EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA ENFERMAGEM Denise Costa Dias* Claudia Brandalero Rizzi** Silvia Helena De bortoli Cassiani*** Resumo: Neste artigo buscamos retratar como a educação a distância têm sido introduzida na educação de enfermagem. Iniciamos explanando brevemente sobre a educação a distância (EAD) no Brasil e como a enfermagem tem utilizado esta modalidade de ensino no âmbito internacional e nacional. A seguir explanamos sobre os objetivos de ambientes digitais de aprendizagem e finalizamos com os aspectos gerenciais e operacionais para implementação do ambiente digital de aprendizagem. Palavras-chave: Educação em enfermagem, educação on-line Educação a distância (EAD) e sua utilização na enfermagem A Educação a Distância (EAD) está dentro do contexto da Educação: é a mesma educação, operacionalizada a distância, enfrentando os mesmos problemas, as mesmas contradições dadas pela relação educação-cultura- sociedade, marcada por diferentes correntes ideológicas e diferentes formas de sistematização. Ela, por si só, não elimina as dificuldades estruturais e conjunturais que afetam o desenvolvimento de processos educativos. Como qualquer outra proposta educativa, a EAD tem diferentes perspectivas de ação filosófica, onde princípios e valores estão postos em jogo. Entre a individualização extremada e a massificação, coloca-se uma terceira possibilidade, que se estabelece pela1 individualização voltada para a integração e cooperação social. * Professora Assistente do Curso de Enfermagem da Unioeste. Doutoranda EERP-USP ** Professora Assistente do Curso de bacharelado em informática da Unioeste. Doutoranda PGIE-UFRGS *** Professora Associada DEGE-EERP-USP 1 Nesse sentido, a relação da EAD com a tecnologia é praticamente indissociável, na medida em que os meios tecnológicos são indispensáveis à comunicação entre os integrantes do sistema (Kramer, 1999) . No Brasil a política educacional, através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a nova LDB, lei federal no 9394 destaca no artigo 80 o incentivo à educação a distância (BRASIL, 1996). "Art. 80- O poder público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada." Diário Oficial- 23 de dezembro de 1996. Posteriormente, o decreto no 2494 de 10 de fevereiro de 1998 que regulamenta o artigo 80, estabelece que: "Art. 1o - Educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação." (apud Kramer, 1999, p. 70 ) A análise do artigo 80 e do decreto 2494, acima citados, levam a reflexões, entre elas o questionamento do sentido de distância. O aluno que dorme na frente do professor está perto ou distante? O aluno que pensa na namorada, nos filhos, ou que estuda para uma prova de outra disciplina em frente ao professor, é um aluno próximo ou distante? O professor que dá uma atividade qualquer para os alunos cumprirem em sala de aula, enquanto ele, dentro da mesma sala, corrige provas, ou lê qualquer coisa, está perto ou distante? Assim, a aula presencial, pode ser muito distante, se considerada de corpo presente e espírito ausente por alunos e professores. 2 A educação a distância poderá ser realmente distante se for fornecida através de textos, rádio, televisão ou programas de computador a um aluno isolado que possui pouca ou nenhuma interação com o instrutor ou seus colegas. Entretanto, as tecnologias atuais de informação permitem um alto poder de interação entre os participantes em um ambiente de aprendizagem através da Internet (Franco et al., 2002). Assim, considerando que, se é possível conviver, interagir e cooperar num ambiente virtual, onde a distância pode ser transposta, este estudo intitula-se "educação sem distâncias". Seguindo essa lógica, o que era distante pode tornar-se próximo. Isto possibilita uma ruptura espaço/temporal, onde o tempo e o espaço são estabelecidos de acordo com as necessidades, interesses e a disponibilidade dos aprendizes. A mudança não se dá somente em termos de espaço e tempo, mas também nas dimensões psicológica, sociológica e pedagógica permitindo que a educação torne-se mais abrangente (Subtil, 2002). Na enfermagem, o ensino a distância já tem sido