Risco para Infecção
SAE- Sistematização da Assistência de Enfermagem
TCE- Traumatismo Crânio Encefálico
TGP- Troca Gasosa Prejudicada
UTI- Unidade de Terapia Intensiva
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 11
1.1 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 13
1.1.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 13
1.1.2 Objetivo Específico ......................................................................................................... 14
2 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 15
2.1 HISTORIA DA ENFERMAGEM .............................................................................................. 15
2.2 A REORGANIZAÇÃO HOSPITALAR E O SURGIMENTO DA ENFERMAGEM MODERNA ............. 16
2.3 ENFERMAGEM NO BRASIL.................................................................................................. 16
2.3.1 A Organização da Enfermagem na Sociedade Brasileira ............................................ 16
2.3.2 A Enfermagem no Brasil Moderno ............................................................................... 17
2.4 ENFERMAGEM.................................................................................................................... 18
2.4.1 A Enfermagem como Profissão ..................................................................................... 18
2.5 UTI .................................................................................................................................... 19
2.6 O PROCESSO DE ENFERMAGEM ......................................................................................... 21
2.6.1 Histórico de Enfermagem .............................................................................................. 23
2.6.2 Diagnóstico de Enfermagem.......................................................................................... 23
2.6.3 Componentes estruturais do Diagnostico de Enfermagem .......................................... 23
2.6.4 Plano de Cuidados ou Intervenções de Enfermagem ................................................... 24
2.6.5 Evolução de Enfermagem .............................................................................................. 24
2.7 APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM NA UTI ....................................................... 25
3
PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM UTILIZADOS EM UTI..... 26
4
4.1
4.2
4.3
4.4
PRINCIPAIS DOENÇAS QUE LEVAM PACIENTE A INTERNAÇÃO NA UTI . 27
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM) ........................................................................... 27
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA ........................................................................... 28
TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO ................................................................................ 28
CHOQUE CARDIOGÊNICO ................................................................................................... 29
5
5.1
5.2
5.3
5.4
5.5
METODOLOGIA ........................................................................................................... 30
TIPO DE ESTUDO ................................................................................................................ 30
INSTRUMENTOS DE PESQUISA E COLETA DE DADOS .......................................................... 30
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO ................................................................................................... 30
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO .................................................................................................. 31
DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO ....................................................................................... 31
6
RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 32
7
CONCLUSÃO ................................................................................................................. 40
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 41
11
1
INTRODUÇÃO
GEOVANINI, et al, (2002), diz que o desenvolvimento das práticas de saúde está
intimamente associada às estruturas sociais das diferentes nações em épocas diversas, é cada
período histórico traz consigo suas características próprias, englobando sua filosofia, política,
economia, leis e ideologia. Os períodos transitórios de desenvolvimento das nações, as
relações de poder e articulação da questão saúde, dentro das perspectivas socioeconômica e
política, são fatores que caracterizam a evolução e a trajetória das práticas de saúde, na qual a
enfermagem está inserida.
Segundo Backes e Schwartz (2005), a enfermagem, assim como a sociedade em geral,
vem acompanhando profundas e importantes mudanças nas relações sociais e políticas, no
campo tecnológico, nas relações interpessoais e, principalmente, na maneira de organizar os
serviços e responder às novas demandas gerenciais com base nos processos de melhoria
contínua. Por muitos anos, o tipo de organização dos serviços, associado ao modelo de gestão
tradicional, baseou-se em contradições geradas por uma estrutura rígida, excessivamente
especializada, com funções rotineiras e pouco desafiadoras.
Neste sentido, a enfermagem conformou-se, basicamente, com uma cultura do “fazer”
sem, contudo, refletir acerca de novas possibilidades do ser e agir na prática assistencial e
gerencial. Às novas demandas gerenciais e assistenciais, com enfoque nos processos de
melhoria contínua, e em consonância com as necessidades atuais dos clientes, as rápidas
evoluções tecnológicas e as transformações sociais, portanto, colocam os trabalhadores, de
modo geral, face ao imperativo de flexibilidade, inovação e criatividade, maior produtividade
e qualidade do produto dos serviços, humanização da assistência e aumento da qualidade de
vida do trabalhador, entre outros, a fim de garantir o espaço profissional com responsabilidade
social. (BACKES; SCHWARTZ, 2005).
Necessita-se, no entanto, de enfermeiros responsáveis pelo processo de melhoria, que
tenham sensibilidade para captar as necessidades emergentes, habilidade para empreender e
estimular ações inovadoras e, principalmente, conhecimento e capacidade estratégica para
envolver e comprometer criativamente os profissionais, a partir de então, traçar/desenvolver
ações inovadoras no campo da assistência, comprometidas com o ser humano enquanto
sujeito e agente de Mudanças. (BACKES; SCHWARTZ, 2005).
Segundo Silva e Santos (2009), a enfermagem tem passado por diversas mudanças
baseadas em um contexto socioeconômico característico de cada país. Onde desde as décadas
12
de 1950 e 1960, vem sendo expressa na literatura norte americana uma preocupação em
orientar as atividades de enfermagem com respaldo no método científico, tendo assim , a
aplicação do Processo de Enfermagem. No Brasil a pioneira na divulgação em uma obra
titulada foi Wanda Horta quando publicou o livro “Processo de Enfermagem”, que traz a idéia
de garantir o profissional de enfermagem a autonomia de suas ações através da Sistematização
de Enfermagem.
Tannure e Gonçalves (2008) diz que o processo de enfermagem é um método utilizado
para se implementar as ações de enfermagem, sendo a ferramenta principal para realização da
assistência, sendo o mesmo para ser operacionalizado necessita de etapas a serem seguidas em
uma sequência como: investigação ou histórico de enfermagem, diagnóstico, intervenção ou
implementação e evolução ou avaliação de enfermagem.
Para a dinâmica completa do processo de enfermagem da sistematização, necessita do
inter-relacionamento, entre suas fase citadas anteriormente onde as classificam como:
Histórico de Enfermagem: roteiro sistematizado para levantamento de dados
significativos para o enfermeiro, tornando-se possível a identificação do problema. (HORTA,
1979).
Diagnóstico de Enfermagem: a identificação das necessidades do ser humano que
precisa de atendimento. (HORTA, 1979).
Intervenções ou Prescrições de Enfermagem: implementação do plano assistencial
pelo roteiro diário que coordena a ação da equipe de enfermagem na execução dos cuidados
adequados ao atendimento das necessidades básicas e especificas do ser humano. (HORTA,
1979).
Evolução de Enfermagem: relato diário (ou aprazado) das mudanças sucessivas que
ocorrem no ser humano, enquanto estiver sob assistência profissional. Pela evolução é
possível avaliar a resposta do ser humano à assistência de enfermagem implementada
(HORTA, 1979).
Segundo Gentil, et al, (2006), a implementação da Sistematização da Assistência e
Enfermagem (SAE) constitui uma exigência para as instituições de saúde públicas e privadas
de todo o Brasil, de acordo com a resolução Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) de
número 272/2002. É também uma orientação da lei do exercício profissional de enfermagem
(Lei 7.498, 25 de junho de 1986). Sendo que a implantação da SAE torna-se uma estratégia da
organização que presta assistência de enfermagem na instituição.
Cintra, Nishide, Nunes, (2008), diz que com os avanços dos procedimentos cirúrgicos
13
e com maior necessidade de se prestar cuidados aos pacientes durante o período pósoperatório, levou ao desenvolvimento das Unidades Especiais de Terapia.
As Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) evoluíram com a criação das salas de
recuperação, na década de 1920, para assistência dos pacientes de neurocirurgia, no Hospital
Johns Hopkins e, na década de 1930, em Tubingen, na Alemanha, com a assistência intensiva
pós-operatória. (CINTRA, NISHIDE, NUNES, 2008).
No Brasil, a implantação das unidades de terapia intensiva, teve início na década de
1970, apesar das transformações ocorridas nas unidades de terapia, os enfermeiros sempre
praticavam a humanização no ambiente, visando à melhora do atendimento ao doente, bem
como seus familiares. (CINTRA, NISHIDE, NUNES, 2008).
Vendo a importância da SAE, para o cuidado do paciente/ cliente/ usuário, visando a
melhoria de suas necessidades humanas básicas, este trabalho vem mostrar resultados da
implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem na UTI do Hospital Municipal
de Paracatu- MG.
Sendo que a SAE depois de implantada requer maior interesse dos profissionais para
sua operacionalização, o objetivo deste estudo e comparar os prontuários da UTI antes e
depois da implantação da Sistematização Assistência de Enfermagem, avaliando e
identificando complicações, superadas pelos profissionais de Enfermagem no cuidado de seus
clientes, mostrando a importância da assistência de enfermagem no cuidado intensivo.
1.1
Objetivos
1.1.1 Objetivo Geral
Avaliar a importância da implantação da Sistematização da Assistência de
Enfermagem, na Unidade de Tratamento Intensivo, do Hospital Municipal de Paracatu.
14
1.1.2 Objetivo Específico
Mostra a importância da SAE para o cuidado continuado.
Identificar diagnósticos de enfermagem usados com maior frequência na UTI.
Identificar os principais diagnósticos de enfermagem utilizados nas principais
patologias de maior frequência que levaram a internação na UTI.
15
2
2.1
REFERENCIAL TEÓRICO
Historia da Enfermagem
Os sábios e filósofos viviam rodeados de discípulos a quem ministravam os seus
conhecimentos e experiências. Posteriormente, a prática do ensino passou a ser realizada
quase que exclusivamente por ordens religiosas, onde passou-se a ministrar o conhecimento.
(OGUISSO, 2007).
Segundo Oguisso, (2007), pode-se afirma que a prática da enfermagem foi sendo
desenvolvida pela Igreja católica, sendo que em algumas regiões do mundo ocidental, a
atividade torna-se monopólio das ordens religiosas. Aos poucos, as praticas da enfermagem
começavam a ser organizar, abrindo cominhos para o uso de instrumentos nos cuidados dos
doentes. Surgiu também a preocupação com o ambiente do paciente, com a necessidade de
luz, de ar fresco, de silêncio e, principalmente de higiene. Além disso o trabalho principal das
religiosas que cuidavam de doentes tinha motivação de ordem espiritual e era executado de
acordo com a orientação da Igreja.
Apartir deste principio as praticas de saúde vem se evoluindo onde as mesmas
segundo GEOVANINI, et al, (2002), foram subdivididas:
As práticas de saúde instintivas: caracterizada por cuidar dos grupos nômades
primitivos, tendo como pano de fundo as concepções evolucionista e teológica.
As praticas de saúde mágico-sacerdotais: caracteriza a relação mística entre as
práticas religiosas e as praticas de saúde primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes. Este
período corresponde à fase do empirismo.
As práticas de saúde no alvorecer da ciência: relaciona a evolução das praticas de
saúde , onde se tem o surgimento da filosofia e ao progresso da ciência , quando estas se
baseavam nas relações causa e efeito.
As praticas de saúde monástico-medievais: esta época corresponde ao aparecimento
da enfermagem como pratica leiga, desenvolvida pelos religiosos.
As praticas de saúde pós-monásticas: caracteriza esta evolução das praticas de saúde
como a transição intelectual e religiosa do mundo medieval para o mundo moderno marca o
perfil de uma nova era fundamentada na arte e na ciência.
As praticas de saúde no mundo moderno: tem como marco especial para a
16
enfermagem, pois ressalta o surgimento da Enfermagem como uma prática profissional
institucionalizada.
2.2
A reorganização hospitalar e o surgimento da Enfermagem Moderna
É na reorganização da instituições hospitalares e no posicionamento dos médicos,
como principal responsável por essa reordenação, que vamos encontrar as raízes do processo,
e seus reflexos na enfermagem. Logo que ocorreu a institucionalização da enfermagem, as
ações burocráticas que favorecem esse estado de coisas farão parte da prática administrativa
do enfermeiro, e este ver-se-á envolvido com grande parte de instrumentos normativos e
regimentais que afastarão progressivamente a assistência direta ao doente. (GEOVANINI, et
al, 2002).
Cintra, Nishide, Nunes, (2008), diz que; é nesse cenário que a enfermagem passa atuar
quando a profissão teve inicio na Inglaterra, no século XIX, com o trabalho de Florence
Nightingale, recrutando e treinando um grupo de mulheres para os cuidados a serem
realizados aos soldados feridos durante Guerra Criméia (1854-1856). Nesta época Florence
Nightingale, surgiu à idéia de classificar os doentes de acordo com o grau de sua gravidade,
colocando os mesmos mais próximos dos enfermeiros para maior vigilância e assistência.
Florence Nightingale teve importante participação na construção do ensino de
enfermagem, através de seus saberes e práticas relacionadas à profissão. Sua contribuição é
inegável frente a seu poder de observação. Além disso, defendia suas posições com base em
prévia investigação. (COSTA, et al, 2009).
2.3
Enfermagem no Brasil
2.3.1 A Organização da Enfermagem na Sociedade Brasileira
GEOVANINI, et al, (2002), diz que com a chegada do colonizador europeu e do negro
africano, doenças infecto-contagiosas, como a tuberculose, a febre amarela, a varíola, a lepra,
17
a malária e as doenças venéreas, passaram a compor o cenário nosológico brasileiro, tendo
inicio o percurso macabro das epidemias e a extinção dos nativos. Sendo a assistência aos
doentes prestada pelos religiosos, em enfermarias edificadas nas proximidades dos colégios e
conventos.
A pratica da enfermagem era, por esse tempo, doméstica e empírica; mais instintiva
que técnica, atendendo prioritariamente a fins lucrativos. Onde mais tarde foi fundados os
hospitais militares; com intuito de preservação da vida dos soldados, tendo como beneficio o
cuidado e manutenção de sua tropas. (GEOVANINI, et al, 2002).
2.3.2 A Enfermagem no Brasil Moderno
A enfermagem neste contexto ocupa dois pólos distintos: enquanto um contingente
significativo de enfermeiros especializa-se cada vez mais para atender as expectativas
médico-hospitalares, o outro grupo de enfermeiros tenta o resgate as saúde pública no Brasil.
Esta nova postura da enfermagem, que incentiva a inter e a multidisciplinaridade, tem como
objetivo a manutenção da saúde do homem visto como ser integral. A partir dai vê se o
reconhecimento crescente por parte dos próprios funcionários de saúde essa nova forma de
exercer a enfermagem. (GEOVANINI, et al, 2002).
Nesse sentido, desde 1985, a Associação Brasileira de Enfermagem, em conjunto com
a comissão de especialistas em enfermagem da secretaria de ensino superior do Ministério da
Educação, vem se desenvolvendo um estudo de âmbito nacional, buscando definir os
parâmetros e diretrizes básicas que devem orientar o enfermeiro no Brasil (GEOVANINI, et
al, 2002).
