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1
FACULDADE ASSIS GURGACZ
BRUNA MACEDO MALTA XAVIER
ROTULAGEM NUTRICIONAL DE PRODUTOS ARTESANAIS FUNCIONAIS
PRODUZIDOS POR MULHERES AGRICULTORAS DE CAMPO BONITO – PR
CASCAVEL
2014
2
FACULDADE ASSIS GURGACZ
BRUNA MACEDO MALTA XAVIER
ROTULAGEM NUTRICIONAL DE PRODUTOS ARTESANAIS FUNCIONAIS
PRODUZIDOS POR MULHERES AGRICULTORAS DE CAMPO BONITO – PR
Trabalho apresentado como requisito
de
conclusão
do
curso
de
Bacharelado
em
Nutrição,
da
Faculdade Assis Gurgacz.
Professora
Orientadora:
Débora
Fernanda Basso
CASCAVEL
2014
3
FACULDADE ASSIS GURGACZ
BRUNA MACEDO MALTA XAVIER
ROTULAGEM NUTRICIONAL DE PRODUTOS ARTESANAIS PRODUZIDOS POR
MULHERES AGRICULTORAS DE CAMPO BONITO – PR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Nutrição da FAG, como
requisito final para obtenção do título de Bacharel em Nutrição, sob orientação da
Professora Débora Fernanda Basso.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________
Ms. Débora Fernanda Basso
Faculdade Assis Gurgacz
Orientadora
______________________________
Ms. Thais Mariotto Cezar
Faculdade Assis Gurgacz
Banca Avaliadora
______________________________
Ms. Daniela Miotto
Faculdade Assis Gurgacz
Banca Avaliadora
Cascavel, 27 de novembro de 2014.
4
ROTULAGEM NUTRICIONAL DE PRODUTOS ARTESANAIS PRODUZIDOS POR
MULHERES AGRICULTORAS DE CAMPO BONITO – PR
XAVIER, Bruna1
BASSO, Débora2
[email protected]
RESUMO
Este trabalho foi desenvolvido tendo em vista a importância da rotulagem adequada.
Esta proporciona maior credibilidade ao produto, pois através das informações
contidas no rótulo, o consumidor terá maiores informações sobre o produto, além de
ter acesso as propriedades nutricionais que são fundamentais para a segurança
alimentar do consumidor. Primeiramente, as receitas recebidas das preparações
artesanais produzidas por mulheres agricultoras de Campo Bonito, foram analisadas.
Os rótulos foram estabelecidos para os seguintes produtos: pão de batata doce, pão
de beterraba, pão de cenoura, pão de mandioca, macarrão de beterraba, espinafre e
cenoura, bolacha de amendoim, bolacha de coco e bolacha de banana. Como
consequência do processo de estudo, foi inquirido sobre: a avaliação dos
ingredientes, modo de preparo e o número de porções estabelecidas. Foram então,
calculadas as propriedades nutricionais de acordo com os macros e micronutrientes,
baseado em tabelas de composição química dos alimentos, após isso, foram
definidas as medidas caseiras. À partir de então, foram elaborados os rótulos
nutricionais destes produtos. Com as preparações rotuladas, as mulheres
agricultoras podem ampliar a comercialização dos produtos artesanais, obtendo
aumento em sua renda, trazendo benefícios para toda a família.
Palavras-chave: Rotulagem Nutricional, Alimentos Enriquecidos, Produtos
Artesanais.
1. INTRODUÇÃO
Este estudo foi realizado com produtos artesanais produzidos por
mulheres inseridas numa associação de agricultores que distribuem alimentos da
agricultura familiar para o PAA (programa de aquisição de alimentos) para compra
direta ou PNAE (programa nacional de alimento escolar) municipal e estadual.
