Mercado de Capitais 13 a 15 de julho de 2016 Instrutor: Ivando Silva de Faria MERCADO DE CAPITAIS Notas de aula do professor Ivando Silva de Faria Parte I • • • • • Ambiente: Organização e Funcionamento Sistema Econômico Ativos Financeiros e Ativos Reais Modelos Intermediado e Desintermediado Mercados Financeiros Sistema Econômico • Ativos Reais • Ativos Financeiros • Unidade Econômica Superavitária • Unidade Econômica Deficitária • Sistema Financeiro • Modelo Intermediado (Bank Based) • Modelo Desintermediado (Market Based) 4 Ativos Reais Onde são realizados investimentos de médio e longo prazos, com baixa liquidez. Ativos Financeiros Onde são possíveis investimentos de curtíssimo e curto prazos, com alta liquidez. Unidade Econômica Superavitária Agente Econômico que evita incorrer em custo de oportunidade Unidade Econômica Deficitária Agente Econômico que necessita de capital de terceiros. Sistema Econômico EMITENTE CUSTO CAPITAL UED $$ Bancos Comerciais INVESTIMENTO TÍTULO ATIVOS REAIS Empresas e Governos CUSTO OPORT. $ UES TÍTULO ATIVOS FINANCEIROS Bancos de Investimento, Fundos de Pensão, Cias de Seguro, Fundos de Investimento, Asset Management. Modelo Intermediado (Bank-Based) Modelo de Financiamento da atividade empresarial onde há intermediação entre superavitários e deficitários. A intervenção de bancos ocorre e há cobrança de spread entre taxas de cessão e captação. Modelo Desintermediado (Market-Based) Modelo onde o Financiamento ocorre através da emissão de títulos pelos Deficitários, diretamente nos Mercados, aos Superavitários. Sistema Econômico EMITENTE CUSTO OPORT. CUSTO CAPITAL UED INVESTIMENTO ATIVOS REAIS $ TÍTULO Mercado Primário $ UES TÍTULO Mercado Secundário INVESTIDORES INSTITUCIONAIS > FUNDOS DE PENSÃO > COMPANHIAS DE SEGUROS > CARTEIRAS PRÓPRIAS DE IF´s > CARTEIRAS DE INVESTIMENTOS DE EMPRESAS INVESTIDORES INDIVIDUAIS > MEGA-INVESTIDORES > CARTEIRAS ADMINISTRADAS > FUNDOS DE INVESTIMENTO EM AÇÕES INVESTIDORES NACIONAIS E ESTRANGEIROS EMPRESÁRIOS Mercados Primário Secundário • • • • • • • • Ambiente de negociação • Encontro de Superavitários • Informação : Vendors e Agências de Rating • Mercado Organizado • Funcionamento Contínuo • Preço Variável Ambiente de colocação Encontro direto de Deficitários e Superavitários. Informação via Prospectos Operações em Balcão Funcionamento Pontual Preço Fixo Ambientes • Real • Investimentos de Médio e Longo Prazos • customizado • Mercado de Balcão • Menor Liquidez • Dificuldade de Desinvestimento • Maior aporte de recursos • Financeiro • Investimentos de Curtíssimo e curto prazos • padronizado • Mercados Organizados • Maior Liquidez • Facilidade de Desinvestimento • Menor aporte de recursos Bolsas De Valores • Negociam ativos financeiros que se constituem em fontes de financiamento De Futuros • Negociam contratos para gerenciamento de riscos nos ambientes financeiro e real. • Funções : • Funções : • Gereciamento de Risco • Fonte de Financiamento • Conteúdo Informacional do Valor. • Conteúdo Informacional das Expectativas Risco, Valor e Visibilidade o o o o o o n VALOR MAX ~ FC t t 1 1 TMA Formação de Expectativas Transparência Comunicação Credibilidade Reputação Previsibilidade t Percepção de Riscos Utilidades dos MERCADOS • Conteúdo Informacional • Preços • Expectativas • Fonte de Financiamento • Gestão de Riscos Acelerado acúmulo de capital Maior interação das economias Maior vulnerabilidade Assimetria Informacional agravada Loss aversion Telemática e Mercados Organizados Mercado como atribuidor de valor Funções dos mercados FONTE DE FINANCIAMENTO BOLSAS DE VALORES E MERCADO PRIMÁRIO CONTEÚDO INFORMACIONAL DE VALOR > MERCADOS À VISTA GESTÃO DE RISCOS BOLSAS DE FUTUROS E DERIVATIVOS DE BALCÃO CONTEÚDO INFORMACIONAL