bastante utilizado em outros países. No entanto, no Brasil ainda são tímidas as atividades relacionadas a essa modalidade educacional e portanto, iniciativas como as tomadas nesse estudo podem ser consideradas pioneiras e sujeitas a todas as dificuldade s e limitações quês os pioneiros podem sofrer. Nos EUA, os ambientes de aprendizagem através da Internet tem tornado possível o oferecimento de cursos de mestrado, de educação continuada, de graduação e outros, parcial ou inteiramente a distância, em várias universidades e é uma estratégia aceita e estimulada pela Associação Americana de Escolas de Enfermagem ( AACN, 2000; Sternberg & Meyer, 2001; Rosenlund & Damask-Bembenek, 1999; Carlton et al., 1998; Sery-Ble et al., 2001). A enfermagem coreana também tem experiência com o ensino a distância através da Internet, sendo a efetividade do programa considerada positiva (Soon et al, 2000). Na Austrália, Kenny (2002) descreveu uma experiência de disciplina para alunos de graduação de enfermagem através da Internet, utilizando o WebCT. A autora comentou que a experiência não é de uma especialista, mas de alguém que está iniciando a integrar a tecnologia como recurso educacional. 3 No Brasil, a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP),*.oferece cursos de atualização em enfermagem em nefrologia através da Internet. O DATASUS inicia a utilização da EAD para a capacitação de recursos humanos das secretarias estaduais e municipais de saúde para a absorção dos sistemas de informação. O Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da área de Enfermagem (PROFAE) está oferecendo curso de especialização em Educação Profissional na área da Saúde, dirigido aos enfermeiros que exercem a docência nos Cursos de Educação Profissional e utiliza essencialmente a modalidade de Educação a Distância. É ofertado em todo o território nacional por instituições de âmbito estadual ou regional, com experiência em ensino de saúde. A operacionalização é exercida por uma Coordenação TécnicoPedagógica a cargo do Programa de Educação a Distância - EAD/ENSP/FIOCRUZ.* Todavia a literatura brasileira ainda é pobre em descrições de experiências de ensino a distância na enfermagem nacional, embora reconhecida como uma estratégia educacional que deva ser empregada. Esse fato justifica a necessidade de investimentos em pesquisas nessa área uma vez que um número crescente de organizações começa a fazer uso dos métodos de comunicação eletrônica e isso tem transformado a informática uma parte importante do currículo em todos os níveis. Outra razão é familiarizar os profissionais de enfermagem para a busca e a utilização consciente de informações via Internet, pois é recomendável que estes profissionais aprendam mais acerca dessa tecnologia e a utilizem como forma de comunicação com seus pares, orientação de pacientes, coordenação de grupos de auto-ajuda, atualização profissional, entre outras possibilidades oferecidas pela rede. A seguir serão discutidos os ambientes digitais de aprendizagem. Ambientes Digitais de Aprendizagem * Maiores informações podem ser obtidas no endereço: www.virtual.epm.br * Maiores informações podem ser obtidas no endereço: www.profae.gov.br 4 Existem várias outras denominações para designar o emprego da telemática na educação, entre elas citamos: "Ambiente de aprendizagem On-line", "Sistemas gerenciadores de Educação a distância", "software de aprendizagem colaborativa", "Ambientes de Aprendizagem Colaborativa Apoiada pelo Computador (ACAC)". De forma geral todos referem-se a sistemas que sintetizam a funcionalidade do software para a comunicação mediada pelo computador e métodos de entrega de material de cursos através da Internet. O objetivo de um ambiente digital de aprendizagem através da Internet é apoiar a comunicação, colaboração e coordenação das atividades de um grupo. Inúmeros são os recursos que podem constituir um ambiente digital de aprendizagem como: os sistemas de mensagens, que suportam a troca assíncrona de mensagens textuais entre grupos de usuários, o correio eletrônico, as listas de interesse e de discussão, os quadros de aviso (bulletin boards) e os murais (newsgroups). Além desses há os editores colaborativos ou sistemas de co-autoria que podem ser usados por um grupo para compor e editar um objeto conjuntamente, como um gráfico, um texto ou objeto qualquer. Assim, há uma área de trabalho comum, onde todos atuam e podem visualizar a atuação dos outros. Ao incluir uma lista de discussão nas atividades educacionais a ação da escrita colaborativa envolve locais diferentes e previsíveis, e momentos diferentes. Nesse caso, dois alunos podem realizar tarefas colaborativas a partir de locais diferentes e momentos totalmente aleatórios. Assim, o grande desafio reside em conseguir comunicar e aproximar as pessoas utilizando apenas ferramentas que, embora não propiciem o contato físico, ou "face-a-face" direto, não eliminam fatores como a afetividade na interação e podem propiciar contato virtual, que algumas vezes poderão ser mais "próximos" do que contatos presenciais (Santarosa et al, 1999) Para realizarem atividades de escrita colaborativa, ou mesmo para trocarem experiências sobre o tema do curso os alunos precisam ter internalizado algumas premissas da aprendizagem colaborativa, que descrevemos a seguir. A aprendizagem colaborativa é conceito considerado fundamental para o desenvolvimento da educação em ambientes de rede. A noção de aprendizagem 5 colaborativa é de que a aquisição de conhecimentos não é um processo inerentemente individual mas resulta de interação grupal e baseia-se nas seguintes premissas: - cada participante tem conhecimentos e experiências individuais para oferecer e compartilhar com o grupo; - quando trabalham juntos como um time, um membro ajuda o outro a aprender; - a compreensão é ampliada através da exposição a diferentes pontos de vista. Os alunos devem se responsabilizar pelo gerenciamento de seu aprendizado, participando intensamente, lendo e comentando as contribuições realizadas pelos colegas e relacionando conceitos de leituras a exemplos de sua experiência prática para fundamentar suas colocações (Harassim et al.; 1995; Ansorge & Cooley, 2001). No ambiente de aprendizagem colaborativa, o que deve ocorrer é o que Harassim et al.(1995) chamam de conversação informal realizada com a "ponta dos dedos" porque, embora a comunicação na rede ocorra através da escrita, não requer a formalidade que se emprega para a escrita de um trabalho acadêmico, sendo mais dinâmica, especialmente quando realizada em encontros síncronos. O ambiente de aprendizagem virtual pode também auxiliar o aprendizado de forma importante, qual seja no desenvolvimento de uma "ecologia de informações" através de trabalhos cooperativos e de socialização de experiências relacionadas ao tema em estudo. Como o ambiente virtual de aprendizagem propicia ao aluno o tempo necessário para que ele progrida, dominando o conteúdo a partir de seu ritmo de aprendizagem, a idéia é delegar ao aluno maior responsabilidade por sua aprendizagem, de acordo com suas necessidades e capacidades, organizando para ele uma infra-estrutura educacional que favoreça a efetividade do seu esforço. Paralelamente procura-se utilizar o tempo do docente de modo mais proveitoso e efetivo, cabendo-lhe o papel de orientador do processo de aprendizagem do aluno e não de transmissor de informações (Godoy, 1997). O aluno, assim, terá oportunidade de desenvolver-se em seu próprio ritmo, não significando, entretanto, que ele deva estudar sempre sozinho, mas sim junto aos seus pares. Num ambiente ensino-aprendizagem através da rede o acesso pode ser restrito aos alunos inscritos no curso ou pode ser público. Em ambos os casos, o professor deve estar atento para o fato de que os alunos poderão imprimir e reproduzir livremente o material 6 disponibilizado, assim a questão do direito de propriedade intelectual precisa ser refletida pelos profissionais antes de disponibilizarem materiais na rede, uma vez que os pioneiros da educação pela Internet ainda viajam por estradas não pavimentadas e que ainda não tem seus limites firmemente estruturados. Atualmente, diferentes produtos têm surgido no mercado, tanto por iniciativas de empresas comerciais como por projetos de universidades. No