TÉCNICAS DE REGULAÇÃO BIOENERGÉTICA ELETROACUPUNTURA DE VOLL DR. WU TOU KWANG A EAV começou em 1953 com as pesquisas do Dr. Reinhold Voll. Em 1954, após sofrer grave acidente e diversas cirurgias, afetando 50% das funções do corpo, passou a conviver com uma sonda vesical. Sabendo que estava sujeito às complicações de uma sondagem vesical prolongada, tais como cistites, infecções e hemorragias, passou a realizar diariamente a Terapia Básica do EAV para equilibrar suas energias; e assim, não teve que passar por tais complicações. Divulgou a sua técnica pelo mundo, através de mais de 120 seminários, sempre lúcido e saudável. Aparelhos EAV No fundo, todos os aparelhos EAV são super-galvanômetros com altíssima sensibilidade, calibrados para medir micro-correntes. No painel há um microamperímetro com uma escala de 1 a 100 que corresponde aos seguintes limites: voltagem: 135 a 2070 mV média: 870 mV corrente: 5,50 a 11,25 microA Na leitura de 50, o aparelho investe aproximadamente uma tensão elétrica de 1 V e uma corrente de 9 microA contra o ponto de Acupuntura. A impedância de calibração do ponto na leitura de 50 é 95 kOhm. Limpeza dos Eletrodos 1) Água, sabão e pano para limpezas mais completas. 2) Entre um paciente e outro, algodão e álcool são suficientes. Em casos de funções pancreáticas alteradas, pele seca ou calosa, e em pacientes idosos, deve tomar algumas das seguintes precauções: 1) Umedecer a pele com água; 2) Molhar os eletrodos e o detector; 3) Aplicar gel condutor se a pele estiver seca demais. Se a pele estiver com muito suor, deve pedir para lavar as mãos e os pés antes, pois o suor diminui demais a impedância elétrica. Princípios da Medição EAV Os órgãos transmitem a energia produzida aos meridianos chegando até os pontos de Acupuntura. Carregar um ponto com uma pequena dose controlada de corrente elétrica significa ao corpo um obstáculo ao qual deve vencer para manter a circulação energética. Assim, o aparelho EAV ao medir um ponto, não mede apenas a impedância elétrica do ponto, porém, o potencial de reação do corpo ou do órgão contra a pequena corrente de medição. Por causa disso, a EAV realiza um verdadeiro teste "dinâmico", e não apenas um teste "estático". Este pequeno estímulo elétrico padronizado, no caso do aparelho EAV, deve estar abaixo dos limites biológicos de 8-10 microA. Um organismo saudável consegue evitar a carga de medição penetrar no corpo, estabilizando a leitura do microamperímetro no valor de 50. EAV contém mais de 800 pontos de medição, 200 dos quais são pontos novos. Só não foram descobertos ainda os pontos para o cérebro. Mais de 100.000 medições foram realizadas para determinar a localização exata dos pontos. EAV apresenta 4 pontos para diagnóstico de cada grande órgão. Apresnta os chamados pontos de medição específica e os de medição cumulativa (PMC). Estes fornecem informações sobre um sistema ou um tecido. O meridiano da Bexiga é o único com 2 pontos de medição cumulativa, B64 e B65. A maioria dos pontos cumulativos se localizam na falange média dos dedos com exceção do PMC do Pulmão e do Linfático (P10c e PMC Ly - falange proximal do polegar); do Baço-Pâncreas e do Fígado (PMC BP e PMC F - falange distal do hálux); e do PMC do Coração (C8c - falange proximal do dedo mínimo). Há ainda o ponto somatório das medições (PSM) que fornecem informações sobre parte do conjunto das funções do sistema tecidual. Condições: (São críticas para testes de medicamentos) 1) Não deve haver aparelhos elétricos potentes ligados nas proximidades. Por ex.: aparelhos de R-X, aparelhos de diatermia etc. 2) O paciente deve estar pelo menos a 60 cm afastado de fios elétricos. 3) Os móveis, o assoalho e a parede não devem produzir ou acumular eletricidade estática, portanto, se possível, serem feitos de madeira, ou cobertos por materiais naturais. 