GEOVANINI, et al, (2002), relata que é necessário o debate sobre o novo currículo de
enfermagem no momento atual, que passou a partir do Seminário Nacional realizado em
Niterói, em 1989, foi consubstanciada pelo documento ABEn Nacional em 1991 que: o
aumento da duração mínima do curso (de 2.500 h ------ parecer 163/72 ------ para 3.000 h ou 8
a 10 semestres letivos); e a mudança do nome do curso, de Enfermagem e Obstetrícia para
curso de Enfermagem. E necessário que ainda haja uma preocupação constante em formar
profissionais críticos e conscientes de seu papel social, comprometidos com as reais
necessidades de vida e saúde da população.
18
2.4
Enfermagem
2.4.1 A Enfermagem como Profissão
Antes de 1890, o exercício da enfermagem era pratica com base na solidariedade
humana, já o aspecto profissional surge a partir da prestação de cuidados à pessoas enfermas
nos domicílios, na sua maioria, por mães e escravos que lá trabalhavam. No Brasil a
profissionalização da enfermagem surgiu por meio da sistematização do ensino da prática do
cuidar, onde o trabalho do enfermeiro aos longos dos tempos tem-se constituído em objeto de
questionamentos e reflexões por parte dos profissionais e estudiosos da área, relacionadas
com ações as práticas de saúde. (OGUISSO, 2005).
Silva, et al, (2006), refere-se que a evolução da enfermagem como ciência e prática
social, o enfermeiro passou a assumir papéis não só na assistência, mas na liderança e na
pesquisa. Além disso, incorporou em sua formação profissional conhecimento de outros
saberes, a exemplo da ciência da administração. A inter-relação da administração na
enfermagem está, entretanto, alicerçada nos princípios da própria profissão, apoiados nos
pensamentos e ações de Florence Nightingale. Entre estes princípios sobressaem quatro
conceitos fundamentais: "ser humano, meio ambiente, saúde e enfermagem".
A enfermagem, como parte integrante da equipe de saúde, tem implementado ações no
intuito de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas. No entanto,
estas ações, de caráter preventivo, curativo ou de reabilitação, desenvolvidas pela
enfermagem, à sua clientela através de processo educativo muitas vezes, não são inseridas na
vida cotidiana do profissional enfermeiro, devido à sobrecarga de atividades diárias que
afetam a qualidade de sua existência nem sempre têm sido aplicadas por esses profissionais
em seu próprio benefício. (SILVA, et al, 2005).
A valorização da enfermagem enquanto profissão depende também da postura do
profissional frente aos problemas que emergem da sua prática. O enfermeiro precisa ser
autêntico e conquistar o seu espaço com mérito, através do uso do seu conhecimento
científico específico, que pode ter na Sistematização da Assistência de Enfermagem a
autonomia necessária para desenvolver um trabalho consciente, eficiente e gratificante do
ponto de vista de resultados positivos na assistência prestada (HERMIDA, 2004).
Amante, Rossetto, Schneider (2009); diz que à SAE, atividade privativa do
19
enfermeiro, busca a identificação das situações saúde/doença dos indivíduos através da
utilização de um método e de uma estratégia de trabalho científicos que irão subsidiar ações
de enfermagem contribuindo para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde
dos indivíduos. O processo de enfermagem é a maneira sistemática e dinâmica de prestar
cuidado de enfermagem, promovendo cuidado humanizado, orientado a resultados e de baixo
custo. Além disso, impulsiona os enfermeiros a analisarem constantemente o que estão
fazendo e a estudarem como poderiam fazê-lo melhor. A SAE é essencial para que o
enfermeiro possa gerenciar e desenvolver uma assistência de enfermagem organizada segura,
dinâmica e competente.
2.5
UTI
A unidade de terapia intensiva (UTI) destina-se ao atendimento de doentes graves e
recuperáveis, oferecendo assistência médica e de enfermagem integrais, continuas e
especializadas, com a utilização de equipamentos especiais. O sucesso ou fracasso de uma
UTI é diretamente proporcional à qualidade e à motivação do seu corpo clínico de
enfermagem. A UTI tem fundamental importância na recuperação de seus pacientes, mas para
que isso ocorra há necessidade da qualificação dos profissionais para o comprimento de sua
funções. (UENISHI, 2004).
Como já visto que as Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) evoluíram com a
criação das salas de recuperação, na década de 1920, para assistência dos pacientes de
neurocirurgia, no Hospital Johns Hopkins e, na década de 1930, em Tubingen, na Alemanha,
com a assistência intensiva pós-operatória. Sendo que no Brasil a implantação das unidades
de terapia intensiva, teve início na década de 1970. Onde estes centros representaram o
impacto de novas tecnologias, trazendo modernas técnicas, fazendo com que os enfermeiros
lidassem pela primeira vez, com equipamentos que os auxiliavam com os cuidados dos
pacientes. (CINTRA, NISHIDE, NUNES, 2008).
Com a evolução destas novas praticas e técnicas de atuação devido a evolução, fez
com que os enfermeiros enfrentassem muitos desafios durante os anos de fundação das
unidade de terapia intensiva. Além do crescimento das necessidades de atendimento aos
pacientes, os equipamentos também exigiam boa parte da atenção do enfermeiro. (CINTRA,
NISHIDE, NUNES, 2008).
20
Segundo Cintra, Nishide, Nunes (2008), diz que apesar das transformações e o rápido
desenvolvimento destas unidades, do alto risco dos pacientes internados, os enfermeiros
praticavam a humanização no ambiente de terapia intensiva, visando um melhor atendimento
ao doente, bem como aos seus familiares, visando diminuir o estresse profissional que
realizavam o cuidado continuado.
Segundo Silveira, et al, (2005), a necessidade de humanização do cuidado prestado
nos fez buscar um respaldo teórico interacionista para subsidiar o modo de nos relacionarmos
com o paciente e sua família, considerando os seguintes pressupostos: a interação entre a
equipe de enfermagem, paciente e família é fundamental para um cuidado efetivo; a equipe
precisa considerar as necessidades da família diante de situações estressantes; o
estabelecimento do plano de cuidados à família deve ser construído juntamente com esse
grupo, continuamente validado, avaliado e reavaliado; a interação da equipe de enfermagem
com os familiares e o paciente precisa ser estabelecida através do diálogo e da busca dos
significados que as experiências de doença geram em cada pessoa; a afetividade
proporcionada entre familiar e paciente é fundamental para a sua recuperação e reabilitação.
A admissão de um paciente na UTI comumente requer uma rápida intervenção, já que
o paciente apresenta alto risco de instabilidade de um ou mais sistemas fisiológicos, com
possíveis riscos à saúde, cuja vida pode encontrar-se no limite com a morte. Em decorrência
da premência de um fazer tecnológico imediato, muitas vezes, torna-se difícil um contato
inicial com os familiares, o que contribui para o entendimento da UTI como um local em que
predomina a frieza e a atuação desumana e distante. A partir da nossa experiência, entretanto,
consideramos que a interação com as famílias necessita se dar desde o momento da internação
do familiar doente, proporcionando-lhes atenção, oportunidade de dialogar e de esclarecer
dúvidas. (SILVEIRA, et al, 2005)
Os profissionais de enfermagem para prestar uma assistência de enfermagem com
qualidade e de forma humanizada, necessita inserir-se na rede social de cuidados de forma
consciente, competente, tanto técnica quanto cientificamente, colocando a enfermagem como
uma profissão crucial para a construção de uma assistência de qualidade, tendo como
principio organizar os serviços de saúde e responder às novas demandas gerencias e
científicas. (NASCIMENTO, et al, 2008).
Cintra, Nishide, Nunes (2008), diz que a organização físico-funcional de internação de
pacientes em regime de tratamento intensivo deve:
Proporcionar condições de internar pacientes críticos em ambientes individuais e
coletivos conforme o grau de risco, faixa etária, patologia e requisitos de privacidade.
