Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuitos Elétricos I – EEL 420 Módulo 6 Heaviside Dirac Newton Conteúdo 6 – Circuitos de primeira ordem...........................................................................................................1 6.1 – Equação diferencial ordinária de primeira ordem...................................................................1 6.1.1 – Caso linear, homogênea, com coeficientes constantes....................................................1 6.1.2 – Caso, linear, com coeficientes constantes e entrada constante........................................1 6.1.3 – Caso linear, com coeficientes constantes e entrada não constante..................................2 6.2 – Circuito linear invariante de primeira ordem – resposta a excitação zero..............................3 6.2.1 – O circuito RC (resistor-capacitor)...................................................................................3 6.2.2 – O circuito RL (resistor-indutor)......................................................................................5 6.3 – Circuito linear invariante de primeira ordem – resposta ao estado zero.................................6 6.4 – Linearidade da resposta ao estado zero.................................................................................10 6.5 – Invariância com o tempo.......................................................................................................11 6.6 – Circuito linear invariante de primeira ordem – resposta completa.......................................11 6.7 – Resposta ao Impulso.............................................................................................................14 6.8 – Resposta ao degrau e ao impulso para circuitos simples......................................................16 6.9 – Circuitos variáveis com o tempo e não lineares....................................................................19 6.10 – Exercícios............................................................................................................................23 6.11 – Soluções..............................................................................................................................28 6 Circuitos de primeira ordem 6.1 Equação diferencial ordinária de primeira ordem 6.1.1 Caso linear, homogênea, com coeficientes constantes { dv v =0 dt v 0=v 0 ∫ dv −1 =∫ ⋅dt v ln v= −t D −t v=v 0⋅e Está é a chamada resposta natural da equação diferencial. 6.1.2 Caso, linear, com coeficientes constantes e entrada constante { dv v =k dt v 0=v 0 dv k⋅−v = dt dv −1 ∫ v−k⋅ = ⋅∫ dtD ln v−k⋅= −t D v=v ∞−[v ∞−v 0]⋅e −t Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 1 Para este caso particular a resposta completa (v) é formada pela resposta natural somada a uma resposta forçada que tem o mesmo formato da entrada. 6.1.3 Caso linear, com coeficientes constantes e entrada não constante { dv t v t = y t dt v 0=v 0 t Multiplicando ambos os lados da equação por e t t t dv v ⋅e = y⋅e dt como t dv v d v⋅e ⋅e = dt dt então t t d v⋅e = y⋅e dt t t v⋅e =∫ y⋅e ⋅dtD −t t v=e ⋅∫ y⋅e ⋅dtD⋅e −t Para o caso geral a resposta completa da equação diferencial é a soma da resposta natural com uma resposta forçada que apresenta componentes com o mesmo formato da entrada. Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 2 6.2 Circuito linear invariante de primeira ordem – resposta a excitação zero 6.2.1 O circuito RC (resistor-capacitor) O circuito abaixo mostra um capacitor sendo carregado por uma fonte de tensão constante. Em t=0 a chave S1 abre e a chave S2 fecha. Para t> 0 , i C t i R t=0 dv v C⋅ C + R =0 e v C 0=v 0 dt R Como v C =v R=v { { dv v C⋅ =0 dt R v 0=v 0 dv 1 =− ⋅v dt R⋅C v (0)=v 0 Esta é uma equação diferencial ordinária de primeira ordem, linear, homogênea com coeficientes constantes cuja solução geral é −t v t =k⋅e ⋅u t Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 3 τ=R⋅C e k =v 0=v 0 −1 ⋅t dv −v i C t=C⋅ = 0⋅e R⋅C ⋅u t dt R Esta resposta é chamada de