A I Jornada Acadêmica de Anatomia Veterinária Aplicada foi organizada por estudantes do Curso de Medicina Veterinária da FEAD, com o apoio de professores e das Coordenações dos Cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia. Estruturada de maneira a seguir outros eventos acadêmicos de sucesso, tendo como finalidade: 1. Estimular o aprendizado e prática de atividades didáticas entre os alunos de graduação, motivando-os para o exercício de atividades acadêmicas futuras, como apresentação em congressos, simpósios, etc; 2. Permitir aos alunos de graduação vivenciar as experiências de eventos científicos tanto na sua organização quanto em sua participação; 3. Estimular o aprendizado e a prática de atividades didáticas entre os alunos de graduação, motivando-os para o exercício de atividades acadêmicas futuras, como apresentação em congressos, simpósios, etc; 4. Permitir aos alunos de graduação vivenciar as experiências de eventos científicos tanto na sua organização quanto em sua participação; 5. Estimular e divulgar a Iniciação Científica. A I Jornada Acadêmica de Anatomia Veterinária Aplicada foi realizada na FEAD – Unidade III – Campus Pilar, localizada à rua Otílio Macedo, número 12, bairro Olhos D’água, Belo Horizonte MG, no período de 29 a 31 de outubro de 2008. FUNCIONAMENTO A JAAVA, aconteceu entre 29 e 31 de outubro de 2008, no horário de 08:00 às 12:00h, na FEAD – Unidade III – Campus Pilar, localizada à rua Otílio Macedo, número 12, bairro Olhos D’água, Belo Horizonte MG. Houve apresentação de trabalhos no formato de palestra orientada e pôster na seguinte disposição: 29.10.2008 8:00 – Entrega dos Crachás 8:20 – Solenidade de Abertura 8:30 – Apresentação palestra orientada I 9:00 – Apresentação de palestra orientada II 9:30 - intervalo café 10:00 – Apresentação de palestra orientada III 10:30 – Apresentação de pôsteres 12:00 – finalização atividades do dia 30.10.2008 8:00 – Apresentação palestra orientada IV 8:30 – Apresentação palestra orientada V 9:00 – Apresentação de palestra orientada VI 9:30 - intervalo café 10:00 – Momento: Homenagem Especial 10:30 – Apresentação de pôsteres 12:00 – finalização atividades do dia 31.10.2008 8:00 – Apresentação palestra orientada VII 8:30 – Apresentação palestra orientada VIII 9:00 – Apresentação de palestra orientada IX 9:30 - intervalo café – Show do intervalo com a Jovem Pan 10:00 – Apresentação de palestra orientada X 10:30 – Apresentação de pôsteres 11:00 – Entrega dos Certificados e Solenidade de Encerramento Os pôsteres ficaram expostos durante todo evento, sendo sua apresentação feita durante o intervalo do café. COMISSÃO ORGANIZADORA Acadêmico Jhefanes Rocha Acadêmico Leandro Ferreira Acadêmico Michelle Diniz Melo Acadêmico Maria Cláudia Lisboa Profa. Elaine Baptista Barbosa Prof. Alessandro Procópio Prof. Geraldo Juliani 1 SÚMARIO: ALTERAÇÕES ANATÔMICAS NO CASCO CAUSADAS PELA LAMINITE 4 ALTERAÇÕES ÓSSEAS NA DISPLASIA COXOFEMORAL CANINA GRAVE 4 ANATOMIA APLICADA DO TRIÂGULO DE VIBORG 5 ANATOMIA CARDÍACA DOS RÉPTEIS CROCODILIANOS 5 ANATOMIA DA HEMATOPOESE 6 ANATOMIA DO LINFONODO POPLÍTEO EM CÃES 6 ANATOMIA E UTILIZAÇÃO DA VEIA JUGULAR EXTERNA NOS EQÜINO 7 ANATOMIA NA CELIOTOMIA DE RÉPTEIS 7 ANATOMIA ULTRASONOGRÁFICA DOS TENDÕES E LIGAMENTOS... 8 ANTIBIOTICOTERAPIA NA GLÂNDULA LACRIMAL NO TRATAMENTO... 8 APLICAÇÃO DA ANATOMIA NAS PRATICAS DE FISIOTERAPIA VETERINARIA 8 APLICAÇÃO DA ANATOMIA TOPOGRÁFICA... 9 ARTICULAÇÃO FEMOROTIBIOPATELAR NOS ANIMAIS DOMÉSTICOS 9 ASPECTO ANATOMOPATOLÓGICO DA MASTITE EM VACAS LEITEIRAS... 10 ASPECTOS ANATOMICOS E CIRÚRGICO DA DOENÇA DO DISCO INTER... 10 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DUAS TÉCNICAS PARA COLETA DE... 11 AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA E FISIOLÓGICA DE MURIQUI-DO-NORTE... 11 BASES ANATÔMICAS DA ARTICULAÇÃO DO BOLETO NOS EQÜINO 12 BASES ANATÔMICAS DA DISPLASIA COXOFEMORAL EM CÃES 12 BASES ANATÔMICAS DA SÍNDROME DO NAVICULAR NOS EQÜINOS 13 BASES ANATÔMICAS DO CECO DOS EQÜINO 13 BASES ANATÔMICAS DO TIMO DO CÃO 14 CAMPOS E EIXOS VISUAIS 14 CÉLULAS β PANCREÁTICAS E SUA RELAÇÃO COM O DIABETES... 15 CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS DA OSTECTOMIA DA CABEÇA E COLO... 15 CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS DO OVÁRIO EQÜINO 16 CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS E APLICABILIDADE CLÍNICA... 16 DE HUMANI CORPORIS FABRICA 17 2 DENTIÇÕES DAS SERPENTES BRASILEIRAS 17 DESCRIÇÃO ANATÔMICA DAS VEIAS CAUDAIS... 18 DESENVOLVIMENTO FOLICULAR EM ÉGUAS 18 DETERMINAÇÃO DA IDADE DE CÃES ATRAVÉS... 19 DIAGNÓSTICO DAS DEFORMIDADES FLEXURAIS EM EQUINOS 19 DIAGNÓSTICO DE PATOLOGIAS OVARIANAS A TRAVES... 20 DISPLASIA DO OSSO OCCIPITAL 20 EFEITOS DO AUMENTO DA PRESSÃO INTRA-OCULAR... 21 ENDOMETRITE EM ÉGUAS SUSCEPTÍVEIS INDUZIDA... 21 ESTUDO HISTOLÓGICO E PARASITOLÓGICO DO TRATO... 22 HIPOSPADIA PERINEAL ASSOCIADA À MÁ FORMAÇÃO... 22 INFERTILIDADE NO GARANHÃO 23 INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL EM EQUINOS 23 LINFONODO AXILAR DA PRIMEIRA COSTELA DOS SUÍNOS... 24 LÍQUIDO CÉFALORRAQUIDIANO PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO... 24 LONGISSIMUS DORSI E A QUALIFICAÇÃO... 25 MECANISMOS DE ACOMODAÇÃO VISUAL 25 NERVO VAGO - X PAR DE NERVO CRANIANO 26 O TRÍGONO FIBROSO NO ESQUELETO CARDÍACO 26 OSTEOSARCOMA CANINO 27 PERSPECTIVAS VISUAIS EM FELINOS 27 PONTOS ANATÔMICOS DO MERIDIANO PULMONAR... 28 PRESSÃO INTRACRANIANA ANATOMIA PARA... 28 PRINCIPAIS NEOPLASIAS DO APARELHO REPRODUTIVO... 29 REFLEXO DE MICÇÃO EM CÃES 29 REGULAMENTAÇÃO PROÍBE CIRURGIAS MUTILANTES... 30 TAMANHO DA GLÂNDULA DE VENENO. POTENCIAL... 30 TRATAMENTO CIRÚRGICO DA SÍNDROME BRAQUIOCEFÁLICA 31 UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE TRIADAN PARA IDENTIFICAÇÃO... 31 UTILIZAÇÃO DO SULCO DE GALVAYNE NA DETERMINAÇÃO... 32 VISÃO AFÁCICA EM CÃES 32 3 ALTERAÇÕES ANATÔMICAS NO CASCO CAUSADAS PELA LAMINITE 1 1 1 1 LOPES, F. R. ; BRANDÃO, F. S. ; UBA, D. A. ; JULIANI, G. 1 FEAD Introdução: Considerada uma das mais graves doenças dos eqüinos, a laminite, definida como o processo inflamatório das lâminas dos cascos, é uma patologia local, associada a fatores nutricionais, infecções e traumatismo do casco. Objetivos: Descrever as alterações na estrutura anatômica do casco causadas pela laminite. Materiais e Métodos: Revisão de literatura. Resultados: A extremidade do membro é protegida pelo casco, sendo este constituído por uma cápsula rígida de tecido córneo, onde se aloja a falange distal e a articulação com a falange média. A superfície da falange distal é aderida à porção interna do casco através do tecido laminar, constituído por duas camadas: as lamelas epidérmicas e as dérmicas. A parede do casco é a parte visível, crescendo a partir do epitélio que reveste a derme. O nome da doença provém dos tecidos afetados (estruturas laminares submurais do casco) conhecidas por lamelas ou lâminas. O estrato interno compreende cerca de 600 lâminas córneas que se interdigitam com as lâminas sensoriais da derme laminar. A irrigação sangüínea da derme provém de diferentes conjuntos, todas as ramificações das artérias digitais. As veias não acompanham as artérias, e formam extensas redes interligadas na derme. Processos patológicos podem prejudicar a circulação capilar normal, ocasionando anastomoses arteriovenosas, trombose venosa e arterial e coagulação intravascular disseminada, o que leva a diminuição da adesão entre a parede interna do casco e a falange distal, resultando na separação das lamelas. Alterações no casco envolvem mudança na forma da parede e rotação da falange distal. Conclusões: A laminite é considerada uma emergência médica. Estudos da anatomofisiologia envolvida no processo da laminite objetivam evitar a progressão para um estado avançado minimizando o grau de destruição dos tecidos laminares. A laminite é altamente dolorosa para o cavalo, pelo fato do apoio continuo sobre os cascos. Trabalho apresentado como: PÔSTER ALTERAÇÕES ÓSSEAS NA DISPLASIA COXOFEMORAL CANINA GRAVE 1 1 SILVA, M. M. R. ; BRENDOLAN, A. P. 1 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Unidade Betim Introdução: A displasia coxofemoral (DCF) é a doença osteoarticular mais prevalente e mais estudada da espécie canina. As raças de médio e grande porte são as mais acometidas. Diagnosticada em diversas espécies além de cães, como gatos, bovinos, seres humanos e vários animais silvestres. Trata-se de uma alteração do desenvolvimento que afeta a conformação da cabeça do fêmur e do acetábulo. Anatomicamente caracteriza-se pelo arrasamento do acetábulo, achatamento da cabeça do fêmur, encurtamento do colo do fêmur, subluxação ou luxação coxofemoral e alterações degenerativas secundárias. É uma doença de caráter genético com herdabilidade média à alta e de etiologia multifatorial, sofrendo grande influência hormonal e de fatores externos como dietas de alta densidade, piso escorregadio, entre outros. Os animais são classificados de acordo com o ângulo formado entre o centro da cabeça do fêmur e o acetábulo podendo ser: normais, suspeitos, com displasia leve, moderada e grave. Objetivo: Demonstrar as alterações ósseas presentes na DCF entre peças anatômicas de animal normal e doente. Material e métodos: Estudo comparativo de cão diagnosticado com displasia de grau III radiograficamente confirmado. Animal veio a óbito por outra doença, sem relação com a DCF. Após retirada do conjunto quadril-coxa-perna-pé o material foi macerado para remoção de tecidos moles restando apenas os ossos e comparado com esqueleto normal. Resultados: Foram encontrados na articulação coxofemoral a presença de neoformações ósseas irregulares, presença de osteófitos, arrasamento do acetábulo, achatamento da cabeça do fêmur, encurtamento do colo do fêmur e luxação coxofemoral confirmando o diagnóstico de DCF. Conclusão: A comparação direta entre a peça com DCF com o esqueleto normal foi nítida e suficientemente confirmatória para esta doença. Trabalho apresentado como: PÔSTER 4 ANATOMIA APLICADA DO TRIÂNGULO DE VIBORG 1 1 BRESSANE, O. P. ; JULIANI, G. 1 FEAD Introdução: O “Triângulo de Viborg” é uma região anatômica da face utilizada como estrutura de referência na Medicina Veterinária. É uma área anatômica delimitada por vasos, tendões e estruturas ósseas que conferem a esta região a forma semelhante a um triângulo. Objetivos: Conhecer o “Triângulo de Viborg”, sua anatomia e estruturas correlatas que o compõe e caracterizam seu nome além de sua funcionalidade e aplicabilidade na Medicina Veterinária. Materiais e Métodos: Revisão de literatura em livros e artigos científicos. Resultados: O “triângulo de Viborg” é uma região anatômica delimitada pela borda caudal da mandíbula, mais profundamente, o músculo occipitomandibular, pelo tendão do músculo esternocefálico e pela veia linguo facial. A sua visualização é favorecida pela compressão da veia jugular externa e extensão da cabeça. A determinação do triângulo de Viborg é fundamental, por se tratar do principal acesso para inspeção, drenagem ou abordagem cirúrgica da bolsa gutural. Conclusão: Por se tratar de uma região anatômica de fácil entendimento e visualização, a determinação do “Triângulo de Viborg” é o procedimento semiológico de eleição para o acesso a bolsa gutural. Trabalho apresentado como: PÔSTER ANATOMIA CARDÍACA DOS RÉPTEIS CROCODILIANOS FERREIRA, L. A.¹; VALADARES, R, C.¹ ¹FEAD Introdução: Diferentemente de outros répteis, os répteis crocodilianos têm o coração divido em quatro câmaras cardíacas: átrios direito e esquerdo, ventrículos direito e esquerdo. O que os difere dos outros répteis é o forame de Panizzae que une o arco sistêmico direito com o arco sistêmico esquerdo. Objetivo: Mostrar essa variação anatômica cardíaca característica dos répteis crocodilianos, que ao contrário do que muitos pensam, a mistura sanguínea ocorre fora do coração. Materiais e Métodos: Pesquisas em artigos científicos. Resultados: O coração dos répteis crocodilianos tem ventrículo dividido, mas existe uma ligação entre as artérias aortas (forame de Panizzae) que levam sangue ao corpo do animal. Quando um crocodiliano está fora d'água e respira ar, a válvula da aorta direita fecha porque a pressão nas aortas é maior do que no ventrículo direito. Assim a aorta direita recebe sangue (bem oxigenado) da aorta esquerda pela ligação entre elas, e o sangue do ventrículo direito passa somente para a artéria pulmonar indo para os pulmões. Conclusão: Quando o crocodiliano submerge e não respira, a pressão no ventrículo direito aumenta porque os capilares dos pulmões estão contraídos. A válvula da aorta direita abre com a pressão e algum sangue do ventrículo direito segue para outras partes do corpo, e não para a artéria pulmonar. Órgãos e tecidos recebem sangue adicional, ainda com reservas de oxigênio e o animal pode permanecer mais tempo submerso. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA 5 ANATOMIA DA HEMATOPOESE 1 1 1 1 BRESSANE, P.O. ; DUARTE, L.P.N. ; NASCIMENTO, P.B. ; MOREIRA, S. M 1 FEAD Introdução: Hematopoese é o processo de formação, desenvolvimento e maturação dos elementos sangüíneos (eritrócito, leucócito e plaquetas) que ocorre em diferentes órgãos com a progressão da idade. Objetivo: Descrever as variações anatômicas dos sítios de hematopoese ao longo da vida animal. Material e Métodos: Revisão de literatura relacionada. Resultados: Na fase inicial da vida, a formação de células sangüíneas se dá por meio das ilhas mesenquimais ligadas ao saco vitelíneo. No feto, a hematopoese ocorre em vários órgãos linfóides como Timo, Fígado, Baço, Linfonodos e Medula Óssea Vermelha, esta última presente nos ossos cranianos. O timo aumenta de tamanho até a puberdade quando atinge seu peso máximo. A partir daí começa a sofrer atrofia progressiva. Esta fase é caracterizada pela substituição do parênquima tímico por tecido fibroadiposo, cuja função imunológica e hematogênica é pouco significativa. O fígado é proporcionalmente maior em neonatos que em adultos. Baço e tecidos linfóides remanescentes continuam a produzir agranulócitos por toda a vida do animal. A medula de todos os ossos produz células sangüíneas durante as fases iniciais da vida até o início da vida adulta, denominada medula óssea vermelha. Gradativamente é substituída na maioria dos ossos, pela medula amarela, constituída por gordura restringindo a hematopoese à medula óssea das vértebras, esterno, costelas e ossos cranianos. Conclusão: A formação e desenvolvimento de células sangüíneas ocorre em diferentes regiões do corpo de acordo com a idade. Assim, órgãos hematopoéticos apresentam anatomia e importância variável em diferentes faixas etárias, uma vez que mudanças funcionais associam-se às mudanças anatômicas. Trabalho apresentado como: PÔSTER ANATOMIA DO LINFONODO POPLÍTEO EM CÃES 1 1 SARAIVA, F. F. ; JULIANI, G. 1 FEAD Introdução: O linfonodo poplíteo é um dos linfonodos de maior importância nos cães, por ser rotineiramente examinado e palpado pelos médicos veterinários. Objetivos: Estudar a anatomia topográfica do linfonodo poplíteo e sua importância na clínica de pequenos animais. Materiais e Métodos: Revisão bibliográfica. Resultados: Nos cães, o linfonodo poplíteo situa-se na fossa poplítea, sendo rotineiramente utilizado pelos veterinários no exame clínico destes. O linfonodo poplíteo ou Gânglio linfático poplíteo é um órgão ovóide, constituído por tecido linfóide encapsulado. Os linfonodos poplíteos podem variar seu tamanho de 0,5cm a 5,0cm. Fazem parte do sistema linfático juntamente com outros diversos linfonodos que se encontram distribuídos no corpo em áreas específicas, os chamados linfocentros. Sua função é filtrar a linfa (líquido circundante nos vasos linfáticos rico em linfócitos). O linfonodo poplíteo situado nos membros pélvicos está compreendido no linfocentro poplíteo. Os linfonodos poplíteos profundos estão ausentes. Os linfonodos poplíteos superficiais estão localizados na superfície caudal do músculo gatrocnêmio e entre os músculos bíceps femoral, lateralmente e o músculo semitendinoso, medialmente, projetando-se na altura da face caudal da articulação fêmoro-tibio-patelar. Está fixado em tecido conjuntivo e, caudalmente coberto apenas pela pele. Conclusões: Concluí-se que o conhecimento anatômico do linfonodo poplíteo é de suma importância na avaliação semiológica, principalmente na palpação, sendo ferramenta para diagnóstico de diversas patologias, como por exemplo, a Leishmaniose Visceral Canina. Trabalho apresentado como: PÔSTER 6 ANATOMIA E UTILIZAÇÃO DA VEIA JUGULAR EXTERNA NOS EQÜINOS 1 1 BRESSANE, O. P. ; JULIANI, G. 1 FEAD Introdução: A veia jugular externa nos eqüinos é um vaso de grande importância pelo seu grande calibre e posicionamento anatômico, sendo o vaso de eleição para aplicação de medicamentos intravenosos, fluido terapia e coleta de sangue para avaliação laboratorial. Objetivos: descrever a anatomia da veia jugular externa e sua importância na clínica eqüina. Materiais e Métodos: Revisão de literatura em livros e artigos científicos. Resultados: As veias da cabeça e pescoço são classificadas em veias com percurso interno e em veias externas. Acompanham em geral as artérias. A veia jugular externa é uma veia superficial e considerada a principal veia do pescoço. Origina-se próxima ao ângulo da mandíbula pela união da veia maxilar com a veia linguofacial. A veia jugular externa percorre subcutaneamente o sulco jugular, formado entre os músculos esternocefálico (ventralmente) e braquiocefálico (dorsalmente). No terço cervical dorsal e médio ela é puncionada com fins terapêuticos ou diagnósticos. Através dela grande parte do sangue da cabeça e pescoço é carreado de volta ao coração. A veia jugular externa vai encontrar-se com a veia cefálica, que percorre toda a região do antebraço e braço, originando a veia cava cranial, dirigindo para o átrio direito do coração. As veias são divididas em três camadas, sendo elas, a túnica íntima, que é bem desenvolvida em veias de grande calibre como a jugular externa, túnica média, mais fina, e túnica adventícia que se apresenta mais espessa e desenvolvida entre as três túnicas. Conclusão: Devido ao seu calibre e facilidade de acesso, a veia jugular externa é de grande relevância na Medicina Veterinária, principalmente na clínica de eqüinos, sendo de eleição para aplicações intravenosas, coletas de sangue e fluido terapia. Sendo assim, o conhecimento anatômico desta é de grande importância na clínica de eqüinos. Trabalho apresentado como: PÔSTER ANATOMIA NA CELIOTOMIA DE RÉPTEIS 1 1 1 BARROSO, L. A. ; NUNES J. B. ; RESCK M. C. C. 1 Universidade José do Rosário Vellano – Unifenas Introdução: O estudo dos répteis ganha cada vez mais importância, tanto por questões conservacionistas, quanto pelo crescente interesse na utilização como animais de companhia. Para sucesso de qualquer procedimento faz-se necessário o entendimento de sua morfo-funcionalidade que difere de muitos modos dos mamíferos. Intervenções cirúrgicas com acesso à cavidade celomática (celiotomia) são relativamente comuns. Como causas freqüentes da celiotomia temos: distocia, ovário-histerectomia, corpos estranhos, impactação digestiva, colopexia e neoplasias. Objetivos: Ressaltar a importância do conhecimento anatômico dos répteis nos procedimentos cirúrgicos, especialmente na celiotomia. Materiais e métodos: Revisão bibliográfica baseada em artigos e livros sobre a anatomia de répteis. Resultados e conclusões: Répteis não possuem diafragma, divisor anatômico entre cavidades torácica e abdominal, havendo apenas uma cavidade, a celomática. Não possuindo tal músculo a respiração é controlada por faringe auxiliada por músculos da cintura pélvica e torácica, sendo importante a respiração passiva artificial em pacientes de celiotomia. Outra consideração anatômica refere-se ao local de acesso. Répteis possuem um plexo sanguíneo justamente sob a linha média do ventre, sendo, a abordagem lateral mais recomendada. Em quelônios escudos femorais e abdominais são locais de eleição. Exames complementares pré-celiotomia são principalmente radiografias, simples ou contrastadas, permitindo avaliação rápida, panorâmica e excelente relação custo-benefício dos diferentes sistemas do corpo animal. Répteis apresentam vários desafios radiográficos, pela grande diversidade anatômica interespecífica, assim o clínico deve estar familiarizado com a anatomia radiológica desses. Percebe-se ao longo deste trabalho que anatofisiologicamente animais exóticos muito diferem dos domésticos. Sendo a celiotomia em animais exóticos apenas uma das intervenções cada vez mais rotineiras na clínica de pequenos animais, é cada vez maior a exigência sobre o médico veterinário destes conhecimentos. Surgem então disciplinas como “clínica de animais silvestres”. Porém, antes, é preciso reformular as bases, sugerimos então a implantação do estudo dos animais exóticos na disciplina de anatomia, tornando o aluno apto para o profissionalizante. Trabalho apresentado como: PÔSTER 7 ANATOMIA ULTRASONOGRÁFICA DOS TENDÕES E LIGAMENTOS DA FACE PALMAR DO MEMBRO TORÁCICO DE EQUINO 1 1 1 1 GOMES, D. M. L. ; MARVAL, C. A. ; MELO, M. I. V. ; NORTE, D. F. 1 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Betim Introdução: A grande utilização de equinos na prática de esportes tem aumentado o aparecimento de afecções do aparelho locomotor, em especial nos membros torácicos, pois eles participam ativamente da recepção e do amortecimento do peso durante a locomoção, o que favorece o aparecimento de lesões nos tendões e ligamentos na região metacárpica palmar. O exame ultrasonográfico pode auxiliar o médico veterinário no diagnóstico de claudicações em geral ajudando-o a desenvolver o melhor plano terapêutico e acompanhamento do processo de cura. Para a realização do exame ultrasonográfico o médico veterinário deve ter conhecimento anatômico da região e da técnica. Objetivo: Fazer um estudo comparativo de imagens anatômicas com as imagens ultrasonográficas, auxiliando o veterinário na identificação das estruturas visualizadas no sonograma. Matérias e Métodos: Foram utilizadas peças anatômicas congeladas, provenientes do Setor de Patologia do Hospital Veterinário da PUC Minas Betim. Tais peças foram seccionadas em pontos correspondentes às áreas do mapeamento ultrasonográfico, sendo as imagens comparadas posteriormente. As imagens ultrasonográficas foram obtidas de um animal hígido, sem alterações nas estruturas avaliadas. A técnica para o exame da região metacárpica palmar de eqüino, consiste na divisão da região em três zonas anatômicas (1 a 3) a partir do osso acessório do carpo, e cada uma subdividida em seções transversais com cerca de 5 cm cada uma, possibilitando uma melhor avaliação das estruturas a elas relacionadas. Resultados e Conclusão: a comparação dos sonogramas com as secções da peça anatômica consolida o conhecimento da região e permite interpretações mais seguras das imagens em análise. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA ANTIBIOTICOTERAPIA NA GLÂNDULA LACRIMAL NO TRATAMENTO DE CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSA BOVINA (CIB) CORDEIRO, N. I. S.¹; REIS, D. C¹.; MELO, I. V.¹; FARIA, B. N.² ¹Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Betim ²Médico Veterinário autônomo Introdução: A glândula lacrimal é bipartida e lobulada, situando-se dorsolateralmente sobre o bulbo do olho. Seus ductos de variados calibres drenam para o fórnix superior do saco da conjuntiva. A Ceratoconjuntivite Infecciosa Bovina (CIB) é uma doença que afeta a estrutura superficial dos olhos (córnea e conjuntiva), gerando, por sua vez, muitas perdas econômicas devido à redução no ganho de peso em bovinos de corte, redução na produção de leite em rebanhos leiteiros, causados pelo incômodo, deficiência em se alimentar e à cegueira temporária, além dos custos com o tratamento. Os principais sintomas são lacrimejamento, fotofobia, conjuntivite, blefarite (inflamação das pálpebras), e ceratite (inflamação da córnea), atingindo vários graus de opacidade da córnea. É causada pelo bacilo gram-negativo Moraxella bovis, sendo que sua transmissão se dá através do contato direto com aerossóis e fômites contaminados. A antibioticoterapia recomendada na CIB exige aplicações 2 a 3 vezes ao dia, criando grande dificuldade no manejo e contenção dos animais para que se execute tal procedimento. Objetivo: Estudar uma forma alternativa para a antibioticoterapia na CIB. Materiais e Métodos: Como alternativa estudou-se a aplicação única de penicilina ou gentamicina através de agulha 40x10 diretamente na glândula lacrimal, simulando a instilação contínua do princípio ativo através da lágrima. Resultados e Conclusão: Este procedimento reduziu os entraves impostos pelos tratamentos convencionais e o tempo de recuperação do animal. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA APLICAÇÃO DA ANATOMIA NAS PRATICAS DE FISIOTERAPIA VETERINARIA 1 1 PERES, A. N ; RESCK, M. C. Universidade José do Rosário Vellano – Unifenas 1 Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA 8 APLICAÇÃO DA ANATOMIA TOPOGRÁFICA NA FORMAÇÃO DO MÉDICO VETERINÁRIO 1 1 PERES, A. N ; RESCK, M. C. 1 Universidade José do Rosário Vellano – Unifenas Introdução: A globalização obriga nos dias de hoje a formação de um profissional com capacidade e visão generalizada. No acesso de Medicina Veterinária o Conselho Federal declarou a partir de 1999 através da aprovação da lei das diretrizes e bases da educação nacional, a formação de um profissional com habilidades especificas relacionada a clinica e cirurgia. Portanto, na formação do médico veterinário com este perfil torna-se fundamental a implantação da disciplina anatomia topográfica permitindo ao aluno uma visão completa das estruturas anatômica microscópica e macroscópica. Objetivos: Sua aplicação objetivase os métodos de analise semiológica do corpo animal através da inspeção, palpação, auscultação, percussão, e visa à compreensão e treinamento para técnicas operatórias, melhorando a habilidade manual e maior conhecimento do ato cirúrgico. Deve se salientar que para diagnóstico da imagem é necessário conhecer a anatomia normal do animal para determinação da posição, tamanho, contorno ou forma, densidade, ecogenicidade, arquitetura, mensuração e função. Materiais e Métodos: Estudo da Lei das Diretrizes e base da educação nacional. Resultados e Conclusões: O estudo da anatomia topográfica ou anatomia medica cirúrgica, deve ser entendida em sentido amplo, isto é não fornecer apenas informações topográficas, mas também qualquer dado anatômico que tenha aplicação na prática diversificada da Medicina Veterinária. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA ARTICULAÇÃO FEMOROTIBIOPATELAR NOS ANIMAIS DOMÉSTICOS 1 1 1 JUNQUEIRA, P. ; BRAGA, L, J. ; JULIANI, G. 1 FEAD Introdução: O estudo da articulação do joelho em animais é de grande importância devido à sua complexidade e sujeição a problemas que afetam a estabilidade biomecânica em diferentes espécies. Objetivos: estudar a articulação do joelho, características anatômicas e importância. Materiais e Métodos: revisão bibliográfica. Resultados e Conclusões: Articulação é o encontro de dois ou mais ossos com ou sem movimentação entre si. Morfologicamente, a articulação femorotibiopatelar (articulação do joelho) nos animais domésticos é do tipo sinovial composta, gínglimo, axial, responsável pelos movimentos de flexão, extensão e rotação. Quatro ossos estão presentes na articulação do joelho: fêmur (porção distal), tíbia (porção proximal), fíbula e patela. Na verdade, esta articulação é formada por duas articulações condilares entre o fêmur e a tíbia (articulação femorotibial) e por uma articulação em sela entre a patela e o fêmur (articulação femoropatelar). A estabilidade biomecânica da articulação do joelho é grandemente comprometida em diversos tipos de lesões. Para manter estes ossos unidos e na posição anatômica atuam diversos ligamentos (cruzado cranial e caudal; colateral médio e lateral) e tendões de diferentes músculos. Além disso, os ligamentos intra e extracapsulares e os meniscos, que tornam as superfícies articulares congruentes, ajudam a manter a estabilidade do joelho e a amortecer o impacto sofrido pelas demais estruturas. A cápsula articular contém o fluido sinovial, ou sinóvia, que reduz o atrito constante das superfícies articulares vizinhas. O líquido sinovial, é produzido pela membrana sinovial a partir da filtração do plasma sangüíneo e, além de lubrificar as superfícies articulares, tem a função de transportar nutrientes e retirar catabólitos da cartilagem articular. A característica interna mais nítida da articulação do joelho é a livre comunicação entre os vários compartimentos sinoviais. Trabalho apresentado como: PÔSTER 9 ASPECTOS ANATOMOPATOLÓGICOS DA MASTITE EM VACAS LEITEIRAS CAUSADAS PELO STHAPYLOCOCCUS AUREUS 1 1 1 1 BORGES, F. S. ; MARQUES, L. M. O. ; CARVALHO, V. S. ; SILVA JUNIOR, P. G. P. 1 FEAD Introdução: A mastite é geralmente causada pela infecção bacteriana da glândula mamária, porém, outros microrganismos, lesões traumáticas e irritação química podem ser agentes determinantes. O grau de inflamação é variável e define o tipo da mastite. A mastite clínica é a infecção intramamária caracterizada por anormalidades visíveis no úbere ou no leite, cuja gravidade pode variar muito durante o curso da doença. Já a mastite subclínica, apesar de ser a forma mais predominante da doença, pode sequer ser detectada através de observações do úbere ou leite que se apresentam inalterados. Objetivo: Destacar as alterações anatomopatológicas causadas pela colonização da glândula mamária por S. aureus. Material e Métodos: Revisão de literatura baseada em artigos científicos e livros de anatomia e patologia veterinárias. Resultados e Conclusões: Devido à grande diversidade de microrganismos causadores de mastite, as bactérias se configuram como os principais microrganismos causadores da mastite, porém outros microrganismos como fungos, leveduras, algas e micoplasmas podem estar envolvidos. A infecção ocorre, na maioria das vezes, quando os microrganismos atravessam o