Métodos de Tratamento de Resíduos

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Métodos de Tratamento de
Resíduos
Fernando Antonio Santos Coelho
Instituto de Química
Universidade Estadual de Campinas
Fone: 19-3788-3085 / Fax: 19-3788-3023
E-mail: [email protected]
ASPECTOS IMPORTANTES
„
„
„
„
„
„
„
Inventário do passivo.
Caracterização de resíduos não identificados.
Tratamento do ativo.
Segregação de resíduos.
Classificação de resíduos laboratoriais.
Classificação de resíduos químicos.
Exemplos de tratamento e descarte.
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2
Inventário do Passivo
„
Passivo é todo aquele
estoque de resíduos já
existente na unidade
geradora (UG).
„
Em muitos casos a UG não
apresenta este tipo de
estoque.
A caracterização do passivo
visa o reaproveitamento, o
reciclo e a destinação final
adequada.
Fernando Coelho
- IQ/Unicamp
3
„
Os problemas com o inventário
„
„
„
„
„
Rótulos deteriorados ou produtos
sem qualquer identificação
Misturas não caracterizadas
Misturas com várias fases
Resíduos sólidos
Herança dos antepassados (os
esqueletos guardados em armários
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4
Como classificar o resíduo estocado?
E porque ?
™ Importante:
os
resíduos
radioativos
são
descartados segundo normas da CNEN.
™ Os resíduos contendo patogênicos ou material
bioativo devem ser tratados segundo normas do
Ministério da Saúde (Vigilância Sanitária).
™ No caso de resíduos químicos de laboratórios de
ensino e pesquisa, não há uma norma clara quanto
a classificação, tratamento e descarte dos mesmos.
™ Pode-se usar a Norma BR 10004 para a
classificação de resíduos sólidos.
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5
Protocolo para caracterização de
resíduos não identificados (i)
9 Reatividade
„
Uma gota de água de observar se há formação
de chama, geração de gás ou reação violenta.
9 Presença
„
com água
de cianetos
Uma gota de cloramina-T e uma gota de ácido
barbitúrico em 3 gotas do resíduo. Cor vermelha
indica teste positivo.
W. Jardim, Química Nova,
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6
Caracterização de resíduos (ii)
9 Presença
„
de sulfetos
Acidificar a amostra com HCl. Papel embebido
em acetato de chumbo fica enegrecido.
9 pH
„
Papel indicador ou pHmetro.
9 Resíduo
„
oxidante
Oxidação de um sal de Mn(II). Mudança de cor
de rosa clara para coloração escura.
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7
Caracterização de resíduos (iii)
9 Resíduo
„
redutor
Descoloração de papel umedecido em 2,6dicloro-indofenol ou azul de metileno.
9 Inflamabilidade
„
Introduzir um palito de cerâmica no resíduo,
deixar escorrer o excesso e levar a chama.
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8
Caracterização de resíduos (iv)
9 Presença
„
de halogênios
Colocar um fio de cobre limpo e previamente
aquecido ao rubro no resíduo. Levar a chama
e observar a coloração. Chama verde indica
halogênios.
9 Solubilidade
„
em água
Após o ensaio de reatividade, a solubilidade
pode ser facilmente testada.
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9
Resíduos sólidos não identificados
Identificação: fluorescência de raios-X
1. Para sais de metais não perigosos (Fe, Ca,
Mg, etc), pode-se descartar a solução dos
mesmos na pia. Pode-se ainda reaproveitálos.
2. Para metais pesados (Pb, Cr, Hg, etc)
existem duas possibilidades:
i.
ii.
Reaproveitamento
isolamento
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10
O ativo de resíduos
Inerente ao sistema: Mesmo dentro de um
programa de gerenciamento bem elaborado,
ainda existe a produção de resíduos (ativo).
Estes resíduos precisam ser segregados de
acordo com o tratamento e a destinação
final. Por que?
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11
Regras gerais para segregação
Resíduos líquidos devem conter a
descrição da natureza de solutos e
solventes e concentrações. Também deve
descrever a quantidade de água presente.