21
Executar e registrar assistência médica e de enfermagem intensiva.
Prestar apoio diagnóstico laboratorial, de imagem e terapêutico ininterruptamente
durante 24 horas.
Manter condições de monitoramento e assistência respiratória contínua.
Prestar assistência nutricional e distribuir alimentos aos pacientes.
Manter pacientes com morte encefálica nas condições de permitir a retirada de órgãos
para transplantes, quando consentida.
Os profissionais enfermeiros de UTIs assume a responsabilidade de cuidar do
paciente, tanto nos casos de emergência quanto no contexto de apoio à vida. Sendo que as
exigências das UTIs, abrange uma ampla área de conhecimentos científicos e de
especializações, significam que os enfermeiros precisam integrar a sua habilidades técnicas, e
apoiar a uma educação continua e construtiva sobre sua habilidades adquiridas. Pois o
desenvolvimento de novas habilidades/técnicas deve ser objetivo permanente para toda a
equipe, visto que a falta de uma educação continuada pode afetar o desempnho dos
profissionais atuantes nas unidades de terapia intensiva (CINTRA, NISHIDE, NUNES, 2008).
Oliveira, et al, (2006), mostra que a identificação do processo de trabalho da equipe de
enfermagem na UTI permite compreender a percepção da equipe de enfermagem, quanto aos
elementos constituintes do processo de trabalho (objeto, instrumento, finalidade e produto
final) e apreender, na assistência de enfermagem prestada, as medidas de humanização
adotadas e se as mesmas propiciam efeitos na qualidade da assistência de enfermagem
prestada ao paciente.
2.6
O Processo de Enfermagem
O processo de enfermagem é dinâmica de ações sistematizadas , visando a assistência
ao ser humano. Caracteriza-se pelo inter-relacionamento e dinamismo de suas fases ou passos.
(HORTA, 1979).
Percebe-se, assim que a implementação de um modelo e/ou uma fórmula
predeterminada de assistência, não é garantia de maior qualidade na assistência em saúde. É
preciso, também que se estabeleçam novas e sempre mais complexas relações e interações
profissionais para apreender o ser humano de forma ampla e integral. Tornando-se cada vez
22
mais incisivo o desejo de compreender a Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE) a partir de novos referenciais, capazes de ampliar o campo de visão além das fórmulas
prescritivas e normativas e, sobretudo, para os modelos formalmente instituídos como
norteadores de uma assistência centrada no ser humano. (NASCIMENTO, et al, 2008)
Segundo Gentil, et al, (2006), para que o processo de enfermagem seja aderido pela
equipe de enfermagem e realmente otimize e qualifique o cuidado prestado ao cliente é
preciso que se tenha, concomitantemente, uma assistência de enfermagem sistematizada.
Desta forma, a SAE e o processo de enfermagem precisam andar lado a lado para termos
resultados positivos e benéficos tanto para o cliente quanto para o profissional de
enfermagem.
Para Truppel, et al, (2009), a implementação da SAE proporciona cuidados
individualizados, assim como norteia o processo decisório do enfermeiro nas situações de
gerenciamento da equipe de enfermagem. Onde oportuniza avanços na qualidade da
assistência, o que impulsiona sua adoção nas instituições que prestam assistência à saúde. É
composta pela documentação das etapas do processo de enfermagem, a fase do histórico,
diagnóstico de enfermagem, planejamento e avaliação de enfermagem. Esta divisão tem
cunho apenas didático, uma vez que na prática assistencial a SAE é um processo com etapas
inter-relacionadas e dinâmico. Ressalta-se também que embora cada uma destas fases seja
denominada por diferentes autores de diversas maneiras, elas possuem a mesma concepção.
A adoção de sistemas de classificação permite o uso de uma linguagem única é
padronizada, a qual favorece o processo de comunicação, a compilação de dados para o
planejamento da assistência, o desenvolvimento de pesquisas, o processo de ensinoaprendizagem profissional e fundamentalmente confere cientificamente ao cuidado do
paciente. (TRUPPEL, et al, 2009).
Tannure, Gonçalves (2008) diz que o processo de enfermagem é um método utilizado
para se implementar as ações de enfermagem, sendo a ferramenta principal para realização da
assistência, para ser operacionalizado necessita de etapas a serem seguidas em uma sequência
como: investigação ou histórico de enfermagem, diagnóstico, intervenção ou implementação e
evolução ou avaliação de enfermagem.
23
2.6.1 Histórico de Enfermagem
Consiste na coleta de informações referentes ao estado de saúde do cliente, da família
e da comunidade, com propósito de identificar as necessidades de cada cliente. No entanto
torna-se imprescindível, que as informações sejam fidedignas, para que se tenha o perfil de
saúde e doença do cliente. (TANNURE, GONÇALVES, 2008).
2.6.2 Diagnóstico de Enfermagem
É a segunda fase do processo da enfermagem. Analisando os dados colhidos no
histórico, são identificados os problemas de enfermagem. Estes em sua nova análise, levam à
identificação das necessidades básicas afetadas e do grau de dependência do paciente em
relação à enfermagem, para seu atendimento. (HORTA, 1979).
2.6.3 Componentes estruturais do Diagnostico de Enfermagem
2.6.3.1 Título
Onde estabelece um nome para o diagnostico. É um termo ou frase concisa que
representa um padrão de sugestões. (TANNURE, GONÇALVES, 2008).
2.6.3.2 Fatores relacionados
São fatores que aparecem para mostrar algum tipo de relacionamento padronizado
com o diagnostico de enfermagem. Podem ser descritos como relacionados a, ou associado a.
(TANNURE, GONÇALVES, 2008).
24
2.6.3.3 Características definidoras
Sugestões observáveis que se agrupam como manifestações de um diagnostico de
enfermagem real ou de bem estar. São os sinais e os sintomas, ou melhor, são as
manifestações clinicas que fez com que o profissional concluir qual o problema existente.
Podem ser descritas como evidenciadas pó ou caracterizadas por. (TANNURE,
GONÇALVES, 2008).
2.6.3.4 Fatores de risco
Fatores ambientais e elementos fisiológicos, psicológicos, genéticos ou químicos que
aumentam a vulnerabilidade de um indivíduo, de uma família ou de uma comunidade a um
evento. (TANNURE, GONÇALVES, 2008).
2.6.4 Plano de Cuidados ou Intervenções de Enfermagem
É o roteiro que coordena a ação da equipe de enfermagem nos cuidados adequados ao
atendimento das necessidades básicas e especificas dos seres humanos. Onde a prescrição
deve ser concisa, clara e especifica; quando for prescrita mudança de decúbito, deverão ser
explicadas as posições indicadas com os respectivos horários. Sendo que e função do
enfermeiro sempre checar as prescrições quando checadas, lembrando sempre anotar se
necessário as observações referente ao cuidado prestado. (HORTA, 1979).
2.6.5 Evolução de Enfermagem
A evolução é, em síntese, uma avaliação global do plano de cuidados “prescrições de
25
enfermagem”, tendo o relato diário das mudanças sucessíveis ao cuidado. (HORTA, 1979).
2.7
Aplicação do Processo de Enfermagem na UTI
A SAE é um processo sistematizado de prestação de cuidados que visa à obtenção de
resultados desejados de uma maneira rentável. É sistemático por se constituir de etapas,
durante as quais são dados passos deliberados para potencializar a eficiência e atingir
resultados benéficos. Este processo sempre foi desenvolvido pelos enfermeiros como forma
de prestar assistência ao cliente, sendo aperfeiçoado com o passar do tempo e atualizado a
partir de estudos e bases científicas até os dias de hoje, quando foi introduzida esta
nomenclatura (Sistematização da Assistência de Enfermagem), tendo se tornado obrigatória
sua implementação nas instituições de saúde desde agosto de 2002, através da Resolução do
Conselho Federal de Enfermagem. (MINCOFF, CONTE, NAKAMURA, 2005).