Na agricultura familiar, para que haja um aumento na renda, mulheres
vêm desenvolvendo produtos artesanais, os quais necessitam do desenvolvimento
de suas rotulagens para terem maior credibilidade e ganharem a confiança dos
consumidores. Segundo Medeiros, (2011) hoje em dia, as mulheres estão exercendo
5
um papel fundamental para renda familiar com seus produtos, que ajudam a garantir
acesso e permanência a terra.
Os rótulos são elementos de comunicação entre o produto e os
consumidores, e devem auxiliá-los na decisão de compra, aumentando a eficiência
do mercado e o bem-estar do consumidor (MACHADO, 2006); além de representar
um grande instrumento de educação alimentar (MARINS, 2008).
No entanto, duas situações foram observadas: a primeira, Segundo
Yoshizawa (2003), demonstrou que muitos produtos apresentam rotulagem irregular,
com falta de informações adequadas para o entendimento do consumidor, bem
como modo de conservação, dentre outros, podendo causar engano e desta forma
alterar as propriedades terapêuticas dos produtos, visto que a maioria dos
fabricantes não cumpre com a legislação em vigor. E a segunda situação, é que,
apesar da importância dos rótulos dos alimentos, a maioria dos consumidores,
mesmo lendo os rótulos, não sabe o que eles querem dizer (PONTES, 2006).
De acordo com a legislação RDC 359/2003, o consumidor tem direito de
ter acesso as informações sobre a composição nutricional e as características dos
alimentos que adquire.
Segundo a resolução nº 360, de 23 de dezembro de 2003 (BRASIL,
2003b), rotulagem nutricional se define como toda descrição destinada a informar ao
consumidor sobre as propriedades nutricionais de um alimento, compreendendo a
declaração de valor energético e nutrientes (relação ou enumeração padronizada do
conteúdo de nutrientes de um alimento).
O fato de a rotulagem ser obrigatória não significa que os consumidores a
estejam utilizando como uma ferramenta para a escolha dos alimentos que devem
compor sua dieta habitual e, assim, reduzir os excessos alimentares e,
consequentemente, os danos ocasionados à saúde (MACHADO, 2006).
Este trabalho objetivou a elaboração da rotulagem nutricional dos
produtos artesanais produzidos por mulheres inseridas na associação dos
agricultores de Campo Bonito – PR – AGRICAMPO.
6
2. MATERIAL E MÉTODOS
Para o desenvolvimento do trabalho as receitas foram repassadas para a
pesquisadora. Foram elaborados os rótulos nutricionais de 4 tipos de pães, 3 tipos
de macarrão e 3 tipos de bolacha.
No quadro abaixo se encontram os ingredientes utilizados para fabricação
de cada produto.
Quadro 1. Ingredientes utilizados para produção dos produtos artesanais produzidos por mulheres
agricultoras de Campo Bonito – PR.
PRODUTOS
Pão de Batata Doce
INGREDIENTES
Farinha de trigo, batata doce, leite, ovo, açúcar, manteiga, fermento de
pão e sal.
Pão de Beterraba
Farinha de trigo, beterraba, leite, ovo, açúcar mascavo, manteiga,
fermento de pão e sal.
Pão de Cenoura
Farinha de trigo, cenoura, leite, ovo, açúcar mascavo, manteiga,
fermento de pão e sal
Pão de Mandioca
Farinha de trigo, mandioca, leite, ovo, açúcar, manteiga, fermento de
pão e sal
Macarrão de Beterraba
Farinha de trigo, beterraba, ovo, e azeite de oliva
Macarrão de Espinafre
Farinha de trigo, espinafre, ovo, e azeite de oliva
Macarrão de Cenoura
Farinha de trigo, cenoura, ovo, e azeite de oliva
Bolacha de Amendoim
Farinha de trigo, leite, ovo, açúcar, amendoim torrado, manteiga, sal
amoníaco, e sal
Bolacha de Coco
Bolacha de Banana
Farinha de trigo, leite, ovo, açúcar, coco ralado, manteiga, sal amoníaco,
e sal
Farinha de trigo, banana, leite, ovo, açúcar, manteiga, sal amoníaco, e
sal
As receitas foram analisadas por meio de tabelas de composição química
de alimentos (TACO, 2006; PINHEIRO, 2002; PHILIPPI, 2002). Foram estabelecidos
seus valores energéticos e nutrientes, bem como suas propriedades, visto que foi
calculado os valores de carboidratos (1g = 4 kcal), proteínas(1g = 4 kcal), gorduras
totais (1g = 9 kcal), gorduras saturadas, gorduras trans, colesterol, fibra alimentar e
sódio.