resposta a excitação zero (sem excitação) e apresenta solução que depende das características do circuito ( só depende da topologia) e das condições iniciais do circuito (k depende das condições iniciais). A curva exponencial que corresponde a resposta deste problema é apresentada na figura abaixo. Nesta figura v 0=1 e R⋅C =1 . Observa-se para t = R⋅C , 2⋅R⋅C , 3⋅R⋅C ... a exponencial se reduz a e−1 , e−2 , e−3 … e por esta razão a contante RC é chamada de constante de tempo do circuito (). A reta que tangencia a exponencial em t=0 intercepta o eixo x no tempo R⋅C . Toda exponencial unitária apresenta 37% de seu valor inicial em 1⋅ , 14% em 2⋅ , 5% em 3⋅ , 2% em 4⋅τ e 0,7% em 5⋅ . A constante de tempo tem unidade de segundos e corresponde ao inverso da frequência natural do circuito ( ω ). Um circuito RC com apenas um capacitor equivalente e um resistor equivalente sempre apresenta constante de tempo da forma de um produto RC. Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 4 6.2.2 O circuito RL (resistor-indutor) O circuito abaixo mostra um indutor sendo carregado por uma fonte de corrente constante. Em t=0 a chave S1 troca de posição e a chave S2 fecha. Para t> 0 v L v R=0 L⋅ { di L R⋅i L =0 e i L 0=I 0 dt di R =− ⋅i dt L i L (0)=I 0 Esta é uma equação diferencial de primeira ordem, homogênea, linear de parâmetros constantes cuja solução, de forma semelhante ao problema do circuito RC, é i L t =I 0⋅e −R ⋅t L ⋅u t Esta solução também depende das condições iniciais do problema ( I 0 ) e da topologia do circuito (constante de tempo). Neste caso a constante de tempo é definida como = L R que também apresenta unidade de tempo (segundos). Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 5 6.3 Circuito linear invariante de primeira ordem – resposta ao estado zero Para o circuito abaixo a chave S1 abre em t=0 Para t> 0 i C i R =i S dv v C⋅ =i S t e v 0=0 dt R Esta é uma equação diferencial de primeira ordem, linear, não homogênea (com excitação) e condição inicial nula (estado zero). A equação diferencial em questão deve satisfazer outras duas condições impostas pelo circuito: para t=0 + dv i S = (condição imposta pela topologia do circuito – toda a corrente passa pelo C) dt C para t=∞ v=R⋅i S t (condição imposta pela fonte – capacitor carregado) A solução para a equação diferencial linear não homogênea pode ser obtida pela soma de duas parcelas, uma com o formato da solução homogênea e outra chamada de solução particular que apresenta o mesmo formato da excitação, assim v completa =v hv p . A solução homogênea depende das condições iniciais do problema e da sua topologia e a solução Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 6 particular depende da excitação. Algumas vezes a resposta particular é chamada de resposta forçada pois é imposta pela excitação. Para o exemplo em questão v t =K 1⋅e −1 ⋅t R⋅C R⋅i S t , para t≥0 . sendo que K 1 pode ser calculado pela condição inicial do problema v 0=K 1R⋅i S t=0 K 1=−R⋅i S t , logo v t =R⋅i t ⋅1 – e −1 ⋅t R⋅C S Se a excitação fosse senoidal a resposta forçada seria senoidal, se a excitação fosse uma exponencial a resposta forçada seria uma exponencial e assim por diante. Exemplo: Se i S t =A1⋅cos ⋅t1 então v p t= A2⋅cos⋅t 2 dv v C⋅ =A1⋅cos ⋅t1 dt R v t =K 1⋅e −1 ⋅t R⋅C A2⋅cos ⋅t 2 , para t≥0 v 0= K 1 A2⋅cos 2 =0 K 1=−A2⋅cos 2 Após o fim do transitório (a exponencial decrescente), o problema restringe-se a C⋅dv p v p =A1⋅cos ⋅t 1 dt R Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 7 como v p t= A2⋅cos ⋅t 2 então −C⋅A2⋅⋅sen ⋅t2 A2 = A2 ⋅cos⋅t 2= A1⋅cos ⋅t 1 onde R A1 2 2 1 ⋅C R 2=1−arctan⋅R⋅C 0 A figura abaixo foi produzida com R=1 , C=1F , A1=0 e 1=−90 . A resposta completa é a soma da exponencial com o cosseno defasado. A influência da exponencial desaparece depois de 5 constantes de tempo por isso é chamada de resposta transitória ao passo que a resposta sem exponencial decrescente é chamada de resposta em regime permanente. Este transitório pode ser nulo se v 0= A2⋅cos 2 , isto