Para Mincoff, Conte, Nakamura, (2005), a enfermagem tem o objetivo de prover uma
assistência que atenda às necessidades do cliente, ao passo que o da Instituição é prestar um
serviço efetivo e eficiente. Portanto, o uso do diagnóstico de enfermagem beneficia a ambos,
porque direciona a assistência de enfermagem para as necessidades de cada cliente, facilita a
escolha de intervenções mais adequadas, registra de forma objetiva as reações do cliente e
permite subseqüente avaliação dos cuidados de enfermagem.
Para Truppel, et al, (2009), o cuidado altamente especializado e complexo que o
enfermeiro desenvolve em uma Unidade de Terapia Intensiva, a sistematização e a
organização do seu trabalho e, por conseguinte, do trabalho da equipe de enfermagem,
mostram-se imprescindíveis para uma assistência de qualidade, com eficiência e eficácia.
Sistematizar o cuidado implica em utilizar uma metodologia de trabalho embasada
cientificamente. Isto resulta na consolidação da profissão e visibilidade para as ações
desempenhadas pelo enfermeiro, bem como oferece subsídios para o desenvolvimento do
conhecimento técnico-científico. Estes sustentam e caracterizam a enfermagem enquanto
disciplina e ciência, cujos conhecimentos são próprios e específicos.
De acordo com Hudak, Gallo (1997), o papel do enfermeiro na unidade de tratamento
intensivo consiste em obter a história do cliente, realizar exame físico, executar tratamento,
aconselhando e ensinando a manutenção da saúde e orientando os clientes para uma
continuidade do tratamento. Os enfermeiros das UTIs devem, ainda, aliar à fundamentação
26
teórica a capacidade de liderança, o trabalho, o discernimento, a iniciativa, a habilidade de
ensino, a maturidade e a estabilidade emocional.
3
Principais Diagnósticos de Enfermagem Utilizados em UTI
Identifica-se a importância de determinados diagnósticos de enfermagem, para o
cuidado de paciente, estes são importantes para determinar as prescrições de enfermagem que
visa à melhoria e manutenção da saúde do paciente. Os diagnósticos necessitam de
características e fatores para sua determinações, NANDA-I (2008); traz a definição dos
principais diagnósticos utilizados na UTI.
Padrão Respiratório ineficaz: inspiração ou expiração que não proporciona ventilação
adequada; caracterizado por alterações na profundidade respiratória, bradipnéia, ortopnéia,
pressão expiratória diminuída, pressão inspiratória diminuída, taquipnéia, uso da musculatura
acessória para respirar; relacionado à fadiga, obesidade, ansiedade, dor, deformidade na
parede do tórax, hiperventilação e lesão da medula espinhal. (NANDA-I.; 2008).
Integridade da Pele Prejudicada: epiderme e/ou derme alteradas; caracterizada por
destruição de camadas da pele, invasão de estruturas do corpo, rompimento da superfície da
pele, relacionado a fatores externos como hipertermia, hipotermia, medicamentos, radiação,
umidade, extremos de idade e a fatores internos como circulação prejudicada, nutrição
desequilibrada, proeminências ósseas e mudanças de turgor. (NANDA-I.; 2008).
Risco para infecção: risco aumentado de ser invadido por organismos patogênicos,
relacionado a fatores de risco tais como: agentes farmacêuticos, desnutrição, exposição
ambiental aumentada a patógenos, defesas secundarias inadequadas (diminuição de
hemoglobina, leucopenia), defesas primarias inadequadas (pele rompida, tecido traumatizado,
peristaltismo alterado), trauma e ruptura das membranas amnióticas. (NANDA-I.; 2008).
Troca de Gases Prejudicada: excesso ou déficit na oxigenação e/ou na eliminação de
dióxido de carbono na membrana alveolocapilar, caracterizado por agitação batimento da asa
do nariz, cefaléia ao acordar, confusão, dispnéia, taquicardia, hipoxemia, irritabilidade,
sonolência e respiração anormal (freqüência, ritmo e profundidade), relacionado ao
desequilíbrio na ventilação perfusão e mudanças da membrana alveolocapilar. (NANDA-I.;
2008).
Déficit no Auto-Cuidado: estado em que o individuo experimenta uma capacidade
27
prejudicada de completar suas atividades diárias, caracterizado por incapacidade fazer sua
própria alimentação, realizar seu banho, incapacidade de vestir-se e arrumar-se, incapacidade
de usar o toalete; relacionado à fraqueza, desmotivação; depressão, danos músculoesquelético, dor, desconforto e danos neuromusculares. (NANDA-I.; 2008).
Auto-Estima Prejudicada: auto-avaliação/sentimentos, negativos, prolongados sobre si
mesmo ou suas próprias capacidades, caracterizado por expressões de culpa, indeciso,
frequente falta de sucesso nos eventos da vida e dependentes das expressões dos outros.
(NANDA-I.; 2008).
4
Principais Doenças que Levam paciente a internação na UTI
4.1
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
O IAM refere-se ao processo pelo qual áreas de células miocárdicas no coração, são
destruídas de maneira permanente, onde o IAM é usualmente causado pelo fluxo sanguíneo
diminuído em uma artéria coronária, devido a aterosclerose e oclusão de uma artéria por um
êmbolo ou trombo, tendo como manifestação a dor torácica que acorre de forma repentina.
(Smeltzer e Bare, (2005).
Smeltzer e Bare, (2005), estabelecem principais diagnósticos de enfermagem:
Perfusão ineficaz dos tecidos cardiopulmonares relacionada com o fluxo sanguíneo
coronário reduzido a partir do trombo coronário,
Potencial para troca gasosa prejudicada relacionado com a sobrecarga hídrica em
razão da disfunção ventricular esquerda;
Potencial para a perfusão tissular periférica alterada relacionado com o debito
cardíaco diminuído em razão a disfunção ventricular esquerda;
Ansiedade relacionada com o medo da morte;
Conhecimento deficiente sobre o auto-cuidado após o IAM.
28
4.2
Insuficiência Cardíaca Congestiva
A ICC resulta de inúmeras doenças cardiovasculares, porém leva a algumas
anormalidades cardíacas comuns, que resultam em uma contração diminuída, e de enchimento
diminuída. Tendo como principais sintomas: taquicardia, vertigem e batimentos ectópicos
ventriculares e atriais. (Smeltzer e Bare, (2005).
Smeltzer e Bare, (2005), mostram os principais diagnósticos de enfermagem:
Intolerância à atividade (ou risco de intolerância à atividade) relacionada com o
desequilíbrio entre o suprimento e demanda de oxigênio por causa do debito cardíaco
diminuído,
Excesso de volume de líquido relacionado com a ingesta excessiva de sódio ou líquido
e retenção de liquido por causa da insuficiência cardíaca e sua terapia clínica;
Ansiedade relacionada com a falta de ar e inquietação consequente à oxigenação
inadequada;
Impotência relacionada com a incapacidade de realizar os encargos da função por
causa da doença crônica e hospitalizações;
Não-aderência relacionada com a falta de conhecimentos.