7
Após, foram colocados os dados coletados e calculados em uma tabela
que teve como modelo a tabela anexada a legislação RDC 360/2003, a qual é
estruturada com os valores e unidades em colunas, e colocada em forma numérica.
Foi utilizada a unidade em grama (g) para carboidratos, proteínas, gorduras e fibras,
e para sódio, colesterol, vitaminas e minerais unidade em miligramas (mg).
De acordo com a RDC 359/2003 (BRASIL, 2003b), foram estipuladas as
porções bem como as medidas caseiras que foram inseridas nas tabelas de cada
alimento. A mesma, para fins de seu regulamento técnico, define o que é porção,
medida caseira, unidade, fração, fatia ou rodela, prato preparado semi-pronto ou
pronto.
No Brasil, a rotulagem nutricional é regulamentada pelas Resoluções de
Diretoria Colegiada (RDCs) 360/03 e 359/03 da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA). Nesse sentido, devem ser declaradas, segundo a RDC 360/03,
as quantidades por porção e a porcentagem do valor diário dos seguintes
componentes: valor energético, teor de carboidratos, proteínas, gorduras totais,
gorduras saturadas, gorduras trans, fibras alimentares e sódio (BRASIL, 2003b;
LOBANCO et al., 2009). A RDC 359/03 estabelece as medidas e porções, incluindo
a medida caseira e sua relação com a porção correspondente em gramas ou
mililitros, detalhando também os utensílios utilizados com suas capacidades
aproximadas. As porções indicadas nos rótulos de alimentos e bebidas foram
determinadas com base em uma dieta de 2.000 kcal, considerando uma alimentação
saudável (BRASIL, 2003a; LOBANCO, 2009).
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foram calculadas e analisadas 10 receitas, as quais podem ser
observados nos rótulos nutricionais demonstrados nas tabelas de 1 a 10.
Na tabela 1, está descrito a informação nutricional do pão de batata doce.
Enriquecer a receita com batata doce, entre outros benefícios, observa-se aumento
de vitaminas do complexo B, minerais como potássio, ferro e cálcio, além de menor
índice glicêmico quando comparado ao pão branco (SILVA, 2010).
Enquanto na tabela 2, está descrito a informação nutricional do Pão de
Beterraba, o qual é acrescido beterraba aos seus ingredientes, adquirindo com isto
8
quantidades aumentadas de fibras, além de o produto ficar rico nutricionalmente,
contendo açúcar natural, proteínas, vitamina A, B1, B2, B5, C, potássio, sódio,
fósforo, cálcio, zinco, ferro e manganês (LACERDA, 2014).
Já na tabela 3 está exposto a informação nutricional do pão de cenoura,
haja vista que, acrescentando este legume ao pão é notável a melhora tanto na
aparência pela cor amarelada que deixa o produto mais atrativo, como seus atributos
sendo rica fonte de vitamina A, fibras, betacaroteno, antioxidantes e minerais
(SILVA, 2012).
Enriquecendo esses alimentos, eles se tornaram uma alternativa mais
saudável, promovendo a partir de seu consumo, energia e valor nutricional
agregado, sendo indicado para ser distribuído pelo PAA para o PNAE auxiliando o
desenvolvimento nutricional das crianças. Neste contexto a mandioca ainda tem a
vantagem de reduzir as quantidades de farinha de trigo, que por sua vez se torna um
pão com menor custo. A tabela 4 representa o rótulo nutricional do pão de
mandioca.