ocorre porque neste caso a corrente e a tensão já estão com a mesma defasagem e amplitude de regime permanente então não é necessário nenhum período transitório para ajustar estes dois parâmetros. O mesmo exemplo poderia ser resolvido da seguinte maneira: Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 8 i S t =A1⋅cos ⋅t1 =A ' 1⋅cos ⋅t A ' ' 1⋅sen ⋅t v p t= A2⋅cos ⋅t2 =A ' 2⋅cos ⋅t A' ' 2⋅sen ⋅t dv v C⋅ =A ' 1⋅cos ⋅tA ' ' 1⋅sen ⋅t dt R −1 ⋅t v t =K 1⋅e R⋅C A' 2⋅cos ⋅t A' ' 2⋅sen ⋅t , para t≥0 v 0= K 1 A' 2⋅cos 0=K 1 A' 2=0 K 1=−A' 2 Após o fim do transitório (a exponencial decrescente), o problema restringe-se a dv v C⋅ p p =A ' 1⋅cos ⋅tA ' ' 1⋅sen ⋅t dt R como v p t= A' 2⋅cos ⋅t A ' ' 2⋅sen ⋅t então C⋅⋅[−A ' 2⋅sen ⋅t A' ' 2⋅cos ⋅t ]... [ A' 2⋅cos⋅t A' ' 2⋅sen ⋅t] ... =A ' 1⋅cos ⋅t A ' ' 1⋅sen ⋅t R agrupando os termos em seno e os termos em cosseno podemos montar duas equações: para senos: −C⋅⋅A' 2 A' ' 2 = A' ' 1 R para cossenos: C⋅⋅A' ' 2 A '2 =A ' 1 R Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 9 6.4 Linearidade da resposta ao estado zero É uma propriedade de qualquer circuito linear que a resposta ao estado zero é uma função linear da excitação, isto é, a dependência da resposta ao estado zero com a forma de onda da excitação é expressa por uma função linear. Se o símbolo Z t0 for utilizado para representar uma rede no estado zero então a linearidade é obtida se forem satisfeitas as seguintes condições. Z t0 i 1i 2 =Z t0 i 1 Z t0 i 2 Z t0 k⋅i 1=k⋅Z t0 i 1 Para uma determinada rede, v 1 é a resposta a excitação com uma fonte i 1 t tal que dv 1 v 1 C⋅ =i 1 t com v 1 0=0 dt R e v 2 é a resposta para uma excitação i 2 t de tal forma que dv v C⋅ 2 2 =i 2 t com v 2 0=0 . dt R A soma das duas equações resulta em dv 1 dv 2 v 1 v 2 C⋅ C⋅ =i 1 t i 2 t dt dt R R ou seja d v 1v 2 1 C⋅ ⋅v 1v 2 =i 1 t i 2 t com v 1 0v 2 0=0 dt R o que satisfaz a primeira condição para linearidade. Caso a fonte i 1 t seja multiplicada por um determinado valor k então Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 10 d k⋅v 1 k⋅v 1 C⋅ =k⋅i 1 t com k⋅v1 0=0 dt R Assim as duas condições para linearidade são satisfeitas se a rede estiver no estado zero mesmo que R e C forem variantes com o tempo. 6.5 Invariância com o tempo Seja uma rede linear invariante excitada por uma corrente i 1 e cuja resposta ao estado zero seja v 1 tal que dv 1 v1 =i . dt 1 Agora, supondo que a excitação mude para i 1 t−T1 , então a resposta ao problema é v 1 t−T1 tal que dv 1 t−T1 v 1 t−T1 =i 1 t−T1 dt cuja solução é idêntica à da equação dy y =x onde dt y=v 1 t−T1 e x=i 1 t−T1 com v 1 0−T1=0 . Isto significa que em uma rede invariante a resposta ao estado zero é deslocada T1 segundos se a entrada estiver deslocada T1 segundos. 6.6 Circuito linear invariante de primeira ordem – resposta completa Para os casos onde haja condição inicial não nula e excitação diferente de zero a resposta da equação diferencial corresponde a soma da resposta a excitação zero mais a resposta ao estado zero. Isto pode ser demonstrado se as equações para o caso de excitação Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 11 zero e estado zero forem analisadas separadamente e em conjunto. Separadamente estas equações são dv v C⋅ I I =0 (equação para o circuito RC com excitação zero) dt R dv v C⋅ O O =i S t (equação para o circuito RC com estado zero) dt R onde v I e v O são as respostas a excitação zero e ao estado zero respectivamente. Somando as equações temos dv v dv v C⋅ I I C⋅ O O =i S t dt R dt R que pode ser reescrita como d v I v O v I v O C⋅ =i S t . dt R Por esta razão a soma das respostas separadas corresponde a solução para o problema completo. v C t =v I tv O t , para t≥0 . v C t =v O⋅e −1 ⋅t R⋅C R⋅i S⋅ 1 – e −1 ⋅t R⋅C . Esta resposta completa também pode ser obtida pela soma da resposta transitória e da resposta em regime permanente. v C t=v transitoria t v permanente t −1 ⋅t v C t =v O – R⋅i S ⋅e R⋅C R⋅i S t , para t≥0 . Se a excitação é um degrau ou um impulso a resposta sempre terá o