Pode não ser um sistema muito rigoroso
(o importante é o qualitativo)
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12
Classificação de resíduos
Resíduos que possam servir de fonte de
ignição;
¾ Resíduos corrosivos;
¾ Resíduos reativos;
¾ Resíduo tóxico.
„
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13
Resíduos que possam servir
como fonte de ignição
„
„
Líquido que tenha ponto de fulgor menor
que 140 °C.
Sólido que seja capaz de causar fogo por
fricção ou absorção de umidade, ou ainda
que sofra reações químicas espontâneas
que resultem em queima vigorosa e
persistente.
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14
Resíduos corrosivos
„
Soluções aquosas com pH menor ou igual a 2 ou
maior ou igual a 12,5.
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15
Resíduos tóxicos
„
Resíduo que contém um dos seus
componentes em concentração igual ou
superior aquela presente em tabelas de
concentração máxima de resíduos.
Metais pesados (Cd, Pb, Hg)
„ Pesticidas (resíduos)
(benzeno,
„ Solventes
clorobenzeno)
„
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clorofórmio,
16
Outra classificação
„
Resíduos de processos
Gerado em processo ou procedimento. Após o
uso não atende mais especificações originais
do
fabricante
(efluentes
de
colunas
cromatográficas, produtos diluídos, misturas
reacionais, papéis contaminados)
„ Produto comercial nunca processado: deve
ser descartado no frasco original.
„
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17
Classificação de resíduos
laboratoriais
„
Infecto-contagioso e biológico perigoso
„
Materiais contaminados c/ patogênicos,
materiais c/ sangue, carcaças de animais de
lab.
„
„
Esterilizar sempre que possível. Consultar a SMMA
para destinação final.
Radioativo
„
Medicamentos, fontes, substâncias químicas.
„
Consultar a CNEN.
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18
Classificação de resíduos laboratoriais
„
Medicamentos
antineoplásicos)
„
Vincristina, metotrexato, cisplatina – tratar
como produto químico
„
„
(especialmente
Recolher e enviar para incineração
Medicamentos (outros)
„
Antibióticos, anti-inflamatórios, antialérgicos,
analgésicos – tratar como produto químico
„
Consultar a SMMA para a destinação final
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19
Classificação de resíduos laboratoriais
„
Pilhas e baterias
„
Baterias de celular, de rádio e de relógio
„
„
Recolher em saco plástico e levar aos locais de entrega
(terminais de ônibus de CWB)
Perfuro-cortantes infectados
„
Agulhas, lâminas, pregos, parafusos, facas, bisturis
„
„
Esterilizar sempre que possível. Recolher em frasco plástico
de parede grossa e tratar como infecto-contagioso
Evitar operações de reemcapar as agulhas e os materiais
perfuro-cortantes.
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20
Classificação de resíduos
laboratoriais
„
Perfuro-cortantes não infectados
„
Agulhas, lâminas, pregos, parafusos, facas,
bisturis
„
„
Recolher em frasco plástico de parede grossa e
tratar como resíduo químico sólido
Lixo comum reciclável
„
Papel, plástico, latas de alumínio, metais,
vidro, papel cartão
„
Recolher e dispor como “lixo que não é lixo”
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21
Resíduo com Cd, Tl, Pb e Hg
„
Mercúrio de termômetros, sais ou soluções
com estes metais
„
Recolher os resíduos de cada metal em
separado. Se possível, precipitar como sais
insolúveis e guardar como sólido seco.
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22
Resíduos de solventes recicláveis
„
Solventes de HPLC, de extração Sohxlet,
de rotaevaporadores, etc
„
Recolher
em
separado
para
futura
recuperação – avaliação do custo-benefício da
atividade.
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23
Resíduos de metais preciosos
ou recicláveis
„
Sais ou soluções contendo prata, ósmio,
ouro, platina e rutênio
Recolher os resíduos em separado para futura
recuperação – alternativas de tratamento
compartilhado com o fornecedor
„ Sistemas de reciclo – avaliação do custo x
beneficio e dos riscos da atividade
„
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24
Resíduos ácidos
„
Soluções de ác. clorídrico, sufúrico,
fosfórico, nítrico, acético, perclórico. Ácidos
sólidos como oxálico e cítrico
1.