4) O aparelho EAV deve estar a 50 cm de qualquer condutor elétrico. 5) O examinador dever usar roupas de material natural, antiestática, e retirar o excesso de objetos metálicos do corpo. Às vezes, convém colocar luvas de algodão durante o exame. 6) O paciente deve afastar-se de medicamentos ou objetos que interferem com a energia biológica tais como: analgésicos, tranquilizantes, cortisonas, metais, jóias, roupas sintéticas, cintos apertados etc. 7) Tanto o examinador como seu auxiliar devem trabalhar com luvas isolantes de algodão ou de borracha. 8) O examinador deve estar em estado bioenergético melhor do que o paciente, senão, a avaliação pode se referir ao estado do terapeuta. TÉCNICA EAV - DIAGNÓSTICO 1) O teste diagnóstico EAV se inicia pela medição das 4 derivações, isso permite saber em que quadrante estão situados os órgãos mais alterados. 2) A seguir, deve passar para o ponto do Hipotálamo (TA20). A medição do Hipotálamo corresponde às funções dos órgãos da metade homolateral do corpo. 3) Um teste diagnóstico EAV dos órgãos se inicia pela medição dos PMC de cada meridiano, ao encontrar alguma alteração importante, deve medir então os pontos específicos do meridiano mais afetado. Medição da Condutância As medidas só têm valor se as leituras das 4 derivações básicas estejam acima de 80, isto é, em fase de simpaticotonia. Ao contrário, o paciente deve ser tonificado com correntes elétricas ou com medicamentos. Não tem valor diagnóstico a leitura dos pontos nem deve exigir esforços importantes do paciente se a medição de condutância estiver muito abaixo de 80. Condutância Observação Diagnóstica <<80 deficit energético 80 - 88 normais >>80 energeticamente super-excitado Para a medição da condutância dos quadrantes do corpo, devem ser colocados os cilindros nas mãos e as placas nos pés, em seguida, girar a chave comutadora e obter-se-ão as leituras de cada quadrante. Os valores da condutância dos quadrantes permitem reconhecer rapidamente a área do corpo onde está havendo desequilíbrios. A simples correção da condutância já é o início de um tratamento e pode melhorar os sintomas do paciente. Existem esquemas EAV de tratamento onde se utilizam principalmente os cilindros, as placas e outros eletrodos de grande superfície; por exemplo: hipertensão, flebite, edema e problemas de circulação, artrose, gripe etc. Os medicamentos homeopáticos podem ser colocados na colméia e enviados eletromagneticamente aos pacientes através dos eletrodos de grande superfície com efeitos muito interessantes. Na correção da condutância, em vez de usar frequências moduladas de 0,8 a 10 Hz, podem ser aplicadas frequências fixas com resultados mais rápidos. Lembrem-se de qie as frequências baixas servem para tratar sangue e linfa, as médias para sistema nervoso autônomo, as altas para controlar órgãos. Após indicar uma frequência fixa e não observar melhora da condutância dentro de 1 min, deve mudar para outra frequência. Se a condutância não se estabilizar após a correção, deve administrar outra frequência. Localização dos Pontos Segurar o eletrodo de medição como um lápis, perpendicular à pele. Convém manter um apoio com o dedo anular ou mínimo sobre alguma superfície firme para que a ponta detectora não escorregue do ponto. Com pressão leve, passar o eletrodo sobre a área até encontrar o local onde ocorre o maior desvio do microamperímetro. Neste ponto, aumentar a pressão até verificar não haver mais aumento do valor de leitura. Se aumentar a pressão além desse nível, ocorrerá a inativação temporária do ponto, o valor da leitura aumentará mas não terá importância diagnóstica. Uma vez localizado e pressionado o ponto, na nova medição se obterá o mesmo valor máximo com pressão sensivelmente menor pois na 1ª leitura, a pele foi pressionada e ficou mais