formato Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 12 sol t=sol ∞−[sol ∞−sol 0]⋅e −t onde sol corresponde a solução do problema (corrente ou tensão) e é a constante de tempo do circuito, seja ele RC ou RL. Exemplo: Determinar a equação da tensão sobre o capacitor da figura abaixo. A chave S1 abre para t=0 e a chave S2 fecha para t=R1⋅C . para t≤0 v C =0 para 0≤t≤R1⋅C v C 0=0 v C ∞=R1⋅I v C =R1⋅I⋅ 1 – e −t R1⋅C para t=R1⋅C=T1 v C T1=R1⋅I1⋅ 1− v C ∞= I⋅ 2 =C⋅ R1⋅R2 R1 R2 R1⋅R2 R1 R2 1 e Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 13 v C t=v C T1⋅e −t −T1 2 vC ∞⋅ 1 – e v C t =v C ∞−[v C ∞−v C T1]⋅e −t – T1 2 −t −T1 2 =v excitação zerov estado zero =v permanente v transitória 6.7 Resposta ao Impulso A resposta ao estado zero de um circuito invariante excitado por um impulso unitário em t=0 é chamada de resposta ao impulso e simbolizada por h. Por conveniência usaremos h(t)=0 para t<0. Neste exemplo a resposta ao impulso pode ser calculada facilmente considerando o capacitor como um curto circuito para t=0 e, a partir dai, calculando a resposta a excitação zero. Assim, para t=0 1 1 v= ⋅∫ t ⋅dt= C C Para t>0 este problema apresenta a mesma solução do problema de excitação zero. −t v t =k⋅e ⋅u t onde =R⋅C e k =v0 = 1 . C A resposta ao impulso de um circuito linear e invariante caracteriza este circuito. Mais adiante na matéria ficará provado que é possível obter a resposta ao estado zero de qualquer rede linear e invariante e para qualquer excitação se conhecermos a sua resposta ao impulso. Isto é intuitivamente correto, pois qualquer sinal pode ser obtido por um conjunto de infinitos Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 14 impulsos de amplitudes apropriadas e deslocados no tempo (propriedades de linearidade e invariância com o tempo). Também é intuitivo pensar que a função impulso apresenta todas as frequências com igual amplitude o que permite calcular a resposta da rede para todas as frequências simultaneamente. Como todos os sinais podem ser obtidos por uma soma de senoides de diferentes frequências com diferentes amplitudes e fases (Transformada de Fourier) então, conhecendo a resposta ao impulso podemos determinar a resposta do sistema a qualquer excitação. A resposta ao impulso poderia ser obtida de outras formas. Em redes lineares é possível derivar a resposta ao degrau. No problema acima a resposta ao degrau significa a resposta do problema quando i(t)=u(t). Então dv v C⋅ =u t , dt R v 0=0 e v ∞=R⋅i=R⋅ut para t>0. v t =u t⋅R 1−e −1 ⋅t R⋅C Como h t= dv t dt então C1 ⋅u t⋅e h t=t ⋅R⋅ 1−e −1 ⋅t R⋅C −1 ⋅t R⋅C a primeira parcela é zero pois para t¹0, d(t)=0 e para t=0, 1−e −1 ⋅t R⋅C =0 . 1 − ⋅t 1 h t = ⋅u t ⋅e RC para todo t>0. C Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 15 Mostre que a mesma resposta poderia ser obtida calculando a resposta à função pulso (soma de dois degraus) com 0 . 6.8 Resposta ao degrau e ao impulso para circuitos simples Para os circuitos abaixo, considerar as correntes e tensões de fonte unitárias. dv v C⋅ =i dt R tem resposta ao degrau: v C t =R⋅ 1−e −1 ⋅t R⋅C ⋅u t −1 ⋅t 1 e resposta ao impulso: v C t = ⋅e R⋅C ⋅u t C di L⋅ R⋅i=v t dt R − ⋅t L tem resposta ao degrau: i L t = 1 ⋅ 1−e R ⋅u t R 1 − ⋅t e resposta ao impulso: i L t = ⋅e L ⋅u t L Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 16 1 d =it R dt L R − ⋅t L tem resposta ao degrau: v L t =R⋅e ⋅u t 2 R e resposta ao impulso: v t =R⋅t − R ⋅e− L⋅t⋅ut L L dq q R⋅ =v t dt C −1 ⋅t 1 tem resposta ao degrau: i C t = ⋅e R⋅C ⋅u t R −1 ⋅t 1 1 e resposta ao impulso: i C t = ⋅ t− 2 ⋅e R⋅C ⋅u t R R ⋅C L⋅ di t R⋅i t=v t dt tem resposta ao degrau: v t =L⋅ tR⋅u t Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 17 e resposta ao impulso: v t =L⋅ ' t R⋅t dv t v t C⋅ =i t dt R 1 tem resposta ao degrau: it =C⋅t ⋅u t R 1 e resposta ao impulso: i t =C⋅ ' t ⋅t R t 1 R⋅i t ⋅∫ i t ' ⋅dt ' =v t C 0 1 tem resposta ao degrau: v t =R⋅u t ⋅r t C 1 e resposta ao impulso: v t =R⋅t ⋅ut C t 1 1 ⋅v t ⋅∫ v t ' ⋅dt ' =i t R L 0 Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 18 1 1 tem resposta ao degrau: it = ⋅u t ⋅r t R L 1 1 e resposta ao impulso: i t = ⋅t ⋅u t R L 6.9 Circuitos variáveis com o tempo e não lineares Nesta secção são apresentados exemplos de problemas não lineares e ou variantes com o tempo. Estes problemas têm, em geral, solução difícil e não existe um método de análise, exceto integração numérica das equações diferenciais. As técnicas utilizadas para solução de problemas lineares e invariantes não podem ser aplicadas a classe de problemas que serão estudados nesta seção, sendo assim não se aplicam os seguintes conceitos: 1) A resposta a excitação zero é uma função linear do estado inicial; 2) A resposta ao estado zero é uma função linear da excitação; 3) A translação temporal da excitação implica na translação da resposta ao estado zero; 4) A resposta ao impulso é a derivada da resposta ao degrau; 5) A resposta completa é a soma da resposta à excitação zero com a resposta ao estado zero. Exemplo: Para um circuito RC paralelo, sem excitação, com condição inicial v(0)=1V e C=1F determinar a resposta a excitação zero para os seguintes casos: a) Resistor linear e invariante de 1W; v t =u t⋅e−t b) Resistor linear variante com o tempo R=1 /[10,5⋅cos t ] ; dv [10,5⋅cos t]⋅v=0 , para t ³ 0 dt Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 19 v 0=1 dv =−[10,5⋅cos t]⋅dt v t t ∫ dvv =∫ −[10,5⋅cos t ]⋅dt 0 0 ln [v t]=−[t0,5⋅sen t] v t =u t⋅e−t −0,5⋅sen t c) Um resistor não linear invariante tendo a característica iR=vR2; dv 2 v =0 , para t ³ 0 dt v 0=1 v t t ∫ d v =∫ −dt ' v 2 0 1 −1 =−t v t v 0 − 1 v t =u t ⋅ t 1 Exemplo: Para um circuito RC paralelo, sem excitação, com condição inicial v(0)=0V e C=1F determinar a resposta ao degrau unitário de corrente. a) Resistor linear e invariante de 1W; v t =u t⋅ 1−e −t b) Resistor linear variante com o tempo R=1 /[10,5⋅cos t ] ; Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 20 dv [10,5⋅cos t]⋅v=u t , para t ³ 0 dt v 0=0 Não é possível integrar a resposta ao impulso, calculada no exemplo anterior, para obter a resposta ao degrau, pois o resistor é variável com o tempo. A resposta a este problema conterá uma parcela constante (forçada pela fonte) e outra variável (forçada pelo resistor). Como o resistor é variável com o tempo também não é possível realizar operações de deslocamento temporal, ou seja, se o estímulo for deslocado no tempo a resposta não será a anterior deslocada no tempo. t −t0,5⋅sen t v t =v 0⋅e ⋅∫ e −t 0,5⋅sen t e t −0,5⋅sen t ⋅dt 0 c) Um resistor não linear invariante tendo a característica iR=vR2; dv 2 v =u t , para t ³ 0 dt v 0=0 v t ∫ v 0 t d v =∫ dt ' 1− v 2 0 v t =u t ⋅tanh t observe que se a entrada fosse k×u(t) a resposta não seria multiplicada por k e sim v t = k⋅u t⋅tanh k⋅t Exemplo: Para o próximo circuito determine as formas de onda sobre o capacitor. A fonte de tensão é pulsada com período 2T, amplitude V0 e ciclo de trabalho de 50%. Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 21 Solução: Aproximar o diodo por dois circuitos formados por um resistor em série com um diodo ideal. Cada circuito representa a resistência linearizada do diodo para as situações de polarização direta e reversa. Analisar as constantes de tempo: Se as constantes de tempo forem muito menores do que as formas de onda de tensão no capacitor terão um comportamento exponencial e estabilizarão no valor máximo (V0) ou 0. Já a tensão sobre o diodo serão exponenciais com amplitude de V0 decaindo para zero. Se as constantes de tempo de carga e descarga do capacitor forem da mesma ordem de grandeza de então as formas de onda não chegarão aos seus valores limites. Neste caso é de se esperar que a tensão sobre o capacitor passe por um período transitório e estabilize entre dois valores de tensão V1 e V2. Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 22 Considerando que t=0 no início do primeiro ciclo de carga do capacitor em regime permanente, então a carga do capacitor pode ser escrita como v t=V V −V ⋅1−e − 1 1 0 t 1 1 e a descarga como v 2 t =V 2⋅e −t −T 2 . Ao final de um período de carga v 1 T =V 2 , logo − v 1 T =V 2=V 1V 0−V 1 ⋅ 1−e T 1 . O final de um período de descarga v 2 2⋅T =V 1 , logo − v 2 2⋅T =V 1=V 2⋅e T 2 . Isolando V1 e V2 no sistema de equações que determina v 1 T e v 2 2⋅T temos V 2= V 0⋅ 1−e −T 1 −T 1 1−e ⋅e V 1= V 0⋅ 1−e −T 1 −T 1 −T 2 ⋅e 1−e ⋅e −T 2 −T 2 6.10 Exercícios Para todos os exercícios deste módulo faça o gráfico da resposta e compare com a simulação do circuito. Para os problemas literais atribua valores aos componentes antes das simulações. Lembre-se, não comece os problemas escrevendo as condições iniciais ou em infinito. Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 23 1) Um circuito RC série no qual entra uma onda quadrada está representado na figura a seguir. A entrada é formada por um trem periódico de pulsos com uma amplitude de 10V e uma largura de 1ms, sendo cada pulso gerado a cada 2ms. Calcule a tensão sobre o capacitor ( v C ) e o resistor ( v R ). Quando a fonte V é considerada entrada e a saída corresponde a v C o circuito é chamado de passa baixas e quando a saída é v R o circuito é chamado passa altas. Qual seria a razão para estes nomes? 2) Considere o circuito linear invariante mostrado na figura abaixo. Seja v C 0=1V e V =30⋅cos 2 ̇⋅1000⋅t ⋅u tV . Calcular a corrente do circuito para t≥0 . Determinar se há alguma condição inicial para o capacitor e/ou fase para o sinal V tal que a resposta transitória seja nula. 3) No circuito abaixo o indutor está descarregado quando a chave S1 abre e a chave S2 fecha. a) Calcule a energia armazenada no indutor no instante t=4s; b) Em t=4s a chave S1 fecha e a S2 abre. Calcule a corrente que passa pelo resistor de 4 para t>4. Indique o sentido correto desta corrente; c) Calcule a energia total dissipada no resistor de 4 no intervalo 4t∞ . Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 24 4) Para os problemas abaixo, cujas condições iniciais foram calculadas no módulo anterior calcule tensão sobre o capacitor ou a corrente sobre o indutor. a) Considere I S1 t uma fonte constante e independente. b) Considere I 1 t uma fonte constante e independente. c) Considere V 1 t uma fonte constante e independente d) I 1 t é um degrau unitário de corrente. Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 25 e) I 1 t é um degrau de corrente de 10mA e I 2 t é uma fonte de corrente constante de 4mA. f) V 1 t é um pulso de tensão de amplitude 10V e largura 0,5s. g) V 1 t é um pulso de tensão de amplitude 10V e largura 6⋅R1⋅C 1 segundos. h) V 1 t é uma fonte constante e independente. Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 26 5) Um circuito de disparo para laser é apresentado na figura abaixo. Para disparar o laser é necessário 60mA∣I∣180mA para 0t200 s . A chave S1 troca de posição em t=0. Determine valores apropriados de R6 e R8 . O circuito estava em regime permanente para t<0. 6) Para o circuito abaixo: a) Determine a faixa de valores de B para que o circuito seja estável. b) Determine o valor de B para que a constante de tempo do circuito seja de 20ms. c) Encontre a equação de i(t) quando V 1 t =10⋅e−100⋅t⋅u t V . Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 27 6.11 Soluções 1) Um circuito RC série no qual entra uma onda quadrada está representado na figura a seguir. A entrada é formada por um trem periódico de pulsos com uma amplitude de 10V e uma largura de 1ms, sendo cada pulso gerado a cada 2ms. A constante de tempo do circuito é de 0,1ms. Calcule a tensão sobre o capacitor v C e o resistor v R . Quando a fonte V é considerada entrada e a saída corresponde a v C o circuito é chamado de passa baixas e quando a saída é v R o circuito é chamado passa altas. Qual seria a razão para estes nomes? Transformando o circuito Thévenin em um equivalente Norton e resolvendo o problema dv v v − C C⋅ C R R dt dv C vC v = dt R⋅C R⋅C onde R⋅C =constante de tempo==0,1 ms 1 − ⋅t v C =k 1⋅e k 2 Para os 0,1ms onde v=10V v C ∞=10V 1 − ⋅t v C t=[ vC 0−10]⋅e 10 a