ducto papilar e multiplicam-se no corpo da glândula acometida. As lesões causadas estão diretamente ligadas a fatores tanto do agente quanto da reação inflamatória desencadeada por ele. As perdas de produção e de qualidade de leite estão intimamente associadas à extensão dessas lesões. O S. aureus causa na maioria dos casos, mastite subclínica, com ocorrência de casos clínicos esporádicos. A capacidade de colonização, invasão, aderência, fixação no epitélio e evasão à resposta imune do hospedeiro são características do S. aureus conferidas por seus inúmeros fatores de virulência que o tornam patógeno eficiente na mastite. Trabalho apresentado como: PÔSTER ASPECTOS ANATOMICOS E CIRÚRGICO DA DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL 1 1 1 1 SILVA, B. C. ; CABRAL, M. M. ; MELO, M. I. V. ; LAMOUNIER, A. R. 1 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Núcleo Betim Introdução: A Doença do Disco Intervertebral é uma das causas mais comuns de alterações neurológicas em cães. É comum na rotina da clínica neurológica de cães, depararmos com pacientes que subitamente perderam a capacidade de sustentação ou que manifestam dores fortes em pontos diferenciados da coluna vertebral irradiando-se por todo o corpo. Objetivo: Descrever uma discopatia em cães enfatizando a estrutura morfofuncional dos discos intervertebrais, a etiopatogenia, e sinais clínicos associados à medula espinhal, e o tratamento cirúrgico. Resultados e conclusões: O cão possui 26 discos intervertebrais, excluindo a região coccígea. Os discos são junturas cartilaginosas do tipo sínfise. Estes são flexíveis e preenchem o espaço entre os corpos de vértebras adjacentes, permitindo o movimento, minimizando e absorvendo impactos. O disco intervertebral está sujeito a suportar as forças de compressão, cisalhamento, . flexão e extensão e de rotação Cada disco consiste em duas partes, um anel fibrocartilagíneo periférico e uma área central de consistência mole, o núcleo pulposo. A fragmentação do anel fibroso pode permitir que o núcleo pulposo escape, geralmente na direção do canal vertebral, podendo causar compressão da coluna. Os sinais clínicos da discopatia variam de acordo com o grau e o local da compressão desde leve ataxia, pequenos déficits de propriocepção consciente e dor até paralisia completa com perda de sensibilidade dolorosa e força motora. O anel fibroso está reforçado dorsalmente pelo ligamento longitudinal dorsal e ventralmente pelo longitudinal ventral aos que deve-se somar-se entre as vértebras T2 e T11 a presença do ligamento intercapital responsável pela baixa incidência das protrusões discais dorsais nesta região anatômica. Dentre cães com extrusão de disco, 85% são toracolombares; das toracolombares aproximadamente entre 65% e 80% ocorrem entre T11 e L2. A Hemilaminectomia constitui a remoção unilateral da lâmina lateral, dos pedículos e das facetas articulares, sendo este o procedimento cirúrgico mais utilizado. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA 10 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE DUAS TÉCNICAS PARA COLETA DE ESPERMATOZÓIDE EPIDIDIMÁRIO BOVINO POST MORTEM 1 1 1 BRITO, M. F. ; GONTIJO, A. O. ; MELO, M. I. V. 1 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Betim Introdução: O epidídimo é dividido anatomicamente em cabeça, corpo e cauda. Na cabeça e corpo ocorrem processos de concentração, retirada de gota protoplasmática proximal e inicia-se a capacidade motora do espermatozóide. Já na cauda ocorrem os processos de alteração do pH e osmolaridade, secreção de anti-aglutininas e gliceril-fosforil-colina, além do armazenamento dos espermatozóides. Aproximadamente 45 até 70% dos espermatozóides produzidos diariamente na cauda do epidídimo permanecem até a ejaculação, sendo esta reserva espermática potencialmente fértil. A recuperação de espermatozóides do epidídimo é atualmente uma importante técnica para obtenção de reserva de germoplasma provenientes de animais com alta importância genética e/ou afetiva que tiveram morte repentina. Objetivos: Diante deste potencial desenvolveu-se um experimento para coleta de espermatozóides epididimários de bovinos post mortem, com o objetivo de comparar a eficiência de dois procedimentos de recuperação através do número de espermatozóides recuperados e do percentual de móveis. Materiais e Métodos: Foram coletados 09 escrotos de bovinos. Após 24 horas de resfriamento, utilizaram-se as técnicas de coleta por retrofluxo do ducto deferente (esquerdo) e cortes seriados da cauda do epidídimo (direito), para recuperação dos espermatozóides. Foi utilizado meio Tris-gema sem glicerol nos dois procedimentos. As amostras obtidas foram então analisadas quanto à motilidade total (MT) e quanto à concentração espermática. Resultados e Conclusão: O total de espermatozóides recuperados por cortes 6 6 6 6 seriados foi de 1051,7 x 10 + 509,9 x 10 e por retro fluxo foi de 619,3 x 10 + 426,7 x 10 . A média da MT nas amostras recuperadas por cortes seriados foi de 50% e nas amostras recuperadas por retro fluxo foi de 47,2%. Estes resultados sugerem que é possível a recuperação de espermatozóides potencialmente férteis diretamente da cauda do epidídimo, mesmo após 24 horas decorridas da morte do animal, sendo o método de cortes seriados mais eficiente quanto a MT e total de espermatozóides. Trabalho submetido como: PÔSTER AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA E FISIOLÓGICA DE MURIQUI-DO-NORTE (Brachyteles hypoxanthus) DE VIDA LIVRE EM MINAS GERAIS 1 2 REIS, F. S. ; VILELA, D. A. R. 1 2 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Unidade Betim; Analista ambiental – IBAMA/MG Introdução: O muriqui-do-norte é um primata endêmico da mata atlântica que pode atingir até 15 kg quando adulto e que se alimenta de folhas e frutos. É uma espécie que está criticamente ameaçada de extinção, com população estimada inferior a 1.000 exemplares. Embora existam muitos estudos sobre demografia, comportamento e ecologia do muriqui-do-norte são escassas as informações sobre parâmetros fisiológicos e morfométricos para esta espécie. Objetivo: avaliar os parâmetros morfológicos e fisiológicos de um muriqui-do-norte de vida livre capturado em Minas Gerais. Material e métodos: As análises foram realizadas com balança pesola®, estetoscópio, termômetro digital e fita métrica e os parâmetros avaliados foram: peso corporal (PC), comprimento total (CT), comprimento de cauda (CC), comprimento da mão (CM), comprimento do pé (CP), comprimento de coxa (CX), comprimento de canela (CN), comprimento do antebraço (CA), comprimento do braço (CB), comprimento do polegar (CP), comprimento do dedo 3 da mão (CD3), circunferência torácica (CIT), circunferência do crânio (CIC), temperatura retal (TR), freqüência cardíaca (FC), freqüência respiratória (FR), comprimento e largura dos testículos direito (TD) e esquerdo (TE) e avaliação qualitativa da dentição. Resultado e conclusões: Foram obtidos os seguintes resultados: PC: 10 kg, CT: 133cm, CC: 76cm, CM: 16cm, CP: 20cm, CX: 26cm, CN: 24cm, CA: 24cm, CP: 2cm, CD3: 8cm, CB: 25cm, CIT: 40cm, CIC: 32cm, TR: 38,6ºC, FC: 110 bpm, FR: 26 mpm, TD (cm) 5 x 3,5, TE: (cm) 4,5 x 3,4 e dentição desgastada. Conhecer os padrões taxonômicos das espécies ameaçadas de extinção é fundamental para elaboração de programas de conservação. Os resultados permitiram concluir que se trata de indivíduo adulto, em boa condição física e clínica, com idade aproximada de 15 anos. Novos estudos serão necessários a fim de estabelecer padrões definitivos para a espécie e permitir um melhor entendimento sobre a morfologia e fisiologia de primatas neotropicais. Trabalho submetido como: PALESTRA ORIENTADA E PÔSTER 11 BASES ANATÔMICAS DA ARTICULAÇÃO DO BOLETO NOS EQÜINOS 1 1 1 TAIS, N. ; TOMÉ, D. ; JULIANI, G. 1 FEAD Introdução: As articulações metacarpo e metatarso falangiana dos eqüinos são conhecidas zootecnicamente como articulação do boleto, sendo de grande importância na avaliação dos membros e aprumos e conseqüentemente para o bom desempenho dos eqüinos. Objetivos: Conhecer a anatomia da articulação do boleto e suas estruturas correlatas. Material e Métodos: Revisão de literatura. Resultados: A articulação metacarpica falangiana é chamada de articulação do boleto, sendo um gínglimo formado pela junção da extremidade distal do osso metacárpico ou metatarso terceiro, a extremidade proximal da falange proximal e os ossos sesamóides proximais. Diversos ligamentos sesamóides unem a base dos ossos sesamóides à primeira falange, assegurando um movimento harmônico entre eles. Os ligamentos mais profundos são curtos e passam para a borda proximopalmar sendo encobertos por ligamentos oblíquos. O ligamento reto que emerge das bases dos sesamóides une-se com a cartilagem complementar da falange média. Os ossos sesamóides conectam-se entre si por meio do ligamento palmar. A cápsula articular está inserida ao redor das superfícies articulares. Ela é espessa e ampla, permitindo a mobilidade da região, sendo reforçada por dois ligamentos colaterais. Os movimentos são de flexão e extensão, passando o eixo do movimento através das inserções proximais dos ligamentos colaterais. As distenções da articulação, conhecidas como esparavões, manifestam-se nessa região e inflamação e/ou aumento de volume podem causar claudicação. Conclusões: Conclui-se que a articulação do boleto possui função fundamental na sustentação e no conjunto dos movimentos dos eqüinos. Seu estudo proporciona compreensão da biomecânica, desempenho, treinamento adequado e o diagnóstico de patologias nessa região. Trabalho apresentado como: PÔSTER BASES ANATÔMICAS DA DISPLASIA COXOFEMORAL EM CÃES 1 1 1 1 DE LACERDA E BARROS, R. I. ; CALDEIRA, G. ; SANTOS, S. M. ; JULIANI, G. 1 FEAD Introdução: A displasia coxofemoral é uma doença hereditária multifatorial, associada à má formação da articulação coxofemoral. Ela acomete principalmente cães de raças grandes e de crescimento rápido, tanto os machos quanto as fêmeas. Objetivos: descrever as estruturas anatômicas envolvidas na displasia coxofemoral. Materiais e Métodos: Revisão de literatura. Resultados: A articulação coxo-femoral é uma juntura sinovial de tipo esferóide, triaxial e inclui os seguintes elementos: a cabeça do fêmur, um hemisfério quase perfeito, que se movimenta numa depressão em forma de taça no osso do quadril, chamada acetábulo; a cabeça do fêmur mantém-se encaixada no acetábulo graças a uma espessa cápsula fibrosa que envolve toda a articulação, que é reforçada na parte cranial da cápsula pelo ligamento íliofemoral. A faixa orbicular (lábio do acetábulo) reforça a parte dorsal da cápsula, paralelamente à borda do acetábulo, aumentando a profundidade do acetábulo e melhorando assim as condições de encaixe. O ligamento redondo do fêmur, que une a cabeça do fêmur ao acetábulo e à musculatura da região são os principais responsáveis pela manutenção do encaixe. Não existem ligamentos periféricos limitando o movimento. Numa articulação normal, a cabeça do fêmur é mantida em contato íntimo com o acetábulo. Numa articulação displásica, há uma lassidão excessiva e a cabeça do fêmur desloca-se anormalmente no acetábulo. A displasia inevitavelmente leva a mudanças osteoartríticas, sendo uma conseqüência da instabilidade permitida por tecidos articulares moles, anormalmente frouxos. Deformação progressiva da cabeça do fêmur e piora do encaixe caracterizam o progresso da condição. Conclusão: A relação entre a borda dorsal do acetábulo e a cabeça do fêmur, sobre a qual ela se sobrepõe, é da maior importância na determinação da integridade da articulação. A etiologia da displasia coxofemoral é incerta, embora acometa raças de maior porte. A anatomia radiográfica é muito relevante para o diagnóstico da displasia. Trabalho apresentado como: PÔSTER 12 BASES ANATÔMICAS DA SÍNDROME DO NAVICULAR NOS EQÜINOS 1 1 SILVA, L. C. ; JULIANI, G. 1 FEAD Introdução: A síndrome do navicular é uma doença degenerativa que acomete o osso sesamóide distal ou osso navicular. É um processo crônico que acomete o osso navicular a bursa podotroclear e outras estruturas do casco. Objetivos: Estudar a anatomia do osso sesamóide distal e demais estruturas correlatas envolvidas na síndrome do navicular. Matérias e Métodos: Revisão de literatura. Resultados: O casco é a cobertura córnea do dedo, alojando no seu interior a falange distal e suas cartilagens, a articulação interfalangeana distal, a extremidade distal da falange média, o osso navicular (sesamóide distal), a bursa podotroclear, além de ligamentos, tendões, vasos sangüíneos e nervos. O osso navicular apresenta-se semelhante à forma de “navio” e encontra-se em posição palmar ou plantar na articulação das falanges média e distal. Possui duas faces, duas bordas e duas extremidades envolvidas por cartilagem. As bordas e extremidades do osso navicular estão fixadas pelos ligamentos sesamóides colateral medial e lateral e um ligamento sesamóide distal ímpar. Entre o osso navicular e o tendão do músculo flexor digital profundo, situa-se uma bolsa sinovial denominada bursa podotroclear, cuja função é lubrificar e proteger o tendão flexor do excesso de atrito e pressão contra o osso navicular. O suprimento arterial do osso navicular é realizado pelas artérias digitais palmares, originadas da bifurcação da artéria digital comum. A inervação fica a cargo dos nervos digitais palmares. O casco cede à pressão durante o impacto com o solo, sendo a carga depositada na articulação interfalangeana distal e dividida entre a falange distal e o osso navicular. Conclusão: O trabalho intenso e constantes mudanças nas forças de pressão sobre o osso navicular predispõem à síndrome do navicular. O conhecimento das estruturas envolvidas, da biomecânica e etiopatogenia são fundamentais para o diagnóstico e sucesso no tratamento. Trabalho apresentado como: PÔSTER BASES ANATÔMICAS DO CECO DOS EQÜINOS 1 1 FERNADES, J. P. A. ; JULIANI, G. 1 FEAD Introdução: O ceco é um segmento do intestino na forma de um grande fundo-de-saco intercalado entre o intestino delgado e o cólon. Devidos as características próprias é alvo de diferentes patologias devendo ser sistematicamente examinado. Objetivos: Conhecer a anatomia do ceco dos eqüinos e suas relações topográficas objetivando o exame clínico. Materiais e Métodos: Revisão de literatura e estudos de dissecação. Resultados: O ceco consiste em uma base dorsal expandida, um corpo curvo e afilado e um ápice ventral ceco; onde essas partes se fundem uniformemente. O ceco assemelha-se com freqüência a uma vírgula. Seu comprimento médio é de 1,25 metros e sua capacidade varia de 25 a 30 litros. Está situado principalmente à direita do plano mediano, estendendo-se das regiões ilíaca direita e sub-lombar para o assoalho abdominal, caudal à cartilagem xifóide. É anatomicamente dividido em base, corpo e ápice. A base do ceco estende-se cranialmente, no lado direito, até a décima quarta ou décima quinta costela, aproximadamente um palmo abaixo de sua metade e caudal à tuberosidade coxal. A parte cranial da base forma uma