Tabela 1. Informação da rotulagem nutricional do pão de batata doce
produzido por mulheres agricultoras de Campo Bonito – PR.
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL - Porção de 50g (uma
fatia)
Quantidade por porção
% VD (*)
Tabela 2. . Informação da rotulagem nutricional do pão de beterraba
produzido por mulheres agricultoras de Campo Bonito – PR.
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL - Porção de 50g
(uma fatia)
Quantidade por porção
% VD (*)
Valor energético
152,44 kcal = 640 Kj
7,6 %
Valor energético
221,8 kcal = 931,5 Kj
11 %
Carboidratos
30,34 g
11 %
Carboidratos
43,3 g
15,7 %
Proteínas
3,98 g
5,3 %
Proteínas
6,3 g
8,4 %
Gorduras totais
1,2 g
1,9 %
Gorduras totais
1,8 g
2,9 %
Gorduras
saturadas
0,63 g
2,8 %
Gorduras
saturadas
0,9 g
4%
Gordura trans
1,01 g
-
Gordura trans
0
-
Colesterol
12,79 mg
-
Colesterol
20 mg
-
Fibra alimentar
1g
4%
Fibra alimentar
1,77 g
7%
Sódio
333,38 mg
13,8 %
Sódio
521,5 mg
21,7 %
* % Valores diários com base em uma dieta de 2.000
kcal ou 8.400 KJ. Seus valores diários podem ser
maiores
ou
menores
dependendo
de
suas
necessidades energéticas.
* % Valores diários com base em uma dieta de 2.000
kcal ou 8.400 KJ. Seus valores diários podem ser
maiores ou menores dependendo de suas
necessidades energéticas.
9
Tabela 3. . Informação da rotulagem nutricional do pão de cenoura
produzido por mulheres agricultoras de Campo Bonito – PR.
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL - Porção de 50g (uma
fatia)
Tabela 4. . Informação da rotulagem nutricional do pão de mandioca
produzido por mulheres agricultoras de Campo Bonito – PR.
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL - Porção de 50g (uma fatia)
Quantidade por porção
% VD (*)
Quantidade por porção
Valor energético
218,4 kcal = 917,2 Kj
10,9 %
Carboidratos
42,5 g
15,4 %
Proteínas
6,2 g
8,2 %
Gorduras totais
1,9 g
3%
Gorduras
saturadas
0,9 g
4%
Gordura trans
0
-
Colesterol
18,9 mg
-
Fibra alimentar
1,7 g
6,8 %
Sódio
519,9 mg
21,6 %
* % Valores diários com base em uma dieta de 2.000 kcal
ou 8.400 KJ. Seus valores diários podem ser maiores ou
menores dependendo de suas necessidades energéticas.
% VD (*)
Valor energético
245,8 kcal = 1032,3 Kj
12,29 %
Carboidratos
49,2 g
17,8 %
Proteínas
6,1 g
8,1%
Gorduras totais
1,9 g
3%
Gorduras saturadas
0,9 g
4%
Gordura trans
0
-
Colesterol
18,9 mg
-
Fibra alimentar
1,4 g
5,6 %
Sódio
519,6 mg
21,6 %
* % Valores diários com base em uma dieta de 2.000 kcal
ou 8.400 KJ. Seus valores diários podem ser maiores ou
menores dependendo de suas necessidades energéticas.
Para melhora das características sensoriais, a indústria vem refinando
diversos grãos, incluindo nestes a farinha de trigo, para fabricar uma diversidade de
produtos (RADÜNZ, 2011), tais como pães, bolachas, macarrão, entre outros.
Hoje em dia existe uma preocupação maior com a saúde, portanto, alguns
produtos vêm sendo enriquecidos nutricionalmente, sendo estes acrescidos de
fibras, vitaminas e minerais diversos.