DE EXPECTATIVAS BOLSAS DE FUTUROS E DERIVATIVOS DE BALCÃO Parte II • Mercados: Estrutura, Organização e Funcionamento • Primário • Secundário Cia. Aberta A companhia de capital aberto é aquela cujos títulos de emissão própria (ações, debêntures, bônus de subscrição, commercial paper) estão registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e distribuídos entre o público, podendo ser negociados no mercado de bolsa ou de balcão organizado. Conclusão: se uma empresa tem ações junto ao público então ela é uma companhia de capital aberto Comissão de Valores Mobiliários Atuação – Fiscalização e Regulamentação Instituições Financeiras do mercado; Cias de capital aberto; Investidores; Bolsas e Mercado de Balcão www.cvm.gov.br Abertura de Capital O processo pelo qual uma companhia fechada se transforma em aberta é denominado de abertura de capital. A CVM é responsável pelo registro e autorização para realizar a oferta e distribuição dos novos valores mobiliários por meio de subscrição pública. Oferta Inicial Pública (IPO – Initial Public Offering): oferta de ações no mercado primário (Não confundir com SEO – Seasoned Equity Offering: oferta de ações no mercado secundário) Ações – Underwriting A colocação primária é realizada por bancos de investimento, corretoras e distribuidoras. Underwriting ou Subscrição IPO – Initial Public Offering Líder e Garantidor Firme: arca integralmente com o risco de colocação Residual: arca no final do período de subscrição com o risco de colocação Melhores Esforços: não arca com o risco de colocação Bookbuilding Técnica complementar de estabelecimento de preço final de emissão, bastante difundida nas operações internacionais e que começou a ser utilizado no Brasil nos últimos 2 anos. Consiste no estabelecimento de uma faixa de preço por parte do underwriter, apresentada a investidores para que manifestem suas intenções de compra a cada preço do intervalo selecionado. Ao fim, com base no mapeamento da demanda potencial, os coordenadores estabelecem o preço final, que é apresentado novamente aos investidores para que confirmem suas reservas. Desta forma, o procedimento de bookbuilding apresenta a curva de demanda pelas ações da emissão, permitindo definição menos subjetiva do preço final. Underwriting ou Subscrição Co-líderes- Participam na distribuição Coordenador- Aprova o registro da emissão e elabora o prospecto de emissão. Todos esses procedimentos ocorrem no Mercado de Balcão. Mercado Primário de Ações Bancos de investimento se ocupam de conduzir todo o processo de underwriting. Há o banco coordenador. Como eles são especializados nesta atividade, garante-se assim que os passos dados pela empresa para realizar a oferta pública atendam os requisitos da CVM. Os Bancos de investimento dão a devida publicidade do IPO aos potenciais investidores. Mercado Primário de Ações O coordenador e especialistas (advogados e auditores) analisam e definem o estado atual e perspectivas da empresa, bem como os riscos associados a sua atividade. Levanta-se as intenções de investimento junto ao público (potenciais investidores como grandes investidores, fundos, etc.) em processo conhecido como road-show; Sub-apreçamento Mercado Secundário: Processando o Negócio Informação Análise Formação de Expectativa Posicionamento ( Inserção de Oferta ) Preço ou Valor Tipos de Ordem A mercado : Não Especifica Preço Limitada : Especifica preço máximo ou mínimo. De stop : Especifica preço de reversão da posição inicial. Casada : Condiciona a realização de operações Fechando Negócios ... Q 400 400 400 400 400 400 Ofertas de Compra P Melhores Ofertas 100 99 98 97 96 95 Q 400 400 400 400 400 400 Ofertas de Venda P 101 102 103 104 105 106 Como Intervir ? Estrutura Subjacente