2.
3.
Sólidos ou pastas: misturar com o mesmo
volume de água. Ajustar o pH entre 6 e 8.
Sol. concentradas: diluir até obtenção de sol.
c/ 50% de H2O. Ajustar o pH.
Sol. diluídas: ajustar o pH.
Operações executadas por pessoal treinado e habilitado
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25
Resíduos básicos
„
Aminas, sol. de hidróxidos, soda cáustica,
sol. de alcoolato, amônia
1.
2.
3.
Sólidos ou pastas: misturar com o mesmo
volume de água. Ajustar o pH entre 6 e 8.
Sol. concentradas: diluir até obtenção de sol.
c/ 50% de H2O. Ajustar o pH.
Sol. diluídas: ajustar o pH.
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26
Resíduos fortemente oxidantes
„
„
„
Sol. de sais de dicromato, permanganato,
hipoclorito, iodato, persulfato, bismuto(III);
Sol. bromo, iodo, peróxido de hidrogênio;
Sólidos: bismutato de sódio, dióxido de
chumbo, ácido crômico
1.
2.
3.
Sólidos ou pastas: misturar com o mesmo volume de
água. Neutralizar c/ sulfito de sódio. Ajustar o pH
Sol. concentradas: diluir até obtenção de sol. c/ 50%
de H2O. Ajustar o pH.
Sol. diluídas: neutralizar com H2O2 30% e ajustar o
pH.
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27
Resíduos contendo metais ou
ligas (exceto hidrolizáveis)
„
Ferro, estanho, bronze, latão, zinco, solda,
papel alumínio
„
„
Lavar c/ água, secar e guardar como sólido
seco.
A água de lavagem deve ser tratada de
acordo com sua classe.
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28
Resíduos com substâncias
hidrolizáveis
„
Sódio, potássio, cloretos de acila, pentóxido
de fósforo, hidretos de sódio, pentacloreto
de fósforo, anidridos ácidos, cloreto de
alumínio anidro
„
Reagir cuidadosamente com água. Ajustar o pH
entre 6 e 8.
Cuidado ao executar esse tipo de operação. Evite fazê-la em grande
escala – pode ocorrer perda do controle da reação.
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29
Resíduos com cianeto
„
Soluções e sólidos com sais de cianeto
1.
2.
3.
Sólidos ou pastas: misturar c/ o mesmo
volume de água. Adicionar 1 g de NaOH para
100 mL de solução. Adicionar água sanitária.
Sol. concentradas: diluir até obtenção de sol.
c/ 50% de H2O. Adicionar 1 g de NaOH por
50-100 mL de solução. Adicionar água
sanitária.
Sol. aquosas diluídas: adicionar 1 g de NaOH
por 50-100 mL de solução. Adicionar água
sanitária.
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30
Resíduos explosivos, pirofóricos ou que
reagem violentamente com oxigênio do ar
„
Pólvora, fósforo branco, peróxido de
benzoíla, hidroperóxido de terc-butila, ácido
paracético, ácido pícrico, trietilalumínio
„
Pesquisar
procedimentos
de
inertização
específicos. A solução resultante deve ter o pH
ajustado entre 6 e 8
Realizado exclusivamente por pessoal treinado e habilitado
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31
Resíduos que sofrem
polimerização violenta
„
Acrilonitrila, ácido acrílico
„
Pesquisar procedimentos de inertização
específicos. A solução resultante deve ter o
pH ajustado entre 6 e 8
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32
Frascos de solventes vazios
„
Frascos de hidrocarbonetos,
organoclorados, aminas, álcoois, cetonas.
Lavar o interior do frasco com etanol e depois
com água. Os frascos limpos podem ser
reutilizados ou descartados no “lixo que não é
lixo”
- reaproveitados nas atividades do
laboratório – descartados para incineração
as lavagens como resíduo de
„ Recolher
solvente.