As fibras exercem papel fundamental na saúde, sendo incluída na
categoria de alimentos funcionais por interferir positivamente em uma ou mais
funções do organismo. Entre suas principais propriedades estão a diminuição do
tempo do trânsito intestinal e aumento do volume fecal, fermentação pela microbiota
colônica, redução dos níveis sanguíneos de colesterol total ou de LDL-colesterol e
da redução dos níveis sanguíneos da glicose e insulina pós-prandiais (COZZOLINO,
2012).
Na tabela 5 encontra-se o rótulo nutricional do macarrão de beterraba,
cujas características nutricionais já foram descritas. Mas, vale salientar que é uma
opção mais nutritiva para acrescentar em refeições com necessidades energéticas
maiores.
10
As agricultoras acrescentam a beterraba, a cenoura e o espinafre em
suas massas. Como já descrito, a beterraba e a cenoura fornecem nutrientes de
suma importância para a qualidade de vida das pessoas. Por conseguinte, temos o
macarrão de espinafre (tabela 6) verdura que contém alta carga nutritiva, pois trás
em sua composição substâncias como o ferro e o ácido fólico. A deficiência em
ácido fólico pode aumentar em situações como baixa ingestão, aumento da
demanda durante crescimento, gravidez e lactação, má absorção, hemólises e
doenças malignas, por exemplo, leucemias (COZZOLINO, 2012).
Os legumes adicionados a massa do macarrão, além de agregarem valor
nutricional, torna o prato ainda mais atrativo, pois colorem naturalmente o alimento.
A cor é justamente proveniente da vitamina A.
A deficiência de vitamina A ainda é considerada um problema de saúde
pública, sendo sua mais conhecida função fisiológica no processo visual. Além disso,
ficam aumentados os riscos de apresentar falha no crescimento,
maior
suscetibilidade à infecções, correndo o risco de ficar estéreo na vida adulta
(COZZOLINO, 2012).
Tabela 5. . Informação da rotulagem nutricional do macarrão de
beterraba produzido por mulheres agricultoras de Campo Bonito – PR.
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL - Porção de 50g (um
pegador)
Quantidade por porção
% VD (*)
Valor energético
158,7 g = 666,5 Kj
7,9 %
Carboidratos
28,8 g
10,4 %
Proteínas
4,5 g
6%
Gorduras totais
2,1 g
3,3 %
Tabela 6. . Informação da rotulagem nutricional do macarrão de
espinafre produzido por mulheres agricultoras de Campo Bonito – PR.
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL - Porção de 50g (um
pegador)
Quantidade por porção
% VD (*)
Valor energético
156,3 kcal = 656,4 Kj
7,8 %
Carboidratos
28,22 g
10,2 %
Proteínas
4,54 g
6%
Gorduras totais
2,15 g
3,4 %
Gorduras saturadas
0,38 g
1,7 %
Gorduras
saturadas
0,38 g
1,7 %
Gordura trans
0
-
Gordura trans
0
-
Colesterol
19,63 mg
-
Colesterol
19,63 mg
-
Fibra alimentar
0,88 g
3,5 %
Fibra alimentar
0,98 g
3,9 %
Sódio
9,26 mg
0,3 %
Sódio
10 mg
0,4 %
* % Valores diários com base em uma dieta de 2.000 kcal
ou 8.400 KJ. Seus valores diários podem ser maiores ou
menores dependendo de suas necessidades energéticas.
* % Valores diários com base em uma dieta de 2.000 kcal
ou 8.400 KJ. Seus valores diários podem ser maiores ou
menores dependendo de suas necessidades energéticas.
11
Tabela 7 . Informação da rotulagem nutricional do macarrão de
espinafre produzido por mulheres agricultoras de Campo Bonito
– PR.