4.3
Traumatismo Crânio Encefálico
O TCE é uma classificação ampla que inclui lesões do couro cabeludo, crânio ou
cérebro. Onde os sintomas dependem da gravidade e da distribuição da lesão cerebral. No
geral a dor localizada e persistente sugere que a fratura está presente. (Smeltzer e Bare (2005),
Smeltzer e Bare, (2005), traz os principais diagnósticos de enfermagem utilizados em
pacientes com TCE:
Nutrição alterada, ingestão menor que as necessidades corporais, relacionada com as
alterações metabólicas, restrição de líquidos e ingestão inadequada,
Déficit de volume de líquidos relacionado com o nível de consciência diminuído e
disfunção hormonal;
29
Risco de lesão, relacionada com as convulsões, desorientações, inquietação ou
comprometimento cerebral;
Potencial para distúrbio no padrão do sono relacionado com lesão cerebral e as
avaliações neurológicas frequentes;
Processos de raciocínio perturbados (comunicação, memória, processamento
intelectual), relacionados com a lesão cerebral;
Conhecimento deficiente sobre a recuperação e o processo de reabilitação;
Limpeza ineficaz da via aérea e troca gassosa prejudicada relacionadas com a lesão
cerebral.
4.4
Choque Cardiogênico
O Choque que cardiogênico ocorre quando a capacidade do coração de se contrair e
bombear sangue está comprometida e o suprimento de oxigênio é inadequado para o coração,
os pacientes em choque cardiogênico, apresentam sintomas como dor anginosa e pode
desenvolver disritmias e instabilidade hemodinâmica. (Smeltzer e Bare, (2005).
30
5
5.1
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Trata-se de uma pesquisa quantitativa e qualitativa.
A metodologia qualitativa permite uma análise e interpretação mais profunda e
detalhada a cerca das investigações, hábitos, atitudes, tendências de comportamento,
flexibilidade e a capacidade de observação com os atores sociais envolvidos. (LAKATOS &
MARCONI, 2005).
Conforme Oliveira (2000), o estudo quantitativo é aquele que possibilita que a
apresentação dos dados através de gráficos e tabelas, permitindo assim a análise estatística
dos dados.
5.2
Instrumentos de Pesquisa e Coleta de Dados
Para a realização deste trabalho fez-se necessário a avaliação dos prontuários da
Unidade de tratamento Intensivo (UTI), do Hospital Municipal de Paracatu (HMP).
Os mesmos foram escolhidos aleatoriamente, sendo realizada a analise em busca do
formulário de diagnósticos de enfermagem, para quantificação dos dados.
5.3
Critérios de Inclusão
Prontuários com os formulários de diagnósticos de enfermagem preenchidos
corretamente da UTI do HMP.
31
5.4
Critérios de Exclusão
Como critério de exclusão desta pesquisa, optou-se por não avaliar os prontuários da
UTI, do HMP, onde os formulários de diagnósticos de enfermagem não estivessem
preenchidos corretamente.
5.5
Desenvolvimento do Estudo
O presente estudo foi desenvolvido no período de agosto de 2009 a julho de 2010.
Onde feito uma pesquisa bibliográfica para um melhor entendimento do tema. Após todo o
levantamento dos dados bibliográficos, realizou-se a pesquisa de campo, no arquivo do HMP,
para analise dos prontuários da UTI; obtendo assim uma avaliação quantitativa qualitativa, do
pleno funcionamento da UTI, na prestação do cuidado continuo aos pacientes, mostrando a
importância do pleno funcionamento da Sistematização Assistência de Enfermagem (SAE).
Ao decorrer do levantamento bibliográfico apresentou-se ao secretario municipal de
saúde o projeto do trabalho, para aprovação do mesmo para coleta de dados.
Nos meses de janeiro e fevereiro de 2010, foram avaliados os prontuários escolhidos
aleatoriamente do período de junho a dezembro do ano de 2009, e observado nos mesmos os
principais diagnósticos utilizados na instituição, e quantificarmos qual a relevância da SAE
em uma UTI, possibilitando a identificação após a analise dos dados qual a importância da
SAE para a recuperação dos pacientes internados na unidade.
32
6
RESULTADOS E DISCUSSÃO
No presente trabalho foram avaliados, oitenta e nove prontuários da Unidade de
Tratamento Intensivo (UTI) do hospital municipal de Paracatu (HMP); escolhidos
aleatoriamente dos meses de junho a dezembro de 2009, destes oitenta e dois prontuários
serviram de bases para coleta de dados e a elaboração do trabalho, e estes possuíam a ficha de
enfermagem preenchida corretamente, sendo que sete dos oitenta e nove questionários foram
desclassificados devido ao preenchimento inadequado, com ênfase nos diagnósticos de
enfermagem.
Á UTI do hospital conta com um formulário exclusivo da enfermagem a cada
paciente, este são fonte de dados a elaboração do plano de cuidados, aos indivíduos,
representando uma importância significativa ao tratamento sistematizado prestado a eles, uma
vez que através do histórico do cliente tem se um plano pré determinados com diagnósticos e
prescrições de enfermagem, com obtendo assim êxito no tratamento do paciente.
O formulário conta com itens referente ao cliente para seu preenchimento como,
nome, número do prontuário; leito; data da avaliação de enfermagem e data da admissão;
diagnósticos de enfermagem a serem determinados de acordo com suas patologias,
prescrições de enfermagem a serem realizadas a fim de melhorar o processo de saúde do
paciente e por fim a evolução de enfermagem, apresentando a trajetória do plano de cuidados
que seria oferecido para o paciente. Ressalva que os diagnósticos foram já determinados pelos
enfermeiros da instituição, sendo o mesmo composto por doze diagnósticos de enfermagem.
Após analise dos dados coletados verificou-se quais os principais diagnósticos de
enfermagem utilizados na UTI do HMP, estes estão expressos no (Gráfico 1).
33
100%
93,90%
100%
92,80%
PRI-Padrão Respiratório Ineficaz
90%
IPP-Integridade da Pele
Prejudicada
80%
70%
RI-Risco para Infecção
60%
50%
51,22%
42,68%
45,12%
TGP-Troca de Gases Prejudicada
40%
30%
20%
10%
DAC-Déficit no Auto-Cuidado
AEP-Auto-Estima Prejudicada
0%
Gráfico 1: Principais Diagnósticos de Enfermagem Utilizados na UTI do HMP, nos meses de junho a
dezembro de 2009.
Fonte: Dados coletados nos Prontuários da UTI, no Arquivo do HMP, pelo acadêmico Vinícius Barbosa
Oliveira, Paracatu-MG, 2010.
Constatou-se que cada um dos diagnósticos de enfermagem possuem, definições,
características e fatores que relacionam a sua determinação, e após estabelecidos direcionam
qual cuidado essencial deverá ser tomado a esse paciente, que deverá receber um cuidado
direcionado, individualizado e sistematizado, viabilizando assim melhores condições de
trabalho para a equipe uma vez que ocorrerá a maior organização dos dados coletados e
agilidade no trabalho exercido pela equipe de enfermagem, e melhor preparo dos profissionais
para a determinação dos cuidados tomados aos cliente.
Observa-se a prevalência de elevado índice dos diagnósticos de enfermagem, RI,
DAC, AEP, TGP, PRI, IPP, (Gráfico 1), decorrentes as patologias nas quais levaram a
internação. Os diagnósticos mais frequentes estão relacionados, principalmente à doença préexistente, colocando muitas vezes o paciente como sujeito passivo e, contudo pré disposto a
desenvolver uma infecção, déficit no auto-cuidado dentre outros já citados, contudo
ressaltamos que o principal objetivo da SAE na UTI e identificar esses possíveis diagnósticos
e intervir para que não alterem quadro clínico do paciente, é sim a melhoria continua do seu
estado de saúde.
Neste contexto; Silva, Santos (2009); diz que a SAE torna-se um instrumento para
desenvolvimento das atividades para enfermeiros, como instrumento facilitador da
metodologia de desenvolvimento das ações e avaliação da qualidade da assistência de
enfermagem prestada ao seu cliente de maneira individualizada, apresentado uma visão
holística do seu paciente.