„
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33
Materiais de vidro ou plástico
contaminados com resíduos químicos
„
Frascos de reativos, frascos de sol. que
sofreram depósitos de sólidos, vidraria de
laboratório quebrada, filmes de PVC
(magipack), placas de microscópio,
materiais plásticos de laboratório.
1.
2.
Neutralizar o resíduo impregnado no
material, conforme sua classe.
Descartar no resíduo de vidro e plástico de
laboratório ou no resíduo sólido seco.
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34
Filtros contaminados com resíduos
químicos, sólidos inertes e papel
alumínio
„
„
Papel de filtro usado, filtros de gás, de
líquidos e de poeira.
Cloretos de sódio, de cálcio, sulfato de
cálcio, fluoreto de sódio, alumina, sílica
gel.
„
Descartar no resíduo sólido seco.
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35
Soluções aquosas de
substâncias inertes
„
„
„
Soluções com cloretos, nitratos, acetatos,
sulfatos de sódio, potássio, cálcio,
magnésio.
Soluções de carboidratos.
Extratos vegetais.
„
Descartar na pia (atenção a essa operação, só
descarte material inerte ou inertizado)
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36
Recolhimento de resíduos de
laboratórios
„
„
„
„
„
Recipientes de tipo e tamanho adequados;
Alta vedação;
Material estável;
Em alguns casos devem ser combustíveis.
Solventes devem ser mantidos em locais
ventilados.
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37
Sugestão para classificação dos recipientes
para resíduos
A.
B.
C.
D.
E.
F.
G.
H.
I.
Solventes e sol. de substâncias orgânicas que não
contenham halogênios;
Solventes e sol. que contenham halogênios;
Resíduos sólidos de orgânicos: sacos plásticos ou
barricas originais;
Sol. salinas (pH entre 6 e 8);
Inorgânicos tóxicos (metais pesados);
Combustíveis tóxicos;
Mercúrio e seus sais;
Sais metálicos regeneráveis;
Sólidos inorgânicos.
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38
Alguns exemplos de tratamento e descarte
M.A. Armour. “Hazardous Laboratory Chemicals.
Disposal Guide”. CRC Press, Boca Raton, 1991.
464p.
G. Lunn e E. B. Sansone, “Destruction of
Hazarduous Chemicals in the Laboratory”. Wiley
Interscience, Nova Ioqurque, 1994. 501p.
P.A. Reinhardt, K.L. Leonard e P.C. Ashbrook.
“Pollution Prevention and Waste Minimization in
Laboratories”. Lewis Publ, Boca Raton, 1995.
480p.
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39
Destruição de hidroperóxidos
em éteres e alquenos
Hidroperóxidos são formados na presença de ar e luz. Não
destilar os solventes antes do tratamento!
Detecção de peróxidos:
1,0 mL da amostra + 1,0 mL sol. de KI em ác. acético
glacial. Coloração amarela-marrom indica presença de
peróxidos (0,5 mg/mL).
Tratamento:
100 mL de amostra + 20 mL sol. Na2S2O5 a 50% em funil
de separação por 5 min.
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40
Ác. Oxálico, oxalato de sódio e cloreto
de oxalila
Ac. oxálico e seus derivados são altamente tóxicos.
HOOC-COOH + H2SO4 → H2O + CO2 + CO + H2SO4
Tratamento:
5 g de amostra + 25 mL de ác. conc. em balão de
fundo redondo (100 mL). Aquecer a 80-100 °C
por 30 min.
Cloreto de oxalila pode ser convertido a ac. oxálico:
1 mL do sal + 3 mL de água gelada. Aguardar 1 h.
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41
Decomposição de dimetilsulfato
e dietilsulfato
Agentes alquilantes são altamente tóxicos frente a
organismos
vivos.
Dimetiléster
consta
como
carcinogênico na lista de EPA. Destruição de excessos
deve ser completa!
Tratamento:
(CH3)2SO4 + 2NaOH → 2CH3OH + Na2SO4
(CH3CH2)2SO4 + 2NaOH → 2CH3CH2OH + Na2SO4
Procedimento padrão: 100 mL de amostra + 500 mL
NaOH 20% em um balão de fundo redondo de 1L.