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL - Porção de 50g (um
pegador)
Quantidade por porção
% VD (*)
Valor energético
157,6 kcal = 661,9 Kj
7,8 %
Carboidratos
28,6 g
10,4 %
Proteínas
4,4 g
5,8 %
Gorduras totais
2,1 g
3,3 %
Gorduras
saturadas
0,38 g
1,7 %
Gordura trans
0
-
Colesterol
19,63 mg
-
Fibra alimentar
0,97 g
3,8 %
9,48 mg
Sódio
0,3 %
* % Valores diários com base em uma dieta de 2.000 kcal
ou 8.400 KJ. Seus valores diários podem ser maiores ou
menores dependendo de suas necessidades energéticas.
As agricultoras produzem três tipos de bolachas, sendo elas a de
amendoim, de coco, e de banana. A bolacha de amendoim (tabela 8) é normalmente
bem aceita pelos consumidores. O amendoim é um alimento rico em gorduras mono
e poli-insaturadas, além de ser rico em fibra, magnésio, fósforo, potássio e vitamina
B3 (TACO, 2006). Os lipídios monoinsaturados e poli-insaturados servem para
coordenar respostas de hormônios circulantes, tendo diversas funções fisiológicas
nos sistemas cardiovascular, reprodutivo, respiratório, renal, endócrino e imune
(COZZOLINO, 2012).
O coco, dentre outras propriedades, é rico em gorduras saudáveis (ácido
láurico e monolauril), fibras, magnésio, fósforo e potássio (TACO, 2006). Dispõe na
tabela 8 a rotulagem nutricional da bolacha de coco.
Já a banana é conhecida por seu alto teor de potássio, no entanto, além
disso, rica em fibras, fósforo e vitamina C (TACO, 2006). Considera-se então, que a
bolacha de banana (tabela 10), além de saborosa é rica do ponto de vista
nutricional. A deficiência de potássio é rara, mas pode acontecer devido à baixa
ingestão de frutas e hortaliças, na ocorrência de vômitos e diarreia, sem uma
12
adequada reposição, podendo ainda causar fadiga, fraqueza muscular, cãibras e
paralisia intestinal (CARDOSO e VANNUCCHI, 2006).
Tabela 8. Informação da rotulagem nutricional do macarrão de
espinafre produzido por mulheres agricultoras de Campo Bonito –
PR.
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL - Porção de 40g (2 ½
bolachas)
Tabela 9. Informação da rotulagem nutricional da bolacha de coco
produzido por mulheres agricultoras de Campo Bonito – PR.
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL - Porção de 40g (2 ½
bolachas)
Quantidade por porção
Quantidade por porção
% VD (*)
% VD (*)
Valor energético
153,2 kcal = 643,4
Kj
7,6 %
Carboidratos
25,05 g
9,1 %
Proteínas
4,13 g
5,5 %
Gorduras totais
3,79 g
6%
Valor energético
152,3 kcal =
639,6 Kj
7,6 %
Carboidratos
25,3 g
9,2 %
Proteínas
3,6 g
4,8 %
Gorduras totais
3,8 g
6,1 %
Gorduras saturadas
2,69 g
12,1 %
Gorduras
saturadas
1,33 g
5,9 %
Gordura trans
0g
-
Gordura trans
0
-
Colesterol
26,97 mg
-
Colesterol
24,36 mg
-
Fibra alimentar
0,76 g
3%
Fibra alimentar
0,75 g
3%
Sódio
246,4 mg
10,2 %
Sódio
246,6 mg
10,2 %
* % Valores diários com base em uma dieta de 2.000 kcal ou
8.400 KJ. Seus valores diários podem ser maiores ou
menores dependendo de suas necessidades energéticas.
Tabela 10. Informação da rotulagem nutricional da bolacha de
banana produzido por mulheres agricultoras de Campo Bonito – PR.
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL - Porção de 40g (2 ½ bolachas)
Quantidade por porção
% VD (*)
Valor energético
121,9 kcal = 511,9
Kj
6%
Carboidratos
23,24 g
8,4 %
Proteínas
2,96 g
3,9 %
Gorduras totais
1,63 g
2,6 %
Gorduras saturadas
0,85 g
3,8 %
Gordura trans
0
-
Colesterol
18,92 mg
-
Fibra alimentar
0,6 g
2,4 %
Sódio
191,7 mg
7,9 %
* % Valores diários com base em uma dieta de 2.000 kcal ou
8.400 KJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores
dependendo de suas necessidades energéticas.