Câmaras de Liquidação e Custódia Segurança para os Investidores Clearing Houses Garantia de Liquidação das Posições Centro de Transação Boa formação de preço Mercados Organizados ou de Balcão Investimentos em Renda Fixa > Mercado Interbancário - CDI > Open Market - LTN e NTN > Debêntures Investimentos em Renda Variável > Ações > Commodities > Ouro > Moedas Mercados Organizados : Exemplos • Ações ( NYSE - BOVESPA - GLOBEX) • Moedas • Commodities > Agropecuárias (CBOT - CME - BM&F) > Petróleo (IPE) > Energia • Instrumentos Financeiros • Metais Vantagens da Organização • Segurança • Melhores condições de negociação • Melhor apreçamento • Como é no mercado de balcão? • Qual o valor a ser atribuído ao ativo? Parte III • O Mercado de Ações • Tipos e Espécies de ações • Eventos e Benefícios • Índice Bursátil • ADRs • GC Fontes de Financiamento O Balanço Patrimonial Ativo Circulante Ativo Permanente Tangível e Intangível F I N A N C I A Passivo Circulante Exigível Longo P. Patrimônio Líquido Fornecedores Credores / Debenturistas Acionistas Ordinários e Preferenciais Principais Títulos de Cia. Aberta • . AÇÕES • . DEBÊNTURES • . BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO • . NOTAS PROMISSÓRIAS P/ SUBSCRIÇÃO PÚBLICA Ações As ações são valores mobiliários que representam a fração mínima do capital das empresas. Ao comprar uma ação, os investidores se tornam co-proprietários do empreendimento, tendo direito à participação em seus resultados. Ações A qualquer momento, essas ações poderão ser vendidas, em mercados organizados, a terceiros (que se tornam nos “novos sócios”); As ações são valores mobiliários emitidos exclusivamente por sociedades anônimas; Ao emitir ações, a empresa “abre” seu capital a participação dos investidores Ações - Classificação Ordinárias ou Preferenciais Ordinárias: conferem o direito de voto em assembléias gerais. Preferenciais: ações que garantem ao acionista a prioridade no recebimento de dividendos (geralmente em percentual mais elevado do que o atribuído às ações ordinárias) e no reembolso de capital, no caso de dissolução da sociedade. Em geral, não conferem direito de voto em assembléia. Ações - Classificação > Escriturais ou > Tituladas, representadas por certificados: Escriturais: ações que não são representadas por certificados (ou seja, não precisam da emissão de cautelas para sua transferência). É escriturada por um banco, o qual deposita as ações da empresa e realiza os lançamentos a débito ou a crédito dos acionistas, não existindo movimentação física dos documentos. Ações - Proventos Dividendos: parcela dos lucros paga em dinheiro aos acionistas iguais a, no mínimo, 25% dos lucros anuais da empresa. Juros sobre o Capital Próprio: baseado em reservas patrimoniais de lucros retidos na empresa em exercícios anteriores. Porém, este procedimento segue regulamentação específica. Bonificação em ações: distribuição gratuita de um número de ações proporcional à quantia que cada acionista possui. Resulta do aumento de capital, por incorporação de reservas ou lucros em suspenso. Ações - Proventos Bonificação em dinheiro: além de distribuir os dividendos aos seus acionistas, as empresas poderão, em alguns casos, conceder uma participação adicional nos lucros, realizando, assim, uma bonificação em dinheiro. Direito de preferência na aquisição de ações (subscrição) – direito de aquisição de novo lote de ações (com preferência na subscrição) em quantidade proporcional às possuídas. Vale observar que o exercício de preferência na subscrição de novas ações não é obrigatório. Dessa forma, o acionista poderá vender estes direitos a terceiros, em bolsa. Ações - Eventos Pr eço EX Pr eço COM S(PE) D 1 B S S = Percentagem do direito de preferência PE= Preço de