34
Após verificados os principais diagnósticos de enfermagem utilizados na instituição,
separamos os mesmos dentre a maior prevalência nas quatro principais doença que levaram a
internação na UTI; (Gráfico 2):
14,00%
12,19%
10,97%
12,00%
9,75%
IAM-Infaro Agudo do Miocárdio
9,75%
10,00%
8,00%
ICC-Insuficiência Cardíaca
Congestiva
6,00%
TCE-Traumatismo Crânio
Encefálico
Choque Cardiogênico
4,00%
2,00%
0,00%
Gráfico 2: Principais Doenças que levaram a internação na UTI do HMP, nos meses de junho a dezembro
de 2009.
Fonte: Dados coletados nos Prontuários da UTI, no Arquivo do HMP, pelo acadêmico Vinícius Barbosa
Oliveira, Paracatu-MG, 2010.
Avaliando às principais doenças prevalentes que resultaram a internação na UTI do
HMP, o gráfico 3, gráfico 4; gráfico 5; gráfico 6; referem-se a quantidade de diagnósticos
com maior incidência utilizados aos clientes que ali se encontram internados, com Infarto
Agudo do Miocárdio (IAM); Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC); Traumatismo Crânio
Encefálico
(TCE); Choque cardiogênico, mostrando os dados em porcentagem aos
prontuários avaliados por cada doença que levou a internação do paciente.
Os paciente internados com a patologia Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), foram
totalizados oito prontuários (Gráfico 3), estes apresentaram 100 % de utilização dos principais
diagnósticos de maior incidência na UTI, uma vez que os clientes com IAM demonstram em
seu quadro clinico sintomas que levam a alta incidência dos diagnósticos determinados.
Huddleston e Ferguson (2006); diz que os principais sintomas do IAM são: dor;
dispnéia; ansiedade; hipoxemia e redução da pressão sanguínea; mostra-se assim porque a alta
prevalência dos diagnósticos de enfermagem utilizados, devido estes aos sinais clínicos
apresentados pelo portador de IAM.
Segundo Smeltzer e Bare, (2005), traz que o IAM, necessita intervenções de
enfermagem para a solução dos problemas apresentados pelo pacientes, como a dor, débito
35
cardíaco diminuído, troca gasosa prejudicada, perfusão tissular prejudicada, ansiedade, dentre
outras intercorrências que afetam a saúde do paciente. A enfermagem assume o papel
responsável de identificar esse problemas e intervir com seus diagnósticos e prescrições afim
de evitar complicações e agravamentos, requerendo da enfermagem vigília intensa sobre o
paciente.
Nettina, (2003); expõem concordância as intervenções e diagnósticos de enfermagem
utilizados por Smeltzer e Bare, (2005)b; tendo como meta fim a melhora do problema
apresentado tais como: alívio da dor, aumento do debito cardíaco, redução do grau de
ansiedade, isso mostra que pacientes com IAM tendem apresentar um mesmo parâmetro de
sintomas, e que a equipe de enfermagem deve sempre buscar meios, dentre eles a
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) como rumo norteador para a prestação
do cuidado continuo.
Neste contexto Smeltzer e Bare, (2005)b.; Nettina, (2003); traz diferenças na
apresentação dos possíveis diagnósticos de enfermagem, tais como perfusão tissular ineficaz,
ansiedade, dor, perfusão tissular periférica ineficaz, aos encontrados na UTI do HMP, esta
condição poderia ser a explicação formulário de diagnósticos de enfermagem utilizados na
UTI da instituição apresentar-se apenas alguns, negligenciando as vezes o grande acervo de
diagnósticos de enfermagem encontrados nas diversas bibliografias. Todavia, apesar da
precariedade do formulário isto o não invalida, uma vez que esses ao serem utilizados pelos
profissionais exercem sua função na melhoria ativa do cliente, sendo também definidos de
acordo com as condições apresentados pela patologia adquirida.
100%
100%
100%
100%
100%
PRI-Padrão Respiratório Ineficaz
100%
80%
62,5%
IPP-Integridade da Pele
Prejudicada
60%
RI-Risco para Infecção
40%
TGP-Troca de Gases Prejudicada
20%
DAC-Déficit no Auto-Cuidado
0%
Gráfico 3: Principais Diagnósticos de Enfermagem utilizados aos pacientes internados com diagnóstico
médico de IAM na UTI do HMP.
Fonte: Dados coletados nos Prontuários da UTI, no Arquivo do HMP, pelo acadêmico Vinícius Barbosa
Oliveira, Paracatu-MG, 2010.
36
Foram avaliados oito prontuários de pacientes com Insuficiência Cardíaca Congestiva
(ICC), (Gráfico 4), apresentando 100% de utilização dos diagnósticos RI,DAC, AEP é 50%
representados pelos diagnósticos PRI, IPP, DCD.
100%
100%
100%
100%
PRI-Padrão Respiratório Ineficaz
90%
IPP-Integridade da Pele
Prejudicada
80%
70%
60%
50%
40%
RI-Risco para Infecção
50%
50%
37,50%
30%
20%
10%
DCD-Débito Cardíaco Diminuído
DAC-Déficit no Auto-Cuidado
AEP-Auto-Estima Prejudicada
0%
Gráfico 4: Principais Diagnósticos de Enfermagem utilizados aos pacientes internados com diagnóstico
médico de ICC na UTI do HMP.
Fonte: Dados coletados nos Prontuários da UTI, no Arquivo do HMP, pelo acadêmico Vinícius Barbosa
Oliveira, Paracatu-MG, 2010.
Huddleston e Ferguson (2006); pressupõem que a ICC resulta na incapacidade do
coração de se manter o suficiente para atende às exigências do corpo, a tentativa de reversão
desse quadro é apresentar como principal estratégia de tratamento, sendo a maior expectativa
que o coração volte a suprir todas as necessidades metabólicas necessárias para manutenção
do corpo humano, exercendo a enfermagem papel importante para este cuidado, através da
utilização de seus diagnósticos e possível identificar complicações que surgiram após a
implantação da patologia.
Smeltzer e Bare, (2005)c; em concordância com Nettina, (2003); apresenta alguns
diagnósticos utilizados na UTI do Hospital Municipal de Paracatu (HMP), não possuindo os
mesmos significados, mas com objetivos semelhantes , por exemplo, da prevenção ao
desenvolvimento déficit no auto-cuidado, risco de infecção, dificuldade na realização das
trocas gasosas dentre outros. Onde apresentam uma discordância ao principal diagnostico
utilizado para a ICC que e o débito cardíaco diminuído, sendo este definido devido o mau
funcionamento da bomba cardíaca.
Demonstra que verificou-se oito prontuários avaliados os diagnósticos identificados
pelos profissionais de enfermagem com maior prevalência mostra extrema relevância para o
37
tratamento e melhora dos pacientes com ICC, mas em 100% dos prontuários avaliados não
ocorreu identificação do principal diagnostico apresentando pela ICC, não objetivando assim
o cuidado de enfermagem prestado pela unidade a causa principal da doença, e sim nas causas
adjacentes, uma vez que esta falha poderá influenciar na melhora deste paciente.
Johnson, M, et al.; traz as possíveis intervenções de enfermagem aos pacientes com
ICC, como: administração de hemoderivados e medicamentos, controle das vias aéreas,
hídricos, eletrólitos, monitoração dos sinais vitais, dentre outras precações cardíacas que vão
manter o débito cardíaco em condições normais para a manutenção corpórea.