Brasil, alguns grupos vinculados a universidades tem desenvolvido ambientes próprios, como o Núcleo Interdisciplinar de Informática aplicada a Educação (NIED) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que desenvolveu o Tel Educ, um ambiente para o ensino a distância através da Internet. Aspectos gerenciais e operacionais para implementação do ambiente digital de aprendizagem A educação através da Internet modifica a aprendizagem e requer o estabelecimento de novos critérios para avaliar a qualidade desses programas educacionais, especialmente acerca de como avaliar a participação dos alunos distantes e como apoiá-los e incentivá-los no processo de aprendizagem. Entretanto novas tecnologias de ensino, sendo novidade, requerem uma adaptação em termos operacionais, neste sentido Harassim et al. (1995) fornecem algumas orientações para aqueles que desejam iniciar-se no ambiente de ensino-aprendizagem no espaço virtual através da Internet. 1. Identificação das necessidades O primeiro passo é identificar atividades educacionais que podem beneficiar-se de atividades através da Internet e determinar que tipo de abordagem será utilizada: um curso híbrido (com parte através da Internet e parte presencial), totalmente através da Internet, contendo atividades assíncronas e síncronas, ou apenas através de atividades assíncronas. Vale acrescentar que alguns professores iniciaram a transição para a educação no ambiente digital através de cursos híbridos, onde passaram a disponibilizar na rede (on-line) a ementa da disciplina, objetivos, atividades propostas e conteúdos das aulas. 7 2. Garantir a acessibilidade Recursos apropriados de hardware e software precisam ser considerados. O uso de imagens e animação, embora possa tornar um curso mais didático e auto-explicativo, pode exigir mais hardware e software para a visualização do material. Portanto, é preciso considerar o tipo de equipamentos que os alunos possuem ou a possibilidade destes alunos acessarem o curso através de laboratório de informática da instituição de ensino, além da necessidade de contar com suporte técnico para a resolução de possíveis problemas. 3. Apoio administrativo A adoção individual de um recurso tecnológico é considerada pioneirismo, entretanto os recursos necessários para a implementação devem ser obtidos através da instituição de ensino ou por financiamento de agências de fomento. 4. Planejamento do curso Devem ser definidos os objetivos educacionais em termos de conteúdo, conhecimentos e habilidades a serem adquiridos, traduzir esses objetivos em tópicos e atividades apropriados, estabelecer objetivos para cada módulo, e definir como os alunos irão demonstrar a aquisição de novos conhecimentos. 5. Capacitação do docente O professor que utilizará o ambiente virtual precisa estar familiarizado com o ambiente, conhecer os software utilizados e ser capaz de ajudar os alunos a resolverem questões técnicas. 6. Orientação aos alunos Os alunos precisam ser orientados quanto ao formato do curso e devem ser familiarizados com o ambiente virtual. Geralmente a primeira semana de curso é utilizada para familiarização e os alunos devem ser apresentados aos recursos do sistema adotado para o gerenciamento da educação a distância mediada pelo computador e também com 8 relação aos aspectos operacionais, pedagógicos e sócio-culturais envolvidos. Devem ser abordados aspectos práticos como a administração do tempo e estratégias de aprendizagem a distância, onde o aluno é desafiado a interagir em turma e a desenvolver uma atitude mais participativa e ativa. Alunos motivados e interessados podem contribuir ativamente para o alcance dos objetivos do curso. A avaliação de cursos através da Internet é enfatizada por vários autores (Billings et al., 2001; Manias et al, 2000; Rosenlund & Damask-Bembenek, 1999; Billings, 2000; Reeves, 2000). Para Manias et al (2000) avaliar o potencial de um ambiente digital de aprendizagem requer a utilização de múltiplas técnicas para avaliação formativa durante as fases de planejamento e desenvolvimento, ou seja, a avaliação que ocorre continuamente desde o início do projeto até a sua