Emissão da Subscrição D= Dividendo B= Percentagem da Bonificação Mercado Secundário As bolsas de valores fazem a intermediação de operações de compra e venda de títulos e valores mobiliários. No Brasil, o mercado secundário de ações está concentrado no pregão eletrônico da Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) BOVESPA A BOVESPA é o maior centro de negociação com ações da América Latina, concentrando cerca de 70% do volume de negócios realizados na região. Atualmente, a BOVESPA é o único centro de negociação de ações do Brasil. Hoje, as negociações realizadas na BOVESPA são feitas exclusivamente por meio de seu sistema eletrônico. BOVESPA BOVESPA Holding - Subsidiárias integrais: Bolsa de Valores de São Paulo (BVSP) responsável pelas operações dos mercados de bolsa e de balcão organizado Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) que presta serviços de liquidação, compensação e custódia. Principais Funções de uma Bolsa de Valores • Manter sistema adequado à realização de operações de compra e venda de TVM, organizados de forma a facilitar a fiscalização pelas próprias corretoras e pelas autoridades competentes; • Estabelecer sistemas de negociação que propiciem continuidade de preço e liquidez ao mercado; • Prover visibilidade das operações; • Efetuar registro, compensação e liquidação das operações; • Preservar elevados padrões éticos de negociação. Principais Produtos Negociados na BM&FBovespa – Mercados Bovespa • Ações • Opções sobre ações e índices • Termo • POP – Proteção de investimento com participação ÍNDICES DE BOLSAS DE VALORES Principais Indicadores Internacionais: Indicador Ibovespa Dow Jones Nasdaq FTSE Nikkei Dax Merval Bolsa de Valores BOVESPA – São Paulo NYSE – Nova York NASDAQ – Nova York LONDRES TÓKIO FRANKFURT BUENOS AIRES País BRASIL USA USA INGLATERRA JAPÃO ALEMANHA ARGENTINA IBOVESPA ÍNDICE BRASILEIRO DE AÇÕES • É o índice da Bolsa de Valores de São Paulo. (BOVESPA) • Atualmente é o indicador brasileiro de ações, e é composto por aproximadamente 65 ações. (as de maior grau de liquidez) • Mede o desempenho das ações no mercado e o compara com o desempenho das mesmas ações no dia anterior. • É reavaliado a cada 4 meses. ( janeiro/maio/setembro) • Diariamente, a Bovespa divulga o comportamento dos preços das ações que compõem o Ibovespa, informando as que subiram, caíram, permaneceram estáveis ou ainda as que não foram negociadas. OUTROS ÍNDICES DA BOVESPA IBrX-Brasil: 100 ações + negociadas IBrX-50: 50 ações mais negociadas IGC: Novo Mercado e Níveis 1 e 2 ITAG: Tag Along superior a 80% IEE: empresas de energia elétrica ITEL: índice setorial de telecomunicações IVBX-2: 2ª linha (a partir da 11ª) ADR´s • Diversificação Internacional • Em 18 de maio de 1992, foi editado o Anexo V à Resolução 1.289, abrindo a possibilidade para que companhias brasileiras pudessem negociar suas ações no exterior por meio de Recibos de Depósito. • American Depositary Receipts (ADR´s) Tipos dos Recibos • ADR - American Depositary Receipt: negociado no mercado norte-americano, no mercado de balcão e nas bolsas de valores de Nova York; • IDR - International Depositary Receipt: negociado nos mercados asiáticos, principalmente Hong Kong, Cingapura e Tóquio; • EDR - European Depositary Receipt: negociado no mercado de Londres e Luxemburgo; • GDR - Global Depositary Receipt: único certificado com livre negociação nos mercados mundiais. O Que São ? • Recibo nominativo, transferível, emitido por uma companhia estrangeira; • Banco comercial americano (depositário), o correspondente no exterior do custodiante; • Representam um número específico de ações, inclusive fracionário, sendo cotados e negociados em dólar, exclusivamente no mercado de capitais