Aos pacientes internados com Traumatismo Crânio Encefálico (TCE), foram avaliados
nove prontuários, (Gráfico 5), mostrando uma discordância na utilização dos diagnósticos,
devidamente a ampla área de problemas adjacente apresentados pela patologia, uma vez que
os diagnósticos RI, DAC e AEP; apresentam 100% de prevalência aos clientes com TCE, já
os PRI, IPP e TGP, apresentaram uma media de 48% em suas utilização mostrando assim
uma discordância na identificação do diagnósticos aos pacientes.
100%
100%
100%
88,88%
PRI-Padrão Respiratório Ineficaz
90%
IPP-Integridade da Pele
Prejudicada
80%
70%
RI-Risco para Infecção
60%
44,44%
50%
40%
30%
20%
10%
TGP-Troca de Gases Prejudicada
33,33%
22,22%
DAC-Déficit no Auto-Cuidado
AEP-Auto-Estima Prejudicada
0%
Gráfico 5: Principais Diagnósticos de Enfermagem utilizados aos pacientes internados com diagnóstico
médico de TCE na UTI do HMP.
Fonte: Dados coletados nos Prontuários da UTI, no Arquivo do HMP, pelo acadêmico Vinícius
Barbosa Oliveira, Paracatu-MG, 2010.
Smeltzer e Bare, (2005)a, traz que os sintomas são diversos como: alterações na
respiração, confusão; alterações no nível de consciência; distúrbios do movimento; disfunção
sensorial dentre outros, sendo relacionado a causa primaria da lesão. Através desta ampla
gama de complicações apresentadas por pacientes com TCE, identifica-se a parcialidade para
38
avaliar os reais diagnósticos; outrora o formulário da UTI apresenta pequeno número de
diagnostico, para pacientes que podem ou não desenvolver as complicações.
Nettina, (2003), identifica alguns diagnósticos de enfermagem, aos pacientes com
TCE, com seus sintomas por ela apresentados como: distúrbio na consciência, cefaléia;
agitação; anormalidades pupilares; irregularidades respiratórias dentre outros, e sempre
ressaltando que as intervenções de enfermagem utilizadas para o TCE com a identificação dos
diagnósticos, serve de base para aplicação das ações de enfermagem, deverá sempre atentar
aos seus sintomas apresentados, com a tentativa de manter a estabilização do quadro clinico
paciente. Pode-se observa que os diagnósticos utilizados pelos enfermeiros da unidade, tem
alta relevância ao tratamento dos clientes com TCE, uma vez que os diagnósticos
empregados, estariam corrigindo as manifestações apresentadas, afim de melhoria na
qualidade de atendimento prestados aos internados com definição de TCE.
Os clientes que foram internados com diagnóstico de choque cardiogênico,
apresentaram certa concordância na utilização dos diagnósticos de enfermagem, aos tipos de
pacientes, de diferentes raças, cores e etnias.
Foram avaliados dez prontuários com diagnóstico de Choque cardiogênico,
identificando os utilizados com maior prevalência na patologia, mostrando que os principais
foram: PRI, RI; DAC; IPP e AEP estes apresentaram uma porcentagem de 100% em sua
utilização. Segundo Smeltzer e Bare, (2005)b, o DCD principal diagnostico de enfermagem
para o choque cardiogênico apresentou apenas 40% de sua utilização, esse fato demonstra
uma pequena falha na determinação dos mesmos (Gráfico 6), aos pacientes da UTI,
acarretando como possível consequência à um maior tempo de internação e um retardamento
na recuperação do paciente.
39
100%
100%
100%
100%
90%
PRI-Padrão Respiratório Ineficaz
80,00%
IPP-Integridade da Pele
Prejudicada
80%
70%
RI-Risco para Infecção
60%
50%
100%
40%
DCD-Débito Cardíaco Diminuído
40%
30%
20%
10%
DAC-Déficit no Auto-Cuidado
AEP-Auto-Estima Prejudicada
0%
Gráfico 6: Principais Diagnósticos de Enfermagem utilizados aos pacientes internados com diagnóstico
médico de Choque Cardiogênico na UTI do HMP.
Fonte: Dados coletados nos Prontuários da UTI, no Arquivo do HMP, pelo acadêmico Vinícius Barbosa
Oliveira, Paracatu-MG, 2010.
Smeltzer e Bare, (2005)b,; Nettina, (2003),; Huddleston e Ferguson (2006),; traz em
concordância que os sintomas do Choque Cardiogênico são: dispnéia, dor, desequilíbrio
hídrico, deficiência no auto-cuidado, alterações na frequência cardíaca, faz que os
profissionais de enfermagem que atuam com o formulário da SAE, afim de determinar os
diagnósticos de enfermagem com base determinada pela doença.
Huddleston e Ferguson (2006); apresentam como panorama para definição do choque
cardiogênico, um distúrbio circulatório devido à lesão co ventrículo esquerdo, daí vê se a
importância do cuidado de enfermagem a esse paciente. Uma vez que os diagnósticos de
enfermagem corretamente identificados iram atuar para reversão do quadro de choque
cardiogênico.
Os diagnósticos de enfermagem utilizados na UTI do HMP, mostra igualdade aos
apresentados por Nettina, (2003); que tem como principal objetivo reverter o quadro de
choque, e determinar previamente uma melhora na função do bombeamento cardíaco, devido
isto pela constante ação de enfermagem aprimorada ao paciente, mostrada essa pela nova
metodologia utilizada para cuidado continuado a SAE, onde visa o cuidado individualizado,
sempre promovendo saúde e prevenindo agravos ao paciente/cliente.
40
7
CONCLUSÃO
Observou-se, ao longo desse trabalho, que a Sistematização da Assistência de
Enfermagem (SAE) faz parte de um processo, em desenvolvimento ao longo das ultimas
décadas, por enfermeiros comprometidos, aos quais visam um novo método de cuidado capaz
de atentar todas as necessidades dos pacientes, dentre a patologia existente, a enfermagem
deverá intervir com autonomia em suas ações oferecidas pela SAE e a prestação do cuidado
continuado. Verificou-se a necessidade do compromisso profissional para elaboração do
processo, em todos os setores de trabalho, inclusive na Unidade de Tratamento Intensivo
(UTI), onde os pacientes/clientes requerem cuidado intensivo devido às condições precárias
de saúde.
Este estudo teve como conclusão o conhecimento sobre, quais os diagnósticos de
maior predominância na UTI e quis foram prevalentes nas principais patologias encontradas
na instituição, mostrando que os diagnósticos de enfermagem utilizados em algumas doenças
buscam o principal objetivo amenizar os sintomas apresentados pela enfermidade,
melhorando assim a qualidade de vida do paciente durante sua internação.
Através dos resultados obtidos com a elaboração do trabalho, verifica-se que o
cuidado de enfermagem na UTI do Hospital Municipal de Paracatu (HMP), esta sendo
realizados pelos profissionais estes identificam possíveis diagnósticos de enfermagem e
intervir com prescrições de enfermagem que determinam melhorar o cuidado continuado. O
serviço apresenta lacunas a serem preenchidas, devido a SAE na unidade esta em processo de
implantação, apresentando ainda algumas discordâncias nos diagnósticos por eles utilizados
para as patologias de maior prevalência na instituição.
Tendo a SAE como uns dos seus principais objetivos a visão holística do paciente, a
UTI do HMP, tende a aprimorar sua metodologia a respeito da SAE, com o aprimoramento
novas técnicas, fazendo com que os profissionais e enfermeiros da instituição obtenham maior
conhecimento sobre o funcionamento correto sobre a SAE, que os mesmos possam mostrar
resultados positivos com a recuperação dos seus paciente/clientes.
41
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