próxima do verdadeiro ponto de acupuntura. Leitura da Escala 100-85 85-75 75-60 60-40 40-30 30-20 20- 0 Diagnóstico inflamação total inflamação parcial irritação / hiperfunção margem funcional normal hipofunção degeneração degeneração avançada Um critério diagnóstico importante é a Queda do Indicador (QI), isto é, a agulha não consegue se manter estável no valor máximo alcançado pela medição, ocorre uma queda da agulha. Vale relembrar que no processo de medição da EAV, há um confronto entre a corrente de medição do aparelho EAV e a corrente bioelétrica do órgão analisado. Se um órgão estiver com a função afetada, apresentará pouco rendimento bioelétrico, e será incapaz de opor à corrente de medição uma resistência uniforme, e assim, ocorrerá a QI. A QI significa uma perturbação funcional presente naquele momento. A queda se produz apesar da pressão constante da ponta detectora, inicia geralmente entre 2 a 3s. Um início de queda após 3s significa uma perturbação incipiente. A duração da queda geralmente está entre 10-20s quando o valor final estiver acima de 50; 20-30s para valor final até 30; e 30-60s para valor final 20s. Considerando o conjunto, temos as seguintes situações para a subida da agulha no momento da leitura: 1) Valores Estáveis a) velocidade muito rápida subida rápida da agulha para valores elevados 90 indica intoxicações químicas b) velocidade normal c) velocidade muito lenta órgãos "cansados", numa fase prévia à insuficiência 2) Valores instáveis (QI) a) queda rápida afeçção aguda e intensa b) queda lenta afecção incipiente 3) Diferença entre o valor máximo e mínimo da QI a) grande afecção grave b) pequena afecção leve A queda do indicador (QI) é o achado mais importante para EAV. Quando ocorrem diversas QI, a maior representa a perturbação mais aguda de um órgão e é deste local que o tratamento deve ser iniciado. Na QI, podemos analisar o valor máximo e mínimo, obtendo assim informações sobre o estado fisiopatológico do órgão. Por exemplo, num paciente com passado de miocardite (alterações degenerativas das fibras miocárdicas afetando a capacidade hemodinâmica do coração) acometido no momento por uma inflamação aguda do músculo cardíaco proveniente de uma infecção pelo vírus da influenza; a medição do ponto do músculo cardíaco (C6) pode mostrar 90/24. Num caso de bronquite crônica, refratária aos tratamentos convencionais, ao encontrar uma leitura de 88/17 no ponto de brônquio esquerdo (P10 esq.), podemos imaginar uma inflamação aguda num brônquio esquerdo com degeneração acentuada. é caso até de pedir alguma radiografia para descartar algum câncer de pulmão. ELETROACUPUNTURA DE VOLL - TRATAMENTO Os estímulos elétricos do EAV são chamados de Oscilações Relaxantes, podem ser aplicados para descarregar (sedar) e carregar (tonificar) quadrantes ou pontos. 1) Terapia Básica - Indicada como tratamento de equilíbrio geral de caráter preventivo ou curativo. é muito útil para principiantes. Consiste em tratar todos os 4 pontos dos grandes órgãos dos 12 meridianos principais. Deve iniciar pelos pés e terminar nas mãos. O equilíbrio mais demorado é da 1ª extremidade, a última extremidade pode até ser dispensada. Os terapeutas devem auto-aplicar a Terapia Básica todas as manhãs. 2) Os pontos de Acupuntura com valores >50 devem ser descarregados com corrente positiva em dente de serra de baixa intensidade de 1,5 a 2 V. Tal estímulo é quase imperceptível. Os pontos com valores <50 devem ser carregados com corrente alternadas de alta intensidade, em torno de 60 V. A corrente deve ser suficiente para provocar sensação de formigamento no ponto, seja nas mãos ou nos pés. Durante o estímulo, tal sensação se torna cada vez mais forte até o ponto de começar a doer. Deve interromper o estímulo antes do aparecimento da dor. Essa aplicação tonificante