Deixar em refluxo em banho maria por 4 h, sob agitação.
Resfriar, neutralizar o produto e descartar na pia.
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42
Soluções de ácido pícrico
OH
O2N
NO2
NO2
Atenção! Ác. Pícrico é explosivo na forma sólida!
Ácido picríco
Tratamento:
C6H2(NO2)3OH + 9Sn + 18HCl → C6H2(NH2)3OH + 6H2O + 9SnCl2
Reação deve ser feita atrás de um escudo!
1 g de amostra em balão de 3 bocas (fundo redondo), com gotejador e
condensador, em banho de gelo.
Lavar a vidraria p/ retirar traços de ácido.
Procedimento padrão: Adicionar 4 g de Sn à sol., agitar e através do funil
adicionar 15 mL (gota a gota) de HCl conc. Após adição de todo o ácido,
aquecer até o refluxo e deixar por 1 h. Filtrar o Sn restante, que deve ser
tratado com 10 mL de HCl 2 mol/L. O filtrado é neutralizado. O tri-aminofenol
pode ser incinerado ou tratado quimicamente.
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43
OH
Destruição do 2,4,6triaminofenol
H2N
NH2
NH2
Tri-amino fenol
À mistura anterior adicionar cuidadosamente uma sol.
contendo 50 mL de ác. sulfúrico 3 mol/L e 12 g de
KMnO4. Aguardar 24 h, adicionar bissulfito de sódio
sólido até a obtenção de uma sol. clara.
O líquido resultante é neutralizado com NaOH 10% e
pode ser descartado na pia.
O método pode ser utilizado para decompor até 8,5 g de
ác. pícrico.
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44
Nitrilas
Nitrilas orgânicas são tóxicas!
Tratamento:
C6H5CN + KOH (etanol) → C6H5COOH
1 g de amostra é deixado em refluxo por 3 h em
30 mL de KOH alcoólico a 10%. A sol. resultante
é neutralizada com HCl e pode ser descartada
na pia.
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45
Azidas orgânicas
Azidas são explosivas quando aquecidas!
C6H5N3 + Sn + 3HCl → C6H5NH3+Cl- + SnCl2 + N2
Adicionar lentamente a azida (1 g) a uma sol. contendo
6 g de Sn em 100 mL de HCl conc. (sob agitação).
Continuar agitando por 30 min. Cuidadosamente,
transferir a sol. p/ um balde com água gelada. Remover
e lavar o Sn residual com água.
Adicionar ao balde 10 g de KMnO4 até a dissolução
deste. Aguardar a decomposição da anilina durante uma
noite. Adicionar metabissulfito de sódio para reduzir o
excesso de permanganato e o dióxido de manganês.
Fernando
Coelho
- IQ/Unicamp
46
Neutralizar o resíduo
com
NaOH
ou cal.
Iodo
Vapor de iodo é nocivo e o sólido queima a pele.
Tratamento:
I2 + Na2S2O3 + Na2CO3 → 2NaI + Na2SO4 + S +
CO2
Adicionar 5 g de iodo a uma sol. aquosa (300
mL) contendo tiossulfato de sódio (11 g) e
carbonato de sódio (1 g). Agitar a mistura até a
dissolução de todo o iodo e descoloração da sol.
Neutralizar o resíduo c/ carbonato de sódio e
descartar na pia.
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47
Bromo
Bromo é tóxico e causa queimaduras severas a
pele e a mucosas em geral. Líquido vermelho
altamente corrosivo.
Tratamento:
Br2 + NaHSO3 → 2NaBr + H2SO4 + SO2
Na capela, adicionar 5 g de bromo a 1 L de água.
Adicionar então cerca de 120 mL de uma sol. de
bissulfito de sódio recém-preparada, até o
desaparecimento de toda a coloração. Neutralizar a
sol. com carbonato de sódio e descartar na pia.
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48
Tratamento de resíduos
“on-site”
„
Tipos de técnicas
convencionais de
tratamento:
„
„
„
„
„
„
neutralização;
separação;
fixação;
oxidação;
precipitação;
troca iônica.
