Correlações entre a DBO e a DQO em afluentes e efluentes de um sistema de tratamento de esgoto empregado na mineração Magno José Alves, Leyser Rodrigues Oliveira, Elder Lasmar Gontijo, Viviane Tavares Campos, Ivani Pose Martins de Pádua Centro Universitário de Formiga – UNIFOR/MG 1. Objetivos 3. Resultados As análises de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) custam, em média, quatro vezes mais que as análises de DQO (Demanda Química de Oxigênio), além do que os resultados da primeira demandam 5 dias, enquanto os da DQO são obtidos em 2 horas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o grau de correlação entre esses parâmetros para afluentes e efluentes de uma empresa do setor de mineração, visando a redução de custos operacionais, a diminuição do tempo de tomada de decisões sobre medidas de correção operacional, além da definição de outros parâmetros, característicos dos projetos locais. Os valores médios da DBO e DQO apresentaram grandes flutuações devido às características das diferentes unidades da empresa, mas sempre mostrando a mesma tendência de variação dos valores da DQO em relação a DBO. A relação DBO/DQO de entrada teve uma variação entre 0,357 e 0,495, enquanto a mesma relação de saída oscilou entre 0,330 e 0,451. Independentemente do tipo, a relação DBO/DQO para águas residuárias classificadas como de concentração média, ou seja com DBO variando de 200 mg/L a 400 mg/L, varia entre 0,33 e 0,49 [1], informação corroborada por vários outros pesquisadores brasileiros. A Tabela 1 mostra as equações de regressão obtidas nas diferentes unidades da indústria de mineração. 2. Material e Métodos O estudo foi realizado no Cenar (Centro de Análises de Águas e Resíduos) do Centro Universitário de Formiga (Unifor/MG), na cidade de Formiga-MG. Foram utilizadas 164 amostras de afluentes e efluentes de uma empresa do setor de mineração, coletadas nas filiais de cinco cidades de MG, no período de janeiro de 2008 a junho de 2009, sendo que as dimensões e o sistema de tratamento eram os mesmos nas cinco unidades, variando, apenas, a carga poluidora. Todos os métodos e análises laboratoriais empregados estão de acordo com o “Standard Methods for examination of Water and Wastewater”. Para a DBO, empregou-se o Determinador Automático de B.O.D., modelo Q751 e para a DQO, utilizou-se o Bloco Digestor Microprocessado, modelo Q325M, ambos da marca Quimis. A análise estatística foi feita utilizando-se o SAS, afim de estabelecer correlações entre a DBO e DQO, ajustando equações de regressão aos pares desses dados, encontrando, assim os coeficientes de correlação. Tabela 1. Equações de regressão para a relação DBO/DQO de entrada e saída do sistema de tratamento DBO/DQO Equação R2 Entrada y = 1,9831x + 40,642 0,9764 Saída y = 1,9857x + 24,979 0,8854 4. Conclusão Apesar dos conteúdos básicos das águas residuárias serem semelhantes, os diferentes valores de correlação encontrados sofreram variações devido às diferentes cargas de matéria orgânica [2] e outros compostos da mesma natureza, presente nas amostras. 5. Bibliografia [1] NETTO, J.M.A. et. al. Sistemas de esgotos sanitários. 2 ed. São Paulo: CETESB, 1977. 468 p. [2] RAMALHO, R. S. Introduction to wastewater treatment processes. USA: Academic Press, 1977. 409 p.