saliência dilatada que, à primeira vista, parece ser cega. A parte caudal da base funde-se imperceptível com o corpo do ceco. O corpo do ceco estende-se ventral e cranialmente sobre a parede do abdome, estando dorsolateralmente inserido na primeira parte do cólon pela prega cecocólica. O ápice do ceco é livre, geralmente apoiando no assoalho abdominal, à direita do plano mediano. O ceco possui quatro tênias longitudinais situadas nas faces dorsal, ventral, direita e esquerda sendo estas identificadas pela palpação retal O óstio íleo cecal esta situado na curvatura da base. O óstio cecocólico é lateral ao anterior. Conclusões: O ceco é de grande relevância no sistema digestório dos eqüinos, conhecer a anatomia do ceco é fundamental para a sua correta avaliação semiológica. Trabalho apresentado como: PÔSTER 13 BASES ANATÔMICAS DO TIMO DO CÃO 1 1 ROCHA, J. ; JULIANI, G. 1 FEAD Introdução: O timo é um órgão linfóide formado por massa irregular, comumente localizado no tórax. Cresce após o nascimento até atingir seu maior tamanho na puberdade, quando começa a regredir, sendo grande parte da sua substância substituída por tecido adiposo e fibroso. Sua principal função é a de maturar e selecionar linfócitos T tolerantes aos antígenos próprios do indivíduo. Objetivos: Conhecer a anatomia do timo, seu desenvolvimento e funções. Materiais e Métodos: Dissecações e revisão de literatura. Resultados: A maioria dos vertebrados possui timo, com localização torácica e funções semelhantes às do timo humano. Há ainda evidências de que os mamíferos possua timos supra-numerários, localizados em posição cervical. Nos cães o timo é um órgão cinza-amarelado pálido localizado amplamente no espaço mediastínico pré-cardial, entre os dois pulmões, onde sua extremidade caudal é moldada na superfície cranial do pericárdio, enquanto que cranialmente pode estender-se por fora do primeiro par de costelas ventralmente à traquéia. A porção torácica esquerda é normalmente maior do que a direita. A porção cranial é fina e estreita. O suprimento sanguíneo envolve as veias e artérias torácicas internas. O suprimento nervoso provém de ramos do tronco vagossimpático. Nos animais adultos, o timo encontra-se rudimentar com forma e tamanhos variados. A complexa ultra-estrutura do timo é importante para o desenvolvimento de linfócitos T auxiliares na formação de células imunocompetentes e de anticorpos. Conclusão: Se Conhece as funções do timo há pouco mais de 40 anos e há muito ainda a se descobrir acerca de particularidades anatômicas de sua estrutura. A compreensão de seu desenvolvimento e estrutura macro e microscópica é de fundamental importância no entendimento de suas funções e associação com as doenças auto-imunes. Trabalho apresentado como: PÔSTER CAMPOS E EIXOS VISUAIS 1 1 1 PINHO, S. M. S. ; FERREIRA, R. F. ; BARBOSA, E. B. 1 FEAD Introdução: O órgão da visão é constituído pelo globo ocular, nervo óptico e estruturas anexas – músculos oculomotores, pálpebras, conjuntiva e aparelho lacrimal. A maioria destas estruturas é mantida na órbita que, deste modo, funciona como alicerce para o olho e suas partes constituintes. Ao analisar a posição do globo ocular com relação à linha média e em relação ao outro olho conclui-se que a sua posição varia entre as espécies de acordo com suas necessidades funcionais. Objetivos: Descrever e correlacionar os campos e eixos visuais com as características funcionais das diferentes espécies. Material e Métodos: Revisão de literatura baseada em artigos científicos e livros de anatomia veterinária e oftalmologia. Resultados e Conclusões: A posição anatômica dos olhos exerce grande influência na amplitude da visão. Nas espécies predadoras os olhos são mais frontais, o que caracteriza um eixo visual mais próximo ao paralelo. Estes animais possuem um maior campo de visão binocular (área onde há sobreposição dos campos visuais). Nesta região a percepção de profundidade está aumentada e há maior coordenação de movimentos corpóreos que permite maior concentração em objetos próximos, o que torna estes animais aptos a calcular a distância exata da caça. Em espécies que são caçadas (herbívoros), os olhos estão posicionados mais o lateralmente indicando eixos visuais divergentes e um campo visual total próximo de 360 . A amplitude do campo visual permite uma visão panorâmica do ambiente, fazendo com que estes animais estejam cientes de uma grande região em seus arredores. No entanto, a capacidade de visão binocular é relativamente pequena, tendo em vista que a noção de profundidade não é tão importante quanto à visão completa, pois estas espécies estão mais interessadas em evitar os predadores do que em caçar. Trabalho apresentado como: PÔSTER . 14 CÉLULAS β PANCREÁTICAS E SUA RELAÇÃO COM O DIABETES MELLITUS INSULINO DEPENDENTE EM ANIMAIS DOMÉSTICOS 1 1 MELO, M. L. D ; GUEDES, M. I. M. C. 1 FEAD Introdução: O pâncreas é um órgão em forma de “V” situado externamente ao longo do duodeno. É uma glândula mista e sua porção endócrina é formada pelas Ilhotas de Langerhans que são constituídas por quatro tipos celulares, as células alfa (α), beta (β), delta (δ) e F. As células β correspondem a 60-80% das ilhotas e são responsáveis pela secreção de insulina. Este é o principal hormônio anabólico dos mamíferos, possuindo duas funções importantes: estímulo do metabolismo de carboidratos e lipídeos e transporte de glicose através das membranas plasmáticas das células sensíveis a insulina como células adiposas e da musculatura esquelética. Objetivo: Ressaltar a relação entre distúrbios pancreáticos e o diabetes mellitus insulino dependente (DMID) (tipo I) em animais domésticos. Material e Métodos: Foi feita uma revisão de literatura sobre o assunto (DMID). Resultados e Conclusão: O DMID é um distúrbio relativamente especifico envolvendo as células β, caracterizado pela diminuição dos níveis de insulina. É uma doença de grande importância na medicina veterinária, afetando de 0,5 a 1,5 % dos cães, sendo também descrita em felinos, bovinos, suínos e ovinos. A DMID é uma doença multifatorial, podendo ser causada por pancreatites agudas ou crônicas, predisposição genética, intoxicações e infecções virais, que resultam na destruição das células β, as quais apresentam pouca capacidade de regeneração. A perda da função das células β é irreversível e torna obrigatória a terapia de reposição de insulina a longo prazo para manter o controle glicêmico. Para garantir a qualidade de vida do animal com DMID é necessário o comprometimento do proprietário, devendo estar ciente que este animal necessitará de tratamento com insulina para o resto da vida. Trabalho apresentado como: PÔSTER CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS DA OSTECTOMIA DA CABEÇA E COLO FEMORAIS EM CÃES COM DISPLASIA COXOFEMORAL 1 1 1 1 1 ASSIS, V. P. ; REIS, F. S. ; MAGRO , A. G. ; LAMONIER, A. R. 1 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Unidade Betim Introdução: Em cães a displasia coxofemoral (DCF) é uma enfermidade poligênica de natureza quantitativa, multifatorial, mais comum em cães de portes médio, grande ou gigante e principalmente em animais que apresentam um crescimento muito rápido. Caracteriza-se pela má formação da articulação coxofemoral, predispondo ao animal dor e claudicação, sendo necessárias muitas vezes intervenções cirúrgicas. Objetivos: Apresentar e esclarecer as considerações anatômicas importantes para o procedimento da ostectomia da cabeça e colo femorais (OCF) como tratamento não conservativo da displasia coxofemoral. Materiais e métodos: Revisão de literatura. Resultados e conclusões: Os procedimentos cirúrgicos comumente empregados são a ostectomia pélvica, substituição total da articulação coxofemoral (prótese), miectomia do pectíneo e OCF. Esta última pode ser utilizada tanto em pacientes jovens quanto em idosos nos quais o tratamento conservador falhou, quando já está instalada doença articular degenerativa ou quando restrições financeiras impedem os métodos alternativos de intervenções cirúrgicas. Nesse procedimento, a dor é eliminada pela remoção do contato ósseo entre o fêmur e a pelve, à medida que um tecido de cicatrização se interpõe. Em pacientes maduros o espessamento da cápsula articular é bem pronunciado. Para obter a exposição adequada da cabeça e colo femorais, o músculo vasto lateral deve ser liberado e rebatido em sentido ventral. Com freqüência, cabeça e colo femorais são pequenos e deformados. Para proceder à OCF, nestes pacientes a juntura do colo e eixo femorais devem ser claramente visualizados. Em pacientes jovens, o ligamento redondo pode encontrar-se íntegro e deve ser cortado, quase sempre ausente quando idosos. Conclui-se, portanto que o conhecimento anatômico é importante para que seja realizada uma adequada técnica operatória a fim de se evitar complicações funcionais pós-cirúrgicas. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA 15 CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS DO OVÁRIO EQÜINO 1 1 GUEDES, L. ; JULIANI, G. 1 FEAD Introdução: As particularidades anatômicas e características reprodutivas da égua tornam a espécie eqüina objeto de grande interesse, instigando alunos e mesmo profissionais a praticarem a palpação transretal para o acompanhamento folicular. Objetivos: Conhecer a anatomia do ovário na espécie eqüina. Matérias e Métodos: Dissecação do ovário e revisão de literatura. Resultados: Os ovários da égua tem formato de grão de feijão com aproximadamente 7 a 8 cm de comprimento e 3 a 4 cm de espessura. Cada ovário apresenta, para descrição, duas superfícies (medial e lateral), duas bordas (mesovária ou inserida e livre) e duas extremidades (cranial ou tubárica e caudal ou uterina). A extremidade uterina do ovário está ligada à extremidade do corno do útero pelo ligamento próprio do ovário, uma faixa de músculo liso incluída entre as camadas do ligamento largo. Os ovários são órgãos pares, situados na região sublombar, normalmente ventrais à quarta ou quinta vértebra lombares, estando em contato com a parede lombar do abdômen. As artérias do ovário são derivadas da artéria ovariana. As veias são calibrosas e numerosas, formando um plexo semelhante ao do folículo espermático. O ovário é recoberto pelo peritônio, exceto na borda inserida onde os vasos e nervos penetram. A borda livre é marcada por uma depressão, a fossa da ovulação, local de liberação do ovócito, devido à peculiaridade do ovário da égua, que é a inversão das camadas medular e cortical do ovário. Na égua, o corpo lúteo formado após a ovulação é incluso, não se projetando na parede do ovário, como observado na vaca. Conclusão: O ovário eqüino possui relação inversa entre cortical e medular, originando a fossa da ovulação. A posição dos ovários é inconstante dado à modalidade de inserção. Conhecer a anatomia do ovário e de suas estruturas correlatas é fundamental para realizar do exame transretal deste. Trabalho apresentado como: PÔSTER CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS E APLICABILIDADE CLÍNICA DO DENTE DE LOBO 1 1 LOTT, R. ; JULIANI, G. 1 FEAD Introdução: Dente de lobo é um termo utilizado para designar o primeiro pré-molar dos eqüinos. Este dente não se desenvolve na maioria das vezes e, quando presente, é rudimentar e restrito à maxila. Embora sem significado funcional, é potencialmente prejudicial, pois pode desviar-se sob a pressão da mordida ou da embocadura e, assim, irritar a gengiva provocando traumatismos. Objetivos: Descrever sobre o dente de lobo e sua importância na clínica eqüina. Material e métodos: Revisão bibliográfica em artigos científicos e livros. Resultados: Os dentes dos eqüinos segundo a ordem rostro-caudal são denominados de incisivos, caninos, pré-molares e molares. Os eqüinos apresentam dezesseis dentes pré-molares, separados em quatro fileiras, sendo quatro em cada hemi-arcada. O primeiro dente pré-molar superior é usualmente denominado de dente de lobo, e se localiza rostralmente ao segundo pré-molar. Na maioria dos eqüinos, o dente de lobo está ausente, principalmente o inferior. Os dentes de lobo são relativamente pequenos, vestigiais e encontrados anterior ou anterior-medial às bordas anteriores dos primeiros pré-molares maxilares. Seu caráter vestigial é justificado devido às alterações na dieta que reduziu a oclusão, e tornou a mastigação restrita em algumas partes da arcada dentária. Ocasionalmente eles são encontrados na maxila inferior bem antes dos primeiros pré-molares mandibulares, como também podem ser encontrados crescendo cranialmente, embaixo do tecido gengival da maxila superior entre os primeiros pré-molares maxilares e os dentes caninos além de, algumas vezes ficarem oculto na gengiva (dente de lobo cego ou impactado). Conclusões: O dente de lobo, embora sem significado funcional freqüentemente provoca lesões na gengiva e queda no desempenhos dos eqüinos. A exodontia do primeiro pré–molar é indicada para melhorar a qualidade de vida e saúde do animal, principalmente do cavalo atleta; proporcionando alívio da dor e o fim do estresse durante o trabalho e alimentação. Trabalho apresentado como: PÔSTER 16 DE HUMANI CORPORIS FABRICA: GRAVURA 22 1 1 ROCHA , J.; JULIANI , G. 1 FEAD Introdução: Em 1543, o belga Andreas Vesalius, uma das personalidades mais importantes para a ciência e medicina durante o Renascimento, criou seu mais renomado trabalho; De Humani Corporis Fabrica, tido como a maior contribuição isolada às ciências médicas. Dentre as diversas ilustrações do livro, a gravura 22 ajudou a projetar não somente a obra como a própria medicina neste período. Objetivos: Ressaltar a importância do conhecimento histórico da anatomia, justificada pelo uso e adaptação da imagem do livro De Humani Corporis Fabrica como ilustração da I Jornada Acadêmica de Anatomia Veterinária Aplicada. Materiais e Métodos: Revisão bibliográfica da vida de Andreas Vesalius e de sua obra baseada em livros que citam a história da Anatomia. Resultados e Conclusões: Vesalius expôs, de forma magnífica, seus conhecimentos de anatomia e sua capacidade didática, sendo ele o primeiro a contestar as verdades de Galeno e revolucionar a ciência moderna. Ainda hoje é considerado o precursor da Anatomia Moderna por publicar descobertas que destruíram conceitos arcaicos e por introduzir a metodologia de observação direta dos fenômenos naturais. Graças a esta obra-prima, é hoje tido como um dos grandes descobridores da história da medicina, junto a Hipócrates e Galeno. A gravura 22 do livro De Humani Corporis Fabrica, realizado em xilogravura retrata um desenho do aspecto lateral dos ossos do corpo bem como a base do crânio, onde o esqueleto repousa sua mão sobre o crânio. O desenho do esqueleto apresenta-se de forma extremamente natural, apesar dos erros de proporções ósseas. Na versão original desta gravura estava escrito, na parte lateral do túmulo, o seguinte epitáfio: “Vivitur ingenio, caetera mortis erunt” (O gênio vive para sempre, tudo o mais é mortal). O esqueleto junto ao túmulo, em seu monólogo, constitui, talvez, a figura mais admirada da série de gravuras vesalianas referente ao estudo dos ossos. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA E PÔSTER DENTIÇÕES DAS SERPENTES BRASILEIRAS 1 1 1 1 CARVALHO, V. S. ; BORGES, F. S. ; MARQUES, L. M. O. ; SILVA JUNIOR, P. G. P. 1 FEAD Introdução: As serpentes surgiram sobre a face da Terra há cerca de 130 milhões de anos e desde então sofreram inúmeros processos adaptativos que permitiram sua inserção em diversos habitats. O Brasil é o país que apresenta a maior biodiversidade, refletida nas diversas espécies de serpentes. Entre os seus critérios de diferenciação destaca-se o tipo de dentição, que é utilizada para avaliar o risco potencial contra a saúde de homens e animais. Objetivo: Classificar morfologicamente os tipos de dentição das serpentes brasileiras. Material e Métodos: Revisão de literatura baseada em artigos científicos e livros de anatomia e toxicologia veterinárias. Revisão de Literatura: As serpentes brasileiras apresentam quatro tipos de dentições. Na dentição áglifa, presente nos boídeos e alguns colubrídeos, não existem dentes maxilares diferenciados, todos são maciços e desprovidos de sulcos inoculadores de veneno. Na dentição opistóglifa, comum de alguns colubrídeos, destaca-se um ou mais pares de dentes maxilares posteriores e fixos, que possuem um sulco por onde escorre o veneno. As serpentes proteróglifas, origináriamente elapídeos, são aquelas que possuem um par de dentes maxilares anteriores, maiores, fixos e com sulcos profundos. Não dão botes e injetam o veneno por meio de mordidas. As serpentes solenóglifas apresentam um par de dentes maxilares anteriores grandes e caniculados, além daqueles de reposição. Por meio deste aparato, os viperídeos dão botes e inoculam o veneno. Trabalho apresentado como: PÔSTER 17 DESCRIÇÃO ANATÔMICA DAS VEIAS CAUDAIS VENTROLATERAL E DORSOLATERAL DE BÚFALOS (Bubalus bubalis) PARA REALIZAÇÃO DE PUNÇÃO VENOSA PERCUTÂNEA 1 1 PEREIRA, P.A.C. , AMARAL F.R. 1 Universidade Presidente Antônio Carlos – Bom Despacho Introdução: Uma das principais aplicações da punção venosa percutânea na prática veterinária é a obtenção de amostras de sangue para análises laboratoriais. O local de punção varia de acordo com a espécie. Nos búfalos, para a obtenção de maiores volumes de sangue, utiliza-se a veia jugular externa, a veia epigástrica cranial superficial e a veia caudal ventral. A prática de campo dos buiatras, especialistas em búfalos, demonstra que a transposição dos locais de punção venosa dos bovinos para os bubalinos não pode ser feita, pois diferenças anatômicas e comportamentais entre as espécies dificultam a coleta do material e expõe o profissional a um risco elevado acidentes. Objetivos: Descrever a anatomia topográfica e a técnica de punção venosa percutânea nas veias caudais ventrolaterais e dorsolaterais de búfalos (Bubalus bubalis). Descrição da técnica: O estudo anatômico das veias da cauda dos búfalos foi realizado em peças de frigorífico. As peças foram comparadas com peças de bovinos na mesma condição corporal. Para a punção venosa, foram utilizados quatro búfalos fêmeas, com escore corporal 8. Para a punção os animais foram contidos individualmente e foram utilizadas agulhas Vacutainer® calibre 22, adaptador de agulhas Vacutainer® e tubos de vácuo sem anticoagulante. Após a identificação das veias caudais ventrolaterais foi realizada a punção venosa demonstrativa, comprovando a grande facilidade de coleta sangüínea na referida veia Conclusão: O calibre das veias caudais ventrolaterais e dorsolaterais de búfalos foram maiores que as de bovinos nas mesmas condições físicas. A técnica em búfalos é de fundamental importância para os buiatras, por possibilitar uma rápida coleta de sangue, com redução dos riscos e de acidentes e conforto para o paciente. Trabalho apresentado como: PÔSTER DESENVOLVIMENTO FOLICULAR EM ÉGUAS 1 1 1 LAGE, G. P. ; SILVA, C. L. A. ; OSORIO, J. P. 1 Escola de Veterinária - Universidade Federal de Minas Gerais. Introdução: O desenvolvimento folicular em éguas apresenta vários estádios: recrutamento; seleção; dominância e atresia dos folículos subordinados. Objetivo: Este trabalho objetiva descrever aspectos da dinâmica folicular em éguas. Revisão de Literatura: os ovários raras vezes deslocam-se das posições onde ocorre sue desenvolvimento inicial e comumente situam-se na parte dorsal do abdome em posição, cranioventral às asas ilíacas e próximas ao nível da quinta vértebra lombar. Cada ovário está suspenso por um mesovario, espesso, que lhe permite amplitude considerável na sua posição. Os ovários na égua podem medir de 8 a 10cm, aproximadamente, em seu eixo longitudinal. Sua margem livre e profundamente denteada, formando a fossa da ovulação, local onde ocorre a ruptura dos folículos maturos. Éguas, geralmente apresentam uma ou duas ondas foliculares durante os 21-22 dias do ciclo estral. A definição de onda folicular maior se aplica ao conjunto de folículos que inicialmente exibe crescimento sincronizado, sucedido pelo crescimento de um ou dois folículos. Divide-se em onda primária e onda secundária. A primária inicia-se na a metade do diestro e dá origem ao folículo ovulatório (>35mm). A secundária emerge no início do estro e usualmente resulta na formação de grandes folículos anovulatórios (≈20 mm). Finalmente ondas que não apresentam folículos dominantes, classificadas como ondas menores. Além da participação das gonadotropinas outros hormônios são importantes no processo da dinâmica folicular em éguas dentre os quais se destaca a progesterona, estrógeno, inibina, activina, foliculoestatina, e hoje em dia o mais importante no processo de proliferação e diferenciação das células da teca e granulosa, o IGF-1. Conclusão: A dinâmica folicular em éguas é um processo complexo que envolve muitos fatores endócrinos e intrafoliculares que ainda precisam ser melhor compreendidos. Trabalho apresentado como: PÔSTER 18 DETERMINAÇÃO DA IDADE DE CÃES ATRAVÉS DA ANÁLISE DOS GRUPOS DE CAMADAS DE CRESCIMENTO DA DENTINA 1 1 LISBOA, M. C. M. F. ; BARBOSA, E. B. 1 FEAD Introdução: Determinar a idade dos animais é uma necessidade freqüente em biologia. Revisão de Literatura: Enfatizar a importância e relatar a determinação da idade de cães através da avaliação dos GCC. Para os mamíferos, muitas tentativas foram realizadas. Porém, “estimar” é desaconselhável, tendo em vista que o desenvolvimento de cada animal é individual (distinto), pois depende da condição de vida, da raça, do estado nutricional, do desenvolvimento e da hereditariedade de cada um. O exame dos dentes continua sendo o método mais utilizado nesta estimativa. Entretanto não é uma forma precisa para se determinar a idade de um cão. Os dentes são constituídos por três tecidos: esmalte, dentina e cemento. A dentina constitui o principal volume de substância do dente e apresenta deposição contínua ao longo da vida. Estudos realizados com dentes de cetáceos demonstraram que esta deposição de dentina forma camadas de crescimento que podem indicar a idade. Mais recentemente, esta análise foi proposta para cães e demonstrou haver correlação entre os grupos de camadas de crescimento da dentina (GCC) com as diferentes faixas etárias. A técnica consiste no desgaste de dentes incisivos em lixas d’água com posterior desmineralização em ácido fórmico e coloração com hematoxilina de Meyer.. Resultados e Conclusões: A determinação da idade é uma informação importante na elaboração de trabalhos científicos. Entretanto, nem sempre esta determinação é fácil, especialmente em cães não domiciliados ou peridomiciliados. Sabese que o número de camadas corresponde ao tecido acumulado durante um ano, e novos estudos utilizando-se um maior número de animais permitirão correlacionar os GCC com as diferentes faixas etárias de cães. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA DIAGNÓSTICO DAS DEFORMIDADES FLEXURAIS EM EQUINOS 1 1 1 SILVA, N. R. ; SANTOS, L. D. ; MARVAL, C. A. 1 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Betim Introdução: Deformidades flexurais representam a inabilidade dos animais em estender os membros completamente ou manter a articulação no seu posicionamento anatômico, no qual os tendões flexores são apontados como principais responsáveis. São classificadas como congênitas ou adquiridas. As congênitas ocorrem durante desenvolvimento embrionário, causadas por mau posicionamento uterino, fatores nutricionais, ou características genéticas. Já as adquiridas, podem ser causadas por qualquer manifestação relacionada à dor, manejo nutricional deficiente, caracterizado por uma alimentação excessiva ou por rações desequilibradas, somados ao trauma e a falta de exercício. Podem estar envolvidas diversas estruturas anatômicas, como o aparelho suspensor, a cápsula articular, a fáscia, os ossos, a pele, o tendão flexor digital superficial (TFDS) e o tendão flexor digital profundo (TFDP). Objetivo: relacionar as estruturas anatômicas do aparelho locomotor de eqüinos, com o diagnóstico das deformidades flexurais e suas formas de tratamento. Materiais e Métodos: Revisão de liteatura. Resultado e Conclusão: A palpação dos tendões flexores combinado com a inspeção e exames radiográficos, ajudam a diagnosticar as estruturas envolvidas na afecção. Alterações no TFDS irão resultar em posicionamento vertical das articulações metacarpo ou metatarso-falangeanas; o TFDP irá promover elevação do talão, acometendo a articulação interfalangeana distal. Os TFDS e TFDP podem ser acometidos simultaneamente, assumindo o dígito um posicionamento vertical ou até mesmo a completa flexão do mesmo, incapacitando o animal de apoiar sobre o membro. Os animais acometidos podem ser submetidos à terapia clínica ou cirúrgica, ou associações. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA 19 DIAGNÓSTICO DE PATOLOGIAS OVARIANAS A TRAVES DA ULTRA-SONOGRAFIA 1 1 1 1 MIRANDA, D. A. ; SILVA, C. L. A ; SOUZA, F. A. ; OSORIO, J. P. 1 Escola de Veterinária - Universidade Federal de Minas Gerais. Introdução: Com a advinda e o desenvolvimento da ultra-sonografia a exploração da forma e função dos tecidos do trato reprodutivo da égua tornou-se mais detalhada. Objetivo: Descrever as principais patologias que acometem o ovário da égua. Materiais e método: revisão de literatura. Resultados e discussão: Os folículos e os corpos lúteos estão dispersos dentro da parte central do ovário. Estão inclusos dentro de um tecido conjuntivo denso ricamente vascularizado que cobre aquele que corresponde à medula do ovário. Uma mudança de cor marca o limite entre a cobertura da fossa da ovulação e o peritônio comum, que reveste o órgão. Dentre as patologias ovarianas destaca-se o tumor das células da granulosa por apresentar alta incidência levando a quadros clínicos de anestro, ninfomania e/ou virilismo, devido a transtornos endócrinos. Os tumores do epitélio germinativo, teratomas e disgerminomas, são caracterizados como benignos e malignos, respectivamente, sendo menos freqüentes e apresentando variedade de tecidos como dentário, cartilaginoso, ósseo, etc. Outra alteração comum é o hematoma ovariano devido à excessiva hemorragia no folículo ovulatório preenchendo a cavidade e distendendo demasiadamente o corpo hemorrágico. A persistência de um folículo anovulatório no período de transição que precede a estação de monta é considerada uma alteração transitória do ciclo estral, podendo regredir facilmente na maioria dos casos. Contudo, se há corpo lúteo persistente, isso pode, em alguns casos, tornar-se um problema mais sério, já que o animal não retorna a ciclar normalmente na estação de monta necessitando, desta maneira, de doses de PGF2∞. Conclusão: Com o conhecimento da anatomia topográfica e a utilização de uma ferramenta como o diagnóstico ultra-sonográfico é possível detectar alterações patológicas nos ovários da égua e, assim, realizar o diagnóstico diferencial para estabelecer o melhor tratamento. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA DISPLASIA DO OSSO OCCIPITAL 1 FERREIRA, L. A.¹; VALADARES, R, C. ¹FEAD Introdução: O osso occipital desenvolve-se de quatro centros: a parte escamosa, duas partes condilares e uma parte basilar. Presente no osso occipital está o forame magno. A displasia do occipital é uma alteração congênita do osso occipital, deixando o forame magno com formato semelhante a uma fechadura. Objetivo: Ressaltar a importância anatômica da região occipital, possibilitando um diagnóstico através de exames radiográficos. Materiais e métodos: Pesquisa em artigos científicos e livros de anatomia. Resultados e Conclusão: Apesar de rara e muitas vezes assintomática, a displasia de occipital é uma importante alteração presente em cães de raças pequenas. Esta afecção pode levar ao aparecimento de alguns sinais clínicos tais como: ataxia, alteração da pressão intracraniana, síncope e convulsões. Em todos os casos de alterações neurológicas em cães de raça miniatura, compatíveis com a displasia do occipital, deve-se realizar radiografia da região da nuca do animal, na tentativa de diagnóstico. Trabalho apresentado como: PÔSTER 20 EFEITOS DO AUMENTO DA PRESSÃO INTRA-OCULAR SOBRE A TÚNICA FIBROSA DO OLHO 1; 1 1 1 GANS, E. R. COSTA, C. O. ; LEITE, E. A. C. ; BARBOSA, E. B. 1 FEAD Introdução: O termo glaucoma refere-se a uma neuropatia óptica progressiva multifatorial, caracterizada pela morte de células ganglionares da retina, redução dos campos visuais e cegueira. Embora possa cursar com pressão intra-ocular (PIO) normal, a PIO elevada é seu principal fator de risco. Os efeitos causados pelo aumento da PIO dependem do tempo de evolução do glaucoma (agudo ou crônico) e da magnitude e duração do quadro clínico. Objetivo: Descrever os efeitos da PIO sobre a túnica fibrosa do olho (córnea e esclera). Material e Métodos: Revisão da literatura especializada. Resultados e Conclusão: Contrastando com o que ocorre em seres humanos adultos, o aumento de volume do bulbo ocular (buftalmia) pode ser observado em todas as espécies animais. O desenvolvimento da buftalmia pode ocorrer em poucos dias ou gradativamente durante meses. Nos casos crônicos, a esclera distende de forma irreversível tornando-se delgada e predisposta ao surgimento de estafilomas, principalmente na região equatorial do bulbo, por onde penetram os principais vasos sanguíneos, e na lâmina crivosa, na qual as fibras do nervo óptico deixam o olho. Na córnea observa-se aumento da espessura devido à formação de edema generalizado que resulta do desequilíbrio entre as forças de hidratação e desidratação do estroma causado pela alteração da função do endotélio corneano. Em casos agudos, o edema pode desaparecer após o retorno da PIO aos níveis normais. Porém, no edema crônico combinado com a buftalmia, ocorre prejuízo do reflexo de piscar dos olhos, aumentando a evaporação do filme lacrimal, o que torna a córnea mais exposta e suscetível ao aparecimento de ceratites ulcerativas. Pode haver ainda, vascularização superficial e profunda e posteriormente pigmentação do epitélio corneano. A distensão do bulbo ocular resulta freqüentemente em rupturas focais e lineares