americano. Custodiante • Aparece nos livros de registro não norte americanos como o proprietário registrado de todas as ações depositadas, originadoras dos ADRs • Recebe, em nome deste último, os dividendos pagos pela companhia estrangeira (não norte americana) a seus acionistas • Está autorizado a exercer o direito de voto relativamente às ações depositadas no termo do programa de American Depositary Receipt. Não Patrocinados • Organizados independentemente por uma ou mais instituições depositárias • Sem qualquer relação contratual entre a empresa patrocinadora e o banco depositário. • A empresa fica de fora do processo, tendo em vista não ser ela a responsável pela disponibilidade do número de ações para lastreamento dos Recibos de Depósito. Patrocinados • Existe relação contratual entre a empresa patrocinadora e um banco depositário. • A própria empresa tem interesse em colocar suas ações no mercado financeiro internacional, seja visando captar recursos de longo prazo, ou simplesmente negociar suas ações. ADR´s Emissão para ações já existentes • ADR Nível I (Mercado de Balcão) • ADR Nível II Emissão para aumento de capital (ADR Nível III) • Oferta pública • Norma 144A ADR (RADR) ADR Nível II • a empresa deve cumprir as exigências de full disclosure da SEC • adaptar os seus demonstrativos contábeis às normas do U.S. GAAP, • providenciar o registro na bolsa de valores, • custos com a emissão, que oscilam entre US$ 200 mil a US$ 700 mil. ADR Nível III Oferta Pública • Processo é mais complexo, desde o registro junto a SEC até a necessidade dos demonstrativos contábeis da empresa estarem totalmente conciliados com as normas do U.S. GAAP. • custos para emissão são bem maiores, oscilando entre US$ 500 mil a US$ 2 milhões, oriundos de consultoria jurídica, conciliação dos demonstrativos contábeis, impressões, publicações, eventuais restruturações internas na empresa taxa de underwriting ADR Nível III Norma 144A (RADR) • Forma de colocação privada de ADR, para negociação restrita no mercado norte-americano, limitada exclusivamente a grandes investidores institucionais (QIB Qualified Institucional Buyers). • Sendo regulamentada pela Rule 144A, tais colocações são conhecidas no mercado como RADR. Possibilitam aumento de capital, não estando sujeitas aos requisitos normais da SEC, podendo se utilizar das prerrogativas da Norma 12g3-2(b) nem existe a necessidade de adaptação ao U.S. GAAP. ADR s • Níveis • Mercados •1 • Primário no Brasil • Secundário NASDAQ • Primário no Brasil • Secundário NYSE • Primário nos EUA • Secundário NYSE •2 •3 NOVO MERCADO E NÍVEIS 1 e 2 DE GOVERNANÇA CORPORATIVA O QUE SÃO? São segmentos de empresas com ações negociadas na Bovespa que se submetem a uma série de exigências de Governança Corporativa. NÍVEL 1 DE GOVERNANÇA CORPORATIVA Manutenção de ações em circulação representando um mínimo de 25% do capital social; Realização de ofertas públicas de colocação de ações por meio de mecanismos que favoreçam a dispersão do capital; Disponibilização de um calendário anual de eventos corporativos; Nas informações trimestrais, inclusão da demonstração do fluxo de caixa, da consolidação das demonstrações contábeis e de revisão especial do auditor externo; NÍVEL 1 (continuação) Nas informações trimestrais e anuais, informação sobre posição acionária na companhia de todo aquele que detiver mais de 5% do capital social e sobre a participação em outras companhias por parte do acionista controlador,administradores ou membros do conselho fiscal; Estabelecimento de um prazo mínimo de 15 dias antecedência para a convocação de assembléia geral. Divulgação de programas de opções de aquisição de ações para administradores e funcionários (“stock options”). NÍVEL 2 DE GOVERNANÇA CORPORATIVA