tensão chega a 10V em 0,5ms (5 constante de tempo) Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 28 Para os 0,1ms onde v=0V v C ∞=0V 1 − ⋅t v C t=10⋅e a tensão chega a 0V em 1,5ms. Do segundo pulso em diante 1 − ⋅t v C t=−10⋅e 1 − ⋅t v C t=10⋅e 10 (considerando que t=0 quando a fonte muda para 10V) (considerando que t=0 quando a fonte muda para 0V) Fazendo o gráfico destas funções observa-se que o desenho se parece com a onda quadrada da entrada porém apresenta as bordas arredondadas. As bordas são mudanças rápidas associadas a altas frequências. Os patamares, que não mudam, estão associados as baixas frequências. Por esta razão este circuito é chamado de passa baixas (passa baixas frequências). v R t =v−vC t 1 − ⋅t v R t =10⋅e (considerando que t=0 quando a fonte muda para 10V) 1 − ⋅t v R t =10−10⋅e (considerando que t=0 quando a fonte muda para 0V) Fazendo o gráfico destas funções percebe-se que o desenho mantém as bordas da onda quadrada mas “zera” as partes constantes. Por esta razão este circuito é chamado de passa altas (passa altas frequências). Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 29 V(V1,C1) – tensão sobre o resistor 2) Considere o circuito linear invariante mostrado na figura abaixo. Seja v C 0=1V e V =30⋅cos 2 ̇⋅1000⋅t ⋅u tV . Calcular a corrente do circuito para t≥0 . Determinar se há alguma condição inicial para o capacitor e/ou fase para o sinal V tal que a resposta transitória seja nula. dv v [ A' 1⋅cos ⋅t A ' ' 1⋅sen ⋅t ] C⋅ = dt R R onde =2⋅⋅1000 , A ' 1=30 e A ' ' 1=0 −1 ⋅t v t =K 1⋅e R⋅C A' 2⋅cos ⋅t A' ' 2⋅sen ⋅t , para t≥0 v 0= K 1 A' 2⋅cos 0=K 1 A' 2=1 Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 30 se v 0= A' 2 então K 1=0 e não há transitório Após o fim do transitório (a exponencial decrescente), o problema restringe-se a dv v [ A ' 1⋅cos ⋅t ] C⋅ p p = dt R R como v p t= A' 2⋅cos ⋅t A ' ' 2⋅sen ⋅t então C⋅⋅[−A ' 2⋅sen ⋅t A' ' 2⋅cos ⋅t ]... [ A' 2⋅cos⋅t A' ' 2⋅sen ⋅t] [ A' 1⋅cos ⋅t ] ... = R R agrupando os termos em seno e os termos em cosseno podemos montar duas equações: para senos: −C⋅⋅A' 2 A' ' 2 =0 R para cossenos: C⋅⋅A' ' 2 A '2 =30 R 3) No circuito abaixo o indutor está descarregado quando a chave S1 abre e a chave S2 fecha. a) Calcule a energia armazenada no indutor no instante t=4s; b) Em t=4s a chave S1 fecha e a S2 abre. Calcule a corrente que passa pelo resistor de 4 para t>4. Indique o sentido correto desta corrente; c) Calcule a energia total dissipada no resistor de 4 no intervalo 4t∞ . a) Transformando o Norton (I=10A e R=2) em Thévenin Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 31 di L R R ⋅i = ⋅I dt L L L S di L 1 1 ⋅i = ⋅10=2,5 dt 4 L 4 i L 0=0A , i L ∞=10A i L t =10 – 10⋅e −t 4 para t>0 −1 i L 4=10 – 10⋅e =6,32 A 1 1 w L 4= ⋅L⋅i 2L 4= ⋅8⋅6,322=159,8 J 2 2 b) L 8 i L 4=6,32 A e i L ∞=0 e = = =2 R 4 i L t =6,32⋅e −t −4 2 para t>4 c) ∞ w R =∫ R⋅I 2 t dt 0 ∞ w R =4⋅∫ 6,32 ⋅e 2 −2⋅ t−4 2 ∞ ⋅dt=4⋅6,322⋅−1⋅e−t −4∣4 =159,8 J 4 4) Para os problemas abaixo, cujas condições iniciais foram calculadas no módulo anterior calcule tensão sobre o capacitor ou a corrente sobre o indutor. a) Considere I S1 t uma fonte constante e independente e o capacitor descarregado. Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 32 −I S1 i R1i C =0 e i R1=I S1−i C 1 −R1⋅i R1 ⋅∫ i C t ⋅dtR1⋅i C =0 – considerando v C 0=0 C derivando esta equação diC 1 diC R1⋅ ⋅i C R 1⋅ =0 dt C dt di C 1 ⋅i =0 dt C⋅ R1R1 C i C t =k⋅e i C 0+ = −t C⋅ R1 R1 R1⋅I S1 =k R1R1 −t it = R1⋅I S1 C⋅ R R para t>0 ⋅e R 1 R 1 1 1 b) Considere I 1 t uma fonte constante e independente. i L1 0- =i L1 0+ = I1 ⋅G G1 G2 2 i L1 ∞=I1 Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 33 Com o modelo Norton (I1, R1) transformado em um modelo Thévenin o problema I1⋅R1=L⋅ = di L1 R1⋅I1 dt L1 R1 1 − ⋅t i L1 t =k 1⋅e k 2 , para t>0. i L1 ∞=k 2= I1 , i L1 0=k 1k 2= k 2= I1 , k 1=− I1 ⋅G G−1G2 2 I1⋅G1 G 1G 2 di t v L1 t =L⋅ L1 , para t>0. dt c) Considere V 1 t uma fonte constante e independente V TH =− 40 20 V , RTH =R N = , I N =−2A 9 9 + v C1 0 =V TH , v C1 ∞= V TH ⋅R =3,48V RTH R2 2 Considerando o equivalente Norton, teremos um circuito formado por C1, R2, RN e IN em paralelo. Este circuito já foi calculado. Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 34 R EQ= R2⋅RN R2 R N I N =C⋅ dvC1 v C1 dt R EQ =REQ⋅C 1 1 − ⋅t v C1 t=k 1⋅e k 2 , para t>0. v C1 ∞=k 2=3,48 v C1 0=k 1k 2=−4,44 k 1=−7,92 d) I 1 t é um degrau unitário de corrente. Observe que neste circuito R1 esta em paralelo com L1. Este conjunto está em série com o paralelo de C2 com R2. Desta forma este circuito é equivalente a dois circuitos paralelo independentes: a) I1, R1 e L1 ; b) I1, R2 e C2. − i L1 t =k 1⋅e R1 ⋅t L1 − v C2 t=k 3⋅e k 2 1 ⋅t R2⋅C 2 k 4 Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 35 e) I 1 t é um degrau de corrente de 10mA e I 2 t é uma fonte de corrente constante de 4mA. Solução: Calculando o equivalente Norton nos terminais do capacitor R EQ=RTH =12k // 20k16k =9k i EQ=[10⋅u t – 4]mA V C1 0– =− 4 mA⋅[20k 12k // 16k] ⋅12k =−16V 20k12k i C 0+ =6mA 16V =7,77 mA 9k i C ∞=0 dv C v i C = EQ dt REQ⋅C C + i C t =i C 0 ⋅e −t C⋅R EQ ⋅u t mA f) V 1 t é um pulso de tensão de amplitude 10V e largura 0,5s. Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 36 v R2=V1 logo i R2= V1 (a mesma corrente que flui pelo paralelo de C1 com R1) R2 v C1 =v R1=Vo Para 0<t<0,5 + v C1 0 =0V , v C1 ∞=− V1 ⋅R R2 1 =R1⋅C 1 1 − ⋅t v C1 t=k 1⋅e k 2 v C1 ∞=k 2=−5 v C1 0=k 1k 2=0 k 1=5 Para t>0,5 − v C1 0,5=5⋅e 1 ⋅0,5 0,1 −5≈−4,9V , v C1 ∞=0V 1 − ⋅ t−0,5 v C1 t=k 3⋅e k 4 Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 37 k 4 =0 v C1 0,5=k 3 =−4,9 g) V 1 t é um pulso de tensão de amplitude 10V e largura 6⋅R⋅C segundos. Transformando o Thévenin (V1, R1) em um modelo Norton dv v V1 =C⋅ C1 C1 R1 dt R1 Para 0t6⋅R1⋅C 1 v C1 0+ =0V , v C1 ∞=V1 =R1⋅C 1 1 − ⋅t v C1 t=k 1⋅e k 2 1 − ⋅t v C1 t=−V1⋅e V1 Para t6⋅R1⋅C 1 − v C1 6⋅R1⋅C 1=−V1⋅e 1 ⋅ 6⋅R1⋅C 1 R1⋅C 1 V1≈V1 , v C1 ∞=0V 1 − ⋅ t−6⋅R1⋅C 1 v C1 t=V1⋅e Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 38 h) V 1 t é uma fonte constante e independente. Solução: i L 0– = V1 V1 , i L ∞= , i L 0+ =i L 0- R1 R1 v C 0– =V 1 , v C 0+ =V 1 , v C ∞=0V dv v C⋅ C C =0 dt R v C t =6⋅e −t R⋅C V para t>0. 5) Um circuito de disparo para laser é apresentado na figura abaixo. Para disparar o laser é necessário 60mA∣I∣180mA para 0t200 s . A chave S1 troca de posição em t=0. Determine valores apropriados de R6 e R8 . O circuito estava em regime permanente para t<0. Com a chave na posição atual, o equivalente Thèvenin de V2, R7 e R6 é V TH = v 2⋅R6 R6R 7 Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 39 RTH = R7⋅R6 R7R6 i MAX = v2 =180mA RTH R9 R6 =0,18 804⋅R6 R6=51,4 −t − I t=I 0⋅e =0,18⋅e R EQ ⋅t L3 onde R EQ=R 9R8 R8 deve ser escolhido tal que I(200s)=60mA 6) Para o circuito abaixo: a) Determine a faixa de valores de B para que o circuito seja estável. b) Determine o valor de B para que a constante de tempo do circuito seja de 20ms. c) Encontre a equação de i(t) quando V 1 t =10⋅e−100⋅t⋅u t V . Retirando o capacitor e inserindo em seu lugar uma fonte de corrente independente de valor IT para cima (para calcular um equivalente Norton do resto do circuito) Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 40 v T −v 1 v –v v B⋅ 1 T T =i T R1 R1 R2 v T⋅ 1 B 1 B 1 – v 1⋅ – =i T R1 R1 R2 R1 R1 como iT = V TH −IN RTH então 1 1 3–B = = RTH R N 10k RTH = 10k 3−B a) RTH ≤3 −3 −6 = RTH⋅C 1 =20⋅10 =RTH⋅2⋅10 RTH = 20⋅10−3 =10k −6 2⋅10 RTH = 10k =10k 3−B b) B=2 Com o capacitor no circuito −i2⋅i v C1 dv C1 C 1⋅ =0 R2 dt v C1 =v 1 – i⋅R1 Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 41 −i2⋅i v 1−R 1⋅i d v 1 – R1⋅i C 1⋅ =0 R2 dt v1 di i 1 dv 1 = ⋅ dt R1 dt R1⋅R 2⋅C 1 i0= v 1 0 =1mA R1 it =k 1⋅e−50⋅t k 2⋅e−100⋅t Em regime permanente v 1=10⋅e−100⋅t , i=k 2⋅e−100⋅t dv 1 di −100⋅t =−100⋅k 2⋅e =−1000⋅e−100⋅t , dt dt −100⋅k 2 k 2 −1000 10 = 10k 100 k 2=0 Para t=0 −1 mA=k 1⋅e −50⋅tk 2⋅e−100⋅t k 1=−1 Circuitos Elétricos I – EEL420 – UFRJ – Apostila não é livro. Estude pelo livro! 42