* % Valores diários com base em uma dieta de 2.000 kcal
ou 8.400 KJ. Seus valores diários podem ser maiores ou
menores dependendo de suas necessidades energéticas.
13
4. CONCLUSÃO
Através deste estudo e de uma análise e cálculos das receitas dos
alimentos produzidos por mulheres inseridas na associação dos agricultores de
Campo Bonito – PR – AGRICAMPO, foi possível concluir que é de suma importância
que os produtos comercializados possuam nas embalagens seus respectivos rótulos
nutricionais, pois estes permitem que o consumidor tenha acesso sobre os
constituintes dos alimentos, promovendo escolhas alimentares saudáveis e podendo
assim minimizar os excessos alimentares e danos ocasionados à saúde.
Desta forma, ressalta-se a importância de num segundo momento fazer
um trabalho de educação nutricional com este grupo de mulheres, a fim de incentiválas a incluir fibras alimentares nas preparações, bem como outros tipos de farinhas,
entre estas, a de banana verde, a qual traz em sua composição nutrientes que
colaboram para melhora de patologias associadas a má alimentação, enriquecendo
ainda mais os produtos elaborados.
Tendo em vista, que estas mulheres anteriormente não participavam
como provedoras, especificamente em relação a finanças, hoje, encontraram em
suas práticas caseiras uma fonte de renda, auxiliando a família, garantindo a
permanência na área rural, além de diversificarem as opções de alimentos atrativos
e nutritivos para a comunidade.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA; UNIVERSIDADE DE
BRASÍLIA – UnB. Rotulagem Nutricional Obrigatória: Manual de Orientação às
Indústrias de Alimentos. 2. versão. Brasília: ANVISA, UnB, 2005. 44 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Rotulagem geral de alimentos embalados. Resolução
RDC nº 359, de 23 de dezembro de 2003. Diário Oficial da República Federativa do
Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 26 dez. 2003a. Seção 1. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/alimentos/legis/especifica/rotuali.htm>.
BRASIL. Ministério da Saúde. Informação nutricional. Resolução RDC nº 360, de 23
de dezembro de 2003. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder
Executivo, Brasília, DF, 26 dez. 2003b. Seção 1. Disponível em: <http://www.
anvisa.gov.br/alimentos/legis/especifica/rotuali.htm>.
14
CARDOSO, M. A.; VANNUCCHI, H. Nutrição e Metabolismo – Nutrição Humana,
1ª ed., p251-255, Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2006.
COZZOLINO, Silvia Maria Franciscato. Biodisponibilidade de nutrientes. 4ª Ed.
Atual. E ampl. – Barueri, SP: Manole, 2012.
LACERDA, Rosilene et al. A BETERRABA COMO FONTE ALTERNATIVA NA
DIETA E REPRODUÇÃO DE RATOS WISTAR. Caderno de Ciências Biológicas e
da Saúde, n. 3, 2014.
LIMA, Dag M. Tabela brasileira de composição de alimentos-TACO. NEPAUNICAMP, 2006.
LOBANCO, C. M.; VEDOVATO, G. M.; CANO, C. B.; BASTOS, D. H. M.
Fidedignidade de rótulos de alimentos comercializados no município de São Paulo,
SP. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 43, n. 3, p. 499-505, 2009.
<http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102009005000020>.
MACHADO,S.S.; SANTOS, F.O.; ALBINATI, F. L.; SANTOS, L. P. R.Comportamento
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Alimentos e Nutrição, Araraquara, v. 17, n. 2006. Disponível em:
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MARINS, Bianca Ramos; JACOB, Silvana do Couto; PERES, Frederico. Avaliação
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