Cumprimento das Exigências do Nível I; Balanço anual seguindo as normas do US GAAP ou IASC GAAP; Informações trimestrais em inglês ou de acordo com o US GAAP ou IASC GAAP; Adesão à Câmara de Arbitragem para resolução de conflitos societários. Extensão, para todos os acionistas detentores de ações ordinárias, das mesmas condições obtidas pelos controladores quando da venda do controle da companhia e de, no mínimo, 80% deste valor para os detentores de ações preferenciais (tag along); NÍVEL 2 (continuação) Direito de voto às ações preferenciais em algumas matérias, como transformação, incorporação, cisão e fusão da companhia e aprovação de contratos entre a companhia e empresas do mesmo grupo sempre que sejam deliberados em assembléia geral; Obrigatoriedade de realização de uma oferta de compra de todas as ações em circulação, pelo valor econômico, nas hipóteses de fechamento do capital ou cancelamento do registro de negociação neste Nível; Conselho de Administração com mínimo de cinco membros; mandato de um até dois anos e 20% de membros independentes. NOVO MERCADO Cumprimento das exigências dos Níveis I e II; Capital social composto somente por ações ordinárias; Extensão para todos os acionistas das mesmas condições obtidas pelos controladores quando da venda do controle da companhia (tag along). Parte IV • Valor: • O JOGO: Renda Fixa versus Renda Variável • VALOR • CAPM + GORDON • O JOGO DO MERCADO • CAPM DINÂMICO • AVALIAÇÃO DE PERFORMANCE • GOVERNANÇA CORPORATIVA Escalonamento das Taxas de Retorno Taxa de retorno empresarial ( TRE) Taxa Mínima de Atratividade CAPM Taxa de Cessão Taxa de Captação Taxa Básica ( SELIC) – Não contém o risco de Insolvência – Teoricamente Risk Free Um Modelo de Avaliação de Ativos. R RF b RM RF A Linha do Mercado de Títulos A Taxa Mínima de Atratividade: O Prêmio de Espera e o Prêmio de Risco Medindo o Risco: O Coeficiente Beta O coeficiente beta é uma medida de sensibilidade do retorno de uma ação relativamente ao retorno de um índice. n Cov AB A B AB b 2 Var B B A A B B ( R R )( R R ) t t t 1 n B B B B ( R R )( R R ) t t t 1 Sharpe (1963) CAPM - Capital Asset Pricing Model A SML – Linha de Mercado de Títulos Estabelecimento do modelo de equilíbrio do mercado. Este modelo tenta especificar a relação entre risco e taxas de retornos requeridas sobre ativos eficientemente diversificáveis CAPM Dinâmico Modelo de Gordon Modelo de Gordon Dividendo 1 Pr eço 0 R g Gestão dos Riscos Específico e Sistemático O Risco Específico >A Seleção dos Ativos e a Análise Fundamentalista >A Ponderação das Carteiras - Teoria de Carteiras O Risco Sistemático >A Análise de Tendência e a Análise Técnica >Alavancagem e Hedge Risco Total Gestão : Análise Fundamentalista Teoria de Carteiras Risco Específico Gestão : Timing Análises de Tendência / Técnicas Derivativos Risco Sistemático Quantidade de ativos da carteira O Risco Sistemático • Gerenciável e Inevitável • Análise Técnica • • • • • • • Gráfica - Teoria de DOW Ondas - Ondas de Elliot Volume - OBV do Granville Osciladores Buscam identificar tendências futuras pela análise do comportamento de preços passados. Lidam indiretamente com a propagação da informação Utilidade : crescente em ambiente conturbado O JOGO DO MERCADO PARTICIPANTES > GRANDE CAPITAL > PÚBLICO VENCE > A APOSTA QUE EMBUTIR A EXPECTATIVA CORRETA TIPOS DE APOSTA > CURTÍSSIMO PRAZO; CURTO PRAZO; MÉDIO PRAZO E LONGO PRAZO. FORMAÇÃO DE EXPECTATIVAS INFORMAÇÕES > RELACIONAMENTO > ANÁLISE FUNDAMENTALISTA > ANÁLISE TÉCNICA > TECNOLOGIA O JOGO DO MERCADO • GRANDE CAPITAL Muito $ Poucas pessoas Bem informadas Bem capacitadas tecnicamente Bem estruturadas tecnologicamente Têm estrutura montada para a gestão de investimentos • PÚBLICO Pouco dinheiro Muitas