implementação. Esse tipo de avaliação irá medir não apenas resultados, como na avaliação somativa, mas sim o contexto ambiental e as possibilidades para incrementar o programa. O ambiente digital de aprendizagem oferece, como qualquer ferramenta, vantagens e desvantagens. Os benefícios e pontos fracos da educação nesse ambiente foram compilados por Vandervusse & Hanson (2000): Quadro 1: Vantagens e desvantagens da educação no ambiente digital VANTAGENS - DESVANTAGENS aumento da participação ativa - pelos alunos; - tendência domínio comunicação; diminuída do discurso para - sobrecarga de informações; ou - dependência da iniciativa dos interrupções freqüentes; - tendência diminuída alunos; para - realização de julgamentos de acordo com aparências ou percepções baseadas em status; - perda das dicas não-verbais de exigência de habilidades computacionais mínimas; - exigência de acesso a Internet (hardware e software) maior acesso ao professor e aos 9 materiais do curso (24horas/7 dias da semana); - aumento de tempo para reflexão e síntese em comparação com respostas orais imediatas; - resolução colaborativa de problemas; - registro por escrito da participação dos alunos e do conteúdo discutido. Fonte: VANDERVUSSE, L.; HANSON, L. Evaluation of online discussions: faculty facilitation of active student learning. Comput. Nurs., v.18, n.4, p.181-188, Jul./Aug. 2000. Considerações finais Ao buscarmos otimizar o processo de ensino-aprendizagem, utilizando as novas tecnologias integradas ao ensino a distância, ministrarmos curso on-line através do WebCT para alunos de graduação de enfermagem e percebemos que a interdisciplinaridade do tema tratado, requerendo conhecimentos de enfermagem, de informática, de pedagogia e didática, de psicologia da aprendizagem e afins, constituiu-se no principal desafio. A inexistência de uma equipe multidisciplinar para o desenvolvimento do projeto foi um aspecto limitante. Outra experiência realizada foi com a educação continuada de profissionais da rede hospitalar de Cascavel, onde foi utilizado o ambiente TelEduc e verificamos que houve pouca participação efetiva das pessoas que se haviam inscrito nos curso. Tivemos apenas 4 pessoas que terminaram o curso de 31 pessoas inscritas. Ao término do curso foram enviados questionários aos que não participaram do curso, a fim de levantar o por quê dessa pouca participação. Os motivos elencados para a não realização do curso foram primordialmente a falta de tempo e a dificuldade de acesso ao ambiente TelEduc. Ambos os cursos abordaram o tema Terapia Intravenosa 10 Acreditamos que, ao oferecer cursos baseados na Internet, ou apoiados pela Internet, na educação de enfermagem, estaremos propiciando aos alunos uma familiarização maior com tecnologias de informação atuais. No entanto, não podemos utilizar essas novas tecnologias de forma ingênua e precisamos buscar espaço dentro da enfermagem para reflexões críticas sobre essas. "...para que esta geração não assista à simples substituição do ensino por correspondência pelo ensino pela "telinha", nem a substituição do quadro-negro pelo monitor. Cabe a todos os envolvidos com a EAD buscar formas que possam com certeza significar o "E" como "Educação", comprometida com a aprendizagem e a formação do aluno e não simplesmente como "ensino", mera transmissão de informações. "( Franco, 2002, p.7) Ao adotarmos novas tecnologias para o ensino nos deparamos com a incerteza, e a aprovação ou não, e a construção de convenções relacionadas a esta nova ferramenta serão estabelecidas pelos alunos e professores que fizerem uso desta em seu percurso de aprendizagem. Referências Bibliográficas: AMERICAN ASSOCIATION OF COLLEGES OF NURSING. AACN White Paper. Distance technology in nursing education: assessing a new frontier. J. Prof. Nurs., v.16, n.2, p.116-122, Mar./Apr. 2000. 11 ANSORGE, C.; COOLEY, N. The role of education faculty in choosing web-based course management systems: an interview with Nancy Cooley. Faculty and Staff development, 2001. Disponível em: http://horizon.unc/TS/default.asp?show=article&id=846. Acesso em: 08 out. 2001. 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