da membrana de Descemet (estrias de Haab’s), as quais são permanentes e patognomônicas de quadros de glaucoma. Trabalho apresentado como: PÔSTER ENDOMETRITE EM ÉGUAS SUSCEPTÍVEIS INDUZIDA APÓS COBERTURA 1 1 1 SILVA, C. L. A , SOUZA F. A. ; OSORIO, J. P. 1 Escola de Veterinária - UFMG Introdução: A endometrite eqüina é uma das mais importantes causas de subfertilidade e infertilidade que afeta, principalmente, éguas de idade avançada e pluríparas. Objetivo: Escrever os principais aspectos da fisiopatogenia de éguas susceptíveis a endometrite. Materiais e métodos: revisão de literatura. Resultados e discussão: O útero da égua possui um corpo grande e dois cornos divergentes. Os cornos tem aproximadamente 25cm de comprimento e encontra-se totalmente dentro do abdome. Ficam suspensos na parede dorsal do abdome pelos ligamentos largos, cujas extensões variam. o corpo uterino situa-se, em parte, dentro do abdome e dentro da pelve, e mais curto (20cm aproximadamente). A cérvix e mais curta e tem aproximadamente 6cm possui consistência mais firme, sua parte caudal projeta-se para dentro do lúmen da vagina, onde esta circundada por um espaço anular (fórnice) de profundidade mais o menos uniforme. A ocorrência de um processo inflamatório transitório é fisiológico na pós-cobertura, tendo como objetivo remover o excesso de espermatozóides, plasma seminal e contaminantes uterinos, tornandoo adequado para o recebimento do concepto. Éguas que falham nos mecanismos de limpeza da resposta inflamatória uterina pós-cobertura desenvolvem endometrite persistente que resulta em problemas na fertilidade. Dentre os processos mais importantes para a completa regulação da limpeza uterina estão envolvidas as imunoglobulinas, opsoninas, migração de neutrófilos e fagocitose, destacando-se entre os fatores mecânicos a dilatação cervical, a atividade miometrial e a drenagem linfática. Em estudos realizados in vitro foi observado que o espermatozóide eqüino ativa o complemento presente na secreção uterina resultando na quimiotaxia mediada por C5a com conseqüente migração de polimorfonucleares ao lúmen uterino e ativação do sistema de imunoglobulinas. O C3b opsoniza bactérias e espermatozóides. Conclusão: É importante a compreensão dos mecanismos que regulam a limpeza uterina para assim poder determinar diagnósticos diferenciais para poder estabelecer o melhor tratamento. Trabalho apresentado como: PÔSTER 21 ESTUDO HISTOLÓGICO E PARASITOLÓGICO DO TRATO GASTROINTESTINAL DE CÃES NATURALMENTE INFECTADOS COM LEISHMANIA (L.) CHAGASI 1 2 PINTO, A.J.W. ; TAFURI W.L. 1 2 FEAD; Universidade Federal de Minas Gerais Introdução: O envolvimento do trato gastrointestinal (TGI) no calazar humano e canino tem sido relatado. Entretanto, poucas são as descrições das alterações patológicas relacionadas de forma sistemática com quadro clínico animal. Objetivos: Estudar de forma sistemática aspectos parasitológicos e histopatológicos, do TGI de cães naturalmente infectados por Leishmania (Leishmania) chagasi. Materiais e Métodos: Foram utilizados trinta cães, sem raça e idade definida, cedidos pela Prefeitura Municipal de Santa Luzia, Minas Gerais com exames sorológicos para Leishmania (RIFI e ELISA) separados em três grupos: Grupo I – Sintomáticos: dez cães positivos sintomáticos; Grupo II – Assintomáticos: dez cães positivos assintomáticos; Grupo III – Controle: dez cães negativos para Leishmaniose. Para realização das necropsias os animais serão anestesiados e eutanasiados de acordo com o protocolo do Comitê de Ética de Experimentação Animal (CETEA) n°81/2007. Amostras d e estômago, duodeno, jejuno, íleo ceco, cólon serão fixadas em solução de formol tamponado a 10%, e preparados de acordo com técnicas rotineiras de histologia. Resultados: De acordo com resultados prévios, verfificou-se a presença de formas amastigotas em todos os segmentos do TGI estudados independente da forma clínica (sintomático e assintomático) dos animais. Entretanto, estudos correlacionando o grau de intensidade das alterações histológicas com parasitismo ainda não foram realizados. Assim, estes parâmetros estão sendo avaliados utilizando uma técnica morfométrica. As lâminas histológicas encontram-se em análise qualitativa e quantitativa. A lâmina própria das regiões de ceco e cólon foram evidenciadas com maior carga parasitária até o momento. Não encontramos lesões intensas, ulcerativas ou necróticas nos segmentos. Conclusão: O intenso parasitismo observado no TGI independe da forma clínica (assintomáticos e sintomáticos) dos animais. Esses resultados sugerem a existência de regulação imunológica no microambiente intestinal, mais precisamente na mucosa de todo TGI canino. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA HIPOSPADIA PERINEAL ASSOCIADA À MÁ FORMAÇÃO PREPUCIAL E BIPARTIÇÃO ESCROTAL EM UM CÃO 1 1 FERREIRA, L. A. ; SAVASSI- ROCHA, G. L. ¹FEAD Introdução: Trata-se de um cão da raça pastor alemão, de 07 meses de idade, com alterações anatômicas compatíveis com hipospadia perineal - anomalia congênita que acomete com maior freqüência na espécie canina. Objetivo: trazer o conhecimento do caso aos profissionais da área e ressaltar a importância do estudo da anatomia da região, facilitando assim o diagnóstico desta rara afecção. Materiais e métodos: relato de caso de um animal da raça pastor alemão com hipospadia, artigos científicos e livros de anatomia. Resultados: A uretra no macho se divide em duas partes: a primeira porção tem início no orifício uretral interno e vai até o colículo seminal, onde se tem o início da segunda porção da uretra que finda no orifício uretral externo, localizado na glande do pênis. No caso da hipospadia, o orifício uretral externo abre-se ventral e caudalmente a sua posição habitual. Isso ocorre devido à falha das dobras e inchaços genitais em se fundirem durante o desenvolvimento fetal, o que acarreta má formação da uretra. A hipospadia pode ser classificada como glandular, peniana, escrotal, perianal ou anal, de acordo com a localização da abertura uretral. Outras anomalias congênitas podem ocorrer, tais como: desenvolvimento anormal da uretra peniana, pênis, prepúcio e/ou escroto. Também pode se acompanhar a hipoplasia da uretra no corpo cavernoso. Conclusões: Após avaliação clínica e ultrasonográfica, foi confirmada hipospadia que foi classificada como perianal, assim como a bipartição escrotal, sendo realizada a amputação peniana e orquiectomia do animal. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA 22 INFERTILIDADE NO GARANHÃO 1 1 1 1 FERRAZ, C. D. ; SILVA, C. L. A ; OSORIO, J. P. ; SOUZA, F. A. 1 Escola de Veterinária - Universidade Federal de Minas Gerais Introdução: Problemas de infertilidade acarretam grandes desafios na medicina eqüina, devido a que os proprietários não possuem um histórico completo e detalhada da alteração do animal, os garanhões são vendidos a outros proprietários, e o controle da eficiência reprodutiva das éguas e realizada de uma maneira errônea, em geral o manejo da propriedade e ineficiente. Objetivo: O presente trabalho objetivou descrever as principais causas de infertilidade no garanhão. Materiais e métodos: revisão de literatura. Resultados e discussão: Dentre os órgãos reprodutivos pélvicos do garanhão podemos observar a uretra pélvica, diretamente sobre a sínfise pélvica. O comprimento e aproximadamente 6cm, sendo seu lúmen estreito. Os ductos deferentes penetram na parede uretral próximos à origem da uretra a partir da bexiga. Cada um deles une-se a ao ducto da glândula vesicular vizinha, formando uma passagem comum, o ducto ejaculatório. As vesículas seminais são de característica piriforme, e superfície lisa. Cada uma contida dentro da prega genital. A próstata firme e lobulada em grande parte retroperitoneal e totalmente compacta. Consiste em dois lobos laterais unidos por itsmo estreito que cruza a face dorsal da uretra, próximo ao colo da bexiga. Existem varias condições associadas com baixa fertilidade do garanhão, tais como: 1) manejo inadequado; 2) uso indiscriminado de estroides anabólicos; 3) doenças patológicas e Infecções virais: EHV tipo 3; Artrite viral eqüina EVA; 4) Infecções bacterianas Streptococci spp., Klebsiella spp., and Pseudomonas spp. Pseudomonas aeruginosa, Taylorella equigenitalis (MEC); 5) Parasitas Habronemoses. Dentre outros distúrbios não patológicos destacan-se principalmente alterações comportamentais. Outras abnormalidades escrotais e penianas são comuns nos garanhões hidrocele, hérnia inguinal, hérnia inquino escrotal em muitos casos grave e fatal, fimose, parafimose, balanites, balanopostites. Conclusão: Alterações do trato reprodutivo do garanhão podem ser diagnosticadas a tempo e realizados tratamentos adequados e assim resultar no retorno com sucesso à fertilidade. Trabalho apresentado como: PÔSTER INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL EM EQUINOS 1 1 1 1 SANTOS, A. B. S. ; RESENDE, R. V. ; TRINDADE, T. F. ; VALADARES, R. C. 1 FEAD Introdução: A intubação orotraqueal consiste na introdução de uma sonda endotraqueal dentro da traquéia através da boca. Tendo como finalidade manter uma livre passagem de ar, prevenir aspiração de secreções, administrar anestésicos inalatórios e controlar a ventilação. Objetivos: Descrever a técnica de intubação orotraqueal em eqüinos. Materiais e métodos: Revisão de literatura e pesquisa em artigos científicos. Resultados: A intubação dos equinos pode ser realizada basicamente por duas técnicas; a nasotraqueal ou orotraqueal. Na intubação orotraqueal às cegas, após a indução anestésica intravenosa, deve-se colocar o animal em decúbito lateral esquerdo. Tracionar a cabeça para frente e para cima de maneira a alinhá-la ao dorso do animal. Colocar o abridor de boca e tracionar a língua para o lado. Introduzir a sonda lubrificada pela boca até a orofaringe, aguardar o movimento de inspiração do animal, neste momento a laringe se abre pelo movimento das cartilagens laringeas e então avança-se a sonda pela laringe até a traquéia. Para constatar que o animal realmente está intubado deve-se observar se há fluxo de ar saindo da sonda. Se houver, o tubo encontra-se na traquéia e o cuff poderá ser insuflado, finalizando a intubação. As sondas endotraqueais utilizadas para a intubação de eqüinos podem ser retas ou curvas, com paredes rígidas e lisas, podendo ser encontradas com ou sem cuff, com diâmetro variando de 12 a 40 milímetros e o comprimento de mais ou menos 1 metro. Conclusão: A intubação orotraqueal às cegas pode ser facilmente executada em eqüinos. Trabalho apresentado como: PÔSTER 23 LINFONODO AXILAR DA PRIMEIRA COSTELA DOS SUÍNOS ARTRÍTICOS: INSPECIONAR OU NÃO? 1 1 FRANCO, E. M. ; BARBOSA, E. B. 1 FEAD Introdução: As causas mais comuns de suínos desviados para o Departamento de Inspeção Final (DIF) são as artrites não infecciosas, seguida das artrites infecciosas e das artrites traumáticas. Mesmo que as articulações dos membros torácicos tenham o predomínio da artrite não infecciosa, nelas pode ocorrer a artrite infecciosa causada pelos agentes Erysipelotrix rusiopathiae seguido pelo Mycoplasma hyosynoviae tornando o linfonodo axilar da primeira costela reativo. Nas Normas Técnicas de Instalações e Equipamentos para Abate e Industrialização de Suínos, esta incluso na papeleta de anotação "post-mortem" a incisão do linfonodo axilar da primeira costela. Entretanto, seu acesso é difícil devido sua localização anatômica. Encontra-se cranial à primeira costela, lateral ao timo e ventral aos vasos axilares. Com isso sua inspeção é realizada apenas no DIF em suínos desviados com suspeita de artrite. Objetivo: Descrever a importância da inspeção dos linfonodos axilares da primeira costela dos suínos artríticos no abatedouro. Materiais e métodos: Revisão literária baseada em artigos científicos relacionados com o tema e livros de anatomia veterinária. Resultados e conclusões: Nem ao final da linha de abate, onde as carcaças são serradas ao meio, o que facilita a visualização do linfonodo axilar da primeira costela, sua inspeção é realizada. Como o exame deste linfonodo não é obrigatório, carcaças que poderiam ser encaminhadas para consumo humano têm o aproveitamento condicional ou condenação total, acarretando prejuízos. O melhor método para o diagnóstico de artrite infecciosa ou não-infecciosa nos membros torácicos dos suínos nos abatedouros é através da inspeção dos linfonodos axilares da primeira costela. A inclusão deste linfonodo à linha de inspeção deveria ser obrigatória, uma vez que sua avaliação poderia evitar prejuízos ao produtor e aumentaria a oferta do produto para o consumidor final. Deste modo, são necessários mais estudos para avaliação da qualidade da carne de suínos com artrite não infecciosa. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA LÍQUIDO CÉFALORRAQUIDIANO: PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO NO SITEMA NERVOSO CENTRAL 1 1 1 AGUIAR, D. P. ; BARRETO, A. M. ; VALADARES, R. C. 1 FEAD Introdução: O Líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor é um fluido corporal estéril e de aparência clara que ocupa o espaço subaracnóideo no cérebro. É uma solução salina muito pura, pobre em proteínas e células, e age como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal. Objetivo: Descrever os fatores relacionados à formação, circulação e absorção do líquido cefalorraquidiano, juntamente com o comportamento da pressão intra-ventricular, frente às grandezas físicas envolvidas. Materiais e Métodos: Revisão em livros de anatomia e fisiologia veterinária. Resultados: O líquor flui através de fendas estreitas que comunicam todos os ventrículos cerebrais entre si e se exterioriza, no sistema nervoso central, por orifícios (forâmes) localizados no tronco cerebral. O LCR recobre a medula espinhal, circulando até sua parte mais inferior e retornando para ser absorvido na concavidade cerebral por seis veias especializadas que lançam o LCR na corrente sanguínea. Conclusão: A produção e circulação do LCR é de suma importância para o entendimento do sistema nervoso central, além de possibilitar sua coleta para análises laboratoriais. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA 24 LONGISSIMUS DORSI E A QUALIFICAÇÃO DE CARCAÇAS BOVINAS ALVES, R. J. DA C.¹; PROCÓPIO, A. M.