Compostos passíveis de
tratamento:
„ fenol (H2O2 e Fe)
„ haletos e anidridos
ácidos (hidrólise c/
NaOH)
„ hidroperóxidos (sulfato
ferroso em meio ácido)
„ fluoretos metálicos
solúveis (sol. CaCl2)
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49
Resíduos aquosos:
água + acetonitrila
„
Método 1: Hidrólise básica
CH3CN → CH3CONH2 → CH3COOH + NH3(g)
„ emprega-se um grande excesso de base
(refluxo por 6 H) que ao reagir com a
acetonitrila gera amônia e ácido acético, que
pode ser incinerado sem problemas.
„ A queima da acetonitrila gera cianeto;
„ A queima do ácido acético gera apenas CO2 e
H2O.
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50
Resíduos aquosos:
água + acetonitrila (2)
„
Método 2: Reação de Fenton ou Ferrioxalato
Fe(II) + H2O2
Fe(III) + H2O2 + ácido oxálico
„
a oxidação do composto orgânico gera CO2, CO
e H2O
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51
Tratamento de resíduos com
Pb ou Hg
não
Adicionar ác. nítrico
à sol. contendo
Pb ou Hg
Evaporar em
capela
Adicionar H2O e
tioacatamida
Forma
precipitado?
Adicionar
excesso de
tioacetamida
sim
Usar avental, luvas
e óculos. Trabalhar
na capela.
Adicionar
excesso de
tioacetamida
Forma
precipitado?
Filtrar o
precipitado
Forma
Precipitado?
sim
não
Pb ou Hg
ausente na
solução
Descartar o solvente
na pia. Embalar o ppt e
encaminhar p/ descarte adequado
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52
Descarte de HF
Utilizar frascos
plásticos
Adicionar HF
em uma bacia
com gelo
Descartar na pia
Usar avental, luvas
e óculos. Trabalhar
na capela.
Adicionar
hidróxido de
cálcio
Deixar precipitar
por 24 horas
Neutralizar o
sobrenadante
com HCl diluído
Filtrar o
precipitado
Embalar o ppt e encaminhar
para descarte adequado
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53
Recuperação de Ag
Acidificar o sal de Ag
com HNO3 6 mol/L
Adicionar
sol. NaCl
Agitar a
mistura
Lavar com ác.
sulfúrico 4 mol/L
morno
Filtrar o
precipitado
Formação de
precipitado
Misturar o ppt com
Zn (s)
Formação de Ag (s).
Sais sol. de Zn
Dissolver Ag (s)
com HNO3
Sol. Ag+
impura
Sol. Ag+
pura
Túrbida
Solução límpida
ou túrbida?
Límpida
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54
Rejeitos sólidos
Metais:
„ Processo de
precipitação,
filtração e descarte
do resíduo aquoso.
Exemplo:
Solução
sulfocrômica
Cr(VI)
Fe metálico
Cr(III)
NaOH
Fe(OH)3, Cr(OH)3
Filtrar
sólido
solução
Acertar o pH (neutro)
pia
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55
Descarte de cianetos
Os cianetos podem ser
tratados por oxidação com
hipoclorito, em meio alcalino.
CN-
+
ClO-
→
CNO-
+
Cl-
Atenção:
Alíquota de 50 mL de sol.
conc. < 2%
5 mL de NaOH 10%
sob agitação
60 - 70 mL de hipoclorito
Água sanitária
Retirar alíquota de 2 mL
testar c/ FeCl 3
CN presente: ppt azul
Usar luvas, avental e óculos.
Descartar na pia
Trabalhar na capela!!!
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56
Laboratórios clínicos ou
médicos
„
Separação na fonte
Resíduos infecciosos
„ Resíduos químicos
„ Resíduos radioativos
„ Diversos
„ Águas residuárias
„ Outros (recicláveis)
„
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57
Tratando resíduos de
laboratórios clínicos
„
Alguns resíduos podem ser autoclavados.
„
„
Sistemas de tratamento portáteis: peróxido de
hidrogênio em fase gasosa.
Outros resíduos podem ser incinerados
(não halogenados)
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58
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