pessoas Mal informadas Limitadas tecnicamente Mal estruturadas tecnicamente A ANÁLISE FUNDAMENTALISTA Principais Indicadores > Preço / LPA > Preço / VPA > Preço / Fluxo de Caixa > Dividend Yield > Payout Ratio O Valor da Empresa é Função : > Do tamanho dos fluxos de caixa projetados > Da volatilidade dos fluxos de seus fluxos de caixa RELAÇÕES E MÚLTIPLOS Relações e Múltiplos 1) Relação Preço sobre o Valor Patrimonial (P / VPA) Indicador que apresenta a relação entre o valor de mercado (P) e o valor da empresa (VPA). Indica se a ação está com o preço superavaliado (relação maior que 1) ou sub-avaliado (relação menor que 1). Relações e Múltiplos 2) Relação Preço sobre o Lucro Líquido (P/L) É o quociente da divisão do preço da ação no mercado, pelo lucro líquido da ação. Indica o número de anos que o investidor levaria para reaver o capital aplicado, desde que os lucros se mantenham constantes e que o mesmo seja distribuído integralmente na forma de dividendos. P/L= Preço de Mercado Lucro Líquido Relações e Múltiplos 3) Lucro Por Ação (LPA) Indicador que representa quanto do lucro apurado pela empresa cabe a cada ação emitida. LPA = Lucro Líquido Nº de Ações Relações e Múltiplos 4) Lucro / VPA Indicador que representa o percentual de lucro da ação (ou da empresa) em relação ao valor patrimonial da ação (ou da empresa). Lucro / VPA = Lucro Líquido por Ação Valor Patrimonial por Ação (VPA) Relações e Múltiplos 5) Dividendo sobre Lucro Líquido (PAYOUT) Indicador que apresenta quanto do lucro líquido apurado pela empresa está sendo distribuído aos acionistas na forma de dividendos. Percentual Mínimo de distribuição (25% do LL) PAYOUT = Dividendo Lucro Líquido Teoria de Carteiras Os procedimentos adotados para a avaliação de títulos, que geram os dados básicos para os processos de seleção de carteiras, partem de estudos das distribuições de seus retornos no passado, e em seguida os ajusta ao estado atual das crenças de analistas e investidores sobre os estados da natureza no futuro e seus reflexos sobre os retornos dos títulos em apreciação. A informação e seu processamento pelos analistas é que determinará a composição de uma carteira. O objetivo maior sempre será a maximização do retorno e a minimização do risco. Teorema Separação (Tobin): Diferentes alternativas de composição de portfólios que levam em conta a aversão do investidor ao risco e/ou sua preferência pela liquidez Teoria de Carteiras CML = SML [Brigham] A CML especifica a relação entre risco e retorno para carteiras diversificadas, onde o risco da carteira é medido pelo desvio padrão da Carteira. A SML mostra a relação Risco Retorno de uma ação individual, sendo seu risco de mercado seu β. Onde σ2 é a variância do portfólio de mercado. Exemplo : Resultado Análise Prospectiva EVENTO 1 2 3 4 5 6 PROBABILIDADE 1/10 = 0,10 1/5 = 0,20 1/4 = 0,25 1/4 = 0,25 1/10 = 0,1 1/10 = 0,10 1,00 PREÇO 30,00 25,00 22,00 18,00 14,00 12,00 Supondo Pt = 15,00 EVENTO 1 2 3 4 5 6 PROBABILIDADE 1/10 = 0,10 1/5 = 0,20 1/4 = 0,25 1/4 = 0,25 1/10 = 0,1 1/10 = 0,10 1,00 R (t+1) 100% 67% 47% 20% -7% -20% Retorno Esperado E ( R t+1) = Prob j Rj, t+1 E ( R t+1) = 0,10 ( 100%) + 0,20 ( 67%) + 0,25 ( 47% ) + 0,25 ( 20% ) + 0,10 ( -7%) + 0,10 ( -20%) = 37% Variância EVENTO PROBABILIDADE R (t+1) - E (Rt+1) [ R t+1 - E ( Rt+1 ) ]2 1 2 3 4 5 6 0,10 0,20 0,25 0,25 0,10 0,10 1,00 - 0,37 = 0,63 0,67 - 0,37 = 0,30 0,47 - 0,37 = 0,10 0,20 - 0,37 = -0,17 -0,07 - 0,37 = -0,44 -0,20 - 0,37 = -0,57 0,40 0,09 0,01 0,03 0,19 0,32 Var ( Rt+1) = [ Rj, t+1 - E ( Rt+1 ) ]2 * Prob j Var ( Rt+1) = 0,10 (0,40) + 0,20 ( 0,09 ) + 0,25 ( 0,01) + 0,25 ( 0,03) + 0,10 ( 0,19) + 0,10 ( 0,32) = 0,12 Desvio-padrão : DP ( Rt+1) = (0,12) 1/2 = 34% Retorno por Unidade de Risco Retorno : 0,37 Risco : 0,34 0,37 / 0,34 = 1,09 Cálculo da taxa esperada de retorno da carteria (p) É a média ponderada das taxas de retorno dos ativos que a compõem, pela participação dos mesmos na carteira. Rp, t+1 = Xi Ri, t+1 Rp = Taxa de retorno da carteira Xi = Proporção do ativo na carteira Ri = Retorno do ativo Retorno da Carteira Taxas de Retorno_da Carteira Evento 1 2 3 4 5 6 Probabilidade 0,10 0,20 0,25 0,25 0,10 0,10 Ativo A 1,00 0,67 0,47 0,20 -0,07 -0,20 Xa = 0,40 ; Xb = 0,35 ; Xc = 0,25 Rp ( evento 1) = 0,40 (1,00) + 0,35 ( 0,80) + 0,25 ( 1,20) = 98%. Ativo B 0,80 0,65 0,45 0,22 -0,15 -0,20 Ativo C 1,20 0,70 0,50 0,15 -0,15 -0,35 Carteira 0,98 0,67 0,47 0,19 -0,12 -0,24 Taxas de Retorno_da Carteira Evento 1 2 3 4 5 6 Probabilidade 0,10 0,20 0,25 0,25 0,10 0,10 Ativo A 1,00 0,67 0,47 0,20 -0,07 -0,20 Ativo B 0,80 0,65 0,45 0,22 -0,15 -0,20 Ativo C 1,20 0,70 0,50 0,15 -0,15 -0,35 Carteira 0,98 0,67 0,47 0,19 -0,12 -0,24 Xa = 0,40 ; Xb = 0,35 ; Xc = 0,25 E ( Rp, t+1) = 0,10 ( 0,98) + 0,20 ( 0,67) + 0,25 ( 0,47) + 0,25 ( 0,19) + 0,10 ( -0,12) + 0,10 ( -0,24) = 36,28% Variância da Carteira Var ( Rp, t+1) = 0,10 [ 0,98 - 0,3628]2 + 0,20 [ 0,67 - 0,3628]2 + 0,25 [ 0,47 - 0,3628]2 + 0,25 [ 0,19 - 0,3628]2 + 0,10 [ -0,12 - 0,3628]2 + 0,10 [ -0,24 - 0,3628]2 = 0,1262 Desvio - padrão : (0,1262) 1/2 = 35,52 % Retorno por Unidade de Risco Retorno : 36,28% Risco : 35,52 % 36,28% / 35,52 % = 1,021 Exercício Refazer o cálculo do risco e do retorno da carteira tendo em consideração as seguintes participações dos ativos na mesma : Xa = 0,20 ; Xb = 0,50 ; Xc = 0,30 Novo Cálculo E ( Rp, t+1) = Xi E ( Ri, t+1 ) E (Rp) = 0,40 ( 0,3745) + 0,35 ( 0,3425) + 0,25 ( 0,3725) = 0,3628 ou 36,28% Concluindo Variância : (Rp, t+1) = X12 Var (R1) + X22 Var (R2) + X32 Var (R3) + 2 X1 X2 Cov ( R1,R2 ) + 2 X1 X3 Cov (R1,R3) + 2 X2 X3 Cov ( R2, R3) Var (Rp) = (0,4)2 (0,1192) + (0,35)2 (0,1002)+ (0,25)2 (0,1859) + 2 (0,40) (0,35) (0,1078) + 2 (0,40) (0,25) (0,1486) + 2 (0,35) (0,25) ( 0,1332) = 0,1262 Desvio - Padrão : ( 0,1262 )1/2 = 0,3552 ou 35,52 % Quantidade de termos desta equação : n * (n+1)/2 Covariância : medida da intensidade com a qual as taxas de retorno de dois ativos variam em conjunto. Cov ( Ri t+1, Rk t+1) = [ Rij ,t+1 - E ( Ri, t+1)] [ Rkj, t+1 - E ( Rk, t+1)] * Prob j Covariância entre o ativo A e o ativo B : Cov = 0,10 ( 1,00 - 0,3745) ( 0,80 - 0,3425) + 0,20 ( 0,67 - 0,3745) ( 0,65 - 0,3425) + 0,25 ( 0,470,3745) ( 0,45-0,3425) + 0,25 ( 0,20 - 0,3745) ( 0,22 - 0,3425) + 0,10 ( -0,07 - 0,3745) ( -0,15 0,3425) + 0,10 ( -0,20 - 0,3745) ( -0,20 - 0,3425) = 0,1078 Covariância entre o ativo A e o ativo C = 0,1486 Covariância entre o ativo B e o ativo C = 0,1332 Correlação Expresso por: x1 x 2 CovX 1 , X 2 x1 x 2 CovX1 , X 2 x1 x 2 x1x 2 Reduzindo o Risco da Carteira (Var Cov ) CovX1 , X 2 x1 x 2 x1x 2 Futuro de IBOVESPA Objeto do contrato : A carteira de ações subjacente ao índice Bovespa - Ibovespa. Lote - padrão : 1 contrato. Forma de cotação : Pontos de índice. Valor do ponto : R$ 1,00 Vencimento : Quarta-feira mais próxima do dia 15 nos meses pares. Exemplos Especulação e Alavancagem Hedge N = (C / F x K ) * B, onde: N = número de contratos C = valor da carteira em reais F = pontos do índice futuro K = valor do ponto do índice B = coeficiente beta Exercício Sabe-se que o coeficiente beta do ativo A é de 1,32. Um investidor montou um hedge para uma carteira composta por 10 000 ativos A. Quando da formação do hedge, no momento 1, o ativo A custava 880,00 e o índice estava cotado a 41 700. Sabe-se que o ativo A sofreu uma queda de 5% entre os momentos 1 e 2. Qual o resultado apurado pelo investidor no mercado futuro de índice no momento 2. Valor do Ponto : R$ 1,00. Obrigado! [email protected]