¹ ¹FEAD Introdução: O Brasil é um país com extenso território agrícola, explorado para produção de grãos e produção pecuária, possuindo o maior rebanho comercial de bovinos do mundo. De acordo com (BARBOSA, 1997; CERVIERI, 2006) os sistemas de produção, englobam a utilização dos recursos genéticos e ambientais disponíveis e das práticas de manejo adotadas, bem como das interações entre estes componentes, de acordo com os objetivos do ponto de vista econômico e biológico. As carcaças nos frigoríficos brasileiros são remuneradas pelo seu peso (TONINI, 2005), que podem ter rendimentos variados, de acordo com alguns fatores como raça, sexo, idade, alimentação e acabamento do animal. De acordo com Luchiari Filho (2000) (Citado por Cervieri, 2006), um dos critérios para a avaliação de carcaças é a verificação da musculosidade e acabamento, que tem como parâmetro a avaliação da Área de Olho de Lombo (AOL), e espessura de gordura subcutânea (ECG), correspondentes à seção transversal do músculo Longissimus dorsi na região correspondente à 12ª e 13ª costelas. Além da musculosidade, outro parâmetro utiliza como referência o Longissimus dorsi, a gordura intramuscular (Marmoreio), característica relacionada ao sabor e suculência, Segundo Silveira (2007), as duas características mais importantes na carne na visão do consumidor são a Aparência – coloração vermelho cereja – e Palatabilidade – maciez e sabor. Objetivo: O Objetivo desse trabalho é fazer um levantamento, na literatura, sobre parâmetros de qualidade de carcaça bovina correlacionados ao músculo Longissimus dorsi. Materiais e Métodos: O tema foi abordado através da revisão de literatura de artigos científicos, revistas-web e anais de congressos. Resultados e Conclusão: É extremamente importante avaliar o músculo Longissimus dorsi uma vez que, o produto final da bovinocultura de corte é a carcaça, que dependendo dos fatores genéticos, nutricionais e processamento pós-abate, terão diferentes atributos qualitativos, sendo destinada para mercados específicos conforme padrões estabelecidos e suas exigências. Trabalho apresentado como: PÔSTER MECANISMOS DE ACOMODAÇÃO VISUAL 1 1 1 FERREIRA, R. F. ; PINHO, S. M. S. ; BARBOSA, E. B. 1 FEAD Introdução: Os componentes refrativos do olho são: a córnea, o humor aquoso, o cristalino (lente) e o corpo vítreo. Destes meios ou estruturas o cristalino é o principal responsável pela focalização da luz no plano retiniano. Este processo definido como acomodação visual é o responsável pela mudança do poder refrativo ou dióptrico do olho e resulta da mudança da forma do cristalino através de alterações em sua curvatura e espessura central. Objetivos: Descrever os mecanismos de acomodação visual. Material e Métodos: Revisão literária baseada em artigos científicos relacionados com o tema e livros de anatomia veterinária. Resultados e Conclusões: Quando o olho é regulado para visão à distância, encontra-se relaxado, e para visão próxima, em acomodação. O olho acomoda quando o músculo ciliar contrai reduzindo a tensão das zônulas lenticulares. Esta diminuição de forças provoca o aumento da distância entre o corpo ciliar e o equador do cristalino. Como conseqüência a cápsula do cristalino que possui característica elástica contrai, o que provoca o aumento do diâmetro antero-posterior e do poder óptico desta lente. Portanto, o ato de acomodação resulta da contração do músculo ciliar que reduz o diâmetro do corpo ciliar e relaxa a tensão zonular, ocasionando o aumento da espessura central do cristalino. Contudo, quando a musculatura ciliar está relaxada, a tensão sobre as zônulas é máxima, o cristalino está achatado no seu diâmetro ântero-posterior, o poder óptico é menor e o olho encontra-se relaxado para a visão à distância. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA 25 NERVO VAGO – X PAR DE NERVO CRANIANO FERREIRA, L. A.¹; VALADARES, R. C.¹ ¹FEAD Introdução: Dentre os doze pares de nervos cranianos o nervo vago (X) é o mais longo e maior nervo parassimpático do sistema nervoso autônomo. Suprindo a região da cabeça, cavidade torácica e abdominal onde se ramifica formando um plexo visceral. Objetivo: Mostrar de forma sucinta a trajetória do nervo vago no corpo das principais espécies domésticas a fim de se prevenir quanto a lesões e estímulos do nervo vago. Materiais e métodos: Consulta em livros de anatomia. Resultado: O nervo vago surge ventro lateralmente, no bulbo, entre o nervo glossofaríngeo (IX) e o nervo acessório (VII) deixando a cavidade craniana através do forame jugular. No segmento torácico ele transita ventralmente à artéria subclávia, penetrando no mediastino e ramificando-se em quatro ramos cardíacos que dão origem ao plexo cardíaco, que se bifurcam na altura da raiz pulmonar e se unem novamente próximo ao hiato esofágico e recebe o nome de segmento abdominal do nervo vago passando pelo hiato esofágico do diafragma, o tronco vagal dorsal e ventral recebe o nome de segmento abdominal do nervo vago. Uma vez na cavidade abdominal, ele se ramifica na forma de plexo, associando-se a fibras simpáticas, a fim de inervar todos os órgãos da cavidade abdominal. Conclusão: A anatomia do nervo vago é de suma importância para o entendimento da fisiologia animal, técnicas cirúrgicas entre outros procedimentos. Trabalho apresentado como: PÔSTER O TRÍGONO FIBROSO NO ESQUELETO CARDÍACO 1 1 ROCHA, J. ; JULIANI, G. 1 FEAD Introdução: O coração é um órgão situado no mediastino, tendo as funções de aspirar e impulsionar o sangue para todo o corpo. A musculatura das paredes atrial e ventricular está inserida no esqueleto cardíaco, que é composto de três partes: os anéis fibrosos, o trígono fibroso e o septo interventricular ou parte membranácea. Objetivos: Estudar a importância dos trígonos fibrosos na anatomia cardiovascular, indicando implicações patológicas decorrentes da má formação dos mesmos no desempenho do coração. Materiais e Métodos: Revisão de literatura em livros de Anatomia, Cardiologia, Histologia e sites da internet. Resultados e Conclusões: O trígono fibroso é um tecido conjuntivo denso e irregular que preenche o espaço entre as aberturas atrioventriculares e a base da aorta. Os trígonos fibrosos, direito (conhecido como corpo central fibroso) e esquerdo fazem parte de uma série de estruturas que compõem o esqueleto fibroso. O tipo de tecido conjuntivo do trígono fibroso varia com as espécies. A transformação do tecido conjuntivo denso e irregular em cartilagem e subseqüentemente em osso é possível nos animais domésticos e provavelmente é um processo dependente da idade. A princípio entendia-se o esqueleto fibroso como uma simples região entre as valvas cardíacas com a função de apoio aos feixes musculares; ou então como mero elemento separador das musculaturas atriais e ventriculares. Atualmente entende-se que os elementos componentes deste sistema têm estruturas e funções complexas no desempenho cardíaco, tendo grande importância não somente estrutural como funcional dado o seu posicionamento neste órgão, pois fornecem o substrato anatômico para a continuidade valvular mitroaórtica direta, fixando as válvulas aórtica, mitral e tricúspide, formando o maior e mais forte componente do esqueleto cardíaco. Dentre as principais patologias decorrentes de alterações ou má formação destas estruturas, citamos: Estenose Valvar Aórtica Calcificada, Prolapso da Valva Mitral ou Tricúspide, Calcificação Anular Mitral ou Tricúspide. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA E PÔSTER 26 OSTEOSARCOMA CANINO 1 1 2 RAGGI, F. ;MOHARA, S. ; BERSANO, P. R. de O. 2 ¹FEAD; UNESP – Botucatu Introdução: O osso é um órgão constituído por:cartilagem, tecido conjuntivo fibroso, gordura, tecido hematopoiético, células osteogênicas.Distingui-se em matriz orgânica (colágeno) e matriz mineral (fosfato de cálcio e magnésio).Dentre as funções dos ossos destacam-se: sustentação para tecidos moles, fonte de proteínas para órgãos vitais e alavanca para movimentos. Objetivo: O objetivo deste trabalho é enfatizar a relação da agressividade neoplásica com a sobrevida animal. Revisão de literatura: O osteossarcoma caracteriza-se pelo crescimento neoplásico interno à medula óssea na maioria dos casos, incitando a produção de osteóide maduro ou imaturo a partir de osteoblastos malignos que se estende e invade o periósteo e a fáscia profunda, podendo alcançar tecidos adjacentes. A região metafisafisária proximal do úmero, ulna e rádio distal, fêmur distal e tíbia proximal são os principais sítios neoplásicos. Os caninos mais afetados são em geral machos, de grande porte,com escala ascendente a partir do 7,5 aos 18 anos de idade. A neoplasia apresenta caráter altamente invasivo, destrutivo e de rápida disseminação. A doença metastática precoce é muito comum e ocorre através de via hematógena, sendo os pulmões, seguidos por rins, fígado, baço e o próprio esqueleto os órgãos mais acometidos. Os osteossaromas podem ser classificados como: pobremente diferenciado, osteoblástico, condroblástico, fibroblástico, telangectásicos e tipo células gigantes. Animais afetados geralmente tendem a apresentar claudicação e edema doloroso na área afetada. O diagnóstico citológico é limitado devido à rigidez dos tecidos, sendo portanto a biópsia da lesão o método diagnóstico preconizado. Radiograficamente tem-se osteólise, neoformações ósseas irregulares, áreas de esclerose medular e formação de triângulo de Codman. O tratamento preconizado é a amputação cirúrgica do membro e inibidores de COX 2 (Wolfeberger et al 2005). Conclusão: O osteossarcoma é uma neoplasia cuja intensa proliferação resulta em processo destrutivo que induz ao enfraquecimento, predispõe as fraturas patológicas e provoca dor intensa, sendo necessário um diagnóstico precoce e avaliação clínica para aumentar a sobrevida do animal visando o seu bem-estar. Trabalho apresentado como: PÔSTER PERSPECTIVAS VISUAIS EM FELINOS 1 1 1 1 LEITE, E.A.C. ; ROCHA, J.R.S. ; COSTA, C.O. ; BARBOSA, E. B. 1 FEAD Introdução: A sensação da visão pode ser atribuída a diversas características, dentre as quais se destacam a percepção de profundidade, a visão do campo visual e a habilidade de detectar luz e movimento. Ao analisar estes fatores, os felinos apresentam particularidades que lhes conferem uma visão aguçada. Objetivos: Discorrer sobre as características visuais dos felinos. Material e métodos: Revisão de literatura baseada em artigos científicos e livros de anatomia veterinária e oftalmologia. Resultados: Os felinos são animais caçadores que apresentam hábitos noturnos. Para auxílio de sua natureza predadora, eles apresentam olhos localizados na parte frontal da cabeça e dispostos de forma mais paralela, permitindo uma maior extensão do campo visual binocular. Nesta região os campos visuais dos dois olhos se sobrepõem e há uma maior percepção de profundidade. Entre os animais domésticos, os gatos provavelmente apresentam a visão noturna mais eficiente. São vários os fatores que estão relacionados a esta característica: tapete lucidum, responsável pela reflexão de uma grande quantidade de luz; pupila em fenda vertical, que proporciona menor abertura em condições de intensa luminosidade; dilatação pupilar e córnea maiores, que permitem maior entrada de luz no olho; cristalino localizado em plano mais posterior, a qual produz uma imagem menor e mais nítida, e por fim, uma retina rica em fotorreceptores bastonetes adaptados para detecção de movimento e forma, especialmente em condições de pouca luminosidade. Conclusão: As características visuais dos felinos estão diretamente relacionadas às particularidades da anatomia ocular e conferem a esses animais um poder de visão adequando aos seus hábitos e sua natureza. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA 27 PONTOS ANATÔMICOS DO MERIDIANO PULMONAR NA ACUPUNTURA EM CÃES 1 1 1 1 MARQUES, L. M. O. ; BORGES, F. S. ; CARVALHO, V. S. ; SILVA JUNIOR, P. G. P. 1 FEAD Introdução: a acupuntura é uma especialidade da medicina tradicional chinesa, compreendendo na sua forma mais comum a inserção de agulhas em pontos cutâneos específicos, situados em seis pares de canais de energia denominados meridianos. A nomenclatura dos meridianos deriva de órgãos internos, como meridiano do pulmão, intestino grosso, fígado, vesícula biliar, rim, bexiga, coração, intestino delgado e pericárdio. Além destes, três têm seus nomes derivados da linguagem figurada: triplo-aquecedor, vaso governador e vaso da concepção. Objetivo: enfatizar o meridiano do pulmão, que regula todo o sistema energético ligado às funções respiratórias, tanto as das vias aéreas superiores, como as das vias inferiores. A sua influencia também se dá sobre a pele, cabelos e unhas. Material e Métodos: revisão de literatura baseada em artigos científicos e livros de anatomia e acupuntura veterinárias. Resultados e Conclusões: este meridiano apresenta 11 pontos que se localizam na região subclavicular, passam pela face anterior do braço e antebraço, terminando no polegar. A pressão exercida pelas agulhas sobre os pontos ajuda a obter alívio de problemas respiratórios, como tosse, asma, insuficiência respiratória. Entre as justificativas mais conhecidas para justificar a eficiência da acupuntura estão a do Yin e Yang, princípios relacionados com as energias negativas e positivas, deficiência e excesso, noite e claro. Outra teoria comumente empregada é a dos cinco movimentos, que visa a auto-regulação entre os órgãos internos, o clima, os hábitos alimentares e as emoções. O desequilíbrio das energias que fluem nos diferentes meridianos interfere sobre a homeostasia e dá origem às diversas doenças. Trabalho apresentado como: PÔSTER PRESSÃO INTRACRANIANA: ANATOMIA PARA IMPLANTAÇÃO DO CATETER 1 1 CASCAES, C. B. ; VALADARES, R. C. 1 FEAD Introdução: A pressão intracraniana é uma variável importante, que está relacionada à sobrevida de animais que sofreram algum tipo de trauma crânio-encefálico. A hipertensão intracraniana é a principal causa dos óbitos nestes casos. Objetivos: Conhecer as principais estruturas anatômicas envolvidas na técnica de mensuração da pressão intracraniana em cães. Materiais e métodos: Revisão de literatura. Resultados: A implantação do cateter de fibra óptica em cães, é feita a partir de uma incisão transversal na pele sobre o músculo temporal direito, com início a um centímetro da linha média da cabeça, que se estende em um centímetro em direção ao arco zigomático, na metade da distância entre o canto do olho e a crista occipital. Após a incisão de pele e subcutâneo, incidi-se a fáscia do músculo temporal na mesma orientação da incisão anterior. Com um elevador de periósteo disseca-se o músculo temporal expondo o crânio. Com uma broca cirúrgica é feito um orifício sobre o osso temporal, expondo a dura-máter que será incidida por um escalpe, onde será introduzido o cateter que se alojará no parênquima cerebral. Conclusão: é muito importante o conhecimento das estruturas e regiões anatômicas que serão acessadas durante este procedimento, para que este possa ser executado de maneira adequada, gerando resultados confiáveis da pressão intracraniana. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA 28 PRINCIPAIS NEOPLASIAS DO APARELHO REPRODUTIVO DE GARANHÕES 1 1 1 1 BIASIBETTI, L. C. D ; LAGE, G. P. ; OSORIO, J. P. ; SOUZA, F. A. 1 Escola de Veterinária - Universidade Federal de Minas Gerais Introdução: Neoplasias do trato reprodutivo de garanhões são, essencialmente, limitadas aos testículos, pênis e prepúcio, acometendo principalmente cavalos que apresentam retenção testicular abdominal (criptorquidismo). Objetivo: Objetivou-se com este trabalho descrever as principais afecções neoplásicas que acometem o trato reprodutivo de cavalos. Materiais e métodos: revisão de literatura. Resultados e discussão: Os testículos no cavalo têm a forma de elipse invertida. Situam-se com seus eixos longitudinais na posição horizontal, mas tornan-se quase verticais mediante forte contração do músculo cremaster, que se unem a túnica vaginal próximo aos pólos craniais. A túnica albugínea é pouco espessa, e o parênquima é rosa-cinzento. Os septos que se estendem a partir do interior da cápsula não se juntam para formar um mediastino. Das neoplasias que acometem pênis e prepúcio, destacam-se o papiloma e carcinoma de célula escamosa, melanoma e linfossarcoma. Destas, o carcinoma da célula escamosa é a mais comum, acometendo principalmente cavalos mais velhos e despigmentados. Quanto às neoplasias testiculares, os teratomas são as mais comuns em potros e garanhões jovens, ocorrendo frequentemente em testículos criptorquídicos. Os teratomas podem ser pequenos e de massa indefinida, mas teratomas testiculares abdominais têm uma ampla variação no tamanho, podendo ser cístico ou policístico. Os seminomas são derivados de células germinativas embrionárias. Eles são as neoplasias testiculares mais comumente reportadas em garanhões. Embora sejam comuns em testículos que já estejam na bolsa escrotal, são mais freqüentes em testículos criptorquídicos, apresentando áreas de infiltração linfohistiocitica. Conclusão: Dentre estas enfermidades, deve-se ressaltar a importância do criptorquidismo frente o desenvolvimento de células neoplásicas testiculares. Devendo-se, desta maneira, efetuar a retirada das gônadas o mais precocemente possível para que não ocorra o desenvolvimento e possível metástase de células neoplásicas dos testículos para outros órgãos. Trabalho apresentado como: PÔSTER REFLEXO DE MICÇÃO EM CÃES 1 1 1 ROCHA, J. R. S. ; LEITE, E. A. C. ; VALADARES, R. C. 1 FEAD Introdução: O reflexo da micção em cães é controlado por uma série de componentes do sistema nervoso que permite o enchimento e esvaziamento da bexiga. Objetivos: Descrever o reflexo da micção em cães. Material e métodos: Revisão de literatura baseada em livros e artigos científicos. Resultados: À medida que a bexiga vai se enchendo de urina, os receptores sensoriais presentes em sua parede percebem o estiramento e originam impulsos que são conduzidos para os segmentos sacrais da medula espinhal pelos nervos pélvicos, voltando depois, por via reflexa, para a bexiga. O enchimento da bexiga é principalmente controlado pela região lateral da ponte. À medida que a bexiga se distende, propaga-se uma informação aferente aos neurônios do centro de micção do tronco cerebral. Como a bexiga não se apresenta muito distendida nessa fase, o sinal aos neurônios do tronco cerebral envolvidos no reflexo de micção não determina a contração da mesma. O esvaziamento da bexiga é controlado principalmente pela região medial da ponte. Quando a distensão da bexiga se completa, o músculo destrusor induz um estimulo limiar aferente. Ao se atingir o nível critico de distensão ou estiramento do músculo detrusor, o sinal para o centro da micção se altera de modo a favorecer o esvaziamento da bexiga. Conclusão: Para que ocorra o funcionamento normal do reflexo de micção é necessário a perfeita integridade dos componentes do sistema nervoso central e do músculo detrusor que é o responsável direto pelo esvaziamento da bexiga após o limite de sua distensão. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA 29 REGULAMENTAÇÃO PROÍBE CIRURGIAS MUTILANTES EM PEQUENOS ANIMAIS 1 1 MELO , M. L. D; MOREIRA, S. M. 1 FEAD Introdução: Resolução publicada no Diário Oficial da União em 19 de março, proíbe procedimentos cirúrgicos considerados desnecessários ou que impeçam a capacidade de expressão do comportamento natural da espécie. Permanecem as que atendam as indicações clinicas. Objetivo: Divulgar a proibição de cirurgias mutilantes em animais domésticos: Material e métodos: Revisão de literatura e estudo da resolução Nº877 de 15 de fevereiro de 2008. Resultados: Procedimentos cirúrgicos como a conchectomia (corte de orelha), cordectomia (corte das pregas vocais) e onicectomia (retirada de unhas) eram indiscriminadamente realizados por médicos veterinários em animais cujos proprietários alegavam fins estéticos, impedindo hábitos naturais que estraguem mobílias ou façam barulhos. Criadores de raças caninas como Dobermann, Dogue Alemão e Pit Bull defendem a conchectomia que segundo os mesmos, melhora a estética, a audição e protege contra de mordida de outros cães. Porém alterações na anatomia do pavilhão são, por muitos autores, associadas à ocorrência de otites. A cordectomia é realizada principalmente para evitar latidos e uivos que dificultam a socialização dos cães principalmente em condomínios. Contudo os sons emitidos servem para a interação entre animais ou com seus donos, além de servir para a manifestação da dor. A onicectomia em gatos, adotada para se evitar que os animais aranhem móveis ou pessoas inibe várias formas comportais como espreguiçar, brincar, demarcar território e se comunicar. Conclusão: As características anatômicas dos animais surgiram de acordo com suas necessidades em relação ao ambiente e quando uma mudança lhe é imposta seu organismo pode ficar desprotegido. Cabe, então, ao profissional médico veterinário garantir que alterações anatômicas sejam realizadas apenas com a finalidade de manter a sua saúde e bem estar. Trabalho apresentado como: PALESTRA ORIENTADA TAMANHO DA GLÂNDULA DE VENENO. POTENCIAL PARA MELHORAMENTO GENÉTICO EM Apis mellifera 1 1 MELO , M. L. D; MOREIRA, S. M. 1 FEAD Introdução: O veneno de Apis mellifera, Apitoxina é reconhecido historicamente por seu valioso uso no combate à artrite e doenças degenerativas como a esclerose múltipla. Possui aproximadamente 50 componentes já identificados, dentro os quais vários peptídeos e enzimas fisiologicamente ativos. Produzido por uma glândula de veneno formada por um túbulo longo, fino e convoluto, localizado na parte posterior do abdômen. Sua extremidade proximal liga-se a um reservatório em forma de saco que se conecta ao ferrão por um ducto excretor. Objetivo: Esclarecer a relação entre o tamanho e características da glândula de veneno de Apis mellifera e a quantidade de veneno produzida. Materiais e métodos: Revisão de literatura e fundamentação teórica. Resultados: A glândula de veneno possui atividade secretora desde a fase de pupação até aproximadamente o 16º dia de vida adulta (pós eclosão), quando se inicia um processo de degeneração celular. O fim do ciclo secretor coincide com a saída da abelha para a realização de tarefas externas à colônia, já que após o uso do ferrão, sofrem autotomia do mesmo e de parte de seus órgãos internos, resultando em sua morte. Portanto, a impossibilidade de reencher o reservatório, torna as glândulas desnecessárias. Entretanto, se colhido de maneira artificial, sem a perda do ferrão, inicia novo ciclo de secreção, menos intenso, mas demonstra que conservam capacidade secretora. Conclusão. Atualmente a apitoxina atinge elevadas cotações no mercado internacional e sua produção associa-se ao tamanho da glândula de veneno de Apis mellifera. Desta forma, novas pesquisas envolvendo herdabilidade e a transmissão desta característica devem ser incentivadas visando a exploração deste nicho de mercado. Trabalho apresentado como: PÔSTER 30 TRATAMENTO CIRÚRGICO DA SÍNDROME BRAQUIOCEFÁLICA 1 1 DIAS, L. R. M. ; SAVASSI-ROCHA, G. L. 1 FEAD Introdução: o cão braquiocefálico sofre com freqüência de dificuldade respiratória intensa e, quando não compensada, pode desenvolver grave desequilíbrio ácido-base. Essa dispnéia é causada pela estenose de narina associada ao alongamento do palato mole e à hipoplasia traqueal. O fluxo aéreo é restringido pela estenose de narina, uma deformação congênita das cartilagens nasais que não possuem a rigidez necessária para se manterem abertas e colabam na sua porção medial, acarretando esforço respiratório para o animal. O palato mole alongado, outra anormalidade congênita, é impelido para a porção caudal durante a inspiração, obstruindo parcialmente a parte dorsal da glote. Já durante a expiração, o palato é movido para o interior da nasofaringe, promovendo a inflamação e edema da mucosa laríngea. Tal distúrbio respiratório provoca freqüentemente o deslocamento do palato para os processos corniculados das cartilagens aritenóides, tornando o esforço respiratório maior e o som ruidoso. O presente estudo trata do tratamento cirúrgico com plastia das narinas estenosadas e ressecção do palato mole alongado em um cão com Síndrome Braquiocefálica grave.Objetivos: apresentar o tratamento cirúrgico das alterações anatômicas dos cães com a Síndrome Braquicefálica. Método: Estudo de caso único. Materiais: foram analisados artigos científicos, livros de anatomia e cirurgia, protocolo do paciente, além de filmagens que ilustram o caso. Resultados e conclusões: Em animais com Síndrome Braquicefálica grave o tratamento clinico não é eficiente. O prognóstico sem cirurgia é ruim, com piora progressiva do caso. A maior parte dos animais que passa por esse tipo de cirurgia apresenta redução no esforço respiratório e aumento da tolerância a exercícios. No caso ora descrito, após a intervenção cirúrgica houve melhora imediata e definitiva dos sinais clínicos. Trabalho apresentado como: PÔSTER UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE TRIADAN PARA IDENTIFICAÇÃO DOS DENTES DOS EQÜINOS 1 1 LOTT, R. ; JULIANI, G. 1 FEAD Introdução: O sistema Triadan é uma maneira de identificar numericamente os dentes e arcadas dentarias, descrevendo cada dente através de um sistema numérico de três dígitos, possibilitando a identificação exata do dente a que se esta referindo e padronização do registro das informações das possíveis alterações dentárias. Objetivos: descrever o sistema de Triadan, particularidades anatômicas e aplicabilidade. Materiais e Métodos: Revisão de literatura em artigos científicos. Resultados: O sistema Triadan é uma maneira de identificar numericamente as arcadas dentárias e os dentes, descrevendo cada dente através de um sistema numérico de três dígitos. Este sistema tem sido amplamente utilizado para identificação dos dentes dos eqüinos. Os dentes são classificados conforme a categoria a que eles pertencem, em incisivos, caninos, pré-molares e molares e se estão na arcada superior, inferior, lado direito e lado esquerdo. O sistema consiste em dividir a cabeça em quatro partes, traçando duas linhas imaginárias perpendiculares no meio da cabeça. A maxila e a mandíbula são divididas em quatro quadrantes, iniciando na maxila direita, numerada como quadrante um e continuando no sentido horário. A maxila esquerda é o quadrante dois, a mandíbula esquerda o quadrante três e a mandíbula direita o quadrante quatro. Dentro dos quadrantes, os dentes são contados a partir do incisivo central. Deste modo, o primeiro dígito identifica o quadrante e o segundo dígito e terceiro dígitos identificam o número do dente no quadrante selecionado, sendo o primeiro incisivo (mais rostral) o número um e o último molar o número onze. Os cavalos têm no máximo 11 dentes em cada quadrante. Os dentes decíduos são referidos como quadrantes 5 a 8 na mesma ordem dos quadrantes dos permanentes. Conclusão: O sistema Triadan proporciona precisa identificação do dente e a padronização da identificação, identificando dente, sua localização e o posicionamento na arcada. Trabalho apresentado como: PÔSTER 31 UTILIZAÇÃO DO SULCO DE GALVAYNE NA DETERMINAÇÃO DA IDADE DOS EQÜINOS 1 1 FERREIRA, A. L. ; JULIANI, G. 1 FEAD Introdução: Dentre as alterações e particularidades anatômicas utilizadas para determinação da idade dos eqüinos pela avaliação da cronologia da arcada dentária, o Sulco de Galvayne apresenta-se como uma alternativa eficaz no auxílio deste procedimento. Objetivos: conhecer o Sulco de Galvayne, seu desenvolvimento, importância e utilização. Materiais e Métodos: revisão de literatura em livros e artigos científicos. Resultados: Os eqüinos apresentam seis dentes incisivos em cada arcada na forma de um semicírculo. Os incisivos da arcada superior são mais convexos e mais largos do que os da arcada inferior. A face vestibular (labial) é mais achatada transversalmente do que a face lingual. O incisivo do canto superior é ligeiramente mais largo do que os demais. O sulco de Galvayne é uma depressão (sulco) longitudinal que se estende na face labial dos incisivos do canto superiores até o ápice. O sulco é achatado em seu centro, tendo assim, o formato aproximado de um losango. O sulco surge a partir da borda gengival dos incisivos por volta dos nove aos onze anos, atingindo a metade do sulco do dente aos quinze anos, e completando toda a extensão do dente em torno dos vinte anos. Entre a idade de vinte e vinte e cinco anos a metade superior do sulco desaparece. Aos trinta anos o sulco praticamente já não é mais visível, restringindo a uma pequena porção no quarto inferior do dente. Conclusões: O sulco de Galvayne é uma depressão longitudinal do dente incisivo canto dos eqüinos, utilizado para determinar a idade dos cavalos há mais de cem anos, sendo apontado como importante suporte para a eficácia da avaliação. Trabalho apresentado como: PÔSTER VISÃO AFÁCICA EM CÃES 1 1 1 1 COSTA, C. O. ; GANS, E. R. ; LEITE, E. A. C. ; BARBOSA, E. B. 1 FEAD Introdução: O cristalino é uma lente biconvexa e avascular que promove a refração dos raios luminosos que entram no olho para um ponto da retina. Sua sustentação é de responsabilidade dos ligamentos zonulares do corpo ciliar, que ao sofrerem mudanças em sua tensão modificam a curvatura da lente e consequentemente seu poder óptico (dióptrico). O aumento do poder óptico do olho acompanha a tendência do cristalino em se tornar circular e ocorre quando este se encontra acomodado para visão de perto. Para que esta lente desempenhe suas funções é necessário que sua transparência seja preservada, entretanto, várias injúrias podem danificar esse processo, provocando degenerações e opacificações. A opacidade do cristalino ou catarata pode ocorrer de forma focal ou difusa. Esse distúrbio lenticular pode ser classificado de diversas formas, contudo, a remoção cirúrgica da lente (facectomia) é o único tratamento efetivo existente. Objetivo: Discorrer sobre a visão afácica em cães. Material e Métodos: Revisão literária baseada em artigos científicos e livros de anatomia e oftalmologia veterinárias. Resultados e Conclusão: Nos animais domésticos, os mecanismos de acomodação visual são pouco desenvolvidos. Um cão normal possui cerca de uma a duas dioptrias de acomodação, enquanto um ser humano jovem adulto tem ao redor de dez dioptrias. Esta capacidade reduzida de focar objetos a distâncias variadas, explica porque a maioria das facectomias realizadas nesta espécie ocorre sem a substituição do cristalino por uma lente artificial. Embora a extração do cristalino resulte em uma alta hipermetropia e comprometa parcialmente a visão, cães afácicos (sem lente), apesar de não apresentem uma adequada definição de imagens, apresentam visão funcional, tornando-se aptos a evitar colisões e a reconhecer pessoas e objetos. Trabalho apresentado como: PÔSTER 32