demora mais para surtir efeito. Nas QI, se houver na leitura inicial valores acima de 65, devemos primeiro sedar o componente inflamatório da lesão nas 1as. sessões e depois, tonificar o órgão ou o tecido nas sessões seguintes. As pesquisas têm mostrado que uma corrente dente de serra negativa com forte intensidade aumenta rapidamente a condutância dos pontos. Entretanto, carrega apenas o ponto temporariamente sem aumentar a energia do ponto nem a energia global do corpo, portanto, tal corrente é apenas uma falsa carga. A corrente alternada aplicada por período longo é a que realmente aumenta as energias. Em pacientes com deficiência grande de energia e portanto, baixa condutância, convém aplicar aos eletrodos primeiro a corrente dente de serra negativa durante 30s e depois aplicar a corrente alternada, os resultados serão mais rápidos. 3) Cada órgão ou tecido do corpo possui uma frequência própria. Se conhecermos a frequência de harmonia do órgão doente, podemos aplicá-la especificamente para restaurar suas funções. Sabemos que entre 0,8 Hz a 10 Hz, as frequências baixas destinam-se ao sangue e linfa, as médias ao Sistema Nervoso Autônomo, e as altas para os órgãos. Caso desconhecermos a frequência de harmonia do órgão doente, podemos aplicar a frequência variável. O órgão doente captará por ressonância a frequência mais adequada para reequilibrar suas funções. TESTES DE REGULAÇÃO BFD Possibilita o diagnóstico da capacidade de regulação bioenergética de um indivíduo. A perturbação dessa capacidade origina as doenças e é a chave para a cura, o tratamento sintomático da Medicina Oficial não é capaz disso. Toda a leitura é realizada nos pontos Ting. Adotam-se o valor normal de 40, correspondendo a 4 microA. Interessam os valores funcionais permanentemente alterados. O procedimento consiste no seguinte: 1. Avaliar a situação inicial 2. Aplicar um estímulo estressante 3. Diagnosticar a capacidade de regulação A avaliação inicial é medida nos pontos Ting, que correspondem aos pontos iniciais ou finais dos meridianos. Em seguida, para provocar o stress, aplicar 30 s de corrente negativa numa intensidade média no ponto Ly1. O stress tem a finalidade de evidenciar a resposta do organismo em situações desfavoráveis, e serve para desligá-lo temporariamente do seu ritmo diário. Na reavaliação para diagnosticar a capacidade de regulação, medem-se os mesmos pontos mas iniciando pelos do dedo mínimo. Notam-se que as medidas de alguns pontos se aproximam do normal 40, e representam respostas boas. Os pontos que não apresentarem tal tendência de normalização, isto é, mostrar QI ainda acentuada, ou leituras que se afastam de 40, ou valores alterados rigidamente, indicam autêntica perturbação permanente dos órgãos. Seleciona-se o ponto de comportamento mais absurdo para tratamento elétrico ou para teste de medicamentos. Para esse ponto analisa-se também sua relação com outros órgãos para determinar a origem da doença. TÉCNICAS ESPECIAIS Ao encontrar QI em todos os pontos de um hemicorpo, deve suspeitar de algum foco perturbador de energia. No caso de ser foco dentário, a colocação de um ímã pólo Sul no Ly 2 elimina os efeitos do foco permitindo analisar outros distúrbios de origem não dentária. Entretanto, devido à proximidade entre os meridianos do pulmão e do linfático, provavelmente os testes de medicamentos do meridiano do pulmão seja impossível. O princípio envolvido deve ser muito útil para as ocasiões onde queremos estudar a interferência de um ponto sobre outro. Por exemplo, você poderá colocar um ímã pólo Sul em pontos do IG e realizar leituras do meridiano do Coração para pesquisar se os problemas cardíacos derivam de distúrbios do IG. é mais rápido do que normalizar a leitura dos pontos do IG com estímulos elétricos. Às vezes, o pólo Norte funciona melhor.